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Faculdade de Letras da Universidade do Porto Departamento de Geografia Mestrado em Sistemas de Informação Geográfica e Ordenamento do Território Relatório do Projecto Final CONSTRUÇÃO DE UMA GEODATABASE Docente: Professor Doutor António Costa Discente: Diana Marlene Magalhães Silva, Licenciada em Geografia Unidade Curricular: Aquisição e Edição de Dados Geográficos Porto, 22 de Dezembro de 2013

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Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Departamento de Geografia

Mestrado em Sistemas de Informação Geográfica e Ordenamento do Território

Relatório do Projecto Final

CONSTRUÇÃO DE UMA

GEODATABASE

Docente: Professor Doutor António Costa

Discente: Diana Marlene Magalhães Silva, Licenciada em Geografia

Unidade Curricular: Aquisição e Edição de Dados Geográficos

Porto, 22 de Dezembro de 2013

Construção de uma Geodatabase

Aquisição e Edição de Dados Geográficos – Mestrado em SIG e OT Página 2

ÍNDICE GERAL

Resumo.…………………………………………………………………………………………..3

1. Introdução………………………………………………………………………………..3

2. Metodologia……………………………………………………………………………...4

3. Enquadramento Teórico…………………………………………………………………5

3.1 Conceito de Geodatabase………………………………………………………………5

4. Descrição das Opções Metodológicas…………………………………………………...5

4.1 Criação de uma Geodatabase…………………………………………………………..6

4.2 Vectorização Manual………………………………………………………………….11

4.3 Modelo Topológico…………………………………………………………………...12

4.4 Metadados………………………………………………………….............................13

4.5 Representação Cartográfica………………………………………...............................14

5. Conclusão………………………………………………………………………………15

6. Referências……………………………………………………………………………..16

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Hierarquização de Dados Geográficos na Geodatabase no

ArCatalog……………………………………………………………………………………….11

Figura 2 – Vectorização da Área Delimitada…………………………………………………..12

Figura 3 – Representação Cartográfica Final do Uso do Solo numa Área Delimitada do

Concelho de Carrazeda de Ansiães……………………………………………………………..14

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Breve Descrição das Cinco Features Datasets Produzidas…………………………..7

Tabela 2 – Breve Descrição dos Dados Geográficos das Features Class de cada Feature

Dataset……………………………………………………………………………………………8

Tabela 3 – Regras do Modelo Topológico……………………………………………………..13

Resumo

Construção de uma Geodatabase

Aquisição e Edição de Dados Geográficos – Mestrado em SIG e OT Página 3

O actual relatório expressa aquilo que é a Cartografia, como ciência que permite a “Habilidade singular

para a criação e manipulação de representações, visuais ou virtuais, do espaço geográfico - mapas –

permitindo a exploração, análise e compreensão e comunicação da informação acerca desse espaço”

(adaptado por FERNANDES, Mário Gonçalves, 2008. p.16). Assim as representações cartográficas, ou

seja, os mapas tem várias finalidades, dependendo da pessoa que o está a elaborar. A aquisição e edição

de dados podem ser diferenciadas através de dois grupos, segundo a origem destes: métodos primários

(elevado nível de rigor e precisão, mas dispendiosos e morosos) e métodos secundários (não apresentam

tão forte nível de rigor e detalhe). Para a realização deste trabalho que teve como principal finalidade a

construção de uma Geodatabase, utilizou-se um método de aquisição e edição de dados secundário, ou

seja, a vectorização manual, conjugado com um método primário a fotointerpretação. Sabendo-se que a

vectorização manual é um processo muito demorado e dispendioso e além disso nem sempre é efectuado

com a melhor qualidade criou-se um modelo topológico usado para garantir a integridade dos dados e

assegurar a execução de algumas operações espaciais.

Palavras-chave: Cartografia, Geodatabase, Vectorização Manual, Modelo Topológico

1. INTRODUÇÃO

O presente relatório enquadra-se no Âmbito da unidade curricular de Aquisição e Edição de

Dados Geográficos, leccionado no 1º ano do curso de Mestrado em Sistemas de Informação

Geográfica e Ordenamento do território proporcionado pela Faculdade de Letras da

Universidade do Porto, sendo-nos solicitado pelo docente a sua elaboração a nível individual.

A temática deste relatório consiste na construção de uma Geodatabase no ArCatalog (ArcGis)

de uma área pré-delimitada representada através de uma ortofotomapa. O caso de estudo incide

na área delimitada das freguesias de Belver, Carrazeda de Ansiães, Fonte Longa, Marzagão e

Selores, do concelho de Carrazeda de Ansiães, distrito de Bragança.

