EFEITOS DA MASSAGEM AYURVEDICA NOS SINAIS E … · efeitos da massagem ayurvedica nos sinais e sintomas do estresse em mulheres de 30 a 50 anos effects of ayurvedic massage in signs

MISSÃO SALESIANA DE MATO GROSSO – MANTENEDORA

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EFEITOS DA MASSAGEM AYURVEDICA NOS SINAIS E SINTOMAS DO ESTRESSE EM MULHERES DE 30 A 50 ANOS

EFFECTS OF AYURVEDIC MASSAGE IN SIGNS AND SYMPTOMS OF STRESS

IN WOMEN 30-50 YEARS

Andreia Sanches Michelan Marques – [email protected] Isabela de Alexandre Jaloretto - [email protected]

Bacharel em Estética - Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Prof. Me. Cristiane Rissatto Jettar Lima – [email protected]

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

RESUMO

A massagem ayurvédica é uma técnica milenar e tem comprovado sua eficácia no estresse sendo consequência da vida contemporânea. É uma técnica de massagem profunda a qual alia movimentações vigorosas associadas a manobras de tração e alongamento, além da estimulação de pontos e órgãos vitais visando o equilíbrio físico, mental, psíquico e energético. O estresse é uma resposta complexa do organismo envolvendo reações físicas, psicológicas, mentais e hormonais, frente a qualquer evento interpretado pela pessoa como desafiante. Esse estimulo provoca uma quebra na homeostase e cria uma necessidade de adaptação para preservar o bem estar e a vida. O objetivo deste trabalho foi verificar os efeitos da massagem ayurvédica nos sinais e sintomas do estresse em mulheres de 30 a 50 anos. Foram selecionadas 10 voluntarias, sendo 5 alocadas no grupo experimental e 5 no grupo controle. A técnica foi aplicada individualmente, no período de 1 mês tendo frequência de 3 sessões semanais de 30 minutos somando um total de 10 sessões. A fim de triar a amostra foi aplicado o Inventario de Lipp objetivando avaliar a fase de estresse na qual a pessoa se encontra. Anteriormente ao início da aplicação da massagem, sete voluntárias apresentaram predominância de estresse físico em fase de resistência. Como resultado obteve-se regressão de estresse físico para o psicológico nas 5 voluntarias as quais receberam a massagem, enquanto nas 5 voluntárias do grupo controle, 4 mantiveram predominância do estresse psicológico em fase de resistência e 1 permaneceu com predominância do estresse físico. Conclui-se que massagem ayurvédica apresentou efeitos benéficos sobre os sinais e sintomas do estresse físico.

Palavras-chave: Estresse. Massagem Ayurvédica. Inventário de Lipp.

INTRODUÇÃO

Massagem é o termo designado para as atividades que englobam técnicas

efetuadas com as mãos sobre os tecidos macios do corpo com o propósito de

causar sensações relaxantes, aumentar a circulação e amenizar sintomas de

doenças como o estresse (DE DOMENICO; WOOD 1998).

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Para Lipp e Malagris (2001), estresse designa-se pressão e tensão. O

indivíduo encontrando-se nessa situação está sob pressão, forçando o organismo a

se adaptar e enfrentar situações rotineiras consideradas ameaçadoras ao seu

equilíbrio interno.

As mulheres apresentam um maior índice de estresse, devido ao acúmulo de

atividades as quais são expostas a diferentes tipos de situações. (DINIZ, 2004)

O presente estudo abordou os efeitos da massagem ayurvédica causados

nos sintomas do estresse, em mulheres com idade entre 30 e 50 anos.

De acordo com Cardim (1999) a massagem ayurvédica é um poderoso

método de tratamento utilizado através de toques profundos com as mãos, cotovelos

e pés, proporcionando alívio de tensões, fortalecimento do sistema imunológico,

efeitos antidepressivos, efeitos antiestresse, entre outros.

