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EDUARDO HENRIQUE GUERINI UTILIZAÇÃO DO REJEITO DAS CABINES DE PINTURA PARA GERAR ELETRICIDADE E PRODUZIR VAPOR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre Profissional em Engenharia Automotiva. São Paulo 2005

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EDUARDO HENRIQUE GUERINI

UTILIZAÇÃO DO REJEITO DAS CABINES DE PINTURA

PARA GERAR ELETRICIDADE E PRODUZIR VAPOR

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Escola Politécnica da

Universidade de São Paulo para obtenção

do título de Mestre Profissional em

Engenharia Automotiva.

São Paulo

2005

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EDUARDO HENRIQUE GUERINI

UTILIZAÇÃO DO REJEITO DAS CABINES DE PINTURA

PARA GERAR ELETRICIDADE E PRODUZIR VAPOR

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Escola Politécnica da

Universidade de São Paulo para obtenção

do título de Mestre Profissional em

Engenharia Automotiva.

Área de Concentração:

Engenharia Automotiva

Orientador:

Prof. Dr. Silvio de Oliveira Junior

São Paulo

2005

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FICHA CATALOGRÁFICA

Guerini, Eduardo Henrique

Utilização do rejeito das cabines de pintura para gerar eletri- cidade e produzir vapor / E.H. Guerini. -- São Paulo, 2005.

131 p.

Trabalho de curso (Mestrado Profissionalizante em Engenharia Automotiva). Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

1.Gases de estufas 2.Emissão de poluentes 3.Consumo de energia 4.Rejeitos do processo de pintura I.Universidade de São Paulo. Escola Politécnica II.t.

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“... tudo que é extraído do planeta é transformado em riquezas,.... deverão

estas riquezas ser utilizadas em benefício deste próprio planeta..., senão, causará

tamanho desequilíbrio que significará a extinção do todo.”

“Tudo o que é feito tem seu valor, cabe a nós todos sabermos o valor que cada

um pode tirar para si referente a sua contribuição no feito.”

“A essência do entendimento é diferente do que se vê, entendimento daquele

momento se torna o saber.”

Inspiração está no menor ponto da transpiração... Deus e seus Mentores

foram quem me deram a inspiração.

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AGRADECIMENTOS

Agradecimento especial ao orientador Prof. Dr. Sílvio de Oliveira Junior pelas

competências fornecidas para o desenvolvimento deste trabalho assim como pela

amizade.

Agradeço aos Mestres da USP, que ao longo do Curso passaram-me

excelentes conhecimentos.

Meus sinceros agradecimentos a João Sidney Fernandes, Aires Guimarães,

Adalberto Fernandes, João Cristóvão, Paulo E. Carneiro, Natália Kavamura, Hideyo

Horioka, Elísio E. Sanches Fº, Cilene C. Leforte, Rinaldo D. Garcia e ao grupo

Químico de Preparação de Tintas, Luiz F. Pereira, Cláudio R. Davanço e ao grupo de

Manutenção Central, João B. Baldin e ao grupo de Engª Planejamento Industrial,

Angelino S. Reis e ao grupo de Manutenção da Fábrica, a Maurício C. Almeida e a

todos aqueles que diretamente ou indiretamente contribuíram, se comprometeram, e

interagiram fornecendo informações para engendrar este trabalho.

Ao Márcio Oliva Ferreira pelas informações na área de Engenharia Civil

especializada em projetos de cogeração.

Ao Dr. Antonio da Silva Ferreira pelas informações na área de Direito voltado

para projetos de cogeração e planta de potência.

À todos do meu departamento pelo suporte recebido.

Agradeço aos amigos Roberto Hirayama, Ricardo Urbano de Souza, Gyozo

Zoltan Dancskay e ao Eduardo Demarque pelos excelentes resultados obtidos juntos

ao longo do curso, assim como, pelas contribuições feitas para este trabalho.

Ao amigo Artur de Oliveira Rister e Família pelo grande apoio, e a Kátia

Manta Rister pelas informações das Normas Ambientais.

Agradeço, por ter aprendido sobre dedicação dentro de casa através de

exemplos dados pelos meus pais Hermes e Mércia, e a Denise, Abel, Felipe e a

Gabriela pelo apoio e motivação.

Agradeço a minha esposa Maria José e aos meus filhos Caroline e Guilherme

pelo carinho, amor e compreensão dados a mim ao longo deste curso.

Agradeço a Deus por me dar Energia para cumprir esta missão.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

LISTA DE SÍMBOLOS

LISTA DE ÍNDICES

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 1

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................ 2

2.1 Introdução ........................................................................................ 2

2.2 Gás natural ....................................................................................... 3

2.3 Solventes .......................................................................................... 8

2.4 Tratamento de gases emitidos oriundos de processo industrial ..... 12

2.4.1 Oxidação Recuperativa: (Recuperative Thermal Oxidation; TO) . 15

2.4.2 Oxidação Catalítica: (Catalytic oxidation, CO) [38] ..................... 17

2.4.3 Oxidação estimulada eletricamente [38]........................................ 18

2.4.4 Oxidação Térmica Regenerativa “RTO” ....................................... 18

2.4.5 Adsorção: (adsorption) .................................................................. 21

2.4.6 Condensação .................................................................................. 26

2.5 Planta de potência, Ciclo Rankine [3]............................................ 28

2.5.1 Avaliação da transferência de calor e do trabalho [3] pg348 ........ 29

2.5.2 Ciclo Rankine Ideal [3].................................................................. 30

2.6 Gráfico temporal das reservas de petróleo e gás natural................ 32

2.7 Benefícios e Restrições ditados por Normas e Legislações

Brasileiras que abordam este tipo de projeto....................................................... 39

3 CONDIÇÕES ATUAIS: PLANTA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS ... 43

3.1 Como funciona a Planta de SJC a qual possui o RTO ................... 43

3.2 Identificação dos rejeitos e hipóteses para São José dos Campos . 45

3.2.1 Proposta com Ciclo Rankine para São José dos Campos .............. 47

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3.3 Modelo Matemático da proposta para São José dos Campos ........ 47

3.3.1 Cálculo da oferta de energia transferida para o Ciclo Rankine ..... 47

3.3.2 Cálculo do consumo de gás natural para a geração proposta sem

regeneração no RTO .......................................................................................... 48

3.3.3 Cálculo da vazão mássica de água do ciclo Rankine..................... 48

3.3.4 Balanço de massa e energia na turbina. ......................................... 48

3.3.5 Balanço de massa e energia na bomba........................................... 49

3.3.6 Balanço de massa e energia no condensador de água.................... 49

3.3.7 Cálculo da potência gerada no Ciclo Rankine ............................... 49

3.3.8 Eficiência Térmica do Ciclo Rankine............................................ 49

3.3.9 Vazão mássica de água do trocador de calor do condensador....... 49

3.4 Cálculo da relação Custo X Benefício para São José dos Campos 50

3.5 Comentários finais sobre a proposta para São José dos Campos... 50

4 ESTUDO DA PROPOSTA PARA SÃO CAETANO DO SUL............ 51

4.1 Introdução da figura esquemática da proposta para São Caetano do

Sul 51

4.2 Dados dos Consumos de Energia: Planta de São Caetano do Sul.. 53

4.2.1 Descrição detalhada dos fluxos de energia da planta de São

Caetano do Sul ................................................................................................... 54

4.3 Volumes de Ar e VOC da Planta de São Caetano Sul ................... 55

4.4 Cálculo estequiométrico da queima do rejeito da pintura da planta

de São Caetano do Sul para determinar a energia fornecida para a caldeira....... 58

4.4.1 Cálculo do volume de ar e da participação do VOC na reação ..... 58

4.4.2 Cálculo do volume de ar e da participação do GN na reação ........ 59

4.6 Quantidade total de energia fornecida para o fluido do ciclo

Rankine 62

4.7 Modelo Matemático da proposta para São Caetano do Sul ........... 62

4.7.1 Hipóteses para balizar os cálculos................................................... 62

5.1 Cálculo do preço do GN para figura atual ..................................... 64

5.2 Cálculo do preço do GN da proposta para São Caetano do Sul..... 65

5.3 Valores dos preços de energia elétrica atual e considerações ........ 66

5.4 Tempo de para obtenção e instalação dos equipamentos............... 67

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5.5 Preços dos equipamentos da proposta para São Caetano do Sul ... 68

5.6 Resumo da análise financeira......................................................... 72

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................. 75

7 LISTA DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................ 78

ANEXO A TABELA DE ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA

COM TMA=12% E CAPITAL PRÓPRIO................. Erro! Indicador não definido.

ANEXO B TABELA DE ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA

COM TMA=12% MAIS EMPRÉSTIMO DE 40%.... Erro! Indicador não definido.

ANEXO C PREÇO DE GÁS NATURAL PLANKENGENHARIA............. 86

APÊNDICE I: Memorial de cálculo da proposta para SJC [7] ...................... 88

APÊNDICE II: Resultado dos cálculos para a proposta para SJC [7]............ 92

APÊNDICE III Determinação das entalpias de combustão do VOC ............. 93

APÊNDICE IV: Cálculo para equipamentos SCS [7] .................................. 119

APÊNDICE V Dados tabelados para cálculos da proposta em SCS.........Erro!

Indicador não definido.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 2.4.1 Demonstrativo de oxidações de ar [37] ................................................. 14

Figura 2.4.1.1 Demonstrativo de oxidações de ar tipo TO [38]................................. 15

Figura 2.4.1.2 Diagrama esquemático de oxidador térmico TO [37] ........................ 16

Figura 2.4.2.1Diagrama esquemático e instalação de oxidador catalítico CO [38]... 17

Figura 2.4.3.1 Foto de instalações de oxidações de ar tipo RTO [38] ....................... 19

Figura 2.4.3.2 Ilustração esquemática de RTO [38] .................................................. 20

Figura 2.4.4.1 Porcentagem de adsorção para alguns solventes [37]......................... 21

Figura 2.4.4.2 Ilustração esquemática de roda adsorção [37] .................................... 23

Figura 2.4.4.3 Foto de instalações de rodas de adsorção [38].................................... 24

Figura 2.4.4.4 Diagrama esquemático de roda de adsorção com sistema de

recuperação de solvente [38].............................................................................. 25

Figura 2.4.4.5 Diagrama esquemático de roda de adsorção com oxidação

recuperativa [38] ................................................................................................ 25

Figura 2.4.5.1 Gráfico de estado de saturação, diferentes solventes [37].................. 26

Figura 2.4.5.2 Ilustração esquemática processo de condensação [37]....................... 27

Figura 2.5.1 Componentes de Planta Simples de Potência a Vapor [3]..................... 28

Figura 2.5.2 Transferência de trabalho e calor do sistema A [3] ............................... 29

Figura 2.5.2.1 Gráfico Temperatura X entropia, Ciclo Rankine Ideal [3] ................. 30

Figura 2.9.1 Gráficos de ofertas de eletricidade no Brasil e no mundo [19] ............. 34

Figura 2.9.2 Gráfico da estrutura do consumo de derivados de petróleo [19] ........... 36

Figura 2.9.3 Gráfico dos usos do gás natural 2003 [19] ............................................ 37

Figura 2.9.4 Linhas principais de gasodutos no Brasil [20]....................................... 38

Figura 3.1.1 Ilustração do sistema do RTO como está hoje instalado ....................... 44

Figura 3.2.1. Ilustração da proposta do Ciclo Rankine .............................................. 47

Figura 4.1.1 Diagrama da proposta para São Caetano do Sul.................................... 51

Figura 4.2 Gráfico esquemático do ciclo rankine para esta proposta ........................ 52

Figura 4.2.1 Leiaute demonstrativo da proposta deste trabalho................................. 53

Figura 4.2.1.1 Leiaute demonstrativo de fluxo de energia atual................................ 54

Figura 4.3.1 Balanço de massa nas cabines de pinturas e estufas para 42 JPH ......... 56

Figura 4.5.1 diagrama de oferta de voláteis para queima no reator ........................... 61

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Figura 5.1.1 Modelagem das caldeiras atuais ............................................................ 65

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LISTA DE TABELAS

Tabela 2.2.1 Especificação para o Gás Natural Comercializado no Brasil.................. 5

Tabela 2.2.2 Produtos Comercializáveis [5] ................................................................ 6

Tabela 2.2.3 Constantes Físicas dos Hidrocarbonetos [5] ........................................... 7

Tabela 2.4.1 Extrato da tabela de Efeitos Físicos. ..................................................... 13

Tabela 2.9.1 Dados de Energia elétrica [19] .............................................................. 34

Tabela 3.1.1 Condições de entrada medidas no RTO com a produção em 40 JPH... 43

Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH... 44

Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual em São Caetano do Sul............................ 55

Tabela 4.3.1 Dados percentuais da composição do VOC .......................................... 57

Tabela 5.5.1 Indicadores econômicos de 03 ago. 2005. [41]..................................... 68

Tabela 5.5.2 Taxa de câmbio para agosto 2005......................................................... 69

Tabela 5.6.1 Dados para cálculos financeiros com TMA=12% e com cenário sem

capital de terceiro ............................................................................................... 73

Tabela 5.6.2 Resultado de cálculos financeiros com TMA=12% e com cenário sem

capital de terceiro ............................................................................................... 73

Tabela 5.6.3 Dados para cálculos financeiros com TMA=12% Juros 14% e cenário

com 40% com capital de terceiro ....................................................................... 74

Tabela 5.6.4 Resultado de cálculos financeiros com TMA=12% com Juros 14% e

cenário com 40% com capital de terceiro .......................................................... 74

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica

ANP Agência Nacional do Petróleo

BEN Balanço energético nacional de 2004 (ano base 2003)

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e social

BWR the Back Work Ratio

CAS Chemical Abstracts Service

CENBIO Centro nacional de Referência em Biomassa

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

CONSEMA Conselho Estadual do Meio Ambiente

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

CPFL Companhia Paulista de Força e Luz

CPRN Coordenadoria de Licenciamento Ambiental e Proteção de

Recursos Naturais

DAIA Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental

DNAEE Departamento Nacional de Águas e Energia

EIA/RIMA Estudo de Impacto Ambiental / Relatório de Impacto Sobre o

Meio Ambiente

FISPQ Ficha de Informação de Segurança de produto Químico

GN gás natural

JPH Jobs Per Hour (veículos por hora)

LP Licença Prévia

LI Licença de Instalação

LO Licença de Operação

MME Ministério de Minas e Energia

ONS Operador Nacional do Sistema

ppm Partes por milhão

PPT Programa Prioritário de Termoelétricas

PROINFA Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia

Elétrica

RAP Relatório Ambiental Preliminar

SCS São Caetano do Sul

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SJC São José dos Campos

SMA Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo

RTO Regenerative Thermal Oxidizer (oxidador térmico

regenerativo)

VOC Volatile Organic Component (componente orgânico volátil)

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LISTA DE SÍMBOLOS

→∆T Variação de Temperatura

→ρ Massa Específica

→c Calor específico

→s Entropia Específica

→h Entalpia Específica

→vs Entropia Específica do vapor saturado

→liqs Entropia Específica do Líquido saturado

→evh Entalpia Específica Líquido-Vapor

→X Título

→W& Fluxo de Trabalho

→m& Vazão Mássica de água do Sistema Rankine

→P Pressão

→inQ& Taxa de Calor na entrada do Sistema

→GNV Volume de Gás Natural

→VOCm& Fluxo de Massa de VOC

→intarpv& Vazão Volumétrica de Ar Vindo da Pintura

→arfrev& Vazão Volumétrica de Ar Fresco Fornecido

→arv& Vazão Volumétrica de Ar Fresco Fornecido para sistema sem

regeneração RTO

→tW& Potência de Trabalho da Turbina

→bW& Potência de Trabalho da Bomba

→outQ& Taxa de Calor que Sai do Sistema

→η Eficiência Térmica

→cvW& Trabalho no Condensador

→cwm& Vazão Mássica de água fria do Condensador

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LISTA DE ÍNDICES

ar ar

ar180 ar a temperatura 180°C

ar780 ar a temperatura 780°C

arfre ar fresco temperatura local

arpint ar da pintura

b bomba

comb combustão

combVOC combustão do VOC

cv trabalho no condensador

cw volume de controle nocondensador

cwin entrada no condensador

cwout saída no condensador

cycle cíclo

elétrico elétrico

in entrada

ise isentrópico

liq líquido

out saída

p pressão

P bomba

R reagente

RP reagentes produtos

t turbina

tb turbina

v volume

vc volume de controle

vGN volume de gás natural

VOC VOC

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RESUMO

O presente trabalho reunirá informações sobre os fluxos de energias utilizados

em diferentes processos de fabricação e montagens dentro de empresa

automobilística. Através destas informações somadas a tecnologia disponível,

objetiva-se estudar os rejeitos específicos do processo de pintura de automóveis e

tratar estes rejeitos como insumo para um processo de geração de energia elétrica e

produção de vapor, para serem utilizados pela própria pintura. Para conseguir o

objetivo principal, será necessário entender como é, hoje, o processo. Como vem

sendo solucionado o controle de emissões dos componentes orgânicos voláteis

(VOC) e também caso a empresa já tenha adquirido um sistema de Oxidação

Térmica Regenerativa (RTO) para tratar os gases de saídas das estufas da pintura (é o

caso da planta de SJC), propor uma forma de gerar energia elétrica através da oferta

térmica do RTO. A preocupação do texto estará centrada em procedimentos,

métodos, uso de modelos matemáticos e físicos, uso de dados documentados

levantados pelos departamentos de Manutenção e Planejamento Industrial da Planta

de SCS, assim como, dados obtidos por estimação científica (caso da determinação

da quantidade de VOC) utilizando técnicas de balanços de massa nos limites de

controle. Será também objeto deste trabalho o estudo de viabilidade técnica e

econômica, onde serão mostrados e quantificados os pontos positivos, pontos

negativos e os riscos, como forma de informação científica para engendrar o

arcabouço de conhecimento sobre este tema auxiliando o planejamento estratégico

no que se refere a solucionar de forma ecologicamente correta os problemas de

emissões de poluentes e consumo de energia obtendo: qualidade nos produtos,

qualidade de vida e viabilização econômica para o complexo de uma montadora de

veículos automotores.

Page 17: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

ABSTRACT

This piece of work gathered information of energy flow utilized and different

fabrication and assembly processes inside automotive industry.

Through these information’s and the current available technology we will

study the wastes derived from the automotives painting process and use them as raw

material for a process of electric power generation and steam production to be used

in the same painting. To attain the main goal it is mandatory to understand how the

process is as today’s, how the volatile organic components (VOC) emission control

is being solved, and also, in the case of an already existing system of Regenerative

Thermal Oxidizer (RTO) to treat the gas from the paint oven (as it is in the SJC

plant), and finally propose a way to generate electric power through the RTO thermal

offer. This text will be focused on procedures, methods, mathematicians and physical

standards, data from Maintenance and Industrial Planning Departments in São

Caetano Plants, plus scientific valuation (as to determine the VOC quantity) through

techniques of mass balance on the limits control.

It is the object of this job too, the technical and economical viability where the

advantages, disadvantages and risk will be show and quantified so as to give

scientific information to support the frame work of knowledge on this subject, and

help the strategic planning for ecological correct away to solve the pollution

emissions and energy consumption, obtaining: quality of products, quality of life and

a good economical scenario for an automotive assembler complex.

Page 18: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

1

1 INTRODUÇÃO

Para facilitar o entendimento do que será proposto com este trabalho, é

necessário estudar as condições atuais existentes na planta da GMB de São José dos

Campos, SP. Desta planta tomou-se para estudo somente o processo de pintura e o

sistema de tratamento de emissão ar, que é feito através de um Oxidador Térmico

Regenerativo (RTO). Uma vez entendido o que normalmente é feito nas plantas

automobilísticas com relação às emissões de ar após o processo de pintura, foi feito

um estudo para aproveitar o rejeito térmico produzido no processo de queima dos

RTO’s, o qual chamamos de proposta de geração de energia elétrica quando a planta

já possui o RTO.

O principal foco deste estudo será propor uma solução diferente, para a planta

de São Caetano do Sul, da apresentada para planta de SJC. A planta de SCS não

possui RTO, então será necessário estudar vários outros detalhes, como os fluxos de

diferentes formas de energias consumidas nos diferentes estágios de fabricação e

montagem dos veículos. Para poder criar uma nova solução, será necessário também

estudar em detalhes a condição do ar rejeitado das cabines de pintura assim como a

composição dos componentes orgânicos voláteis (VOC) presentes neste ar.

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2

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Introdução

A autoprodução e a produção independente de energia elétrica possuem um

papel importante na expansão do parque gerador brasileiro. Diversas novas unidades

estão em fase de planejamento e projeto, e algumas estão em implantação, agregando

mais energia ao sistema. O termo cogeração tem uma definição oficial, e consta na

Resolução ANEEL nº. 21 de 20/01/2000. A definição, segundo esta resolução,é a

seguinte:

“Art. 3 – A cogeração de energia é definida como o processo de produção

combinada de calor útil e energia mecânica, geralmente convertida total ou

parcialmente em energia elétrica, a partir da energia química disponibilizada por um

ou mais combustíveis.”

Além desta definição, a Resolução ANEEL nº. 21 também mostra os

benefícios que a atividade de cogeração pode trazer. Nas considerações iniciais da

resolução, pode-se ler o seguinte comentário:

“... que a atividade de cogeração de energia elétrica contribui com

racionalidade energética, uma vez que possibilita um melhor aproveitamento dos

combustíveis, apresentando menor consumo total, quando comparada à geração

individual de calor e energia elétrica e gerando conseqüentes benefícios para a

sociedade...”

Os sistemas de cogeração devem ser submetidos a uma detalhada análise

técnica-econômica para verificação de sua viabilidade. O levantamento de cargas

elétricas e térmicas deve ser o mais verdadeiro possível. Em sistemas existentes, o

melhor procedimento é a verificação das contas de energia por um período de 12

meses, avaliando-se então a participação de cada tipo de energético empregado, seu

pico de demanda, e sua curva horária e semanal de consumo.

O sistema que está sendo proposto neste trabalho utilizará como combustível

principal o GNP, que em conjunto com um volume de ar misturado com VOC

Page 20: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

3

rejeitado da planta da pintura de SCS, serão queimados para aquecer um sistema de

caldeira de alta pressão.

A escolha do GN como fonte principal foi feita devido às vantagens

econômicas e ambientais.

2.2 Gás natural

O gás natural é uma mistura extremamente leve e possui uma composição de

propriedades físico-químicas, que agregam a essa fonte de energia inúmeras

vantagens, como qualidade uniforme, que proporciona uma queima muito mais

eficiente, sem poluir nem agredir o meio ambiente. Entre as vantagens está a garantia

de energia mais segura dentro de empresa, porque, sendo mais leve que o ar, em um

eventual vazamento ele se dissipa facilmente. Além disso, as suas características

proporcionam uma significativa melhoria dos produtos fabricados e um aumento de

vida útil dos equipamentos industriais. O gás natural é uma substância em estado

gasoso nas condições ambiente de temperatura e pressão, qualquer processamento

desta substância, seja compressão, expansão, evaporação, liquefação ou transporte

exigirá um tratamento termodinâmico como qualquer outro gás.

O gás natural é encontrado em reservatórios subterrâneos em muitos lugares

no planeta, tanto em terra quanto no mar, tal qual o petróleo, sendo considerável o

número de reservatórios que contêm gás natural associado ao petróleo. Nestes casos,

o gás recebe a designação de gás natural associado. Quando os reservatórios contem

pouca ou nenhuma quantidade de petróleo o gás natural é dito não associado.

Composição do gás natural bruto:

Os processos naturais de formação do gás natural são a degradações da

matéria orgânica por bactérias anaeróbicas, a degradações da matéria orgânica e do

carvão por temperatura e pressão elevadas ou da alteração térmica dos

hidrocarbonetos líquidos.

A matéria orgânica fóssil é também chamada de querogênio e pode ser de dois

tipos: querogênio seco, quando proveniente de matéria vegetal e querogênio

gorduroso, quando proveniente de algas e matéria animal.

No processo natural de formação do planeta ao longo de milhões de anos a

transformação da matéria orgânica vegetal, celulose e lignina, produziram o

querogênio seco que ao alcançar maiores profundidades na crosta terrestre sofreu um

Page 21: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

4

processo gradual de cozimento, transformando-se em linhito, carvão negro, antracito,

xisto carbonífero e Metano, dando origem às gigantescas reservas de carvão do

planeta.

A transformação da matéria orgânica animal, ou querogênio gorduroso, não

sofreu o processo de cozimento e deu origem ao petróleo. Nos últimos estágios de

degradação do querogenêo gorduroso, o petróleo apresenta-se como condensado

volátil associado a hidrocarbonetos gasosos com predominância do Metano. Por esta

razão é muito comum encontrar-se reservas de petróleo e gás natural associados.

Assim, o gás natural como encontrado na natureza é uma mistura variada de

hidrocarbonetos gasosos cujo componente preponderante é o Metano. O gás natural

não associado apresenta os maiores teores de Metano, enquanto o gás natural

associado apresenta proporções mais significativas de Etano, Propano, Butano e

hidrocarbonetos mais pesados.

Além dos hidrocarbonetos, fazem parte da composição do gás natural bruto,

outros componentes, como Dióxidos de Carbono (CO2), o Nitrogênio (N2),

Hidrogênio Sulforado (H2S), Água (H2O), Ácido Clorídrico (HCL), Metanol e

impurezas mecânicas. A presença e proporção destes elementos dependem

fundamentalmente da localização do reservatório, se em terra ou em mar, sua

condição de associação ou não, do tipo de matéria orgânica ou mistura do qual se

originou, da geologia do solo e do tipo de rocha onde se encontra o reservatório, etc.

A composição do gás natural comercial é variada e depende da composição

do gás natural bruto. A seguir serão apresentadas as normas de especificação do gás

natural a ser comercializado no Brasil, de origem interna e externa, igualmente

aplicáveis às fases de produção, de transporte e de distribuição desse produto,

determinadas pela Agência Nacional do Petróleo – ANP na Portaria nº. 41, de

15/04/1998 [5].

Além de obedecer aos índices da Tabela 2.2.1, o produto deve estar sempre

livre de poeira, água condensada, odores objetáveis, gomas, elementos formadores de

goma, glicóis, hidrocarbonetos condensáveis, compostos aromáticos, metanol ou

outros elementos sólidos ou líquidos que possam interferir com a operação dos

sistemas de transporte, distribuição e à utilização pelos consumidores.

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5

Tabela 2.2.1 Especificação para o Gás Natural Comercializado no Brasil

(1) Limites especificados são valores referidos a 20° C a 101,33 kPa (1 atm),

exceto onde indicado; (2) para regiões Norte e Nordeste, admite-se o

valor de 3,5; (3) para regiões Norte Nordeste, admite-se o valor 6,0; (4)

para regiões Norte e Nordeste, admite-se o valor de –39.

Normas [5]:

ASTM D 1945 - Stander Test Method for Analysis of Natural Gas

Chromatography;

ASTM D 3588 - Calculating Heat Value, Compressibility Factor and relative

density (Specific Gravity) of gaseous fuels;

ASTM D 5454 – Standard Test Method Water Vapor Content of Gaseous

Fuels Using Electronic Moisture Analyzers;

ASTM D 5504 - Standard Test Method for determination of Sulfur

Compounds in Natural Gas and gaseous Fuels by Gas Chromatography and

GRUPOS Caracteristicas (1) Unidades Metodos de Ensaio

B (baixo) M (medio) A (alto) Poder Calorffico

Superior kcal/mJ 8.000 a 9.000 8.800 a 10.200 10.000 a 12.500 ASTM D 3588 (PCS)

Densid ade Re lativa ao Ar 0,54 a 0,60 0,55 a 0,69 0,66 a 0,82 ASTM D 3588

TeorMaximo de Ga s Su Iffdrico mg/mJ 20 20 20 ASTM D 5504 ou

(H2S) ISO 6326-3 TeorMaximo de

Enxofre ASTM D 5504 ou (H2S e enxofre

mg/mJ 80 80 80 ISO 6326-3

me rcalJtfdic 0) TeorMaximo de

Dioxido de ASTM D 1945 ou Ca rbon 0

%volume 2 2 2 ISO 6974

(C OiJ TeorMaximo de ASTM D 1945 ou

Ine rtes @ %volume 4 4 4

ISO 6974 TeorMaximo de

Oxigenio %volum e 0,5 0,5 0,5 ASTM D 1945 ou

(OiJ ISO 6974 Ponto de Orvalho Maximo da Agua a °C -45 -45 -45 ASTM D 5454

1 atm (()

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6

Chemiluminescence’s;

ISO 6326 – Natural Gas - Determination of Sulfur Compounds, Parts 1 to 5;

ISO 6974 - Natural Gas – Determination of Hydrogen, Inert Gases and

Hydrocarbons up to C8 – Gas Chromatography Method;

Para adquirir as características comerciais desejadas o gás natural bruto passa

por tratamento em uma Unidade de Processamento de gás Natural – UPGN, que

efetua a retirada de impurezas e a separação de hidrocarbonetos pesados.

