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Divisão de Serviços Técnicos Catalogação da publicação na fonte. CEFET/RN. Biblioteca Sebastião Fernandes Borges, Jacques Cousteau da Silva Uma análise do ensino de Física moderna em escolas de ensino médio na cidade do Natal / Jacques Cousteau da Sila Borges. _Natal, 2007. 71f. Orientador: Ms Zanoni Tadeu Saraiva dos Santos 1. Monografia – Física Moderna. 2. Monografia – Ensino de física. 3. Monografia – Vestibular. I. Santos, Zanoni Tadeu Saraiva dos. II. Título. CEFET/BSF

Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

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Monografia analise o ensino de Física Moderna em escolas públicas e privadas, partindo de uma re-leitura do seu surgimentos e as implicaçãoes de sua evolução. O resultados mostram a necessidade do ensino de Física Moderna e a carência desta na rede pública de ensino

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Page 1: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

Divisão de Serviços Técnicos Catalogação da publicação na fonte. CEFET/RN. Biblioteca Sebastião Fernandes

Borges, Jacques Cousteau da Silva Uma análise do ensino de Física moderna em escolas de ensino

médio na cidade do Natal / Jacques Cousteau da Sila Borges. _Natal, 2007.

71f.

Orientador: Ms Zanoni Tadeu Saraiva dos Santos

1. Monografia – Física Moderna. 2. Monografia – Ensino de física. 3. Monografia – Vestibular. I. Santos, Zanoni Tadeu Saraiva dos. II. Título.

CEFET/BSF

Page 2: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

0

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DO RN

DIRETORIA DE ENSINO

DEPARTAMENTO ACADEMICO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

LICENCIATURA PLENA EM FÍSICA

JACQUES COUSTEAU DA SILVA BORGES

Uma análise do Ensino de Física Moderna em escolas de Ensino

Médio na Cidade do Natal

NATAL

2007

Page 3: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

1

JACQUES COUSTEAU DA SILVA BORGES

Uma análise do Ensino de Física Moderna em escolas de Ensino

Médio na Cidade do Natal

Monografia apresentada como requisito parcial e obrigatório para a conclusão do curso de Licenciatura em Física do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte, sob a Orientação do Professor Msc Zanoni Tadeu Saraiva dos Santos.

NATAL

2007

Page 4: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

2

JACQUES COUSTEAU DA SILVA BORGES

Uma análise do Ensino de Física Moderna em escolas de Ensino

Médio na Cidade do Natal

Monografia apresentada como requisito parcial e obrigatório para a conclusão do curso de Licenciatura em Física do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte, sob a Orientação do Professor Msc. Zanoni Tadeu Saraiva dos Santos.

A Banca Examinadora composta pelos professores abaixo, sob a presidência do

primeiro, submeteu o aluno Jacques Cousteau da Silva Borges à análise da Monografia em

nível de graduação, confirmando aprovação com as assinaturas abaixo expressas:

_______________________________________ Msc. Zanoni Tadeu Saraiva dos Santos

Orientador

_______________________________________

Prof. Dr. Calistrato Soares da Câmara Neto 1º Examinador

_______________________________________ Prof. Drª Andréa Gabriel Francelino Rodrigues

2º Examinadora

NATAL 2007

Page 5: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

3

Aos meus pais, “Parceiro e Figura”, que

me deram a oportunidade e o incentivo

necessário para que eu chegasse até aqui, e

condições suficientes para que eu possa

avançar sempre mais.

Page 6: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

4

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, Uno e Trino, pois foi Ele que me soprou até aqui,

dando toda a sabedoria e ciência necessária para a conclusão desse trabalho e de tantos outros

que virão de agora e diante, pois: “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os

Escolhidos”.

Agradeço a minha amada Geizy, pois ela é para mim uma pilastra fundamental, que me

serviu de sustento, enxugando as minhas lagrimas, escutando os meus desabafos, suportando

as minhas chatices... Também agradeço a minha Linda por toda força e positividade que me

passou, contribuindo imensamente com esta caminhada. A você, Geizy, meu amoroso muito

Obrigado!

Agradeço a toda a minha família: a meu Pai, a minha Mãe, como também aos meus

irmãos Vitória, Raony e Vida. Pois foi no meu Pai que encontrei a perseverança e experiência,

na minha Mãe a insistência, e nos meus irmãos o companheirismo e amizade. Dons estes que

carregarei sempre comigo. A toda essa Grande Família, só tenho a agradecer!

Também agradeço a meu querido “Chefe”, Zanoni, que me acompanhou e instruiu não

apenas nesse trabalho, mas em toda a minha longa passagem pelo CEFET-RN. Este Físico é

mais que um professor, é um grande Amigo, que guiou os meus primeiros passos no mundo

científico, e que me orientou nas mais diversas situações da vida. A você caro Chefe, meus

agradecimentos!

Aos meus tios “Roldão e Ivanilda” e “Ridon e Andréia”, meus agradecimentos, por

acreditarem em meu potencial e por terem me incentivado e ajudado no que precisei desde os

primeiros degraus no pró-Cefet, ao primeiro título de graduação que se concretiza com este

trabalho. A todos vocês: muito Obrigado!

Por fim, quero agradecer àqueles com quem dividir seminários, provas, preocupações,

como também momentos de muita diversão e alegria. Agradeço a minha turma de Física, pois

com eles aprendi muita coisa, não presente em livros e manuais, além de gerar grandes

amizades: Assisão, Dylon, Pícolo, Tarja, Dabura, Bob, Manteiga, Kiriat, Maumau e Karlyle

Muito Obrigado a todos vocês!!!

Page 7: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

5

“A engrenagem da vida não é de grosseira manufatura

humana, mas da mais requintada obra-prima já conseguida pelas leis

quânticas do Senhor”.

Erwin Schöedinger

Page 8: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

6

RESUMO

Tendo como ponto de partida uma re-leitura do surgimento e fundamentos da Física Moderna, e o quanto é importante o ensino desta no ensino médio, esta leitura leva a uma reflexão de como vêm sendo ministrados os conteúdos de Física Moderna, ou melhor, em que “época” se encontram as salas de aula do ensino médio. Se os trabalhos de Einstein, Planck, Bohr, Heisenberg são assuntos estranhos e desconhecidos a um estudante que acaba de terminar o ensino médio, pode-se dizer então que as aulas de Física se assemelham às aulas de cerca de cem anos atrás, onde a Física limitava-se à Física Clássica, ou o paradigma Newtoniano. É verdade que muitas salas de aula ainda vivem nesse paradigma, e outras lutam para sair dele. Com base nessa situação, a metodologia de trabalho foi elaborada, com a proposta de uma pesquisa científica, que levantou dados estatísticos sobre a didática e metodologia de ensino dos professores de Física das escolas que mantém os melhores índices de aproveitamento nos vestibulares das Universidades públicas na cidade do Natal. É a partir desses dados que se constata a quase inexistência de conteúdos de Física Moderna na rede pública estadual de educação, e quando este ramo mais recente e atual da Física é ensinado, lhe é destinada um tempo muito restrito e ensinada a parte da Física tradicional. Ensinada dessa forma, deixa muitas vezes de ser interdisciplinar com a própria Física Clássica. Esses fatos são conseqüências de fatores como o grau e a área de formação dos docentes, o tempo destinado ao ensino de Moderna, a falta de material didático e/ ou experimental e vários outros, todos eles levantados e descritos aqui em detalhes. Essa leitura, dirigida a Físicos e Educadores, proporcionará não apenas uma reflexão a cerca da importância do Ensino da Física Moderna, mas também a uma análise critica da situação atual do ensino de Física na cidade de Natal, além da real necessidade da exigência de Física Moderna nos vestibulares. Palavras-chaves: Física Moderna. Ensino de Física. Vestibular.

Page 9: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

7

ABSTRACT

Assuming the importance of Modern Physics as a subject to be studied in high school level, the present work intends to analyse how this subject has beem presented to students, or in other words, in what “age” physics is in terms of high school teaching. If the works of Einstein, Plank and Heisenberg are a strange and unknown subject to students when they finish high school we can suppose that physics classes at this level are like they were a hundred years ago, when physics was dominated by Newtonian paradigm. In order to take a look inside physics classrooms and laboratories, we develop a methodology of work to carry out a research that collect data about teacher’s methodology at those schools witch have a greater number of students approved in Universities entrance exams (vestibular) in Natal-RN. Based on these data we can come to the conclusion that public schools in Natal have no or little modern Physics in their curricula, and that in private schools, when it is presented to students, the time provided is too short and though apart of Classical physics historical background. These facts are consequences of some factors like teachers undergraduate background, lack of text books and laboratory equipments. This work, directed to teachers and physicists, will provide more elements for discussion over the importance of modern physics in high school, and also for a critical analysis of physics teachings in Natal, and the real need of this subject in Vestibular exams. Key-board: Modern Physics. Physics teaching. Vestibular. High school. physics.

Page 10: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

8

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 Escolas Públicas Classificadas quanto à proporção inscritos/matriculados 23

Gráfico 02 Escolas Públicas Classificadas quanto à proporção inscritos/matriculados 24

Gráfico 03 Escolas Privadas Classificadas quanto a proporção inscritos/matriculados 25

Gráfico 04 Escolas Privadas Classificadas quanto ao número de matriculados 26

Gráfico 05 Classificação das Escolas quanto a públicas ou privadas 30

Gráfico 06 Percentual do grau de Formação dos Docentes Entrevistados 31

Gráfico 07 Dados sobre a Formação dos Docentes Entrevistados 32

Gráfico 08 Relação dos conteúdos de Física Moderna abordados pelos Professores 34

Gráfico 09 Distribuição dos conteúdos de Física Moderna no Ensino Médio 35

Gráfico 10 Material de apoio utilizado pelos professores de Física 36

Gráfico 11 Recursos didáticos utilizados no ensino de Física Moderna 37

Gráfico 12 Pratica experimental nas Escolas entrevistadas 38

Gráfico 13 Satisfação com relação ao tempo destinado a Física Moderna 39

Gráfico 14 Principais dificuldades encontradas pelos alunos segundo os docentes 40

Gráfico 15 Desempenho dos alunos na visão dos Docentes 41

Gráfico 16 Índice da importância dada a Física Moderna pelos docentes 42

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 Distribuição das Escolas pela cidade do Natal 28

Figura 02 Região onde se encontram as “principais” Escolas de Natal. 29

Page 11: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

9

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... .. ..... .. 11

2 FÍSICA MODERNA E ENSINO..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... .. 13

2.1 O SURGIMENTO DA FÍSICA MODERNA................................................................... 13

2.2 A IMPORTÂNCIA DA FÍSICA MODERNA NO ENSINO MÉDIO............................. 14

2.3 ENSINO E VESTIBULAR............................................................................................... 16

2.3.1 Um histórico da Física Moderna nos vestibulares..................................................... 17

3 METODOLOGIA..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ... ..... ... 19

3.1 QUESTIONÁRIO............................................................................................................ 19

3.2 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DAS ESCOLAS................................................................. 20

3.3 ANALISE DOS RESULTADOS...................................................................................... 21

4 RESULTADOS..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... . 22

4.1. SELEÇÃO DAS ESCOLAS............................................................................................ 22

4.1.1 Instituições Públicas de Ensino................................................................................... 22

4.1.2 Instituições Privadas de Ensino................................................................................... 25

4.2.RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO........................................................................... 27

4.2.1.Tipo da Escola.............................................................................................................. 30

4.2.2.Grau de formação e Área de Atuação........................................................................ 31

4.2.3.Conteúdos Abordados em sala de aula....................................................................... 33

4.2.4.Distribuição dos conteúdos......................................................................................... 34

4.2.5.Material de Apoio e recursos didáticos...................................................................... 36

4.2.6Pratica Experimental.................................................................................................... 37

4.2.7.Tempo destinado........................................................................................................... 38

4.2.8.Dificuldades e desempenhos dos alunos..................................................................... 39

Page 12: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

10

4.2.9. Avaliação do ensino de Física Moderna................................................................... 41

5 CONCLUSÃO..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... .... ... 43

REFERENCIAS..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... .. 46

APÊNDICE: Questionário sobre a metodologia e didática no Ensino de Física Moderna

49

ANEXOS..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... .... ..... ..... ... 51

Page 13: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

11

1 INTRODUÇÃO

Segundo os russos Miakichev e Bukhovtsev, “A Física permite-nos conhecer as leis

gerais da Natureza que regulam o desenvolvimento dos processos que se verificam, tanto no

Universo circundante como no Universo em geral” (MIAKICHEV, et al, 2006). Assim, é

possível perceber que a Física é uma ciência extremamente importante para o

desenvolvimento da sociedade, principalmente quanto se fala em compreensão dos fenômenos

naturais e do desenvolvimento tecnológico.

A importância da compreensão desses fenômenos é observada já na formação de

crianças entre 10 e 12 anos, onde a Física desempenha um papel fundamental, pois grande

parte dos questionamentos dos alunos sobre o seu dia a dia se discute a partir de conceitos da

Física, sendo necessário, portanto, que os educadores do nível fundamental também dominem

os fundamentos desta ciência. (PAIXÃO, 2006).

Em relação ao ensino de Física no Nível Médio, os parâmetros Curriculares Nacionais

(PCN) propõem um currículo baseado no domínio de competências básicas e que tenham

vínculo com as diversas situações do cotidiano dos alunos, buscando dar significado ao

conhecimento escolar, mediante a contextualização dos conteúdos trabalhados em sala de aula

(ROMANO, 2004).

