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em comunidade 1 Boletim informativo Mensal Ano XII - Nº 148 - Dezembro | 2014 Diocese de Osasco Distribuição interna e gratuita Pag.05 CORAL NOSSA SENHORA DE LOURDES – VI IN CANTAR Neste último dia 9 de novembro o Coral da nossa Paróquia se apresentou novamente no Teatro Mu- nicipal de Barueri, como tem acontecido nos últi- mos 6 anos. A cada ano o grupo se supera e cria um espetáculo muito interessante, feito com amor... ADVENTO – TEMPO FAVORÁVEL À CONVERSÃO A palavra “advento” tem origem latina e signifi- ca “chegada”, “aproximação”, “vinda”. No Ano Litúrgico, o Advento é um tempo de preparação para a segunda maior festa cristã: o Natal do Senhor. Neste tempo, celebramos duas... Pag.08 Pag.03 Queridos irmãos, caminhando rumo ao Natal do Senhor somos convidados a refazer o nos- so caminho espiritual cotidiano, assim como José e Maria caminham apressados rumo a Belém vamos juntos ... aproveite os três últimos dias e juntando a família faça o iti- nerário... no primeiro dia lembre cada perso- nagem que antecipa a chegada do Salvador. Maria, José, Arcanjo Gabriel, Isabel, Zaca- rias, o povo em suas casas cheias e sem lugar para o parto de Maria, os pastores, o povo do templo, o povo do Império, os romeiros, o dono da hospedaria do estábulo ... cada um poderia comparar como viveu este ano e o que este personagem pode lhe dizer. No se- 30 DE DEZEMBRO - SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ A concepção de família na época dos patriarcas de Israel e suas características são as descritas em todo o Antigo Testamento e esse era o mo- delo a seguir. Suas características de paz, de abundância de bens materiais, de concórdia... gundo dia contemple José apreensivo, Maria pesada e cansada, e só a Providência divina agindo quando temos mais o que fazer, como estou procurando entender não o que Deus quer de mim, mas o que Ele quer SER para mim, como o busquei, como o entendi, como o amei, como o honrei, como o glorifiquei este ano. No terceiro dia quem sou...estrela, burrinho, boi, as ovelhas, a manjedoura, o anjo, os pastores, as mulheres, José, Maria, o dono do estábulo, ... e qual presente darei ao menino ... faça o enxoval, fraldas de humil- dade e serviço a um idoso esquecido, cuei- ros de alegria e comida ao desempregado, mamadeiras de ternura e leite a uma criança desnutrida, mantinha a um andarilho, camisa de fé a um casal em desarmonia, alfinete para prender corações, babadores para limpar ma- goas e ressentimentos, perfuminhos de festa e acolhida, xampus que lavam tristeza, choro, depressão, chazinho para Maria que elevem o amor, que tragam uma presença de quali- dade. Seja presença de qualidade no Natal do Senhor. Nós os aguardamos na Santa Liturgi, agradecido pela qualidade de sua presença e de sua família em nossa comunidade paro- quial. Que o menino Jesus lhe abençoe!!!!! Padre Marcos Galdino NOSSAS CELEBRAÇÕES NATALINAS SERÃO EM: 24 dezembro - às 20 horas na Matriz 25 dezembro - Natal do Senhor e Batismo às 10 horas na Matriz 31 dezembro - Ação de Graças às 20 horas na Matriz 01 janeiro - N. S. Rainha da Paz às 10 horas na Matriz O NATAL DO SENHOR JESUS

Em comunidade dezembro 2014

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Boletim informativo MensalAno XII - Nº 148 - Dezembro | 2014Diocese de OsascoDistribuição interna e gratuita

Pag.05CORAL NOSSA SENHORA DE LOURDES – VI IN CANTARNeste último dia 9 de novembro o Coral da nossa Paróquia se apresentou novamente no Teatro Mu-nicipal de Barueri, como tem acontecido nos últi-mos 6 anos. A cada ano o grupo se supera e cria um espetáculo muito interessante, feito com amor...

ADVENTO – TEMPO FAVORÁVEL À CONVERSÃOA palavra “advento” tem origem latina e signifi-ca “chegada”, “aproximação”, “vinda”. No Ano Litúrgico, o Advento é um tempo de preparação para a segunda maior festa cristã: o Natal do Senhor. Neste tempo, celebramos duas...

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Queridos irmãos, caminhando rumo ao Natal do Senhor somos convidados a refazer o nos-so caminho espiritual cotidiano, assim como José e Maria caminham apressados rumo a Belém vamos juntos ... aproveite os três últimos dias e juntando a família faça o iti-nerário... no primeiro dia lembre cada perso-nagem que antecipa a chegada do Salvador. Maria, José, Arcanjo Gabriel, Isabel, Zaca-rias, o povo em suas casas cheias e sem lugar para o parto de Maria, os pastores, o povo do templo, o povo do Império, os romeiros, o dono da hospedaria do estábulo ... cada um poderia comparar como viveu este ano e o que este personagem pode lhe dizer. No se-

30 DE DEZEMBRO - SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉA concepção de família na época dos patriarcas de Israel e suas características são as descritas em todo o Antigo Testamento e esse era o mo-delo a seguir. Suas características de paz, de abundância de bens materiais, de concórdia...

