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ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES HOSPITALIZADOS HELLBA KARTS MARIA E SILVA, BRUNA TEODORO DOS SANTOS, JOYCE OLIVEIRA DE CARVALHO, EDLAINE ALVES DA SILVA, ISIS SURUAGY CORREIA MOURA Evidências mostram que o estado nutricional afeta diretamente na resposta terapêutica em crianças hospitalizadas, estas estando bem nutridas tem como benefício a diminuição no tempo de internamento e também nos índices de morbidade e mortalidade, tendo como resultado final um melhor prognóstico clinico. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de crianças e adolescentes internados numa enfermaria pediátrica. Métodos: Estudo transversal realizado na enfermaria pediátrica de um hospital universitário, com pacientes clínicos com idade até 18 anos. A classificação do estado nutricional foi realizada por meio dos índices P/I, E/I e IMC/I em escores-Z, circunferência do braço e perda de peso. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética, sob o número 41041014.0.0000.5208/2015. Os dados estatísticos foram tabulados no programa Office Excell 2010. Resultados e discussão: Foram avaliados 135 participantes de ambos os sexos, sendo 54% (n=78) do sexo masculino, com 97% (n=131) alimentados por via oral. Dentre as principais doenças que motivaram o internamento encontram-se as doenças respiratórias 22%, doenças endócrinas 14% e doenças dermatológicas 11%. A prevalência de adequação nutricional (peso e estatura adequada) (? Z -2 e ? Z +1 escore) foi de 76% (n= 104), 86% (n= 117) e 64% (n= 86) para os índices P/I, E/I e IMC/I, respectivamente. Já para a circunferência do braço foi encontrado adequação em 74% (n= 100) dos pacientes. Com relação a perda de peso observada no momento da admissão 26% (n=34) apresentaram perda significativa de peso. Conclusão: As ferramentas utilizadas para determinar o estado nutricional dos pacientes mostrou que a grande maioria estava dentro dos parâmetros de normalidade, porém ainda foi visto uma porcentagem significativa de perda de peso após admissão. Sabendo da importância do bom estado nutricional para se evitar ou prevenir complicações em sua evolução clínica, vê-se a importância de triagens nutricionais adequadas que venham ajudar na intervenção precoce evitando que esses indivíduos venham ter problemas decorrentes da deficiência nutricional. Palavras-Chave: Avaliação nutricional, Pediatria, Triagem pediátrica. RELAÇÃO DOS DISTÚRBIOS PSICOLÓGICOS COM A OBESIDADE: UMA REVISÃO KARLA DORALYCE GOMES DOS ANJOS, BRUNA GABRIELLY LACERDA WANDERLEY A obesidade é uma doença integrante do grupo de Doenças Crônicas Não- Transmissíveis, é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal em extensão tal, que acarreta prejuízos à saúde dos indivíduos. A etiologia da obesidade é um processo multifatorial que envolve aspectos ambientais e genéticos. Atualmente é considerada um grave problema de saúde pública, observando-se um aumento considerável de sua prevalência na população mundial. A obesidade é uma condição que tem merecido estudos de diferentes áreas, particularmente psiquiatria e psicologia, devido à sua etiologia multifatorial. Os problemas emocionais geralmente são percebidos como consequência da obesidade, mas conflitos e problemas psicológicos podem preceder o desenvolvimento da doença. Grande parte de

ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES … · indica déficit de crescimento no final da gestação. A desproporcionalidade é um fator comumente associado a um baixo peso

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Page 1: ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES … · indica déficit de crescimento no final da gestação. A desproporcionalidade é um fator comumente associado a um baixo peso

ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES HOSPITALIZADOS

HELLBA KARTS MARIA E SILVA, BRUNA TEODORO DOS SANTOS, JOYCE OLIVEIRA DE CARVALHO, EDLAINE ALVES DA SILVA, ISIS

SURUAGY CORREIA MOURA

Evidências mostram que o estado nutricional afeta diretamente na resposta terapêutica em crianças hospitalizadas, estas estando bem nutridas tem como benefício a diminuição no tempo de internamento e também nos índices de morbidade e mortalidade, tendo como resultado final um melhor prognóstico clinico. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de crianças e adolescentes internados numa enfermaria pediátrica. Métodos: Estudo transversal realizado na enfermaria pediátrica de um hospital universitário, com pacientes clínicos com idade até 18 anos. A classificação do estado nutricional foi realizada por meio dos índices P/I, E/I e IMC/I em escores-Z, circunferência do braço e perda de peso. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética, sob o número 41041014.0.0000.5208/2015. Os dados estatísticos foram tabulados no programa Office Excell 2010. Resultados e discussão: Foram avaliados 135 participantes de ambos os sexos, sendo 54% (n=78) do sexo masculino, com 97% (n=131) alimentados por via oral. Dentre as principais doenças que motivaram o internamento encontram-se as doenças respiratórias 22%, doenças endócrinas 14% e doenças dermatológicas 11%. A prevalência de adequação nutricional (peso e estatura adequada) (? Z -2 e ? Z +1 escore) foi de 76% (n= 104), 86% (n= 117) e 64% (n= 86) para os índices P/I, E/I e IMC/I, respectivamente. Já para a circunferência do braço foi encontrado adequação em 74% (n= 100) dos pacientes. Com relação a perda de peso observada no momento da admissão 26% (n=34) apresentaram perda significativa de peso. Conclusão: As ferramentas utilizadas para determinar o estado nutricional dos pacientes mostrou que a grande maioria estava dentro dos parâmetros de normalidade, porém ainda foi visto uma porcentagem significativa de perda de peso após admissão. Sabendo da importância do bom estado nutricional para se evitar ou prevenir complicações em sua evolução clínica, vê-se a importância de triagens nutricionais adequadas que venham ajudar na intervenção precoce evitando que esses indivíduos venham ter problemas decorrentes da deficiência nutricional. Palavras-Chave: Avaliação nutricional, Pediatria, Triagem pediátrica.

RELAÇÃO DOS DISTÚRBIOS PSICOLÓGICOS COM A

OBESIDADE: UMA REVISÃO

KARLA DORALYCE GOMES DOS ANJOS, BRUNA GABRIELLY LACERDA WANDERLEY

A obesidade é uma doença integrante do grupo de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis, é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal em extensão tal, que acarreta prejuízos à saúde dos indivíduos. A etiologia da obesidade é um processo multifatorial que envolve aspectos ambientais e genéticos. Atualmente é considerada um grave problema de saúde pública, observando-se um aumento considerável de sua prevalência na população mundial. A obesidade é uma condição que tem merecido estudos de diferentes áreas, particularmente psiquiatria e psicologia, devido à sua etiologia multifatorial. Os problemas emocionais geralmente são percebidos como consequência da obesidade, mas conflitos e problemas psicológicos podem preceder o desenvolvimento da doença. Grande parte de

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indivíduos obesos tendem a possuir alterações psicológicas, dentre as mais comuns podemos citar a depressão, ansiedade e compulsão alimentar. Depressão e ansiedade são sintomas comuns e a síndrome de depressão pode ser mais frequente na obesidade grave. O objetivo do presente trabalho é avaliar a relação entre a obesidade e os distúrbios psicológicos. Se trata de um estudo qualitativo e exploratório, onde foram selecionados 13 artigos originais, publicados no período de 2012 a 2017, que abordaram alterações psicológicas em obesos. Constatou-se que a obesidade é uma condição preocupante, pois possui uma associação significante no aparecimento de distúrbios mentais, verificado em todos os estudos analisados, sendo descritos a presença de sintomas melancólicos e depreciadores. Dentro deste cenário, conclui-se que a obesidade possui relação direta para o desenvolvimento das psicopatologias, sendo assim é necessário a implantação de uma conduta qualificada, para manter e preservar a integridade física e mental do indivíduo. Palavras-Chave: Obesidade, Alterações Psicológicas, Depressão.

ANÁLISE DOS PARÂMETROS NUTRICIONAIS E HIGIÊNICO-SANITÁRIOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA EM OLINDA - PE:

PROMOVENDO DIÁLOGO ENTRE A NUTRIÇÃO E A COMUNIDADE ESCOLAR

ACHILEY MYRRAICHEN XAVIER SILVA MOUL, RENATO ARAÚJO TORRES DE MELO MOUL

É indiscutível a importância da educação alimentar e nutricional nas escolas que, por serem um ambiente de ensino, devem promover boas práticas de sensibilização para uma alimentação adequada de sua comunidade. A higienização do local de produção das refeições, o cardápio da dieta escolar, as relações socioeconômicas e a relação aluno-alimento são fatores que devem ser analisados por nutricionistas neste campo de trabalho. (Objetivo) Neste sentido, esta pesquisa busca verificar a rotina e característica da merenda escolar em uma escola pública da cidade de Olinda- PE, analisando o ambiente da escola, o momento da refeição e a alimentação no que diz respeito ao suprimento dos nutrientes para os alunos. (Métodos) Para isto, entrevistamos alunos de séries diversas do Ensino Fudamental II (7º, 8º e 9º anos) e Ensino Médio (1º, 2º e 3º anos) através de um roteiro de perguntas de uma entrevista semi-estruturada. Os estudantes foram questionados quanto à aceitação da merenda, a preferência dos alimentos servidos, a frequência do consumo de saladas e sucos e a quantidade de refeições realizadas diariamente. As respostas foram catalogadas e analisadas de acordo com a Análise do Discurso, por meio de categorizações das palavras e expressões obtidas. (Resultados e Discussão) Entre os resultados, observou-se que boa parte da comunidade escolar não está satisfeita com a merenda servida, realiza apenas duas refeições diárias - sendo uma delas na escola - e desejam mudanças no cardápio, adicionando à dieta tempero, sucos naturais e saladas. Percebeu-se ainda que os estudantes possuem conhecimento prévio razoável sobre educação alimentar e necessidade de uma dieta balanceada. (Conclusão) Ressalta-se então, a necessidade de um acompanhamento maior de nutricionistas no ambiente escolar e a união destes profissionais com os demais sujeitos da comunidade docente / discente e órgãos governamentais, a fim de contribuir para uma melhor educação alimentar e melhorias efetivas na alimentação servida. Palavras-Chave: dieta, merenda escolar, nutrição, alimentação

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ASPECTOS NUTRICIONAIS E SANITÁRIOS DE UMA CRECHE-ESCOLA EM PAULISTA - PE: TRAÇANDO O PERFIL

IDENTITÁRIO DE UMA UAN

ACHILEY MYRRAICHEN XAVIER SILVA MOUL, DANIELLE CÁSSIA DE OLIVEIRA, RENATO ARAÚJO TORRES DE MELO MOUL

As unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) são responsáveis pelo oferecimento de alimentações balanceadas em condições higiênico-sanitárias e nutricionais adequadas. A nutrição adequada em crianças na fase da pré-escola garantirá um crescimento e desenvolvimento saudável, refletindo ao longo de todas das fases da vida. (Objetivo) Esta pesquisa buscou verificar os aspectos higiênico-sanitários e nutricionais em uma creche na cidade de Paulista-PE que acolhe crianças na fase da pré infância com idades de 3 à 5 anos, estabelecendo uma análise a partir da observação direta orientada por um roteiro pré-estruturado. (Métodos) Para isto, foi utilizada uma lista contendo objetivos para análise dos procedimentos higiênicos e sanitários adotados nas áreas de cocção e fornecimento das refeições da instituição em todas as etapas de preparação e distribuição dos alimentos às crianças assistidas, adicionada à observação de estruturas e funncionamento, bem como questionários realizados com funcionários. (Resultados e Discussão) Entre os resultados, pode ser observado que existe deficiência com relação ao acompanhamento de um profissional nutricionista para a correta orientação aos manipuladores dos alimentos quanto ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual, importância da higiene pessoal e coletiva, ausência do Manual de Boas Práticas para consulta contínua dos colaboradores, apontando para a promoção da saúde, prevenção de contaminação dos alimentos e desenvolvimento de doenças de origem alimentar. Notou-se a variabilidade nutricional do cardápio oferecido e realização de ações de Educação Nutricional nas salas de aula. (Conclusão) Ressalta-se então, a necessidade da implantação do Manual de Boas Práticas na área de preparo dos alimentos, como também capacitações aos colaboradores conscientizando-os sobre os riscos e perigos relacionados aos alimentos oferecidos para as crianças, promovendo a saúde e o oferecimento de preparações seguraças, balanceadas e de qualidade. Palavras-Chave: creche, alimentação, doenças de origem alimentar, educação

nutricional, necessidades nutricionais

CARDIOPATIA CONGÊNITA: ESTADO NUTRICIONAL E PROPORCIONALIDADE CORPORAL AO NASCIMENTO

IZABELA DOS SANTOS PEREIRA, ADRIANA CÉSAR DA SILVEIRA, CLAUDIA PORTO SABINO PINHO

As cardiopatias congênitas tem grande impacto nas taxas de mortalidade perinatal e infantil no Brasil. São doenças que podem levar ao comprometimento do crescimento e desenvolvimento da criança. Objetivo: Descrever a condição nutricional e a proporcionalidade corporal ao nascimento de crianças portadoras de cardiopatia congênita. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, utilizando dados ao nascimento de crianças e adolescentes com cardiopatia congênita admitidos num Serviço de cardiologia no Nordeste brasileiro entre 2011 e 2014. O estado nutricional foi avaliado

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pelos indicadores peso/idade, comprimento/idade, peso/comprimento, índice de massa corpórea/idade, Índice Ponderal, e Perímetro cefálico para idade. Resultados e Discussão: Foram avaliados 117 pacientes, sendo 60,7% do sexo masculino e 20,9% com cardiopatia cianótica. Verificou-se que 6,8% das crianças apresentaram baixo peso ao nascer. O peso ao nascer é o parâmetro nutricional mais utilizado para avaliar o recém-nascido, pois reflete as condições de saúde e nutrição do feto e da mãe, sendo um importante preditor de morbimortalidade e relaciona-se com o crescimento e desenvolvimento futuro da criança. Daí a importância de ser avaliado, assim como outras medidas antropométricas, pois permite a identificação do estado nutricional e sua associação com a morbi-mortalidade. A associação das medidas, gerando indicadores é tão importante quanto medidas sequenciadas. O IP é a estratégia de avaliação utilizada para relacionar as diferentes dimensões do crescimento fetal na desnutrição, principalmente no RCIU. Neste estudo observou-se que 28,2% das crianças eram desproporcionais, portanto baixo peso e comprimento adequado, o que indica déficit de crescimento no final da gestação. A desproporcionalidade é um fator comumente associado a um baixo peso ou estatura ao nascimento. Menores valores de escore Z dos indicadores P/I de 5,1%, (p=0,030) e IMC/I de 7,8% (p=0,023) para as cardiopatias cianóticas, quando comparadas aos outros tipos de CC foi observado em nosso estudo, e também é descrito por outros autores com crianças maiores, apontando que a cianose influencia negativamente a condição nutricional da criança, levando ao déficit pondero-estatural. Conclusões: Crianças com CC apresentaram condição nutricional ao nascimento relativamente preservada, com prevalências de distúrbios nutricionais semelhantes às descritas na literatura. Entretanto, foram observadas menores médias de escore Z dos indicadores P/I e IMC/I para as cardiopatias cianóticas, quando comparadas aos outros tipos de CC, sugerindo, portanto, que as cardiopatias que cursam com cianose podem influenciar negativamente o crescimento dos portadores da doença ainda na fase fetal. Palavras-Chave: Estado nutricional, Peso ao nascer, Retardo de crescimento intrauterino

CARDIOPATIA CONGÊNITA: ESTADO NUTRICIONAL E PROPORCIONALIDADE CORPORAL AO NASCIMENTO

IZABELA DOS SANTOS PEREIRA, ADRIANA CÉSAR DA SILVEIRA, CLAUDIA PORTO SABINO PINHO

As cardiopatias congênitas tem grande impacto nas taxas de mortalidade perinatal e infantil no Brasil. São doenças que podem levar ao comprometimento do crescimento e desenvolvimento da criança. Objetivo: Descrever a condição nutricional e a proporcionalidade corporal ao nascimento de crianças portadoras de cardiopatia congênita. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, utilizando dados ao nascimento de crianças e adolescentes com cardiopatia congênita admitidos num Serviço de cardiologia no Nordeste brasileiro entre 2011 e 2014. O estado nutricional foi avaliado pelos indicadores peso/idade, comprimento/idade, peso/comprimento, índice de massa corpórea/idade, Índice Ponderal, e Perímetro cefálico para idade. Resultados e Discussão: Foram avaliados 117 pacientes, sendo 60,7% do sexo masculino e 20,9% com cardiopatia cianótica. Verificou-se que 6,8% das crianças apresentaram baixo peso ao nascer. O peso ao nascer é o parâmetro nutricional mais utilizado para avaliar o recém-nascido, pois reflete as condições de saúde e nutrição do feto e da mãe, sendo um importante preditor de morbimortalidade e relaciona-se com o crescimento e desenvolvimento futuro da criança. Daí a importância de ser avaliado, assim como outras medidas antropométricas, pois permite a identificação do estado nutricional e

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sua associação com a morbi-mortalidade. A associação das medidas, gerando indicadores é tão importante quanto medidas sequenciadas. O IP é a estratégia de avaliação utilizada para relacionar as diferentes dimensões do crescimento fetal na desnutrição, principalmente no RCIU. Neste estudo observou-se que 28,2% das crianças eram desproporcionais, portanto baixo peso e comprimento adequado, o que indica déficit de crescimento no final da gestação. A desproporcionalidade é um fator comumente associado a um baixo peso ou estatura ao nascimento. Menores valores de escore Z dos indicadores P/I de 5,1%, (p=0,030) e IMC/I de 7,8% (p=0,023) para as cardiopatias cianóticas, quando comparadas aos outros tipos de CC foi observado em nosso estudo, e também é descrito por outros autores com crianças maiores, apontando que a cianose influencia negativamente a condição nutricional da criança, levando ao déficit pondero-estatural. Conclusões: Crianças com CC apresentaram condição nutricional ao nascimento relativamente preservada, com prevalências de distúrbios nutricionais semelhantes às descritas na literatura. Entretanto, foram observadas menores médias de escore Z dos indicadores P/I e IMC/I para as cardiopatias cianóticas, quando comparadas aos outros tipos de CC, sugerindo, portanto, que as cardiopatias que cursam com cianose podem influenciar negativamente o crescimento dos portadores da doença ainda na fase fetal. Palavras-Chave: Estado nutricional, Peso ao nascer, Retardo de crescimento intrauterino