Assim, é possível perceber que o conteúdo de Física deve ser algo que possa levar os

alunos o mais próximo possível da realidade do grande sistema dinâmico que é a natureza, e

proporcionar aos alunos um encontro com a tecnologia e com o que há de mais moderno na

ciência. Para isto, a própria Física dita Clássica (situada no paradigma Newtoniana) já não é

mais capaz de explicar todos os fenômenos observáveis assim como as tecnologias atuais,

como os semicondutores (presentes em todos os computadores e equipamentos eletrônicos

modernos) e os fotossensores (atuantes na iluminação de cada poste de rua como também nas

portas automáticas de shopping e supermercados). Porém, os cientistas já perceberam esta

incapacidade da Física Clássica no final do século XIX. E ao que parece pelos resultados

obtidos nesta pesquisa, muitas salas de aula ainda vivem nessa época, sem conhecer nem

ouvir falar da dita Física Moderna, mais presente no nosso dia a dia do que imaginamos.

Para investigar a existência (ou não) dessa inércia de cem anos no ensino de Física em

escolas na cidade de Natal, que possui três instituições públicas de Ensino superior, e que

Page 14: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

12

todas elas exigem conhecimentos básicos sobre Física Moderna em seus processos seletivos

(UFRN1, CEFET-RN2, UERN3: Anexo_B), traçamos os objetivos abaixo:

a) Selecionar as principais escolas de Natal, tanto pública como privadas;

b) Coletar dados a respeito do ensino de Física Moderna nessas escolas;

c) Analisar os dados coletados;

d) Traçar o paralelo do ensino de Física Moderna entre escolas públicas e privadas;

e) Mostrar a situação geral do Ensino de Física Moderna nas escolas;

f) Sugerir (ou não) melhorias no sistema de ensino de Física Moderna, a partir dos

resultados da pesquisa.

1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 2 Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte. 3 Universidade Estadual do Rio Grande do Norte.

Page 15: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

13

2 FÍSICA MODERNA E EDUCAÇÃO

2.1 O Surgimento da Física Moderna

A Mecânica Clássica se concretizou com a publicação de “Principia”, de Newton, em

1687. Esta Obra é um dos alicerces de toda a Física “Newtoniana4”. Este Alicerce

permaneceu inabalado por mais de 300 anos. E o que fez estas estruturas mudarem foi a

alteração de um conceito fundamental em Física: O conceito de Tempo. Observe o que diz

Stachel em seu artigo “1905 e tudo mais” a respeito das primeiras “quedas” da Mecânica

Clássica:

A mecânica de Newton parecia, agora, ter respondido com sucesso ao desafio da óptica e da eletrodinâmica. Mas as sementes de sua queda já haviam sido plantadas. No decurso de uma de suas demonstrações da fórmula de Fresnel, Lorentz foi levado a introduzir transformações do tempo absoluto de Newton para uma nova variável temporal, a qual é diferente para cada referencial inercial que se move através do éter. Como a relação entre o tempo absoluto e seu novo tempo variava de lugar para lugar, Lorentz o chamou de "tempo local" daquele referencial. Lorentz entendeu a transformação de um tempo absoluto para um local como um artifício puramente matemático, útil para demonstrar certos resultados físicos. (STACHEL, 2005, p. 4)

É possível perceber que Lorentz utilizou o “tempo relativo” apenas como um recurso

matemático, assim como Planck definiu a luz como “pacotes de energia” com o intuito de

justificar matematicamente o que era observável nos experimentos. Embora Lorentz e Planck,

mesmo estando corretos em suas deduções, não acreditavam ou aceitavam o que tinham

descoberto, reduzindo a pesquisa a apenas um recurso matemático. Foram esses e alguns

outros pequenos passos indecisos e desesperados que se tornaram fundamentos para o grande

nascimento da nova Física.

O surgimento da Física Moderna ocorreu praticamente entre o final do século XIX e o

início do século XX, e se da a partir de diversos acontecimentos, tais como a formulação, em

1900, da lei de radiação de corpo negro por Planck e a determinação da compatibilidade entre

as leis de movimento e as do eletromagnetismo por Einstein, em 1905, os quais deram origem

4 Os alicerces da Física Clássica, ou Newtoniana, não são apenas os trabalhos desenvolvidos por Newton na Mecânica, Gravitação e Óptica, mas também as teorias acerca da Termodinâmica e a Teoria Eletromagnética de Maxwell. Todas esses campos são consideradas partes da “Física Newtoniana” devido ao fato de seu método de estudo e pesquisa ser baseado no método Newtoniano (ou Cartesiano).

Page 16: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

14

a dois novos campos de conhecimento na Física: a Física Quântica e a Física Relativística,

respectivamente. (CASTRO, 2003).

O primeiro campo, o da Relatividade “trouxe, portanto, sérias e profundas

implicações. A fusão do espaço e do tempo (agora relativizado) [...], também incorporou

novos absolutos, como a velocidade da Luz e o ‘intervalo relativístico’” (MARTINS, 1998,

p.103). Foi a grande ousadia de Einstein que fez surgir à idéia da Relatividade. Ousadia por

que ele admitiu que o tempo é relativo, assim como o espaço. Fez outras considerações em

outros trabalhos (cinco artigos no ano de 1905), onde afirmou a natureza corpuscular e

quantizada da luz, entre outros trabalhos. Como ele mesmo disse “Eu não sou nem

especialmente inteligente, nem especialmente dotado. Sou apenas curioso, muito curioso”

(MOREIRA, 2005,p 39). E foi graças a essa curiosidade que se formou a nova teoria da

Mecânica Relativística, que vêm se impor a até então inabalável Mecânica Clássica.

Uma outra mecânica que surgiu com a Física Moderna foi a Mecânica Quântica,

resultado de um grande número de trabalhos, envolvendo diversos cientistas, “[...] dentre os

quais podemos citar: Planck, Bohr, Einstein, Born, Heisenberg, de Broglie, Schöedinger,

Pauli, Dirac, Fermi, entre outros.” (MARTINS, 1998, p.104). A mecânica Quântica vem

travar um outro grande conflito com os físicos da época, pois a Física deixava, em parte, de

ser uma ciência determinística e passava a ser probabilística.

Como se pode perceber. Os conhecimentos e teorias da Física Moderna começam a

atuar onde os da Clássica começam a falhar (inicio do século XX). Por isso, a Física Clássica

cede seu lugar no mundo molecular e atômico a Física Quântica, e para as altas velocidades e

grandes massas como estrelas gigantes e outros corpos, a Mecânica Clássica abre espaço para

atuação da Teoria da Relatividade. Mas até quando?

2.2 A Importância da Física Moderna no Ensino Médio

Infelizmente, a Física ensinada no ensino médio em âmbito Nacional, trata apenas de

conteúdos associados à Física do inicio do século XX. Entretanto, desde o final do século XX

existe um movimento Nacional e internacional para a introdução dos conteúdos de Física

Moderna (ou Contemporânea) no Ensino médio. São muitos os motivos para se inserir esses

conteúdos no Nível Médio. Podemos citar entre eles:

• Despertar a curiosidade dos estudantes e ajudá-los a reconhecer a Física como um empreendimento humano, e, portanto, mais próxima a eles;

Page 17: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

15

• Os estudantes não têm contato com o excitante mundo da pesquisa atual em Física, pois não vêem nenhuma Física além de 1900. Esta situação é inaceitável em um século no qual idéias revolucionárias mudaram a ciência totalmente;

• É do maior interesse atrair jovens para a carreira científica. Serão eles os futuros pesquisadores e professores de Física. (OSTERMANN, FERREIRA, CALVACANTI, 1998, p.1)

Os motivos citados anteriormente mostram a importância e a necessidade da inclusão

do ensino de Física Moderna no nível médio. Por isso, dentre esses e outros motivos, o MEC5

passou a exigir os conteúdos de Física Moderna no Ensino Médio a partir de 1999 (DIARIO

DE PERNAMBUCO, 2002).

Infelizmente, muitas escolas ainda não ministram os conteúdos de Física Moderna

pelos mais diferentes motivos, que vão desde as dificuldades dos professores em ministrar

esses assuntos e a própria dificuldades dos alunos em aprendê-los. É o que dizem os autores

abaixo:

[...] Embora o ferramental matemático presente nesses campos (da Física Moderna), especialmente àquele presente na Relatividade Especial (trigonometria, equações polinomiais quadráticas etc), possa ser visto como de fácil compreensão por alunos do ensino médio, a inserção da Física Moderna nesse nível de ensino tem encontrado algumas dificuldades. Pode-se justificar isso com a possível dificuldade dos alunos no trato de conceitos abstratos, ou seja, em trabalhar com conceitos não perceptíveis nas experiências do cotidiano. Pode-se também justificar tal fato a partir das próprias dificuldades dos professores dentro desse campo da Física, que conscientes disso, muitas vezes evitam sua abordagem. (CASTRO, CORREIA; GONÇALVES, 2003, p.1).

Estes autores ainda levantam um importante questionamento: se os docentes decidem

não avançar, e permanecer trabalhando apenas com os conteúdos da Física Newtoniana, ou

seja, aqueles anteriores a 1900, não significa que a disciplina de Física Está sendo trabalhada

com uma defasagem de um século?

Uma dada passagem do livro A máquina das crianças (PAPERT, 1994), traz uma

história bastante interessante para ilustrar essa idéia. Dois grupos são transportados um século

em direção ao futuro, e se deparam na época atual (século XXI). O primeiro grupo é um grupo

de Médicos. Estes ao observarem uma sala de cirurgia moderna encontraram enormes

diferenças. Instrumentos e equipamentos presentes ali, que jamais um médico de cem anos

atrás poderia manuseá-los de forma adequada, pelos menos não imediatamente. O segundo

grupo é um grupo de professores, que ao se depararem com uma sala de aula “moderna”, 5 Ministério da Educação, Cultura e Desportos.

Page 18: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

16

praticamente não encontraram diferença alguma da sala de aula de um século atrás. Trazendo

isto para nossa discussão: Um professor que ensinava Física no ano de 1900, provavelmente

ensinaria Física sem problemas em pleno século XXI. Dessa forma o professor ministraria

apenas os conteúdos da Física Clássica, sem se preocupar com a tecnologia atual que cerca e

invade aos alunos por toda a parte.

A Física é uma ciência experimental e quando trazida para a sala de aula, deve traçar

um paralelo da teoria física com a experiência diária dos alunos. Vale colocar que é proposta

pedagógica dos PCN “aplicar as tecnologias associadas às Ciências Naturais na escola, no

trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida” (MEC, 2000, p 96). E completa

Castro: “[...] Assim, enquanto educadores devemos romper com uma diretriz de conteúdo e

estanque, trazendo cada vez mais para a sala de aula temas modernos, mais próximos da

realidade dos alunos [...]” (CASTRO, CORREIA; GONÇALVES, 2003, p.3).

Sem sombra de duvidas, a inclusão dos conteúdos de Física Moderna é essencial para

proporcionar uma maturidade ao ensino de Física. “[...] Caso contrário, a indagação “há um

século de atraso no ensino de Física!?”Permanecerá por um longo tempo ainda [...]”

(CASTRO, CORREIA; GONÇALVES, 2003, p.3).

2.3 Ensino de Física Moderna e Vestibular

Quando se discute ensino médio (que é a ultima etapa da educação básica),

rapidamente se pensa em vestibular, emprego ou outra forma de ascensão para o estudante

que pretende concluí-lo. Infelizmente, “Costuma-se justificar certa inércia para algumas

mudanças no ensino médio (ou mesmo no fundamental) no fato deste ser, presume-se, voltado

para o vestibular” (LIMA, 2003, p.6).

Geralmente se fala em vestibular como um processo extremamente errado e

excludente, que tira a oportunidade dos menos favorecidos entrarem na universidade. Mas ele

(o vestibular) não possui apenas defeitos, como sugerem muitos autores. Na verdade, mais

excludente que o vestibular é a sociedade. É como diz Cristóvão Buarque em seu livro A

aventura da Universidade: “o que torna a universidade elitista não é o fato de que os pobres

não terão filhos médicos, mas o fato de que os pobres não terão médicos para seus filhos”

(BUARQUE, 1994). Dessa forma, o vestibular se torna apenas um reflexo da sociedade.

Sendo assim, o verdadeiro problema do ingresso justo e igual à Universidade não está no

vestibular, mais sim na educação de nível fundamental.

Page 19: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

17

O concurso vestibular é um espelho fiel das distorções e das iniqüidades que caracterizam a sociedade brasileira. Ele é um instrumento neutro e, sendo seu objetivo precípuo selecionar os candidatos mais bem preparados para preencher as poucas vagas oferecidas, não poderia ser outro o resultado [...] seria um descalabro tentar usar o concurso vestibular como instrumento de justiça social. Perderiam todos, sem que se pudesse minimamente corrigir as deformações que marcam os 11 primeiros anos da educação das crianças e dos adolescentes do país. (PINHO, 2001, p.6)

Pelo que parece, a maioria das escolas passa a incluir os conteúdos de Física Moderna

em seus currículos apenas quando as Universidades locais começam a cobrar tais conteúdos

em seus vestibulares, pressionando assim os seus professores de Física, que muitas vezes

estão inseguros sobre os conteúdos de física moderna, por falta de capacitação e/ou por não

possuírem graduação em Física, dificultando ainda mais a situação. (LIMA, 2003).

