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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR
CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM LOGÍSTICA
Área de Sistemas de Informação
por
Rodrigo Victorino
Luis Carlos Martins, Esp. Orientador
Fábio Beylouni Lavratti, Mestre. Co-orientador
Itajaí (SC), dezembro de 2005
i
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR
CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
FERRAMENTE DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM LOGÍSTICA
Área de Sistemas de Informação
por
Rodrigo Victorino Relatório apresentado à Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Ciência da Computação para análise e aprovação. Orientador: Luis Carlos Martins, Esp.
Itajaí (SC), dezembro de 2005
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS..................................................................iv LISTA DE FIGURAS.................................................................................v LISTA DE TABELAS ...............................................................................vi RESUMO .................................................................................................. vii ABSTRACT............................................................................................. viii 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................1 1.1. OBJETIVOS .....................................................................................................3 1.1.1. Objetivo Geral ................................................................................................3 1.1.2. Objetivos Específicos......................................................................................4 1.2. METODOLOGIA.............................................................................................4 1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO......................................................................7
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................9 2.1. LOGÍSTICA......................................................................................................9 2.1.1. Evolução da Logística...................................................................................15 2.2. GERENCIAMENTO DE PROJETOS..........................................................20 2.2.1. A Evolução do Gerenciamento de Projetos.................................................21 2.2.2. Características do Gerenciamento de Projetos...........................................23 2.2.3. O Ciclo de Vida do Projeto ..........................................................................25 2.3. A KOBATECH ...............................................................................................27 2.3.1. Histórico........................................................................................................27 2.3.2. Mercado ........................................................................................................27 2.3.3. Estrutura dos Projetos .................................................................................30 2.4. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO...................................................................31 2.4.1. Groupware....................................................................................................32 2.5. FERRAMENTAS............................................................................................33 2.5.1. PHP ...............................................................................................................34 2.5.2. Firebird .........................................................................................................35 2.6. SOLUÇÕES SIMILARES..............................................................................36 2.6.1. Análise Comparativa....................................................................................42
3. DESENVOLVIMENTO ......................................................................44 3.1. ANÁLISE DE REQUISITOS.........................................................................44 3.1.1. Requisitos funcionais....................................................................................44 3.1.2. Requisitos não funcionais.............................................................................45 3.2. DIAGRAMA USE CASE ...............................................................................46 3.3. DIAGRAMA ENTIDADE-RELACIONAMENTO......................................48 3.3.1. Dicionário de Dados .....................................................................................50 3.4. IMPLEMENTAÇÃO......................................................................................61
iii
3.4.1. Firebird .........................................................................................................61 3.4.2. Sistema ..........................................................................................................62 3.5. VALIDAÇÃO E PLANEJAMENTO PARA IMPLANTAÇÃO..................81
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................84 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................86 APÊNDICE a – modelagem use case ......................................................89 APÊNDICE B – Artigo...........................................................................112
LISTA DE ABREVIATURAS
ANSI American National Standards Institute CPM Critical Path Method DER Diagrama Entidade-Relacionamento GTK Gimp ToolKit HTML HyperText Markup Language MDS Metodologias de Desenvolvimento de Sistemas PERT/CPM Program Evaluation and Review Tecnique / Critical Path Method PHP Hypertext Preprocessor PMBOK Project Management Body of Knowledge PMI Project Management Institute PMP Project Management Professional POO Programação Orientada à Objetos SCM Supply Chain Management SGBD Sistema Gerenciador de Banco de Dados SQL Structured Query Language URL Universal Resource Locator WMS Warehouse Management System
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Níveis da cadeia de suprimentos. ................................................................................... 11 Figura 2. Processo genérico de benchmarking............................................................................... 14 Figura 3. Primeira Fase da Logística ............................................................................................. 16 Figura 4. Modelo Use Case........................................................................................................... 46 Figura 5. Modelo ER .................................................................................................................... 49 Figura 6. Script de criação da trigger T_Projeto............................................................................ 62 Figura 7. Script de criação da trigger T_Atividade........................................................................ 62 Figura 8. Tela de cadastro de empresa........................................................................................... 64 Figura 9. Tela de cadastro de projeto............................................................................................. 65 Figura 10. Tela de preenchimento do diagnóstico inicial ............................................................... 66 Figura 11. Tela de exibição do gráfico de Gantt ............................................................................ 67 Figura 12. Tela de exibição de indicadores do planejamento ......................................................... 68 Figura 13. Tela de indicadores do diagnóstico final....................................................................... 69 Figura 14. Tela de indicadores do diagnóstico geral ...................................................................... 70 Figura 15. Tela de realização da auditoria ..................................................................................... 71 Figura 16. Tela de acompanhamento das atividades do usuário ..................................................... 72 Figura 17. Tela de acesso ao fórum dos projetos ........................................................................... 73 Figura 18. Tela das mensagens do fórum ...................................................................................... 74 Figura 19. Tela de cadastro de diagnóstico.................................................................................... 75 Figura 20. Tela de cadastro de nível de acesso .............................................................................. 76 Figura 21. Tela de cadastro de usuário .......................................................................................... 77 Figura 22. Tela de filtro para o relatório de atividades................................................................... 78 Figura 23. Tela de exibição do relatório de atividade .................................................................... 79 Figura 24. Tela de filtro para o relatório de diagnóstico................................................................. 80 Figura 25. Tela de impressão do diagnóstico................................................................................. 81 Figura 26. Gráfico de Respostas do Formulário de Validação ....................................................... 83
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Habilidades do Gerente de Projeto................................................................................. 25 Tabela 2. Análise Comparativa das Soluções Similares................................................................. 42 Tabela 3. Atributos da Tabela Empresa......................................................................................... 50 Tabela 4. Atributos da Tabela Segmento_padrao........................................................................... 51 Tabela 5. Atributos da Tabela Segmento....................................................................................... 51 Tabela 6. Atributos da Tabela Sistema_padrao.............................................................................. 51 Tabela 7. Atributos da Tabela Sistema .......................................................................................... 52 Tabela 8. Atributos da Tabela Setor_padrao.................................................................................. 52 Tabela 9. Atributos da Tabela Setor .............................................................................................. 52 Tabela 10. Atributos da Tabela Projeto ......................................................................................... 53 Tabela 11. Atributos da Tabela Auditoria...................................................................................... 53 Tabela 12. Atributos da Tabela Fase ............................................................................................. 54 Tabela 13. Atributos da Tabela Atividade ..................................................................................... 54 Tabela 14. Atributos da Tabela Predecessor .................................................................................. 55 Tabela 15. Atributos da Tabela Anexo .......................................................................................... 55 Tabela 16. Atributos da Tabela Recurso........................................................................................ 55 Tabela 17. Atributos da Tabela Atividade_recurso ........................................................................ 56 Tabela 18. Atributos da Tabela Plano_acao................................................................................... 56 Tabela 19. Atributos da Tabela Relatorio_acompanhamento ......................................................... 56 Tabela 20. Atributos da Tabela Diagnostico.................................................................................. 57 Tabela 21. Atributos da Tabela Diagnostico_padrao ..................................................................... 57 Tabela 22. Atributos da Tabela Resp_diagnostico ......................................................................... 57 Tabela 23. Atributos da Tabela Atividade_rel_desp ...................................................................... 58 Tabela 24. Atributos da Tabela Relatorio_despesa ........................................................................ 58 Tabela 25. Atributos da Tabela Pessoa .......................................................................................... 58 Tabela 26. Atributos da Tabela Atividade_pessoa ......................................................................... 59 Tabela 27. Atributos da Tabela Acesso ......................................................................................... 59 Tabela 28. Atributos da Tabela Forum .......................................................................................... 60 Tabela 29. Atributos da Tabela Tipo ............................................................................................. 60 Tabela 30. Atributos da Tabela Estado.......................................................................................... 61 Tabela 31. Formulário de Validação ............................................................................................. 82 Tabela 32. Análise Comparativa da Ferramenta Desenvolvida ...................................................... 83
RESUMO
VICTORINO, Rodrigo. Ferramenta de Gerenciamento de Projetos em Logística. Itajaí, 2005. 126 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciência da Computação) – Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2005. As empresas, independentemente do ramo de atuação, necessitam de um processo logístico bem estruturado e eficiente para dar suporte aos seus negócios e otimizar os recursos. É nesse contexto que surgiram empresas especializadas na prestação de serviços, atuando na estruturação logística empresarial. Empresas desse gênero, quando contratadas, analisam os processos atuais do cliente e modelam um projeto de logística. Cada projeto possui uma peculiaridade e, normalmente, são feitos e executados por várias pessoas, denominados consultores. Muitas vezes, o mesmo consultor gerencia ou executa diversos projetos, dificultando assim o acompanhamento de todos paralelamente. Geralmente, os clientes estão geograficamente distantes, necessitando que o consultor se desloque constantemente. Levando em consideração as dificuldades dos consultores, o processo decisório é prejudicado pela falta de acompanhamento e comunicação das pessoas envolvidas no projeto, assim como pela insuficiência de dados estatísticos e indicadores. Sendo assim, este projeto desenvolveu uma ferramenta, com características de sistemas de informação, para o mapeamento, controle e gerência desses projetos, possibilitando a tomada de decisão gerencial através dos dados oriundos de cada projeto. Assim, a gerência pode ser realizada de maneira mais efetiva, pois, a ferramenta propicia um melhor acompanhamento do cronograma do projeto e dos documentos produzidos. Essa ferramenta foi desenvolvida para o ambiente Web, utilizando a linguagem de programação PHP e o Sistema Gerenciador de Banco de Dados Firebird. A metodologia utilizada neste projeto compreendeu cinco etapas. Na primeira etapa, Estudo, buscou-se adquirir o conhecimento necessário sobre as soluções e tecnologias existentes, com o objetivo de poder propor uma melhor solução, mais adequada às necessidades identificadas. Na segunda etapa, Modelagem, foi especificado o funcionamento da solução proposta, criando-se um modelo conceitual do sistema. A terceira etapa, Desenvolvimento, visou transformar o modelo conceitual da etapa de modelagem em um sistema real, que foi posteriormente testado e validado. Essa etapa compreendeu principalmente a codificação dos processos descritos no projeto do sistema. Na quarta etapa, Validação, foram realizados experimentos e testes sobre a solução proposta, visando identificar e corrigir eventuais erros existentes no projeto ou na implementação. Na quinta etapa, Documentação, foi feita a elaboração da monografia do Trabalho de Conclusão de Curso. Palavras-chave: Sistemas de Informação. Gerência de Projetos. Logística.
ABSTRACT
The companies, whatever the work field is, need an efficient and well done logistics process to give
support to their business and improve resources. It's in this context that companies specialized in
service rendering were founded, working within commercial logistics structure. Companies of these
kind, when hired, analyze the current problems of the customers and set a logistics project. Each
project has a peculiarity and, normally, are done and executed by several people, called advisers.
Many times, the same adviser runs or executes several projects, making the projects
accompaniment at the same time even more difficult. Generally, the customers are geographically
distant to each other, having the need of a constant adviser's displacement. Considering the
advisers difficulties, the decisive process is harmed by the lack of accompaniment and
communication of the people involved in the project, as well as by the statistical and indicative data
insufficiency. Therefore, this project intends to develop a tool, with data system characteristics, for
the indication, control and administration of these projects, making possible management decisions
using data from each project. So, the administration will be done in a more effective way, having
the idea that the tool will supply a better accompaniment of the project and the produced
documentation's chronogram. This tool will be developed for the Web environment, using the PHP
programming language and the Firebird Database Management System. The methodology used in
this project will include five stages. In the first stage, Studies, the necessary knowledge about the
existent solutions and technologies will be obtained with the purpose of being able to propose a
better solution, more adequate to the identified needs. In the second stage, Modeling, the working
process of the solution proposed will be specified, creating a conceptual model of the system. The
third stage, Development, intends to transform the conceptual model of the Modeling stage into a
real system, which after will be tested and validated. This stage mainly includes the codification of
the processes described in the project system. In the fourth stage, Validation, experiences and tests
about the proposed solution will be made, aiming the identification and correction of eventual
mistakes existent in the project or in the introduction. In the fifth stage, Documentation, the
development of the Course Conclusion Work monograph will be done.
Keywords: Information Systems. Project Management. Logistics.
1. INTRODUÇÃO
O setor logístico é uma área que está em franco crescimento no Brasil, conforme descrito
por Figueiredo et al (2003, p.48) "A logística no Brasil vem constituindo-se em um negócio de
grandes proporções que evoluiu rapidamente nos últimos anos".
As empresas, independentemente do ramo, sempre sentiram a necessidade de um processo
logístico melhor estruturado, porém, foi na década passada, com o fortalecimento da informática, a
globalização e o aumento da concorrência, que este se tornou imprescindível para o sucesso, sendo
assim, evidenciado como fator de sobrevivência para uma empresa, principalmente se esta pertencer
a um ramo onde é de extrema importância um processo logístico bem definido, como por exemplo,
o ramo atacadista ou varejista.
Normalmente, empresas recentemente criadas, ou mesmo, empresas com um certo tempo de
mercado, não possuem uma boa estruturação logística, causado principalmente, pelo crescimento
repentino, ou mesmo pela falta de organização interna da mesma. Assim, surge a necessidade
urgente de uma estruturação para possibilitar a continuação do seu crescimento. Muitas procuram
elas mesmas resolver seu problema, porém, geralmente, falta experiência, uma vez que não
possuem bons profissionais, ou mesmo, esbarram na dificuldade da mudança de paradigma, pois
toda mudança gera resistência por parte das pessoas envolvidas no processo.
Analisando esse mercado, surgiram empresas, como a Kobatech - Assessoria Consultoria
Industrial e Empresarial LTDA., especializadas na prestação de serviços atuando na estruturação
logística empresarial. Essas empresas possuem como principal tarefa a reestruturação logística,
tendo como conseqüência o aumento no lucro do cliente.
Empresas desse gênero, quando contratadas, analisam os processos atuais do cliente e
modelam um projeto de logística, o qual será implementado no mesmo.
Cada projeto possui uma peculiaridade, dependendo do tipo e da necessidade do cliente.
Normalmente, podem ser diferenciados por tipo de empresa, de acordo com a cadeia de suprimentos
2
como, por exemplo, atacado e distribuidor, indústria, varejo e serviços. Sendo assim, as atividades
realizadas no projeto variam para cada tipo de empresa e de acordo com a necessidade do cliente.
Esses projetos, normalmente, são feitos e executados por várias pessoas que possuem um
conhecimento especializado de logística, denominados consultores, e muitas vezes, o mesmo
consultor gerencia ou executa vários outros projetos, dificultando a gestão de todos paralelamente.
Outro fator agravante é que, normalmente, os clientes não se localizam no mesmo município, e nem
no mesmo estado, necessitando que o consultor desloque-se constantemente.
Além dos consultores necessitarem de um processo gerencial mais aprimorado, permitindo
realizar os planejamentos de cada projeto, é de extrema importância o controle do andamento de
cada atividade, pois só assim, será possível garantir que o mesmo não irá ultrapassar os limites de
tempo e custos alocados no planejamento. Esta tarefa é uma das principais dificuldades, uma vez
que os consultores da Kobatech não possuem tempo disponível para realizarem reuniões periódicas,
ou mesmo, porque participam efetivamente de vários projetos concomitantes.
Um fator essencial para a permanência de uma empresa no mercado é o gerenciamento de
seu negócio. Levando em consideração as dificuldades dos consultores, o processo decisório é
prejudicado pela falta de acompanhamento, comunicação das pessoas envolvidas no projeto,
insuficiência de dados estatísticos e indicadores.
Esses entraves acabam prejudicando o controle eficiente e a execução desses projetos.
Visando minimizar os problemas/dificuldades apresentados, desenvolveu-se uma ferramenta, com
características de sistemas de informação, para o mapeamento, controle e gerência desses projetos,
possibilitando a tomada de decisão gerencial através dos dados oriundos de cada projeto.
Assim, a gerência poderá ser realizada de maneira mais efetiva, pois com a ferramenta é
possível efetuar todo o cronograma do projeto até a sua conclusão, definindo as atividades e como
as mesmas serão realizadas, permitindo assim, acompanhar o andamento do projeto, facilitando o
gerenciamento dos mesmos.
3
A tomada de decisão é facilitada pelos dados provenientes da execução e conclusão de cada
projeto, sendo possível gerar parâmetros para o planejamento de futuros trabalhos, uma vez que
todos os projetos realizados estarão disponíveis para recuperação de dados e análise dos mesmos.
Dessa forma, permitindo a comparação desses projetos através dos cronogramas, atividades,
problemas e resultados alcançados, formando assim uma base de conhecimento, sendo de extrema
importância para uma empresa que realiza projetos.
Outra característica importante, além da base de conhecimento, foi a implementação na
ferramenta de um módulo de Groupware para a colaboração e a comunicação entre as pessoas
envolvidas no projeto, de forma que as mesmas, através de fóruns de discussão, possam interagir no
processo. O Groupware tem como finalidade, facilitar a interação entre as pessoas envolvidas em
uma atividade, vindo assim a atender uma das necessidades dos consultores.
Existem vários softwares para gerência de projetos no mercado, um bom exemplo é o
Microsoft Project, muito utilizado pelo fato de possuir vários recursos, porém ele abrange a
gerência de projetos de uma forma geral, não atendendo especificamente as necessidades da
Kobatech. Assim, o desenvolvimento de uma ferramenta de gerenciamento de projetos em logística,
permitiu não somente o controle de cronograma, atividades e recursos, mas também, abrangeu
módulos específicos para as outras etapas de um projeto logístico, permitindo a comparação e
análise futura de projetos realizados.
Levando em consideração as necessidades identificadas, a ferramenta, com características de
sistema de informação, foi desenvolvida para o ambiente Web, pois assim facilitou a gerência dos
projetos, uma vez que o sistema se torna acessível em qualquer lugar e a qualquer hora,
possibilitando que todas as pessoas envolvidas possam acompanhar o andamento do projeto.
1.1. OBJETIVOS
1.1.1. Objetivo Geral
O objetivo geral deste trabalho de conclusão de curso foi desenvolver uma ferramenta, com
características de sistema de informação, para o gerenciamento de projetos na área de logística,
4
possibilitando um controle mais efetivo das atividades dos projetos, bem como auxiliando a tomada
de decisão gerencial com base em informações provenientes de cada projeto.
1.1.2. Objetivos Específicos
Os objetivos específicos deste trabalho de conclusão de curso foram:
• Pesquisar e analisar soluções similares;
• Determinar os requisitos necessários para o sistema;
• Pesquisar os conceitos e tecnologias necessárias à implementação do sistema;
• Realizar a modelagem do sistema;
• Implementar o sistema;
• Testar e validar a utilidade/funcionalidade do sistema; e
• Documentar o desenvolvimento e os resultados do sistema.
1.2. METODOLOGIA
Foram necessárias cinco etapas a fim de executar este projeto de pesquisa e cumprir os
objetivos específicos apresentados anteriormente. São elas: estudo, modelagem, desenvolvimento,
validação e documentação. As etapas de estudo e de modelagem foram efetivadas no TCC I, sendo
que as etapas de desenvolvimento e validação foram efetivadas no TCC II. A etapa de
documentação foi executada no TCC I e também no TCC II
Etapa 1: Estudo. Essa etapa visou definir exatamente o tema/problema deste projeto e
adquirir o conhecimento necessário sobre as soluções e tecnologias existentes com o objetivo de
poder propor uma melhor solução, mais adequada e eficiente que as atuais.
• Levantamento dos requisitos exigidos pelo sistema: Inicialmente fez-se um estudo sobre
logística, possibilitando um embasamento teórico necessário para o entendimento do
desenvolvimento de projetos logísticos. Posteriormente foram realizadas entrevistas com
5
profissionais da área de logística, especializados no desenvolvimento de projetos, assim,
possibilitou a definição dos requisitos desejáveis para o sistema.
• Pesquisa e análise das soluções similares: Os requisitos obtidos nas entrevistas foram
confrontados com as características das soluções existentes identificadas. A pesquisa se
deu através da Internet, utilizando sites de procura como o Google e Yahoo. A pesquisa
iniciou-se com a busca de artigos científicos que referenciassem o desenvolvimento de
produtos semelhantes. Posteriormente se estendeu a quaisquer sites, em português e
inglês, que tratassem do assunto. A análise das informações encontradas considerou a
procedência das mesmas, sua quantidade, relevância, características desejáveis e
limitações relacionadas à aplicação desejada. A partir da análise de soluções similares,
foram definidas algumas funcionalidades do projeto.
• Pesquisa dos conceitos e tecnologias necessários à implementação do sistema: A
pesquisa compreendeu sistemas de informação, gerência de projetos, Logística, banco de
dados e linguagem de programação para o ambiente Web. A pesquisa se realizou
principalmente através de livros, artigos científicos e sites especializados.
• Estudo e aprendizagem das ferramentas computacionais necessárias à implementação do
sistema: O estudo das ferramentas realizou-se na seguinte ordem: PHP, PSPad e
FireBird, que correspondem, respectivamente, à linguagem de programação para Web,
ferramenta de desenvolvimento de código e sistema gerenciador de banco de dados. O
estudo enfocou a utilização das ferramentas e seus recursos.