O trabalho irá ser constituído por duas partes principais: uma primeira de carácter mais teórico e

uma segunda que irá recair especificadamente sobre a descrição de todos os procedimentos

metodológicos do projecto. Assim, a primeira parte intitular-se-á “Enquadramento Teórico”

composto por apenas um capítulo designado “Conceito de Geodatabase”, onde numa primeira

fase fazerei uma abordagem á definição do conceito de Geodatabase, bem como as vantagens da

sua concepção. A segunda parte denominar-se-á de “Descrição das opções metodológicas” do

projecto, onde referirei todos os procedimentos até chegar ao produto final, sendo dividida em

cinco capítulos: “ Criação de uma Geodatabase” (mencionarei as metodologias utilizadas para a

concepção de uma Geodatabase, ou seja, armazenamento dos dados, assim como os critérios de

escolha/preferência das Features Dataset e Features Class); “Vectorização Manual” (aqui irei

realizar uma breve introdução ao conceito de vectorização manual e por conseguinte, revelar a

forma como representei a Feature Class do uso do solo e eixos de via na área pré delimitada que

nos foi fornecida pelo docente, ou seja, realizar a edição dos dados); “Modelo Topológico”

Construção de uma Geodatabase

Aquisição e Edição de Dados Geográficos – Mestrado em SIG e OT Página 4

(enunciarei a forma como foi utilizado para testar e validar os erros de vectorização) e “

Representação Cartográfica” (onde estará representado os mapas elaborados num layout final).

No final será apresentada as conclusões e referências bibliográficas e anexos. No decorrer deste

trabalho estarão presentes mapas e tabelas que resumirão a informação de modo a facilitar a

compreensão e interpretação dos leitores.

É necessário revelar que numa perspectiva inicial a principal finalidade deste trabalho é

consolidar os conhecimentos aprendidos nas aulas desta unidade curricular, referentes á parte do

professor António Costa e de seguida pô-los em prática, como permitiu também que adquirisse

conceitos, informação e técnicas até então desconhecidas. No que diz respeito ao trabalho em si,

podemos ter em conta três objectivos primordiais: numa primeira fase, a construção de uma

Geodatabase representada geograficamente através de uma ortofotomapa recorrendo ao

ArCatalog no ArcGis, sendo que no final serão também editados os Metadados; numa segunda

fase, a realização da vectorização manual da ortofotomapa numa área pré delimitada por um

polígono, fornecida pelo docente, onde se vectorize as diferentes classes do uso do solo, aos

eixos de via, cruzamentos e pontos de água e numa terceira fase, a elaboração de um modelo

topológico que permita testar e corrigir os erros de vectorização e validar a informação, assim

como se certifique e confirme a plenitude final dos dados.

Em suma, todo o trabalho de organização dos dados, vectorização e correcção será representada

num layout final em tamanho A3 para um melhor e mais fácil leitura dos resultados.

2. METODOLOGIA

A elaboração deste trabalho centrou-se na cartografia já existente, mas essencialmente no que

nos foi fornecido pelo docente, sendo esta tratada pelos Sistemas de Informação Geográfico,

particularmente no programa ArcGis 10.2 (os três componentes do ArcGis são ArcMap,

ArCatalog e ArcToolbox).

Serão descritas todas as opções metodológicas de todo o processo incluindo as cinco Features

Datasets criadas, onde se recorrerá a limites administrativos, rede geodésica, árvores notáveis,

recursos turísticos e levantamento. De seguida, serão criadas as Features Class para vectorização

do uso do solo, eixos de via, cruzamentos e pontos de água sendo que na shapefile do uso do

solo recorrerei aos domínios de classificação da nomenclatura do Nível I da Corine Land Cover

de 2006 para posteriormente vectorizar manualmente, a partir de uma ortofotomapa e no interior

do limite fornecido, das diferentes classes do uso do solo. Também foi elaborado um gráfico no

Microsoft Excel relativamente á área de ocupação do solo em hectares. Após a vectorização

manual, será elaborado um modelo topológico que corrija e valide a informação e onde serão

escolhidas as regras de validação mais acertadas de modo a assegurar a integridade final dos

dados. Pra finalizar será exposta todas as opções metodológicas da minha representação

cartográfica com um mapa final designado de “ Uso do Solo numa Área Delimitada no

Construção de uma Geodatabase

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Concelho de Carrazeda de Ansiães, Distrito de Bragança, 2013”, em que se procedeu á

execução de sete mapas com a localização espacial e geográfica do caso de estudo.