Dentro dessa política educacional de “o que o vestibular cobrar na prova, será

ensinado na sala”, levam vantagem às escolas privadas: “[...] a rede privada prepara o aluno

somente para um exame-padrão, o Vestibular.” (NEVES, 2000, p.7).

Desta forma é fácil perceber que existe uma resistência natural na implementação do

ensino de Física Moderna devido à ausência deste no programa de Física do vestibular de

algumas Universidades do país, já que grande parte das escolas, em especial as privadas, só

passam a ministrar os conteúdos com a cobrança no vestibular.

2.3.1 Um histórico da Física Moderna nos vestibulares

Segundo a autora Maria Emília Bezerra (2005, p 27), a primeira universidade pública a

implementar conteúdos de Física Moderna no exame vestibular foi a Universidade Federal do

Rio grande do Sul (UFRGS), no ano de 1970. A segunda universidade foi a federal de Santa

Catarina (UFSC) em 1990, seguida pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte

(UFRN) em 1998. Ainda segundo Bezerra, até 2005, cerca da metade das principais6

universidades públicas do País cobram os conteúdos de Física Moderna, e na medida em que

estes assuntos são inseridos no vestibular, também são inseridos nos programas de física do

nível médio (BEZERRA, 2005, p 26 – 28).

Como vimos, os conteúdos de Física Moderna passam a ser cobrados pela

Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 1998, 93 anos após a publicação dos

6 São consideradas principais universidades as que apresentam um grande número de inscritos nos seus vestibulares.

Page 20: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

18

principais trabalhos de Einstein (1905), lembrando que esta foi a terceira Universidade a

implementar tais conteúdos, sendo assim uma das pioneiras no Brasil, a primeira quando se

fala em Norte e Nordeste.

Porém, este conteúdo de Física Moderna que já vem sendo cobrado a alguns anos pela

UFRN está sendo ministrado nas salas de aula de Ensino Médio tanto na rede pública como

na rede privada de Ensino da cidade de Natal? Se estiver sendo ministrado, vem a ser de

extrema importância saber se os conteúdos são passados de forma satisfatória, e se não estão

sendo ministrados, porque não? Afinal, seria justo uma Universidade Pública exigir conteúdos

que não são ministrados em sala de aula? Especialmente se estas salas de aula forem as salas

de aula de escolas públicas?

Para responder essas perguntas e cumprir com os objetivos desse trabalho, é descrito

no próximo capítulo a metodologia de trabalho, seguido dos resultados e conclusões, onde

esses questionamentos serão claramente explicados e justificados.

Page 21: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

19

3 METODOLOGIA

Visto que existe uma necessidade de buscar conhecer a situação do ensino de Física

Moderna nas escolas, foi traçado uma metodologia de trabalho para que esta situação possa

ser reconhecida de uma forma prática e dinâmica.

Em primeiro lugar, foi feita a elaboração de um questionário, que foi levado aos

professores de algumas escolas de Natal. O segundo passo foi a definição de quais eram as

escolas que deveriam ser pesquisadas, definindo critérios para selecioná-las, sendo escolhidas

e incluídas na pesquisa sob os mesmos critérios tanto escolas públicas como privadas.

Após obter os resultados do questionário nas escolas, foi feito um levantamento,

realizando a comparação entre os dados gerados nas escolas públicas e os gerados nas escolas

privadas.

3.1 Elaboração do Questionário

O questionário veio a ser o principal instrumento de levantamento de dados de campo

deste trabalho, por isso, a sua elaboração foi feita de forma bastante cautelosa, para que este

pudesse ser capaz de coletar o máximo de informações possíveis de forma rápida, simples e

relevantes para a construção das estatísticas dos profissionais docentes que estão atuando no

ensino (ou não) de Física Moderna.

O questionário possui ao todo treze questões, sendo que as três primeiras questões

fazem o levantamento da formação acadêmica dos profissionais, como o grau de formação

(graduado, especialista, mestre) e a área de formação. Um outro ponto importante é se a

escola é pública ou privada. Na questão seguinte, é feito um levantamento sobre quais

conteúdos de Física Moderna são abordados em sala de aula. Caso o professor não ministre

nenhum assunto de Moderna, ele deveria deixar de responder o campo do questionário

referente a didática e metodologia sobre o ensino de Física Moderna (questões cinco a doze),

partindo assim, para a última questão.

Questões sobre a utilização de material didático e o tempo destinado aos conteúdos de

Moderna, como também o desempenho dos alunos estão colocados entre esses quesitos.

As respostas dessas questões são de extrema importância, pois elas são o suporte para

o levantamento estatístico de dados, e conseqüentemente para as conclusões e possíveis

Page 22: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

20

soluções da situação em que se encontra o ensino da Grande Natal quando se fala em Física

Moderna.

O resultado final da aplicação e os resultados, junto com os gráficos serão expressos

mais adiante.

3.2 Critérios de escolha das escolas

As escolas são as regiões de amostragem, onde os dados da pesquisa científica serão

coletados. Por isso a escolha dessas escolas deverá ser a mais criteriosa possível, para que

possa abranger as principais escolas na cidade de Natal.

Porém, o que define que uma escola seja “principal”, ou melhor, relevante e

importante para esse trabalho? Para definir os critérios de seleção das escolas, é necessário

definir primeiro quais são os critérios para definir uma boa escola, como também observar se

é possível ter acesso aos dados de todas as escolas na cidade do Natal. Uma maneira de

classificar as escolas, embora não seja a mais justa, é o desempenho dos alunos das escolas no

processo seletivo do vestibular. Embora todas as Universidades públicas presentes na cidade

do Natal exijam conteúdos de Física Moderna, a única que disponibiliza publicamente os

resultados, por escola, do vestibular é a UFRN. São baseados nesses dados que são

classificadas as escola.

Ao observar como a Comissão Permanente do Vestibular da UFRN (COMPERVE)

classifica as escolas após o processo seletivo do vestibular, vê-se que a lista foi feita

classificando as escolas quanto à taxa de matriculados. Essa taxa de matriculados é a razão do

número de inscritos no vestibular em relação ao número de matriculados. Por exemplo, se

uma escola inscreve 10 alunos, e aprova 6, esta possui um índice de aprovação de 60%, o que

é bem mais que o CEFET-RN, com os seus 37% e 168 aprovados em 2006 (COMPERVE,

2006). A princípio este parece ser um bom critério para definir se uma escola é adequada para

servir de amostragem nessa pesquisa.

Uma outra maneira de classificar as escolas é quanto ao número de alunos

matriculados, sem se preocupar quantos se inscreveram. Analisando as listas da COMPERVE

e as reclassificando quanto ao número de candidatos, observa-se uma constância maior das

escolas em suas posições (estas listas podem ser vistas no Anexo_A). Ou seja, o número bruto

de aprovados oscila menos durante os anos, se comparado à taxa de matriculados.

Enfim, utilizaremos os dois critérios: as escolas que mais aprovam em números

(quantidade de matriculados) e as que mais aprovam proporcionalmente (Taxa de

Page 23: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

21

matriculados) alunos na UFRN. Para isso, são analisadas as seis primeiras colocações nos

anos de 2004, 2005 e 2006, para os dois critérios, sendo mostrada uma classificação apenas

para as escolas públicas e outra para as privadas. Já que as primeiras colocações são ocupadas,

com exceção de CEFET-RN, por escolas privadas, sendo que a segunda escola pública só

chega a aparecer após algumas dezenas de instituições privadas.

As escolas que aparecerem pelo menos duas vezes (dois anos) em um mesmo critério,

entraram na lista das escolas selecionadas, e receberão, neste trabalho, o título de escolas

“objeto de estudo”, ou escolas “selecionadas”.

3.3. Análise dos Resultados

Os resultados da aplicação do questionário serão apresentados a partir de gráficos de

dois tipos. Para as questões que aceitem apenas um quesito como respostas, os gráficos serão

do formato “pizza”, expressando os valores percentuais em cada resposta. Já as questões onde

seja possível marcar mais de um item, os gráficos serão plotados em colunas, sendo que o

número de professores/escolas que selecionaram determinado item estará expresso sobre a

coluna.

Alguns itens do questionário conterão três gráficos, ou duas legendas, de forma que

seja possível visualizar os resultados apenas das escolas públicas, apenas das escolas privadas

e um gráfico que englobe todas as escolas pesquisadas. Dessa forma será possível traçar um

paralelo entre as escolas públicas e privadas, além de ter uma noção mais geral de como se

encontra a situação das escolas em Natal.

Cada item, além de apresentar os resultados de forma gráfica, também apresentará

uma discussão dos resultados, e comentários de casos especiais no momento das entrevistas

aos profissionais docentes.

Page 24: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

22

4 RESULTADOS

4.1 Escolha das Escolas

As escolas foram escolhidas conforme o critério especificado na metodologia: serão

geradas listas que conterão a classificação das escolas quanto ao número total de matriculados

na UFRN e quanto à taxa de matriculados (Inscritos/matriculados). Nessas listas serão

apresentadas as seis primeiras colocações nos anos de 2004, 2005 e 2006. Sendo separadas

por escolas públicas e privadas.

Utilizando os resultados do seminário de avaliação do processo seletivo de 2005 e

2006 pode-se encontrar a colocação das escolas segundo a COMPERVE. Na pagina 53, do

seminário de avaliação do processo seletivo 2006, encontramos a colocação das escolas no

ano de 2006 e a colocação nos anos de 2004 e 2005 encontra-se na pagina 48 no seminário de

avaliação do processo seletivo de 2005. Ambas as listas de classificação estão presentes nos

anexos.

Existe uma diferença considerável entre as duas listas de classificação. A lista de 2006

inclui todas as escolas do Rio Grande do Norte listadas no manual do candidato, que

inscreveram mais de cinqüenta alunos e que aprovaram pelo menos um candidato.

Já no processo seletivo de 2005, o relatório do seminário de avaliação, lista apenas as

escolas de Natal. Este relatório de avaliação contempla as colocações não apenas do processo

vestibular de 2005, mas também o de 2004.

4.1.1 Instituições Públicas de Ensino

Para encontrar as escolas públicas alocadas nas seis primeiras colocações, foi

necessário observar as escolas presentes nas listas de classificação uma por uma, observando

se ela (a escola) é pública ou privada. Entende-se neste trabalho como escola pública, as

escolas que oferecem ensino gratuito aos jovens e adultos e que são mantidas pelos governos

Municipal, Estadual ou Federal.

A primeira escola pública (primeira colocada) não ofereceu dificuldade alguma para

ser localizada. Esta escola é o Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do

Norte – Unidade Sede, que por sinal ocupa a primeira posição (entre as escolas públicas) nos

Page 25: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

23

três anos (2004, 2005 e 2006) e nos dois critérios de classificação. Entre a listagem geral, que

são as escolas públicas mais as escolas privadas, o CEFET-RN oscila entre 1º e 2º colocado.

Percorrendo a lista, e observando a relação escola por escola, encontra-se as outras

cinco escolas que constituirão a nossa lista. Em primeiro lugar classificaremos as escolas

quanto à taxa de matriculados, sendo expresso em cada célula do gráfico nº1, a escola, a taxa

de matriculados e a sua colocação geral (públicas + privadas).

ANO 1º 2º 3º 4º 5º 6º

2004

CEFET

36,7% - 1º

Domingos

Sávio

17,3% - 13º

Edgar Barbosa

9,1% - 27º

Felipe

Guerra

8,6% - 28º

Ferreira Itajubá

6,3% - 36º

Lia Campos

5,6% - 37º

2005

CEFET

34,4% - 2º

Domingos Sávio

13,6% - 27º

Walfredo

Gurgel

11,3% - 32º

José Fernandes Machado

10,3% - 36º

Padre

Miguelinho

10,2% - 37º

Floriano Cavalcante

10,1 – 38º

2006

CEFET

37,3% - 2º

Santos Dumont

11,8% - 56º

Walfredo

Gurgel

10,7% - 60º

Padre

Miguelinho

8,8% - 71º

Felipe

Guerra

8,6% - 72º

Francisco Ivo

8,3% - 75º Gráfico 1 – Escolas Públicas Classificadas quanto à proporção inscritos/matriculados Fonte: Criação do autor, a partir dos seminários de avaliação do Vestibular – UFRN.

As escolas públicas em negrito são as que apareceram pelo menos duas vezes no

Gráfico nº. 1. Como se observa, existem algumas escolas que aparecem apenas uma vez entre

essas seis primeiras colocações e em seguida somem das primeiras posições. Estas escolas

obtiveram apenas um desempenho fora do normal para aquele ano, e por isso não possuem

tradição de grandes aprovações. A escola José Fernandes Machado, por exemplo, apareceu

como quarta no ano de 2005, mas não obteve nenhuma aprovação em 2004, onde contava

com apenas seis inscritos, e em 2006 aparece na colocação de numero 90, com 4,5% de

aprovação. Como se observa esta escola apenas teve um ano especial, que provavelmente,

contou com melhores alunos ou com um incentivo maior por parte da direção da escola.

