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EDUCAÇÃO PARA CIDADANIA
Autora: Andréa Amaral de Pontes Delfino1
Orientador: Nelson Rosário de Souza2
Resumo
O tema trabalhado teve com objetivo integrar os educandos sobre o que é cidadania, qual o seu papel para garantir que seus direitos sejam respeitados, quais seus deveres em relação a: família, participação política, cuidados com bens públicos. O projeto foi implementado, em turmas da Educação de Jovens e Adultos – EJA, sensibilizando-os sobre a importância de se conhecer as leis para saber cobrar, assim a importância da educação. Através de pesquisas, investigação e observação conheceram um pouco mais o bairro onde residem. Com olhar crítico e com mais consciência puderam entender que o ambiente de vivência é patrimônio de todos e deve ser preservado. E a importância da participação ativa da sociedade, como nas Associações do bairro, conhecer o bairro, para saber o que cobrar sugerir melhorias, fiscalizar, exercendo assim a cidadania. Pois o cidadão que é consciente é cidadão comprometido. Enfim foram explicitados conceitos de cidadão, bairro e cidade. Os meios utilizados foram textos, internet, músicas e filmes.
Palavras-chave: Educandos; Alunos; cidadania; bens públicos; direitos e deveres.
Abstract
The worked subject, had with objective to integrate the educandos on what it is
citizenship, which its paper to guarantee that its rights are respected, which its duties
in relation: family, participation politics, cares with public goods. The project was
implemented in groups of the Young Education of e Adult - EJA, sensetizing them on
the importance of if knowing the laws to know to charge, thus the importance of the
education. Through research, inquiry and comment had known a little more the
1 Graduada em Estudos Sociais com habilitação em Geografia pela Faculdade de Ciências Humanas do Sul
Paulista e Especialização em Magistério de 1º e 2º Grau Faculdades Integradas Espíritas. 2 - Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo, Mestre em Sociologia pela USP e Graduado em
Ciências Sociais Pela UFPR.
quarter where they inhabit. With looking at critic and more conscience they had been
able to understand that the experience environment is patrimony of all and must be
preserved. E the importance of the active participation of the society, as in the
Associations of the quarter, to know the quarter, to know what to charge, to suggest
improvements, to fiscalize, thus exerting the citizenship. Therefore the citizen who
are conscientious [and engaged citizen. At last concepts, quarter and city had been
explicitados. The used ways had been texts, Internet, musics and films.
Word-key: educandos; Pupils; citizenship; public goods; rights and duties.
1 Introdução
É na escola que os educandos devem começar a ter consciência do exercício
da cidadania. Portanto é importante trabalhar com maior ênfase a cidadania, assim
teremos uma população mais ativa e que interfere de maneira positiva para a
promoção de transformações sociais.
Segundo Candau e Sacavino (2000, p.16), ”O cidadão é frequentemente
definido como sujeito de direitos, porque há uma relação estreita entre direitos e
cidadania. Mas o cidadão também é objeto de deveres, responsabilidades que deve
assumir em relação à sua comunidade/sociedade e ao Estado.”
Assim os alunos terão também consciência dos direitos e deveres, que são
percebidas em cada indivíduo através da responsabilidade social, que cada um
expressa no seu dia-a-dia como aluno responsável (aquele que participa de maneira
ativa dos eventos de sua escola no intuito de colaborar empreendendo para si o
conhecimento), profissional dedicado, cidadão consciente.
Um dos grandes problemas enfrentados nas escolas são as dificuldades de
desenvolver em nossos alunos um senso crítico, perante as situações do cotidiano e
também responsabilidades, como o cuidado com o patrimônio escolar, como as
torneiras, vidros, carteiras, o horário ao chegar á escola, o respeito com os
professores, direção, equipe pedagógica, aos colegas; o respeito para com as
normas do colégio e da própria sociedade em que ele vive.
Diante dessa realidade a escola deve marcar positivamente todos que por ela
passam, para torná-lo realmente um cidadão que saiba tomar decisões, que seja
crítico, que participe da vida da sociedade, que faça a diferença.
De acordo com Yves de La Taille (1999, p.19),” Ir à escola é, naturalmente,
preparar-se para a vida, instrumentalizar-se para levar a bom termo variados
projetos”.
Uma das dificuldades de se trabalhar com turmas da EJA é que no início eles
tem o objetivo de aprender. E o nosso grande desafio diário é oferecer a eles razões
para continuarem, pois qualquer coisa é motivo de desistência. Outro desafio é que
muitos desses alunos frequentaram a escola a muito tempo atrás. São pessoas que
não tem quase nenhuma informação de todos seus direitos e deveres nem como
alunos e nem como cidadãos. Muitas vezes é complicado faze-los entender que são
capazes e de realmente fazer parte de grupos sociais.
