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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA NÚCLEO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA- NCET DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA AMANDA TEIXEIRA ARAÚJO USO DE RECURSO DE INTERNET PARA O ENSINO DE BIOLOGIA: WEBQUEST, UMA EXPERIÊNCIA COM O ENSINO MÉDIO PORTO VELHO 2014

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA NÚCLEO DE … · 2017. 5. 3. · FICHA CATALÓGRAFICA BIBLIOTECA CENTRAL PROF. ROBERTO DUARTE PIRES Bibliotecária responsável: Eliane

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

NÚCLEO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA- NCET

DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

AMANDA TEIXEIRA ARAÚJO

USO DE RECURSO DE INTERNET PARA O ENSINO DE BIOLOGIA: WEBQUEST,

UMA EXPERIÊNCIA COM O ENSINO MÉDIO

PORTO VELHO

2014

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AMANDA TEIXEIRA ARAÚJO

USO DE RECURSO DE INTERNET PARA O ENSINO DE BIOLOGIA: WEBQUEST,

UMA EXPERIÊNCIA COM O ENSINO MÉDIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Departamento de Biologia da Fundação

Universidade Federal de Rondônia – UNIR, como

exigência para obtenção do grau de licenciado e

bacharelado em Ciências Biológicas.

Orientadora: MSc. Andréia Dias de Almeida

PORTO VELHO

2014

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FICHA CATALÓGRAFICA

BIBLIOTECA CENTRAL PROF. ROBERTO DUARTE PIRES

Bibliotecária responsável: Eliane Gemaque – CRB-11/549

S658a

ARAÚJO, Amanda T.

Uso de recurso de internet para o ensino de biologia: WebQuest, uma

experiência com o ensino médio/Amanda Teixeira Araújo.

Porto Velho, 2014.

68f.

Orientador: Andreia Dias de Almeida.

Monografia (Bacharelado em Ciências Biológicas) –

Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2014.

1. Webquest. 2. Metodologia. 3. Ensino-Aprendizagem. I.Fundação

Universidade Federal de Rondônia. II. Título.

CDU: 576:37

1. Ciência da Informação. 2. Administração.

I. Título.

UNIPÊ / BC CDU - 658:004

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AMANDA TEIXEIRA ARAÚJO

USO DE RECURSO DE INTERNET PARA O ENSINO DE BIOLOGIA: WEBQUEST,

UMA EXPERIÊNCIA COM O ENSINO MÉDIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Departamento de Biologia da Fundação

Universidade Federal de Rondônia – UNIR, como

exigência para obtenção do grau de licenciado e

bacharelado em Ciências Biológicas.

Orientadora: MSc. Andréia Dias de Almeida

Data da aprovação:

Membros Banca Examinadora:

_______________________________________________________

Nome: Andréia Dias de Almeida (Orientadora)

Titulação: Mestre em Biologia Experimental

Universidade Federal de Rondônia - UNIR

_______________________________________________________

Nome: Chirleide Nobre Belo

Titulação: Mestre em Biologia Experimental

Universidade Federal de Rondônia - UNIR

________________________________________________________

Nome: Caio Palla Marques

Titulação: Mestre em Química Orgânica

Universidade Federal de Rondônia - UNIR

Porto Velho, ____ de _______________ de 20___.

Resultado: ________

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a DEUS, dono de tudo e da minha vida! Agradeço à Ele pela

oportunidade de viver, de acordar a cada manhã e viver, agradeço a Ele pela força, pela garra

e coragem.

Agradeço à minha família por todo o apoio dado à mim em todas as fases da minha

vida.

Agradeço aos meus pais, por tudo o que me ensinaram, por tudo o que fizeram por mim

durante todo minha vida até aqui.

Agradeço por sempre acreditarem em mim, por sempre estarem do meu lado e nunca

me abandonarem!

Agradeço minha irmã, por todo o carinho e cuidado que ela teve com meu filho por

diversas vezes em que precisei me ausentar para coletar os dados deste trabalho.

Agradeço ao meu filho, por ter surgido na minha vida e me mostrado a força que existia

dentro de mim e que até então eu desconhecia. Por ter me ensinado a ser paciente e a amar

incondicionalmente.

Agradeço em especial a minha tia Narciza, por ter sido crucial no momento da minha

decisão em escolher a UNIR. Obrigada por ser minha amiga e por me incentivar sempre!

Agradeço a minha orientadora Andreia, por ter me recebido no PIBID, quando eu nem

acreditava mais na minha capacidade de concluir meu curso. Talvez nunca tenha dito isso a

ela, mas o fato dela ter acreditado em mim, foi crucial na minha continuidade acadêmica.

Obrigada por ter sido sempre tão amiga, tão carinhosa, tão paciente e uma super mãe de todos

nós! Você já é alguém inesquecível e completamente especial na minha vida.

Agradeço a professora Judite por ter disponibilizado o tempo de aula dela, para que eu

pudesse realizar a atividade com os alunos, e por ter me recebido na escola da melhor

maneira, me fazendo sentir importante. Aprendi com a Judite, ações que levarei para minha

carreira docente, desde a forma em que ela trata seus alunos, até a seriedade e

responsabilidade que ela possui e são exemplares. Agradeço a escola pela disponibilização do

laboratório, Antonieta por abrir mão do tempo com o filho para estar presente na escola

durante as aulas e agradeço também aos alunos que contribuíram para que essa atividade fosse

realizada.

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Agradeço a professora Chirleide e a escola Mariana por também terem me

disponibilizado o espaço do laboratório, o tempo, para que eu pudesse iniciar a minha coleta

de dados e ter a primeira experiência na escola usando WebQuest.

Agradeço aos meus amigos... ahhh meus amores, o que seria de mim sem vocês?

Aquele amor à primeira vista, amor de faculdade, talvez passageiro, talvez de um

período somente... não... o nosso amor é pra vida inteira!

Ângela, Líria e Elvis, nós passamos tantas, tantas coisas juntos, que eu perco as contas

sempre que lembro, mas, sempre lembro e lembro de tudo! Cada detalhe! Cada momento,

cada sorriso, cada fugidinha! Vocês durante esses 4, 5, 6 anos de curso, não foram só meus

amigos, vocês foram meus melhores amigos. No momento mais complicado da minha vida, lá

vocês estavam. Acabamos construindo uma pequena família. Sempre juntos, nos momentos

bons e nos ruins, nas brigas, em tudo! Meus irmãos de pais diferentes. Amo vocês, pra

sempre! Vocês foram os responsáveis pelos momentos mais divertidos e engraçados da minha

vida até hoje! Ângela, eu adoro você, seu jeito, suas piadas, nossas piadas! Elvis, eu te AMO

MUUUITO também! Você e seu jeito metido de ser me matavam de rir! Líria... de uns

tempos pra cá ficamos tão próximas! Eu juro pra você que estou chorando, rs. Você sempre

me ajudou, sempre esteve comigo nos momentos ruins, difíceis, me aconselhando, me pondo

pra cima, me ajudando com o Henrique... eu não tenho palavras pra te agradecer... Obrigada

pela sua amizade! Obrigada pela amizade de vocês, minha pequena família!

Agradeço a Vanessa, Letícia, Everton e Kleyton, que me fizeram sorrir tantas vezes,

com as famosas histórias da UNIR, e por serem meus amigos de sempre!

Agradeço ao Thiago, Thiaguinho, Thi, chato, insuportável, que me atura todos os dias

no zapzap, que me faz rir, que me ajudou com minha monografia, amigo de longe, que apesar

de nunca termos nos visto, sei que posso contar sempre com ele, menos para colocar crédito

no meu celular, e sim Thiago, eu te amo muito e obrigada por tudo!

Agradeço a Miguelina por ser minha amiga de hoje e sempre e por atender aos meus

chamados desesperados e estar sempre pronta a me ajudar.

Agradeço à Junniene, por ser aquela amiga que eu sei que a qualquer momento eu posso

contar, pra tudo! Esteve comigo me apoiando e me ajudando durante a minha gestação, no

meu chá de bebê, e pelas risadas, pelo carinho, pelos vários shows que curtimos juntas, por

ser essa mulher incrível e por essa amizade que eu tanto amo.

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Agradeço ao PIBID e a CAPES, por terem me proporcionado uma nova visão sobre a

docência e por ter me proporcionado momentos tão importantes para minha formação.

Enfim, agradeço a todos os envolvidos direta e indiretamente na construção da minha

monografia.

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Dedico esse trabalho aos meus pais, por todo o

apoio e incentivo, ao meu filho, pelo tempo que

eu não pude ficar ao seu lado e à minha

orientadora por todo o auxílio durante essa

jornada.

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“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades,

lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram

conquistadas do que parecia impossível”.

Charles Chaplin.

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RESUMO

Este estudo foi desenvolvido a partir de experiências vivenciadas pela pesquisadora através

dos estágios obrigatórios curriculares executados durante o curso de Ciências Biológicas da

Universidade Federal de Rondônia – UNIR e, também das experiências durante a participação

como bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) e teve

como objetivo a reflexão sobre a aplicação de uma WebQuest e a contribuição dessa

metodologia para o ensino de Biologia, na intenção de trazer uma aula diferenciada para essa

disciplina. O trabalho foi realizado com três turmas de 2º anos do ensino médio da Escola

Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Eduardo Lima e Silva, no município de

Porto Velho, Rondônia. A pesquisa foi realizada em várias etapas, onde a primeira etapa foi a

realização de uma oficina de produção de WebQuest com os bolsistas do PIBID/Biologia. A

próxima etapa foi diretamente na escola, com o diagnóstico do laboratório de informática,

espaço físico, e um questionário para levantar o perfil do professor, que visou identificar com

que frequência ele utilizava o laboratório de informática, e também o diagnóstico dos alunos,

que possibilitou descobrir a presença do computador no cotidiano dos mesmos. Na etapa

seguinte, veio o planejamento, a escolha do tema a ser abordado e as tarefas que poderiam ser

realizadas pelos alunos, sempre em conjunto com a professora responsável pelas turmas e de

acordo com o que estava sendo trabalhado em sala de aula, e consequentemente a produção da

Webquest. O próximo passo foi a aplicação da WebQuest aos alunos do 2° anos B, C e D. Em

último plano, foi aplicado um último questionário aos alunos, com o objetivo de avaliar a aula

realizada. Os resultados obtidos permitiram concluir que o uso das WebQuests como

metodologia de ensino auxiliam no processo de ensino-aprendizagem, além de despertar o

interesse dos alunos e motivar na cooperação, interação e comprometimento, uma vez que

estes já estão inseridos na era digital, sendo necessário que a escola assuma o papel de

implementar ações de estímulo a utilização destes recursos, e que os professores forneçam

cada vez mais possibilidades de ensino através da informática, tendo em vista a contribuição

para a melhoria da educação.

Palavras-Chave: Webquest. Metodologia. Ensino-Aprendizagem.

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ABSTRACT

This study was developed from experiences by the researcher through the curriculum required

internships run throughout the course of Biological Sciences, Universidade Federal de

Rondônia – UNIR and also experiences during participation as a Programa Institucional de

Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) and aimed to reflect on the application of a WebQuest

and the contribution of this methodology for the teaching of biology, with the intention of

bringing a differentiated lesson for this discipline. The study was conducted with two groups

of 2 ° s high school years at the State School of Primary and Secondary Teacher Eduardo

Lima e Silva, the city of Porto Velho, Rondônia. The survey was conducted in several stages,

where the first step was to hold a workshop production of WebQuest with fellows PIBID /

Biology. The next stage was the school directly, with the diagnosis of the computer lab, where

information was collected as number of computers with internet, information about the

frequency of use of the computer room and how long the lab are present in the school and also

the assessment of students, trying to discover the presence of the computer in the same

routine. The next step came the planning, choosing the topic to be addressed and the activities

that could be undertaken by the students, always together with the teacher responsible for the

class, and consequently the production of Webquest. The next step was the application of

WebQuest students of 2nd year B, C and D, and the following week, with the same students,

the last class being held. Last plan, a questionnaire was administered to the students, with the

aim of evaluating the class performed. The results showed that the use of Webquests as

teaching methodology assist in the teaching-learning process, as well as sparking students'

interest and motivate cooperation, interaction and commitment towards the activities of.

Keywords: Webquest. Methodology. Teaching and Learning.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Laboratório de Informática da Escola............................................................. 31

Figura 2 – Página Principal do Zunal.com....................................................................... 36

Figura 3 – Página “Welcome” da WebQuest................................................................... 37

Figura 4 – Introdução da WebQuest................................................................................. 38

Figura 5 – Tarefas da WebQuest...................................................................................... 39

Figura 6 – Processos da WebQuest.................................................................................. 40

Figura 7 – Processos da WebQuest/Links........................................................................ 41

Figura 8 – Processos da WebQuest cont. ......................................................................... 42

Figura 9 – Continuação dos links no Processos da WebQuest......................................... 43

Figura 10 – Avaliação da WebQuest................................................................................ 44

Figura 11 – Conclusão da WebQuest............................................................................... 45

Figura 12 – Créditos da WebQuest................................................................................... 46

Figura 13 –Mostrando as seções da WebQuest para os alunos........................................ 48

Figura 14 – Aplicação da WebQuest 2º B........................................................................ 49

Figura 15 – Aplicação da WebQuest 2º C........................................................................ 52

Figura 16 – Aplicação da WebQuest 2º D........................................................................ 54

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência

UNIR – Universidade Federal de Rondônia

E.E.E.F.M. – Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio

EDUCOM – Educação e Computador

MEC – Ministério da Educação

UFPE – Universidade Federal de Pernambuco

UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais

UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro

UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul

UNICAMP – Universidade de Campinas

PROINFO – Programa Nacional de Informática na Educação

PROINFE – Projeto de Informática Educativa

SEED/MEC – Secretaria de Estado da Educação do Ministério da Educação

PRONINFE – Programa Nacional de Informática Educativa

TIC – Tecnologia de Informação e Comunicação

NTE – Núcleo de Tecnologia Educacional

SESU – Secretaria de Educação Superior

CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

SEDUC – Secretaria do Estado de Educação

PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais

Msc. – Mestre

PPP – Projeto Político Pedagógico

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 15

2. INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL................................................ 16

3. WEBQUEST............................................................................................................. 19

3.1 COMPOSIÇÃO DE UMA WEBQUEST.............................................................. 21

3.1.1 Introdução.................................................................................................................. 21

3.1.2 Tarefa......................................................................................................................... 22

3.1.3 Processos.................................................................................................................... 22

3.1.4 Recurso...................................................................................................................... 23

3.1.5 Avaliação................................................................................................................... 23

3.1.6 Conclusão.................................................................................................................. 23

3.1.7 Créditos..................................................................................................................... 23

4. DELINEAMENTO DA PESQUISA...................................................................... 24

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................... 26

5.1 PERFIL DAPROFESSORA DE BIOLOGIA....................................................... 26

5.2 PERFIL DOS ALUNOS.......................................................................................... 28

5.3 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DA E.E.E.F.M. PROFESSOR

EDUARDO LIMA E SILVA..................................................................................