PERFIL ANTROPOMÉTRICO E CONSUMO ALIMENTAR DE

CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL DE UM CENTRO DE

REABILITAÇÃO DA CIDADE DO RECIFE

PATRÍCIA SOARES DA SILVA, FABIANA CRISTINA LIMA DA SILVA PASTICH GONÇALVES A paralisia cerebral é um agrupamento de distúrbios não progressivos, que ocorrem devido a uma lesão no sistema nervoso central durante o desenvolvimento. As crianças portadoras de paralisia cerebral podem apresentar disfunção motora e prejuízo cognitivo, afetando a sua capacidade funcional, inclusive a alimentação. Dessa forma, muitos estudos demonstram a prevalência de desnutrição nesse grupo, além de déficit de crescimento e desequilíbrios na composição corporal. O objetivo deste estudo foi avaliar o consumo alimentar e o estado nutricional de crianças portadoras de paralisia cerebral e relacioná-lo ao nível de comprometimento motor apresentado por elas. Trata-se de um estudo do tipo série de casos, realizado com 23 crianças, com idade entre 2 a 10 anos, atendidas no Grupo Universitário de Reabilitação Infantil (GURI), localizado no bairro de Afogados, no município de Recife. A análise do consumo alimentar foi realizada através do recordatório de 24 horas e o perfil antropométrico foi realizado através do escore-z dos índices de altura/idade, peso/idade, índice de massa corporal/idade, circunferência do braço, circunferência muscular do braço e prega cutânea tricipital. Foi observado déficit de estatura em 34,7% das crianças. Cerca de 30% das crianças apresentaram magreza e 13% excesso de peso, pelo peso/idade. Foi observada magreza em 13% da amostra e excesso de peso em 30,4% segundo o índice de massa corporal/idade. Através da prega cutânea tricipital, circunferência do braço e circunferência muscular do braço foi verificada a ocorrência de desnutrição em 43,4%, 30,4% e 30,4% das crianças, respectivamente. Foi indicado excesso de peso em 13% das crianças pela circunferência do braço e 39,1% pela prega cutânea tricipital. Não foi encontrada correlação significativa entre o grau de comprometimento motor e o índice de massa corporal/idade. A avaliação do consumo alimentar encontrou 43,5% das crianças com ingestão calórica abaixo do recomendado e 39,1% com consumo de calorias acima de sua necessidade energética estimada. A maioria das crianças apresentou consumo

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elevado de carboidratos (43,5%) e de proteínas (56,5%) e baixo consumo de lipídios (47,8%), além de baixo consumo de cálcio, ferro, vitamina A (56,5%) e zinco (30,4%). Em relação às fibras dietéticas, 78,3% delas possuíam consumo insuficiente. O presente estudo observou desequilíbrios no consumo alimentar e a ocorrência elevada de desnutrição, como também de excesso de peso entre esse grupo. No âmbito familiar, 69,5% tinham renda per capita inferior a meio salário mínimo, contribuindo para a vulnerabilidade socioeconômica das famílias, favorecendo o acometimento do estado nutricional das crianças com PC. É de grande importância que essas famílias tenham todo o suporte que necessitam e do qual têm direito, através do acesso às redes de atenção à saúde. Para isso essa rede deve estar preparada e capacitada para acolher as necessidades apresentadas pelas crianças com PC e por seus familiares e orientá-los adequadamente a fim de promover saúde e qualidade de vida entre essa população. São necessários estudos adicionais a fim de obter dados mais seguros acerca da situação nutricional apresentada por esse grupo de crianças. Palavras-Chave: Paralisia Cerebral, Crescimento, Infância.

ANÁLISE SOBRE A SELETIVIDADE ALIMENTAR DE CRIANÇAS PORTADORAS DO ESPECTRO AUTISTA

HELENA MARIA SOARES PEREIRA DE ALMEIDA CAVALCANTI, LUANA BEATRIZ BARBOSA DE MELO, MANUELA FIGUEIROA LYRA DE FREITAS O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma síndrome neuropsiquiátrica caracterizada por atraso de desenvolvimento das habilidades sociais, cognitivas e comunicativas. Acerca da alimentação de crianças portadoras de TEA, estudos têm destacado três pontos: seletividade, recusa e indisciplina. Essas características limitam a dieta da criança, geralmente, a apenas 2 ou 3 alimentos. Nesse sentido, esse trabalho teve por objetivo compreender e gerar reflexão sobre os aspectos da seletividade alimentar e suas consequências sob a nutrição de crianças autistas através de uma revisão de literatura. Durante as buscas bibliográficas fez-se uso de 11 textos, entre eles, artigos científicos, revisão de literatura, artigos publicados em revista e relato de experiência do banco de dados do Google acadêmico e PubMed Central considerando estudos brasileiros e internacionais publicados de até 5 anos atrás. A busca foi feita por termos livres: autismo, autismo e seletividade alimentar, autismo e nutrição, autismo e alimentação, autism and diet, autism and food selectivity. As preocupações mais comuns encontram-se na dificuldade de transição para texturas, aceitação de novos alimentos e ao consumo restrito à cor, textura, embalagem e temperatura dos alimentos. Já os autores relataram que os principais fatores que os pais citaram como influenciadores na seletividade alimentar de seus filhos foram, em ordem crescente de importância: textura, aparência e gosto. A transição alimentar, que ocorre por volta dos 8 meses de idade, é o momento que a criança vai ter contato com diversos alimentos de várias texturas, cores, odores e gostos. É nesse momento que se faz necessária a apresentação do novo alimento à criança com TEA pelo menos 8 vezes com o objetivo de fazer com que a criança se acostume à nova descoberta do alimento apresentado. Vários são os relatos na literatura de grandes desafios passados por pais com crianças com TEA nos horários das refeições devido às alterações alimentares causadas por dificuldades nos sistemas sensoriais de seus filhos. Maior parte dos relatos refere à sensibilidade oral, intolerância a textura e a seleção de alimentos. Um dos perigos da seletividade alimentar em crianças autistas é a consequente restrição calórica ou até mesmo ingestão de alimentos de calorias vazias (os industrializados, por exemplo) que pode acarretar uma deficiência de micronutrientes. Estudos revelaram que a maioria das crianças apresenta melhores resultados quando as refeições ocorrem na mesma hora e no mesmo local, e quando se usa um cronograma visual com símbolos ou imagens

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indicando onde e quando ocorrerá a refeição e o que será comido, tornando a refeição mais previsível e menos ansiosa para a criança, e assim obtendo sucesso. Analisando os resultados é perceptível a necessidade de maior atenção acerca do tema e estudos mais concretos, além de uma intervenção nutricional ser de grande importância para que a criança seja saudável e colabore no melhoramento social. Conclui-se então que os pais e profissionais da saúde precisam estabelecer ações educativas que estimulem a aceitação de novos alimentos, por exemplo, colocar uma pequena quantidade do alimento no prato da criança para em seguida incentivar a comer. Palavras-Chave: Autismo, Seletividade Alimentar, Alimentação.

ANÁLISE COPROSCÓPICA DE ESCOLARES DE UMA ESCOLA MUNICIPAL EM VITÓRIA DE SANTO ANTÃO – PE

CAMILA PACHECO FREIRE, MARIA DANIELY DOS SANTOS SILVA, ANDREZA LUANA BARBOSA DA SILVA, JULYANA VIEGAS CAMPOS,

DANILO RAMOS CAVALCANTI

As parasitoses intestinais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, afetando especialmente o desenvolvimento físico, psicossomático e social de escolares. A ocorrência de parasitoses intestinais, podem levar à morbidade nutricional, geralmente acompanhada da diarreia crônica. A maioria das infecções causadas por parasitas costuma ser adquirida por via oral, através da contaminação fecal da água, o mau hábito de higienização de alimentos, principalmente aqueles consumidos crus, como os vegetais. Objetivo: Identificar as principais parasitoses encontradas em escolares de 7 a 10 anos do município de Vitória de Santo Antão – PE por meio de testes coproscópicos. Materiais e Métodos: Foram coletadas 28 amostras fecais de escolares com 7 a 10 anos de idade, das primeiras séries do ensino fundamental, cujos pais assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, autorizando o escolar a participar da pesquisa. As amostras foram coletadas na escola e levadas ao Laboratório de Análises Clínicas da FAINTVISA para serem analisadas pela técnica de Kato-Kato Katz. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética da Faculdade Integrada de Pernambuco (FACIPE), obtendo parecer favorável sob registro de nº 3.196.892 e CAAE 07266919.1.0000.8128. Resultados: Foram estudados 28 escolares, destes, 60,71% eram do sexo masculino. A análise coproscópica revelou que 14,28% dos estudantes apresentaram positividade para parasitoses. Desse total, foram observados quadros positivos para Ascaris lumbricoides (ASC), Enterobius vermicularis (EV) e Schistosoma mansoni (SM), representando 3,57%, 3,57% e 7,14% dos casos, respectivamente. Estudos relatam que ASC, é endêmica nos países em desenvolvimento e está relacionada a baixas condições socioeconômicas. A infecção com esse parasita pode levar a obstrução intestinal, perfuração intestinal, colecistite, colelitíase, pancreatite aguda e abscesso hepático. EV é causador da enterobiose, provocando prurido anal como a alteração mais intensa e mais frequente. Estas parasitoses estão associadas a diversos fatores, como más condições de tratamento da água e falta de práticas educativas em saúde. Com isso, continua a se configurar como doenças parasitárias de maior importância em saúde pública no Brasil. Estudos apontam que a infecção por SM está relacionada a banho de rios, saneamento básico precário, entre outros. Se não tratada adequadamente, a esquistossomose pode evoluir e provocar algumas complicações, como, por exemplo, hepatoesplenomegalia, hemorragia digestiva, hipertensão pulmonar e portal. A prevalência desta parasitose está associada à severidade das formas clínicas e a sua evolução. Quanto ao diagnóstico positivo, os resultados foram entregues na escola, recomendando aos pais uma visita ao Posto de Saúde para

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realização do tratamento. Conclusão: As infecções crônicas em crianças, ainda que assintomáticas, podem produzir retardo de crescimento e do desenvolvimento cognitivo. Fortalece-se, então, a convicção acerca da importância da prevenção das parasitoses através da melhoria das condições socioeconômicas, de saneamento básico e da educação em saúde. Palavras-Chave: enteroparasitoses, parasitologia, saúde pública

ALBUMINA E CONTAGEM TOTAL DE LINFÓCITOS COMO MARCADORES DE ESTADO NUTRICIONAL EM CRIANÇAS

PORTADORAS DE CARDIOPATIAS COGÊNITAS SUBMETIDAS A CIRURGIAS CORRETIVAS

HANNAH FERNANDES CAVALCANTI BRANDÃO, CAMILA YANDARA, DERBERSON JOSÉ, JÉSSICA CRISTINA GUEDES LIMA, SIMONE

RAPOSO MIRANDA, AMANDA DA COSTA LIMA A cardiopatia congênita define-se como anormalidades estruturais do coração dos grandes vasos, logo ao nascimento. Indicações para cirurgias corretivas tornam-se rotineiras e sistemáticas, logo após o diagnóstico. O uso de marcadores de avaliação nutricional contribui para detecção de alterações do estado nutricional, riscos de mortalidade e de desnutrição. Objetivo: Avaliar a contagem total de linfócitos e albumina sérica como marcadores em pacientes com cardiopatia congênita submetidos a cirurgia corretiva. Métodos: Estudo longitudinal, analítico e descritivo, realizado em hospital de referência entre março e outubro de 2015. Participaram do estudo 49 crianças e adolescentes entre 1 mês e 15 anos, ambos os sexos, internados para cirurgia cardíaca. Foi realizada avaliação antropométrica a partir da aferição dos parâmetros de peso, estatura e realizado o diagnóstico nutricional por meio dos indicadores antropométricos. Para os dados bioquímicos foram considerados contagem total de linfócitos com ponto de corte de 2000 células/mm³ para eutrofia e níveis séricos de Albumina, cujo valor de 3,5g/dL. O banco de dados foi criado no Excel for Windows, versão 2010 e a análise estatística foi realizada pelo programa SPSS versão 22.0 e os resultados foram considerados significativos quando p<0,05). Resultados e discussão: Foram avaliados 49 pacientes, com mediana de idade de 37 meses (2 a 197 meses), com intervalo interquartílico de 54, 3 meses, sendo 65,3% <60 meses. Cardiopatias cianóticas foram os diagnósticos mais frequentes (63,3%). O tempo de internamento apresentou mediana de 15 dias, variando de 6 (mínimo) a 46 (máximo) dias. A maioria dos pacientes desnutridos no pré-operatório apresentou níveis normais de albumina sérica (38,5%), considerando como ponto de corte o valor de 3,5mg/dL, porém sem significância estatística (p=0,411). Nenhum dos pacientes desnutridos no pré-operatório apresentou depleção através da contagem total de linfócitos (p=0,061). Conclusão: Foi possível perceber que a contagem total de linfócitos e os níveis séricos de albumina parecem não refletir a condição nutricional no período pré-operatório na população estudada. Palavras-Chave: Cardiopatia Congênita, Cirurgia corretiva, Estado nutricional.

ESCORE DE TRIAGEM NUTRICIONAL STRONGKIDS COMO PREDITIVO DE TEMPO E INTERNAMENTO HOSPITALAR DE

PACIENTES PEDIÁTRICOS

HANNAH FERNANDES CAVALCANTI BRANDÃO, CAMILA YANDARA, JULLYANA FLÁVIA ROCHA, MARIA JOSEMERE, CONCIANA MARIA ANDRADE, AMANDA COSTA

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A infância representa um período fundamental para o desenvolvimento do indivíduo e episódios de doença nessa fase inicial da vida podem interferir no processo de desenvolvimento e crescimento da criança. As altas taxas de prevalência de desnutrição infantil, principalmente hospitalar, ressaltam a necessidade de priorizar a triagem de risco nutricional a fim de identificar precocemente o risco nutricional. Objetivo: Verificar associação entre o escore de triagem nutricional STRONGkids com o tempo de internamento hospitalar de pacientes pediátricos internados em hospital de referência do nordeste brasileiro. Métodos: Estudo transversal, analítico e observacional, realizado entre janeiro e junho de 2017 com crianças de 1 mês a 16 anos e 11 meses, internadas nas enfermarias de clínica médica e cardiologia pediátrica do IMIP, Recife – PE. Foram coletados dados clínicos e antropométricos e aplicado o instrumento de triagem nutricional STRONGkids, até 72 horas após admissão. Foi realizada análise estatística através do software SPSS v.22.0, considerando p<0,05. O presente estudo tem aprovação do comitê de ética em seres humanos sob nº CAAE 692.381. Resultados e Discussão: Foram avaliadas 110 crianças, sendo 40,9% maiores de 1 ano. Doenças respiratórias foram a causa mais frequente dos internamentos (21,8%). Segundo os indicadores antropométricos, 66,3% dos pacientes não apresentavam diagnóstico de desnutrição. De acordo com o escore de triagem nutricional STRONGkids, 71,8% das crianças avaliadas apresentavam risco nutricional médio. Houve associação entre o indicador P/I e o tempo de internamento (p=0,034). O escore obtido pela ferramenta STRONGkids também mostrou associação com o indicador IMC/I (p=0,02). Conclusão: As crianças avaliadas tiveram como a causa mais frequente do internamento, doenças respiratórias, sem apresentar desnutrição, e de acordo com o STRONGkids, apresentavam risco nutricional médio. Palavras-Chave: Triagem, Desnutrição, Criança.

INFLUÊNCIA DA AMAMENTAÇÃO ATÉ OS 6 MESES NA VIDA ADULTA SAUDÁVEL

AVANESSA MARIA CAMPOS SILVA, CAMILA MARIA DA SILVA

Introdução: O leite materno é o melhor alimento para a criança pois além de trazer vários benefícios a longo prazo para a saúde do bebê protege de doenças infecciosas, crônicas e agudas e também contribui para um bom estado emocional e psicológico fortalecendo o vínculo mãe e filho através do ato de amamentar. A organização mundial de saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis primeiros meses de vida, não havendo necessidade de alimentos complementares como: chás, sucos, água ou outro leite. Sendo um alimento completo para o bebê, proporciona uma fonte completa de nutrientes por atender todas as condições metabólicas e digestivas do recém-nascido, abundante em proteínas, minerais (sódio, potássio, cloro e zinco), além de atuar como vacina por possuir anticorpos, proteger e estimular o desenvolvimento do intestino do lactente. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo expor os benefícios a longo prazo que a amamentação exclusiva proporciona a saúde da criança. Métodos: Revisão bibliográfica realizada com artigos selecionados a partir de 2015, as bases de dados utilizadas foram: scielo e lilacs. Resultados e Discussão: A amamentação exclusiva até o sexto mês, complementada por até dois anos é a melhor estratégia a longo prazo para a prevenção de doenças, estudos relatam os efeitos benéficos a longo prazo tais como a redução da incidência de

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obesidade, hipertensão, dislipidemias, diabetes e câncer. A introdução precoce dos alimentos complementares frequentemente aumenta a vulnerabilidade da criança a diarreias, infecções e desnutrição. Consequentemente aumenta a morbimortalidade e atraso no desenvolvimento mental e motor. Podendo acarretar déficit nutricional e outras enfermidades. Foi realizado um estudo com relação ao efeito a longo prazo da amamentação no desenvolvimento intelectual da criança, os participantes que foram amamentados por doze meses ou mais tiveram maior desenvolvimento cognitivo, comparado aos que foram amamentados por menos de um mês. Conclusão: O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança capaz de atender a toda necessidade do lactente até os seis meses, prolongando esses benefícios para a fase adulta.

