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Clareando / Ano VIII / Edição 88 / Janeiro . 2011 - Pag . 1 r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente. r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ). r Artesanato Dia - toda segunda-feira. Hora - 14:00 Local - C.E.Irmão Clarêncio. r Curso de Alfabetização para Adultos Dias : 2ª a 5ª feira. Horário : 17:30 às 19:00. Local : C.E.Irmão Clarêncio. r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”. Local : Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso. Dia: todo 1° domingo de cada mês. Hora: das 15 às 17 horas r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários. r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua . Dia: toda sexta-feira. Confecção : 13 h , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio” Distribuição : à noite. Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se ao Departamento Mediúnico Yvonne Pereira (DMYP),do Centro Espírita Irmão Clarêncio, para obter orientação. pag.13 Personalidade Espírita: Dias da Cruz pag.9 Artigo : Do Apocalipse ao Evangelho pag.6 Gênese - Causas Primárias: Elementos Fluídicos pag.14 Suplemento Infanto-Juvenil pag.12 Clube do Livro Espírita pag.10 A Família na Visão Espírita: Vida Conjugal Variedades sobre Kardec: A Missão pag.2 pag.3 Mensagem do Plano Espiritual : Inácio pag.4 Estudando sobre a Mediunidade:Pneumatofonia. pag.7 Artigo : Médiuns Sensacionalistas Editorial Sumário Nesta Edição : Pensamento e Felicidade A migo leitor! É com muita alegria que apresentamos nossos votos de Feliz Ano Novo. Felicidade! Que sentimento tão desejado, não é mesmo? Será que a Felicidade é como o horizonte: quanto mais nos aproximamos, mais ele se afasta?! Claro que não! Ela é atingível, mas essa conquista depende de nós, de nossas atitudes, de nossos pensamentos. O Espírito André nos diz: “cada pensamento que você emite é a mensagem carregada de seu magnetismo pessoal, repleta da força modeladora dos seus sentimentos”. Por sua vez, Léon Denis se pronuncia: “o estudo silencioso e recolhido é sempre fecundo para o desenvolvimento do pensamento”. Pelo que estamos vendo, podemos concluir que o pensamento é fator decisivo na nossa caminhada. Dr. Hermann nos aconselha a renovar ideais, hábitos, palavras, gestos, porque Deus é constante renovação. Ao longo desta edição, você encontrará muitas reflexões que o ajudarão a planejar uma caminhada mais feliz em 2011. Sigamos em frente com coragem e determinação para a vitória no bem. Fé e esperança sempre. Esmorecimento, nunca! Grande abraço.

Editorial Pensamento e Felicidade A - irmaoclarencio.org.br · r Curso de Alfabetização para Adultos Dias : 2ª a 5ª feira. ... E cada pensamento que você emite é a mensagem

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Clareando / Ano VIII / Edição 88 / Janeiro . 2011 - Pag . 1

r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente.

r Campanha

Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ).

r Artesanato

Dia - toda segunda-feira.Hora - 14:00Local - C.E.Irmão Clarêncio.

r Curso de Alfabetização para Adultos

Dias : 2ª a 5ª feira.Horário : 17:30 às 19:00.Local : C.E.Irmão Clarêncio.

r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”.Local : Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso.Dia: todo 1° domingo de cada mês.Hora: das 15 às 17 horas

r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários.

r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua .Dia: toda sexta-feira.Confecção : 13 h , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio”Distribuição : à noite.

Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se ao Departamento Mediúnico Yvonne Pereira (DMYP),do Centro Espírita Irmão Clarêncio, para obter orientação.

pag.13Personalidade Espírita: Dias da Cruz

pag.9Artigo : Do Apocalipse ao Evangelho

pag.6Gênese - Causas Primárias: Elementos Fluídicos

pag.14Suplemento Infanto-Juvenil

pag.12Clube doLivro Espírita

pag.10A Família na Visão Espírita: Vida Conjugal

Variedades sobre Kardec: A Missãopag.2

pag.3Mensagem do Plano Espiritual : Inácio

pag.4Estudando sobre a Mediunidade:Pneumatofonia.

pag.7Artigo : Médiuns Sensacionalistas

Editorial

Sumário

Nesta Edição :

Pensamento e Felicidade

A migo leitor!É com muita alegria que apresentamos nossos votos de Feliz Ano Novo.

Felicidade! Que sentimento tão desejado, não é mesmo?

Será que a Felicidade é como o horizonte: quanto mais nos aproximamos, mais ele se afasta?! Claro que não! Ela é atingível, mas essa conquista depende de nós, de nossas atitudes, de nossos pensamentos.

O Espírito André nos diz: “cada pensamento que você emite é a mensagem carregada de seu magnetismo pessoal, repleta da força modeladora dos seus sentimentos”.

Por sua vez, Léon Denis se pronuncia: “o estudo silencioso e recolhido é sempre fecundo para o desenvolvimento do pensamento”.

Pelo que estamos vendo, podemos concluir que o pensamento é fator decisivo na nossa caminhada.

Dr. Hermann nos aconselha a renovar ideais, hábitos, palavras, gestos, porque Deus é constante renovação.

Ao longo desta edição, você encontrará muitas reflexões que o ajudarão a planejar uma caminhada mais feliz em 2011.

Sigamos em frente com coragem e determinação para a vitória no bem.Fé e esperança sempre. Esmorecimento, nunca!Grande abraço.

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Clareando / Ano VIII / Edição 88 / Janeiro . 2011 - Pag . 2

Variedades sobre Kardec

ConviteEspecialSe você já estudou

O Livro dos Médiuns, venha estudar as obras de

Yvonne Pereira.

Conhecerá verdadeiros exemplos de mediunidade

vivenciados por essa médium séria e fiel a

Jesus.Terças-feiras , às 19:30.

Yvonne Pereira- uma Seareira de Jesus

M i s s ã o d e A l l a n K a r d e c

T eríamos de partir, como parti-mos, das influências absorvidas. No lastro dessas influências,

que são relevantes na figura histórica do Codificador do Espiritismo, há um contingente apreciável de heranças espirituais. São os conhecimentos adquiridos no passado, pois ele já viera à Terra, no renascimento de 1804, com estrutura espiritual bem consolidada através de outras existências.

Já se sabe de sua condição de sacerdote gaulês, em passado remoto, do qual há de ter trazido experiências valiosas. Se ele foi o escolhido para a grandiosa missão de receber os ensinos do Alto e organizar a Codificação da Doutrina, é obvio que já tinha, em si mesmo, a urdidura espiritual do verdadeiro missionário. O Allan Kardec racionalista, moralista, univer-salista naturalmente se preparou, com a bagagem do passado, para a obra missionária que realizou.

A organização da Doutrina Espírita tem diversos aspectos. Para codificá-la com toda a propriedade, dando-lhe condições de comunicar a todos, e não apenas a um grupo, uma escola, etc., seria necessário, evidentemente, um homem que reunisse umas tantas qualidades indispensáveis. Antes de mais nada, um homem de mentalidade emancipada, capaz de ver

com largueza de vistas. E, aí, temos o legítimo humanista de cultura básica e ampla, o que lhe dava possibilidades de examinar as questões através de vários ângulos. Pela cultura humana e pelas vivências do passado, Allan Kardec possuía, portanto, antenas espirituais em todas as dimensões.

Como racionalista, e ele o era com todo o senso de equilíbrio, sabia analisar e crer sem fanatismo; não se empolgava com os resultados nem andava à procura de "prodígios". Não lhe faltava, realmente, a necessária frieza para raciocinar sobre os fenômenos. Por mais específica que fosse a prova, nunca perdia a visão universalista das leis e da generalidade. E, por isso mesmo, a Codificação do Espiritis-mo não se dirigia somente à França nem ao Ocidente, mas à Humanidade, pois "os fatos dos espíritos são universais". Quem quiser que aceite; quem quiser que ouça; quem quiser que veja, mas a Mensagem é indeterminada, sem configurações geo-gráficas, pois a luz não pode ficar debaixo do alqueire, convém repetir sempre o ensino do Cristo. Os mentores espirituais encontraram nele, como se vê, o homem preparado para a missão.

Missionário, antes de tudo, por quê? Apenas pela competência intelectual? Não, embora o conhecimento humano

seja um instrumento sempre necessário, mas não se faz um missionário, na acepção integral, se não houver, além disto, um conjunto de qualidades positivas: a humildade, a paciência, a tenacidade, a honestidade, o respeito à verdade, acima de suas próprias idéias e de seus interesses pessoais.

Sem espírito de renúncia e, muitas vezes, de sacrifício, nenhum homem se torna missionário, ainda que tenha belos dotes de inteligência e muito acervo de cultura acumulada. Não apenas em relação a dinheiro, o que, aliás, ele demonstrou sobejamente, mas também perante os arrastamentos e as posições vantajosas. Enfim, o missionário não corteja o poder, nem a liderança de massas, nem as glórias humanas: cumpre a sua missão, e é tudo. Temos, aí, o retrato moral de Allan Kardec. E se não tivesse qualidades tão fortes como a humildade, a tenacidade e a renúncia, não teria sustentado a obra, pois a missão teria falhado.