31

5.4 CONSTRUINDO A WEBQUEST.......................................................................... 33

5.4.1 Onde tudo começou................................................................................................... 33

5.4.2 WebQuest: Descobrindo as células-tronco................................................................ 35

5.5 APLICAÇÃO DA WEBQUEST............................................................................ 46

5.5.1 Aplicação com o 2º Ano B........................................................................................ 47

5.5.2 Aplicação com o 2º Ano C........................................................................................ 51

5.5.3 Aplicação com o 2º Ano D........................................................................................ 53

5.6 O QUE PENSAM OS ALUNOS SOBRE A WEBQUEST.................................. 55

5.7 CONCLUSÕES SOBRE A WEBQUEST............................................................. 61

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................. 62

REFERÊNCIAS..................................................................................................... 63

APÊNDICES............................................................................................................ 66

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1. INTRODUÇÃO

A presente monografia tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre o uso de uma

WebQuest como metodologia para o ensino de Ciências e Biologia, procurando perceber suas

contribuições para o ensino destas disciplinas.

Ao trabalhar com ensino-aprendizagem nos dias atuais perceber-se grandes dificuldades

relacionadas à motivação dos alunos em relação ao conteúdo. Nesse sentido, é necessário que

os professores busquem novas ferramentas para inovar e enriquecer a sua prática pedagógica.

Um bom exemplo é a utilização da WebQuest uma vez que a mesma consiste em uma

metodologia de pesquisa orientada por meio de páginas na internet e que, portanto, pode ser

desenvolvida e trabalhada à distância. (RITTER, 2012).

O primeiro capítulo dessa monografia encontra-se um breve histórico sobre a

Informática na Educação no Brasil, enfatizando os primeiros programas criados pelo Governo

Federal para inserir os computadores nas escolas até os mais atuais.

O segundo capítulo traz um histórico sobre a WebQuest, desde a criação desse termo,

seu criador e como é utilizada essa metodologia atualmente, quais as etapas que devem

constituir a WebQuest.

O terceiro capítulo traz a metodologia da pesquisa realizada, expondo como essa

pesquisa ação qualitativa foi desenvolvida, apresentando então como surgiu a ideia da

utilização da WebQuest e ocorreu a coleta de dados e a finalização da pesquisa.

O quarto parágrafo traz os resultados e discussões e por fim as considerações finais que

se constitui em uma releitura e a reflexão da importância que a pesquisa teve para a minha

futura carreira docente bem como as contribuições desta metodologia para o ensino de

ciências e biologia.

Diante do exposto, decidiu-se levar aos alunos a possibilidade de estudar biologia de

outra forma, utilizando outros recursos que não fossem só a aula expositiva com o livro

didático, utilizando então a internet como aliado nessa pesquisa. Espera-se que este trabalho

contribua na aprendizagem dos alunos e os ajudem a utilizar a internet de maneira que os

favoreça. Assim como desejo que seja uma grande experiência para a minha formação

docente.

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2. INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL

A história da informática na educação no Brasil teve início da década de 80, sendo

considerada pelo governo como um fator para promover avanço científico e tecnológico da

sociedade. De acordo com Valente (1997), a informática na educação em nosso país emergiu

do interesse de algumas universidades brasileiras, já motivadas pelo que vinha acontecendo

em outros países como os Estados Unidos da América e a França.

Araújo e Goulart (2006) pontuam que a implantação do programa de informática na

educação no Brasil, iniciou-se com o primeiro e o segundo Seminário Nacional de

Informática em Educação, ocorrido nas universidades de Brasília e da Bahia respectivamente,

no ano de 1982. Foram a partir desses seminários que surgiu o projeto Educação e

Computador - EDUCOM, que tinha por objetivo, realizar estudos e experiências em

Informática na Educação e uma sistemática de trabalho diferente de quaisquer outro programa

educacional iniciados pelo Ministério da Educação (MEC). Medeiros (2010, p.3)

complementa que o EDUCOM “tinha por objetivo fomentar o desenvolvimento da pesquisa

multidisciplinar voltada para a aplicação das tecnologias de informática na educação.

De várias Universidades que se candidataram para sediarem um dos centros de

pesquisa, somente cinco foram escolhidas, e entre elas estavam: UFPE, UFMG, UFRJ,

UFRGS e UNICAMP.

O EDUCOM teve um papel fundamental no processo inserção das

novas tecnologias nas escolas brasileiras, através do desenvolvimento de

pesquisas, da formação de recursos humanos, além da produção de artigos,

teses, dissertações e softwares educativos. Além do EDUCOM outros

projetos contribuíram para o processo de informatização, como o FORMAR

que possibilitou a formação de recursos humanos, muitos dos quais estão

atualmente assessorando o PROINFO. (ARAÚJO; GOULART, 2006, p.2)

De acordo com Loés (apud MEDEIROS, 2010, p.4), em 1989 surge o Programa

Nacional de Informática – PROINFE, que foi criado para apoiar o desenvolvimento e

utilização de novas tecnologias de informática no Ensino Fundamental, Médio e Superior e

Educação Especial. Tanto o EDUCOM como o PROINFE, foram programas pilotos do

Governo Federal que representam uma partida para cultura da informática educativa, mas que

ainda não chegam as escolas básicas, permanecendo no campo experimental dentro de

Universidades e em escolas técnicas.

Posteriormente surge o Programa Nacional de Informática na Educação – PROINFO,

criado pela SEED/MEC através da portaria de nº 522, de 9 de abril de 1997, em parceria com

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os governos dos estados e dos munícipios, e surge como uma extensão do PRONINFE, tendo

como atribuição a introdução do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)

nas escolas públicas.

Art. 1º- Fica criado o Programa Nacional de Informática na Educação

– PROINFO, com a finalidade de disseminar o uso pedagógico das

tecnologias de informática e telecomunicações nas escolas públicas de ensino

fundamental e médio pertencentes às redes estadual e municipal (BRASIL,

1997, p. 1).

Em 2007, o PROINFO é reformulado e passa a ter uma nova versão que é chamada de

“Programa Nacional de Tecnologia Educacional” e postula a integração de três componentes

nas escolas básicas: instalação de laboratórios de informática com computadores, impressoras

e outros equipamentos e acesso à internet banda larga; a formação continuada dos professores

para o uso pedagógico TIC; a disponibilização de conteúdos e recursos educacionais

multimídia e digitais, soluções e sistemas de informação disponibilizados pela SEED/MEC

nos próprios computadores, por meio do Portal do Professor, da TV/DVD Escola, etc.

(MEDEIROS, 2010)

Neste contexto, o PROINFO passa a ter uma preocupação maior com a capacitação de

professores e, para tratar deste assunto, cria o Programa Nacional de Formação Continuada

em Tecnologia Educacional - PROINFO Integrado, que passa a organizar um conjunto de

processos formativos, como o Curso Introdução à Educação Digital (40h). No portal do MEC

é disponibilizada uma definição clara sobre o que é o PROINFO Integrado:

O PROINFO Integrado é um programa de formação voltada para o

uso didático-pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação

(TIC) no cotidiano escolar, articulado à distribuição dos equipamentos

tecnológicos nas escolas e à oferta de conteúdos e recursos multimídia e

digitais oferecidos pelo Portal do Professor, pela TV Escola e DVD Escola,

pelo Domínio Público e pelo Banco Internacional de Objetos educacionais.

(BRASIL/MEC, 2010, p. 1)

De acordo com Rodrigues (2013), em Rondônia, os Núcleos de Tecnologia Educacional

(NTEs) do estado são divididos por região de atuação, o NTE de Porto Velho abrange

também as cidades de Guajará Mirim e Ariquemes possuindo 95 escolas com laboratório de

informática de acordo com levantamento de dados realizado em fevereiro de 2013.

Como se pode perceber através do breve histórico sobre a informática no Brasil

apresentado neste trabalho, o país vem aos poucos implementando programas e ações para

que a informática seja utilizada nas escolas.

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A informática está presente em nosso cotidiano, aumentando a visão que temos de

mundo, metamorfoseando as linguagens e influenciando a relação ensino-aprendizagem nas

escolas. O uso da informática reflete o que a sociedade vive hoje: “A tecnologia é hoje, parte

inerente da vida do ser humano, de modo que não conseguimos viver separados dela”.

(COLOMBO; BAZZO, 2001, p. 2)

A sociedade moderna conhecida como sociedade da informação com a presença das

novas tecnologias na vida das pessoas exige uma reavaliação sobre as formas de ensinar e

aprender, e a relação de alunos e professores com o conhecimento. Nesse contexto, é

importante que as escolas utilizem a informática de forma que esta seja capaz de contribuir

como mediadora no processo de ensino-aprendizagem, favorecendo uma educação mais

dinâmica e moderna e colaborando para um aprendizado mais consistente; pois muitas

disciplinas, como ciências e biologia, são muito conceituais e se não houver um bom trabalho

pedagógico, os alunos acabam decorando esses conceitos e não aprendendo de fato.

Segundo as autoras Campos, Bortoloto e Felício (2003), muitas vezes as aulas de

ciências e biologia, compreendem assuntos complexos que acabam sendo de difícil

assimilação por parte dos alunos. São notórias as dificuldades encontradas nos alunos

relacionados à motivação em relação ao conteúdo. Muitos alunos não conseguem relacionar o

que foi visto em sala de aula com o seu dia-a-dia, percebendo-se então a necessidade de

realizar novas formas de trabalho pedagógico, e neste contexto as novas tecnologias podem

ser um caminho para auxiliar nesse processo.

De acordo com Flores (1996), a informática deve preparar e dar oportunidade ao aluno

de obter novos conhecimentos, facilitando o processo de ensino aprendizagem, enfim, ser um

complemento dos conteúdos curriculares, visando o crescimento integral do indivíduo.

De acordo com Valente (1999), hoje, o uso de computadores na educação é bem mais

variado, interessante e desafiadora, ou seja, ela é bem mais que somente transmitir informação

ao aprendiz. O computador pode ser usado para enriquecer ambientes de aprendizagem e

auxiliar o aprendiz no processo de construção do seu conhecimento.

Ainda em concordância com Valente (1999), o termo “informática na educação” recebe

alguns significados de acordo com a visão educacional e condição pedagógica e a forma que o

computador é utilizado. Existem algumas abordagens, como por exemplo, ensinar conteúdos

de ciência da computação, onde o computador é o objeto de estudo, e o aluno utiliza a

máquina para adquirir conceitos educacionais, isso faz que essa abordagem seja eliminada do

conceito do termo “informática na educação”. Outra abordagem bem comum nas escolas, é o

uso do computador em atividades extraclasse, onde as escolas tem interesse em ter o

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computador implantado nas atividades educacionais, mas não se interessam em resolver os

obstáculos que a introdução do computador na disciplina normalmente traz com as alterações

do esquema das aulas, ou o investimento na formação de professores das disciplinas aptos

para desenvolverem atividades em computador, ou seja, as escolas querem ter os programas

de informática nas escolas, mas não querem mudar o método tradicional de ensino.

Valente (1999, p. 1) define “Informática na Educação” sendo a “inserção do

computador no processo de ensino-aprendizagem de conteúdos curriculares de todos os níveis

e modalidades de educação”. Ele complementa, afirmando que a mesma “enfatiza o fato de o

professor da disciplina curricular ter conhecimento sobre os potenciais educacionais do

computador e ser capaz de alterar atividades tradicionais de ensino-aprendizagem e atividades

que usam o computador”.

Para Schardosim (2004):

Não basta por o computador na escola sem definir primeiro quais os

objetivos quanto ao seu uso- estes de acordo com a filosofia educacional da

instituição e com o perfil do profissional que trabalhará com a informática

educativa. Além de definir os programas utilizados e como serão feitas as

escolhas dos softwares o professor deverá ser o mediador da atitude crítica e

reflexiva que levará o aluno realizar a síntese de recepção e interpretação da

informação, como sujeito na produção do conhecimento. (SHARDOSIM,

2004, p.5).

A mesma autora afirma que um dos problemas encontrados, é que muitas escolas tem

laboratório de informática equipado com computadores e internet, mas que os professores

quase não utilizam esse espaço, e isso muitas vezes se deve pela falta de tempo para

planejamento de uma aula explorando o uso da Internet e até mesmo a própria

desqualificação, onde muitos professores não conhecem ou não sabem usar o computador de

forma correta e eficaz. No entanto apesar da escola ser uma instituição que resiste a

mudanças, justamente por não querer mudar o ensino tradicional, já estamos vivendo a era da

informação, que requer reformulações no sistema de ensino.

Assim novas formas de ensinar e aprender utilizando a tecnologia, se fazem necessárias

e neste contexto a WebQuest é uma metodologia que pode ser utilizada.

3. WEBQUEST

O instrumento educacional WebQuest foi desenvolvido em 1995, por Bernie Dodge,

professor da Universidade de San Diego, na Califórnia (EUA), e trata-se de uma atividade de

pesquisa orientada, que tem como principal ferramenta de uso, a internet. O criador da

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metodologia define WebQuest como: “uma atividade investigativa onde as informações com

as quais os alunos interagem, provém da internet” (MEC, 2014). Ele criou a WebQuest com o

intuito de ajudar os alunos a utilizarem o seu tempo de forma proveitosa, coletando

informações mais precisas da internet, desenvolvendo habilidades para resolução de

problemas.

Bernie, em 1995, encontrava-se alarmado com a condição da educação e do professor

na esfera atual, e então resolveu criar uma nova proposta para o ensino: A WebQuest, que

significa “Busca Web”. De acordo com ele, essa ação destinava-se transformar os alunos

durante o processo metodológico, na qual o professor não seria mais a figura transmissora de

conhecimento na sala de aula, uma vez que, de acordo com Dodge (1995, apud ROCHA

2007, p. 59), “o objetivo dos professores não é a transmissão, é a transformação, e o papel

deles é reunir fontes de conhecimento para os alunos e ajudá-los a usá-las”.

Rocha (2007) pontua que de início, a ideia era conceder aos professores um auxílio no

desenvolvimento de atividades que no momento estavam sendo realizadas no plano de um

projeto educacional de uso da internet, de forma que os alunos ficassem envolvidos em

atividades investigativas, motivadoras, que fossem estimulantes, e que, cada vez mais, os

mesmos se interessassem na busca e na construção pelo conhecimento.

De acordo com França (2009), a WebQuest tem sido uma importante ferramenta de

ensino, pois a mesma é um software, mediado pelo professor, onde algumas ou todas as

informações que os alunos devem interagir são provenientes da internet.

A WebQuest é formada por uma página da web, elaborada pelo professor, e mostra aos

alunos uma tarefa a ser cumprida, uma missão a ser realizada, com base no assunto que está

sendo ou foi estudado em sala, com o objetivo de aproximar o conteúdo com a realidade dos

alunos. De acordo com Vásquez; Perez (2006), “o objetivo deste instrumento não é em si a

busca por informações, mas usando as palavras de Dodge, o que fazer com esta informação,

isto é, resolver um problema ou atividade”.

A WebQuest é uma pesquisa orientada com base em sites previamente selecionados

pelo professor, podendo o mesmo utilizar outros recursos além da internet, lembrando que a

internet é o recurso mais importante e que deve ser o mais explorado no momento da

realização da WebQuest, e essa pesquisa tem a intenção de conduzir o aluno no processo de

construção e reconstrução do conhecimento.

