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ELETROCARDIOGRAFIA Profª Enfª Luzia Bonfim

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ELETROCARDIOGRAFIA

Profª Enfª Luzia Bonfim

O CORAÇÃO

É um órgão muscular oco que se localiza no meio do peito, sob oosso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda.

Apresenta 4 cavidades: 2 superiores, denominadas átrios e 2inferiores, denominadas ventrículos.

O AD comunica-se com o VD através da válvula tricúspide. O AE,por sua vez, comunica-se com o VE através da válvula bicúspideou mitral.

A função das válvulas cardíacas é garantir que o sangue siga umaúnica direção, sempre dos átrios para os ventrículos.

As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-se alternadamente70 vezes por minuto, em média.

O processo de contração de cada câmara do miocárdiodenomina-se sístole. O relaxamento, que acontece após a sístoleé a diástole.

O CORAÇÃO

PROPRIEDADES DO CORAÇÃO:

❖ Automaticidade – propriedade de gerar impulso;❖ Condutividade – propriedade de conduzir estímulos pelo sistema de condução;❖ Excitabilidade – propriedade de resposta à estimulação.

NÓDULO SA (Sino Atrial ou sinusal)Localiza-se na desembocadura da veia cava superior no átrio D;Inicia a condução do coração com 60 a 100 impulsos p/ minuto e funciona

como o marca passo.

NÓDULO AV (Atrioventricular)Recebe os impulsos, realizando um ligeiro retardo (40 a 60 batimentos p/

minuto), propagando a estimulação para os ventrículos.

FEIXE DE HIS e REDE DE PURKINJEConjunto de feixes de fibras musculares que contornam os ventrículos e

conduzem os impulsos recebidos do nódulo átrio-ventricular.

COMO ACONTECE O CICLO CARDÍACO?

Representado pela propagação de estímulo que geram sístoles (contrações) atriais e ventriculares.

Os órgãos dotados de movimentos involutários devem seu movimento às contrações das fibras musculares próprias, as quais obedecem a impulsos nervosos provenientes

do sistema nervoso autônomo.A contração do músculo cardíaco é iniciada com a despolarização das células

miocárdicas e sua propagação estimulando a despolarização de todas as células.

Um impulso gerado no nódulo (AS) sino atrial ou sinusal, se propaga até o nódulo (AV), provocando sístoles atriais.

Com a progressão da propagação, são estimuladas as redes de purkinje e feixe de His, que resultam nas sístoles ventriculares.

ELETROCARDIOGRAFIA

Trata-se da monitorização dos batimentos cardíacos através da representação visual elétrica do coração (ECG).

O aparelho de ECG padrão tem 12 drivações e utiliza uma série de eletrodos dispostos nos MMSS e MMII e no tórax.

Avalia o coração em diversos ângulos ou planos.

O registro é feito em papel milimetrado especial, e devem ser registrados em média cinco ciclos em cada derivação.

ELETROCARDIOGRAFIA

DISPOSIÇÃO DOS ELETRODOS:

❖ Precordiais:V1 – 4º espaço intercostal D V2 – 4º espaço intercostal EV3 – diagonal entre V2 e V4 V4 – 5º espaço intercostal E (linha hemiclavicular)V5 – 5º espaço intercostal E (linha axilar anterior)V6 – 5º espaço intercostal E (linha axilar média)

ELETROCARDIOGRAFIA

DISPOSIÇÃO DOS ELETRODOS:

❖ Periféricos:

ELETROCARDIOGRAFIA

TRAÇADO ECG NORMAL

Ondas P- QRS -T❖ Onda P – Representa a sístole atrial (despolarização dos átrios);❖ Complexo QRS – Representa a sístole ventricular(despolarização dos ventrículos);❖ Onda T – Representa a fase de repouso (repolarização).

ELETROCARDIOGRAFIA

FREQUÊNCIA CARDÍACA NO ECGFixa um complexo QRS em uma linha escura (que divide entre blocos de 5

qudradinhos).Conte as 3 primeiras linhas escuras como (300,150,100) e as próximas como

(70,60,50). Se o segundo QRS determina a FC.

A onda P (sístole atrial) define se o ritmo é sinusal ou consequente de focos ectópicos.

ARRITMIAS CARDÍACAS

❖ São distúrbios do ciclo cardíaco normal sinusal decorrente de alterações na automaticidade, condutividade e ou na excitabilidade

do coração.

❖Muitas tem origem em desordens funcionais, enquanto outras em alterações estruturais da fibra cardíaca.

❖ Locais de maior excitabilidade geram extra-sístoles, ritmos ectópicos, distúrbios da condução e alterações rítmicas.

❖ Essas alterações podem ser identificadas no ECG.

❖ Podem ser: ATRIAS ouVENTRICULARES

ARRITMIAS ATRIAIS

LOCAL: Nódulo sinusal

❖ Bradicardia Sinusal

• Comando sinusal, com redução da FC.• Padrão de ondas (P-QRS-T) mantido.• Pode ocorrer: Por intoxicação digitálica, aumento da PIC ou IAM,pessoas com dor intensa, anorexia nervosa, após lesão do nódulo AS.• Tratamento: Atropina ou marca passo temporário.

