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EDITORIAL · nas torres de energia eólica, ... contribuir para melhorar a vida das pessoas. E-M O B I L I T Y ... nenhuma fatalidade nas estradas – fique

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EDITORIAL

MEGATENDÊNCIAS

SISTEMAS MECÂNICOS E ELETRÔNICOS TRABALHANDO EM CONJUNTODE FORMA INTELIGENTE E AVANÇADA. ZF.COM/TECHNOLOGY-TRENDS

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SEGURANÇA • EFICIÊNCIADIREÇÃO AUTÔNOMA

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SOLUÇÕESZF

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Centenária e cada vez mais gigante e global, a ZF é uma empresa que não busca a inovação tecnológica unicamente como algo obsessivo, ou pelo prazer de se sentir pioneira ou na vanguarda tecnológica,

mas sim com o propósito de oferecer às pessoas o estado da arte quando o assunto é mobilidade.Simplesmente porque, em se tratando de tecnologia, o melhor só proporciona o bem-estar das pessoas. Quando uma tecnologia segue um processo de contínuo avanço quem mais ganha com isso é a sociedade. Nesta edição, que está especialmente rica em conteúdo, vocês vão observar como a ZF está presente em seu dia a dia. Nossos avançados sistemas e produtos estão nas máquinas agrícolas e de construção, estão nas torres de energia eólica, estão nas embarcações comerciais e de lazer, estão nos trens, nos ônibus, nos caminhões e nos mais variados automóveis, dos maissimples aos mais luxuosos.Mas vamos sempre além, trabalhamos fortemente no presente com foco nas megatendências do futuro. Nossos avanços tecnológicos já são capazes de produzir em série e comercialmente produtos que, por meio de algoritmos, são capazes de “ver, pensar e agir” tais como os humanos, mas com uma vantagem extraordinária: de maneira incrivelmente mais rápida e eficiente.Com nossa “Visão Zero” de acidentes e compromisso de Emissões Zero, nossas novas tecnologias aproximam cada vez mais a eficiência das máquinas com as capacidades essencialmente humanas. E em conjunto com a expertise que adquirimos com a ZF TRW, desenvolvemos o ZF Innovation Truck 2016 que apresentamos na última IAA, bem como o Innovation

Tractor, veículos que, mais do que executar mano-bras sozinhos, por meio de componentes dotados de atributos como “ver, pensar e agir”, são capazes, entre outras coisas, de desviar de obstáculos e parar com segurança de maneira autônoma. Como uma empresa moderna e de vanguarda, além de inovar em produtos, a ZF é uma das protagonistas globais desta nova revolução industrial. A digitalização é uma realidade que não começou hoje, mas com a crescente acele- ração dos avanços tecnológicos ganha notoriedade com o advento da Indústria 4.0.

Também nesta edição recheada de grandes matérias, você vai encontrar mais sobre este fascinante assunto que vai mudar radicalmente o jeito de se confeccionar produtos de alta tecnologia. Por isso mesmo, acredita-mos que a inovação é o caminho para a evolução. Já que o segundo não existe sem o primeiro. Somos muito conscientes disso e, por esta razão, cada um de nossos colaboradores tem esta missão em mente: buscar soluções inovadoras que possam, verdadeira-mente, contribuir para melhorar a vida das pessoas.Boa leitura!

INOVAÇÃO É O CAMINHO DA EVOLUÇÃO

Wilson Bricio,

presidente da

ZF América do Sul

“Trabalhamos fortemente no

presente com foco nas megatendências

do futuro”

