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Aquacultura
Encontros técnicos
FORWARD
Framework for Ria Formosa water quality,
aquaculture, and resource development
João Gomes Ferreira
http://ecowin.org/
Hotel Real Marina, Olhão
8 de Abril de 2011
Universidade Nova de Lisboa
Quem
• Financiamento: POLIS Litoral Ria Formosa, PROMAR
• Execução: IMAR (Universidade Nova de Lisboa), IPIMAR
• Participação: Actores (stakeholders) de agências institucionais e produtores
Financiamento e execução
IPIMARIMAR
Actores
ExperiênciasModelos
FORWARD
POLIS & PROMAR
Acompanhamento
Social
QuandoCronograma
FORWARD
COEXIST
Jan 10 Jan 11 Jan 12 Jan 13
Apr10 Apr 11 Apr 12 Apr 13
Estamos
aqui!
O Quê?
• Determinar a capacidade de sustentação da Ria Formosa, através de modelos
integrados à escala do sistema e modelos simples de diagnóstico (screening
models)
• Determinar a capacidade de sustentação dos viveiros de amêijoa e ostra à
escala local
• Examinar as interacções entre piscicultura em terra e a Ria, particularmente a
qualidade da água na captação e descarga
• Avaliar o impacte das fontes difusas de poluição no ecossistema da Ria
• Estudar cenários de optimização para os recursos naturais da Ria, com base
em previsões de desenvolvimento regional e expectativas dos actores
Objectivos do projecto
IMAR e IPIMAR
Como
• Coordenação e relatórios
• Dados e informação
• Pressões e processos à escala do sistema
• Processos à escala local e individual
• Implementação, calibração e validação de modelos integrados
• Modelos de diagnóstico (“screening”)
• Exploração de modelos e recomendações de gestão, disseminação
Diferentes tipos de modelos e outros instrumentos
Workpackages
Porquê?
• Uma região única, bela e frágil. O ecossistema de ilhas barreira é o mais
complexo da Europa
• Tem conflitos de usos derivados de actividades diferentes, e o próprio sistema
é geologicamente móvel
• Tem a maior e mais valiosa produção de aquacultura de bivalves em Portugal
• Existem muitas actividades no exterior da Ria, incluindo pesca artesanal e a
Área Piloto de Produção Aquícola de Armona (APPAA), presentemente em
desenvolvimento
• É fundamental manter as actividades tradicionais relacionadas com o mar,
incluindo aquacultura e salinas, que são as raízes das comunidades locais
• É fundamental melhorar esse desempenho do ponto de vista da
sustentabilidade ecológica (uma ria melhor) e social (um futuro melhor para as
pessoas)
Gerir um ecossistema frágil
A Ria Formosa
A abordagem FORWARD
Modelo ecológico à
escala do sistema
Modelo de
transporte
Modelos de
escala local
Modelo da
bacia
Modelação ecológica
à escala do sistema e
escala local
Medições de
campo
Participação
pública
Barra de
Tavira
Modelos de crescimento
individual de espécies
cultivadasExperiências em
viveiros e laboratório
Ligações entre modelos de escalas diferentes
Terra
Água
Hidrologia
e poluição
Circulação
da água
Ecologia do
sistemaEscala
local
Estimativa de cargas de Azoto (N) e Fósforo (P) – 2008
Azoto:• ETARs: 590 ton N/ano• Fontes difusas: 560 ton N/ano
Fósforo:• ETARs: 85 ton P/ano• Fontes difusas: 180 ton P/ano
Algumas questões:• Proporção de descargas difusas para os aquíferos?• Concentração das descargas no tempo?
Legenda
APPAA
Batimétricas
Limites da DQA
Limites da REN
Linha de Costa
Limites físicos
Caixas offshore: limites
(físicos+DQA+REN+viveiros)
Viveiros
Caixas do modelo
ecológico
0
1
2
3
4
5
6
7
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Toxi
na
(máx
imo
/lim
ite
regu
lam
en
tar)
2007
2008
2009
Toxinas Marinhas
Bivalves Ria Formosa
Algas tóxicas causaram problemas em 2007 e 2009. Voltam a causar
problemas em 2011.
Toxinas marinhas (HAB)
• Previsão de HAB não é possível, excepto à escala de poucos dias
• Proibição de apanha e comercialização é penalizadora para os
aquicultores
• O inverso pode resultar em problemas graves de saúde pública, e na
destruição da imagem do produto
• No FORWARD estamos a estudar a contaminação/descontaminação das
amêijoas
• As associações poderão criar um fundo de apoio através de um sistema
contributivo
• Não existe um produto de seguros específico, mas o seu desenvolvimento
é possível
• O tema é importante no FORWARD porque afecta a valorização dos
recursos naturais da Ria Formosa
Um problema recorrente em Portugal, na Europa e no mundo
Quais as medidas?
