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FRATURA DE ANEL DE CRESCIMENTO Lilian Cobra Storolli

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FRATURA DE ANEL DE CRESCIMENTO

Lilian Cobra Storolli

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Crescimento ósseo

• O tamanho do osso longo é o resultado do crescimento aposicional propiciado pela cartilagem de crescimento, periósteo e endósteo. Periósteo e endósteo – promovem crescimento

em larguraPlaca ou Cartilagem de crescimento – promove

crescimento em comprimento

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Placa de crescimento• O crescimento longitudinal é mantido pela proliferação

celular nas extremidades e este mecanismo predomina após o nascimento, para a maioria dos ossos longos. Depois, ocorre invasão vascular também nas extremidades e surge o núcleo secundário de ossificação que se expandirá centrifugamente consumindo e substituindo as células cartilaginosas da extremidade, exceto em uma faixa adjacente à metáfise que ficará ativa, e formará o disco epifisário, composto por células cartilaginosas – a cartilagem de crescimento, que continuará como um modelo embrionário e persistirá até o final da adolescência.

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• Zona germinativa• Zona proliferativa• Zona hipertrofiada• Zona de calcificação

http://www.lia.ufc.br/~fabriciosb/histologia/images/microscopio/site-osso2.jpg

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Nutrição• Sistema epifisário: ramos da artéria epifisária que

penetra no núcleo de ossificação, e então ramos são enviados a placa de crescimento até chegarem a placa óssea. A placa de crescimento em si é avascular, a nutrição se dá por difusão.

• Sistema metafisário: ramos da artéria nutriente envolvendo as terços centrais da metáfise e a periferia é nutrida pela artéria metafisária. Há intensa anastomose entre os vasos dos ramos terminais que se dirigem para a placa de crescimento, onde se transformam em capilares e então retornam como vasos venosos.

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Tipos de Fratura• Classificação Salter & Harris:

http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/bf/SalterHarris.jpg/250px-SalterHarris.jpg&imgrefurl=http://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%25C3%25A7%25C3%25A3o_de_Salter-Harris&usg=__ffDJhbZaWDOHLkREOM9USedvjjQ=&h=188&w=250&sz=9&hl=pt-BR&start=15&um=1&tbnid=j7mIP21ahyHs_M:&tbnh=83&tbnw=111&prev=/images%3Fq%3Dsalter%2Bharris%26hl%3Dpt-BR%26client%3Dfirefox-a%26rls%3Dorg.mozilla:pt-BR:official%26sa%3DN%26um%3D1

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Diagnóstico

• Raio X: AP e perfil, comparar com o lado não lesado! Principalmente se a fratura for na articulação do cotovelo.

• Ultrassonografia• Tomografia computadorizada• RM : somente usada quando há uma fratura

de alta complexidade.

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Fraturas Supracondilar de Úmero em Crianças

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Incidência• 17% de todas as fraturas na faixa etária de

quatro a sete anos

• 60% das fraturas da região do cotovelo

http://www.rbo.org.br/materia.asp?mt=1020&idIdioma=1

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Classificação e Mecanismo de Lesão

• Sem desvio: imobilização com gesso até consolidação.

• Desvio mínimo: avaliadas e comparadas ao lado não lesado, com radiografias de frente e perfil. Estas fraturas geralmente amassam o osso metafisário e desviam em varo (levam ao cúbtio varo), e por conta disto necessitarão de redução. O osso esmagado se comportará como falha óssea. http://www.scielo.br/img/revistas/

abem/v52n5/08f2.jpg

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Classificação e Mecanismo de Lesão• Totalmente desviado:– Posterior (99%): ocorrem por queda com o cotovelo

em extensão e mão apoiada no solo (desvio anterior do fragmento proximal e posterior do fragmento distal)

– Anterior (1%): ocorrem por queda com o cotovelo em flexão, o fragmento proximal rompe as partes moles posteriores.

– Medial (75%)– Lateral (25%)

• Os fragmentos podem apresentar rotação pela ação da musculatura.

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Tratamento cirurgico

• Técnicas de Fixação Percutânea (cruzada com fios de Kirschnner)

• Redução Aberta: indicada quando a fixação percutânea não funciona.

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Complicações

• Síndrome do Compartimento• Lesões neurovasculares• Calcificações heterotópicas• Déficit de movimentos e consolidação viciosa

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Caso Clínico• Nome: T.A.S.• Idade: 5 anos• Sexo: feminino• Diagnóstico médico: P.O. de fratura supraepicondilar de

cotovelo E• Diagnóstico fisioterapeutico: diminuição de ADM para

extensão , pronação e supinação de cotovelo E; diminuição de FM para flexão de cotovelo E.

• Data da avaliação: 20/08/2009

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HMA:

• Paciente fraturou o cotovelo E caindo de um cavalo no dia 12/06/2009. Foi levada ao hospital onde realizaram uma cirurgia de correção, ficou 5 dias internada. Ao voltar para São Paulo ficou mais 4 dias internada. Não se queixa de dor desde então.

• Nasceu prematura, porém não ficou internada. Com 6 meses apresentou caso convulsivo e iniciou um tratamento com epelinil, porém não o terminou, fez o uso por apenas 2 anos (deveria tomar o medicamento até completar 7 anos).

Patologias associadas/medicamentos: foi diagnosticada com sopro no coração quando tinha 3 anos.

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Inspeção:Coloração, hidratação e temperatura da pele não apresentaram alteraçõesEscaras, feridas e edema: ausentesCicatriz: apresenta cicatriz de 7,5cm em região posterior de antebraço, acima doolécrano.

Palpação: não refere dor ou edema

Dor: paciente não refere dor

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• Testes especiais:– Queda de braço: -– Jobe: -– Neer: -

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Avaliação Radiológica

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Perimetria de MMSS

Direito Esquerdo

7,5cm 16, 80 17,00

5cm 16,50 16,00

2,5cm 16 16

Olécrano

2,5 cm 16,90 16,50

5cm 17,50 16,50

7,5cm 17 16

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Goniometria

Direto Esquerdo

Flexão de cotovelo 140º 140º

Extensão de cotovelo 0º 30º

Pronação 80º 42º

Supinação 82º 40º

Força Muscular

Direito Esquerdo

Flexão de cotovelo 5 3

Extensão de cotovelo

5 4

Pronação 4 4

Supinação 4 4

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Tratamento• Orientações: deixá-la realizar as atividades normalmente, desde que não

sejam atividades muito pesadas ou que ela tenha perigo de cair.

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• Pompage de cotovelo • Pompage para extensores de punho

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• Exercícios ativos livres

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• Bola• Brincar na água• Bexiga• Alcançar um objeto• Bastão• Wii – tennis e boliche• Cesta

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Bibliografia• Netter Ortopedia –Walter B. Greene, Ed. Elsevier, 1998• Fraturas – Fernando Baldy dos Reis, 2ªed., São Paulo, Ed.Atheneu, 2005• Ortopedia Pediatrica, volume 2 - Lowell e Winter,, 5ªed, Ed Manole, 2005• Fraturas em Crianças – James H. Beaty e James R. Kasser, 5ª ed., Ed. Manole, 2004