Muitos tem a autoestima baixa e fazer com que eles aumentem suas
expectativas em relação à escola é condição para que esses alunos aprendam e
tenham mais interesses. Destacando o que é mais próximo a eles, no caso o bairro
ou rua em que eles vivem e fazê-los sentir valorizados e capazes de obter sucesso
nos estudos.
De acordo com Cavalcanti (2008, p. 141) ”a escola tem um papel político-
social ligado à formação de cidadãos mais críticos, mais participativos e mais
conscientes de seus limites e de suas possibilidades de exercer efetivamente sua
cidadania”.
Infelizmente a escola não tem conseguido formar esse cidadão consciente
dos seus direitos e deveres. É preciso desenvolver neles essa consciência desde as
séries iniciais.
Começando a trabalhar a responsabilidade, o respeito, para eles perceberem
seus valores dentro da sociedade. Existe uma dificuldade em respeitar regras de
convívio social, é preciso realmente resgatar certos valores hoje perdidos e/ou
esquecidos.
Portanto, os objetivos principais que se pretende alcançar com os educandos
da Eja é que desenvolvam a consciência de cidadania através das atividades
realizadas em sala e passarem a:
- Integrar-se e trabalhar cooperativamente com o grupo;
- Exercitar a criatividade;
- Observar o meio em que vivem com um olhar mais atento e crítico;
- Identificar os aspectos sociais e econômicos que são responsáveis pelos
graves problemas sociais;
- Discutir em grupo e buscar soluções para questões de sua cidade e bairro,
com relação à infra-estrutura, segurança, saúde, lazer etc. Mostrando assim maior
interesse pelo seu bairro e comunidade;
- Discutir o papel de cada um, como cidadão, a se organizar para buscar
soluções para esses problemas, cobrando de nossos representantes que estão no
poder. Pois é nosso papel, fiscalizar e cobrar quando necessário;
- Participar da política da cidade, assistindo as reuniões na Câmara de
Vereadores, conhecer os seus representantes, qual a função de cada um.
Enfim, que eles percebam que a comunidade só vai melhorar quando eles se
unirem e cobrarem do poder público.
2 Desenvolvimento
Desenvolver um projeto com educandos da Educação de Jovens e Adultos –
EJA é muito importante e gratificante. Pois são pessoas que não tiveram
oportunidade de estudar, começaram a trabalhar muito jovens. Onde tinham que
decidir entre estudar ou comer (sustentar suas famílias). Então os estudos ficaram
em último plano.
Outros sofreram várias reprovações e acabaram desistindo. E alguns
retornaram ao banco da escola porque o mercado de trabalho está exigindo mais
escolaridade.
Porém esses alunos, onde a maioria são pais de família, tem o entusiasmo de
aproveitar ao máximo o tempo perdido, buscando compensar este tempo com bom
aproveitamento e empenhando-se ao máximo nesta busca.
Ás vezes, pelo cansaço, pois muitos trabalham, ficam desestimulados e
querem desistir. Apresentam uma baixa autoestima, pelas dificuldades em aprender.
É trabalho do professor sempre estimular esses educandos e não deixar que
desistam. Aproveitar suas experiências de vida e desenvolver atividades ligadas ao
seu cotidiano faz com que aumentem sua autoconfiança e sua iniciativa para
aprender e, consequentemente, melhorar seu rendimento. É muito importante que os
conteúdos trabalhados pelos professores estejam diretamente relacionados com a
vida deles.
O tema ”cidadania” foi oportuno, para que eles percebam e tenham
consciência o que a falta de políticas públicas, no caso o acesso à educação, pode
afetar o desenvolvimento e a dignidade do cidadão. E que eles são as pessoas mais
prejudicadas com essa falta.
É direito de eles estarem ali estudando. Que ele tem todas as possibilidades
de serem cidadãos melhores e conscientes dos direitos e deveres.
Sobre o ensino de geografia Cavalcanti diz:
O ensino de geografia contribui para a formação da cidadania por meio da prática de construção e reconstrução de conhecimentos, habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas. (CAVALCANTI, LANA DE SOUZA, 2008, p.81).
É um grande desafio estimulá-los a ter essa consciência e aumentar sua
estima. A escola pode não ser a salvadora do mundo. Porém pode fornecer as
ferramentas necessárias (através do dialogo, conscientização) para os
enfrentamentos de vários desafios que surgirão na vida desses educandos e
possibilitar a formação de pessoas mais comprometidas com a sociedade.