Fonte: "Allan Kardec"Autor: Deolindo AmorimEditado por iniciativa do Instituto Maria e do Instituto de Cultura Espírita de Juiz de Fora.

Amor e Ódio – 1956

Aborda o drama vivido por um ex-aluno do Professor Rivail, Gaston de Saint-Pierre, objetivando esclarecer sobre a lei de causa e efeito e a Justiça Divina. Apresenta a vida de Gaston, artista francês que, por uma infeliz paixão, foi acusado de crimes que não cometera e relegado ao degredo. No auge dos seus sofrimentos, foi auxiliado pelas lições do “Livro dos Espíritos”, que lhe fora enviado por Allan Kardec. A obra demonstra a bondade e o amor divinos, propiciando à alma criminosa a oportunidade de ressarcimento, através da lei da reencarnação.

A Tragédia de Santa Maria – 1957

O romance se passa em uma fazenda de pequena cidade ao sul do Estado do Rio de Janeiro, e se divide em 4 partes, tendo sido ditado à médium por Bezerra de Menezes. O livro veicula conceitos da moral cristã, principalmente à juventude, sedenta de luz e justiça. Objetiva alcançar os corações, educando-os para as legítimas finalidades da existência. A lª parte trata dos personagens sofrendo a influência do “ontem” sobre o “hoje”; a 2ª parte aborda aconteci-mentos vivenciados no ano de 1863; a 3ª parte fala das causas do sofrimento atual: tragédia crime e dor; a 4ª parte tece comentários sobre acontecimentos passados, mostrando a misericórdia divina na quitação com a lei.

Conheça e estude suas obras. Sugestões:

Colaboração : Fátima Branquinho

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Clareando / Ano VIII / Edição 88 / Janeiro . 2011 - Pag . 3

Artigo

Mensagem

“Se me amais, guardai os meus mandamentos...” (João 14:15)

E stimados irmãos e irmãs, trabalhadores da Casa Espírita, evidentemente o nosso contato com as lições de Jesus, remonta há muitos séculos; inúmeras vezes já fomos convidados pelo Senhor a tomarmos da charrua, ararmos a terra e, em nome dEle, semearmos as sementes de suas lições imorredouras, para que outros tantos pudessem poste-

riormente colher e alimentar-se desses frutos abençoados.Muitos de nós, no trajeto do nosso aperfeiçoamento espiritual, abandonamos tarefas e compromissos, optando muitas

vezes por seguir as tendências, os modismos, as paixões, enfim, todo um cortejo de atrações que o mundo oferece, como que a nos testar a fé, a dedicação, a perseverança, em compromissos assumidos um dia com Jesus, para sermos também considerados, daqueles trabalhadores fiéis na sua seara.

Mas o tempo, bênção divina na vida de qualquer espírito, vem nos permitindo novamente nos aproximarmos dessas lições, escutando e percebendo o convite que o Senhor nos faz para que possamos nos integrar definitivamente à sua falange de trabalhadores, que num mundo de provas e expiações, têm por missão se transformarem em verdadeiras cartas do seu Evangelho e a extensão do seu amor, da sua paz, da sua luz, em meio a tanto sofrimento, a tantas aflições, a tanto desespero e violência que ainda grassam no mundo como o nosso.

Estamos todos, pois, encarnados e desencarnados novamente recebendo o convite do Senhor. A renovação desse convite se faz toda vez que relembramos o seu nascimento, a sua aproximação deste planeta, trazendo a materialização do grande amor de Deus, da enorme bondade, benevolência desse querido Pai Celestial, nos ofertando novas oportunidades, não só para o resgate de débitos antigos, mas principalmente, para que possamos todos unidos, nos transformarmos, nos renovarmos, nos pacificarmos e nos transformarmos naqueles exemplos dignos, dessas lições magníficas que têm nos chegado até no nosso espírito imortal através dos tempos.

Portanto, todos que aqui se encontram reunidos, relembrando esta passagem tão importante da vida do Senhor, tenham no fundo d’alma a certeza de que, por maiores que sejam as suas imperfeições, por maiores que sejam as aflições, as dores, as lutas e dificuldades, lembrem-se sempre que o Senhor está no leme, na condução firme deste navio chamado Terra.

Por mais tumultuada seja a vida, por mais incômodos que cheguem a cada um de vós, lembrai-vos sempre, o Senhor está presente, materializado através de mãos amigas, de encarnados e desencarnados, que se estendem sobre as vossas cabeças, sobre os vossos corações, realimentando fé e esperança, na certeza da vitória sempre, na vida de cada um de vós. O Senhor está presente, as vibrações do seu amor são constantes sobre todos nós, tenhais a certeza disso.

E renovados, fortalecidos e sustentados, prossigam, pois, nas tarefas que cada um possa desempenhar nesta abençoada Casa, na certeza de que ser espírita e cristão são a mesma coisa, e que no dia a dia, todos nós somos convidados a dar o melhor do que temos de reserva moral, espiritual e intelectual, do amor e das vibrações de luz e paz que já desenvolvemos e aprimoramos no fundo do nosso ser.

Portanto, que todos prossigam, renovem a fé e a esperança, a certeza de novas oportunidades, de novas tarefas, na certeza de que principalmente aqueles que buscam a felicidade legítima neste mundo de provas e expiações nunca se esqueçam de que todo bem que fizermos ao vosso próximo, se transformará em bênçãos de luz e paz, de alegria verdadeiramente cristã no íntimo de suas almas.

Que o Senhor nos abençoe, nos ampare, nos sustente, nos fortaleça, porque somos todos uma família, todos nós fazemos parte de uma família.

Graças a Deus! O Vosso Irmão Inácio

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto no CEIC em 12 de dezembro de 2010 – no Culto do Evangelho no Lar)

Ação Mental

Você pensa. E cada pensamento que você emite é a mensagem carregada de seu magnetismo pessoal, repleta da força modeladora dos seus sentimentos, com a viva coloração dos seus desejos, sonorizada no diapasão das notas de sua música interior, capaz de

sensibilizar as mentes que com ela sintonizem, provocando sempre as respostas compatíveis com a sua natureza.Se sua mente é poderosa e seus pensamentos são puros, as suas mensagens sobem a páramos sublimes, e trazem de volta

para você a resposta divina do amor e da paz.Se, porém, suas mensagens mentais são carregadas de força magnética inferior, seu peso as faz gravitarem nas zonas mais

baixas da vida, onde são recebidas pelos que com elas se afinam, e as devolvem a você, multiplicadas em seu infeliz teor de forças depressivas, desagregadoras e malsãs.

Um pensamento de amor é sempre um jato de luz que se acende, uma gota de bálsamo, um sopro de refrigério, um incentivo à felicidade, um apelo à harmonia, um convite à bondade e um apelo de paz.

Pensando, você pode auxiliar e socorrer, ajudar e servir, criando beleza e ventura, fraternidade e entendimento.Pense construtivamente, expandindo os horizontes de sua alma, espargindo em torno de você o perfume suave do amor,

e o Pai, cujo pensamento é a força suprema que garante a vida, encherá o seu coração com a ventura sagrada da felicidade imarcescível.

André ( Mensagem recebida por Hernani T. Sant’Anna, no Grupo Ismael, em 12 / 12 / 1990 ; Fonte : Reformador - Abril /1991 )

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Clareando / Ano VIII / Edição 88 / Janeiro . 2011 - Pag . 4

Estudando sobre a Mediunidade

Semeando o Evangelho de Jesus

D ado que podem produzir ruídos e pancadas, os Espíritos podem igualmente fazer se ouçam gritos de toda espécie e sons vocais que imitam a voz humana, assim ao nosso lado, como nos ares. A este fenômeno é que

damos o nome de pneumatofonia. Pelo que sabemos da natureza dos Espíritos, podemos supor que, dentre eles, alguns, de ordem inferior, se iludem e julgam falar como quando vivos.(Veja-se Revue Spirite, Fevereiro /1858: História da apa-rição de Mlle. Clairon.)

Devemos, entretanto, preservar-nos de tomar por vozes ocultas todos os sons que não tenham causa conhecida, ou simples zumbidos, e, sobretudo, de dar o menor crédito à crença vulgar de que, quando o ouvido nos zune, é que nalguma parte estão falando de nós. Aliás, nenhuma significação têm esses zunidos, cuja causa é puramente fisiológica, ao passo que os sons pneumatofônicos exprimem pensamentos e nisso está o que nos faz reconhecer que são devidos a uma causa inteligente e não acidental. Pode-se estabelecer, como princípio, que os efeitos notoriamente inteligentes são os únicos capazes de atestar a intervenção dos Es-píritos. Quanto aos outros, há pelo menos cem probabilidades contra uma de serem oriundos de causas fortuitas.

