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COLÉGIO ESTADUAL DE CACHOEIRA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO AV EGÍDIO A. A. TURRA, S/N – 85140-000 CACHOEIRA – CANDÓI Telefone/ fax: 42-36387016 - 42 3638-7040 e-mail: [email protected] e [email protected] “Escola e Comunidade caminhando juntas para uma educação de excelência”

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COLÉGIO ESTADUAL DE CACHOEIRA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

AV EGÍDIO A. A. TURRA, S/N – 85140-000 CACHOEIRA – CANDÓITelefone/ fax: 42-36387016 - 42 3638-7040

e-mail: [email protected] e [email protected]

“Escola e Comunidade caminhando juntas para uma educação de excelência”

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Nesta era de solidão, a escola vive num raro paradoxo. Dela não se espera nada, e dela se espera tudo. (Pablo Gentili, 2003)

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Apresentação

O que é Projeto Político Pedagógico?

O termo é defendido pelos educadores críticos. É a construção coletiva (pais, alunos,

professores, funcionários, diretores e pedagogos) da identidade da escola pública, popular,

democrática e de qualidade.

O projeto político-pedagógico pressupõe uma concepção de: sociedade, educação,

escola, cultura, ciência, tecnologia, trabalho, homem, cidadania, conhecimento, ensino,

aprendizagem, avaliação, visando definir metas e caminhos a seguir e propostas a efetivar.

Identificação do Estabelecimento

O Colégio Estadual de Cachoeira – Ensino Fundamental e Médio está situado na

Avenida Egídio A. A. Turra – s/n, no Distrito de Cachoeira, Zona Rural do Município de

Candói, Estado do Paraná.

A Entidade Mantenedora deste Estabelecimento de Ensino é o Governo do Estado do

Paraná.

Em 1958 foi criada a primeira Casa Escolar de instrução primária, onde enfrentava

dificuldades no desempenho de suas atribuições, desde a falta de professores até pela

dificuldade que enfrentavam os alunos, que vinham de longe. Desenvolveu-se então nos pais

uma consciência da importância da educação dos seus filhos, solicitando a criação e

implantação do Ensino Regular de 1ª Grau – 5ª a 8ª séries. Sendo denominada Escola Estadual

– Ensino de 1º grau, sob a Resolução 597/90 – D.O.E 07.03.90. Sob a Resolução 2.911/99 –

D.O. E 02.08.99, ficou reconhecido a Escola Estadual de Cachoeira – Ensino Fundamental.

Aos dias 04 de dezembro foi autorizada a implantação do Ensino Médio, a partir de

1999, gradativamente, para o período noturno e no ano de 2000 foi autorizado o

funcionamento diurno, simultaneamente.

Atualmente o Colégio Estadual de Cachoeira – Ensino Fundamental e Médio atende

alunos de 6º ano a 9º ano nos períodos matutino e vespertino, e alunos do Ensino Médio no

período matutino e noturno. Concomitantemente funciona a Escola Municipal Francisco

Solano Bueno – Educação Infantil e Ensino Fundamental

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Organização da Entidade Escolar

O Colégio Estadual de Cachoeira está organizado em anos finais do ensino fundamental e Ensino Médio em Blocos, com as seguintes modalidades de Ensino: Ensino Fundamental 6ª a 9ª séries do ensino fundamental , Ensino Médio e conta também com uma turma de Projovem Campo – Saberes da Terra, distribuídos da seguinte maneira:

TURMAS

MANHÃ 6º ano A

7º ano A

8º ano A

9º ano A

1ª A 2ª A 3ª A TOTAL

Nº DE ALUNOS

22 23 17 11 24 12 12 121

TARDE 6º ano B

7º ano B

8º ano B

9º ano B

Nº DE ALUNOS

26 23 21 9 79

NOITE Projovem 1ª B 2ª B 3ª B

Nº DE ALUNOS

5 11 18 8 42

TOTAL DE ALUNOS 242

Diagnóstico da Realidade

O Colégio atende um alunado advinda de várias comunidades próximas ao

Distrito de Cachoeira: Cachoeira II, Alto Cachoeira, Samambaial I e II, Alagado do Iguaçu,

Ilha do Cavernoso, Jacutinga, Quitérios e Caixa d’água, Mingau a grande maioria pertence a

uma classe trabalhadora rural e carente com renda familiar inferior a 2 salários mínimos, para

o sustento de famílias com um número médio de 5 pessoas. O meio de transporte utilizado

para os alunos frequentarem a escola é o Transporte Escolar Municipal ( o município recebe

verbas do Governo Estadual ).

Muitos de nossos alunos não tem contato com nenhum tipo de manifestação

cultural e com tecnologias, ainda há alguns que não possuem energia elétrica em casa. Deduz-

se que as famílias não têm o hábito da leitura, e muito provavelmente assistem novelas.

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Pode-se perceber também, em nossos alunos que muitos têm perspectiva de um

futuro que não seja na lavoura, os alunos deixam de estudar para trabalhar fora,

principalmente a partir dos 18 anos.

Outra questão que também atrapalha o desempenho e o desenvolvimento dos

nossos alunos é a dificuldade de acesso à escola nos dias de chuva, pois as estradas que levam

às comunidades ficam intransitáveis quando chove, impedindo que estes alunos frequentem a

escola nos dias chuvosos. Sabendo disso os professores valorizam e respeitam os

conhecimentos já adquiridos dos alunos, proporcionando condições para os mesmos possam

construir um conhecimento mais elaborado, incorporando-o, e assim podendo transformar a

realidade onde está inserido.

Apesar destes diversos problemas sociais encontrados nesta região quando a

escola proporciona atividades esportivas, recreativas, festas e/ou outros eventos os

alunos participam com muito entusiasmo, pois é a escola o único local de lazer desta

comunidade.