“WebQuest pretende ser uma metodologia que engaje alunos e professores no uso da

Internet voltado para o processo educacional, estimulando a pesquisa, o pensamento crítico, o

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desenvolvimento de professores e a produção de materiais”. (DODGE, 1995 apud ROCHA,

2007, p.60)

Segundo Rocha (2007), uma das principais características da WebQuest, está na

facilidade com que essa metodologia pode ser ajustada a uma vasta quantidade de assuntos,

pode se adaptar a alunos de qualquer idade, nível de aprendizagem e área de conhecimento, e

que a mesma pode ser executada em qualquer situação de aprendizagem, sejam eles

curriculares ou extracurriculares. Outro fator importante na WebQuest, defendido por Dodge,

é que esta metodologia é melhor quando realizada em grupo, pois promove o aprendizagem

colaborativa. Segundo ele, “as WebQuests estão fundadas na convicção de que aprendemos

mais e melhor com os outros, não individualmente. Aprendizagem mais significativas são

resultados de atos de cooperação”. (DODGE, 1995apud ROCHA, 2007, p. 60)

Dodge propôs a definição de dois níveis relacionados com a duração dos projetos dentro

da metodologia:

WebQuest curta: Duração de uma a três aulas a serem exploradas pelos alunos e tem

como objetivo a aquisição e integração de conhecimentos.

WebQuest longa: Duração de uma semana a um mês para ser explorada pelos alunos,

em sala de aula, e tem como objetivo a extensão e o refinamento de conhecimento.

3.1 COMPOSIÇÃO DE UMA WEBQUEST

De acordo com Silva (2008), a WebQuest é uma metodologia na internet direcionada ao

processo educacional, que incentiva a pesquisa, o pensamento crítico, a confecção de

materiais, interação entre professores e alunos e participação destes em toda a atividade. A

WebQuest pretende aproveitar de forma inteligente as riquezas e facilidades de informações

disponíveis na internet.

Nessa metodologia, existem alguns elementos básicos que devem compor a WebQuest e

são organizados de forma a conferir uma seqüência coerente do trabalho a ser realizado. Esses

elementos básicos são: Introdução, Tarefa, Processo, Recurso, Avaliação, Conclusão e

Créditos.

3.1.1 Introdução

De acordo com Silva (2006), a Introdução é uma das partes mais importantes da

WebQuest, pois tem a responsabilidade de chamar a atenção do aluno, desafiando o mesmo

através do assunto a ser ensinado, para que o mesmo sinta-se atraído em continuar a

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investigação, não fazendo da atividade algo que esteja sendo realizado por obrigação ou por

“valer nota”.

Na introdução o professor deve contextualizar os alunos com o tema que irá ser

pesquisado, é nela que os alunos encontram as primeiras informações sobre o que será

trabalhado. A introdução da WebQuest tem como objetivo chamar a atenção dos alunos,

despertando o interesse destes a realizar a atividade, isto é, motivá-los a começar.

3.1.2 Tarefa

Essa etapa é a mais importante da WebQuest. É ela que descreve o que os alunos terão

de elaborar no final do trabalho. De acordo com Rocha (2007), na tarefa deve-se tornar reais

as intenções curriculares do professor para serem bem compreendidas, factíveis e

motivadoras, exigindo dos alunos um pensamento que vai além do entendimento baseado na

memorização. É na tarefa que a capacidade de planejamento e criatividade é fundamental. De

acordo com ele, boas WebQuests criam situações que exigem transformação de informações.

Sendo assim, elas não estão voltadas para conteúdos, mantêm como alvo determinados

processos cognitivos. “É por essa razão que a Tarefa é tão importante numa WebQuest, pois o

fazer dos alunos os prepara para aprender a aprender, lidar com incertezas e usar velhas

informações com novos sentidos”. (DODGE, 1995 apud ROCHA, 2007, p.77)

3.1.3 Processos

De acordo com Silva (2008), o processo é uma espécie de receita que indica a direção

que os alunos devem seguir.

No processo as etapas a serem seguidas para a realização da tarefa são expostas. É

nesse momento que a tarefa será executada, por isso, é necessário fazer uma descrição das

atividades a serem desenvolvidas, quais os procedimentos devem ser seguidos, podendo

atribuir diferentes papéis a cada aluno do grupo. De acordo com Dodge (1995apud ROCHA,

2007, p. 72), o professor deve ter um cuidado ao propor um produto final para a WebQuest

para que os alunos não interajam somente com a informação, mas que consigam formular

novas hipóteses, elaborar argumentos, explicações e soluções criativas, construindo, dessa

forma, um novo conhecimento. O processo serve como um guia de orientações, passo-a-passo

de como a atividade deve ser realizada, estabelecendo prazos e estratégias.

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3.1.4 Recurso

Disponibiliza aos alunos links que serão consultados para a realização da tarefa

proposta. Primeiramente, o professor deve verificar se os sites são confiáveis e estão

atualizados de acordo com o que está sendo trabalhado, isso não significa que o aluno precise

ficar “preso” somente nos sites disponibilizados pelo professor.

De acordo com Dodge (1995, apud ROCHA, 2007, p. 72-74), da mesma forma que a

internet pode ser um processo de busca de informações valiosas na construção do

conhecimento, pois contêm diversos conteúdos que geram um ambiente motivador e a

curiosidade em desvendar os problemas propostos na tarefa, ela pode se tornar dispersivo e é

inútil recolher informações sem relevância que não acrescentam qualidade pedagógica ao uso

da rede. Devido a isso, surge a necessidade dessa disponibilização prévia dos links, para que

os alunos sejam orientados de forma correta para que não ocorra essa dispersão, que ao invés

de facilitar, dificulta o seu estudo.

Além dos links, podem ser disponibilizados outros recursos como revistas, livros, vídeo,

figuras e jornais.

3.1.5 Avaliação

Nessa fase, são expostos aos alunos os critérios que serão utilizados na avaliação do

trabalho. Nessa seção, os alunos são informados se a avaliação será individual ou coletiva,

podem ser definidos os valores de cada atividade, assim o aluno fica informado sobre os

objetivos que eles devem alcançar e os critérios para atingir a pontuação proposta.

3.1.6 Conclusão

Esta etapa corresponde a finalização da atividade. Apresenta um resumo que leva à

reflexão do que foi visto durante a atividade, reconhecendo o que foi aprendido.

Assim como a introdução, a conclusão deve ser simples, clara e breve. Existem algumas

direções para concluir a WebQuest: reafirmar aspectos de interesse registrados na introdução;

realçar a importância do que os alunos aprenderam; apontar caminhos que ajude os alunos a

continuar os estudos e a investigação sobre o tema.

3.1.7 Créditos

É a seção que apresenta as fontes de todos os materiais utilizados na WebQuest e os

dados do autor. Também é o espaço dos agradecimentos à pessoas e instituições que tenham

colaborado de alguma forma na construção da WebQuest.

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De acordo com Silva (2008), nesta seção devem estar todas as fontes utilizadas para a

construção da WebQuest: links utilizados, referências bibliográficas, referências de vídeos,

fotos.

De acordo com Rocha (2007), o papel do professor na WebQuest, inicia-se na escolha

do Tema e no que ele deseja alcançar com o projeto, ou seja, o seu objetivo, lembrando que o

tema da WebQuest deve estar dentro da grade curricular da disciplina e deve ser levada aos

alunos de forma interessante e criativa, de modo que, os alunos se sintam incentivados e

estimulados à pesquisa.

Inicialmente o professor deve realizar uma pesquisa selecionando sites atualizados e

sobre o conteúdo a ser trabalho, que serão disponibilizados para a consulta orientada dos

alunos.

O professor deve estar atento aos alunos, desde o início da pesquisa até a elaboração do

produto final, uma vez que alguns alunos podem se perder no meio da pesquisa, devida a

grande quantidade de informações à sua disposição. É necessário que o professor esteja

sempre atento para dar auxílio na seleção de conteúdos realmente legítimos e de acordo com o

conteúdo do trabalho proposto, pois o aluno pode acabar perdendo o foco e desviando-se do

objetivo inicial.

A função do professor em sala de aula durante a proposta de WebQuest é de ouvir os

alunos, esclarecer dúvidas, e orientá-los durante os processos do trabalho exigido pela tarefa.

A organização das etapas da WebQuest é um trabalho de grande responsabilidade pois é

através das mesmas que a intenção educativa e a tendência pedagógica do professor se tornam

claras.

4. DELINEAMENTO DA PESQUISA

A presente pesquisa foi desenvolvida numa abordagem qualitativa, que tem o ambiente

natural como fonte de dados e o pesquisador como instrumento fundamental, buscando

descrever o contexto escolar, neste sentido o processo é valorizado e não somente os

resultados das ações (GODOY, 1995). A pesquisa ação foi escolhida tendo em vista que vem

sendo utilizada como estratégia para o desenvolvimento de professores e pesquisadores de

modo que eles possam utilizar suas pesquisas para aprimorar seu ensino e, em decorrência, o

aprendizado de seus alunos.

O principal objetivo dessa pesquisa é apresentar uma reflexão sobre as a utilização da

WebQuest como metodologia para o ensino de ciências e biologia; assim a partir da

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experiência da aplicação deste recurso metodológico com alunos do ensino médio procurou-se

perceber suas possíveis contribuições para o ensino da disciplina assim como o

comportamento dos alunos frente as atividades propostas.

A pesquisa teve início em julho de 2013, através de atividades de estudos e reflexões

sobre o tema. Essas atividades prosseguiram através da participação do planejamento,

execução e avaliação de uma oficina sobre WebQuest desenvolvida na UNIR em conjunto

com a coordenadora do PIBID/BIOLOGIA, ministrada para bolsistas do referido do Programa

Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID). Ainda em 2013 as primeiras

atividades com a metodologia foram desenvolvidas na Escola de Ensino Fundamental e

Médio Mariana onde atuava como bolsista.

Em 2014 passei a atuar como bolsista na Escola Estadual de Ensino Fundamental e

Médio Professor Eduardo Lima e Silva, localizada em um bairro da Zona Sul na cidade de

Porto Velho, Rondônia; onde ocorreu a continuação da pesquisa. A coleta de dados foi

desenvolvida no período de agosto a setembro de 2014, com três turmas de segundos anos do

Ensino Médio regular, sendo elas o 2° ano “B, C e D.

As ações desta pesquisa foram desenvolvidas através das etapas de diagnóstico,

planejamento e ação, avaliação e replanejamento.

A etapa de diagnóstico buscou levantar informações sobre o laboratório de informática,

os alunos e a professora de biologia da escola; através de observações e utilização de

questionários. Através de visita ao laboratório da escola e conversa com a coordenadora do

mesmo, foram levantadas informações acerca da utilização do laboratório, quantidade de

computadores funcionando, quando o laboratório chegou na escola, há quanto tempo o

laboratório funciona, acesso à internet e se ele é utilizado pelos professores.

O questionário aplicado com os alunos tinha o objetivo de levantar informações sobre a

faixa etária, se os mesmos tinham acesso à internet em casa, se utilizam as redes sociais; e o

questionário aplicado junto à professora de biologia (supervisora do PIBID) buscou coletar

informações sobre a frequência com a qual a mesma utiliza o laboratório da escola, se ela

utiliza as mídias disponíveis nos dias de hoje e quais as dificuldades encontradas em relação a

preparação/utilização de aulas no laboratório de informática.

A etapa de planejamento foi realizada em conjunto com a professora de biologia, onde

foram definidas as turmas e o tema da WebQuest que seria aplicada. Após a definição do tema

“Células Tronco” procedeu-se a etapa de planejamento e elaboração da WebQuest.

A etapa seguinte foi a ação, com a aplicação da WebQuest aos alunos do 2° B, C e D,

que foi desenvolvida em suas aulas em cada turma. A coleta de dados foi realizada através da

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utilização de anotações no caderno de campo e coleta de atividades realizadas durante a

WebQuest.

A avaliação e replanejamento permearam o processo, uma vez que a vivência da

aplicação de cada atividade com as turmas, geravam reflexões sobre a melhor forma de

desenvolver a WebQuest, que eram aplicadas na próxima turma. Ao final das aulas foi

aplicado um questionário, para levantar a opinião dos alunos sobre a atividade realizada.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 PERFIL DA PROFESSORA DE BIOLOGIA

Foi aplicado um questionário (Apêndice A) à professora, responsável pela disciplina de

Biologia das turmas trabalhadas na E.E.E.F.M. Professor Eduardo Lima e Silva e pela

supervisão do PIBID na mesma escola, com a finalidade de coletar informações sobre

formação acadêmica, experiência profissional, metodologia utilizada durante suas aulas ao

longo do ano e sobre o uso da internet na sua prática docente.

A professora supervisora do PIBID tem formação em Licenciatura no curso de Ciências

Biológica, pela Faculdades Integradas Aparício Carvalho (FIMCA), no município de Porto

Velho, Rondônia, no ano de 2008. A mesma tem experiência docente de 6 anos, possui

computador em casa e não utiliza redes sociais, como Facebook, Instagram, Whatsapp, etc.,

mas utiliza o instrumento para preparar provas, e comunicar-se via e-mail.

Em relação aos métodos que ela costuma utilizar dentro de sala de aula, em ordem de

importância, a mesma classificou em primeiro lugar as aulas expositivas com ou sem auxílio

de recursos audiovisuais seguido por aulas práticas ou saídas em campo, em terceiro lugar a

aplicação e correção de exercícios, posteriormente leitura e discussão de textos, e por último a

realização de pesquisa em biblioteca. A professora não classificou o uso do laboratório de

informática por não fazer o uso do mesmo.

Esta constatação da não utilização do laboratório de informática pela professora pode

estar atrelada a muitos fatores. Existem vários professores que reconhecem a importância do

uso das tecnologias e sentem desejo de utilizá-las em suas aulas. Não é somente por terem

pouco domínio que os professores se sentem inseguros para usar os computadores na escola.

A escola precisa promover reuniões pedagógicas e pensar sobre a forma de utilização do

laboratório que será adotado pela instituição.

Assim devemos refletir que o trabalho pedagógico nas escolas é representado pelo

Projeto Político-Pedagógico (PPP), que “é um instrumento teórico-metodológico para a

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intervenção e mudança da realidade. É um elemento de organização e integração da atividade

prática da instituição neste processo de transformação” (VASCONCELLOS, 2002 apud

RODRIGUES, 2009, p.8662).

Segundo Rodrigues (2009), é por meio do trabalho pedagógico organizado, pensado e

refletido pelo conjunto da escola que se pode pensar em mudanças necessárias no processo

educativo, mas é notória que muitas ações no âmbito escolar permanecem cristalizadas,

mesmo com o surgimento das novas tecnologias e dos PPPs.

A professora supervisora do PIBID também relata que quando a mesma solicita

trabalhos de pesquisa na internet para os seus alunos, raramente sugere sites para que os

mesmos realizem a busca, ficando assim a critério de cada aluno. As pesquisas são realizadas

em casa, para serem entregues posteriormente nas aulas seguintes, pois ela afirma que o

tempo é muito curto para realizar a atividade no laboratório de informática da escola.

De acordo com a professora, a maioria das tarefas retornam com textos copiados na

íntegra de algum site.

Ao pesquisar na internet, os alunos encontram problemas para encontrar o que se quer.