Palavras-Chave: amamentação, criança, benefícios

AVALIAÇÃO DO ÂNGULO DE FASE DE CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS COM BAIXA ESTATURA-PARA-IDADE

MATEUS DE LIMA MACENA, ANDRÉ EDUARDO DA SILVA JÚNIOR,

DAFINY RODRIGUES DA SILVA PRAXEDES, ISABELE REJANE OLIVEIRA MARANHÃO PUREZA, NASSIB BEZERRA BUENO

Existem diversos métodos de avaliação do estado nutricional de crianças, dentre eles, o ângulo de fase derivado da bioimpedância elétrica, que é um procedimento rápido, simples, prático, com reprodutibilidade, de relativo fácil manuseio e não invasivo. O ângulo de fase tem sido utilizado como indicador prognóstico e de estado nutricional por refletir a integridade e função da membrana celular dos indivíduos e é calculado a partir dos valores de resistência e reatância provenientes da bioimpedância elétrica. O ângulo de fase já tem sido bastante explorado em crianças hospitalizadas com quadros de desnutrição aguda de diversos graus (leve, moderada e grave), no entanto, não temos conhecimento de estudos publicados em condições crônicas, como a baixa estatura-para-idade. Objetivo: investigar se existe diferença no ângulo de fase entre crianças menores de cinco anos de idade com estatura-para-idade adequada e baixa estatura-para-idade. Métodos: trata-se de um estudo transversal realizado em dois centros de ensino infantil de Maceió-Alagoas, coletou-se dados de massa corporal, estatura, circunferência do braço, e resistência e reatância obtidos por meio do uso de bioimpedância elétrica tetrapolar, de crianças com idade entre 2 e 5 anos incompletos. Foram calculados o ângulo de fase e o percentual de gordura corporal. Com auxílio do programa WHO Anthro (WHO, versão 3.0.1, 2016) as crianças foram classificadas de acordo com os índices antropométricos estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde. As crianças foram divididas em 3 grupos: estatura-para-idade adequada, risco para baixa estatura-para-idade e baixa estatura-para-idade. Foi realizada uma análise de covariância para o desfecho principal utilizando idade, sexo e o índice de massa corporal-para-idade como covariáveis. Resultados e Discussão: foram incluídas 57 crianças, sendo 20 (35,1%) com baixa estatura-para-idade, 23 (40,4%) em risco para baixa estatura-para-idade, e 14 (24,6%) com estatura-para-idade adequada. Na análise não-ajustada, não foram encontradas diferenças no ângulo de fase entre os grupos (p = 0,60). Em contrapartida, na análise ajustada, as médias estimadas do ângulo de fase no grupo estatura-para-idade adequada foi de 3,63º [IC95% 3,39-3,88], enquanto que no grupo em risco para baixa estatura-para-idade e baixa estatura-para-idade foi de 4,08º [IC95% 3,91 – 4,26] e 4,06º [IC95% 3,86 – 4,25], respectivamente (p = 0,01; Eta²-Parcial = 15,4%; Cohen-d para a comparação entre baixa estatura-para-idade e estatura-para-idade adequada = 0,13). É possível que exista uma resposta adaptativa a períodos crônicos de restrição energética, na qual em períodos de disponibilidade de energia adequada ou

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excessiva, poderia favorecer o armazenamento de gordura em detrimento à sua utilização. Este fato, pode ser uma explicação para que o ângulo de fase de crianças com baixa estatura-para-idade tenha sido superior ao de crianças com estatura-para-idade adequada, considerando que o acúmulo de gordura acarreta aumento da reatância e, por conseguinte, do ângulo de fase. Conclusão: assim podemos concluir que as crianças com baixa estatura-para-idade possuem valores de ângulo de fase ligeiramente superiores ao de crianças com estatura-para-idade adequada. Sugere-se uma análise prospectiva do ângulo de fase e o índice estatura-para-idade com o objetivo de verificar se existe influência desse indicador no processo de recuperação nutricional.

Palavras-Chave: Desnutrição, crescimento, impedância bioelétrica, nanismo

nutricional

REJEIÇÕES ALIMENTARES EM CRIANÇAS: FATORES ENVOLVIDOS NA SELETIVIDADE E NEOFOBIA ALIMENTAR

JÚLYA DAGMAR LIMA CIRILLO TAVARES DA LUZ, LARISSA BASTOS DE OLIVEIRA, LAYANNA MARIA TENÓRIO COSTA, RAYANE AMORIM DA SILVA, DANIELLE ALICE VIEIRA DA SILVA

Introdução: Em relação à alimentação, é comum que na primeira infância sejam manifestos comportamentos alimentares distintos que podem ser caracterizados como seletividade alimentar e neofobia alimentar. “Comer seletivamente” é a aceitação de uma variedade limitada de alimentos, conhecidos ou novos e “neofobia alimentar” é o medo de novos alimentos, em grande parte, os de origem animal e hortaliças. Objetivo: Identificar os fatores envolvidos na seletividade e neofobia alimentar. Métodos: Foi feita busca nas bases de dados PubMed, Bireme e Scielo de artigos que abordassem a seletividade e neofobia alimentar na infância. Os artigos foram pré-selecionados pela leitura do título e do resumo e os que contemplavam o objetivo do estudo foram lidos na integra. Resultados e Discussão: Ao nascer, as preferências alimentares são definidas geneticamente, pois os bebês são expostos a sabores desde o útero e através do leite materno, porém, o gosto vai sendo complementado e modificado a partir de experiências precoces, onde os pais tem papel importante, uma vez que são os responsáveis pela introdução alimentar. Alimentos que foram aceitos antes do estagio neofóbico, podem ser recusados se sua aparência mudar em apresentações. É mais fácil aceitar novos sabores desde o nascimento e novos sabores complexos aceitos nos primeiros meses da introdução de alimentos complementares, entre os 6 meses. Além disso, os bebês alimentados com alimentos preparados em casa, possivelmente com uma gama mais ampla de sabores e texturas, tenham maior probabilidade de ingerir uma variedade de alimentos do que aqueles alimentados com alimentos comercialmente produzidos. Fatores de nível individual têm sido relacionados à seletividade e neofobia alimentar, como características genéticas e familiares (crescer com pais exigentes e que discutem na hora das refeições cria um ambiente que alimenta a inquietação, pois a criança ainda não é independente e os pais controlam amplamente o ambiente de alimentação), além das características sensoriais dos alimentos (cheiro, sabor, textura, aparência), medo de consequências pós-agressivas negativas e ideação relacionada à comida (nojo ou medo das origens dos alimentos). Níveis mais altos de comportamentos alimentares difíceis, são associados a resultados negativos no tocante a nutrição infantil, como menor consumo de frutas e vegetais e variedade alimentar limitada,

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sendo esse padrão associado a um maior risco de doenças crônicas não transmissíveis. Conclusão: As alterações no comportamento alimentar na infância podem gerar prejuízos nutricionais, de maneira que estratégias que permitam a redução da seletividade e neofobia alimentar por parte das crianças devem ser fomentadas.

Palavras-Chave: Crianças, Neofobia alimentar, Seletividade alimentar

A IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA VERSUS FÓRMULA

LÁCTEA INFANTIL

AMANDA STEFANNY ANINSTON NASCIMENTO, AVANESSA MARIA CAMPOS SILVA, CAMILA MARIA DA SILVA

Introdução: O leite materno é o alimento mais completo, que contém todos os nutrientes necessários para o bebê até os seis primeiros meses de vida, dando início a introdução alimentar. No Brasil há diversas campanhas incentivando o aleitamento materno, pois os primeiros dois anos de vida representam um período crítico de desenvolvimento e crescimento da criança. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo comparar a importância e os benefícios do leite materno e os malefícios das fórmulas lácteas. Método: O método utilizado foi à realização de uma revisão bibliográfica, utilizando artigos relacionados ao tema. Nas bases de dados eletrônicas Scielo e Lilacs, sendo selecionados artigos a partir de 2014. Resultados e Discussão: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o leite materno é a primeira alimentação do bebê, sendo exclusivo até os seis meses de idade, ou seja, não fornecer nenhum alimento ou líquido ao recém-nascido. Após os seis meses pode-se iniciar a alimentação complementar. O leite materno possui glóbulos brancos e anticorpos, com capacidade de prevenir doenças e infecções, como diarreias, otites, gripes e bronquites, além de reduzir a mortalidade infantil. Várias pesquisas científicas mostram como é importante a criança receber o aleitamento materno exclusivo, já que o leite humano trás vários benefícios para o bebê, mãe, família e sociedade, esses benefícios são: prevenção contra infecções, diminui o risco de alergias, diminui o risco de doenças crônicas (hipertensão e diabetes), reduz as chances de obesidade, possibilita uma melhor nutrição, como também um melhor desenvolvimento cognitivo, em relação à mãe pode proteger contra o câncer de mama, menor custo financeiro, promove o vínculo afetivo entre mãe/filho (BRASIL, 2015). As fórmulas infantis são apenas indicadas quando há impossibilidade do aleitamento materno, sua composição possui grande parte dos nutrientes que compõem o leite humano, fazendo com que tenham semelhança com o leite materno, mas sua composição não se iguala às propriedades fisiológicas do leite humano (Gonçalves e Melo, 2014). As fórmulas lácteas são elaboradas através do leite de vaca, não sendo ideal para alimentação do recém-nascido, podendo trazer vários riscos à saúde do mesmo, como: alterações gastrintestinais risco de contaminação no preparo, alergias devido a? proteína do leite de vaca, alterações respiratórias, podendo causar pneumonia. Foi realizado um estudo revelando que 40% das crianças menores de seis meses fazem o uso fórmulas lácteas, onde as mães alegam que o maior motivo para não amamentar a criança é a falta de leite materno, outras relataram que usa fórmula como complemento pois a criança mama muito. Conclusão: O aleitamento materno é ideal para saúde e desenvolvimento do bebê, pois ele previne o surgimento de várias doenças futuras e fortalece o sistemaimunológico da criança. O uso de fórmulas infantis não apresenta nenhum benefício comparado com o leite materno, tendo uma diferença significativa na quantidade e qualidade dos seus componentes. Palavras-Chave: Leite Materno, Fórmula Láctea, Alimentação Infantil

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CONTATO MÃE-FILHO TARDIO NO PÓS-PARTO E AUSÊNCIA DE ALEITAMENTO MATERNO EM PREMATUROS

LOURIENE DE OLIVEIRA ANTUNES, ALEXANDRA RODRIGUES BEZERRA, MICAELY CRISTINA DOS SANTOS TENÓRIO, THIAGO MARQUES WANDERLEY, ALANE CABRAL MENEZES DE OLIVEIRA O contato pele-a-pele é a prática de colocar o recém-nascido (RN) que se encontra ativo e reativo (livre de complicações que contraindique a conduta) sem roupa, de bruços, sobre o tórax ou abdômen desnudo da mãe. Tal prática vem sendo objeto de estudo em diversos trabalhos científicos que comprovam os seus benefícios fisiológicos e psicossociais, tanto para a saúde da mãe quanto para a do recém-nascido, além de ser um procedimento seguro. Trata-se de uma prática essencial para a promoção e incentivo ao aleitamento materno logo após o parto, ao tornar a sucção eficiente e eficaz, pois aproveita o primeiro período de reatividade (hora de ouro na amamentação), o pico de ocitocina materna existente no trabalho de parto e suas consequências na ejeção do leite e propicia o comportamento inato do bebê de abocanhar e sugar a mama durante a primeira hora de vida, aumenta a prevalência e duração da lactação, além de influenciar de forma positiva a relação mãe-filho. Sabe-se que o leite materno é considerado o melhor alimento para o prematuro, pois possui nutrientes específicos que contribuem para maturação biológica, diminuem a incidência de infecções e favorecem o desenvolvimento cerebral desses bebês. Objetivo: Avaliar se o contato tardio mãe-filho no pós-parto está associado à ausência de aleitamento materno na alta hospitalar em recém-nascidos prematuros. Métodos: Estudo transversal realizado na rede pública de saúde de uma capital do Nordeste do Brasil entre os anos de 2016/2018, com puérperas e seus filhos nascidos prematuros, sendo obtidas informações maternas (socioeconômicas, obstétricas, de pré-natal e antropométricas), dos recém-nascidos (sexo, via de parto, peso e comprimento ao nascer e índice de Apgar no 1º e 5º minutos de vida) e sobre a prática do aleitamento materno (variável desfecho das análises). A avaliação da relação entre ausência de aleitamento materno na alta hospitalar e o contato mãe-filho tardio (primeira hora de vida) foi realizada por regressão de Poisson, modelo ajustado por variáveis maternas e perinatais, com os resultados expressos em razões de prevalência (RP) e os respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%), considerando-se significativo p<0,05. O presente estudo foi aprovado pelo comitê de ética (Protocolo n° 1.568.544).Resultados e Discussão: Contou com 381 díades (puérperas e recém-nascidos). Quase metade das puérperas (43,8%) não estava amamentando na alta hospitalar com associação positiva entre essa prática e o contato materno tardio no pós-parto com a criança [RP=1,82 (IC95%= 1,38-2,39), p <0,001]. Resultado semelhante ao encontrado por Silva et al., em estudo realizado em 2016 com RN a termo, com 244 pares (mãe e filho). Conclusão: Foi elevada a prevalência de ausência de aleitamento materno na alta hospitalar de prematuros da rede pública de saúde, estando associada ao contato materno tardio com a criança no pós-parto. Palavras-Chave: Amamentação, pré-termo, maternidade

]A IMPORTÂNCIA DO ÁCIDO FÓLICO NA GESTAÇÃO COMO PREVENÇÃO DE MALFORMAÇÃO DO TUBO NEURAL –

ESPINHA BÍFIDA

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MARIA BARROS

Na fase inicial do desenvolvimento fetal podem aparecer defeitos no tubo neural (malformações). Nesta revisão será abordada exclusivamente a Espinha Bífida (EB), uma anormalidade congênita grave do sistema nervoso que envolve a estrutura primária que originará o cérebro e a medula espinhal. Os defeitos do tubo neural são malformações que ocorrem na fase inicial do desenvolvimento fetal, entre a terceira e a quinta semana de gestação, fase em que muitas mulheres não sabem que estão grávidas, e envolve a estrutura primitiva que dará origem ao cérebro e à medula espinhal. Objetivo: Esclarecer sobre a importância do ácido fólico (vitamina B9) no desenvolvimento sadio do feto e apresentar quais são os riscos morfológicos da deficiência da vitamina B9 para as crianças em fase gestacional. Materiais e Métodos: A metodologia se constituiu em uma revisão bibliográfica, realizada no mês de agosto, fazendo um levantamento e pesquisa nos banco de dados Scielo e Lilacs, e Ministério da Saúde (Brasil). Resultados e discussões: Nos casos de espinha bífida, há falha na fusão dos arcos das vértebras, comumente na região lombar. Há graus variáveis de deformidades na espinha bífida: Espinha Bífida Oculta, com defeito apenas no arco ósseo; e Espinha Bífida Cística, que se divide em duas: Meningocele, protrusão das meninges e Mielomeningocele, protrusão de elementos neurais além das meninges. Uma das causas propostas para esse defeito é a deficiência de folato, condição nutricional em que os níveis de ácido fólico (vitamina B9) são insuficientes. Na fase primária da formação do tubo neural do embrião, acontece a formação do tubo que vai da região lombar alta até a região craniana. Nos primórdios da gestação, a placa neural se fecha, formando o tubo neural. Com a deficiência de ácido fólico na dieta da mãe acontece o fechamento precoce que resulta em espinha bífida. O ácido fólico é o mais relevante fator de risco para os defeitos do tubo neural identificado até hoje. As gestantes tem aptdão a desenvolver deficiência de folato possivelmente causada pelo aumento da necessidade desse nutriente para o desenvolvimento fetal e tecidos maternos. É uma vitamina hidrossolúvel tão somente pode ser obtida de forma exógena, ou seja, proveniente de alimentos. Uma dieta rica em folato e a suplementação de ácido fólico combinados concomitantemente seria a recomendação efetiva para prevenir a deficiência deste nutriente e seus impactos na gestação. As principais fontes de folato são as vísceras, o feijão e os vegetais de folhas verdes como o espinafre, aspargo e brócolis. Conclusão: Essa malformação congênita deve ser encarada como notável fator de risco para a morbidade perinatal e sua eventualidade relacionada com baixa condição socioeconômica, o que pode significar nutrição deficiente. Cuidados na dieta materna, bem como complementá-la com o ácido fólico, tornam-se ponderosos fatores de proteção. Palavras-chave: Disrafismo Espinal; Deficiência de Ácido Fólico; Defeitos do Tubo Neural.

ELABORAÇÃO E ACEITAÇÃO SENSORIAL DE UM BRIGADEIRO FUNCIONAL

CAMILA OLIVEIRA DA SILVA, JUCIELE LIMA SANTOS, CIBELE MARIA ARAÚJO ROCHA

A população, preocupada com uma melhor qualidade de vida, tem procurado preparações com alimentos funcionais, os quais são caracterizados por trazerem benefícios à saúde, além de funções nutricionais, produzindo efeitos metabólicos e fisiológicos no corpo. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo elaborar e avaliar a aceitação sensorial de um brigadeiro funcional. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo transversal quantitativo onde foram aplicadas as fichas de avaliação

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sensorial através da escala hedônica de 9 pontos e análise de intenção de compra pela escala hedônica de 5 pontos. Foi realizada também a composição nutricional dos macronutrientes e fibras alimentares por meio da Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos. Os participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados e discussão: Participaram da pesquisa alunos e funcionários não treinados do Centro Universitário Maurício de Nassau, totalizando 100 pessoas, sendo 82% do sexo feminino (n=82), e 18% do sexo masculino (n=18), com faixa etária de 18 a 60 anos, sendo a média 28 anos de idade. Os atributos como sabor, textura, cor, aroma, aparência e qualidade global tiveram uma boa aceitabilidade acima de 7 (gostei moderadamente), destacando a cor com 8,3 (entre gostei muito e gostei extremamente). A média de intenção de compra foi 4,3 (entre possivelmente compraria e certamente compraria). Conclusão: O brigadeiro funcional teve uma aceitação e intenção de compra satisfatória por se tratar de um dos doces mais típicos da culinária brasileira, mas principalmente por proporcionar vários benefícios à saúde humana, visto que é um alimento com um baixo valor calórico e contém na sua formulação nutrientes essenciais como carboidratos, proteínas, lipídeos e fibras. Porém, mais estudos devem ser realizados especialmente em crianças, uma vez que tem sido observado o aumento de casos de obesidade infantil no mundo. Por se tratar de um produto muito presente nas festas de aniversário, será de grande importância testar o brigadeiro funcional neste grupo e elaborar novas preparações, as quais possam ser consumidas pela população em geral e auxiliarem na prevenção, controle e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis adquiridas por hábitos alimentares inadequados. Palavras-chave: Alimentos funcionais; Análise sensorial; Intenção de compra Palavras-chave: Alimentos funcionais, Análise sensorial, Intenção de compra

ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES ADOLESCENTES BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO

PERÍODO 2008-2018

ANDRÉ EDUARDO DA SILVA JÚNIOR, MATEUS DE LIMA MACENA, NYKHOLLE BEZERRA ALMEIDA, LAÍS GOMES LESSA VASCONCELOS,

ISABELE REJANE DE OLIVEIRA MARANHÃO PUREZA, NASSIB BEZERRA BUENO

No mundo, cerca de 16 milhões de crianças anualmente nascem de adolescentes com idade entre 15 e 19 anos, o equivalente a cerca de 11% do total de nascimentos a cada ano. Isto é mais comum em populações em vulnerabilidade social e é impulsionada pela pobreza, falta de oportunidades de educação e emprego. A adolescência é uma fase do ciclo da vida caracterizada por rápidas mudanças fisiológicas, sexuais, neurológicas e comportamentais, onde as necessidades energéticas e nutricionais estão aumentadas e a nutrição adequada é decisiva para alcançar o pleno potencial de crescimento. Assim, gestações nesta fase da vida aumentam ainda mais as necessidades nutricionais maternas, ocasionando aumento na competição por nutrientes com o feto, podendo levar as adolescentes à uma diminuição do crescimento linear. Além disso, os riscos de desfechos adversos para o binômio mãe-filho de gestações nessa faixa etária incluem: baixo peso ao nascer, prematuridade, natimorto, pré-eclâmpsia e depressão materna. No Brasil, o Programa Bolsa Família é o principal programa de transferência de renda e a sua execução envolve condicionalidades. Na área da saúde, as famílias beneficiárias comprometem-se com o acompanhamento adequado dos cuidados de saúde das crianças, gestantes

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e nutrizes. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de gestantes adolescentes beneficiárias do Programa Bolsa Família no período 2008-2018. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico descritivo. Os dados secundários foram extraídos dos relatórios públicos do SISVAN Web (http://sisaps.saude.gov.br/sisvan/relatoriopublico/index, acessado em 10/08/2019). A análise dos dados foi realizada segundo as macrorregiões do Brasil no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2018. Por se tratar de banco de dados de domínio público, o presente estudo não foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados e discussão: Foram registradas 50.513 e 475.307 observações de gestantes adolescentes em 2008 e 2018, respectivamente. Com relação ao baixo peso gestacional, foi observada uma redução de 8,09% no país, com as maiores reduções nas macrorregiões Nordeste, Centro-oeste e Norte com 9,24%, 9,13% e 8,13%, nesta ordem. Em contrapartida, o excesso de peso aumentou em todas as regiões brasileiras. A média nacional foi de 14,26%, enquanto a região Nordeste apresentou o maior aumento (15,78%), a região Norte obteve o menor aumento do período (12,44%). Quanto a obesidade, houve aumento de 8,67% no país, enquanto que nas macrorregiões Centro-oeste, Sul, Sudeste e Nordeste apresentaram aumentos de 9,87%, 9,67%, 9,60% e 9,23%, respectivamente, e a região Norte registrou o menor aumento que foi de 5,62%. Conclusão: As prevalências de baixo peso nas gestantes adolescentes beneficiárias do Programa Bolsa Família reduziram no período estudado, em contrapartida, as prevalências de excesso de peso e obesidade aumentaram na mesma proporção. Considerando as repercussões do baixo peso e do excesso de peso nos desfechos gestacionais, recomenda-se a adoção de medidas de enfretamento tanto no âmbito individual quanto no da saúde pública direcionadas para educação e planejamento familiar, métodos de contracepção e intervenções nutricionais para este grupo populacional. Ressalta-se a importância do acompanhamento pré-natal, preconizado pelo Programa Bolsa Família e do SISVAN como instrumentos para planeamento de ações na atenção básica. Palavras-Chave: Gravidez na adolescência, avaliação nutricional, obesidade,

vigilância alimentar e nutricional, sistemas de informação em saúde.

