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Farmacoterapia da Farmacoterapia da dor dor Farmacoterapia I Farmacoterapia I Faculdade de Farmácia de Lisboa Faculdade de Farmácia de Lisboa 2009 2009 Manuel Caneira Manuel Caneira

Farmacoterapia da dor Farmacoterapia I Faculdade de Farmácia de Lisboa 2009 Manuel Caneira

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Farmacoterapia da Farmacoterapia da dordorFarmacoterapia IFarmacoterapia IFaculdade de Farmácia de LisboaFaculdade de Farmácia de Lisboa20092009Manuel CaneiraManuel Caneira

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DôrDôr Motivo mais comum de consulta Motivo mais comum de consulta

médicamédica Função dos sistema sensitivo para Função dos sistema sensitivo para

estímulos dolorosos é de detectar, estímulos dolorosos é de detectar, localizar e identificar estímulos localizar e identificar estímulos nocivosnocivos

Permite ao indivíduo desencadear Permite ao indivíduo desencadear medidas apropriadas à situaçãomedidas apropriadas à situação

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DôrDôr Acompanha-se de ansiedadeAcompanha-se de ansiedade Carácter dual: sensação/emoçãoCarácter dual: sensação/emoção Pode acompanhar-se de outros Pode acompanhar-se de outros

sinais ou sintomassinais ou sintomas– Aumento da pressão arterialAumento da pressão arterial– MidríaseMidríase– Aumento da frequência cardíacaAumento da frequência cardíaca– Contractura muscular, etcContractura muscular, etc

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DôrDôrNocicepçãoNocicepção Nervo periférico Nervo periférico

– Neurónios sensoriais primários Neurónios sensoriais primários aferentesaferentes

– Neurónios motoresNeurónios motores– Neurónios pós-ganglionares simpáticosNeurónios pós-ganglionares simpáticos

Corpos celulares de células Corpos celulares de células aferentes localizadas nos gânglios aferentes localizadas nos gânglios dorsaisdorsais

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DôrDôrNocicepçãoNocicepção Axónios de neurónios aferentes bifurcam-Axónios de neurónios aferentes bifurcam-

sese– Terminação para medulaTerminação para medula– Terminação periféricaTerminação periférica

Fibras aferentes classificadas de acordo Fibras aferentes classificadas de acordo com diâmetro, mielinização e velocidade com diâmetro, mielinização e velocidade de conduçãode condução

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DôrDôrNocicepçãoNocicepção

Fibras A-betaFibras A-beta– Maior diâmetroMaior diâmetro– Respondem ao toque suave e/ou Respondem ao toque suave e/ou

movimentomovimento– Nervos que inervam a peleNervos que inervam a pele– Habitualmente não produzem dôrHabitualmente não produzem dôr

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DôrDôrNocicepçãoNocicepção

Fibras A-delta Fibras A-delta ((pequenas e pequenas e mielinizadas)mielinizadas) Fibras C Fibras C (pequenas e não (pequenas e não mielinizadas)mielinizadas)– Nervos cutâneosNervos cutâneos– Habitualmente respondem com Habitualmente respondem com

intensidade máxima a estímulos intensidade máxima a estímulos dolorososdolorosos

Nociceptores primários aferentesNociceptores primários aferentes

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DôrDôrNocicepçãoNocicepção

A percepção de estímulos A percepção de estímulos dolorosos é abolida com o dolorosos é abolida com o bloqueio de fibras A-delta e Cbloqueio de fibras A-delta e C

Maioria dos nociceptores Maioria dos nociceptores responde a estímulos mecânicos responde a estímulos mecânicos intensos (p.e. bliscadura), ao intensos (p.e. bliscadura), ao calor e químicos irritantescalor e químicos irritantes

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DôrDôrSensibilizaçãoSensibilização Estímulos intensos, repetidos ou Estímulos intensos, repetidos ou

prolongados na presença de prolongados na presença de inflamação ou lesão tecidual inflamação ou lesão tecidual – Baixam limiar de excitaçãoBaixam limiar de excitação– Aumentam resposta de nociceptoresAumentam resposta de nociceptores