gundo dia contemple José apreensivo, Maria pesada e cansada, e só a Providência divina agindo quando temos mais o que fazer, como estou procurando entender não o que Deus quer de mim, mas o que Ele quer SER para mim, como o busquei, como o entendi, como o amei, como o honrei, como o glorifiquei este ano. No terceiro dia quem sou...estrela, burrinho, boi, as ovelhas, a manjedoura, o anjo, os pastores, as mulheres, José, Maria, o dono do estábulo, ... e qual presente darei ao menino ... faça o enxoval, fraldas de humil-dade e serviço a um idoso esquecido, cuei-ros de alegria e comida ao desempregado, mamadeiras de ternura e leite a uma criança

desnutrida, mantinha a um andarilho, camisa de fé a um casal em desarmonia, alfinete para prender corações, babadores para limpar ma-goas e ressentimentos, perfuminhos de festa e acolhida, xampus que lavam tristeza, choro, depressão, chazinho para Maria que elevem o amor, que tragam uma presença de quali-dade. Seja presença de qualidade no Natal do Senhor. Nós os aguardamos na Santa Liturgi, agradecido pela qualidade de sua presença e de sua família em nossa comunidade paro-quial. Que o menino Jesus lhe abençoe!!!!!

Padre Marcos Galdino

NOSSAS CELEBRAÇÕES NATALINAS SERÃO EM:24 dezembro - às 20 horas na Matriz

25 dezembro - Natal do Senhor e Batismo às 10 horas na Matriz31 dezembro - Ação de Graças às 20 horas na Matriz

01 janeiro - N. S. Rainha da Paz às 10 horas na Matriz

O NATAL DO SENHOR JESUS

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EXPEDIENTEPÁROCOPe. Marcos de Oliveira Galdino

ENDEREÇOSGruta: Pça Oiapoque, 300 - AlphavilleBarueri - SP - CEP 06454-060TEL. 4191 1742 - 4193 3437Igreja Matriz: Av. Piraíba, 432 - AlphavilleCapela São José: Calç.Orquídeas, 209 - 3º Comunicacao@paroquiansdelourdes.org.brwww.paroquiansdelourdes.org.br

CURSO DE BATISMO1º Domingo do Mês: 16h00 às 18h00 - Gruta

BATIZADOS3º Domingo do mês: 17h00 BENÇÃO RESIDENCIAL E COMERCIAL6ª feiras: marcar horário na secretaria

HORÁRIO DAS MISSAS GRUTA:- 2ª feira: Celebração da Palavra às 7h30 - 3ª a 6ª feira às 7h30- Sábados: 16h00- Domingos: 9h30 às 11h00

IGREJA MATRIZ- Domingos: 19h30- Domingos - (Em espanhol): 18h00- Quartas-feiras: ensaios do Coral Nossa Senhora

de Lourdes: 20h00 às 22h00

SOLAR VILLE GARAUDE Última 4ª feira do mês: 15h00

CAPELA SÃO JOSÉ- 5ª Feira: 12h30- Última 2º do mês: 20h00

CAPELA SÃO JOSÉ - GRUPO DE ORAÇÃO - atividades- 2ª feiras: 19h30- 4ª feiras: 12h30- 5ª feiras: SOS Oração: 13h30 às 17h00- Sábados: SOS Oração: 14h00 às 17h30- 1ª sexta feira do mês: Vigília de Oração: 21h00- Diariamente: Visita ao Santíssimo: 9h00 às 17h00

SECRETARIA2ª,4ª,5ª e 6ª feiras: 7h30 às 16h453ª feiras: não há expedienteSábado: 9h00 às 11h00

CONFISSÃO5ª feira: 8h00 às 11h00

PASTORAL DA COMUNICAÇÃOEditor: Luiz WeyEditor Assistente: Luciano BandeiraColaboradores: Ana Paula e Celso Tracco, Celeste Wey, Elizete Santos, Jair Ortega, Marie Tajima Takeda, Marilaine De Lucia e Silvania Renesto.Site: Cláudio Victor DonatoProjeto Gráfico: ML&A ComunicaçõesImpressão: Santhafé Gráfica Tiragem: 1.000 exemplares

As opiniões expressas nas páginas deste jornal são detotal e inteira responsabilidade dos autores identificadosem cada artigo.

Carta de D. João Bosco aos Presbíteros da Diocese de OsascoSegue em anexo a carta da Presidência da CNBB com indicações sobre o Ano da Paz que tem início no 1º domingo do Advento e se estende até o Natal do próximo ano.

Notem que o Secretário Geral avisa que haverá subsídios sobre esse tema.Também o nosso livrinho da novena de Natal tem muitas motivações sobre a Paz.

Peço que abracem com caridade pastoral essa iniciativa, que toca em um pon-to tão doloroso e presente na nossa realidade urbana.

Saudações em Cristo

Dom João Bosco

Brasília, 21 de novembro de 2014 SG. Nº. 0924/14

Caro irmão no Episcopado, Paz e bem!

Aproxima-se o início do Ano da Paz. Ele foi discutido e aprovado pelos irmãos bispos, por ocasião da nossa última Assembleia Geral, em Aparecida, SP. Terá início no primeiro domingo do Advento (30/11/14) e encerramento no Natal (25/12/15).