Tabela 2.2.2 Produtos Comercializáveis [5]

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Como se pode ver na Tabela 2.2.2. Produtos Comercializáveis, que apresenta

os principais produtos derivados dos hidrocarbonetos e sua classificação geral, os

hidrocarbonetos mais pesados originam produtos de alto valor comercial.

Sendo assim, o gás natural comercializado é composto basicamente por

Metano e as quantidades de Etano e Propano presentes são apenas suficientes para

elevar o poder calorífico e alcançar o valor desejado, uma vez que o poder calorífico

do Etano é 1,8 vezes maior que o do Metano e o do Propano é mais de 2,6 vezes

superior ao do Metano que poderá ser visto na Tabela 2.2.3 Constante Físicas dos

Hidrocarbonetos [5].

É importante ressaltar que alguns dados destas tabelas serão usados nos outros

capítulos deste trabalho.

Tabela 2.2.3 Constantes Físicas dos Hidrocarbonetos [5]

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2.3 Solventes

Os voláteis inflamáveis que serão utilizados na proposta deste trabalho estão

presentes na oferta de solventes existentes no ar de saída das cabines da pintura e das

estufas. Para melhorar o entendimento sobre solventes define-se:

Uma definição bem simples para solventes é que são produtos que tem

capacidade de dissolver outros produtos sem modificar-lhes as propriedades

químicas.

Na classificação do ponto de vista químico, os solventes pertencem aos

grandes grupos: Terpenos, Hidrocarbonetos (alifáticos; naftênicos; aromáticos),

Oxigenados (álcoois; ésteres; cetonas; glicóis), Furanos, Nitro parafinas, Clorados e

cloroflorados.

Focalizaremos o grupo Hidrocarbonetos, que são produzidos pelos 3 pólos

petroquímicos nacionais, por refinarias estatais e privadas brasileiras, podendo ser

ainda importados.

Para melhor situar a questão, pode-se dizer que os principais produtos típicos

de uma refinaria são: gás de refinaria, GLP (gás liquefeito de petróleo ou gás de

cozinha), naftas, gasolina, querosenes, diesel, óleos combustíveis, óleos lubrificantes,

asfaltos, coque e enxofre.

Os solventes do grupo hidrocarbonetos resultam da destilação do petróleo,

sendo amplamente usados, especialmente pelo seu baixo custo e larga faixa de

aplicações. São produtos quimicamente não polares, utilizados como diluentes de

substâncias orgânicas de fraca polaridade.

Para produzir estes solventes necessita-se de uma operação com ajustes bem

“finos” nos equipamentos das refinarias e nas centrais petroquímicas; não só pela

estreita faixa de destilação destes produtos, mas também porque a cor e a

estabilidade são importantes requisitos da qualidade final. Vale ressaltar que somente

as naftas de destilação direta e naftas correntes adequadamente tratadas servem para

a produção destes solventes.

As naftas estão entre os primeiros derivados do petróleo sendo largamente

utilizadas como solvente. O solvente mais antigo que se conhece é a aguarrás ou

essência de terebintina.

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Os 20 solventes mais usados e representativos variam a faixa de destilação de

40° C a 235° C. As naftas componentes da gasolina, estão também dentro desta faixa

de destilação (há uma grande superposição nas especificações solventes-naftas e da

própria gasolina).

Os solventes do grupo em questão são obtidos decorrentes de naftas (e

também do gás natural)

É interessante ainda mencionar que os solventes do grupo de hidrocarbonetos

podem ser alifáticos, naftênicos ou aromáticos.

Alifáticos (parafínicos em geral):

Alifáticos são os solventes cujo maior percentual dos hidrocarbonetos

constituintes são parafínicos ou alifáticos saturados (cadeias abertas ou fechadas

saturadas). No petróleo encontram-se hidrocarbonetos parafínicos que variam do

Metano, com um átomo de carbono, até 42 átomos de carbono. Os dois tipos de

parafinas (n-parafinas e isoparafinas) possuem poder de solvência e volatilidade

relativamente baixos. Exemplos típicos de alifáticos são: querosene, aguarrás e

solvente para borracha [43].

Naftênicos:

Caracterizam-se pelo poder de solvência maior e menor volatilidade em

relação aos alifáticos. Constituem combustíveis ótimos, com elevado número de

octanas. Além disso, é possível transforma-los (por aromatização) em

hidrocarbonetos aromáticos; eles representam por isso, uma das principais fontes

destes compostos.

[ Parafínicos → Ciclização → Naftênicos ]

[ Naftênicos →Desidrogenação → Aromáticos ]

Aromáticos:

Baseiam-se na estrutura de anel insaturado de seis átomos de carbono e se

diferenciam em relação aos alifáticos pelo forte poder de solvência e odor. Possuem

mais de 85% de hidrocarbonetos aromáticos. Exemplos: benzeno, tolueno e xilenos,

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que estão presentes em pequenas proporções na nafta; outros, de maior peso

molecular, estão presentes do querosene ao diesel [43].

As características requeridas para os solventes, via de regra, voláteis; livres de

goma e matérias suspensas (não formam resíduos) ; incolores; neutros, sem acidez

não corrosivos; inodoros ou de odor agradável; possuir estabilidade química e ter

afinidade química com os produtos a serem dissolvidos. São inflamáveis,

relativamente tóxicos e devem ser manuseados cuidadosamente. As propriedades

importantes são: capacidade para produzir soluções concentradas, estáveis e fluidas;

e uma velocidade de evaporação que se adapte a uma função específica. Os solventes

devem possuir propriedades físicas constantes, não se alterando com o

armazenamento [43].

Mercado de Solventes: cerca de 70% do mercado consumidor de solventes

concentra-se no estado de São Paulo. Os principais segmentos consumidores de

solventes no país são: Tintas e Vernizes 40%; Limpeza 20%; Óleos 20%, Borracha

10%; Resinas 5%, Adesivos 4%; Laminação 1%. [ % aproximada do volume total do

mercado (1998) Fonte : Petrobrás ]

Os solventes derivados do petróleo são considerados como commodities. De

uma forma geral, não se distinguem significativas diferenças de qualidade nos

produtos ofertados no mercado, sendo o menor preço o fator decisivo na

comercialização.

As novas tecnologias para as tintas e vernizes, tais como adesivos Hot Melt e

Solventless, assim como a utilização de tintas a base de água e em pó, podem

significar uma tendência de substituição dos solventes de petróleo[43].

Como tendência mundial, as restrições ambientais visando a redução ou a

eliminação de VOC (volatile organic compounds) e a HAP (hazardous air

pollutants), também poderão limitar o uso de solventes clorados e aqueles derivados

do petróleo, favorecendo o uso de solventes oxigenados, como ésteres, álcoois –

metanol, etanol e isopropanol, cetonas e glicois. Como exemplo de mudanças em

utilizações de hidrocarbonetos tem-se a gasolina reformulada – oxigenada, entre

outros requerimentos - nos EUA, Finlândia, Suécia ,Europa, Coréia do Sul e

Colômbia, a partir de 2000 e América latina e Caribe, propostas existentes a partir de

2001.

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Toxidez: o único solvente sem perigo é a água. Alguns como acetona e etanol

são poucos nocivos. No entanto, outros são muitos perigosos, como benzeno,

sulfureto de carbono, e o sulfato de dimetila [43].

Em função do perigo potencial foram fixados limites de Tolerância (TL), que

vem a ser concentração ambiental presente numa jornada de trabalho de 48 horas

semanais, que não provoque as pessoas expostas, no decorrer de toda sua vida

laboral, sinal de doença ou alteração do estado normal de saúde. No Brasil a

regulamentação foi estabelecida pela NR nº.15, anexos 11 e 12 (Normas

Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, Portaria nº. 3214, de

08/06/78, do Ministério do Trabalho). O perigo provocado por uma atmosfera rica

em solvente está ligado à concentração deste no ar, em função da volatilidade do

solvente. As companhias fornecedores de solventes devem disponibilizar

informações toxicológicas de cada produto, nas quais devem constar os perigos

específicos, como o limite de tolerância a as precauções necessárias. Os limites de

tolerância para alguns solventes (LT) em ppm (partes por milhão) são: Solvente p/

Borracha = 300ppm; Aguarrás = 100ppm; Tolueno e Xileno = 78ppm;

Benzeno=10ppm [43].

Quanto ao tratamento indicado em todos os solventes, usados no processo

atual de pintura em indústria automotiva, após a secagem das tintas é necessário

fazer a disposição final.

Para fazer a disposição final e a neutralização deve-se queimar em incinerador

químico, conforme mencionado nas fichas de informação de produto químico

(FISPQ). Maiores detalhes de cada componente, os quais serão mencionados com

detalhes no capítulo 4, poderão ser vistos em documentos técnicos oficiais, com

acesso público via internet conforme referências: [18], [21], [22], [23], [24], [25],

[26], [27], [28], [29], [30], [31], [32], [33], [34], [35] e [36]. Estes documentos são da

PROSINT, CETESB, BRASKEM e MTAS.

Para os solventes específicos que compõe o VOC na saída das cabines de

pinturas e estufas da planta de SCS, os detalhes químicos como as propriedades

físicas e as concentrações serão mostradas no capítulo 4 item 4.3.

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A seguir será descrito como é feito o tratamento de ar mais gases com as

tecnologias disponíveis.

Com relação a este tema podemos referenciar duas empresas que se destacam,

a Eisenmann Mashinebau KG de origem alemã e Haden Drysys Environmental

Limited de origem americana. Ambas tratam a tecnologia de forma similar usando os

processos mostrados a seguir.

2.4 Tratamento de gases emitidos oriundos de processo industrial

Como poderia sei feito a fazer dissociação molecular de misturas de ar mais

solventes (em estado gasoso)? ... É muito difícil....Usando recursos de pesquisas em

banco de dados de patentes nacionais, americanas e outras, e também, usando alguns

recursos da ferramenta conhecida com TRIZ do autor Altshuller, conseguiu-se como

mostra a figura 2.4.1, acesso a dados sobre técnicas e recursos conhecidos em

engenharia aplicável em escala industrial e ou laboratorial, de como se proceder para

fazer separações e dissociações em misturas. A partir daí pesquisou-se junto a

fabricantes de equipamentos renomados nestas tecnologias. Abaixo poderá ser

encontrada uma breve descrição de cada processo e também entender como vem

sendo tratado este tema.

Através da ferramenta da TRIZ denominada análise pelas pequenas pessoas

perspicazes verifica-se que é necessário que elas se misturem ao fluxo gasoso e

separem as moléculas de VOC das moléculas de ar. Como? Necessita-se encontrar

um meio de realizar esta separação. Pode-se encontrar um efeito apropriado usando a

tabela de efeitos físicos, cujo extrato de interesse é apresentado na Tabela 2.4.1 [42].

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Tabela 2.4.1 Extrato da tabela de Efeitos Físicos.

Required effect (function)

or property Physical phenomenon that provides the required effect/property

4. Temperature stabilization

• Phase transitions, including transition over the Curie point

6. Moving an object • Magnetic field applied to influence an object or magnet attached to the object • Magnetic field applied to influence a conductor with current passing through it • Electric field applied to influence an electrically charged object • Pressure transfer in a liquid or gas • Mechanical oscillations • Centrifugal force • Thermal expansion • Pressure of light

7. Moving a liquid or gas • Capillary force • Osmosis • Thoms effect • Waves • Bernoulli effect • Weissenberg effect

10. Separating mixtures • Electric and magnetic separation • Electric or magnetic field applied to change the pseudo-viscosity of a liquid • Centrifugal force • Sorption • Diffusion • Osmosis • Electro-osmosis • Electro-phoresis

14. Crushing (destroying) an object

• Electrical discharge • Electro-hydraulic effect • Resonance • Ultrasonic • Cavitation • Use of lasers

Fonte:<http://www.ideationtriz.com/TRIZ_tutorial_6.asp>. Acesso em 04 ago. 2005.

O item 10, separação de misturas, indica vários métodos para realizar o que se

busca, entre eles a adsorção.

Para se fazer dissociação ou separação de misturas. em geral utiliza-se de

técnicas como: separação eletromagnética, aplicação de campos elétricos ou

magnéticos para mudar a pseudo-viscosidade de um líquido, força centrífuga,

adsorção, difusão, osmose, eletro-osmose, eletroforese, turbilhamento com ciclones,

etc. Mas todos estes processos normalmente são aplicados para separar partículas

sólidas em ambiente gasoso, ou líquidos de líquidos e sólidos de líquidos. Para

separar moléculas de um gás específico já em mistura com outros gases é muito

oneroso em escala industrial.

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Devido à dificuldade, optou-se por promover a continuidade das reações desta

mistura adicionando mais alguns componentes voláteis inflamáveis contidos no GN

fazendo com que esta mistura ficasse estequiometricamente adequada para obtermos

a oxidação completa em reação térmica.

Figura 2.4.1 Demonstrativo de oxidações de ar [37]

Acima observa-se algumas técnicas industriais sendo utilizadas para

tratamento de misturas gasosas (ar mais voláteis inflamáveis) obtidas nas saídas de

processos industriais. Normalmente usam-se os processos: oxidação térmica (thermal

oxidation), oxidação catalítica (catalytic oxidation) e oxidação eletricamente excitada

(electricaly excited oxidation) Ver Figura 2.4.1.

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2.4.1 Oxidação Recuperativa: (Recuperative Thermal Oxidation; TO)

Os sistemas de oxidação converte poluentes orgânicos em gás dióxido de

carbono e água [37].

A oxidação recuperativa provou centenas de vezes que é robusta e confiável,

além de ser uma resposta universal adequada para manusear todos os tipos de

poluentes. Ela é a melhor solução para áreas de pintura, tingimento, produção

química e impressão.

O excesso de energia da oxidação deve ser usado na obtenção de operações

com economia e ambientalmente corretas. O fator importante é a necessidade

contínua para este excesso de calor na maioria das plantas de manufatura.

Figura 2.4.1.1 Demonstrativo de oxidações de ar tipo TO [38]

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Função:

O ar de exaustão que deve ser purificado é pré-aquecido, internamente,

através de um trocador de calor ar-ar antes de ser oxidado em câmaras de combustão

a aproximadamente 760°C com a ajuda de combustível auxiliar. O combustível

necessário para a oxidação depende principalmente da concentração de solvente no

fluxo de ar de exaustão. Começando com aproximadamente 8.000 – 10.000 ppm, o

sistema de oxidação recuperativa quase não necessita de energia adicional durante

operações contínuas com o ar de exaustão pré-aquecido a aproximadamente 540°C

[37].

Pode-se entender melhor o processo visualizando as figuras 2.4.1.1 acima e a

figura 2.4.1.2 abaixo.

Figura 2.4.1.2 Diagrama esquemático de oxidador térmico TO [37]

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2.4.2 Oxidação Catalítica: (Catalytic oxidation, CO) [38]

A construção e os passos do processo são semelhantes aos utilizados na

oxidação regenerativa. Desde que são usados catalisadores, a reação pode acontecer a

baixas temperaturas a fim de economizar energia [38].

O ar, que necessita ser purificado, é pré-aquecido em um trocador de calor e

então aquecido até 600-650 °F na câmara de oxidação. Os componentes orgânicos do

ar de exaustão são, então, oxidados nas camas de catalisadores. A unidade pode

operar sem combustível de partida a 3000-4000 ppm [38].

Figura 2.4.2.1Diagrama esquemático e instalação de oxidador catalítico CO [38]

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Aplicações do CO [38]

A faixa de aplicação é limitada desde que o componente mais caro do

sistema, o catalisador, pode reagir negativamente com certos componentes do ar de

exaustão (catalisador tóxico como halogênios, silicones, metais pesados). Isto trás a

necessidade de limpeza ou troca dos catalisadores [38].

2.4.3 Oxidação estimulada eletricamente [38]

Oxidação estimulada eletricamente é uma outra possibilidade para reduzir a

temperatura. Para iniciar a combustão (ignição e estabilização da chama) o ar de

exaustão é conduzido através de um campo de radiação (veja figura 2.4.1). O efeito

deste sistema não é a redução da temperatura como a obtida por oxidação catalítica,

mas também diminui a temperatura.

2.4.4 Oxidação Térmica Regenerativa “RTO”

Sistema RTO em planta de pintura é uma solução criativa e é um modelo

para reduzir o fluxo de ar. É utilizado um controle para limitá-lo a possibilidade de

explosão, com limiar de concentração baixo. Desde que a carga de solvente exceda o

limite de explosão, a energia excedente é recuperada com o uso de um trocador de

calor a óleo. O trocador de calor é utilizado como fonte de calor primária para o

sistema de secagem. Finalmente, a energia restante do RTO é empregada para a

produção de água quente.

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Figura 2.4.3.1 Foto de instalações de oxidações de ar tipo RTO [38]

Distribuidor de exaustão rotativo que substitui mecanismo de

amortecimento. Ver figura 2.4.3.2 abaixo [38].

O distribuidor de exaustão rotativo é utilizado como um sistema contínuo de

distribuição de ar para permutar o ar de exaustão entre os segmentos individuais da

cama do trocador de calor cerâmico. Isto elimina a necessidade de mecanismos de

chaveamento amortecidos assim como dos complexos controles necessários para

regulá-los. Além do que, o fluxo de ar através do sistema permanece constante,

eliminando a flutuação da pressão associada ao amortecimento.

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Figura 2.4.3.2 Ilustração esquemática de RTO [38]

Vantagens do sistema RTO [38]

• Sistema compacto;

• Operação contínua;

• Durável e flexível;

• Menor custo de energia.

Em contraste com os sistemas anteriores, o sistema RTO também pode

purificar fluxos de ar de baixo volume com baixo nível de solvente. Seu baixo

consumo de combustível reduz a emissão de CO2.

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2.4.5 Adsorção: (adsorption)

Possibilita remover substancias indesejáveis do ar. É indicado para absorver

gases e vapores. Uma das melhores substâncias absorvedoras conhecidas é o carbono

ativado, que também tem muita afinidade para absorver vapores de voláteis

orgânicos. Uma das limitações é que a mistura de ar mais os voláteis, não podem

ultrapassar a umidade relativa em 60%, a temperatura da mistura não deve ser muito

maior que 30°C e a concentração antes de ser absorvida não deve ser acima de 0,5 m

g/m³. (condição que atende o ar que sai das cabines de pintura).

A condição ideal é usar uma roda de adsorção giratória com limpeza através

de ar quente, o qual depois seria processado na caldeira junto com o ar de saída das

estufas e do ar de saída das áreas de “flash off”.

Abaixo, na Figura 2.4.4.1, pode-se ver a porcentagem de adsorção de

diferentes solventes.

Figura 2.4.4.1 Porcentagem de adsorção para alguns solventes [37]

Page 39: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

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Adsorção é o processo pelo qual átomos, moléculas ou íons são retidos na

superfície de sólidos através de interações de natureza química ou física. Ele exprime

a possibilidade de remover substâncias indesejadas do ar.

Neste caso são usadas as características de certas substâncias sólidas de

adsorver gases e vapores de modo a acumulá-los em suas superfícies.

A substância mais conhecida com estas propriedades é o carbono ativado.

Esta substância tem uma superfície particularmente grande com relação ao seu peso

(aproximadamente 1200 m2/g) e tem a qualidade de reter substâncias orgânicas.

O princípio básico é que, o ar que deve ser purificado flui sobre uma cama

do adsorvente. Durante este processo as substâncias orgânicas são adsorvidas, isto é,

elas se acumulam na superfície adsorvente. A zona real de purificação move-se no

sentido do fluxo de ar diretamente sobre a cama. Quando a zona de purificação

alcança a saída de ar da cama, a concentração do ar aumenta acima do nível

admissível: a cama de adsorvente deve ser regenerada, extraindo-se as substâncias

acumuladas. Cada instalação de adsorção necessita, conseqüentemente, incluir uma

facilidade para regeneração como segunda etapa no processo.

Atualmente dois tipos de instalação são utilizados para a purificação de

fluxos de ar quase contínuos: uma com camas de adsorção fixa e outra com sistema

de adsorção rotatório [37].

Para o ar com uma concentração de solvente maior que 6 g/m3 os

adsorventes usados são sistemas fixos. Eles contêm camas de aproximadamente 1

metro de altura compostas de carbono ativado com um tamanho de grão de 2 a 4

milímetros. As grandes quantidades de carbono ativado têm a capacidade de adsorver

o solvente do ar com segurança. Se for necessária purificação contínua, usam-se

várias camas fixas de adsorvedores que funcionam alternadamente como

adsorvedores e desorvedores. Devido a quantidade grande de solventes que são

fixados e liberados, o processo dura em geral aproximadamente de 2 a 4 horas. No

processo de dessorção em cama fixa com carbono ativado, podem ser usados dois

processos diferentes: dessorção por vapor e dessorção por gás inerte.

Na dessorção por vapor o carbono ativado é encharcado com vapor quente

com temperatura de 130°C. Isto expele os solventes que são primeiro liquefeitos em

um condensador adjacente. O condensado separado que consiste da água e do

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23

solvente, é então dividido em seus componentes individuais em um separador de

fase. Este processo trabalha sem nenhum problema para hidrocarboneto clorado.

Com alguns solventes a separação em água e solvente não é satisfatória ou é

impossível, de modo que eles existem como rejeito que tem um custo alto de

descarte. Este problema pode ser evitado se a dessorção for feita com gás inerte.

Durante este processo os solventes adsorvidos são separados do carbono ativado com

gás inerte a temperatura de 150 a 200ºC. O gás inerte pode ser nitrogênio ou gás de

combustão com índice de oxigênio baixo. Como com dessorção por vapor o gás

inerte é sujeitado a um processo de condensação por meio do qual o solvente é

recuperado.

Rodas de Adsorção:

Deixe-nos agora olhar a roda de adsorção que foi desenvolvida porque leis

de proteção ambientais mais rígidas requerem mais e mais frequentemente a

purificação mesmo do ar levemente poluído. Tem-se que recordar que a habilidade

do carbono ativado de adsorver é reduzida quando os solventes se tornam menos

concentrados. A ilustração da Figura 2.4.4.1 mostra curvas normalizadas de adsorção

que esclarecem este ponto. Consequentemente é necessário construir instalações com

camas fixas para os dois casos, alta e baixa concentração de poluentes [37].

Figura 2.4.4.2 Ilustração esquemática de roda adsorção [37]

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24

O tamanho da instalação é determinado principalmente pelo volume do

fluxo de ar ao invés da concentração de poluente. As rodas de adsorção oferecem

nestes casos uma opção melhor: o processo é mais barato e requer menos espaço.

Usando-se a roda de adsorção, veja a ilustração da Figura 2.4.4.2, o ar de

exaustão é conduzido sobre uma cama adsorvente elevada de 15 a 50 cm.

Inevitavelmente ela é rapidamente esgotada e deve ser regenerada muito mais

freqüentemente do que adsorventes em camas fixas. Como os solventes, entretanto,

cobriram somente uma distância curta no adsorvente, a dessorção pode ocorrer em

tempo menor. Geralmente a fase de adsorção destas rodas dura de 20 a 60 minutos e

o tempo do dessorção é aproximadamente 2 a 6 minutos.

Fundamentalmente é possível usar o mesmo processo de dessorção como

com os adsorvedores de camas fixas desde que o processo e materiais envolvidos

permitam isto.

Na maioria dos casos, é usado ar quente com uma temperatura em torno de

100 a 120 °C. A concentração do fluxo depois de terminada a dessorção é

multiplicada por 10, mas o volume é somente uma décima parte do fluxo original do

ar de exaustão.

Este fluxo ar de alta concentração e volume baixo é exposto à oxidação

com recuperação do calor ou condensação com recuperação solvente.

Figura 2.4.4.3 Foto de instalações de rodas de adsorção [38] Pode-se ver a como ficam as instalações conforme foto da figura 2.4.4.3.

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25

Abaixo se pode ver esquematicamente, as instalações de roda de adsorção

com sistema de recuperação de solvente, Figura 2.4.4.3, e com sistema de oxidação

recuperativa ver a figura 2.4.4.4.

Figura 2.4.4.4 Diagrama esquemático de roda de adsorção com sistema de recuperação de solvente [38]

Figura 2.4.4.5 Diagrama esquemático de roda de adsorção com oxidação recuperativa [38]

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26

2.4.6 Condensação

Se os poluentes possuem ponto de ebulição maior do que os componentes

principais do ar, o nível de poluentes pode ser reduzido através da redução de

temperatura seguida pela condensação dos poluentes. Enquanto as substâncias estão

presentes em alguma quantidade no fluxo de ar de exaustão como gases acima do

ponto de ebulição, suas proporções diminuem quando a temperatura cai abaixo de

seus pontos de ebulição.

Uma pequena redução abaixo do ponto de ebulição é suficiente. O melhor

exemplo disto é a água que tem ponto de ebulição de 100 °C, mas pode ser

encontrada no ar a 20oC [37].

Figura 2.4.5.1 Gráfico de estado de saturação, diferentes solventes [37]

Como mostra o diagrama da Figura 2.4.5.1, são necessárias temperaturas

muito baixas para uma condensação significativa de um grande número de solventes

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27

orgânicos. Abaixar tanto a temperatura exige uma grande quantidade de energia.

Portanto, a condensação não tem sido usada como meio final de purificação, mas

como um estágio do processo [37].

Entretanto, a condensação é utilizada em circuitos fechados com o objetivo

de se obter a redução parcial dos poluentes. A figura 2.4.5.2 mostra uma aplicação de

condensação para um caso especial. A fim de manter o ar a ser resfriado e o consumo

de energia baixo, o secador que retira o solvente opera em uma atmosfera inerte. Isto

elimina qualquer perigo de explosão e a concentração de solvente pode ser elevada

acima do limite de explosão que é efetivo na presença de 21% de oxigênio. O gás

inerte de recirculação com alta concentração de solvente é resfriado. O condensado é

separado e removido. O gás inerte, com uma concentração de solvente

significativamente reduzida, é reaquecido e retorna para o secador [37].

Figura 2.4.5.2 Ilustração esquemática processo de condensação [37]

O secador deve ser provido com selos eficientes para impedir a

contaminação da atmosfera inerte por oxigênio. Como os solventes não devem

escapar do forno, os selos devem ter uma pressão negativa com relação ao ambiente

e o secador, por causa do ar com O2 e do gás inerte do secador que alcançam o selo

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28

quando as substâncias que contêm solventes entram e saem do secador. Esta mistura

de gases deve ser removida e limpada separadamente. A quantidade de ar de

exaustão dos selos depende do tamanho da operação entre secador e selo e ambiente

e selo, respectivamente [37].

2.5 Planta de potência, Ciclo Rankine [3]

O esquema da figura 2.5.1, abaixo, mostra o que é proposto nos capítulos 3 e

4 deste trabalho, onde todas as considerações e adaptações serão abordadas nestes

capítulos.

Basicamente será usada a modelação matemática mostrada abaixo, com

poucas variações e os cálculos serão realizados utilizando o software EES

referenciado como [7]

Figura 2.5.1 Componentes de Planta Simples de Potência a Vapor [3]

A teoria que dá suporte a este formulário, que é utilizado para modelar

matematicamente os componentes de uma planta de potência a vapor, estão

explicadas no capítulo 8 do livro referenciado como [3].

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29

Figura 2.5.2 Transferência de trabalho e calor do sistema A [3]

2.5.1 Avaliação da transferência de calor e do trabalho [3] pg348

Balanço de massa e energia na Turbina [3]

( )

−+

∀−∀+−+−= 21

22

21

21tcv zzg2

hhWQ0 &&

Cancelando os termos devidos a Hipóteses temos:

21t hh

mW

−=&

&

(2.1)

Balanço de massa e energia no Condensador [3]

32out hh

mQ

−=&

&

(2.2)

Balanço de massa e energia na Bomba [3]

41in hh

mQ

−=&

&

(2.3)

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30

Balanço de massa e energia na Caldeira [3]

41in hh

mQ

−=&

&

(2.4)

Parâmetros de performance [3]

Eficiência Térmica do ciclo Rankine [3]

( ) ( )41

3421

in

pt

hhhhhh

m/Qm/Wm/W

−−−−

=−

=η&&

&&&&

(2.5a)

Eficiência térmica expressa como:

( )( )41

32

in

out

in

outin

hhhh1

m/Qm/Q1

m/Qm/Qm/Q

−−

−=−=−

=η&&&&

&&&&&&

(2.5b)

BWR para a Potência do Ciclo Rankine [3]

( )( )21

34

t

p

hhhh

m/Wm/W

bwr−−

−=&&

&&

(2.6)

2.5.2 Ciclo Rankine Ideal [3]

Figura 2.5.2.1 Gráfico Temperatura X entropia, Ciclo Rankine Ideal [3]

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31

Poderá ser visto, nas Figuras 2.5.2 e 2.5.2.1, o fluído trabalhando sofrendo

uma série de processos internamente reversíveis como a seguir:

• Processo 1 – 2: Expansão isentrópica do fluído trabalhando através da

turbina, de estado vapor saturado em 1 até a entrada do condensador.

• Processo 2 -3: Transferência de calor do fluído a pressão constante através

do condensador chegando a estado de líquido saturado em 3.