Dados do IDEB, prova Brasil e taxa de abandono por escola - ensino Fundamental,

anos finais da rede Estadual 2007 e 2009.

IDEB: 2007 = 4,2

2009 = 4,2

Prova Brasil

Matemática: 2007 = 249,09

2009 = 245,87

Língua Portuguesa: 2007 = 230,36

2009 = 231,74

Taxa de Abandono:

Ensino Fundamental - Anos Finais

2009 = 1,7

2010 = 2,5

RELAÇÃO ENTRE IDADE E SÉRIE

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Série Matrícula ativa com frequência

“A”

Até 12 anos

13 anos 14 anos 15 anos 16 anos Total de alunos com idade

superior à série respectiva “B”

Taxa de distorção

(B/A) X 100

5ª 46 6 2 1 0 12 26,00%

6ª 44 9 2 2 13 30,00%

7ª 38 4 3 7 18,00%

8ª 20 0 1 5,00%

Total 148 0 0,00%

Recursos Humanos

NOME CARGO FORMAÇÃO

Elizangela Roth Diretora Matemática/Gestão Escolar

Clenir Bordignon Diretora Auxiliar Matemática

Edenir Barbosa Col Pedagoga Normal Superior

Édina Malaquias Czarniéski Pedagoga Pedagogia/ / Psicopedagogia

Francieli Leite Mugnol Pedagoga Pedagogia

Adonias Nelson da Luz Professor Acadêmico de Geografia

Alessandra Betu de Lima Professora Letras/Espanhol

Alex Mugnol Ribeiro Professor Ed. Física

Camila Fontana Professora Artes

Carlos Alberto Freitas Professor Geografia

Carmelina do R. Czarniéski Professora História/Psicopedagogia

Cristian Magno Neiverth Professor Matemática

Daniele Aparecida de Moraes Professora Biologia

Deisi Mari de Souza Ferreira Professora Matemática

Edilson Macedo Meneguel Professor Letras/ Inglês

Elizangela da Silva Medeiros Professora História

Elza Procopio dos Santos Campos

Professora Letras/ Português

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Fábio da Silva Professor Biologia

Giselle Bueno Freitas Professora Letras / Inglês

Heliton Zimolog Professor Filosofia

Ivete Izabel Gomes de Paula Professora História

Jesiel Ferreira Professor História

Juliano M. Pícollo Professor Agronomia

Lidia da Silva B. Ferreira Professora História

Marcela Malaquias Professora Acadêmica Letras/Inglês

Maria Ap. Turra Pícolo Professora Letras / Literatura

Mariane Vigo Siqueira Professora Ed. Física

Neiva Nisabete A.Siqueira Professora Ciências Biológicas

Rita de Cassia C. Guimarães Professora Letras/ Inglês

Sharliane Lopes Ferreira Professora Matemática

Willian Alberto Pedroso Professor Pedagogia

QUADRO DE FUNCIONÁRIOS

01 Joana Czarniéki Pícollo Agente Educacional I Ensino Fundamental02 Sirlei de Cól Agente Educacional I Ensino Médio03 Natalina Terezinha Paré Agente Educacional I Ensino Fundamental4 Edina Cardoso Agente Educacional I Ensino Médio5 Naiara Paczkwoski Agente Educacional I Ensino Médio6 Maria Helena Martyn Agente Educacional II Cursando Secretariado7 Elza Chicora Agente Educacional II Ciências Biológicas

Ambientes Pedagógicos – Espaço Físico

AMBIENTE QUANTIDADESala de aula 7

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Laboratório de informática 01Sala de professores 01Quadra de esportes 01Laboratório de Ciências/Química 01Biblioteca 01Refeitório 01

Organização das Horas Atividades

As horas atividades estão organizadas individualmente, os professores fazem

seus trabalhos, estudos e são acompanhados pelos pedagogos, em dias em que favorecem seus

horários, e possam conciliar com o trabalho em outras escolas.

Formação Continuada

A proposta de formação continuada é realizada pela Secretaria de Estado da Educação

SEED, onde os professores podem participar de cursos descentralizados, seminários,

simpósios entre outros.

Projetos Desenvolvidos / Ofertados pela SEED

• Agenda 21 Visa estabelecer, por meio de um diagnóstico da comunidade, metas de trabalho

para solucionar possíveis problemas encontrados, trazendo para a escola representantes de todas as instituições e propondo o trabalho juntos.

• Previda Semana de prevenção às drogas é realizada com debates, palestras, entre outras

atividades.

• Projeto com a Mídia pela PazBuscou chamar a atenção da mídia com as atividades realizadas pelos alunos,

pedindo PAZ, houveram muitos trabalhos feitos em sala de aula discutindo estas questões.

• FICA

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O projeto visa a tentativa que trazer alunos desistentes para novamente ocupar os bancos escolares.

● CELEM – Espanhol Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo. (Diretrizes Curriculares) .

● Sala de Apoio Projeto voltado para alunos de 6º ano e 9º ano em contra turno, com o objetivo

amenizar o déficit de aprendizagem.

Projetos Desenvolvidos / Ofertados pela Escola

Feira Cultural e de CiênciasCada professor ( padrinho e/ou madrinha da turma) forma grupos de trabalho e

coordena a elaboração, construção e apresentação dos mesmos. Os trabalhos podem ser de temas diversos e apresentados em formas de maquetes, painéis, exposição entre outros, conforme a criatividade da turma e do professor organizador.

