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ESTUDO E SIMULAÇÃO DE UM DISPOSITIVO COMPENSADOR ESTÁTICO DE REA-
TIVOS - SVC (STATIC VAR COMPENSATOR)
Janayna Silva da Costa
Orientador: Prof. Rafael Di Lorenzo Corrêa
Coorientador: Prof. Ângelo José Junqueira Rezek Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE)
Resumo - Este artigo tem por finalidade apresentar o
trabalho final de conclusão do curso de Engenharia
Elétrica, cuja proposta foi o estudo e a simulação de um
Compensador Estático de Reativos conhecido na tecno-
logia por SVC (Static Var Compensator). Este compen-
sador atualmente é um dos dispositivos utilizados nos
sistemas flexíveis de transmissão em corrente alternada
(FACTS - Flexible Alternating Current Transmission
Systems).
Palavras-Chave: FACTS, SVC, Sistemas flexíveis de
transmissão.
I – INTRODUÇÃO
Os SVCs fazem parte da família dos FACTS. A proposta
principal desses equipamentos é de conseguir uma ação rá-
pida, precisa ao ajustar a necessidade de compensação de
potência reativa do sistema no qual estão fazendo parte.
Para isso eles adicionam ou retiram capacitância ou
mesmo fazem uso de capacitores controlados a chaves ti-
ristorizadas. Em outro arranjo, junta-se em paralelo com
um desses capacitores e reatores controlados a chaves ti-
ristorizadas, que também fazem a compensação através do
ajuste dos ângulos de disparo dos tiristores[11].
O SVC (Static Var Compensator) pode ser utilizado para
fins de compensação de tensão e neste caso tem vantagens
tais como um melhor controle de compensação em relação
aos bancos fixos de capacitores, além de melhorar a esta-
bilidade do sistema. Eles são utilizados também para fins
de correção do fator de potência promovendo melhores fa-
tores de potência e minimizando as flutuações de tensão,
prevenindo danos em equipamentos, e também reduzindo
gasto de operação[11]. Na figura 1 tem-se uma vista de
uma instalação com um SVC.
Figura 1 - Imagem de um SVC em uma subestação na
Dinamarca(©Siemens).
II– REFERENCIAL TEÓRICO
O sistema elétrico de potência é composto por um grupo
de geração de energia elétrica - que contém os geradores
de energia e seus dispositivos de controle, um grupo de
transmissão - contendo as linhas de transmissão e os trans-
formadores, um grupo de distribuição – que é a conexão, o
atendimento e a entrega efetiva de energia elétrica ao con-
sumidor e finalmente um grupo de consumo - com a repre-
sentação da carga consumida no sistema [1].
Os primeiros sistemas de potência no Brasil eram sistemas
isolados, que supriam somente centros de cargas regionais
[4]. Porém atualmente o sistema elétrico brasileiro é inter-
ligado nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e
parte da região Norte. Somente 1,7% da energia solicitada
no país estão fora do SIN (Sistema Interligado Nacional),
têm-se então apenas pequenos sistemas isolados que estão
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
OUTUBRO/2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
ENGENHARIA ELÉTRICA
2
localizados em grande parte na região amazônica e isto se
deve pela dificuldade de acesso desses locais [6].
A interligação do sistema elétrico foi algo muito interes-
sante, pois como a maior parte da capacidade de geração
do país é hidrelétrica, ou seja, têm-se uma geração muito
dependente do regime de chuvas nas bacias hidrográficas,
distantes umas das outras, e com a interconexão através do
SIN (Figura 2) o fornecimento de energia ficou mais efici-
ente e estável [7]. Em decorrência dessas interligações, as-
sim como a globalização da economia, a crise energética
mundial, as pressões ambientais, o desenvolvimento sus-
tentado, a geração distribuída de pequena potência e os
avanços tecnológicos surgiram novas questões e proble-
mas a serem enfrentados para que novas alternativas técni-
cas e econômicas viabilizassem a expansão e a operação
do sistema elétrico [4].