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NEWS06SUMÁRIO

CAPA

UMA MARCA DE PRESENÇA30TECNOLOGIA

UM CAMINHÃO,TRÊS ASSISTENTES10

ENTREVISTA

SINERGIA E EFICIÊNCIA42TECNOLOGIA

SOFISTICAÇÃO TECNOLÓGICAMADE IN BRAZIL20

TEST TOUR

TOSCANA BRASILEIRA54TECNOLOGIA

FORÇA E CONTROLE16

TECNOLOGIA

A EVOLUÇÃO DA REVOLUÇÃO48TECNOLOGIA

A FORÇA DE UM TRATOR26

BOB SHARP

A CONDUÇÃO AUTÔNOMA BATE À NOSSA PORTA60

SUMÁRIO

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54

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NEWS

CADA VEZ MAIS DIREÇÃO AUTÔNOMA

ITENS DE SEGURANÇADA ZF EQUIPAM

CIVIC GERAÇÃO 10 E CRUZE 2017

Com o claro objetivo de ampliar o seu portfólio de tecnologias para a condução autônoma, a ZF ampliou sua participação no mercado de tecnologias para o segmento automotivo, com a aquisição de 40% da Ibeo Automotive Systems GmbH, empresa líder de mercado em tecnologia LIDAR e no desenvolvimento de software de reconhecimento de objetos e ambientes, assegurando a prevenção de acidentes. Fundada em 2009 e com sede em Hamburgo, a Ibeo tem em sua carteira de clientes os principais fabricantes mundiais de veículos.

A ZF marca presença no lançamento do Civic Geração 10 e do Cruze 2017. Para a décima geração dos veículos japoneses, a ZF fornece o disco dianteiro e traseiro, produzidos em Engenheiro Coelho, SP, e o Rear Stabilizer Link (tirante da barra estabilizadora traseira), este importado da ZF na Europa. Já o novo modelo do Cruze recebe o servo-freio, caliper traseiro, sistema de direção elétrico (Belt Drive), side airbags e cintos de segurança dianteiros e traseiros, todos estes importados das unidades ZF na Europa e Estados Unidos.

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NEWS

NOVOS NEGÓCIOSCOM A ECOLIFEEM QUITO

ZF NAFÓRMULA E

O transporte de passageiros de Quito, no Equador, recebeu 80 novos ônibus biarticulados de 27 metros de comprimento e capacidade para 250 pessoas, todos equipados com a transmissão ZF Ecolife de 6 marchas. O novo fornecimento veio para complementar os mais de 300 veículos equipados com transmissões ZF da frota circulante de ônibus das cidades de Quito e Guayaquil. O conjunto composto por retardador primário, duplo sistema de arrefecimento, módulo eletrônico integrado, sistema de lock-up e que recebe o lubrificante sinté-tico ZF Ecofluid, garante os melhores resultados operacionais e performance de mercado aos proprietários de frotas.

A ZF também marca presença no esporte. Desta vez firmou parceria tecnológica com a Equipe Venturini, competidora da Fórmula E da FIA, categoria de corridas com carros elétricos. A partir do início da temporada 2016/17, a ZF apoiará a Venturi com tecnologia e componentes de sistema de suspensão, simulação e teste, além de outras contribuições de tecnologia. O principal objetivo da parceria é o projeto e desenvolvimento de um novo driveline completamente elétrico que englobará motor de tração, inversor e transmissão.

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TECNOLOGIA

O sistema de Assistência de Manobra Evasiva (EMA) é semiautomatizado e ajuda a evitar acidentes de caminhões com manobras ágeis e seguras.

UM

CAMINHÃO,Texto: Achim Neuwirth

Fotos: Dominik Gigler

TRÊS

Aameaçadora imagem de um caminhão no espelho retrovisor, cada vez mais perto. Será que o motorista consegue me enxergar? Ele

vai parar a tempo? E se ele não parar? A maioria das pessoas que já experimentou ser o último motorista de uma longa fila de veículos, em algum momento deve ter passado por estes segundos de espera e ansiedade ao observar um grande caminhão se aproximando por trás em alta velocidade.

Geralmente tudo termina bem, mesmo se o motorista do caminhão se distrair brevemente, uma vez que a maioria dos caminhões modernos possui um pode-roso Sistema Avançado de Frenagem de Emergência (AEBS) e o onipresente Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC). Estes sistemas automáticos que trabalham em sincronia são capazes de fazer um caminhão de 40 toneladas parar e garantir que ele não “quebre a asa”. Mesmo assim, situações cotidianas como essa ainda terminam em desastres mais vezes do que qualquer um gostaria.

As colisões em traseiras de veículos causadas por caminhões estão se tornando

cada vez mais comuns, resultando em lesões graves ou até mesmo em fatalidades. Hoje, com o primeiro sistema de Assistência de Manobra Evasiva (EMA) para caminhões, a ZF e a parceira de projeto Wabco criaram uma funcionalidade que pode ajudar a prevenir este tipo de colisão de forma mais eficaz do que qualquer outro sistema que já existiu.