Semana do Meio AmbienteEste projeto é realizado na Semana de 06 a 10 de junho, visando propor

reflexões sobre os temas água, reflorestamento, mata ciliar, a separação do lixo, a utilização de agrotóxicos, a preservação das matas e dos rios. Nesta semana são realizadas palestras, discussões em sala de aula, e os alunos produzem paródias, poesias, músicas, teatros e danças envolvendo os temas.

Dia da CriançaNeste dia são realizadas atividades recreativas diversas como torneios de

voleibol, futsal, dança entre outros.

Dia do Professor e do Funcionário PúblicoA comemoração é feita com um jantar especial para os profissionais.

Desfile Cívico É feito em parceria com a Escola Municipal Francisco Solano Bueno, cada ano, escolhe-se um tema, e todas as turmas envolvem-se formando blocos que caracterizam o tema escolhido.

Horta EscolarEste projeto funciona como complementação da carga horária do ensino

noturno, onde o professor de geografia e o pedagogo, ficam responsáveis de organizar junto com os alunos, revezando o trabalho de carpir, adubar, semear, molhar as plantas e

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os demais cuidados que necessitam. Depois da colheita, os produtos ( verduras, legumes e temperos) enriquecem a merenda escolar.

Jardim da EscolaÉ um trabalho realizado pela professora de matemática, que envolvem alguns

alunos, que colaboram em zelar e embelezar o jardim da escola.

Os caminhos da águaProjeto que teve início na feira cultural e de ciências, realizado pelo professor

de ciências, que juntamente com alunos do ensino médio, fizeram um levantamento dos caminhos da água que a população de Cachoeira consume, resultados alarmantes foram encontrados. O trabalho prossegue com mais pesquisas com a comunidade e já foi apresentado no Com Ciência.

Jornada Recreativa e CulturalÉ uma gincana que reúne atividades interdisciplinares, culturais e esportivas,

buscando integrar disciplinas e confraternizar os alunos, professores e funcionários.

Os Programas sócio-educacionaisSão abordados em vários momentos, e em todas as disciplinas.

* Trabalho de integração dos professores dos anos iniciais e finais do ensino fundamental para articulação das propostas pedagógicas.

FUNDAMENTAÇÃO

Sabemos que a educação é uma especificidade humana e o que nos difere dos

demais animais é a capacidade de transformar a natureza e adapta-la às suas necessidades.

Esta adaptação só ocorre pelo trabalho, sendo este uma atividade e/ou uma ação intencional.

Para que haja produção e/ou trabalho o homem necessita antecipar em ideias os objetivos da

ação, isto é, representa mentalmente os objetivos reais, esta representação inclui aspectos

como: ciência, ética, arte, valores, conceitos e atitudes. Então o saber é um conjunto da ação

humana e a educação situa-se nesta categoria definindo-se como trabalho não-material.

O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos de uma espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo. (INEP, 1984)

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Neste contexto podemos dizer que a escola é uma instituição cujo papel

consiste na socialização do saber sistematizado e acumulado por diversas culturas, e que o

conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os homens e a

natureza. Desta forma, é produzido nas relações sociais mediadas pelo trabalho, existindo

para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado,

assim sendo, podemos afirmar que a partir do saber erudito é que se estrutura o currículo da

escola elementar. Para simplificar o termo currículo podemos defini

-lo da seguinte maneira: curricular é o todo o conteúdo nuclear desenvolvido na escola

ou seja, saberes elaborados; extracurriculares são conteúdos secundários, como datas

comemorativas, mas que não impedem de que estejam relacionados com os saberes

sistematizados e nunca poderão substituí-los. O que a escola não pode perder de vista é que, o

principal é a transmissão e construção dos saberes elaborados. Para tanto o currículo é uma

produção social, construído por pessoas que vivem em determinados contextos históricos e

sociais, devendo ser elaborado coletivamente. Sendo assim a SEED promove as discussões

sobre as Diretrizes Curriculares Estaduais, nas quais todos os professores da rede estadual de

ensino têm a oportunidade de discutir, refletir sobre sua prática, e assim contribuir para a

Reformulação Curricular, enfatizando a base disciplinar (conteúdos científicos), é nos saberes

escolares das disciplinas que compõem a grade curricular.

Portanto currículo nada mais é do que uma escola funcionando, desempenhando

o papel que lhe cabe, e se faz necessário viabilizar condições de transmissão-assimilação dos

saberes sistematizados, dosando e sequenciado de modo que o sujeito aprendiz passe

gradativamente do seu não-domínio ao seu domínio.

Vale ressaltar que por meio do currículo que deve ser respeitada a diversidade

cultural e valorizada a cultura popular e erudita, cabe à escola aproveitar essa diversidade,

existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto e democrático.

Sendo assim, se faz necessário que a escola adote uma pedagogia

transformadora que apresenta nas suas práticas pedagógicas a pedagogia libertadora, que

apresenta subjacente à sua teoria a formação da consciência política, de uma avaliação

antiautoritária.Deste modo o processo ensino-aprendizagem precisa ser avaliado de forma a

valorizar o que o aluno aprendeu e não quantificar o que o aluno apresenta dificuldades, ao

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contrário do que se pensa, é possível também avaliar, através do desempenho dos alunos, o

professor que também é sujeito do processo. Agindo assim, a escola estará valorizando o que é

fundamental: a aprendizagem. Para a pedagogia transformadora, na avaliação da

aprendizagem predominam os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Nesta concepção, a

avaliação deve ter uma finalidade diagnóstica, voltada para o levantamento das dificuldades

dos alunos, com vistas à correção de rumos, à reformulação de procedimentos didáticos ou até

mesmo dos objetivos. A avaliação é um processo contínuo e paralelo ao processo de ensino-

aprendizagem. Ela deve ser permanente, permitindo-se a periodicidade apenas no registro das

dificuldades e avanços do aluno relativamente às suas próprias situações pregressas.