ARRITMIAS ATRIAIS

LOCAL: Nódulo sinusal

❖ Taquicardia Sinusal

• Comando sinusal com aumento da FC.• Padrão de ondas (P-QRS-T) mantido.• Por vezes a onda P pode não ser identificada devido a alta frequência.• Pode ocorrer: Por hipertemia, hemorragia aguda, anemia, choque,exercício físico, insuficiência congestiva, dor e ansiedade.• Tratamento: Especifico para cada causa.

ARRITMIAS ATRIAIS

LOCAL: Nódulo sinusal

❖ Arritmia Sinusal

• Os impulsos são emitidos em intervalos irregulares, mas semprepartindo do AS, propagando para o AV e ventrículos. A irregularidadepode ser decorrente da influência vagal sobre o nodo AS.• O padrão (P-QRS-T) é mantido com alteração do ritmo.• Tratamento: Não requer nenhum tipo de tratamento

ARRITMIAS ATRIAIS

LOCAL: Nódulo sinusal

❖ Parada Sinusal

• Alteração na forma e condução de estímulo. Ocorre quando há umafalha no ponto de comando sinusal. Ondas P e complexos QRS normais,e o ritmo retorna regular depois da parada sinusal• Tratamento: Se frequente, atropina e suspensão de digitálicos.

ARRITMIAS ATRIAIS

LOCAL: Nódulo sinusal

❖ Assistolia Atrial• O nódulo AS e os músculos atriais perdem a capacidade de gerarestímulos. O comando passa a ser assumido pelo nódulo AV ou um focono ventrículo. Ondas P ausentes, complexos QRS normal se o estímulopartir do nódulo AV e bizarro se partir de focos ectópicos nosventrículos.• Ritmo regular, tipo raro de arritmia.• Tratamento: Marca passo temporárioe correção de causasdesencadeantes.

ARRITMIAS ATRIAIS

LOCAL: Músculo Atrial

❖ Extra Sístole Atrial• Um foco ectópico dentro do átrio, dispara um estímulo que sepropaga e produz contração.• O comando continua sendo o nódulo atrial.• Onda P invertida ou deformada no batimento ectópico, complexo QRSnormal e ritmo regular.• Tratamento: Se raras, não necessitam tratamento, se frequentescardioversão medicamentosa.

ARRITMIAS ATRIAIS

LOCAL: Músculo Atrial

❖ Taquicardia atrial paroxística• Um foco ectópico dentro do átrio, assume o comando do ritmo.• Os ventrículos respondem aos estímulos, sendo a frequência atrial eventricular igual porque os estímulos se propagam para os ventrículos.• Caracterizado pelo início e interrupção súbita.• É provocado por emoções, tabaco, cafeína, fadiga, álcool.• Produz a FC = 150 a 250 bpm• Tratamento: estimulação vagal, cardioversão elétrica, digitálicos.

ARRITMIAS ATRIAIS

LOCAL: Músculo Atrial

❖ Flutter Atrial• Um foco ectópico no átrio comanda o ritmo numa frequênciaelevada.• O nódulo AV não é capaz de conduzir todos os impulsos, havendobloqueio de aproximadamente ½ ou 1/3 dos impulsos.• Ondas P substituídas por oscilações atriais, descritas como dente deserra, complexo QRS normal, ritmo irregular.• Produz a FC = 250 a 400 bpm• Tratamento: cardioversão elétrica.

ARRITMIAS ATRIAIS

LOCAL: Músculo Atrial

❖ Fibrilação Atrial• O nódulo AS deixa de ser o marca passo. Vários pontos ectópicos dentro doátrio produzem estimulação, nem sempre seguidas de contração ventricular.• A frequência atrial e ventricular são diferentes.• Onda P são substituídas pela onda F (fibrilatórias), complexos QRS normal eritmo irregular.• FC atrial = 400 ou mais e FC ventricular = 40 a 160.• Tratamento: cardioversão elétrica ou medicamentosa, digitálicos.

ARRITMIAS VENTRICULARES

LOCAL: Músculo ventricular

❖ Extra-sístole ventricular• Um foco ectópico dentro do ventrículo estimula a contração.• São contrações prematuras e podem ser unificais e multifocais.• Onda P ausente e complexo QRS bizarro no batimento ectópico, ritmoregular.• Tratamento: cardioversão medicamentosa, suspensão de digitálicos.

ARRITMIAS VENTRICULARES

LOCAL: Músculo ventricular

❖ Taquicardia Ventricular Paroxística• Série de 4 ou mais extra-sístoles ventriculares consecultivas e com altaincidência.• Pode cessar espontaneamente.• Onda P sem relação com o complexo QRS.• Complexo QRS bizarro durante a taquicardia, ritmo ventricular regular.•Tratamento: cardioversão elétrica ou medicamentosa.

ARRITMIAS VENTRICULARES

LOCAL: Músculo ventricular

❖ Fibrilação Ventricular• Desordem nos estímulos, podendo ser desencadeada por uma extra-sístole ou taquicardia ventricular.• Representa uma forma de PARADA CARDÍACA.• Nenhuma onda é identificada.• Tratamento: desfibrilação – cardioversão elétrica assicrônica.