Mais seguro e mais confortávelO EMA é um dos três novos sistemas

auxiliares de segurança e conforto para veículos comerciais que a ZF apresentou no IAA International Motor Show em Hannover, Alemanha. “Quando se trata de desenvolver veículos que podem ver, pensar e agir, nós somos os parceiros de referência para nossos clientes,” disse o membro do Board ZF, Peter Lake. “Utilizamos nossa força em tecnolo-gias avançadas para ajudar a tornar a mobilidade mais segura e mais eficaz, impulsionar a condução automatizada e fazer com que a visão “em direção ao zero” – neste caso, zero significa nenhuma fatalidade nas estradas – fique mais próxima à realidade”.

No IAA deste ano, a ZF lançou três funcional idades de

segurança completamente novas para veículos comerciais.

ASSISTENTES

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1

Hora de mudar de cena: fazendo uma curva em direção a uma reta, o piloto de teste Andreas Arnegger conduz o caminhão ZF Innovation Truck 2016 em direção a uma fila de carros parados – um típico congestionamento – a cerca de 80 km/h, limite de velocidade determinado por lei para caminhões pesados na Alemanha. A chuva deixou a estrada molhada o bastante para a aquaplanagem representar um sério risco. Em tais condições extre-mas, explica o gerente de projetos da ZF, Sven Gohl, distâncias padrão de frenagem podem ser inadequadas até mesmo para sistemas EABS. Situações similares ocorrem quando obstáculos estão ocultos em cantos ou trechos altos cegos, quando

ASSISTÊNCIA DE MANOBRA

EVASIVA (EMA)

veículos repentinamente cortam através de faixas, ou quando as estradas estão escorregadias com gelo ou neve.

Sistemas trabalhando em perfeita harmoniaNa cabine do motorista, Arnegger ignora deliberadamente a primeira etapa de sinais de advertência audíveis e visuais do AEBS na cabine. Apenas quando o caminhão começa a frear por contra própria e o risco atingiu os mais altos níveis, ele rapidamente move o volante, acionando a funcionalidade EMA. Em seguida, o piloto de testes ime-diatamente solta o volante, mais uma vez passando o controle do caminhão para a inteligência combinada dos sensores ambientais, sistema de frenagem e direção eletro-hidráulica ReAX. Em seguida o ZF Innovation Truck se dirige para a faixa livre ao lado e a função de proteção de rolagem ajuda a evitar que o reboque vire excessi-vamente. Ao mesmo tempo, o caminhão propositalmente desacelera de forma rápida. O caminhão de 40 toneladas está imóvel após a distância equivalente ao comprimento de um carro e meio a partir do limite do final do congestionamento.

Mesmo em caso de uma frenagem total, se o caminhão não houvesse conduzido simultaneamente esta manobra evasiva, ele teria colidido na traseira do último veículo da fila a cerca de 16 km/h, liberando a mesma quantidade de energia que um sedan de tamanho médio movendo-se a 80 km/h.

Sistema de alta qualidadeFelizmente, com o EMA não houve qual-quer perigo real. A ZF testa novas funcio-nalidades de segurança em um circuito de testes particular, com a ajuda de pilotos de teste profissionais. Um desses pilotos é Ellen Lohr, a primeira e única mulher a ganhar uma corrida da série German Touring Car Masters (DTM), participante em nove edições do Rali Dakar e, desde 2013, uma competidora regular no Campe-onato Europeu de Corrida de Caminhões. Ela está impressionada com a capacidade de manobra evasiva: “Dentro do cami-nhão, você é jogado de um lado para o outro no cinto de segurança e contra as laterais do seu assento, mas do lado de fora a manobra semiautomática não parece algo tão espetacular assim, o que

indica um sistema de qualidade extrema-mente alta”, analisa. “Eu não teria sido capaz de executar espontaneamente uma manobra tão exigente com este grau de precisão”, conclui.

Em outros pontos na pista de testes, o ZF Innovation Truck está seguindo um carro compacto. Neste caso, o caminhão vira, freia e acelera por conta própria e, exceto por mudanças de faixa, o motorista deixa tudo por conta dos sistemas do veículo. O caminhão permanece lealmente na faixa mantendo uma distância cons-tante e segura do veículo à frente, freando e acelerando conforme o necessário. Uma vez que a estrada à frente fica livre, o caminhão retorna à velocidade previa-mente estabelecida nas configurações de controle de cruzeiro.