O propósito da pesquisa foi verificar os efeitos da massagem ayurvédica nos

sinais e sintomas de estresse e para tal foi aplicado o inventário de Lipp, avaliador

dos sinais e sintomas do estresse. Esta pesquisa é experimental com abordagem

qualitativa.

1 MASSAGEM AYURVÉDICA

1.1História da massagem

As antigas civilizações não utilizavam a terminologia: massagem. Os primitivos a

viam como uma forma ritualista, juntamente com as atividades de magia ou

misticismo. As civilizações associavam a massagem com várias terapias com água

para limpar e purificar o corpo contra espíritos causadores de doenças(BRAUN e

SIMONSON, 2007).

A massagem, o jejum e o banho eram utilizados como procedimentos de limpeza

corporal em preparação para muitos rituais tribais. O primeiro médico a descrever

especificamente os benefícios da massagem, juntamente com as propriedades

químicas dos óleos foi Hipócrates. (FRITZ, 2002). Durante a Idade média, a igreja

assumiu o controle da sociedade e da educação, abolindo também a utilização da

massagem, por alegarem ser uma prática de bruxaria. Como seus ensinamentos

eram severamente impostos a massagem teve um declínio nessa época em Roma e

na maior parte da Europa. (BRAUN e SIMONSON, 2007).






1.2 Princípios da Massagem Ayurvédica

Para Marino e Dambry (2012), a medicina ayurvédica é um antigo sistema de

tratamento da saúde, conhecida há mais de cinco mil anos, sendo provavelmente a

mais antiga das medicinas. A base da ayurveda são os princípios físicos,

comportamentais e mentais, pois serão eles construtores da natureza do indivíduo.

Praticamente todas as grandes culturas do mundo relatam os benefícios da

massagem, que freqüentemente era combinada com outros tipos de tratamentos.

(DE DOMENICO; WOOD 1998). Os gregos usavam amplamente a massagem para

manter a saúde física e para assegurar uma beleza duradoura. Homero descreveu

na Odisséia onde os soldados dilacerados pela guerra eram massageados para

terem sua saúde restabelecida. (BIENFAIT, 2000).

1.3 Efeitos da massagem ayurvédica sobre o corpo e nos sinais e sintomas do

estresse

A Massagem Ayurvédica, segundo Cardim (1999) é uma técnica milenar e

tem comprovado a sua eficácia no estresse como consequência da vida

contemporânea. É uma massagem profunda aliando movimentações vigorosas,

associadas às manobras de tração e alongamento, além da estimulação de pontos e

órgãos vitais visando o equilíbrio físico, mental, psíquico e energético.

Para Cardim (2012), a massagem ayurvédica é extremamente benéfica para

pessoas com estresse, pois atua nos sistemas orgânicos, ativando a assimilação de

oxigênio e nutrientes necessários para o corpo, ação primordial para a recuperação

integral. A irritação constante em pessoas com estresse excessivo declina com o

decorrer do tratamento promovendo a recuperação funcional dos complexos

capilares e linfáticos. A massagem ayurvédica tem comprovado sua eficácia na

liberação das toxinas, no rejuvenescimento, no combate ao estresse e na agitação

mental.

Os primeiros benefícios ocorrem na circulação sanguínea. A ativação da

corrente sanguínea satura os tecidos com sangue rico em oxigênio, produzindo uma

espécie de analgésico natural. Outro efeito positivo é o aumento da circulação sem






acelerar o pulso cardíaco, tendo um descanso natural. A fadiga muscular diminui, os

nervos e o cérebro são amplamente beneficiados, a pele ganha nova vitalidade, as

células mortas são eliminadas, ocorre o aumento da flexibilidade pelo alongamento

dos tendões e ligamentos, os vasos capilares superficiais e as glândulas sebáceas

voltam a exercer as suas funções de modo equilibrado e os sentimentos depressivos

são transformados em atitude positiva e otimista, ocorrendo uma maior tonificação

dos músculos e uma melhora do sono. Após a massagem ayurvédica o paciente

sente-se leve, tranquilo e cheio de energia. (CARDIM, 2012)

1.4 Atitude do terapeuta durante o tratamento

O terapeuta deve ter profissionalismo cuidando de todos os pormenores necessários

para uma perfeita execução do tratamento. Usar roupas e lençóis brancos, criando

desta forma um ambiente propicio para a realização da massagem.