3. ENQUADRAMENTO TEÓRICO

3.1 Conceito de Geodatabase

Antes de começarmos a descrever quais as opções metodológicas escolhidas no decorrer do

trabalho é necessário perceber do que se trata o conceito Geodatabase.

Uma Geodatabase é uma base de dados onde é possível armazenar/guardar um conjunto de

dados geográficos organizados em Features Dataset, isto é, é uma base de dados relacional que

contém objectos espaciais e não espaciais. A Geodatabase é por si só, um container para

armazenar dados espaciais e de atributos e relacionamentos entre eles. Esta não define apenas o

modo como os dados podem ser armazenados como também propões ao utilizador/usuário

como estes dados podem ser acessados e geridos. Além disso no sistema de Geodatabase é

possível verificar a modelagem de relações espaciais entre dados (por exemplo a topologia),

como já foi referido anteriormente, e as validações dos dados (por exemplo domínios). Assim, o

utilizador pode através de uma Geodatabase conservar os dados num único ficheiro/local de

forma organizada e sistémica, manter a integridade destes e integrá-los com outras bases de

dados além da personalizada pelo utilizador. Este armazenamento e consecutiva organização

dos dados, facilita a gestão de dados, actualiza automaticamente comprimentos, área e

perímetros e suporta redes complexas, topologias, relações entre classes, regras para

manutenção de integridade referencial e topológica entre objectos espaciais. Assim como,

possibilita exportar informação para shapefile; melhorar a organização da informação;

possibilidade de potenciar a rapidez de introdução de dados; capacidade de exportar a base para

dispositivos móveis (como o Arcpad); evita erros na introdução dos dados e obriga o operador a

respeitar os atributos definidos. A Geodatabase é criada/construída no ArCatalog (ArcGis).

4. DESCRIÇÃO DAS OPÇÕES METODOLÓGICAS

A grande finalidade deste trabalho desde o início era a construção de uma Geodatabase com no

mínimo três Features Datasets, cada uma contendo as Features Classes que se acha necessário e

claro, relacionadas com a temática das Features Datasets. Sendo que na Feature Class “Uso

Solo” foi obrigatório a classificação segundo a Nomenclatura Nível I da Corine Land Cover

2006, e por conseguinte a edição da informação realizada dentro da área delimitada a trabalhar.

Antes de avançarmos para a descrição efectiva das opções metodológicas, o primeiro passo

pensado e idealizado foi a elaboração de um mapa com a localização geográfica da área de

estudo (mapa um).

Construção de uma Geodatabase

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4.1 Criação de uma Geodatabase

O projecto teve início pela introdução da informação e dos dados fornecidos pelo docente, ou

seja, a Carta Administrativa e Oficial de Portugal 2012 (CAOP), a shapefile “Limites” e a

ortofotomapa (ficheiro CAD), num projecto ArcGis com o nome “Projecto Final”. Depois de

adicionada a informação o primeiro passo tomado foi verificar se o sistema de projecção de

coordenadas em todos os dados era igual. Neste caso reparei que a informação não possuía o

mesmo sistema de coordenadas, logo foi imprescindível transformar as coordenadas da CAOP

2012 que está originalmente em ETRS 1989 PT-TM06 para Datum 73 Hayford Gauss IPCC, já

que a shapefile “Limites” se encontra neste sistema de projecção. Logo fui ao ArcToolbox -

Data Management Tools – Projections and Transformations- Project, ficando transformada a

CAOP 2012 para o sistema de coordenadas desejado, isto é, Datum 73 Hayford Gauss IPCC. A

ortofotomapa também não possuía nenhum sistema de coordenadas defenido, prontamente fui a

ArcToolbox – Data Management Tools – Projections and Transformations – Define Projection e

escolhemos o mesmo sistema de coordenadas referido em cima. Por conseguinte, todos os dados

geográficos do Atlas do Ambiente (Recursos Turísticos e Árvores Notáveis) e a Rede Geodésica

de Portugal adicionados posteriormente em outros Data Frames teriam de possuir o mesmo

sistema de coordenadas, assim como a construção da Geodatabase no ArCatalog deverá conter o

mesmo sistema de projecção.

Após uma observação á área de estudo, decidi e como era regulamento inevitável do projecto,

criar cinco Features Datasets.