• Processo 3 – 4: Compressão isentrópica na bomba até estado 4 com o

fluído no estado líquido

• Processo 4 – 1: Transferência de Calor para o fluído a pressão constante

através da caldeira para completar o ciclo.

Na verdade os processos não são totalmente reversíveis por vários motivos de

perdas de calor para o ambiente escorregamento do fluído, viscosidade do fluído, etc.

Para calcular com maior precisão devem-se utilizar informações do capitulo 6

do [3].

Para o entendimento neste trabalho será utilizado os cálculos para ciclo

Rankine ideal, onde é necessário fixar as hipóteses abaixo.

Hipóteses:

• Os componentes do ciclo serão analisados conforme fixado na

fronteira dos volumes de controle. Os volumes de controles são

mostrados com linhas tracejadas e acompanha o croqui para os

cálculos.

• Todo processo de trabalho do fluído é considerado internamente

reversível.

• A turbina e a bomba operam adiabaticamente.

• Os efeitos das Energias Cinéticas e Potenciais por serem pequenas,

serão desconsiderados.

• Será considerado que o estado do fluído na entrada da turbina é vapor

saturado. Na saída do condensador será considerado o estado do fluído

como líquido saturado.

Estas hipóteses valerão para os capítulos 3 e 4 deste trabalho, e valerão, além

destas, mais outras hipóteses enumeradas antes de cada cálculo, valores adotados de

rendimentos e outras considerações para análise de cada caso específico.

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32

2.6 Gráfico temporal das reservas de petróleo e gás natural RESENTAÇÃO

O Balanço Energético Nacional - BEN 2004 (Ano-Base 2003) completa vinte

e nove anos de existência, divulgando informações relativas ao binômio Oferta-

Consumo de fontes de energia, nas suas formas primárias e secundárias, obtidas

junto aos diversos agentes produtores e consumidores de energia.

A base de dados que dá suporte às edições do BEN, contempla, desde 1970 os

fluxos físicos anuais de quarenta e nove formas e grupos de energia, nas atividades

(47 ao todo) de produção, estoques, comércio externo, transformação, distribuição e

consumo nos setores econômicos.

A contabilização das diferentes formas de energia, com as suas diferentes

unidades comerciais, se dão com a utilização de fatores de conversão, que levam em

consideração a capacidade de liberação de calor, em calorias, de cada energético,

quando da sua combustão completa (conceito de poder calorífico). Para a

eletricidade, pelo primeiro princípio da Termodinâmica, 1kWh=860 kcal, entretanto,

é comum a utilização de critérios de equivalência térmica, os quais valorizam a

geração hidráulica como se fosse oriunda de termelétricas, incorporando as perdas

térmicas. Este critério tem sido utilizado para permitir maior harmonização nas

comparações da Oferta de Energia entre países com distintas estruturas de geração

hidráulica e térmica.

Assim, para termelétricas com eficiência média de 27,5%,1 kWh = 860/0,275

= 3132 kcal (critério utilizado no Balanço Energético Brasileiro –BEN,até 2001), e

para eficiência média de 38%, 1kWh=2263 kcal (critério utilizado pela BP Statistical

Review). A Agência Internacional de Energia IEA, o Conselho Mundial de Energia

WEC e o Departamento de Energia dos Estados Unidos DOE utilizam o fator teórico

de 1kWh=860 kcal.

Quando se quer a contabilização de energia em tep (tonelada equivalente de

petróleo), calculam-se os fatores de conversão pela relação entre o poder calorífico

de cada fonte e o poder calorífico do petróleo adotado como referência. Os

quantitativos em unidades comerciais são convertidos a tep quando multiplicados por

estes fatores.

Esta edição do Balanço Energético Nacional passa a considerar: 1kWh = 860

kcal; os poderes caloríficos inferiores das fontes de energia PCI e, um petróleo de

Page 50: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

33

referência com PCI de 10000 kcal/kg. Estes critérios são aderentes com os critérios

da IEA, do WEC, do DOE e de outras organizações, retratam a realidade das perdas

de energia nos processos de transformação, não causam distorções na análise da

evolução da OIE e permitem comparações diretas com dados de energia de outros

países.

O BEN 2004 está estruturado em nove capítulos de maneira a possibilitar

distintas formas de consulta e de compreensão do seu conteúdo. Adicionalmente aos

fluxos físicos, são incorporadas informações de instalações energéticas, de recursos e

reservas, de preços dos principais energéticos, de dados econômicos, de dados

estaduais e de dados mundiais, com o objetivo de possibilitar diferentes análises das

mudanças estruturais ocorridas na demanda e oferta de energia.[19]. 1 12anço Energético Nacional 2003 12 Balanço Energético Nacional 2003

ENERGIA ELÉTRICA

A geração pública e de autoprodutores do Brasil atingiu 364,9 TWh em 2003,

resultado 5,6% superior ao de 2002. figuram neste resultado, a geração hidráulica

pública de 294,3 TWh (+7,3 %), a geração térmica pública de 35 TWh (-6,1%)e a

geração de autoprodutores de 35,7 TWh (+4,7%) [19].

As importações de 37,1 TWh, somadas à geração interna, permitiram uma

oferta total de energia de 402,1 TWh, montante 5,2% superior ao de 2002.

A geração nuclear, que em 2001 havia tido um grande incremento em

decorrência da plena geração de Angra II, passando de 6,1 TWh para 14,3 TWh, em

2002 teve ligeiro declínio, passando a 13,8 TWh (-3,1%) e em 2003 seguiu

decrescendo, com geração de 13,4 TWh (-3,5%) [19].

Já o gás natural continuou a trajetória de crescimento na geração de

eletricidade. Na geração pública manteve o patamar de 9,1 TWh e na geração de

autoprodutores passou de 3,3 TWh para 4,04 TWh. O gás natural já participa em

3,6% da geração total do País [19].

O incremento de 4,7% na geração total de autoprodutores se concentrou,

principalmente, nos setores de papel e celulose e sucroalcooleiro.

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34

A estrutura da oferta de energia elétrica de 2003 pode ser observada no

gráfico a seguir. Comparativamente à estrutura mundial nota-se que a

hidroeletricidade no Brasil tem peso bem mais significativo [19].

Tabela 2.9.1 Dados de Energia elétrica [19]

Figura 2.9.1 Gráficos de ofertas de eletricidade no Brasil e no mundo [19]

O consumo final de eletricidade atingiu 341,9 TWh em 2003,montante

5,4%superior ao de 2002, performance ainda maior do que a de 2002,de 3,8%. Neste

contexto, o consumo residencial, de 76,1 TWh (+4,7%), reverteu as performances

negativas de 2001 e 2002, o consumo comercial,de 48,4 TWh (+6,5%), suplantou o

crescimento do ano anterior, de 2,4%, e o consumo industrial, de 160,4 TWh,

Page 52: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

35

também apresentou boa performance, crescendo 5,1%. As taxas representativas de

crescimento do consumo de eletricidade decorrem de dois fatos, o primeiro devido à

comparação com o ano de 2002 ainda afetados pelo racionamento, e o segundo,

devido a sinais de recuperação da economia, alavancada por bons níveis de

exportações [19].

Em 2003, com acréscimo de 4 GW, a capacidade instalada de geração do

Brasil atingiu o montante de 86,5 GW, incluindo serviço público e autoprodutores.

As principais usinas que entraram em operação foram: UHE Tucuruí, PA unidades

13, 14 e 15 (1125 MW), UHE Itapebi, BA unidades 1, 2 e 3 (450 MW), UTE

Fortaleza, CE unidade 1 (324 MW), UTE Camaçari, BA unidades 1, 2 e 3 (210

MW), UTE Termonorte II, RO unidade 3 (194 MW), UTE Termobahia, BA unidade

1 (179 MW) e UTE Canoas, RS unidade 1 (160 MW).

Em 2003, o setor elétrico contribuiu com 14,6%da Matriz Energética

Brasileira, acrescentando 0,6 ponto percentual à participação de 2002 [19].

PETRÓLEO E DERIVADOS

A produção de petróleo e LGN (líquido de gás natural), em 2003, foi de 1545

mil bbl/d (barris por dia), montante 3,2%superior ao de 2002. A produção de

derivados de petróleo, de 1773 mil bbl/d (inclui gás de refinaria e coque de FCC),

cresceu apenas 0,3%em 2003. Já o consumo de derivados manteve a trajetória de

queda (-4,2%). Com estes resultados, a dependência externa destes produtos foi

significativamente atenuada, de 10,8% em 2002 para 4,3% em 2003 (base de dados

em tep). As importações líquidas de petróleo somaram 110 mil bbl/d em 2003, contra

147 em 2002 - redução de 25,5% e os derivados reverteram a tendência de

dependência externa dos últimos anos, apresentando superávit de 24 mil bbl/d.

O balanço produção e consumo dos derivados de petróleo mostra, ainda,

déficits de diesel (8% da demanda), de GLP (17% da demanda) e de nafta (25% da

demanda) e superávits de óleo combustível (50% da produção) e de gasolina (13% da

produção).

O maior uso do diesel se dá no transporte rodoviário (75%), seguido do uso

agropecuário (15%) e do uso na geração elétrica (5%). Após 20 anos, o consumo de

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36

diesel no transporte rodoviário volta a apresentar performance negativa (-3,3%).

Desde 1970, taxas negativas só ocorreram em 1981 e 1983.

A gasolina automotiva continuou, em 2003, com taxa negativa de

crescimento, (-0,6%), repetindo as performances negativas dos últimos anos.

O óleo combustível continuou sendo substituído pelo gás natural. Em 2003 o

consumo industrial, de 5244 mil m ³,manteve taxa declinante (-14,4%), fato que se

repete desde 1997, quando o consumo foi de 9423 mil m ³ [19].

O consumo residencial de GLP vem decrescendo desde o ano de 2000, tendo

em 2003 apresentados a maior taxa de redução (-6,6%). Aumentos dos preços acima

das taxas de inflação e a perda do poder aquisitivo das famílias explicam estas

performances negativas [19].

A estrutura da demanda de derivados em 2003 é mostrada no gráfico a seguir:

Figura 2.9.2 Gráfico da estrutura do consumo de derivados de petróleo [19]

As reservas provadas de petróleo de 10591 milhões de barris, equivalentes a

cerca de 19 anos da atual produção, asseguram uma situação confortável para o País.

Para os países da OECD as reservas equivalem a cerca de 10 anos da

produção, enquanto que a média mundial é de 40 anos.

Page 54: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

37

Em 2003, o setor Petróleo contribuiu com 40,2% da Matriz Energética

Brasileira, perdendo 2,8 pontos percentuais em relação a 2002 [19].

GÁS NATURAL

A produção de gás natural foi de 43,3 milhões m ³/d em 2003, montante 1,7%

superior ao de 2002. As importações da Bolívia somaram 13,8 milhões m³/dia,

apresentando decréscimo de 5,8% em relação a 2002.

Em 2003, o principal uso do gás natural se deu no seguimento industrial, com

18,3 milhões m ³/d e crescimento de 5,4%. Em seguida vem o uso nas atividades

industriais da Petrobrás, com 8 milhões m ³/d e crescimento de 7,9%. Merece

destaque o crescimento de 35,5% do consumo de gás natural no transporte veicular e

o crescimento de 15,8% do consumo na geração elétrica de autoprodutores. A

estrutura dos usos do gás natural em 2003 é mostrada no gráfico a seguir [19].

“As reservas provadas de gás natural, de 245,3 bilhões de m ³, equivalem

a 15,5 anos da atual produção”. Para os países da OECD as reservas equivalem a

cerca 14 anos da produção, enquanto que a média mundial é de 60 anos. O setor de

gás natural contribuiu com 7,7% da Matriz Energética Brasileira de 2003,

aumentando 0,3 pontos percentuais em relação a 2002.

Figura 2.9.3 Gráfico dos usos do gás natural 2003 [19]

Page 55: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

38

Tabela 2.9.2 Dados do gás natural 2002 e 2003 [19]

Figura 2.9.4 Linhas principais de gasodutos no Brasil [20]

Page 56: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

39

2.7 Benefícios e Restrições ditados por Normas e Legislações Brasileiras que

abordam este tipo de projeto

Uma das restrições é que a proposta deste trabalho deverá atender com

eficácia a resolução/CONAMA/Nº 003 d e 28 de junho de 1990 onde os detalhes

poderão ser vistos no [14].

Pode-se obter benefício junto ao governo brasileiro ou a governo de outros

países já interessados em praticar os mecanismos do Protocolo de Kyoto.

A Organização das Nações Unidas, desde meados de 1990, vem reunindo os

países que a integram, até chegarem a adoção do Protocolo de Kyoto, em 1997, o

qual estabelece que os países desenvolvidos, individual ou conjuntamente, devem

reduzir, no período de 2008 a 2012, em média, 5,25 % das emissões de gases de

efeito estufa em relação à ano base de 1990.

Há também o objetivo de se alcançar até o ano de 2050, a meta de redução,

que é de 80% das emissões, em relação à ano base de 1990 – utilizado para efeito de

comparação, buscando com isso, atingir o alvo primordial de preservar o meio

ambiente, oferecendo uma melhoria na qualidade de vida para todos os povos,

através dos mecanismos previstos no Protocolo de Kyoto.

O protocolo de Kyoto, por sua vez, institui os Mecanismos de

Desenvolvimento Limpo (MDL), possibilitando que países desenvolvidos financiem

projetos destinados a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em nações em

desenvolvimento, recebendo em troca títulos representativos dos créditos de carbono

conquistados, denominados Certificados de Emissão Reduzida (CER’s), os quais

poderão futuramente ser negociados.

Portanto, não se pode deixar de salientar a importância do assunto ora em

comento, notadamente pelo iminente mercado de créditos de carbono que se

aproxima com a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, o que acontecerá noventa

dias após sua ratificação pelos países desenvolvidos que contabilizam pelo menos

55% das emissões totais de gases de efeito estufa.

Vale ressaltar, que apenas a Rússia e Estados Unidos ainda não aderiram ao

Protocolo de Kyoto; todavia, a verdade é que referidos países contabilizam

respectivamente 17,4% e 36,1% das emissões de gases de efeito estufa, ou seja,

enquanto algum desses países não aderir ao Protocolo, este não entrará em vigor.

Page 57: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

40

A Nona Conferência das partes (COP-9), realizada em Milão, Itália, teve 3 a

participação de cento e oitenta e oito países, e como resultado final, um pedido de

ação urgente e coordenada em relação às mudanças climáticas, bem como avanços

nos chamados mecanismos flexíveis do Protocolo de Kyoto, no caso o MDL, na

busca do desenvolvimento sustentável [39].

Foram criados dois fundos para financiar desenvolvimentos e trocas

tecnológicas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, tendo em vista que o

MDL é uma das formas de países do Anexo I ( Anexo I é onde está escrito os

chamados países desenvolvido) abaterem parte de suas próprias metas de emissão,

mediante ajuda financeira a projetos de desenvolvimento sustentável para nações do

Anexo II (Anexo II onde está escrito os chamados países em desenvolvimento).

O Brasil é o principal responsável pela criação do MDL. Surgem assim,

oportunidades de investimentos em reflorestamento, transporte, no setor energético,

etc, em países como o Brasil, que poderiam ser trocados por créditos pelos países

constantes do Anexo I do Protocolo [39].

O MDL permite que uma empresa estrangeira invista num projeto que evite

ou reduza a emissão, o país de onde saíram os recursos pode abater a quantidade que

deixou de ser emitida do total que se comprometeu em reduzir. Os Certificados de

Redução de Emissões, assim obtidos, teriam um valor monetário, tal como uma

“commodity”, que pode ser vendida aos países industrializados [39].

Pode-se beneficiar também de financiamentos de programa implantado pelo

BNDES, como por exemplo, a “Operação Programa para Empreendimentos à

Cogeração de Energia Elétrica a Partir de Resíduos de cana-de-açucar” a partir de 25

de maio de 2001, o BNDES pretendia estimular os cogeradores a aumentar seus

excedentes e colocá-los na rede pública (este programa estava previsto para ter uma

duração de 2 anos, tendo sido encerrado em agosto de 2003) Tais vantagens poderão

ser analisadas com as informações da nota técnica V do CENBIO [44]. Observar

também que estes acordos são válidos por um período determinado, tendo assim que

estar bem concluído todo o estudo do anteprojeto para poder aproveitar a

oportunidade dos acordos válidos para a data em que se pretender requerer os

benefícios destes acordos junto ao BNDS. É muito importante estar usando

tecnologias avançadas para poder concorrer com outras empresas interessadas, pois

Page 58: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

41

este projeto será submetido à avaliação de organizações tipo a CENBIO. Somente os

melhores projetos são aprovados para usufruírem as vantagens econômicas e

financiamentos com os custos do capital baixos [40].

Segundo informações do BNDES, no Estado de São Paulo foram aprovados

ou contratados 8 projetos, sendo o investimento total de R$260,62 milhões, sendo

que deste total R$ 195,05 milhões foram financiados pelo BNDES. No total, esses

oito projetos irão gerar 292,65 MW, e a venda de excedentes será de 160,24 MW.

Outro exemplo para poder entender é PROINFA, criado pela lei 10.438, em

26/04/2002, tendo como principal objetivo aumentar a participação da energia

elétrica produzida por empreendimentos de Produtores Autônomos, concebidos com

base em fontes eólicas, pequenas centrais hidrelétricas e biomassa, num total de

1.100 MW por fonte, no Sistema Elétrico Interligado Nacional [40].

È importante citar o Programa Prioritário de Termelétricas, o PPT. Esse

programa foi uma tentativa de se introduzir o gás natural na matriz energética

brasileira, como forma de aumentar a oferta de energia. Com esse programa

esperava-se que até o ano de 2005 fosse adicionado ao sistema elétrico cerca de 15

mil MW. Ocorre que o programa não conseguiu decolar, principalmente devido à

falta de regras claras que tornassem viáveis investimentos privados nessa área

(Goldemberg, 2002) [40].

As causas para o fracasso do PPT são complexas, e incluem a dificuldade de

se estabelecer a forma do reajuste das tarifas, uma vez que o combustível seria pago

em dólar, e a tarifa em real. Assim, os riscos cambiais acabaram por se tornar um

entrave nas negociações (Goldemberg, 2002) [40].

É bom lembrar, que para tomar uma atitude, é necessário fazer uma análise de

riscos. Embora o número de projetos de geração de energia aprovados pela ANNEL

nos últimos anos de 2001 até 2003 seja grande, a maioria destes projetos está com o

cronograma atrasado. São oitenta e quatro usinas termelétricas autorizadas pela

ANNEL, cujo cronograma de implementação vai de 2003 a 2007.(informação

pesquisada na ANNEL, www.aneel.gov.br, em Fiscalização da Geração, acesso em

22/09/2003)

Será necessário obter a Licença Ambiental de Instalação – LI e antes desta se

obtém a Licença Previa Ambiental – LP.

Page 59: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

42

A regulamentação do PROINFA ocorreu em 23 de dezembro de 2002, através

do decreto nº 4.541, da presidência da república. Permaneceram ainda algumas

inconsistências:

O Artigo 3º, sobre as definições dos valores econômicos, informa que estes

serão divulgados com, pelo menos, trinta dias de antecedência em relação a chamada

pública. Com adoção dessa metodologia, os empreendedores não conseguem discutir

seus contratos, pois não possuem uma sinalização de qual será o preço de compra de

sua energia [40].

Para que fosse feita a análise e a valoração dos diversos parâmetros de caráter

técnico e econômico-financeiro a serem utilizados na determinação do valor

econômico, e elaboração de uma metodologia de cálculo desses valores, em maio de

2003 o MME contratou consultores especialistas nas diversas fontes alternativas e

renováveis, e em análise de risco de projeto de geração elétrica, entre eles o CENBIO

[40].

Mais detalhes de ocorrências que influíram nas tomadas de decisões poderá

ser vistas no trabalho da referência [40].

Esta breve demonstração é só para alertar que para o momento de se tomar

decisão de investir em cogeração é necessário ter um estudo atualizado das condições

contratuais, legais e sociais onde fiquem em documentos, todas as negociações onde

envolve interesses de vários segmentos da sociedade local e federal e definir bem as

bases de índices financeiros, preços de combustíveis e outros detalhes. Os detalhes

não observados podem fazer com que hoje mostre um bom cenário técnico

econômico, mas amanhã pode se tornar um problema grande para operar uma planta

automobilística com cogeração incorporada.

Page 60: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

43

3 CONDIÇÕES ATUAIS: PLANTA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

3.1 Como funciona a Planta de SJC a qual possui o RTO

Neste capítulo serão estudadas as condições do ar que sai da pintura da

Fabrica do Corsa da General Motors de São Jose dos Campos, e para atender

legislação atual, este ar com concentração de solvente (VOC) volatilizado durante o

processo da pintura é queimado em um Oxidador Térmico Regenerativo (RTO).

A condição de queima deste ar rejeitado conforme legislação é: queimar por

no mínimo 0,5 segundos na faixa de temperatura de 8000C a 8500C.

O RTO é um equipamento construído pela Eisenmann Bobligen

Holzgerlingen e instalado em janeiro de 2003.

Como condição de projeto este equipamento foi projetado para ser capaz de

processar um volume de 159.500,0 m3 de ar com uma concentração de VOC de

115,0 kg/h (esta concentração foi calculada pelos laboratórios através de balanço de

massa, considerando o consumo conhecido de tinta suficiente para produção de 55

veículos por hora (JPH).

Uma informação importante é que pode haver combustão a partir de uma

faísca quando o ar rejeitado estiver com concentração de 1,0 a 1,2 g/m3 de VOC.

A pintura funciona com ciclo continuo de troca de ar para não ocorrer esta

concentração acima, então o RTO necessita de um consumo de gás natural mais ar

fresco para queimar o ar rejeitado atendendo legislação. Para minimizar o consumo

de gás natural foi projetado um conjunto de pastilhas cerâmicas e um circuito

regenerativo do ar a alta temperatura para ir aquecendo o ar que entra para ser

queimado. Este conjunto de pastilhas é montado em uma torre e elas giram a 1 RPM.

A tabela 3.1.1, abaixo, mostra as condições de entrada em cada equipamento

RTO. São necessários dois equipamentos para processar o volume de 159.500,0

[Nm3/h] de ar mencionado acima.

Tabela 3.1.1 Condições de entrada medidas no RTO com a produção em

40 JPH

Pressão de entrada [mbar]

Temperatura de entrada [0C]

Volume de entrada ar + VOC de [m3]

100 170 89.250,0

Page 61: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

44

Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para

40 JPH

Gás natural Ar Fresco

Volume [m3] 64,0 3600,0

Pressão [mbar] 1.000 66

Temperatura [0C] 20 20

A Tabela 3.1.2, acima, informa os valores de volume, pressão e temperatura

médias para serem utilizados no funcionamento do RTO. O volume do GN é o

necessário para que a mistura de ar mais VOC da saída das cabines de pintura seja

oxidado corretamente. Este volume de gás é usado para manter aceso o queimador na

parte superior do RTO. A vazão deste gás é variável, com isso controla a demanda do

ar que vem da pintura. O controle é feito por instrumentação, pois a reação tem que

atingir de 800 a 850°C para atender os parâmetros fixados.

Durante a demanda pode ocorrer também uma concentração alta de massa de

VOC no ar, então, estes controles servem para desligar o piloto, para garantir que o

equipamento não atinja temperaturas superiores a 1200°C, e/ou, comandar as

válvulas de escape da mistura de ar mais VOC para a atmosfera, para proteger o

equipamento de super aquecimento.

Figura 3.1.1 Ilustração do sistema do RTO como está hoje instalado

GAS

AR FRESCO

GAS

AR FRESCO3600 m³/h66 mbar

1 bar

25 °C

25 °C

REJEITO VINDO DA PINTURA PARA SER QUEIMADO NO OXIDADORTÉRMICO REGENERATIVO( RTO )

RTO

190-200 °C

CODIÇÕES PARA ATENDER LEGISLAÇÃO:

QUEIMAR O AR SATURADO DE 800 A 850 °C POR 0,5 segundo

RETORNO DE PARTE DO AR QUENTE PARA PRE-AQUECER O AR NA ENTRADA

BASES GIRATÓRIAS EM CERÂMICA1 RPMAQUECER: T ambiente PARA 850°C LEVA 6 HORASESFRIAR: LEVA 4 DIAS

QUANDO 55 JPH =115 kg/h de VOC89250 m³/h de AR SATURADO

170°C100 mbar

QUANDO 55 JPH =115 kg/h de VOC89250 m³/h de AR SATURADO

170°C100 mbar

89250 m³/h de AR SATURADO

170°C100 mbar

2

1

3

4

2 SISTEMAS PARA PROCESSARESTE VOLUME

GASTO PARA AQUECER

C88,43T °=∆

C12,633T °=∆AQUECIDO PELO VOC

Page 62: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

45

Consultando a figura 3.1.1 , pode-se entender como funciona hoje o sistema

RTO e com as informações das tabelas 3.1.1 e 3.1.2 sabe-se dos parâmetros

significativos para compreender quais são os consumos do funcionamento atual,

assim como as entradas e saídas dos fluxos mássicos de ar e GN.

O que será sugerido é utilizar melhor o potencial térmico gerado para tentar

tirar outros benefícios além de simplesmente queimar e gerar calor para aquecer o ar

que está entrando no sistema, através de processo de conservação de energia.

A proposta para SJC será não conservar a energia e sim dissipa-la, para que

o produto da reação térmica do ar, mais a massa de VOC e o complemento com GN,

seja transferido para o fluido do ciclo Rankine. O que ocorre hoje é o contrário, o

equipamento RTO conserva a energia térmica, por processo de regeneração,

conforme mostrado em “3” na figura 3.2.1.

3.2 Identificação dos rejeitos e hipóteses para São José dos Campos

Foi verificado um potencial para gerar energia elétrica a partir do ar rejeitado

da pintura usando um sistema Rankine.

Para poder executar os cálculos desta proposta foram feitas as seguintes

considerações e adotaram-se as hipóteses abaixo.

O rejeito vindo da pintura, para ser queimado no oxidador térmico

regenerativo (RTO), foi fixado os valores médios de funcionamento abaixo para

facilitar os cálculos:

• Vazão volumétrica de ar que entra em um RTO = 89.250 [m³/h].

• Vazão mássica de VOC que entra em um RTO = 115 [kg/h].

• Temperatura de entrada no RTO = 170°C.

• Pressão na entrada do RTO = P atmosférica local + 100 [mbar].

• Para processar 159.500 [m³/h], usa-se 2 conjuntos de RTO.

• Cancelar circuito regenerativo atual em “3”, ver figura 3.2.1.

• Remover 7 dos 10 discos de cerâmica existentes.

• Temperatura de saída em “4” a 780°C, ver figura 3,2,1.

• Em “2”, ver figura 3.2.1, aumentar o volume de consumo de GN e ar

fresco para executar a queima completa com o ar.

• Altitude local em SJC, SP = 740 [m].

Page 63: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

46

• Ter cuidado com a concentração de VOC no ar, pois quando estiver com 1

[g/m³] a 1,2 [g/m³] e acima, implica em combustão se houver faísca ou

uma fonte similar de calor alto.

Para os cálculos do sistema Rankine proposto, utilizou as considerações das

hipóteses abaixo:

• Adotado a pressão na turbina a vapor em 60 [bar].

• Todos os processos do fluído no ciclo Rankine serão considerados

reversíveis.

• No ciclo Rankine, as energias cinética e potencial serão desprezadas.

• Considerou-se vapor saturado na entrada da turbina

Abaixo estão mostrado os rendimentos adotados para os equipamentos do

ciclo Rankine proposto para SJC:

• Transferência de Calor da câmara de combustão para o fluido do ciclo

Rankine: 9,0comb =η

• Na turbina 7,0t =η

• Na bomba 7,0b =η

• No gerador 95,0e =η

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47

3.2.1 Proposta com Ciclo Rankine para São José dos Campos

Figura 3.2.1. Ilustração da proposta do Ciclo Rankine

3.3 Modelo Matemático da proposta para São José dos Campos

A figura 3.2.1 trabalha em conjunto com a modelação matemática, pois ela é

necessária para a visualização do limites dos volumes de controle.

3.3.1 Cálculo da oferta de energia transferida para o Ciclo Rankine

( ) ( )C180arCar780arpinturaarfrescoin 00 hhmmQ −⋅+= &&&

( ) ( )C180arC780arC20arC170intarpin 00o0 hhvvQ −⋅ρ⋅+ρ⋅= &&&

kW 22.804 hkJ 400.094.82Qin ==&

No cálculo da oferta de calor que será fornecida para o ciclo, somam-se as

massas de ar fresco e o ar que vem da pintura, com suas respectivas temperaturas e

multiplica-se o resultado pela variação de entalpia, tomando como referência as

condições de contorno delimitadas na figura 3.2.1 no “C” e “4” nos limites de

controle traçados.