Figura 2 – SIN (Sistema Interligado Nacional)
Tais questões têm em vista que um sistema de potência
possui grande complexidade de planejamento e operação,
sendo que a maior parte dos problemas é advindo das redes
de transmissão, principalmente em países de dimensões
continentais como o Brasil [4]. Sendo assim, as linhas de
transmissão, por exemplo, apresentam limites térmicos ou
de estabilidade, os quais diminuem o nível de potência que
podem ser transmitidos de maneira eficiente e com segu-
rança [3]. Esta diminuição causa pontos de estreitamentos
na transmissão com implicações como pontos de geração
não econômicos, baixa capacidade de carregamento e ne-
cessidade de redespacho na geração. Contudo estas impli-
cações podem ser resolvidas pelo controle do fluxo de po-
tência em determinadas linhas aliviando pontos de estrei-
tamentos de geração [2].
II.1 – QUESTÕES ATUAIS DE CONTROLE DO SIS-
TEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA
Com a finalidade de se obter um sistema elétrico mais con-
fiável e com melhor qualidade muitos estudos estão em de-
senvolvimento e uma área que hoje tem sido muito estu-
dada devido a essa necessidade de controle é a área de ele-
trônica de potência [2]. Os dispositivos que vem recebendo
grande atenção são os chamados FACTS (Flexible Alter-
nating Current Transmission Systems), os quais são desen-
volvidos para o controle do fluxo de potência. Este con-
trole pode ser efetuado através de grandezas como impe-
dância, tensão, corrente e ângulos de fase [2].
Para se obter a flexibilidade do sistema pode-se fazer uso
do controle com a eletrônica de potência. Tais como a
transmissão em HVDC, compensadores estáticos reativos,
controladores de fluxo de potência, conversores de fre-
quência e sistemas CA/CC, relacionando os sistemas de
corrente alternada e de corrente contínua de acordo com os
níveis de tensão e de potência [8].
Ao se utilizar os FACTS na operação do SIN, além de ex-
pandir a aplicação do tipo de tecnologia de controle de alta
potência, também se faz um melhor uso da infraestrutura
do sistema de transmissão [8].
Alguns benefícios que à tecnologia FACTS traz são [8]:
Ampliar a capacidade de transmissão;
Operação de linhas em paralelo, mesmo com ca-
pacidades distintas;
Redirecionar o fluxo de potência;
Fazer ajustes controlados de reativos durante a
operação;
Estabilizar perturbações de tensão com eficiên-
cia;
Integrar sistemas CC e CA.
Os dispositivos FACTS podem ser classificados em quatro
gerações como pode ser visto na tabela 1 [2].
Tabela 1 - Gerações de dispositivos FACTS
Fase Dispositivos FACTS
1ª Geração TCR: Thyristor Controlled Reactor
TRC: Thyristor Controlled Capacitor
2ª Geração SVC: Static Var Compensator
TCSC: Thyristor Controlled Series Capacitor
TCPAR: Thyristor Controlled Phase Angle Regular
3ª Geração STATCOM: Static Compensator
SSSC: Static Synchronous Series Compensator
4ª Geração UPFC: Unified Power Flow Controller
IPFC: Interline Power Flow Controller
e outros
3
II.2 – EXEMPLOS DE FACTS
II.2.1 – TCR (Reator Controlado a Tiristor)
O dispositivo TCR como pode ser visto na figura 3 é com-
posto por um reator série com dois tiristores em antipara-
lelo. É um equipamento que faz o controle do ângulo de
disparo dos tiristores produzindo uma reatância ajustável
[2].
Figura 3 - Configuração do TRC
II.2.2 – TSC (Capacitor Chaveado por Tiristor)
O TSC é um conjunto de capacitores conectados em série
com dois tiristores em antiparalelo como no esquemático
da figura 4. Este dispositivo basicamente faz o controle co-
nectando e desconectando os bancos de capacitores utili-
zando tiristores e com isso a potência reativa é inserida em
degraus [2].