Para criar um Geodatabase fui ao ArCatalog e seleccionei a pasta onde queria construí-la,

cliquei com o botão do lado direito e depois cliquei em New – Personal Geodatabase e dei o

nome de “Geodatabase DianaSilva”. A Personal Geodatabase tem extensão mbd, possui

tamanho máximo de dois GB (gigabytes), pode ser aberto com o ArCatalog (ArcGis) ou o

Microsoft Acess, pode ser lido por múltiplas pessoas ao mesmo tempo, mas editado por apenas

uma e armazena dados vectoriais. Como já referi anteriormente, depois de uma análise

extensiva do trabalho resolvi produzir cinco Features Datasets, cada uma relativa a um tema

definido. Uma Feature Dataset é um conjunto de elementos a serem criados relativos a um

determinado tema (sendo que a Feature Class a ser criada em seguida assumirá,

automaticamente o mesmo sistema de coordenadas). Para criar uma Feature Dataset cliquei com

o botão do lado direito sobre a Personal Geodatabase concebida e depois carreguei em New –

Feature Dataset. Como neste caso produzi cinco Features Datasets dei o nome á primeira de

“Árvores Notáveis”, depois “Levantamento”, “ Limites Administrativos”, “Recursos Turísticos”

e “Rede Geodésica”, como podemos observar pela tabela um.

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Tabela 1 – Breve Descrição das Cinco Features Datasets Produzidas

De seguida toda a informação relativa às Features Datasets “ Árvores Notáveis”, “Limites

Administrativos”, “Recursos Turísticos” e “Rede Geodésica” foi importada como Feature Class,

tendo o seguinte procedimento: carreguei na Feature Dataset onde queria que fosse feita a

importação, cliquei com o botão do lado direito, Import – Feature Class (Multiple) e adicionei

os ficheiros desejados. No que diz respeito á Feature Dataset “Levantamento” foram criadas

quatro Features Class: “Cruzamentos”, Eixos Via”, “Pontos Água” e “Uso Solo”. Uma Feature

Class é uma topologia de elementos a serem criados relativos a um determinado tema (pontos,

linhas e polígonos). Aqui são definidos os atributos da base de dados, assim como o seu

conteúdo. Para criar um Feature Class cliquei com o botão do lado direito sobre a Feature

Dataset “Levantamento” e depois carreguei em New – Feature Class. Dei o nome a cada uma e

escolhi somente polígonos (uso solo), linhas (eixos via) e pontos (cruzamentos e pontos água),

cliquei em Seguinte e depois Finish. Todas estas quatro Features Class foram criadas para

vectorização da área delimitada. Depois de criada a Feature Class “Uso Solo” cliquei com o

botão do lado direito em Properties carreguei e defini os campos (Fields) neste caso “Nível” em

tipo texto e “Área“ em tipo double. Para o campo “Nível” foi necessário definir os seus

domínios novamente em Properties da Feature Class “Uso Solo”, Subtypes – Domains, que

neste caso para determinar qual o nível de uso do solo na área de estudo de acordo com a

Nomenclatura Nível I Corine Land Cover 2006: 1 – territórios artificializados; 2 – áreas

agrícolas e agro florestais; 3- florestas e meios naturais e semi naturais; 4- zonas húmidas e 5-

corpos de água. De sublinhar que neste projecto as zonas húmidas não foram referenciadas,

devido á sua inexistência. Ainda relacionado com a Feature Class “Uso Solo”, nas Properties

Personal Geodatabase Features Datasets Breve Descrição

“Geodatabase_DianaSilva”

“Árvores_Notáveis”

Engloba informação geográfica em

formato vectorial (shapefile),

relacionado com o ambiente

protegido.

“Levantamento”

Conserva toda a informação

geográfica em formato vectorial

(shapefile) relativamente ás classes

do solo, eixos de via, pontos de

água e cruzamentos.

“Limites_Administrativos”

Abarca todos os dados geográficos

relativamente á área de estudo

fornecida pelo docente.

“ Recursos_Turísticos”

Engloba informação geográfica em

formato vectorial (shapefile) ligada

com o ambiente humano.

“Rede_Geodésica”

Possui dados geográficos em

formato vectorial (shapefile) de

todos os marcos geodésicos do

continente português.