Manifestamos nossas preocupações, apresentamos os modos da violência, busca-mos as razões que geram a violência. Poderíamos afirmar com Papa Francisco que “os ídolos do domínio e do poder deterioram as relações, arruínam a harmo-nia a ser construída com humildade serviçal e disposição maternal. Os conflitos, a violência, a indiferença diante da morte, nascem do fascínio do domínio e do poder” (cf. Papa Francisco, Vigília de Oração pela Paz, 07∕09/14).

Desejamos, com o Ano da Paz, abrir fendas na onda de violência que se manifesta na morte de tantas pessoas, nos lares em conflito, na corrupção, na agressividade do trânsito, na impossibilidade de diálogo nas diferenças, até mesmo religiosas.

A presença de Deus na terra dos homens é anunciada com uma exclamação e de-sejo de Paz: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e na terra, paz aos que são do seu agrado” (Lc 2,14). Ele, o Príncipe da Paz, o Arauto da Paz, Ele a nossa Paz! Nova presença, nova vida, novo horizonte: proximidade, acolhida, fraternidade. “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz” (Jo, 14, 27). Paz no Reino novo onde reinará a justiça, o perdão, o diálogo; cultura da paz.

“É possível percorrer o caminho da paz? Podemos sair desta espiral de dor e de morte? Podemos aprender de novo a caminhar e percorrer o caminho da paz? ... Sim, é possível para todos!” (Papa Francisco, Vigília de oração pela paz, 07∕09/14).

Uma Comissão está preparando alguns subsídios que serão enviados às dioceses. O importante, como foi lembrado na Assembleia, é que, durante todo o Ano Litúr-gico reflitamos sobre a paz, para superarmos a violência. Em breve enviarei mais detalhes sobre o Ano da paz.

Um abençoada caminhada de Advento ao encontro do Príncipe da paz.

Leonardo Ulrich SteinerBispo Auxiliar de BrasíliaSecretário Geral da CNBB

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A palavra “advento” tem origem latina e significa “chegada”, “aproximação”, “vinda”. No Ano Litúrgico, o Advento é um tem-po de preparação para a segunda maior festa cristã: o Natal do Senhor. Neste tempo, celebramos duas verdades de nossa fé: a primeira vinda (o nascimento de Jesus em Belém) e a segunda vinda de Jesus (a Parusia). Assim, a Igreja comemora a vinda do Filho de Deus entre os homens (aspecto histórico) e vive a alegre expectativa da segunda vinda d’Ele, em poder e glória, em dia e hora desconhecidos (aspecto escatológico).

COMO SE ESTRUTURA O TEMPO DO ADVENTO

O tempo do Advento possui quatro semanas e, por isso, quatro do-mingos celebrativos. O terceiro domingo do Advento é chamado de domingo da alegria por causa da antífona de entrada da missa (Alegrai-vos sempre no Senhor), mostrando a alegria da proxi-midade da celebração do Natal. O tempo do Advento se divide em duas partes. A primeira, que vai até o dia 16 de dezembro, é marcada pela espera alegre da segunda vinda de Jesus. A segunda, os dias que antecedem o Natal, se destaca pela recordação sobre o nascimento de Jesus em Belém.

AS FIGURAS BÍBLICAS PRINCIPAIS DO ADVENTO

Dois personagens bíblicos ganham destaque na celebração do Ad-vento: Maria e João Batista. Ela porque foi escolhida por Deus para ser a mãe do Salvador, e ele porque foi vocacionado a ser o precursor do Messias. Ela se torna modelo do coração que sabe acolher a Palavra e gerar Jesus. Ele se torna modelo de uma vida que sabe esperar nas promessas de Deus e agir anunciando e pre-parando a chegada da salvação. Em ambos se manifesta a reali-zação da esperança messiânica judaica e o anúncio da plenitude dos tempos.

“ATENTOS E VIGILANTES”

A espiritualidade do Advento é marcada por algumas atitudes bá-sicas: a preparação para receber o Cristo; a oração e a vivência da esperança cristã. A preparação para receber o Senhor se dá na

ADVENTOTEMPO FAVORÁVEL À CONVERSÃO

vivência da conversão e da ascese. Precisamos ter um olhar atento sobre nós e a realidade que nos cerca e nos empenharmos para cor-respondermos com a ação do Espírito de Deus que quer restaurar todas as coisas. O nosso relacionamento com o nosso corpo e os nossos afetos, com nossos familiares e pessoas íntimas, nossa parti-cipação na vida eclesial e social devem estar no foco de nossa aten-ção. A preparação para celebrar o Natal demanda uma confissão sacramental bem feita e um propósito firme de renovação interior.

“ORAI A TODO MOMENTO”

Este tempo é marcado por uma vivência mais profunda da vida de oração. A leitura orante deste período nos coloca em contato com as profecias de salvação do Antigo Testamento, com a expectativa que os cristãos da Igreja primitiva tinham da Parusia e com os eventos principais que antecederam o nascimento de Jesus. A re-cordação dos eventos que antecederam a primeira vinda de Cristo se torna a base da preparação da Igreja para o novo Advento do Senhor. A Santa Missa e a Liturgia das Horas são os principais mo-mentos celebrativos. Os exercícios de piedade, como a oração e a meditação dos mistérios gozosos do Rosário, a oração do Angelus e a Novena de Natal podem ser um caminho feliz para a vivência da oração comunitária neste tempo.

