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Flyers PolyPortugal. Poliamor: "O que é?", "É o mesmo que poligamia?", "É traição?", "É para casais hetero?", "E o ciúme?"...
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Poliamor é um tipo de relação em que cada pessoa
tem a liberdade de manter mais do que um
relacionamento ao mesmo tempo. Não segue a
monogamia como modelo de felicidade, o que não
implica, porém, a promiscuidade. Não se trata de
procurar obsessivamente novas relações pelo facto
de ter essa possibilidade sempre em aberto, mas
sim de viver naturalmente tendo essa liberdade em
mente.
O Poliamor pressupõe uma total honestidade no
seio da relação. Não se trata de enganar nem
magoar ninguém. Tem como princípio que todas as
pessoas envolvidas estão a par da situação e se
sentem confortáveis com ela. Difere de outras
formas de não-monogamia pelo facto de aceitar a
afectividade em relação a mais do que uma pessoa.
Tal como o próprio nome indica, poliamor significa
muitos amores, ou seja, a possibilidade de amar
mais do que uma pessoa ao mesmo tempo.
Chamar-lhe amor, paixão, desejo, atracção, ou
carinho, é apenas uma questão de terminologia. A
ideia principal é admitir essa variedade de
sentimentos que se desenvolvem em relação a
várias pessoas, e que vão para além da mera
relação sexual.
O Poliamor aceita como facto evidente que todas
as pessoas têm sentimentos em relação a outras
que as rodeiam. E que isto não põe necessa-
riamente em causa sentimentos ou relações
anteriores.
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Os ciúmes fazem parte de uma ideia romantizada
de amor. Mas podem também fazer parte de nós
e das pessoas que amamos. É possível amar sem
ciúme. Mas para isso é necessário perceber qual é
a sua causa.
A origem dos ciúmes varia de pessoa para pessoa,
e em cada relação. Não há receitas mágicas. Mas a
experiência diz-nos que:
Permitir que mais pessoas nos amem reforça a
nossa auto-estima.
Uma relação pode ser uma escolha diária,
consciente e informada. Não o único recurso. Se
as pessoas que amamos tiverem a liberdade de
amar outras, ganha-se a auto-confiança e a
segurança de saber que continuarão a estar
connosco porque nos amam, e não porque nada
mais lhes resta. Por outro lado, se um dia nos
deixarem, será simplesmente porque já não nos
amam, e não porque tiveram de optar.
Uma parte substancial do medo da perda é
efectivamente o medo do desconhecido. Se as
pessoas que amamos não esconderem que amam
outras, sabemos que não estamos a ser
enganados.
Se as pessoas que amamos estiverem em estado
de enamoramento por outras e partilharem
connosco a alegria desse estado, sentimo-nos
especiais. Podemos ser únicos sem sermos os
únicos.
É possível amar mais do que uma pessoa ao
mesmo tempo. Muitas relações começam sem
que as anteriores acabem. E nessa fase de
transição, não se amam duas pessoas ao mesmo
tempo? Porquê escolher? Se as pessoas envol-
vidas se amam, qual é a razão objectiva para
terminar uma relação?
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O contrário faria mais sentido! Uma pessoa que não
consegue assumir um compromisso com outra
muito menos o conseguirá com mais do que uma.
Hoje em dia, é bastante comum a prática da
«monogamia em série»: salta-se de companheiro
em companheiro com a honesta convicção de que
se é monogâmico com cada um deles. Frequente-
mente, tem-se uma relação com uma pessoa até
que apareça alguém «melhor».
No poliamor, os amores não são descartados assim
que surge um novo interesse.
É claro que também pode haver pessoas poly que
não querem assumir compromissos, mas isso não é
a regra.
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O Poliamor é para pessoas. Pode ser-se poliamoroso
sem ter nenhuma relação, tendo apenas uma, ou
várias relações.
O Poliamor é independente do género ou da
orientação sexual. Define-se pela possibilidade de
amar mais do que uma pessoa ao mesmo tempo, de
forma aberta e responsável.
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Nenhum.
Mas nem toda a gente gosta de fazer as coisas da
mesma maneira. É uma questão de diversidade, não
de uma coisa ser melhor ou pior do que a outra.
Ambas as formas de viver têm as suas vantagens e
desvantagens.
Além disso, monogamias há muitas, como
poliamores também.
Há pessoas monogâmicas inteligentes, apaixonadas,
carinhosas e compreensivas. Há pessoas
poliamorosas egoístas e parvas…
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O conceito de poligamia está normalmente
associado ao casamento de um homem com várias
mulheres (poliginia), em oposição à poliandria (uma
mulher casada com vários homens). Por essa razão,
a palavra poligamia suscita normalmente reacções
contra a subjugação de um sexo por outro.
O poliamor pressupõe uma igualdade de direitos,
não só entre sexos, mas entre pessoas. Um homem
pode ter relações com várias mulheres, mas cada
uma delas pode também ter outras relações, com
pessoas que por sua vez poderão ter a mesma
liberdade. Cabe a cada pessoa definir o tipo de
relações que quer para si, e não se limitar aos
modelos rígidos que a sociedade lhe impõe.
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Por definição, trair alguém é falhar ao prometido, ao
acordado.
No Poliamor, o acordo entre as pessoas envolvidas
baseia-se na ideia de que é possível amar mais do
que uma pessoa, e permite por isso que todos o
possam fazer.
O poliamor muda as regras, e portanto muda
também a definição de traição.
Se as pessoas que amamos não esconderem que
amam outras, sabemos que não estamos a ser
enganados. Ou seja, que não há traição.
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O sexo pode ser uma dimensão poderosa duma
relação amorosa. Mas mesmo assim não é tudo.
Se pensa que as pessoas que ama se podem afastar
porque encontraram alguém que é uma bomba
sexual, então talvez não seja boa ideia enveredar
pelo poliamor.
Haverá sempre alguém melhor do que nós, seja no
que for. Mas todas as pessoas são especiais, em
alguma coisa (sim, na cama também).
Além disso, ser melhor ou pior no sexo não é uma
condição genética imutável. O sexo aprende-se. E
não será invulgar um companheiro seu trazer, de
um outro amor, novidades que podem melhorar a
vossa própria relação.
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Já existem crianças a viver em famílias
poliamorosas. Tal como existem famílias com pais
homossexuais. Com ou sem reconhecimento do
Estado ou da sociedade, os modelos de família são
múltiplos. Pai + mãe + filhos é só um desses
modelos. E tem tantas hipóteses como qualquer
outro de educar pessoas saudáveis e felizes.
Uma família poliamorosa terá, à partida, mais
adultos disponíveis para amar e educar as crianças.
Poderá haver mais recursos, mais tempo, maior
variedade de experiências, conhecimentos e formas
de amor, e essa diversidade pode ser muito
positiva.
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Qualquer relação pode transformar-se numa
relação poly. O melhor sítio para começar é,
curiosamente, dentro de nós mesmos. Se não
estivermos minimamente à vontade com a ideia de
que as pessoas que amamos possam amar e estar
com outras pessoas, temos de avançar com cuidado.
E, muito importante, perguntar sempre, a cada
passo, porque se está ou quer estar numa relação
assim.
De qualquer forma, há pessoas poliamorosas em
todos os meios, de todas as idades. Se alguém não
se anuncia como poly, isso não quer dizer que esteja
à partida fechado a essa possibilidade. Não é raro as
pessoas surpreenderem-nos.
PolyPortugal é um grupo de discussão e apoio para
pessoas que se interessam por Poliamor e/ou o
praticam.
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© 2010
Design: Lisa Lovison
Textos: Miguel, Lara, Daniel