Já para classificar as escolas quanto ao número de aprovados, transcreveram-se as

listas de classificação (da COMPERVE) para um programa de planilhas eletrônicas, fazendo

assim a reclassificação das escolas (esta lista se encontra nos anexos). Para localizar as

escolas públicas, foram dados os mesmos passos: analisando posição por posição e

Page 26: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

24

encontrando as seis primeiras escolas públicas. O gráfico 2 expressa além das escolas, o

número total de matriculados, seguido pela colocação geral da escola nessa segunda lista de

classificação.

ANO 1º 2º 3º 4º 5º 6º

2004

CEFET

120 – 1º

Felipe Guerra

6 – 27º

Floriano

Cavalcante

6 – 26º

Edgar Barbosa

4 – 34

Winston

Churchill

4 – 33º

Atheneu

3 – 35º

2005

CEFET

359 – 1º

Floriano

Cavalcante

47 – 16º

Anísio

Teixeira

47 – 17º

Atheneu

43 – 18º

Padre

Miguelinho

40 – 19º

Winston

Churchill

36 – 21º

2006

CEFET

374 – 1º

Winston

Churchill

48 – 15º

Floriano

Cavalcante

41 – 17º

Anísio

Teixeira

40 – 20º

Atheneu

35 – 27º

Padre

Miguelinho

35 – 28º

Gráfico 2 – Escolas Públicas Classificadas quanto ao número total de matriculados Fonte: Criação do autor, a partir dos seminários de avaliação do Vestibular – UFRN.

Como é possível perceber, o número de escolas em negrito aumentou sensivelmente.

Esse dado mostra que estes escolas possuem uma tradição de aprovação, pois adotando o

critério de números de aprovados, essas escolas se repetem entre estas seis primeiras

colocações. Pelo que parece, classificar as escolas quanto ao número total de matriculados no

vestibular torna menos oscilante as primeiras colocações das escolas públicas.

As escolas Padre Miguelinho e CEFET-RN aparecem nos dois gráficos. Isto sugere

que entre as escolas públicas, estas devem ter um ensino diferenciado. Isso foi analisado no

momento da aplicação do questionário.

Entre as escolas públicas presentes no grafico acima, além do CEFET-RN, se repete

nos três anos o Floriano Cavalcante, o Atheneu, o Winston Churchill e se considerarmos a

sétima colocação de 2004, o Anísio Teixeira. Ou seja, estas escolas dominam as primeiras

colocações em termos de alunos ingressos na UFRN.

Em fim, as escolas que foram analisadas são as que estão em negrito nos dois gráficos

acima, desse modo, pode-se se utilizar os dois critérios, envolvendo as escolas que

matriculam proporcionalmente mais e as que matriculam quantitativamente mais alunos na

Page 27: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

25

UFRN, além de abranger um bom número de escolas. Seguem então as escolas públicas

selecionadas de natal:

• Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte

• Colégio Estadual do Atheneu Norte Riograndense

• Escola Estadual Desembargador Floriano Cavalcante

• Escola Estadual Domingos Sávio

• Escola Estadual Felipe Guerra

• Escola Estadual Monsenhor Walfredo Gurgel

• Escola Estadual Padre Miguelinho

• Escola Estadual Professor Anísio Teixeira

• Escola Estadual Winston Churchill

Temos assim, nove escolas públicas a serem visitadas, e analisadas a partir da

aplicação do questionário junto aos seus profissionais em ensino de Física.

4.1.2 Instituições Privadas de Ensino

O passo seguinte foi a seleção das escolas privadas. A seleção se deu de forma mais

simples que as da escola pública, pois, como já foi dito, com exceção do CEFET-RN, as

primeiras colocações são ocupadas pelas escolas privadas.

Por isso, para gerar os gráficos com as classificações, basta excluir o CEFET-RN, que

temos a listagem das seis primeiras escolas privadas.

De forma análoga ao CEFET-RN, a escola CEI (Centro de Educação Integrada),

domina as primeiras posições em ambas as listagens, com exceção do ano de 2005,

classificado por número de alunos matriculados (gráfico 4).

Segue-se o gráfico 3, que é semelhante ao gráfico 1, contendo em cada célula a escola,

a taxa de matriculados e a colocação geral da escola para aquele ano.

ANO 1º 2º 3º 4º 5º 6º

2004 CEI

Henrique Castriciano

CDF – Prudente

Salesiano

Maria Auxiliadora

GEO Stúdio

Page 28: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

26

35,2% – 2º 34,1% - 3º 32,3º - 4º 27,0% - 5º 26,0% - 6º 21,4% - 7º

2005

CEI

35,2% – 1º

Henrique Castriciano

32,7% - 3º

GEO Stúdio

30,0% - 4º

Salesiano

29,3% - 5º

CDF – Prudente

29,1% - 6º

Maria Auxiliadora

26,8% - 7º

2006

CEI

40,1% – 1º

GEO Stúdio

34,7% - 4º

Henrique Castriciano

38,6% - 7º

Facex

27,8 – 8º

Maria Auxiliadora

26,4% - 9º

Salesiano

25,2% - 10º

Gráfico 3 – Escolas Privadas Classificadas quanto a proporção inscritos/matriculados Fonte: Criação do autor, a partir dos seminários de avaliação do Vestibular – UFRN.

Como se pode observar acima, os primeiros lugares são literalmente dominados por

algumas escolas. A maioria delas se repete nos três anos. A única a aparecer de forma Isolada

foi a FACEX, em sublinhado. Logo, das escolas acima ela será a única a não ser analisada.

Como se vê, estas escolas possuem uma tradição de aprovação no processo seletivo de

vestibular da UFRN, se isso caracteriza ou não uma boa qualidade de ensino, a análise dos

resultados dirá mais adiante.

Resta saber se quando as escolas forem classificadas quanto ao número de alunos

matriculados, estas escolas voltarão a aparecer. É o que se vê no gráfico 4, que apresenta o

número total de matriculados e a colocação quanto a este número para cada escola:

ANO 1º 2º 3º 4º 5º 6º

2004

CEI

81 – 2º

Salesiano

76 – 3º

Henrique Castriciano

59 – 4º

Marista

51 – 5º

Neves

49 – 6º

CAP –

Prudente

42 – 7º

2005

Salesiano

187 – 2º

Neves

144 – 3º

CAP –

Prudente

133 – 4º

CEI

128 – 5º

Marista

112 – 6º

CDF – Centro

111 – 7º

2006

CEI

168 – 2º

Salesiano

166 – 3º

Neves

137 – 4º

Contemporâ- neo

122 – 5º

Marista

121 – 6º

CAP –

Prudente

108 – 7º

Gráfico 4 – Escolas Privadas Classificadas quanto ao número de matriculados Fonte: Criação do autor, a partir dos seminários de avaliação do Vestibular – UFRN.

Page 29: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

27

Quando as Escolas são classificados quanto ao seu número de alunos matriculados nos

cursos da UFRN, vemos que as Escolas CEI e Salesiano estão presentes em ambos os

gráficos, e em todos os três anos. É provável que essas escolas possuam um ensino

diferenciado, tal como o CEFET-RN e o Padre Miguelinho, no caso das escolas Públicas.

Observando o ultimo gráfico, estão excluídas da seleção, as escolas: Contemporâneo,

CDF – Centro e Henrique Castriciano. Entretanto, a Escola Henrique Castriciano se faz

presente em todos os anos no gráfico 3. Então, de todas as Escolas presentes nos gráficos de

número 3 e 4, estão fora da pesquisa, Além o Contemporâneo e do CDF – Centro, a FACEX.

Dessa forma, finalizou-se a seleção das escolas de Natal, com a construção da lista

abaixo, que possui as escolas privadas que serão consideradas nessa pesquisa.

• Centro Educacional Integrado

• CAP – Prudente

• CDF – Prudente

• GEO Stúdio

• Henrique Castriciano

• Instituto Maria Auxliadora

• Marista

• Colégio Nossa Senhora das Neves

• Salesiano

Por coincidência, o número de escolas privadas selecionadas foi igual ao número de

escolas públicas. Assim têm-se ao todo dezoito escolas. São nessas dezoito escolas que serão

levados os questionários, buscando fazer o levantamento estatístico dos dados da forma mais

confiável possível, e traçando assim o paralelo entre as escolas públicas e privadas quanto ao

ensino de Física Moderna.

4.2 Resultados do questionário

O questionário foi levado às escolas selecionadas, no período de 01 de novembro a 25

de novembro de 2006, sendo respondido por um dos professores de Física de cada

Page 30: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

28

estabelecimento. A distribuição das escolas pela cidade de Natal esta mostrada no mapa da

figura 1, a seguir, segundo escolas públicas e privadas.

Fig. 1: Distribuição das Escolas pela cidade do Natal

Os pontos pretos são as escolas públicas presentes em nossa lista e os pontos azuis são

as escolas privadas. Como se pode observar existe uma concentração dessas escolas em uma

pequena região da cidade de Natal (Figura 2). A grande região amarela é a cidade de Natal, e

o quadrado em destaque é a aproximadamente a região expressa com detalhes na figura 1.

Para uma cidade que abrange toda a legenda amarela da figura 2, essa região de concentração

das escolas é muito pequena.

Page 31: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

29

Fig. 2: Região onde se encontram as “principais” Escolas de Natal.

Além da própria concentração das 18 escolas levadas em conta nesse trabalho, vemos

mais duas outras “sub-concentrações”: uma de escolas públicas e outra de escolas privadas.

Como é possível ver, existe um aglomerado de pontos pretos na região do centro da cidade,

no bairro de “Cidade Alta”. Estas escolas são as públicas que alcançaram as melhores

colocações, com exceção do CEFET-RN. O aglomerado azul que é constituído por seis

escolas abrange uma área maior, porém, em meio às essas escolas ditas importantes existem

dezenas de outras escolas privadas de porte consideráveis, e menores, que não foram

consideradas nessa pesquisa.

A maior parte dos professores de Física atuantes nessas escolas foram entrevistados,

por mim, nas próprias escolas. Alguns outros foram entrevistados a partir de terceiros ou em

outros ambientes fora das escolas em questão.

A maioria das escolas privadas foram hostis com a pesquisa cientifica, impondo

dificuldades e questionamentos para a aplicação do questionário junto aos professores de

Física. Em uma das escolas privadas não foi possível aplicar o questionário e nem entrar em

contato com algum professor. A coordenação pedagógica proibiu o meu acesso às salas de

aulas e de professores e prometeram que elas mesmas (as pedagogas responsáveis) entrariam

em contato com os professores de Física, aplicariam o questionário e em seguida entrariam

em contato comigo para ir até a escola coletar o questionário. Até a data de fechamento dessa

pesquisa de campo (25 de novembro de 2006) este contato não ocorreu.

As escolas públicas, pelo contrario, foram bem receptivas à pesquisa, atenderam-me

muito bem, incluindo os professores.

Page 32: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

30

Dessa forma, somam-se 17 escolas onde os professores responderam o questionário

sobre a didática e a prática de ensino de Física Moderna. Os resultados de cada item do

questionário estão detalhados no capítulo seguinte.

4.2.1. Tipo da Escola

Como já foi dito anteriormente, o relatório foi levada a dezessete escolas. Oito dessas

são privadas e nove são públicas, como se pode observar no gráfico a seguir (gráfico 05):

Classificação da Escola

53%

47%

Pública Privada

Gráfico 5: Classificação das Escolas quanto a públicas ou privadas Fonte: criação do autor, a partir dos resultados do questionário.

Esses resultados são importantes, pois temos números equilibrados de escolas públicas

e privadas, e dessa forma é possível visualizar melhor o impacto das escolas públicas (ou

privadas) no resultado geral.

Alguns dos resultados expressos nos tópicos seguintes trazem os resultados das

escolas públicas e das escolas privadas de forma separada, como também trazem um gráfico

global, envolvendo todas as escolas pesquisadas. O fato de haver essa quase simetria de

escolas públicas e privadas faz com que seja melhor observável o impacto que os resultados

das escolas públicas ou privadas geram nos resultados globais

Infelizmente, o mesmo impacto não pode ser visto nos resultados do vestibular, pois o

número de aprovados no processo seletivo não representa os mesmos valores percentuais na

maioria dos cursos, que são quase que totalmente dominados por alunos de escolas privadas

(como Medicina, Direito) e outros por alunos de escolas públicas (Cursos de Licenciaturas),

(COMPERVE, 2006).

Page 33: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

31

4.2.2 Grau de formação e Área de Atuação

As questões de número um e dois do questionário vêm levantar dados quanto à

formação dos profissionais que atuam no Ensino de Física. As alternativas em grau de

formação vão de graduando a mestre, e nas de área de atuação estavam presente à formação

em Física, em Matemática (já que muitos professores de Física são, na realidade, formados

em matemática (LIMA, 2003)), em algum outro curso da área tecnológica e também se o

docente possui formação em outra área.

Observando os gráficos de n.º 6 e 7, podemos constatar alguns dados importantes e até

mesmo interessantes.

Nenhum profissional entrevistado respondeu ao questionário alegando que seu grau de

formação é de Mestre. Isso mostra que a maioria dos profissionais que estão atuando no

ensino médio ainda se encontram em uma formação básica, limitada aos conhecimentos

adquiridos em nível de graduação. A titulação mestre ainda é parcialmente empregada, pois,

no momento da entrevista, vários docentes justificaram estarem no curso de mestrado, e um

no doutorado. Em termo de pós-graduação, as escolas privadas possuem um número maior de

especialista.