O terapeuta não deve interromper a massagem, ter pressa e usar bijuterias

durante a aplicação da massagem, fazer comentários a respeito das tensões do

paciente conversar durante a massagem, receitar medicamentos e provocar dores

intensas e insuportáveis durante a massagem. (CARDIM, 2012)

1.5 Preparo do ambiente

O ambiente deve ser tranquilo, arejado e com iluminação suave, podendo ser

aromatizado, aquecido, resfriado ou umidificado. O material deve ser de fácil acesso,

para não haver interrupção da massagem durante a sessão. (MARINO; DAMBRY

2012). Os lençóis devem ser trocados a cada cliente, deverá ser acomodado em

uma posição confortável, o terapeuta deve lavar as mãos antes de iniciar a

massagem; usar roupas largas, para lhe permitir movimentar-se livremente, ter

unhas curtas, mãos aquecidas, usar óleo em temperatura ambiente ou um pouco

mais quente que a mesma em um recipiente de fácil manuseio; a massagem deve

ter ritmo constante e movimentos suaves, uniformes e vigorosos, evitando transições

bruscas, perguntar sobre a saúde do cliente e possíveis áreas do corpo se estão

doloridas. (CARDIM, 2012)






Para o cliente se sentir confortável, recomenda-se dispor de um colchonete,

tatame ou tapete para deitar e o terapeuta deve ter sempre à disposição travesseiros

e almofadas de posicionamento. (MARINO; DAMBRY, 2012).

Para massagem ayurvédica é necessário: óleo aromatizado ou não, banco ou

cadeira como apoio para manobras realizadas com o pé, lençol para o cliente não

sentir frio no decorrer do relaxamento, toalha pequena ou lenço para os olhos

durante o relaxamento final. (MARINO; DAMBRY 2012).

1.6 Roteiro para a massagem ayurvédica (técnicas)

A massagem ayurvédica é realizada sempre no sentido centrípeto, da

periferia ao centro do corpo (sentido do coração). (MARINO; DAMBRY 2012)

O ideal é iniciar a massagem com o cliente em decúbito ventral, primeiro no

tronco e após nos membros inferiores. Posteriormente o cliente passa ao decúbito

dorsal e então se faz novamente a massagem no tronco, e em seguida nos

membros inferiores, membros superiores, pescoço, cabeça e face. Durante a

mudança de decúbito ventral para o dorsal, realizam-se algumas manobras

utilizando a posição sentada. (MARINO; DAMBRY 2012).

As manobras realizadas durante toda a sessão da massagem ayurvédica são:

a) Deslizamentos: Os deslizamentos superficiais são feitos em sentido

ascendente com as mãos espalmadas e os deslizamentos profundos com

as mãos fechadas em punho. O deslizamento é o primeiro contato

terapeuta/cliente, por isso deve progredir de forma gradativa, do toque

suave ao profundo.

b) Traços: São realizados com os polegares ou com as pontas de outros

dedos. A intensidade varia em função da sensibilidade do cliente e da

região a ser tratada. São contínuos e sequenciais, ou seja, assim que um

traço inicia, o outro termina.

c) Amassamento: É uma manobra feita com as duas mãos em movimento

alternado, mobilizando o tecido de maneira vigorosa. É indicado

principalmente para grandes regiões.

d) Pinçamento: É feito quando há possibilidade de segurar o tecido

muscular com uma ou duas mãos para descolar ou deslizar o tecido em

toda sua extensão.






e) Crochê: É realizado com os polegares ou com os indicadores, em

pequenas regiões para mobilização de tecidos rígidos ou aderidos.

f) Deslizamento com os pés: têm como função trabalhar de modo

profundo grandes regiões musculares caracteristicamente tônicas.