BradicininaBradicininaProstaglandinasProstaglandinas SensibilizaçãoSensibilizaçãoLeucotrienosLeucotrienos

Page 10: Farmacoterapia da dor Farmacoterapia I Faculdade de Farmácia de Lisboa 2009 Manuel Caneira

DôrDôrSensibilizaçãoSensibilização Nos tecidos sensibilizados estímulos Nos tecidos sensibilizados estímulos

inócuos podem produzir dôrinócuos podem produzir dôr– HiperalgesiaHiperalgesia– p.e. queimadura solarp.e. queimadura solar

Estruturas habitualmente indolores Estruturas habitualmente indolores (p.e. articulações, vísceras) tornam-se (p.e. articulações, vísceras) tornam-se excessivamente sensíveis às forças excessivamente sensíveis às forças mecânicasmecânicas

Nociceptores silenciososNociceptores silenciosos

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DôrDôrSensibilizaçãoSensibilização

Activação directaActivação directa– Pressão localizada (p.e.) conduz à Pressão localizada (p.e.) conduz à

lesão celular comlesão celular com libertação de Klibertação de K++ celular celular síntese de PGs, bradicinina e outros síntese de PGs, bradicinina e outros

mediadores da dôrmediadores da dôr Podem ser responsáveis pela Podem ser responsáveis pela

persistência da dôr após supressão do persistência da dôr após supressão do estímuloestímulo

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DôrDôrSensibilizaçãoSensibilização

Page 13: Farmacoterapia da dor Farmacoterapia I Faculdade de Farmácia de Lisboa 2009 Manuel Caneira

DôrDôrSensibilizaçãoSensibilização A maioria dos nociceptores tem função A maioria dos nociceptores tem função

neuroefectoraneuroefectora– Contêm mediadores polipeptídicos que Contêm mediadores polipeptídicos que

libertam dos terminais quando são libertam dos terminais quando são estimuladosestimulados

p.e. Substância Pp.e. Substância P– VasodilatadorVasodilatador– Desgranulante de mastocitosDesgranulante de mastocitos– Quimiotático para leucocitosQuimiotático para leucocitos– Aumenta produção e libertação de mediadores Aumenta produção e libertação de mediadores

inflamatóriosinflamatórios

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DôrDôrSensibilizaçãoSensibilização

Activação secundáriaActivação secundária– Impulsos gerados produzem, a nível Impulsos gerados produzem, a nível

local, libertação de péptidos (p.e. local, libertação de péptidos (p.e. substância P)substância P) Vasodilatação e edema neurogénicoVasodilatação e edema neurogénico Libertação de histamina (mastocitos) e Libertação de histamina (mastocitos) e

serotonina (plaquetas)serotonina (plaquetas)

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DôrDôrSensibilizaçãoSensibilização

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DôrDôrVias ascendentesVias ascendentes Neurónio periféricoNeurónio periférico Raíz medular posteriorRaíz medular posterior Massa cinzenta de corno posterior da medulaMassa cinzenta de corno posterior da medula Corno anterior contralateralCorno anterior contralateral Feixe espinotalâmico+espinoreticulotalâmicoFeixe espinotalâmico+espinoreticulotalâmico

Interrupção leva a perda definitiva de Interrupção leva a perda definitiva de sensibilidade dolorosa e temperaturasensibilidade dolorosa e temperatura

TálamoTálamo Córtex cerebral somato-sensorial e emocional Córtex cerebral somato-sensorial e emocional

(lobo frontal)(lobo frontal)

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DôrDôrVias ascendentesVias ascendentes

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DôrDôrDôr referidaDôr referida

Cada neurónio espinal (corno Cada neurónio espinal (corno posterior da medula) recebe posterior da medula) recebe aferências de numerosos aferências de numerosos neuróniosneurónios– Convergência de estímulos gera dôr Convergência de estímulos gera dôr

referida (p.e. diafragma referida (p.e. diafragma central/ombro)central/ombro)