“PARA FICARDES EM PÉ DIANTE DO FILHO DO HOMEM”

Cada um de nós, apesar do pecado e do mal que nos cerca, deve desejar sempre mais a felicidade, aceitando que, em última análi-se, ela é o Reino dos Céus, a vivência em comunhão plena e eterna com Deus. Para isto é necessário vivermos dirigindo nossa vida para esta meta, colocando nossas forças no socorro da graça do Espírito Santo. Deus já nos criou desejando a felicidade. Contu-do, por causa do pecado, vamos procurando nas criaturas aquela completude que só pode ser vivida na comunhão com o Criador. O Advento nos propõe entendermos todas as coisas na sua relação com Deus e usarmos elas como meios de estarmos com Ele, colo-cando nossa esperança nas realidades que não passam.

Luis Wey

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Em 18 de outubro passado, se encerraram as duas semanas em que os bispos se reuniram para a III Assembleia Geral Extraordinária. Esse encerramento se deu com uma Mensagem da Assembleia e com um discurso do papa Francisco .

Durante a Assembleia se produziram muitas reflexões e discus-sões, que nem sempre foram amenas. Às vezes, aconteceram aca-loradas discussões sobre alguns dos temas abordados, sem que se chegasse a um consenso entre os participantes. Porém, esta Assembleia, não tinha como objetivo soluções e sim discussões abertas sobre assuntos difíceis que fazem parte do mundo atual. O resultado destas discussões, estudos e reflexões dos participantes tinha como objetivo servir de base para o Sínodo sobre a Família, marcado para outubro do próximo ano.

A Mensagem da Assembleia agradece às famílias do mundo in-teiro pelo seu testemunho diário de fidelidade, fé, esperança e amor. Reconhece, porém, que há também muitas dificuldades e complexidade nas famílias atuais: os desafios da fidelidade e do amor conjugal, a vida marcada pela debilidade da fé e dos valores, pelo individualismo, pelo empobrecimento das relações, pela falta de perdão. Reconhecem que os inúmeros fracassos dão origem a novas relações, novos casais e novas uniões que criam situações familiares complexas dentro da opção ortodoxa cristã. Por isto, uma profunda reflexão no Sínodo foi sobre o possível acesso dos casais divorciados e em segunda união, ao centro do que leva a comunicação com Deus, a Eucaristia. Trataram ainda sobre uma diversidade de assuntos como: a pobreza, a falta de emprego, as migrações, as guerras, as vítimas de abusos, a comunhão fraterna e a caridade, a promoção dos direitos das famílias pelos governos e pelas organizações internacionais. Ao final da Mensagem, os pa-dre sinodais pedem, a todos nós, que caminhemos junto deles até o próximo Sínodo.

O papa Francisco, no seu discurso, também nos fala do trabalho que temos pela frente: “temos ainda um ano para maturar, com ver-dadeiro discernimento espiritual, as ideias propostas e encontrar soluções concretas para tantas dificuldades e os inúmeros desafios que as famílias devem enfrentar; para dar resposta aos numerosos motivos de desânimo que envolvem e sufocam as famílias”.

O papa acompanhou de perto as discussões e as dificuldades tra-tadas no Sínodo e, fez questão de, no seu discurso aos participan-tes, dizer de sua alegria pelo ambiente de discussões que se havia instalado, uma vez que, segundo ele, é das discussões que surgem coisas novas. “Teria ficado triste e preocupado se todos tivessem estado de acordo ou ficassem numa paz falsa e quietista”.

Ao agradecer a todos os participantes, disse que ali foi verdadeira-mente vivida a experiência de Sínodo e de um caminho conjunto. Reforçando a ideia de caminho, diz: “E, como acontece em todo o caminho, houve momentos de corrida apressada, momentos de cansaço, e outros momentos de entusiasmo e ardor. Houve mo-mentos de profunda consolação, ouvindo o testemunho de autên-ticos pastores que trouxeram sabiamente no coração as alegrias e as lágrimas dos seus fiéis. Momentos de consolação, graça e conforto, ouvindo os testemunhos das famílias que participaram

ENCERRAMENTO DO SÍNODO EXTRAORDINÁRIO SOBRE A FAMÍLIA

no Sínodo e compartilharam conosco a beleza e a alegria da sua vida matrimonial. Um caminho onde o mais forte se sentiu no de-ver de ajudar o menos forte, onde o mais perito se prestou para servir os demais, inclusive através de confrontos”.

Mas, como nem só de flores foram as discussões durante o Sínodo, à continuação do discurso, o papa lembra que, tratando-se de um caminho de homens, houve também momentos de desolação, de tensão e de tentações, citando algumas:

1 - “A tentação do endurecimento hostil, o desejo de se fe-char dentro daquilo que está escrito sem se deixar surpreen-der por Deus, pelo Deus das surpresas (o Espírito); dentro da lei, dentro da certeza daquilo que já conhecemos, e não do que ainda devemos aprender e alcançar. Desde a época de Jesus, é a tentação dos zelantes, dos escrupulosos, dos cautelosos e dos chamados — hoje — «tradicionalistas», e também dos intelectualistas.

2 - A tentação destrutiva, que em nome de uma misericórdia enganadora liga as feridas sem antes as curar e medicar; trata os sintomas e não as causas nem as raízes. É a ten-tação dos «bonacheiristas», dos temerosos e também dos chamados «progressistas e liberalistas».