(...) Os sons espíritas, os pneumatofônicos se produzem de duas maneiras distintas: às vezes, é uma voz interior que repercute no nosso foro íntimo, nada tendo, porém, de material as palavras, conquanto sejam claramente perceptíveis; outras vezes, são exteriores e nitidamente articuladas, como se proviessem de uma pessoa que nos estivesse ao lado.

De um modo, ou de outro, o fenômeno da pneumatofonia é quase sempreespontâneo e só muito raramente pode ser provocado.

(Fonte : O Livro dos Médiuns, Allan Kardec- Editora FEB - itens 150 e 151)

Pneumato fon iaA Diferença

A reunião de preces alcançava a parte final. E, na organização

mediúnica, Bezerra de Menezes retinha a palavra.O benfeitor desencarnado

distribuía consolações, quando um companheiro o alvejou com azedume:- Bezerra, não concordo com

tanta máscara no ambiente espírita. Estou cansado de tartufismo. Falo contra mim mesmo. Posso, acaso, dizer que sou espírita-cristão? Vejo-me fustigado por egoísmo e intolerância, avareza e ciúme; cometo desatenções e disparates; reconheço-me frequentemente caído em maledicência e cobiça; ainda não venci a desconfiança, nem a propensão para ressentir-me; quando menos espero, chafurdo-me nos erros da vaidade e do orgulho; involuntariamente, articulo ofensas contra o próximo; a ambição mora comigo e, por isso, agrido os meus semelhantes com toda a força de minha bru-talidade; a crítica, o despeito, a maldade e a imperfeição me seguem constantemente. Posso declarar-me espírita com tantos defeitos?O venerável orientador espiritual

respondeu sereno:- Eu também, meu amigo, ain-

da estou em meio de todas essas mazelas e sou espírita-cristão...- Como assim? – revidou o

consulente, agitado.- Perfeitamente – concluiu

Bezerra, sem alterar-se. -Todas essas qualidades negativas ainda me acompanham... Só existe, porém, um ponto, meu caro, que não posso esquecer. É que, antes de ser espírita-cristão, eu fazia força para correr atrás de todas elas e agora, que sou cristão e espírita, faço força para fugir delas todas...E, sorrindo:- Como vê, há muita diferença. Irmão XMensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier

(Fonte: Reformador – Janeiro / 1971)

Os Ór fãos

M eus irmãos, amai os órfãos. Se soubésseis quanto é triste ser só e abandonado,sobretudo na infância! Deus permite que haja órfãos, para exortar-nos a servir-lhes de pais.

Que divina caridade amparar uma pobre criaturinha abandonada, evitar que sofra fome e frio, dirigir-lhe a alma, a fim de que não desgarre para o vício! Agrada a Deus quem estende a mão a uma criança abandonada, porque compreende e pratica a sua lei. Ponderai também que muitas vezes a criança que socorreis vos foi cara noutra encarnação, caso em que, se pudésseis lembrar-vos, já não estaríeis praticando a caridade, mas cumprindo um dever.

Assim, pois, meus amigos, todo sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade: não, porém, a essa caridade que magoa o coração, não a essa esmola que queima a mão em que cai, pois freqüentemente bem amargos são os vossos óbolos! Quantas vezes seriam eles recusados, se na choupana a enfermidade e a miséria não os estivessem esperando! Dai delicadamente, juntai ao beneficio que fizerdes o mais precioso de todos os benefícios: o de uma boa palavra, de uma carícia, de um sorriso amistoso.

Evitai esse ar de proteção, que equivale a revolver a lâmina no coração que sangra e considerai que, fazendo o bem, trabalhais por vós mesmos e pelos vossos.Um espírito familiar (Paris, 1860)

(Fonte : O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Editora FEB, cap.XIII, item 18)

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Clareando / Ano VIII / Edição 88 / Janeiro . 2011 - Pag . 5

Mensagem

A todos os trabalhadores desta casa. Às amigas e companheiras de tarefas da Casa Espírita.Quando encarnada, aqui estive mais de uma vez juntamente com Altivo, acompanhando todo o processo de crescimento, evolução da fundação, do amadurecimento desta Casa, observando as lutas, as dificuldades de todos.

Como vocês bem sabem, das últimas vezes que aqui estive, não sou muito apta para falar diante de platéias, em realidade sempre evitei isso, mas convidada a trazer uma palavra para vocês, aqui estou através de uma outra cabeça, de uma certa forma eu espero que vocês, não agora, não para já, mas quando desencarnarem, peçam essa experiência, para vocês entenderem como é interessante o processo de comunicação e como é cheio de dificuldades, sim, porque o pensamento daquele que partiu, precisa encontrar uma certa ressonância junto ao pensamento, à cabeça daquele que será o intermediário da sua palavra.

Eu sou a Cidinha, e estou aqui trazendo uma palavra simples, modesta, mas de incentivo a todos vocês.Hoje observando as tarefas, os estudos que a Casa desenvolve e o quanto isso tem sido importante, não só para vocês

médiuns trabalhadores da Casa; não só para vocês que estejam nesta ou naquela função ou cargo, mas também para aqueles que estão buscando orientações, esclarecimentos, respostas, aquela força de que tanto precisam para se encaminharem dentro da vida com mais equilíbrio, mas também por aqueles que partiram, por familiares, filhos, filhas, amigos, companheiros e companheiras, porque de uma certa forma, na freqüência de vocês à casa, a uma tarefa, a um estudo, vocês acabam benefi-ciando a todos eles. E como disse bem o nosso querido Mestre Emmanuel, esse querido espírito, cada gesto, cada pensamento que façam em nome deles lhes traz reconforto a alma, lhes traz a benção de se saberem lembrados, não esquecidos, de serem recordados, não relegados ao passado, mas na mente de cada um de vocês, no coração de cada um de vocês, se saberem recordados e principalmente pelos seus momentos mais felizes na Terra, pelos seus gestos, pelo bem que fizeram, são recordações que os ajudam muito, como as preces que se elevam de seus corações.

Portanto, que vocês possam prosseguir. Sabemos da luta de muitos, temos acompanhado já dentro das minhas possibilidades de deslocamento e em grupos com trabalhadores vinculados às Casas Espíritas, nas visitas que fazemos, observamos lutas, dificuldades, grandes provas e testes acontecendo, realmente pondo em evidência a fé e as convicções que vocês já têm na alma.

Minhas queridas amigas, amigos, companheiros, trabalhadores de uma Casa Espírita, que Deus os abençoe, e recebam de todos esses que aqui estão na condição de desencarnados, desvinculados do corpo físico, a certeza da continuidade da vida, sintam os seus abraços, os seus ósculos, o seu pensamento, o seu sentimento de comprovação de que continuam mais vivos, mais atentos, e mais dispostos a estarem juntos de todos na medida em que vocês favoreçam essa aproximação através dos seus esforços na dedicação ao bem e na reforma que vocês façam no interior de suas almas.

Deixo aqui o meu abraço de incentivo a todos, a toda a equipe de trabalhadores dessa Casa querida, também me deixo envolver pela emoção e creio até que já me estendi demais, já falei demais, além do necessário, sintam pois e recebam este abraço, desta amiga, desta companheira que está sempre também lembrando, relembrando os momentos que tivemos de conversa, de estudos, porque isso também nos faz acalmar o coração quando sentimos saudades de todos, porque lembrem-se que nós, os desencarnados, os espíritos, também sentimos saudade, também sentimos a ausência de vocês em determinados momentos, nas regiões em que nos encontramos, na vida imortal, mas temos uma vantagem, é que quando nós pensamos em vocês, na medida da intensidade do nosso pensamento, nós os conseguimos ver, e quando não podemos naquele instante nos deslocarmos até junto de vocês, através da distância, nós conseguimos percebê-los e ficamos felizes quando vocês estão vencendo as suas batalhas, as suas guerras, superando as provas que atravessam naquele momento.

Um grande abraço a todos, que Deus os abençoe, os sustente a fé, a esperança, o sentimento do bem em suas almas. Um grande abraço a todos, desta amiga, desta companheira de trabalhos e de ideal espírita, a Cidinha, ontem, hoje e sempre, a companheira de todos, daqueles identificados não só com a Doutrina, mas com o Cristo também.

Que o Senhor nos abençoe!Vamos deixar aqui então um espaço para um outro companheiro que irá falar.

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto no CEIC em 02 de novembro de 2010 - Reunião privativa de preces pelo dia de finados)

“Quando mentalizes os supostos desaparecidos na voragem da morte, pensa neles do ponto de vista da imortalidade e do progresso”. (Emmanuel – Livro: Encontro Marcado)

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Clareando / Ano VIII / Edição 88 / Janeiro . 2011 - Pag . 6

Reunião de Médiuns e Colaboradores

Em Janeiro : dia 21(6ª Feira)Horário : 19 horasLocal : Centro Espírita Irmão Clarêncio

Curso de Atualização para todos os Médiuns

Em Janeiro : dia 22 (sábado)Local: Centro Espírita Irmão ClarêncioHorário : 16 horas.