Como ninguém precisa conduzir o caminhão utilizando os pedais ou o sistema de transmissão automática ZF TraXon Hybrid, o coordenador de projetos da ZF, Lex Van Rooij, está livre para explicar como esta funcionalidade de Assistência de Direção em Estrada (HDA) funciona. “Basicamente, nós transferimos um pacote

“Utilizamos nossa força em tecnologias avançadas para ajudar a tornar a mobilidade mais segura e mais eficaz”Peter Lake,

membro do Board ZF

Frações de segundo antes do sistema EMA executar uma manobra evasiva automática.

O pior pesadelo de muitos motoristas: um caminhão dispara em direção a uma fila de carros.

Assista ao vídeo para saber mais sobre o ZF Innovation Truck.

TECNOLOGIA

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Sven Gohl está próximo a uma doca de carregamento de um armazém, com seu dedo apontado para um tablet, movendo-se silenciosamente, sem emissões locais, pois Hybrid está operando em modo elétrico integral – o Innovation Truck, sem motorista, começa a dar ré. Trinta segundos depois, o veículo que estava a quase 60 metros de distância posicionou-se ao lado da doca com precisão milimétrica.

“A nova funcionalidade SafeRange é similar à de Assistência de Estacionamento que introduzimos há dois anos. Ela ajuda a prevenir manobras que possam causar grandes danos a veículos e docas de carregamento. Porém, nós melhoramos este sistema de várias formas, tornando a operação bem mais prática”, disse Gohl. Em primeiro lugar, você não precisa mais dirigir remotamente o caminhão com seus dedos na tela do tablet, tudo que você pre-cisa fazer é pressionar um botão virtual no visor. Em segundo lugar, os sensores necessários – principalmente câmeras – estão instalados na doca de carregamento em vez de estarem nas carretas.

ASSISTÊNCIA

SAFE

DE CONDUÇÃO

RANGE

EM ESTRADA (HDA)

Tudo que está aparente na carreta são duas marcações analógicas – os especia-listas as chamam de “alvos”. O restante da tecnologia está instalada no veículo, no armazém e parcialmente nas nuvens: um computador central na empresa de logística calcula a rota que o caminhão deve fazer de sua posição de estaciona-mento e transmite esta informação via LAN wireless ao sistema de telemática instalado no veículo, o ZF Openmatics.

Usando dados de GPS para manobrasO sistema de controle eletrônico que

também está instalado no veículo conduz automaticamente o caminhão para seu destino utilizando a direção ativa ReAS e todos os outros sistemas necessários para dirigir ou frear o veículo. Além das câme-ras, o sistema SafeRange também utiliza dados de GPS altamente detalhados para calcular continuamente a posição exata do caminhão.

“Cuidado”, diz Gohl de repente, quando um colega cruza o caminho do caminhão em ré durante uma manobra. Embora a ZF ainda não tenha ensinado o caminhão Innovation Truck a ouvir, o veículo para completamente, pois o SafeRange já havia detectado um pedestre. Mais uma vez, eis a demonstração de como a funcionalidade do SafeRange, associada aos outros novos sistemas de assistência ao motorista, está ajudando a aumentar significativamente os níveis de segurança nas estradas.

Apenas um toque no tablet e o caminhão vai de ré para a doca de carregamento automaticamente.

A Assistência de Condução em Estrada permite que os motoristas de caminhão se

ausentem temporariamente do controle de seus veículos.

de aplicações de carros de passeio para este caminhão. Nosso sistema de câmera ótica S-Cam que foi instalado no topo do pára-brisa detecta a faixa adiante, enquanto o sistema de radar AC1000 apli-cado na grade abaixo do radiador mede as distâncias e velocidades relativas a to-dos os objetos à frente. Ambos os siste-mas são produtos padrão que fazem a co-municação entre si e com os sistemas de direção, frenagem, motor e transmissão”. O cérebro que comanda tudo é um pacote dedicado de eletrônica de controle desen-volvido pela ZF. Caso necessário, este pacote é capaz até mesmo de compensar virtualmente a ausência de marcações de faixa em ambos os lados do veículo.

O que parece uma conveniência é na realidade uma função de segurança. “No futuro, a HDA não apenas servirá de ad-vertência aos motoristas de caminhão, mas também utilizará suas funções de condução automatizada para ajudar a prevenir de forma ativa que o veículo saia de sua faixa, o que ajudará a proteger os motoristas contra uma das causas mais frequentes de acidentes”, confirma o gerente de projetos Gohl.

