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Expectativas são esperanças que colocamos em outras pessoas ou
outras coisas e que podem guiar nossa maneira de viver.
As pessoas mais sensíveis estão mais sujeitas ao sofrimento, porque vivem da
esperança, mesmo se íntima, que os outros vão reagir como elas esperam.
E elas esperam quase sempre. Amam, doam-se verdadeira e inteiramente e quando o retorno não vem, sentem-se
feridas, pequenas, magoadas e até mesmo mal-amadas.
Não aprendemos ainda a "receber" o outro tal qual ele se oferece. Todas as outras pessoas
que nos cercam não são pedaços de nós espalhados, mas sim seres independentes, com personalidade diferente, maneira de amar e se entregar que pode não condizer com o que nós somos. Mas amar diferente não é amar menos,
é só amar diferente.
Amar sem esperar retorno é amar incondicionalmente. Difícil, difícil!... Cobramos
sempre, dos nossos pais, da família, dos amigos, daqueles que fazem parte do nosso
dia-a-dia. Mesmo se essa cobrança é implícita, ela existe. E somos conscientes, senão isso
não causaria sofrimento.
É verdade que é cansativo dar-se a cada instante e se contentar disso sem esperas. Geralmente quem dá, dá o que gostaria de receber. Quem visita, convida, telefona, diz
coisas agradáveis... vive em constante expectativa de receber o mesmo.
É como dar um presente e ficar esperando pra ver se o outro gostou. No fundo
queremos que gostem, que digam algo agradável, que fiquem felizes para que nos
sintamos recompensados pelo ato.
Amar, porque é natural é sublime e divino. Amar sem desprendimento, simplesmente porque o outro traz
ternura ao nosso coração é algo que precisamos exercitar.
Se lavamos nossa alma das expectativas do sentimento dos
outros, aprenderemos a amar como Cristo nos ensinou.
Aprenderemos a ser felizes não por que os outros nos correspondem, mas
simplesmente pelo fato de existirem e trazerem ao nosso coração esses raios de luz que nos iluminam e tornam nossa vida
mais encantada.
Créditos:
Texto: Letícia Thompson
Imagens: Getty Images
Formatação: Mara Lúcia
Música: As Time Goes by Love – Ernesto Cortazar
Abril/2006
Site da autora:
www.leticiathompson.net
Por favor, ao repassar não retire e nem modifique os créditos.