7

6

8

180°C

780°C125.965,65 kg/h DE AR

5

4

C P=60bar

8

T

s

5

68

7

bw&

tW&inQ&

outQ&

inQ&

outQ&

tW&

bw&

60 bar

0,1 bar

275,6

0,6489 5,8892 8,1502

3,0267

40°C

30°C

400,0

7

6

8

180°C

780°C125.965,65 kg/h DE AR

5

4

C P=60bar

8

T

s

55

668

7

bw& bw&

tW& tW&inQ& inQ&

outQ& outQ&

inQ& inQ&

outQ& outQ&

tW& tW&

bw& bw&

60 bar

0,1 bar

275,6

0,6489 5,8892 8,1502

3,0267

40°C

30°C

400,0

Page 65: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

48

3.3.2 Cálculo do consumo de gás natural para a geração proposta sem

regeneração no RTO

Para calcular o consumo de GN para o sistema proposto, foi necessário

considerar a soma dos volumes de ar quente vindo das estufas à temperatura de

170°C com o volume de ar fresco necessário para completar a reação, fixando a

temperatura em 20°C, multiplicar pelo poder calorífico e a variação de temperatura

no limite do volume de controle, isto é, nas condições de entrada e saída, onde as

temperaturas são respectivamente 170°C e 780°C.

Diferença do consumo de gás natural de hoje versus proposto:

É importante saber as diferenças de consumo de GN, para fazer a análise

econômica.

mais a h

m 666 atual h

m 64 - hm 730V

333

GN ==&

3.3.3 Cálculo da vazão mássica de água do ciclo Rankine

3.3.4 Balanço de massa e energia na turbina.

( ) ( )hkJ863.1177.30,558.27hh7,0mW ise65t −⋅=−⋅⋅= &&

kW042.7hkJ200.351.25Wt ==&

( ) ( ) C170780.Ckg

kcal24,0v.vkg

kcal11750m³m

kcal6105V 20arfre170intarpVOCGN °−°

⋅ρ⋅+ρ=⋅+⋅ &&&&

³hm730V GN =&

( ) segkg655,7

hkg27558

03,1983177400.094.82

hhQm

85

in ==−

=−

=&

&

Page 66: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

49

3.3.5 Balanço de massa e energia na bomba.

( )kW09,66

hkJ924.237

hkJ

7,0hhm

W 7ise8b ==

−⋅=&&

3.3.6 Balanço de massa e energia no condensador de água

( ) ( )hkJ7,19118630,558.27hhmQ 7ise6out −⋅=−⋅= &&

kW8,793.12hkJ4,685.057.46Qout ==&

3.3.7 Cálculo da potência gerada no Ciclo Rankine

kW91,975.609,660,042.7WWW btcycle =−=−= &&&

3.3.8 Eficiência Térmica do Ciclo Rankine

%59,303059,0804.22

09,660,042.7Q

WW

in

bt ==−

=−

=η&

&&

3.3.9 Vazão mássica de água do trocador de calor do condensador

( ) ( ) nulos são W e Q onde hhmhhmWQ0 7ise6out,cwin,cwcwvcvc&&&&&& −+−+−=

( )( ) ( )

kgkJ8,1257,167

hkJ4,685.057.46

hhhhm

min,cwout,cw

7ise6cw

−=

−−

=&

&

hm24,101.1

segkg9,305

hkg240.101.1m

3

cw ===&

Page 67: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

50

3.4 Cálculo da relação Custo X Benefício para São José dos Campos

Conforme informações do departamento de Instalações Industriais a empresa

paga US$ 57,83 (1 dólar valendo RS$2,40 e sem recuperar imposto) por 1 MW.h.

A planta de SJC opera em média 4300 horas por ano.

A cogeração proposta gera 7,042 MW x 0.95 = 6,6899 MW em eletricidade e

consome 666m³ de gás natural a mais do que está consumindo hoje.

O preço do GN é igual a US$0.116667 por metro cúbico, ver ANEXO C.

Pode-se calcular então:

Economia Anual = 6,6899 MW x US$ 50,108333 x 4300 h – [US$0.116667 x

666 m³/h x 4300 h ]

Economia Anual = US$ 1,665,184.59 - US$ 334,110.96

Economia Anual = US$ 1,107,333.91

Falta considerar a amortização do investimento em equipamentos e

instalações, pois, o foco deste trabalho está no estudo mais aprofundado na proposta

para SCS estudada no capítulo 4 deste trabalho.

Os cálculos acima estão em função do valor do MW em R$ 120,26 (com os

impostos possíveis recuperados), o valor médio do m³ do GN em R$0,28 e a cotação

do Dólar Americano a R$2,40.

3.5 Comentários finais sobre a proposta para São José dos Campos

• Poderá ser calculada a entrada de energia em “1” (ver Figura 3.1.1), obtendo-

se dados precisos do poder calorífico do VOC, assim como a concentração no ar

que é rejeitado da pintura. Para SJC não foi feito um levantamento preciso de

detalhes, assim como foi feito para SCS.

• Poderão ser adotados outros valores de pressão para o sistema Rankine.

• Como o foco deste trabalho é a planta de SCS, para SJC, os cálculos acima,

são para mostrar o potencial de energia que poderia ser aproveitada.

• Cabe aqui um outro estudo de caso aprofundado, específico para esta planta,

a qual já possui RTO. Pode-se gerar energia elétrica, vapor para uso no processo

ou até cogeração, isto é eletricidade e vapor juntos.

Page 68: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

51

4 ESTUDO DA PROPOSTA PARA SÃO CAETANO DO SUL

4.1 Introdução da figura esquemática da proposta para São Caetano do Sul

Figura 4.1.1 Diagrama da proposta para São Caetano do Sul

Como pode ser visto na figura 4.1.1 a proposta para a planta de SCS é usar

uma roda de adsorção giratória para adsorver a quantidade de VOC que está presente

no ar de saída das cabines de pintura, que tem uma concentração baixa de VOC.

O ar que sai das estufas, o qual já está com a concentração maior, vai direto

para a câmara de combustão reagir com o próprio VOC dissolvido neste ar. Um

complemento de GN é necessário para que a reação fique estequiométrica adequada.

É necessário insuflar ar aquecido para o disco de adsorção para poder fazer o

processo de dessorção das camas com material adsorvedor. O ar de limpeza após a

saída da roda de adsorção, sai com concentração alta de VOC, e também irá para a

câmara de combustão reagir com o VOC na sua composição, mais outro valor

mássico de GN para completar a reação estequiométrica.

Os detalhes mássicos e volumétricos das entradas do ar mais VOC mais o GN

serão abordados com detalhes no item 4.4.

CALDEIRA 1

160°C

P=60bar

bw&

outQ&40°C

30°C

23,5°C

GN

AR+VOC

AR FRESCOP/ DESORÇÃO

ESTUFASCABINESPINTURA

+

-

DUMPER

RODA DE ADSORÇÃO

AR LIMPO

OBS:

TANQUES DA PINTURACHUVEIROS VESTIÁRIOSRESTAURANTESOUTROS USOS DE ÁGUAQUENTE

OBS:

3% Volume

Reposição água

2

6

4

elétricoG&tW&combQ&

5

3

CALDEIRA 1

160°C

P=60bar

bw&

outQ&40°C

30°C

23,5°C

GN

AR+VOC

AR FRESCOP/ DESORÇÃO

ESTUFASCABINESPINTURA

+

-

DUMPER

RODA DE ADSORÇÃO

AR LIMPO

OBS:

TANQUES DA PINTURACHUVEIROS VESTIÁRIOSRESTAURANTESOUTROS USOS DE ÁGUAQUENTE

OBS: TANQUES DA PINTURACHUVEIROS VESTIÁRIOSRESTAURANTESOUTROS USOS DE ÁGUAQUENTE

OBS:

3% Volume

Reposição água

2

6

4

elétricoG&tW&combQ&

5

3

Page 69: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

52

Uma vez realizada a combustão destes é gerado uma quantidade de calor que

será transferida para o fluido do ciclo Rankine. O vapor superaquecido passa por

uma turbina a vapor, a turbina movimenta o gerador elétrico, produzindo assim

energia elétrica.

Será extraído da turbina, massa de vapor equivalente para atender o que hoje é

gerado nas caldeiras velhas (18.000 [kg/h] a 145 [°C ] e pressão 8 [bar]), necessário

para uso nos trocadores de calor usados no processo de pintura e outros usos na

planta, ver “obs” na Figura 4.1.

As caldeiras velhas serão disponibilizadas e a casa de força 1 será desativada,

liberando área para outros fins na planta. (o metro quadrado na planta de SCS é

muito caro, então, obtém-se com isto uma redução de custo).

Como a proposta que está sendo feita é para gerar energia elétrica e vapor

para uso nos processos de fabricação de automóveis, pode-se então, por definição

mostrada no capítulo 2.1, chamar esta proposta de “Planta de Cogeração de Energia”.

Para entender os detalhes dos fluxos de energia proposto, deve-se ver o item

4.3 onde mostra o esquema do ciclo Rankine e seus valores.

Figura 4.2 Gráfico esquemático do ciclo rankine para esta proposta

1

2’

3

4

T

S

tW&bW&

combQ&

outQ&

470

275,6

60 bar

0,08 bar

1S 2S3S

3 bar

1’

2

56

200

41,43

45

5S6S

EXTRAÇÃO DE

VAPOR PARA

PROCESSO

11

2’2’

33

44

T

S

tW&bW&

combQ&

outQ&

470

275,6

60 bar

0,08 bar

1S 2S3S

3 bar

1’1’

22

5566

200

41,43

45

5S6S

EXTRAÇÃO DE

VAPOR PARA

PROCESSO

Page 70: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

53

PINTURA ESTUFAS E FLASH OFF RESTAURANTE

1

AR FRESCOPINTURA

AR FRESCOESTUFAS

REST. 2

RESTANTE DA PLANTAQUE NÃO SERÁ

OBJETO DESTE ESTUDO

~

~

AR COMPRIMIDO

ÁGUA INDUSTRIAL

ÁGUA POTÁVEL

ENERGIA ELÉTRICA

GN

PORTÃO 6

SUB-ESTAÇÃO

REJEITOPINTURAAR + VOC

REJEITO ESTUFAS AR + VOC

OUTROS REJEITOS

VOC

PLANTADE

POTÊNCIA

VAPOR A BAIXA PRESSÃO

TINTA+VOC PINTURA ESTUFAS E FLASH OFF RESTAURANTE

1

AR FRESCOPINTURA

AR FRESCOESTUFAS

REST. 2

RESTANTE DA PLANTAQUE NÃO SERÁ

OBJETO DESTE ESTUDO

~

~

AR COMPRIMIDO

ÁGUA INDUSTRIAL

ÁGUA POTÁVEL

ENERGIA ELÉTRICA

GN

PORTÃO 6

SUB-ESTAÇÃO

REJEITOPINTURAAR + VOC

REJEITO ESTUFAS AR + VOC

OUTROS REJEITOS

VOC

PLANTADE

POTÊNCIA

VAPOR A BAIXA PRESSÃO

TINTA+VOC

4.2 Dados dos Consumos de Energia: Planta de São Caetano do Sul

Figura 4.2.1 Leiaute demonstrativo da proposta deste trabalho

Propõe-se neste trabalho construir uma planta de potência, mostrada no centro

da figura 4.2.1 e utilizar o rejeito (ar mais VOC) do processo de pintura para oxidá-lo

junto com outro combustível adequado GN para aquecer uma caldeira produzindo

vapor a alta pressão. Este vapor será utilizado para movimentar um sistema de

turbina a vapor com recuperação térmica para melhorar o rendimento, objetivando

extrair os benefícios: energia elétrica, vapor a baixa pressão em circuito fechado para

ser utilizado pela própria planta e saída do ar em condições adequadas (CO2 + N2 +

H2O), atendendo também as exigências ditadas por normas ambientais.

Foram feitas por uma comissão interna de consumo de energia, formada por

técnicos e engenheiros de vários departamentos desta planta,.tabelas com os dados de

consumo e controle energético. Estão mostrados na Tabela 4.2.1.1 os dados

relevantes e pertinentes da parte estudada para este projeto que também estão

mostrados na Figura 4.2.1.1 Leiaute do fluxo de energia atual.

Estes dados foram levantados em 2003 e sumarizados em 2004 onde a

produção de veículos estava com média de 30 JPH. Para os cálculos da proposta

deste trabalho foi feito uma projeção da planta operando a 42 JPH.

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54

4.2.1 Descrição detalhada dos fluxos de energia da planta de São Caetano

do Sul

Para facilitar o entendimento dos consumos de energia, utiliza-se um Leiaute

e uma Tabela. Este Leiaute (Figura 4.2.1.1) e esta tabela (Tabela: 4.2.1.1) estão

mostrando a sumarização de um estudo das condições atuais da Planta de SCS.

Figura 4.2.1.1 Leiaute demonstrativo de fluxo de energia atual

Como o enfoque principal deste estudo é a planta de pintura, estas

informações estão focadas nela, e os consumos das áreas de ferramentaria, de

prensas, injetoras de plásticos, escritórios de engenharia e administração, de

recebimentos, modelagem e outros não serão apresentados de forma detalhada apesar

de serem consumidores de parte dos volumes e massas apresentadas na tabela 4.3.1.

O valor de vapor mostrado na tabela 4.2.1.1, apresenta a massa necessária

para funcionamento não somente da pintura (que é o maior consumidor), mas

também de todas as outras áreas, que também se utilizam desta forma de energia

como, por exemplo, os restaurantes, os circuitos dos lavatórios e chuveiros nos

vestiários, vários trocadores de calor utilizados em alguns processos na planta.

O volume de ar comprimido na tabela 4.2.1.1 também é um tipo de insumo

utilizado por várias áreas.

VAPOR

VAPOR

CASA FORÇA 1

CASA FORÇA 2

PINTURA ESTUFAS E FLASH OFF RESTAURANTE

1

AR FRESCOPINTURA

AR FRESCOESTUFAS

REST. 2

~

~

AR COMPRIMIDO

ÁGUA INDUSTRIAL

ÁGUA POTÁVEL

ENERGIA ELÉTRICA

GNP

GNP

PORTÃO 6

SUB-ESTAÇÃO

REJEITOPINTURAAR + VOC

REJEITO ESTUFAS AR + VOC

OUTROS REJEITOS

VOC

VAPOR A BAIXA PRESSÃO

TINTA+VOC

VAPOR

VAPOR

CASA FORÇA 1

CASA FORÇA 2

PINTURA ESTUFAS E FLASH OFF RESTAURANTE

1

AR FRESCOPINTURA

AR FRESCOESTUFAS

REST. 2

~

~

AR COMPRIMIDO

ÁGUA INDUSTRIAL

ÁGUA POTÁVEL

ENERGIA ELÉTRICA

GNP

GNP

PORTÃO 6

SUB-ESTAÇÃO

REJEITOPINTURAAR + VOC

REJEITO ESTUFAS AR + VOC

OUTROS REJEITOS

VOC

VAPOR A BAIXA PRESSÃO

TINTA+VOC

Page 72: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

55

A tabela a seguir serve de índice da Figura 4.2.1.1 e também mostra as

quantidades consumidas atualmente.

Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual em São Caetano do Sul

4.3 Volumes de Ar e VOC da Planta de São Caetano Sul

Com o auxílio da Figura 4.3.1, a seguir, pode-se entender basicamente as

entradas das massas de vários produtos necessários para executar o processo de

pintura em automóveis, lembrando que o volume deste estudo está fixado em 42

veículos de porte médio por hora. Observar que os itens em vermelho deverão ser

tratados na proposta deste trabalho como insumo para cogeração de energia.

GNP

ÓLEO BPF

AR COMPRIMIDO

ÁGUA POTÁVEL

ÁGUA INDUSTRIAL

ENERGIA ELÉTRICA

REJEITO ESTUFAS AR + VOC

REJEITO PINTURA AR + VOC

OUTROS REJEITOS NÃO

CONSIDERADOS

AR FRESCO PINTURA

AR FRESCO ESTUFAS

VOC (massa que entra)

TINTA COM VOC(LÍQUIDA)

VAPOR

[m³/h] [kg/h] [Pa] [bar] [°C] [K]P T∀& m&

8 145

DADO NÃO OBTIDO

11.452 8

122,17

30.753 [kw]

35,23

90.000AR

1 160

1 23,52.298.580AR

49.920+

147.500AR

2.496.000 1

90.000 1

240,87

176,823VOC

53,074VOC

4,6918+6,282VOC

18.000

60% Umid. Relat.

50% Umid. Relat.

1 20

22,5

22,5

449,07

100000

100001,64

100001,64

100001,64

100001,64

418,15

293,15

433,15

296,65

295,65

295,65

540

800000

GNP

ÓLEO BPF

AR COMPRIMIDO

ÁGUA POTÁVEL

ÁGUA INDUSTRIAL

ENERGIA ELÉTRICA

REJEITO ESTUFAS AR + VOC

REJEITO PINTURA AR + VOC

OUTROS REJEITOS NÃO

CONSIDERADOS

AR FRESCO PINTURA

AR FRESCO ESTUFAS

VOC (massa que entra)

TINTA COM VOC(LÍQUIDA)

VAPOR

[m³/h] [kg/h] [Pa] [bar] [°C] [K]P T∀& m&

8 145

DADO NÃO OBTIDO

11.452 8

122,17

30.753 [kw]

35,23

90.000AR

1 160

1 23,52.298.580AR

49.920+

147.500AR

2.496.000 1

90.000 1

240,87

176,823VOC

53,074VOC

4,6918+6,282VOC

18.000

60% Umid. Relat.

50% Umid. Relat.

1 20

22,5

22,5

449,07

100000

100001,64

100001,64

100001,64

100001,64

418,15

293,15

433,15

296,65

295,65

295,65

GNP

ÓLEO BPF

AR COMPRIMIDO

ÁGUA POTÁVEL

ÁGUA INDUSTRIAL

ENERGIA ELÉTRICA

REJEITO ESTUFAS AR + VOC

REJEITO PINTURA AR + VOC

OUTROS REJEITOS NÃO

CONSIDERADOS

AR FRESCO PINTURA

AR FRESCO ESTUFAS

VOC (massa que entra)

TINTA COM VOC(LÍQUIDA)

VAPOR

[m³/h] [kg/h] [Pa] [bar] [°C] [K]P T∀& m&

8 145

DADO NÃO OBTIDO

11.452 8

122,17

30.753 [kw]

35,23

90.000AR

1 160

1 23,52.298.580AR

49.920+

147.500AR

2.496.000 1

90.000 1

240,87

176,823VOC

53,074VOC

4,6918+6,282VOC

18.000

60% Umid. Relat.

50% Umid. Relat.

1 20

22,5

22,5

449,07

100000

100001,64

100001,64

100001,64

100001,64

418,15

293,15

433,15

296,65

295,65

295,65

540

800000

540

800000

Page 73: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

56

O ar fresco é captado do meio ambiente externo e insuflado para dentro de

todas as cabines que compõem o processo de pintura através de oito máquinas

insufladoras, totalizando uma vazão de 2.496.000 [Nm³/h]. Este ar é filtrado e tratado

para garantir a qualidade no processo.

Os solventes entram no processo misturados na tinta, onde uma quantidade de

solvente vem do fabricante das tintas e o restante do solvente é adicionado no

departamento de preparação de tintas para que este líquido fique adequado às

condições de temperatura pressão e umidade relativas nas áreas de aplicação.

Figura 4.3.1 Balanço de massa nas cabines de pinturas e estufas para 42 JPH

São insuflados também 90.000 [Nm³/h], somente para atender o processo nas

estufas.

O processo, como um todo, se utiliza de uma entrada mássica de bases, tintas,

vernizes e solventes que totalizam 632,07 [kg/h], em função de 42 JPH e estão

distribuídos assim: valores mássicos médios com 53,64% de solvente e 46,36% de

soluto (tintas). Esta informação deve ser tratada com cuidado, pois estes valores

160°C23,5°C

PINTURA ESTUFAS

22,5° C a 26,5° C 190° C

AR LIMPO DOSVESTÍBULOS147.500 [m³/h]

AR FRESCO2.496.000m³/hT= ambiente

UR= 20 a 60%

ENTRADA DE MASSA DE VOC

NA TINTA339,02 kg/h

AR FRESCO90.000m³/h

T= ambienteUR= 20 a 60%

SOLVENTERECUPERADO

8,84 kg/h

SAÍDA DO CIRCUITO DO HIDROPACK

245.080m³/hT= 23,5° CUR= 60%P=1 bar

23,5°C

SAÍDA DAS CABINES2.053.500m³/h

T= 23,5° CUR= 60%P=1 bar

SAÍDA DAS ESTUFAS90.000m³/hT= 160° CUR= 30%P=1 bar

SAÍDA DE MASSADE VOC NO AR

253,955 kg/h

SAÍDA DE MASSADE VOC NO AR

76,225 kg/hPERDAS NATURAIS

DO SISTEMA DE CABINE(Onde ocorre entrada e saída dos operadores)49.920 m³/h de AR

160°C23,5°C

PINTURA ESTUFAS

22,5° C a 26,5° C 190° C

AR LIMPO DOSVESTÍBULOS147.500 [m³/h]

AR FRESCO2.496.000m³/hT= ambiente

UR= 20 a 60%

ENTRADA DE MASSA DE VOC

NA TINTA339,02 kg/h

AR FRESCO90.000m³/h

T= ambienteUR= 20 a 60%

SOLVENTERECUPERADO

8,84 kg/h

SAÍDA DO CIRCUITO DO HIDROPACK

245.080m³/hT= 23,5° CUR= 60%P=1 bar

23,5°C

SAÍDA DAS CABINES2.053.500m³/h

T= 23,5° CUR= 60%P=1 bar

SAÍDA DAS ESTUFAS90.000m³/hT= 160° CUR= 30%P=1 bar

SAÍDA DE MASSADE VOC NO AR

253,955 kg/h

SAÍDA DE MASSADE VOC NO AR

76,225 kg/hPERDAS NATURAIS

DO SISTEMA DE CABINE(Onde ocorre entrada e saída dos operadores)49.920 m³/h de AR

Page 74: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

57

servirão para os cálculos futuros, para tratar a mistura de saída da pintura

(AR+VOC), e não serve de informação para preparação da tinta para pintura. São

usados outros métodos químicos de preparação que consideram umidade relativa

local, temperatura e outras variáveis. Estes dados foram levantados historicamente

através de controle de balanço de massa de consumo durante 25 meses pelos

departamentos químicos da pintura e engenharia ambiental, e serviram de dados de

entrada para execução de várias tabelas que serão referenciadas a seguir.

Tabela 4.3.1 Dados percentuais da composição do VOC

Explicando a tabela acima, pode-se ver, em porcentagem, a participação de

cada componente que forma o VOC no ar que sai das estufas ou do ar que sai das

cabines de pintura, e também pode-se ver as quantidades médias obtidas através de

balanço de massa, quando a planta está operando na figura de 30JPH ou se está

operando em 40JPH.

A tabela nos diz que 23,086 % da massa total utilizada no processo, sai junto

com o ar rejeitado nas estufas e os 76.914 % restantes, saem misturados no ar

Insumo Total de VOC P/ 29,84 JPH

[kg/h]

Insumo Total de VOC P/

42 JPH [kg/h]

f 30JPH f 42JPH f 30JPH f 42JPH f 30JPH f 42JPH%massa menor 0,001 adotado C8 H10 0,10114 0,142441 0,33696 0,47455938 0,4381 0,617não identificados adotado C8 H10 0,002239 0,003463 0,007461 0,0115371 0,0097 0,015Xilenos C8 H10 15,65462 22,03582 52,15538 73,41518214 67,81 95,451Isopropil benzenos C9 H12 2,848674 4,019273 9,490726 13,3907274 12,3394 17,410Tolueno C7 H12 8,188604 11,5153 27,2814 38,3647032 35,47 49,880Butanol C4 H10 O 3,244022 4,565718 10,80788 15,21128178 14,0519 19,777 Acetato de butila C6 H12 O2 7,598295 10,69228 25,3147 35,6227191 32,913 46,315Acetato de butil glicol C8 H16 O3 5,475307 7,708185 18,24169 25,68081546 23,717 33,389Acetato de amila C7 H14 O2 4,625049 6,506558 15,40895 21,67744176 20,034 28,184N butanol C4 H10 4,625049 6,506558 15,40895 21,67744176 20,034 28,184Etanol / alcool etílico C2 H6 O 0,963979 1,355841 3,211621 4,51715922 4,1756 5,873Propanona II / Acetona C3 H6 O 0,961763 1,355841 3,204237 4,51715922 4,166 5,873Acetato de etila C4 H8 O2 0,96107 1,35561 3,20193 4,51639008 4,163 5,872Alcool Isopropilico C3 H8 O 0,357441 0,503275 1,190859 1,6767252 1,5483 2,180Dados totais 55,60725 78,26616 185,2628 260,7538428 240,87 339,020Recuperação VOC atual 6,28 8,8402% retido na Borra 4,6918 6,6036

Informações para balanço de massa do

VOC da estufa função 23,086% da

massa total

Informações para balanço de massa do VOC da

pintura função 76,914% da massa total

Nomes Generalizados Elementos que Compõe o VOC

Page 75: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

58

rejeitado das cabines de pintura. Nas duas últimas colunas da direita, apresenta-se a

massa total de cada componente em duas formas: os itens em vermelho se referem a

planta operando em 30 JPH e a última coluna da direita se refere a planta operando

em 42 JPH..

Pode-se ver também a quantidade de massa que é recuperada do sistema e a

quantidade de massa que sai junto com a borra (a qual já tem tratamento técnico

adequado para o descarte desta massa).

4.4 Cálculo estequiométrico da queima do rejeito da pintura da planta de

São Caetano do Sul para determinar a energia fornecida para a caldeira

Para este cálculo considerou-se o ar teórico mostrado no Apêndice III e com

10% a mais do teórico para garantir queima completa, mostrado também naquele

apêndice.

Deste cálculo, obteve-se dois resultados importantes, um é a relação [massa

de combustível / massa de componente que forma a massa total do VOC]. O outro é

a energia das entalpias de combustão de cada um para depois serem sumarizadas.

Podem ser vistos os resultados dos cálculos do Anexo III.

4.4.1 Cálculo do volume de ar e da participação do VOC na reação

No cálculo abaixo, registra-se a participação de cada componente pesquisado

do VOC e mostra-se o valor da quantidade de calor transferida para a caldeira de

cada componente já se considerando o incremento de 6% em massa de cada um dos

solventes. Esta consideração é necessária para absorver condições de máximo no

processo de funcionamento da pintura, assim como, para calcular o tamanho dos

equipamentos se a pintura utilizar tintas com maior quantidade de solventes.

(Quando a tinta tem maior quantidade de solvente é muito mais fácil obter a

qualidade na pintura assim como controlar o processo de pintura).

Foi considerado 10% a mais do ar teórico para fazer a reação com o VOC. Os

valores detalhados podem ser consultados no Apêndice III.

( ) ( )∑ ⋅= 0VOCRPVOCicombVOC h m totalQ&

kW 3.335 totalQcombVOC =& (dado para cálculo)

Page 76: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

59

O volume mássico de VOC reage com 3.720,51 m³/h de ar

4.4.2 Cálculo do volume de ar e da participação do GN na reação

No cálculo abaixo, registra-se a participação do GN e mostra-se o valor da

quantidade de calor transferida para a caldeira da reação com o gás. É importante que

o controle de demanda na variação mássica do processo de pintura será controlado

pela variação do GN, que deverá ter um controle preciso para assegurar queima

completa sem desperdiçar energético, tampouco por em risco a simplicidade do

processo. O ar consumido na reação já considerando 10% a mais do ar teórico, está

mostrado abaixo. Para auxiliar estes cálculos, foram usados valores pesquisados em

[5]; [8]; [9]; [11]; [16]; [20] e [43].

Para trabalhar com gases é necessário fixar alguns parâmetros, principalmente

a temperatura para tratá-los corretamente. Abaixo estão os valores nas condições

adotadas para cálculo,. referenciado em [11] e calculado com [7].

Dados do Gás natural ( GN )

• PCI = 36.454,0 kJ/m³

• @ 20° C e 101,325 kPa

• ρ ar = 1,204 kg/m³

• d = ρ gás / ρ ar = 0,6425

• ρ gás = 0,7736 kg/m³

• PCI = 47.124,0 kJ/kg

Dados de Volume de ar e volume de GN

O fluxo volumétrico na entrada das estufas é de 90.000 [Nm³/h] de ar,

consequentemente este volume será rejeitado e entrará na câmara de combustão para

reagir com o fluxo mássico de VOC e GN na seguinte proporção:

Page 77: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

60

• 3.720,51 m³/h de ar reage com VOC.

• 6.449,8 m³/h de ar reage com 540 m³/h de GN (este volume é gasto para

aquecer as caldeiras atuais de baixa pressão e temperatura)

• 79829,7 m³/h de ar reage com 4294,23 KgGN

O fluxo volumétrico de ar para circular pela roda de adsorção é de 70.000

[Nm³/h]. Então a saída terá o mesmo volume adicionado com massa de VOC,

retirado no processo de dessorção.

• 70.000 m³/h de ar reage com 3.765,47 kgGN após fazer a dessorção no

disco de adsorção. Ver figura 4.1.