Parada automática para descarregamento

Se uma carreta for capaz de tempo-rariamente assumir o controle total, chegará o momento em que os motoristas poderão se ausentar completamente da cabine? Em uma situação, com certeza. 2

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“Eu não teria sido capaz de executar espontaneamente uma manobra tão exigente com este grau de precisão.”

Piloto de corridas de caminhão, Ellen Lohr,

comentando sobre a funcionalidade

de evasão automática

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TECNOLOGIA

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FORÇA E

Assim que alguém dirigir um caminhão pesado equipado com a transmissão TraXon, é óbvio que esta pessoa não vai querer olhar para trás”,

disse Fredrik Staedtler, Head da Divisão de Tecnologia de Veículos Comerciais da ZF, resumindo o feedback positivo de muitos pilotos de testes experientes e motoristas.

A suavidade, facilidade e velocidade das mudanças de marchas da TraXon são, sem dúvida, responsáveis por estes relatos positivos. “Porém, ainda existem várias outras funcionalidades da TraXon que também ajudam a atrair uma cres-cente gama de novos clientes. Estas funcionalidades incluem uma eficácia líder em sua classe – de até 99,7% – e uma vasta gama de relação de marcha, ambas ajudando a aumentar o nível de eficiên-cia do consumo de combustíveis dos ca-minhões. Isso sem mencionar a enorme

CONTROLE

Eletricidade economiza combustível:

MÓDULO HÍBRIDO MANOBRA CAMINHÕES PESADOS COM FACILIDADE

Por Achim Neuwirth

A transmissão modular TraXon da ZF para veículos comerciais

está encontrando uma vasta gama de novas aplicações ao redor

do planeta e em veículos novos, como guindastes.

Após o lançamento em um caminhão MAN,

a transmissão TraXon e suas inúmeras vantagens estão

atraindo um crescente número de novos clientes.

Na Iveco, a TraXon já substitui a AS Tronic.

Alimentação para sistemas auxiliares:

TOMADA DE FORÇA DEPENDENTE DO MOTOR TAMBÉM PODE SER ACIONADA COM O VEÍCULO EM MODO ESTACIONÁRIO

A transmissão TraXon é atualmente produzida em Friedrichshafen, Alemanha, mas em breve será fabricada em vários outros países.

TECNOLOGIA

versatilidade da TraXon. Com cinco módulos diferentes, podemos facilmente adequar a transmissão básica para aten-der a praticamente qualquer desafio enfrentado por veículos comerciais pesados”, comenta Staedtler. Todas essas vantagens serão apresentadas durante uma série de lançamentos que estão sendo planejados em novos mercados ao redor do mundo.

No Brasil, China e TurquiaNeste ano, a transmissão será lançada na China – na Foton, uma das maiores fabri-cantes de caminhão do país. A ZF está fornecendo à empresa a versão TraXon com o freio de transmissão integrado Intarder, como opcional. Uma grande parte do sucesso da transmissão no mer-cado é, sem dúvida, proporcionada pelos sistemas eletrônicos da ZF. O PreVision GPS permite que a transmissão troque de marchas de forma preditiva; outras

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É realmente possível manobrar um guindaste móvel de 72 toneladas de forma suave e precisa para sua posição? Liebherr, fabricante de guindastes que utilizou pela primeira vez o sistema TraXon Torque, demonstra que é possível.

A equipe de Adver tência Antecipada foi reunida para garant i r lançamentos com produção l ivre de problemas.

Os clientes estão com demandas cada vez mais rigorosas em relação às transmissões que compram – não apenas no que diz respeito às características que esperam encontrar em sistemas de transmissão avançados, mas também em termos de produção. Em poucas palavras, eles querem que o início das atividades de produção seja feito de forma mais rápida e simples, mesmo considerando que os sistemas mecânicos e eletrônicos das transmissões são mais modernos, e os modos pelos quais estes sistemas interagem estão cada vez mais complexos. Por este motivo, a TraXon é gerenciada hoje por uma equipe com 13 integrantes, chefiada por Kajo Aicher. A equipe já ganhou o respeito de várias fabricantes de veículos.

