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1. Eqüidistância 1. Igualdade de distâncias. 2. A igual distância de um ponto para outro. 2. Pragmático 1. que contém considerações de ordem prática; prático, realista, objetivo. 2. voltado para objetivos práticos; realista, objetivo. O conceito de equidistância pragmática foi usado por Gerson Moura para classificar a postura do Brasil durante o governo Vargas, que tentou tirar o máximo proveito da disputa de poder entre Alemanha e Estados Unidos. Apesar de essa posição promover alguns benefícios econômico‐comerciais ao país, ela não pode ser mantida por muito tempo. Vários fatores externos e internos levaram a um processo de alinhamento aos Estados Unidos. Porém não é possível saber realmente se o Brasil atuou como sujeito ou objeto da sua própria estratégia de crescimento e atuação internacional, pois esta aconteceu dentro de outro projeto nacional: a consolidação do sistema de poder norte‐americano dentro do continente. Os ganhos materiais da estratégia brasileira foram mais visíveis nas Forças Armadas, e na indústria brasileira que também foi beneficiada pela implantação da siderurgia no país. Na politica, os benefícios não foram aqueles buscados, o país não se tornou um ator geopolítico tão relevante quanto era esperado, e o relacionamento com os Estados Unidos não se concluiu como uma parceria privilegiada, capaz de trazer o capital necessário para financiar completamente o desenvolvimento do Brasil, conforme o governo e parte do empresariado brasileiro da época acreditava que aconteceria.

equidistancia pragmatica

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Page 1: equidistancia pragmatica

1. Eqüidistância

1. Igualdade de distâncias.2. A igual distância de um ponto para outro.

2. Pragmático

1. que contém considerações de ordem prática; prático, realista, objetivo.2. voltado para objetivos práticos; realista, objetivo.

O conceito de equidistância pragmática foi usado por Gerson Moura para classificar a postura do Brasil durante o governo Vargas, que tentou tirar o máximo proveito da disputa de poder entre Alemanha e Estados Unidos.Apesar de essa posição promover alguns benefícios econômico comerciais ao país,‐ ela não pode ser mantida por muito tempo. Vários fatores externos e internos levaram a um processo de alinhamento aos Estados Unidos.

Porém não é possível saber realmente se o Brasil atuou como sujeito ou objeto da sua própria estratégia de crescimento e atuação internacional, pois esta aconteceu dentro de outro projeto nacional: a consolidação do sistema de poder norte‐americano dentro do continente. Os ganhos materiais da estratégia brasileira foram mais visíveis nas Forças Armadas, e na indústria brasileira que também foi beneficiada pela implantação da siderurgia no país.Na politica, os benefícios não foram aqueles buscados, o país não se tornou um ator geopolítico tão relevante quanto era esperado, e o relacionamento com os Estados Unidos não se concluiu como uma parceria privilegiada, capaz de trazer o capital necessário para financiar completamente o desenvolvimento do Brasil, conforme o governo e parte do empresariado brasileiro da época acreditava que aconteceria.