Sumarizando:

149.829,7 m³/h é o volume de ar que entra no programa de cálculo [7].

Na saída do software EES, o futuro consumo de GN a mais do que já

gastamos hoje é:

9.162 kgGN ou 11.843 m³/h. (dado utilizado para o cálculo do custo

operacional)

Dados de quantidade de energia transferida para o fluido do ciclo Rankine, a

partir das reações acima:

kW542.4atualQ ;kW 927.119futuroQ combGNcombGN == &&

kW 124.469 atualQ futuroQtotalQ combGNcombGNcombGN =+= &&& (dado p/ cálculo) [7]

Page 78: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

61

4.5 Como aproveitar e otimizar os fluxos de energia

Como poderá ser visto na figura 4.5.1, pode-se tratar os voláteis como

combustíveis reagindo em conjunto com o ar. O ideal seria fazer a queima completa

com a quantidade certa de ar, mas como a oferta de VOC sofre uma variação mássica

no transcorrer do tempo, optou-se por fazer o controle de demanda com o GN. Como

é muito difícil garantir que a reação com o ar seja estequiometricamente completa,

para não resultar monóxido de carbono na saída, faz-se a queima com 110% de ar

teórico, objetivando-se ter oxigênio em pequena quantidade na saída. Esta é uma

forma de otimizar as ofertas de energias. Tem-se que identifica-las, conhece-las nos

detalhes e depois tomar atitude de fazer o melhor uso desta oferta de energia.

Figura 4.5.1 diagrama de oferta de voláteis para queima no reator

Outra oferta de energia, mais vantajosa, é extrair uma massa de vapor do

sistema Rankine, ao invés de manter a geração de vapor velha, onde o rendimento

térmico é muito baixo.

Para fazer o cálculo da extração de vapor , é necessário usar a fórmula de

balanço enérgético na turbina.

vcQ&

vcW&AR O2 + 3,76 N2Xilenos C8 H10Isopropil benzen C9 H12Tolueno C7 H12Butanol C4 H10 O Acetato de butilaC6 H12 O2Acetato de butil gC8 H16 O3Acetato de amilaC7 H14 O2N butanol C4 H10Etanol / alcool etC2 H6 OPropanona II / A C3 H6 OAcetato de etila C4 H8 O2Alcool IsopropilicC3 H8 O

Gás Natural:Metano CH4Etano C2H6Propano C3H8Isso-Butano C4H10N-butano C4H10Pentano C5H12

PRODUTOS DA COMBUSTÃO( ) CO2 + ( ) H20 + ( ) N2

0

Volume de Controle: VC

Reator em regime permanenteE cinética e E potencial desprezadasAr 23,5ºC, 1 atm, sêcoCombustão completaTaxa de calor para a caldeira

0

vcQ&

vcW&AR O2 + 3,76 N2Xilenos C8 H10Isopropil benzen C9 H12Tolueno C7 H12Butanol C4 H10 O Acetato de butilaC6 H12 O2Acetato de butil gC8 H16 O3Acetato de amilaC7 H14 O2N butanol C4 H10Etanol / alcool etC2 H6 OPropanona II / A C3 H6 OAcetato de etila C4 H8 O2Alcool IsopropilicC3 H8 O

Gás Natural:Metano CH4Etano C2H6Propano C3H8Isso-Butano C4H10N-butano C4H10Pentano C5H12

vcQ&

vcW&AR O2 + 3,76 N2Xilenos C8 H10Isopropil benzen C9 H12Tolueno C7 H12Butanol C4 H10 O Acetato de butilaC6 H12 O2Acetato de butil gC8 H16 O3Acetato de amilaC7 H14 O2N butanol C4 H10Etanol / alcool etC2 H6 OPropanona II / A C3 H6 OAcetato de etila C4 H8 O2Alcool IsopropilicC3 H8 O

Gás Natural:Metano CH4Etano C2H6Propano C3H8Isso-Butano C4H10N-butano C4H10Pentano C5H12

PRODUTOS DA COMBUSTÃO( ) CO2 + ( ) H20 + ( ) N2

00

Volume de Controle: VC

Reator em regime permanenteE cinética e E potencial desprezadasAr 23,5ºC, 1 atm, sêcoCombustão completaTaxa de calor para a caldeira

00

Page 79: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

62

Devido à dificuldade em separar os voláteis, em estado gasoso, já misturado

com o ar das cabines, o melhor seria completar a estequiometria com os

componentes do gás natural

.

4.6 Quantidade total de energia fornecida para o fluido do ciclo Rankine

kW 115.357 totalQ totalQQ combGNcombVOC =+= &&& (dado p/ cálculo) [7]

Foi considerado, na entrada dos cálculos, o rendimento de transferência de

calor em 0,90. Ver capítulo das hipóteses: 4.7.1.

4.7 Modelo Matemático da proposta para São Caetano do Sul

Para executar o modelo matemático será necessário enumerar um conjunto de

hipóteses, fixar alguns conceitos e também considerações para estabelecer

parâmetros para os cálculos.

4.7.1 Hipóteses para balizar os cálculos

• Ar de saída dos vestíbulos não será tratado, pois não há necessidade (será

subtraído do total: 147.500 m³/h).

• Borra de tinta (captada no circuito hidropack, não será objeto deste estudo). Já

tem tratamento adequado. Será considerado 2,0% do volume mássico de VOC

que entra, como rejeitado na borra.

Será considerado 2,0% do volume mássico do ar sem VOC das cabinas de

pintura como perdas naturais para o ambiente ( subtrair 49.920 m³/h).

• Os consumos de GN, óleo BPF, ar comprimido, água potável e energia elétrica

mostrados na figura 4.2.1.1, são dados médios (resultado de levantamento

histórico de consumo de 12 meses de produção feito pelos departamentos de

produção e manutenção).

Page 80: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

63

• As vazões mássicos de VOC, mostrados na tabela 4.3.1, são dados médios

(resultado de levantamento histórico de consumo de 25 meses de produção

feitos pelo Departamento Químico de preparação de tintas).

• Nas saídas das estufas a concentração de VOC é de 0,830 g/m³.

• Nas saídas da ventilação de ar do circuito do hidropack, o volume mássico é de

245.080 [Nm³/h]. Este será somado ao ar de saída das cabines de pintura.

• A umidade relativa do ar na saída das cabines de pintura é de 60% e das

estufas é de 50%.

• Quando a concentração de VOC estiver com: 1g/m³ a 1,2 g/m³ implica em

combustão espontânea se houver faísca.

• Temperatura de trabalho das cabines de pintura é de 22,5°C a 27° C. Para

efeito de cálculo será adotado na área de captação deste ar ( no entremeio as

chaminés) a temperatura de 23.5° C.

Abaixo mostra -se os valores dos rendimentos para os equipamentos do ciclo

Rankine proposto para SCS:

• Transferência de Calor da câmara de combustão para o fluido do ciclo

Rankine: 9,0comb =η

Na turbina 7,0t =η

Na bomba 7,0b =η

No gerador 95,0e =η

Foram adotados 3% de perda de massa de água por evaporação na torre de

resfriamento no circuito de refrigeração do condensador que deverá ser reposta.

• Pressão de 60 bar no ciclo.

• Pressão de saída na turbina de 0,08 bar.

• Temperatura no circuito do condensador: entrada 30°C e saída 40°C

Page 81: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

64

5 CÁLCULO FINANCEIRO DA PROPOSTA PARA SÃO

CAETANO DO SUL

Para estabelecer os parâmetros de todos os custos é necessário estudar os

valores pagos atualmente para gerar o vapor que é utilizado nos processos, o custo da

energia elétrica gasta para gerar outros benefícios energéticos como ar comprimido,

energia mecânica, energia térmica, iluminação, etc.

5.1 Cálculo do preço do GN para figura atual

Hoje gera-se vapor através de caldeiras simples que consomem em média 540

[m³/h] para gerar vapor suficiente para atender os processos de fabricação e também

para atender aos restaurantes e vestiários dos funcionários, com o custo de

0,7956462420 [R$/m³] calculados assim:

Usando para cálculo uma média de 572 [h/mês] de funcionamento das

caldeiras, obtida em dados coletados de 13 meses de funcionamento, a faixa de

consumo “Banda 7” mostrada na tabela de “Tarifas de Gás Natural Canalizado –

Área de Concessão da Comgás” para “Segmento Industrial - Região Metropolitana

de São Paulo” ditado pela Portaria CSPE nº 297, de 28/05/2004

Aplicando o fator de conversão ( 1,0246 ) no consumo medido e aplicando a

fórmula de Importe imposta na Portaria acima chega-se aos valores abaixo:

Preço atual = 0,7006550515 [R$/m³] sem imposto (ICMS)

Preço atual = 0,7956460284 [R$/m³] com imposto (ICMS)

Nos preços acima estão considerados os impostos PIS e COFINS.

Na figura abaixo vê-se os cálculos do conjunto de caldeiras atuais para

determinar os valores de pressão, temperatura e vazão mássica a serem tirados de um

estágio da turbina a vapor proposta.

Page 82: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

65

Figura 5.1.1 Modelagem das caldeiras atuais

5.2 Cálculo do preço do GN da proposta para São Caetano do Sul

Para cálculo do futuro consumo de gás que será utilizado na 2ª proposta de

cogeração para a planta de SCS, utilizaremos à tabela de “Tarifas de Gás Natural

Canalizado – Área de Concessão da Comgás” para “Segmento Cogeração” ditado

pela Portaria CSPE nº 297, de 28/05/2004, com vigência a partir de 31/05/2004.

A empresa enquadra-se na “Banda” 6, com o consumo médio calculado de

9.095.377,72 [m³/mês], representando assim, um consumo de 15.901,01 [m³/h], em

função da Planta de Potência ficar em funcionamento 572 [h/mês]. Para esta figura, e

usando a tabela da Comgas o preço seria:

Preço = 0,491677 [R$/m³] sem ICMS cogeração destinada consumo próprio

Preço = 0,489137 [R$/m³] sem ICMS cogeração destinada a revenda

MODELAGEM SIMPLIFICADA DAS CALDEIRAS DE BAIXA PRESSÃO de SCS

TANQUES DA PINTURACHUVEIROS VESTIÁRIOSRESTAURANTESOUTROS USOS DE VAPOR

CALDEIRA

inQ&

1

2

=1P

=1T

=1h

=2P=2T=2h

8 bar

135° C a 145° C

611,1 kJ/kg

45° C

GN (Brasileiro) [16]Poder Calorífico Superior =38727,9 kJ/kg ou = 9250 kcal/kg pc:Poder Calorífico Inferior =37651,9 kJ/kg ou = 8993 kcal/kgDensidade relativa (ar=1) = 0,602 kg/m³Massa Molecular Aparente = 17,367 g/molRelação ar/gás = 9,96/1 m³/m³Velocidade de chama (H2 = 346 cm/seg) = 49,4 cm/segLimite de inflamabilidade superior (%gás no ar) = 14,9Limite de inflamabilidade inferior (% gás no ar) = 4,8

18.000 kg/h=VAPORm&

1 kcal/kg K = 4,1868 kJ/kg K1 kJ/kg K = 0,238846 kcal/kg K

1P

189,1 kJ/kg

( )21VAPOR hhm −×&

VOLUME DE GN

=Q&

[3]

/hm5400,65p/η

3GN =∀

=&

MODELAGEM SIMPLIFICADA DAS CALDEIRAS DE BAIXA PRESSÃO de SCS

TANQUES DA PINTURACHUVEIROS VESTIÁRIOSRESTAURANTESOUTROS USOS DE VAPOR

CALDEIRA

inQ&

1

2

=1P

=1T

=1h

=2P=2T=2h

8 bar

135° C a 145° C

611,1 kJ/kg

45° C

GN (Brasileiro) [16]Poder Calorífico Superior =38727,9 kJ/kg ou = 9250 kcal/kg pc:Poder Calorífico Inferior =37651,9 kJ/kg ou = 8993 kcal/kgDensidade relativa (ar=1) = 0,602 kg/m³Massa Molecular Aparente = 17,367 g/molRelação ar/gás = 9,96/1 m³/m³Velocidade de chama (H2 = 346 cm/seg) = 49,4 cm/segLimite de inflamabilidade superior (%gás no ar) = 14,9Limite de inflamabilidade inferior (% gás no ar) = 4,8

18.000 kg/h=VAPORm&

1 kcal/kg K = 4,1868 kJ/kg K1 kJ/kg K = 0,238846 kcal/kg K

1P

189,1 kJ/kg

( )21VAPOR hhm −×&

VOLUME DE GN

=Q&

[3]

/hm5400,65p/η

3GN =∀

=&

Page 83: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

66

Usando dados do ANEXO C tem-se:

Preço = 0,2533 [R$/m³] contrato com importação direta

Preço = 0,1615 [R$/m³] contrato Argentina (não disponível p/ São Paulo)

Preço = 0,3055 [R$/m³] contrato com GSA (contrato Bolívia-Brasil)

Para o estudo de viabilidade, onde se criam cenários otimistas e pessimistas,

dependendo do tipo de contrato a ser realizado ou fazer contratos múltiplos para não

ficar preso somente a um fornecedor de insumo, a exemplo de como é feito hoje com

o fornecimento de energia elétrica.

5.3 Valores dos preços de energia elétrica atual e considerações

Hoje é adquirida a energia elétrica de empresas distribuidoras em 88 [kV]

trifásico. Esta energia é transformada em 4.160 [V], para alimentar diretamente 5

motores, responsáveis por gerar 11.452 [m³/h] de ar comprimido a pressão de 8 [bar].

Estes motores, com 3 de 900 [cv] e 2 de 800 [cv], totalizam 3,1648 [MW]. O restante

da energia contratada é transformada em 13,2 [kV] e depois para 4,16 [V] para ser

distribuída dentro da planta, que será transformada em 440 [V] para consumo em

equipamentos, motores e circuitos maiores, para consumo específico é transformada

em 220 [V] e 110 [V].

Os preços abaixo são confiáveis, pois foram levados em consideração os

contratos de fornecimento, fatores de correção com perda de cabos (conceito de

fornecimento em ponto geométrico virtual), recuperação de impostos previstos em

leis vigorando nesta data, horário de pico e multas contratuais para quando exceder o

contratado em 5%.

Preço atual = 120,26 [R$/MW] com recuperação máxima possível dos

impostos

Preço atual = 138,79 [R$/MW] com imposto (ICMS, PIS e COFINS)

Page 84: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

67

Os preços acima são as melhores condições, isto é, consumindo todo valor

contratado mais 3 % acima do valor contratado sem entrar na zona de multa por

excesso.

5.4 Tempo de para obtenção e instalação dos equipamentos

Para fazer o desenvolvimento deste investimento será necessário um

planejamento detalhado.

Para o detalhamento e dimensionamento do projeto, assim como para o

levantamento de dados para se fazer as análise de risco, para esta atividade, será

necessário 1 mês de pesquisa junto a órgão governamental.

É necessário esgotar todas as possibilidades de pesquisa para tentar obter o

menor preço e as melhores condições de fornecimento do GN, este parâmetro é

fundamental para uma saudável condição de negócio e operação da planta.

Necessita-se fazer em 4 meses todo detalhamento de projeto para poder iniciar

as operações de cotações já com o grupo de compras envolvido.

Paralelamente a esta atividade, e já com o anteprojeto em mãos, tem-se que

negociar com o DAIA para fazer o estudo de impacto ambiental, e EIA/RIMA para

obter a licença prévia LP, pois sem o aval local e federal não convém fazer o

investimento.

As atividades de projeto civil, que envolvem-se demolição e novas instalações

para receber os equipamentos, levam 3 meses de desenvolvimento técnico, após

determinados os detalhes técnicos dos equipamentos.

Basicamente, serão necessários de 6 a 9 meses de desenvolvimento técnico

para formular todas as figuras técnicas custeadas, já com as análises de risco de

investimento mais atrasos, etc.

A proposta em si não afeta parada de linha de produção longa, pois temos

duas casas de força para gerar vapor a baixa pressão consumido hoje, então a melhor

estratégia seria demolir a casa de força central e operar a planta com a outra do lado

direito da figura, ambas estão mostradas na figura 4.2.1.

Com relação às tomadas de ar, pode-se, no último piso das máquinas de

exaustão da pintura, instalaria as válvulas de desvio no meio das chaminés existentes,

conforme mostra a figura 4.1.

Page 85: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

68

Após a compra dos equipamentos, deve-se considerar um período de 12

meses para a construção, transporte e desembaraço burocrático, prevendo-se um

atraso de risco de 1 mês.

Para instalação, leva-se 3 meses para colocar em funcionamento, também se

deve prever um atraso de risco de 1 a 2 meses.

Mesmo contabilizando-se e fazendo-se uso de atividades simultâneas, o

cronograma completo, que normalmente pode-se adotar, é de 2 anos, com uma folga

de mais 2 meses.

5.5 Preços dos equipamentos da proposta para São Caetano do Sul

Sendo esta atividade realizada em ambiente industrial, ela é realizada com a

composição dos preços em forma detalhada por etapas e micro etapas, e sempre com

base em “preços referenciadores” pagos em projetos semelhantes no passado,

montando assim um arquivo comparativo temporal (benchmark’s) que balizam as

tomadas de decisões e negociações, envolvendo vários departamentos desde

auditorias externas contratadas, para acompanharem as análises de cotações, até

departamentos de finanças , jurídico, engenharia de compras, manufatura, produto ,

qualidade e outros quando necessário. Normalmente, para grandes valores, as

decisões são tomadas por comitês compostos por elementos multifuncionais.

Para efeito de estudo, usa-se preços de cotação realizada com custos

estimados, pesquisado no mercado com profissionais da área. Nestes valores estão

incluídos todos os preços das etapas e micro-etapas, podendo considerar a soma do

total como igual ou maior à realmente necessária para se realizar este investimento.

Tabela 5.5.1 Indicadores econômicos de 03 ago. 2005. [41]

INDICADORES ECONÔMICOS - 3/8/2005

COMPRA VENDA Dólar comercial R$ 2,309 R$ 2,311 Dólar paralelo SP R$ 2,543 R$ 2,637 Euro R$ 2,854 R$ 2,856 IGPM (FGV) JUN: -0,44 JUL: -0,34 AC/ANO: 1,41 Bolsa SP Índice: 26.714 Variação: -0,28% Valor R$ 1,763 bilh.

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69

Tabela 5.5.2 Taxa de câmbio para agosto 2005

TAXA DE CÂMBIO usada internamente 3/8/2005 Real Euro Dólar Dólar R$ 2,415 EU$ 0,826746 US$ 1,00 Euro R$ 2,92109 EU$ 1,00 US$ 1,209561

• Turbina a vapor com gerador elétrico

(Grupo de classificação fiscal 8502390000, grupo eletrogênio)

Fornecedor General Electric ou Similar

Origem: Itália ou França

Preço FOB: EU$ 4.000.000,00 implica em Preço Planta =

Eu$5.154.400,00

Preço Planta em reais = R$ 15.056.466,30

• Comissionamento, instalação, try out & start up do turbo gerador (com 1

ano de manutenção e acompanhamento)

Fornecedor General Electric ou Similar

Preço Eu$ 1.160.000,00

Preço Planta em reais = R$ 3.388.464,40

• Casa de força com demolição, fundações, climatização, talhas e

facilidades.

Fornecedor CCB-P Engª e Projetos S/S ou Similar

Preço em reais = R$ 2.000.000,00

• Roda de Adsorção com serviços de instalação e star up inclusos

Fornecedor Eisenmann

Origem Alemanha

Preço FOB: EU$ 1.000.000,00 Plant cost EU$ 1288.600,00

Preço Planta em reais = R$ 3.764.116,58

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70

• Condensador com instalação e start up incluso

Fornecedor local

Preço em reais = R$ 200.000,00

• Desaereador e lavador de gases com start up e instalação inclusos

Fornecedor local

Preço em reais = R$ 200.000,00

• Desmineralizador de água e cobertura de caldeira com civil,

instalações e start up inclusos

Fornecedor local

Preço em reais = R$ 520.000,00

• Caldeira de alta Pressão com queimadores para GN com recuperação

de vapor e queima suplementar

Fornecedor CMI ou Similar

Origem: EUA ou França

Preço FOB: US$ 3.300.000,00 implica em Preço Planta = US$4.252.380,00

Preço na planta em reais = R$ 10.269.497,70

• Comissionamento, instalação, try out & start up da caldeira (com 2

anos de manutenção e acompanhamento)

Fornecedor CMI & Local ou Similar

Preço US$ 725.000,00

Preço Planta em reais = R$ 1.750.875,00

Preço total do investimento em Reais R$ 37.149.419,98

Preço total do investimento em Dólar US$ 15.382.782,60

• Gastos internos com engenharia mais contratações de consultorias

para detalhar e dar suporte ao departamento de compras até a análise

de cotações no período de 6 a 8 meses.

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Preço em Reais = R$ 1.197.000,00

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72

5.6 Resumo da análise financeira

Não foi mencionado ainda o preço e o pequeno aumento de consumo de água

fresca, pois bem, deverá ser considerado neste item de sumarização dos custos o

valor de aumento de consumo de água em 28 [l/h], para repor a perda por evaporação

no condensador a um custo de R$7,78 /m³. Então, deve-se considerar a planta

operando a 572 [h/mês] e a 12 meses por ano temos: custo mensal = R$ 16.016,00 e

custo anual= R$ 192.192,00.

O custo total do investimento é de R$37.149.419,98 e US$ 15.382.782,60.

O custo estimado de desenvolvimento é de R$ 1.197.000,00.

Usando-se os dados financeiros do [44] (CENBIO), de exemplo, apesar de

estar fora de vigor, ele serve como uma boa referência para exercitar cenários do

investimento. Os futuros programas devem ser próximo destes dados, senão, não

estimularia esta atividade.

Foi criada uma planilha, ver ANEXO A e B, para facilitar o cálculo de retorno

de capital e o fluxo de caixa para vários cenários, onde pode-se variar a tarifa do GN,

da energia elétrica, os juros de capital de terceiros e a porcentagem de tomada de

capital de terceiro.

Para análise tem-se que interpretar a TIR, o Tempo de retorno do capital, para

vários cenários.

Foi anexado aqui somente duas figuras, uma com os valores mostrados na

tabela 5.6.1, em que se usa capital próprio e a taxa média de atratividade em 12% aa.

Na tabela 5.6.2, em que se usa 40% do investimento tomado de capital de

terceiro a juros de 14% aa e taxa média de atratividade em 12% aa.

Page 90: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

73

Tabela 5.6.1 Dados para cálculos financeiros com TMA=12% e com

cenário sem capital de terceiro

Tabela 5.6.2 Resultado de cálculos financeiros com TMA=12% e com

cenário sem capital de terceiro

Conclusão para este cenário:

Para este cenário, é interessante o investimento, pois o tempo de retorno é

4,39 anos. e a Taxa Interna de Retorno de 30,45%, indicam projeto viável.

0,79564603 [R$/m³]146,52 [R$/MWh]138,79 [R$/MWh]120,26 [R$/MWh]

GN Comgas Tabela de Cogeração 0,491677 [R$/m³]GN varios contratos 0,28 [R$/m³]

0,2533 [R$/m³]

12% [%]14% [%]

00% [%]

Preço Energia Eletrica (imp rec)

GN melhor preço

Dados para cáculos

Tarifas Para Condição Proposta

Prestação Capital Terceiros

T.M.A

Juros Capital Terceiros

Porcentagem de Capital de Terceiros

Energia eletrica (Comercial)GN atual

Tarifas Atuais

Energia Eletrica (Baixo consumo)

Page 91: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

74

Tabela 5.6.3 Dados para cálculos financeiros com TMA=12% Juros 14%

e cenário com 40% com capital de terceiro

Tabela 5.6.4 Resultado de cálculos financeiros com TMA=12% com

Juros 14% e cenário com 40% com capital de terceiro

Conclusão para este cenário:

Vendo os dados na tabela 5.6.4, para este cenário, é razoável o interesse no

investimento, pois o tempo de retorno é 10,17 anos, mas a Taxa Interna de Retorno é

de 16,17%, o que indica projeto viável mas com o interesse diminuído.

0,79564603 [R$/m³]146,52 [R$/MWh]138,79 [R$/MWh]120,26 [R$/MWh]

GN Comgas Tabela de Cogeração 0,491677 [R$/m³]GN varios contratos 0,28 [R$/m³]

0,2533 [R$/m³]

12% [%]14% [%]

-2220479,640% [%]

Tarifas Atuais

Energia Eletrica (Baixo consumo)

Porcentagem de Capital de Terceiros

Energia eletrica (Comercial)GN atual

Prestação Capital Terceiros

T.M.A

Juros Capital Terceiros

Dados para cáculos

Tarifas Para Condição Proposta Preço Energia Eletrica (imp rec)

GN melhor preço

Page 92: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

75

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Através deste estudo, pretendeu-se mostrar as figuras de investimento

possíveis, as alternativas e soluções para instalação de uma planta de geração de

energia. Apresentar informações confiáveis, custeadas, e também alertar os caminhos

para realizar a análise de risco para adotar o investimento em planta de potência, ao

invés de seguir o caminho convencional ditado pelo mercado.

Uma empresa deste porte, quando tenta trilhar pelo caminho da inovação

tecnológica, deve se dedicar aos estudos estratégicos e buscar o maior número de

informações possíveis para diminuir os riscos que sempre estão contidos em projetos

grandes e inovadores.

Para tratar gases rejeitados de processos de pintura industrial,

convencionalmente, investe-se em equipamentos de Oxidação Térmica. Seguindo-se

as soluções convencionais faz-se a aquisição de dois RTO’s, mais instalações para

tratar somente os gases das estufas (90.000 [Nm³/h]) com ar rejeitado com grande

concentração de VOC, se gastam os atuais 540 [m³/h] de GN para gerar o vapor atual

de processo e mais 100 [m³/h] de GN para completar a queima do ar com VOC e

continuar gastando o valor atual com o insumo energia elétrica.. Esta figura de

investimento em equipamentos convencionais totaliza, em US$ 9,0 milhões deixando

sem tratar os outros 2,2 milhões [Nm³/h] vindos das cabines de pintura com baixa

concentração de VOC.

Pode-se também investir mais US$ 1,229 milhão na roda de adsorção e tratar

o restante do ar para ser queimado nos RTO’s. Para efeito comparativo com a

proposta deste trabalho, quantifica-se abaixo para cenário atual usando solução

convencional:

• Investimentos ( US$10.229.000,00 ) = ( R$ 24,7 milhões )

• GN (640 [m³/h] x 572 [h] ) = ( R$ 291.270,00 )

• Energia Elétrica = ( R$ 1.820.736,4 )

Page 93: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

76

Quantifica-se Cenário Inovador proposto neste trabalho:

• Investimentos ( US$15.224.145,00 ) = (R$ 36,8 milhões)

• GN ( 11843 [m³/h] x 572 [h] ) = (R$ 1.896.775,00)

• Energia Elétrica (mínimo para manutenção) = (R$ 9.9923,00)

• Energia Elétrica (Gerada para consumo próprio) = R$ 1.820.736,4

• Energia Elétrica (Gerada para ser capturada/ vendida) = R$ 11.250.248,00

• Custo evitado para vapor de processo obtido da cogeração proposta neste

trabalho = R$ 291.270,00

Conforme verificado no capitulo 5 item 6, sugere-se que a proposta deste

trabalho em investir em planta de potência geradora de energia elétrica e cogeração

de vapor é viável do ponto vista econômico.

Também é mostrado alguns riscos e a sensibilidade de ser bom ou ruim,

principalmente em função dos contratos realizados para obtenção do insumo

principal, o GN.

Importante que com esta proposta reduz-se as emissões de voláteis no ar, e

tem-se o aproveitamento da energia, conseguindo assim realizar todos os processos

atuais sem alterá-los, para manufaturar automóveis.

Abaixo estão listadas as vantagens desta proposta:

• Reduz emissões de voláteis no ar.

• Não altera os processos atuais instalados

• Não é necessário que tenha parada longa de produção para introduzir a

proposta deste trabalho.

• Utiliza os insumos com seus respectivos custos, em um cenário

economicamente conveniente para empresa, agredindo menos o meio

ambiente.

• Os fluxos de energia são utilizados de forma adequada, para conseguir

os trabalhos finais.

Page 94: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

77

Abaixo estão listadas as desvantagens desta proposta:

• Longas negociações político–governamentais, para estabelecer

acordos convenientes para a empresa e para a sociedade.

• Tem-se que assegurar o fornecimento de GN, pois a falta deste insumo

implicaria na parada de produção.

• Tem-se que firmar o melhor contrato de preço possível do GN, pois

este influi diretamente na viabilidade da proposta para SCS.

Sugere-se para trabalhos futuros, estudos semelhantes para SJC, Rosário e

Gravataí, pois este estudo de caso para SCS, não se aplica diretamente aos outros

lugares. Os valores de fluxos de energias, massas, temperaturas e outros parâmetros,

deverão ser levantados para cada local.