Presença Indispensável

Atenção

J

Gênese : Causas Primárias

O Pensamento de Léon Denis

A Ciência resolveu a questão dos milagres que mais particularmente derivam do elemento material, quer explicando-os, quer lhes demonstrando a impossibilidade, em face das leis que regem a matéria. Mas, os fenômenos em que prepondera o elemento espiritual, esses, não podendo ser explicados unicamente por meio das leis da Natureza,

escapam às investigações da Ciência. Tal a razão por que eles, mais do que os outros, apresentam os caracteres aparentes do maravilhoso. É, pois, nas leis que regem a vida espiritual que se pode encontrar a explicação dos milagres dessa categoria.

O fluido cósmico universal é, como já foi demonstrado, a matéria elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza. (Cap. X.) Como princípio elementar do Universo, ele assume dois estados distintos: o de eterização ou imponderabilidade, que se pode considerar o primitivo estado normal, e o de materialização ou de ponderabilidade, que é, de certa maneira, consecutivo àquele. O ponto intermédio é o da transformação do fluido em matéria tangível. Mas, ainda aí, não há transição brusca, porquanto podem considerar-se os nossos fluidos imponderáveis como termo médio entre os dois estados. (Cap. IV, n° 10 e seguintes.)

Cada um desses dois estados dá lugar, naturalmente, a fenômenos especiais: ao segundo pertencem os do mundo visível e ao primeiro os do mundo invisível. Uns, os chamados fenômenos materiais, são da alçada da Ciência propriamente dita, os outros, qualificados de fenômenos espirituais ou psíquicos, porque se ligam de modo especial à existência dos Espíritos, cabem nas atribuições do Espiritismo. Como, porém, a vida espiritual e a vida corporal se acham incessantemente em contacto, os fe-nômenos das duas categorias muitas vezes se produzem simultaneamente. No estado de encarnação, o homem somente pode perceber os fenômenos psíquicos que se prendem à vida corpórea; os do domínio espiritual escapam aos sentidos materiais e só podem ser percebidos no estado de Espírito. (1)

(1) A denominação de fenômeno psíquico exprime com mais exatidão o pensamento, do que a de fenômeno espiritual, dado que esses fenômenos repousam sobre as propriedades e os atributos da alma, ou, melhor, dos fluidos perispiríticos, inseparáveis da alma. Esta qualificação os liga mais intimamente à ordem dos fatos naturais regidos por leis; pode-se, pois, admiti-los como efeitos psíquicos, sem os admitir a título de milagres.

(Fonte: A Gênese, Allan Kardec, Editora FEB – capítulo XIV, itens 1 e 2)

E lementos F lu íd i cos

É bom viver em contacto pelo pensamento com os escritores de gênio, com os autores verda-

deiramente grandes de todos os tempos e países, lendo, meditando suas obras, impregnando todo o nosso ser da subs-tância de sua alma. As radiações de seus pensamentos despertarão em nós efeitos semelhantes e produzirão, com o tempo, modificações de nosso caráter pela própria natureza das impressões sentidas.

É necessário escolhermos com cuidado nossas leituras, depois amadurecê-las e assimilar-lhes a quintessência. Em geral lê-se demais, lê-se depressa e não se medita.

Seria preferível ler menos e refletir mais no que se leu. É um meio seguro de fortalecer nossa inteligência, de colher os frutos de sabedoria e beleza que podem conter nossas leituras. Nisso, como em todas as coisas, o belo atrai e gera o belo, do mesmo modo que a bondade atrai a felicidade e o mal o sofrimento.

O estudo silencioso e recolhido é sempre fecundo para o desenvolvimento do pensamento. É no silêncio que se ela-boram as obras fortes. A palavra é bri-lhante, mas degenera demasiadas vezes em conversas estéreis, às vezes maléficas;

com isso, o pensamento se enfraquece e a alma esvazia-se. Ao passo que na me-ditação o Espírito se concentra, volta-se para o lado grave e solene das coisas; a luz do mundo espiritual banha-o com suas ondas. Há em roda do pensador grandes seres invisíveis que só querem inspirá-lo; é à meia-luz das horas tranqüilas, ou então à claridade discreta da lâmpada de trabalho, que melhor podem entrar em comunhão com ele. Em toda a parte e sempre uma vida oculta mistura-se com a nossa. Evitemos as discussões ruidosas, as palavras vãs, as leituras frívolas. Sejamos sóbrios de jornais. A leitura dos jornais, fazendo-nos passar continuamente de um as-sunto para outro, torna o Espírito ain-da mais instável. Vivemos numa época de anemia intelectual, que é causada pela raridade dos estudos sérios, pela procura abusiva da palavra pela palavra, da forma enfeitada e oca, e, principalmente, pela insuficiência dos educadores da mocidade.

Apliquemo-nos a obras mais subs-tanciais, a tudo o que pode esclarecer-nos a respeito das leis profundas da vida e facilitar nossa evolução. Pouco

a pouco, ir-se-ão edificando em nós uma inteligência e uma consciência mais fortes, e nosso corpo fluídico iluminar-se-á com os reflexos de um pensamento elevado e puro.Fonte : O Problema do Ser, do Destino e da Dor - 3ª parte, Capítulo XXIV.Autor : Léon Denis Editora FEB

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Clareando / Ano VIII / Edição 88 / Janeiro . 2011 - Pag . 7

Estamos aguardando você no Centro Espírita Irmão Clarêncio

Rua Begônia, 98 - Vila da Penha

Contato : Jorgina V.Souza

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Artigo

A frase de João Batista: "É neces-sário que Ele cresça, e que tudo diminua" (*) tem atualidade

no comportamento dos médiuns em todas as épocas, especialmente, em nossos dias tumultuados.

À semelhança do preparador das veredas, o médium deve diminuir, na razão direta em que o serviço cresça, controlando o personalismo, a fim de que os objetivos a que se entrega assumam o lugar que lhes cabe.

A mediunidade é faculdade neutra, a que os valores morais do seu possuidor oferecem qualificação.

Posta a serviço do sensacionalismo entorpece os centros de registro e decompõe-se. Igualmente, em razão do uso desgovernado a que vai subme-tida, passa ao comando de Entidades, perversas e frívolas, que se comprazem em comprometer o invigilante, levando-o a estados de desequilíbrio como de ridículo, por fim, ao largo do tempo, empurrando-a para lamentáveis obsessões.

Entre os gravames que a mediunidade enfrenta, a vaidade e o personalismo do homem adquirem posição de relevo, desviando-o do rumo traçado, condu-zindo-o ao sensacionalismo inquietante e consumidor.

Neste caso, o recolhimento, a serenidade e o equilíbrio que devem caracterizar o comportamento psíquico do médium cedem lugar à inquietação, à ansiedade, aos movimentos irregulares das atrações externas, passando a sofrer de irritação, de devaneios, e à crença de que repentina-mente se tornou pessoa especial, irrepro-chável, não tendo ouvidos para a sensatez nem discernimento para a equidade.

Torna-se absorvido pelos pensamen-tos da vanglória, e, disputado pelos

Méd iuns Sensac iona l i s tas

irresponsáveis que lhe incensam o orgulho, levam-no à lenta alucinação, que o atira ao abismo da loucura.

A faculdade mediúnica é transitória como outra qualquer, devendo ser preservada mediante o esforço moral do seu possuidor, assim tornando-se simpático aos Bons Espíritos que o inspiram à humildade, à renúncia, à abnegação.

Quando o personalismo sensacionalista domina o psiquismo do homem, natu-ralmente que o aturde, tornando-se mais grave nos sensores mediúnicos cuja cons-tituição delicada se desarticula ao impac-to dos choques vibratórios dos indivídu-os desajustados e das massas esfaimadas, insaciadas, sempre à cata de novidades e variações, sem assumirem compromissos dignificantes.

São João Bosco, portador de excelentes faculdades mediúnicas, resguardava-as da curiosidade popular, utilizando-as com discrição nas finalidades superiores.

Santa Brígida, da Suécia, que possuía variadas expressões mediúnicas, manti-nha o pudor da humildade, ao narrar os fenômenos de que se fazia objeto.

José de Anchieta, médium admirável e curador eficiente, agia com equilíbrio cristão, buscando sempre transferir para Jesus os resultados das suas ações positivas.

São Pedro de Alcântara, virtuoso e médium possuidor de "vários dons", ocultava-os, a fim de servir, apagando, enquanto o Senhor, por seu intermédio, se engrandecia.

Santa Clara de Montefalco procurava não despertar curiosidade para os fenômenos mediúnicos de que era instrumento, atribuindo-os todos à graça divina de que se reconhecia sem merecimento.

Os médiuns, que cooperaram na Codificação do Espiritismo, sensata-mente anularam-se, a fim de que a Doutrina fixasse nas almas e vidas as bases da verdade e do amor como formas para a aquisição dos valores espirituais libertadores.