3 - A tentação de transformar a pedra em pão para inter-romper um jejum prolongado, pesado e doloroso e também de transformar o pão em pedra e lançá-la contra os peca-dores, os frágeis e os doentes, ou seja, de o transformar em «fardos insuportáveis».

4 - A tentação de descer da cruz, para contentar as massas, e não permanecer nela, para cumprir a vontade do Pai; de ceder ao espírito mundano, em vez de o purificar e de o sujeitar ao Espírito de Deus.

5 - A tentação de descuidar o «depositum fidei», conside-rando-se não guardiões mas proprietários e senhores ou, por outro lado, a tentação de descuidar a realidade, recor-rendo a uma terminologia minuciosa e uma linguagem buri-lada, para falar de muitas coisas sem nada dizer! Acho que a isto se chamava «bizantinismos»...

Todas as ideias propostas pelo Sínodo servirão de “Lineamenta” – documento base a ser discutido nas Conferencias Episcopais. Por-tanto, é muito provável que tenhamos de volta às dioceses esses estudos para serem refletidos como preparação para a 14ª Assem-bleia do Sínodo dos Bispos, que acontecerá de 4 a 25 de outubro de 2015 e cujo tema é “A vocação e a missão da família na Igreja, no mundo contemporâneo”.

O papa Francisco pediu ainda que, a Igreja fique aberta ao “Deus das surpresas” e alertou contra “a tentação da inflexibilidade hos-til, de querer se fechar na letra da lei e não se deixar surpreender por Deus”.

E, como sempre, ao final, pediu que rezássemos por ele.

Ana Paula Tracco

1 http://www.news.va/pt/news/papa-no-encerramento-do-sinodo-esta-e-a-igreja-nos2 http://press.vatican.va/content/salastampa/es/bollettino/pubblico/2014/10/18/0768/03043.html3 Missa de 13/10/2014, na Capela Santa Marta - «Um coração que ame a lei, porque a lei é de Deus», mas «que ame também as surpresas de Deus», pois a sua «lei santa não é fim em si mesma»: é um caminho, «é uma pedagogia que nos leva a Jesus Cristo».

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A concepção de família na época dos patriarcas de Israel e suas ca-racterísticas são as descritas em todo o Antigo Testamento e esse era o modelo a seguir. Suas características de paz, de abundância de bens materiais, de concórdia e descendência numerosa, eram vistas como sinais das bênçãos de Deus. A lei fundamental para essas famílias eram o amor e a obediência, essa obediência não era somente sinal e garantia de bênçãos de Deus, mas também uma maneira de honrar Deus nos Pais. No Livro do Eclesiástico, capítulo 3, versículos de 3 a 14 (leitura do dia), é explicado em minúcias o quarto mandamento da Lei de Deus: “Honrar pai e mãe”; e este é o único mandamento acompanhado de uma promessa: “e terás uma vida longa e feliz”. A sabedoria já ensinava que a família é a célula, a Igreja doméstica, onde aprendemos os princípios que nos levam a ter paz, concórdia e abundância de bens, materiais e espirituais.

Justamente para ressaltar o valor fundamental da família, Deus envia o Seu filho ao mundo para revelar o Seu amor, inserindo - O em uma família. Jesus desde a sua encarnação, assume toda condição huma-na, menos no pecado, assume o seu dever filial de amor e obediência a seus pais, José e Maria. E esta é a família modelo para todos nós cristãos. Os textos evangélicos nos mostram que nem tudo era paz e serenidade para esta família de Nazaré; recém nascido, Jesus já é perseguido e a Sagrada Família foge para o Egito (cf. Mt 2, 13), na apresentação de Jesus ao Templo a oferta de José e de Maria, é a oferta dos pobres “um par de rolas ou dois pombinhos”(cf. Lc 2, 24). Ainda no Templo, o Profeta Simeão reconhece Jesus como Senhor e Salvador, mas anuncia a contradição que Ele trará e a espada da dor que deverá ferir o coração de Maria (cf. Lc 2,33-35). Na perda e encontro de Jesus entre os Doutores da Lei (cf. Lc 22 41 s), Maria e José conhecem a aflição de perder o filho, a dor da separação ain-da que momentânea; todos estes acontecimentos nos ensinam que todas as famílias passam por alegrias e sofrimentos, perseguições, perdas, desencontros, mas cada dificuldade deve amadurecer as re-lações de amor e respeito entre os familiares e deve aprofundar o nosso relacionamento de intimidade com Deus. Na Sagrada Família, Deus é realmente o centro de onde provém todo o amor que os une; José é o pai provedor, que defende e ampara a Maria e Jesus; Maria é a mulher solícita que cuida da casa, do alimento e dos trabalhos domésticos e Jesus é o filho submisso, que vai crescendo em estatu-ra, graça e sabedoria. O quadro de família, porém, apresentado nos textos evangélicos, não corresponde em muitos aspectos ao quadro

30 DE DEZEMBROSAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ

“Vieram apressados os pastores, e encontraram Maria com José,e o Menino deitado no presépio”. (Lc 2,16)

da família atual, há exceções, é verdade, mas a sociedade atual apre-senta muitos modelos de famílias e vários e graves problemas que fazem com que o modelo cristão de família esteja em falência. O texto escrito pela Ana Paula Tracco, nesta mesma edição, fala da preocupação de toda a Igreja e do Papa Francisco com as famílias, sobre os desafios pastorais no contexto da evangelização, da bana-lização do Sacramento do Matrimônio e assim por diante. Será que muitos dos nossos problemas atuais não vieram porque perdemos a centralidade em Deus? Será que fizemos deuses muitas coisas e pessoas? Será que o individualismo impera nas famílias?