g) Pressão sobre pontos: É feita com os polegares, segundo ou terceiro

dedo. (MARINO; DAMBRY 2012)

1.7 Funções dos óleos na massagem ayurveda

Para Lad (2012), a utilização de determinados tipos de óleos vegetais

durante a realização da massagem permite obter melhores resultados, pois é um

nutriente para a pele, contêm proteínas, hidratos de carbono e outros componentes

essenciais absorvidos através das aberturas dos folículos pilosos. Além de evitar

muitos efeitos do envelhecimento prematuro, o óleo dispersa o calor de um modo

uniforme por todo o corpo e previne a desidratação da pele aumentando a sua

flexibilidade, suavizando-a e proporcionando-lhe um brilho adicional. O óleo utilizado

na massagem ayurvédica, deve ser neutro, sem propriedades químicas e não

possuir odor muito forte, porém é necessário para ajudar a palma das mãos a

deslizar por todo o corpo.

Os óleos essenciais podem ser de grande utilidade nos tratamentos

ayurvédicos, por possuírem propriedades terapêuticas aliados aos efeitos benéficos

da massagem. (LAD, 2012)

1.8 Indicações e contra indicações

A massagem ayurvédica é recomendada como terapia complementar de

outros tratamentos, sendo benéfica na recuperação de problemas físicos, doenças,

e desordens psíquicas. É contraindicada durante a gestação, descalcificação óssea,

soropositivos e neoplasia. Deve-se evitar aplicar a massagem em pessoas com

infecção ou febre, erupções na pele, dor que impeça a movimentação das pernas,

regiões com tumor, indigestão, constipação intestinal, vômitos, varizes e logo após

as refeições. (CARDIM, 2012)






2 ESTRESSE

2.1 História do estresse

Segundo Selye (1956), o termo estresse foi usado inicialmente na física para

traduzir o grau de deformidade sofrido por um material quando submetido a um

esforço ou tensão e transpôs este termo para a medicina e biologia, significando

esforço de adaptação do organismo para enfrentar situações consideradas

ameaçadoras a sua vida e ao seu equilíbrio interno. Descreveu a resposta orgânica

a situações estressoras como Síndrome de Adaptação Geral a qual possui três

fases: alerta, resistência e exaustão.

A fase do alerta é considerada a fase positiva do estresse, o ser humano se

energiza por meio da produção da adrenalina, a sobrevivência é preservada e uma

sensação de plenitude é frequentemente alcançada. Na segunda fase, chamada de

resistência, a pessoa automaticamente tenta lidar com os estressores de modo a

manter sua homeostase interna. Se os fatores estressantes persistirem em

frequência ou intensidade, há uma quebra na resistência e a pessoa passa à fase de

exaustão. Nesta fase as doenças graves podem ocorrer nos órgãos mais

vulneráveis como enfarte, úlceras, psoríase, depressão e outros (LIPP, 2003).

2.2 Conceitos de estresse

O estresse é uma resposta complexa do organismo envolvendo reações

físicas, psicológicas, mentais e hormonais frente a qualquer evento interpretado pela

pessoa como desafiante. Esse estímulo interpretado como desafiador provoca uma

quebra na homeostase que por sua vez, cria uma necessidade de adaptação para

preservar o bem-estar e a vida (LIPP; MALAGRIS 2001).

Segundo Lipp (1996), o estresse pode ter origem em fontes externas e

internas; as fontes internas estão relacionadas com a maneira de ser do indivíduo,

tipo de personalidade e seu modo típico de reagir à vida. Os estressores externos

podem estar relacionados com as exigências do dia-a-dia como os problemas de

trabalho, familiares, sociais, dificuldades econômicas, assaltos e violências das

grandes cidades, entre outros.






Dentro de uma abordagem cognitivo-comportamental o estresse é como "uma

reação psicológica com componentes emocionais, físicos, mentais e químicos; há

determinados estímulos que irritam, amedrontam, excitam e/ou confundem a

pessoa". (FILGUEIRAS; HIPPERT, 1999).