Etapa 2: Modelagem. Esta etapa visou especificar o funcionamento da solução proposta,
sendo desenvolvido um modelo conceitual da mesma, compreendendo a Análise e o Projeto do
sistema.
• Realização da Análise do sistema: A análise compreendeu o levantamento de requisitos
e a especificação do sistema.
• Realização do Projeto do sistema: O Projeto seguiu a notação UML. Foi desenvolvido o
Diagrama Use Case e o Diagrama Entidade-Relacionamento. Os Use Cases foram
extraídos dos requisitos levantados. O projeto foi especificado de forma que atendesse
completamente as especificações e análise.
6
Etapa 3: Desenvolvimento. Esta etapa visou transformar o modelo conceitual da etapa de
modelagem em um sistema real, compreendendo principalmente a codificação dos processos
descritos no Projeto do sistema.
• Implementar os componentes de software do sistema: A implementação dos
componentes de software (processos) foi realizada utilizando a linguagem de
programação PHP, e deve seguiu rigorosamente a Análise e Projeto realizados.
Etapa 4: Validação. Nesta etapa estão sendo realizados experimentações e testes com a
solução desenvolvida, com o objetivo de eliminar possíveis erros existentes em sua modelagem ou
desenvolvimento. Os testes incluem a modelagem, o sistema desenvolvido, e a real utilidade dessa
solução como meio eficiente para a gerência dos projetos.
• Realizar testes simulados de funcionamento do sistema: Os testes simulados foram
realizados sendo feito a verificação isolada do funcionamento dos processos
(procedimentos) implementados, analisando se os mesmos produziram os resultados
esperados. Dessa forma, esses testes simularam todas as atividades de um profissional de
logística utilizando o sistema.
• Realizar testes com o sistema em laboratório: Os testes deverão iniciar a partir da
utilização efetiva do sistema com dados reais e simulados, de tal forma que seja possível
avaliar a funcionalidade do sistema e corrigir eventuais falhas.
Etapa 5: Documentação. Esta etapa visou deixar registrado todo o processo pertinente à
pesquisa científica, desde a descrição do problema, a proposta de uma nova solução (modelagem), o
desenvolvimento dessa solução, os testes e validação da nova solução e os resultados finais. A
documentação deve permitir a outros pesquisadores reproduzir a nova solução e realizar os mesmos
experimentos e testes feitos para sua validação.
• Redigir o texto do TCC I: A redação do TCC I foi realizada ao longo de todo o primeiro
semestre de 2005. O objetivo do TCC I foi definir bem o tema/problema de pesquisa,
justificar sua importância e abrangência, fornecer o referencial teórico, apresentar as
soluções já existentes para o problema exposto e apresentar a solução proposta, no caso,
a modelagem do sistema.
7
• Redigir o texto do TCC II: A redação do TCC II foi realizada ao longo de todo o
segundo semestre de 2005. O objetivo do TCC II foi documentar o desenvolvimento da
solução desenvolvida, de forma que pudesse ser reproduzida por outros pesquisadores,
apresentando assim a verificação e validação do projeto, e finalmente os resultados
alcançados e as conclusões tiradas.
1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO
A fundamentação teórica deste TCC está dividida em seis seções principais, as quais são:
Logística; Gerenciamento de Projetos; A Kobatech; Sistema de Informação; Ferramentas e
Soluções Similares.
A seção de Logística contextualiza a área de Logística atual, abordando inclusive o seu
histórico. No Gerenciamento de Projetos é feita uma introdução através da sua evolução, abordando
também suas características, bem como o ciclo de vida de um projeto. Na seção sobre a Kobatech é
apresentada a empresa que serviu como base para estudo e modelagem da ferramenta, mostrando
seu histórico, mercado e a estrutura de seus projetos. Na seção Sistemas de Informação é
conceituado o tema e demonstrado sua divisão principal, explanando inclusive as definições de
Groupware. Em Ferramentas, são explanados os conceitos das ferramentas a serem utilizadas para o
desenvolvimento da ferramenta proposta no TCC I, no caso, a linguagem de programação PHP e o
Sistema Gerenciador de Banco de Dados FireBird. Na seção Soluções Similares foram pesquisadas
e analisadas as soluções computacionais similares disponíveis no mercado, com o objetivo de
contextualizar a ferramenta desenvolvida e identificar funcionalidades que poderiam ser agregadas
no projeto.
O Desenvolvimento deste TCC está divido em quatro seções, sendo: Análise de Requisitos;
Diagrama Use Case; Diagrama Entidade-Relacionamento; Implementação e Validação e
Planejamento para a Implantação.
A seção Análise de Requisitos engloba os requisitos funcionais e não funcionais que a
ferramenta exigiu. A seção Diagrama Use Case demonstra quais as funcionalidades existentes no
sistema, tomando como base a análise de requisitos realizada. A seção Diagrama Entidade-
Relacionamento tem por finalidade realizar o modelo conceitual do banco de dados da ferramenta.
8
O capítulo de Implementação descreve o processo de desenvolvimento da ferramenta. A seção
Validação e Planejamento para a Implantação descreve os procedimentos a serem realizados para a
validação e implantação da ferramenta desenvolvida.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. LOGÍSTICA
O surgimento da globalização ocasionou uma maior interação entre os vários setores da
economia, afetando diretamente algumas atividades, consideradas prioritárias para o fortalecimento
desses setores e o aumento da concorrência. Atividades essas pertencentes aos processos logísticos
realizados entre os vários integrantes da cadeia de suprimentos, dessa forma, desenvolvendo a
Logística.
Partindo dessa tendência que se consolida a cada dia, é possível observar que o setor
logístico é uma área que está em franco crescimento no Brasil, conforme descrito por Figueiredo,
Fleury e Wanke (2003, p.48): "A Logística no Brasil vem constituindo-se em um negócio de
grandes proporções que evoluiu rapidamente nos últimos anos".
No ano de 2004, o ramo de atacadista distribuidor, que é um dos integrantes da cadeia de
suprimentos, conforme pesquisa realizada pela revista Distribuição em abril de 2005, apresentou um
crescimento real de 11,9%, sendo um índice superior à inflação do período.
Para um melhor entendimento do conceito de Logística, pode-se observar definição do
Council of Logistics Management norte-americano, descrito por Novaes (2004, p.35):
Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor.
Além do conceito, a missão da Logística é definida, segundo Bowersox et al. (1996 apud
FIGUEIREDO, FLEURY E WANKE, 2003, p.74):
A Logística tem como missão principal a minimização do custo total da operação para um determinado nível de serviço e é um importante processo ao gerenciamento da cadeia de suprimentos, pois viabiliza a consecução destes fluxos no tempo e no espaço
10
Para enfatizar os conceitos de Logística, pode ser citado como o seu objetivo fundamental,
definido, segundo Jacobsen (2003, p.21):
Atender adequadamente o consumidor final, administrando globalmente a empresa e seus agentes logísticos externos, através de um processo de gestão integrado, cooperativo e harmonioso de negócios, que de forma sistêmica e simbiótica envolve toda a cadeia de demanda e suprimento.
É comum haver a confusão entre a definição de Logística e gerenciamento da cadeia de
suprimentos, porém são coisas distintas. De acordo com Figueiredo, Fleury e Wanke (2003, p.28), a
definição de gerenciamento de cadeias de suprimento é, conforme Global Supply Chain Forum
1998: “o gerenciamento da cadeia de suprimentos consiste na integração dos principais processos
de negócio a partir do consumidor final para o fornecedor inicial de produtos, serviços e
informações que adicionam valor”.
Dessa forma, fica evidente que o gerenciamento da cadeia de suprimentos é uma tarefa mais
complexa, comparando com a Logística em si, pois a mesma está focada no planejamento,
implementação e controle do fluxo e armazenagem de produtos, enquanto que a cadeia de
suprimentos engloba todos os processos do início ao fim do sistema como um todo.
A existência da cadeia de suprimentos pode ser explicada pelo fato de que nenhuma empresa
está isolada no mercado, havendo, dessa forma, uma interligação que engloba desde os fornecedores
até os clientes. Pode-se classificar a cadeia de suprimentos em três níveis, conforme Slack (1993
apud FIGUEIREDO, FLEURY E WANKE, 2003, p.110):
• Total: envolve todas as relações cliente-fornecedor, desde a extração da matéria-prima
até a compra do produto pelo consumidor final;
• Imediata: onde estão os fornecedores e consumidores com os quais a empresa faz
negócio diretamente; e
• Local: localiza-se dentro da empresa, onde estão os fluxos internos de materiais e
informações entre departamentos, células ou setores da operação.
11
A Figura 1 ilustra os três níveis da cadeia de suprimentos.
Figura 1. Níveis da cadeia de suprimentos.
Fonte: Adaptado de Slack (1993 apud FIGUEIREDO, FLEURY E WANKE, 2003, p.111)
As empresas, independentemente do ramo, sempre sentiram a necessidade de um processo
logístico melhor estruturado, de forma que a permitisse se estabelecer no mercado e tornar-se
competitiva.
No entanto, foi nos últimos tempos, com o fortalecimento da informática, a globalização e o
aumento da concorrência, que este processo se tornou imprescindível para o sucesso, sendo assim,
evidenciado como fator de sobrevivência para uma empresa.
Este ambiente competitivo faz com que as empresas voltem sua atenção para os seus
processos logísticos afim de apurá-los e torná-los cada vez mais eficiente, diminuindo assim os
custos e melhorando o nível de serviço. Dessa forma, as empresas devem buscar um
aperfeiçoamento contínuo de suas operações para sobreviverem, possibilitando corrigir ou evitando
que seus processos ou atividades apresentem problemas e entrem em decadência.
Como cita Figueiredo, Fleury e Wanke (2003, p.164), “(...) melhorar o sistema logístico
passou a ser fator imperativo para ganho de competitividade das indústrias e varejistas (...)”, é
Cadeia de suprimentos local
Cadeia de suprimentos imediata
Cadeia de suprimentos total
12
enfatizado ainda por Novaes (2004, p.373): “As atividades logísticas, dentro dos modernos
conceitos de Supply Chain Management, ganharam conotação estratégica ímpar, colaborando
efetivamente para a conquista de novos mercados (...)”. Assim, fica claro que a estruturação
logística precisa ser prioridade no plano estratégico de uma empresa.
Uma das formas de verificar se o processo logístico da empresa está em perfeito
funcionamento é voltar a atenção para a medição de produtividade e eficiência dos processos
logísticos. Caso estes não estejam de acordo com o mínimo exigido é sinal que algumas atitudes
devem ser tomadas, buscando antecipar o acontecimento de uma possível crise, ou mesmo eliminar
uma já existente.
Dessa forma, exercer o controle desses fatores é essencial para a permanência da empresa no
mercado, facilitando o crescimento, o aumento da produtividade e a constante busca pela excelência
dos processos. Neves (2004), deixa claro em seu artigo “aquilo que não é medido não pode ser
melhorado”.
Para Moreira (1991 apud NOVAES, 2004, p.373), “a produtividade de um sistema de
produção é definida como a relação entre o que foi produzido e os insumos utilizados para tal, num
certo intervalo de tempo”. A medição da produtividade deve ser feita utilizando índices, dessa
forma, pode-se analisar o desempenho dos processos de acordo com sua eficiência, possibilitando
tirar conclusões sobre dados concretos.
Através da análise do desempenho é possível tomar medidas estratégicas para o
aprimoramento e aperfeiçoamento das operações logísticas. Medidas essas que devem ser tomadas
levando em consideração o benchmarking de empresas.
Segundo Bowersox e Closs (1996 apud NOVAES, 2004, p.394), “benchmarking é definido
como sendo os procedimentos sistemáticos utilizados para identificar as melhores práticas
observadas num determinado setor, e modificar a atuação de um determinado participante, de forma
a atingir um nível de desempenho superior”.
13
Ainda, segundo definição de Figueiredo, Fleury e Wanke (2003, p.99) :
benchmarking constitui um processo sistemático de comparações entre processos semelhantes e, a partir delas, a promoção de melhorias que permitam que determinada atividade tenha excelência quando comparada com outras equivalentes em empresas do mesmo setor ou de outros setores da economia.
Existem empresas que realizam somente o benchmarking interno, analisando e estudando
apenas os seus processos logísticos, sem levar em consideração experiência de outras empresas do
mesmo setor. No entanto, no mundo globalizado, onde o dinamismo do mercado faz com que exista
uma certa interligação entre as empresas, onde nenhuma se encontra isolada, faz-se necessário o
estudo de caso, através de experiências de empresas concorrentes ou de um ramo semelhante.
Conforme Novaes (2004, p.394), “(...) as melhores práticas devem ser buscadas
externamente à empresa, sempre que possível”. Assim, apenas o benchmarking interno não é
suficiente para o aprimoramento contínuo dos processos, necessitando também, a realização de um
benchmarking externo.
O objetivo do benchmarking, de acordo com Novaes (2004, p.395), é “determinar as ações
necessárias para tornar uma empresa não-eficiente, em eficiente”. Assim, é imprescindível
identificar as empresas eficientes, para servir como base e referência para o estudo e acuracidade
dos processos logísticos da organização em questão.
Um processo padrão de benchmarking pode ser definido conforme a Figura 2:
14
Seleção de processos e indicadores a serem comparados
Comparação com outras empresas
Entendimento dos motivadores das diferenças
Identificação dos passos necessários às mudanças
Figura 2. Processo genérico de benchmarking
Fonte: Adaptado de Figueiredo, Fleury e Wanke (2003, p.99).
No primeiro passo é feita a identificação dos processos a serem analisados e seus respectivos
indicadores de desempenho. Posteriormente, é necessário selecionar as empresas que serão
estudadas, através do processo de benchmarking, analisando posteriormente, no próximo passo, os
motivos pelos quais existem as diferenças nos processos em questão. Por último, define-se os
passos necessários para que as mudanças propostas em cada processo possam ser efetivadas.
Segundo Figueiredo, Fleury e Wanke (2003, p.98), Rogers S. Dale realizou uma pesquisa
nos EUA, intitulada “Benchmarking programs: opportunities for enhancing performance”, com
125 empresas pertencentes a diversos setores da economia. Essa pesquisa mostrou que,
aproximadamente, 65% das empresas estão envolvidas em atividades de benchmarking, 34% têm
planos ou interesse de iniciar um programa desse tipo e apenas 1% não se mostrou interessado em
fazê-lo.
Dessa forma, muitas empresas procuram elas mesmas realizar o benchmarking de seus
processos, porém, normalmente, falta experiência, uma vez que não possuem bons profissionais, ou
mesmo, esbarram na dificuldade da mudança de paradigma, pois toda mudança gera resistência por
parte das pessoas envolvidas no processo.
Surge nesse momento a necessidade de um auxílio externo, de empresas que possuam
experiência nesse ramo de atividade, trazendo assim, toda a sua bagagem de conhecimento na
15
estruturação logística realizada em outras empresas. Conforme pode ser observado por Figueiredo,
Fleury e Wanke (2003, p.99), “o desenvolvimento de estudos internos e a contratação de
consultorias especializadas são alguns dos mecanismos que podem permitir a uma empresa
melhorar seus processos, reduzir custos e/ou melhorar o nível de serviço das atividades logísticas”.
É nesse cenário que surgiram empresas, como a Kobatech - Assessoria Consultoria
Industrial e Empresarial LTDA, especializadas na prestação de serviços, atuando na estruturação
logística empresarial. Essas empresas possuem como principal tarefa, a reestruturação logística,
tendo como conseqüência o aumento no lucro do cliente, ou seja, elas trabalham totalmente com o
foco em resultados.
2.1.1. Evolução da Logística
De acordo com Novaes (2004, p.40), o processo de evolução logística está dividido em
quatro fases:
• Primeira Fase: Atuação Segmentada;
• Segunda Fase: Integração Rígida;
• Terceira Fase: Integração Flexível;
• Quarta Fase: Integração Estratégica (SCM).
Cada fase será explanada nos capítulos a seguir.
2.1.1.1. Primeira Fase: atuação segmentada
A Logística, conforme Novaes (2004, p.41), se originou praticamente na Segunda Guerra
Mundial, tendo como ponto marcante o estoque, sendo assim o elemento-chave no balanceamento
da cadeia de suprimentos.
16
As empresas buscavam formar lotes econômicos para transportar seus produtos, dessa
forma, o enfoque não era no estoque, mas sim, no modo como se pudesse economizar, reduzindo os
custos do transporte de produtos.
A Figura 3 ilustra a situação da Logística nessa fase
Manufatura Varejista
Estoque Estoque Estoque
Subsistemas otimizadosseparadamente, com estoques
servindo de pulmão
Centro deDisbribuição
Figura 3. Primeira Fase da Logística
Fonte: Adaptado de (NOVAES, 2004, p.41)
Como é possível constatar, o estoque era realizado em todos os subsistemas existentes na
cadeia de suprimentos. A manufatura produz um produto e o estoca posteriormente no depósito da
fábrica. À medida que os centros de distribuição necessitam do produto, é feito um pedido para a
fábrica, que atende o pedido através do seu estoque. Por sua vez, quando o varejista necessita de
algum produto, é feito um pedido para o centro de distribuição, que atende através do seu próprio
estoque. O varejista, dessa forma, formava o seu próprio estoque para atender o consumidor final.
Analisando todos os estoques nessa cadeia de suprimentos é possível constatar que existe
muito material parado, gerando, assim, um maior custo financeiro que tende a crescer, pois vai
sendo agregado valor através de horas de trabalho, energia utilizada, capital investido em máquinas
e instalações.
2.1.1.2. Segunda Fase: integração rígida
De acordo com Novaes (2004, p.43), nesta fase os processos produtivos na manufatura
foram se tornando mais flexíveis, assim, houve um grande aumento na oferta de produtos e de
17
opções, fazendo com que houvesse uma maior variedade sem um aumento exagerado nos custos de
fabricação.
Em contrapartida, existiu um aumento acentuado nos estoques ao longo da cadeia produtiva,
passando a ser necessário uma maior racionalização da cadeia de suprimento, buscando menores
custos e maior eficiência.
Outros fatores também influenciaram o aumento dos custos logísticos, como a crise do
petróleo em 1970, encarecendo o transporte de mercadorias, uma vez que as operações logísticas
envolvem deslocamento físico. Outro fator foi o crescimento territorial das cidades e,
conseqüentemente, o congestionamento de tráfego, resultando em um aumento nos custos de
deslocamento em geral.
Para amenização desses problemas, foi intensificada a utilização da multimodalidade no
transporte de mercadorias, utilizando vários meios de transporte, como caminhões, navios, trens e
aviões. A introdução da informática também trouxe benefícios para as operações logísticas, mesmo
que ainda de uma forma simplória.
Assim, todos os elementos anteriormente citados, fizeram com que as empresas
racionalizassem de forma mais eficiente os seus processos. Segundo Novaes (2004, p.44), “os
elementos-chave de racionalização foram a otimização de atividades e o planejamento”.
O planejamento ficou evidente, pois antes o planejamento da produção era realizado pelo
setor de fabricação sem muitos critérios, resultando no acúmulo de produtos em estoque. Nesta fase,
começou há existir maiores relações entre fornecedores e clientes, permitindo que o planejamento
da produção fosse realizado de acordo com a demanda de produtos, facilitando a previsão de
compra com os fornecedores.
Esta fase pode ser caracterizada, conforme Novaes (2004, p.44), “como uma busca inicial de
racionalização integrada da cadeia de suprimento, mas ainda muito rígida, pois não permitia a
correção dinâmica, real time, do planejamento ao longo do tempo”. Essa rigidez era observada, pelo
fato da comunicação entre os setores da empresa ser falho, uma vez que, quando um setor alterava
18
sua programação, não era informada essa alteração aos demais setores que faziam parte do
processo. Por exemplo, o setor de vendas, muitas vezes, fechava novos contratos com clientes, ou
alterava as programações de vendas e não consultava a manufatura, gerando um descompasso nos
processos.
2.1.1.3. Terceira Fase: integração flexível
De acordo com Novaes (2004, p.45), “a terceira fase da Logística é caracterizada pela
integração dinâmica e flexível entre os agentes da cadeia de suprimento, em dois níveis: dentro da
empresa e nas inter-relações da empresa com seus fornecedores e clientes”. Porém, é só na quarta
fase que o conjunto de empresas se integram, cobrindo a cadeia de suprimentos, desde os
fornecedores, passando pela manufatura e o varejo, indo até o consumidor final.
Nessa terceira fase a integração das empresas se dá duas a duas e teve início no fim da
década de 1980. Sua principal característica é o intercâmbio entre dois elementos da cadeia de
suprimento, através de um meio eletrônico, diferentemente da fase anterior, onde esse intercâmbio
era feito manualmente, de forma que nunca se tinha as informações atualizadas, em decorrência da
demora para chegar ao seu destino.