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dos Domains dei o nome de “nível 1” e na Descripton “nível 1 clc” com tipo texto. Fui

novamente a Properties – Fields e relacionei cada campo (Field) com o seu domínio (cliquei no

Field Name “nível” e liguei com “nível “). O mesmo procedimento foi idealizado para as

Features Class “Eixos via” e “Pontos Água”. Sendo que nos “Eixos via” os domínios (Domains)

escolhidos foram: 1- vias principais e 2- outras vias e nos “Pontos Água” os domínios optados

foram: 1 – piscinas e 2- tanques e relacionei de novo cada campo ao seu domínio, sendo que no

caso dos eixos via referi ”uso” com “uso” e nos pontos água mencionei “nível” com “nível”. De

seguida será apresentado e descrito todas as características das Features Class que compõe cada

Feature Dataset na tabela dois.

Feature Dataset “Árvores_Notáveis”

Feature Class Tipo de Shapefile Breve Descrição

“notáveis”

Pontos

Dados geográficos importados

do ArcMap para o ArCatalog

retirado do Atlas do Ambiente,

relacionado com o ambiente

protegido de formato vectorial,

com finalidade de destacar as

espécies arbóreas mais

importantes da área em estudo,

a nível distrital, concelhio e de

freguesias, projectados segundo

o sistema de coordenadas

Datum 73 Hayford Gauss

IPCC. Sendo que a primeira

Feature Class encontra-se em “

Lisboa Hayford Gauss

IGEOE”.

“notáveis_Bragança”

Pontos

“notáveis_Carrazeda_Ansiães”

Pontos

“notáveis_freguesias”

Pontos

“notáveis_ipcc”

Pontos

Feature Dataset “Levantamento”

Feature Class Tipo de Shapefile Breve Descrição

“cruzamentos”

Pontos

Dados geográficos de formato

vectorial, projectados segundo

o sistema de coordenadas

Datum 73 Hayford Gauss IPCC

e que abarca os cruzamentos

(entroncamentos) da área em

estudo. O campo (Field) foi

criado de raíz na Feature

Dataset mencionada em cima.

“eixos_via”

Linhas

Dados geográficos de formato

vectorial projectados segundo o

sistema de coordenadas Datum

73 Hayford Gaus IPCC e que

engloba os tipos de via da área

em estudo. O campo foi criado

de raíz e engloba os seguintes

domínios: 1 - vias principais e

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2- outras vias.

“Levantamento_Topology”

Topologia

Modelo topológico com

objectivo de reconhecer e

corrigir os erros existentes na

vectorização manual, aplicado

na shapefile “uso_solo”. As

regras usadas foram: “Must not

overlap” (não deve haver

intersecções entre polígonos) e

“Must not have gaps” (não deve

haver espaços entre polígonos).

´

“pontos_agua”

Pontos

Dados geográficos de formato

vectorial projectados segundo o

sistema de coordenadas Datum

73 Hayford Gauss IPCC e que

abrange os pontos de água da

área em análise, sobretudo no

caso de incêndio. O campo foi

criado de raíz e engloba os

seguintes domínios: 1- piscinas

e 2- tanques.

“uso_solo”

Polígonos

Dados geográficos de formato

vectorial projectados segundo o

sistema de coordenadas Datum

73 Hayford Gauss IPCC e que

engloba informações sobre as

classes do solo segundo a

Nomenclatura Nível I da

Corine Land Cover 2006. O

campo foi criado de raíz e

possui os seguintes domínios: 1

– territórios artificializado; 2-

áreas agrícolas e agro florestais;

3- florestas e meios naturais e

semi naturais; 4- zonas húmidas

e 5- corpos de água.

Feature Dataset “ Limites_Administrativos”

Feature Class Tipo Shapefile Breve Descrição

“Bragança_Dissolve” Polígonos

Dados geográficos importados d

ArcMap para o ArCatalog para a

Geodatabase de formato

vectorial projectados segundo

sistema de coordenadas Datum

73 Hayford Gauss IPCC, sendo

que a Feature Class

“Cont_AAd_CAOP20121” está

originalmente em ETRS 1989

PT-TM06, sendo depois

transformada para

“Caop_DT73IPCC”. Inclui

limites da área de estudo e

informação geográfica retirada

“Bragança_Export” Polígonos

“Caop_DT73IPCC” Polígonos

“Conc_Carrazeda_Ansiães_

Dissolve”

Polígonos

“Concelho_Carrazeda_Ansiães

_Export”

Polígonos

“Cont_AAd_CAOP20121” Polígonos

“Distritos_Portugal” Polígonos

“Espanha” Polígonos

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“freguesias_limite” Polígonos da CAOP 2012, que abarca o

distrito, concelho e freguesias da

área em análise. “Limites" Polígonos

Feature Dataset “Recursos_Turísticos”

Feature Class Tipo Shapefile Breve Descrição

“rec_tur”

Pontos

Dados geográficos importados

do ArcMap para o ArCatalog

retirado do Atlas do Ambiente,

relacionado com o ambiente

humano de formato vectorial,

com o objectivo de sublinhar

os recursos turísticos (castelos,

igrejas, pelourinhos…), a nível

distrital, concelhio e por

freguesia da área em estudo,

projectada segundo o sistema

de coordenadas Datum 73

Hayford Gauss IPCC. Sendo

que a primeira Feature Class

encontra-se em Lisboa Hayford

Gauss IGEOE.