Todo sensacionalismo altera a face do fato e adultera-lhe o conteúdo.

Quando este se expressa no fenôme-no mediúnico corrompe-o, descaracte-riza-o e põe-no a serviço da frivolidade.

Todos quantos se permitiram, na mediunidade, o engano do sensaciona-lismo, não obstante as justificações sob as quais se resguardam, desceram as rampas do fracasso, enganados e enga-nando aqueles que se deixaram fascinar pelos seus espetáculos, nos quais, o ridículo passou a figurar.

O tempo, este lutador incessante, encarrega-se de aferir os valores e de-monstrar que a "árvore que o Pai não plantou" termina por ser arrancada.

Quando tais aficcionados da mediuni-dade bulhenta se derem conta do erro, caso isto venha a acontecer, na Terra, possivelmente, o caminho de retorno à sensatez estará muito longo e o sacrifício para percorrê-lo os desencorajará.

Diante do sensacionalismo mediúnico, recordemo-nos de Jesus, que após os ad-miráveis fenômenos de socorro às massas jamais aceitava o aplauso, as homenagens e gratulações dos beneficiários, recolhen-do-se à solidão para, no silêncio, orar, louvando e agradecendo ao Pai, a Eterna Fonte geradora do Bem.

Vianna de Carvalho (Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, em 22/2/1989, no Centro Espírita "Caminho da Redenção", em Salvador - Ba. Fonte: Reformador Agosto/1989)(*) João, 3:30 - Nota do Autor Espiritual.

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Clareando / Ano VIII / Edição 88 / Janeiro . 2011 - Pag . 8

Evangelho: Mensagem de Jesus, simples e inconfundível.

Espiritismo: Doutrina dos Espíritos, profunda e clara.

Esperanto: Idioma da fraternidade.

Reflexão

AVISO IMPORTANTE

No Centro Espírita Irmão Clarêncio os cursos básico e progressivo de Esperanto terão início em março de 2011, sempre às quartas-feira s, das 17:30 às 19:00.

Venha conhecer a Língua da Fraternidade!

Para mais informações falar com Andreia Xavier

ou Domício Laurentino.

Yan Curvello ( Membro da Associação Esperantista do Rio de Janeiro e da Cooperativa Cultural

dos Esperantistas do Rio de Janeiro )

Di fusão do Esperan to

A fac i l i dade do Esperan to

“Estranha-se comumente a atitude de muitos estudiosos desencarnados, recomendan-do , através de canais mediúnicos, o estudo da língua internacional. Na esfera imediata à moradia humana, porém, o problema da linguagem é daqueles que mais nos afligem o senso íntimo.Facilitar o entendimento é ato de caridade, e construir o futuro é serviço de confiança. Aprender Esperanto, ensiná-lo, praticá-lo e divulgá-lo é contribuir para a edificação do Mundo Unido.”(Do livro "O Esperanto como Revelação", de Francisco Valdomiro Lorenz, psicografado por Francisco Cândido Xavier)

A facilidade do Esperanto reside em três aspectos; na pronúncia, na gramática e no vocabulário. O alfabeto é fonético, ou seja, a cada letra, corresponde um único som. São 28 letras, portanto 28 sons, sendo que a acentuação tônica das palavras recai sempre na penúltima sílaba.

A gramática é simples e regular, não apresentando exceções. Todo substantivo termina pela letra O, e todo adjetivo pela letra A. O plural se faz regularmente pelo acréscimo de uma letra. O advérbio derivado termina pela letra E. Só há uma conjugação verbal e os verbos, no infinitivo terminam em I, no presente, em AS, no passado, em IS, no futuro, em OS, no condicional, em US e, no imperativo, em U. Isso em todas as pessoas, pois o pronome é quem irá indicar a pessoa em que o verbo se encontra.

O vocabulário é internacional e oriundo dos principais idiomas modernos; 60% dos radicais provém das línguas neolati-nas (francês, italiano, espanhol, etc...), 30% do inglês e 10% dos demais idiomas. Além disso, existe um sistema de prefixos e sufixos, de significados constantes, que, acrescidos aos radicais, diminuem, em muito, o tempo de aprendizado. Qualquer pessoa de cultura mediana poderá aprendê-lo, com duas aulas semanais, em poucos meses

"...Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más..."(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XVII, Item 4)

Na passagem ou no reinício do calendário terrestre, de mais um ano de atitudes, saibamos renovar ideais fazendo-os cada vez mais atuantes, cada vez mais fortes, cada vez mais belos.Saibamos renovar nossos hábitos tornando-os cada vez mais justos, purificados e bons.Saibamos renovar nossas palavras, tornando-as cada vez mais equilibradas, cada vez mais voltadas para Deus, cada vez mais com sentimento.Saibamos renovar nossos gestos para que de imperativos, passem a ser convidativos, de modo que as pessoas que nos vejam agir, sintam em nós aquele que deseja ajudar e não aquele que deseja mandar.Saibamos renovar nossos sentimentos para que eles não sejam egoístas, mesquinhos, infelizes, ao contrário, que eles sejam úteis, elevados, bons, sempre bons e elevados.Saibamos renovar a própria aparência para que ela seja sempre o sinal de transformação, de um estado de renovação, um estado de melhoria íntima.Saibamos renovar hábitos, palavras e pensamentos porque Deus é constante renovação e o homem, seu filho, deverá acom-panhar a atitude paterna superior, para que ele também seja considerado como um ser renovado diariamente.Que Deus nos ajude neste momento, neste instante de coragem em que precisamos aprender a nos renovar.Que Deus nos ajude no ano que se inicia, mostrando-nos a necessidade para o bem não só de hoje, mas sempre.Que Deus nos ajude a todos hoje e sempre.Que assim seja. Muita paz!Hermann (Mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, em 01/01/94)

Sa ibamos renovar

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Clareando / Ano VIII / Edição 88 / Janeiro . 2011 - Pag . 9

Mensagem

Artigo

"Buscai, ao contrário, o lugar mais humilde e mais modesto, porquanto Deus saberá dar-vos um mais elevado no céu, se o merecerdes." (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo VII , Item 6)

Q ue a paz de Jesus esteja em todos os corações aqui presentes. E mais uma noite que relembramos a importância das lições trazidas por Ele e que através dos séculos tem nos vi-sitado a alma na multiplicidade das experiências reencarnatórias, convidando-nos constantemente a renovação dos

pensamentos, dos sentimentos, convidando-nos ao equilíbrio das emoções diante das lutas, das dificuldades, dos fatos que ocorrem no dia a dia e muitas vezes observamos de nosso plano, atingir e tumultuar a fé de muitos, a confiança no poder do bem em outras criaturas, enfim, mostrando ainda a imaturidade espiritual de tantos em torno das lições do Mestre.

As lições da noite nos convidam a refletir em torno da necessidade da grande reforma que precisamos fazer no mais profundo do nosso ser, para que possamos renovar com pensamentos mais positivos, com melhores sentimentos do fundo d’alma, estarmos mais sintonizados com as forças do bem, com essas fontes de onde emanam as bênçãos de fortalecimento, de encorajamento, que impulsionam a cada um de nós a buscar a sintonia maior com Aquele que nos deu a vida, o nosso Pai Celestial.

E segundo o próprio Cristo que o denominou de Pai, portanto, que todos aqui reunidos, possamos irmanados nesse propósito da busca da melhoria espiritual, nos conscientizarmos da importância desses momentos, de que todos podem desligados das atri-bulações, das lutas e dificuldades, para nesse breve contato com o plano espiritual, com essa fonte do bem, receberem as bênçãos necessárias para a pacificação, para ter-se um estado de espírito mais harmonizado e identificado com as leis de Deus e com o Evangelho do Senhor.

Portanto, que todos se sintam bafejados, envolvidos, sustentados, tendo as suas forças renovadas através desse contato com o plano superior da espiritualidade.

Permaneçam, pois, caros irmãos e irmãs, envolvidos nesse clima de harmonia e paz, e orem vigiando, sentimentos e pensamentos, para que o desequilíbrio, o medo, a insegurança não se instalem em suas almas, lhes trazendo desconforto, lhes trazendo posteriormente através do desespero, da aflição, as enfermidades que podem ser perfeitamente evitadas.

Que a paz do Senhor permaneça em todos os corações aqui reunidos.O Vosso Irmão InácioGraças a Deus

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto no CEIC em 24 novembro de 2010)

F oi em 1977, em Recife, a Veneza do Nordeste brasileiro.

As águas do Rio Capibaribe engros-saram demais naquele ano e a cidade sofria uma de suas maiores calamida-des. Na realidade, foi uma cena apo-calíptica aquela enchente, que tantos danos materiais causou à cidade.

A Casa dos Espíritas de Pernambuco, no bairro das Graças, na Rua Aníbal, 148, fica a poucos metros das impre-visíveis águas do Capibaribe e muitos prejuízos têm suportado, quando ocor-rem cheias.