Na maioria das vezes, os jovens acessam um site de busca, como o Google e colocam uma

palavra relacionada com aquilo que querem encontrar. Quando a busca é realizada para

diversão, eles clicam no primeiro site que visualizam e ali ficam, mas quando buscam

conhecimento geral, eles clicam em dois ou até três sites diferentes, até encontrarem o foco do

que procuram. Quando essa busca está relacionada com a tarefa escolar, a complexidade

aumenta. O aluno deve fazer a busca, ler o site e tentar avaliar a qualidade da informação e

refaz o processo diversas vezes, até ter certeza que eles conferem com o que foi pedido. Isso

prova que procurar informações na internet é mais difícil do que se imagina, além de ser uma

prática de leitura e requer auxílio do professor para ajudar o aluno a realizar buscas em sites

seguros e a interpretar as informações. Quando não existe auxílio do professor, o mais comum

é o aluno digitar qualquer coisa na tela, sem pensar muito, coletar a primeira informação que

encontram e utilizarem (GROSSI, 2009).

De acordo com Gonçalves e Brito (2009):

“os professores, apesar de, aos poucos, estarem utilizando o

laboratório de informática com seus alunos, demonstram

insegurança. Ainda não há mudanças metodológicas significativas,

porque os professores acabam reproduzindo as aulas tradicionais.

Evidenciamos que os professores acabam pedindo pesquisas sem

acompanharem sua construção. E em alguns casos, usam o

computador em suas aulas de forma instrucional. O computador

como tecnologia educacional deve propiciar a interação do aluno

com o conhecimento através da mediação do professor, este sendo

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fator determinante no processo ensino-aprendizagem.”

(GONÇALVES; BRITO, p. 9231, 2009).

Um olhar atento as Orientações Educacionais complementares aos Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCN+), evidenciam competências e habilidades que devem ser

desenvolvidas nos alunos do ensino médio como, por exemplo: “Consultar, analisar e

interpretar textos e comunicações de ciência e tecnologia veiculados por diferentes meios;

Avaliar a procedência da fonte de informação para analisar a pertinência e a precisão dos

conhecimentos científicos veiculados” (BRASIL, 2002. p.36 e37). Cabe então à escola e ao

professor definir estratégias para que o trabalho escolar possa contribuir para a formação do

aluno e o uso da internet, orientada pelo professor poderia se constituir de uma excelente

oportunidade para desenvolver essas competências e habilidades.

Em relação à WebQuest, a professora relata que conhece a metodologia mas nunca

utilizou com os seus alunos por falta de tempo para desenvolver as atividades e problemas

encontrados para utilização do laboratório.

Atualmente, a tecnologia nos cerca de todas as formas, e oferece uma vasta quantidade

de recursos que podem auxiliar na construção do conhecimentos, mas muitos professores, não

possuem domínio sobre essas tecnologias. “Considera-se também que uma parcela de

professores em serviço, não teve, em sua formação acadêmica, preparação para o uso dessas

novas tecnologias; por isso, sentem-se desencorajados em utilizá-las em suas aulas.” (BOER;

VESTENA; SOUZA, 2009 p.1). Não somente uma questão de preparação para o uso dessas

tecnologias, os professores encontram também outros obstáculos, como falta de alguém

preparado para auxiliar no uso do laboratório e também da falta de tempo tanto para preparar

a aula quanto para aplicá-la.

5.2 PERFIL DOS ALUNOS

As turmas escolhidas para realizar a pesquisa, foram o 2º anos das turmas B, C e D do

Ensino Médio Regular da E.E.E.F.M. Professor Eduardo Lima e Silva, totalizando 96 alunos

matriculados no ano de 2014, divididos igualmente (32 alunos/sala) nas respectivas turmas.

Utilizando o Questionário 1 (Apêndice B) e as observações das aulas ministradas pela

professora titular, pode-se fazer um levantamento do perfil dos alunos, obtendo informações

como faixa etária, sexo, comportamento, e uso da internet no cotidiano dos mesmos.

Os alunos em geral, são participativos, tinham problemas relacionados somente a

comprometimento na entrega de atividades e utilização do livro didático, onde muitos não o

levavam para aula. As turmas em que mais notei respeito ao professor em sala de aula foram

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as turmas “B” e “C”, turmas essas, também com maior quantidade de alunos presentes em

sala.

Dos 96 alunos matriculados, 64 responderam o Questionário 1 que coleta informações

acerca da idade, sexo e uso da internet no seu cotidiano, 23 alunos da turma “B”; 26 alunos da

turma “C” e 15 alunos da turma “D”.

O Ensino Médio regular nas escolas públicas devem ser concluídos em 3 anos e, a

idade escolar correta para o curso do mesmo vai dos 15 aos 17 anos. Realizando um

levantamento geral de todas as turmas, 35 alunos encontram-se na faixa etária adequada, ou

seja, alunos com 15 e 16 anos, e 29 alunos possuem idade entre 17 e 19 anos, frisando-se que,

a divisão desses alunos nas turmas não é influenciado pela idade, ou separados por

reprovações, uma vez que em todas as turmas, encontramos alunos com as mais variadas

idades.

De acordo com a Legislação que oferta a educação no nosso país (Lei 9.394/1996), toda

criança deve ingressar no 1º ano do ensino fundamental aos 6 anos de idade, encerrando esta

etapa aos 14 anos. Após esse período, ela permanece mais três anos no ensino médio,

concluindo a educação básica aos 17 anos.

Quando o aluno sofre reprovação ou entra por alguma motivo mais tarde na escola, ele

estará em atraso escolar, ou seja, estará com a idade superior ao esperado para aquela

determinada idade escolar. O aluno é considerado em situação de distorção ou defasagem

idade-série quando a diferença entre a idade do aluno e a idade prevista para a série é de dois

anos ou mais. Assim nas séries observadas a distorção não é um problema detectado.

Em relação ao gênero, a maioria dos alunos (38) são do sexo feminino, e 26 alunos são

do sexo masculino.

A pergunta 3, coleta informações sobre possuir ou não um computador em casa, sendo

que 48 alunos possuem computador; 15 não possuem e 1 aluno não respondeu.

A questão 4, é referente ao uso da internet em casa, onde 47 alunos possuem internet

em casa; 16 não possuem internet e 1 aluno não respondeu.

A pergunta 5, tinha como objetivo descobrir se o aluno utilizava o computador no seu

dia-a-dia, sendo que 34 alunos responderam que utilizam o computador no seu dia-a-dia; 29

não utilizam e 1 aluno não respondeu.

A pergunta 6 era direcionada somente àqueles alunos que não possuíam internet em

casa, com o objetivo de coletar informações sobre o local que utilizavam a internet já que não

possuíam em suas casas, podendo esses alunos escolherem mais de uma opção. Sendo que das

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respostas, 17 acessam do celular; 9 acessam em casa de parente; 1 acessa em vizinhos; 2 em

lan houses e 1 não respondeu.

As perguntas 3 à 6, são relacionadas a presença do computador e da internet no

cotidiano dos alunos. O objetivo era realizar um levantamento para ter uma ideia de quantos

alunos possuíam esse recurso disponível para que as tarefas fossem pensadas para serem

continuadas em casa, caso não desse tempo de realizá-las no laboratório, e, também serviram

para ter uma base se os alunos estavam familiarizados com o computador e com a internet.

A maioria dos alunos que não possuíam internet em casa, acessava pelo celular, sendo

que nestes dispositivos móveis o acesso à sites de relacionamento são os mais acessados.

A pergunta 7, quer saber se os alunos participam de alguma rede social, sendo que a

maioria, totalizando 63 alunos utilizam as redes sociais, sendo as mais utilizadas: Facebook e

Whatsapp e 1 aluno apenas afirma não participar.

O objetivo dessa pergunta era realizar um levantamento com os alunos que utilizavam

redes sociais, principalmente o Facebook, para que criássemos um grupo para trocarmos

informações e dúvidas sobre a WebQuest e compartilhar assuntos interessantes sobre células-

tronco e após o término da atividade, utilizarmos para trocar conteúdos curiosos sobre

biologia. Após a produção da WebQuest, optei por não criar a página, uma vez que, em uma

das atividades do PIBID, também com WebQuest, realizada em outra turma não foi alcançado

o objetivo, permitindo que eu optasse por não utilizar nessa turma esse método.

A pergunta 8 era referente a utilização do e-mail, sendo que 47 alunos usam ou possuem

e-mail, 10 não utilizam e 7 alunos não responderam.

Essa pergunta era pra descobrir se os alunos utilizavam ou possuíam e-mail, para avaliar

se seria necessário criar um e-mail para cada aluno a fim de que me enviassem as atividades

solicitadas na WebQuest. Durante a realização das tarefas, a professora sugeriu a criação de

um e-mail para a turma ao invés de e-mails individuais, para facilitar o trabalho. Acatei a

sugestão e criei um e-mail com senha para cada turma e disponibilizei aos alunos. Eles

acessavam esse e-mail e enviam as tarefas prontas para o e-mail coletivo. Os alunos tiveram

uma primeira dificuldade ao utilizá-lo, mas logo depois pegaram o jeito.

A pergunta 9 e 10 coletavam informações sobre o uso do laboratório de informática na

escola, sendo que a pergunta 9 era referente as vezes que eles utilizaram o laboratório no ano,

sendo que 43 alunos afirmaram que utilizaram o ambiente de 1-3 vezes, 3 alunos usaram de 5-

7 vezes e 18 alunos não utilizaram nenhuma vez. Dessa forma ficou evidente que o

laboratório da escola é subutilizado pelos professores. A questão 10, que pergunta se eles

gostariam de realizar visitas e atividades no laboratório, obteve um resultado unânime, sendo

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que todos os 64 alunos responderam que gostariam de ter aulas no laboratório, demonstrando

o interesse dos alunos em realizar atividades diferenciadas no contexto escolar.

5.3 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DA E.E.E.F.M. PROFESSOR

EDUARDO LIMA E SILVA

O laboratório de informática da E.E.E.F.M. Professor Eduardo Lima e Silva (Figura 1)

funciona na escola desde o ano 2010, não possui um técnico em informática, mas, uma

professora responsável, formada em Ciências Biológicas pela UNIR, que não está lecionando

(readaptação temporária). Essa professora infelizmente nem sempre pode estar presente na

escola no período da tarde, mas é um local muito bem equipado. O laboratório possui central

de ar localizada no fundo da sala, que supre a necessidade da mesma. É uma sala ampla, mas

como quase não é utilizada, nem sempre ela está limpa, e esse serviço só é realizado sob

supervisão da professora responsável pelo laboratório, ou por algum professor. À frente temos

um quadro branco, e uma TV LCD para ser utilizada como monitor, para orientar os alunos. O

laboratório possui 18 computadores, sendo que cada bancada possuem duas cadeiras, essas

confortáveis. Algumas máquinas tinham problemas nas ferramentas de edição de texto; todos

os computadores possuíam fone de ouvido, em funcionando. O sistema operacional utilizado

é o Linux, e percebe-se que devido a isso a dificuldade para utilizar o computador é maior

uma vez que os alunos estão adaptados à utilização de outro sistema operacional. A internet

utilizada é da “Oi”, é rápida, e quando há qualquer problema em relação à internet, o prazo da

visita de um técnico da mesma empresa é de aproximadamente dois dias.

Figura 1. Laboratório de Informática da E.E.E.F.M Profº. Eduardo Lima e Silva. Fonte: Líria Daiane

Ribeiro de Almeida, 2014.

De acordo com Carvalho e Monteiro (2012), a efetivação de laboratório de informática

nas escolas públicas faz parte de uma política de financiamento da educação do governo

federal proporcionada pelo MEC por meio do PROINFO. Esse programa visa universalizar o

uso da tecnologia a partir da capacitação de recursos e instalação de computadores nas

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escolas, assegurando-se as exigências de infraestrutura física e de suporte técnico como

contrapartida dos sistemas de ensino federal, estadual e municipal. (BRASIL, 1997)

De acordo com os autores, o principal objetivo das diretrizes do PROINFO é melhorar a

qualidade dos processos de ensino e aprendizagem nas escolas públicas do Ensino

Fundamental e Médio, buscando oferecer oportunidade a todos à igualdade de acesso a

instrumentos tecnológicos.

O uso do laboratório da escola Eduardo Lima e Silva é possibilitado por uma

organização que permita um agendamento prévio por parte de quem irá utilizá-los. O

principal problema no uso do laboratório é a falta de um profissional capacitado que fique

responsável pelo laboratório, uma vez que na escola temos somente uma única professora

responsável pelo uso do mesmo; além disso, os professores não são estimulados a utilizar o

laboratório durante suas aulas, e muitos não tem interesse ou não sabem utilizar, alguns levam

os alunos para sala de informática sem um planejamento do que vão fazer. Desta forma o que

observamos é que o laboratório é subutilizado nesta escola. A partir desta constatação nos

apoiamos nas reflexões de Valente (1999), que nos traz que as ações que buscam implementar

a tecnologia nas escolas requerem uma mudança de modelo da atividade educacional (grifo

nosso) tradicional focada apenas no ensino para uma atividade centrada no processo de ensino

e aprendizagem. Nesse sentido, não basta somente colocar um laboratório de informática ou

distribuir computadores nas escolas, é preciso que os mecanismos implícitos a esse modelo

educacional seja assimilado para que os laboratórios de informática não sejam utilizados

abaixo de sua capacidade ou transformados em “enfeites” nas escolas.

Os PCNs também trazem recomendações no sentido de uma nova pedagogia nas

escolas, no que se refere ao uso do computador como auxiliar nos processos de ensino e

aprendizagem. (BRASIL, 1997). Carvalho e Monteiro (2012, p. 350), afirmam que essa

recomendação requer que a escola interaja com as tecnologias da informação e da

comunicação, com vistas para ampliar as bases sobre as quais o conhecimento auxiliado pelo

computador é construído.

Entende-se que a implantação do Laboratório de Informática nas escolas, é parte de um

mecanismo de mudança que a mesma precisa pensar com base no interesse de seus usuários,

ou seja, as pessoas que dão significado ao cotidiano escolar como professores, funcionários,

estudantes e etc. Por isso se faz tão necessário o diálogo entre os professores e gestão escolar,

para que os ambientes escolares sejam utilizados corretamente.

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5.4 CONSTRUINDO A WEBQUEST

5.4.1 Onde tudo começou

A ideia de trabalhar com WebQuest surgiu através dos estágios obrigatórios curriculares

da disciplina de Prática de Ensino executados durante o 8° período do curso de Ciências

Biológicas da Universidade Federal de Rondônia – UNIR e, também através das experiências

durante a participação como bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à

Docência (PIBID).

No cenário acadêmico atual, percebe-se que muitos alunos escolhem a docência por

falta de opção, por dificuldades encontradas durante o processo de formação, e não por

motivação. Diante disso, iniciativas como o PIBID, contribuem para que os alunos tenham a

possibilidade de ter acesso a saberes docentes fundamentais para a sua formação mobilizados

no exercício da docência (SILVA, 2014).

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) é uma ação

conjunta do Ministério da Educação (MEC), por intermédio da Secretaria de Educação

Superior (SESu), da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES), e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que tem

como principal objetivo fomentar a iniciação à docência de estudantes das instituições

federais de educação superior e preparar a formação de docentes em nível superior, em cursos

de licenciatura presencial plena, para atuar na educação básica de escolas da rede pública

(BRASIL, 2007).

O PIBID do curso de Ciências Biológicas iniciou as atividades em 2008, quando o edital

da CAPES priorizava os cursos de licenciatura em Física, Química, Matemática e Biologia

voltados para atuação no Ensino Médio (ALMEIDA, 2013). O subprojeto também foi

selecionado no edital de 2010, e 2013 atualmente finalizando o primeiro ano de atividades do

projeto aprovado no último edital.