2.3 Sinais e sintomas do estresse

O estresse acarreta três tipos principais de consequências: danos sociais,

físicos e psicológicos. Os sociais compreendem: queda no desempenho profissional,

ausências no trabalho, acidentes, conflitos domésticos e apatia. Os físicos causam

doenças psicossomáticas, sendo as principais: úlceras, alergias, asma, enxaquecas,

alcoolismo, disfunções coronarianas e circulatórias. Os psicológicos incluem:

instabilidade emocional, ansiedade, agressividade, irritabilidade e depressão

(LIMONGI-FRANÇA; RODRIGUES, 2005).

Segundo Lipp (1984), os sinais e sintomas físicos apresentados com maior

frequência são: aumento da sudorese, tensão muscular, taquicardia, hipertensão,

aperto da mandíbula, ranger de dentes, hiperatividade, náuseas, mãos e pés frios.

Em termos psicológicos, vários sintomas podem ocorrer como: ansiedade, tensão,

angústia, insônia, alienação, dificuldades interpessoais, dúvidas quanto a si próprio,

preocupação excessiva, inabilidade de concentração, dificuldade de relaxar, ira e

hipersensibilidade emotiva.

2.4 O estresse na mulher contemporânea

Atualmente a competição arraigada entre empresas, a globalização, os

programas de qualidade, a produtividade e tantas outras deixam o indivíduo

estressado(MARINS,2003).

As pesquisas publicadas por Diniz (2004) denotam que o acúmulo de

atividades desempenhadas pela mulher constituiu um importante fator de liberdade,

mas também de risco. O trabalho remunerado possibilitou sua autonomia, mas o

excesso de atividades como as múltiplas jornadas de trabalho culminou em uma

maior vulnerabilidade da sua saúde, especialmente a saúde mental.

2.5 Inventário de Sinais e Sintomas de Estresse para Adultos






Este instrumento, validado por Lipp e Guevara em 1994, visa identificar

sintomas físicos e psicológicos e a fase na qual se encontra no modelo quadrifásico

do stress de Lipp (2000).

O Inventário de Sintomas de Stress para Adultos (ISSL) baseou-se num

modelo trifásico desenvolvido por Selye. No período da padronização do inventário,

uma quarta fase foi identificada, denominada de quase exaustão por se encontrar

entre a fase de resistência e a de exaustão. Nesta fase, as defesas do organismo

começam a ceder e ele já não consegue resistir às tensões e restabelecer a

homeostase. Caracteriza-se por um enfraquecimento da pessoa, que não consegue

mais adaptar-se ou resistir ao estressor e, assim, as doenças começam a surgir,

embora não sejam tão graves como na fase de exaustão (LIPP, 2003).

OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho foi verificar os efeitos da massagem ayurvédica nos

sinais e sintomas do estresse em mulheres de 30 a 50 anos.

METODOLOGIA

3 CASUÍSTICA e MÉTODOS

3.1 Desenho do estudo

O projeto foi submetido na Plataforma Brasil do Ministério da Saúde,

atendendo a Resolução 466 de 12/12/12 e aprovado pelo Comitê de Ética no

Unisalesiano, protocolo nº 774.542 em 27/08/2014.

Para demonstrar os efeitos da massagem ayurvédica foi realizada uma

pesquisa experimental com abordagem qualitativa.

3.2 Critérios de inclusão e exclusão

Como critérios de inclusão foram eleitas voluntárias do gênero feminino na

faixa etária de 30 a 50 anos, apresentando estresse de acordo com o Inventário de

Lipp. Foram excluídos da pesquisa: indivíduos do gênero masculino, voluntárias do






gênero feminino sem sinais e sintomas de estresse ou possuidoras de alguma

restrição a massagem, neoplasias, gestantes, soro positivo, infecção ou febre,

erupções na pele e dor impedindo a mobilidade dos membros inferiores. (CARDIM,

1999)

A pesquisa foi realizada na Clínica de Estética do Unisalesiano de Lins.