A IMPORTÂNCIA DO ÁCIDO FÓLICO NA GESTAÇÃO COMO PREVENÇÃO DE MALFORMAÇÃO DO TUBO NEURAL – ESPINHA BÍFIDA

MARIA BARROS

Na fase inicial do desenvolvimento fetal podem aparecer defeitos no tubo neural (malformações). Nesta revisão será abordada exclusivamente a Espinha Bífida (EB), uma anormalidade congênita grave do sistema nervoso que envolve a estrutura primária que originará o cérebro e a medula espinhal. Os defeitos do tubo neural são malformações que ocorrem na fase inicial do desenvolvimento fetal, entre a terceira e a quinta semana de gestação, fase em que muitas mulheres não sabem que estão grávidas, e envolve a estrutura primitiva que dará origem ao cérebro e à medula espinhal. Objetivo: Esclarecer sobre a importância do ácido fólico (vitamina B9) no desenvolvimento sadio do feto e apresentar quais são os riscos morfológicos da deficiência da vitamina B9 para as crianças em fase gestacional. Materiais e Métodos: A metodologia se constituiu em uma revisão bibliográfica, realizada no mês de agosto, fazendo um levantamento e pesquisa nos banco de dados Scielo e Lilacs, e Ministério da Saúde (Brasil). Resultados e discussões: Nos casos de espinha bífida, há falha na fusão dos arcos das vértebras, comumente na região lombar. Há graus variáveis de

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deformidades na espinha bífida: Espinha Bífida Oculta, com defeito apenas no arco ósseo; e Espinha Bífida Cística, que se divide em duas: Meningocele, protrusão das meninges e Mielomeningocele, protrusão de elementos neurais além das meninges. Uma das causas propostas para esse defeito é a deficiência de folato, condição nutricional em que os níveis de ácido fólico (vitamina B9) são insuficientes. Na fase primária da formação do tubo neural do embrião, acontece a formação do tubo que vai da região lombar alta até a região craniana. Nos primórdios da gestação, a placa neural se fecha, formando o tubo neural. Com a deficiência de ácido fólico na dieta da mãe acontece o fechamento precoce que resulta em espinha bífida. O ácido fólico é o mais relevante fator de risco para os defeitos do tubo neural identificado até hoje. As gestantes tem aptdão a desenvolver deficiência de folato possivelmente causada pelo aumento da necessidade desse nutriente para o desenvolvimento fetal e tecidos maternos. É uma vitamina hidrossolúvel tão somente pode ser obtida de forma exógena, ou seja, proveniente de alimentos. Uma dieta rica em folato e a suplementação de ácido fólico combinados concomitantemente seria a recomendação efetiva para prevenir a deficiência deste nutriente e seus impactos na gestação. As principais fontes de folato são as vísceras, o feijão e os vegetais de folhas verdes como o espinafre, aspargo e brócolis. Conclusão: Essa malformação congênita deve ser encarada como notável fator de risco para a morbidade perinatal e sua eventualidade relacionada com baixa condição socioeconômica, o que pode significar nutrição deficiente. Cuidados na dieta materna, bem como complementá-la com o ácido fólico, tornam-se ponderosos fatores de proteção. Palavras-chave: Disrafismo Espinal; Deficiência de Ácido Fólico; Defeitos do Tubo Neural.

GANHO PONDERAL GESTACIONAL E ESTADO ANTROPOMÉTRICO DE GESTANTES ATENDIDAS EM REDE

BÁSICA DE SAÚDE

LOURIENE DE OLIVEIRA ANTUNES, ALANNA LIRA ATAIDE VANDERLEI, BIANCA GOMES DE SOUZA, ISADORA ALBUQUERQUE MACEDO,

MICAELY CRISTINA DOS SANTOS TENÓRIO, ALEXANDRA RODRIGUES BEZERRA, ALANE CABRAL MENEZES DE OLIVEIRA

O ganho ponderal gestacional é um fenômeno complexo, que sofre interferência direta de mudanças fisiológicas e metabólicas maternas, além do metabolismo placentário. É um fator fundamental para o adequado desenvolvimento gestacional. As variações no ganho de peso durante a gestação podem ser influenciadas tanto por fatores nutricionais como também por fatores sociodemográficos, obstétricos e comportamentais. As recomendações de ganho de peso gestacional estabelecidas pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos (IOM) são as mais aceitas e têm sido utilizadas como padrão de referência em muitos estudos. A inadequação do estado nutricional pré-gestacional ou gestacional e o ganho de peso inadequado durante a gestação estão associados a desfechos perinatais adversos. Objetivo: Avaliar o ganho ponderal gestacional segundo as classes de Índice de Massa Corporal (IMC) entre gestantes atendidas em rede básica de saúde. Métodos: Estudo transversal realizado na rede pública de saúde de Maceió-AL, no ano de 2019, com gestantes, sendo obtidas informações maternas (socioeconômicas, obstétricas e de pré-natal) e realizada avaliação antropométrica, está última para cálculo do IMC gestacional e classificação segundo Atalar Samur e colaboradores. Para análise dos dados foi realizado teste t-student para comparação das médias de ganho de peso segundoas

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classes de IMC, sendo adotado p<0,005 como significativo. O presente estudo foi aprovado pelo comitê de ética (Protocolo n° 2.814.845). Resultados e Discussão: Foram estudadas 105 gestantes com média de idade de 24,46 ± 6,064 anos, sendo 25,7% adolescentes. Em relação aos dados socioeconômicos, 24,8% tinham renda familiar mensal menor que 1 salário mínimo, 98,1% eram alfabetizadas, 33,3% trabalhavam fora do lar, 24,8% se autodeclararam negras e 32,4% referiram estar solteiras. Quanto ao IMC gestacional, 26,5% tinham baixo peso, 35,3% eutróficas, 26,5% com sobrepeso e 11,8% obesas, onde aquelas obesas apresentaram médias de ganho ponderal gestacional maior quando comparadas às eutróficas (11,42±8,75 vs 9,12±4,68, p=0,003). De forma contrária, as gestantes com baixo peso apresentaram médias de ganho de peso menores que as gestantes com IMC adequado (7,41±2,81 vs 10,12±5,82, p=0,009). Em estudo realizado por Campos et al., o ganho de peso gestacional excessivo foi predominante em todas as categorias de IMC pré-gestacional, diferentemente do observado nesse estudo. Conclusão: Foram elevadas as frequências de gestantes com inadequado estado nutricional (baixo peso e excesso de peso), sendo observados maiores ganhos de peso nas gestantes obesas e menores ganhos naquelas classificadas com baixo peso. Resultado preocupante considerando a importância de um ganho ponderal gestacional adequado para um favorável desfecho sobre o binômio mãe-filho. Palavras-chave: Saúde da mulher, Pré-natal, Índice de Massa Corporal

A CORRELAÇÃO ENTRE ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS E A OBESIDADE INFANTIL: UMA REVISÃO

VANESSA WINNIE SILVA DANTAS, THAYSE MENDES PEREIRA

A obesidade infantil é uma doença crônica que está cada vez mais preocupante, suas principais causas são fatores ambientais mudanças no hábito de vida, sedentarismo, aumento do consumo de alimentos industrializados e consequentemente a diminuição do consumo de frutas e verduras fundamentais para a saúde da criança, isso afeta negativamente as condições físicas e metabólicas contribuindo para inflamação acarretando futuros problemas. A obesidade possui muitas consequências como a própria discriminação por não aceitar sua própria imagem, depressão, como também doenças : diabetes, ,hipertensão, colesterol alto. A mídia tem o papel de persuadir a criança a preferir determinado alimento tentando mostrar benefícios para sua saúde, Mas isso não acontece devido à quantidade de conservantes , corantes que são adicionados no processo de indústria desses alimentos, Assim o estudo teve por Objetivo: Analisar os diversos fatores que desencadeiam a obesidade infantil mostrando sua relação com o consumo exagerado de produtos industrializados e os malefícios à saúde da criança. Foram selecionadas 15 publicações disponíveis nas bases de dados da SCielo, PUBMED datados de 2008 a 2018. Os descritores utilizados foram: sedentarismo, alimentos industrializados, obesidade. Os estudos avaliados mostraram que o comportamento alimentar dos Pais influencia diretamente na qualidade de vida dos filhos pelo exemplo a ser seguido. Outro determinante no surgimento da obesidade está sendo a mídia que vem cada vez mais forte na divulgação de produtos alimentícios buscando atrair o consumo desses alimentos pelo público infantil, Outro fator também relacionado seria o aumento da procura e consumo de produtos industrializados interferindo diretamente no excesso de peso e acarretando um baixo consumo de verduras frutas e legumes consequentemente trazendo riscos à saúde da criança. Outros fatores podem ser levados em consideração como: excesso de peso dos Pais, desmame precoce, crianças que passam muito tempo em frente à TV , sedentarismo. Visto que a obesidade infantil

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está cada vez mais em alta se faz necessário uma série de intervenções promovendo ações educativas a fim de incentivar uma alimentação saudável e balanceada priorizando o consumo de frutas verduras e legumes Aliados a prática de exercícios físicos para melhoria da qualidade de vida das crianças diminuindo assim as estatísticas de obesidade na infância. Palavras chaves: Obesidade, Alimentos industrializados, Sedentarismo.

A RELAÇÃO DO AUTISMO COM FATORES NUTRICIONAIS

LAISE VILLARIM OLIVEIRA, VICTOR AGLAY DE LIMA BRAGA, LAISY SOBRAL DE LIMA TRIGUEIRO

O transtorno do espectro autista (TEA) é uma síndrome de difícil definição e bastante complexa que engloba perturbações do desenvolvimento neurológico, relacionamento social e habilidades motoras. Apresenta-se, ainda, com diferentes graus de intensidade além de afetar fortemente o sistema gastrointestinal, sendo um empecilho no desenvolvimento desde crianças até adultos portadores. No Brasil estima-se que cerca de 2 milhões de habitantes sejam portadores dessa síndrome. OBJETIVO: Avaliar a sintomatologia gastrointestinal de pacientes portadores de TEA, analisando dados estatísticos e fatores nutricionais que possam ser benéficos ou maléficos para os mesmos, bem como o uso de probióticos. MÉTODOS: Realizou-se a pesquisa nas bases de dados PubMed, ScienceDirect e revistas eletrônicas de saúde, aplicando os seguintes descritores: autismo, gastrointestinal. Os estudos foram selecionados entre 2014 e 2019. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Além dos padrões alterados de comportamento, os autistas apresentam alguns distúrbios gastrointestinais, como diarreia, constipação e dor abdominal. Os números relatados desses sintomas gastrointestinais (GI) em portadores dessa síndrome são alarmantes (chegando em até 91% em algumas pesquisas). Diversos cuidadores relataram que a restrição de glúten e da caseína é benéfica para esses pacientes. Estudos mostram, ainda, que pode haver deficiência em micro e macronutrientes, resultando em alterações sintomáticas no GI. Alguns dos sintomas mais comuns relatados por participantes de estudos são constipação funcional (42,5%), síndrome do intestino irritável (11,7%) e dor no intestino exterior (9,2%), sendo relatado em alguns estudos a melhoria no GI quando utilizado probióticos, já que esses pacientes apresentam alterações na microbiota intestinal. CONCLUSÃO: Entende-se assim, que é de fundamental importância o acompanhamento nutricional efetivo com pacientes portadores de TEA, bem como a administração de probióticos, já que o número de sintomas e de casos relacionados à doença em questão é alarmante e o uso dessa substancia pode ajudar no tratamento e diminuição dos sintomas. Palavras-Chave: autismo, gastrointestinal diseases

IMPORTÂNCIA DA INGESTÃO DE CÁLCIO NA ALIMENTAÇÃO DOS IDOSOS: REVISÃO DE LITERATURA

LAISE VILLARIM OLIVEIRA, IGOR MACEDO OLIVEIRA, LARISSA CORDEIRO ARAÚJO, STEFFANY ALBUQUERQUE DO BÚ, VIVIANNE DE OLIVEIRA BARROS INTRODUÇÃO: De acordo com a OMS, em 2025 o Brasil será o sexto país em número de idosos. Com avanço da idade, variações fisiopatológicas e socioeconômicas, a população idosa fica propensa ao risco nutricional. A carência de adequação da ingesta de cálcio tem estimulado o acatamento de inúmeras pesquisas. É atribulado averiguar a exiguidade do cálcio, visto que o organismo pode habituar-se a vários níveis de ingestão, havendo assim desproporção na aptidão da utilização do

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cálcio alimentar, em indivíduos saudáveis. As DRIs atuais para o cálcio são de 1200mg para indivíduos com idade maior que 50 anos. Algumas pesquisas mostram que o consumo de cálcio pode prevenir doenças como a osteoporose, que é caracterizada como um distúrbio osteometabólico, pela diminuição da consistência mineral óssea. Com base nisso, é de extrema importância realizar uma reeducação alimentar com a inclusão do cálcio na nutrição diária. OBJETIVO: Analisar por meio de pesquisa a importância do cálcio na alimentação dos idosos, bem como fatores associados que possam interferir, como a ingesta de vitamina D. MÉTODOS: Averiguar na literatura a importância do cálcio na prevenção da osteoporose. Para atingir o objetivo proposto, foi realizado uma pesquisa bibliográfica, a partir de levantamentos de referências teóricas já analisadas e publicadas em bases de dados como Scielo, pubmed e lilacs, usando os descritores: deficiência de cálcio, nutrição de idosos, osteoporose. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A saúde óssea é conservada com a alternância balanceada de minerais e Ca que é um micronutriente essencial para a mineralização dos ossos. Na velhice o equilíbrio é alterado e promove a perda de massa e da microarquitetura óssea. A vitamina D auxilia na absorção do cálcio ingerido e a ajuda a deposita-lo juntamente com o fosforo no esqueleto. Apesar da osteoporose estar relacionada ao envelhecimento e não possuir uma cura definitiva, existem medidas paliativas que precisam ser aderidas pelos indivíduos acometidos. É de grande importância o diagnóstico precoce, para melhorar a qualidade de vida dos portadores. CONCLUSÃO: Potencializar a ingesta de micronutrientes essenciais como cálcio e vitamina D para o amparo da saúde óssea torna-se uma alternativa promissora na redução dos danos causados pela osteoporose. Deve-se adotar uma dieta rica em Ca e vitamina D e fisioterapia para garantir ao idoso uma maior resistência estrutural, diminuindo os danos provocados pela doença. Palavras-Chave: deficiência em cálcio, nutrição de idosos, osteoporose

BENEFÍCIOS DO LEITE FERMENTADO NA SAÚDE HUMANA: UM ESTUDO DE REVISÃO

CAMILA OLIVEIRA DA SILVA, LUCIARA SILVA DE SALES SOUZA,

RENATA ADRIELLE LIMA VIEIRA

A procura da população por alimentos que forneçam benefícios a saúde despertou o interesse da indústria alimentícia em desenvolver produtos como o leite fermentado que é um meio de veiculação de bactérias probióticas que garantem essa vantagem. Objetivo: Verificar os benefícios do leite fermentado na saúde humana. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, baseada em artigos publicados pelas bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), National Library of Medicine (PUBMED) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível superior (CAPES PERIÓDICO), em que foram selecionados artigos dos últimos dez anos nos idiomas português, inglês e espanhol. Os descritores de saúde utilizados foram: “probióticos”, “produtos lácteos fermentados” e “Lactobacillus”. Resultados e discussão: Estudos clínicos realizados em humanos têm demonstrado resultados positivos quanto ao consumo de leite fermentado contendo cepas probióticas. Estes estudos mostraram que o Lactobacillus casei shirota (1,0x1011 UFC/dia) e Lactobacillus paracasei N1115 (3,6x10 UFC/mL) reduziu o risco de infecções do trato respiratório superior em adultos durante pelo menos 12 semanas. A linhagem casei CNCM I1518 está relacionada a uma menor incidência de rinofariginte infantil no período de 3 meses. A combinação dos probióticos L. paracasei ssp. paracasei (12x10 UFC), Bifidobacterium animmalis ssp. lactis (12x108UFC) e L. plantarum (0,0175%) são uma alternativa eficiente para melhorar a imunidade, aumentando a atividade da célula natural killer(NK) em adultos não diabéticos. A provável administração de 2,72 x 1010 UFC de B. lactis HN019 por 45 dias e de