A Informática foi de grande importância nessa fase, possibilitando a evolução da Logística,
integrando de forma dinâmica os participantes da cadeia de suprimentos. Para exemplificar, um dos
benefícios da Informática foi o uso do código de barras, facilitando muito a integração do processo
de vendas com o depósito.
Enquanto que na segunda fase o planejamento era rígido, uma vez que era feito
mensalmente, impossibilitando alterações diárias, nessa terceira fase era flexível, pois permitia
alterações freqüentes.
Fica claro nessa fase a consciência de uma maior preocupação da empresa com seus clientes
e também a busca pelo estoque zero, que é uma procura contínua da redução nos níveis de estoque,
como informado por Novaes (2004, p.46):
19
Na terceira fase da Logística, passa-se a observar maior preocupação com a satisfação plena do cliente, entendendo como tal não somente o consumidor final, como também todos os elementos intermediários, que por sua vez são clientes dos fornecedores que os antecedem na cadeia de suprimento. Outra tendência notada nessa fase é a busca, aparentemente utópica, do Estoque Zero. Sabemos que estoque zero é impossível de se obter, mas a idéia por trás desse slogan é perseguir reduções continuadas nos níveis de estoque, não se satisfazendo com resultados parciais, ou seja, a redução dos estoques deve ser uma busca permanente, a ser obtida com melhorias paulatinas no processo.
2.1.1.4. Quarta Fase: integração estratégica (SCM)
Enquanto que nas fases anteriores da Logística as relações entre os agentes da cadeia de
suprimentos eram feitas basicamente de forma física, nesta fase a Logística começou a ser tratada
de forma estratégica pelas empresas. “Na quarta fase da Logística ocorre um salto qualitativo da
maior importância: as empresas da cadeia de suprimento passam a tratar a questão logística de
forma estratégica (...)” (NOVAES, 2004, p.47).
Dessa forma, as empresas passaram a usar a Logística como forma de aumentar sua
competitividade no mercado, usando-a de forma estratégica para concretizar parcerias com outras
empresas e conquistar maior participação no mercado.
Segundo Novaes (2004), uma característica que surgiu nessa fase foi o conceito de empresas
virtuais, também chamadas de agile enterprises (empresas ágeis), no jargão da Logística. Esse tipo
de empresa não tem contato físico com o consumidor final, suas vendas são realizadas através da
Internet, necessitando, conseqüentemente, que sua estrutura de logística esteja muito bem definida,
para pode atender seu cliente com eficiência.
Outra característica desta fase é a preocupação com o meio ambiente e o crescimento do
interesse pela chamada Logística Reversa que, segundo Novaes (2004, p.48), “trata do processo de
recuperação de materiais diversos (alumínio, papel, plástico, baterias, pilhas) através da
reciclagem”.
A principal diferença desta fase para as demais é o surgimento da concepção de SCM –
Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de Suprimento). Assim, os agentes
participantes da cadeia de suprimento encaram a Logística como forma estratégica, para busca de
resultados melhores, agregando valor aos seus produtos e diminuindo os custos. Uma das formas
20
para auxiliar na busca desses resultados foi a forte utilização da Informática como meio facilitador
dos processos, como destaca Novaes (2004, p.49): “para se conseguir essa façanha de melhorar o
nível de serviço e ao mesmo tempo reduzir custos, as empresas lançaram mão, em larga escala, da
tecnologia da informação”.
No decorrer da evolução da Logística, assim como em outras áreas, identifica-se a
necessidade de haver um bom gerenciamento dos projetos, de maneira a organizar as atividades,
racionalizar os recursos e aumentar a eficiência e eficácia dos resultados, com o objetivo de
alcançar o sucesso nos empreendimentos.
2.2. GERENCIAMENTO DE PROJETOS
O gerenciamento de projetos tem sido fortemente aplicado nos últimos tempos, com o
intuito de planejar de forma eficiente e eficaz os projetos desenvolvidos. Cusumano e Nobeoka
(1998 apud KEELLING 2002, p.6), afirmam que “o sucesso nas experiências com gestão de
projetos múltiplos e técnicas de engenharia simultânea está aumentando e tem conduzido à sua
proliferação em uma diversidade de situações inovadoras (...)”.
Uma definição de projeto, segundo o PMI – Project Management Institute, descrito por
Keelling (2002, p.3), é “um esforço temporário empreendido para criar um produto ou serviço
único”.
Segundo Casarotto Filho, Severino Fávero e Escosteguy Castro (1999, p.19), afirmam que
“o termo projeto não possui um significado único, e é geralmente relacionado com um conjunto de
planos, especificações e desenhos de engenharia”.
Gerência de projeto tem sua finalidade definida por Casarotto Filho, Severino Fávero e
Escosteguy Castro (1999, p.22):
Mediante planejamento e controle efetivos, permite que todas as fases de execução do empreendimento sejam realizadas de modo que sejam atingidos os objetivos quanto à qualidade, funcionalidade e segurança dos respectivos projetos, dentro do cronograma e orçamento previstos.
21
Para uma melhor compreensão dos projetos atuais e sua importância, é necessário entender
um pouco da evolução do gerenciamento de projetos.
2.2.1. A Evolução do Gerenciamento de Projetos
Conforme descrito por Prado (2000, p.25) “a ciência Gerência de Projetos surgiu no final da
década de cinqüenta e, desde então, tem evoluído sempre”. Alguns marcos na história dessa ciência
são a criação do PMI (Project Management Institute) em 1969 e a criação do certificado PMP
(Project Management Professional).
O PMI é uma instituição sem fins lucrativos, dedicada ao estudo do gerenciamento de
projetos. Segundo o PMI (2005), suas atividades estão focalizadas nas necessidades de profissionais
da gerência de projeto de todo o mundo. É reconhecido como sendo o pioneiro na área e sua
sociedade representa uma comunidade com milhares de profissionais, representando 125 países.
A principal publicação do PMI é o “A Guide to PMBOK” (Project Management Body of
Knowledge), e é aceito como padrão de gerenciamento de projetos pelo ANSI (American National
Standards Institute).
Segundo Prado (2000, p.26) a Gerência de Projetos foi formalizada nas universidades
americanas no início da década de sessenta. No início, os resultados nem sempre eram alcançados
através do gerenciamento e, algumas experiências traumáticas inibiram a introdução desta ciência
em outros ramos de negócio, de uma maneira acelerada e ampla.
De acordo com Prado (2000, p.26) um dos traumas mais conhecidos é o causado pelo
PERT/CPM, ocorrido no início da década de sessenta, quando se imaginava que o efetivo sucesso
de um projeto estava totalmente ligado ao uso deste recurso. Muitas vezes, pessoas sem o
conhecimento desta técnica, confeccionavam a rede PERT/CPM de forma errônea, fazendo com
que a rede ficasse enorme e de difícil execução. Dessa forma, muitas situações de fracasso de
projetos foram atribuídas ao uso inadequado desta técnica.
22
Outro trauma, descrito por Prado (2000, p.26), ocorreu na indústria de informática, na
década de setenta, onde foi utilizado um sistema rígido de planejamento e acompanhamento dos
projetos, para conter a desorganização existente. Foram desenvolvidas as Metodologias de
Desenvolvimento de Sistemas (MDS), que se mostraram ineficientes no controle de prazos e custos
e inibidoras de criatividade. Sendo que, a partir de meados da década de oitenta, as MDS passaram
a ser mais flexíveis, e maduras, porém a sua má fama retardou sua difusão.
2.2.1.1. Gerenciamento de Projetos Tradicional
Como cita Prado (2000) a época conhecida como “Gerenciamento de Projetos Tradicional”
ocorreu a partir da década de setenta, sendo que o aspecto do escopo do projeto passou a ser visto
como essencial no processo, além dos outros aspectos como prazos, custos e qualidade.
Conforme Prado (2000) o gerenciamento tradicional estava muito centrado em aspectos
técnicos, principalmente referentes ao gráfico de Gantt, PERT/CPM, curvas de custo, entre outros.
Aos poucos, percebeu-se que os projetos dificilmente fracassavam em conseqüência de falhas nos
processos anteriormente citados. Alguns críticos focavam outras áreas (recursos humanos e
atendimento ao cliente) como sendo essenciais.
2.2.1.2. Gerenciamento de Projetos Moderno
O fim do gerenciamento tradicional ocorreu, segundo Prado (2000, p.27), “pela percepção
de que a satisfação do cliente deve ser o principal item de medição de sucesso de um projeto”.
Dessa forma, cresceu em importância o aspecto humano, pois projetos são realizados por pessoas e
são elas as responsáveis pelo sucesso ou fracasso de um projeto. Assim, os itens que passaram a
medir o sucesso são, segundo Prado (2000):
• Satisfação do cliente;
• Metas quantitativas (prazo, valor, qualidade); e
• Moral da equipe.
23
Assim, o nome “Gerenciamento de Projetos Moderno” foi introduzido na década de oitenta
pela primeira versão do PMBOK, e reformulada em 1996 contemplando nove áreas de
gerenciamento:
• Gerenciamento da Integração;
• Gerenciamento de Escopo;
• Gerenciamento de Prazos;
• Gerenciamento de Custos;
• Gerenciamento da Qualidade;
• Gerenciamento de Recursos Humanos;
• Gerenciamento de Comunicações;
• Gerenciamento de Riscos; e
• Gerenciamento de Suprimentos / Contratação.
2.2.2. Características do Gerenciamento de Projetos
Existem vários tipos de projetos, de acordo com sua forma e tamanho. Muitos são de curta
duração e não exigem muitos recursos, outros são grandes empreendimentos, necessitando de
muitos recursos financeiros e materiais, normalmente sendo de média ou longa duração.
Independentemente do tipo de projeto, a maioria apresenta as seguintes características
comuns, de acordo com Keelling (2002):
• São empreendimentos independentes;
• Possuem propósito e objetivos distintos;
• São de duração limitada;
• Possuem datas determinadas para início e conclusão;
24
• Possuem recursos próprios (incluindo financeiros e humanos); e
• A administração e a estrutura administrativa são próprias.
O gerenciamento de projetos e de suas atividades, para qualquer organização,
independentemente de qual natureza, é essencial para o bom funcionamento do sistema. Porém,
com o planejamento e gerenciamento do projeto sendo executados, não é garantia de que tudo irá
ocorrer conforme o esperado. Segundo Castro (2005), “na maioria dos projetos, como nas outras
atividades do ser humano, nem tudo vai ocorrer como se planejou”.
Dessa forma, posteriormente ao planejamento, existe a necessidade da realização do
controle, fazendo com que não aconteçam surpresas no decorrer do projeto, pois tudo o que foi
planejado, será acompanhado. Conforme Castro (2005) “a finalidade do acompanhamento e do
controle é a de manter os trabalhos da direção dos objetivos e do plano”.
O planejamento é uma forma de estimar o prazo, os recursos e as atividades necessárias para
a sua perfeita conclusão, porém, o mesmo não é estático, permitindo que durante o decorrer do
projeto, seja reavaliado e corrigido, para se adequar à realidade do momento.
Contudo, o planejamento e seu gerenciamento são apenas ferramentas utilizadas para medir
e programar, dessa forma, necessitando que haja um empenho de toda a equipe envolvida no
projeto, bem como a realização de uma gestão de projetos como um todo, para que o mesmo siga
conforme o estabelecido inicialmente.
Esse controle deve ser executado pela pessoa responsável pelo gerenciamento, que saiba
tomar decisões em situações extremas e tenha habilidades que vão além das habilidades técnicas,
pois é necessário, entre outras características, saber trabalhar e coordenar uma equipe de pessoas.
O gerente de projeto precisa criar um “espírito de time” entre a equipe, para que a mesma
obtenha um alinhamento e um comprometimento com a meta do projeto e com o escopo do mesmo.
Dessa forma, fazendo com que sejam evidenciadas as qualidades de cada membro, tirando o maior
proveito de cada pessoa, sabendo motivá-los para, conseqüentemente, aumentar o desempenho da
equipe como um todo.
25
Todos esses fatores levam a um gerenciamento eficiente, sendo essenciais para o efetivo
sucesso de um projeto.
Segundo pesquisa realizada junto a 287 gerentes de projetos, as principais habilidades
necessárias para a realização do gerenciamento são apresentadas na Tabela 1 (o número representa
o percentual de gerentes que indicaram o item como importante).
Tabela 1. Habilidades do Gerente de Projeto
Item Percentual (%) Comunicação 84 Organização 75 Formação de equipe 72 Liderança 64 Convivência 59 Tecnologia 46
Fonte: Adaptado de Posner (apud PRADO 2000, p.82)
Como é possível observar, a maioria dos entrevistados considera como fator essencial para
um gerente de projeto a comunicação e outras características que não estão ligadas ao conhecimento
técnico.
Os projetos possuem um ciclo de vida característico, sendo aplicável, de forma geral, a todo
o tipo de projeto.
2.2.3. O Ciclo de Vida do Projeto
Conforme Keelling (2002), os projetos possuem um ciclo de vida bem característico,
passando por várias fases desde a sua concepção até a sua conclusão. O conhecimento desse ciclo,
por parte do gerente de projeto, é essencial para o bom andamento do projeto, uma vez que todas as
fases precisam ser devidamente planejadas e administradas. Dessa forma, possibilitando fazer todo
acompanhamento do projeto através da execução e finalização das fases.
Segundo Keelling (2002), as fases do ciclo de vida de um projeto são:
• Conceituação;
26
• Planejamento;
• Implementação (execução); e
• Conclusão.
Sendo abordadas com mais detalhes a seguir:
Conceituação
É o ponto de partida, onde surgem as idéias iniciais. Normalmente, a princípio, não se tem
consciência do escopo da idéia e nem da possibilidade da efetivação do projeto. Dessa forma, de
acordo com Keelling (2002) é necessário realizar a proposta do projeto e o estudo de viabilidade.
A proposta do projeto é necessária para se ter uma noção do escopo do mesmo, colocando
no papel uma perspectiva de custos, benefícios, metodologias a serem usadas, justificativas, entre
outros, possibilitando assim, a adesão de pessoas ao mesmo, e o apoio de seus superiores.
Após a aprovação do projeto, segue o estudo da viabilidade, onde a utilidade, viabilidade e
risco são estudados com mais detalhes, a fim de analisar a efetiva progressão do projeto.
Planejamento
A partir do momento que se decide continuar o projeto, começa então o planejamento. Nesta
etapa, a estrutura e a administração do projeto serão planejados e selecionados por toda a equipe
que irá implementar o mesmo.
Nesta etapa também, conforme Keelling (2002), são definidos os planos de atividade, as
finanças e os recursos que serão desenvolvidos, as normas de qualidade, segurança e administração.
Planos mestres serão feitos para possibilitar análises periódicas de progresso.
Implementação
Neste período os planos de atividades são postos em operação. Todas a atividades são
monitoradas, controladas e coordenadas para alcançar os objetivos do projeto. A eficiência do
27
trabalho estará diretamente associada à qualidade dos planos já formulados, à boa administração,
tecnologia, liderança e controle.
Conclusão
Esta fase inclui a preparação para a conclusão e para a entrega do projeto. São realizadas as
atividades finais, buscando o comprimento do prazo de entrega. Relatórios de encerramento são
feitos e apresentados à gerência. São realizados estudos para a verificação, como um todo, da
perfeita execução do projeto.
O gerenciamento é essencial para o controle do andamento do projeto, permitindo o seu
acompanhamento, com a finalidade de chegar ao objetivo especificado inicialmente, conforme
definido no planejamento. Dessa forma, tendo consciência dessa necessidade, a empresa Kobatech
realiza o gerenciamento de seus projetos em logística.
2.3. A KOBATECH
2.3.1. Histórico
A empresa Kobatech LTDA iniciou suas atividades em fevereiro de 1999 com a participação
de quatro sócios e, em março do mesmo ano, filiou-se a Altamiro Borges Planejamento Logístico e
Industrial, assumindo a franquia da consultoria na Região Sul até a data de 28 de fevereiro de 2001,
cujo contrato foi rompido pela Kobatech.
A partir de então, a empresa vem realizando projetos logísticos e consolidando seu
posicionamento no mercado da Região Sul. Além da realização dos projetos, a Kobatech também
desenvolve o Sistema de Informação WMS (Warehouse Management System), sendo um sistema
para gerenciamento de armazéns. As características da empresa apresentadas a seguir, foram
coletadas através de entrevistas com os consultores da Kobatech.
2.3.2. Mercado
A Kobatech possui uma gama de clientes que se dividem, basicamente, em quatro
segmentos:
28
• Atacado e Distribuidor;
• Varejo;
• Indústria; e
• Serviços.
Para atender esses segmentos, a empresa atua com os seguintes serviços:
Indústria:
• Desenvolvimento da Logística Industrial;
• Desenvolvimento de Células de Manufatura;
• Desenvolvimento de Kanban;
• Balanceamento de Linhas de Montagem;
• Revisão do Fluxo de Passagem e Layout; e
• Desenvolvimento de Embalagem de Proteção.
Atacado, Distribuidor e Serviços:
• Revisão e Balanceamento de Rotas de Entrega;
• Descrição das Atividades por Área da Logística;
• Descrição das Funções ou Cargos da Logística;
• Levantamento dos Custos por Atividades da Logística;
• Estudo do Potencial de Vendas;
• Desenvolvimento de Estratégias com Fornecedores;
• Desenvolvimento de Metodologia de Endereçamento dos Produtos no Armazém;
• Dimensionamento e Balanceamento dos Estoques; e
29
• Desenvolvimento de Operador Logístico e Broker.
Varejo:
• Centralização da Operação da Rede;
• Metodologias de Ressuprimento Automático;
• Gerenciamento do Custeio Baseado na Atividade (Custo "ABC");
• Gerenciamento do Planograma de Produtos; e
• Gerenciamento de Categoria de Produtos.
Da mesma forma, a empresa também desenvolve outras atividades, independentemente do
segmento logístico:
• Planejamento Estratégico;
• Plano Diretor de Logística;
• Projetos, Dimensionamento e Implantação de Centros de Distribuição;
• Auditoria e Revisão em Logística;
• Sistema de Entrega Paletizada;
• Projetos arquitetônicos e Civis;
• Estudos de Rede Logística;
• Remuneração Variável por Produtividade;
• Terceirização em Planejamento Logístico; e
• Avaliação e Seleção de Tecnologia da Informação.
30
2.3.3. Estrutura dos Projetos
A Kobatech, quando contratada para fazer a reestruturação logística do cliente, analisa os
processos atuais da empresa, modela e implanta um projeto de Logística. Os projetos realizados
pela Kobatech seguem uma metodologia que possui cinco etapas padrões e distintas, as quais são:
• Pré-Diagnóstico: é efetuada uma visita do consultor nas instalações da empresa para uma
análise inicial dos processos, com ênfase na cadeia de produção, sendo identificadas as
potenciais melhorias e suas complexidades;
• Diagnóstico Detalhado: é um levantamento dos métodos e processos da operação da
empresa, fazendo uma identificação detalhada dos problemas e suas interfaces na cadeia
de produção. Nessa etapa também são elaborados o cronograma e os planos de ação,
sendo realizado no cronograma todo o planejamento do projeto, definindo quais as
atividades a serem implementadas e seu período de execução, e o plano de ação que será
uma descrição sobre as ações a serem realizadas em cada atividade do cronograma;
• Desenvolvimento das Soluções: etapa na qual são desenvolvidos os planos de ação com
a equipe da empresa, sendo definido fluxos de processos, seus indicadores de
performance, seus pontos de controle e suas responsabilidades na cadeia de produção;
• Implantação: etapa na qual são efetivadas as soluções aprovadas na etapa anterior, sendo
realizado um acompanhamento das variáveis de cada atividade, a elaboração de manual
de normas e procedimentos das operações da empresa, bem como o treinamento e
capacitação dos recursos internos; e
• Auditoria e Controle: etapa onde é executada a verificação de desvios ou efeitos
colaterais gerados pelos processos implantados, tendo como conseqüência
recomendações de correções nos processos ou gestões da empresa, verificação dos
indicadores e análise da continuidade e sua aplicação, e identificação de novas
oportunidades, devido à mudanças de cenários na empresa.
Cada projeto possui uma peculiaridade, dependendo do tipo e da necessidade do cliente.
Normalmente, são feitos e executados por várias pessoas, que possuem um conhecimento
especializado de Logística, denominados consultores. Os projetos podem ser diferenciados por tipo
31
de empresa, de acordo com a cadeia de suprimentos, como por exemplo, atacado e distribuidor,
indústria, varejo e serviços. Sendo assim, as atividades realizadas no projeto variam para cada tipo
de empresa e de acordo com a necessidade do cliente.
Para o gerenciamento efetivo desses projetos, torna-se necessário a utilização de um sistema
de informação ou mesmo de uma ferramenta com características de sistemas de informação, onde
seja possível realizar o controle das variáveis envolvidas em um projeto.
2.4. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
O uso dos sistemas de informação tem aumentado muito nos últimos anos, principalmente
devido à necessidade de um processo administrativo e gerencial mais efetivo. Dessa forma os
sistemas de informação vem a suprir essa necessidade, através da sua disponibilização de dados.