Naquele ano, porém, parecia que um dilúvio desabara sobre a cidade, pois um imenso mar de águas tumul-tuosas se estendia desmesuradamente e uma avalanche de lama e destroços ia arrastando, em sua atropelada, casas e animais, árvores e barrancos.

Os diretores da Casa dos Espíritas lutavam, denodadamente, para salvar o que fosse possível dos móveis, uten-sílios, enxovais e mantimentos, com tanto empenho e sacrifícios obtidos nas

Do Apoca l i pse ao Evange lhocostumeiras e suadas campanhas, em prol dos pobres e assistidos da Policlí-nica Mizael Gomes da Silva.

Houve, então, diante da cena desoladora e apocalíptica das águas, uma apoteótica cena evangélica, numa eloqüente demons-tração de fé, por parte de uma das dire-toras da Casa, que exclamava, de joelhos dobrados na lama, que invadia os salões da instituição:

- É muita água, Pai do Céu! Miseri-córdia! Pode levar tudo, meu Pai, mas deixe pelo menos de pé as paredes de nossa Policlínica, porque, depois, ha-veremos de reconstruir tudo de novo! Misericórdia, meu Pai!...

O perigo maior, o que todos temiam, era uma velha e enorme mangueira, ao lado do barranco. Se tombasse sobre a Policlínica, não restaria nada do prédio, não ficaria pedra sobre pedra...

E o barranco ia sendo solapado pela correnteza das águas. De longe, numa angustiosa ansiedade, todos esperavam o tombo fatal da frondosa mangueira, que iria desabar sobre a instituição.

A queda realmente se verificou, porém, inexplicavelmente, no sentido contrário, isto é, tombou-a, estrondosamente, contra todas as previsões e os prognósticos... para o meio do rio, que arrebatou a enorme mangueira, carregando-a no meio de seus destroços. Foi um alívio geral. O Pai de Bondade houvera tido misericórdia e atendera ao pedido de sua confiante serva: protegera as paredes do templo espírita!...

Tão logo as águas do rio enfurecido bai-xaram, os diretores da Casa dos Espíritas de Pernambuco e da Policlínica Mizael Gomes da Silva - do irmão do presidente João Batista Cordeiro de Campos à sua incan-sável esposa Iraci e com a colaboração dos demais confrades - todos juntaram seus esforços para retirar a lama e os detritos que invadiram todas as dependências da instituição. Estavam nesta faina heróica, quando chega um grupo de uns 50 desa-brigados, em busca de amparo e socorro, pois a caudalosa torrente das chuvas havia derrubado seus humildes barracos e esta-vam ao relento, desprovidos de tudo.

(continua - página 10 )

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Clareando / Ano VIII / Edição 88 / Janeiro . 2011 - Pag . 10 . 10

Curso : A Família na Visão EspíritaDia: todas as terças-feiras.Hora: 19:30.Local : Centro Espírita Irmão Clarêncio.

Estudo aberto a todos os interessados.

Temas para Janeiro :Dia 11: Abertura - Apresentação.

Dia 18: O Lar, a primeira escola - Ângulo reto para a Evolução.

Dia 25: Namoro - finalidade e ação espiritual ; valorização da sexualidade no namoro.

“ Dedica uma das sete noites

da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a

fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”

Joanna de Ângelis

Fonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

A Família na Visão Espírita

Artigo

Do Apoca l i pse ao Evange lho ( con t inuação)

A Diretora da Policlínica mal se man-tinha em pé, de tanta canseira, mas, bem gratificada pelo maravilhoso aten-dimento que o Pai de Misericórdia lhe dispensara, pois protegera as paredes da Casa dos Espíritas!

Diante de seus queridos irmãos, carentes de tudo, o que poderia fazer, naquela situação? Não havia nada a oferecer, porque as águas tudo leva-ram e nada havia nas despensas vazias, ainda encharcadas pelas chuvas...

Todavia, a delicada seareira não se conformava em despedir seus queridos irmãos tão necessitados, que foram até ali, na certeza de um auxílio e de uma proteção. De lágrimas nos olhos e coração nas mãos, a boa irmã não se conteve e clamou aos Céus, com todas as forças de sua fé:

- Pai de Misericórdia e Bom! Tu já me deste prova de teu grande Amor e Poder! Mais uma vez eu te peço que me ajudes! Nada temos para dar a estes

amados irmãos desabrigados... Eles são meus irmãos, meu Pai! Porém, antes de mais nada, eles são, também, como eu, teus filhos queridos! Confio em teu Amor, Pai Misericordioso! Ajuda-me a ajudar teus filhos queridos! E mandou que to-dos ficassem... Os demais diretores se entreolharam, pasmados. E como iriam abrigá-los, sem colchões, nem lençóis? Como iriam alimentá-los, sem um grão de arroz disponível? A enchente levara tudinho... Entretanto, ninguém teve a coragem de contrariar o nobre e confiante gesto da decidida irmã

Não se passa ainda meia hora, e eis que ouvem o frear de um caminhão, que parou defronte à Policlínica. Saltou um senhor que, imediatamente, se dirigiu à nossa bondosa irmã, nestes termos:

- Faz muito tempo que lhe desejava trazer alguma coisa para seus pobres da Policlínica, e hoje tive uma vontade irresistível de vir até aqui. Pode me ar-ranjar algumas pessoas para descarregar

o caminhão? Os depósitos da Policlínica ficaram abarrotados: dos colchões aos cobertores, do xerém às latarias, ao ar-roz, feijão, açúcar e variada miudeza!..

Deus entendera muito mais depressa do que se poderia imaginar... Alguns diretores não resistiram e se afastaram, discretamente... para chorar, às escon-didas!... Era muita graça!... Mas era, também, multa fé!...

Os pedidos dos vacilantes e incré-dulos, muitas vezes, se demoram ou se extraviam, nos atalhos emaranha-dos de suas dúvidas, mas Deus sem-pre atende, muito rápido, em seus retos caminhos, aos pedidos de fé e às orações dos crentes sinceros!...

José Jorge

(Artigo retirado da Revista Estudos Espíritas - Março de 1999 - Edições Léon Denis)

“Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a simesmo, e a mulher reverencie o seu marido.” - Paulo. ( Efésios, 5 : 33 )

A s tragédias da vida conjugal costumam povoar a senda comum. Explicando o desequilíbrio, invoca-se a incompatibilidade dos temperamentos, os de-sencantos da vida íntima ou as excessivas aflições domésticas.

O marido disputa companhias novas ou entretenimentos prejudiciais, ao passo que, em muitos casos, abre-se a mente feminina ao império das tentações, entrando em falso rumo.

Semelhante situação, porém, será sempre estranhável nos lares formados sobre as escolas da fé, nos círculos do Cristianismo.

Os cônjuges, com o Cristo, acolhem, acima de tudo, as doces exortações da fraternidade.

É possível que os sonhos, muita vez, se desfaçam ao toque de provas salvadoras, den-tro dos ninhos afetivos, construídos na árvore da fantasia. Muitos homens e mulheres exigem, por tempo vasto, flores celestes sobre espinhos terrenos, reclamando dos outros atitudes e diretrizes que eles são, por enquanto, incapazes de adotar, e o matrimônio se lhes converte em instituição detestável.

O cristão, contudo, não pode ignorar a transitoriedade das experiências humanas.Com Jesus, é impossível destruir os divinos fundamentos da amizade real. Busque-se o

lado útil e santo da tarefa e que a esperança seja a lâmpada acesa no caminho...Tua esposa mantém-se em nível inferior à tua expectativa? Lembra-te de que

ela é mãe de teus filhinhos e serva de tuas necessidades. Teu esposo é ignorante e cruel? Não olvides que ele é o companheiro que Deus te concedeu ...Fonte Vinha de Luz - Lição 137 Espírito: Emmanuel Médium: Francisco C. Xavier Editora FEB

V ida Con juga l

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Clareando / Ano VIII / Edição 88 / Janeiro . 2011 - Pag . 11 . 11

"Em Fevereiro"

21° Encontro Espírita sobre Medicina Espiritual

Dia - 06 / 02 / 2011

Horário - 8:00 às 13:00Seção - Técnica de Passes Local - Centro Espírita Irmão Clarêncio

(Rua Begônia, 98 - Vila da Penha)

COMPAREÇAM!!!

Artigo

Melhor é repelirmos modismos

P ara que nos imunizemos das permanentes investidas dos mo-dismos que ameaçam cada vez

mais os conceitos basilares da Terceira Revelação, é importante colocar em pauta, à guisa de alerta geral, reflexões que venham subsidiar reações audaciosas acopladas aos princípios cristãos.

O Espiritismo tem conceitos filosóficos de estruturas sólidas com proposta de su-bida racionalidade para a conduta huma-na. Não endossa quaisquer inquietações de idéias apressadas advindas de pretensos "mestres" que explodem em sugestões de práticas "modernas" para o Espiritismo.

