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DESENVOLVIMENTO ADMINISTRAÇÃO ESPERA QUE, COM OS INVESTIMENTOS PREVISTOS NA BARRA E NO PORTO COMERCIAL E COM O APOIO DA COMUNIDADE PORTUÁRIA, O MOVIMENTO CRESÇA 25% NOS PRÓXIMOS ANOS ESPECIAL PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ PORTO COMERCIAL GANHA NOVO IMPULSO EM 2020 Não pode ser vendido separadamente EDIÇÃO 30 DE OUTUBRO DE 2019 | QUARTA-FEIRA

ESPECIAL PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ PORTO COMERCIAL …portofigueiradafoz.com.pt/UserFiles/sup-dc-30-10-2019.pdf · 2019. 11. 6. · trabalho que os agrupamen-tos de escolas têm efectuado

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DESENVOLVIMENTO ADMINISTRAÇÃO ESPERA QUE, COM OS INVESTIMENTOS PREVISTOS NA BARRA E NO PORTOCOMERCIAL E COM O APOIO DA COMUNIDADE PORTUÁRIA, O MOVIMENTO CRESÇA 25% NOS PRÓXIMOS ANOS

ESPECIAL PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ

PORTO COMERCIAL GANHANOVO IMPULSO EM 2020

Não pode ser vendido separadamente EDIÇÃO 30 DE OUTUBRO DE 2019 | QUARTA-FEIRA

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Bela Coutinho

Com o estudo de impacto am-biental efectuado e a aguardar“luz verde”, o ano de 2020 po-derá ser fundamental para oporto da Figueira da Foz. O pro-jecto da Administração doPorto (APFF) e da ComunidadePortuária (CP) foi submetido aoprograma “Compete”, com umvalor de quase 19 milhões deeuros. Prevê investimentos«não só no aumento das con-dições de acessibilidade e apro-fundamento do canal de nave-gação (passando dos 6,5 metrosde calado para os 8 e de naviosaté 120 metros de comprimentopara os 140), mas também nasbacias de manobra» e ainda emterra, com um «conjunto deobras nas infra-estruturas liga-das à adaptação do cais comer-cial e um reforço em toda a suaextensão, permitindo uma me-lhor atracação do novo escalãode navios preconizados peloprojecto». Ou seja, «para os ope-radores é uma boa notícia, por-que a forma de melhor renta-bilizarem as suas operações, es-tará alicerçada neste projecto».

A convicção é da presidente doconselho de administração doporto de Aveiro e Figueira daFoz, que sublinha que o proto-colo foi assinado em Setembro,que o financiamento comuni-tário (POSEUR) cobrirá 75% doinvestimento e a restante verbaserá comparticipada pela APFF,pela Comunidade Portuária epelos operadores. «É uma par-ceria em que há uma alavan-cagem substancial da nossaparte e um compromisso de in-vestimento da parte dos ope-radores», adianta Fátima LopesAlves, frisando que o projectoprevê dragagens (a retirada detrês milhões de metros cúbicosde areia), o aprofundamento docanal e da bacia de manobras eo reforço das plataformas docais».

Estas melhorias, reforça, «irãoaumentar a segurança dos pes-cadores e de todos os que utili-zam a barra para a sua activi-dade, o que é muito impor-tante», diz, convicta que, com amudança de Ministro, os pro-jectos não serão afectados.

Mas os investimentos não sedevem ficar por aqui, já que, no

II | 30 OUT 2019 | QUARTA-FEIRA

ESPECIAL PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ

DiáriodeCoimbra

OBRAS PARA MELHORAR O PORTO, A ACESSIBILIDADE E SEGURANÇAMARÍTIMAS INVESTIMENTO Administração do porto quer melhorar asacessibilidades marítimas para permitir entrada de embarca-ções de maior calado, mas também aumentar a segurança nabarra. Projectos que deverão contar com fundos comunitá-rios e a parceria da Comunidade Portuária e operadores

Fátima Lopes Alves anseia que o porto possa ser competitivo e quer contar com toda a Comunidade Portuária e Câmara Municipal

Investimento dequase 19 milhões deeuros irá incidir naacessibilidade e fun-dos do canal de nave-gação, mas tambémem melhorias no pró-prio porto comercial