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DôrDôrModulação endógena da dôrModulação endógena da dôr Indivíduos diferentes reagem de forma Indivíduos diferentes reagem de forma

diferente a estímulos semelhantesdiferente a estímulos semelhantes– Por vezes fenómenos de antecipaçãoPor vezes fenómenos de antecipação

Resposta varia no mesmo indivíduo Resposta varia no mesmo indivíduo em diferentes períodosem diferentes períodos

Evidência de substâncias endógenas Evidência de substâncias endógenas com capacidade de modulação da dôr com capacidade de modulação da dôr através de via descendenteatravés de via descendente

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DôrDôrModulação endógena da dôrModulação endógena da dôr

Substâncias envolvidasSubstâncias envolvidas– Encefalinas, beta-endorfinaEncefalinas, beta-endorfina

Actuam em receptores opioidesActuam em receptores opioides– Receptor Receptor principal local de acção dos principal local de acção dos

morfinomiméticosmorfinomiméticos– Receptores Receptores e k e k

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DôrDôrModulação endógena da dôrModulação endógena da dôr

Via descendenteVia descendente– Cortex frontalCortex frontal– HipotálamoHipotálamo– Mesencéfalo (substância periaquedutal)Mesencéfalo (substância periaquedutal)

Projecção directa no corno posterior da Projecção directa no corno posterior da medula ou através de sinapses medula ou através de sinapses intermediárias. Vias noradrenégicas ou intermediárias. Vias noradrenégicas ou serotoninérgicas que podem ser activadas serotoninérgicas que podem ser activadas por met-encefalinapor met-encefalina

– Medula espinalMedula espinal

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DôrDôrModulação endógena da dôrModulação endógena da dôr

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DôrDôrModulação endógena da dôrModulação endógena da dôr

Dôr prolongada ou medo são Dôr prolongada ou medo são estímulos importantes para estímulos importantes para actuação de opióides endógenosactuação de opióides endógenos

Modulação é bidireccionalModulação é bidireccional– Analgesia ou aumento da dôrAnalgesia ou aumento da dôr

Percepção da dôr pode existir na Percepção da dôr pode existir na ausência de estímulo (sugestão)ausência de estímulo (sugestão)

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DôrDôrNeuropáticaNeuropática Lesões do sistema nervoso periféricoLesões do sistema nervoso periférico

Trauma, neuropatia diabética, herpes zosterTrauma, neuropatia diabética, herpes zoster Raramente por lesão do SNC (p.e. tálamo)Raramente por lesão do SNC (p.e. tálamo)

Dôr pouco usualDôr pouco usual Sensação de queimadura, choque eléctricoSensação de queimadura, choque eléctrico

Associa-se a déficite sensorial Associa-se a déficite sensorial correspondentecorrespondente

Terminações nervosas lesadas tornam-Terminações nervosas lesadas tornam-se muito sensíveisse muito sensíveis

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DôrDôrNeuropáticaNeuropática

Dôr somática Dôr neuropática 1. Estímulo nociceptivo normalmente evidente

1. Sem estímulo nociceptivo evidente

2. Dôr normalmente bem localizada. Dôr visceral pode ser referida

2. Dôr frequentemente mal localizada

3. Dôr semelhante a outras somáticas experimentadas

3. Dôr de carácter invulgar, diferente da dôr somática

4. Alívio com anti-inflamatórios e analgésicos narcóticos

5. Apenas parcialmente aliviada com analgésicos narcóticos

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DôrDôrTratamentoTratamento

Remoção da causa é o Remoção da causa é o tratamento idealtratamento ideal

Tratamento sintomático é Tratamento sintomático é frequentefrequente– Durante investigação diagnósticaDurante investigação diagnóstica– Causa intratávelCausa intratável– Durante remissão da causaDurante remissão da causa

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DôrDôrAINEsAINEs Particularmente úteis na dôr de Particularmente úteis na dôr de

origem musculo-esquelética e origem musculo-esquelética e cefaleias moderadascefaleias moderadas

Actuam, na sua maioria, por Actuam, na sua maioria, por inibição da síntese de PGsinibição da síntese de PGs