Faz-se necessário que o educador tenha uma concepção de criança e

adolescente como sujeitos do seu próprio desenvolvimento, inseridos num contexto de

realidade social e política, o que determinará muitas ações e comportamentos que não poderão

ser ignorados.

Diante de todas as considerações apresentadas acerca do papel e da importância da avaliação

no processo educativo, destacamos que:

a avaliação deve ser conscientemente vinculada à concepção de mundo, de sociedade e de ensino que queremos, permeando toda a prática pedagógica e as decisões metodológicas. Sendo assim, a avaliação não deve representar o fim do processo de aprendizagem, nem tampouco a escolha inconsciente de instrumentos avaliativos, mas, sim, a escolha de um caminho a percorrer na busca de uma escola necessária. (Regina Shudo, 2005)

Nesta proposta de avaliação aprecia-se o conhecimento cultural (história de

vida) que o aluno já apresenta em relação à determinados conhecimentos (conteúdos), inclui a

isto o saber sistematizado, e através desta troca de saberes, procura-se aprimorar esta bagagem

trazida pelo aluno, proporcionando a ação-reflexão. A partir do momento que o aluno possa

agir, isto é por este conhecimento em prática na sua vida, no seu cotidiano e que também

reflita sobre o mesmo, está acontecendo a aprendizagem, o aluno está vendo sentido no saber

escolar. É preciso que o professor não abandone nenhuma etapa deste processo para que

realmente aconteça a aprendizagem eficaz. A avaliação acontecerá durante todos estes

momentos, através da observação do professor em relação ao aluno, observa-se os avanços, as

dificuldades e os erros superados e a capacidade de agir e transformar a realidade em que

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vive. É obvio que necessita de registros avaliativos, mas se todo esse processo acontecer, os

alunos os realizarão com muito sucesso, pois já foi internalizado, foi praticado aquele

determinado conteúdo e as dificuldades serão mínimas. Podemos exemplificar este

pensamento com a fala de Jussara Hoffmann:

Avaliar para promover significa, assim compreender a finalidade dessa prática a serviço da aprendizagem, da melhoria da ação pedagógica, visando a promoção moral e intelectual dos alunos. O professor assume o papel de investigador, de esclarecedor, de organizador de experiências significativas de aprendizagem. Seu compromisso é o agir refletidamente, criando e recriando alternativas pedagógicas adequadas a partir da melhor observação e conhecimento de cada um dos alunos, sem perder a observação do conjunto e promovendo ações interativas. (HOFFMANN, 2001)

Mas como cada indivíduo é diferente e tem seu próprio tempo de

aprendizagem, seja necessário outras intervenções do educador, já que todos tem direito de

aprender (LDB9394/96), é obrigação do professor e da escola proporcionar a aprendizagem.

Observando o foco de que cada um é um ser distinto, percebe-se a importância do docente

rever seus métodos de trabalho, para que atinja a todos sem excluir ninguém. Aí entra a auto-

avaliação do professor que através do desempenho dos seus alunos poderá, aprimorar seu

trabalho, melhorar o que não acertou, fazer alterações, enfim refletir sobre sua prática. O que

não pode acontecer sob hipótese alguma é a teoria do fingimento: o aluno finge que aprende e

o professor finge que ensina (WERNECK, 1992).

Ainda apropriando-se da concepção de avaliação de HOFFMANN, pode-se

concluir que a avaliação deve ser a serviço da aprendizagem do aluno, da formação, da

promoção da cidadania, da mobilização, na busca de sentido e significado para a ação.

Podemos observar que toda essa preocupação com a avaliação, está embasada

em uma concepção construtivista da educação, ressaltando que “ o aluno é sujeito de sua

própria aprendizagem, o que equivale a dizer que ele atua de modo inteligente em busca da

compreensão do mundo que o rodeia” ( Rosa, 2000).

Então se considerarmos que o processo de aprendizagem se desencadeia a partir

de um conflito, da inquietação; ou para usarmos a terminologia de Piaget, a partir de situações

de desequilíbrio parece necessário concluir que o papel do professor é o de desestabilizador.

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Compete-lhe desafiar, instigar à dúvida e retirar dos alunos as certezas. Sendo estes o centro

desse processo, deve então estar sendo mobilizado para pensar e construir seu próprio

conhecimento, indo para além da alfabetização se tornando um indivíduo letrado, sabendo-se

letrar é mais que alfabetizar,é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a

leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno, e ele aprenda em seu próprio ritmo

através de seus interesses, enfatiza-se então a necessidade da educação individualizada,

quando o conteúdo não foi assimilado, retoma-se o mesmo com outras metodologias e realiza-

se uma recuperação paralela, onde o aluno não seja prejudicado e possa dar continuidade aos

conteúdos.

Para implementar esta qualidade no processo ensino-aprendizagem, além do

compromisso profissional dos professores, se faz necessário que haja uma gestão

democrática, como garante a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu Título II,

capítulo 3, “VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação

dos sistemas de ensino”; e a mesma lei refere-se em seu “art. 14. Os sistemas de ensino

definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo

com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:”.

I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da

escola;

II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes”.