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2x1010 UFC\dia de mix de probióticos (L. acidophillus, L. casei, Lactococcus lactis, B. bifidum e B. lactis) é capaz de reduzir o índice de massa corporal (IMC), a adiposidade abdominal e alguns marcadores inflamatórios. O B. lactis CNCM I-2494 melhorou os sintomas digestivos e gastrointestinais em adultos saudáveis. Conclusão: O leite fermentado por apresentar lactobacilos e bifidobactérias teve vários efeitos benéficos à saúde humana como redução do risco de infecções do trato respiratório superior, melhor funcionamento do sistema imunológico e gastrointestinal, além de redução da gordura abdominal, do IMC e outros marcadores de risco cardiovascular. Palavras-chave: Probióticos; Produtos Lácteos Fermentados; Lactobacillus

GANHO PONDERAL GESTACIONAL EXCESSIVO E NASCIMENTO DE PREMATUROS GRANDES PARA IDADE GESTACIONAL DE MACEIÓ-AL

ALEXANDRA RODRIGUES BEZERRA, LOURIENE DE OLIVEIRA ANTUNES, MICAELY CRISTINA DOS SANTOS TENÓRIO, ALANE CABRAL

MENEZES DE OLIVEIRA O ganho de peso gestacional é um dos fatores determinantes sobre o peso ao nascer e a ocorrência de prematuridade. O peso inadequado ao nascer aumenta a morbimortalidade nos primeiros dias de vida e o risco de desenvolver doenças na vida adulta. Objetivo: Avaliar o ganho ponderal gestacional e a ocorrência de nascimento de crianças prematuras grandes para a idade gestacional. Métodos: Estudo transversal realizado entre os anos de 2016/ 2018 em uma maternidade no município de Maceió-AL com puérperas em seus recém-nascidos (RN) de parto prematuro. Foi aplicado questionário padronizado contendo informações clínicas, de pré-natal e nutricionais. O estado nutricional materno foi avaliado pelo Índice de Massa Corporal (IMC) e pelo ganho ponderal gestacional segundo Atalah Samur et al. e Instituto de Medicina dos Estados Unidos, respectivamente. O peso ao nascer foi classificado segundo as recomendações da INTERGROWTH-21st: em pequenos para idade gestacional (PIG), adequados para a idade gestacional (AIG), e grandes para a idade gestacional (GIG). Os Índices de Apgar nos 1º e 5º minutos de vida do RN com valores < 7 caracterizando baixa vitalidade. A prematuridade foi subdividida em pré-termo tardio (34-36,6 semanas), pré-termo moderado (32-33,6 semanas), muito pré-termo (28-31,6 semanas), pré-termo extremo (<28 semanas). Os dados foram processados com o auxílio do Stata versão 13.0. Na comparação entre as classificações de peso ao nascer e as categorias de IMC materno foi utilizada a regressão de Poisson com estimativa robusta da variância, onde a magnitude das associações foram expressas em Razão de Prevalência (RP) e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%), considerando-se significativo p<0,05. O presente estudo foi aprovado pelo comitê de ética (Protocolo n° 1.568.544). Resultados e Discussão: Foram estudadas 381 díades, onde 29,92% e 12,07% eram adolescentes e com idade ?35 anos, respectivamente. Em relação ao estado nutricional materno na gestação, 43,33% das mulheres foram classificadas com excesso de peso (21,94% sobrepeso e 21,39% obesidade) e 68,82% apresentaram ganho de peso gestacional inadequado (44,38% insuficiente e 24,44% excessivo). Em relação aos RN, 60,11% nasceu de parto cesariano, e 10,19% e 19,57% eram PIG e GIG, respectivamente, com17,17% e 6,43% deles com baixo Apgar no 1º e 5º minuto de vida, na sequência. Segundo a prematuridade: 64,3% eram pré-termos tardio, 19,4% pré-termos moderado, 13,9% muito pré-termo e 2,4% em pré-termos extremo. Quanto à relação entre ganho de peso materno e peso ao nascer dos conceptos, gestantes com ganho ponderal gestacional excessivo (RP=2,82; IC95%=1,18-2,51 e p=0,00) apresentaram maiores riscos de terem crianças nascidas GIG. A elevada frequência de gestantes com ganho

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ponderal excessivo pode ser explicada pelo fenômeno da transição nutricional, aumentando assim a ocorrência de complicações materno-fetais, como o risco de parto prematuro e o nascimento de crianças GIG. Conclusão: O ganho ponderal gestacional excessivo influenciou no nascimento de recém-nascidos prematuros GIG. Palavras-Chave: Grande para Idade Gestacional, Ganho de Peso, Gravidez

PERFIL DO DESCARTE DE LEITE HUMANO EM UM BANCO DE LEITE DE TERESINA PIAUÍ

LUNA SERRA SILVA, CÉLIA REGINA ASSUNÇÃO LEAL, VANESSA MARIA MOURA PAZ, ERICA LOPES BARRETO

Os Bancos de Leite Humano são serviços especializados de promoção proteção e apoio à lactação,assim como, processamento e controle de qualidade do excedente lácteo doado de nutrizes saudáveis, para posterior distribuição aos recém-nascidos de risco internados em unidades neonatais. Objetivo: Identificar a percentagem de descarte de leite humano cru ordenhado por acidez e sujidade. Métodos: Estudo descritivo transversal com abordagem quantitativa com dados coletados entre julho de 2018 e março de 2019, em um banco de leite humano em Teresina-Piauí, a partir das fichas de registros do serviço. Resultados: Foram pasteurizados 754.5 litros de leite humano cru doados, dos quais 21,37% destes foram descartados devido a causas como a sujidade (15,64%) e por acidez (5,76%). Discussão:Todo leite humano ofertado a recém nascidos de risco e/ou alto risco devem ser submetidos a criterioso processo de seleção e classificação, que envolve análises como verificação das condições da embalagem, off flavor, cor, acidez desenvolvida e presença de sujidades. Dentre esses parâmetros, a acidez Dornic e a presença de sujidades, são indicadores de classificação do leite humano para consumo. Em atenção às Normas Técnicas da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano e RDC 171( Normas para Implantação e Funcionamento de Bancos de Leite Humano. DOU – 04/09/2006) valores de acidez acima de 8º D (graus Dornic) e constatação de elementos como pelos, cabelo, fragmentos de pele, de unha insetos, vidro dentre outros, desqualificam o produto para consumo humano. Conclusão: Identificou-se descarte de leite humano cru ordenhado por acidez e presença de sujidades inferindo a necessidade de ações corretivas na manipulação e redução de perdas. Palavras-chave: banco de leite nutriz leite humano

INFLUÊNCIA DA VITAMINA D NO DESENVOLVIMENTO FETAL INTRA-UTERINO

THAÍS FARIAS LIMA, LAÍSE VILLARIM OLIVEIRA

Sabe-se que é de fundamental importância uma ingesta adequada dos nutrientes pelas gestantes para uma formação fetal sadia e um peso normal ao nascer, na direção de contribuir positivamente na vida futura da criança. Atualmente, muito se discute sobre os níveis séricos de vitamina D e seus possíveis efeitos na saúde humana, pois estudos apontam que sua deficiência pode afetar negativamente muitos aspectos fisiológicos, em especial para as gestantes, já que a formação fetal está diretamente relacionada à nutrição materna. OBJETIVOS: Avaliar a relação da carência de vitamina D com o desenvolvimento fetal intra-uterino, evidenciando seus benefícios preventivos. MÉTODOS: Realizou-se a pesquisa por meio de revistas eletrônicas e bases de dados como PubMed, UpToDate e ScienceDirect, aplicando os seguintes descritores: pregnancy, vitamina D, ingestão adequada. Os estudos selecionados foram publicados entre 2013 a 2019. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A carência dessa vitamina apresenta interação com a saúde óssea e muscular da

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gestante e da criança, podendo interferir negativamente na absorção do cálcio e no desenvolvimento pulmonar do feto, além de possibilitar resistência à insulina, diabetes gestacional, vaginose bacteriana e aumento da frequência de cesarianas. Observa-se também que níveis séricos ideais dessa substância têm relação positiva na prevenção de doenças esqueléticas, autoimunes e alérgicas, bem como da pré-eclâmpsia, por promover uma melhor adaptação da placenta com o organismo materno. CONLUSÃO: O acompanhamento nutricional no pré-natal para realização de orientações alimentares adequadas é de extrema importância e, para mulheres grávidas com deficiência de vitamina D, a reposição de 1000 a 2000 unidades internacionais de vitamina D diariamente pode ser necessária para manter um nível sanguíneo ideal de 25 (OH) vitamina D > 30 ng/mL visando a manutenção da saúde materna e fetal. Palavras-Chave: gestação, vitamina D.

TRANSPLANTE DA MICROBIOTA FECAL COMO TERAPIA EM CRIANÇAS COM DISTÚBIOS GASTROINTESTINAIS

DIAGNÓSTICADAS COM TEA

CAMILA PACHECO FREIRE, MARIA CARLA MELO DAMASCENO,

DÉBORAH VICTÓRIA GOMES NASCIMENTO, MICHELLE FIGUEIREDO

CARVALHO

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do desenvolvimento neurológico, caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social e pela presença de comportamentos e/ou interesses repetitivos ou restritos. Esses sintomas configuram o núcleo do transtorno, mas a gravidade de sua apresentação é variável. Crianças com TEA apresentam como um dos sintomas, diversos distúrbios gastrintestinais crônicos como constipação, diarreia e flatulência, os quais impactam em metabolismo, resposta imunológica e função neurológica. O transplante de microbiota fecal (TMF) é uma alternativa eficaz para o tratamento de disbiose intestinal, o procedimento consiste na introdução da microbiota intestinal de um doador saudável em um paciente portador. O mecanismo fisiológico exato pelo qual o TMF altera a microbiota intestinal não está bem estabelecido, mas é evidente que restaura a diversidade e a estrutura da microbiota. OBJETIVOS: Avaliar, a partir de uma busca na literatura, os principais efeitos do transplante de microbiota fecal quando utilizado como alternativa terapêutica em crianças portadoras de TEA que possuem disbiose intestinal. METODOLOGIA: Foram utilizados artigos indexados nas bases de dados Pubmed, Lilacs e Scielo. A busca foi conduzida utilizando-se as palavras-chave: Autismo; Microbiota; Transplante da Microbiota Fecal. Os artigos identificados foram selecionados a partir da leitura dos títulos, dos resumos e dos textos completos, com disponibilidade online publicados nos anos de 2011 a 2018 em língua portuguesa e inglesa. RESULTADOS: A microbiota intestinal, bem como seu desequilíbrio (disbiose), têm importante papel no TEA, nos artigos selecionados para compor o estudo é relatado, a partir de análises de ensaios clínicos aberto, o impacto do transplante da microbiota fecal como terapia para crianças com sinais e sintomas de alterações gastrointestinais, diagnósticas com TEA. Em um dos relatos, o tratamento envolveu o uso de antibiótico de 2 semanas, uma limpeza intestinal e, em seguida, um transplante prolongado da microbiota fecal, usando uma dose inicial alta. A Escala de Classificação de Sintomas Gastrointestinais após o procedimento revelou uma redução de aproximadamente 80% dos sintomas gastrointestinais no final do tratamento, incluindo melhorias significativas nos sintomas de constipação, diarreia, ingestão e dor abdominal após 8 semanas após a terapia. Enquanto no outro estudo, as análises de sequenciamento bacteriano e de fagiformes feitos em crianças, após receberem a introdução por via oral de uma microbiota considerada saudável, revelaram enxerto parcial bem sucedido na microbiota doadora e mudanças benéficas

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no ambiente intestinal. CONCLUSÃO: A terapia por TMF em crianças portadoras de TEA mostra-se com uma abordagem promissora para alterar a microbiota intestinal e melhorar os sintomas gastrointestinais e consequentemente comportamentais desse transtorno. Apesar disso, é primordial que mais pesquisas sejam feitas na área para assim estabelecer um padrão ideal de tratamento mediante o transplante para esses casos. Palavras-Chave: Autismo, Transplante da Microbiota Fecal, Disbiose.

CONSTRUINDO UM PRATO SAUDÁVEL: INTERVENÇÃO REALIZADA COM PRÉ-ESCOLARES DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO - RELATO DE EXPERIÊNCIA.

LETÍCIA DA SILVA PACHÊCO, BRUNA KAROLINE ALVES DE MELO SILVA, CAROLINE SILVA DOS SANTOS, CATHARINA VITÓRIA BARROS

DE LIMA, EDUILA MARIA COUTO SANTOS, SÍLVIA ALVES DA SILVA Os hábitos alimentares dos indivíduos são consolidados ao longo da vida. Sendo a infância caracterizada como o período crítico para internalizar padrões de comportamento alimentar que influenciarão na qualidade de vida na fase adulta e senil, segundo Silva (2007). Diante disso, sabe-se que além da família, a escola é o primeiro ambiente em que a criança será inserida no contexto de um grupo social, em que as experiências de conhecimento, comportamentos e convívio em grupo influenciarão diretamente na alimentação. Logo, o estímulo à alimentação saudável, exatamente nesse período, é indiscutivelmente necessário. Elucidando assim, a importância da Educação Alimentar e Nutricional (EAN) no ambiente escolar, integrada a ações lúdicas e educativas, uma vez que possibilitará aos educandos assimilarem a promoção da alimentação saudável, respeitando ainda os ciclos sociais que estão inseridos. OBJETIVO: Visto isso, objetiva-se relatar a experiência de uma ação de educação alimentar e nutricional (EAN), visando promover hábitos alimentares saudáveis em pré-escolares. MÉTODOS: A ação de estratégia em educação nutricional foi implantada com 20 crianças, com idades entre 3 a 4 anos, na creche do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (CAIC), localizado em Vitória de Santo Antão- PE, pelas alunas do curso de Nutrição participantes do projeto de extensão: Estratégias de educação nutricional para crianças pré-escolares de Vitória de Santo Antão. Foram realizados dois encontros semanais, no mês de novembro de 2017. A ação referida foi a montagem do "prato saudável" pelas crianças, diante dos conhecimentos adquiridos através das atividades anteriores e pela recordação da importância de cada alimento para a saúde. Conseguinte, foi proposta uma roda de conversa, para observação dos pratos montados e percepção das escolhas, seguida de sugestões de melhorias na composição alimentar. Para isso, foram utilizados materiais artesanais confeccionados pelas extensionistas, sendo elaborados alimentos como laranja, melancia, banana, alface, tomate, arroz, macarrão, batata frita, feijão, ovos, bife e frango, de espuma vinílica acetinada (EVA). RESULTADOS e DISCUSSÃO: A ação implementada de maneira dinâmica proporcionou uma mudança nos hábitos alimentares de algumas crianças. Visto, que mediante o relato das professoras, foi perceptível a transmissão de conhecimentos acerca da alimentação saudável, já que os alunos relataram a dinâmica para os pais e assim passaram a levar frutas à escola. Além disso, se observou o aumento do interesse das crianças pelas atividades desenvolvidas, afinal, eles se mostraram mais proativos e interagiram positivamente. CONCLUSÃO: Os resultados da ação em educação alimentar e nutricional na creche foram considerados satisfatórios, pois o entendimento, interesse, participação e relatos dos pré-escolares nas atividades propostas foram positivos. Salientando que essa atividade é um incentivo primário ao aprendizado sobre a

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alimentação adequada. Sendo de suma importância a contínua intervenção nutricional no contexto educativo. Palavras:chave: Educação alimentar e nutricional, Pré-escolares, Alimentação

saudável.

PROPOSTA DE CARDÁPIO SAUDÁVEL PARA CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS

ALEXANDRA RODRIGUES BEZERRA, LAURA MATA DE LIMA SILVA, RODRIGO LUIS DA SILVEIRA SILVA, ALINE OLIVEIRA DE ARAÚJO,

PALOMA ARQUIMEDES ALVES DOS SANTOS

São características dos primeiros anos de vida de uma criança a rápida velocidade de crescimento e desenvolvimento, tendo a alimentação um papel fundamental para assegurar que tais fenômenos ocorram de forma adequada. A qualidade e a quantidade de alimentos consumidos pela criança são aspectos críticos e têm repercussões ao longo de toda a vida, associando-se ao perfil de saúde e nutrição, já que a infância é um dos estágios da vida biologicamente mais vulnerável às deficiências e aos distúrbios nutricionais. Metodologia: Trabalho realizado na enfermaria da pediatria do Hospital João Murilo de Oliveira, na cidade de Vitória de Santo Antão-PE, no ano de 2014. Foram elaborados cardápios quantitativos baseados nas necessidades nutricionais médias de crianças entre 6 e 12 meses. Para cálculo dos alimentos utilizou-se as tabelas de composição de alimentos (Philippi, 2002; TACO, 2011). Para estimar as necessidades nutricionais, foi considerada a média do índice P/I no percentil 50. A distribuição de macronutrientes foi exposta em percentual referente ao valor energético total e a quantidade de ferro expressa em mg. Para elaboração do cardápio foram considerados alimentos regionais disponíveis no serviço, e o mesmo foi adaptado de acordo com a proposta do Guia Alimentar para Crianças Menores de Dois Anos, elaborado pelo Ministério da Saúde do Brasil (2010). Resultados: Nos cardápios elaborados para crianças com 6 meses e entre 7-11 meses, foi considerado o aleitamento materno em livre demanda ou utilização de leite artificial associado com a alimentação complementar. Foi observado para 6 meses, 56,5% de carboidrato, 14,7% de proteína, 28,6% de lipídeos e 11mg de Fe; para 7-11 meses, 16,4% de proteína, 56,8% de carboidrato, 26,6% de lipídeos e 12,6mg de Fe; para idade igual ou maior a 12 meses, 13,1% de proteína, 65,4% de carboidrato, 21,3% de lipídeos e 7,65mg de ferro. Os alimentos componentes da dieta foram distribuídos em seis refeições, especificando-se sua medida caseira e seus respectivos substitutos. As refeições eram esquematizadas de acordo com idade, onde aos seis meses era ofertado leite materno livre demanda, papa de fruta e papa salgada; entre os 7-11 meses era introduzida mais uma papa salgada e passado gradativamente pata a alimentação da família e aos 12 meses esperava-se que a criança estivesse alimentando-se com a comida da família. Discussão: Considerando que a partir dos 6 meses as necessidades nutricionais da criança já não são mais atendidas somente com o leite materno, e a mesma já apresenta maturidade fisiológica e neurológica para receber outros alimentos, a alimentação complementar deve ser iniciada. Esses alimentos complementares, chamados alimentos de transição, devem respeitar a identidade cultural e alimentar da região onde a criança está inserida, resgatando e valorizando os alimentos regionais. No entanto, mesmo recebendo outros alimentos, a criança deve continuar com o aleitamento materno em livre demanda até pelo menos 2 anos ou mais (Brasil, 2010). Conclusão: Levando em consideração a importância de uma alimentação saudável associada ao aleitamento materno o cardápio saudável é uma estratégia fundamental. Palavras-Chave: Alimentação saudável, Alimentação complementar, Nutrição infantil

