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EXPOSIÇÃO BÍBLICA:
Efésios 1.5: “..em amor os predestinou para ele, para a adoção de
filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua
vontade,.”
Introdução: Estamos aqui diante de uma declaração estupenda.
Uma verdadeira declaração que nos coloca mais baixo que o chão
que pisamos. Eis aqui uma verdade solene, uma verdade da
eternidade, uma verdade que procede da vontade de Deus.
O apóstolo quer que nos concentremos mais uma vez em uma
das visões mais gloriosa, quer que subamos mais um degrau até o
maravilho céu. Olhando com o olhar da eternidade. Olhando para a
própria eternidade. A grandeza da revelação aqui é gritante.
Este texto revela-nos grandes coisas sobre Deus e a sua ação
redentora sobre nós; revela-nos a nossa ignorância sobre o seu ser e
sobre sua vontade absoluta.
Bem, aqui de imediato lidamos com um termo muito importante
o verbo “predestinou” algumas pessoas sabem que nós cremos na
doutrina da predestinação; todavia, acham que se esta doutrina vem
de Deus, dizem eles, então, Deus não cheio de amor.
Ora, esta concepção erra exatamente ai. Porque o nosso texto
nos diz: “E em amor nos predestinou....” – nós não fomos
predestinados em “ódio” ou “pelo ódio”, ou pelo pecado de “acepção
de pessoas” – não! Nós fomos predestinados em amor.
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A predestinação é uma prova de amor. Sim, amor , o amor
eterno, todavia, um amor que não se compra, que não se conquista
por méritos humanos, e assim, somente assim entendemos que
fomos alvos da maior graça dos céus – o amor de Deus Pai em nos
predestinar.
O pai nos predestinou para ele “porque nos amou” de forma
soberana. Em amor “a igreja foi predestinada” agora, a expressão em
amor no grego é “evn avga,ph|(” este deve o primeiro aspecto a ser
considerado, que a Predestinação revela o amor de Deus. Esta a
primeira implicação clara do texto que temos diante de nós.
Mas, a pergunta que se levanta para o nosso texto é a seguinte:
“O que Deus fez em amor”? Nos predestinou para ele. Isso é
importante. Algumas pessoas dizem: “ah, se há predestinação, então
podemos fazer o que quisermos, pecarmos a vontade, viver na farra,
viver uma vida licenciosa” – notem que não fomos predestinados
para o mundo ; o texto nos informa outra realidade, nos diz que
fomos predestinados para Deus e não para o mundo. Nós somos
obras de suas mãos e devemos obedecer a sua palavra. Esta
expressão ainda tem algo a nos dizer: “nos predestinou para ele”
alguns aqui podem até achar o seguinte, bem se fui predestinado vou
viver para mim mesmo, para o meu bel prazer, viver uma vida que
não importa o que acontecer, ele já predestinou tudo. Então, eu posso
fazer o que quero, e o que der na telha, não! Não! Não é isso que
texto dizendo. O texto nos diz que fomos “predestinados para ele” –
ou seja, somos criados e trazidos ao mundo com o propósito de que a
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nossa vida deve ser sempre para ele; tudo o que somos é para ele,
porque tudo é dele, ele é absoluto e ninguém pode discutir com sua
soberania. Augusta e absoluta. O verbo predestinou aqui tem muito a
nos dizer:
1) é um verbo que está em uma ação passada que não pode ser
repetida, mas que seus resultados são duradouros. Ou seja, uma vez
predestinados, os homens nunca poderão larga ou deixar sua
condição de predestinado – seja para vida, ou seja para a morte.
2) o verbo mostra toda a ação vinda da parte de Deus. Pois, a voz
deste verbo é ativa. Então, ele deliberadamente decidiu predestinar
todas as coisas. Isso nos leva para o segundo aspecto deste texto. Ou
seja, nos conduz para a pergunta basilar:
II – Qual a Finalidade desta predestinação?
“para a adoção de filhos” isso aqui é importante. Sim, fomos
adotados na família de Deus; esta é a finalidade da predestinação,
para que sejamos adotados. O termo “adoção” que aparece aqui tem
implicações gritantes; vejam:
1. Que Por natureza não somos filhos de Deus: esta é a primeira
grande implicação que o substantivo “ui`oqesi,an” tem a nos
informar, então, é um ledo engano, quando pregadores dizem que
todos são filhos de Deus. Não são. Mais adiante Paulo vai nos lembrar
que estávamos mortos nos nossos delitos e pecados e que éramos
por natureza filhos da ira... (Efésios 2.1-3).
2. Que somos incapazes de nos tornar filhos de Deus aparte de
sua predestinação. Este é outro aspecto culminante desta palavra
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“adoção” – quando queremos adotar um filho, nós planejamos como
vamos fazer, plenejamos e ordenamos nossas finanças, idealizamos
tudo. Notem, eles só podem vir a ser filhos se os nossos projetos e
planos tiverem perfeita capacidade de se concretizar.
Notaram que não somos filhos, ou nos fazemos filhos, por
algum esforço que provem de nós. Não cabe aqui o livre-arbítrio, não
cabe aqui as boas obras, cabe aqui mais uma vez a escolha livre e
soberana de Deus sendo manifestada por causa de sua
predestinação. Este é um aspecto fundamental para que nós
consideremos esta gloriosa verdade, isso deve provocar em nós duas
atitudes:
1) Humildade – Deus me quis em sua família, ele me amou desde
toda eternidade para me fazer um filho seu!
2) Louvou: - louvar a Deus por tão grandioso amor. Imensurável amor,
incalculável amor que nos fez ser filhos por adoção.
Mas, notemos que esta adoção nunca vincula-se somente a
predestinação ela precisa de um mediador, observe o nosso texto
mais uma vez: “por meio de Jesus Cristo”. Cristo é o mediador do
seu povo, é o resgataor, é por meio de Cristo, e por causa de Cristo
que podemos ser inseridos, podemos ser trazidos ao seio da família
de Deus, pois, é precisamente isso que vemos no grego “dia. VIhsou/
cristou/ eivj auvto,n” – literalmente temos “por meio de Jesus Cristo
para ele”, em outras palavras, apenas em Cristo somos entregues ao
Pai. Somente em Cristo temos acesso a casa do Pai. Glorioso é este
evangelho.
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Mas onde tudo isso se fundamenta? Sim tudo deve ter um
alicerce. Que alicerce é esse? “segundo o beneplácito de sua
vontade” “kata. th.n euvdoki,an tou/ qelh,matoj auvtou/” – sim, aqui
Paulo nos informa que toda a obra da predestinação que inclui a
nossa adoção e mediação em Cristo Jesus se fundamenta nesta
“eudokiam tou thelematos theou” – ou seja, é o querer de Deus que
tudo isso ocorra, é a vontade boa e agradável do Senhor.
A nossa salvação, a nossa inclusão na família de Deus não
depende de nenhum livre-arbítrio humano, de nenhum esforço
humano, apenas, somente da vontade santa, augusta e amorosa de
Deus.
E o seu propósito, o conselho de sua vontade. Notem ele não
pede conselho a ninguém a sua vontade é o seu conselho, o seu
executar de tudo o que temos e tudo o que somos. Amém!
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