Problema limitante mais comum: Problema limitante mais comum: efeitos gástricosefeitos gástricos

Muitos disponíveis sem prescriçãoMuitos disponíveis sem prescrição

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AINEsAINEs Grupo heterogénioGrupo heterogénio Diversos grupos não Diversos grupos não

quimicamente relacionadosquimicamente relacionados Maioria são ácidos orgânicosMaioria são ácidos orgânicos Protótipo: AspirinaProtótipo: Aspirina

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AINEs - HistóriaAINEs - História As propriedades medicinais da casca de As propriedades medicinais da casca de

salgueiro são reconhecidas há séculossalgueiro são reconhecidas há séculos Em meados do século XVIII o reverendo Em meados do século XVIII o reverendo

Edmund Stone dirige carta à Royal Edmund Stone dirige carta à Royal Society referindo o sucesso da casca de Society referindo o sucesso da casca de salgueiro no tratamento de febresalgueiro no tratamento de febre

Componente activo, um glicósido Componente activo, um glicósido denominado salicina, foi isolado em denominado salicina, foi isolado em 1829 (Leroux) 1829 (Leroux)

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AINEs - HistóriaAINEs - História Hoffman, um químico empregado da Hoffman, um químico empregado da

Bayer, produz ácido acetilsalicílicoBayer, produz ácido acetilsalicílico Após demonstração das Após demonstração das

propriedades anti-inflamatórias foi propriedades anti-inflamatórias foi introduzido na medicina em 1899 introduzido na medicina em 1899 por Dreser sob o nome de aspirinapor Dreser sob o nome de aspirina

Pensa-se que o nome derive de Pensa-se que o nome derive de SpiraeaSpiraea, , uma planta de onde o ácido salicílico teria uma planta de onde o ácido salicílico teria sido uma vez preparadosido uma vez preparado

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AINEsAINEsEfeitos terapêuticosEfeitos terapêuticos DôrDôr

– Baixa ou moderada intensidadeBaixa ou moderada intensidade– Ausência de efeitos depressores do SNCAusência de efeitos depressores do SNC– Ausência de dependência físicaAusência de dependência física– Não alteram outras percepções para Não alteram outras percepções para

além da dôralém da dôr– Dôr pós-operatória inflamatória pode ser Dôr pós-operatória inflamatória pode ser

particularmente bem controladaparticularmente bem controlada– Dôr visceral mal aliviadaDôr visceral mal aliviada

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AINEsAINEsEfeitos colateraisEfeitos colaterais Ulceração e intolerância Ulceração e intolerância

gastrointestinalgastrointestinal Bloqueio da agregação plaquetáriaBloqueio da agregação plaquetária Inibição da motilidade uterinaInibição da motilidade uterina Inibição da função renal mediada Inibição da função renal mediada

por PGspor PGs Reacções de hipersensibilidadeReacções de hipersensibilidade

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AINEsAINEsEfeitos colateraisEfeitos colaterais Ulceração gástrica e intestinalUlceração gástrica e intestinal

– Perda sanguínea - anemiaPerda sanguínea - anemia– Administração crónica aumenta Administração crónica aumenta

risco (3x)risco (3x)– Variação entre os diferentes AINEsVariação entre os diferentes AINEs

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AINEsAINEsEfeitos colateraisEfeitos colaterais Ulceração gástrica e intestinalUlceração gástrica e intestinal

– Irritação localIrritação local Administração oralAdministração oral

– Inibição da síntese de PGs (PGIInibição da síntese de PGs (PGI22 e e PGEPGE22) citoprotectoras) citoprotectoras Inibem secreção ácidaInibem secreção ácida Aumentam fluxo sanguíneo localAumentam fluxo sanguíneo local Promovem secreção de mucoPromovem secreção de muco

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AINEsAINEsEfeitos colateraisEfeitos colaterais Ulceração gástrica e intestinalUlceração gástrica e intestinal

– Todos os AINEs excepto derivados Todos os AINEs excepto derivados do para-aminofenoldo para-aminofenol

– PGEPGE11 (misoprostol) com AINEs (misoprostol) com AINEs minimiza efeitominimiza efeito