O PIBID/Biologia conta com uma equipe de 24 bolsistas de iniciação à docência que

atuam em quatro escolas da educação básica, quatro professores supervisores (professores de

Biologia que atuam nas escolas parceiras) e duas coordenadoras professoras da universidade.

O subprojeto pretende atuar na formação inicial através da inserção dos bolsistas no cotidiano

de escolas da rede pública de educação, e da identificação de problemas no processo ensino-

aprendizagem a fim de desenvolver experiências metodológicas e práticas docentes que se

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orientem para superação destes, sempre que possível, utilizando recursos de tecnologia da

informação e comunicação (internet, correio eletrônico, blogs, webquest).

Uma das primeiras atividades que realizei nas escolas que atuei como bolsista foi a

observação das aulas da professora de Biologia, onde percebi que as aulas expositivas eram

constantes e o principal método utilizado em sala de aula com os alunos. Através da

observação da escola, em atividades rotineiras do PIBID, notei que existiam outros

ambientes disponíveis para serem utilizados pelos professores, como laboratório de ciências

- este se encontrava presente na metodologia da professora -, laboratório de informática, sala

de leitura, biblioteca, sala de TV e Vídeo, etc. Como uma das metas do subprojeto

PIBID/Ciências Biológicas consistia em utilizar o as tecnologias de informação e

comunicação em aulas de ciências e biologia, optou-se por desenvolver a pesquisa na área da

informática educativa, utilizando WebQuest.

Diante do que foi exposto, afirmo que o PIBID traz uma contribuição imensurável para

o crescimento profissional de quem deseja seguir a carreira docente, uma vez que o

Programa promove o contato direto com a realidade das escolas públicas do estado,

permitindo que os bolsistas observem a escola, os alunos, as metodologias utilizadas, enfim

todo o contexto no qual a educação está inserida. Pude observar a importância de realizar

atividades que mobilizem a atenção do aluno, seja ela uma aula prática, um jogo, um quiz ou

uma aula utilizando as tecnologias. As aulas de ciências e biologia podem ser desenvolvidas

de várias formas visando a construção do conhecimento, e o PIBID promove a interação com

o professor supervisor para o planejamento e reconhecimento das metodologias que podem

ser utilizadas, procurando diminuir as aulas expositivas, que muitas vezes tornam o conteúdo

maçante, promovendo o desinteresse pela disciplina.

Após a definição do que seria trabalhado, a primeira etapa da pesquisa foi a produção de

uma oficina para criação de WebQuests, com os bolsistas do PIBID, grupo do qual participo, e

como dito anteriormente, prepara os acadêmicos para a docência. Para trabalhar na oficina,

utilizamos o site www.webquestfacil.com.br, dividimos a atividade em dupla, onde cada

dupla deveria fazer seu cadastro, e criar sua WebQuest sobre o conteúdo que quisesse. Logo

após as produções, os mesmos salvavam e enviavam para o meu e-mail e para o e-mail da

minha orientadora, também coordenadora do Subprojeto PIBID/Biologia na Universidade

Federal de Rondônia. Em seguida nós faríamos a avaliação das WebQuests produzidas durante

a oficina, verificando a estrutura e as sessões da mesma, dando sugestões no que poderia ser

melhorado.

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A oficina permitiu que nós como bolsistas e futuros docentes, refletíssemos sobre o uso

dessa metodologia e entendêssemos a importância de se utilizar os diferentes recursos

disponíveis nas escolas para auxiliar os alunos na construção do conhecimento. A oficina

permitiu que nós trabalhássemos a criatividade e nos puséssemos no lugar do aluno,

imaginando o que eles gostariam de trabalhar. A oficina de WebQuest serviu como base para a

produção da minha, uma vez que a avaliação daquelas produzidas na oficina norteou-me no

que diz respeito a uma boa estrutura e na criação de tarefas na qual os alunos fossem capazes

de realizar.

Minha primeira experiência com WebQuest foi desenvolvida na Escola de Ensino

Fundamental e Médio Mariana no final de 2013. Criei uma WebQuest com o tema

“Conhecendo Melhor o Câncer” e apliquei junto aos alunos do primeiro ano do ensino médio;

essa atividade contribuiu para meu amadurecimento, uma vez que apesar de os temas

trabalhados serem totalmente diferentes, os alunos se comportaram frente a atividade de

formas parecidas. A aplicação desta WebQuest só contribuiu para que eu percebesse a

motivação e o empenho dos alunos frente a uma atividade diferenciada. Perceber que os

alunos se empolgam ao ir para um ambiente diferente, utilizar um equipamento que faz parte

do dia-a-dia da maioria deles foi interessante e motivador. A utilização da WebQuest é

totalmente possível se a escola possuir um ambiente informatizado. Cabe ao professor sentir o

desejo de planejar e aplicar uma WebQuest aos alunos. Essa primeira experiência permitiu que

eu modificasse grande parte da metodologia utilizada, para que a atividade se tornasse o mais

simples possível, no que abrange a questão da utilização da WebQuest.

Em 2014 a partir do novo projeto do PIBID, houve alterações nas escolas e na

distribuição de bolsistas e passei a atuar na E.E.E.F.M.Professor Eduardo Lima e Silva onde

dei continuidade as atividades do programa e de pesquisa.

Em conjunto com a professora supervisora do PIBID defini o tema da WebQuest que

seria trabalhada com os alunos nesta escola. O tema surgiu, pois a professora estava

trabalhando o conteúdo conceitual Embriologia e Tecidos; e tivemos a ideia de trabalhar com

Células-Tronco, pois esse é um assunto que acaba sendo pouco discutido apesar de ser muito

importante, muitas pessoas conhecem pouco acerca desse tema.

5.4.2 WebQuest: Descobrindo as Células-Troncos

Dei início então a elaboração da WebQuest. O site utilizado para produção da foi então

o www.zunal.com, um site com linguagem em inglês (Figura 2), mas que pode ser produzido

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na Língua Portuguesa e apresenta diversos recursos na organização da WebQuest, tornando-os

mais didático e mais fácil na organização dos sites para orientar nas tarefas.

Figura 2: Página Inicial do Criador de WebQuest Zunal. Fonte: www.zunal.com.

A WebQuest produzida tinha como título “Descobrindo as Células-Tronco” e pode ser

acessada diretamente pelo link: http://zunal.com/webquest.php?w=251796.

A WebQuest realizada com os alunos de acordo com a definição de Dodge, se classifica

como curta, por ter duração de duas aulas.

A WebQuest como exposto anteriormente, é dividida em seções, sendo estas a

Introdução, Tarefas, Processo, Avaliação, Conclusão e Créditos.

No Zunal, temos uma página de boas-vindas (Figura 3), dando uma pequena descrição

do que os alunos farão durante a aula, também traz informações como título da WebQuest,

nome do autor, nível da classe que vai realizar as tarefas e a que disciplina ela se classifica.

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Figura 3: Primeira página da WebQuest: boas-vindas. Fonte: http://zunal.com/webquest.php?w=251796.

A Introdução da WebQuest (Figura 4) é uma das seções mais importantes, pois é ela

deve chamar a atenção do aluno para que o mesmo possa sentir vontade em realizar a

atividade. A introdução dessa WebQuest foi produzida com esse objetivo, dando uma pequena

introdução sobre o conteúdo e depois fazendo com que os alunos assumissem um papel

diferente para realizarem a atividade e se interessassem em desvendar as tarefas. Nessa

WebQuest, os alunos assumiram papéis de jornalistas de uma famosa revista, e os mesmos

tinham um papel extremamente importante em ajudar as pessoas a descobrirem um pouco

mais sobre o uso em pesquisas deste tipo de célula. Também é nessa seção que é exposta a

principal atividade que os mesmos devem realizar.

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Figura 4: Página da Introdução da WebQuest. Fonte: http://zunal.com/introduction.php?w=251796.

As Tarefas (Figura 5) são a alma da WebQuest, é nessa seção que os alunos encontram

o que vão produzir durante a atividade. Essa WebQuest se resume em 4 tarefas:

1- Construir uma tabela com os tipos de células-tronco.

2- Preencha a tabela com três pontos positivos e três pontos negativos em

relação ao uso de células-tronco.

3- Você é um renomado jornalista da revista VEJA e terá que produzir

uma reportagem sobre o uso de células-tronco no Brasil, citando pelos menos duas

doenças que podem ser beneficiadas com o tratamento feito com esse tipo de célula.

4- Acessar o link das questões on-line e respondê-las.

Não foi uma tarefa “fácil” escolher o que pedir que os alunos entregassem como

produto final. Já havia sido definido o tema a se trabalhar na WebQuest, mas as tarefas

foram pensadas posteriormente de acordo com o tempo que teríamos disponíveis no

laboratório de informática da escola.

Foi perceptível a grande dificuldade em criar tarefas que fossem do interesse dos

alunos. A criação de tarefas exige tempo, pois deve ser motivante e num nível que os

alunos sejam capazes de resolver. As tarefas foram pensadas na possibilidade de serem

concluídas em duas aulas no próprio laboratório, durante as aulas, sem ser necessário se

estender para casa, uma vez que não possuíamos muito tempo para se trabalhar com a

WebQuest.

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A tarefa 1 e 2 são de preenchimento de tabelas. A tarefa 1 foi pensada para que os

alunos tivessem um conceito sobre o que eram as células-tronco, para que serviam e quais

as suas divisões em relação ao lugar que eram retiradas. A tarefa 2 tinha como objetivo

que os alunos selecionassem dos sites disponíveis nos processos, informações sobre o uso

das células-troncos e a partir de então formassem opiniões e as pontuassem como positiva

ou negativa em relação ao uso dessas células em pesquisas.

A tarefa 3 era a de maior valor e exigia dos alunos a criação de uma reportagem

sobre células-tronco, dessa vez incluindo informações importantes acerca das pesquisas no

Brasil. Pedia que os alunos incluíssem além dos conhecimentos adquiridos nas tarefas

anteriores, sobre a liberação e a polêmica que gira em torno dessas pesquisas e se aqui elas

já estão sendo utilizadas em algum tratamento, e citar doenças cujo tratamento pode ser

beneficiados com o uso de células-tronco.

A tarefa 4, era uma tarefa somente de avaliação dos conhecimentos adquiridos, onde

os alunos respondiam um questionário com 10 perguntas sobre o tema estudado, e no final

a página gerava a quantidade de acertos dos alunos. A maioria das duplas tiveram acertos

consideráveis.

Figura 5: Página da Tarefa da WebQuest. Fonte: http://zunal.com/tasks.php?w=251796.

Na etapa Processo os alunos encontram passo-a-passo como as tarefas devem ser

desenvolvidas. É nesta seção que o aluno encontra disponível os links que eles devem acessar

para realizar as tarefas.

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Na WebQuest, cada tarefa possui um processo especificando como os alunos devem

agir, e se as atividades eram individuais, em dupla ou em grupos.

No processo, a tarefa 1 (Figura 6) pede que os alunos se dividam em duplas, e que os

alunos “baixem” primeiramente o documento do Word disponível abaixo, onde se encontram

os links para responder as tarefas, ao baixar a tabela, como tínhamos um grande problema por

o Servidor dos computadores ser o Linux, os alunos tinham uma certa dificuldade em salvar e

abrir novamente depois. Devido esse fator, foi utilizado o monitor TV que fica na frente da

sala para que fizéssemos essa etapa junto. Após eles abrirem o documento, os mesmos já

encontravam a tabela pronta (Apêndice C) e iniciavam a pesquisa nos links dos sites

disponíveis. Na figura 7 podemos ver os sites que seriam utilizados:

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI472268-EI1434,00.html

http://guiadobebe.uol.com.br/o-que-sao-celulas-tronco/

http://www.bcubrasil.com.br/celula-tronco

http://celulastroncors.org.br/celulas-tronco-2/

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Biotecnologia/biotecnologia4.php

Figura 6: Página de Processos da WebQuest. Fonte: http://zunal.com/process.php?w=251796

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Figura 7: Página de Processos da WebQuest, links dos sites para pesquisa da tarefa 1. Fonte:

http://zunal.com/process.php?w=251796.

Todas as tarefas foram realizadas em dupla. Na tarefa 2 os alunos fizeram o mesmo que

na tarefa 1, baixaram e abriram a tabela (Apêndice D) disponível e pronta pra eles

preencherem, alguns alunos realizaram esse processo sozinhos e outros precisaram de ajuda e

novamente fui à frente da sala para fazermos juntos mais uma vez.

Na tarefa 3 (Figura 8), os alunos criaram uma pequena reportagem de no máximo 20

linhas e foi especificado quais informações deveriam conter no texto, desde as coletas de

informações para preenchimento de tabelas até a produção da reportagem. Também foi

lembrado aos alunos que essa tarefa deveria ser produzida com as próprias palavras deles, sem

plágio da internet, sem o “famoso” copia e cola, e caso eles tirassem qualquer informação

idêntica a da internet que os mesmos colocassem as referências.

A tarefa 4, como dito anteriormente serviu para que eles testassem os conhecimentos,

então nos processos foi especificado como seria feito, quantas questões eram e informava que

o próprio site computava a nota dos alunos, mas essa nota não fica gravada. Os alunos podem

repetir o teste quantas vezes quiserem.

Foi criado um e-mail com senha, que além de estar presente nos processos da

WebQuest, também foi escrito no quadro branco. Ao terminar as tarefas, os alunos entravam

neste e-mail e enviavam as atividades finalizadas para o mesmo e-mail. Muitos alunos não

sabiam arquivar e-mail, e aprenderam durante a WebQuest, tanto que na segunda aula eles já

faziam o processo sozinhos.

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Figura 8: Página de Processos da WebQuest. Fonte: http://zunal.com/process.php?w=251796.

Abaixo (Figura 9), segue os links para as tarefas 2, 3 e 4, sendo que todos eles são

intitulados indicando o número da tarefa. As tabelas também são indicadas com numeração,

para que os alunos não fiquem perdidos em meio a tanta informações, devido a isso,

direcionar os alunos ao site referente a tarefa facilita o processo de produção. Alguns sites

foram utilizados para as 3 primeiras tarefas, pois continham informações para ambas

atividades (Figura 7).

Tarefa 2:

http://www.ghente.org/temas/celulas-tronco/discussao_prosecontras.htm

Os alunos foram orientados a escolher três das opiniões e acessar o link “clique aqui”,

tanto das personalidades que tinham opinião contra e das que tinham opinião a favor e obter

mais informações para passar à tabela.

Tarefa 3:

http://noticias.terra.com.br/ciencia/pesquisa/brasil-promove-tratamento-com-celulas-tronco-

para-combater-a-cegueira,57deac678e6a0410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html

http://centrho.com.br/criovidaBeneficios.aspx

http://ciencia.hsw.uol.com.br/celulas-tronco6.htm

http://www.brasilescola.com/biologia/celula-mae3.htm

http://celulastronconews.blogspot.com.br/2012/04/sorriso-pensante.html

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Tarefa 4:

http://educacao.uol.com.br/quiz/2012/11/26/o-que-voce-sabe-sobre-celulas-tronco.htm

Figura 9: Página de Processos da WebQuest, links dos sites para pesquisa da tarefa 2,3 e 4. Fonte:

http://zunal.com/process.php?w=251796.