Page 95: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

78

7 LISTA DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] OLIVEIRA Jr, S. O.. SISTEMAS COMBINADOS DE POTÊNCIA. [S.I.]:

Tecnologia e gestão da geração distribuída e cogeração, 2002. 23p.

[2] OLIVEIRA Jr, S. O..ANÁLISE TERMODINÂMICA DOS PROCESSOS DE

CONVERSÃO DE ENERGIA; Apostilas e Notas de Aula da Matéria PMC-

5601. São Paulo. EPUSP.; 2002.

[3] MORAN M. J.; Shapiro, H. N. FUNDAMENTAL OF ENGINEERING

THERMODYNAMICS.5TH Edition. USA: John Willey & Sons, Inc, 2004.

874p.

[4] Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia.

Disponível em: <htpp://www.abrace.org.br>.

Acesso em: 01 maio 2004.

[5] GasNet. O site do Gás.

Disponível em: <htpp://www.gasnet.com.Br/gasnet_br/oque_gn/gás_completo.asp>.

Acesso em: 05 maio 2004.

[6] Página da Internet: Dispohível em:

<htpp://www.geocities.yahoo.com.br/galileon/2/termo/quant_calor.htm>.

Acesso em:05 maio 2004.

[7] EES; Engineering Equation Solver, Academic Commercial V7.173-3D

(07/04/04). Alvarado and Klein, version2004.

[8] PERRY, R. H. . Perry’s Chemical Engineer’ Handbook. 7TH Edition.

[S.I.]:McGraw-Hill, 1999.

Page 96: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

79

[9] Site da Internet. Disponível em:<htpp://www.gasmig.com>. Acesso em: 06 maio

2004.

[10] Petrobras. Disponível em: <htpp://www.gasenergia.com.br>. Acesso em: 06

maio 2004.

[11] Congás. Disponível em: <htpp://www.comgas.com>. Acesso em 06 set.

2002.

[12] BNDS. Disponível em:

<htpp://www.bnds.gov.br/conhecimento/livro-ideias/livro-05.pdf>.

Acesso em: 20 maio 2004.

[13] ABRAGE. Associação Brasileira das empresas Geradoras de Energia

Elétrica. Disponível em: <htpp:/www.abrage.com.br/noticias/n010312.htm>.

Acesso em: 20 maio 2004.

[14] Fundação Estadual do Meio Ambiente. Disponível em:

<http://www.feam.br/Normas_Ambientais/Delibera%C3%A7%C3%B5es_Norm

ativas/1998/dn_copam26-98.PDF>. Acesso em: 20 maio 2004.

[15] Associação Brasileira de Engenharia Química. Disponível em:

<htpp://www.abeq.org.br/enunc/enunciado92.html>. Acesso em: 04 maio 2004.

[16] Gás Brasiliano. Disponível em:

<htpp://www.gasbrasiliano.com.br/gasnatural/o_que_e.asp>. Acesso em: 04

maio 2004.

[17] The Engineering Tool Box. Disponível em:

<htpp://www.engineeringtoolbox.com/24_151.html>. Acesso em: 08 maio 2004.

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80

[18] Prosint Química S. A. Disponível em:

<htpp//www.prosint.com.br/novas_propiedfis.html> Acesso em: 20 jul. 2004.

[19] Ministério de Minas e Energia. Disponível em: <http://www.mme.gov.br>.

Acesso em 19 jan 2005. Balanço energetico Nacional 2003.

[20] Petrobras. Disponívem em:

<htpp://www2.petrobras.com.br/ri/portugues/destaques/des_densid_calor.stm>.

Acesso em: 04 ago. 2004.

[21] Ministerio de Trabajo e Assuntos Sociales. Espanha. Disponível em:

<htpp//:www.mtas.es/insht/pratice/vl_cas.htm>. Acesso em: 17 out. 2004.

[22] Ministerio de Trabajo e Assuntos Sociales. Espanha. Disponível em:

<httpp//:wwwmtas.es/insht/ipcsnspn/nsps0085.htm – 16k>. Acesso em: 17 out

2004. FISPQ para o M-XILENO

[23] CETESB. Disponível em: <htpp//:www.cetesb.sp.gov.br>. Acesso em: 17

out 2004. Manual de Produtos Químicos Perigosos (Consulta de todos Produtos 6

arqivos).

[24] CETESB. Disponível em:

<htpp//:www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/produtos/ficha_completa1.asp?consult

a=XILENO%20(META)>. Acesso em: 17 out. 2004.

[25] CETESB. Disponível em:

<htpp//:www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/produtos/ficha_completa1.asp?consult

a=XILENO%20(PARA)>. Acesso em: 17 out. 2004.

[26] CETESB. Disponível em:

<htpp//:www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/produtos/ficha_completa1.asp?consult

a=XILENO%20(ORTO)>. Acesso em: 17 out 2004.

Page 98: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

81

[27] CETESB. Disponível em:

<htpp//:www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/produtos/ficha_completa1.asp?consult

a=XILENO%20(XILENOL)>. Acesso em: 17 out. 2004.

[28] CETESB. Disponível em:

<htpp//:www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/produtos/ficha_completa1.asp?consult

a=ALCOOL%20n%>. Acesso em: 17 out 2004.

[29] CETESB. Disponível em:

<htpp//:www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/produtos/ficha_completa1.asp?consult

a=ACETATO%20DE%2> Acesso em: 17 out 2004.

[30] CETESB. Disponível em:

<htpp//:www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/produtos/ficha_completa1.asp?consult

a=TOLUENO>. Acesso em: 17 out 2004.

[31] CETESB. Disponível em:

<htpp//:www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/produtos/ficha_completa1.asp?consult

a=TOLUENO%202,%204>. Acesso em: 17 out 2004.

[32] CETESB. Disponível em:

<htpp//:www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/produtos/ficha_completa1.asp?consult

a=ALCOOL%20ISOPROPILICO> Acesso em: 17 out 2004.

[33] CHMFINDER. Disponível em:

<htpp://www.chemfinder.cambridgesoft.com/result.asp>

(FISPQ do ACETATO DE ETILA CAS:141-78-6), Acesso em 17 nov 2004.

[34] Braskem. Disponível em:

<htpp//:www.braskem.com.br/ori-tec/fispq/pdf/FISPQ_XILENO.pdf>.

Acesso em 17 out. 2004.

[35] Braskem. Disponível em:

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82

<htpp//:www.braskem.com.br/ori-tec/fispq/pdf/FISPQ_TOLUENO.pdf>. Acesso

em: 17 out. 2004.

[36] Braskem. Disponível em:

<htpp//:www.braskem.com.br/ori-tec/fispq/pdf/FISPQ_SOLVENTEAB9AB9.pdf>

Acesso em 17 nov 2004.

[37] EISENMANN, Literature. Environmental Tecnology, Guide Line for

Exhaust Air Purification, Waste Water Treatment, Waste Utilization.

Edition 1999. 104p.

[38] EISENMANN, Catalogue. Environmental Tecnology, Exhaust Air

Purification. 2004. 13p.

[39] MORENO, A. F. et al. Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL e

a Compra e Venda de Créditos de Carbono. Fundação getúlio vargas, Ribeirão

Preto, 2004.

[40] BRIGHENTI, C. R. F. Integração do Cogerador de Energia do Setor

Sucroalcoleiro com o Sistema Elétrico Programa Interunidades de Pós-

Graduação em Energia – PIPGE. USP 2003. 166p.

[41] CANAL DANA. Indicadores econômicos. Mensagem recebida por

<[email protected]> em 04 ago. 2005.

[42] DEMARQUE, E. TRIZ - Teoria para resolução de problemas inventivos

aplicada ao planejamento de processos na industria automotiva. USP, 2005)

[43] Agencia Nacional do petróleo. Disponível em:

<http://www.anp.gov.br/doc/informe_ci/CI_n_4.pdf>

Acesso em nov. 2004, e em 05 ago 2005.

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83

[44] Centro Nacional de Referência em Biomassa. Nota técnica V.

Disponível em: <http://www.cenbio.org.br> Acesso em 17 abr. 2005.

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84

ANEXO A TABELA DE ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA COM TMA = 12% E CAPITAL PRÓPRIO

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85

ANEXO B TABELA DE ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA COM TMA = 12% MAIS EMPRÉSTIMO DE 40%

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86

ANEXO C PREÇO DE GÁS NATURAL PLANKENGENHARIA

BOLETIM PLANCK 04/08/2005

Para a atenção de:

Sr. Eduardo H. Guerini

Considerando-se que o mercado de gás natural está aberto para compra direta

de produto e transporte, a partir desta data informaremos, semanalmente, as cotações

deste insumo e demais informações pertinentes de modo a permitir-lhe a melhor

relação custo x benefício para sua empresa.

Informaremos também, as cotações do petróleo e seus principais derivados.

Lembramos que os próximos cursos da Planck engenharia, "MERCADO

ABERTO: IMPORTAÇÃO DIRETA DE GÁS NATURAL PARA

CONSUMIDORES INDUSTRIAIS" será realizada em São Paulo dia 12/08/2005 e

Rio de Janeiro dia 02/09/2005.

Para maiores informações, favor acessar http://www.planckengenharia.com.br

ou ligar para 11 4169 8484.

Para visualizar as tabelas em html acesse

http://www.redenergia.com.br/gas_natural/cotacoes.03.08.2005.htm

Preços do GN (city-gate* e grande consumidor**)

(03/08/05)

GSA* (contrato Bolívia-Brasil) R$0,3055/m3 US$3,5444/MMBtu

Importação Direta* R$0,2533/m3 US$2,9388/MMBtu

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87

Argentina* R$0,1615/m3 US$1,8738/MMBtu

Comgás** R$0,6081/m3 US$7,0546/MMBtu

CEG/CEGRIO** R$0,5024/m3 US$5,8284/MMBtu

Compagás** R$0,8341/m3 US$9,6764/MMBtu

Scgás** R$0,7149/m3 US$8,2936/MMBtu

Bahiagas** R$0,4223/m3 US$4,8991/MMBtu

Henry Hub* R$0,6923/m3 US$8,0318/MMBtu

Preços do Petróleo e Principais derivados

(03/08/05)

15-day Brent US$60,05/b

WTI US$61,50/b

Dubai US$56,61/b

Nafta (ARA) US$523,00/t

Gasolina (Nymex) US$1,785/USG

O.C. 3,5%S (Nymex) US$1,319/USG

O.C. 1,0%S (Nymex) US$1,667/USG

Caso não queira receber este informe, por favor, envie um e-mail para:

[email protected]

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88

APÊNDICE I: Memorial de cálculo da proposta para SJC [7]

Formulas do cenário de SJC usando Software referência [7]

p5 = 60

p6 = 0,1

T5 = 275,6

h5 = h ( 'Water' ; T =400 ; P = p5 )

s5 = s ( 'Water' ; x = 1 ; P = p5 )

h6ise = h ( 'Water' ; s =s5 ; P = p6 )

0,7 = h5 – h6

h5 – h6ise

x6 = x ( 'Water' ; h =h6 ; P = p6 )

h7 = h ( 'Water' ; x = 0 ; P = p6 )

s7 = s ( 'Water' ; x = 0 ; P = p6 )

h8ise = h ( 'Water' ; s =s7 ; P = p5 )

Wbomba = magua · h8ise – h7

0,7

har780 = h ( 'Air' ; T =780 )

har180 = h ( 'Air' ; T =180 )

Q = 125965,65

3600 · ( har780 – har180 )

magua = Q

h5 – 197,9

Wtv = magua · ( h5 – h6 )

rendciclo = Wtv – Wbomba

Q

Wliq = Wtv – Wbomba

hCWin = h ( 'Water' ; T =Tcwin ; P = Pcw )

Tcwin = 30

HCWout = h ( 'Water' ; T =Tcwout ; P = Pcw )

Tcwout = 40

Pcw = 2

maguaCW = magua · h6ise – h7

HCWout – hCWin

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89

Programação no EES do cenário de SJC [7]

p5=60

p6=0,1

T5=275,6

h5=ENTHALPY(Water;T=400;P=P5)

{h6=ENTHALPY(Water;x=1;P=P6)}

s5=ENTROPY(Water;x=1;P=P5)

h6ise=ENTHALPY(Water;s=s5;P=P6)

{rendimento isentrópico da TV e da bomba=0,7}

0,70=(h5-h6)/(h5-h6ise)

x6=QUALITY(Water;h=h6;P=P6)

h7=ENTHALPY(Water;x=0;P=P6)

s7=ENTROPY(Water;x=0;P=P6)

h8ise=ENTHALPY(Water;s=s7;P=P5)

Wbomba=magua*(h8ise-h7)/0,7

har780=ENTHALPY(Air;T=780)

har180=ENTHALPY(Air;T=180)

Q=125965,65/3600*(har780-har180)

magua=Q/(h5-197,9)

Wtv=magua*(h5-h6)

rendciclo=(Wtv-Wbomba)/Q

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90

Wliq=(Wtv-Wbomba)

hCWin=ENTHALPY(Water;T=Tcwin;P=Pcw)

Tcwin=30

HCWout=ENTHALPY(Water;T=Tcwout;P=Pcw)

Tcwout=40

PCW=2

maguaCW=magua*(h6ise-h7)/(hCWout-hCWin)

CONFORME INFORMAÇÃO DO DEPTO DE INSTALAÇÕES

INDUSTRIAIS A GMB PAGA US$ 57,83 POR MWh.

A PINTURA DA PLANTA EM SJC OPERA 4300 h POR ANO.

A COGERAÇÃO PROPOSTA GERA 8,25 MW/h E CONSOME 666 m³ DE

GÁS NATURAL A MAIS.

PODE-SE CALCULAR Economia Anual:

Ec. Anual = 8,25 MW/h x US$ 50,108333 x 4300 h – [US$0.116667 x 666

m³/h x 4300 h ]

Ec.Anual = US$ 1,777,593.11 - US$ 334,110.96

Economia Anual = US$ 1,443,482.15

Falta considerar a amortização do investimento em equipamentos e

instalações, pois, o foco deste trabalho está no estudo mais aprofundado na 2ª

proposta para SCS.

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91

Os cálculos acima estão em função do valor do MW em R$ 120,26 (com os

impostos possíveis recuperados), o valor médio do m³ do GN em R$0,28 e a cotação

do Dólar Americano a R$2,40.

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92

APÊNDICE II: Resultado dos cálculos para a proposta para SJC [7].

Estes resultados foram obtidos através de cálculos realizados pelo software

EES, referencia [7].

([7] EES; Engineering Equation Solver, Academic Version 6.867-3DS.

Alvarado and Klein, version 2004.)

Programa ajustado para as unidades: [kJ]; [C]; [bar]; [kg]; [degrees].

h5=3177 [kJ/kg]

h6=2257

h6ise=1863 [kJ/kg]

h7=191,7 [kJ/kg]

h8ise=197,8 [kJ/kg]

har180=455,2 [kJ/kg]

har780=1107 [kJ/kg]

hCWin=125,8 [kJ/kg]

HCWout=167,7 [kJ/kg]

magua=7,655 Fluxo de água no ciclo Rankine [kg/s].

maguaCW=305,9 Fluxo de água na torre de resfriamento [kg/s].

p5=60 Pressão [bar].

p6=0,1

Pcw=2

Q=22804 Energia fornecida para Ciclo Rankine [MW].

rendciclo=0,3059

s5=5,889 [kJ/kg-K]

s7=0,6489 [kJ/kg-K]

T5=275,6

Tcwin=30 Temperatura de entrada no condensador [°C].

Tcwout=40

Wbomba=66,09 Potência da Bomba [MW].

Wliq=6975 Potência Líquida [MW].

Wtv=7042 Potência da Turbina [MW].

x6=0,8635

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93

APÊNDICE III Determinação das entalpias de combustão do VOC

Cálculo estequiométrico para o XILENO (C8H10). Referência [2]

C8H10 + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2

C : b = 8 b = 8

H : 2 c = 10 c = 5

O : 2 b + c = 2 a a = 10,5

N : d = 3,76 a d = 39,48

C8H10 + 10,5 O2 + 39,48 N2 → 8 CO2 + 5 H2O + 39,48 N2

Cálculo estequiométrico (C8H10) com 110% de ar teórico. Referência [2]

C8H10 + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2 +eO2

C : b = 8 b = 8

H : 2 c = 10 c = 5

O : 2 b + c +2e= 2 a e = [(1,1 x 2 x 10,5) -16-5] / 2 = 1,05

N : d = 3,76 a x1,1 d = 39,48 x 1,1 = 43,428

C8H10 + 11,55 (O2 + 3,76N2) → 8 CO2 + 5 H2O + 43,428 N2 + 1,05 O2

Cálculo da entalpia de combustão do XILENO (C8H10) em unidade mássica.

Planta operando 42JPH.Referencias: Fórmulas; [2] e [3]. Dados de tabelas para o

XILENO; [8]. Cálculos executados com [7].

[ ][ ]

kgkJ475,208.41 -

kg2,106kmol

kmolkJ340.376.4 - h

M)080.19()820.241(5)520.393(8h

M)h()h(5)h(8h

)10H8(C0RP

)10H8(C0RP

10H8C0fO2H

0f2CO

0f)10H8(C

0RP

=⋅=

÷+−−⋅+−⋅=

÷−⋅+⋅=

Cálculo da quantidade de calor no reator para massa 96,083kg/h de Xileno e

para 6% a mais. Sinal [-] saída da reação e sinal [+] fornecido para caldeira.

hkJ94,999.196.4

hkg848,101

kgkJ475,208.41Q

mhQhkJ90,433.959.3

hkg083,96

kgkJ475,208.41Q

mhQ

VC

%6JPH42) função 10H8(C0

)10H8RP(CVC

VC

JPH42) função 10H8(C0

)10H8RP(CVC

+=⋅=

⋅=

+=⋅=

⋅=

+

&

&&

&

&&

Page 111: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

94

Cálculo da relação: AR / COMBUSTÍVEL. Densidade do ar calculado pelo

[7] com:T=23,5°C; P=1bar e massa molecular do[8].

)10H8C(

)ar(

%110molar)10H8C(

)ar(

)10H8C(

)2N()2O(

molar kmolkmol

978,541

428,4355,11n ACe kmol

kmol98,49

148,395,10

nAC =+

==+

=

)10H8C(

)ar(

)10H8C(

)10H8C(

)ar(

)ar(

)10H8C(

)ar(

mássicom kg

kg634,13

kmolkg

2,106

kmolkg

97,2898,49

MM

98,49AC =

⋅=⋅=

⇒==ρ 3)ar(

)ar()ar( m

kg174,1vm

)10H8C(

)ar(3

)10H8C(

)ar(3

ovolumetricV kg

m613,11kg1

1kg

634,13kgm

174,11

AC =⋅

=

Page 112: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

95

Cálculo estequiométrico para o ISOPROPIL BENZENO (C9H12).

Referência [2]

C9H12 + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2

C : b = 9 b = 9

H : 2 c = 12 c = 6

O : 2 b + c = 2 a a = 12

N : d = 3,76 a d = 45,12

C9H12 + 12 O2 + 45,12 N2 → 9 CO2 + 6 H2O + 45,12 N2

Cálculo estequiométrico (C9H12) com 110% de ar teórico. Referência [2]

C9H12 + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2 +eO2

C : b = 9 b = 9

H : 2 c = 12 c = 6

O : 2 b + c +2e= 2 a e = [(1,1 x 2 x 12) -18-6] / 2 = 1,2

N : d = 3,76 a x1,1 d = 45,12 x 1,1 = 49,632

C9H12 + 13,2 (O2 + 3,76N2) → 9 CO2 + 6 H2O + 49,632 N2 + 1,2 O2

Cálculo da entalpia de combustão do ISOPROPIL BENZENO (C9H12) em

unidade mássica. Planta operando 42JPH.Referencias: Fórmulas; [2] e [3]. Dados de

tabelas para o (C9H12); [8]. Cálculos executados com [7].

[ ][ ]

kgkJ02,577.40 -

kg7,122kmol

kmolkJ800.978.4 - h

M)800.13()820.241(6)520.393(9h

M)h()h(6)h(9h

)12H9(C0RP

)12H9(C0RP

12H9C0fO2H

0f2CO

0f)12H9(C

0RP

=⋅=

÷−−−⋅+−⋅=

÷−⋅+⋅=

Cálculo da quantidade de calor no reator para massa 17,41 kg/h de (C9H12) e

para 6% a mais. Sinal [-] saída da reação e sinal [+] fornecido para caldeira.

hkJ51,090.777

hkg151,19

kgkJ02,577.40Q

mhQhkJ92,445.706

hkg41,17

kgkJ02,577.40Q

mhQ

VC

%6JPH42) função 12H9(C0

)12H9RP(CVC

VC

JPH42) função 12H9(C0

)12H9RP(CVC

+=⋅=

⋅=

+=⋅=

⋅=

+

&

&&

&

&&

Page 113: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

96

Cálculo da relação: AR / COMBUSTÍVEL. Densidade do ar calculado pelo

[7] com:T=23,5°C; P=1bar e massa molecular do[8].

)12H9C(

)ar(

)12H9C(

)12H9C(

)ar(

)ar(

)12H9C(

)ar(

mássicom kg

kg4863,13

kmolkg

7,122

kmolkg

97,2812,57

MM

12,57AC =

⋅=⋅=

⇒==ρ 3)ar(

)ar()ar( m

kg174,1vm

)129(

)(3

)129(

)(3

4875,111

14863,13

174,11

HC

ar

HC

ar

ovolumetricV kg

mkg

kgkgm

AC =⋅

=

Cálculo do consumo de ar em função da oferta de (C9H12) para 42JPH+6%

hm9971,219

hkg

151,19kg

m4875,11 )ar(3

)12H9C(

)12H9C(

)ar(3

(ar) =⋅=∀&

hkg

2761,258h

kg151,19

kgkg

4863,13m )ar()12H9C(

)12H9C(

)ar()ar( =⋅=&

Page 114: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

97

Cálculo estequiométrico para o TOLUENO (C7H8) Referência [2].

C7H8 + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2

C : b = 7 b = 7

H : 2 c = 8 c = 4

O : 2 b + c = 2 a a = 9

N : d = 3,76 a d = 33,84

C7H8 + 9 O2 + 33,84 N2 → 7 CO2 + 4 H2O + 33,84 N2

Cálculo estequiométrico (C7H8) com 110% de ar teórico Referência [2].

C7H8 + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2 +eO2

C : b = 7 b = 7

H : 2 c = 8 c = 4

O : 2 b + c +2e= 2 a e = [(1,1 x 2 x 9) -14-4] / 2 = 0,9

N : d = 3,76 a x1,1 d = 33,84 x 1,1 = 37,224

C7H8 + 9,9 (O2 + 3,76N2) → 7 CO2 + 4 H2O + 37,224 N2 + 0,9 O2

Cálculo da entalpia de combustão do TOLUENO (C7H8) em unidade

mássica. Planta operando 42JPH. Referencias: Fórmulas; [2] e [3]. Dados de tabelas

para o (C7H8); [8]. Cálculos executados com [7].

[ ][ ]

kgkJ68,938.40 -

kg14,92kmol

kmolkJ090.772.3 - h

M)170.50()820.241(4)520.393(7h

M)h()h(4)h(7h

)8H7(C0RP

)8H7(C0RP

8H7C0fO2H

0f2CO

0f)8H7(C

0RP

=⋅=

÷−−⋅+−⋅=

÷−⋅+⋅=

Cálculo da quantidade de calor no reator para massa 49,88 kg/h de (C7H8) e

para 6% a mais. Sinal [-] saída da reação e sinal [+] fornecido para caldeira.

hkJ83,550.164.2

hkg873,52

kgkJ68,938.40Q

mhQhkJ36,021.042.2

hkg88,49

kgkJ68,938.40Q

mhQ

VC

%6JPH42) função 8H7(C0

)8H7RP(CVC

VC

JPH42) função 8H7(C0

)8H7RP(CVC

+=⋅=

⋅=

+=⋅=

⋅=

+

&

&&

&

&&

Page 115: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

98

Cálculo da relação: AR / COMBUSTÍVEL. Densidade do ar calculado pelo

[7] com:T=23,5°C; P=1bar e massa molecular do[8].

)8H7C(

)ar(

%110molar)8H7C(

)ar(

)8H7C(

)2N()2O(

molar kmolkmol

124,471

224,379,9n ACe kmol

kmol84,42

184,339

nAC =+

==+

=

)8H7C(

)ar(

)8H7C(

)8H7C(

)ar(

)ar(

)8H7C(

)ar(

mássicom kg

kg47,13

kmolkg

14,92

kmolkg

97,2884,42

MM

84,42AC =

⋅=⋅=

⇒==ρ 3)ar(

)ar()ar( m

kg174,1vm

)8H7C(

)ar(3

)8H7C(

)ar(3

ovolumetricV kg

m4736,11kg1

1kg

47,13kgm

174,11

AC =⋅

=

Cálculo do consumo de ar em função da oferta de (C7H8) para 42JPH+6%

hm644,606

hkg

873,52kgm4736,11 )ar(

3)8H7C(

)8H7C(

)ar(3

(ar) =⋅=∀&

hkg

199,712h

kg873,52

kgkg

47,13m )ar()8H7C(

)8H7C(

)ar()ar( =⋅=&

Page 116: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

99

Cálculo estequiométrico para o BUTANOL (C4H10O) Referência [2].

C4H10O + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2

C : b = 4 b = 4

H : 2 c = 10 c = 5

O : 2 b + c = 1+ 2 a a = 6

N : d = 3,76 a d = 22,56

C4H10O + 6 O2 + 22,56 N2 → 4 CO2 + 5 H2O + 22,56 N2

Cálculo estequiométrico (C4H10O) com 110% de ar teórico. Referência [2]

C4H10O + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2 +eO2

C : b = 4 b = 4

H : 2 c = 10 c = 5

O : 2 b + c +2e= 1 + 2 a e = [(1,1 x 2 x 6) -8-5+1] / 2 = 0,6

N : d = 3,76 a x1,1 d = 22,56 x 1,1 = 24,816

C4H10O + 6,6 (O2 + 3,76N2) → 4 CO2 + 5 H2O + 24,816 N2 + 0,6 O2

Cálculo da entalpia de combustão do BUTANOL (C4H10O) em unidade

mássica. Planta operando 42JPH.Referencias: Fórmulas; [2] e [3]. Dados de tabelas

para o BUTANOL; [8]. Cálculos executados com [7].

[ ][ ]

kgkJ59,596.33 -

kg123,74kmol

kmolkJ280.490.2 - h

M)900.292()820.241(5)520.393(4h

M)h()h(5)h(4h

O)10H4(C0RP

O)10H4(C0RP

O10H4C0fO2H

0f2CO

0fO)10H4(C

0RP

=⋅=

÷−−−⋅+−⋅=

÷−⋅+⋅=

Cálculo da quantidade de calor no reator para massa 19,777 kg/h de

BUTANOL e para 6% a mais. Sinal [-] saída da reação e sinal [+] fornecido para

caldeira.

hkJ91,318.704

hkg964,20

kgkJ59,596.33Q

mhQhkJ76,439.664

hkg777,19

kgkJ59,596.33Q

mhQ

VC

%6JPH42O) função 10H4(C0

O)10H4RP(CVC

VC

JPH42O) função 10H4(C0

O)10H4RP(CVC

+=⋅=

⋅=

+=⋅=

⋅=

+

&

&&

&

&&

Page 117: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

100

Cálculo da relação: AR / COMBUSTÍVEL. Densidade do ar calculado pelo

[7] com:T=23,5°C; P=1bar e massa molecular do[8].

)O10H4C(

)ar(

%110molar)O10H4C(

)ar(

)O10H4C(

)2N()2O(

molar kmolkmol

41,311

816,246,6n ACe kmol

kmol56,28

156,226

nAC =+

==+

=

)O10H4C(

)ar(

)O10H4C(

)O10H4C(

)ar(

)ar(

)O10H4C(

)ar(

mássicom kg

kg1623,11

kmolkg

123,74

kmolkg

97,2856,28

MM

56,28AC =

⋅=⋅=

⇒== 3)(

)()( 174,1

mkg

vm

ar

ararρ

)O10H4C(

)ar(3

)O10H4C(

)ar(3

ovolumetricV kg

m508,9kg1

1kg

1623,11kgm

174,11

AC =⋅

=

Cálculo do consumo de ar em função da oferta de BUTANOL para

42JPH+6%

hm33,199

hkg

964,20kg

m508,9 )ar(3

)O10H4C(

)O10H4C(

)ar(3

(ar) =⋅=∀&

hkg

01,234h

kg964,20

kgkg

1623,11m )ar()O10H4C(

)O10H4C(

)ar()ar( =⋅=&

Page 118: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

101

Cálculo estequiométrico para o ACETATO DE BUTILA (C6H12O2).