2.1 Implementação da Proposta Didático-Pedagógica
O trabalho proposto foi aplicado no Colégio Estadual Euzébio da Mota no
período noturno. Primeiramente o projeto foi explanado ao grupo de professores,
diretores e equipe pedagógica, com o objetivo de estarem cientes de como será
encaminhado o projeto, e a possibilidade de contribuírem com o seu enriquecimento
pedagógico.
Iniciando com as turmas da EJA, foi feito um mapeamento completo de um
determinado grupos de alunos para implementar o projeto. Como as turmas eram
pequenas, foram selecionados um grupo de dez alunos.
Esse grupo de alunos respondeu ao questionário, com o objetivo de
reconhecimento do perfil da turma, o resumo destacado dos questionamentos foram:
- Esses grupos de alunos consideram-se bem informados. Os professores
sempre incentivam a busca de conhecimentos através de leituras, discussões,
reflexões.
- A maioria encontra-se motivada a aprender. Os conteúdos ensinados são
importantes e contemplam o que precisam saber.
- Acham o papel da família essencial para o bom desempenho escolar. E é
necessária a participação da comunidade na escola.
A grande maioria disse que estudar é importante para ter um futuro melhor,
garantia de emprego, para obter conhecimentos. É um preparo básico para o futuro
profissional, conquistar boa posição social.
Comentário de um aluno:
“Estudar é importante para ser um bom cidadão, ser informado no trabalho,
ter um bom salário e ser bem reconhecido entre todos etc.”.
Logo após, foi repassado o projeto aos alunos, e iniciamos os trabalhos.
Primeiro discutimos em sala sobre o que é Cidadania e o papel de cada um
na sociedade. Após essa discussão, fomos ao laboratório de informática
aprofundarmos no assunto. Os alunos pesquisaram sobre o significado de
cidadania, após cada dupla deu sua definição ou o que entendeu sobre o que é ser
cidadão.
As discussões continuaram, comentamos sobre quais são nossos direitos,
deveres, obrigações e a importância do acesso à educação. Nesse momento os
alunos ficaram livres para falarem.
No segundo momento retomamos as atividades com os alunos, onde
pesquisaram na internet e em livros a história e a geografia do bairro Boqueirão. Em
seguida relataram a impressão que tiveram e observaram a mobilidade que a
comunidade fez para o desenvolvimento do bairro. De uma fazenda localizada num
lamaçal se transformou em um dos maiores bairros de Curitiba.
Durante a pesquisa descobrimos que o nome da rua da escola, Clara
Tedesco, é em homenagem a uma antiga moradora do bairro que foi parteira na
região fez o parto de uma grande parte dos moradores.
Pesquisaram no Google Maps e Google Earth, a rua onde moram e a
localização do colégio. Com essas observações e informações que pesquisaram
sobre o bairro (a história e a geografia), confeccionaram dois painéis.
Um painel era sobre a história do Boqueirão, o segundo painel dados
geográficos do bairro, com imagens de satélite.
O terceiro painel foram notícias coletadas pelos alunos. Desde questões de
infraestrutura, segurança, lazer, comércio etc. Ou seja, coisas boas e ruins do bairro
Boqueirão.
Cada grupo expôs seus cartazes, foram feitas leituras das pesquisas e as
discussões prosseguiram.
O objetivo dessa atividade é orientar esses alunos para que desenvolvam
práticas que envolvem o conhecimento do lugar onde eles vivem.
Foram utilizados também para uma melhor compreensão do tema cidadania,
recursos audiovisuais, como filmes e letras de músicas. Cada um desses recursos
foi explanado, com debates e provocações.
Na sequência foram realizadas outras atividades interativas: atividades em
grupos, roteiros de questões, aulas específicas com diálogos e outros.
Durante todas as atividades foi observado o nível de interesse e as
dificuldades apresentadas pelos alunos.
Foram ressaltadas questões abordando a cidadania, desenvolvendo o senso
crítico, relacionando com conteúdos trabalhados, pois vivemos numa sociedade
extremamente individualista, consumista e muitas vezes alienada com assuntos
políticos e sociais, em que a maioria dos cidadãos desconhece seus direitos e
deveres e seu papel de transformador do espaço em que vive.
Fazendo provocações através de questionamentos, os alunos percebem que
não podem ser apenas meros expectadores e sim conhecer seus direitos, saber
exigi-los e lutar por eles.
Como metodologia para desenvolver o senso crítico nos educandos foi
utilizado o jornal. Onde foram selecionadas as notícias relacionadas com o conteúdo
abordado. Depois de lidos, comentamos o que aquele artigo, notícia, propaganda
quer realmente dizer com a informação que está passando. Foram questionadas as
informações contidas nestas mídias. Tornando-se assim, uma aula cidadã, pois as
críticas acontecem e sendo bem conduzidas, ajudam a formar opiniões e a promover
boas escolhas.