Grau de Formação

24%

58%

18% 0%Graduando

Graduado

Especialista

Mestre

Públicas

33%

59%

8% 0%

Privadas

0%

60%

40%

0%

Gráfico 06: Percentual do grau de Formação dos Docentes Entrevistados

Fonte: criação do autor, a partir dos resultados do questionário.

Page 34: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

32

Um outro ponto importante: O grau de instrução graduando está presente apenas nas

escolas públicas. È a condição de Estagiário. Muitas das escolas públicas estão sem

professores de Física em seu quadro permanente. Assim, para que os alunos tenham aula e

Física, a Secretaria de Educação realiza contratos temporários de estagiários para atuarem,

como professores e muitas vezes estes estagiários não chegam nem a serem alunos dos cursos

de física. E, quando chegam, se deparam logo coma a inexperiência. Ensinar Física Moderna

nessas circunstâncias se torna bastante difícil, já que os alunos-professores não possuem

(ainda) condições para cobrir a física clássica, quanto mais a moderna, que geralmente é vista

no fim dos cursos de graduação.

Por fim, como se pode ver, a proporção de graduados é basicamente a mesma para

ambas as escolas (59% para as Públicas e 60% para as privadas). Esses profissionais se

formaram basicamente na mesma instituição, logo, possuem iguais condições de trabalharem

bem os conteúdos da Física Clássica e ainda sim, a Física Moderna, abrangendo dessa forma a

Física e suas aplicações tecnológicas como um todo.

Com relação à área de formação dos docentes, é possível notar no gráfico 7 que a

maior parte dos profissionais entrevistados possuem formação em Física.

Area de Formação

88%

6%

0%

6%Física

Matemática

Outro curso da ÁreaTecnológica,

curso de um outraÁrea,

Pública

0%

78%

11%

11%

Privada

100%

0%

0%

0%

Gráfico 07: Dados sobre a Formação dos Docentes Entrevistados Fonte: criação do autor, a partir dos resultados do questionário.

Page 35: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

33

O fato de termos 88% dos profissionais com formação em Física é um ponto positivo

que encontramos nesta pesquisa, já que um profissional de uma outra área não cursou as

disciplinas mínimas necessárias para adquirir um conhecimento razoável sobre a Física

Moderna a ponto de ensinar isso para os alunos de uma forma clara e correta. Vale a pena

perceber que nas escolas privadas têm-se apenas profissionais que possuem formação em

Física.

No caso as Escolas públicas, temos a ocorrência de 11% de professores com formação

em matemática e outros 11% que formados em algum outro curso de uma outra área. Esses

11% equivalem a um dos entrevistados. O que possui formação em Matemática é especialista.

Sua especialização o capacita para ensino de Física. Até então, nada agravante. O problema e

que o profissional que graduado “em um curso de uma outra área” é formado em Agronomia.

Se é possível ver isso entre as escolas públicas pesquisadas, que são as que mais aprovam no

vestibular da UFRN, não seria surpresa encontrar docentes que nem mesmos sejam formados,

lecionando pelo Rio Grande do Norte a fora. Se a cinemática fica prejudicada nesse contexto,

o que dizer da relatividade ou do principio da incerteza?

4.2.3 Conteúdos Abordados em sala de aula

É importante destacar que, a questão de número quatro aplicado no questionário é a

mais importante desse trabalho, pois ela vem nos trazer algumas respostas sobre quais os

conteúdos de Física Moderna são abordados (ou não) nas salas de aula dessas escolas

selecionadas.

Essa questão é um divisor de águas no questionário, já que, caso o professor responda

a questão afirmando que não ministra nenhum conteúdo de Física Moderna, ele deverá deixar

o campo das questões cinco a doze em branco do questionário e chegar à última questão (a de

nº 13), já que as outras questões são referentes à didática e metodologia no ensino de Física

Moderna. Como se vê nas colunas do gráfico 08, temos aqui uma divergência enorme quando

em ensino de Física Moderna. O número acima das colunas indica o número de professores

que afirmaram ensinar o conteúdo expresso abaixo das colunas.

Page 36: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

34

Conteudos Abordados em Sala de Aula

1 1 1 1 1 1 1

88 8 8 8 8 8 8

0

Rel

ativ

idad

e

Teor

ia d

ePl

anck

Efei

toFo

toel

étric

o

Mod

elo

deB

ohr

Dua

lidad

eon

da p

artíc

ula

Prin

cipi

o da

Ince

rteza

Rad

ioat

ivid

ade

Neb

hum

PúblicaPrivada

Gráfico 08: Relação dos conteúdos de Física Moderna abordados pelos Professores Fonte: criação do autor, a partir dos resultados do questionário.

Todos os professores das escolas privadas afirmaram ensinar os conteúdos de Física

Moderna. Interessante que destacaram também ensinar todos os conteúdos agrupados no

questionário. Os números oito acima das colunas vermelhas são as oito escolas privadas que

tiveram seus docentes entrevistados.

Já o número oito acima da coluna azul, são oito das nove escolas públicas vistas, que

afirmaram não ensinar nenhum conteúdo de Física Moderna. Quando questionados sob o

porque de não ensinar Física Moderna, os docentes da rede pública de ensino deram os mais

diferentes motivos, como também sugeriram diversas soluções. Os motivos vão deste a falta

de estrutura das escolas, passando pelo desinteresse dos alunos e chegando a falta do livro

didático esperado pelo programa federal de livros didáticos para as escolas públicas. Estes

comentários “extra-questionário” serão levados em conta nas conclusões desse trabalho.

O número um acima das pequenas colunas azuis é o número um do CEFET-RN, única

escola pública, dentre as entrevistada, que ministra os conteúdos de Física Moderna para os

seus alunos. Devido a esses fatos, a análise os resultados de agora em diante leve em conta

apenas as oito escolas privadas entrevistadas mais o CEFET-RN, não fazendo mais distinção

entre públicas e privadas, exceto se for necessário citar o CEFET-RN em particular.

4.2.4 Distribuição dos conteúdos

Constatamos que nove escolas ministram os conteúdos de Física Moderna. Não apenas

abordam os conteúdos como, dizem, ensinam TODOS os conteúdos de Física Moderna

presente no questionário. Resta agora analisar como estão sendo trabalhados esses conteúdos.

Page 37: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

35

Nesse primeiro ponto a respeito da didática, vemos como estão distribuídos os

conteúdos de Física Moderna durante o Ensino Médio. O questionário apresenta três

possibilidades: Diluída durante todo o ensino médio, diluída durante o terceiro ano do ensino

médio ou se é dada tudo em um único momento, como um conteúdo “pós-física” ou “extra”.

Os resultados estão expressos no gráfico 09.

Distribuição dos Conteúdos

11%

56%

33%Diluída noEnsino MeioDiluída no 3ºAno Concentrada

Gráfico 09: Distribuição dos conteúdos de Física Moderna no Ensino Médio Fonte: criação do autor, a partir dos resultados do questionário.

A maior parte dos professores das escolas (privadas) ministra os conteúdos de

Moderna no terceiro ano do nível médio. Isto se deve ao fato de o terceiro ano ser dado como

se fosse “um cursinho pré-vestibular”, revisando todos os conteúdos do ensino médio. É

comum os alunos terem dois ou três professores diferentes de Física. Em algumas escolas

existe uma aula e física moderna no horário semanal. Na maior parte dos casos o professor

responsável por ensinar eletromagnetismo é o que ensina Física Moderna. Algumas outras

escolas (33%) a Física Moderna é dada toda de uma vez em um período a parte. Ensinada

dessa forma, parece que Moderna é uma Física sem nexo nenhum com a Física Clássica, algo

extra, ou algo “depois da Física’normal’”.

A única escola que trabalha os conteúdos de Física Moderna diluídos em todo o ensino

médio (11%) é o CEFET-RN. Por exemplo: o professor ensina mecânica relativística no

primeiro ano, em conjunto com a mecânica clássica. Noções de quântica são trabalhadas

quando se fala em ótica, luz e cores.

Page 38: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

36

4.2.5 Material de Apoio e recursos didáticos

Os entrevistados também foram questionados a respeito dos recursos didáticos que

utilizam nas aulas de Física Moderna, tais como livros e apostilas que usam para se basear ou

disponibilizar para os alunos. Com relação ao material de apoio, vemos as opções e respostas

no gráfico 10.

Material de apoio

78

0 0 0

Livro didático

Apostila Própria

Apostila deTerceirosMaterial daInternetNenhum

Como

terceiros” e “m

em alguns caso

usar o livro do

ensinam Física

Vários o

Física. Dentre

Esses recursos

que geralmente

Gráfico 10: Material de apoio utilizado pelos professores de Física Fonte: criação do autor, a partir dos resultados do questionário.

é observável, nenhum dos professores optou pelas opções “apostila de

aterial da internet”. As escolas optaram por livro didático ou apostila própria, e

s, ambos. Quando questionados sobre qual livro, a grande maioria respondeu

“Alberto Gaspar”. Chega a ser interessante que, entre as nove escolas que

Moderna, oito professores dizem utilizar apostilas próprias.

utros recursos além dos livros e apostilas podem ser empregados no ensino de

os principais recursos, listamos alguns no questionário levado aos professores.

, se bem trabalhados, facilitam na aprendizagem dos conteúdos de Moderna,

são bastante abstratos e distantes do mundo dos alunos.

Page 39: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

37

Recursos didáticos

5

7

5

2

9

Retroprojetor

imagens emVídeosprograma decomputadorsoftware

Quadro e giz

Gráfico 11: Recursos didáticos utilizados no ensino de Física Moderna

Fonte: criação do autor, a partir dos resultados do questionário.

No gráfico n.º11 vemos que o bom e velho “quadro e giz” está presente na didática de

todos os professores. Imagens em vídeos são comuns na grande maioria dos profissionais. È

bom notar que o vídeo está sendo mais empregado que o retroprojetor e que o computador,

que possuem colunas da mesma altura. Dois professores assinalaram a opção software.

Quando questionado qual software foi empregado, os professores não souberam especificar

qual software usavam.

Analisando então os gráficos e n.º10 e 11, vemos que esta havendo condições mais

que suficiente para que os conteúdos de Moderna sejam passados e forma clara e objetiva. Só

não é possível saber se tais recursos estão sendo bem ou mal empregados (ou se são realmente

empregados).

4.2.6 Prática Experimental

A Física Contemporânea lida com corpos com velocidades muito altas (relatividade

especial), com um mundo muito pequeno (Mecânica Quântica) e com o muito grande

(relatividade geral). É de se esperar que levar para a sala de aula ou laboratório práticas

experimentais dos fenômenos presentes na Moderna sejam um tanto trabalhoso ou

impraticável. Porém, as aplicações práticas da Física Moderna estão presentes por toda a

parte. Demonstrar e explicar tais aplicações em laboratório contribui para se ter uma prática

experimental.

Page 40: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

38

Pratica experimental

33%

67%

Sim Não

Gráfico 12: Pratica experimental nas Escolas entrevistadas Fonte: criação do autor, a partir dos resultados do questionário.

Das nove escolas entrevistadas apenas três (33% - gráfico 12) alegaram ministrar os

conteúdos de Física Moderna utilizando experimentos. Duas delas são privadas. Os

professores são os mesmo dois que responderam utilizar softwares sobre Física Moderna.

Todos os três professores responderam utilizar experimentos sobre efeito fotoelétrico. O

terceiro professor é professor o CEFET-RN, que além do efeito fotoelétrico também trabalha

experimentos sobre o modelo e Bohr e o átomo e hidrogênio.

Porém, a maior parte dos percentuais da “pizza” do gráfico n.º 08 esta dividida para a

resposta não. Os que responderam “sim”, tiveram a criatividade e o empenho em demonstrar

experimentalmente o efeito fotoelétrico, que por sinal não é tão complicado assim. Essa falta

de praticidade dificuldade na aprendizagem dos conteúdos de Moderna.

4.2.7 Tempo destinado

Nas escolas públicas, muitos professores disseram que não ministravam os conteúdos

de Física Moderna porque o tempo destinado à disciplina de Física nas Escolas públicas é

muito reduzido, assim, muitas vezes não há tempo nem mesmo de concluir os conteúdos

básicos da Física, como as Leis fundamentais da Mecânica, Termodinâmica ou

Eletromagnetismo. São comuns histórias de professores que passaram metade do ano letivo

em apenas um conteúdo da Física.

Em função desta realidade foi importante questionar quanto tempo é destinado aos

conteúdos de Física Moderna nas Escolas. As resposta foram as mais variadas possíveis,

variando de duas semanas de aulas a um bimestre inteiro, se consideramos que o conteúdo foi

compactado em um único momento. Em média, temos um tempo destinado de

Page 41: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

39

aproximadamente 15 horas/aulas, ou cinco semanas de aula. Para um conteúdo tão vasto e de

uma complexidade razoável. Esse tempo é muito curto.

A pergunta seguinte vem questionar se o tempo destinado é satisfatório. A resposta foi

unânime, como está expresso no gráfico de n.º 13.

Nenhum dos professores está satisfeito com o tempo destinado a Física Moderna.

Todos admitiram que é necessário mais tempo para uma melhor abordagem dos conteúdos,

algo em torno de um bimestre inteiro.

Satisfação com relação ao tempo

100%

0%

0%

Não razoável Sim

Percebemos que os professores responderam que os conteúdos de Física moderna são

ministrados em torno de um bimestre, sugeriram um o tempo de um bimestre e meio (um

trimestre, para algumas escolas) ou até mesmo um semestre de Física Moderna.