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AINEsAINEsEfeitos colateraisEfeitos colaterais Bloqueio da agregação Bloqueio da agregação

plaquetáriaplaquetária– Por prevenção da formação de Por prevenção da formação de

tromboxano Atromboxano A22 (TXA (TXA22) ) – TXATXA22 é um potente agregante é um potente agregante

plaquetárioplaquetário– Aspirina particularmente efectiva Aspirina particularmente efectiva

por inibição irreversível da COXpor inibição irreversível da COX

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AINEsAINEsEfeitos colateraisEfeitos colaterais Inibição da motilidade uterinaInibição da motilidade uterina

– PGs da série E e F são uterotrópicasPGs da série E e F são uterotrópicas Aumentam horas antes do partoAumentam horas antes do parto Papel major no início e progressão do Papel major no início e progressão do

trabalho de partotrabalho de parto– Os AINEs já foram utilizados como Os AINEs já foram utilizados como

tocolíticos na ameaça de parto pré-tocolíticos na ameaça de parto pré-termotermo

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AINEsAINEsEfeitos colateraisEfeitos colaterais Inibição da função renal dependente das PGsInibição da função renal dependente das PGs

– AINEs com pouca interferência em indivíduos AINEs com pouca interferência em indivíduos normaisnormais

– Causam diminuição de filtração glomerular Causam diminuição de filtração glomerular quando esta é mais dependente das PGsquando esta é mais dependente das PGs

Insuficiência cardíaca congestivaInsuficiência cardíaca congestiva Cirrose hepática com asciteCirrose hepática com ascite Insuficiência renal crónica (IRC)Insuficiência renal crónica (IRC) HipovolémiaHipovolémia

Podem precipitar IR agudaPodem precipitar IR aguda

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AINEsAINEsEfeitos colateraisEfeitos colaterais Outros efeitos renaisOutros efeitos renais

– Retenção de sódio e águaRetenção de sódio e água Edema em alguns doentesEdema em alguns doentes Redução de eficácia de anti-hipertensoresRedução de eficácia de anti-hipertensores

– Hipercaliémia (K+) por aumento de Hipercaliémia (K+) por aumento de reabsorção de potássioreabsorção de potássio Por diminuição de Na+ a nível tubular distalPor diminuição de Na+ a nível tubular distal Por diminuição da produção de renina induzida Por diminuição da produção de renina induzida

pelas PGspelas PGs– Nefrite intersticial (raro)Nefrite intersticial (raro)

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AINEsAINEsEfeitos colateraisEfeitos colaterais Reacções de hipersensibilidadeReacções de hipersensibilidade

– Rinite vasomotora, pólipos nasaisRinite vasomotora, pólipos nasais– Edema angioneuróticoEdema angioneurótico– UrticáriaUrticária– BroncoconstriçãoBroncoconstrição– Edema laríngeoEdema laríngeo– ChoqueChoque

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AINEsAINEsEfeitos colateraisEfeitos colaterais Reacções de hipersensibilidadeReacções de hipersensibilidade

– Raro na criançaRaro na criança– Mais frequente nos adultos de meia Mais frequente nos adultos de meia

idadeidade– Hipersensibilidade cruzada existeHipersensibilidade cruzada existe

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AINEsAINEsEfeitos colateraisEfeitos colaterais Reacções de hipersensibilidadeReacções de hipersensibilidade

– Devido a derivação do ácido Devido a derivação do ácido araquidónico para a via das lipo-araquidónico para a via das lipo-oxigenases (leucotrienos)?oxigenases (leucotrienos)?