ITENS DO DESENVOLVIMENTO

Procedimento experimental

Anteriormente ao início do procedimento experimental as 10 voluntárias foram

esclarecidas sobre o objetivo e metodologia da pesquisa e assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido. Foram alocadas aleatoriamente, por meio de

sorteio, cinco no grupo experimental e cinco no grupo controle. As cinco voluntárias

do Grupo Controle (GC) dispuseram da condição apenas de não receber massagem

ayurvédica durante o período da pesquisa.

O Inventario de Lipp (ISSL) foi utilizado neste estudo e aplicado por psicólogo

para triar as amostras. O Instrumento é formado por 3 quadros referentes as fases

do estresse. O primeiro quadro, composto de quinze itens, refere-se aos sintomas

físicos ou psicológicos o qual a pessoa tenha experimentado nas últimas 24 horas.

O segundo, composto de 10 sintomas físicos e 5 psicológicos esta relacionado aos

sintomas experimentados na última semana. E o terceiro quadro, composto de 12

sintomas físicos e 11 psicológicos; refere-se a sintomas experimentados no último

mês.

O Inventário de Lipp (ISSL) é instrumento útil na identificação de quadros

característicos do estresse, possibilitando diagnosticá-lo em adultos e a fase na qual

a pessoa se encontra (alerta, resistência, quase exaustão e exaustão). (LIPP, 2000)

As voluntárias foram distribuídas em 2 grupos: Grupo Experimental (GE) no

qual receberam a aplicação da massagem ayurvédica e Grupo Controle (GC) no

qual não receberam a massagem.

No Grupo Experimental (GE) foram utilizadas as técnicas básicas de

aplicação da massagem ayurvédica: deslizamento superficial e profundo, traços,

amassamento, pinçamento, crochê e pressão sobre pontos. (MARINO; DAMBRY

2012)






As voluntárias foram atendidas em um ambiente tranquilo, arejado, com

iluminação suave e aromatizado e orientadas a permanecerem em decúbito ventral;

a massagem foi realizada primeiramente no tronco e após nos membros inferiores.

Depois houve mudança de decúbito ventral para dorsal e fez-se novamente a

massagem no tronco, em seguida nos membros inferiores, membros superiores,

pescoço, cabeça e face.

Cada voluntária do grupo experimental (GE) recebeu 10 sessões de

massagem ayurvédica, com frequência de 3 vezes semanais e duração de 30

minutos.

O mês de agosto de 2014 foi o período do início da aplicação da massagem

finalizando no mês de setembro. Três dias após o término das aplicações das

massagens, o inventário de Lipp (ISSL) foi reaplicado por psicólogo, para as

voluntárias do grupo experimental e controle.

RESULTADOS

O resultado adquirido pelo psicólogo referente à aplicação do Inventário de

Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL) anteriormente e posteriormente a

execução da massagem ayurvédica serão demonstrados na tabela abaixo.

A tabela 1 demonstra o resultado do Inventário de Lipp (ISSL) aplicado

anteriormente a realização da massagem ayurvédica. O ISSL foi realizado em 10

mulheres na faixa etária de 30 a 50 anos. 9 mulheres apresentaram fase de

resistência ao estresse, 4 predominaram os sintomas psicológicos, 5 com

predominância de sintomas físicos e 1 em fase de alerta com predominância de

sintomas físicos.

Tabela1: Resultado da aplicação do Inventário de Lipp (ISSL).

1ª Etapa Resultados

Aplicação dos Testes em 10 mulheres de 30 a 50 anos

Tem estresse

05 Mulheres Fase de resistência com predominância de sintomas fisicos. (Receberam a massagem ayurvédica)

04 Mulheres Fase de resistência com predominância de sintomas psicológicos. (Não receberam a massagem ayurvédica)

01 Mulher Fase de alerta com predominância de sintomas físicos. (Não recebeu a massagem ayurvédica)

Fonte: Elaborado pelo psicólogo, 2014






Na tabela 2 mostra-se o resultado da reaplicação do Inventário de Lipp

(ISSL). Das 10 mulheres em situação de estresse, 6 que apresentavam

predominância de sintomas físicos, passaram para predominância de sintomas

psicológicos, 3 estavam com predominância de sintomas psicológicos

permaneceram com o mesmo quadro e 1 permaneceu com predominância de

sintomas físicos.