Será que o ter vem antes do ser? Será que perdemos o sentido de nossa existência?

Mas não podemos deixar de acolher a todos os irmãos, iguais ou diferentes dos nossos conceitos de certo e errado; respeito e miseri-córdia é o que o nosso Papa Francisco pede com insistência e amor acima de tudo. Esta sempre foi a prática de Jesus.

Oremos todos juntos irmãos pela intenção do Papa Francisco para este mês, na intenção pela Evangelização: Para os pais de família – para que os pais sejam autênticos evangelizadores, transmitindo aos filhos o dom precioso da Fé.

Sobre José e Maria, o que há para dizer, além de que são em tudo modelo para nós? Não são somente modelos de pais e educadores, mas modelo daqueles que põem toda sua confiança em Deus, mode-lo de amor um para com o outro, respeito e vontade de fazer o outro feliz, mais do que a si mesmo. Modelo de pais que sabem respeitar a decisão de seus filhos, mesmo que essa decisão os excluam de sua vida; Jesus missionário do Pai, coloca Sua missão de anunciar o Amor do Pai acima de tudo e é respeitado por José e Maria, privam se da Sua presença, por respeito e amor a esse Filho.

Que Jesus, Maria e José, a Sagrada Família sejam realmente nosso modelo e inspiração e que roguem por nós, para que nossas famílias sejam Igrejas domésticas, fonte de fé e esperança em Deus. Que o nosso lar, seja aquele abrigo seguro, o nosso refúgio e lugar de paz. Que Deus os abençoe e guarde.

Marie Tajima Takeda

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A cruz que deve acompanhar todo cristão esteve sempre presente na vida de São João: conheceu a miséria e a fome desde cedo; a dor pela morte do pai e do irmão; a rejeição dos tios ricos; a solidão e desempre-go da mãe; a incompreensão dos que não percebiam sua santidade; o ódio, a calúnia, a perseguição de seus confrades, que viam em sua vida santa, uma ameaça para suas vidas afastadas de Deus.

A família do Santo e a vida confirmada na Graça

João nasceu em Fontiveros, perto de Ávila, Espanha. Seu pai, Gonza-lo, trabalhava como contador junto a familiares do comércio de Seda. Em 1529 foi rejeitado por sua rica família por ter se casado com Ca-talina, que era órfã e de classe inferior. Passou então a trabalhar como tecelão vindo a falecer em 1545, quando João ainda era uma criança. Sua esposa ficou na penúria e logo após a morte do marido, faleceu também seu filho mais velho, provavelmente por má nutrição. A viúva mudou-se para Arévolo, e três anos depois, para Medina Del Cam-po, onde finalmente conseguiu emprego. Lá, João entrou numa escola para crianças pobres, onde recebeu uma educação básica, a doutrina cristã e um lugar para viver. Nos anos seguintes trabalhou num hos-pital e estudou numa escola jesuíta, da recém criada Companhia de Jesus. Em 1563 entrou para a Ordem Carmelita e, no ano seguinte, professou seus votos recebendo o nome de João de São Matias. Via-jou para Salamanca, onde estudou teologia e filosofia na prestigiosa universidade da cidade. Após ser ordenado sacerdote voltou a Medina para celebrar sua primeira missa. Durante a celebração, com fervor angélico, pediu a Deus que não permitisse que cometesse mais ne-nhum pecado mortal. Anos depois, estando uma virtuosa freira espe-rando que Frei João terminasse de atender outra pessoa, recolhendo-se em oração, “manifestou-lhe o Senhor a grande santidade do frei João; e lhe revelou que, quando [o mesmo] celebrou sua primeira Missa, lhe havia restituído a inocência e posto no estado de um menino de dois anos, sem duplicidade nem malícia, confirmando-o em graça como os Apóstolos para que não pecasse e jamais O ofendesse gravemente”.

Encontro com Santa Teresa D’avila

Foi precisamente logo depois dessa graça que ele teve o encontro pro-videncial com Santa Teresa. Estava ela em Medina, onde acabara de fundar um convento reformado de freiras, quando ouviu falar dele. Logo pensou que poderia dar origem ao ramo masculino de sua refor-ma, e suplicou a Deus que lhe concedesse essa graça. No dia seguinte, Frei João explicou a Teresa que queria fazer-se cartuxo – os cartuxos têm uma regra muito severa -- para melhor levar uma vida de contem-plação e penitência. Quando a Madre lhe explicou a idéia do Carmelo com a primitiva regra, ele ficou encantado em ajudar Madre Teresa na obra. Desse modo João de São Matias tornou-se João da Cruz – nome pelo qual se tornaria mundialmente conhecido –, tendo sido o primei-ro frade a receber o hábito da Reforma carmelitana.