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AINEsAINEsSelecçãoSelecção Largamente empíricaLargamente empírica Grande variabilidade de resposta Grande variabilidade de resposta

individualindividual Em doenças inflamatórias Em doenças inflamatórias

crónicas (p.e. artrite reumatóide) crónicas (p.e. artrite reumatóide) devem ser prescritas doses devem ser prescritas doses baixas inicialmentebaixas inicialmente

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AINEsAINEsSelecçãoSelecção Evitar administração combinada de Evitar administração combinada de

AINEs (efeitos adversos aditivos)AINEs (efeitos adversos aditivos) Nas crianças utilizar apenas fármacos Nas crianças utilizar apenas fármacos

amplamente testados neste grupoamplamente testados neste grupo Não são recomendados na gravidezNão são recomendados na gravidez

– Paracetamol provavelmente o mais Paracetamol provavelmente o mais seguroseguro

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AINEsAINEsSelecçãoSelecção Prever interações com outros Prever interações com outros

fármacosfármacos– Varfarina: potenciam por ligação à Varfarina: potenciam por ligação à

albumina e por acção directa nas albumina e por acção directa nas plaquetasplaquetas

– Ligação à albumina (salicilatos, Ligação à albumina (salicilatos, fenilbutazona)fenilbutazona)

CustoCusto– Terapêutica a longo prazoTerapêutica a longo prazo

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AINEsAINEsParacetamolParacetamol

NHCOCH3

Acetanilida OH

NHCOCH3

NH3

OC2H5

NH2 NHCOCH3

O R

COOCH3

OH

OC2H5

Acetaminofeno Fenacetina

Anilina Acetaminofeno conjugado Para-fenetidina

Metabolitos formadores de metahemoglobina e outros

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AINEsAINEsParacetamolParacetamol Acetaminofeno, N-acetil-p-aminofenolAcetaminofeno, N-acetil-p-aminofenol Derivado do para-aminofenolDerivado do para-aminofenol Alternativa à aspirina como antipirético e Alternativa à aspirina como antipirético e

analgésico (não difere significativamente)analgésico (não difere significativamente) Actividade anti-inflamatória pouco intensaActividade anti-inflamatória pouco intensa Bem toleradoBem tolerado

– Muito menos efeitos adversos que aspirina e Muito menos efeitos adversos que aspirina e maioria dos AINEs maioria dos AINEs (plaquetas, gástricos, acidose)(plaquetas, gástricos, acidose)

Toxicidade hepática pode ser fatalToxicidade hepática pode ser fatal

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AINEsAINEsParacetamolParacetamol Baixa capacidade anti-inflamatória Baixa capacidade anti-inflamatória

não completamente esclarecidanão completamente esclarecida– Fraco inibidor da COX na presença de Fraco inibidor da COX na presença de

altas concentrações de peróxidos altas concentrações de peróxidos encontrados nos tecidos inflamatórios encontrados nos tecidos inflamatórios ??

– Não inibe activação de neutrófilos Não inibe activação de neutrófilos como outros AINEscomo outros AINEs

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AINEsAINEsParacetamolParacetamol Uma pequena porção é hidroxilada a nível Uma pequena porção é hidroxilada a nível

hepático dando origem a composto muito hepático dando origem a composto muito reactivo que reage com grupos sulfidril de reactivo que reage com grupos sulfidril de glutatiãoglutatião

Grandes doses causam depleção de glutatião Grandes doses causam depleção de glutatião reduzidoreduzido

Na ausência de glutatião o metabolito liga-se a Na ausência de glutatião o metabolito liga-se a grupos sulfidril proteicos com necrose hepáticagrupos sulfidril proteicos com necrose hepática

Efeito contrariado por administração de N-Efeito contrariado por administração de N-acetilcisteína (oral, e.v.)acetilcisteína (oral, e.v.)

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AINEsAINEsParacetamolParacetamol Utilizações terapêuticasUtilizações terapêuticas

– Antipirético, analgésicoAntipirético, analgésico– Situações em que aspirina está Situações em que aspirina está

contraindicadacontraindicada Efeitos tóxicosEfeitos tóxicos

– HepatotoxicidadeHepatotoxicidade– HipersensibilidadeHipersensibilidade– Neutropénias hematológicasNeutropénias hematológicas

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DôrDôrOpioidesOpioides

São os agentes mais potentes no São os agentes mais potentes no alívio da dôralívio da dôr– Morfina, diamorfina (heroína), codeína, Morfina, diamorfina (heroína), codeína,

levorfanol, meperidina (petidina), fentanil…levorfanol, meperidina (petidina), fentanil… Depressores respiratóriosDepressores respiratórios