A propósito das açodadas enxertias estranhas, complexas e esdrúxulas de alguns núcleos que se dizem espíritas, recorremos a Juvanir Borges de Souza, quando, em seu artigo publicado no Reformador de abril de 1996, entre outras reflexões adverte:

"Precatemo-nos, pois, contra os afoba-dos, os precipitados, que pretendem intro-duzir novidades no Espiritismo (...). (...) as Casas Espíritas e os espíritas precisam estar atentos contra a invasão de práticas não espíritas, de modismos prejudiciais de variada origem (...)."

O Espírito Vianna de Carvalho, na psicografia de Divaldo Pereira Franco, também admoesta (vide matéria intitulada Integração Doutrinária - Reformador de abril de 1996):

"Mesmo sem um conhecimento real e profundo dos seus postulados científicos, das suas explicações filosóficas e da sua ética moral e religiosa, pessoas inadvertidas in-vestem com freqüência apresentando teses

ingênuas e passadistas, métodos profanos transitórios, recursos culturais, desejosos de introduzi-los no Movimento, sempre ávi-do de novidades, porque constituído por indivíduos quase sempre desequipados do conhecimento doutrinário em trânsito ligeiro pelas suas fileiras."

Médiuns que não se orientam nos livros da Codificação entregam-se inermes aos planos ardilosos dos obsessores que sub-jugam, insuflando-lhes os mais bizarros conceitos e as mais estranhas práticas, mormente nos viciosos relatos das vidên-cias "mediúnicas" e nas famosas cirurgias "espirituais", além de outras miraculosas terapias que vão das pirâmides às pedras cristalizadas num flagrante atentado contra o Espiritismo.

Existe, atualmente, nas hostes doutriná-rias, uma perigosa exaltação do mediunis-mo, pelo qual os inimigos da luz impõem movimentos massificadores de efeitos retumbantes, objetivando claramente o aprisionamento mental e a escravidão psíquica dos incautos e ignorantes.

Obcecados, os inovadores de ocasião visam a desestabilizar o Movimento Doutrinário, desacreditando o Espiri-tismo para desacelerar a implantação do Consolador na Terra.

Atentemos, pois, para uma grave advertência do insigne Léon Denis (No Invisível -página 9 - 17ª edição - 1996 - FEB).

"O Espiritismo será o que o fizerem os homens."

Realmente, são os homens que con-correm para as confusões doutrinárias, lançando idéias pessoais como se fos-sem princípios Kardequianos e sempre

aceitando e propagando mensagens duvidosas, criando seus espiritismos particulares em prejuízo do corpo inte-gral da Doutrina.

A Doutrina Espírita é a renovação da mensagem do Cristo para a restauração dos códigos evangélicos na sua feição primitiva; portanto, ante as investidas das novidades desses modismos místi-cos, lembremos a lição de Kardec (O Livro dos Médiuns - Capítulo XX nº 230 - mensagem de Erasto, página 290 - 61ª edição - 1995 - FEB)

"Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea."

Obviamente, o Centro Espírita é o instrumento mais importante para o fortalecimento dos códigos divinos, expressos nas mensagens espíritas, con-tudo, estejamos atentos com os inova-dores descompromissados com a Dou-trina. Usando o bom senso de forma estóica não admitamos que a prática espírita saia dos trilhos da simplicida-de e dos fundamentos da Codificação Kardequiana.

É necessário combater as invasões indesejáveis de modismos e teses ab-surdas nos Centros Espíritas, para que a luz no Paracleto seja mantida acesa, consoante esperam os coordenadores espirituais nesse transcendente projeto para a Terra.

Jorge HessenFonte: Reformador – outubro 1996

Data: 30 / 01 / 2011

Horário: 8:00 às 13:00

Local: Centro Espírita Irmão Clarêncio

Tema: Da união do Espírito com a Matéria.

Às 8:00 horas será servido um saboroso "Café da Manhã" e após o Estudo teremos o tradicional "Almoço Fraterno". Venha e traga seus familiares e amigos !

13° Encontro Espírita sobre a Gênese

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Dia : 09 / 01 / 2011- 16 horas

Culto no Lar de Maria Aparecida Gomes Santos

Dia 21 / 01 / 2011 - 8 horas

Reunião de Médiuns e Colaboradores

Dia 30/ 01 / 2011 - 8 horas

13° Encontro Espírita sobre a Gênese Tema : Da União do Espírito com a Matéria

Atividades Doutrinárias

Cursos no C.E.I.C.

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00

A Família na visão Espírita.Obras de André Luiz (Nosso Lar /Entre o Céu e a Terra).Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Recordações da Mediunidade).COMP - Curso de Orientação Mediúnica e Passes.COFTC - Curso de Orientação, Forma-ção e Treinamento pa a a Cura)

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 19:00

Esperanto.

Grupo de Estudos Antônio de Aquino.

Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30

O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Céu e o Inferno.O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Dia: Quinta-feira / 18:20 ás 19:20

Estudos para o trabalho de Atendimen-to Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) Livro: Técnica de Passes).Aprofundamento das Obras Básicas (4ª e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00

O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Céu e o Inferno.O Evangelho Segundo o Espiritismo.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).Revista Espírita.

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30

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Icléia, um Espírito... Brunilde, uma jovem espí-rita... Seus caminhos se cruzam... A afinização dessas duas almas que se reencontram e se unem para futuros empreendimentos se processa fértil e promissora. O resultado desta parceria espiritual aqui está. Mensagens de comovedora simplicidade chegam até nós como fecundas sementes, gérmen sagrado do bem, da fraternidade, do amor...

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Clareando / Ano VIII / Edição 88 / Janeiro . 2011 - Pag . 13 . 13

Personalidade Espírita

Dias da Cruz: Espiritismo e Homeopatia dignificados

F rancisco de Menezes Dias da Cruz nas-ceu em 27 / 02 / 1853 na cidade do Rio de Janeiro. Filho de antecedente

de igual nome e de D. Rosa de Lima, Dias da Cruz foi professor de Matemática no Colégio Pinheiro, no qual concluíra o curso de humanidades. Era, nessa época, aluno da Escola de Medicina, durante a qual contraiu núpcias com Dona Adelaide Pinheiro Dias da Cruz. Ao formar-se em Medicina, perdeu o pai, que havia sido ferido à baioneta na Igreja do Sacramento.

Estudioso desde a infância, ele era um homem de grande e invulgar cultura, preocupou-se com a ciência homeopática e, mais tarde, diante de provas irrefutáveis, tornou-se espírita dos mais caridosos e evangélicos.

É interessante relatar, ainda que superfi-cialmente, a maneira por que se verificou sua conversão. Tendo chegado ao seu co-nhecimento que o Espírito de seu genitor desenvolvia largo programa de caridade, através de médiuns receitistas, decidiu ele, homem austero e cultor da verdade, ir à Federação Espírita Brasileira para observar e apurar quanto de real pudesse haver em torno da informação recebida.

Iniciada a reunião com a prece habitual, passou-se ao estudo doutrinário; até então nada ocorrera suscetível de lhe permitir aceitar a versão das manifestações atribu-ídas ao Espírito de seu pai. Já estava pro-penso a acreditar em mistificação, quando, à mesa que dirigia os trabalhos, um mé-dium demonstrou haver caído em transe. Era, afinal, a tão desejada manifestação que inesperadamente se realizava. Através do médium, o Espírito do primeiro Dias da Cruz pediu que chamassem seu filho, que ali se encontrava no meio dos assistentes. Surpre-so, este se aproximou, incrédulo. À um dado momento, porém, seu genitor disse-lhe

- Você se lembra daquele fato que ocorreu conosco, na praça tal?

E, a seguir, revelou uma ocorrência só de ambos conhecida. Diante disto, o dou-tor Dias da Cruz (filho) sentiu chegada a hora de se render à inelutável evidência. Ninguém o conhecia naquela assembléia e o fato referido pelo Espírito era absoluta-mente desconhecido de toda a sua família, pois somente os dois dele haviam tido conhecimento.

Percebeu, então, que ao seu caráter ínte-gro e probo, só havia um caminho: aceitar a veracidade da manifestação espírita de seu genitor. E fê-lo sem constrangimento, com a simplicidade natural das almas puras.

Pôs-se a estudar o Espiritismo, enfro-nhou-se na interpretação dos textos dou-trinários e passou a ser, daí por diante, um novo e valoroso servidor do Cristo, nas fileiras dos seguidores de Kardec.

Em 1885, pronuncia na Federação Espírita

Brasileira a sua primeira conferência, e desde então participou de várias Comissões impor-tantes, de defesa do Espiritismo

Em 1890, em substituição ao Dr. Bezerra de Menezes, foi, então, o Dr. Dias da Cruz, que anteriormente ocupara a vice-presidên-cia, eleito presidente da Federação Espírita Brasileira, cargo que exerceu com devota-mento até os primeiros dias de 1895, quando foi substituído, temporariamente, por Julio César Leal e, definitivamente, pelo Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, o “Kardec brasileiro”, seu colega de profissão e amigo.Em 1896, por proposta de Bezerra de Menezes, e em atenção aos abnegados serviços prestados à Federação Espírita Brasileira, foi Dias da Cruz aclamado presidente honorário da mesma.