Quanto as atividades com as músicas, trabalhamos as letras ”Cidadania
Então” (Banda Enigma) e ”Cidadão” (Lúcio Barbosa e outros. Os alunos leram e
observaram as letras na Internet, depois ouviram as músicas.
Depois de comentarmos quais eram as mensagens das músicas,
responderam um roteiro de questões. Com o objetivo que os educandos assumam
uma postura crítica em relação a situações cotidianas de desrespeito ao cidadão
trabalhador. Que por ignorar as leis, pela sua humildade, são sempre enganados,
manipulados pelos detentores do poder.
Foi sugerido que cada grupo buscasse uma música na internet que falasse
sobre cidadania e elaborassem uma paródia com o tema dos trabalhos
desenvolvidos durante as aulas. E no final da atividade, cada grupo se organizou
para apresentar sua parodia
Em outros momentos os educandos assistiram aos filmes”Pro dia nascer feliz”
e ”O Contador de histórias”. E puderam observar as desigualdades sociais em nosso
país. E a relação com a impunidade, corrupção e a violência principalmente entre
nossos jovens.
Após assistirem aos filmes, cada um teve a oportunidade de fazer seus
comentários, observações e opiniões sobre o que observaram nos filmes.
Responderam as questões e construíram um texto coletivo.
E para finalizar, os educandos expressaram o que aprenderam, sentiram,
observaram construindo dois painéis. Esses painéis foram constituídos de figuras e
montagem de frases retiradas de revistas, refletindo o que esses educandos
pensavam.
Trabalhar as questões sociais do Brasil é fundamental para podermos buscar
soluções para os nossos imensos problemas. Acredito que é papel da escola dar
oportunidades para que o aluno busque as informações, que tenha um espaço para
debater e, a partir daí possa tirar suas próprias conclusões, respaldadas em
informações obtidas de fontes confiáveis, capazes de mostrar todos os pontos de
vista relativos aos problemas que podem comprometer seriamente nosso futuro,
esse polêmico tema ligado à busca da cidadania pode nos mostrar que existem
soluções e que cada um precisa fazer a sua parte.
O objetivo desse trabalho é que esses alunos adultos, que são pais de
estudantes no regular, exerçam a cidadania, orientando, repassando seus
conhecimentos a seus filhos, aos cidadãos de seu bairro, comunidade, cidade e etc.
Esses educandos, com já foi relatado, possuem uma baixa autoestima e
precisam se sentir valorizados e inseridos na sociedade em que vivem, sentindo-se
útil e capaz de contribuir com a sua melhoria de vida, bem como o de outras
pessoas.
O tema ”Cidadania”, foi trabalhado de diversas formas, conforme consta na
introdução. Porém alguns alunos apresentavam dificuldades e outros desinteresse.
Não foi possível constatar o perfil da turma através do questionário. Talvez porque
as questões fossem muito amplas ou faltasse um direcionamento melhor. Porém
através das demais atividades utilizadas e conversas, esse problema de momento
foi solucionado.
Levar para a sala de aula questões que abordam a cidadania, os direitos e
deveres dos alunos como cidadãos conscientes do seu papel na sociedade de
agente transformador, é primordial para a escola, principalmente para os alunos da
EJA, que geralmente trazem uma enorme bagagem de vida.
As atividades propostas no material didático demonstra que o exercício da
cidadania deve ter início com questões da sua rua, seu bairro, da sua escola. É
importante também conhecerem sua cidade, assim desenvolverão várias
percepções: sua organização espacial, a interferência e influência da sociedade no
meio, quais os interesses políticos e econômicos ali existentes.
Assim o aluno reconhece-se como cidadão, pois ele apropria-se de
informações de sua realidade e começa a compreendê-la melhor, com um olhar
crítico.
Segundo Helena Copetti Callai:
Formar o cidadão significa dar condições ao aluno de reconhecer-se como um sujeito que tem uma história, que tem um conhecimento prévio do mundo e que é capaz de construir o seu conhecimento. Significa compreender a sociedade em que vive, a sua história e o espaço por ela produzido como resultados da vida dos homens. Isso tem de ser feito de modo que o aluno se sinta parte integrante daquilo que ele está estudando. Que o que ele está estudando é a sua realidade concreta, vivida cotidianamente, e não coisas distantes e abstratas. (CALLAI, HELENA COPETTI, 1998, p. 78)
Através dos filmes como ”Pro dia nascer feliz”, o ”Contador de Histórias” e as
letras das músicas trabalhadas, os alunos puderam perceber que diante da
realidade social onde mostra que a comunidade de modo geral ainda está mal
preparada, devemos partir do princípio que não podemos aceitar tudo sem
questionar, também assumir uma postura menos acomodada e mostrar-lhes que
tudo que queremos podemos conseguir se lutarmos de forma correta e dentro dos
nossos direitos e deveres. E para isso precisamos estar esclarecidos do que
realmente significa ser cidadão.