“recursos_Bragança”

Pontos

“recursos_Carrazeda_Ansiães”

Pontos

“recursos_freguesias”

Pontos

“recursos_ipcc”

Pontos

Feature Dataset “Rede_Geodésica”

Feature Class Tipo Shapefile Breve Descrição

“Marcos_Geodesicos_Bragança””

Pontos

Dados geográficos importados

do ArcMap para a Geodatabase

do ArCatalog, de formato

vectorial que todos os marcos

geodésicos de Portugal,

projectada segundo o sistema

de coordenadas Datum 73

Hayford Gauss IPCC. Sendo

que a terceira Feature Class

encontra-se em ETRS1989

Portugal _TM06. Os marcos

geodésicos estão presentes a

nível distrital e concelhio da

área em estudo

“Marcos_Geodesicos_Carrazeda"”

Pontos

“rgn”

Pontos

“rgn_ipcc”

Pontos

Tabela 2 – Breve Descrição dos Dados Geográficos das Features Class de cada Feature Dataset

A organização da informação está hierarquizada no ArCatalog como se observa pela figura um.

Construção de uma Geodatabase

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Figura 1 – Hierarquização dos Dados Geográficos na Geodatabase no ArCatalog

4.2 Vectorização Manual

Antes de partimos para a vectorização é necessário saber o que é. A vectorização é um método

secundário e define-se pela aquisição de informação em formato vectorial (pontos, linhas ou

polígonos) presente em imagens raster (formato matricial) e tem a finalidade de adquirir

informação originalmente em formato matricial e transformá-lo em formato vectorial. A

vectorização pode ser executada através de três métodos: vectorização manual, semiautomática

e automática. A que nos interessa é a manual que é a técnica que consiste em vectorizar

informação unicamente de forma manual, sendo que todos os parâmetros de vectorização são

definidos e efectuados pelo utilizador e o ficheiro matricial pode ser vectorizado, neste caso a

ortofotomapa, sem necessidade de recorrer á limpeza das letras ou símbolos (vantagem). Uma

desvantagem é que se trata de um processo demorado e dispendioso e nem sempre é efectuado

com a melhor qualidade, contudo possui um nível de detalhe bastante superior. Para a

vectorização foi necessário um novo Data Frame com a ortofotomapa (imagem raster) e a

shapefile com os “Limites”, sendo que como só era essencial vectorizar toda a área dentro dos

contornos /limites foi necessário fazer um recorte á imagem raster tendo o seguinte

procedimento: ArcToolbox- Spatial Analyst Tools – Extraction – Extract by Mask. E assim, a

ortofotomapa fica recortada apenas pelos limites. Com a Geodatabase criada, vamos ao projecto

no ArcGis e adicionámos as shapefile “cruzamentos”, “eixos via”, “pontos agua” e “uso solo”

ao data frame a cima referido. Para edição da informação é primordial activámos a ferramenta

Editor em Customize- Toolbars. Clicámos em Start Editing para começarmos o processo de

vectorização. Antes clicámos em Editor- Snapping para permitir um melhor ajuste dos

Construção de uma Geodatabase

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elementos a serem vectorizados, ou seja, uma ligação de cada vértice (garantem que as arestas

fiquem ligadas). Comecei por vectorizar os “cruzamentos”, aumentei a ortofotomapa e fui a

Create Features, cliquei em cruzamentos e fui editando; depois carreguei em “pontos_agua” e

fiz o mesmo e de seguida vectorizei os “eixos_via”, aumentei a ortofotomapa, cliquei no objecto

a vectorizar e continuei a clicar e no final de cada linha fiz duplo clic e com o botão do lado

direito no último vértice fiz Finish Sketch e dirigi-me aos Atributes do Editor e seleccionei o

domínio para cada linha. O mesmo ocorreu para a Feature Class “Uso Solo”, ou seja, ampliei a

imagem raster, cliquei no objecto a vectorizar e no final do último vértice do polígono estar

feito fiz Finish Sketch e dirigi-me aos Atributes do Editor e seleccionei o domínio para aquele

polígono. Pra finalizar o processo de edição/vectorização cliquei em Editor – Save Edits – Stop

Editing.