Podemos perceber que ao contrário do passado a visão de gestão, de direção

sofreu algumas alterações, incluindo na nomenclatura o termo “democrático”, que amplia o

significado de estar diretor (a) de uma escola. Não se governa mais sozinho e sim com o

apoio, de toda a comunidade escolar, pais, professores, funcionários e membros da

comunidade em que a escola está inserida, desta forma fica claro quando citamos o

pensamento de Paulo Freire:

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“Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola, e dentro da escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na mão, também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe diante de nós que é o de assumir esse país democraticamente”.(FREIRE)

Ainda referindo-se a LDB, podemos perceber que esta lei cita a instituição

Conselho Escolar, mas o que seria este movimento dentro da escola? Segundo o Ministério

da Educação – MEC, “os conselhos de educação situam-se como órgãos de deliberação

coletiva na estrutura de gestão dos sistemas de ensino. (...) Um conselho constitui uma

assembléia de pessoas, de natureza pública, para aconselhar, dar parecer, deliberar sobre

questões de interesse público. (...) O Conselho será a voz e o voto dos diferentes atores da

escola, internos e externos, desde os diferentes pontos de vista, deliberando sobre a construção

e a gestão de seu projeto político pedagógico”.

Além de o Conselho Escolar ser um órgão Deliberativo ( tomar decisões,

aprovar, elaborar ) dentro da escola, também tem as funções: Consultiva ( opinar, emitir

pareceres, discutir e participar); fiscal ( acompanhar, supervisionar, aprovar prestações de

contas) e Mobilizadora ( apoiar, avaliar, promover, estimular).

Sendo fundamental que o Conselho Escolar agregue-se em si o real significado

social da escola, para assim constituir a voz da pluralidade, visto que a escola pública não

pertence ao diretor e nem aos funcionários e professores que nela trabalham e sim a toda

sociedade, por isto o termo pública. Observando esta importante situação é que se firma o

Conselho, pois é a representação de todos as instituições da sociedade, e esta precisa participar

da escola, portanto o Conselho Escolar é um dos princípios da Gestão Democrática, como já

citado acima a própria LDB, chama a comunidade para participar da Gestão Escolar.

Além do Conselho Escolar há outros movimentos que fazem com que a Gestão

da Escola seja feita por decisões partilhadas, tais como: Grêmio Estudantil, APMF, Conselho

de Classe e a Construção Coletiva do Projeto Político Pedagógico. Outra forma de fazer a

Gestão Democrática é a Escolha de Diretores, que proporciona aos professores, funcionários,

pais e alunos a oportunidade de escolha direta por meio de eleições.

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Notamos que participação é o melhor meio de assegurar a gestão democrática

da escola, possibilitando o envolvimento de toda a comunidade escolar na tomada de decisões

e no funcionamento da organização escolar. Proporciona um maior conhecimento dos

objetivos e metas, da estrutura organizacional e das relações da escola com a comunidade.

Partindo desse intuito podemos realizar em nosso Estabelecimento de Ensino a Avaliação

Institucional, onde constatou que a vontade de mudança está muito presente, faltando apenas

mais cursos de capacitação para os voluntários que assume no colégio cargos como Presidente

da APMF, Grêmio estudantil....Notou-se também que ao iniciar o ano letivo o colégio não

conta com todos os professores, para juntos realizarem a capacitação que é ofertada pelo

SEED. Foi citado também a falta de livros de pesquisas para o Ensino Médio, material

esportivo para a prática das aulas de Educação Física, computadores para os alunos,

manutenção da quadra de esportes. Como nosso colégio está localizado na zona rural, a

merenda que vem enlatada não é bem aceita pelos alunos, pois possui muito conservantes. E

foi constatado que o colégio não está preparado para receber alunos portadores de

necessidades especiais.

Outra grande preocupação da Gestão Democrática é garantir a Escola para todos, sem

excluir ninguém, é aí que se fala muito na Educação Inclusiva. Mais para falar de educação

inclusiva tem de abordar, antes, a questão da inclusão social, ou seja, o processo de tornar

participantes do ambiente social total (a sociedade humana vista como um todo, incluindo

todos os aspectos e dimensões da vida - o econômico, o cultural, o político, o religioso e todos

os demais, além do ambiental), todos aqueles que se encontram, por razões de qualquer ordem,

excluídos.

Segundo o site educacional Conteúdo Escola (2005), a exclusão social e inclusão

social são conceitos dialéticos, polarizados, simétricos e constituem uma das grandes

preocupações da sociedade atual. Como excluídos, podemos considerar todos os grupos de

pessoas que não participam, em nossa sociedade capitalista, do consumo de bens materiais

(produtos e mercadorias) e/ou serviços, ou seja: aqueles que estão fora do processo produtivo

(desempregados e sub-empregados), do acesso a bens culturais, saúde, educação, lazer e

outros todos componentes da cidadania. O conceito exclusão social veio substituir, no Brasil, a

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partir dos anos oitenta, conceitos menores e setoriais, como segregação, marginalização,

discriminação, miséria, pobreza. Organismos governamentais, organizações não-

governamentais, e organizações internacionais voltadas para o desenvolvimento econômico e

social (BID, Banco Mundial, ONU e suas subsidiárias - UNESCO, UNICEF, FAO e outras)

tendo em vista o avanço da globalização e do neoliberalismo, têm se preocupado o aumento

significativo de populações marginalizadas, seja pelo sub-desenvolvimento, pelo desemprego

ou, ainda, vítimas de preconceito e discriminação religiosa, étnica e cultural.Uma das

dimensões do processo de inclusão social é a inclusão escolar conjunto de políticas públicas e

particulares de levar a escolarização a todos os segmentos humanos da sociedade, com ênfase

na infância e juventude. Nesse contexto, recebem atenção especial a integração de portadores

de deficiências (físicas ou mentais) nas escolas regulares, o ensino voltado para a formação

profissionalizante e a constituição da consciência cidadã. No Brasil, a Constituição de 1988,

assim como a LDB 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) destacam a

importância e urgência de promover-se a inclusão educacional como elemento formador da

nacionalidade.