Conforme explica Cavalcanti:
A educação escolar, mediante o ensino e a aprendizagem, ao lado de outras práticas educativas, destaca-se como instância específica na promoção de ações destinadas a assegurar a formação de cidadãos. Investir teórica e praticamente no ensino escolar, em suas múltiplas facetas, é, pois, investir nas formas de promoção da democracia, da vida, da justiça e da igualdade social, considerando-se seu âmbito peculiar de atuação ao lado de outras instâncias sociais, econômicas, políticas, culturais. (CAVALCANTI, 1998, p. 10)
Devemos mostrar-lhes que liberdade e cidadania devem caminhar juntas,
portanto, não basta somente saber o que está escrito no livro ou na Constituição.
Além disso devemos ter algumas ações práticas como participar dos eventos
proporcionados pela escola, fazer visitas ao lar dos idosos e creches, assistir a
reuniões de vereadores, deputados e promover debates após cada visita feita.
Assim começaremos a formar cidadãos críticos e participativos dentro da
escola, comunidade e do país.
Através da pesquisa sobre o seu bairro os alunos puderam conhecer bem o
bairro onde moram, levantar quais são as necessidades, as deficiências de
infraestrutura (falta de saneamento básico, pavimentação, iluminação, áreas de
lazer, segurança, etc.) impedindo que o cidadão viva de forma digna. Fazer com que
eles reflitam sobre isso. Ou seja, tenham um olhar crítico sobre essas deficiências.
E pensarem, como fazer e agir para mudar tudo isso. Nosso poder está no
voto e devemos participar das ações dos nossos governantes para fazermos boas
escolhas nas eleições. Com o objetivo de estimulá-los a participarem de
Associações de Moradores, que façam reivindicações e melhorias para sua
comunidade.
Os resultados obtidos com a Implementação do Projeto foram satisfatórias,
apesar das dificuldades. No período noturno uma parte dos alunos eram faltosos,
talvez pelas dificuldades relacionadas ao trabalho, alguns deixaram de frequentar a
escola. Apesar disso os objetivos foram alcançados e a maior parte das atividades
do material didático foram aplicadas.
2.2 Discussões no Grupo de Trabalho em Rede – GTR
O Grupo de Trabalho em Rede, é um curso de capacitação on line, voltado
para professores da Rede Estadual de Ensino do Paraná.
Teve início em 10/10/11 e término no dia 21/11/11, na disciplina de geografia,
com o tema ”Educação para Cidadania”, quinze se inscreveram, porém dez
concluíram.
O curso foi dividido em três Temáticas, onde foram postadas o Projeto de
Intervenção Pedagógica, Material Didático e as Ações de Implementação. Onde os
cursistas professores comentavam, sugeriam, questionavam, criticavam através dos
fóruns e diários.
Quanto às discussões os temas abordados mais relevantes para o Projeto
foram:
- Na primeira temática foi discutido a questão da responsabilidade social. E o
respeito aos nossos direitos com o compromisso de cumprir nossos deveres.
Nós professores devemos fazer com que os alunos entendam quais são os
seus direitos e deveres e fazer com que eles coloquem em prática os seus
conhecimentos dentro da sociedade de forma crítica e construtiva com o objetivo de
se tornarem cidadãos conscientes e participativos. Só que não cabe somente a
escola esse papel, deve partir também da família, igrejas e demais instituições.
- Na segunda temática a discussão girou em torno da participação dos alunos
em sua comunidade. Como, conhecer o Legislativo Municipal, participando de
sessões, Associações Comunitárias, ONG’s, etc. Participar e conhecer a Associação
de moradores. Ou seja, ações dentro da sociedade em que estão inseridos,
despertando a participação, conhecer para saber o que exigir dos nossos
representantes.
Que os alunos saibam que o papel do cidadão é fiscalizar e cobrar dos
nossos representantes, aquilo que é direito de todos.
Os impostos tem que ser revertidos em benefícios da população. Que os bens
públicos devem ser cuidados, começando pela escola.
As contribuições no GTR foram muito importantes, pois foi uma troca de
experiências entre os professores. Cada um pode contar sua forma de trabalhar,
atividades desenvolvidas com seus alunos e os resultados obtidos.
Foi uma troca de informações riquíssima, que só veio a contribuir para o
crescimento profissional de todos. Assim como conhecer outras escolas do Paraná e
sua realidade, o que os professores pensam e esperam da escola pública e de seus
alunos.