São João da Cruze o Mistério da

Santa Cruz

A cada 2 (dois) anos, seguindo o calendário da nossa Igreja, são tam-bém renovadas as Coordenações dos Grupos de Oração da RCC e atendendo à esta orientação, o Grupo de Oração Nossa Senhora de Lourdes realizou em outubro a Eleição da Coordenação do Grupo, para o biênio 2015/2016, com a presença da Coordenação Regional de Barueri, tendo como resultado o que segue:

COORDENADORA: GLAUCIA CRISTINA DE FARIASECRETÁRIA: MARISE FRANCO LOPES

No começo de mês de dezembro a nova coordenação se reunirá para compor os Coordenadores dos Ministérios do Grupo de Oração, fe-chando assim o Núcleo do Grupo de Oração, que tem como principal missão a continuidade da Evangelização e Cultura de Pentecostes com o Batismo e a Efusão do Espírito Santo.

Que a Gláucia e a Marise, sejam ungidas pelo Espírito Santo de Deus e possam escolher dentre os membros participantes do Grupo, os novos coordenadores e que estes possam assumir suas funções com muito afinco e determinação.

Queremos aproveitar este espaço, visto ser o último informativo do ano de 2014, para agradecer a cada pessoa que passou por nosso gru-po de oração este ano. Agradecer também a todos os pregadores da palavra de Deus de toda a nossa Diocese e Estado, que não mediram esforços para nos ajudar no Anúncio da Palavra de Deus por todo este ano de 2014.

Agradecimento especial ao Padre Marcos, que toda última segunda do mês, esteve celebrando conosco a Missa do Amor do Grupo de Oração. Além da missa, o mesmo sempre com muita dedicação e carinho, abençoou água, óleo, sal e objetos que eram levados pelos participantes, assim como abençoava todos os alimentos que eram trazidos e que foram doados para pessoas e entidades carentes de nossa região.

Agradecimento especial à você leitor do “Em Comunidade”, que é o principal responsável por nos esforçamos cada vez mais para pro-porcionar matérias a cada edição, com o objetivo de evangelização e formação religiosa. Esperamos ter sido bons instrumentos de Deus e que as matérias tenham atingido estes objetivos. Muito Obrigado por tudo.

Mais uma vez, estamos na preparação para mais um ano do nascimento de Cristo. Que Ele possa nascer no coração de cada um(a) de vocês, assim como no meu e que possamos em 2015 se Ele assim o desejar, continuar tendo a graça e a benção de Deus para estarmos sendo úteis neste excelente veículo de comunicação de nossa paróquia.

À todos os demais integrantes da redação e aos irmãos que tão bri-lhantemente escrevem todo mês, muitas bênçãos, muitas graças, mui-ta unção e muito Amor de Deus. Fiquem em Deus sempre!

Jair Ortega - Grupo de Oração Nossa Senhora de Lourdes

Grupo de Oração Nossa Senhora de Lourdes – Nova Coordenação

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Foi com muito prazer e muitas Bênçãos alcançadas nestes últimos dois anos de ECC. Gostaríamos de agradecer a todos que se doaram junto conosco por amor a Cristo. Somos apenas ferramentas nesta linda obra do nosso senhor DEUS.

Que Maria passe sempre a frente de todos protegendo com seu manto sagrado de amor. Que o Espírito Santo seja sempre o companheiro e guia a todos os momentos. Que Cristo seja sempre misericordioso e nunca nos abandone. Que DEUS abençoe.

Um Novo Ciclo vem ai, e com ele um novo Grupo de Dirigentes e muitas maravilhas.

Dirigentes ECC

Despedida do Grupo de Dirigentes ECC

Os Méritos da Santa Cruz compreendido pelos Grandes Santos

Ele se tornou a principal vítima da verdadeira batalha que houve entre carmelitas Calçados e os Descalços sobre a reforma. Sua santa con-duta despertou o ódio dos monges que não desejavam a reforma da ordem, sendo injustamente preso pelos Monges Carmelitas Calçados na prisão do convento de Toledo. Encarcerado por nove meses em cela fria e sem janelas, inteiramente incomunicável e jejuando a pão e água, afirmaria ele mais tarde: “Não vos espanteis se eu mostro tanto amor pelo sofrimento; Deus deu-me uma alta idéia de seu mérito e valor quando eu estava na prisão de Toledo”. Em contrapartida, nesse forçado isolamento recebeu sublimes favores divinos, compondo ali alguns dos seus mais notáveis poemas. Depois de uma fuga dramáti-ca, ocupou-se da formação de noviços, direção de professos, e aten-dimento espiritual de frades e religiosas. Outro grande santo - São Luís Maria Grignion de Montfort -, referindo-se também ao mistério e aos méritos da Cruz nos diz: “Aquele entre vós, que melhor souber carregar a sua própria cruz, ainda que não saiba mais que o A ou B, é sem dúvida, o mais sábio de todos. São Paulo após a sua experiência mística em que pôde conhecer de perto mistérios desconhecidos pelos próprios anjos, exclamou que não queria conhecer ou saber nada fora de Jesus Cristo, e este Crucificado”. São Luís acrescenta: nossos sofri-mentos, por maiores que sejam é nada comparado com o que sofreram Jesus e Maria. Não há saída: ou aceitamos sofrer e carregar a cruz com paciência e resignação como os predestinados, ou carregaremos com impaciência e murmurações, como sucede com os condenados. O san-to adverte que se pudéssemos ver as anotações do diário do demônio contra nós- e as respectivas penas por nós merecidas- ficaríamos es-pantados do nosso grande déficit e seríamos muito felizes se pudésse-mos sofrer anos a fio neste mundo, para não sofrer um só dia no outro.