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EFETIVIDADE DA SUPLEMENTAÇÃO DO LEITE HUMANO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PREMATUROS:

REVISÃO DE LITERATURA

LILIANE SANTOS DA SILVA, CAROLINY FERNANDES DE MELO SANTOS, GABRIELA MENDONÇA RAMOS, TIAGO EMANUEL VIEIRA DA SILVA,

MÔNICA LOPES ASSUNÇÃO

Recém-nascidos prematuros e de muito baixo peso ao nascer necessitam de atenção especial, pois, uma má nutrição nessa fase da vida encontra-se associada a danos irreversíveis. O leite materno (LM) é considerado fonte ideal de nutrição no período neonatal, por conter nutrientes e componentes bioativos essenciais, nas quantidades adequadas ao atendimento das necessidades energéticas e nutricionais. O uso de suplementos adicionados ao LM de mães de prematuros é uma prática realizada há mais de 25 anos, sendo seu uso crescente nas UTIs neonatais. O fortificante do leite humano pode ser de dois tipos: aditivo líquido preparado a partir de doadoras de leite ou industrializados rico em múltiplos micronutrientes. A versão comercial fornece a maioria dos micronutrientes em quantidades mínimas por porção, permitindo o ajuste das doses ao longo das refeições. Objetivo: Identificar a efetividade da suplementação do leite materno realizada a partir do aditivo líquido ou da versão industrializada sobre o crescimento e desenvolvimento de recém nascidos prematuros. Material e métodos: Revisão narrativa da literatura onde se identificou 28 artigos originais em duas bases de dados, Pubmed e Scielo, relativos ao uso de suplementos do leite materno. Os critérios de inclusão foram: gestação ? 32 semanas, peso ? 2.500 g e em uso de leite materno com aditivos. Enquanto que os critérios de exclusão foram: idade gestacional ? 32 semanas, peso ? 2.500 g, artigos de revisão ou proveniente de pesquisas realizadas em crianças com anomalia congênita, que tenham desenvolvido enterocolite necrosante, com intolerância alimentar, em uso de fórmulas infantis ou com comprometimento do trato gastrointestinal. Ao realizar a busca foram encontrados 28 artigos, dos quais 18 não atendiam aos pressupostos de inclusão. Resultados e discussão: Dos 10 artigos selecionados um deles avaliou o desenvolvimento motor, cognitivo e de linguagem, obtendo maiores valores no grupo intervenção com o uso de fortificantes do que no grupo controle para os três domínios. Quatro intervenções avaliaram a mineralização óssea, peso, comprimento e perímetro cefálico, sendo que em uma das pesquisas não se evidenciou diferença estatisticamente significante entre os dois grupos para as três últimas medidas. Já o conteúdo mineral ósseo foi superior no grupo com uso de fortificantes nos quatro estudos realizados. Outros quatro artigos tiveram como objetivo avaliar o crescimento, ganho de peso e perímetro cefálico, encontrando maiores médias, com diferença estatisticamente significante, no grupo que recebeu o leite materno fortificado. Conclusão: A fortificação do leite materno pode ser uma boa alternativa para a melhora do estado nutricional dos recém nascidos prematuros tendo um ganho de peso mais rápido, aumento do perímetro cefálico e melhora na mineralização óssea. Porém, é necessário mais pesquisas com um número maior de indivíduos, para uma garantia efetiva do uso de suplemento, com estabelecimento de dose por Kg de peso, frequência da oferta e tempo de uso. Palavras-Chave: Leite materno, Fortificação, prematuridade, Aditivo do leite

RELATO DE EXPERIÊNCIAS DO PROJETO DE EXTENSÃO NUTRINDO O MUNDO AZUL

OLIVIA MAXIMIANO DE OLIVEIRA SILLERO, BRUNA MARIA PINTO ACIOLY MELO, SARAH REGINA DA SILVA LUCENA, MARIELLENA DE

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ANDRADE CARDOSO FRAGOSO, MARIA CAROLINA DE MELO LIMA, MARIA FABIANA DE LIMA SANTOS LISBOA

O Transtorno do Espectro Austista (TEA) é um transtorno complexo do desenvolvimento, que envolve atrasos e comprometimentos nas áreas de interação social e linguagem, incluindo diversos sintomas emocionais, cognitivos, motores e sensoriais. Geralmente apresenta-se antes dos 3 anos de idade, decorrente de uma vasta gama de condições pré, peri e pós-natais e seu diagnóstico é estabelecido pelos critérios do DSM-V-TR. Estudos mostram que uma alimentação com glúten e caseína, podem piorar os sintomas do TEA, uma vez que, essas proteínas sintetizam gluteomorfinas e caseomorfinas, que são estruturas semelhantes a drogas opiáceas, alterando a percepção, o humor, e o comportamento do indivíduo com TEA. Sendo assim, a exclusão destas proteínas pode melhorar o contato social, visual e da linguagem. Bem como, da cognição, comunicação, comportamento, melhoria do sono e outros aspectos benéficos. Desta forma, uma das metas do tratamento nutricional é a retirada total do glúten e da caseína da dieta. O presente trabalho trata de um relato de experiências do projeto de extensão Nutrindo o Mundo Azul, que se propõe a trabalhar com a melhora do aspecto nutricional de crianças com TEA, realizado em uma instituição pública da cidade de Maceió/AL, no período de fevereiro a dezembro de 2019. Tal instituição tem por objetivo a integração e desenvolvimento das crianças autistas e seus familiares. Objetivo: Promover ações de educação e saúde na população dos pacientes autistas atendidos em uma instituição pública da cidade de Maceió/AL. Metodologia:Atividades de educação e saúde: Oficinas, ações educativas, discussão de artigos e aplicação de pesquisa quantitativa: Questionário de Frequência Alimentar (QFA). Resultados e Discussão: Foram realizadas 4 oficinas, com público médio de 25 famílias, onde foram ministradas mini palestras e receitas sem glúten e caseína, de fácil acesso e replicabilidade. Também foram realizadas 3 visitas à instituição em questão;discussão de artigos e ações de conscientização em uma universidade local sobre a importância do acompanhamento nutricional, com degustação de receitas; lançamento da hashtag: #autistaprecisadenutricionista nas redes sociais no dia da conscientização do TEA. Além da aplicação do QFA em uma amostra por conveniência, tendo por resultado os seguintes dados: das 10 crianças avaliadas, 100% não faziam dieta sem glúten e sem leite, o que provavelmente pode repercutir negativamente em todo tratamento; 80% consomem cereais 1 ou mais vezes ao dia, 70% nunca consomem raízes ou tubérculos, 100% consomem pães e biscoitos 1 ou mais vezes ao dia, 60%consomem frutas 1 ou mais vezes ao dia, 80% consomem verduras e legumes 1 ou mais vezes ao dia, 80% nunca consumiram leites vegetais, 80% consomem laticínios 1 ou mais vezes ao dia, 90% consomem leguminosas 1 ou mais vezes ao dia, 90% consomem proteína animal 1 ou mais vezes ao dia, 80% consomem açúcar 1 ou mais vezes ao dia, 40% consomem salgados 2 a 4 vezes por semana, 80% nunca consomem chocolates, bombons e confeitos. Conclusão: Conclui-se que as atividades realizadas pelo projeto podem repercutir positivamente na mudança dos hábitos alimentares e consequentemente dos aspectos comportamentais e cognitivos dos pacientes autistas. Palavras-Chave: TEA, alimentação, glúten

RELATO DE EXPERIENCIA DE AÇÃO DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM ESCOLA MUNICIPAL: NOVA

PERSPECTIVA PARA O MARKETING E NUTRIÇÃO

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LETÍCIA DA SILVA PACHÊCO, BRUNA KAROLINE ALVES DE MELO SILVA, CAROLINE SILVA DOS SANTOS, CATHARINA VITÓRIA BARROS DE LIMA, SÍLVIA ALVES DA SILVA, EDUILA MARIA COUTO SANTOS O marketing é definido como um processo que objetiva a criação, comunicação, entrega e a troca de ofertas com valoração individual e coletiva, buscando satisfazer as necessidades e desejos dos potenciais clientes. Nesse sentido, crianças são alvos fáceis da publicidade televisiva, pois a compreensão da intenção do comercial geralmente aparece entre 7 e 8 anos, antes deste estágio, elas tendem a considerar os comerciais como entretenimento. A vista disso, os heróis e histórias de aventura são associados aos alimentos infantis em comerciais. Sendo assim, as propagandas direcionadas ao grupo dos pré-escolares, têm efeito mais nocivo do que aquela direcionada às crianças maiores de 8 anos, pois nesta fase ocorre o período crítico para internalizar padrões de comportamento alimentar, são determinantes para melhorar a qualidade de vida na fase adulta e senil. Valendo-se dessa afirmativa, a educação nutricional é definida como “uma variedade de experiências planejadas, para facilitar a adoção voluntária de hábitos alimentares ou de qualquer comportamento relacionado à alimentação, que conduz à saúde e ao bem-estar” é importante para estimular o imaginário, combinando personagens heroicos e contação de histórias à alimentação saudável, confrontando o exposto pela publicidade televisiva que majoritariamente associa os heróis a alimentos densamente energéticos e pobres em micronutrientes promovendo o aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis. OBJETIVO: Relatar a ação de educação alimentar e nutricional, incentivando a associação de personagens de forma saudável e adoção pelo marketing como fator importante na construção de hábitos saudáveis. MÉTODOS: Para fundamentação teórica realizou-se buscas na plataforma Google Acadêmico, datados entre 2006 e 2018, segundo descritores: educação nutricional, marketing, pré-escolares, alimentação infantil. Assim, a ação de estratégia em educação nutricional foi implantada com 20 crianças, entre 3 e 4 anos, na creche do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente, localizado em Vitória de Santo Antão-PE, pelas alunas do curso de Nutrição participantes do projeto de extensão: “Estratégias de educação nutricional para crianças pré-escolares de Vitória de Santo Antão”, em outubro de 2017. A ação referida foi a contação de história relacionando heróis à frutas, na qual os super poderes são benefícios das frutas. Conseguinte, a caracterização dos alunos como “heróis da fruta”, com materiais confeccionados pelas extensionistas e crianças. RESULTADOS e DISCUSSÃO: Visto que, o marketing veicula alimentos de alto valor energético e pobres em micronutrientes, a ação implementada foi uma ferramenta auxiliar na construção dos hábitos alimentares das crianças. Pois, passaram a levar frutas referentes ao personagem escolhido para caracterização, havendo proatividade nas atividades desenvolvidas sequencialmente. Evidenciando, que pré-escolares assimilam os personagens e histórias às preferências alimentares, é possível que as crianças aprendam a gostar de alimentos saudáveis, desde que sejam estimuladas e precocemente educadas. CONCLUSÃO: Diante isso, uma nova perspectiva deve ser adotada, tendo a propaganda como mais um incentivo aos hábitos saudáveis, sendo utilizada como ferramenta na educação do consumidor, principalmente para crianças, que possuem menor competência para discernir entre as escolhas adequadas ou não. Palavras-Chave: Crianças, Educação Alimentar e Nutricional, Marketing.

ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES PÓS-TRATAMENTO ONCOLÓGICO

VITÓRIA CARDOSO DE OLIVEIRA, JASMINNY MARIALICE FERREIRA DOS ANJOS

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O câncer infantil, embora ainda raro, é um conjunto de doenças de proporções graves, pois ameaça a vida, embora apresente cerca de 80% de chance de cura, se diagnosticado precocemente. A desnutrição é a principal complicação nutricional e geralmente está associada à quimioterapia e radioterapia, que provocam alterações gastrintestinais importantes, tais como: náuseas, vômitos, mucosite, alterações no paladar, diarreia, os quais resultam em prejuízos na ingesta e absorção dos nutrientes. Paradoxalmente, vem sendo observado o excesso de peso já no diagnóstico e/ou pós terapia, o que pode resultar em pior prognóstico e menor chance de sobrevida, além do acometimento por doenças cardiovasculares a longo prazo e/ou uma segunda neoplasia. Objetivo: Descrever o estado nutricional segundo antropometria de crianças e adolescentes no pós-tratamento oncológico acompanhadas em um hospital de referência em Recife - PE. Métodos: Estudo transversal e descritivo com crianças e adolescentes fora de tratamento oncológico, idades entre 5 e 19 anos, de ambos os sexos, acompanhados no ambulatório do serviço de Oncologia Pediátrica de um centro de referência do Nordeste. Foram coletadas variáveis sociodemográficas (sexo, idade, procedência), clínicas (tipo de tumor, tempo fora de tratamento) e antropométricas (peso, altura, circunferência do braço, dobra cutânea tricipital, circunferência muscular do braço e circunferência da cintura). O estado nutricional foi avaliado de acordo com os indicadores IMC/Idade, Estatura/Idade, classificados conforme OMS (2006/2007) e a circunferência do braço (CB), dobra cutânea tricipital (DCT) e circunferência muscular do braço (CMB), segundo Frisancho (1990). As análises estatísticas foram feitas no programa SPSS v. 13.0, nível de significância de 5%. Estudo aprovado pelo comitê de ética em seres humanos (CAEE nº 65883117.8.0000.5201).Resultados e discussão: A amostra foi composta de 116 pacientes e 58,6% deles eram do sexo masculino. A maioria possuía idades entre 10 a 19 anos (65,5%) e foi portadora de câncer do tipo hematológico (63,8%). Ao analisar o estado nutricional, observou-se que a maior parte da população apresentou-se eutrófica (68,1%), porém cerca de 1/3 dela (28,4%) tinha excesso de peso, segundo o IMC/I. O déficit nutricional se manteve em menos de 10% dos pacientes, sendo as frequências de 3,4%, 8,6% e 9,5% de acordo com IMC/I, CMB e CB, respectivamente, porém sem diferenças estatisticamente significantes. Além disso, verificou-se que 33,6% dos avaliados tinham risco de doença cardiovascular através da CC. Conclusão: Embora os pacientes em sua maioria apresentem um estado nutricional preservado, quase 30% deles estavam com excesso de peso e pouco mais que isso tinham risco de doença cardiovascular vide CC, o que sugere a ausência de um estilo de vida saudavel no pós-tratamento oncológico e predispõe essa população ao acometimento de inúmeras doenças cardíacas, além de outras comorbidades associadas. Palavras-Chave: Tratamento Oncológico, Crianças, Adolescentes

DESNUTRIÇÃO VERSUS OBESIDADE: UM PARADOXO SOCIAL ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES FORA DE

TRATAMENTO ONCOLÓGICO

JASMINNY MARIALICE FERREIRA DOS ANJOS, VITORIA CARDOSO DE OLIVEIRA

Durante e após a terapia oncológica vem sendo observado mudanças determinantes sobre o estado nutricional de crianças e adolescentes com câncer. Quando no tratamento o déficit nutricional pode acometer até cerca de 50% dessa população e geralmente está associado à sintomatologia como anorexia, náuseas, vômitos, os quais limitam a ingestão alimentar. Por outro lado, observa-se a coexistência de excesso de peso já no momento do diagnóstico e/ou após o término da terapia,

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caracterizando assim possíveis sequelas tardias. Apesar de raro, o câncer na infância parece não fazer distinção quanto à classe social, porém naqueles indivíduos pós-tratamento verifica-se uma diferença no estado nutricional, conforme estratos socioeconômicos diferentes. Objetivo: Associar o diagnóstico nutricional e a caracterização social de crianças e adolescentes fora de tratamento oncológico acompanhadas em um hospital de referência em Recife, PE. Métodos: Estudo descritivo, transversal, realizado entre julho e outubro de 2017 com 116 crianças e adolescentes pós-tratamento oncológico, idades entre 5 e 19 anos, de ambos os sexos, atendidos no ambulatório do serviço de Oncologia Pediátrica do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP). O perfil socioeconômico da amostra foi caracterizado por questionário elaborado pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas para Critério de Classificação Econômica Brasil – CCEB o qual divide a população brasileira em classes A, B1, B2, C1, C2, D e E (classe mais favorecida – A e menos favorecidas, D e E). A avaliação do estado nutricional considerou os indicadores IMC/Idade, Estatura/Idade, classificados segundo OMS (2006/2007), além de circunferência do braço (CB), dobra cutânea tricipital (DCT), circunferência muscular do braço (CMB) e circunferência da cintura (CC), conforme Frisancho (1990). As análises estatísticas foram feitas no programa SPSS v. 13.0, nível de significância de 5%. Estudo aprovado pelo comitê de ética em seres humanos (CAEE nº 65883117.8.0000.5201).Resultados e discussão: Entre as 116 crianças e adolescentes avaliados, a maioria era do sexo masculino (58,6%), tinha idades entre 10 a 19 anos (65,5%) e era portadora de câncer do tipo hematológico (63,8%). Metade residia no interior do estado de Pernambuco (50,9%), 40,5% na cidade do Recife ou região metropolitana e 8,6% eram de outros estados. A maior parte da amostra pertencia à classe C (média) (47,4%), seguida da DE (baixa)(37,9%) e apenas 16,4% eram das A e/ou B. O excesso de peso, segundo IMC/I, esteve presente em 1/3 da população (28,4%) e estava distribuído em todas as classes sociais. Porém, apesar de reduzida, a prevalência de déficit nutricional (9,5%) esteve presente apenas entre as classes menos favorecidas (C e DE), achado estatisticamente significante (p=0,004). Conclusão: Apesar do déficit nutricional estar cada vez menos frequente nessa população após o tratamento, observa-se que o mesmo persiste entre os menos favorecidos, enquanto que o excesso de peso caracteriza-se como uma importante sequela tardia da terapia oncológica e está presente em todas as classes, assemelhando-se assim à realidade vigente na população brasileira pediátrica em geral. Palavras-Chave: Desnutrição, Obesidade, Pós tratamento, Cancer

RAZÃO CINTURA-ESTATURA (RCE) COMO PREDITOR DE DOENÇA CARDIOVASCULAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES PÓS-