Referência [2]

C6H12O2 + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2

C : b = 6 b = 6

H : 2 c = 12 c = 6

O : 2 b + c = 2 a + 2 a = 8

N : d = 3,76 a d = 30,08

C6H12O2 + 8 O2 + 30,08 N2 → 6 CO2 + 6 H2O + 30,08 N2

Cálculo estequiométrico (C6H12O2) com 110% de ar teórico. Referência [2]

C6H12O2 + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2 +eO2

C : b = 6 b = 6

H : 2 c = 12 c = 6

O : 2 b + c +2e= 2 a+2 e = [(1,1 x 2 x 8) -12-6+2] / 2 = 0,8

N : d = 3,76 a x1,1 d = 30,08 x 1,1 = 33,088

C6H12O2 + 8,8 (O2 + 3,76N2) → 6 CO2 + 6 H2O + 33,088 N2 + 0,8 O2

Cálculo da entalpia de combustão do (C6H12O2) em unidade mássica. Planta

operando 42JPH.Referencias: Fórmulas; [2] e [3]. Dados de tabelas para o

(C6H12O2) ; [8]. Cálculos executados com [7].

[ ][ ]

kgkJ57,637.28 -

kg16,116kmol

kmolkJ540.326.3 - h

M)500.485()820.241(6)520.393(6h

M)h()h(6)h(6h

)2O12H6(C0RP

)2O12H6(C0RP

2O12H6C0fO2H

0f2CO

0f)2O12H6(C

0RP

=⋅=

÷−−−⋅+−⋅=

÷−⋅+⋅=

Cálculo da quantidade de calor no reator para massa 46,315kg/h de

(C6H12O2) e para 6% a mais. Sinal [-] saída da reação e sinal [+] fornecido para

caldeira.

Page 119: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

102

hkJ86,932.405.1

hkg094,49

kgkJ57,637.28Q

mhQhkJ06,349.326.1

hkg315,46

kgkJ57,637.28Q

mhQ

VC

%6JPH42) função 2O12H6(C0

)2O12H6RP(CVC

VC

JPH42) função 2O12H6(C0

)2O12H6RP(CVC

+=⋅=

⋅=

+=⋅=

⋅=

+

&

&&

&

&&

Cálculo da relação: AR / COMBUSTÍVEL. Densidade do ar calculado pelo

[7] com:T=23,5°C; P=1bar e massa molecular do[8].

)2O12H6C(

)ar(

%110molar)2O12H6C(

)ar(

)2O12H6C(

)2N()2O(

molar kmolkmol

888,411

088,338,8n ACe kmol

kmol08,38

108,308

nAC =+

==+

=

)2O12H6C(

)ar(

)2O12H6C(

)2O12H6C(

)ar(

)ar(

)2O12H6C(

)ar(

mássicom kg

kg497,9

kmolkg

16,116

kmolkg

97,2808,38

MM

08,38AC =

⋅=⋅=

⇒==ρ 3)ar(

)ar()ar( m

kg174,1vm

)2O12H6C(

)ar(3

)2O12H6C(

)ar(3

ovolumetricV kg

m0894,8kg1

1kg

497,9kgm

174,11

AC =⋅

=

Cálculo do consumo de ar em função da oferta de (C6H12O2) para

42JPH+6%

hm14,397

hkg

094,49kg

m0894,8 )ar(3

)2O12H6C(

)2O12H6C(

)ar(3

(ar) =⋅=∀&

hkg

25,466h

kg094,49

kgkg

497,9m )ar()2O12H6C(

)2O12H6C(

)ar()ar( =⋅=&

Page 120: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

103

Cálculo estequiométrico para o ACETATO DE BUTIL GLICOL

(C8H16O3). Referência [2]

C8H16O3 + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2

C : b = 8 b = 8

H : 2 c = 16 c = 8

O : 2 b + c = 2 a+3 a = 10,5

N : d = 3,76 a d = 39,48

C8H16O3 + 10,5 O2 + 39,48 N2 → 8 CO2 + 8 H2O + 39,48 N2

Cálculo estequiométrico (C8H16O3) com 110% de ar teórico. Referência [2]

C8H16O3 + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2 +eO2

C : b = 8 b = 8

H : 2 c = 16 c = 8

O : 2 b + c +2e= 2 a+3 e = [(1,1 x 2 x 10,5) -16-8+3] / 2 = 1,05

N : d = 3,76 a x1,1 d = 39,48 x 1,1 = 43,428

C8H16O3 + 11,55 (O2 + 3,76N2) → 8 CO2 + 8 H2O + 43,428 N2 + 1,05 O2

Cálculo da entalpia de combustão do (C8H16O3) em unidade mássica. Planta

operando 42JPH.Referencias: Fórmulas; [2] e [3]. Dados de tabelas para o

(C8H16O3); [8]. Cálculos executados com [7].

[ ][ ]

kgkJ07,379.37 -

kg214,128kmol

kmolkJ520.792.4 - h

M)200.290()820.241(8)520.393(8h

M)h()h(8)h(8h

)3O16H8(C0RP

)3O16H8(C0RP

3O16H8C0fO2H

0f2CO

0f)3O16H8(C

0RP

=⋅=

÷−−−⋅+−⋅=

÷−⋅+⋅=

Cálculo da quantidade de calor no reator para massa 33,389 kg/h de

(C8H16O3) e para 6% a mais. Sinal [-] saída da reação e sinal [+] fornecido para

caldeira.

Page 121: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

104

hkJ05,920.322.1

hkg392,35

kgkJ07,379.37Q

mhQh

kJ77,049.248.1hkg389,33

kgkJ07,379.37Q

mhQ

VC

%6JPH42) função 3O16H8(C0

)3O16H8RP(CVC

VC

JPH42) função 3O16H8(C0

)3O16H8RP(CVC

+=⋅=

⋅=

+=⋅=

⋅=

+

&

&&

&

&&

Cálculo da relação: AR / COMBUSTÍVEL. Densidade do ar calculado pelo

[7] com:T=23,5°C; P=1bar e massa molecular do[8].

)3O16H8C(

)ar(

%110molar)3O16H8C(

)ar(

)3O16H8C(

)2N()2O(

molar kmolkmol

978,541

428,4355,11n ACe kmol

kmol98,49

148,395,10

nAC =+

==+

=

)3O16H8C(

)ar(

)3O16H8C(

)3O16H8C(

)ar(

)ar(

)3O16H8C(

)ar(

mássicom kg

kg293,11

kmolkg

214,128

kmolkg

97,2898,49

MM

98,49AC =

⋅=⋅=

⇒==ρ 3)ar(

)ar()ar( m

kg174,1vm

)3O16H8C(

)ar(3

)3O16H8C(

)ar(3

ovolumetricV kg

m6192,9kg1

1kg

293,11kgm

174,11

AC =⋅

=

Cálculo do consumo de ar em função da oferta de (C8H16O3) para

42JPH+6%

hm44,340

hkg

392,35kg

m6192,9 )ar(3

)3O16H8C(

)3O16H8C(

)ar(3

(ar) =⋅=∀&

hkg

68,399h

kg392,35

kgkg

293,11m )ar()3O16H8C(

)3O16H8C(

)ar()ar( =⋅=&

Page 122: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

105

Cálculo estequiométrico para o ACETATO DE AMILA (C7H14O2).

Referência [2]

C7H14O2 + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2

C : b = 7 b = 7

H : 2 c = 14 c = 7

O : 2 b + c = 2 a+2 a = 9,5

N : d = 3,76 a d = 35,72

C7H14O2 + 9,5 O2 + 35,72 N2 → 7 CO2 + 7 H2O + 35,72 N2

Cálculo estequiométrico (C7H14O2) com 110% de ar teórico. Referência [2]

C7H14O2 + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2 +eO2

C : b = 7 b = 7

H : 2 c = 14 c = 7

O : 2 b + c +2e= 2 a+2 e = [(1,1 x 2 x 9,5+2) -14-7] / 2 = 0,95

N : d = 3,76 a x1,1 d = 35,72 x 1,1 = 39,292

C7H14O2 + 10,45 (O2 + 3,76N2) → 7 CO2 + 7 H2O + 39,292 N2 + 0,95 O2

Cálculo da entalpia de combustão do (C7H14O2) em unidade mássica. Planta

operando 42JPH.Referencias: Fórmulas; [2] e [3]. Dados de tabelas para o

(C7H14O2); [8]. Cálculos executados com [7].

[ ][ ]

kgkJ79,220.36 -

kg188,114kmol

kmolkJ980.135.4 - h

M)400.311()820.241(7)520.393(7h

M)h()h(7)h(7h

)2O14H7(C0RP

)2O14H7(C0RP

2O14H7C0fO2H

0f2CO

0f)2O14H7(C

0RP

=⋅=

÷−−−⋅+−⋅=

÷−⋅+⋅=

Cálculo da quantidade de calor no reator para massa 28,184 kg/h de

(C7H14O2) e para 6% a mais. Sinal [-] saída da reação e sinal [+] fornecido para

caldeira.

Page 123: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

106

hkJ55,097.082.1

hkg875,29

kgkJ79,220.36Q

mhQh

kJ75,846.020.1hkg184,28

kgkJ79,220.36Q

mhQ

VC

%6JPH42) função 2O14H7(C0

)2O14H7RP(CVC

VC

JPH42) função 2O14H7(C0

)2O14H7RP(CVC

+=⋅=

⋅=

+=⋅=

⋅=

+

&

&&

&

&&

Cálculo da relação: AR / COMBUSTÍVEL. Densidade do ar calculado pelo

[7] com:T=23,5°C; P=1bar e massa molecular do[8].

)2O14H7C(

)ar(

%110molar)2O14H7C(

)ar(

)2O14H7C(

)2N()2O(

molar kmolkmol

742,491

292,3945,10n ACe kmol

kmol22,45

172,355,9

nAC =+

==+

=

)2O14H7C(

)ar(

)2O14H7C(

)2O14H7C(

)ar(

)ar(

)2O14H7C(

)ar(

mássicom kg

kg473,11

kmolkg

188,114

kmolkg

97,2822,45

MM

22,45AC =

⋅=⋅=

⇒==ρ 3)ar(

)ar()ar( m

kg174,1vm

)2O14H7C(

)ar(3

)2O14H7C(

)ar(3

ovolumetricV kg

m773,9kg1

1kg

473,11kgm

174,11

AC =⋅

=

Cálculo do consumo de ar em função da oferta de (C7H14O2) para

42JPH+6%

hm968,291

hkg

875,29kg

m773,9 )ar(3

)2O14H7C(

)2O14H7C(

)ar(3

(ar) =⋅=∀&

hkg

756,342h

kg875,29

kgkg

473,11m )ar()2O14H7C(

)2O14H7C(

)ar()ar( =⋅=&

Page 124: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

107

Cálculo estequiométrico para o N BUTANO (C4H10). Referência [2]

C4H10 + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2

C : b = 4 b = 4

H : 2 c = 10 c = 5

O : 2 b + c = 2 a a = 6,5

N : d = 3,76 a d = 24,44

C4H10 + 6,5 O2 + 24,44 N2 → 4 CO2 + 5 H2O + 24,45 N2

Cálculo estequiométrico (C4H10) com 110% de ar teórico. Referência [2]

C4H10 + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2 +eO2

C : b = 4 b = 4

H : 2 c = 10 c = 5

O : 2 b + c +2e= 2 a e = [(1,1 x 2 x 6,5) -8-5] / 2 = 0,65

N : d = 3,76 a x1,1 d = 24,44 x 1,1 = 26,884

C4H10 + 7,15 (O2 + 3,76N2) → 4 CO2 + 5 H2O + 26,884 N2 + 0,65 O2

Cálculo da entalpia de combustão do (C4H10) em unidade mássica. Planta

operando 42JPH.Referencias: Fórmulas; [2] e [3]. Dados de tabelas para o N

BUTANO; [8]. Cálculos executados com [7].

[ ][ ]

kgkJ76,575.45 -

kg123,58kmol

kmolkJ000.649.2 - h

M)180.134()820.241(5)520.393(4h

M)h()h(5)h(4h

)10H4(C0RP

)10H4(C0RP

10H4C0fO2H

0f2CO

0f)10H4(C

0RP

=⋅=

÷−−−⋅+−⋅=

÷−⋅+⋅=

Cálculo da quantidade de calor no reator para massa 28,184 kg/h de (C4H10)

e para 6% a mais. Sinal [-] saída da reação e sinal [+] fornecido para caldeira.

hkJ83,575.361.1

hkg875,29

kgkJ76,575.45Q

mhQh

kJ22,507.284.1hkg184,28

kgkJ76,575.45Q

mhQ

VC

%6JPH42) função 10H4(C0

)10H4RP(CVC

VC

JPH42) função 10H4(C0

)10H4RP(CVC

+=⋅=

⋅=

+=⋅=

⋅=

+

&

&&

&

&&

Page 125: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

108

Cálculo da relação: AR / COMBUSTÍVEL. Densidade do ar calculado pelo

[7] com:T=23,5°C; P=1bar e massa molecular do[8].

)10H4C(

)ar(

%110molar)10H4C(

)ar(

)10H4C(

)2N()2O(

molar kmolkmol

034,341

884,2615,7n ACe kmol

kmol94,30

144,245,6

nAC =+

==+

=

)10H4C(

)ar(

)10H4C(

)10H4C(

)ar(

)ar(

)10H4C(

)ar(

mássicom kg

kg42,15

kmolkg

123,58

kmolkg

97,2894,30

MM

94,30AC =

⋅=⋅=

⇒==ρ 3)ar(

)ar()ar( m

kg174,1vm

)10H4C(

)ar(3

)10H4C(

)ar(3

ovolumetricV kg

m135,13kg1

1kg

42,15kgm

174,11

AC =⋅

=

Cálculo do consumo de ar em função da oferta de N BUTANO para

42JPH+6%

hm408,392

hkg

875,29kg

m135,13 )ar(3

)10H4C(

)10H4C(

)ar(3

(ar) =⋅=∀&

hkg

673,460h

kg875,29

kgkg

42,15m )ar()10H4C(

)10H4C(

)ar()ar( =⋅=&

Page 126: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

109

Cálculo estequiométrico para o ETANOL (C2H6O). Referência [2]

C2H6O + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2

C : b = 2 b = 2

H : 2 c = 6 c = 3

O : 2 b + c = 2 a + 1 a = 3

N : d = 3,76 a d = 11,28

C2H6O + 3 O2 + 11,28 N2 → 2 CO2 + 3 H2O + 11,28 N2

Cálculo estequiométrico (C2H6O) com 110% de ar teórico. Referência [2]

C2H6O + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2 +eO2

C : b = 2 b = 2

H : 2 c = 6 c = 3

O : 2 b + c +2e= 2 a+1 e = [(1,1 x 2 x 3+1) -4-3] / 2 = 0,3

N : d = 3,76 a x1,1 d = 11,28 x 1,1 = 12,408

C2H6O + 3,3 (O2 + 3,76N2) → 2 CO2 + 3 H2O + 12,408 N2 + 0,3O2

Cálculo da entalpia de combustão do ETANOL (C2H6O) em unidade

mássica. Planta operando 42JPH.Referencias: Fórmulas; [2] e [3]. Dados de tabelas

para o ETANOL; [8]. Cálculos executados com [7].

[ ][ ]

kgkJ 23,731.27 -

kg069,46kmol

kmolkJ550.277.1 - h

M)950.234()820.241(3)520.393(2h

M)h()h(3)h(2h

O)6H2(C0RP

O)6H2(C0RP

O6H2C0fO2H

0f2CO

0fO)6H2(C

0RP

=⋅=

÷−−−⋅+−⋅=

÷−⋅+⋅=

Cálculo da quantidade de calor no reator para massa 2,926 kg/h de ETANOL

e para 6% a mais. Sinal [-] saída da reação e sinal [+] fornecido para caldeira.

hkJ07,010.86

hkg1016,3

kgkJ23,731.27Q

mhQh

kJ58,141.81hkg926,2

kgkJ23,731.27Q

mhQ

VC

%6JPH42O) função 6H2(C0

O)6H2RP(CVC

VC

JPH42O) função 6H2(C0

O)6H2RP(CVC

+=⋅=

⋅=

+=⋅=

⋅=

+

&

&&

&

&&

Page 127: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

110

Cálculo da relação: AR / COMBUSTÍVEL. Densidade do ar calculado pelo

[7] com:T=23,5°C; P=1bar e massa molecular do[8].

)O6H2C(

)ar(

%110molar)O6H2C(

)ar(

)O6H2C(

)2N()2O(

molar kmolkmol

708,151

408,123,3n ACe kmol

kmol28,14

128,113

nAC =+

==+

=

)O6H2C(

)ar(

)O6H2C(

)ar(

)O6H2C(

)ar(

mássicom kg

kg98,8

kmolkg

069,46

kmolkg

97,2828,14

MM

28,14AC =

⋅=⋅=

⇒==ρ 3)ar(

)ar()ar( m

kg174,1vm

)O6H2C(

)ar(3

)O6H2C(

)ar(3

ovolumetricV kg

m65,7kg1

1kg

98,8kgm

174,11

AC =⋅

=

Cálculo do consumo de ar em função da oferta de ETANOL para 42JPH+6%

hm727,23

hkg

1016,3kg

m65,7 )ar(3

)O6H2C(

)O6H2C(

)ar(3

(ar) =⋅=∀&

hkg

852,27h

kg1016,3

kgkg

98,8m )ar()O6H2C(

)O6H2C(

)ar()ar( =⋅=&

Page 128: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

111

Cálculo estequiométrico para o PROPANONA II (C3H6O). Referência

[2]

C3H6O + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2

C : b = 3 b = 3

H : 2 c = 6 c = 3

O : 2 b + c = 2 a+1 a = 4

N : d = 3,76 a d = 15,04

C3H6O + 4 O2 + 15,04 N2 → 3 CO2 + 3 H2O + 15,04 N2

Cálculo estequiométrico (C3H6O) com 110% de ar teórico. Referência [2]

C3H6O + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2 +eO2

C : b = 3 b = 3

H : 2 c = 6 c = 3

O : 2 b + c +2e= 2 a+1 e = [(1,1 x 2 x 4+1) -6-3] / 2 = 0,4

N : d = 3,76 a x1,1 d = 15,04 x 1,1 = 16,544

C3H6O + 4,4 (O2 + 3,76N2) → 3 CO2 + 3 H2O + 16,544 N2 + 0,4 O2

Cálculo da entalpia de combustão do PROPANONA II (C3H6O) em unidade

mássica. Planta operando 42JPH.Referencias: Fórmulas; [2] e [3]. Dados de tabelas

para o PROPANONA II; [8]. Cálculos executados com [7].

[ ][ ]

kgkJ50,609.29 -

kg080,58kmol

kmolkJ720.719.1 - h

M)300.186()820.241(3)520.393(3h

M)h()h(3)h(3h

O)6H3(C0RP

O)6H3(C0RP

O6H3C0fO2H

0f2CO

0fO)6H3(C

0RP

=⋅=

÷−−−⋅+−⋅=

÷−⋅+⋅=

Cálculo da quantidade de calor no reator para massa 2,926 kg/h de

PROPANONA II e para 6% a mais. Sinal [-] saída da reação e sinal [+] fornecido

para caldeira.

Page 129: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

112

hkJ83,836.91

hkg1016,3

kgkJ50,609.29Q

mhQh

kJ40,637.86hkg926,2

kgkJ50,609.29Q

mhQ

VC

%6JPH42O) função 6H3(C0

O)6H3RP(CVC

VC

JPH42O) função 6H3(C0

O)6H3RP(CVC

+=⋅=

⋅=

+=⋅=

⋅=

+

&

&&

&

&&

Cálculo da relação: AR / COMBUSTÍVEL. Densidade do ar calculado pelo

[7] com:T=23,5°C; P=1bar e massa molecular do[8].

)O6H3C(

)ar(

%110molar)O6H3C(

)ar(

)O6H3C(

)2N()2O(

molar kmolkmol

944,201

544,164,4n ACe kmol

kmol04,19

104,154

nAC =+

==+

=

)O6H3C(

)ar(

)O6H3C(

)O6H3C(

)ar(

)ar(

)O6H3C(

)ar(

mássicom kg

kg4971,9

kmolkg

080,58

kmolkg

97,2804,19

MM

04,19AC =

⋅=⋅=

⇒==ρ 3)ar(

)ar()ar( m

kg174,1vm

)O6H3C(

)ar(3

)O6H3C(

)ar(3

ovolumetricV kg

m0895,8kg1

1kg

4971,9kgm

174,11

AC =⋅

=

Cálculo do consumo de ar em função da oferta de (C3H6O) para 42JPH+6%

hm0904,25

hkg

1016,3kg

m0895,8 )ar(3

)O6H3C(

)O6H3C(

)ar(3

(ar) =⋅=∀&

hkg

4562,29h

kg1016,3

kgkg

4971,9m )ar()O6H3C(

)O6H3C(

)ar()ar( =⋅=&

Page 130: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

113

Cálculo estequiométrico para o ACETATO DE ETILA (C4H8O2).

Referência [2]

C4H8O2 + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2

C : b = 4 b = 4

H : 2 c = 8 c = 4

O : 2 b + c = 2 a+2 a = 5

N : d = 3,76 a d = 18,80

C4H8O2 + 5 O2 + 18,80 N2 → 4 CO2 + 4 H2O + 18,80 N2

Cálculo estequiométrico (C4H8O2) com 110% de ar teórico. Referência [2]

C4H8O2 + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2 +eO2

C : b = 4 b = 4

H : 2 c = 8 c = 4

O : 2 b + c +2e= 2 a+2 e = [(1,1 x 2 x 5+2) -8-4] / 2 = 0,5

N : d = 3,76 a x1,1 d = 18,80 x 1,1 = 20,68

C4H8O2 + 5,5 (O2 + 3,76N2) → 4 CO2 + 4 H2O + 20,68 N2 + 0,5 O2

Cálculo da entalpia de combustão do (C4H8O2) em unidade mássica. Planta

operando 42JPH.Referencias: Fórmulas; [2] e [3]. Dados de tabelas para o (C4H8O2)

[8]. Cálculos executados com [7].

[ ][ ]

kgkJ29,799.23 -

kg106,88kmol

kmolkJ860.096.2 - h

M500.444()820.241(4)520.393(4h

M)h()h(4)h(4h

)2O8H4(C0RP

)2O8H4(C0RP

2O8H4C0fO2H

0f2CO

0f)2O8H4(C

0RP

=⋅=

÷−−−⋅+−⋅=

÷−⋅+⋅=

Cálculo da quantidade de calor no reator para massa 2,926 kg/h de (C4H8O2)

e para 6% a mais. Sinal [-] saída da reação e sinal [+] fornecido para caldeira.

hkJ88,815.73

hkg1016,3

kgkJ29,799.23Q

mhQh

kJ73,636.69hkg926,2

kgkJ29,799.23Q

mhQ

VC

%6JPH42) função 2O8H4(C0

)2O8H4RP(CVC

VC

JPH42) função 2O8H4(C0

)2O8H4RP(CVC

+=⋅=

⋅=

+=⋅=

⋅=

+

&

&&

&

&&

Page 131: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

114

Cálculo da relação: AR / COMBUSTÍVEL. Densidade do ar calculado pelo

[7] com:T=23,5°C; P=1bar e massa molecular do[8].

)2O8H4C(

)ar(

%110molar)2O8H4C(

)ar(

)2O8H4C(

)2N()2O(

molar kmolkmol

18,261

68,205,5n ACe kmol

kmol8,23

18,185

nAC =+

==+

=

)2O8H4C(

)ar(

)2O8H4C(

)2O8H4C(

)ar(

)ar(

)2O8H4C(

)ar(

mássicom kg

kg826,7

kmolkg

106,88

kmolkg

97,288,23

MM

8,23AC =

⋅=⋅=

⇒==ρ 3)ar(

)ar()ar( m

kg174,1vm

)2O8H4C(

)ar(3

)2O8H4C(

)ar(3

ovolumetricV kg

m666,6kg1

1kg

826,7kgm

174,11

AC =⋅

=

Cálculo do consumo de ar em função da oferta de (C4H8O2) para 42JPH+6%

hm6753,20

hkg

1016,3kg

m666,6 )ar(3

)2O8H4C(

)2O8H4C(

)ar(3

(ar) =⋅=∀&

hkg

2731,24h

kg1016,3

kgkg

826,7m )ar()2O8H4C(

)2O8H4C(

)ar()ar( =⋅=&

Page 132: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

115

Cálculo estequiométrico para o ALCOOL ISOPROPILICO (C3H8O).

Referência [2]

C3H8O + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2

C : b = 3 b = 3

H : 2 c = 8 c = 4

O : 2 b + c = 2 a+1 a = 4,5

N : d = 3,76 a d = 16,92

C3H8O + 4,5 O2 + 16,92 N2 → 3 CO2 + 4 H2O + 16,92 N2

Cálculo estequiométrico (C3H8O) com 110% de ar teórico. Referência [2]

C3H8O + a (O2 + 3,76N2) → b CO2 + c H2O + d N2 +eO2

C : b = 3 b = 3

H : 2 c = 8 c = 4

O : 2 b + c +2e= 2 a+1 e = [(1,1 x 2 x 4,5+1) -6-4] / 2 = 0,45

N : d = 3,76 a x1,1 d = 16,92 x 1,1 = 18,612

C3H8O + 4,95 (O2 + 3,76N2) → 3 CO2 + 4 H2O + 18,612 N2 + 0,45 O2

Cálculo da entalpia de combustão do (C3H8O) em unidade mássica. Planta

operando 42JPH.Referencias: Fórmulas; [2] e [3]. Dados de tabelas para o (C3H8O);

[8]. Cálculos executados com [7].

[ ][ ]

kgkJ24,139.32 -

kg096,60kmol

kmolkJ440.931.1 - h

M)400.216()820.241(4)520.393(3h

M)h()h(4)h(3h

O)8H3(C0RP

O)8H3(C0RP

O8H3C0fO2H

0f2CO

0fO)8H3(C

0RP

=⋅=

÷−−−⋅+−⋅=

÷−⋅+⋅=

Cálculo da quantidade de calor no reator para massa 2,18 kg/h de (C3H8O) e

para 6% a mais. Sinal [-] saída da reação e sinal [+] fornecido para caldeira.

hkJ36,267.74

hkg3108,2

kgkJ24,139.32Q

mhQh

kJ54,063.70hkg18,2

kgkJ24,139.32Q

mhQ

VC

%6JPH42O) função 8H3(C0

O)8H3RP(CVC

VC

JPH42O) função 8H3(C0

O)8H3RP(CVC

+=⋅=

⋅=

+=⋅=

⋅=

+

&

&&

&

&&

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116

Cálculo da relação: AR / COMBUSTÍVEL. Densidade do ar calculado pelo

[7] com:T=23,5°C; P=1bar e massa molecular do[8].

)O8H3C(

)ar(

%110molar)O8H3C(

)ar(

)O8H3C(

)2N()2O(

molar kmolkmol

562,231

612,1895,4n ACe kmol

kmol42,21

192,165,4

nAC =+

==+

=

)O8H3C(

)ar(

)O8H3C(

)O8H3C(

)ar(

)ar(

)O8H3C(

)ar(

mássicom kg

kg326,10

kmolkg

096,60

kmolkg

97,2842,21

MM

42,21AC =

⋅=⋅=

⇒==ρ 3)ar(

)ar()ar( m

kg174,1vm

)O8H3C(

)ar(3

)O8H3C(

)ar(3

ovolumetricV kg

m796,8kg1

1kg

326,10kgm

174,11

AC =⋅

=

Cálculo do consumo de ar em função da oferta de (C3H8O) para 42JPH+6%

hm3258,20

hkg

3108,2kg

m796,8 )ar(3

)O8H3C(

)O8H3C(

)ar(3

(ar) =⋅=∀&

hkg

8613,23h

kg3108,2

kgkg

326,10m )ar()O8H3C(

)O8H3C(

)ar()ar( =⋅=&

Page 134: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

117

Resumo das reações de combustão para cada componente do VOC,

estequiometria com 100% de ar teórico.

( ) 22222VOC NOHCON O COMP β+δ+χ→β+α+

Xilenos C8 H10 + 10,5 O2 + 39,48 N2 8 CO2 + 5 H2O + 39,48 N2

Isopropil benzenos C9 H12 + 12 O2 + 45,12 N2 9 CO2 + 6 H2O + 45,12 N2

Tolueno C7 H8 + 9 O2 + 33,84 N2 7 CO2 + 4 H2O + 33,84 N2

Butanol C4 H10 O + 6 O2 + 22,56 N2 4 CO2 + 5 H2O + 22,56 N2

Acetato de butila C6 H12 O2 + 8 O2 + 30,08 N2 6 CO2 + 6 H2O + 30,08 N2

Acetato de butil glicol C8 H16 O3 + 10,5 O2 + 39,48 N2 8 CO2 + 8 H2O + 39,48 N2

Acetato de amila C7 H14 O2 + 9,5 O2 + 35,72 N2 7 CO2 + 7 H2O + 35,72 N2

N butano C4 H10 + 6,5 O2 + 24,44 N2 4 CO2 + 5 H2O + 24,44 N2

Etanol / alcool etílico C2 H6 O + 3 O2 + 11,28 N2 2 CO2 + 3 H2O + 11,28 N2

Propanona II / Acetona C3 H6 O + 4 O2 + 15,04 N2 3 CO2 + 3 H2O + 15,04 N2

Acetato de etila C4 H8 O2 + 5 O2 + 18,8 N2 4 CO2 + 4 H2O + 18,8 N2

Alcool Isopropilico C3 H8 O + 4,5 O2 + 16,92 N2 3 CO2 + 4 H2O + 16,92 N2

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118

Resumo das reações de combustão para cada componente do VOC,

estequiometria com 110% de ar teórico.