Na Avaliação (Figura 10) os alunos encontram como está distribuída a nota da

WebQuest entre as tarefas. Têm-se como objetivo avaliar o produto final das atividades e

perceber se os alunos conseguiram assimilar o que foi pedido, assimilar o conteúdo e se a

atividade teve contribuição na construção do conhecimento.

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Figura 10: Página de Avaliação da WebQuest. Fonte: http://zunal.com/evaluation.php?w=251796.

A Conclusão (Figura 11) da WebQuest deve ser breve, e nada mais é do que um

fechamento da atividade como um todo, provocando uma possível reflexão do conhecimento

adquirido durante as aulas e deixar uma indagação para que eles não parem ali e queiram

buscar cada vez mais atualizar suas informações sobre o assunto. Após todos terem terminado

a atividade, um dos alunos leu a conclusão em voz alta.

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Figura 11: Página de Conclusão da WebQuest. Fonte: http://zunal.com/conclusion.php?w=251796.

Os Créditos (Figura 12) nada mais são do que o nome de todas as pessoas envolvidas

na criação da WebQuest, e as referências, os sites onde encontramos todas as informações

para dar início a atividade. Esta WebQuest foi produzida sob orientação da professora Msc.

Andreia Dias de Almeida, e as aulas foram cedidas pela professora Judite Lina dos Anjos, e

por esta razão, seus nomes constam nos créditos.

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Figura 12: Página de Créditos da WebQuest. Fonte: http://zunal.com/teacherspage.php?w=251796.

5.5 APLICAÇÃO DA WEBQUEST

A WebQuest intitulada como “Descobrindo as Células-Tronco” foi aplicada em três

turmas do 2º ano (B, C e D) do Ensino Médio Regular da E.E.E.F.M. Profº. Eduardo Lima e

Silva, no período de 08 à 15 de Setembro de 2014 e registradas através de fotos e anotações

em caderno de campo sempre que possível. Foram entregues antes das aulas, uma Solicitação

de Autorização (Apêndice E) à direção, para que fosse liberado o uso do laboratório de

informática. Também foi entregue à professora titular uma Solicitação de Autorização

(Apêndice F), para que ela liberasse as aulas para que a atividade fosse realizada. Aos alunos,

uma semana anterior, foram entregues as Solicitações de Autorização e Termo de Ciência

(Apêndice G), permitindo que os alunos fossem fotografados e que essas fotos e dados dos

alunos fossem utilizados em trabalhos científicos para publicação. Todos os alunos

entregaram as solicitações assinadas por seus responsáveis. Sendo assim, agora será descrita a

atividade realizada com os alunos:

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5.5.1 Aplicação com o 2º ANO B

A primeira aula com o 2º ano B, ocorreu no dia 09/09/2014 (terça-feira), no terceiro

tempo e foi observada por uma das bolsistas do PIBID atuante na escola, que será chamada de

Bolsista A.

Foi entregue a bolsista A um questionário (Apêndice H) com algumas perguntas para

orientar a observação. Essas perguntas eram relacionadas à quantidade de computadores na

sala, quantidade de alunos, divisão de alunos por computadores, domínio do professor e etc., e

por último perguntava a opinião do bolsista sobre a metodologia utilizada, perguntando se a

mesma utilizaria esse recurso e se ele achava importante para a construção do conhecimento,

pergunta essa que será discutida no final da descrição da aplicação da WebQuest nas turmas.

Os alunos chegaram ao laboratório sem atrasos e foram orientados a deixarem todas as

mochilas atrás da porta. Havia presentes na aula 27 alunos que foram indicados a sentarem em

duplas nos computadores. No laboratório de informática existem 19 computadores, mas 4 não

estavam com as ferramentas de produção de texto funcionando, ou seja, durante esta aula,

somente 15 computadores estavam disponíveis para que os alunos utilizassem (essa

quantidade varia, uma vez que os computadores oscilam nesta questão de funcionar ou não as

ferramentas). Sendo assim, na sala, tivemos 14 computadores ocupados por duplas, e 1 por

trio.

Os alunos receberam orientações da professora responsável pelo laboratório, onde eles

eram orientados a não acessarem nenhum outro site que não fosse pedido, não deixassem

sujeira no chão e para terem cuidado com os equipamentos.

Nesta primeira aula, os alunos encontraram os computadores já ligados, na página da

WebQuest e na página do e-mail, e já acomodados a aula iniciou. Inicialmente, fiz uma breve

apresentação aos alunos sobre o que é uma WebQuest e o sobre o conteúdo que

trabalharíamos na aula.

Como existe uma TV LCD podendo ser utilizada como monitor no laboratório de

informática, isso facilitou no direcionamento dos alunos, e possibilitou que fosse apresentado

aos mesmos o que cada seção possuía, inclusive onde estavam as tabelas e os links que eles

deveriam utilizar para realizar as tarefas, sempre frisando que não é necessária buscas em sites

aleatórios (Figura 13). Após mostrar aos alunos cada seção, os mesmos foram orientados a

voltar na introdução e dar início a WebQuest, sendo que qualquer dúvida acerca da atividade,

era tirada com todos, no monitor à frente da sala.

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Figura13: Mostrando aos alunos as seções da WebQuest. Fonte: Amanda Firmiano Oliveira.

O Sistema Operacional dos computadores da escola é o Linux, o que acaba dificultando

o uso do computador no momento de salvar arquivos e encontrá-los depois. Tentei mostrar

aos alunos como se realizava esse procedimento, mas tive que ir de mesa em mesa. Os alunos

iam acessando os links disponíveis nos processos preenchiam as tabelas, realizavam as

tarefas, tiravam dúvidas e de acordo com a observação da bolsista A, os alunos se

encontravam aparentemente muito a vontade no laboratório, e participavam com bastante

frequência da aula, tirando dúvidas e a cada tarefa realizada, surgiam questionamentos acerca

do tema.

No momento de salvar as atividades, e enviar por e-mail, também encontrei e observei

bastante dificuldade por parte dos alunos em anexar arquivos para serem enviados para o

correio eletrônico. Nesse momento, tentei ensiná-los no monitor à frente da sala, mas mesmo

assim, não obtive sucesso. Em seguida, os alunos que iam terminando as atividades, eu ia até

o computador destes e ensinava-os passo a passo a salvar o documento, anexá-lo e enviá-lo

por e-mail. Algumas duplas conseguiram preencher as duas tabelas na primeira aula, e outros

iam mais além, finalizando até terceira atividade.

Quando terminava a aula, eu orientava aqueles alunos que estavam terminando ou

realizando alguma tarefa que estava incompleta a deixarem abertas no computador, que eu

passaria de mesa em mesa, salvando em um pen drive, onde, na aula seguinte, eu passaria

novamente para os mesmos. Não criei uma pasta no próprio computador para salvar esses

arquivos incompletos, pois existem vários Usuários no Sistema Operacional, e, como o

objetivo era que na aula seguinte os alunos ao chegarem no laboratório realizassem o processo

desde o momento em que o computador é ligado até a busca do site da WebQuest, e também,

não existia a possibilidade de gravar qual era o usuário de cada dupla utilizado naquela aula,

optou-se então por salvar essas tarefas incompletas no pen drive.

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Nessa primeira aula, pude observar que apesar de a maioria dos alunos saberem acessar

a internet, viverem ligados nas redes sociais, muitos encontram dificuldades em mexer no

básico do computador, além de terem bastante dificuldade na utilização do e-mail. Apesar

dessa dificuldade, percebeu-se também, que muitos alunos pegavam rápido o jeito de utilizar

e enviar e-mails, diminuindo o nível de dificuldade já no segundo envio das tarefas. Isso

comprovou que apesar de os alunos possuírem o computador em casa, mesmo isso sendo um

indicativo, não significa que ele esteja sendo utilizado por esses alunos, uma vez que a

maioria utiliza o celular com internet, que apesar de ter opções de produção de texto,

produção de apresentações, os jovens os utilizam somente para acesso às redes sociais.

Não foi encontrado nenhuma dupla, nenhum aluno acessando quaisquer site que

estivesse fora do contexto da WebQuest ou que não estivesse indicados na mesma.

Figura 14: Aplicação WebQuest 2º B. Fonte: Amanda Firmiano Oliveira.

A segunda e última aula ocorreu no dia 11/09/2014 (Quinta-Feira) no primeiro tempo e

foi observada também pela bolsista Amanda Firmiano Oliveira.

Nesta aula, tinham 26 alunos presentes e somente 13 computadores funcionando, devido

ao mesmo problema da aula anterior.

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Os alunos entram no laboratório, são orientados a deixarem novamente a mochila no

canto da sala, e se acomodam nos respectivos computadores. Os mesmos ligam a máquina e

acessam a página da WebQuest: www.zunal.com. O site foi anotado no quadro branco antes

dos alunos chegarem. No monitor da TV, eu ensinava-os a chegarem até a nossa WebQuest.

Passei as atividades incompletas para os respectivos alunos e os mesmos começaram

novamente as pesquisas para responder as tarefas propostas, sem a necessidade de pedirem

ajuda ao navegar pela WebQuet. Ao terminarem, os mesmos acessavam a página do e-mail

(www.hotmail.com) e entravam. O e-mail e a senha estavam na seção dos Processos. Ao

entrarem, muitos já haviam aprendido a salvar e enviar com a aula anterior e a ajuda que

precisavam às vezes eram mínimas. Muitos já não precisavam mais de ajuda e outros ainda

encontravam dificuldades. A última atividade (Quiz) era somente para treinar os

conhecimentos adquiridos durante as aulas. Por fim, os alunos respondiam um questionário

avaliando as aulas, dando opiniões sobre o que mais gostaram e o que mais sentiram

dificuldade.

Ao analisar as tarefas respondidas, em relação a tarefa 1, que era para preencher uma

tabela com os tipos de células-tronco, o que eram e pra que serviam, percebi que os alunos

liam o conteúdos dos sites para preencher as tabelas, mas não reproduziam suas respostas com

opiniões próprias. Ao acharem uma frase, um termo, um texto que lhes fosse importante, eles

simplesmente faziam o famoso “copiar e colar”, ao analisar a atividade de todos, percebi que

todos, sem exceção fizeram a mesma forma. O que eu queria que os alunos entendessem era

que pra se retirar algo da internet, é necessário a leitura para selecionar a melhor informação,

meta que foi atingida, e que eles entendessem que tudo que se copia exatamente igual ao que

está escrito no site, é necessária a informação de onde aquilo foi retirado, meta não atingida.

Cada dupla selecionou a informação do site que mais lhe chamou a atenção.

A tarefa 2, os alunos nem tiveram o trabalho de abrir os links para uma leitura prévia do

que utilizariam para formar suas ideias contras e a favor do uso de pesquisas com células-

tronco, eles simplesmente copiaram do site principal, opiniões aleatórias, que muitas vezes

não se encaixavam no contexto da tarefa. Somente uma dupla formou sua própria opinião e

transcreveu para a tabela.

A tarefa 3, muitos alunos conseguiram alcançar o objetivo da atividade, associando as

informações e montando seus respectivos textos, os demais, abriam o primeiro site que viam

intitulado como tarefa 3 e copiavam boa parte do texto não se preocupando em procurar as

informações para produzirem seus textos. Haviam textos com uma linguagem bem simples,

mas que continham todas as informações pedidas na tarefa.

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A Tarefa 4 foi realizada por todos os alunos e muitos se divertiam refazendo a atividade

até acertarem todas as questões. Eles interagiam, tiravam dúvidas e discutiam sobre o assunto

entre eles, objetivo alcançado, uma vez que foi um momento de descontração durante a

WebQuest.

Após as atividades, fiz as correções das atividades entregues, uma vez que elas foram

avaliadas de acordo com os critérios que estavam na WebQuest e depois repassei para a

professora titular.

5.5.2 Aplicação com o 2º ANO C

A primeira aula com o 2º ano C ocorreu no dia 10/09/2014 (quarta-feira), no segundo

tempo, e foi observado pela bolsista do PIBID B.

Os alunos chegaram ao laboratório e foram orientados a deixarem a mochila também no

canto da sala. Os alunos do 2º ano C também foram orientados não acessarem sites que não

fossem pedidos, uma vez que se assim o fizessem, seriam retirados da aula. Eles foram

orientados a se acomodarem em duplas nos computadores. Haviam 19 alunos presentes na

sala, 15 computadores funcionando e 9 sendo utilizados pelos alunos. Também foram

orientados a sentarem em duplas. Nessa turma foi utilizada a mesma metodologia do 2º ano B,

os alunos já encontraram a página da WebQuest aberta, fiz o mesmo processo de explanação

do que seria realizado, e então eles iniciaram as tarefas.

Assim como na turma anterior, os alunos encontraram dificuldades na utilização do

computador por causa do sistema operacional, dificultando salvamento e abertura de arquivos.

Os alunos da turma C aparentavam muito mais empolgação do que a turma anterior. Não

tivemos problemas de alunos acessando outros sites, os mesmos interagiam bastante, e a

maior parte dos alunos concluiu a primeira etapa nesta primeira aula. Os alunos que tinham

dificuldades em baixar as tabelas, realizei o mesmo esquema que na turma interior, fui no

monitor à frente da sala, pedi que todos parassem e fossem fazendo junto comigo. Os que

após isso, continuavam com dificuldades, o auxílio era realizado de mesa em mesa. O envio

por e-mail seguiu-se da mesma forma.

Para os alunos que deixavam as tarefas incompletas, os mesmos foram a orientados da

mesma forma da turma anterior, onde as atividades incompletas eu salvaria no pen drive para

passá-los na aula seguinte para que concluíssem.

A segunda aula ocorreu no dia 12/09/2014 (sexta-feira), no segundo tempo, 15 alunos

presentes, 15 computadores funcionando e 9 sendo utilizados. Ao chegarem na sala, os

mesmos encontraram os computadores ligados, mas não na página da WebQuest, sendo que

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eles teriam que encontrá-la, sendo orientados por mim no monitor à frente da sala. Após todos

encontrarem a WebQuest, que foi muito rápido, eu passei nas mesas de quem havia deixado as

tarefas incompletas. Os alunos continuaram fazendo as tarefas, e os mesmos abriram o e-mail

para enviar as tarefas, sendo que a maioria deles conseguiram enviar a tarefa por e-mail sem

pedir ajuda. No momento da correção das atividades, percebeu-se o mesmo problema da

turma anterior. Os alunos não tinham o trabalho de ler os sites e selecionar uma informação

mais coerente para construir suas respostas. A maioria deles faziam cópias de trechos que

algumas vezes nem se encaixavam no que a tarefa pedia, principalmente na tarefa 3. Apesar

de o desempenho desta turma ter sido inferior ao da turma B, o trabalho com eles fluiu de uma

forma mais tranquila, pois os alunos interagiram bem mais, participaram mais, tiraram

dúvidas, se sentiram mais à vontade durante as aulas. Todos que estavam presentes na última

aula entregaram as tarefas.

Não tivemos problemas com alunos acessando sites impróprios, ou desviando a atenção

das tarefas.

A avaliação também foi feita levando-se em consideração o que foi destacado na

WebQuest, após lançar as notas elas foram repassadas para professora titular.

Figura 15: Aplicação WebQuest 2º C. Fonte: Líria Daiane R. de Almeida.

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5.5.3 Aplicação com o 2º ANO D

A primeira aula com o 2º ano D ocorreu no dia 10/09/2014 (quarta-feira), no primeiro

tempo. Cheguei à escola mais cedo para deixar o laboratório pronto para o uso dos alunos.