Contribuiu também para o sucesso da Implementação do Projeto, com
sugestões, críticas que me fizeram repensar o projeto e outras propostas de
atividades.
2.3 Considerações sobre os Trabalhos Desenvolvidos
Dentre todos os locais que devem veicular conhecimento salientamos o
ambiente escolar, espaço de nossa atuação e interesse pedagógico, objetivo do
PDE o qual visa à melhoria e qualidade da educação pública paranaense.
A proposta pedagógica docente prevê prioritariamente o desenvolvimento
intelectual dos alunos através de suas produções discursivas. Assim como a
interação e o diálogo no sentido de respeitar a convivência mútua em sociedade, a
diversidade e complexidade imbutidos nessas vivências. Diante disso utilizamos a
pesquisa como fonte de estudos conciliando com a criatividade e produção pessoal
e também coletiva.
Para a boa aprendizagem é importante o diálogo com conhecimento científico
e com as fontes culturais. Assim como estabelecer conexões com diferentes áreas
do conhecimento.
É da interação entre sujeitos e com ambientes em que vivem e convivem que
realizarão a leitura de mundo necessária para se situar no convívio social.
O lugar chave onde prioritariamente acontece o ensino e a aprendizagem é a
sala de aula, lócus de nossa prática docente e o lugar que aconteceu nossa
intervenção pedagógica do projeto.
Na educação que visa preparar os alunos para o exercício da cidadania
desenvolve-se o conhecimento através da realidade do educando. Este
procedimento possibilita: discussões, leituras, debates, depoimentos, entrevistas,
relatos e história de vida.
Para isso um planejamento de acordo com a realidade da EJA é essencial,
onde em uma sala de aula há alunos com idades diversas, dificuldades, realidades e
diferentes interesses, precisam de professores engajados e que façam um trabalho
diferenciado e muitas vezes individual.
Nas palavras de Loch:
Pensar o planejamento e a avaliação em EJA é pensar com os educandos a
sua vida, suas necessidades, desejos e aspirações articulados com a
realidade social e cultural em que vivem e redesenhá-la num processo
conjunto em que o ver, o ouvir e o agir estão interligados.
Educandos jovens, cada vez mais jovens, adultos e idosos têm histórias
individuais, sociais e coletivas que podem ser objetos de estudo dos
mesmos, pois estão prenhes de conhecimentos que precisam ser
sistematizados, desvelados e muitas vezes superados. (LOCH, 2009, p. 18).
Esses alunos necessitam serem ouvidos as suas angustias, para superarem
as dificuldades que forem surgindo. Assim sentirão mais valorizados e engajados a
aprender. O papel principal do professor da EJA é de incentivador e de muito
diálogo, pois é de extrema importância os relatos de vida desses educandos.
Os alunos que compreendem sua realidade, podem participar
conscientemente e interferir de maneira positiva e promover transformações sociais.
Através de discussões em sala de aula surgiram várias questões e através
desses questionamentos os educandos puderam refletir sobre possibilidades de
mudanças na própria realidade e situar-se no mundo.
Com o advento da tecnologia nós temos acesso a muita informação. Com a
utilização da internet os alunos conseguiram assimilar melhor o assunto e a busca
de informações sobre o bairro tornou-se mais atrativa. Assim como a visualização do
bairro no google maps e google earth.
Percebeu-se então a necessidade de além de ouvir e escrever, visualizar
figuras e imagens.
Com a participação máxima dos educandos, buscamos sua conscientização
através das pesquisas, e das trocas de experiências cotidianas. Visando o
desenvolvimento de práticas e de ações que envolvam o conhecimento do lugar,
como também a sua cidade.
Alguns questionamentos foram surgindo no decorrer das aulas e os próprios
alunos discutiam e chegavam a uma resposta, ou seja iam construindo o
conhecimento.
Qual a relação de cidadania com a melhoria da infraestrutura do bairro?
Cidadãos atuantes e conscientes podem conquistar benefícios no meio em que
vivem. Fiscalizando benfeitorias, denunciando irregularidades, exigindo o que é
direitos de todos.
Foram importantes essas provocações que surgiram no decorrer das aulas.
Fazendo esses alunos a terem um olhar mais critico e reflexivo. Serem instigados a
pensarem sobre o papel do cidadão foi um dos objetivos do projeto.
Outro objetivo foi incentivá-los a conhecer e/ou procurar informações sobre
políticas públicas. Tais como, deveres do Estado e do Município na questão
administrativa. O poder público no âmbito municipal, estadual e federal tem quais
deveres. Qual o papel do prefeito e vereadores, do governador, deputados federal e
estadual, e assim por diante. E assim tendo esses conhecimentos saberão cobrar a
eficiência e cumprimento dos serviços públicos. E que os impostos que tanto
pagamos sejam revertidos para o bem estar da população.