( ) 222222VOC ONOHCON O COMP ε+β+δ+χ→β+α+

Tabela da sumarização do consumo de ar e valores de Entalpia de combustão

de cada componente do VOC

hcomb [kJ/h] Ar [m³/h] Ar [kg/h]

1165,8 1182,76 1388,6215,9 219,9971 258,2761601,3 606,644 712,199195,6 199,33 234,01390,5 397,14 466,25367,5 340,44 399,68300,6 291,968 342,756378,2 392,408 460,67323,9 23,727 27,85225,5 25,0904 29,456220,5 20,6753 24,273120,6 20,3258 23,8613

3705,9 3720,506 7426,5

Xilenos C8 H10 + 11,55 O2 + 43,428 N2 8 CO2 + 5 H2O + 43,428 N2 + 1,05 O2

Isopropil benzenos C9 H12 + 13,2 O2 + 49,632 N2 9 CO2 + 6 H2O + 49,632 N2 + 1,2 O2

Tolueno C7 H8 + 9,9 O2 + 37,224 N2 7 CO2 + 4 H2O + 37,224 N2 + 0,9 O2

Butanol C4 H10 O + 6,6 O2 + 24,816 N2 4 CO2 + 5 H2O + 24,816 N2 + 0,6 O2

Acetato de butila C6 H12 O2 + 8,8 O2 + 33,088 N2 6 CO2 + 6 H2O + 33,088 N2 + 0,8 O2

Acetato de butil glicol C8 H16 O3 + 11,55 O2 + 43,428 N2 8 CO2 + 8 H2O + 43,428 N2 + 1,05 O2

Acetato de amila C7 H14 O2 + 10,45 O2 + 39,292 N2 7 CO2 + 7 H2O + 39,292 N2 + 0,95 O2

N butano C4 H10 + 7,15 O2 + 26,884 N2 4 CO2 + 5 H2O + 26,884 N2 + 0,65 O2

Etanol / alcool etílico C2 H6 O + 3,3 O2 + 12,408 N2 2 CO2 + 3 H2O + 12,408 N2 + 0,3 O2

Propanona II / Acetona C3 H6 O + 4,4 O2 + 16,544 N2 3 CO2 + 3 H2O + 16,544 N2 + 0,4 O2

Acetato de etila C4 H8 O2 + 5,5 O2 + 20,68 N2 4 CO2 + 4 H2O + 20,68 N2 + 0,5 O2

Alcool Isopropilico C3 H8 O + 4,95 O2 + 18,612 N2 3 CO2 + 4 H2O + 18,612 N2 + 0,45 O2

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119

APÊNDICE IV: Cálculo para equipamentos SCS [7]

MODELAGEM MATEMÁTICA PARA ESTUDO DA PLANTA DE SCS

RESULTADOS

Estes resultados foram obtidos através

de cálculos realizados pelo software EES,

referencia [7].

([7] EES; Engineering Equation Solver,

Academic Version V7.173-3D (07/04/04).

Alvarado and Klein, version 2004.)

Programa ajustado para as unidades:

[kJ]; [C]; [bar]; [kg]; [degrees].

Cons=495652

dar=1,204

dGN=0,6425

Ecanual=6,278E+06

Eletr=50,11

Equip=1,538E+07

EquipR=3,715E+07

Gas=0,1167

h1=3350 [kJ/kg]

h2=2293

h2ise=1840 [kJ/kg]

h3=173,7 [kJ/kg]

h4=186,8

h4ise=181,6 [kJ/kg]

h5=2865 [kJ/kg]

h6=175,6

hCWin=125,8 [kJ/kg]

hCWout=167,7 [kJ/kg]

magua=40,51

dGN = 0,6425

pciGN = 47124

dar = 1,204

RelGNar = 17,9 · 1,1

Qvoc = 1,33414 x 10 7

3600

QhojeGN = 540 · dGN · pciGN

3600

mGNfuturo = 149829,7 · dar

RelGNar

vGNfuturo = mGNfuturo

0,7736

QfuturoGN = mGNfuturo · pciGN

3600

p1 = 60

p2 = 0,08

T1 = 275,6

h1 = h ( 'Water' ; T =470 ; P = p1 )

s1 = s ( 'Water' ; x = 1 ; P = p1 )

h2ise = h ( 'Water' ; s =s1 ; P = p2 )

0,7 = h1 – h2

h1 – h2ise

x2 = x ( 'Water' ; h =h2 ; P = p2 )

h3 = h ( 'Water' ; x = 0 ; P = p2 )

s3 = s ( 'Water' ; x = 0 ; P = p2 )

s2 = s ( 'Water' ; h =h2 ; P = p2 )

h4ise = h ( 'Water' ; s =0,5979 ; P = p1 )

Wbomba = magua · h4ise – h3

0,7

h4 – h6 = Wbombamagua

Q = Qvoc + QhojeGN + QfuturoGN

magua = Q

h1 – h4

Wtv = magua · h1 – ( magua – mpic ) · h2 – mpic · h5

h5 = h ( 'Water' ; T =200 ; P = 3 )

s5 = s ( 'Water' ; T =200 ; P = 3 )

magua · h6 = mpic · h ( 'Water' ; x = 0 ; T =45 ) + ( magua – mpic ) · h3

s6 = s ( 'Water' ; h =h6 ; P = p2 )

mpic = 180003600

rendciclo = Wtv – Wbomba

Q

Wliq = Wtv – Wbomba

maguaCW = magua · h2ise – h3

hCWout – hCWin

hCWin = h ( 'Water' ; T =Tcwin ; P = Pcw )

Tcwin = 30

hCWout = h ( 'Water' ; T =Tcwout ; P = Pcw )

Tcwout = 40

Pcw = 2

EquipR = 3,71494 x 10 7

Equip = 1,53827 x 10 7

Cons = 495652,17

Gas = 0,116667

Eletr = 50,108333

Ecanual = ( 37,149 · 120,26 – 11843 · 0,3 ) · 6864

PagProj = Equip

Ecanual

Page 137: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

120

maguaCW=1614

mGNfuturo=9162

mpic=5

p1=60

p2=0,08

PagProj=2,45

pciGN=47124

Pcw=2

Q=128175

QfuturoGN=119927

QhojeGN=4542

Qvoc=3706

RelGNar=19,69

rendciclo=0,3083

s1=5,889 [kJ/kg-K]

s2=7,329 [kJ/kg-K]

s3=0,5921 [kJ/kg-K]

s5=7,311 [kJ/kg-K]

s6=0,5979

T1=275,6

Tcwin=30

Tcwout=40

vGNfuturo=11843

Wbomba=454,2

Wliq=39517

Wtv=39971

x2=0,8823

Page 138: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

121

{dissertação guerini para SCS usar no trabalho}

{modelagem completa para determinar a somatoria de energia das reacoes do

VOC, da quantidade de GN utilizado hoje e da quantidade de GN utilizado a mais

para a proposta}

dGN=0,6425 { kg/m³ referencia comgas a 20ºC e 101,325 kPa}

pciGN=47124 {kJ/kg}

dar=1,204 {kg/m³}

RelGNar=(17,9*1,1) {ar/GN kgar/kgGN mais 10% do ar teorico}

Qvoc=13341416,62/3600 {soma das energias do VOC}

QhojeGN=(540*dGN*pciGN)/3600

mGNfuturo=(149829,7*dar)/RelGNar

vGNfuturo=mGNfuturo/0,7736 {m³/h}

QfuturoGN=(mGNfuturo*pciGN)/3600

{para poder entender temos: 90.000m³ de ar das estufas que entram na

camara de combustao da seguinte forma: 3.720,51 m³ reage com VOC + 6.449,8

reage com a qtde de GN que é gasto hoje para gerar vapor+

79.829,7 do restante do da estufa reage com 4294,23 kgGN. Entra tambem

na camara 70.000 m³ de ar para limpar o disco de adsorcao reagindo com 3.765,47

kgGN. Entao a entrada nos calculos do EES sera de 149.829,7 m³/h de ar }

p1=60

p2=0,08

T1=275,6

h1=ENTHALPY(Water;T=470;P=P1)

s1=ENTROPY(Water;x=1;P=P1)

h2ise=ENTHALPY(Water;s=s1;P=P2)

{rendimento isentrópico da TV e da bomba=0,7}

0,70=(h1-h2)/(h1-h2ise)

x2=QUALITY(Water;h=h2;P=P2)

h3=ENTHALPY(Water;x=0;P=P2)

s3=ENTROPY(Water;x=0;P=P2)

Page 139: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

122

s2=ENTROPY(Water;h=h2;P=P2)

h4ise=ENTHALPY(Water;s=0,5979;P=P1)

Wbomba=magua*(h4ise-h3)/0,7

h4-h6=Wbomba/magua

Q=Qvoc+QhojeGN+QfuturoGN

magua=Q/(h1-h4)

Wtv=magua*h1-(magua-mpic)*h2-mpic*h5

h5=ENTHALPY(Water;T=200;P=3) {estado da extração de vapor para

picagem}

s5=ENTROPY(Water;T=200;P=3)

magua*h6=mpic*ENTHALPY(Water;x=0;T=45)+(magua-mpic)*h3

s6=Entropy(Water;h=h6;p=p2)

mpic=18000/3600 {vazão de vapor para processo}

rendciclo=(Wtv-Wbomba)/Q

Wliq=(Wtv-Wbomba)

maguaCW=magua*(h2ise-h3)/(hCWout-hCWin)

hCWin=ENTHALPY(Water;T=Tcwin;P=Pcw)

Tcwin=30

hcwout=ENTHALPY(Water;T=Tcwout;P=Pcw)

Tcwout=40

Pcw=2

{abaixo estao os clalculos para business case com planta oeprando 572

horas/mes e 6864 horas ano}

EquipR=37149419,98 {preco equipamentos R$}

Equip=15382782,6 {preco equipamentos US$}

Cons =495652,17 {preco dos servicos de engenharia e consultoria US$}

Gas=0,116667 {preco do gas em dolar fasendo contrato com varios

fornecedores R$0,28/m³}

Eletr=50,108333 {preco energia eletrica em dolar com impostos

recuperados}

Ecanual=((37,149*120,26)-(11843*0,30))*6864

{Projeto se paga com analise de moeda forte}

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123

PagProj=Equip/Ecanual

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124

Cálculo do fluxo de água em vazão mássica

( ) seg

kg52,40h

kg43,874.1458,1863350

000.430.461h1h

Qm4

comb ==−

=−

=&

&

Page 142: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

125

APÊNDICE V Dados tabelados para cálculos da proposta em SCS

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126

Tabela com detalhes do ar das Cabine de pintura e áreas de Flash off

Tabela com detalhes do ar das Estufas

Entrada de ar nas cabines de pintura [m³/h] [167mm CA] [22-36 °C]

Saída dos ventiladores de exaustão para chaminés da

pintura

Descontar a saída dos

ventiladores do sistema de

Hidropack para chaminés

Descontar a saída dos vestíbulos

2% em perdas naturais

Volume de ar constante em

função dos ventiladores

312.000,0 70.000,0 29.500,0 29.500,0312.000,0 70.000,0 29.500,0 29.500,0312.000,0 70.000,0 29.500,0 29.500,0312.000,0 70.000,0 75.500,0 29.500,0312.000,0 70.000,0 75.500,0 29.500,0312.000,0 70.000,0312.000,0 70.000,0312.000,0 70.000,0

70.000,070.000,070.000,075.500,075.500,0 239.500,075.500,075.500,0

75.500,0 75.500,075.500,075.500,075.500,075.500,075.500,075.500,075.500,075.500,075.500,075.500,075.500,0

2.496.000,0 2.053.500,0 245.080,0 147.500,0 49.920,0 2.298.580,0

Concentracao de VOC [g/m3]

Saída dos ventiladores de exaustão para chaminés da

estufa

Vazão mássica VOC em função da

concentração [kg/h] e do volume

de produção 42 [JPH]

qtde AR 30JPH [m³/h]

qtde AR 40JPH [m³/h]

Umidade relativa media

5.625,00,710 5.625,0 63,900 90000,0 90000 50%

5.625,00,830 5.625,0 74,700 90000,0 90000,0 50%

5.625,05.625,05.625,05.625,05.625,05.625,05.625,05.625,05.625,05.625,05.625,05.625,0

90.000,0 74,700 90.000,0 90.000,0 50%

Page 144: EDUARDO HENRIQUE GUERINI - Centro de Engenharia … · Tabela 3.1.2 Consumo de gás natural e ar fresco na entrada do RTO para 40 JPH...44 Tabela 4.2.1.1 Consumo de energia atual

127

Tabela de composição das massas que entram no processo de pintura quando

a planta opera em 29,84 JPH

Tabela de composição das massas que entram no processo de pintura quando

a planta opera em 29,84 JPH

Para 42,00JPH temos: Massa de Tinta (soluto) + VOC(solvente) 476,13 [kg/h]

Massa de VOC(solvente) adicionado processo 155,94 [kg/h]Massa total de VOC(solvente) 339,02 [kg/h]Massa de Tinta (soluto) 293,04 [kg/h]Massa de VOC(solvente) que vem na tinta 183,09 [kg/h]Massa de Tinta(soluto) + solvente total 632,07 [kg/h]

Para 29,84JPH temos: Massa de Tinta (soluto) + VOC(solvente) 338,28 [kg/h]a tinta é fornecida em média Massa de VOC(solvente) adicionado processo 110,79 [kg/h]com 46,36% em massa de solvente, Massa total de VOC(solvente) 240,87 [kg/h]e aplicamos a tinta com 53,64% Massa de Tinta (soluto) 208,2 [kg/h]em massa de solvente. Massa de VOC(solvente) que vem na tinta 130,08 [kg/h]

Massa de Tinta(soluto) + solvente total 449,07 [kg/h]

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128

Tabela detalhada da composição do VOC parte superior esquerda

TINTAS COLUNA SOLVENTES E OUTROS COMPONENTES % EM MASSA DA COLUNA SOLVENTE + COMPONENTES

INGREDIENTE QUE CONTRIBUI PARA O PERIGO COMPOSIÇÃO DETALHADA % EM MASSA DA

COLUNA SOLVENTE

% EM MASSA COMPOSIÇÃO DETALHADA

43,68% m - XILENO 0,01020,60% p - XILENO 0,01010,20% o - XILENO 0,8500,10% ISOPROPIL BENZENO 5,2500,10% n - PROPIL BENZENO 18,28030% n - ETIL TOLUENO 53,14030% p - ETIL TOLUENO 12,35015% 1,3,5 TRIMETIL BENZENO 1,88030% o - ETIL TOLUENO 7,310

demais (% massa menor 0,01) 0,900não identificados 0,020

XILENO / m-XILENO C8H10 2 A 5 [P/ CALCULO 4] 20 [f4]

BUTANOL;ALCOOL n - BUTILICO 1 A 3 [P/ CALCULO 3] 15 [f3]

ACETATO DE BUTIL GLICOL 1 A 5 [P/ CALCULO 4] 20[f4]

PRIMER 80

43,68% m - XILENO 0,01020,60% p - XILENO 0,01010,20% o - XILENO 0,8500,10% ISOPROPIL BENZENO 5,2500,10% n - PROPIL BENZENO 18,28030% n - ETIL TOLUENO 53,14030% p - ETIL TOLUENO 12,35015% 1,3,5 TRIMETIL BENZENO 1,88030% o - ETIL TOLUENO 7,310

demais (% massa menor 0,01) 0,900não identificados 0,020

XILENO 1 A 3 [P/ CALCULO 3] 12,5 [f3]

BUTANOL 1 A 3 [P/ CALCULO 3] 12,5 [f3]

ACETATO DE BUTIL GLICOL 1 A 6 [P/ CALCULO 5] 20,83 [f5]

VERNIZ 76

XILENO 5 A 15 [P/ CALCULO 10] 27,03 [f10]

BUTANOL 1 A 5 [P/ CALCULO 3] 8,11 [f3]

ACETATO DE BUTILA 5 A 30 [P/ CALCULO 18] 48,64 [f18]

ACETATO DE BUTIL GLICOL 3 A 8 [P/ CALCULO 6] 16,22 [f6]

CORES 63

43,68% m - XILENO 0,01020,60% p - XILENO 0,01010,20% o - XILENO 0,8500,10% ISOPROPIL BENZENO 5,2500,10% n - PROPIL BENZENO 18,28030% n - ETIL TOLUENO 53,14030% p - ETIL TOLUENO 12,35015% 1,3,5 TRIMETIL BENZENO 1,88030% o - ETIL TOLUENO 7,310

demais (% massa menor 0,01) 0,900não identificados 0,020

XILENO / XILOL / DIMETIL BENSENO / METIL TOLUENO 12 12

ACETATO DE AMILA 33,33N- BUTANOL 33,33XILENO 33,34

ALCOOL ETÍLICO 25PROPANONA II (ACETONA) 25ACETATO DE ETILA 25XILENO 25

ÁLCOOL ISOPROPÍLICO 1,6 ALCOOL ISOPROPILICO 1,6

12,5

18,18

55,72

18,8

PRIMER

VERNIZ

SOLVESSO 100 OU AB9 C9H12 CAS 25551-13-7

BASE COAT

SOLVENTE NO PROCESSO

SOLVESSO 100 OU AB9 C9H12 (BOAINAIN)

THINNER BAX (BANDEIRANTE)

THINNER LIMPEZA (RENNER)

SOLVESSO 100 OU AB9 C9H12

5 A 10 [P/ CALCULO 9] 45 [f9]

54,17 [f13]5 A 15 [P/ CALCULO 13]

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129

Tabela detalhada da composição do VOC parte inferior esquerda

TINTAS COLUNA SOLVENTES E OUTROS COMPONENTES % EM MASSA DA COLUNA SOLVENTE + COMPONENTES

INGREDIENTE QUE CONTRIBUI PARA O PERIGO COMPOSIÇÃO DETALHADA % EM MASSA DA

COLUNA SOLVENTE

% EM MASSA COMPOSIÇÃO DETALHADA

43,68% m - XILENO 0,01020,60% p - XILENO 0,01010,20% o - XILENO 0,8500,10% ISOPROPIL BENZENO 5,2500,10% n - PROPIL BENZENO 18,28030% n - ETIL TOLUENO 53,14030% p - ETIL TOLUENO 12,35015% 1,3,5 TRIMETIL BENZENO 1,88030% o - ETIL TOLUENO 7,310

demais (% massa menor 0,01) 0,900não identificados 0,020

SERA SUBTRAIDO NO BALANCO DE MASSA

ACETATO DE AMILAN- BUTANOLXILENO

ALCOOL ETÍLICO PROPANONA II (ACETONA)ACETATO DE ETILAXILENO

METANO 91,800ETANO 5,580PROPANO 0,970ISOBUTANO 0,030n- BUTANO 0,020PENTANO 0,100DIOXIDO DE CARBONO 0,800NITROGENIO 1,420 OXIGENIONITROGENIOAGUA (UMIDADE REL 50-60%)

OXIGENIONITROGENIOAGUA (UMIDADE REL 50-60%)

OXIGENIONITROGENIOAGUA (UMIDADE REL 40-70%)

obs: Todas as porcentagens de massa representam valores para vazão mássica em kg/h; para os cálculos foi descontado a massa de VOC recuperado nos componentes mais pesados.

Fonte: CETESB; manual de Produtos Químicos Perigosos; FISPQBRASKEM; FISPQPROSINT, SOLVENTES www.prosint.com.br/solventes.htmEmpresa Boainain; com Roberto J. Fernandes CICE: Comissão Interna de consumo de Energia[5] GASNETAcessoria por Rinaldo S. Garcia, Químico Responsável Processo de PinturaAcessoria por Laboratório Químico Luksnova[8] Perry' s Chemical Enginerr'sHandbook

76,91%

0,00%

AR

RE J

AR

RE J

AR REJEITADO DAS CABINES DE PINTURAS A 23,5°C

81,00%

AR

AR FRECO: 20% DO VOLUME TOTAL DO AR REJEITADO NO PROCESSO, PARA GARANTIR QUEIMA COMPLETA

DO REJEITO

23,09%AR REJEITADO DAS ESTUFAS A 160,0°C

0,00%

GNP

GÁS PREDOMONANTE QUE SERÁ USADO PARA QUEIMA DO AR REJEITADO DAS CABINES DE PINTURA

E ESTUFAS

19,00%

SOLVENTE SUJO

A-940(SOLVESSO 100 OU AB9 C9H12 (BOIANAIN)+XILENO / XILOL / DIMETIL BENSENO / METIL

TOLUENO+THINNER BAX (BANDEIRANTE)+THINNER LIMPEZA (RENNER)+ÁLCOOL ISOPROPÍLICO TODOS

SUJOS REAPROVEITADOS)

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130

Tabela detalhada da composição do VOC parte superior direita

FÓRMULA PESQUISADA FÓRMULA P/ CÁLCULO PODER CALORÍFICO

MASSA MOLECULAR

[kg/kmol]

DENSIDADE 20/20ºC [H2O=1]

TEMPERATURA AUTO IGNIÇÃO [ºC]

VOLUME MÁSSICO funcão 29,84JPH

[kg/h]

MASSA (29,84JPH) CONSIDERADA NOS

CÁLCULOS [kg/h]

VOLUME MÁSSICO funcão 42JPH [kg/h]

MASSA (42JPH) CONSIDERADA

NOS CÁLCULOS [kg/h]

C A S

C6 H4 (CH3)2 C8 H10 9752,4 [kcal/kg] 106,16 0,864 530,4 0,0014 0,0020 108-38-3C6 H4 (CH3)2 C8 H10 9754,7 [kcal/kg] 106,6 0,861 465,9 0,0014 0,0020 1330-20-7C6 H4 (CH3)2 C8 H10 9754,7 [kcal/kg] 106,16 0,880 465,3 0,1165 0,1640 1330-20-7

C6 H5CH (CH3)2 C9 H12 122,7 0,7197 1,0130C9 H12 C9 H12 122,7 2,5060 3,5280C7 H8 C7 H8 9686 [kcal/kg] 92,14 0,866 536,5 7,2850 10,2560 108-88-3C7 H8 C7 H8 9686 [Kcal/Kg] 92,14 0,867 536 1,6931 2,3840 108-88-3C9 H12 C9 H12 122,7 0,840 515 0,2577 0,3630C7 H8 C7 H8 9686 [kcal/kg] 92,14 0,866 536 1,0021 1,4110 108-88-3

0,1234 0,17400,0027 0,0030

C6 H4 (CH3)2 C8 H10 9754 [kcal/kg] 106,2 0,870 464 6,0929 8,570 1330-20-7

C4 H10 O C4 H10 O 7906 [kcal/kg] 74,12 0,810 343,5 4,5697 6,430

CH3COOC2H4OC4H9 C8H16O3 1,045 10 [kcal/Mol] 160,2 0,940 340 6,0929 8,57030,4645 42,870

121,858 171,48

C6H4 (CH3)2 C8H10 9752,4 [kcal/kg] 106,16 0,864 530,4 0,0017 0,0020C6H4 (CH3)2 C8H10 9754,7 [kcal/kg] 106,6 0,861 465,9 0,0017 0,0020C6H4 (CH3)2 C8H10 9754,7 [kcal/kg] 106,16 0,880 465,3 0,1472 0,2070

C6H5CH (CH3)2 C9H12 122,7 0,9091 1,2800C9H12 C9H12 122,7 3,1654 4,4560C7H8 C7H8 9686 [kcal/kg] 92,14 0,866 536,5 9,2020 12,9530C7H8 C7H8 9686 [Kcal/Kg] 92,14 0,867 536 2,1386 3,0100C9H12 C9H12 122,7 0,840 515 0,3255 0,4580C7H8 C7H8 9686 [kcal/kg] 92,14 0,866 536 1,2658 1,7820

0,1558 0,21900,0035 0,0070

C6H4 (CH3)2 C8H10 PCI=10384,3 PCS=10910,3 106,2 0,870 464 3,9958 5,6250

C4H9OH C4 H10 O 5,860 10 [Kcal/Mol] 74,12 0,809 365 3,9958 5,6250

CH3COOC2H4OC4H9 C8H16O3 1,045 10 [Kcal/Mol] 160,2 0,940 340 6,6587 9,374031,9666 45,0000

101,23 142,50

C6H4 (CH3)2 C8H10 PCI=10384,3 PCS=10910,3 106,2 0,870 464 18,2861 25,7380

C4H9OH C4 H10 O 5,860 10 [Kcal/Mol] 74,12 0,809 365 5,4865 7,7220

CH3COOC4H9 C6H12O2 7,838 10 [Kcal/Mol] 7294 [Kcal/Kg] 116,2 0,833 421 32,9055 46,3150

CH3COOC2H4OC4H9 C8H16O3 1,045 10 [Kcal/Mol] 160,2 0,940 340 10,9730 15,445067,6511 95,2200

115,19 162,13

C6H4 (CH3)2 C8H10 9752,4 [Kcal/Kg] 106,16 0,864 530,4 0,0018 0,0020C6H4 (CH3)2 C8H10 9754,7 [Kcal/Kg] 106,6 0,861 465,9 0,0018 0,0020C6H4 (CH3)2 C8H10 9754,7 [Kcal/Kg] 106,16 0,880 465,3 0,1500 0,2110

C6H5CH (CH3)2 C9H12 122,7 0,9266 1,3040C9H12 C9H12 122,7 3,2264 4,5410C7H8 C7H8 9686 [Kcal/Kg] 92,14 0,866 536,5 9,3792 13,2000C7H8 C7H8 9686 [Kcal/Kg] 92,14 0,867 536 2,1798 3,0680C9H12 C9H12 122,7 0,840 515 0,3318 0,4670C7H8 C7H8 9686 [Kcal/Kg] 92,14 0,866 536 1,2902 1,8160

0,1589 0,22400,0035 0,0050

17,6500 24,8400

C6H4 (CH3)2 C8H10 PCI=10384,3 e PCS=10910,3 106,2 0,870 464 14,8200 14,8200 20,8600 20,8600

C7H14O2 C7H14O2 130,2 0,875 20,0247 28,1840

C4H10 C4H10 74,12 0,809 365 20,0247 28,1840C6H4 (CH3)2 C8H10 20,0306 28,1920

60,0800 84,5600C2H5OH C2H6O 46,07 0,790 423 4,1725 5,8730

CH3COCH3 C3H6O 58,08 0,790 538 4,1725 5,8730CH3COOC2H5 C4H8O2 88,12 0,901 427 4,1725 5,8720C6H4 (CH3)2 C8H10 4,1725 5,8720

16,6900 23,4900C3H8O C3H8O 7201 [Kcal/Kg] 60,1 0,785 400 1,5500 1,5500 2,1800 2,1800

240,872 339,020

30,4645

31,9666

67,6511

17,6500

84,5600

23,4900

60,0800

16,6900

42,8700

45,0000

95,2200

24,8400

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131

Tabela detalhada da composição do VOC parte inferior direita

FÓRMULA PESQUISADA FÓRMULA P/ CÁLCULO PODER CALORÍFICO

MASSA MOLECULAR

[kg/kmol]

DENSIDADE 20/20ºC [H2O=1]

TEMPERATURA AUTO IGNIÇÃO [ºC]

VOLUME MÁSSICO funcão 29,84JPH

[kg/h]

MASSA (29,84JPH) CONSIDERADA NOS

CÁLCULOS [kg/h]

VOLUME MÁSSICO funcão 42JPH [kg/h]

MASSA (42JPH) CONSIDERADA

NOS CÁLCULOS [kg/h]

C A S

C6H4 (CH3)2 C8H10C6H4 (CH3)2 C8H10C6H4 (CH3)2 C8H10

C6H5CH (CH3)2 C9H12C9H12 C9H12C7H8 C7H8 C7H8 C7H8 C9H12 C9H12C7H8 C7H8

C6H4 (CH3)2 C8H10

C7H14O2 C7H1402C4H10 C4H10

C6H4 (CH3)2 C8H10

C2HCO C2HCO C3H6O C3H6OC4H8O2 C4H8O2

C6H4 (CH3)2 C8H10

234,592 330,180

CH4 CH4C2H6 C2H6C3H8 C3H8C4H10 C4H10C4H10 C4H10C5H12 C5H12CO2 CO2 N2 N2

O2 O2 2.298.580 [m³/h] 2.298.580 [m³/h]N2 N2

H2O

O2 O2 90.000 [m³/h] 90.000 [m³/h]N2 N2

H2O

O2 O2 477.716 [m³/h] 477.716 [m³/h]N2 N2

H2O

-6,2800 -8,8400

PCS=9958 [kcal/Nm³] PCI=8993[kcal/Nm³] 17,367[g/mol] (para ar=1)

0,602

Limite Inflam Super 14,9 [%de gas no ar]

Limite Inflam Inferior 4,8 [%de gas no ar]