Essa turma também foi observada pela bolsista do PIBID B.

Tinham 21 alunos presentes nesta primeira aula, chegaram ao laboratório sem atrasos, e

foram orientados da mesma forma que nas demais turmas. Em todas as turmas, a metodologia

utilizada foi a mesma. Os alunos foram orientados a não acessarem sites aleatórios senão

seriam retirados da sala. Os mesmos deixaram as bolsas à frente do laboratório, sentaram em

duplas. Tinham 15 computadores sendo utilizados. Essa turma foi um pouco mais difícil de

controlar pois eles conversavam muito, queriam iniciar sozinhos. Mas chamei a atenção dos

mesmos e comecei a orientá-los. Utilizei a mesma metodologia das outras turmas em relação

a explanação do conteúdo a ser trabalhado.

De acordo com a bolsista B, os alunos interagiram, tirando dúvidas, acrescentando

conhecimentos e interagindo comigo e entre eles mesmos e que o controle da turma estava na

medida.

Nesta turma foi observado a mesma dificuldade das outras turmas, dificuldades em

salvar arquivo, achá-los no sistema operacional Linux, uma vez que os alunos estão

acostumados a utilizar somente o Windows. Os alunos também encontram muita dificuldade

em utilizar o e-mail, problema que foi superado. Os alunos fizeram as primeiras tarefas e

enviaram por e-mail. Os alunos que não terminavam, deixavam na tela do computador para

que eu salvasse no pen drive.

A segunda aula ocorreu no dia 12/09/2014 (sexta-feira), sendo 14 alunos presentes, não

precisei lembrar das mochilas, os mesmos chegavam e a deixavam no canto da sala. Um

computador por dupla, passei as tarefas incompletas para aqueles que iriam terminá-las e

continuar as demais tarefas. Como havia menos alunos dentro da sala, ela acabou sendo mais

tranquila. Logo no início da aula, dois alunos foram retirados da sala, pela professora titular,

por estarem acessando outro site que não era pra utilizarem. Os alunos conseguiram finalizar

todas as tarefas e enviar por e-mail. Poucos eram os alunos que precisavam de auxílio pra

realizar esse envio.

Durante a avaliação, os alunos apresentaram as mesmas dificuldades das outras turmas

em selecionar as informações para elaborarem suas respostas, principalmente na tarefa 3.

É realmente perceptível a animação e a curiosidade dos alunos em relação ao que seria

realizado. É muito importante observar essa interação dos alunos, a participação e o empenho

dos mesmos na atividade que ali estava sendo realizada. É empolgante quando se tem sucesso

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em uma atividade como esta, onde os alunos permitem e nos inspiram confiança, interação e

dinamismo.

Figura 16: Aplicação WebQuest 2º B. Fonte: Líria Daiane R. de Almeida

Como dito no início da descrição da aplicação com as turmas, as bolsistas A e B que

observaram as aulas, receberam um questionário onde a última pergunta era a seguinte: “Dê a

sua opinião sobre a metodologia (WebQuest) utilizada, dizendo se você utilizaria e se ela

auxilia na construção do conhecimento”.

A bolsista A que observou a turma do 2º ano B, respondeu o seguinte:

“Eu acho interessante, é uma boa ferramenta, pois os alunos em

geral tem bastante habilidade em usar computador e internet e

gostam disso, o que facilita e torna a atividade prazerosa. Eu

nunca utilizei WebQuest como ferramenta nas minhas aulas,

mas dependendo da turma e do conteúdo, eu utilizaria sim.”.

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A bolsista B, respondeu da seguinte forma:

“A utilização da WebQuest é fundamental para o aluno

desenvolver suas habilidades de pesquisas em sites. Dessa

forma os alunos constroem seus conhecimentos a partir de

fontes seguras onde o professor os orienta.”.

Com as respostas das bolsistas A e B percebemos que elas associam o uso do

computador e da internet como uma forma diferente e prazerosa para realizar tarefas. A

bolsista A deixou bem claro que dependendo da turma, do conteúdo trabalhado ela utilizaria a

ferramenta. Ou seja, existem muitos professores que deixam de realizar atividades com

determinadas turmas por causa desse preconceito em relação aos alunos. Quando cheguei a

escola, quando defini as turmas para trabalhar, decidi não escolher o 2º ano D, por causa do

comportamento. Fiquei com receio de levá-los para o laboratório e não conseguir “controlá-

los” e não concluir a atividade com eles, e acabei me surpreendendo totalmente. Os alunos

realizaram todas as tarefas, participaram de todos os momentos, interagiam com os outros

colegas, e apesar de serem agitados, não tivemos nenhum problema de indisciplina. Foi uma

turma “surpresa”.

Já a bolsista B, afirma algo importante que já foi discutido nos capítulos anteriores. A

importância de orientar os alunos na busca de sites confiáveis, de sites que tenham as

informações que eles precisam, da importância da leitura e da interpretação.

5.6 O QUE PENSAM OS ALUNOS SOBRE A WEBQUEST

No final das aulas, os alunos responderam um questionário (Apêndice I) onde o objetivo

era coletar informações sobre a aplicação da WebQuest, se os alunos sentiram dificuldades, do

que mais gostaram, do que menos gostaram, se os mesmos gostariam de frequentar mais

vezes o laboratório e etc. Os alunos não precisavam se identificar. Responderam ao

questionário um total de 55 alunos.

A questão 1 perguntava se os alunos haviam gostado da experiência de ir ao laboratório,

tendo unanimidade nas respostas, sendo que os 55 alunos responderam que sim. A pergunta 2

queria saber se os mesmos gostariam de voltar ao laboratório mais vezes, sendo que também,

todos os 55 alunos responderam sim.

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É completamente perceptível nas justificativas dos alunos nas demais perguntas que

serão discutidas à frente a falta que eles sentem de utilizar o laboratório de informática. A

maioria deles associa o benefício da atividade em relação a este uso. O laboratório da escola

apesar de ser muito bem equipado, é pouco utilizado. Como foi exposto anteriormente,

utilizar o laboratório de informática requer tempo do professor, uma vez que ele deve planejar

uma atividade que vai auxiliá-lo no processo de ensino, e esse projeto deve ser apresentado a

direção da escola para que o uso do mesmo seja agendado e a professora responsável por ele

esteja disponível.

A questão 3 era referente a WebQuest, e perguntava se a atividade realizada atendia as

expectativas dos mesmos e pedia que eles justificassem suas respostas. Sendo assim, 44

alunos responderam que “sim” as atividades atenderam suas expectativas; as justificativas

evidenciam que os alunos acreditam que as aulas com a utilização dos computadores

modificam a rotina escolar e são mais atrativas como podemos perceber nas respostas abaixo:

“Porque, achei muito interessante as pesquisa, pois eu não

esperava ter aulas no laboratório de informática.”

“Sim, pois me ajudou a conhecer mais sobre o assunto, e foi um

meio muito criativo de ensinar, e conseguir atenção dos

alunos.”

“Eu acho que a gente deveria vim mais vezes no laboratório por

que as aulas somente nas salas fica muito repetitivas eu gostei

muito de todas as atividades realizadas.”

“É muito divertido fazer atividades pesquisando, tirando as

dúvidas em vários sites conhecendo tudo sobre biologia.”

A maioria dos alunos associou a atividade realizada realmente como eu imaginei que

seria, as tarefas realizadas auxiliarem na construção de um conhecimento maior sobre o uso

de células-tronco, uma vez que é um conteúdo que muitas vezes passa pelos alunos de forma

muito rápida e expositiva.

Os 5 alunos que responderam “parcialmente” ; justificaram relacionando a qualidade

das tarefas, ou até mesmo aos computadores que muitas vezes dificultavam o

desenvolvimento da atividade.

“Mais ou menos, porque pensei que íamos interagir mais, e não

apenas ficar respondendo atividades no computador”.

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“Porque os computadores em que fui não prestavam, mas a

aula em si estava muito dinâmica e foi bem gratificatória e

educativa.”

O aluno que respondeu que a atividade não havia atendido suas expectativas justificou,

assim:

“Porque pensei que seria algo mais difícil, que teríamos que

fazer trabalho.”

A pergunta 4, procurava investigar se eles sentiram dificuldades em realizar alguma

tarefa, uma vez que Valente (2000) afirma que o fazer, nem sempre é garantia do

compreender. A maioria (28) disse que sim, encontraram dificuldades, 13 responderam

parcialmente e 14 responderam que não. Nesta questão os alunos deveriam justificar suas

respostas no intuito de pesquisar quais as dificuldades foram as mais frequentes; foi possível

identificar no grupo de alunos que relataram ter dificuldades parciais ou não, que algumas

respostas estavam relacionadas a dificuldades de encontrar as respostas nos sites ou mesmo a

qualidade dos mesmos:

“Porque nos sites não encontrei muito conteúdo.”

“Era um pouco difícil de encontrar as respostas”.

“Porque tinham algumas respostas difíceis de achar”.

Estas respostas podem evidenciar que a busca de informações mesmo em fontes pré-

definidas não se constitui em uma tarefa fácil para os alunos, podendo indicar a necessidade

de mais trabalhos deste tipo no cotidiano escolar tendo em vista que as competências e

habilidades relacionadas a seleção adequada de conteúdos em diferentes meios de

comunicação deve ser desenvolvidas em alunos do ensino médio.

Algumas justificativas estavam relacionadas a dificuldades na interpretação das

questões:

“Pois na questão 3 não consegui entender tanto.”

“Pois em algumas eu não tava entendendo a questão”

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Estas justificativas são importantes ferramentas de avaliação para o professor que pode

reavaliar a forma de enunciar as questões, ou mesmo perceber que mais atividades

relacionadas a interpretação de textos e questões precisam ser trabalhadas com os alunos.

Algumas falas relacionam as dificuldades em relação ao conteúdo e a produção de

texto:

“Porque, pra fazer tipo uma redação, é meio complicado”.

“Porque o conteúdo é bem complexo”.

Ao elaborar a questão pensou-se na dificuldade que os alunos encontrariam diante das

tarefas, especialmente da tarefa número 3, na busca das respostas nos sites e na produção do

texto que são dificuldades relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem, sendo que as

respostas dos alunos alcançaram minhas expectativas de que realmente eles encontrariam

dificuldades em juntar as informações para construírem seus próprios textos.

Dos alunos que responderam que não sentiram dificuldades, percebeu-se que aprovaram

a metodologia e as explicações realizadas:

“Porque o professor explica bem sobre o assunto.”

“Pois foram muito bem elaboradas as tarefas.”

“As tarefas realizadas eram bem fáceis e facilitou mais ainda

com o link no qual estavam as informações necessárias.”

“Muito fácil e divertida.”

A pergunta 5 tinha como objetivo saber se a WebQuest de alguma forma havia

acrescentado no aprendizado dos alunos, e que os mesmos justificassem. Destes alunos, 52

alunos responderam que sim, a atividade acrescentou de alguma forma no seu aprendizado, 1

aluno respondeu não e 2 alunos não responderam. O que foi interessante nas respostas dos

alunos, é que muitos associaram a atividade como sendo diferenciada e divertida, facilitando

assim seu aprendizado, muitos tinham respostas curtas afirmando somente que “aprenderam

mais”. Das justificativas, foram selecionadas 6 respostas dos alunos que responderam sim:

“Sim, pois consegui compreender alguns pontos do assunto

estudado de uma maneira mais fácil”.

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“Contribuiu, pois foi uma maneira diferente de aprender um

pouco mais sobre o assunto”.

“Sim, porque algumas coisas que não entendi muito em uma

aula deu para entender mais”.

“Sim, é mais divertido ter aulas no laboratório de informática.”

“Sim, fez eu me interessar mais pela matéria Biologia.”

O aluno que respondeu não, deu a seguinte justificativa:

“Não muita coisa, pois já tínhamos estudado aquilo nas nossas

aulas dentro de sala.”

A pergunta 6 e 7 tinha como objetivo descobrir o que os alunos mais gostaram e menos

gostaram na WebQuest, respectivamente, e pedia que eles dissessem o por quê. Em relação a

pergunta 6, as respostas foram diversas. Sendo assim, foram selecionadas 10 respostas:

“Foi de fazer em dupla, porque ficou mais fácil de fazer as

atividades”.

“Das atividades e do jeito que e nós fizemos, pois foi muito

legal e aprendi com isso.”

“ Eu gostei porque nunca fiz uma Webquest”.

“A mandar e-mail, porque eu não sabia”.

“Que todas as atividades foram feitas no computador”.

“O fato de aprender em lugar que não fosse a sala de aula”.

“O conteúdo, não tinha conhecimento, aprendi muito.”

“Das pesquisas, os sites estavam muito claros.”

“Tirinhas e o jogo de perguntas.”

“Das perguntas que foram muito criativas.”

E em relação a pergunta 7, muitos alunos não gostaram dos computadores que várias

vezes não funcionavam, obrigando-os a mudar de cadeira e reiniciar a atividade, assim como

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reclamaram da atividade 3, que era o esperado, pois muitos tiveram dificuldades para fazê-la.

Desta pergunta, foram selecionadas também 10 repostas:

“De montar o texto, pois era grande.”

“Gostei de tudo, só faltou o lanche.”

“Da hora de enviar.”

“Da 3, pois tive que escrever.”

“O sistema operacional dos computadores”.

“Da minha parceira, porque ela não deixou eu fazer nada, nem

mexer no mouse e ainda me chamou de burra e disse que eu não

tinha capacidade de responder as questões mais mesmo assim

eu gosto dela”.

“Tudo foi bom, só algumas perguntas das atividades que tava

um pouco difícil de encontrar nos links”.

“Digitar as respostas, pois não tenho esse hábito”.

“Nada. Porque gostei de tudo. Nunca fomos no laboratório de

informática da escola.”.

“Eu não gostei quando o computador desligou, tive que

começar des do começo, eu refiz tudo”.

A partir das observações durante a WebQuest, a partir das manifestações dos alunos,

percebeu-se que os mesmos estavam focados na realização das tarefas, sempre acessando a

parte de Avaliação para ver a pontuação, bem como lendo os processos, para identificarem o

que de fato deveria ser realizado. Os resultados do questionário comprovaram o que foi

observado durante as aulas. Acredita-se que a WebQuest “Descobrindo as Células-Tronco”,

tenha sido realmente uma metodologia diferenciada no ensino da Biologia.

Em uma aula tradicional , o conteúdo é transferido aos alunos através de livros didáticos

com o auxílio de lousa e atividades respondidas para que posteriormente eles possam

responder outras sozinhos. Com a utilização da WebQuest, os alunos buscam o conhecimento

a partir de uma pesquisa na internet dirigida, onde os alunos devem cumprir uma determinada

tarefa. Os alunos devem converter as informações obtidas na internet em informações e

conhecimento que tenham sentido para eles, uma vez que o desafio é fundamental para a

construção do conhecimento efetivo.

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Na utilização da WebQuest, assim como qualquer outra atividade diferenciada, também

existem debilidades. Por mais que fosse explicado aos alunos que eles não deveriam fazer

cópias exatas do que liam para as atividades, ou se o fizessem, deveriam colocar a fonte,

muitos copiaram diretamente da internet, sem ter o trabalho de ao menos ler o conteúdo

disponível, e transferindo-o diretamente para a tarefa, fazendo com o que grande parte do

texto não tivesse relação com o que foi pedido na atividade.