Figura 2 – Vectorização da Área Delimitada

4.3 Modelo Topológico

O modelo topológico permite o relacionamento espacial entre pontos, linhas e polígonos, ou

seja, conjunto de regras que estipulam como pontos, linhas e polígonos partilham geometrias

coincidentes, ou seja, conjunto de propriedades e regras que definem os relacionamentos

espaciais que nós queremos modelar e preservar dados. Inclui vinte regras e possui duas

finalidades: garantir a integridade dos dados e assegurar a execução de algumas operações

espaciais (detectar erros e corrigi-los). A topologia pode ser criada entre dados de uma ou mais

Features Class, devendo para isso estarem dentro da mesma Feature Dataset. Para realizar a

Topologia é necessário ter a ferramenta ArcMap desligada. Neste caso escolhi a Feature Dataset

“Levantamento” e depois cliquei com o botão do lado direito New – Topology, abriu uma janela

carreguei em seguinte - seguinte e seleccionei a Feature Class “uso solo” – seguinte – seguinte,

fui a Add Rule e adicionei as regras que achei necessário para detecção e correcção dos erros na

vectorização no projecto: “Must not Overlap” (não deve haver intersecções entre polígonos) e

Construção de uma Geodatabase

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“Must not have Gaps” (não deve haver espaços entre polígonos). Abrimos novamente o projecto

ArcMap do trabalho e para verificar e corrigir os erros da Feature Class “uso solo”, adicionei o

“Levantamento Topology”. Para corrigir e detectar os erros, fui a Customize – Toolbars e

activei a ferramenta Topology, que apenas fica somente activada quando estiver ligada também

a ferramenta Editor – Start Editing. Na ferramenta Topology, fui a Error Inspector, cliquei na

regra topológica que não foi cumprida e Search Now. Por conseguinte, aparece os erros, cliquei

em cima de cada erro com o botão do lado direito e surge um menu com algumas sugestões: no

caso do erro relacionado com a regra topológica “Must not overlap”, cliquei em Merge e

escolhi-a o domínio a que pertencia o erro e na outra regra “ Must not have Gaps”, cliquei em

alguns erros em Create Feature e noutros Mar Exception. Após todos os erros estarem

corrigidos fui de novo ao Editor – Save Edits - Stop Editing. Na tabela transcrita abaixo e como

forma de perceber e interpretar melhor o dito anteriormente, está um breve resumo sobre as

regras escolhida. Para finalizar fui ao ArCatalog e em cima da Feature Dataset “

Levantamento_Topology”, cliquei com o botão do lado direito e Validate.

Feature Class Regras Topológicas

“uso_solo” Must not Overlap

“uso_solo” Must not have Gaps

Tabela 3 – Regras do Modelo Topológico

4.4 Metadados

Os Metadados são frequentemente descritos como “dados sobre dados” (conceito simplista que

evidencia ambiguidade). Não são mais do que uma descrição textual, de forma normalizada da

informação geográfica. Metadados não são mais do que informação adicional (além da

informação espacial e tabular) que é necessária para os dados se tornarem uteis. É informação

essencial para que se possa fazer uso dos dados geográficos. Os Metadados têm como

objectivos primordiais: facilitar a pesquisa; avaliar a qualidade e utilidade da informação;

documentar actualizações e modificações e promover a partilha da informação salvaguardando a

autoria da mesma. Os Metadados têm carácter geográfico conforme requisitos do SNIG

(Sistema Nacional de Informação Geográfica) e foram editados de acordo com Directiva

Inspire.

No projecto apenas decidi colocar os Metadados na Personal Geodatabase criada e nas cinco

Features Datasets. Para adicionar os Metadados vamos ao ArCatalog, seleccionámos a Personal

Geodatabase – Descripton- Edit e adicionámos a informação e no final Save, como podemos

verificar pelas duas imagens referidas nos anexos do projecto. O mesmo ocorre para as Features

Datasets.