Para morrer, coloca-se nas mãos de seus piores inimigos

Como grande Santo e por conhecer, por graça de Deus, os méritos da Cruz, já próximo de sua morte intensificou seu sofrimento, aumentando, por amor a Deus, o peso de sua Cruz. Em 1591 -- apesar de ter sido o primeiro padre da reforma teresiana -- viu-se privado de todos os cargos que tinha na Ordem e reduzido a simples religioso. As perseguições, as calúnias e as humilhações só aumentavam e ele pediu para se retirar a um convento isolado, onde pudesse ser tratado com um mínimo de consideração e respeito. Nesse convento, os sintomas de sua última doença surgiram e o superior pediu-lhe que escolhesse

um convento com mais recursos, para poder se tratar. Redobrando as forças escolheu o de Ubeda que era dirigido por um de seus maiores inimigos, para assim poder sofrer mais e até o fim. Surgiram-lhe tumores numa perna, que foram intoxicando todo o corpo. Como esperado o sofrimento aumentou, pois o prior, mostrava-se inflexível, não dando ao enfermo nem o básico para o seu tratamento. Foi preciso que os religiosos mendigassem nas ruas alimentos e medicamentos para o doente. Chegando o Provincial, repreendeu o prior por sua dureza de coração. E este reconheceu sua falta, mudando de tratamento. Mas o Santo já estava no fim, e tinha bebido tudo quanto podia do cálice de sofrimentos e humilhações. Entrou em agonia no dia 13 de dezembro, falecendo pouco depois da meia-noite. Sua festa litúrgica é celebrada em 14 de Dezembro. O Papa Clemente X o beatificou em 1675, Bento XIII o canonizou em 27 de dezembro de 1726, e em 1926 Pio XI o declarou Doutor da Igreja. È conhecido também como Doutor Místico.

Conclusão

São Luís Maria Grignion de Montfort nos aconselha sabiamente que não devemos nos comparar aos grandes santos; não devemos procurar as cruzes de propósito, pois não se pode provocar o mal para daí retirar um bem. A verdadeira felicidade dos cristãos consiste em aceitar com paciência e constância heróica as cruzes que Deus nos envia; e Ele costuma enviar muitas para seus amigos como podemos ver no diálogo a seguir com Santa Teresa D’ávila. “Senhor, se estou cumprindo Tuas Ordens, por que tenho tantas dificuldades no caminho? Jesus respondeu: - Teresa, não sabes que é assim que trato os meus amigos? Teresa, respondeu: - Ah, Senhor, então é por isto que tens tão poucos!”. Os verdadeiros católicos são bem poucos! Os grandes santos souberam converter todo sofrimento em crescimento espiritual; os apóstolos exultaram de alegria por se acharem dignos de sofrer por Cristo. Se sabemos sofrer para conseguir bens neste mundo, por que não podemos sofrer para conquistar a eternidade? Que nossa Senhora nos conduza e nos guarde nesse pequeno grupo de amigos de Jesus. E que nunca nos esqueçamos do que disse São Luís de Montfort: “Jamais a Cruz sem Jesus e nem Jesus sem a Cruz!”.

São João da Cruz interceda por nós!

Luciano Bandeira

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DESDE 1941

Patrocinadores

Neste último dia 9 de novembro o Coral da nossa Paróquia se apresen-tou novamente no Teatro Municipal de Barueri, como tem acontecido nos últimos 6 anos. A cada ano o grupo se supera e cria um espetáculo muito interessante, feito com amor e muita união. Este projeto idea-liza uma ação entre amigos, unindo a arte e o desejo de expressar os sentimentos através do mundo da música, com o canto, o teatro e a

dança que nos concede o direito de sonhar e viver esse sonho, a magia do Teatro Musical entre os Clássicos da Música mundial que trazem o encantamento aos nossos corações sempre com um único objetivo: suscitar alegria às pessoas, tornando o mundo melhor. Com os talentos do Coral Nossa Senhora de Lourdes, dos bailarinos do Jazz, do sapa-teado, conseguimos trazer mais uma vez neste espetáculo, a união de estilos que podem estar em harmonia quando se unem por uma causa.

Neste ano, além de podermos contribuir com algum recurso para a nos-sa paróquia, foi possível também ajudar uma criança muito especial, o Gabriel Silva Ramos de 6 anos, que vive no Hospital Municipal de Barueri junto com seu irmão Lucas de 4 anos, ambos portadores de pa-ralisia cerebral e com uma necessidade muito premente de uma cadeira de rodas adaptada.

Agradecemos a todos os envolvidos neste espetáculo e também aos paroquianos, parentes e amigos que nos assistiram e permitiram assim a concretização do evento e consequentemente dos atos concretos de doações, reforçando a tese pregada por nosso regente que nos ensaia todas as 4as. Feiras na Igreja Matriz, Fernando Germack, que diz: “Um sonho pode se tornar realidade quando sonhamos juntos”.

Katia Reimy - Coral Nossa Senhora de Lourdes

CORAL NOSSA SENHORA DE LOURDES

VI IN CANTARUM VIVA AOS NOSSOS ARTISTAS….