Figura 4 - Configuração do TSC
II.2.3 – TCSC (Capacitor série Controlado por Tiristor)
O esquema deste dispositivo se encontra na figura 5 e ele
controla o valor da impedância do ramo por meio do con-
trole do ângulo de disparo dos tiristores [2].
Figura 5 - Configuração do TCSC
II.2.4 – TSSC (Compensador Série Chaveado a Tiristor)
O TSSC tem a vantagem de ser bem simples como pode
ser visto na figura 6, porém não admite um controle contí-
nuo da reatância série [2].
Figura 6 - Configuração do TSSC
II.2.5 – GCSC (Capacitor série controlado por GTO)
O esquema de funcionamento do GCSC se encontra na fi-
gura 7 e ele faz o controle da reatância capacitiva variando
a tensão no capacitor com a ajuda de GTOs [2].
Figura 7 - Configuração do GCSC
II.2.6 – TRCPAR (Controlador de Ângulo de fase usando
Tiritores)
O TRCPAR é basicamente um transformador defasador
com controle dos taps por meio dos tiristores e seu esque-
mático pode ser observado na figura 8.
4
Figura 8 - Configuração do TCPAR
II.2.7 – STATCOM (Compensador Estático Síncrono)
O STATCOM é um dispositivo baseado em um conversor
VSC (Voltage Source Converter). Ele armazena energia
em um capacitor com a finalidade de gerar uma tensão bem
próxima da senoidal com ângulo e módulo variável de sa-
ída. Na figura 9 pode-se observar o seu esquema de funci-
onamento [2].
Figura 9 - Configuração do STATCOM
II.2.8 – SSSC (Compensador Estático Síncrono Série)
O dispositivo SSSC que utiliza um inversor VSC e faz o
controle instantâneo do fluxo de potência ativa e reativa da
linha, além de amortecer oscilações transitórias no sistema
de potência [2]. Sua configuração se encontra na figura 10.
Figura 10 - Configuração do SSSC
II.2.9 – UPFC (Controle Unificado de Fluxo de Potência)
O UPFC tem muitas funções, tais como a compensação da
potência ativa e reativa, o aumento da capacidade de trans-
missão, o aumento da estabilidade do sistema, etc. Seu es-
quemático pode ser visto na figura 10 [2].
Figura 11 - Configuração do UPFC
II.2.10 – IPFC (Controle Interligada de Fluxo de Potên-
cia)
Como apresentado na figura 12 o IPFC é um controle para
compensação de reativos, para ajuste do fluxo de potência,
regulação de ângulo de fase, entres outros.
Figura 12 - Configuração do IPFC
II.2.11 – SVC (Compensador Estático de VAr)
Trata-se do dispositivo FACT em foco neste trabalho. O
Modelo de compensador estático de potência reativa foi
desenvolvido no início dos anos 70, com a finalidade de
controlar a tensão para cargas especiais. Um SVC pode ser
composto por um ou mesmo por um conjunto de equipa-
mentos como [9]:
Reator saturado (SR);
Reator controlado por tiristores (TCR);
Capacitor chaveado por tiristores (TSC);
Reator chaveado por tiristores (TSR);
Transformador controlado por tiristores (TCT);
Conversor auto comutado ou linearmente comu-
tado (SCC/LCC).
Um SVC característico é composto de TSC e TCR como
mostrado na figura 13 [2].
5
Figura 13 - Configuração do SVC
A curva típica tensão por corrente deste dispositivo, como
mostra a figura 14, é a soma da característica estática do
TCR com o TSC. Tem-se um controle no chaveamento de
capacitores e reatores e com isso a saída reativa pode variar
os valores capacitivos e indutivos dentro da faixa de ope-
ração do SVC[10].
Figura 14 - Característica de V-I do dispositivo SVC
O dispositivo que será estudado, a princípio, não apresen-
tará ajuste no ramo do capacitor, portanto a característica
apresentada na figura 14 será um pouco alterada.