Gráfico 13: Satisfação com relação ao tempo destinado a Física Moderna Fonte: criação do autor, a partir dos resultados do questionário.

Isso evidencia que os professores preferem, em média, o dobro do tempo destinado

atualmente a Moderna. Será então, que os professores estão ministrando apenas metade dos

conteúdos? Esta falta de tempo pode prejudicar imensamente os conteúdos, que acabam sendo

transmitidos de forma rápida e com escassez de detalhes.

4.2.8 Dificuldades e desempenhos dos alunos

Até então analisamos a didática e metodologia básica dos docentes em Física das

escolas selecionadas em Natal. Já discutimos na introdução o quanto é importante o ensino de

Física Moderna no ensino médio. Mas devemos lembrar que a construção do conhecimento

pelos alunos é o objetivo principal do processo ensino-aprendizagem. Com base nisso,

perguntamos aos docentes quais as principais dificuldades encontradas pelos alunos quando se

Page 42: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

40

fala em Física Moderna, como também o desempenho dos alunos nos sistemas avaliativos dos

professores (provas, trabalhos, seminários). Dando uma olhada no gráfico de n.º 14 vemos

quais são, segundo os docentes, as dificuldades mais freqüentes dos alunos.

Principais Dificuldadades

23

2 2

7Falta de interesse

Dificuldade emrelação aoconteúdoAusência dematerial Didático

Material práticoinsuficiente

Falta de tempo

Gráfico 14: Principais dificuldades encontradas pelos alunos segundo os docentes

Fonte: criação do autor, a partir dos resultados do questionário.

Como é visível, dos nove profissionais que responderam ao questionário, sete

admitiram que a principal dificuldade é a falta de tempo. Este fator esta atrelado à própria

insatisfação com relação ao tempo demonstrada de forma unânime pelos docentes. Com

conteúdos visto de forma “relâmpago” e geralmente as vésperas dos vestibulares, os alunos

encontram enormes dificuldades de assimilarem os ensinamentos da Física Contemporânea.

Um outro fator apontado é a dificuldade em relação ao conteúdo. Os docentes

afirmaram que é um tanto complicado trabalhar com assuntos abstratos e diferentes da

“normalidade” observada no cotidiano.

Os outros pontos mencionados cada um por duas escolas são de caráter estrutural,

depende das condições da própria instituição, exceto é claro, quando se fala de falta de

interesse por partes dos alunos. Creio que a questão “interesse” esta diretamente atrelada à

forma como o conteúdo é apresentado pelos professores, já que, enquanto alguns afirmavam

desinteresse por parte dos alunos, outros diziam que o que não falta é interesse nos conteúdos

de Física Moderna.

Sabendo essas dificuldades dos alunos, podemos pensar como isso reflete em seu

desempenho nas atividades avaliativas dos professores. O gráfico n.º 15 demonstra como é

avaliado o desempenho dos alunos, na visão dos docentes.

Page 43: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

41

Desempenho dos alunos

0%

22%

78%

0%

Péssimo Ruim Bom Ótimo

Gráfico 15: Desempenho dos alunos na visão dos Docentes Fonte: criação do autor, a partir dos resultados do questionário.

Para os professores, os alunos não possuem um desempenho que seja considerado

ruim, como também não possuem um desempenho que seja considerado ótimo. A grande

maioria dos professores julgou o desempenho como bom. A pequena parcela que julgou como

ruim (dois professores) foram os docentes que avaliaram a falta de interesse como uma das

dificuldades enfrentadas pelos alunos. Como se pode observar, uma coisa esta diretamente

atrelada à outra. Como já foi mencionado, o interesse dos alunos esta diretamente relacionado

à forma como o conteúdo é passado pelo professor. Se estes docentes não mantém interesse

nos alunos, é bem provável que os avalie mal, julgando-os como “alunos ruins”.

4.2.9 Avaliação do ensino de Física Moderna

Para finalizar esta discussão acerca dos resultados do questionário, vamos apontar

como os professores avaliam a importância do ensino de Físicas Moderna no ensino médio.

Esta é a última questão do questionário, e foi respondida tanto por professores das escolas

públicas como das escolas privadas. Observamos o resultado dessa questão no gráfico n.º 16,

onde encontramos as respostas para as escolas públicas e privadas.

Page 44: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

42

Avaliação do Ensino de Física Moderna

12%

0%

6%

12%

70%

apenas umconteúdo a mais

É um conteúdoinvariante

É apenasinteressante

É importanteapenas para ovestibular.

É importante

Públicas

11%0%

0%

22%

67%

Privadas

13% 0%

13%

0%

74%

Gráfico 16: Índice da importância dada a Física Moderna pelos docentes Fonte: criação do autor, a partir dos resultados do questionário.

Em ambos os casos, a grande maioria dos professores respondeu que o ensino de

Física Moderna é importante devido às aplicações diárias que o conteúdo proporciona. Porém,

muitos professores afirmaram esta respondendo assim porque era a opinião deles, se

estivessem respondendo “em nome da escola”, iriam responder que é importante apenas para

o vestibular, pois é assim que as “patentes superiores” das escolas privadas pensam.

Felizmente nenhum professor respondeu que a Física Moderna é um conteúdo

invariante, (sem importância, não importa se é ou não ensinado) nas salas de aula, embora

alguns achem que o conteúdo é apenas interessante para ser dados aos alunos, ou que é apenas

um conteúdo a mais a ser ensinado.

Então, se os professores conseguirem passar aos alunos, essa sua opinião que a “Física

Moderna é importante porque possui inúmeras aplicações práticas”, unida ao conhecimento

de mundo dos alunos e as novas concepções do conhecimento Físico, podemos dizer que os

conteúdos estão sendo passados com o enfoque satisfatório.

Encerramos então a análise dos resultados do questionário, que é o principal meio de

levantamento de dados desse trabalho cientifico.

Page 45: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

43

5 CONCLUSÃO

Após analise dos dados do questionário, é possível perceber que, para um Estado que

está entre os primeiros do país (e primeiro do Norte-Nordeste) a exigir conteúdos de Física

Moderna no vestibular, têm-se um ensino deficiente desse conteúdo. Vimos que A

Universidade Federal do Rio Grande do Norte cobra os conteúdos de Moderna desde 1998

(BEZERRA, 2005), ou seja, a Física Moderna já “bate” nas portas das escolas para ser

ensinada a quase oito anos, e mesmo assim, muitas escolas ainda não ministram ou ministram

mal os conteúdos desenvolvidos na Física a cerca de um século atrás.

Creio que o resultado mais divergente dessa situação é o fato das escolas públicas

Estaduais esvaziarem-se da responsabilidade em ministrarem os assuntos de Física Moderna,

lembrando que vários professores da rede pública também afirmaram ter dificuldades em

atingir os conteúdos do eletromagnetismo, encerrando o ensino médio com conceitos de

resistência em série e paralelo. Dessa forma, as escolas públicas estaduais regressam não

apenas um século no conhecimento científico indo parar bem antes das equações de Maxwell

e das experiências de Orested.

Como uma Universidade Pública, a exemplo das que temos presentes na cidade de

Natal, podem cobrar conteúdos (como a Física Contemporânea) que não são passados para os

alunos das escolas públicas? Já as particulares, pelo contrário, trabalham em função do

vestibular, e como esse passou a cobrar Física Moderna, as escolas passaram a tentar ensinar

Física Moderna. Nos primeiros anos de Moderna no vestibular, era comum os alunos

afirmarem que olhavam para a questão e não faziam nem idéia do que era aquilo. Com o

tempo, o programa da UFRN para física se tornou bastante extenso. Para cobrir todo o

programa a Universidade insere questões de moderna que estão atrelados a outros

conhecimentos Físicos, o que piora ainda mais a situação para as escolas, principalmente por

que a maioria ver os conteúdos da moderna de forma separada e distinta da clássica.

Diante dos resultados expressos pela pesquisa, é possível concluir que uma das escolas

que melhor trabalha Física Moderna é o Centro Federal de Educação Tecnológica do RN,

sendo a única instituição pública que ministra tais conteúdos. Vamos tomar esta instituição

como exemplo comparativo para demonstrar como pode ser ensinada a Física Moderna nas

escolas.

Primeiro, o CEFET-RN é a instituição que possui a melhor qualificação de

professores. Como vimos na pesquisa, as escolas públicas contam, ainda, com um número

Page 46: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

44

grande de estagiários e profissionais que nem mesmo são formados em Física. Isso prejudica e

muito o Ensino, além de temos percentual elevado de professores apenas com graduação nas

escolas privadas.

Segundo os dados analisados, o CEFET consegue abordadar todos os conteúdos da

Física Moderna. Já as outras Escolas Públicas não abordam nenhum assunto da Física

Moderna. As escolas privadas pesquisadas também enfatizam todos os conteúdos. O que na

nossa visão é uma boa situação.

O CEFET é o único que trabalha a física moderna diluída nos anos do Ensino Médio,

dessa forma, os alunos conseguem perceber melhor as relação que existem entre a Moderna e

a Clássica e perceber que a moderna não é algo a parte. As escolas privadas, quando não vêm

os conteúdos concentrados no fim do terceiro ano, trazem como uma aula separada durante

todo o terceiro. Assim, se passa a imagem que a física Moderna é outra física, que nada tem a

ver com a Newtoniana.

A pratica experimental, por mais simples e elementar que seja se faz presente apenas

no CEFET-RN e em outras duas escolas privadas. O experimento, ou qualquer aplicação

prática é fundamental para o entendimento dos estudantes.

Vimos aqui que o tempo destinado é insuficiente, já que todos os professores alegaram

isso. Para assuntos um tanto complexos e bem diferente do mundo observável a ”olhos nus”,

aulas relâmpagos ou “aulões” de Física Moderna não são a solução. Este e outros fatores,

torna o ensino de Moderna nas escolas privadas apenas uma complementação para passar no

vestibular. Se alguma Universidade pública de Natal cobra-se conteúdos de “eletrodinâmica

quântica”, veríamos no outro dia dezenas de escolas alegando ensinar tais conteúdos.

Assim, para uma melhoria no ensino de Física Moderna é necessário haver uma

reformulação no currículo de Física das Escolas, para poder incrementar a Moderna em todos

os anos do ensino médio, excluindo o enfoque de vestibular existente no terceiro ano, e

lembrar de procurar dedicar mais tempo a esse tipo de conteúdo. Uma qualificação vem a ser

necessária para muitos professores que se encontram inseguros para aplicar tais assuntos na

sala de aula.

Com relação às escolas públicas, alguns professores afirmaram que a situação

melhoraria coma chegada do livro didático para as escolas públicas, programa financiado pelo

governo Federal. Resta saber se quando tal livro chegar, este conterá Física Moderna em seu

currículo. Na verdade, para ensinar física moderna nas escolas públicas não há necessidade de

um livro didático, embora, é claro, este ajude bastante. O CEFET-RN apresenta um ótimo

desempenho no processo seletivo do vestibular, mesmo sem adotar nenhum livro. Queremos

Page 47: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

45

dizer que não é nenhuma missão impossível, mas é muito mais uma questão de sair do

comodismo e enfrentar novos desafios.

Afinal, chega a ser extremamente difícil ter que encerrar este trabalho mostrando a

antítese do Rio Grande do Norte, terceiro estado do país a ter uma Universidade Pública que

exige como pré-requisito ao seu acesso determinados conteúdos, como é o caso da Física

Moderna (constatado neste estudo), que não são contemplados na maioria das instituições

públicas de ensino, locais onde povoam maior parte da população carente, que não possui

recursos financeiros suficientes para custear as mensalidades de alto custo cobradas pelas

instituições privadas de ensino no estado.

Page 48: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

46

REFERÊNCIAS

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Page 49: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

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APÊNDICE Questionário sobre a metodologia e didática no Ensino de Física Moderna:

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DO RIO GRANDE DO NORTE DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

LICENCIATURA PLENA EM FÍSICA

QUESTIONÁRIO AOS PROFESSORES SOBRE O ENSINO DE FÍSICA MODERNA NO NIVEL MEDIO

01.Qual o seu grau de Formação? ( ) Graduando ( ) Graduado ( ) Especialista ( ) Mestre 02. Qual sua área de Formação Acadêmica? ( ) Física ( ) Matemática ( ) Outro curso da Área Tecnológica, Qual:__________________ ( ) curso de um outra Área, Qual:__________________ 03. A escola que você Leciona é: ( ) Pública ( ) Privada 04.Quais os conteúdos de Física Moderna abordados em sala de aula? ( ) Relatividade ( ) Teoria de Planck da Radiação ( ) Efeito Fotoelétrico ( ) Modelo de Bohr e átomo de hidrogênio ( ) Complementaridade de Bohr (Dualidade onda partícula) ( ) Principio da Incerteza de Heisenberg ( ) Radioatividade ( ) Não abordo nenhum conteúdo. (Passe para o item 13) 05.Se utiliza Material de apoio, Qual? ( ) Livro didático Qual? _______________________________ ( ) Apostila Própria ( ) Apostila de Terceiros ( ) Material da Internet 06.Como são distribuídos os conteúdos de Física Moderna no Ensino Médio? ( ) Diluída durante todo o Ensino Meio ( ) Diluída durante todo o 3º Ano do Nível Médio ( ) Concentrada (tudo em um único momento, bimestre) 07.Quanto tempo é destinado ao Ensino de Física Moderna?