Bioextracção porbivalves
● 60 lotes: 12 x 5 caixas
● Simulação: 3 anos
● Velocidade da corrente (até 0.5m s-1)
● Dados ambientais medidos
● Cenários: 70% peixes (dourada) – 30% bivalves (mexilhão)
●Testar com 2, 10, 30 e 100t ha-1 de mexilhão
6 INLETS
APPA Armona
Ria Formosa, Portugal
400m
7200 m
10m
... ... ... ...
1 2 ... 4
Fluxos de água
12
...
49 50 ... 59 60
600m
12
34
56
78
910
1112
1314
1516
1718
1920
2122
2324
2526
2728
2930
3132
3334
3536
3738
3940
4142
4344
4546
4748
4950
5152
5354
5556
5758
5960
Water fluxes
70% Peixes30% bivalves
Cenário 1Cenário 2
t (s)
V (
ms
-1)
0
0
100
200
300
400
29 30 3132
Co
lhe
ita
tota
l (to
n T
FW)
Caixas
Com jaulas de peixe
2t (200 ind./m2) 10t (1000 ind./m2) 30t (3000 ind./m2 100t (10 000 ind./m2)
Cenário 1
29 30 3132Caixas
Sem jaulas de peixe
Produção de bivalves com densidades diferentes de semente: +25% colheita
>
Modelação de saúde animal
IMTA
Stocks selvagens
Reservatórios genéticos
Transporte de stock por
produtores (“relaying”)
Peixes: fugas e migrações
Conectividade hidrodinâmica
Aquacultura de bivalves
“Relaying”
Peixes
Bivalves
Offshore
Ria Formosa
Viveiros
Selvagens
Os quatro pilares da capacidade de
suporte de aquacultura
Sudeste Asiático,
China
Produção
Ecológica
Governancia
Social
Europa, EUA
Canada
Tipos de capacidade
de suporte
Mais elevado
Mais elevado
Abordagem Ecossistémica a Aquacultura (EAA)
- o evangelho segundo a FAO -
• Aquacultura deve ser desenvolvida no contexto de
funções e serviços do ecossistema, sem degradação dos
mesmos para alem da sua resiliência;
• A aquacultura deve melhorar o bem-estar e equidade de
todos os actores relevantes;
• A aquacultura deve ser desenvolvida no contexto de
outros sectores, politicas, e objectivos.
Três principios
Soto, 2010
Aplicação de modelos de capacidade de
suporte e localização de aquaculturas
• Nível regulamentar
• Nivel científico e técnico
• Algumas áreas difíceis de simular
• Legislação
• Códigos de boas práticas
• Pressão pública (ONGs, cidadãos…)
• Dificuldades na aplicação de modelos
• Requisitos de dados, custos, conhecimento
•Componente social
• Baseado em convicção, igualmente
importante
Uma melhor integração de modelos para sistemas naturais
e sociais é uma área importante de investigação em EAA.
Forças motrizes
Exequibilidade
Inclusão
Enquadramento de EAA
Ambiente
Aquacultura Sociedade
Ecológico
SocialProdução
física
Aquacultura
ecológica
Inte
racçõ
es
eco
lóg
ica
s
Inte
racçõ
es
socia
is
Costa-Pierce & Ferreira, pers. com.
FORWARD thinking
• Efeito da APPA de Armona sobre o alimento natural que chega à Ria Formosa?
• Lotes muito pequenos: 500 ha - 1300 licenças, 0.4 ha por lote. Uso de
dispositivos mecânicos, redes de predadores;
• Lotes são cavados constantemente porque as classes anuais estão todas
misturadas. Em muitos outros locais (se não forem bancos naturais) existe rotação
de classes
• Modelo de negócio: estrutura financeira, valores (e.g. valor de produto, lotes),
“branding”, mercado final
• Hatchery: autonomia, biosegurança, selectividade mas caro (100K’s €), riscos de
mercado / recrutamento bancos naturais
• Nursery: FLUPSY (Floating upweller): semente mais pequena (e mais barata),
crescimento local para planteio. 24 compartimentos, 10K’s €. Mais interessante
para ostras
• Certificação dos produtos amêijoa boa e ostra portuguesa. Códigos BMP
voluntários, impresso simples de 5 páginas (plano do viveiro)
• Valor acrescentado – estruturas em terra, mercado de exportação (e.g. Oysters
on the half-shell)