III – METODOLOGIA
O tema escolhido e estudado, com a finalidade de se obter
um aprendizado amplificado na área de dispositivos
FACTS foi a utilização do Compensador Estático de Rea-
tivos – SVC (Static Var Compensator) para sistemas de
potência. Como foi visto no referencial teórico este dispo-
sitivo foi desenvolvido no início dos anos 70 e teve por
finalidade se obter o controle da tensão em cargas especi-
ais[9].
Este trabalho teve a intenção de estudar o efeito desse com-
pensador através da simulação com o uso do programa Ma-
tlab/Simulink@.
A curva típica da tensão por corrente deste dispositivo
pode ser vista na figura 14. Tem-se um controle no chave-
amento de capacitores e reatores e com isso a saída reativa
pode variar os valores capacitivos e indutivos dentro da
faixa de operação do SVC [10].
O dispositivo estudado não apresenta ajuste no ramo do
capacitor, sem o controle capacitivo, somente com o con-
trole indutivo (TRC) como pode ser visto na figura 15.
Figura 15 - Configuração proposta
Com o capacitor fixo em paralelo com o circuito de con-
trole indutivo, as equações desse modelo são[10]:
𝐼𝑆𝑉𝐶 = 𝑉𝑗𝐵𝑆𝑉𝐶 (1)
𝐵𝑆𝑉𝐶 = 𝐵𝐶 + 𝐵𝑇𝑅𝐶 (2)
𝐵𝐶 =1
𝑋𝐶= 𝐶 (3)
𝐵𝑆𝑉𝐶 =1
𝑋𝐶+
1
𝑋𝐿(2( − ) + 𝑠𝑒𝑛 2) (4)
𝑋𝑆𝑉𝐶 =𝑋𝐶𝑋𝐿
𝑋𝐶
(2(−)+𝑠𝑒𝑛 2)−𝑋𝐿
(5)
Com a ajuda dessas equações espera-se obter curvas de re-
atância e de susceptância do SVC. A tangente de inclina-
ção da característica mostrada na figura 14 será determi-
nada pela relação entre as variações de tensão e corrente
do SVC.
6
IV – RESULTADOS E DISCUSSÕES
Primeiramente, para o estudo em questão foi considerado
o controle do fator de potência mínimo, atualmente utili-
zado no Brasil, de 0,92.
A simulação do dispositivo SVC modelado no programa
MatLab, ambiente Simulink está representado na figura
16. Para fins de melhor visibilidade foi representado em
cores o circuito do sistema elétrico simulado. A parte em
azul do circuito da figura 16 representa a carga do sistema,
a parte em verde representa o dispositivo SVC, já a parte
em lilás é o circuito de medição e pôr fim a parte em laranja
representa o sistema elétrico de potência.
É sabido que um ângulo de disparo para as chaves de
α=90° resultará no máximo de indutivo injetado para fins
de controle, já com o α=150° resultará no mínimo de indu-
tivo injetado. Como pode ser visto a parte capacitiva está
sendo mantida constante, pois os tiristores estão chave-
ando somente a parte indutiva.
O ângulo de 150° foi utilizado como máximo valor ao in-
vés de 180°, pois considerou-se um ângulo de extinção de
corrente mínimo de 30°. Foram consideradas para o estudo
uma carga máxima, uma carga média e finalmente uma
carga mínima. Seus respectivos valores, de indutância, fo-
ram de 70[mH], 60[mH] e 50[mH].
Para efetuar o controle de reativos utilizou-se o dispositivo
SVC, cujos dados propostos para análise foram de
800[Var] capacitivos por fase e um indutor de 50[mH]por
fase. Esses dados foram colocados com a finalidade de vi-
sualizar uma margem de controle adequado para o sistema.
Os resultados estão indicados nas tabelas e gráficos a se-
guir:
Para a carga máxima obteve-se os valores de fator de po-
tência apresentados pela tabela 2.