A radicalidade com que a legislação contempla a inclusão escolar - principalmente

quanto à população portadora de necessidades especiais, entre eles os deficientes físicos e

mentais - tem suscitado questionamentos da sociedade e de grupos específicos, como os

agentes educacionais, pais desses indivíduos, sobre a forma de operacionalizar a inclusão,

mesmo sendo consenso geral a necessidade e o direito à inclusão. Os questionamentos são de

todos as categorias: técnicos, administrativos e institucionais, sendo a maior parte revelando

dois aspectos fundamentais: a ignorância sobre as características dos indivíduos a serem

incluídas e o preconceito gerado a partir dessa ignorância. Qual é o indivíduo alvo da

educação inclusiva?

• Pobres

• Negros e pardos

• Crianças e idosos

• Mulheres e homossexuais

• Portadores de incapacidades e deficiências físicas e mentais.

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• Índios

Ou seja - a população desfavorecida economicamente ou alvo de estigmas sociais de

toda ordem. Onde se encontra esses indivíduos? Geralmente, na periferia dos grandes centros

urbanos e nas zonas rurais. Através de que instituição a educação inclusiva terá

exequibilidade? Sem dúvida, a escola pública, tradicionalmente reconhecida como a escola

dos excluídos. Os professores estão preparados para esse empreendimento? Não, e é

necessário proceder à sua formação, começando com a informação e a conscientização dos

mesmos. O que não se pode - em termos de uma visão macro-social - é preparar professores e

só depois (depois, quando?) proceder a iniciativa de inclusão escolar. O professor, como

agente da mudança, deve ter em mente, sempre, a responsabilidade social que o cargo lhe

confere e participar decisivamente do esforço de inclusão - apesar dele mesmo, enquanto

categoria profissional, não receber reconhecimento, no Brasil, de sua importância na formação

educativa da população. A inclusão educacional é, certamente, o caminho definitivo para que

deixemos de ser o país de maior riqueza (potencial) e, ao mesmo tempo, palco das maiores

injustiças sociais da história da humanidade.

Dentre todas as preocupações da educação inclusiva ainda a que menos acontece é a

Educação Especial, que se trata de crianças com necessidades educativas especiais, este

termo Necessidades Educativas Especiais refere-se a defasagem entre o nível de

comportamento ou de realização da criança e o que dela se espera em função da sua idade

cronológica. Um aluno tem necessidades educativas especiais se tem dificuldades que exigem

adaptação das condições em que se processa o ensino/aprendizagem, ou seja, uma dificuldade

significativamente maior em aprender do que a maioria dos alunos da mesma idade, ou uma

incapacidade ou incapacidades que o impedem de fazer uso das mesmas oportunidades que

são dadas, nas escolas, a alunos da mesma idade.

O conceito de Educação Especial não se refere apenas aos alunos que apresentam

dificuldades de ordem sensorial, intelectual ou motora. Não diz respeito apenas aos alunos que

apresentam dificuldades num dado momento de aprendizagem, mas também aos professores e

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todos aqueles que, intervindo no processo de ensino-aprendizagem contribuem para o êxito ou

fracasso dos educandos.

A LDB, por sua vez também traz um título da educação especial, que em seu art. 58 a

define “Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação

escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de

necessidades especiais.” E ainda ressalta no parágrafo 2º deste mesmo artigo que “O

atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que,

em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes

comuns de ensino regular”.

Sabe-se que a inclusão (escolar e social) é um procedimento político/ideológico - mais

amplo, portando, que a simples integração escolar - e corresponde a "mudança de

mentalidade". A integração escolar está prevista na LDB 9.394/96 - título III (do direito à

educação e do dever de educar), inciso III. Para tanto a escola precisa conhecer quem é o

indivíduo da educação especial. Afirma-se que o educando que apresenta desvio - da média

considerada padrão para uma faixa etária determinada, para menos ou para mais - nos

aspectos: físico, sensorial e mental. De acordo com o site Conteúdo Escola há a seguinte

classificação: Portadores de Necessidades Especiais – Tipologia: De ordem física :

hemiplégicos, paraplégicos, tetraplégicos, mutilados; De ordem sensorial: deficientes visuais,

deficientes auditivo. De ordem mental: situações mais frequentes: portadores de Síndrome de

Down, autismo, paralisia cerebral. Outros: o superdotado, o portador de TDAH (portador do

transtorno de deficit de atenção e hiperatividade) e o portador de TDA (portador de transtorno

de déficit de atenção). Distúrbios de aprendizagem: dislexia, disgrafia, gagueira, baixo nível

de cognição.

Faz-se necessário que os nossos professores estejam preparados para receber estes

alunos de modo que os mesmos sintam-se incluídos e não excluídos. Entendemos que é uma

situação complicada pois nossos profissionais não recebem em sua formação acadêmica um

preparo para estas situações, neste caso e em outros demais, também é função de um gestor

democrático garantir à seus docentes e funcionários formação continuada.

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Portanto proporcionar momentos de estudo, discussões e reflexões sobre a prática

educativa, troca de experiências e o incentivo à participação dos cursos promovidos pela

Secretaria Estadual de Educação é um ótimo começo para um diretor democrático garantir a

qualidade de ensino em sua escola.

Proposições de ações:

Fundamentando-se nestas concepções o Colégio Estadual de Cachoeira funcionará

conforme as ações comprometidas de todos os profissionais desta instituição, Sendo assim

abaixo segue o Plano de Ação da Escola (Gestão Democrática e Equipe Pedagógica)

Plano de Ação da Escola

1. OBJETIVOS• Promover a qualidade do ensino-aprendizagem, trabalhando

juntamente com a comunidade escolar, professores, funcionários e alunos, e fazendo com que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o Estatuto da Criança e do Adolescente possa ser garantido à todos.