TRATAMENTO ONCOLÓGICO

JASMINNY MARIALICE FERREIRA DOS ANJOS, VITORIA CARDOSO DE OLIVEIRA

A RCE tem sido proposta como uma medida antropométrica adicional para avaliar a obesidade e a adiposidade central porque esta, independentemente da condição do peso corporal, se associa a um maior risco de doenças cardiovasculares (DCV). Diversos estudos têm demonstrado uma crescente quanto ao número de crianças e adolescentes antes, durante e principalmente no pós tratamento do câncer com excesso de peso e o uso desse parâmetro pode representar um melhor preditor de risco cardiovascular quando comparados à utilização isolada do IMC nesses pacientes.Objetivo: Avaliar a prevalência de risco cardiovascular, segundo RCE, em crianças e adolescentes no pós-tratamento oncológico acompanhadas em um hospital de referência em Recife - PE. Métodos: Estudo transversal, descritivo, com 116 crianças e adolescentes com idades entre 5 e 19 anos, de ambos os sexos,

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acompanhados no ambulatório do serviço de Oncologia Pediátrica de um centro de referência do Nordeste. O estado nutricional foi avaliado conforme os indicadores IMC/Idade, Estatura/Idade, segundo OMS (2006/2007), circunferência do braço (CB), dobra cutânea tricipital (DCT) e circunferência muscular do braço (CMB), segundo Frisancho (1990), além de circunferência da cintura (CC), medida e classificada de acordo com Taylor et al. (2000) que define obesidade abdominal como CC ? percentil 80, ajustado para idade e sexo e o risco cardiovascular quando RCE foi ? 0,5 (Ashweel & Hsieh, 2005).As análises estatísticas foram feitas no programa SPSS v. 13.0 e o estudo foi aprovado pelo comitê de ética em seres humanos (CAEE nº 65883117.8.0000.5201).Resultados e discussão: A maior parte da amostra era do sexo masculino (58,6%) com idades entre 10 a 19 anos (65,5%) e foi portadora de câncer do tipo hematológico (63,8%). A maioria apresentou-se eutrófica (68,1%), porém cerca de 1/3 dela (28,4%) tinha excesso de peso, segundo o IMC/I. Além disso, 33,6% dos avaliados apresentaram risco de DCV através da CC e pouco menos (26,7%) tinham maiores RCE. Quando considerados os fatores de risco cardiovascular isolados, a prevalência de excesso de peso apresentou associação estatisticamente significante com as frequências de obesidade abdominal e RCE (p=0,00).Conclusão: Verifica-se, portanto, que crianças e adolescentes no pós-tratamento oncológico apresentam além do excesso de peso, um elevado risco de acometimento por DCV, conforme o verificado através da elevada frequência de obesidade abdominal e maiores RCE. Nesse sentido, torna-se fundamental o acompanhamento nutricional desses pacientes principalmente nesse período a fim de encorajá-los na adoção de um estilo de vida mais saudável. Palavras-Chave: pós tratamento, cancer, doença cardiovascular, criança e

adolescente

CONSUMO ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE PRÉ-ESCOLARES DAS REGIÕES NORTE E NORDESTE NO ANO DE

2018

GABRIELA MENDONÇA RAMOS, CAROLINY FERNANDES DE MELO SANTOS, LILIANE SANTOS DA SILVA, TIAGO EMANUEL VIEIRA DA

SILVA, MÔNICA LOPES DE ASSUNÇÃO As crianças menores de cinco anos merecem atenção especial tendo em vista que uma alimentação inadequada pode colocar em risco o seu crescimento e desenvolvimento, ocasionando problemas como a desnutrição ou a obesidade, além da carência de micronutrientes, situação denominada de fome oculta. Com o processo de transição alimentar e nutricional houve um aumento no consumo de alimentos ricos em gordura e açúcares, os quais possuem elevada quantidade de calorias e reduzido valor nutricional, que associado a alta frequência de sedentarismo observada no público infantil, pela troca na prática de atividades físicas ao ar livre pelas telas de TV/celulares, contribui para uma maior prevalência de crianças com excesso de peso. Objetivo: Avaliar o consumo alimentar e o estado nutricional de pré-escolares das regiões norte e nordeste no ano de 2018. Metodologia: Estudo descritivo, desenvolvido a partir dos dados de domínio público provenientes do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN WEB), que é abastecido mediante coleta, registro, processamento e análise de dados. Analisou-se dados referente a 1.393.662 crianças menores de 5 anos sendo 345.418 da região Norte e 1.048.243 da região Nordeste. Utilizou-se os pontos de corte da WHO 2016 para a classificação antropométrica das crianças pelos índices P/I, A/I e P/A. Na avaliação do consumo habitual de alimentos utilizamos o guia alimentar da população brasileira. Resultado e discussão: A região norte se caracterizou por um maior contingente de crianças com baixa estatura (A/I < -2 escore Z = 37,36% versus 27,25% da Região Nordeste), enquanto isso o Nordeste

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se sobressai com maior prevalência de excesso de peso (P/A > + 2 escore Z = 16,84% versus 9,47% das crianças do Norte do país). A prevalência de eutrofia (P/A ? -2 e ? + 1 escore Z foi de 81,73% para o sexo feminino e 79,32% para os sexo masculino e 76,89% para o sexo feminino e 74,44% para o masculino para as regiões Norte e Nordeste) em ambas as regiões foi de Em se tratando do consumo alimentar nesta faixa etária, observou-se que frutas, legumes e verduras foram os alimentos mais consumidos entre essas crianças, superando os ultraprocessados e embutidos, em ambas regiões. Porém, a porcentagem de crianças que já consomem bebidas açucaradas e ultraprocessados é superior a 50%, enquanto que para embutidos esse valor é de 30%, com comportamento semelhante entre as regiões. Conclusão: Conclui-se que a há uma similaridade no consumo de alimentos ultraprocessados e bebidas açucaradas entre pré-escolares das regiões Norte e Nordeste, contudo o de consumo de frutas, verduras e legumes pelas crianças das duas regiões é frequente, o que é extremamente benéfico. Observou-se também um adequado estado nutricional, com as crianças apresentando um maior percentual de crescimento para idade, o que pode ser atribuído às melhorias sociais, econômicas, investimentos do governo e acesso à informação das famílias. Palavras-Chave: criança, transição nutricional, excesso de peso, ultraprocessados.

MONITORAMENTO DAS PRÁTICAS DE ALEITAMENTO MATERNO NO BRASIL: ELAS REALMENTE FUNCIONAM

CAROLINY FERNANDES DE MELO SANTOS, LILIANE SANTOS DA SILVA, MÔNICA LOPES DE ASSUNÇÃO, GABRIELA MENDONÇA RAMOS, TIAGO

EMANUEL VIEIRA DA SILVA

O aleitamento materno (AM) constitui o alimento ideal para lactentes nos seis primeiros meses de vida, sendo recomendado de forma exclusiva neste período de tempo por representar uma fonte de nutrientes especialmente adaptados às condições digestivas e metabólicas da criança, protegendo contra microorganismos patogênicos e favorecendo a relação do binômio mãe e filho. Para melhor intervenção das políticas públicas, voltadas para a Promoção, Proteção e Apoio ao AM torna-se necessário o registro nos sistemas de informação em saúde, como o DataSUS e o SISVAN WEB, sobre a prática desta oferta alimentar pelas mães em crianças menores de 2 anos. Este trabalho, quando realizado de forma sistemática permite avaliar de forma indireta os serviços de saúde na atenção básica e propor medidas de intervenção objetivando aumentar os indicadores de AM. Objetivo: Identificar o registro dos indicadores de aleitamento materno no Brasil pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN WEB) e DATASUS e se estes são suficientes para representar a real prevalência de aleitamento materno no país. Métodos: Estudo descritivo, com utilização de dados secundários, provenientes dos Sistemas DATASUS e SISVAN WEB, onde foi obtido o número de crianças menores de 6 meses em aleitamento materno exclusivo (AME) no período de 2008 a 2018. Resultados e Discussão: No DATASUS constam dados referentes apenas aos anos de 1999 e 2008, ademais sem informações sobre percentuais e números absolutos. Podemos verificar que em 2008 a região norte apresentou maior percentual de amamentação (10,1%) e o nordeste a menor (8,4%) entre as regiões Brasileiras. No SISVAN, obtivemos relatórios com números absolutos e informações relacionadas aos anos de 2015 a 2018, porém o número de registros é muito pequeno em relação a quantidade da população. No ano de 2015 às regiões que tiveram os maiores e menores números de crianças em AME foram a Sudeste com 12.373 e centro-oeste com 4.053 lactentes respectivamente. No ano de 2016 houve um aumento no número de registros em todos as regiões, porém o Sudeste manteve o pioneirismo na prática do aleitamento materno exclusivo, enquanto a região Norte apresentou o pior desempenho (33.222 versus 4.064 crianças em

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AME). Contudo em 2018 a região com o menor número de crianças em AME nos primeiros 6 meses de vida é o Centro-oeste com 3.475 e o Sudeste permanece como a região que mais se destaca nesta prática alimentar com 51.611 crianças em AME nos seis primeiros meses. Conclusão: Assim, podemos observar que as estatísticas sobre o AME por 6 meses no Brasil são falhas, dado a baixa cobertura da população nas regiões centro-oeste, norte e a alimentação dos sistemas de informações em saúde na região sudeste. Podendo haver falhas na capacitação dos profissionais para operacionalizar o SISVAN, dificultando o registro desta informação em alguns estados. Palavras-Chave: Aleitamento materno, Indicadores,Regiões

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NO ENVELHECIMENTO

THAÍS FARIAS LIMA, LILIAM KEZIA OLIVEIRA SOUZA

O aumento da população idosa brasileira é decorrente do declínio da fecundidade e mortalidade, o que acaba alterando o panorama de saúde do brasil. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, em 2030 o país terá a quinta população mais idosa do mundo. Portanto, a educação nutricional surge como um modo de ajudar o idoso a enxergar a importância de bons hábitos alimentares, promovendo-o autocuidado e a diminuição da vulnerabilidade física e social. Demonstrando como ideal, a chegada do envelhecimento agregada de uma ótima qualidade de vida diretamente relacionada com aspectos nutricionais, sociais, dado que, atitudes negativas em relação às pessoas de qualquer idade têm consequências significativas sobre sua saúde mental, física e nutricional. OBJETIVOS: Promover a educação de forma continuada, motivando e agregando conhecimentos acerca da alimentação e nutrição, objetivando a promoção de saúde ao idoso de forma interativa, facilitando a integração dos idosos entre si, levando o idoso a liderar de forma positiva a sua saúde, capacitando-o sobre da interação dos alimentos sobre sua vida. Influenciando nas suas motivações intrínsecas e extrínsecas, onde os conhecimentos adquiridos para melhora de qualidade de vida serão não só absorvidos, mas repassados. MÉTODOS: Realizou-se encontros semanais à partir do mês de abril/2019 onde foram aplicadas aulas dialogadas, magistral, de demonstração e prática. Aplicando um entendimento facilitado com atividades dinâmicas e muitas vezes lúdicas que acontecem de forma individual ou dividida em grupos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A funcionalidade do projeto utiliza o conhecimento acerca da nutrição, mas é também uma forma de socialização entre gerações e troca de informações, desmistificação de costumes. A ação de educação nutricional direcionada a este grupo colabora para uma alimentação mais atenta às suas necessidades, equilibrada e preventiva por promover a reflexão no idoso sobre hábitos saudáveis que minimizem os sinais do envelhecimento. Seja por dores, carências nutricionais, tratamento de patologias de forma preventiva ou que já se façam presentes. CONCLUSÃO: A necessidade de promover um envelhecimento saudável e manutenção de uma boa qualidade de vida evidencia a valorização da preservação da independência mental e física no idoso, tendo este uma maior autonomia sobre si. Dessa maneira, percebe-se a relevância da inserção de projetos que estimulam este público no aumento de hábitos saudáveis, diminuição das limitações inerentes da idade, criando uma rede de relacionamento humano impedindo o mesmo do sentimento de inutilidade e vulnerabilidade. As atividades em grupo surgem como estratégias para promoção de saúde, visto que, é possível promover debates sobre práticas educativas reforçando o conhecimento prévio sobre o que é ter uma boa alimentação. Palavras-Chave: Envelhecimento, Educação nutricional.

DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO DE CRIANÇAS AMENTADAS EXCLUSIVAMENTE ATÉ OS SEIS MESES DE VIDA

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JENIFFER FERNANDA GOMES DA SILVA, EMERSON ROGÉRIO COSTA SANTIAGO

No aleitamento materno é ofertado ao recém-nascido uma alimentação que irá suprir suas necessidades metabólicas e nutricionais até os seis meses de vida. Além de ser o contato mais profundo entre mãe e filho, essa forma inequívoca de promover qualidade nutricional, saúde física e desenvolvimento biopsicossocial é fundamental para o bebê. Objetivo: Apresentar a importância da amamentação no desenvolvimento do sistema estomatognático de crianças amamentadas no seio materno até seis meses de vida. Métodos: Estudo de revisão narrativa com artigos obtidos através das bases de dados Scielo, Bireme e Medline. Os critérios de inclusão foram artigos internacionais e artigos nacionais publicados relacionados ao assunto. Resultados e Discursão: Trabalho constituído por cinco artigos, sendo os cinco relacionado aos benefícios da amamentação, que é a melhor forma de nutrição para os lactentes, proteção contra infecções, diminuição do risco de alergias, hipertensão, obesidade, colesterol e diabetes. Além desses fatos, a amamentação traz ao bebê o benefício do desenvolvimento correto do sistema estomatognático, sistema esse que corresponde ao conjunto de estruturas bucais. Desde o ventre o bebê apresenta reflexos de sucção, que se inicia na trigésima segunda semana de gestação, onde este ato logo se torna a primeira incumbência do sistema estomatognático e fonte de prazer e alimentação para o bebê. O lactente ao se posicionar no seio da mãe e sugar o leite tende a pôr os músculos labiais firmemente em todo o mamilo e efetuar uma fiel “ordenha” no bico do seio. O aleitamento materno exclusivo no seio da mãe, promove uma atividade muscular intensa ao lactente, beneficiando o desenvolvimento craniofacial. A amamentação promove muitos benefícios para o sistema estomatognático, pois permite um desenvolver ideal da deglutição e respiração do bebê, posteriormente uma adequada mastigação. Estudos concluem o efeito negativo do desmame precoce e da adição de mamadeiras ou chupetas sobre o desenvolvimento orofacial do bebê. Os benefícios do leite materno vão além do desenvolvimento oral, se amplia para outros fatores como sistema imunológico e ganho de peso. CONCLUSÃO: A sucção ao seio materno depende de um considerável esforço do lactente, que por sua vez promove um ideal desenvolvimento do sistema estomatognático, de contrário a outros métodos de amamentação que tem influência a dificultar esse processo. Para que o bebê alcance benéficos desde motor oral até nutricional, a mãe tem que estar em total disponibilidade para amamentá-lo. Palavras-chave: aleitamento materno, sistema estomatognático, músculos faciais

INTERVENÇÃO NUTRICIONAL EM LACTENTE PREMATURO COM CARDIOPATIA CONGÊNITA E ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA:

RELATO DE CASO

IRIAN CAROLINA DOS SANTOS OLIVEIRA, JACIARA DE AZEVEDO SANTOS

As alterações das estruturas cardiovasculares ou da incapacidade de desenvolvimento durante o período fetal geram uma disfunção circulatória, ocasionando modificações hemodinâmicas com complicações graves. A prematuridade e a introdução precoce de fórmula infantil são consideradas como fatores de risco para Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) que é uma doença inflamatória, imunologicamente mediada, que acomete principalmente o trato gastrintestinal e a pele. Objetivos: Relatar caso clínico

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de um lactente prematuro diagnosticado com Cardiopatia Congênita (CC) e APLV admitido em um Hospital Pediátrico, avaliando a influência dessas patologias sobre seu estado nutricional. Métodos: Estudo de caso realizado na Enfermaria de Cardiologia do Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana-BA, onde foi selecionado um lactente que aguardava ganho ponderal satisfatório para realização de procedimento cirúrgico. Dados sobre a história clínica, antecedentes médicos e familiares, diagnósticos, sinais vitais, resultados de exames bioquímicos, funções fisiológicas e prescrições diárias/medicamentosas foram coletados no prontuário eletrônico. A avaliação nutricional foi realizada por meio de antropometria, aceitação da dieta, exames físicos e bioquímicos. Os resultados foram classificados a partir das curvas específicas para prematuros do Consórcio Internacional de Crescimento Fetal e Neonatal pro século 21 (Intergrowt-21st). Resultado e discussão: Paciente sexo masculino, prematuro moderado, Idade Gestacional (IG) de 33 semanas, Peso ao Nascer (PN) de 1,156Kg nascido via parto cesário, genitora com Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG). Diagnosticado com Tetralogia de Fallot de Má Anatomia (T4F), Anemia da Prematuridade, Hernia Inguinal Bilateral e suspeita diagnóstica de APLV. Lactente admitido na enfermaria de cardiologia com 68 dias de vida, pesando 1,975Kg, onde necessitava atingir peso de 2,5Kg para realização de cirurgia cardíaca, fazendo uso de fórmula infantil para prematuros, via oral mais estímulo ao seio materno, histórico de melena, cursando com perda ponderal, choro constante, irritabilidade, regurgitação, cólicas frequentes e esforço para evacuar. Foi então substituída à dieta por fórmula infantil extensamente hidrolisada e introduzida a chupeta terapêutica a fim de diminuir o choro e a agitação, fatores que contribuem para o risco de hipóxia, porém o mesmo persiste com os sintomas, sendo posteriormente substituída pela fórmula infantil à base de aminoácidos livres, via sonda orogástrica, apresentando melhora satisfatória dos índices antropométricos e dos sintomas, contudo permanece com esforço para evacuar, ocasionando múltiplas quedas de saturação, que estão associadas ao esforço físico, evoluindo com crise hipoxêmica grave. O menor foi transferido para Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica em estado gravíssimo, dieta zero, cianose em extremidades, resultando em lesão isquêmica extensa em antebraço e braço esquerdo e necrose em falanges distais, acidose respiratória e frequência cardíaca em declínio paulatinamente, mesmo utilizando drogas vasoativas. O lactente não resiste às medidas de reanimação e é então declarado o óbito. Conclusão: Apesar dos desequilíbrios energéticos e metabólicos causados pelas patologias, foi possível através de uma terapia nutricional adequada, alcançar o peso necessário para a realização cirúrgica, todavia, conclui-se que prematuros, de baixo peso e com APLV possuem maior dificuldade para alcançar o peso ideal para realização de cirurgias cardíacas, estando mais propensos a desfechos não satisfatórios. Palavras-Chave: Prematuridade, Cardiopatia Congênita, Alergia a Proteína do Leite de Vaca

IMPLICAÇÕES DA HIPOGLICEMIA EM RECÉM-NASCIDOS

IRIAN CAROLINA DOS SANTOS OLIVEIRA

A manutenção de um nível glicêmico adequado é importante em todas as idades, mas é de extrema relevância no período neonatal, sendo o distúrbio metabólico mais comum nesse período. Objetivos: Revisar a literatura científica a fim de conhecer as implicações da hipoglicemia neonatal. Métodos: Foram revisados artigos científicos indexados nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, da Scientific Electronic Library Online, do Portal de periódicos da Capes e do Google Scholar. Livros e teses que se ocuparam do tema também foram consultados. Resultados e discussão: A hipoglicemia neonatal é registrada quando a glicose plasmática estiver inferior a

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50mg/dL. Existem 4 causas mais comuns de hipoglicemia neonatal: a hipoglicemia transitória, hipoglicemia hiperinsulínica congênita, deficiências hormonais e erros inatos do metabolismo de carboidrato, ácido graxo e aminoácido. A hipoglicemia neonatal pode ser definida a partir de vários fatores, tais como idade, o peso ao nascer, a temperatura em que o bebê é mantido, o período de jejum e a metodologia no processo e análise da amostra de sangue que será medida a glicemia. Alguns grupos são mais propensos à hipoglicemia, como prematuros, filhos de mães diabéticas e as que tiveram obesidade materna. Os sintomas incluem: instabilidade térmica, recusa alimentar, choro alterado, crises convulsivas, letargia e torpor. Se não detectada e tratada precocemente, a hipoglicemia pode ocasionar ao recém-nascido danos neurológicos tais como: dificuldade de aprendizagem, paralisia cerebral, retardo mental e convulsões persistentes. Conclusão: A hipoglicemia pode resultar em sequelas neurológicas graves, das quais os mecanismos não foram elucidados até agora, por isso, a importância de ser reconhecida e tratada rapidamente. Dietas e hábitos saudáveis das mães no período pré-natal, bem como a amamentação de livre demanda do recém nascido contribuem para evitar a hipoglicemia neonatal. Palavras-Chave: Hipoglicemia, Hiperinsulinemismo congênito, Recém nascido.

