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FERREIRA GULLAR
Muitas vozes, em tumulto e alarido
Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira (São Luís, MA, 10 de setembro de 1930) é um poeta, crítico de arte, biógrafo, memorialista e ensaísta brasileiro. Segundo Mauricio Vaitsman, ao lado de Bandeira Tribuzi, Luci Teixeira, Lago Burnet, José Bento, José Sarney e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores. (FONTE - Wikipedia).
Meu pai
meu pai foiao Rio se tratar deum câncer (queo mataria) masperdeu os óculosna viagemquando lhe leveios óculos novoscomprados na ÓticaFluminense eleexaminou o estojo como nome da loja dobroua nota de compra guardou-ano bolso e falou:quero veragora qual é osacana que vai dizerque eu nunca estiveno Rio de Janeiro
“Uma parte de mimé todo mundo:outra parte é ninguém:fundo sem fundo.
Uma parte de mimé multidão:outra parte estranhezae solidão”
Trecho do Poema: “Traduzir-se”
Na opinião de alguns críticos, Ferreira Gullar é atualmente uma das vozes mais expressivas da poesia brasileira. Um traço forte da obra desse maranhense-carioca é a alta taxa de vida imediata que se pode encontrar em seus versos.
OBRAS - algumas capas
“O poema, senhores, não fede nem cheira.”
HOMENAGEM ESPECIAL 16º COLE - 2007