Segundo Oliveira (2000, p.170) “os administradores de todos os níveis estão descobrindo
que os sistemas de informação baseados em computador proporcionam as informações necessárias
para uma operação eficaz”.
A importância de um sistema de informação é descrito por O’Brien (2001, p.3): “sistemas e
tecnologias de informação se tornaram um componente vital ao sucesso de empresas e
organizações”.
Moresi (2000) define sistema de informação:
O fluxo da informação em uma organização é um processo de agregação de valor, e o sistema de informação pode ser considerado como a sua cadeia de valor, por ser o suporte para a produção e a transferência da informação. Assim, um sistema de informação é uma combinação de processos relacionados ao ciclo informacional, de pessoas e de uma plataforma de tecnologia da informação, organizados para o alcance dos objetivos de uma organização.
Os sistemas de informação são divididos basicamente, conforme O’Brien (2001), em duas
categorias:
32
• Sistemas de apoio às operações; e
• Sistemas de apoio gerencial.
Sistemas de Apoio às Operações
Sistemas de apoio às operações são ferramentas para o auxílio nos processos operacionais de
uma empresa. De acordo com O’Brien (2001, p.29), “(...) sistemas de apoio às operações produzem
uma diversidade de produtos de informação para uso interno e externo. Entretanto, eles não
enfatizam a produção de produtos de informação específicos que possam ser mais bem utilizados
pelos gerentes”.
Sistemas de Apoio Gerencial
Sistemas de apoio gerencial são utilizados para o auxílio na tomada de decisão estratégica
em uma organização. Conforme O’Brien (2001, p.29), “quando os sistemas de informação se
concentram em fornecer informação e apoio para a tomada de decisão eficaz pelos gerentes, eles
são chamados sistemas de apoio gerencial”.
Sistemas de informação gerencial para Oliveira (2000, p.171), é definido como “(...) um
método formal de tornar disponíveis para a administração, oportunamente, as informações precisas
necessárias para facilitar o processo de tomada de decisão e para dar condições para que as funções
de planejamento, controle e operacionais da organização sejam executadas eficazmente”.
2.4.1. Groupware
Os sistemas classificados como Groupware, são ferramentas que possibilitam o trabalho
colaborativo de uma equipe. Dessa forma, segundo Oliveira (2000, p.111), “Groupware refere-se a
uma vasta gama de tecnologias que permitem às pessoas de uma organização trabalharem juntas,
utilizando redes de computadores”.
Conforme Oliveira (2000) os usos mais comuns do Groupware são para:
• Facilitar a comunicação na empresa entre diversas unidades de negócio, funções e áreas
geográficas;
33
• Facilitar a comunicação e estimular um relacionamento mais próximo com clientes,
fornecedores e parceiros;
• Colher idéias em reuniões, facilitar as interações entre grupos e aliviar a tensão do
trabalho; e
• Solucionar conflitos ou chegar democrática e eficiente a um consenso por interações
confidenciais e votações.
O’Brien (2001, p.230) define Groupware como “software que permite a múltiplos usuários
compartilharem informações entre si e trabalharem juntos em múltiplos projetos”. Dessa forma,
O’Brien (2001, p.86), enquadra Groupware como software colaborativo.
Segundo O’Brien (2001), a meta dos sistemas colaborativos é permitir que as pessoas
trabalhem juntas com mais facilidade e eficácia, auxiliando-as a:
• Comunicar: compartilhar informações uns com os outros;
• Coordenar: coordenar reciprocamente nossos esforços individuais de trabalho e uso de
recursos; e
• Colaborar: trabalhar juntos cooperativamente em projetos e tarefas comuns.
A ferramenta proposta neste TCC I pretende incluir um módulo de Groupware, para a
colaboração das pessoas envolvidas em um projeto, sendo a mesma desenvolvida utilizando
ferramentas open source.
2.5. FERRAMENTAS
Para o desenvolvimento da ferramenta de gestão de projetos, com características de sistema
de informação, utilizou-se a linguagem de programação PHP e o Sistema Gerenciador de Banco de
Dados (SGBD) FireBird, com a finalidade de seguir o padrão e manter a compatibilidade com o
sistema desenvolvimento pela Kobatech, uma vez que a mesma já utiliza essas ferramentas para o
desenvolvimento do Sistema WMS. A escolha dessas ferramentas pela empresa, é justificada
através das características que estão descritas a seguir.
34
2.5.1. PHP
De acordo com Maia (2002) “PHP é uma linguagem que permite criar sites Web dinâmicos,
possibilitando uma interação com o usuário através de formulários, parâmetros da URL e links”.
Segundo a PHP Group (2005), o PHP (Hypertext Preprocessor) é uma linguagem de script
open source, muito utilizada para o desenvolvimento de aplicações Web. Normalmente, é utilizada
embutível dentro do código HTML e o seu código é executado no servidor.
O PHP tem como finalidade ser uma linguagem de script do lado do servidor, portanto, é
possível coletar dados de formulários, gerar páginas dinâmicas ou enviar e receber cookies.
Conforme a PHP Group (2005), esses são os maiores campos onde os scripts PHP podem
ser utilizados:
• Script no lado do servidor (server-side): este é o principal campo de atuação do PHP.
São necessários três elementos para esse trabalho: o interpretador do PHP, um servidor
web e um browser. Assim, é possível acessar os resultados do programa através do
browser, visualizando a página PHP;
• Script de linha de comando: é possível fazer um script PHP funcionar sem um servidor
web ou browser, sendo necessário apenas o interpretador. Esse tipo de script pode ser
usado para rotinas de processamento de texto; e
• Escrevendo aplicações desktop: o PHP provavelmente não é a melhor linguagem para
criação de aplicações desktop com interfaces gráficas. Porém, podem ser usados alguns
dos seus recursos nas aplicações do lado do cliente, usando o PHP-GTK para escrever os
programas.
O PHP pode ser utilizado na maioria dos sistemas operacionais, incluindo Linux, várias
variantes Unix, Microsoft Windows, entre outros, e é suportado pela maioria dos servidores web
atuais, incluindo Apache e Microsoft Internet Information Server.
35
Com o PHP é possível utilizar programação estruturada ou programação orientada a objetos,
ou ainda uma mistura de ambos. O PHP 4 não possui todos os recursos da Programação Orientada a
Objetos (POO), já o PHP 5 corrige as fraquezas da POO do PHP 4, e introduz um modelo de
objetos completo.
2.5.2. Firebird
Segundo Freitas (2005), o FireBird é um SGBD desenvolvido e mantido por uma
comunidade de desenvolvedores e pela Fundação FireBird, sendo assim um produto de código livre,
desenvolvido sobre licença Interbase License. A sua origem é a versão open source do Interbase 6.0
de Julho de 2000, quando a Borland liberou os códigos-fonte de seu produto.
Conforme o FireBird Project (2005), algumas características do FireBird:
• Oferece uma excelente solução como sistema gerenciador de bancos de dados de alta
performance;
• É totalmente independente do SGBD InterBase. O desenvolvimento é realizado para
várias plataformas, entre elas, Windows, Linux, FreeBSD e outros;
• Utiliza-se do padrão ANSI SQL-92 para prover a manipulação dos bancos de dados e
algumas funções que complementam esse padrão, bem como a possibilidade de
customização; e
• Oferece excelente concorrência de acesso, alta performance, e uma poderosa linguagem
com suporte a stored procedures e triggers de bancos.
De acordo com o FireBird Project (2005), o FireBird é um projeto comercialmente
independente de programadores de C e de C++ que desenvolvem esse SGBD relacional e multi-
plataforma.
Para Zimbrão (2005), “o FireBird tem como ponto forte a sua simplicidade de instalação,
manutenção e operação, bem como o fato de rodar em mais de 10 sistemas operacionais de forma
nativa”.
36
Utilizou-se essas ferramentas para o desenvolvimento da solução, contemplando assim as
principais funcionalidades exigidas de uma ferramenta de gerenciamento de projetos, sendo em
parte determinadas através do estudo das soluções similares existentes no mercado.
2.6. SOLUÇÕES SIMILARES
Uma das etapas deste trabalho foi identificar algumas ferramentas de gestão de projetos
oferecidas no mercado, com a finalidade de comparar a aderência dessas ferramentas com as
necessidades de gerenciamento de projetos da área de logística e justificar o desenvolvimento de
uma solução específica.
No total, foram pesquisadas seis soluções similares, sendo ferramentas comerciais, open
source e freewares. As soluções pesquisadas estão descritas a seguir:
Microsoft Project 2003
É uma ferramenta comercial, desenvolvida pela Microsoft. Está disponível em vários
idiomas, inclusive o Português. Atualmente essa ferramenta é considerada uma da melhores
existentes no mercado. Suas características estão descritas a seguir:
• Criação de projetos e suas respectivas configurações;
• Gerenciamento de fases e atividades, possibilitando configurar a duração, data de inicio
e término, quais a atividades predecessoras e os recursos a serem utilizados, entre outros;
• Gerenciamento de recursos;
• Gerenciamento de custos;
• Permite vincular os recursos a cada atividade ou fase;
• Controle de prazo;
• Permite criar filtros, para obtenção de dados específicos;
• Inclusão de projetos em um outro projeto;
37
• Inclusão de dependência externa, por exemplo, a dependência de uma tarefa de um
projeto em relação a uma tarefa de outro projeto;
• Permite vincular tarefas de um projeto externo a um outro projeto;
• A colaboração no projeto pode ser feita através da web, usando o Microsoft Office
Project Server, possibilitando publicar as informações sobre os projetos e atualizá-las na
web;
• Possibilita controlar o andamento do projeto, através de indicadores de tarefas;
• Permite anexar documentos ao projeto;
• Permite configurar os gráficos exibidos, possibilitando adicionar colunas e campos
específicos;
• Possibilita imprimir relatórios específicos, podendo configurar os parâmetros dos
mesmos;
• Permite outras configurações relacionadas a horas trabalhadas por dia, dias úteis em uma
semana, etc;
• Possibilitar alterar a aparência dos gráficos, modificando suas configurações;
• A visualização do projeto pode ser realizada de várias formas :
o Calendário: exibe as tarefas em forma de calendário;
o Gantt detalhado: gráfico de gantt com todas as informações das atividades e fases;
o Gráfico de Gantt: gráfico de gantt com as informações necessárias sobre as
atividades e fases;
o Gantt com várias linhas de base: gráfico de Gantt exibindo as tarefas em linhas no
tempo;
o Diagrama de Rede: conhecido como diagrama PERT/CPM, exibe o caminho crítico
entre as tarefas, fazendo a ligação entre as tarefas sucessoras e predecessoras;
38
o Diagrama de Relacionamento: diagrama detalhando o relacionamento entre as fases
e atividades;
o Formulário de Recursos: formulário detalhando todos os recursos do projeto;
o Gráfico de Recursos: gráfico mostrando todos os recursos utilizados no projeto;
o Planilha de Recursos: planilha exibindo todos os recursos disponíveis para o projeto;
o Uso dos Recursos: planilha com os dias e as horas que são utilizados cada recurso;
o Formulário de Tarefas: mostra os recursos e as horas trabalhadas em cada tarefa;
o Planilha de Tarefas: exibe apenas a planilha de tarefas, sem mostrar o gráfico de
gantt;
o Uso da Tarefa: exibe a planilha de tarefas juntamente com os dias trabalhados em
cada tarefa; e
o Gantt de Controle: mostra o gráfico de gantt com um número maior de indicadores.
Open Workbench 1.1.0
É uma ferramenta open source, desenvolvida pela Niku Corporation, utilizando a linguagem
de programação Java. Está disponível nos idiomas Alemão, Francês e Inglês. Suas características
são:
• Abertura de projetos e suas respectivas configurações;
• Gerenciamento de fases, atividades, tarefas e pontos críticos;
• Visualização dos projetos através do gráfico de Gantt;
• Visualização da relação de pré-requisitos entre as tarefas através da rede CPM;
• Gerenciamento de recursos;
• Gerenciamento de custos;
• Controle de prazo;
39
• Permite auto-programação de um projeto, dessa forma, depois de definidas todas as
etapas do projeto, esse recurso programa as atividades de acordo com a relação de pré-
requisitos das atividades;
• Possui um grande número de views, que são visões do projeto;
• Configuração de views, tornando-as personalizadas;
• Impressão de todas as views;
• Permite criar filtros, para obtenção de dados específicos;
• Inclusão de sub-projetos dentro de um projeto;
• Inclusão de dependência externa, por exemplo, a dependência de uma tarefa de um
projeto em relação a uma tarefa de outro projeto; e
• Permite trabalhar em múltiplos projetos.
Senomix Timesheets 2.41
É uma ferramenta comercial desenvolvida pela empresa Senomix Software Inc., utilizando a
linguagem de programação Java. O estudo foi realizado sobre uma versão demonstração.
A ferramenta trabalha na arquitetura cliente/servidor e está disponível em seis idiomas,
sendo Inglês, Francês, Espanhol, Alemão, Italiano e Português. Na ferramenta não é possível
planejar os projetos através de cronogramas utilizando o gráfico de Gantt, apenas é feito um
controle de atividades e tarefas, permitindo atribuir tarefas aos membros da equipe, sendo assim,
uma ferramenta para controle da implementação do projeto. A ferramenta possui um módulo
administrativo, onde a pessoa pode administrar todos os projetos, e um módulo para usuários. O
módulo administrativo possui as seguintes funcionalidades:
• Cadastro de grupos de usuários;
• Administração de usuários, permitindo cadastro, alteração e exclusão;
• Gerência de projetos, permitindo cadastro, alteração e exclusão;
40
• Controle de atividades e tarefas; e
• Configuração de impostos a serem incididos sobre as tarefas, para controle de custos.
O módulo de usuários possui as seguintes funcionalidades:
• Seleção de quais atividades dos projetos cadastrados serão desenvolvidas pela pessoa,
permitindo informar a quantidade de horas trabalhadas por dia; e
• Permite cadastrar os custos que a pessoa obteve no desenvolvimento da tarefa.
Sendo assim, o administrador tem total controle sobre os projetos e sua equipe de
desenvolvimento.
Advanced Time Reports Client 2.2.36
É uma ferramenta comercial para gerenciamento de projetos. É desenvolvido pela empresa
Xpress Software. Possui muitas versões, categorizadas de acordo com o número de pessoas que
participam dos projetos. A versão estudada é freeware para um único usuário. Todas as outras
versões são comerciais. Nesta versão, a ferramenta está disponibilizada nos idiomas, Inglês,
Francês, Alemão e Russo e possui as seguintes características:
• Gerenciamento de Clientes, incluindo cadastro, alteração e exclusão;
• Gerenciamento de Projetos, incluindo cadastro, alteração e exclusão;
• Cadastro de atividades desenvolvidas em um projeto e a quantidade de horas trabalhas; e
• Geração de relatórios.
A ferramenta não disponibiliza o acompanhamento do andamento do projeto através de
gráficos. As atividades são cadastradas de acordo com o andamento, e é possível apenas informar a
data de cadastro e as horas trabalhadas.
41
Timesheets Lite 2.2.11
É uma ferramenta comercial para o gerenciamento de projetos. É desenvolvida pela empresa
Moving Target Software. Possui versões somente no idioma Inglês. A versão utilizada é uma versão
trial possuindo as seguintes características:
• Gerenciamento de projetos, possibilitando cadastro, alteração e exclusão. As
informações sobre os projetos, permitidas para cadastro são básicas, como nome,
descrição, cliente, data de início e fim do projeto;
• Controle simples de custo;
• Controle de usuários, permitindo cadastro, alteração e exclusão. O cadastro é simples,
possibilitando informar o nome, sobrenome e o nível de acesso ao sistema;
• Gerenciamento de atividades, possibilitando criar atividades para um projeto,
relacionando a um usuário responsável, com hora inicial e final da atividade para um
mesmo dia;
• Possui uma ferramenta de Goupware, permitindo enviar mensagens de e-mail para os
participantes de um projeto; e
• Gerar relatórios de atividades, projetos e faturamento.
Time Core Solo Edition
Ferramenta para gerenciamento de atividades de projetos. Possui versões em vários idiomas,
Português, Espanhol, Inglês, Francês, Italiano entre outros. Desenvolvida pela empresa Back-to-
Front Solutions Limited. Possui características como:
• Edição de projetos, permitindo cadastro, alteração e exclusão;
• Edição de atividades, permitindo cadastro, alteração e exclusão;
42
• Edição de taxas de custos, permitindo cadastro, alteração e exclusão;
• Gerenciamento de atividades de um projeto, possibilitando acompanhamento através de
calendários; e
• Permite exportar relatórios nos formatos txt e xls.
2.6.1. Análise Comparativa
A Tabela 2 exibe a análise comparativa das soluções similares estudadas:
Tabela 2. Análise Comparativa das Soluções Similares
MS Project Open Work. Senomix Time Lite Time Core Criar projetos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Gerenciar atividades Sim Sim Sim Sim Sim Sim Gerenciar recursos Sim Sim Não Não Não Não Gerenciar custos Sim Sim Sim Não Sim Sim Várias visões Sim Sim Não Não Não Não Criar filtros Sim Sim Não Não Não Não Vincular projetos Sim Sim Não Não Não Não Colaboração Web Não Não Não E-mail Não Indicadores Sim Sim Sim Sim Não Não Anexa documentos Sim Não Não Não Não Não Relatórios Sim Sim Não Sim Sim Sim
Através do quadro comparativo mostrado anteriormente, é possível analisar que a
ferramenta que disponibiliza a maior variedade de recursos, é o MS Project 2003, sendo assim a
mais completa dentre as estudadas neste TCC. Outra ferramenta, que também se mostrou eficiente,
foi o Open Workbench, pois possui todos os recursos para a efetivação do gerenciamento de
projetos, não incluindo apenas dois itens do quadro comparativo. As ferramentas restantes
estudadas possuem poucos recursos para o gerenciamento de projetos, dessa forma, não sendo tão
eficiente quanto o MS Project 2003 e o Open Workbench.
Através desse estudo, analisou-se as funcionalidades necessárias para o gerenciamento de
projetos, dessa forma, foram definidos os requisitos da ferramenta desenvolvida através da análise
de requisitos do projeto.
43
O desenvolvimento de uma ferramenta específica para os projetos realizados pela empresa
Kobatech, na área de logística, é justificado pelo fato de que nenhuma das ferramentas analisadas
anteriormente, atendeu totalmente às necessidades do gerenciamento de projetos da empresa.
3. DESENVOLVIMENTO
Para a efetuação do projeto, realizou-se o levantamento de requisitos da ferramenta, sendo o
sistema modelado utilizando o Diagrama de Use Case e o Diagrama Entidade-Relacionamento,
realizados respectivamente nas ferramentas Enterprise Architect v. 4.1. e Power Designer v.
10.0.0.1077.
3.1. ANÁLISE DE REQUISITOS
Para a realização do levantamento dos requisitos da ferramenta desenvolvida, foram feitas
entrevistas com consultores em Logística e foi realizado o estudo das soluções similares. Dessa
forma, foram definidos os requisitos funcionais e não funcionais da ferramenta, sendo eles:
3.1.1. Requisitos funcionais
Os requisitos funcionais estão descritos a seguir.
• RF01 - Inclusão, alteração e exclusão de cadastro de empresas clientes de projeto;
• RF02 - Inclusão, alteração e exclusão de cadastro de projetos;
• RF03 - Recuperação de projetos passados;
• RF04 - Inclusão, alteração e exclusão de cadastro de usuários da ferramenta;
• RF05 - Colaboração entre os participantes de um projeto;
• RF06 - Configuração da etapa de diagnóstico do projeto, permitindo incluir, alterar e
excluir questões padrões;
• RF07 - Geração de relatórios do projeto;
• RF08 - Gerenciamento das atividades e fases através de um cronograma, incluindo
controle de prazos, custos e recursos;
45
• RF09 - Realização de plano de ação e relatório de acompanhamento para cada atividade
do cronograma;
• RF10 - Controle do andamento do projeto através de indicadores;
• RF11 - Realização de auditoria após a conclusão de um projeto;
• RF12 - Permitir anexar arquivos complementares à realização do projeto; e
• RF13 - Permitir que todas as etapas dos projetos realizados pela Kobatech possam ser
controladas e gerenciadas na ferramenta.
• RF14 - Controle de acessos de usuários à ferramenta, permitindo definir níveis de
permissão de acesso;
• RF15 - Inclusão, alteração e exclusão de seguimentos padrões, utilizados no cadastro de
uma empresa;
• RF16 - Inclusão, alteração e exclusão de setores padrões, utilizados no cadastro de uma
empresa;
• RF17 - Inclusão, alteração e exclusão de sistemas padrões, utilizados no cadastro de uma
empresa; e
• RF18 - Controle das despesas de cada consultor durante o andamento de um projeto.
3.1.2. Requisitos não funcionais
Para possibilitar o uso da ferramenta, é necessário ter previamente instalado no servidor de
aplicação os ítens:
• RNF01 - PHP;
• RNF02 - Servidor HTTP Apache; e
• RNF03 - Sistema Gerenciador de Banco de Dados FireBird.