2. PRINCÍPIOS NORTEADORES

• Educação obrigatória, de qualidade e gratuita.• Articulação entre Gestão Democrática e Proposta Pedagógica.• A educação como direito de todo cidadão;• A Universalização do Ensino;• Escola Pública de qualidade;• Luta contra ao analfabetismo;• Apoio à diversidade cultural.

AÇÃO“Na Escola não existem “chefes”, nem subordinados, e sim líderes que estão presentes, colaboram, incentivam, motivam e permitem a participação de todos no trabalho e no sucesso”.

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GESTÃO

• Tomar medidas para que o Conselho Escolar esteja presente nas tomadas de decisões e que seja atuante e participativo, reconhecendo sua importância no desenvolvimento das atividades escolares.

• Adotar metodologias juntamente com a Equipe Pedagógica para o docente melhorar seu desempenho referente aos conselhos de classe.

• No início de cada ano eleger representantes de turmas de forma democrática, fazendo reuniões periódicas com os mesmos.

• Acompanhar e incentivar o trabalho do Grêmio Estudantil, valorizando suas decisões, tomando as medidas cabíveis pata tal desempenho.

• No início do ano letivo, elaborar com a APMF um Plano de trabalho para 2010 e 2012, através de reuniões mensais, avaliar o andamento do Estabelecimento de Ensino e assim poder estabelecer as prioridades para o mês seguinte.

• Convidar os pais para participarem de projetos desenvolvidos pela escola, ouvindo suas opiniões, nas atividades escolares, e as acatando na medida possível, e dar oportunidade para que eles possam acompanhar o desenvolvimento de seus filhos;

• Organizar palestras e seminários para os pais, envolvendo temas do interesse de todos, procurando encontrar medidas para a melhoria e o sucesso escolar e o nível da aprendizagem.

• Juntamente com o corpo docente, administrativo, equipe pedagógica, e demais funcionários faremos como de costume a visita aos pais, colhendo as informações precisas, experiências vividas, pois entendemos que Escola e Comunidade devem estar unidas para uma Educação de Qualidade.

• Serão debatidos no Conselho de Classe, quais são as maiores dificuldades dos professores com relação aos alunos, e apontando as possíveis soluções e alternativas para a melhoria dos alunos. • Trabalho de integração dos professores dos anos iniciais

e finais do ensino fundamental para articulação daspropostas pedagógicas.

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• Propiciar encontros pedagógicos, onde podemos rever toda proposta pedagógica da escola, definir diretrizes , e traçar métodos para o melhor e desempenho do aluno, como será feita a recuperação paralela, quais as dificuldades de aprendizagem, e como saná-las. Oportunizar aos professores, para tomar parte ativa na administração, melhorando assim o clima de trabalho na escola. Sempre será discutido o desenvolvimento educacional em grupo e priorizando o aluno, pois ele é o principal foco de desenvolvimento escolar. Levaremos em conta os princípios pré-estabelecidos pelo NRE adaptando a nossa realidade.

• Zelar dos recursos já existentes,• Empregar de forma competente os equipamentos que a

escola adquiriu e encontrar meios para adquirir o que ainda falta e substituir os que já estão fora de uso.

• As salas de aula, onde os estudantes ficam maior parte do tempo, deverá ser muito saudável, por isso deveremos empregar os recursos recebidos para tal fim e encontrar subsídios para deixa-los a contento.

• Cuidados especiais com a biblioteca, fazendo novos projetos para aumentar seu acervo;

• O mesmo deve ser feito com o laboratório.• Os espaços educativos devem partir das expectativas dos

clientes, fazendo as mudanças necessárias, para que eles sintam-se valorizados.

• Farei projetos, enviando as entidades competentes visando a complementação de equipamento que a escola precisa, e também procurando auxilia na comunidade escolar, fazendo promoções e quermesses .

• Empregar de forma competentes métodos e técnicas, além de materiais instrucionais, compatíveis com o estudante que aprende e com o conteúdo a ser administrado.

• Será feito um empenho muito grande para elevar o nome do Colégio em participação de feiras, exposições, para incentivar os nossos alunos, a demonstrar as suas potencialidades, pois sabemos o quanto eles são capazes. Não medirei esforços para que nossos alunos possam :

• Participação nos jogos escolares;• Dar maior ênfase para o grupo de teatro e o coral do Colégio,

já existente, e formar mais grupos bem diversificados.• Propor projetos de recuperação de estudos;• Incentivar os professores e funcionários à capacitação

profissional, bem como trazer para a comunidade escolar momento de formação com temas diversos;

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• Organizar as horas atividades para que os professores realmente possam desfrutar de momentos de estudo e preparação dos seus trabalhos cotidianos;

• Reunir-se juntamente com as Instituições Colegiadas (Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil), para a tomada de decisões e para receber opiniões dos diversos setores da comunidade, programando juntamente com estes projetos para serem desenvolvidos no cotidiano escolar;

• Promover reuniões de pais bimestrais, em horários que de temas como adolescência, doenças, alcoolismo, tabagismo, as leis, o papel da família e escola na educação dos filhos, entre outros de interesse comum às famílias e à escola;

• Garantir que as reuniões de Conselho de Classe possam ser para tratar de problemas/soluções de aprendizagem dos alunos e que possam ter a participação de pais e alunos e que estes contribuam para estas soluções;

• Incentivar à participação e o êxito dos alunos nas atividades pedagógicas e como consequência uma aprendizagem mais significativa, o que ocorrerá por meio de projetos amplamente discutido com os professores das diversas disciplinas;

• Organizar a hora do recreio com atividades, a fim de envolver os alunos, sem que haja confusões entre eles (brigas e namoros dentro do colégio);

• Incentivar à leitura como meio de aquisição de conhecimento, através de projetos que envolvam os alunos, professores de arte e língua portuguesa e a bibliotecária.