Tabela 2: Resultado da reaplicação do Inventário de Lipp (ISSL).

2ª Etapa Resultados

Reaplicação do teste após 10 sessões de massagem ayurvédica

Tem estresse

05 Mulheres

Fase de resistência com predominância de sintomas psicológicos. (Receberam a massagem ayurvédica)

03 Mulheres

Fase de resistência com predominância de sintomas psicológicos. (Não receberam a massagem)

01 Mulher Fase de alerta com predominância de sintomas psicológicos. (Não recebeu a massagem)

01 Mulher Fase de resistência com predominância de sintomas físicos. (Não recebeu a massagem ayurvédica)

Fonte: Elaborado pelo psicólogo, 2014

DISCUSSÃO

O objetivo da pesquisa foi comprovar a hipótese de que a massagem

ayurvédica apresenta efeitos benéficos sobre o estresse, analisados através da

aplicação do Inventário de Lipp (ISSL) anteriormente e posteriormente à massagem.

Cardim, (2012) relata que a massagem ayurvédica é extremamente benéfica

para problemas de estresse atuando adequadamente sobre todos os músculos, pele

e células nervosas.

Os resultados do estudo mostraram diminuição nos sintomas físicos das

voluntárias que receberam a massagem ayurvédica, melhorando tensões, dores

musculares e proporcionando uma melhor qualidade de vida, corroborando com os

estudos de Cassar (2001); Clay (2008) e Dreeben (2009), os quais afirmam que a

massagem bem aplicada de forma adequada, rítmica e com a pressão sobre a






derme promove uma resposta fisiológica do organismo, trazendo alívio de dores,

tensões nervosas, acalmando o indivíduo e baixando o nível de estresse.

Seubert e Veronese (2008) afirmam que a massoterapia é reconhecida entre

os profissionais da saúde como um excelente recurso na prevenção das dores, do

cansaço físico e mental, sendo considerada uma das terapias mais eficazes no

tratamento do estresse por se tratar de um recurso manual não invasivo e melhorar

a circulação sanguínea e linfática, equilibrar o metabolismo, aliviando tensões e

proporcionando bem estar físico e mental, comprovado no presente estudo.

Para Mumford, (2010) o uso da massagem esta estritamente relacionada à

cura meditativa e psicológica. Tal afirmação contraria os resultados obtidos com a

pesquisa que apresentou efeitos na predominância dos sintomas físicos.

A massagem ayurvédica é recomendada como terapia complementar de

outros tratamentos, sendo benéfica na recuperação de problemas físicos, doenças e

desordens psíquicas (CARDIM, 2012). Após a realização da massagem, constatou-

se na reaplicação do Inventário de Lipp (ISSL) que algumas voluntárias

necessitariam de mais sessões para reduzir a predominância de sintomas

psicológicos.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Casuística pequena – aplicar o Inventário de Lipp em uma amostra maior de

voluntárias.

Número de sessões – aumentar o número de sessões de massagem

ayurvédica.

CONCLUSÃO

O presente estudo teve relevância para a estética, pois através dele pôde-se

notar que a massagem ayurvédica é uma importante opção em tratamentos para

melhora de quadros de estresse, dores musculares, tensões, entre outros.

Observou-se que a massagem ayurvédica trouxe resultados positivos

para aliviar o estresse, com predominância de sintomas físicos, eliminando-o e

deixando apenas o estresse com predominância de sintomas psicológicos; o número

de voluntárias e número de sessões realizadas pode ser maior e, portanto, faz-se






necessário uma adequação para a melhora também dos sintomas psicológicos.

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