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50

08.O tempo destinado é satisfatório? ( ) Não, seria melhor mais tempo. Quanto?____________________ . ( ) O tempo destinado é razoável. ( ) Sim, o tempo para Física Moderna é suficiente. 09.Se utiliza recursos didáticos, Quais? Especificar. ( ) Retroprojetor ___________________ ( ) Exposição de imagens em Vídeos ___________________ ( ) Apresentação em programa de computador ___________________ ( ) Utilização de software ___________________ ( ) Quadro e giz ___________________ 10.Existe Pratica Experimental de Física Moderna na escola? ( ) Não. ( ) Sim. Quais os conteúdos trabalhados em laboratório?

( ) Relatividade ( ) Teoria e Planck da Radiação ( ) Efeito Fotoelétrico ( ) Modelo de Bohr e átomo de hidrogênio ( ) Complementaridade de Bohr ( ) Principio da Incerteza de Heisenberg ( ) Radioatividade

11.Como é avaliado o desempenho dos alunos? ( ) Péssimo: Não gostam da disciplina e não apresentam o mínimo de interesse ( ) Ruim: Tentam aprender, mas o rendimento é baixo e não há esforço. ( ) Bom: Tentam aprender e possuem interesse pelo assunto, porém, baixo rendimento. ( ) Ótimo: Absorvem bem o assunto e apresentam interesse pela disciplina 12.Quais as principais dificuldades encontradas pelos alunos? ( ) Falta de interesse ( ) Dificuldade em relação ao conteúdo ( ) Ausência de material Didático ( ) Material prático (de laboratório) insuficiente ( ) Falta de tempo para Estudos e aprimoramentos 13.Como você avalia o ensino de física moderna no ensino médio. ( ) É apenas um conteúdo a mais a ser ensinado. ( ) É um conteúdo invariante, não trazendo nenhuma diferença ao Ensino. ( ) É apenas interessante, complementando a Física Clássica Ensinada. ( ) É importante apenas para o vestibular. ( ) É importante, devido as aplicações diárias que o conteúdo proporciona.

Page 53: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

51

ANEXO Anexo – A: Diferentes Listas de Classificação das Escolas de Natal. Lista 01 Colocação das Escolas quanto à taxa de matriculados no ano de 2006

Lista 02 Colocação das Escolas quanto ao número de matriculados no ano de 2006

Lista 03 Colocação das Escolas quanto à taxa de matriculados no ano de 2005

Lista 04 Colocação das Escolas quanto ao número de matriculados no ano de 2005

Lista 05 Colocação das Escolas quanto à taxa de matriculados no ano de 2004

Lista 06 Colocação das Escolas quanto ao número de matriculados no ano de 2004

Lista 01

Colocação das Escolas Quanto à taxa de matriculados no ano de 2006

Escola Candidatos Matriculados Taxa_Mat Ranking

CEI 419 168 40,1% 1 CEFET 1002 374 37,3% 2 Centro Educacional Maristella 119 43 36,1% 3 GEO Stúdio 150 52 34,7% 4 Educandário Jesus Menino 78 24 30,8% 5 Santo Agostinho 98 29 29,6% 6 Henrique Castriciano 322 92 28,6% 7 FACEX 223 62 27,8% 8 Maria Auxiliadora 288 76 26,4% 9 Salesiano 659 166 25,2% 10 Neves 560 137 24,5% 11 Contemporâneo 507 122 24,1% 12 Universidade da Criança e do Adolescente 140 33 23,6% 13 Instituto Reis Magos 123 29 23,6% 14 Centro Fed. de Educação Tecnológica do RN 85 20 23,5% 15 Marista 516 121 23,4% 16 Colégio Batista Bereiano 86 20 23,3% 17 Impacto Colégio e Curso 127 28 22,0% 18 Instituto Brasil 93 20 21,5% 19 Escola Cooperativa de Parelhas 56 12 21,4% 20 Mundial Colégio e Curso 75 16 21,3% 21 Mundial Colégio e Curso 75 16 21,3% 22 Centro Ed. Libânia Medeiros 63 13 20,6% 23

Page 54: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

52

Sagrada Família 207 42 20,3% 24 Colégio Diocesano Seridoense 188 38 20,2% 25 Colégio Camilo Toscano 70 14 20,0% 26 CAP I -Prudente 542 108 19,9% 27 Escola Doméstica 82 16 19,5% 28 Hipócrates - Zona Norte 211 41 19,4% 29 Centro Educ. Integrado do Seridó 69 13 18,8% 30 Inst. Educ. de Sta. Cruz 95 17 17,9% 31 Hipócrates - Zona Sul 231 41 17,7% 32 Expansivo 102 18 17,6% 33 Piaget Colégio e Curso 74 13 17,6% 34 Centro Educ. Felinto Elísio 209 36 17,2% 35 E.E. Capitão-Mor Galvão 53 9 17,0% 36 Colégio Imaculada Conceição 218 36 16,5% 37 Ferro Cardoso 141 23 16,3% 38 E.E. Manoel Luís de Maria 81 13 16,0% 39 Educandário Santa Terezinha 78 12 15,4% 40 Colégio Encanto 124 19 15,3% 41 E.E. Prof. Francisco de Assis. D. Ribeiro 131 19 14,5% 42 CDF - Roberto Freire 365 52 14,2% 43 CDF - Prudente 193 27 14,0% 44 CPU 58 8 13,8% 45 Esc. Mun. Yaya Paiva 51 7 13,7% 46 Colégio Criativo Cooperativista 60 8 13,3% 47 CDF - Centro 694 92 13,3% 48 Escola Agrícola de Jundiaí 151 20 13,2% 49 Colégio GEO Mossoró 192 25 13,0% 50 E.E. Profa. Calpúrnia C. Amorim 280 36 12,9% 51 Hipócrates - Centro 307 39 12,7% 52 E.E. Mons. Amâncio Ramalho 228 29 12,7% 53 Colégio N. Sra. dos Prazeres 63 8 12,7% 54 Objetivo Potiguar 101 12 11,9% 55 E.E. Santos Dumont 220 26 11,8% 56 Colégio Mileniun 51 6 11,8% 57 Líder Colégio e Curso 311 36 11,6% 58 E.E. Prof. Antonio Aladim de Araújo 61 7 11,5% 59 Walfredo Gurgel 103 11 10,7% 60 Berilo Wanderley 191 19 9,9% 61 Esc. Mater Christi 61 6 9,8% 62 Colégio Diocesano Sta. Luzia 72 7 9,7% 63 Colégio e Curso Evolução 62 6 9,7% 64 Luís Antônio 62 6 9,7% 65 E.E. Tristão de Barros 64 6 9,4% 66 E.E. Prof. Eliah M. do Rego 54 5 9,3% 67 Fundação BRADESCO 170 15 8,8% 68

Page 55: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

53

Instituto Vivaldo Pereira 160 14 8,8% 69 Complexo Educac. Santo André 80 7 8,8% 70 Padre Miguelinho 398 35 8,8% 71 Felipe Guerra 198 17 8,6% 72 Centro Educ. José Augusto 332 28 8,4% 73 E.E. Joaquim J. de Medeiros 72 6 8,3% 74 Francisco Ivo 339 28 8,3% 75 Floriano Cavalcanti 501 41 8,2% 76 Anísio Teixeira 497 40 8,0% 77 Outra Pública em Natal 190 15 7,9% 78 E.E. Profa. Iracema B. de Araújo 92 7 7,6% 79 Winston Churchill 657 48 7,3% 80 E.E. Tem. José Bernardo 112 8 7,1% 81 Sistema - Colégio e Curso 56 4 7,1% 82 Varela Barca 134 9 6,7% 83 CADE 328 22 6,7% 84 Atheneu 543 35 6,4% 85 Edgar Barbosa 237 14 5,9% 86 E.E. Dr. Severiano 71 4 5,6% 87 Ana Júlia de C. Mousinho 78 4 5,1% 88 E.E. Newman Queiroz 65 3 4,6% 89 José Fernandes Machado 67 3 4,5% 90 E.E. Juarez Rabelo 70 3 4,3% 91 E.E. Mons. Paiva 72 3 4,2% 92 E.E. Raimundo S. Costa 73 3 4,1% 93 Mascarenhas Homem 75 3 4,0% 94 Amphilóquio Câmara 81 3 3,7% 95 Escola Profa. Maria Ocila Bezerril 54 2 3,7% 96 Centro Supletivo Lia Campos 60 2 3,3% 97 E.E. Interventor Ubaldo B. Melo 121 4 3,3% 98 E.E. .Aristófanes Fernandes 52 1 1,9% 99 E.E. Presidente Roosevelt 97 1 1,0% 100 Total 26671 3817 14,3%

Lista 02

Colocação das Escolas quanto ao número de matriculados no ano de 2006

Escola Candidatos Matriculados Taxa_Mat. Ranking

CEFET 1002 374 37,3% 1 CEI 419 168 40,1% 2 Salesiano 659 166 25,2% 3 Neves 560 137 24,5% 4 Contemporâneo 507 122 24,1% 5

Page 56: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

54

Marista 516 121 23,4% 6 CAP I -Prudente 542 108 19,9% 7 CDF - Centro 694 92 13,3% 8 Henrique Castriciano 322 92 28,6% 9 Maria Auxiliadora 288 76 26,4% 10 FACEX 223 62 27,8% 11 CDF - Roberto Freire 365 52 14,2% 12 GEO Stúdio 150 52 34,7% 13 Winston Churchill 657 48 7,3% 14 Centro Educacional Maristella 119 43 36,1% 15 Sagrada Família 207 42 20,3% 16 Floriano Cavalcanti 501 41 8,2% 17 Hipócrates - Zona Sul 231 41 17,7% 18 Hipócrates - Zona Norte 211 41 19,4% 19 Anísio Teixeira 497 40 8,0% 20 Hipócrates - Centro 307 39 12,7% 21 Colégio Diocesano Seridoense 188 38 20,2% 22 Líder Colégio e Curso 311 36 11,6% 23 E.E. Profa. Calpúrnia C. Amorim 280 36 12,9% 24 Colégio Imaculada Conceição 218 36 16,5% 25 Centro Educ. Felinto Elísio 209 36 17,2% 26 Atheneu 543 35 6,4% 27 Padre Miguelinho 398 35 8,8% 28 Universidade da Criança e do Adolescente 140 33 23,6% 29 E.E. Mons. Amâncio Ramalho 228 29 12,7% 30 Instituto Reis Magos 123 29 23,6% 31 Santo Agostinho 98 29 29,6% 32 Francisco Ivo 339 28 8,3% 33 Centro Educ. José Augusto 332 28 8,4% 34 Impacto Colégio e Curso 127 28 22,0% 35 CDF - Prudente 193 27 14,0% 36 E.E. Santos Dumont 220 26 11,8% 37 Colégio GEO Mossoró 192 25 13,0% 38 Educandário Jesus Menino 78 24 30,8% 39 Ferro Cardoso 141 23 16,3% 40 CADE 328 22 6,7% 41 Escola Agrícola de Jundiaí 151 20 13,2% 42 Instituto Brasil 93 20 21,5% 43 Colégio Batista Bereiano 86 20 23,3% 44 Centro Fed. de Educação Tecnológica do RN 85 20 23,5% 45 Berilo Wanderley 191 19 9,9% 46 E.E. Prof. Francisco de Assis. D. Ribeiro 131 19 14,5% 47 Colégio Encanto 124 19 15,3% 48 Expansivo 102 18 17,6% 49 Felipe Guerra 198 17 8,6% 50

Page 57: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

55

Inst. Educ. de Sta. Cruz 95 17 17,9% 51 Escola Doméstica 82 16 19,5% 52 Mundial Colégio e Curso 75 16 21,3% 53 Mundial Colégio e Curso 75 16 21,3% 54 Outra Pública em Natal 190 15 7,9% 55 Fundação BRADESCO 170 15 8,8% 56 Edgar Barbosa 237 14 5,9% 57 Instituto Vivaldo Pereira 160 14 8,8% 58 Colégio Camilo Toscano 70 14 20,0% 59 E.E. Manoel Luís de Maria 81 13 16,0% 60 Piaget Colégio e Curso 74 13 17,6% 61 Centro Educ. Integrado do Seridó 69 13 18,8% 62 Centro Ed. Libânia Medeiros 63 13 20,6% 63 Objetivo Potiguar 101 12 11,9% 64 Educandário Santa Terezinha 78 12 15,4% 65 Escola Cooperativa de Parelhas 56 12 21,4% 66 Walfredo Gurgel 103 11 10,7% 67 Varela Barca 134 9 6,7% 68 E.E. Capitão-Mor Galvão 53 9 17,0% 69 E.E. Tem. José Bernardo 112 8 7,1% 70 Colégio N. Sra. dos Prazeres 63 8 12,7% 71 Colégio Criativo Cooperativista 60 8 13,3% 72 CPU 58 8 13,8% 73 E.E. Profa. Iracema B. de Araújo 92 7 7,6% 74 Complexo Educac. Santo André 80 7 8,8% 75 Colégio Diocesano Sta. Luzia 72 7 9,7% 76 E.E. Prof. Antonio Aladim de Araújo 61 7 11,5% 77 Esc. Mun. Yaya Paiva 51 7 13,7% 78 E.E. Joaquim J. de Medeiros 72 6 8,3% 79 E.E. Tristão de Barros 64 6 9,4% 80 Luís Antônio 62 6 9,7% 81 Colégio e Curso Evolução 62 6 9,7% 82 Esc. Mater Christi 61 6 9,8% 83 Colégio Mileniun 51 6 11,8% 84 E.E. Prof. Eliah M. do Rego 54 5 9,3% 85 E.E. Interventor Ubaldo B. Melo 121 4 3,3% 86 Ana Júlia de C. Mousinho 78 4 5,1% 87 E.E. Dr. Severiano 71 4 5,6% 88 Sistema - Colégio e Curso 56 4 7,1% 89 Amphilóquio Câmara 81 3 3,7% 90 Mascarenhas Homem 75 3 4,0% 91 E.E. Raimundo S. Costa 73 3 4,1% 92 E.E. Mons. Paiva 72 3 4,2% 93 E.E. Juarez Rabelo 70 3 4,3% 94 José Fernandes Machado 67 3 4,5% 95

Page 58: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

56

E.E. Newman Queiroz 65 3 4,6% 96 Centro Supletivo Lia Campos 60 2 3,3% 97 Escola Profa. Maria Ocila Bezerril 54 2 3,7% 98 E.E. Presidente Roosevelt 97 1 1,0% 99 E.E. .Aristófanes Fernandes 52 1 1,9% 100 Total 26671 3817 14,3%

Lista 03

Colocação das Escolas quanto à taxa de matriculados no ano de 2005

Escolas em Natal Candidatos Matriculado Taxa Matric.Rank.