É importante que o aluno tenha esses conhecimentos para que não se cale
por não saber o papel dessas instituições.
Outro objetivo é os alunos participarem mais das ações da escola. Como
exemplo o Grêmio Estudantil. Ou seja, a maioria desses alunos da EJA, são pais
dos alunos no período regular. Eles podem orientar seus filhos sobre o que estão
aprendendo. Incentivando seus filhos a participarem, por exemplo, do Grêmio
Estudantil ou outras ações da escola. Criando responsabilidade, e fazer com que
esses educandos também colaborem para a gestão escolar, e que tenham a
consciência que dependem deles também ter uma educação de qualidade. E que
tenham a escola como seu espaço (pertencem a eles). Assim quem sabe, as
depredações diminuem e os alunos tenham a preocupação em cuidar desse lugar
tão importante para eles. Que através de seus pais tenham espírito de luta,
organização, conheçam seus direitos e deveres. Tornando a escola um ambiente
prazeroso para todos. Ressaltamos que a educação é direito de todos e cada um
tem o seu papel de luta por uma educação ideal, ou seja, a qualidade que até hoje
não temos.
E que não basta o educando estar na escola, ele tem que querer e exigir um
desempenho melhor de todos. É fundamental que cada um faça sua parte: o diretor
(a), professores, funcionários, alunos, comunidade, SEED, governantes e outros.
Tarefa árdua, e que temos que ter ajuda, respaldo, compromissos com outros
órgãos competentes e apoio de todos. O Estado tem que dar condições para se
fazer esse trabalho, para que a escola seja realmente um lugar de direitos, deveres,
saberes e comprometimento.
A escola é o espaço de politização do aluno e contribuir para a participação
da comunidade na escola é o começo para termos uma sociedade mais democrática
e participativa.
Segundo Aguiar e Leitão:
Entendemos a educação de jovens e adultos como prática
abrangente de produção e aquisição de saberes e fazeres, exercício
responsável da cidadania e expressão, socialização e criação de cultura.
Para que ela assim se realize, é necessária a existência de espaços e
dispositivos, além da formação de educadores nessa mesma perspectiva.
(AGUIAR; LEITÃO, 2001, p. 121).
Ter em mente que a escola pública é um direito de cidadania. Que ela é de
todos, por isso ela tem que ser de responsabilidade de todos e formar para a vida.
Não basta ter consciência do exercício da cidadania, tem que lutar por seus
direitos e buscar melhorias, reivindicar um ensino de qualidade, para si e para a
comunidade a qual pertence.
Exercer sim, a cidadania, orientando, repassando seus conhecimentos aos
outros cidadãos de seu bairro, comunidade, cidade, e etc.
Na sociedade atual, uma questão fundamental na educação centra-se na
necessidade de o indivíduo compreender o mundo em que vive.
Para isso, ele precisa aprender como ter acesso, analisar e interpretar a
informação. Reconhecendo o papel central da educação na formação de valores e
na ação social. Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a
transformação humana e social no espaço que o aluno está inserido. Para melhor
agir em defesa do meio que vive, conscientizando-se da importância para a
harmonia e o bem estar de toda a Comunidade.
3 Conclusão
Como muitos professores que trabalham com adultos, sabem que a
autoestima destes alunos é muito baixa, geralmente se sentem sem valor, que não
sabem nada, que não podem ir muito além. Mas quando descobrem a magia do
conhecimento, eles voltam a sonhar, voltam a acreditar em si mesmo, se sentem
mais encorajados diante de algumas situações e tudo isso é muito importante. Por
isso o professor deve sempre estimular esses alunos e valorizar tudo o que
produzem em sala de aula e incentivá-los a sempre dar um passinho adiante.
Segundo Moll:
Fazer-se professor ou professora de adultos implica empreender trajetórias
que se enveredam pela razão sensível que, compreendendo e explicando o
mundo com seus condicionantes históricos, sociais, políticos, econômicos e
culturais, permita que a singularidade das histórias humanas se explicitem
no espaço da sala de aula para que cada um, se dizendo, possa dizer de
seu mundo. E dizendo suas novas palavras, possa encantar-se com o
universo de conhecimento que vem através delas. (MOLL, 2004, p. 17).
As influências exercidas pelo professor, pelos colegas e pelo ambiente da
escola no desenvolvimento da autoestima dos alunos interferem diretamente no
processo de superação dos estigmas e rótulos que estes alunos carregam e na sua
produção em sala de aula A imagem que faziam de si, de que tudo é difícil e que
não progrediriam mudou. Assim, tornam-se mais confiantes e seguros de si
mesmos, para buscar o conhecimento.