• Dar continuidade aos projetos já existentes no colégio e em especial da horta e jardim da escola, formulando escalas entre as turmas para a divisão dos trabalhos;

• Oferta oportunidade aos alunos de Estágio não obrigatório, seguindo as instruções proposta no Adendo III, anexado ao Regimento Escolar deste Estabelecimento de Ensino.

• facilitem à vinda dos mesmos, e que estas não sejam meramente uma entrega de boletins, mas que possam tratar de temas como adolescência, doenças, alcoolismo, tabagismo, as leis, o papel da família e escola na educação dos filhos, entre outros de interesse comum às famílias e à escola;

• Garantir que as reuniões de Conselho de Classe possam ser para tratar de problemas/soluções de aprendizagem dos alunos e que possam ter a participação de pais e alunos e que estes contribuam para estas soluções;

• Incentivar à participação e o êxito dos alunos nas atividades pedagógicas e como consequência uma aprendizagem mais

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significativa, o que ocorrerá por meio de projetos amplamente discutido com os professores das diversas disciplinas;

• Organizar a hora do recreio com atividades, a fim de envolver os alunos, sem que haja confusões entre eles (brigas e namoros dentro do colégio);

• Incentivar à leitura como meio de aquisição de conhecimento, através de projetos que envolvam os alunos, professores de arte e língua portuguesa e a bibliotecária.

• Dar continuidade aos projetos já existentes no colégio e em especial da horta e jardim da escola, formulando escalas entre as turmas para a divisão dos trabalhos;

• Oferta oportunidade aos alunos de Estágio não obrigatório, seguindo as instruções proposta no Adendo III, anexado ao Regimento Escolar deste Estabelecimento de Ensino.

• Avaliação para a promoção e para formação da autonomia e da cidadania,será seguindo os seguintes critérios: mínimo 03 avaliações, sendo os valores e instrumentos a critério do professor.

Propiciar encontros pedagógicos, onde podemos rever toda proposta pedagógica da

escola, definir diretrizes , e traçar métodos para o melhor e desempenho do aluno, como será

feita a recuperação paralela, quais as dificuldades de aprendizagem, e como saná-las.

Oportunizar aos professores, para tomar parte ativa na administração, melhorando assim o

clima de trabalho na escola. Sempre será discutido o desenvolvimento educacional em grupo

e priorizando o aluno, pois ele é o principal foco de desenvolvimento escolar. Levaremos em

conta os princípios pré-estabelecidos pelo NRE adaptando a nossa realidade.

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Bibliografia

Werneck, H. Se você finge que ensina, eu finjo que aprendo. Petrópolis – RJ – Vozes 1992.

Hoffmann, J. Avaliar para Promover as setas do caminho.Porto Alegre. Ed. Mediação 2001.

Rosa, S. S. da. Construtivismo e Mudança. São Paulo. Cortez, 2000.

BRASIL, LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação

BRASIL, Ministério da Educação – Programa Nacional de Fortalescimentos dos Conselhos

Escolares, 2005

www.educacional.com.br, site visitado em 21/11/05 – Sala de Aula e Avaliação: Caminhos e Desafios, Shudo, R.

www.conteúdoescola.com.br, site visitado em 27/11/05 – Educação Especial

A Proposta Pedagógica ou Proposta Curricular visa por meio dos conteúdos

curriculares de cada área do conhecimento, propor aos educandos, considerados sujeitos

históricos-sociais, atividades significativas e diversificadas que despertem o interesse de todos

os alunos, bem como uma avaliação para a promoção e para formação da autonomia e da

cidadania, seguindo os seguintes critérios: mínimo 03 avaliações, sendo os valores e

instrumentos a critério do professor.

Além de garantir um direito de recuperar as aprendizagens (recuperação paralela), visto

que todos têm o direito à apropriação do conhecimento, e que esta construção do

conhecimento intermediado pelo professor leve os alunos à emancipação social.

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AGENDA 21

A Agenda 21 elaborada juntamente com a Escola Municipal Francisco Solano Bueno,

pais, representantes da APMF, alunos, professores, pedagogos e funcionários elencou através

de um diagnóstico realizado na comunidade alguns problemas que acontecem em torno da

escola e que afetam o desenvolvimento do trabalho educativo dentro da escola, tais problemas

são:

• Manutenção das estradas para o transporte escolar, pois dificulta a chegada da grande maioria dos alunos nos dias chuvosos;

• Os alunos do matutino faltam muito, pois o dentista só atende no posto de saúde pela manhã;

• Separação e comercialização do lixo produzido pela escola;• Arborização e jardinagem;• Adequação no horário do transporte escolar, respeitando o

horário do início das aulas (alguns ônibus chegam muito cedo, já outros tarde demais);

• Melhoria das salas de aula;• Recursos tecnológicos para uso administrativos, dos professores

e alunos, fornecendo cursos de capacitação para os mesmos;• Contratação de estagiários para a parte administrativa,

valorizando assim os educandos do Ensino Médio.

Diante desta problemática realizou-se um Fórum contando com a presença de

representantes da Secretaria Municipal de Saúde, Vereadores, Associação dos Moradores,

Grêmio Estudantil, APMF, e professores, que ao apresentarem tais dificuldades ganharam

novos aliados para lutarem por melhores condições para a comunidade. Podemos ver em

anexo a Ata desta reunião.

Sendo assim serão desenvolvidas atividades em sala de aula, através de projetos que

desenvolvam a consciência ambiental, e despertem as populações para os problemas acima

citados. Os referidos projetos serão interdisciplinares.

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