Dirigiu o Reformador durante o período da sua presidência e escreveu inúmeros artigos doutrinários e de polêmica com a assinatura modesta de “Um Espírita”.

Foi quem primeiro tentou, em 1891, ad-quirir um prédio próprio para a FEB e mon-tar oficina tipográfica para a impressão do “Reformador” e de obras espíritas em geral.

Em 1900, o Dr. Dias da Cruz reorgani-za, ressuscita o “Instituto Hahnemaniano do Brasil”, que havia sido criado em 1879 pelo mais afamado médico homeopata do Império, o Dr. Saturnino Soares de Meireles, seu primeiro presidente. Dias da Cruz alugou no centro da cidade, à rua da Quitanda n° 59, uma casa para seu consultório, e neste reinstalou o Instituto Hahnemaniano do Brasil. Por alguns anos os membros do Instituto ali se reuniram, datando dessa época um novo ciclo de grandes atividades e realizações.Esse foi o período áureo da Homeopatia no Brasil, e frisa um historiador que ao Dr. Dias da Cruz cabe a grande parcela das glórias que o Instituto conquistou. Os “Anais da Me-dicina Homeopática”, cuja publicação fora interrompida em 1884, reapareceram em Janeiro de 1901, devido aos esforços do “mais puro dos homeopatas brasileiros”, o Dr. Dias da Cruz, que arrancou a revista do Instituto do túmulo onde jazia, dando-lhe lugar honroso entre as publicações perió-dicas sobre Medicina. Dela foi redator de 1901 a 1902, e de 1906 a 1910.

Fundada, em 1912, a Faculdade Hah-nemaniana (posteriormente denominada Escola de Medicina e Cirurgia), Dias da Cruz colaborou na organização dos progra-mas de ensino do novel estabelecimento, no qual lecionou a cadeira de Farmacologia e, mais tarde, a 1a. cadeira de Matéria Mé-dica, constituindo-se em verdadeiro mestre de toda uma nova geração.

De 25 a 30 de Setembro de 1926 foi realizado o 1o. Congresso Brasileiro de Ho-meopatia, sob a presidência do Dr. Dias da Cruz.Propagandista dos mais convic-tos e autorizados, possuidor de excelente

cultura médica, mestre reconhecido pela sua proficiência, com vasta clinica em que abundaram notabilíssimas curas, consti-tuiu ele, por mais de meio século, “um dos grandes marcos no progresso da Homeopatia no Brasil”.

“Não erramos afirmando”- escreveu o Dr.José Emígdio Rodrigues Galhardo - “ser o Dr.Dias da Cruz, entre os homeopatas brasilei-ros, aquele que maiores e mais perfeitos conheci-mentos tem da doutrina hahnemaniana.”

Dizem os seus contemporâneos que o cumprimento do dever era quase que sagrado para o Dr. Dias da Cruz. Como professor, jamais deixou de comparecer à hora certa em suas aulas. Como clínico no Hospital Hahnemaniano, não se fazia esperar pelos doentes.Desencarnou no Rio de Janeiro em 30 de setembro de 1937, com 84 anos de idade, deixando belíssimo rastro de luz simbolizado pelos bons servi-ços prestados e indiscutíveis exemplos de homem de bem.

Eis, em síntese, a brilhante personalidade daquele que dignificou o Espiritismo e a Homeopatia no Brasil.Fontes: "Revista Reformador"( Edições de Set./1987; Dez./1987; Fev./1990 ; Fev./1991; Fev./1992 e Jun./1995); "Agenda Espírita /1998" e Livro "Grandes Espíritas do Brasil"

Espiritismo na

Web

Rad i oRio de Janeiro1400 khz AM

“A emissora da Fraternidade”

Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21) 3396.6969

Visite o site e ouça a programaçãowww.radioriodejaneiro.am.br

www.geae.inf.br( Grupo de Estudos Avançados Espíritas)

www.momento.com.br( Momento Espírita))www.palavraespirita.com.br( Palavra Espírita)

Seleção de textos : Mário Sérgio de Souza Esteves

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O Beijo Inesperado

S empre me impressionou a vibração que paira sobre a Terra quando as festas de fim de ano se aproximam. Parece que tudo fica mais colorido e vibrante. As pessoas mergulham num estado de ansiedade e euforia gostoso, saudável. Os melhores momentos da festa são os preparativos, alguém me disse isso um dia. E se a gente parar pra pensar, vai ver

que é verdade mesmo. A escolha dos presentes, a roupa que vai vestir, o papelzinho do amigo-oculto, as comemorações sem fim com os amigos do trabalho, escola, faculdade, etc. E eis que chega o dia 24, a noite feliz. Aquela mesa cheia de coisas gostosas, doces, frutas, rabanadas, aletria, bacalhau. O curioso é que a maioria sempre esquece o “principal do bacalhau”. É tanta coisa pra comprar, tanta gente pra encontrar que levamos de novembro a meia-noite e dez pra lembrar da razão daquilo tudo: nosso querido Mestre Jesus, o aniversariante. Isso deve durar uns cinco minutinhos, porque depois vem a troca dos presentes. Aí, só voltaremos a associar Jesus ao Natal, no mês seguinte, quando chegar a fatura do cartão de crédito. Levamos as mãos à cabeça e dissemos: ai, Jesus!

Já pensou se isso acontecesse com a gente? Eu ficaria arrasada, pois sou daquelas que gostam de receber parabéns de todo mundo. Ando na rua, vejo um desconhecido e penso: “poxa, ele não sabe que hoje é meu aniversário, que pena...” Eu gosto de ser lembrada, de ganhar um abraço, um desejo sincero de felicidades e, claro, um presentinho. Mas Jesus não tem a minha vaidade e nem a minha carência. O que Ele espera de nós é um sentimento de amor pelas pessoas, que pensemos positivamente em alguém que esteja em dificuldades, que nos reconciliemos com nossos desafetos, que estejamos unidos por vibrações de amor com nossa família, amigos e que essas vibrações salutares alcancem corações desconhecidos.

Precisamos aproveitar essa época que Jesus se aproxima mais do nosso planeta, para colocarmos em prática nossos sentimentos mais nobres. Já que, no resto do ano, insistimos em manter uma postura mais endurecida.

E se não tivéssemos casa, roupas limpas, família unida e reunida, presentes para dar e receber e uma mesa farta? Ficaríamos felizes com o Natal e o Reveillon? Meus Deus, seria tão difícil perceber todas essas vibrações de amor, paz e harmonia que Jesus emana para todos nós!

Para alguns sim, mas para outros...No dia 17 de dezembro passado eu estava com uma amiga do trabalho atravessando as pistas da Av. Presidente Vargas,

no Centro do Rio, ouvindo um homem que vinha atrás cantando, com muita alegria na voz: “Meu Deus, por que eu nasci feio e pobre?” Ele cantava e sorria. Era um mendigo. O sinal da última pista fechou e tivemos que esperar. Ficamos os três ali parados. Ele parou de cantar, olhou pra nós com um sorriso nos lábios e nos olhos e estendeu as mãos. Ele estava muito sujo, barba e cabelos desgrenhados, a roupa também muito suja e com mau cheiro. Naquele momento, eu pude ler o pensamento da minha amiga: “por que esse sinal fechou?” E o meu foi exatamente o mesmo. Com as mãos estendidas ele disse: “Quero desejar boas festas! Feliz Natal e tudo de bom na vida de vocês”. Nós não tivemos outra saída, diante de tamanha sinceridade no olhar daquele homem, senão estender as mãos. Pensamos que fosse parar por aí. Mas, ele puxou nossas mãos, de leve, e beijou. Aí, o sinal abriu. Num primeiro momento, a única coisa que eu conseguia pensar era nas bactérias. Mas, depois veio a reflexão: aquele homem também sente esse tal espírito natalino. Ele também sente a presença de Jesus, sem roupa nova ou mesa farta. Ele compreendeu o sentido do Natal!

Mais um ano se inicia e com ele as mesmas ou novas expectativas, desejos de dias melhores, conquistas. Só não podemos deixar que esses sentimentos agradáveis e virtuosos, típicos de final de ano, comecem a se apagar no primeiro dia útil de janeiro.

E pra que esse “sentido do Natal” continue bem vivo dentro de nós, no próximo ano, fica essa mensagem do Evangelho de Jesus, o maior presente que a humanidade poderia ganhar:

“Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que o reino dos céus lhes pertence.” “Será o maior no reino dos céus aquele que se humilhar e se fizer pequeno como uma criança, isto é, que nenhuma pretensão

alimentar à superioridade ou à infalibilidade”.

Fernanda Barbosa Eliasd