46
3.2. DIAGRAMA USE CASE
O Diagrama de Use Case tem a finalidade de demonstrar quais as funcionalidades existentes
no sistema, exibindo as ações que o usuário (operador) pode efetuar.
ud Modelo Use Case
Manipula Empresa
Operador
Manipula Usuário
Manipula Projeto
Gera Relatório
Acessa Fórum de
Discussão
Configura AcessoConfigura
Diagnóstico
Realiza Plano de
Ação
Manipula
Diagnóstico
Inicial
Manipula
Diagnóstico
Final
Manipula
Cronograma
Realiza
Relatório de
Acompanhamento
Manipula
Formulário de
Despesas
Realiza Auditoria
Anexa Arquivo
Analisa
Indicadores
Configura
Segmento
Configura Setor
Configura
Sistema
Figura 4. Modelo Use Case
A descrição detalhada de cada Use Case encontra-se no Apêndice A, abrangendo:
• UC01 - Acessa Fórum de Discussão: permite interagir com outros usuários do sistema
através de mensagens no fórum;
• UC02 - Analisa Indicadores: possibilita analisar os indicadores do projeto, verificando o
andamento do mesmo através de dados gerados pelo sistema;
• UC03 - Anexa Arquivo: permite anexar arquivos junto aos projetos;
47
• UC04 - Configura Acesso: permite configurar os acessos dos usuários ao sistema,
possibilitando configurar as permissões de acesso para cada nível e associar um usuário
cadastrado a um nível de acesso;
• UC05 - Configura Diagnóstico: permite configurar os parâmetros de resposta e as
questões padrões utilizados na etapa de Diagnóstico dos projetos;
• UC06 - Configura Segmento: possibilita configurar os segmentos padrões, utilizados
para o cadastro de empresas. Esses são os segmentos de atuação da empresa;
• UC07 - Configura Setor: permite configurar os setores padrões, utilizados no cadastro de
empresas. Esses são os setores internos da empresa;
• UC08 - Configura Sistema: possibilita configurar os sistemas padrões, utilizados no
cadastro de empresas. Esses são os sistemas utilizados na empresa;
• UC09 - Gera Relatório: permite gerar relatórios dos projetos no sistema;
• UC10 - Manipula Cronograma: permite elaborar o cronograma para o projeto, criar
novos cronogramas e buscar cronogramas existentes no projeto;
• UC11 - Manipula Diagnóstico Final: possibilita realizar o Diagnóstico Final do projeto;
• UC12 - Manipula Diagnóstico Inicial: permite realizar o Diagnóstico Inicial do projeto;
• UC13 - Manipula Empresa: permite a efetuação do cadastro, alteração e exclusão de
uma empresa. O cadastro é necessário para iniciar um projeto;
• UC14 - Manipula Formulário de Despesas: o usuário pode informar suas despesas
pessoais durante a realização do projeto;
• UC15 - Manipula Projeto: possibilita o cadastro, alteração, exclusão e pesquisa dos
projetos. Todos os projetos precisam ser cadastrados para poder serem iniciados;
• UC16 - Manipula Usuário: permite o cadastro, alteração e exclusão de todos os usuários
do sistema;
48
• UC17 - Realiza Auditoria: permite cadastrar, após o término do projeto, informações de
Auditorias realizadas na empresa;
• UC18 - Realiza Plano de Ação: possibilita realizar um plano de ação para cada atividade
cadastrada no cronograma; e
• UC19 - Realiza Relatório de Acompanhamento: permite realizar o relatório de
acompanhamento para cada atividade do cronograma.
3.3. DIAGRAMA ENTIDADE-RELACIONAMENTO
O Diagrama Entidade-Relacionamento (DER) tem por finalidade realizar o modelo
conceitual do banco de dados. A princípio, a modelagem de processos utilizando o Diagrama de
Use Cases sugere a construção do Diagrama de Classes. Entretanto, como na implementação será
utilizada a programação estruturada, optou-se pela construção do DER com a ferramenta Power
Designer.
A Figura 5 apresenta a modelagem lógica do banco de dados. Na figura, as chaves
estrangeiras das tabelas não estão evidentes, mas podem ser identificadas pela leitura das
referências e cardinalidades.
49
Re l_7
Rel _9
Re l_ 19
Rel _18
Rel_ 10
Rel _13
Rel _12
Rel _25Re l_1 4 Rel _15
Rel _16
Rel _22 Rel _23
Rel_ 20Rel_ 21
Rel _27
Rel _28
Rel _29
Rel _30
Rel _35
Rel _32
Rel _3 4
Rel _33
Rel _31
Rel _37
Rel a_33
Rel _39
Rel _38
Rel at io nshi p_3 1
Rel ati on shi p_32
Rel _33
Rel _34
Rel _34Re l_3 5
Em p resa
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razao_social
no me _fantasi a
cnpj
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Ati vid ade_p essoa
Figura 5. Modelo ER
50
3.3.1. Dicionário de Dados
Para um melhor entendimento do modelo lógico de dados (DER), serão descritas todas as
tabelas e seus respectivos atributos, incluindo as chaves primárias (PK), estrangeiras (FK) e chaves
primárias e estrangeiras (PFK).
Tabela Empresa
Esta tabela possui todos os dados necessários da empresa na qual o projeto está sendo
realizado.
Tabela 3. Atributos da Tabela Empresa
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_empresa PK Integer Chave primária da tabela Id_estado FK Integer Chave estrangeira da tabela Razao_social Varchar 100 Razão Social da empresa Nome_fantasia Varchar 100 Nome fantasia da empresa Cnpj Varchar 20 CNPJ da empresa Cidade Varchar 60 Cidade onde a empresa está instalada Bairro Varchar 60 Bairro onde a empresa está instalada Endereço Varchar 80 Nome da rua e número Complemento Varchar 30 Alguma observação para o endereço Cep Varchar 15 Cep da empresa Email Varchar 60 Email da empresa Site Varchar 60 Web Site da empresa Telefone Varchar 20 Telefone da empresa Box_qtde Integer Quantidade de boxes da empresa Box_area_total Numeric (12, 2) Área total em m2 dos boxes Deposito_qtde Integer Quantidade de depósitos da empresa Deposito_area_total Numeric (12, 2) Área total em m2 dos depósitos Empilhad_eletrica_qtde Integer Quantidade de empilhadeiras elétricas Empilhad_glp_qtde Integer Quantidade de empilhadeiras GLP Faturamento_mensal Numeric (12, 2) Faturamento mensal da empresa Paleteira_qtde Integer Quantidade de paleteiras Caminhao_qtde Integer Quantidade de caminhões Caminhao_qtde_entrega Integer Quantidade de entrega por caminhão Qtde_entrega_semanal Integer Quantidade de entrega semanal Qtde_itens Integer Quantidade de ítens da empresa Tonelada_mov_mensal Numeric (12, 2) Movimentação mensal em toneladas Transpaleteira_qtde Integer Quantidade de transpaleteiras da emp. Data_cadastro Date Data de cadastro da empresa
51
Tabela Segmento_padrao
Esta tabela possui todos segmentos de atuação das empresas. Esses segmentos são pré-
cadastrados nessa tabela, com o objetivo de padronizar os cadastros de empresas.
Tabela 4. Atributos da Tabela Segmento_padrao
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_segmento_padrao PK Integer Chave primária da tabela Nome Varchar 50 Nome do segmento
Tabela Segmento
Esta tabela possui tem a finalidade apenas de fazer a ligação entre o cadastro de uma
empresa na tabela Empresa e um segmento da tabela Segmento_padrao.
Tabela 5. Atributos da Tabela Segmento
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_segmento PK Integer Chave primária da tabela Id_segmento_padrao FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_empresa FK Integer Chave estrangeira da tabela
Tabela Sistema_padrao
Esta tabela possui as categorias de sistemas que uma empresa pode adquirir. Esses sistemas
são pré-cadastrados nessa tabela, com o objetivo de padronizar os cadastros de empresas. Alguns
exemplos de categoria de sistemas seriam, ERP, WMS, TMS etc.
Tabela 6. Atributos da Tabela Sistema_padrao
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_sistema_padrao PK Integer Chave primária da tabela Categoria Varchar 50 Categoria do sistema
52
Tabela Sistema
Esta tabela possui a finalidade apenas de fazer a ligação entre o cadastro de uma empresa na
tabela Empresa e uma categoria de sistema da tabela Sistema_padrao.
Tabela 7. Atributos da Tabela Sistema
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_sistema PK Integer Chave primária da tabela Id_sistema_padrao FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_empresa FK Integer Chave estrangeira da tabela Empresa Varchar 80 Empresa que desenvolve o sistema Versao Varchar 20 Versão do sistema instalado na emp.
Tabela Setor_padrao
Esta tabela possui setores que uma empresa pode possuir. Esses setores são pré-cadastrados
nessa tabela, com o objetivo de padronizar os cadastros de empresas.
Tabela 8. Atributos da Tabela Setor_padrao
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_setor_padrao PK Integer Chave primária da tabela Nome Varchar 50 Nome do setor
Tabela Setor
Esta tabela tem a finalidade apenas de fazer a ligação entre o cadastro de uma empresa na
tabela Empresa e um setor da tabela Setor_padrao.
Tabela 9. Atributos da Tabela Setor
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_setor PK Integer Chave primária da tabela Id_setor_padrao FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_empresa FK Integer Chave estrangeira da tabela Qtde_pessoas Integer Número de pessoas no setor Salario_pessoa Numeric (12, 2) Salário médio das pessoas do setor
53
Tabela Projeto
Esta tabela possui os dados necessários para o cadastro de um projeto no sistema e outros
dados que serão preenchidos pelo sistema após o término de um projeto.
Tabela 10. Atributos da Tabela Projeto
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_projeto PK Integer Chave primária da tabela Id_empresa FK Integer Chave estrangeira da tabela Nome Varchar 50 Nome do projeto Descricao Varchar 3000 Descrição do projeto Data_inicial Date Data de início do projeto Data_final Date Data de término do projeto Orcamento_inicial Numeric (12, 2) Orçamento disponível inicialmente Custo_total_final Numeric (12, 2) Custo total do projeto após o término Data_cadastro Date Data de cadastro do projeto Status Varchar 20 Situação do projeto: inativo, iniciado
Tabela Auditoria
Esta tabela possui as auditorias realizadas em cada projeto após o seu término.
Tabela 11. Atributos da Tabela Auditoria
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_auditoria PK Integer Chave primária da tabela Id_projeto FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_pessoa FK Integer Chave estrangeira da tabela Data Date Data de realização da auditoria Descricao Varchar 4000 Relatório da auditoria realizada Data_hora_cadastro Timestamp Data e hora do cadastro da auditoria
Tabela Fase
Esta tabela possui as informações das fases cadastradas no cronograma do projeto.
54
Tabela 12. Atributos da Tabela Fase
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_fase PK Integer Chave primária da tabela Id_projeto FK Integer Chave estrangeira da tabela Nome Varchar 50 Nome da fase Descricao Varchar 3000 Descrição da fase
Tabela Atividade
Esta tabela possui as informações das atividade cadastradas no cronograma do projeto.
Tabela 13. Atributos da Tabela Atividade
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_atividade PK Integer Chave primária da tabela Id_projeto FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_fase FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_pessoa FK Integer Chave estrangeira da tabela Nome Varchar 100 Nome da atividade Dh_inicial_prevista Timestamp Data e hora prevista de ínicio da ativ. Dh_final_prevista Timestamp Data e hora prevista de término da ativ Dh_inicial_real Timestamp Data e hora real de início da ativ. Dh_final_real Timestamp Data e hora real de término da ativ. Dias_previstos Integer Quantidade de dias previstos da ativ. Dias_realizados Integer Quantidade de dias realizados da ativ. Progresso Integer Percentagem de andamento da ativ. Prioridade Varchar 3 Prioridade da atividade Orcamento Numeric (12, 2) Orcamento previsto da atividade Descricao Varchar Descrição da atividade Status Varchar 20 Situação da atividade:iniciada,atrasada
Tabela Predecessor
Esta tabela possui as atividades que precedem uma determinada atividade no cronograma do
projeto.
55
Tabela 14. Atributos da Tabela Predecessor
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_predecessor PK Integer Chave primária da tabela Id_atividade FK Integer Chave estrangeira da tabela Predecessor FK Integer Atividade predecessora de outra
Tabela Anexo
Esta tabela possui os arquivos anexados em uma atividade no cronograma do projeto ou
mesmo arquivos do projeto como um todo.
Tabela 15. Atributos da Tabela Anexo
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_Anexo PK Integer Chave primária da tabela Id_atividade FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_projeto FK Integer Chave estrangeira da tabela Nome_arquivo Blob Contém o arquivo anexado
Tabela Recurso
Esta tabela possui os recursos cadastrados em cada atividade cadastrada no cronograma do
projeto.
Tabela 16. Atributos da Tabela Recurso
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_recurso PK Integer Chave primária da tabela Nome Varchar 50 Nome do recurso Valor Numeric (12, 2) Valor (custo) do recurso Descricao Varchar 2000 Descrição do recurso
Tabela Atividade_recurso
Esta tabela possui apenas a finalidade de realizar a ligação entre a tabela Atividade e a tabela
Recurso.
56
Tabela 17. Atributos da Tabela Atividade_recurso
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_recurso PFK Integer Chave primária e estrangeira da tabela Id_atividade PFK Integer Chave primária e estrangeira da tabela
Tabela Plano_acao
Esta tabela possui as informações do plano de ação de cada atividade cadastrada no
cronograma do projeto.
Tabela 18. Atributos da Tabela Plano_acao
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_plano_acao PK Integer Chave primária da tabela Id_atividade FK Integer Chave estrangeira da tabela Acao Varchar 3000 Ação a ser realizada na atividade Motivo Varchar 3000 Motivo para realizar essa ação Como_fazer Varchar 3000 Descrição de como realizar a ação
Tabela Relatorio_acompanhamento
Esta tabela possui as informações dos relatórios de acompanhamento de cada atividade
cadastrada no cronograma do projeto.
Tabela 19. Atributos da Tabela Relatorio_acompanhamento
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_relatorio PK Integer Chave primária da tabela Id_atividade FK Integer Chave estrangeira da tabela Data_hora_cadastro Timestamp Data e hora de realização do cadastro Descricao Varchar 4000 Texto do relatório
Tabela Diagnostico
Esta tabela possui as informações do diagnóstico realizado no início e no final de cada
projeto.
57
Tabela 20. Atributos da Tabela Diagnostico
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_diagnostico PK Integer Chave primária da tabela Id_projeto FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_diagnostico_padrao FK Integer Chave estrangeira da tabela Resp_inicial Varchar 20 Resposta do início do projeto Resp_final Varchar 20 Resposta do final do projeto
Tabela Diagnostico_padrao
Esta tabela possui todas as perguntas do diagnóstico cadastradas. Essas perguntas são pré-
cadastradas nessa tabela, com o objetivo de padronizar o diagnóstico e possibilitar gerar dados
estatísticos.
Tabela 21. Atributos da Tabela Diagnostico_padrao
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_diagnostico_padrao PK Integer Chave primária da tabela Id_tipo FK Integer Chave estrangeira da tabela Questao Varchar 600 Possui a pergunta para o diagnóstico
Tabela Resp_diagnostico
Esta tabela possui todas as respostas do diagnóstico cadastradas. Essas respostas são pré-
cadastradas nessa tabela, com o objetivo de padronizar as respostas do diagnóstico e possibilitar
gerar dados estatísticos.
Tabela 22. Atributos da Tabela Resp_diagnostico
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_resp PK Integer Chave primária da tabela Nome Varchar 60 nome da resposta padrão Valor Integer Valor número atribuído a resposta
Tabela Atividade_rel_desp
Esta tabela possui apenas a finalidade de realizar a ligação entre a tabela Atividade e a tabela
Relatorio_despesa.
58
Tabela 23. Atributos da Tabela Atividade_rel_desp
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_atividade PFK Integer Chave primária e estrangeira da tabela Id_rel_despesa PFK Integer Chave primária e estrangeira da tabela
Tabela Relatorio_despesa
Esta tabela possui todas as informações relacionadas com a despesa individual de cada
consultor em uma atividade no cronograma do projeto.
Tabela 24. Atributos da Tabela Relatorio_despesa
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_relatorio_despesa PK Integer Chave primária da tabela Id_pessoa FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_projeto FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_tipo FK Integer Chave estrangeira da tabela Data Date Date da efetivação da despesa Forma_pgto Varchar 20 Forma de pagamento: dinheiro,cheque Valor Numeric (12, 2) Valor da despesa Descricao Varchar 3000 Descrição da despesa
Tabela Pessoa
Esta tabela possui todas as informações de pessoas cadastradas no sistema.
Tabela 25. Atributos da Tabela Pessoa
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_pessoa PK Integer Chave primária da tabela Id_acesso FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_estado FK Integer Chave estrangeira da tabela Nome Varchar 50 Nome da pessoa Cpf Varchar 20 Cfp da pessoa Cidade Varchar 60 Cidade onde mora a pessoa Bairro Varchar 60 Bairro onde mora a pessoa Complemento Varchar 30 Observação sobre o endereço Cep Varchar 15 Cep do endereço da pessoa Email Varchar 60 E-mail da pessoa Salario Numeric (12, 2) Salário mensal da pessoa
59
Login Varchar 30 Login de acesso ao sistema Senha Varchar 30 Senha de acesso ao sistema Sexo Char 1 Sexo da pessoa Endereco Varchar 80 Endereço (rua) da pessoa Telefone Varchar 20 Telefone da pessoa Data_cadastro Date Data de cadastro da pessoa no sistema
Tabela Atividade_pessoa
Esta tabela possui apenas a finalidade de realizar a ligação entre a tabela Atividade e a tabela
Pessoa.
Tabela 26. Atributos da Tabela Atividade_pessoa
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_atividade PFK Integer Chave primária e estrangeira da tabela Id_pessoa PFK Integer Chave primária e estrangeira da tabela
Tabela Acesso
Esta tabela possui os níveis de usuário e suas permissões de acesso ao sistema.
Tabela 27. Atributos da Tabela Acesso
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_acesso PK Integer Chave primária da tabela Nome Char 50 Nome do nível de acesso: adm etc Menu_empresa Char 1 Acesso ao menu empresa Nova_empresa Char 1 Acesso para criar empresa Altera_empresa Char 1 Acesso para alterar empresa Exclui_empresa Char 1 Acesso para excluir empresa Menu_projeto Char 1 Acesso ao menu projeto Abre_projeto Char 1 Acesso para abrir projeto Novo_projeto Char 1 Acesso para criar projeto Altera_projeto Char 1 Acesso para alterar projeto Finaliza_projeto Char 1 Acesso para finalizar projeto Exclui_projeto Char 1 Acesso para excluir projeto Menu_tarefa Char 1 Aceso ao menu tarefa Menu_forum Char 1 Acesso ao fórum de mensagens Menu_configuracao Char 1 Acesso ao menu de configuração Menu_usuario Char 1 Acesso ao menu usuário Novo_usuario Char 1 Acesso para criar usuário
60
Altera_usuario Char 1 Acesso para alterar usuário Exclui_usuario Char 1 Acesso para excluir usuário Menu_relatorio Char 1 Acesso ao menu relatório
Tabela Forum
Esta tabela possui todas as mensagens escritas pelas pessoas participantes de um projeto.
Tabela 28. Atributos da Tabela Forum
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_forum PK Integer Chave primária da tabela Id_pessoa FK Integer Chave estrangeira da tabela Id_projeto FK Integer Chave estrangeira da tabela Data_hora_cadastro Timestamp Data e hora da postagem da mensag. Mensagem Varchar 3000 Texto da mensagem
Tabela Tipo
Esta tabela possui todos os tipos padrão utilizados em outras tabelas. Nessa modelo, por
exemplo, essa tabela irá possuir os tipos padrões das tabelas Relatorio_despesa, Recurso e
Diagnostico_padrao.
Tabela 29. Atributos da Tabela Tipo
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_tipo PK Integer Chave primária da tabela Nome Varchar 50 Nome do tipo Classificacao Varchar 80 Classificação do tipo Descricao Varchar 2000 Descrição do tipo
Tabela Estado
Esta tabela possui o cadastro de todos os estados do Brasil, utilizados para o cadastro de
empresa e de usuário no sistema.
61
Tabela 30. Atributos da Tabela Estado
Atributo Chave Tipo/Tamanho Descrição Id_estado PK Integer Chave primária da tabela Sigla Varchar 2 Sigla do estado Nome Varchar 30 Nome do estado
3.4. IMPLEMENTAÇÃO
3.4.1. Firebird
Para o desenvolvimento da ferramenta, utilizou-se o Sistema Gerenciador de Banco de
Dados Firebird versão 1.5.2.4731.
No SGBD Firebird, após a criação das tabelas do banco de dados, existe a necessidade de se
realizar algumas configurações para o seu perfeito funcionamento, uma vez que este SGBD possui
como característica, a não existência de tipos de campos que possam ser autoincrementados,
normalmente utilizados nos campos que são chave primária de uma tabela. Dessa forma, existe a
necessidade de se utilizar generators com o auxílio de triggers para executar essa função.