Trabalhar a cidadania é muito importante. Educar para a cidadania é de
fundamental importância em todas as modalidades de ensino.
É preciso que todos sem distinção tenham acesso correto do que é cidadania
e como ela acontece.
A cidadania acontece a partir do momento em que todos tem o acesso à
educação de qualidade. Mostrar a eles que esse caminho já está superado. Pois é
direito deles estarem ali, perderam muitos anos de estudo, porém antes tarde do que
nunca.
No decorrer dos trabalhos os alunos apresentaram dificuldades. Então foi
necessário motivá-los sempre. Ajudando-os nas leituras, respeitando seu ritmo,
conversando, tirando dúvidas que iam surgindo. Incentivando-os a participarem das
discussões, construindo com eles os textos, cartazes.
Sua auto-avaliação melhorou, a partir do momento que perceberam que são
capazes e as dificuldades podem ser superadas e que suas experiências foram
importantes para o crescimento de todos.
O grande desafio da geografia é o de propiciar a formação geral dos
cidadãos. E fazer-se entender que cidadão é o sujeito que participa na vida e na
gestão da cidade, não somente aquele que tem direito e dever.
Assim como ter um comprometimento com os problemas cotidianos da sua
comunidade e promoção do resgate da autoestima em relação ao local de moradia.
E que como um sujeito que movimenta a vida da comunidade, pode participar nas
decisões populares junto à prefeitura e ao governo de Estado.
Esse trabalho foi importante para a autoestima desses alunos. Assim como se
desenvolveram como cidadãos, batalhadores e que contribuem para o crescimento
da Nação.
No estudo da geografia o educando tem a possibilidade de compreender
melhor a dinâmica de sua cidade, seu bairro, sua rua e ter referências para participar
mais ativamente para que sua cidade seja mais inclusiva e democrática. E a
participação ativa e responsável de cidadãos com propostas para a gestão depende,
em parte, da educação escolar.
A utilização de vídeos e músicas foi importante para envolver os alunos ao
tema. Proporcionando debates, oportunidade para se expressarem, posicionando-se
e analisando o assunto criticamente.
Pode-se desenvolver uma infinidade de outras atividades, como sair da sala
de aula com grupos de alunos para observar o bairro, entrevistar moradores.
Como também despertar a solidariedade, fazendo visitas a casas de repouso,
hospitais, creches. Mostrando aos nossos jovens o quanto é gratificante sermos
solidários.
Ser solidário é assumir a humanidade que existe em nós sem que para isso
sejamos impedidos por uns momentos de tristeza ou culpa, mas simplesmente por
amor ao próximo.
Existe uma infinidade de atividades, basta que haja vontade, apoio da
direção, colaboração dos alunos e disposição para trabalhar muito. Trabalho
exaustivo, mas que vale a pena pelo resultado, pois este resultado é gratificante,
tanto aos próprios educandos quanto aos educadores, e, por ser gratificante,
também se torna fator de estímulo para se buscar mais aperfeiçoamento.
Para ter melhores resultados os professores devem ter uma boa preparação
para trabalhar, além dos conteúdos, a autoestima, motivação, a reflexão.
Ver a necessidade de cada um e procurar saná-las em suas dificuldades.
Tornando o ambiente de sala de aula o mais agradável possível para se aprender.
Não é um trabalho fácil, e tem pouco reconhecimento. Mas esses alunos da
EJA valorizam o professor que está engajado em ensiná-los.
Muitos educandos precisam de alguém que os orientem, conscientizem,
façam refletir. Muitas vezes eles não encontram isso em casa, daí o papel dos
professores. Esse projeto foi apenas a pontinha de um iceberg, para o início da
formação de cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres.
No projeto Educação para Cidadania, desenvolvido com as turmas da EJA, foi
ressaltado a questão da responsabilidade social, o respeito aos nossos direitos com
o compromisso de cumprir nossos deveres. Desenvolver um senso crítico, colaborar
na gestão da escola e o cuidado com o bem público.
Que a formação dos educandos em geral, dê um salto de qualidade, não só
em relação ao saber sistematizado, mas a sua formação enquanto ser humano, que
pensa, se relaciona, interage e busca soluções para os problemas.
Visando uma melhor convivência na sociedade atual, tão carente da formação
de autênticos cidadãos que respeitam os direitos dos outros, que sabem lutar por
seus direitos e tenha consciência de seus deveres. E que dando continuidade a
esses trabalhos, tenha-se um bom resultado, sabemos que a longo prazo, mas o
importante é não desistir. E ver tudo isso refletido em seus filhos.
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