– Reverssível com naloxonaReverssível com naloxona Dependência físicaDependência física Prurido, obstipação, náuseas, vómitosPrurido, obstipação, náuseas, vómitos

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DôrDôrOpioidesOpioides

Erro mais comum: sub-terapêuticaErro mais comum: sub-terapêutica Possibilidade de auto-administraçãoPossibilidade de auto-administração

Aparelho libertador de dose pré-estabelecidaAparelho libertador de dose pré-estabelecida Limite de dose máximaLimite de dose máxima

Administração Administração Oral Oral EndovenosaEndovenosa Intratecal, epidural (menos efeitos acessórios)Intratecal, epidural (menos efeitos acessórios) Intranasal (p.e. butorfanol)Intranasal (p.e. butorfanol) RectalRectal Transdérmico (fentanil)Transdérmico (fentanil)

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DôrDôrOpioides e Inibidores da ciclo-Opioides e Inibidores da ciclo-oxigenaseoxigenase Podem ter efeitos aditivosPodem ter efeitos aditivos

– Mecanismos de acção distintosMecanismos de acção distintos Permitem baixar dose de cada Permitem baixar dose de cada

grupogrupo– Sem efeitos secundários aditivosSem efeitos secundários aditivos

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DôrDôrOpioides e Inibidores da ciclo-Opioides e Inibidores da ciclo-oxigenaseoxigenase

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DôrDôrCrónicaCrónica

AvaliaçãoAvaliação– Causa conhecida e intratávelCausa conhecida e intratável

Artrite, neoplasia, neuropatia diabéticaArtrite, neoplasia, neuropatia diabética– Dôr persistente após tratamento da Dôr persistente após tratamento da

causacausa Lesão de nervo sensorial, distúrbio Lesão de nervo sensorial, distúrbio

simpáticosimpático– Perturbações psicológicas Perturbações psicológicas

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DôrDôrCrónica -TratamentoCrónica -Tratamento Estabelecer objectivos definidosEstabelecer objectivos definidos

– Retomar actividade profissional?Retomar actividade profissional?– Dormir?Dormir?– Passear?Passear?

Abordagem multidisciplinarAbordagem multidisciplinar MedicaçãoMedicação PsicoterapiaPsicoterapia FisioterapiaFisioterapia Bloqueio nervosoBloqueio nervoso CirurgiaCirurgia

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DôrDôrCrónica -TratamentoCrónica -Tratamento Antidepressivos tricíclicosAntidepressivos tricíclicos

– Muito úteis nestes doentesMuito úteis nestes doentes– Produzem analgesia por mecanismo Produzem analgesia por mecanismo

desconhecido desconhecido Doses mais baixas que as usadas como Doses mais baixas que as usadas como

antidepressivasantidepressivas Alívio também verificado em doentes não Alívio também verificado em doentes não

deprimidosdeprimidos Alguma evidência de potenciação de Alguma evidência de potenciação de

opiodesopiodes

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DôrDôrCrónica -TratamentoCrónica -Tratamento

Antidepressivos tricíclicosAntidepressivos tricíclicos– Utilidade na dôr de diversas etilogiasUtilidade na dôr de diversas etilogias

Neoplasias (adjunto de opioides)Neoplasias (adjunto de opioides) Dôr neuropática (diabetes, herpes)Dôr neuropática (diabetes, herpes) Artrite reumatóide (alívio mas não Artrite reumatóide (alívio mas não

analgesia)analgesia)

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DôrDôrCrónica -TratamentoCrónica -Tratamento

Anticonvulsivos, antiarrítmicos e Anticonvulsivos, antiarrítmicos e outrosoutros– Na dôr neuropáticaNa dôr neuropática

Fenitoína, carbamazepina, lidocaína, Fenitoína, carbamazepina, lidocaína, mexiletinamexiletina

GabapentinaGabapentina– Mecanismo de acção exacto desconhecidoMecanismo de acção exacto desconhecido– Estruturalmente relacionado com o GABA Estruturalmente relacionado com o GABA