Os generators comportam-se como variáveis no banco de dados, que podem ser
manipulados através de triggers, que são procedimentos que podem ser disparados automaticamente
com a execução de algum evento no banco de dados. Dessa forma, foi utilizada uma trigger para
cada tabela do banco de dados, sendo disparada sempre que um novo registro fosse inserido na
tabela. Assim, a trigger possui a função de inserir um novo valor no campo chave primária da
tabela, através do incremento do valor do generator dessa mesma tabela.
A Figura 6 exibe o código de criação da trigger da tabela Projeto. Como pode ser observado,
o campo “id_projeto”, que é a chave primária da tabela, irá receber o conteúdo do generator
“G_Projeto” incrementado do valor um. Esse processo ocorre a toda inserção de um registro na
tabela.
62
CREATE TRIGGER "T_Projeto" FOR PROJETO ACTIVE BEFORE INSERT POSITION 0
AS BEGIN
new.id_projeto = gen_id("G_Projeto", 1); END
Figura 6. Script de criação da trigger T_Projeto
A Figura 7 exibe o código de criação da trigger da tabela Atividade. O generator
“G_Atividade” é incrementado e o seu valor é atribuído ao campo “id_atividade” que é chave
primária da tabela Atividade.
CREATE TRIGGER "T_Atividade" FOR ATIVIDADE ACTIVE BEFORE INSERT POSITION 0 AS BEGIN new.id_atividade = gen_id("G_Atividade", 1); END
Figura 7. Script de criação da trigger T_Atividade
Seguindo essa lógica, foi criado uma trigger e um generator para cada tabela do banco de
dados desse projeto.
3.4.2. Sistema
Após a realização do projeto do sistema, englobando a análise de requisitos e a modelagem,
deu-se início a instalação das ferramentas necessárias à implementação do sistema e posteriormente
iniciou-se a implementação da aplicação.
A aplicação foi desenvolvida em ambiente local, dessa forma, somente um computador foi
utilizado para realizar o papel de cliente e de servidor. As ferramentas utilizadas no
desenvolvimento e que necessitaram de instalação foram a linguagem de programação PHP v. 5, o
servidor HTTP apache v. 1.3.33. e o Sistema Gerenciado de Banco de Dados Firebird v. 1.5.2.4731.
Para desenvolvimento do sistema, foi utilizado um Framework para o acesso da aplicação ao
Sistema Gerenciador de Banco de Dados Firebird. Framework este de propriedade particular da
empresa Kobatech Ltda. e disponibilizado para o desenvolvimento deste projeto.
63
Em algumas interfaces da aplicação foi necessário inserir informações de datas, dessa forma,
para uma melhor usabilidade, foi utilizado um componente em JavaScript chamado Date Input
Calendar desenvolvido por Jason Moon. Este componente possibilita a escolha da data, através de
uma tabela onde é visualizado um calendário, facilitando assim a sua escolha.
Para a geração de gráficos na aplicação, foi utilizado um conjunto de scripts desenvolvidos
em PHP, chamado JpGraph que foi desenvolvido pela companhia Aditus Consulting. Para uso
comercial, esta biblioteca necessita da obtenção de licença, porém para uso não comercial ou uso
acadêmico, ela se torna open source, sendo disponibilizada sob licença QPL 1.0 (Qt Free Licensee).
Sobre a segurança da aplicação, foi utilizada a o recurso de sessions disponibilizado pelo
PHP, dessa forma, nenhuma interface do sistema pode ser acessada indevidamente, sem o usuário
ter realizado previamente o login na aplicação, informando obrigatoriamente seu login e senha.
Após o usuário habilitado realizar seu login, a segurança dos dados é de responsabilidade do nível
de acesso do usuário, que é configurado pelo administrador do sistema, e possibilita a configuração
de restrição de acesso às funcionalidades da aplicação.
A aplicação foi desenvolvida conforme a modelagem especificada neste projeto, sendo todos
os requisitos satisfeitos. As funcionalidades disponíveis na aplicação foram dispostas em sete
seções principais, as quais estão descritas a seguir.
Seção Empresa
Esta seção está relacionada com o Use Case UC13 e possibilita realizar o cadastro de
empresas, assim como efetuar alguma alteração nesse cadastro ou a exclusão do mesmo. A Figura 8
exibe a interface para o cadastro de empresa.
64
Figura 8. Tela de cadastro de empresa
Seção Projeto
Esta seção está relacionada com os Use Cases UC01, UC02, UC03, UC10, UC11, UC12,
UC14, UC15, UC17, UC18, UC19 e é uma das principais seções da ferramenta, uma vez que
possibilita realizar o planejamento e o acompanhamento do projeto, desde o seu início até a sua
finalização, permitindo também realizar o cadastro do projeto, assim como a alteração e a exclusão
do mesmo. A Figura 9 exibe a interface para o cadastro do projeto.
65
Figura 9. Tela de cadastro de projeto
Após a realização do cadastro de um projeto, é possível dar ínicio ao mesmo, dessa forma, a
seção Projeto possui outras cinco seções internas, como pode ser visualizado na Figura 10, sendo
Diagnóstico Inicial, Planejamento, Diagnóstico Final, Indicadores e Auditoria.
No diagnóstico inicial, que é realizado na empresa anteriormente ao início do planejamento,
é possível preencher e visualizar esse diagnóstico, da mesma forma que em diagnóstico final é
possível preencher e visualizar o diagnóstico realizado na empresa após a finalização do projeto.
A Figura 10 exibe a tela de preenchimento do Diagnóstico Inicial.
66
Figura 10. Tela de preenchimento do diagnóstico inicial
No Planejamento pode-se efetuar o cronograma, o planejamento e o acompanhamento do
projeto, permitindo manipular as fases e atividades do mesmo, sendo o plano de ação preenchido
durante o cadastro de uma atividade. É possível também a visualização e acompanhamento de todas
as atividades do projeto, sendo uma das formas de visualização através do gráfico de Gantt, como
pode ser observado na Figura 11.
67
Figura 11. Tela de exibição do gráfico de Gantt
Durante a realização do projeto, pode-se efetuar todo o acompanhamento através de
indicadores, que se encontram na seção Indicadores. Estão disponíveis para o acompanhamento os
indicadores de planejamento e os indicadores de diagnóstico. Para o planejamento, é possível
visualizar informações sobre o orçamento, atividades, prazos e andamento da execução do projeto.
A Figura 12 exibe a tela de indicadores do planejamento.
68
Figura 12. Tela de exibição de indicadores do planejamento
Os indicadores de diagnóstico permitem verificar graficamente as pontuações alcançadas no
diagnóstico inicial e no diagnóstico final, assim como, possibilitam observar a evolução dos
diagnósticos. A Figura 13 exibe a interface com gráficos dos indicadores do diagnóstico final.
69
Figura 13. Tela de indicadores do diagnóstico final
Os indicadores de diagnóstico geral são importantes para o gerente de projeto, uma vez que,
são exibidos gráficos comparativos entre o diagnóstico inicial e o diagnóstico final, assim, é
possível analisar se o projeto realizado obteve os resultados esperados na empresa onde foi
realizado. A Figura 14 exibe a interface com os gráficos do diagnóstico geral.
70
Figura 14. Tela de indicadores do diagnóstico geral
Após o término do projeto, pode-se realizar a auditoria, que se encontra na seção Auditoria,
sendo possível inserir novas informações, assim como, visualizar auditorias já existentes. A Figura
15 exibe a interface para a realização da auditoria.
71
Figura 15. Tela de realização da auditoria
Seção Tarefa
Esta seção está relacionada com o Use Case UC03, UC14 e UC19 uma vez que possibilita
não somente a realização do relatório de acompanhamento de cada tarefa, mas também a realização
do relatório de despesas e a possibilidade de anexar arquivos às atividades.
Outra característica importante é o acompanhamento de todas as tarefas do projeto, as quais
o usuário logado no sistema possui a atribuição de responsável. Nesta seção são mostradas somente
as tarefas que ainda não foram finalizadas, permitindo facilmente acompanhar se as mesmas estão
em andamento ou atrasadas através da diferença de coloração das células da tabela. A relação de
todas as tarefas, inclusive as tarefas finalizadas, está disponível na seção Projeto. A Figura 16 exibe
a interface desta seção.
72
Figura 16. Tela de acompanhamento das atividades do usuário
Seção Fórum
Está seção está relacionada com o Use Cases UC01, pois permite a colaboração entre os
participantes de projetos através do acesso aos fóruns de discussão dos mesmos. A Figura 17 exibe
a interface inicial desta seção, onde é possível escolher o fórum do projeto para o acesso.
73
Figura 17. Tela de acesso ao fórum dos projetos
Após de realizada a escolha do fórum de um projeto, será exibido a tela com as mensagens
do fórum escolhido, a Figura 18 exibe a interface das mensagens do fórum.
74
Figura 18. Tela das mensagens do fórum
Seção Configuração
Esta seção está relacionada com os Use Cases UC04, UC05, UC06, UC07 e UC08, sendo
possível realizar o cadastro, alteração e exclusão de nível de acesso à ferramenta, segmento de
atuação de empresas, setor interno a uma empresa, sistema implantado em uma empresa,
diagnóstico e recurso. Os itens segmento, setor e sistema são utilizados no cadastro de empresa,
dessa forma, é possível, por exemplo, adicionar um novo segmento de atuação de empresas, para
ser utilizado no momento do cadastro da mesma.
A configuração do diagnóstico relaciona-se com as questões a serem respondidas no
diagnóstico inicial e final, localizadas na seção Projeto, assim como o recurso é utilizado no
momento do cadastro de uma atividade. A Figura 19 exibe a interface de cadastro de diagnóstico.
75
Figura 19. Tela de cadastro de diagnóstico
O nível de acesso é utilizado para restringir o acesso de usuários à ferramenta, dessa forma,
é possível definir quais as seções da ferramenta que um determinado nível de acesso possui
permissão de acesso. Um exemplo, é o nível de acesso Administrador, que possui acesso à todas as
seções da ferramenta. A Figura 20 exibe a tela de cadastro de acesso, onde é possível cadastrar um
novo nível de acesso à ferramenta.
76
Figura 20. Tela de cadastro de nível de acesso
Seção Usuário
Esta seção está relacionada com o Use Case UC16, sendo possível realizar o cadastro de um
usuário da ferramenta, assim como alterar ou excluir esse cadastro. A Figura 21 exibe a interface de
cadastro de usuário.
77
Figura 21. Tela de cadastro de usuário
Seção Relatório
Esta seção está relacionada com o Use Case UC09 e possibilita gerar relatórios relacionados
às atividades do projeto e ao diagnóstico.
Uma das seções mais importantes em uma ferramenta de gerenciamento de projetos, é a
seção de relatórios, dessa forma, a mesma deve possibilitar ao gerente do projeto, a obtenção de
relatórios de forma rápida, clara e flexível. Levando em consideração essas características, os
relatórios foram desenvolvidos de forma que é possível selecionar os campos que se deseja obter no
relatório, assim, o relatório irá possuir apenas as informações relevantes e de interesse da pessoa
que o gerou.
A Figura 22 exibe a tela de filtro para o relatório de atividades. Nesta tela, como pode ser
observado, é possível selecionar os campos que se deseja obter no relatório e também informar os
dados do filtro para escolher as atividades que estarão demonstradas no relatório.
78
Figura 22. Tela de filtro para o relatório de atividades
Após escolher os campos que serão mostrados no relatório, e finalizar o filtro para a escolha
da atividade, a interface que exibe o relatório está mostrada na Figura 23.
79
Figura 23. Tela de exibição do relatório de atividade
Os relatórios relacionados ao diagnóstico do projeto, também podem ser gerados da mesma
forma que o relatório de atividades, uma vez que é possível escolher os diagnósticos que se deseja
obter no relatório, sendo diagnóstico inicial, diagnóstico final ou diagnóstico geral.
A Figura 24 exibe a tela de seleção do diagnóstico para a geração do relatório.
80
Figura 24. Tela de filtro para o relatório de diagnóstico
Depois de exibido e tela de relatório do diagnóstico, pode-se imprimir o relatório, dessa
forma, abrirá uma outra janela com o texto formatado para a impressão. A Figura 25 exibe e
interface de impressão do diagnóstico.
81
Figura 25. Tela de impressão do diagnóstico
3.5. VALIDAÇÃO E PLANEJAMENTO PARA IMPLANTAÇÃO
Definidos os requisitos do projeto e implementadas as funcionalidades previstas na
modelagem, as fases de validação e implantação visaram colocar o sistema em perfeito
funcionamento na Kobatech.
A validação do sistema realizou-se durante o mês de dezembro de 2005 pela empresa
Kobatech. A Tabela 31 exibe o formulário apresentado à empresa Kobatech para a realização da
validação.
82
Tabela 31. Formulário de Validação
Atendimento dos Requisitos Funcionalidade
Não Parcial Total Observações
Cadastramento de empresa Cadastramento de projeto Recuperação de projetos passados Cadastramento de usuários Colaboração entre os participantes Configuração do diagnóstico Geração de relatórios Gerenciamento de atividades Gerenciamento de custo Gerenciamento de prazo Realização do plano de ação Realização do relatório de acompanhamento Controle através de indicadores Realização de auditoria Anexar arquivos Controle de acesso de usuários Cadastramento de seguimento padrão Cadastramento de setor padrão Cadastramento de sistema padrão Controle de despesas Cadastramento de recurso
Os testes realizados demonstraram que a ferramenta desenvolvida atendeu os requisitos
mínimos exigidos para uma ferramenta de gerenciamento de projetos, gerando informações para o
planejamento, acompanhamento e tomada de decisão gerencial por parte do gerente de projetos na
área de logística da empresa Kobatech.
Com a finalidade de realizar uma análise comparativa dos recursos disponíveis na
ferramenta desenvolvida, com as outras soluções similares pesquisadas neste TCC, fez-se
novamente o quadro comparativo que pode ser observado na Tabela 32.
83
Tabela 32. Análise Comparativa da Ferramenta Desenvolvida
MS
Project Open Work.
Senomix Time Lite Time Core TCC
Criar projetos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Gerenciar atividades Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Gerenciar recursos Sim Sim Não Não Não Não Sim Gerenciar custos Sim Sim Sim Não Sim Sim Sim Várias visões Sim Sim Não Não Não Não Sim Criar filtros Sim Sim Não Não Não Não Não Vincular projetos Sim Sim Não Não Não Não Não Colaboração Web Não Não Não E-mail Não Fórum Indicadores Sim Sim Sim Sim Não Não Sim Anexa documentos Sim Não Não Não Não Não Sim Relatórios Sim Sim Não Sim Sim Sim Sim
A Figura 26 exibe o gráfico das respostas obtidas com o formulário de validação respondido
pelos consultores da empresa Kobatech. Como pode ser obervado, 92,3% das respostas indicaram
que a ferramenta atendeu em sua totalidade os requisitos definidos no projeto.
0%7,7%
92,3%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Não Parcial Total
Atendimento aos requisitos
Figura 26. Gráfico de Respostas do Formulário de Validação
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No contexto desde projeto de TCC, a fundamentação teórica abrangeu conceitos da área de
Logística, gerenciamento de projetos, características da empresa Kobatech, sistemas de informação,
ferramentas a serem utilizadas no desenvolvimento da solução e soluções similares à solução
proposta, possibilitando a contextualização da ferramenta a ser desenvolvida.
Dentre todas as soluções similares pesquisadas no mercado, algumas são de excelente
qualidade, outras deixam a desejar em termos de gerenciamento de projetos, porém nenhuma possui
todas as funcionalidades que possam atender as necessidades do gerenciamento de projetos da
Kobatech, visto que em nenhuma ferramenta é possível gerenciar de forma prática todas as etapas
dos projetos realizados pela Kobatech.
Em relação aos objetivos gerais e específicos, definidos neste TCC, todos foram atingidos
com êxito. A identificação dos requisitos necessários para a ferramenta desenvolvida, ocorreu
através de entrevistas com alguns consultores e tendo como base os formulários e documentos
utilizados em outros projetos realizados pela Kobatech.
No que se refere à modelagem aplicada, foi utilizada a UML para a modelagem do sistema,
sendo utilizada a ferramenta Enterprise Architect v. 4.1. Para a modelam de dados, foi utilizada a
ferramenta Power Designer v. 10.0.0.1077.
Para o desenvolvimento da ferramenta, utilizou-se a linguagem de programação PHP, pelo
fato de ser uma linguagem muito utilizada atualmente para o desenvolvimento Web, uma vez que é
open source, e também por ser uma linguagem clara e flexível. O SGBD utilizado foi o Firebird,
pois apesar de ser open source, é um SGBD muito robusto, sendo utilizado em larga escala
atualmente. Outro fator importante para a escolha do PHP e do SGBD Firebird é a utilização destes
por parte da Kobatech para o desenvolvimento do seu sistema WMS, dessa forma, visando
justamente manter a compatibilidade com processos de desenvolvimento da empresa.
85
Recomenda-se para trabalhos futuros a ampliação deste projeto, de forma a incorporar outras
funcionalidades à ferramenta, como um módulo para resolução de problemas reincidentes, onde seja
possível recuperar de forma rápida a solução de um problema já resolvido em atividades de projetos
anteriores, agilizando dessa forma o progresso das atividades problemáticas do projeto em
execução. Outra recomendação é o desenvolvimento de um módulo específico para o cálculo de
custos, de forma que a ferramenta gere automaticamente o orçamento previsto do projeto, tendo
como base os recursos selecionados em cada atividade do mesmo, os quais serão especificados pelo
gerente do projeto. Visando melhorias na ferramenta e, conseqüentemente, o aprimoramento da
gestão dos projetos, é interessante que sejam avaliados outros recursos do Microsoft Project 2003
que seriam passíveis de serem adicionados à ferramenta.
Pode-se destacar como diferenciais da ferramenta, em relação à outras ferramentas do
gênero, o módulo de groupware, que permite a colaboração entre as pessoas participantes de um
projeto, e a base de conhecimento que será gerada através da execução dos projetos.
Conclui-se que a ferramenta será importante para a melhoria no processo de gerenciamento
de projetos executados pela empresa Kobatech, uma vez que a ferramenta permite realizar de forma
eficaz o planejamento, controle e gerenciamento dos projetos executados.
Esta solução específica para o gerenciamento de projetos na área Logística contribui
também para o desenvolvimento dessa área de negócios, tendo em vista o rápido crescimento no
Brasil nos últimos anos, motivada especialmente pelas exportações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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88
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ZIMBRÃO, Geraldo. Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados Livres. SqlMagazine, ano 2, n.13, p. 12-17, 2005.
89
APÊNDICE A – MODELAGEM USE CASE
Para um melhor entendimento do modelo Use Case, serão detalhadas cada Use Case,
descrevendo todos os seus cenários.
UC01 - Acessa Fórum de Discussão
Permite interagir com outros usuários do sistema através de mensagens no fórum.
Cenários:
1. Acessa Fórum (Principal):
o Usuário acessa o menu do Fórum;
o Sistema mostra a tela do Fórum contendo a última mensagem de cada projeto que
esteja em fase de desenvolvimento;
o Usuário acessa o Fórum do projeto de interesse;
o Sistema mostra a tela do Fórum escolhido pelo usuário, mostrando todas as
mensagens;
o Usuário Lê as mensagens.
2. Escreve Mensagem (Alternativo):
o Usuário acessa o menu do Fórum;
o Sistema mostra a tela do Fórum contendo a última mensagem de cada projeto que
esteja em fase de desenvolvimento;
o Usuário acessa o Fórum do projeto de interesse;
o Sistema mostra a tela do Fórum escolhido pelo usuário, mostrando todas as
mensagens;
90
o Usuário acessa o menu para escrever uma nova mensagem;
o Sistema mostra a tela para escrever a nova mensagem;
o Usuário escreve sua mensagem;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
UC02 - Analisa Indicadores
Permite analisar os indicadores do projeto, possibilitando verificar o andamento do mesmo
através de dados gerados pelo sistema.
Cenários:
1. Efetua Análise (Principal):
o Usuário acessa o menu de indicadores;
o Sistema exibe tela de indicadores;
o Usuário analisa os indicadores;
o Usuário solicita sair da tela de indicadores;
o Sistema sai da tela de indicadores.
UC03 - Anexa Arquivo
Permite anexar arquivos junto aos projetos.
Cenários:
1. Anexa Arquivo (Principal):
o Usuário acessa o menu Arquivo;
91
o Sistema exibe a tela de Arquivos;
o Usuário acessa o menu para Anexar o arquivo;
o Sistema exibe a tela para Anexar o arquivo;
o Usuário anexa o arquivo desejado;
o Usuário solicita salvar o arquivo;
o Sistema efetua o upload do arquivo.
2. Acessa Arquivo (Alternativo):
o Usuário acessa o menu Arquivo;
o Sistema exibe a tela de Arquivos;
o Usuário clica sobre o arquivo a ser acessado;
o Sistema realiza o download do arquivo.