Matric. CEI 364 128 35,20% 1 CEFET 1043 359 34,40% 2 Henrique Castriciano 281 92 32,70% 3 GEO Stúdio 170 51 30,00% 4 Salesiano 638 187 29,30% 5 CDF – Prudente 196 57 29,10% 6 Maria Auxiliadora 276 74 26,80% 7 Neves 570 144 25,30% 8 Escola Doméstica 93 23 24,70% 9 Executivo (FACEX) 201 49 24,40% 10 Centro Educacional Maristella 128 31 24,20% 11 Instituto Reis Magos 107 24 22,40% 12 Marista 507 112 22,10% 13 Hipócrates – Zona Sul 281 60 21,40% 14 Impacto 132 27 20,50% 15 CAP I – Prudente 665 133 20,00% 16 Contemporâneo 459 87 19,00% 17 Objetivo 109 19 17,40% 18 Colégio Batista Bereiano 61 10 16,40% 19 Sagrada Família 206 32 15,50% 20 Hipócrates – Zona Norte 228 35 15,40% 21 COC – Natal 52 8 15,40% 22 Santo Agostinho 98 15 15,30% 23 Ferro Cardoso -Centro 134 19 14,20% 24 CDF – Centro 785 111 14,10% 25 Colégio Imaculada Conceição 250 34 13,60% 26 Domingos Sávio 103 14 13,60% 27 Hipócrates – Centro 373 50 13,40% 28 Instituto Brasil 86 11 12,80% 29 Colégio Criativo 60 7 11,70% 30 Expansivo 130 15 11,50% 31 Walfredo Gurgel 97 11 11,30% 32 Líder Colégio e Curso 310 34 11,00% 33

Page 59: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

57

CDF – Roberto Freire 385 40 10,40% 34 Colégio Encanto 115 12 10,40% 35 José Fernandes Machado 58 6 10,30% 36 Padre Miguelinho 391 40 10,20% 37 Floriano Cavalcanti 467 47 10,10% 38 Edgar Barbosa 276 27 9,80% 39 Ferreira Itajubá 55 5 9,10% 40 Berilo Wanderley 160 14 8,80% 41 Amphilóquio Câmara 106 9 8,50% 42 Fundação BRADESCO 131 11 8,40% 43 Anísio Teixeira 564 47 8,30% 44 Felipe Guerra 210 17 8,10% 45 Atheneu 554 43 7,80% 46 Francisco Ivo 317 24 7,60% 47 CADE 309 20 6,50% 48 Varela Barca 138 9 6,50% 49 Winston Churchill 618 36 5,80% 50 Luís Antônio 74 4 5,40% 51 Centro Supletivo Lia Campos 61 3 4,90% 52 Ulisses de Góis 52 2 3,80% 53 TOTAL 14234 2479 - - Lista 04

Colocação das Escolas quanto ao número de matriculados no ano de 2005 Escolas em Natal Candidatos Matriculados Taxa Matric.

Rank. Matric.

CEFET 1043 359 34,40% 1 Salesiano 638 187 29,30% 2 Neves 570 144 25,30% 3 CAP I – Prudente 665 133 20,00% 4 CEI 364 128 35,20% 5 Marista 507 112 22,10% 6 CDF – Centro 785 111 14,10% 7 Henrique Castriciano 281 92 32,70% 8 Contemporâneo 459 87 19,00% 9 Maria Auxiliadora 276 74 26,80% 10 Hipócrates – Zona Sul 281 60 21,40% 11 CDF – Prudente 196 57 29,10% 12 GEO Stúdio 170 51 30,00% 13 Hipócrates – Centro 373 50 13,40% 14 Executivo (FACEX) 201 49 24,40% 15 Anísio Teixeira 564 47 8,30% 16 Floriano Cavalcanti 467 47 10,10% 17 Atheneu 554 43 7,80% 18 Padre Miguelinho 391 40 10,20% 19 CDF – Roberto Freire 385 40 10,40% 20

Page 60: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

58

Winston Churchill 618 36 5,80% 21 Hipócrates – Zona Norte 228 35 15,40% 22 Líder Colégio e Curso 310 34 11,00% 23 Colégio Imaculada Conceição 250 34 13,60% 24 Sagrada Família 206 32 15,50% 25 Centro Educacional Maristella 128 31 24,20% 26 Edgar Barbosa 276 27 9,80% 27 Impacto 132 27 20,50% 28 Francisco Ivo 317 24 7,60% 29 Instituto Reis Magos 107 24 22,40% 30 Escola Doméstica 93 23 24,70% 31 CADE 309 20 6,50% 32 Ferro Cardoso -Centro 134 19 14,20% 33 Objetivo 109 19 17,40% 34 Felipe Guerra 210 17 8,10% 35 Expansivo 130 15 11,50% 36 Santo Agostinho 98 15 15,30% 37 Berilo Wanderley 160 14 8,80% 38 Domingos Sávio 103 14 13,60% 39 Colégio Encanto 115 12 10,40% 40 Fundação BRADESCO 131 11 8,40% 41 Walfredo Gurgel 97 11 11,30% 42 Instituto Brasil 86 11 12,80% 43 Colégio Batista Bereiano 61 10 16,40% 44 Varela Barca 138 9 6,50% 45 Amphilóquio Câmara 106 9 8,50% 46 COC – Natal 52 8 15,40% 47 Colégio Criativo 60 7 11,70% 48 José Fernandes Machado 58 6 10,30% 49 Ferreira Itajubá 55 5 9,10% 50 Luís Antônio 74 4 5,40% 51 Centro Supletivo Lia Campos 61 3 4,90% 52 Ulisses de Góis 52 2 3,80% 53 TOTAL 14234 2479 - - Lista 05

Colocação das Escolas quanto a taxa de matriculados no ano de 2004 Escolas em Natal

Candidatos Matriculado Taxa_Mat. Rank. CEFET 327 120 36,7% 1 CEI 230 81 35,2% 2 Henrique Castriciano 173 59 34,1% 3 CDF – Prudente 96 31 32,3% 4 Salesiano 281 76 27,0% 5 Maria Auxiliadora 127 33 26,0% 6 GEO Stúdio 70 15 21,4% 7

Page 61: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

59

Marista 238 51 21,4% 8 Centro Educacional Maristella 67 14 20,9% 9 Neves 243 49 20,2% 10 Executivo (FACEX) 97 19 19,6% 11 Escola Doméstica 46 9 19,6% 12 Domingos Sávio 17 3 17,6% 13 CAP I – Prudente 251 42 16,7% 14 Contemporâneo 228 38 16,7% 15 Instituto Reis Magos 57 9 15,8% 16 Berilo Wanderley 35 5 14,3% 17 Hipócrates – Zona Norte 106 15 14,2% 18 Santo Agostinho 50 7 14,0% 19 Colégio Criativo 15 2 13,3% 20 Impacto 61 8 13,1% 21 Colégio Encanto 46 6 13,0% 22 Hipócrates – Zona Sul 100 13 13,0% 23 Instituto Brasil 39 5 12,8% 24 COC – Natal 29 3 10,3% 25 Hipócrates – Centro 109 11 10,1% 26 Edgar Barbosa 44 4 9,1% 27 Felipe Guerra 70 6 8,6% 28 CDF – Centro 329 28 8,5% 29 Colégio Batista Bereiano 24 2 8,3% 30 Ferro Cardoso -Centro 36 3 8,3% 31 Líder Colégio e Curso 132 11 8,3% 32 Colégio Imaculada Conceição 110 9 8,2% 33 Sagrada Família 65 5 7,7% 34 Objetivo 30 2 6,7% 35 Ferreira Itajubá 16 1 6,3% 36 Centro Supletivo Lia Campos 18 1 5,6% 37 CDF – Roberto Freire 186 9 4,8% 38 Floriano Cavalcanti 124 6 4,8% 39 Winston Churchill 90 4 4,4% 40 Varela Barca 25 1 4,0% 41 Anísio Teixeira 83 3 3,6% 42 CADE 117 4 3,4% 43 Padre Miguelinho 59 2 3,4% 44 Francisco Ivo 66 2 3,0% 45 Atheneu 107 3 2,8% 46 Fundação BRADESCO 49 1 2,0% 47 Expansivo 22 0 0,0% 48 Walfredo Gurgel 22 0 0,0% 49 José Fernandes Machado 6 0 0,0% 50 Amphilóquio Câmara 13 0 0,0% 51 Luís Antônio 21 0 0,0% 52 Ulisses de Góis 14 0 0,0% 53 TOTAL 5016 831 - -

Page 62: Física Moderna - Uma análise do Ensino (monografia)

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Lista 06

Colocação das Escolas quanto ao número de matriculados no ano de 2004 Escolas em Natal Candidatos Matriculado Taxa_Mat.

Rank. Matric.2004

CEFET 327 120 36,7% 1 CEI 230 81 35,2% 2 Salesiano 281 76 27,0% 3 Henrique Castriciano 173 59 34,1% 4 Marista 238 51 21,4% 5 Neves 243 49 20,2% 6 CAP I – Prudente 251 42 16,7% 7 Contemporâneo 228 38 16,7% 8 Maria Auxiliadora 127 33 26,0% 9 CDF – Prudente 96 31 32,3% 10 CDF – Centro 329 28 8,5% 11 Executivo (FACEX) 97 19 19,6% 12 Hipócrates – Zona Norte 106 15 14,2% 13 GEO Stúdio 70 15 21,4% 14 Centro Educacional Maristella 67 14 20,9% 15 Hipócrates – Zona Sul 100 13 13,0% 16 Líder Colégio e Curso 132 11 8,3% 17 Hipócrates – Centro 109 11 10,1% 18 CDF – Roberto Freire 186 9 4,8% 19 Colégio Imaculada Conceição 110 9 8,2% 20 Instituto Reis Magos 57 9 15,8% 21 Escola Doméstica 46 9 19,6% 22 Impacto 61 8 13,1% 23 Santo Agostinho 50 7 14,0% 24 Floriano Cavalcanti 124 6 4,8% 25 Felipe Guerra 70 6 8,6% 26 Colégio Encanto 46 6 13,0% 27 Sagrada Família 65 5 7,7% 28 Instituto Brasil 39 5 12,8% 29 Berilo Wanderley 35 5 14,3% 30 CADE 117 4 3,4% 31 Winston Churchill 90 4 4,4% 32 Edgar Barbosa 44 4 9,1% 33 Atheneu 107 3 2,8% 34 Anísio Teixeira 83 3 3,6% 35 Ferro Cardoso -Centro 36 3 8,3% 36 COC – Natal 29 3 10,3% 37 Domingos Sávio 17 3 17,6% 38 Francisco Ivo 66 2 3,0% 39 Padre Miguelinho 59 2 3,4% 40 Objetivo 30 2 6,7% 41 Colégio Batista Bereiano 24 2 8,3% 42

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Colégio Criativo 15 2 13,3% 43 Fundação BRADESCO 49 1 2,0% 44 Varela Barca 25 1 4,0% 45 Centro Supletivo Lia Campos 18 1 5,6% 46 Ferreira Itajubá 16 1 6,3% 47 Ulisses de Góis 14 0 0,0% 48 Luís Antônio 21 0 0,0% 49 Amphilóquio Câmara 13 0 0,0% 50 José Fernandes Machado 6 0 0,0% 51 Walfredo Gurgel 22 0 0,0% 52 Expansivo 22 0 0,0% 53 TOTAL 5016 831 - -

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Anexo – B: Programa da disciplina Física dos processos seletivos das Universidades

Públicas presentes na cidade de Natal.

• Programa de Física, UFRN: Pagina 69

• Programa de Física, CEFET-RN: Pagina 74

• Programa de Física, UERN: Pagina 76

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63 Programa de Física, UFRN

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Programa de Física, CEFET-RN

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70 Programa de Física, CEFET-RN

Programa de Física, UERN

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