(ácido gama-aminobutírico)(ácido gama-aminobutírico)

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DôrDôrCrónica -TratamentoCrónica -Tratamento Medicação opioide crónicaMedicação opioide crónica

– Aceite para patologia malignaAceite para patologia maligna– Controverso noutra patologiaControverso noutra patologia– Única opção possível em muitos Única opção possível em muitos

doentesdoentes– Ocorre dependência a longo prazoOcorre dependência a longo prazo– Preparações de longa duraçãoPreparações de longa duração

Levorfanol, metadona, morfina de Levorfanol, metadona, morfina de libertação lentalibertação lenta

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Indicações passíveis Indicações passíveis de automedicaçãode automedicação Odontalgias Odontalgias Estomatites (excluindo graves) e Estomatites (excluindo graves) e

gengivitesgengivites Odinofagia, faringite (excluindo Odinofagia, faringite (excluindo

amigdalite)amigdalite) Hemorróidas (diagnóstico confirmado)Hemorróidas (diagnóstico confirmado) Anestesia tópica em mucosas e pele Anestesia tópica em mucosas e pele

nomeadamente mucosa oral e rectalnomeadamente mucosa oral e rectal

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Indicações passíveis Indicações passíveis de automedicaçãode automedicação Sintomatologia associada a Sintomatologia associada a

estados gripais e constipaçõesestados gripais e constipações Cefaleias ligeiras a moderadasCefaleias ligeiras a moderadas Enxaqueca com diagnóstico Enxaqueca com diagnóstico

médico prévio médico prévio

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Indicações passíveis Indicações passíveis de automedicaçãode automedicação Dores musculares ligeiras a moderadasDores musculares ligeiras a moderadas ContusõesContusões Dores pós-traumáticas Dores pós-traumáticas Dores reumatismais ligeiras moderadas Dores reumatismais ligeiras moderadas

(osteartrose/osteoartrite)(osteartrose/osteoartrite) Dores articulares ligeiras a moderadasDores articulares ligeiras a moderadas Tratamento tópico de sinovites, artrites Tratamento tópico de sinovites, artrites

(não infecciosa), bursites, tendinites(não infecciosa), bursites, tendinites Inflamação moderada de origem músculo-Inflamação moderada de origem músculo-

esquelética nomeadamente pós-traumática esquelética nomeadamente pós-traumática ou de origem reumáticaou de origem reumática

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Indicações passíveis Indicações passíveis de automedicaçãode automedicação Dismenorreia primária Dismenorreia primária

Page 65: Farmacoterapia da dor Farmacoterapia I Faculdade de Farmácia de Lisboa 2009 Manuel Caneira

MNSRM - DorMNSRM - Dor Bufexamac Bufexamac (topical) (topical) Diclofenac (Diclofenac (topical) topical) Etofenamate Etofenamate (topical) (topical) Flurbiprofen Flurbiprofen (oral topical) (oral topical) Ibuprofen Ibuprofen (topical) (topical) Indomethacin Indomethacin (topical)(topical) Ketoprofen Ketoprofen (topical)(topical) Niflumic acid Niflumic acid (topical) (topical) Piroxicam Piroxicam (topical)(topical)    

Page 66: Farmacoterapia da dor Farmacoterapia I Faculdade de Farmácia de Lisboa 2009 Manuel Caneira

MNSRM - DorMNSRM - Dor Acetylsalicylic acid Acetylsalicylic acid Benzydamine Benzydamine CodeineCodeine Dihydrocodeine Dihydrocodeine Glucosamine Glucosamine IbuprofenIbuprofen NaproxenNaproxen Paracetamol Paracetamol

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MNSRM - DorMNSRM - Dor LOCAL ANAESTHETICS LOCAL ANAESTHETICS

(tópicos)(tópicos)– Benzocaine Benzocaine   – Cinchocaine Cinchocaine   – Lidocaine Lidocaine   – Oxetacaine Oxetacaine   – Oxybuprocaine Oxybuprocaine   – Prilocaine Prilocaine