Construção de uma Geodatabase

Aquisição e Edição de Dados Geográficos – Mestrado em SIG e OT Página 14

4.5 Representação Cartográfica

Depois da construção da Geodatabase, vectorização, modelo topológico e Metadados cheguei ao

fim do objectivo que queria e desejava, tendo como resultado final um layout com os mapas

construídos no decorrer do trabalho, sendo que a representação cartográfica torna-se assim

imprescindível para uma melhor interpretação e compreensão da localização geográfica da área

de estudo. Na representação cartográfica que constitui, fazem parte dela as seguintes

características: um layout com quatro mapas em formato A3 (mapa um diz respeito á

localização geográfica da área de estudo, mapa dois é constituído por quatro mapas designados

de Árvores Notáveis, Recursos Turísticos, Rede Geodésica e limite da área de análise, o mapa

três possui o resultado final da vectorização realizada com a classificação do uso do solo,

cruzamentos, pontos de água, eixos de via e também contém um gráfico com a área de ocupação

do solo em hectares e o mapa quatro possui o modelo topológico aplicado ao mapa três). Nos

mapas que constituem o layout utilizei todos os elementos básicos presentes num mapa: título,

legenda, escala, orientação, fonte dos dados e referência ao sistema de coordenadas neste caso

utilizámos Datum 73 Hayford Gauss IPCC, data da concretização e não esquecer as grelhas

(grids) com referência às coordenadas geográficas (WGS84). Na figura três podemos observar o

mapa final inteiro.

Construção de uma Geodatabase

Aquisição e Edição de Dados Geográficos – Mestrado em SIG e OT Página 15

Figura 3 – Representação Cartográfica Final do Uso do Solo numa Área Delimitada do

Concelho de Carrazeda de Ansiães

5. CONCLUSÃO

De um modo geral através da execução deste trabalho foi possível sem sombra de dúvida pôr

em prática parte do que aprendemos na cadeira de Aquisição e Edição de Dados Geográficos,

assim como consolidar conhecimentos adquiridos e deter informação antes desconhecida. Numa

perspectiva final, retiro deste projecto que os benefícios/vantagens da construção de uma

Geodatabase no ArCatalog são imensos, pois permite de uma forma genérica organizar,

hierarquizar e gerir os dados vindos de muitas fontes diferentes e distintas. Para além disso

agrupa os dados geográficos organizando as muitas shapefile (Features Class) num só ficheiro

(Feature Dataset).

Com a elaboração da Geodatabase também é possível acrescentar domínios, como ocorreu no

uso do solo, pontos de água e eixos de via (Features Class da Feature Dataset “Levantamento”).

Assim, a elaboração da Personal Geodatabase facilitou o acesso aos dados e uma melhor leitura

e arrumação dos destes.

Numa segunda perspectiva final, a vectorização de uma área delimitada serviu como uma mais

– valia para a identificação das diferentes classes do solo e outros elementos que caracterizam a

área em estudo. A inserção de metadados na Geodatabase revelou-se também primordial,

servindo como “Bilhete de Identidade” dos dados geográficos. Por último a representação

cartográfica foi fundamental para uma melhor interpretação da área de análise, através de mapas

temáticos.

Em suma, podemos referir que todas estas ferramentas utilizadas revelaram-se essenciais para

uma melhor aprendizagem e treino, para que num futuro próximo possam ser utilizadas noutro

âmbito, essencialmente o profissional.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Artigos

Caetano, M., V. Nunes & A. Nunes, 2009. CORINE Land Cover 2006 for Continental

Portugal. Relatório técnico, Instituto Geográfico Português;

Carvalho, M. S., Pina, M. F. de & Santos, S. M., 2000. Conceitos Básicos de Sistemas

de Informação Geográfica e Cartografia Aplicados à Saúde. Departamento de Informações em

Saúde, Brasília, 122 pp.;

Fernandes, M. G., 2008. Cartografia – programa, conteúdos e métodos de ensino.

Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Departamento de Geografia, Porto, 103 pp..

Fontes Electrónicas Consultadas

https://www.google.pt/#q=geodatabase+o+que+%C3%A9 – consultado em 25-11-2013;

http://www.geolab.faed.udesc.br/sites_disciplinas/SIG/Apostilas/Apostila-ArcGIS-

(Geodatabase).pdf – consultado em 25-11-2013;

http://unibhgeografia.files.wordpress.com/2011/04/apostila-arcgis-prof-patricia.pdf -

consultado em 25-11-2013;

http://www.igeo.pt/ - consultado em 25-11-2013;

http://sniamb.apambiente.pt/webatlas/ - consultado 25- 11- 2013.

Este projecto foi realizado essencialmente com apontamentos tirados das aulas, assim

como todos os exercícios praticados nestas e slides e informação fornecida pelo docente.