3. Exclui Arquivo (Alternativo):
o Usuário acessa o menu Arquivo;
o Sistema exibe a tela de Arquivos;
o Usuário solicita excluir um Arquivo;
o Sistema efetua a exclusão do arquivo.
UC04 - Configura Acesso
Permite configurar os acessos dos usuários ao sistema, possibilitando configurar as
permissões de acesso para cada nível e associar um usuário cadastrado a um nível de acesso.
Cenários:
1. Configura Acesso (Principal):
92
o Usuário acessa menu de configuração de acesso;
o Sistema abre menu de configuração de acesso;
o Usuário escolhe um usuário dentre todos os cadastrados no sistema;
o Usuário informa a qual nível o usuário pertence;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
2. Altera Acesso (Alternativo):
o Usuário acessa menu de configuração de acesso;
o Sistema abre menu de configuração de acesso;
o Usuário escolhe um usuário dentre todos os cadastrados no sistema;
o Usuário altera o nível de acesso a que o usuário pertence;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
3. Configura Nível (Principal):
o Usuário acessa menu de configuração de acesso;
o Sistema abre menu de configuração de acesso;
o Usuário escolhe o nível de usuário (Administrador ou Consultor) para realizar
configuração;
o Usuário configura as permissões de acesso para o nível de usuário escolhido;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
93
4. Altera Nível (Alternativo):
o Usuário acessa menu de configuração de acesso;
o Sistema abre menu de configuração de acesso;
o Usuário escolhe o nível de usuário (Master , Consultor, etc.) para realizar alteração;
o Usuário altera as permissões de acesso para o nível de usuário escolhido;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
UC05 - Configura Diagnóstico
Permite configurar os parâmetros de resposta e as questões padrões utilizados na etapa de
Diagnóstico dos projetos.
Cenários:
1. Configura Parâmetro (Principal):
o Usuário acessa o menu de configuração de diagnóstico;
o Sistema exibe tela de configuração de diagnóstico;
o Usuário configura os parâmetros de resposta, que são valores numéricos atribuídos a
cada nível de resposta;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
2. Altera Parâmetro (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de configuração de diagnóstico;
94
o Sistema exibe tela de configuração de diagnóstico;
o Usuário altera os parâmetros de resposta;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
3. Cadastra Questão (Principal):
o Usuário acessa o menu de configuração de diagnóstico;
o Sistema exibe tela de configuração de diagnóstico;
o Usuário adiciona uma questão para o diagnóstico;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
4. Altera Questão (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de configuração de diagnóstico;
o Sistema exibe tela de configuração de diagnóstico;
o Usuário seleciona uma questão para realizar a alteração;
o Sistema exibe tela para a alteração;
o Usuário altera a questão;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
5. Exclui Questão (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de configuração de diagnóstico;
o Sistema exibe tela de configuração de diagnóstico;
95
o Usuário seleciona uma questão para realizar a exclusão;
o Usuário solicita excluir a questão;
o Sistema efetua exclusão no banco de dados.
UC06 - Configura Segmento
Permite configurar os segmentos padrões, utilizados para o cadastro de empresas. Esses são
os segmentos de atuação da empresa.
Cenários:
1. Cadastra Segmento (Principal):
o Usuário acessa o menu de configuração de segmento;
o Sistema exibe tela de configuração de segmento;
o Usuário adiciona um segmento;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
2. Altera Segmento (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de configuração de segmento;
o Sistema exibe tela de configuração de segmento;
o Usuário seleciona um segmento para realizar a alteração;
o Sistema exibe tela para a alteração;
o Usuário altera o segmento;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
96
3. Exclui Segmento (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de configuração de segmento;
o Sistema exibe tela de configuração de segmento;
o Usuário seleciona um segmento para realizar a exclusão;
o Usuário solicita excluir o segmento;
o Sistema efetua exclusão no banco de dados.
UC07 - Configura Setor
Permite configurar os setores padrões, utilizados no cadastro de empresas. Esses são os
setores internos da empresa.
Cenários
1. Cadastra Setor (Principal):
o Usuário acessa o menu de configuração de setor;
o Sistema exibe tela de configuração de setor;
o Usuário adiciona um setor;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
2. Altera Setor (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de configuração de setor;
o Sistema exibe tela de configuração de setor;
o Usuário seleciona um setor para realizar a alteração;
97
o Sistema exibe tela para a alteração;
o Usuário altera o setor;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
3. Exclui Setor (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de configuração de setor;
o Sistema exibe tela de configuração de setor;
o Usuário seleciona um setor para realizar a exclusão;
o Usuário solicita excluir o setor;
o Sistema efetua exclusão no banco de dados.
UC08 - Configura Sistema
Permite configurar os sistemas padrões, utilizados no cadastro de empresas. Esses são os
sistemas utilizados na empresa.
Cenários:
4. Cadastra Sistema (Principal):
o Usuário acessa o menu de configuração de sistema;
o Sistema exibe tela de configuração de sistema;
o Usuário adiciona um sistema;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
5. Altera Sistema (Alternativo):
98
o Usuário acessa o menu de configuração de sistema;
o Sistema exibe tela de configuração de sistema;
o Usuário seleciona um sistema para realizar a alteração;
o Sistema exibe tela para a alteração;
o Usuário altera o sistema;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
6. Exclui Sistema (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de configuração de sistema;
o Sistema exibe tela de configuração de sistema;
o Usuário seleciona um sistema para realizar a exclusão;
o Usuário solicita excluir o sistema;
o Sistema efetua exclusão no banco de dados.
UC09 - Gera Relatório
Permite gerar relatórios dos projetos no sistema.
Cenários:
1. Gera Relatório (Principal):
o Usuário acessa o menu de relatório;
o Sistema exibe a tela de relatório;
o Usuário escolhe o tipo de relatório;
o Sistema exibe tela para configurações de parâmetros;
99
o Usuário configura os parâmetros;
o Sistema gera o relatório.
UC10 - Manipula Cronograma
Permite elaborar o cronograma para o projeto, criar novos cronogramas e buscar
cronogramas existentes no projeto..
Cenários:
1. Cadastra Atividade/Fase (Principal):
o Usuário acesso o menu do cronograma;
o Sistema exibe tela do cronograma;
o Usuário acessa o menu de cadastro de atividades/fases;
o Sistema exibe a tela de cadastro de atividades/fases;
o Usuário informa se o cadastro é uma atividade ou fase;
o Usuário informa o restante dos dados necessários;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
2. Altera Atividade/Fase (Alternativo):
o Usuário acesso o menu do cronograma;
o Sistema exibe tela do cronograma;
o Usuário acessa o menu de alteração;
o Sistema exibe a tela de alteração;
o Usuário escolhe a atividade ou fase a ser alterada;
100
o Sistema exibe a tela com os dados da atividade ou fase;
o Usuário altera os dados;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
3. Exclui Atividade/Fase (Alternativo):
o Usuário acesso o menu do cronograma;
o Sistema exibe tela do cronograma;
o Usuário acesso o menu de exclusão;
o Sistema exibe a tela de exclusão;
o Usuário escolhe a atividade ou fase a ser excluída;
o Sistema exibe a tela com os dados da atividade ou fase;
o Usuário solicita excluir a atividade ou fase;
o Sistema exclui os dados no banco de dados.
4. Cadastra Cronograma (Principal):
o Usuário acesso o menu do cronograma;
o Sistema exibe tela do cronograma;
o Usuário acessa o menu de cadastro de cronograma;
o Sistema exibe a tela de cadastro de cronograma;
o Usuário informa os dados necessários;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
101
5. Busca Cronograma (Alternativo):
o Usuário acesso o menu do cronograma;
o Sistema exibe tela do cronograma;
o Usuário acessa o menu para buscar um cronograma;
o Sistema exibe a tela de busca de cronograma;
o Usuário informa o cronograma;
o Sistema busca os dados do cronograma;
o Sistema exibe os dados na tela.
UC11 - Manipula Diagnóstico Final
Permite realizar o Diagnóstico Final do projeto.
Cenários:
1. Realiza Diagnóstico (Principal):
o Usuário acessa o menu de Diagnóstico Final;
o Sistema exibe a tela de Diagnóstico Final;
o Usuário responde as perguntas;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
2. Altera Diagnóstico (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de Diagnóstico Final;
o Sistema exibe a tela de Diagnóstico Final;
o Usuário altera as respostas das perguntas;
102
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
UC12 - Manipula Diagnóstico Inicial
Permite realizar o Diagnóstico Inicial do projeto.
Cenários:
1. Realiza Diagnóstico (Principal):
o Usuário acessa o menu de Diagnóstico Inicial;
o Sistema exibe a tela de Diagnóstico Inicial;
o Usuário responde as perguntas;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
2. Altera Diagnóstico (Alternativo)
o Usuário acessa o menu de Diagnóstico Inicial;
o Sistema exibe a tela de Diagnóstico Inicial;
o Usuário altera as respostas das perguntas;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
UC13 - Manipula Empresa
Permite a efetuação do cadastro, alteração e exclusão de uma empresa. O cadastro é
necessário para possibilitar o início de um projeto.
103
Cenários:
1. Cadastra Empresa (Principal):
o Usuário acessa o menu de cadastro;
o Sistema exibe tela de cadastro de empresas;
o Usuário informa os dados da empresa;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema pesquisa CNPJ no banco de dados;
o Se CNPJ não encontrado, o sistema salva os dados no banco de dados.
2. Altera Empresa (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de alteração do cadastro;
o Sistema exibe a tela de alteração do cadastro;
o Usuário informa o nome da empresa e solicita pesquisa;
o Sistema pesquisa o nome no banco de dados;
o Se nome encontrado, o sistema exibe os dados da empresa;
o Usuário efetua as alterações;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
3. Exclui Empresa (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de exclusão de cadastro;
o Sistema exibe a tela de exclusão de cadastro;
o Usuário informa o nome da empresa e solicita pesquisa;
104
o Sistema pesquisa o nome no banco de dados;
o Se nome encontrado, o sistema exibe os dados da empresa;
o Usuário solicita a exclusão da empresa;
o Sistema efetua exclusão no banco de dados.
UC14 - Manipula Formulário de Despesas
Permite o usuário a informar suas despesas pessoais durante a realização do projeto.
Cenários:
1. Preenche Formulário de Despesas (Principal):
o Usuário acessa o menu do Formulário de Despesas;
o Sistema exibe a tela do Formulário de Despesas;
o Usuário preenche o formulário;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
2. Altera Formulário de Despesas (Alternativo):
o Usuário acessa o menu do Formulário de Despesas;
o Sistema exibe a tela do Formulário de Despesas;
o Usuário altera os dados do formulário;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
105
UC15 - Manipula Projeto
Permite o cadastro, alteração e exclusão e pesquisa dos projetos. Todos os projetos precisam
ser cadastrados para poder serem iniciados.
Cenários :
1. Cadastra Projeto (Principal):
o Usuário acessa o menu de cadastro;
o Sistema exibe tela de cadastro;
o Usuário informa a empresa na qual será realizado o projeto;
o Usuário informa os dados do projeto;
o Usuário solicita salvar as informações;
o Sistema pesquisa no banco de dados, se já existe algum projeto para essa empresa;
o Se já existe algum projeto, o sistema avisa o Usuário;
o Se estiver de acordo, o usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados;
o Se não estiver de acordo, o usuário cancela o cadastro do projeto.
2. Altera Projeto (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de alteração do cadastro;
o Sistema exibe a tela de alteração do cadastro de projeto;
o Usuário informa o nome da empresa e solicita pesquisa;
o Sistema pesquisa o nome no banco de dados;
o Se nome encontrado, o sistema exibe os projetos que a empresa possui;
106
o Usuário escolhe o projeto a ser alterado;
o Sistema exibe os dados do projeto;
o Usuário efetua as alterações;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
3. Exclui Projeto (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de exclusão do cadastro;
o Sistema exibe a tela de exclusão do cadastro de projeto;
o Usuário informa o nome da empresa e solicita pesquisa;
o Sistema pesquisa o nome no banco de dados;
o Se nome encontrado, o sistema exibe os projetos que a empresa possui;
o Usuário escolhe o projeto a ser alterado;
o Sistema exibe os dados do projeto;
o Usuário solicita a exclusão do projeto;
o O sistema efetua a exclusão no banco de dados.
4. Abre Projeto (Alternativo):
o Usuário acessa o menu para abrir um projeto;
o Sistema exibe a tela para abrir um projeto;
o Usuário escolhe a empresa do projeto;
o Sistema exibe as projetos da empresa informada;
o Usuário escolhe o projeto;
107
o Usuário solicita abrir o projeto;
o Sistema abre o projeto da tela principal.
UC16 - Manipula Usuário
Permite o cadastro, alteração e exclusão de todos os usuários do sistema.
Cenários:
1. Cadastra Usuário (Principal):
o Usuário acessa o menu de cadastro;
o Sistema exibe tela de cadastro;
o Usuário informa os dados do usuário a ser cadastrado;
o Usuário informa o nível de acesso do usuário a ser cadastrado;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema pesquisa CPF no banco de dados;
o Se CPF não encontrado, o sistema salva os dados no banco de dados.
2. Altera Usuário (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de alteração do cadastro;
o Sistema exibe a tela de alteração do cadastro;
o Usuário informa o nome do usuário e solicita pesquisa;
o Sistema pesquisa o nome no banco de dados;
o Se nome encontrado, o sistema exibe os dados do usuário;
o Usuário efetua as alterações;
o Usuário solicita salvar os dados;
108
o Sistema salva os dados no banco de dados.
3. Exclui Usuário (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de alteração do cadastro;
o Sistema exibe a tela de exclusão do cadastro;
o Usuário informa o nome do usuário e solicita pesquisa;
o Sistema pesquisa o nome no banco de dados;
o Se nome encontrado, o sistema exibe os dados o usuário;
o Usuário solicita a exclusão do usuário;
o Sistema efetua exclusão no banco de dados.
UC17 - Realiza Auditoria
Permite cadastrar, após o término do projeto, informações de Auditorias realizadas na
empresa.
Cenários:
1. Cadastra Auditoria (Principal):
o Usuário acessa o menu de Auditoria;
o Sistema exibe a tela de Auditoria;
o Usuário acessa o menu de cadastro de Auditoria;
o Sistema exibe a tela de cadastro de Auditoria;
o Usuário informa a data que foi realizada a Auditoria;
o Usuário informa o que foi realizado na Auditoria;
o Usuário solicita salvar os dados;
109
o Sistema salva os dados no banco de dados.
2. Altera Auditoria (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de Auditoria;
o Sistema exibe a tela de Auditoria;
o Usuário acessa o menu de alteração de Auditoria;
o Sistema exibe a tela de alteração de Auditoria;
o Usuário informa qual a Auditoria a ser alterada através da data;
o Sistema exibe os dados da Auditoria;
o Usuário altera os dados da Auditoria;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
3. Exclui Auditoria (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de Auditoria;
o Sistema exibe a tela de Auditoria;
o Usuário acessa o menu de exclusão de Auditoria;
o Sistema exibe a tela de exclusão de Auditoria;
o Usuário informa qual a Auditoria a ser excluída através da data;
o Sistema exibe os dados da Auditoria;
o Usuário solicita excluir os dados;
o Sistema exclui os dados no banco de dados.
110
UC18 - Realiza Plano de Ação
Permite realizar um plano de ação para cada atividade cadastrada no cronograma.
Cenários:
1. Cadastra Plano de Ação (Principal):
o Usuário acessa o menu de cronograma;
o Sistema exibe a tela de cronograma;
o Usuário escolhe a atividade para cadastrar o plano de ação;
o Sistema exibe a tela de cadastro do plano de ação;
o Usuário cadastra o plano de ação;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
2. Altera Plano de Ação (Alternativo)
o Usuário acessa o menu de cronograma;
o Sistema exibe a tela de cronograma;
o Usuário escolhe a atividade para alterar o plano de ação;
o Sistema exibe a tela de alteração do plano de ação;
o Usuário altera o plano de ação;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
UC19 - Realiza Relatório de Acompanhamento
Permite realizar o relatório de acompanhamento para cada atividade do cronograma.
111
Cenários:
1. Realiza Relatório de Acompanhamento (Principal):
o Usuário acessa o menu de cronograma;
o Sistema exibe a tela de cronograma;
o Usuário escolhe a atividade para realizar o relatório de acompanhamento;
o Sistema exibe a tela de relatório de acompanhamento;
o Usuário realiza o relatório de acompanhamento;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
2. Altera Relatório de Acompanhamento (Alternativo):
o Usuário acessa o menu de cronograma;
o Sistema exibe a tela de cronograma;
o Usuário escolhe a atividade para alterar o relatório de acompanhamento;
o Sistema exibe a tela de relatório de acompanhamento, com os dados do relatório;
o Usuário realiza alteração dos dados;
o Usuário solicita salvar os dados;
o Sistema salva os dados no banco de dados.
113
FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM LOGÍSTICA
Rodrigo Victorino
Luis Carlos Martins, Esp.
Fábio Beylouni Lavratti, Mestre.
Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
Rua Uruguai, 458 – Caixa Postal 360 – CEP: 88302-202
Itajaí – SC – Brasil
RESUMO
As empresas, independentemente do ramo de atuação, necessitam de um processo logístico bem estruturado e eficiente
para dar suporte aos seus negócios e otimizar os recursos. É nesse contexto que surgiram empresas especializadas na
prestação de serviços, atuando na estruturação logística empresarial. Empresas desse gênero, quando contratadas,
analisam os processos atuais do cliente e modelam um projeto de logística. Cada projeto possui uma peculiaridade e,
normalmente, são feitos e executados por várias pessoas, denominados consultores. Muitas vezes, o mesmo consultor
gerencia ou executa diversos projetos, dificultando assim o acompanhamento de todos paralelamente. Geralmente, os
clientes estão geograficamente distantes, necessitando que o consultor se desloque constantemente. Levando em
consideração as dificuldades dos consultores, o processo decisório é prejudicado pela falta de acompanhamento e
comunicação das pessoas envolvidas no projeto, assim como pela insuficiência de dados estatísticos e indicadores.
Sendo assim, este projeto desenvolveu uma ferramenta, com características de sistemas de informação, para o
mapeamento, controle e gerência desses projetos, possibilitando a tomada de decisão gerencial através dos dados
oriundos de cada projeto. Assim, a gerência pode ser realizada de maneira mais efetiva, pois, a ferramenta propicia um
melhor acompanhamento do cronograma do projeto e dos documentos produzidos. Essa ferramenta foi desenvolvida
para o ambiente Web, utilizando a linguagem de programação PHP e o Sistema Gerenciador de Banco de Dados
Firebird. A metodologia utilizada neste projeto compreendeu cinco etapas. Na primeira etapa, Estudo, buscou-se
adquirir o conhecimento necessário sobre as soluções e tecnologias existentes, com o objetivo de poder propor uma
melhor solução, mais adequada às necessidades identificadas. Na segunda etapa, Modelagem, foi especificado o
funcionamento da solução proposta, criando-se um modelo conceitual do sistema. A terceira etapa, Desenvolvimento,
visou transformar o modelo conceitual da etapa de modelagem em um sistema real, que foi posteriormente testado e
validado. Essa etapa compreendeu principalmente a codificação dos processos descritos no projeto do sistema. Na
114
quarta etapa, Validação, foram realizados experimentos e testes sobre a solução proposta, visando identificar e corrigir
eventuais erros existentes no projeto ou na implementação. Na quinta etapa, Documentação, foi feita a elaboração da
monografia do Trabalho de Conclusão de Curso.
Palavras-chave: Sistemas de Informação. Gerência de Projetos. Logística.
ABSTRACT
The companies, whatever the work field is, need an efficient and well done logistics process to give support to
their business and improve resources. It's in this context that companies specialized in service rendering were founded,
working within commercial logistics structure. Companies of these kind, when hired, analyze the current problems of
the customers and set a logistics project. Each project has a peculiarity and, normally, are done and executed by
several people, called advisers. Many times, the same adviser runs or executes several projects, making the projects
accompaniment at the same time even more difficult. Generally, the customers are geographically distant to each other,
having the need of a constant adviser's displacement. Considering the advisers difficulties, the decisive process is
harmed by the lack of accompaniment and communication of the people involved in the project, as well as by the
statistical and indicative data insufficiency. Therefore, this project intends to develop a tool, with data system
characteristics, for the indication, control and administration of these projects, making possible management decisions
using data from each project. So, the administration will be done in a more effective way, having the idea that the tool
will supply a better accompaniment of the project and the produced documentation's chronogram. This tool will be
developed for the Web environment, using the PHP programming language and the Firebird Database Management
System. The methodology used in this project will include five stages. In the first stage, Studies, the necessary
knowledge about the existent solutions and technologies will be obtained with the purpose of being able to propose a
better solution, more adequate to the identified needs. In the second stage, Modeling, the working process of the
solution proposed will be specified, creating a conceptual model of the system. The third stage, Development, intends to
transform the conceptual model of the Modeling stage into a real system, which after will be tested and validated. This
stage mainly includes the codification of the processes described in the project system. In the fourth stage, Validation,
experiences and tests about the proposed solution will be made, aiming the identification and correction of eventual
mistakes existent in the project or in the introduction. In the fifth stage, Documentation, the development of the Course
Conclusion Work monograph will be done.