Composição interdisciplinar “Estamos trabalhando para garantir que os clientes recebam um produto em estágio amadurecido”, disse Aicher. Sua equipe de Advertência Antecipada é internacional e interdisciplinar. As áreas são cobertas por equipes especialistas em desenvolvimento, mecatrônica, testes, qualidade e confiabilidade, assim como atendimento ao cliente, produção e montagem. A principal prioridade da equipe é agir rápido o bastante para garantir que a produção em série da TraXon possa começar com o mínimo possível de eventualidades. A plataforma ZF de telemática, Openmatics, foi utilizada pela primeira vez com a TraXon em veículos de teste em campo, fornecendo informações compreensivas em tempo real. “Em primeiro lugar, nós não esperamos que um número específico de anomalias ocorra. Antes de tomar qualquer providência, nós examinamos cada uma assim que elas acontecem”, explica Aicher. “Em segundo lugar, nós resolvemos os problemas o mais rápido possível”. O feedback amplamente positivo demonstra o valor desta estratégia responsiva. O primeiro cliente das transmissões TraXon, por exemplo, descreveu o início da produção das transmissões como “de longe, a melhor de todas”.

TIPO DE VEÍCULO PRINCIPAIS BENEFÍCIOS NA OPERAÇÃO

CAMINHÕES PESADOS

Peso total: 18 a 60 toneladas (EU)

Status TraXon: em produção

• Redução no consumo de combustível• Mais conforto • Confiabilidade máxima• Novas funcionalidades de assistência ao motorista (alívio de estresse aos motoristas)

ÔNIBUS INTERMUNICIPAIS

(longa distância)

Peso total: até 19,5 toneladas (dois eixos, EU)

Status TraXon: em fase de testes

Benefícios adicionais

• Redução dos níveis de ruído(além da transmissão operar com baixíssimo nível de ruído, o motor trabalha em baixa rotação)

GUINDASTES MÓVEIS

Peso total: até 108 toneladas (exemplo de 9 eixos)

Status TraXon: em produção

Benefícios adicionais• Partida suave, confortável e sem solavancos (mesmo em veículos bastante pesados, equipados com a variante TraXon Torque)• Manobras de alta precisão (movimentação em velocidades extremamente baixas)

Os benefícios reais da TraXon

Campeã entre os pesos superpesados:

CONVERSOR DE TORQUECAPAZ DE DOMAR FORÇAS MONUMENTAIS!

Pioneira para veículos de eixo longo:

MÓDULO DE DUPLA EMBREAGEM TORNA AS MUDANÇAS DE MARCHAS IMPERCEPTÍVEIS.

Estratégia sustentável

Padrão, mas não comum:

EMBREAGEM SIMPLES OU DE DISCO DUPLO É O MÓDULO MAIS CONHECIDO

funcionalidades incluem coasting (ponto morto) e a funcionalidade “rock-free” (ba-lanço), para liberar os veículos presos na neve ou lama.

Aproximadamente sete mil quilômetros a oeste, na cidade turca de Gölcük, a fabricante Ford Otosan também está se utilizando da TraXon. Todos os caminhões de classe Euro 6 da nova série Ford Cargo estão equipados com esta transmissão como item de série. E, a praticamente 11 mil quilômetros seguindo na direção oeste, no Brasil, as preparações estão em ritmo acelerado para o início da produção deste sistema de transmissão na América do Sul (veja mais detalhes na próxima matéria).

Bem estabelecida na EuropaEstas três presenças já estabelecidas mar-cam as primeiras incursões da transmis-são com clientes fora da União Europeia. Na Europa, entretanto, o sistema TraXon já está muito bem estabelecido desde sua introdução, há quatro anos. O sistema celebrou o início de uma bem sucedida produção seriada para a MAN, especifica-mente para a linha TGX da marca, e na Iveco. “Nosso tradicional cliente italiano instalou o sistema Traxon em diversos modelos, substituindo perfeitamente a AS Tronic, que também é de nossa fabri-cação”, explica Staedtler. “Além disso, re-centemente firmamos contrato com outro cliente na Alemanha que está utilizando

a nova transmissão em outra categoria de veículo bastante diferente, e definitiva-mente muito mais pesado”.

Mais alto, mais pesado e mais fortePela primeira vez, a TraXon está sendo aplicada em máquinas pesadas. A TraXon Torque, versão que possui um módulo de embreagem tipo conversor de torque, estreia no guindaste móvel Liebherr LM 1300-6.2. O imponente guindaste de seis eixos possui uma potência de 610 hp (455 kW), e tem praticamente 17 metros de comprimento e três de largura, pesando impressionantes 72 toneladas. Seu braço telescópico atinge a altura de 78 metros quando completamente estendido.