Tabela 2 - Análise com carga máxima
ANÁLISE DO SVC
CARGA - Xlc = 26,39[Ω]
α Qc [Var] FP Isvc [A] Vsvc [V]
150° -800 0,9971 5,9730 127,70
145° -800 0,9960 5,7490 127,50
140° -800 0,9939 5,4750 127,20
135° -800 0,9908 5,1530 126,90
130° -800 0,9863 4,7840 126,50
125° -800 0,9799 4,3610 126,00
120° -800 0,9710 3,8750 125,50
115° -800 0,9586 3,3050 124,90
110° -800 0,9421 2,6540 124,20
105° -800 0,9203 1,9170 123,40
100° -800 0,8946 1,1740 122,60
95° -800 0,8629 0,3931 121,70
90° -800 0,8268 0,4305 120,90
Para a carga média obteve-se os valores de fator de potên-
cia apresentados na tabela 3.
Figura 16 - Circuito Simulado
7
Tabela 3 - Análise com carga média
ANÁLISE DO SVC
CARGA - Xlc = 22,62 [Ω]
α Qc [Var] FP Isvc [A] Vsvc [V]
150° -800 0,9963 5,9250 126,70
145° -800 0,9936 5,7040 126,40
140° -800 0,9898 5,4310 126,10
135° -800 0,9848 5,1100 125,80
130° -800 0,9784 4,7420 125,40
125° -800 0,9701 4,3190 125,00
120° -800 0,9595 3,8330 124,40
115° -800 0,9458 3,2650 123,80
110° -800 0,9286 2,6180 123,10
105° -800 0,9070 1,8880 122,40
100° -800 0,8828 1,1570 121,60
95° -800 0,8539 0,3812 120,70
90° -800 0,8224 0,4256 119,90
Para a carga mínima obteve-se os valores de fator de po-
tência apresentados na tabela 4.
Tabela 4 - Análise com carga mínima
ANÁLISE DO SVC
CARGA - Xlc = 18,85 [Ω]
α Qc [Var] FP Isvc [A] Vsvc [V]
150° -800 0,9836 5,8570 125,20
145° -800 0,9799 5,6390 124,90
140° -800 0,9750 5,3690 124,70
135° -800 0,9689 5,0500 124,30
130° -800 0,9613 4,6820 123,90
125° -800 0,9521 4,2600 123,50
120° -800 0,9408 3,7750 123,00
115° -800 0,9268 3,2090 122,40
110° -800 0,9099 2,5690 121,70
105° -800 0,8895 1,8480 120,90
100° -800 0,8677 1,1330 120,20
95° -800 0,8419 0,3624 119,40
90° -800 0,8154 0,4226 118,60
Como pode ser analisado, para a carga máxima tem-se um
controle com ângulos de disparo, aproximadamente, entre
105° a 150°. Já para uma carga mediana o controle será
entre, aproximadamente, 110° à 150°. Finalmente, para
uma carga mínima tem-se um controle, aproximadamente,
entre 115° à 150°.
O gráfico 1 mostra a impedância do SVC, pode-se obser-
var como o controle deste dispositivo é linear e preciso.
Gráfico 1 - Gráfico de impedância do SVC
8
V – CONCLUSÃO
No presente trabalho de finalização do curso de engenharia
elétrica foi feito um entendimento dos diversos dispositi-
vos FACTS. Porém, foi estudado mais profundamente o
dispositivo compensador estático de reativos (SVC).
Pôde-se entender a importância desse dispositivo nos dias
atuais, também pôde-se compreender como eles são con-
trolados, além de como são os princípios de operação
quando são utilizados para a compensação em linha de
transmissão de corrente alternada.
Também foi visto que o SVC pode ser, normalmente, de
dois tipos básicos, que seria aquele com TCR e TSC e ou-
tro com TCR e Banco de capacitores fixo. Este último foi
simulado e também pontuado os resultados em tabelas e
gráficos, os quais foram adquiridos por meio do programa
MatLab (Simulink).