Presidente do conse-lho de administraçãoacredita que o porto,“nos próximos anos”poderá vir a ter umcrescimento de cercade 25%

Na margem Sul “estáa gerar-se uma dinâ-mica com empresasligadas à indústria depescado, com von-tade de se expandir”

BELA COUTINHO“A escola vai aoporto” junta200 alunos

No âmbito das comemora-ções do 53º aniversário dainauguração dos molhes doporto, durante a manhã dehoje, cerca de 200 criançasdos 4.º e 6.º anos dos agru-pamentos de escolas do con-celho vão ter experiências di-ferentes. Os alunos do 4º anovão poder fotografar os ter-minais comerciais e o inte-rior de um navio, aberto àsua curiosidade. Fotos queem Novembro serão expos-tas no Mercado Municipal,fruto de um concurso pro-movido pela APFF e Comu-nidade Portuária.

Já os alunos do 6.º ano vãoparticipar em várias activida-des destinadas a promovertemáticas ligadas à econo-mia azul, organizadas peloMarefoz, Capitania e Insti-tuto de Socorros a Náufra-gos. “Uma aventura na ma-rina”, Olh`Ó peixe fresqui-nho”, “O oceano é umagrande casa” e “Salva-vidas -mini curso de suporte básicode vida” são as actividadesprevistas, apesar de algumas,dependerem das condiçõesmeteorológicas.

A Câmara Municipal, oMarefoz (da Universidade deCoimbra), a Capitania doPorto/ISN e a Docapescaapoiam esta jornada dascrianças, em sintonia com otrabalho que os agrupamen-tos de escolas têm efectuadonos últimos anos, em prol daliteracia marítima. Esforçosque contam com a participa-ção do Porto da Figueira que,desde o início de Setembro,passou a integrar a Rede na-cional de Parceiros da EscolaAzul.

Ainda no âmbito desta efe-méride, à tarde, no auditórioda administração portuária,realiza-se uma conferênciasobre “Os desafios da expor-tação” , que é organizada porum jornal em parceria com aComunidade Portuária, ad-ministração do porto e apoioda Agência Intermodal Por-tugal.

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QUARTA-FEIRA | 30 OUT 2019 | III

ESPECIAL PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ

DiáriodeCoimbra

Plano de Actividades e Orça-mento (para o triénio 2020/22),se prevê «um investimentocomplementar, nas condiçõesde operacionalidade do cais». Adirigente explica que tem con-versado com todos os opera-dores, para saber das suas ne-cessidades «para que a opera-cionalidade do porto ocorra damelhor forma». As medidas vãoincidir «na vigilância, na sinalé-tica, nas redes de drenagem eem todo um reordenamento daárea que está a ser usada porvários operadores, para que tra-balhem de forma harmoniosa,sem atropelos e com oportu-nidades iguais».

E todos estes investimentos,sustenta Fátima Lopes Alves,têm um único objectivo: «o au-mento da competitividade doporto. É um porto particular, de“short see”, com um potencialmuito grande a nível nacionalnesta área de “hinterland” daRegião Centro e por isso, estesinvestimentos de fundos comu-nitários, mas também do pró-prio porto, para melhorar ascondições e sermos mais com-petitivos, com maiores condi-ções para albergar vários mo-vimentos, no pressuposto deque, se aumentarmos as con-dições de operação e as activi-dades, teremos mais mercado-ria, mais tonelagem, mais con-tentores».

Este crescimento, que a diri-gente espera se cifre na ordemdos 25% «nos próximos anos»,poderá ter uma alavancagemnas ligações ferroviárias. «Te-nho esperança que a questãoda ferrovia, agora que vamospassar para o Ministério das In-fra-estruturas, tenha uma com-plementaridade e interacção fa-vorável», sustenta, convicta que,«a partir do momento que oprojecto das acessibilidades

permita optimizar os objectivosque estão a ser pensados, ha-verá um salto qualitativo, quepermitirá alavancar toda a eco-nomia da região centro».