Keywords: Information Systems. Project Management. Logistics.
1. Introdução
O setor logístico é uma área que está em franco crescimento no Brasil, conforme descrito
por Figueiredo et al (2003, p.48) "A logística no Brasil vem constituindo-se em um negócio de
grandes proporções que evoluiu rapidamente nos últimos anos".
115
As empresas, independentemente do ramo, sempre sentiram a necessidade de um processo
logístico melhor estruturado, porém, foi nos últimos tempos, com o fortalecimento da informática, a
globalização e o aumento da concorrência, que este se tornou imprescindível para o sucesso, sendo
assim, evidenciado como fator de sobrevivência para uma empresa, principalmente se esta pertencer
a um ramo onde é de extrema importância um processo logístico bem definido, como por exemplo,
o ramo atacadista ou varejista.
Normalmente, empresas recentemente criadas, ou mesmo, empresas com um certo tempo de
mercado, não possuem uma boa estruturação logística, causado principalmente, pelo crescimento
repentino, ou mesmo pela falta de organização interna da mesma. Assim, surge a necessidade
urgente de uma estruturação para possibilitar a continuação do seu crescimento. Muitas procuram
elas mesmas resolver seu problema, porém, geralmente, falta experiência, uma vez que não
possuem bons profissionais, ou mesmo, esbarram na dificuldade da mudança de paradigma, pois
toda mudança gera resistência por parte das pessoas envolvidas no processo.
Analisando esse mercado, surgiram empresas, como a Kobatech - Assessoria Consultoria
Industrial e Empresarial LTDA., especializadas na prestação de serviços atuando na estruturação
logística empresarial. Essas empresas possuem como principal tarefa a reestruturação logística,
tendo como conseqüência o aumento no lucro do cliente.
Empresas desse gênero, quando contratadas, analisam os processos atuais do cliente e
modelam um projeto de logística, o qual será implementado no mesmo.
Cada projeto possui uma peculiaridade, dependendo do tipo e da necessidade do cliente.
Normalmente, podem ser diferenciados por tipo de empresa, de acordo com a cadeia de suprimentos
como, por exemplo, atacado e distribuidor, indústria, varejo e serviços. Sendo assim, as atividades
realizadas no projeto variam para cada tipo de empresa e de acordo com a necessidade do cliente.
Esses projetos, normalmente, são feitos e executados por várias pessoas que possuem um
conhecimento especializado de logística, denominados consultores, e muitas vezes, o mesmo
consultor gerencia ou executa vários outros projetos, dificultando a gestão de todos paralelamente.
116
Outro fator agravante é que, normalmente, os clientes não se localizam no mesmo município, e nem
no mesmo estado, necessitando que o consultor desloque-se constantemente.
Além dos consultores necessitarem de um processo gerencial mais aprimorado, permitindo
realizar os planejamentos de cada projeto, é de extrema importância o controle do andamento de
cada atividade, pois só assim, será possível garantir que o mesmo não irá ultrapassar os limites de
tempo e custos alocados no planejamento. Esta tarefa é uma das principais dificuldades, uma vez
que os consultores da Kobatech não possuem tempo disponível para realizarem reuniões periódicas,
ou mesmo, porque participam efetivamente de vários projetos concomitantes.
Um fator essencial para a permanência de uma empresa no mercado é o gerenciamento de
seu negócio. Levando em consideração as dificuldades dos consultores, o processo decisório é
prejudicado pela falta de acompanhamento, comunicação das pessoas envolvidas no projeto,
insuficiência de dados estatísticos e indicadores.
Esses entraves acabam prejudicando o controle eficiente e a execução desses projetos.
Visando minimizar os problemas/dificuldades apresentados, desenvolveu-se uma ferramenta, com
características de sistemas de informação, para o mapeamento, controle e gerência desses projetos,
possibilitando a tomada de decisão gerencial através dos dados oriundos de cada projeto.
Assim, a gerência poderá ser realizada de maneira mais efetiva, pois com a ferramenta é
possível efetuar todo o cronograma do projeto até a sua conclusão, definindo as atividades e como
as mesmas serão realizadas, permitindo assim, acompanhar o andamento do projeto, facilitando o
gerenciamento dos mesmos.
A tomada de decisão é facilitada pelos dados provenientes da execução e conclusão de cada
projeto, sendo possível gerar parâmetros para o planejamento de futuros trabalhos, uma vez que
todos os projetos realizados estarão disponíveis para recuperação de dados e análise dos mesmos.
Dessa forma, permitindo a comparação desses projetos através dos cronogramas, atividades,
problemas e resultados alcançados, formando assim uma base de conhecimento, sendo de extrema
importância para uma empresa que realiza projetos.
117
Outra característica importante, além da base de conhecimento, foi a implementação na
ferramenta de um módulo de Groupware para a colaboração e a comunicação entre as pessoas
envolvidas no projeto, de forma que as mesmas, através de fóruns de discussão, possam interagir no
processo. O Groupware tem como finalidade, facilitar a interação entre as pessoas envolvidas em
uma atividade, vindo assim a atender uma das necessidades dos consultores.
Existem vários softwares para gerência de projetos no mercado, um bom exemplo é o
Microsoft Project, muito utilizado pelo fato de possuir vários recursos, porém ele abrange a
gerência de projetos de uma forma geral, não atendendo especificamente as necessidades da
Kobatech. Assim, o desenvolvimento de uma ferramenta de gerenciamento de projetos em logística,
permitiu não somente o controle de cronograma, atividades e recursos, mas também, abrangeu
módulos específicos para as outras etapas de um projeto logístico, permitindo a comparação e
análise futura de projetos realizados.
Levando em consideração as necessidades identificadas, a ferramenta, com características de
sistema de informação, foi desenvolvida para o ambiente Web, pois assim facilitou a gerência dos
projetos, uma vez que o sistema se torna acessível em qualquer lugar e a qualquer hora,
possibilitando que todas as pessoas envolvidas possam acompanhar o andamento do projeto.
2. Justificativa
O desenvolvimento de uma ferramenta de gerenciamento de projetos em logística se
justifica pelo fato de a área de gerenciamento de projetos ser uma área que necessita de constante
aprimoramento, levando em consideração também que o setor logístico está em franco crescimento
e precisa ser apoiado através de ferramentas eficazes.
3. Metodologia
O desenvolvimento do trabalho proposto consistiu-se em cinco etapas. Sendo elas: estudo,
modelagem, desenvolvimento, validação e documentação.
118
A etapa Estudo visou definir exatamente o tema/problema deste projeto e adquirir o
conhecimento necessário sobre as soluções e tecnologias existentes com o objetivo de poder propor
uma melhor solução, mais adequada e eficiente que as atuais.
A etapa Modelagem visou especificar o funcionamento da solução proposta, sendo
desenvolvido um modelo conceitual da mesma, compreendendo a Análise e o Projeto do sistema.
A etapa Desenvolvimento visou transformar o modelo conceitual da etapa de modelagem
em um sistema real, compreendendo principalmente a codificação dos processos descritos no
Projeto do sistema.
A etapa Documentação visou deixar registrado todo o processo pertinente à pesquisa
científica, desde a descrição do problema, a proposta de uma nova solução (modelagem), o
desenvolvimento dessa solução, os testes e validação da nova solução e os resultados finais.
4. Discussão
4.1 Logística
O surgimento da globalização ocasionou uma maior interação entre os vários setores da
economia, afetando diretamente algumas atividades, consideradas prioritárias para o fortalecimento
desses setores e o aumento da concorrência. Atividades essas pertencentes aos processos logísticos
realizados entre os vários integrantes da cadeia de suprimentos, dessa forma, desenvolvendo a
Logística.
Partindo dessa tendência que se consolida a cada dia, é possível observar que o setor
logístico é uma área que está em franco crescimento no Brasil, conforme descrito por Figueiredo,
Fleury e Wanke (2003, p.48): "A Logística no Brasil vem constituindo-se em um negócio de
grandes proporções que evoluiu rapidamente nos últimos anos".
As empresas, independentemente do ramo, sempre sentiram a necessidade de um processo
logístico melhor estruturado, de forma que a permitisse se estabelecer no mercado e tornar-se
competitiva.
119
No entanto, foi nos últimos tempos, com o fortalecimento da informática, a globalização e o
aumento da concorrência, que este processo se tornou imprescindível para o sucesso, sendo assim,
evidenciado como fator de sobrevivência para uma empresa.
Dessa forma, muitas empresas procuram elas mesmas a reestruturação de seus processos,
porém, normalmente, falta experiência, uma vez que não possuem bons profissionais, ou mesmo,
esbarram na dificuldade da mudança de paradigma, pois toda mudança gera resistência por parte
das pessoas envolvidas no processo.
Surge nesse momento a necessidade de um auxílio externo, de empresas que possuam
experiência nesse ramo de atividade, trazendo assim, toda a sua bagagem de conhecimento na
estruturação logística realizada em outras empresas. Conforme pode ser observado por Figueiredo,
Fleury e Wanke (2003, p.99), “o desenvolvimento de estudos internos e a contratação de
consultorias especializadas são alguns dos mecanismos que podem permitir a uma empresa
melhorar seus processos, reduzir custos e/ou melhorar o nível de serviço das atividades logísticas”.
É nesse cenário que surgiram empresas, como a Kobatech - Assessoria Consultoria
Industrial e Empresarial LTDA, especializadas na prestação de serviços, atuando na estruturação
logística empresarial. Essas empresas possuem como principal tarefa, a reestruturação logística,
tendo como conseqüência o aumento no lucro do cliente, ou seja, elas trabalham totalmente com o
foco em resultados.
4.2 Gerenciamento de Projetos
O gerenciamento de projetos tem sido fortemente aplicado nos últimos tempos, com o
intuito de planejar de forma eficiente e eficaz os projetos desenvolvidos. Cusumano e Nobeoka
(1998 apud KEELLING 2002, p.6), afirmam que “o sucesso nas experiências com gestão de
projetos múltiplos e técnicas de engenharia simultânea está aumentando e tem conduzido à sua
proliferação em uma diversidade de situações inovadoras (...)”.
Uma definição de projeto, segundo o PMI – Project Management Institute, descrito por
Keelling (2002, p.3), é “um esforço temporário empreendido para criar um produto ou serviço
único”.
120
Segundo Casarotto Filho, Severino Fávero e Escosteguy Castro (1999, p.19), afirmam que
“o termo projeto não possui um significado único, e é geralmente relacionado com um conjunto de
planos, especificações e desenhos de engenharia”.
Gerência de projeto tem sua finalidade definida por Casarotto Filho, Severino Fávero e
Escosteguy Castro (1999, p.22):
Mediante planejamento e controle efetivos, permite que todas as fases de execução do empreendimento sejam realizadas de modo que sejam atingidos os objetivos quanto à qualidade, funcionalidade e segurança dos respectivos projetos, dentro do cronograma e orçamento previstos.
O gerenciamento de projetos e de suas atividades, para qualquer organização,
independentemente de qual natureza, é essencial para o bom funcionamento do sistema. Porém,
com o planejamento e gerenciamento do projeto sendo executados, não é garantia de que tudo irá
ocorrer conforme o esperado. Segundo Castro (2005), “na maioria dos projetos, como nas outras
atividades do ser humano, nem tudo vai ocorrer como se planejou”.
4.3 A Kobatech
4.3.1 Histórico
A empresa Kobatech LTDA iniciou suas atividades em fevereiro de 1999 com a participação
de quatro sócios e, em março do mesmo ano, filiou-se a Altamiro Borges Planejamento Logístico e
Industrial, assumindo a franquia da consultoria na Região Sul até a data de 28 de fevereiro de 2001,
cujo contrato foi rompido pela Kobatech.
A partir de então, a empresa vem realizando projetos logísticos e consolidando seu
posicionamento no mercado da Região Sul. Além da realização dos projetos, a Kobatech também
desenvolve o Sistema de Informação WMS (Warehouse Management System), sendo um sistema
para gerenciamento de armazéns.
121
4.3.2 Estrutura dos Projetos
A Kobatech, quando contratada para fazer a reestruturação logística do cliente, analisa os
processos atuais da empresa, modela e implanta um projeto de Logística. Os projetos realizados
pela Kobatech seguem uma metodologia que possui cinco etapas padrões e distintas, as quais são:
• Pré-Diagnóstico: é efetuada uma visita do consultor nas instalações da empresa para uma
análise inicial dos processos, com ênfase na cadeia de produção, sendo identificadas as
potenciais melhorias e suas complexidades;
• Diagnóstico Detalhado: é um levantamento dos métodos e processos da operação da
empresa, fazendo uma identificação detalhada dos problemas e suas interfaces na cadeia
de produção. Nessa etapa também são elaborados o cronograma e os planos de ação,
sendo realizado no cronograma todo o planejamento do projeto, definindo quais as
atividades a serem implementadas e seu período de execução, e o plano de ação que será
uma descrição sobre as ações a serem realizadas em cada atividade do cronograma;
• Desenvolvimento das Soluções: etapa na qual são desenvolvidos os planos de ação com
a equipe da empresa, sendo definido fluxos de processos, seus indicadores de
performance, seus pontos de controle e suas responsabilidades na cadeia de produção;
• Implantação: etapa na qual são efetivadas as soluções aprovadas na etapa anterior, sendo
realizado um acompanhamento das variáveis de cada atividade, a elaboração de manual
de normas e procedimentos das operações da empresa, bem como o treinamento e
capacitação dos recursos internos; e
• Auditoria e Controle: etapa onde é executada a verificação de desvios ou efeitos
colaterais gerados pelos processos implantados, tendo como conseqüência
recomendações de correções nos processos ou gestões da empresa, verificação dos
indicadores e análise da continuidade e sua aplicação, e identificação de novas
oportunidades, devido à mudanças de cenários na empresa.
Cada projeto possui uma peculiaridade, dependendo do tipo e da necessidade do cliente.
Normalmente, são feitos e executados por várias pessoas, que possuem um conhecimento
especializado de Logística, denominados consultores. Os projetos podem ser diferenciados por tipo
122
de empresa, de acordo com a cadeia de suprimentos, como por exemplo, atacado e distribuidor,
indústria, varejo e serviços. Sendo assim, as atividades realizadas no projeto variam para cada tipo
de empresa e de acordo com a necessidade do cliente.
Para o gerenciamento efetivo desses projetos, torna-se necessário a utilização de um sistema
de informação ou mesmo de uma ferramenta com características de sistemas de informação, onde
seja possível realizar o controle das variáveis envolvidas em um projeto.
5. Resultados
Após a realização do projeto do sistema, englobando a análise de requisitos e a modelagem,
deu-se início a implementação da aplicação.
As ferramentas utilizadas no desenvolvimento foram a linguagem de programação PHP v. 5,
o servidor HTTP apache v. 1.3.33. e o Sistema Gerenciado de Banco de Dados Firebird v.
1.5.2.4731.
Para desenvolvimento do sistema, foi utilizado um Framework para o acesso da aplicação ao
Sistema Gerenciador de Banco de Dados Firebird. Framework este de propriedade particular da
empresa Kobatech Ltda. e disponibilizado para o desenvolvimento deste projeto.
Para a geração de gráficos na aplicação, foi utilizado um conjunto de scripts desenvolvidos
em PHP, chamado JpGraph que foi desenvolvido pela companhia Aditus Consulting. Para uso
comercial, esta biblioteca necessita da obtenção de licença, porém para uso não comercial ou uso
acadêmico, ela se torna open source, sendo disponibilizada sob licença QPL 1.0 (Qt Free License).
Sobre a segurança da aplicação, foi utilizada a o recurso de sessions disponibilizado pelo
PHP, dessa forma, nenhuma interface do sistema pode ser acessada indevidamente, sem o usuário
ter realizado previamente o login na aplicação, informando obrigatoriamente seu login e senha.
Após o usuário habilitado realizar seu login, a segurança dos dados é de responsabilidade do nível
de acesso do usuário, que é configurado pelo administrador do sistema, e possibilita a configuração
de restrição de acesso às funcionalidades da aplicação.
123
A ferramenta possui vários módulos, sendo a seção Projeto um dos principais módulos,
possuindo outras cinco seções internas, que são Diagnóstico Inicial, Planejamento, Diagnóstico
Final, Indicadores e Auditoria. No Diagnóstico Inicial, que é realizado anteriormente ao início do
planejamento, é possível preencher e visualizar o Diagnóstico que é feito na empresa, da mesma
forma que em Diagnóstico Final, é possível manipular o Diagnóstico realizado na empresa após a
finalização do projeto.
No Planejamento pode-se efetuar o cronograma, o planejamento e o acompanhamento do
projeto, permitindo manipular as fases e atividades do mesmo, sendo o plano de ação preenchido
durante o cadastro de uma atividade. A colaboração entre os participantes do projeto também
encontra-se nesta seção, estando disposta em forma de fórum de discussão. É possível também a
visualização e acompanhamento de todas as atividades do projeto, sendo uma das formas de
visualização através do gráfico de Gantt, como pode ser observado na Figura 1 que exibe a interface
com as cinco seções internas à seção Projeto e o gráfico de Gantt.
Figura 1. Tela de exibição do gráfico de Gantt
124
Durante a realização do projeto, pode-se efetuar todo o acompanhamento através de
indicadores, que se encontram na seção Indicadores. Estão disponíveis para o acompanhamento os
indicadores de planejamento e os indicadores de diagnóstico. Para o planejamento, é possível
visualizar informações sobre o orçamento, atividades, prazos e andamento da execução do projeto.
Os indicadores de diagnóstico permitem verificar graficamente as pontuações alcançadas no
diagnóstico inicial e no diagnóstico final, assim como, possibilitam observar a evolução do
diagnóstico, permitindo analisar se o projeto realizado resultou em melhorias na empresa. A Figura
2 exibe a interface com gráficos dos indicadores do Diagnóstico Final.
Figura 2. Tela de indicadores do diagnóstico final
6. Conclusões
A identificação dos requisitos necessários para a ferramenta desenvolvida, ocorreu através
de entrevistas com alguns consultores e tendo como base os formulários e documentos utilizados
em outros projetos realizados pela Kobatech.
125
No que se refere à modelagem aplicada, foi utilizada a UML para a modelagem do sistema,
sendo utilizada a ferramenta Enterprise Architect v. 4.1. Para a modelam de dados, foi utilizada a
ferramenta Power Designer v. 10.0.0.1077.
Para o desenvolvimento da ferramenta, utilizou-se a linguagem de programação PHP, pelo
fato de ser uma linguagem muito utilizada atualmente para o desenvolvimento Web, uma vez que é
open source, e também por ser uma linguagem clara e flexível. O SGBD utilizado foi o Firebird,
pois apesar de ser open source, é um SGBD muito robusto, sendo utilizado em larga escala
atualmente. Outro fator importante para a escolha do PHP e do SGBD Firebird é a utilização destes
por parte da Kobatech para o desenvolvimento do seu sistema WMS, dessa forma, visando
justamente manter a compatibilidade com processos de desenvolvimento da empresa.
Pode-se destacar como diferenciais da ferramenta o módulo de groupware, que permite a
colaboração entre as pessoas participantes de um projeto, e a base de conhecimento que será gerada
através da execução dos projetos.
Conclui-se que a ferramenta será importante para a melhoria no processo de gerenciamento
de projetos executados pela empresa Kobatech, uma vez que a ferramenta permite realizar de forma
eficaz o planejamento, controle e gerenciamento dos projetos executados.
Esta solução específica para o gerenciamento de projetos na área Logística, contribui
também para o desenvolvimento dessa área que está passando por um grande crescimento nos
últimos anos.
7. Referências Bibliográficas
CASTRO, Silvio Wille Aurélio de. Falso Controle de Projetos. Mundo PM, n.2, abr.-maio 2005. Disponível em: <http://www.mundopm.com.br/download/falso_controle.pdf>. Acesso em: 29 maio 2005.
FIGUEIREDO, Kleber Fossati; FLEURY, Paulo Fernando; WANKE, Peter. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos - Planejamento do Fluxo de Produtos e dos Recursos, São Paulo: Atlas S.A., 2003. ISBN 85-224-2732-1.
126
FILHO, Nelson Casarotto; FÁVERO, José Serevino; CASTRO, João Ernesto Escosteguy. Gerenciamento de Projeto / Engenharia Simultânea, São Paulo: Atlas S.A., 1999. ISBN 85-224-2093-9.
JPGRAPH, Aditus Consulting. Disponível em: <http://www.aditus.nu/jpgraph/jpdownload.php>. Acesso em: 08 outubro 2005.
KEELLING, Ralph. Gestão de Projetos - uma abordagem global, São Paulo: Saraiva, 2002. ISBN 85-02-03615-7.
PMI. Introduction to the Project Management Institute (PMI®). 2005. Disponível em <http://www.pmi.org/info/AP_IntroOverview.asp>. Acesso em: 29 maio 2005.