Porém, isso está longe de ser tudo.O guindaste de nove eixos Liebherr LTM 1750-9.1, com praticamente 21 metros de comprimento, pesa incríveis 108 to-neladas, capaz de gerar 677 hp (505 kW), também contará com a Traxon Torque. O guindaste pode ser manobrado de forma suave e precisa, sem desgaste, mesmo em velocidades bastante baixas. E graças às suas doze marchas automatizadas pode atingir velocidade máxima de 80 km/h.

Uma viagem tranquilaA capacidade de fazer o veículo partir de forma suave e de trocar marchas sem trancos, aliada a sua extrema eficiência e robustez, são benefícios claramente vantajosos também para outras categorias

de veículos. Atualmente, a TraXon básica está passando por quilômetros de testes em um ônibus protótipo da ZF. Por fim, passageiros de ônibus intermunicipais se beneficiarão com mais um dos grandes atributos deste sistema que garante bai-xíssimas emissões de ruídos. Em compa-ração com a antecessora da TraXon, a AS Tronic, os níveis de ruídos foram redu-zidos em impressionantes 35%, ou seja, seis decibéis.

“A TraXon oferece muitos benefícios. Isto vale para todos os mercados interna-cionais, bem como nos vários segmentos de veículos comerciais nos quais está criando uma reputação positiva – que manterá no futuro,” conclui Staedtler.

Foto

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O ônibus de testes da ZF amplia ainda mais o potencial comercial da TraXon. Uma transmissão que reduz os níveis de ruído em 35%,

oferecendo aos passageiros uma viagem muito mais confortável.

TECNOLOGIA

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SOFI

STICAÇÃO TECNOLÓGICA

ZF COMEÇARÁ A PRODUZIR NO BRASIL AS TRANSMISSÕES AUTOMATIZADAS QUE EQUIPAM OS CAMINHÕES MAIS MODERNOS DO MUNDO.

Texto: Mauro Cassane

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Adespeito da forte retração da economia nos últimos dois anos, a ZF não arrefeceu em nada sua disposição para ofe-recer ao mercado brasileiro e

sul-americano o estado da arte em sofisti-cação tecnológica e inovação. Pouco tempo depois de lançar na Europa suas mais modernas transmissões automatizadas, a empresa já planeja as linhas de montagem na fábrica de Sorocaba, SP, para a pro-dução da TraXon de 12 e 16 marchas e da ZF-EcoTronic, a automatizada com 9 velocidades.

A transmissão automatizada TraXon equipa os caminhões pesados mais mo-dernos do mundo, e é a transmissão do futurista ZF Innovation Truck 2016 (veja matéria na página 10). Já a ZF-EcoTronic foi desenvolvida sob medida para ofere-cer alta eficiência aos caminhões médios e semipesados.

Para entrar em produção, serão feitos ajustes na linha que já produz a automatizada AS Tronic e que também passará a montar a TraXon. Por outro lado, a linha que fabrica a Ecomid, transmissão mecânica de 9 velocidades,

Um componente que desempenha um papel essencial no conforto do sistema da ZF-EcoTronic é a plataforma de software de controle que é a mesma da TraXon.

Além de possibilitar diferentes modos de condução – de Eco até Power – com sua arquitetura e dependendo da aplicação, o software de controle oferece diversas funcionalidades adicionais opcionais, que proporcionam um valor agregado consi-derável ao cliente final: do elevado grau de conforto nas manobras até funções como a start-stop.

Durante seu desenvolvimento, para tornar a EcoTronic econômica, inclusive com relação aos custos do ciclo de vida total, a ZF se concentrou sobretudo na facilidade da manutenção.

A modularidade da transmissão possibilita utilizar seis kits de reparo. Dependendo do modo de montagem no veículo, muitos dos eventuais serviços de manutenção e reparo podem ser realizados sem precisar remover a transmissão.

Inovação que faz a diferença

“A ZF tem plena confiança na recupe-ração do mercado brasileiro, mesmo que de maneira gradual. Por isso, estamos sempre prontos para atender a necessidade de renovação dos nossos clientes ofere-cendo produtos globais e com a mais alta inovação tecnológica”, comenta Wilson Bricio.