DIFICULDADES ALIMENTARES EM CRIANÇAS PORTADORAS TRANSTORNOS INVASIVOS DO DESENVOLVIMENTO (TID)

MILENA EDUARDA SANTOS LINS DE ARAUJO, FRANCYELLE AMORIM, MARIA EDUARDA BRITO

O autismo é um dos mais conhecidos entre os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID). Este transtorno é marcado por atrasos e desvios no desenvolvimento das habilidades sociais, comunicativas e cognitivas, mesmo estas apresentando capacidade de comunicação oral e gestual, não apresentam interesse em interação com outras crianças. A etiologia do autismo é complexa e ainda não é totalmente conhecida, contudo sabe-se que ambos os fatores genéticos e ambientais estão envolvidos. Com relação ao aspecto nutricional estes pacientes apresentam algumas características mais marcantes como a seletividade, indisciplina e recusa. Objetivos: Identificar as dificuldades e restrições alimentares da criança autista. Métodos: Foi realizado uma revisão da literatura por meio de um levantamento bibliográfico, mediante consulta às bases de dados do PubMed, Scielo e Google Acadêmico. Foram selecionadas publicações científicas que utilizaram os seguintes termos: Autismo, Seletividade, Qualidade de Vida, Nutrição, Glúten, Caseína, Dieta. Resultados: Características comportamentais do autista podem ocasionar carências nutricionais e desordens gastrointestinais. Estas por sua vez ocorrem devido ao comprometimento na fragmentação de peptídeos derivados do glúten e da caseína, desencadeando um processo inflamatório que pode levar a alteração da permeabilidade intestinal, agravando assim os sintomas comportamentais, sugerindo que existem interações diretas e indiretas entre a microbiota e o cérebro. Por outro lado, a inclusão de ômega-3 e suplementos vitamínico-minerais como o uso da vitamina b6 associada ao magnésio, desempenham um papel crucial no desenvolvimento do cérebro, podendo ocasionar um quadro de melhora, pois estes são essenciais na formação de neurotransmissores, responsáveis por trazer equilíbrio no sistema nervoso central. Conclusão: Através da análise das informações obtidas nesse estudo é possível confirmar que aspectos nutricionais podem interferir no bem estar dos pacientes. A inserção de ômega-3 e suplementos vitamínico-minerais e a exclusão de alimentos derivados do glúten e da caseína são aspectos fundamentais na elaboração de um plano alimentar do autista. É fundamental a promoção de hábitos alimentares saudáveis com objetivo de otimização da microbiota intestinal, ofertando

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uma leva maior de nutrientes que posam atuar na formação de neurotransmissores, sabe-se que as modificações dietéticas não são fáceis, Devido à complexidade do diagnóstico do autismo, estudos ainda não determinaram o tratamento ideal tanto no contexto nutricional, clínico e psicológico. No entanto a terapia nutricional é um método importante e deve ser trabalhado. Palavras-Chave: Autismo, Dieta ,Glúten

SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA C EM BEBÊS: UMA ROTINA PEDIÁTRICA DESNECESSÁRIA

THAÍS LORENA DE SANTANA, MARIA CLARA SANTOS DE SANTANA

NOGUEIRA, PEDRO HENRIQUE DE AZEEDO ALVES, JULIANA JORDÃO MARTINS DE ALMEIDA, JULIANA DE FREITAS LINS, ÉRICA PRISCILA

CARNEIRO OURIQUES DE VASCONCELOS

O ácido ascórbico (vitamina C) é uma vitamina hidrossolúvel, essencial para a síntese de colágeno e reparação de tecidos. Desempenha papel significativo no metabolismo de tirosina, dos carboidratos, do ferro, na conversão de ácido fólico em ácido folínico, na síntese de lipídeos e proteínas, na resistência às infecções e na respiração celular. Oferece suporte ao sistema imunológico, em virtude da sua propriedade antioxidante, ajudando a neutralizar os radicais livres nas células. Dessa forma, como o organismo é incapaz de sintetizá-lo, necessita da oferta exógena contínua e regular estabelecida pelas Dietary Reference Intakes (DRIs) e entidades responsáveis. As necessidades de vitamina C para bebês de 0 a 12 meses são de 40 e 50 mg/dia (Ingestão adequada-AI), respectivamente. A partir de 1 ano de idade a recomendação passa a ser de 15 mg/dia (Ingestão Dietética Recomendada-RDA). Mesmo essa recomendação sendo atingida por bebês amamentados exclusivamente e/ou em alimentação complementar, a suplementação indiscriminada e de rotina dessa vitamina é constante. Objetivo: Discutir a prática rotineira da suplementação de vitamina C em bebês de 0 a 2 anos. Métodos: Este estudo consiste em uma revisão de literatura a respeito da suplementação de vitamina C em bebês. Para a realização deste trabalho foi realizada uma busca de artigos publicados em língua portuguesa na base de dados do Scielo e Pub med. Foram selecionados artigos publicados no período de 2009 a 2019 com as seguintes palavras chave para a pesquisa: Ácido Ascórbico; Lactentes e Vitaminas hidrossolúveis. Resultados e Discussões: Um bebê amamentado exclusivamente, mama em média 800 ml de leite materno diariamente, essa quantidade oferta cerca de 40 mg de vitamina C ao dia que é o valor de ingestão adequada (AI) para a idade referida. Assim que o bebê inicia a alimentação complementar, ele já pode ter contato com diversas frutas ricas na mesma vitamina, onde muitas dessas frutas em um quantidade pequena já ultrapassam as recomendações nutricionais, como exemplo a acerola que apenas uma unidade tem cerca de 203 mg de vitamina C; a goiaba que em ¼ de unidade oferta 78 mg da vitamina e o mamão que em metade de uma fatia tem 52,5 mg. Conclusão: Diante do exposto, pode-se perceber que tanto a amamentação quanto a alimentação complementar saudável são suficientes para atingir os valores recomendados de ingestão de vitamina C diária em bebês do 0 a 2 anos de idade. Sendo, portanto, desnecessária a rotina de suplementação dessa vitamina em consultórios pediátricos. Palavras-Chave: Ácido Ascórbico; Lactentes e Vitaminas hidrossolúveis.

PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO CARDIOMETABÓLICOS EM ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

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CLEITON CAVALCANTI DOS SANTOS, ISABELLA DA COSTA RIBEIRO, TAFNES LAÍS PEREIRA SANTOS DE OLIVEIRA, MARIA VITÓRIA DOS SANTOS COSTA, CAROL GOIS LEANDRO, ALICE VALENÇA ARAÚJO

As modificações socioeconômicas, tecnológicas, no processo de urbanização e nos sistemas alimentares determinaram alterações no estilo de vida da população mundial, marcado pela redução do tempo de atividade física associado a má-alimentação. Como consequência, observa-se um aumento nos fatores de risco cardiometabólicos, como a obesidade, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemias e inflamações em fases de vida cada vez mais precoces. Além dos impactos na infância, estas alterações tendem a permanecer na vida adulta. Assim, o reconhecimento precoce desses fatores de risco é de suma importância, uma vez que pode levar ao sucesso na prevenção dos distúrbios metabólicos. Objetivo: Investigar a prevalência de fatores de risco cardiometabólicos (FRCM) em escolares do município de Vitória de Santo Antão/PE. Métodos: Estudo transversal com crianças de 7 a 10 anos, matriculadas na rede municipal de ensino de Vitória de Santo Antão/PE. Foram excluídas crianças com deficiências físicas; patologias que interferisse no metabolismo glicídico, lipídico, estado nutricional e pressão arterial (PA) e meninas com menarca precoce. O estado nutricional foi classificado segundo o escore-z do índice de massa corporal para idade e sexo. Considerou-se obesidade abdominal quando a circunferência foi ? ao percentil 90, específico para sexo e idade, hiperglicemia (glicose ?100 mg/dL), anormalidade para os lipídeos e lipoproteínas quando o cotesterol total (CT) ? 170, lipoproteína de baixa densidade (LDL) ? 110, lipoproteína de alta densidade (HDL) ? 45 e triglicerídeo ? 75 (0-9 anos) e ? 90 (10-19 anos), pré-hipertensão quando PA sistólica e/ou diastólica foram ? percentil 90 e hipertensão, quando ? percentil 95, de acordo com a idade, o sexo e o percentil de altura. O software utilizado para a análise estatística foi o SPSS versão 13.0. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de Pernambuco (CAAE: 91338718.0.0000.5208). Resultados e Discussão: A amostra foi constituída por 60 crianças, 55% (n=33) do sexo feminino, com idade mediana de 9,16 (IQ 8,35 – 9,75). Dos escolares 23,3% (n=14) apresentavam sobrepeso e 26,7% (n=16) obesidade e a OBAB teve prevalência de 75% (n=45). Estes dados diferem do resultado encontrado em estudo multicêntrico, no qual houve menor prevalência de sobrepeso (9,4%), obesidade (11,4%) e obesidade abdominal (42,1%) em crianças iranianas. Com relação ao perfil lipídico, 30% (n=18) dos escolares apresentaram CT e LDL elevado, 60% (n=36) HDL baixo e 35% (n=21) TG elevado. A hiperglicemia e a PA alterada, foram prevalentes em 1,9% (n=1) e 13,3% (n=8) (PA ? percentil 95: 8,3%; PA ? percentil 90: 5%), respectivamente. De modo similar, estudo realizado no Brasil observou elevada prevalência de HDL baixo (58,2%) e hipertrigliceridemia (41,8%) em crianças. No entanto, neste mesmo estudo, também foram encontradas prevalências mais altas de PA elevada (29,1%) e hiperglicemia (7,2%). Conclusão: Foi encontrada uma elevada prevalência de FRCM nos escolares. Esses achados reforçam a importância de políticas de alimentação e saúde voltadas para a redução destes fatores, sobretudo na infância, onde há uma importante janela para intervenções. Palavras-Chave: Doenças cardiovasculares, fatores de risco, crianças

VALIDAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS DA ZONA DA MATA DE

PERNAMBUCO: RESULTADOS PRELIMINARES

MARIA VITÓRIA DOS SANTOS COSTA, GABRIELA CARVALHO JUREMA SANTOS, RAVI MARINHO DOS SANTOS;, CLEITON

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CAVALCANTI DOS SANTOS, ISABELE GÓES NOBRE, RAQUEL CANUTO

O uso de inquéritos alimentares pode ser uma estratégia para diagnóstico, prevenção e controle de consumo inadequado de nutrientes. O questionário de frequência alimentar (QFA) é um instrumento responsável por avaliar o consumo de nutrientes específicos ou total. No entanto, para que o QFA seja utilizado é necessária uma etapa de validação para avaliar o grau de acurácia do instrumento. Objetivo: Validar um questionário de frequência alimentar para crianças da Zona da Mata de Pernambuco. Métodos: Participaram do estudo 60 crianças com idade entre 7 aos 10 anos de ambos os sexos em duas escolas municipais de Vitória de Santo Antão/Pernambuco. O QFA foi aplicado com três Recordatórios de 24 horas (R24H), em um intervalo de 14 dias, avaliando 2 dias da semana e 1 dia do final de semana (terça, quinta e domingo). Para avaliação da ingestão total de nutrientes, a frequência de consumo foi multiplicada pela porção. A frequência foi avaliada através da razão entre o número de vezes da ingestão dos alimentos pelo dia, semana ou mês (Ex: 7x ao mês = 7/30). Além das calorias totais, também avaliado os macronutriente e alguns micronutrientes (cálcio, ferro, vitamina A e sódio). Foi avaliada a normalidade dos dados pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. Os dados foram transformados em logarítmo e foi realizado o teste de correlação de Pearson. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de Pernambuco (CAAE: 91338718.0.0000.5208). Resultados e Discussão: Foi encontrado correlação moderada para calorias (r=0,470; p<0,001), proteína (r=0,436; p<0,001), lipídios (r=0,455; p<0,001). Para carboidrato (r=0,349; p=0,005); cálcio (r=0,344; p=0,006), ferro (r=0,369; p=0,003) e sódio (r=0,371; p=0,003) foi encontrado uma correlação baixa. No entanto, para vitamina A não foi visto correlação (r=-0,058; p=0,654). Estudos prévios afirmam que a etapa de validação deve possuir uma amostra entre 100-150 participantes. Neste estudo, nossos resultados preliminares (n=60) demonstraram que o QFA apresentou validação satisfatória em relação ao método padrão utilizado para avaliação do consumo alimentar, o R24H, apesar da quantidade de limitada de participantes. Todos os nutrientes apresentaram correlações posivitas, exceto a vitamina A, devido a alta variabilidade da presença deste nutriente nos alimentos, sendo mais restrito para produtos de origem animal. Conclusão: Desta forma, o questionário de frequência alimentar apresentou validade satisfatória. Com o aumento no número amostral, espera-se que haja aumento nos fatores de calibração para que o instrumento possa ser utilizado para avaliação do consumo alimentar de crianças da Zona da Mata de Pernambuco. Palavras-Chave: Inquéritos alimentares, consumo alimentar, epidemiologia nutricional

CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS EM ESCOLARES RESIDENTES NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DE

SANTO ANTÃO – PE

TAFNES LAÍS PEREIRA SANTOS DE OLIVEIRA, ISABELLA DA COSTA RIBEIRO, KEVIN KAINAN PEREIRA PERUNIZ DE OLIVEIRA, CAMILLA PEIXOTO SANTOS RODRIGUES, MARIA CARLA MELO DAMASCENO,

WYLLA TATIANA FERREIRA E SILVA O Brasil vivencia uma mudança expressiva no padrão alimentar da população, sendo observado um elevado consumo de alimentos ultraprocessados (AUPs). A composição nutricional inadequada dos AUPs (altos níveis de gordura saturada e trans, sódio, açúcar livre e baixo teor de fibras) contribui para o aparecimento precoce da obesidade e suas comorbidades e pode influenciar negativamente nos processos de

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crescimento e desenvolvimento infantil. Objetivo: Avaliar o consumo de AUPs de crianças entre 7 a 10 anos de idade residentes no município de Vitória de Santo Antão/PE. Métodos: Estudo transversal, realizado com crianças entre 7 a 10 anos de idade, de ambos os sexos, matriculadas em escolas da rede municipal de Vitória de Santo Antão/PE. A amostra foi selecionada mediante um processo de adesão espontânea, sendo excluídas aquelas que estavam tomando medicamentos ou tinham uma condição patológica diagnosticada que poderia afetar a avaliação do consumo alimentar; crianças que seguiam dietas específicas e/ou meninas com menarca precoce. O consumo alimentar foi avaliado a partir de três recordatórios alimentares de 24 horas (R24h) respondidos pela própria criança, em dias não consecutivos (terça, quinta e domingo), aplicando o método Multiple Pass. Os alimentos ultraprocessados foram classificados de acordo com a definição do Guia Alimentar para a População Brasileira (2014), o qual foi baseado na classificação internacional NOVA. O valor energético total (Kcal) foi estimado pelo software ADS Nutri, versão 9.0. Calculou-se a contribuição dos AUPs em relação ao total da estimativa energética diária de cada criança, assim como o percentual de consumo de cada AUP e sua ingestão absoluta (kcal/dia). Foi avaliada a normalidade dos dados pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. Todas as análises foram realizadas usando o programa SPSS versão 20.0. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de Pernambuco (CAAE: 91338718.0.0000.5208). Resultados e discussão: Ao total, 56 crianças com idade mediana de 9,2 (IQ= 8,3 – 9,7) anos foram incluídas no presente estudo, sendo 51,8% (n=29) do sexo feminino. A média do valor energético total e proveniente de AUPs foi de 2066,68 ±597,74 e 1008,13 ±490,57 kcal/dia, respectivamente. O consumo de alimentos ultraprocessados representou 47,73% das calorias totais consumidas pelas crianças. Resultado superior ao encontrado no consumo alimentar de escolares da rede púbica de Minas Gerais (2010 (1555;2476); 544 (293;817); 28%, respectivamente). Os alimentos ultraprocessados com os maiores percentuais e medianas de consumo foram: salgadinhos e pipocas industrializadas (85,7%, IC95%: 75,0-93,2; 192,22 kcal/dia, IQ: 41,52-506,56), biscoitos com ou sem recheio (82,1%, IC95%: 70,8-90,6; 161,21 kcal/dia, IQ: 49,04-279,35), refrigerante (82,1%, IC95%: 70,8-90,6; 41,52 kcal/dia, IQ: 21,11-93,33) e embutidos (67,9%, IC95%: 55,0-79,1; 52,14% kcal/dia, IQ: 0-121,30). O consumo desses AUPs também foi observado em estudos prévios com crianças e adolescentes. Conclusão: A contribuição dos AUPs foi expressiva na alimentação dos escolares. O estudo reforça as discussões acerca da importância de identificar os hábitos alimentares inadequados na infância e de desenvolver estratégias de alimentação e nutrição, a fim de intervir precocemente e prevenir a ocorrência de doenças associadas ao longo da vida. Palavras-Chave: Consumo alimentar, alimento industrializado, crianças

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