Com relação aos resultados do trabalho foi obtido uma boa
faixa de controle do dispositivo SVC simulado, além de
comprovar, com o gráfico 1, quão preciso e linear é dada a
resposta do seu controle.
Em trabalhos futuros pode-se além de fazer a aplicação do
dispositivo simulado, o SVC, pode-se também fazer a si-
mulação e aplicação de cada um dos outros dispositivos
dentro da família dos FACTS.
VI – REFERÊNCIAS
[1] FRANKLIN, D.R.C. Agregação dinâmica de motores
de indução. Campinas, 1991. Tese (Mestrado em En-
genharia Elétrica) – Departamento de Sistemas de
Energia Elétrica, Universidade Estadual de Campinas
[2] RIBEIRO JUNIOR, LUIZ CARLOS. “Dispositivos e
Conversores Utilizados em FACTS”, Artigo de TFG.
UNIFEI, Itajubá, 2015.
[3] Watanabe, E. H.; Barbosa P. G.; Almeida, K. C. e Ta-
ranto, G.N.“Tecnologia FACTS – Tutorial”,Artigo
Submetido em 30/04/97. SBA Controle & Automa-
ção, Vol. 9 em 1/Jan, Fev, Mar e Abril de1998.
[4] Tortelli, O.L. Alocação e Operação de Controladores
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2010. Tese (Doutorado em Engenharia Elétrica) – De-
partamento de Sistemas de Energia Elétrica, Univer-
sidade Estadual de Campinas.
[5] FURINI, Marcos Amorielle; ARAUJO, Percival Bu-
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2, p. 214-225, Junho 2008. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art-
text&pid=S0103-
17592008000200009&lng=en&nrm=iso. Acesso em
22 de Maiode 2016.
[6] Organização Nacional do Sistema, “O que é o SIN -
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http://www.ons.org.br/conheca_sis-
tema/o_que_e_sin.aspx. Acesso em 22 de Maio de
2016.
[7] Associação Brasileira de Distribuição de Energia,
“Sistema Interligado”. Disponível em:
http://www.abradee.com.br/setor-eletrico/sistema-in-
terligado. Acesso em 22 de Maio de 2016.
[8] Pomilio, J.A.; Deckmann, S.M., “Condicionamento
de Energia Elétrica e Dispositivos FACTS”. UNI-
CAMO/FEEC/DSCE, Capítulo 1, p.1-27, Julho 2009.
[9] CÁDENAS, S.L.E. Aspectos técnicos e econômicos
da utilização dos controladores FACTS na operação
de sistemas de energia. São Luís (MA), 2015. Disser-
tação (Mestrado em Engenharia Elétrica) –Universi-
dade Federal do Maranhão.
[10] FESTRAITS, E.B. Consideração da ação de disposi-
tivos FACTS em um método automático de análise de
estabilidade de sistemas de energia elétrica. Campi-
nas, 2002. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elé-
trica) – Departamento de Engenharia Elétrica, Univer-
sidade Estadual Paulista.
[11] “Electricity and New Energy Static Var Compensator
(SVC) Courseware Sample” Editora: © Festo Di-
dactic Ltée/Ltd, Quebec, Canada 2012 - First Edition
Revision level: 01/2015. Disponível em:
https://www.labvolt.com/downloads/86370_f0.pdf.
Acesso em 13 de Setembro de 2016.
BIOGRAFIA:
Janayna Silva da Costa Nasceu em Poço Fundo (MG), em 1990.
Estudou em João Monlevade e Itajubá,
cursando Engenharia Elétrica com ên-
fase em sistemas de potência na UNIFEI,
início em 2011. Realizou estágio na em-
presa ENERSUL em 2012, no EX-
CEN(Centro de excelência em eficiência
energética) em 2013-2014 e no LAT(La-
boratório de Alta tensão da Unifei) em
2015. Fez intercâmbio nos Estados Unidos (EUA) pelo
programa Ciências Sem Fronteiras em 2014-2015.