5.7 CONCLUSÕES SOBRE A WEBQUEST

A WebQuest é uma metodologia que auxilia na formação docente, uma vez que muito

antes de se aplicar uma metodologia como esta você precisa planejar. É necessário dialogar

com os alunos para descobrir o que poderá ser trabalhado no laboratório de informática.

Como a professora estava trabalhando com tecidos e sistemas, achei importante trabalhar

células-tronco, uma vez que na minha própria experiência escolar, foi um conteúdo que

passou por mim desapercebido, pelo fato de muitas vezes, os professores não conseguirem

abordá-lo de uma forma mais ampla.

Planejar é extremamente importante quando se quer fazer uma atividade diferenciada

com os alunos, e isso permite que saiamos da Universidade preparados. É muito difícil para

um professor que possui uma carga horária carregada, com 14 turmas, conseguir realizar uma

WebQuest com todas suas turmas, e é aí que entra o grande problema na gestão escolar. O

professor acaba sendo sobrecarregado, e alegando não ter tempo para planejar atividades do

tipo, ou até mesmo de não terem tempo suficiente para realizá-las.

Como a WebQuest era curta, ou seja, só seriam realizadas 2 aulas com cada turma em 1

semana, as atividades foram pensadas para que dessem tempo de ser entregues. Os PCNs+

(BRASIL 2002), afirmam que apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológico

apreendido, através de textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes etc, está

presente nas competências e habilidades a serem desenvolvidas em biologia. Os alunos, em

sua grande maioria, conseguiram através das tarefas aprender sobre o conteúdo trabalhado, e

era perceptível no momento do quiz na internet e das próprias discussões entre eles dentro do

laboratório.

A WebQuest proporcionou um momento de interação entre eles, entre eu e eles, e

consegui que os mesmos interagissem no momento em que surgia qualquer dúvida. As tarefas

da WebQuest foram planejadas para que os alunos as resolvessem no próprio laboratório, uma

vez que existiam alunos que não possuíam computadores em casa. Surge a importância do

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levantamento de informações prévias sobre o contexto escolar e social dos alunos para que a

atividade fosse um sucesso.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na sociedade em que nos encontramos atualmente, não há mais como fugir das mídias e

da tecnologia, elas estão presentes em todo o nosso redor, e a facilidade e rapidez ao acesso é

o diferencial.

É perceptível que na educação existe certa dificuldade em conectar-se com os alunos, há

uma grande dificuldade em ficar mais próximo da realidade deles, ou até mesmo aproximar os

estudantes de escola. É diante disto, que se defende que a união da educação com as

tecnologias podem auxiliar no processo de ensino e aprendizagem, favorecendo tanto o aluno

quanto ao professor.

A WebQuest sendo uma metodologia que estimula a criatividade e desenvolvimento de

habilidades dos alunos, pode se constituir em um recurso apropriado para a utilização das

novas tecnologias à um ensino dos conteúdos específicos de biologia. É notório o interesse e a

participação dos alunos nas atividades propostas utilizando esta metodologia, o que pode

contribuir de forma significativa para o desenvolvimento de temas de biologia.

É fundamental que a escola discuta qual a forma que as novas tecnologias serão

utilizadas pelos educadores, para que a partir destas reflexões possam implementar ações de

estímulo a utilização destes recursos; além disso se faz necessário ações de formação

continuada para professores e gestores buscando a apropriação de uma nova pedagogia

utilizando as mídias.

Participar como bolsista de um programa como o PIBID, proporciona aos acadêmicos a

possibilidade de vivenciar várias formas de ensinar biologia, cada atividade, cada encontro de

reflexão proporciona um momento fundamental para a formação docente, constituindo ações

pedagógicas que serão incorporadas ao cotidiano do futuro professor.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Questionário aplicado à professora supervisora do PIBID

Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Eduardo Lima e Silva

Professora de Biologia: Judith

QUESTIONÁRIO 01 – PRÁTICA DO PROFESSOR

Prezado professor, o questionário abaixo visa coletar dados para a pesquisa da prática pedagógica dos

professores da rede pública estadual. Solicito a gentileza de sua ajuda neste trabalho, lembrando que todas as

respostas aqui descritas serão de caráter sigiloso. Ficarei agradecida pela sua valiosa colaboração.

1) Formação:

Formação Graduação: Lic ( ) Bach ( )

Instituição:______________________________________________

Localidade:__________________________ U.F.:____

Curso:_________________________________________ Ano de conclusão:_________

PÓS-GRADUAÇÃO: Curso _____________________________________________________

Instituição:_________________________Localidade:______________________________

2) Experiência Profissional:

( ) até 5 anos de experiência profissional

( ) 6 a 12 anos de experiência profissional

( ) 13 anos de experiência ou mais

3) Quais dos métodos abaixo você utiliza normalmente durante as suas aulas (por ordem de

importância):

( ) Aulas expositivas com ou sem auxílio de recursos audiovisuais.

( ) Leitura e discussão de textos

( ) Realização de pesquisas em biblioteca

( ) Aplicação e correção de exercícios

( ) Aulas práticas / saídas em campo / visitas

( ) Laboratório de informática

4) Quando você pede um trabalho de pesquisa na internet para os alunos você indica sites de

busca como Google para auxiliá-los?

( ) Nunca

( ) Raramente

( ) Quase sempre

( ) Sempre

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5) Os trabalhos realizados com o auxilio da internet, quando solicitados por você, são realizados:

( ) Na sala de aula / laboratório, sob sua supervisão.

( ) Em casa, para ser posteriormente entregue ou apresentado em aula.

Justifique: _____________________________________________________________________________

6) Quando solicito pesquisa na internet percebo que meus alunos:

( ) Trabalham colaborativamente, não apresentando problemas para o desenvolvimento da pesquisa.

( ) Os alunos fazem uma leitura prévia, selecionando as informações para realizar a atividade.

( ) A maioria das tarefas retornam com textos copiados na íntegra de algum lugar.

( ) Os alunos tem dificuldade de selecionar o essencial.

( ) Os alunos não lêem o que pesquisaram.

7) Na sua opinião, quais são os problemas encontrados frente ao uso da internet para a pesquisa

escolar:

( ) Falta pessoa para me auxiliar com os computadores.

( ) No laboratório a aula vira uma bagunça

( ) Não tenho conhecimento e domínio suficiente na área para trabalhar com os alunos.

( ) Não uso pelo risco que a internet passa para meus alunos de páginas e endereços impróprios.

( ) Os dados pesquisados nem sempre são seguros e verdadeiros.

( ) Deixa o aluno preguiçoso com as demais fontes de pesquisa, lêem poucos livros.

( ) Os alunos não têm computador com internet em casa.

( ) Outros.

( ) Utilizo a internet como meio de pesquisa e não encontro problema.

8) Você conhece a metodologia WebQuest?

( ) Sim

( ) Não

9) Você já utilizou com os seus alunos essa metodologia?

( ) Sim

( ) Não

10) Caso tenha utilizado esta metodologia, o que achou da mesma? Justifique: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

11) Se nunca utilizou essa metodologia, justifique qual o motivo:

12) Outras observações: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

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APÊNDICE B – Questionário 1 para os alunos

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Eduardo Lima e Silva

Questionário sobre o uso do computador e internet

Caro (a) aluno (a), gostaria que você respondesse a este questionário com o objetivo de conhecer perfil da turma

quanto ao uso do computador e Internet.

1. Qual sua idade: __________________

2. Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

3. Você usa/possui computador em casa? ( ) Sim ( ) Não

4. Você tem internet em casa? ( ) Sim ( ) Não

5. Você usa o computador no seu dia-a-dia? ( ) Sim ( ) Não

6. Caso você não possua internet em casa, onde você costuma acessar?

( ) Escola ( ) Celular ( ) Lan House

( ) Vizinhos ( ) Casa de parentes ( ) Não acessa

7. Você participa de alguma rede social? ( ) Sim ( ) Não Qual?____________________

8. Você utiliza e-mail? ( ) Sim ( ) Não

9. Quantas vezes este ano você foi ao laboratório de informática da escola:

( ) 1-3 vezes/ano ( ) 5-7 vezes/ano ( ) 10 vezes/ano ( ) Nenhuma vez

10. Você gostaria de participar de aulas realizadas no laboratório de informática?

( ) Sim ( ) Não

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APÊNDICE C – Tabela da Tarefa 1

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Eduardo Lima e Silva

Disciplina: Biologia

Série: 2º Turma:

Alunos:

Professora: Judith

Bolsista: Amanda Araújo

Células-Tronco

Preencher o quadro dando a definição de células-tronco e os três tipos diferentes que existem, e

como elas se diferenciam.

CÉLUAS-TRONCO

O que é?

Pra que servem?

Tipos de células-tronco

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APÊNDICE D – Tabela Tarefa 2

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Eduardo Lima e Silva

Disciplina: Biologia

Série: 2º Turma:

Alunos:

Professora: Judith

Bolsista: Amanda Araújo

Células-Tronco

Preencher o quadro colocando três pontos positivos e três pontos negativos acerca do uso de

células-tronco.

USO DE CÉLULAS-TRONCO

PONTOS POSITIVOS

PONTOS NEGATIVOS

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APÊNDICE E – Solicitação de Aceitação entregue à Direção

Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR Núcleo de Ciências Exatas e da Terra – NCET

Departamento de Biologia – DBIO Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência-PIBID

Solicitação de Autorização

Prezado (a) Diretor (a) da E.E.E.F.M. Professor Eduardo Lima e Silva,

Eu, Amanda Teixeira Araújo, bolsista do programa PIBID/Biologia da

Universidade Federal de Rondônia atuante em sua escola, venho por meio deste

solicitar sua autorização para desenvolver parte de minha pesquisa de monografia

com alunos do 2º ano do Ensino Médio de sua escola.

A pesquisa sobre aplicação de WebQuest, será realizada em período das aula

de biologia, durante uma semana, no laboratório de informática, com a utilização de

uma metodologia diferente.

Para melhor analisar os resultados, solicito que as aulas possam ser filmadas,

fotografadas e gravadas e os resultados possam ser registrados e publicados para

fins de pesquisa.

Atenciosamente,

Amanda Teixeira Araújo.

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Porto Velho, _______ de _________________ de 2014.

Autorização

Autorizo Amanda Teixeira Araújo, bolsista do PIBID/Biologia na E.E.E.F.M.

Profº. Eduardo Lima e Silva, para que sejam desenvolvidos trabalhos com alunos do

2º ano do Ensino Médio em ambiente informatizado, utilizando a proposta de

trabalho WebQuest, e que os resultados possam ser registrados e publicados para

fins de pesquisa.

Atenciosamente,

_______________________________________________

Diretor (a) da Escola

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APÊNDICE F – Solicitação de Aceite entregue à Professora de Biologia

Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR

Núcleo de Ciências Exatas e da Terra – NCET Departamento de Biologia – DBIO

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência-PIBID

Solicitação de Autorização

Prezado (a) Professor (a) de Biologia da E.E.E.F.M. Professor Eduardo Lima e Silva,

Eu, Amanda Teixeira Araújo, bolsista do programa PIBID/Biologia da

Universidade Federal de Rondônia atuante em sua escola, venho por meio deste

solicitar sua autorização para desenvolver parte de minha pesquisa de monografia

com alunos do 2º ano do Ensino Médio de sua escola em sua disciplina.

A pesquisa sobre aplicação de WebQuest, será realizada em período das aula

de biologia, durante uma semana, no laboratório de informática, com a utilização de

uma metodologia diferente.

Sua colaboração é fundamental. Agradecemos por contar com a sua ajuda.

Atenciosamente,

Amanda Teixeira Araújo.

Porto Velho, _______ de _________________ de 2014.

Autorização

Autorizo Amanda Teixeira Araújo, bolsista do PIBID/Biologia na E.E.E.F.M.

Profº. Eduardo Lima e Silva, para que sejam desenvolvidos trabalhos com alunos do

2º ano do Ensino Médio em ambiente informatizado, durante minhas aulas,

utilizando a proposta de trabalho WebQuest, e que os resultados possam ser

registrados e publicados para fins de pesquisa.

Atenciosamente,

_______________________________________________

Professora de Biologia

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APÊNDICE G – Solicitação de Aceite entregue aos Pais

Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR Núcleo de Ciências Exatas e da Terra – NCET

Departamento de Biologia – DBIO Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência-PIBID

Solicitação de Autorização/Termo de Ciência

Prezados pais e alunos da E.E.E.F.M. Professor Eduardo Lima e Silva,

Este trabalho tem como finalidade embasar uma pesquisa sobre o uso da

metodologia WebQuest, no ensino do conteúdo “Células-Tronco”, como parte de

meu trabalho de monografia a ser apresentado na UNIR/Campus Porto Velho.

Ressalto que a confidencialidade das respostas será mantida e que esta pesquisa

tem caráter puramente didático. Para melhorar a análise dos resultados, solicito que

as aulas possam ser filmadas, fotografadas e gravadas e, que os resultados obtidos

possam ser registrados e publicados para fins de pesquisa. Sua colaboração e de

seu filho (a) é fundamental. Agradecemos por contar com a sua ajuda.

Atenciosamente,

Amanda Teixeira Araújo.

Eu ____________________________________________________

responsável pelo aluno (a) __________________________________________, da

2ª série do Ensino Médio, estou ciente do trabalho realizado.

Porto Velho, _____ de _______________ de 2014.

_______________________________________________

Assinatura do responsável

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APÊNDICE H – Questionário para observação das Bolsistas

Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Eduardo Lima e Silva

Aplicação WebQuest

Questionário para observação da aplicação da atividade.

1. Data :

2. Nome do observador:

3. Série e turma observada:

4. Quantos alunos presentes na aula?

5. Quantos computadores no laboratório?

6. Quantos computadores funcionando no laboratório?

7. Quantos alunos por máquina?

8. Os alunos se sentem à vontade na aula?

9. O bolsista tem domínio do conteúdo e consegue passar as informações aos alunos de forma

clara?

10. Os alunos participam, tirando dúvidas?

11. O bolsista consegue ter controle sobre a turma?

12. Os alunos conseguem interagir, tirando dúvidas?

13. Os alunos, durante a aula, acessam outro site que não são relacionados à pesquisa da

atividade proposta?

14. Dê a sua opinião sobre a metodologia (WebQuest) utilizada, dizendo se você a utilizaria e

se ela auxilia na construção do conhecimento.

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APÊNDICE I – Questionário 2 para os alunos

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Eduardo Lima e Silva

Questionário sobre a aula com a utilização da WebQuest

Caro (a) aluno (a), gostaria que você respondesse a este questionário com objetivo de coletar informações sobre a

atividade realizada.

1. Você gostou de ir para o laboratório de informática?

( ) Sim ( ) Não

2. Você gostaria de ir mais vezes ao laboratório de informática?

( ) Sim ( ) Não

3. A atividade realizada atendeu as suas expectativas?

( ) Sim ( ) Não ( ) Parcialmente

Justifique sua resposta:

4. Você sentiu dificuldade em alguma tarefa?

( ) Sim ( ) Não ( ) Parcialmente

Justifique sua resposta:

5. Na sua opinião, essa atividade acrescentou de alguma forma para que o seu aprendizado? Justifique sua

resposta:

6. O que você mais gostou na WebQuest? Por quê?

7. O que você menos gostou na WebQuest? Por quê?