Para isso, acrescenta FátimaLopes Alves, «temos contadomuito com a Câmara Munici-pal, que nos tem ajudado emtoda a margem sul, que tem umpotencial enorme, para se po-derem alocar empresas que alise queiram instalar». A autar-quia, frisa, «tem sido nossaamiga ao mostrar este potenciala possíveis investidores, numazona onde a actividade portuá-ria não é tão pujante e signifi-cativa, mas que pode permitiroutro tipo de utilização».

Afirmando que estão «aber-tos a novas empresas», a presi-dente da instituição asseguraestar a gerar-se «uma dinâmicana margem sul, com empresasligadas à indústria de pescado,com vontade de expandir assuas áreas», o que mostra «quetemos oportunidade de ali criarquase um “cluster” da econo-mia azul, ligada a todas as acti-vidades de pesca e conexas -aquacultura, transformação depescado e outras». A implanta-ção dessas empresas, pode aju-dar na sustentabilidade doporto, porque «pagam renda ehá investimento nos nossos ter-renos. São locais privilegiados,porque há estes “clusters” sub-ligados à economia do mar e asempresas procuram estar pró-ximas da água».

Sustentabilidade do porto passapela competitividade e parcerias GESTÃO Apesar de todos osinvestimentos previstos, FátimaLopes Alves adverte que oporto «merece sempre muitaatenção a nível de gestão, paraque ganhe a sua sustentabili-dade económica», diz, refe-rindo-se ao quadro de pessoal«reduzido» e à falta de «inde-pendência», se não houver«sustentabilidade económica».«Investir para criar melhorescondições aos operadores e elesaos agentes, angariando maiscarga para o porto», é uma dassoluções apontadas, pois«quanto mais carga de alto va-lor tivermos, mais sustentáveiseconomicamente seremos» epara isso, «tem de haver parce-rias. A administração portuáriaestá a fazer os investimentoscom o compromisso de umapartilha com a ComunidadePortuária e os operadores. Setrabalharmos em conjunto, to-dos os problemas vão sendo re-

solvidos em conjunto, não des-curando a responsabilidade decada um». Para isso, a dirigentediz que tem havido um con-junto de reuniões e reflexões«para construir eixos estratégi-cos. Havia um certo distancia-mento entre as administrações

e os operadores, temos conver-sado e tem corrido bem», paraque o porto «seja competitivo,robusto na sua escala regionale continue a potenciar a suavertente de exportação» e as-sim, «crescerá de forma segurae gradual».

Gestão do porto tem de ser cuidada, para ser sustentável

Em terra também haverá melhoramentos, assegura a dirigente

A autarquia, asseguraFátima Lopes Alves,“tem sido nossa amigaao mostrar este poten-cial a possíveis investido-res”, diz, referindo-se àmargem sul, Cabedelo

Um porto com vocação paraa exportação

O porto da Figueira daFoz tem «um vínculomarcadamente exporta-dor (70% contra 30% deimportação», revela Fá-tima Lopes Alves , real-çando que as empresas«estão com uma grandepujança para exportaçãoe nós temos de nos pre-parar, adaptar e promo-ver, já que o faz com su-cesso». Apesar do «de-créscimo em 2018», aindaconseguiram «mais deum milhão de mercado-rias exportadas». No entanto, a presidentedo CAPFF, explica que, se-gundo os operadores, osvalores entre 2017/18, ti-veram decréscimo «fruto,não de efeitos da nossaeconomia, mas até demudanças de paradigma,nomeadamente a ques-tão dos produtos de vi-dro», mas também o ci-mento. «Os operadorespensam que é uma ques-tão conjuntural nacional,mais do que a questão do“hinterland” da nossa re-gião», sustenta. Mas ainda segundo estaresponsável, ao decrés-cimo de mercadorias mo-vimentadas não serátambém alheio «o anoconturbado de grevesque se reflectiram nocrescimento». Neste mo-mento, acrescenta, «po-demos dizer que há pazsocial que prezamos etudo faremos para amanter, porque é impor-tantíssimo que os opera-dores sintam esta paz so-cial, esta confiança». Seassim acontecer, «o quetínhamos perdido, recu-pera-se». Mas se em algu-mas matérias, o movi-mento decresceu, noutras«tem subido e muito»,como é o caso dos produ-tos florestais, dos sub-produtos da madeira, osprodutos de papel, quími-cos e contentores.

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