A motivação para esta nacionalização veio do sucesso irrefutável de participação das transmissões automatizadas no seg-mento de pesados e extrapesados, aliada à crescente demanda dos clientes para a extensão desta solução a outros segmentos.

Programas governamentais como o Inovar-Auto colaboraram com a necessi-dade de nacionalização dos produtos, pois o sistema de transmissão é um dos princi-pais itens de valor agregado do driveline dos caminhões. Com a sua nacionaliza-ção, obtém-se um ganho substancial de conteúdo local dos veículos.

A ZF está com diversos protótipos da TraXon rodando pelas estradas em parceria com importantes fabricantes de caminhões. “A recepção aos novos produtos e os resulta-dos dos testes têm sido fantásticos”, ressalta o executivo.

A expectativa da ZF é que, no caso da TraXon, haja uma substituição natural e gradual das transmissões manuais ainda existentes e também das automatizadas AS-Tronic, que hoje são utilizadas por di-versas montadoras instaladas no Brasil, e que poderão incluir a inovadora TraXon a partir de novos projetos de caminhões.

Por ser um produto global, a TraXon chega ao Brasil contemplando diversas demandas de aplicações locais. Contudo, sempre existe a necessidade de adequações visando uma melhor performance nos requisitos técnicos exigidos pelos clientes.

“A ZF tem plena confiança na

recuperação do mercado brasileiro,

mesmo que de maneira gradual. Por isso, estamos sempre prontos para atender

a necessidade de renovação dos nossos clientes oferecendo

produtos globais e com a mais alta

inovação tecnológica”Wilson Bricio,

presidente da

ZF América do Sul

também montará a ZF-EcoTronic.“Nossa capacidade instalada já era

bem superior à realidade do mercado nacional. Por isso, todos os investi-mentos foram voltados à adequação na linha produtiva, que é altamente adaptável ao recebimento de produtos com um conteúdo tecnológico maior como a TraXon e a ZF-EcoTronic”, conta Wilson Bricio, presidente da ZF América do Sul.

A TraXon e a EcoTronic serão nacio-nalizadas por terem um grande potencial de mercado para os próximos anos.

EcoTronic

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Durante o processo de nacionaliza-ção são analisados diversos pontos como topografia, temperatura local, além de necessidades específicas dos operadores de transporte, considerando que, mesmo com um conjunto básico de hardware e software, o sistema permite ajustes finos em sua calibração. “Tudo para que a trans-missão possa sempre extrair o melhor da curva de torque e potência do motor”, de-talha Silvio Furtado, diretor de Vendas da ZF América do Sul.

Mais um segmento a ser exploradoAssim como a TraXon, a ZF-EcoTronic já se encontra em testes com clientes. A configuração mais adequada já está sendo discutida com os futuros compradores e a partir destes dados será possível chegar ao índice de nacionalização da transmissão. A princípio, o produto que já é produzido na Planta de Sorocaba na versão manual só receberá algumas atualizações em seu hardware, bem como programações que sejam mais adequadas às condições das estradas e ruas brasileiras. Em termos de mercado para a EcoTronic, a expectativa da ZF é de que haja uma substituição natural e gradual das trans-missões manuais ainda existentes, porém a passos mais lentos do que nos veículos pesados e extrapesados. A seu favor, a EcoTronic é uma transmissão de peso reduzido em relação ao que existe no mercado e com excelente desempenho.

“Nossa expectativa é que, no caso da TraXon, haja uma

substituição natural e gradual das transmissões manuais ainda existentes e também das nossas automatizadas AS-Tronic, que hoje são utilizadas por diversas montadoras instaladas no

Brasil, e que poderão incluir a inovadora TraXon a partir de novos projetos de caminhões”

Silvio Furtado,

diretor de vendas da

ZF América do Sul

Tendências

Traxon

“Temos clientes que reconhecem o conceito de transmissão automatizada de 9 velocidades mais eixo traseiro com simples redução, mas a ZF também disponibiliza para este mercado a solução automatizada de seis marchas para quem optar por um eixo de dupla redução”, completa Furtado. Levantamentos indicam que o maior benefício da tecnologia de trans-missões automatizadas é a redução do custo operacional através do menor consumo de combustível, redução do desgaste dos elementos de atrito de embreagem e freios, padronização da condução, redução do tempo de manutenção e aumento da segurança.

As aplicações de transmissões automatizadas em cami-nhões pesados e médios e automática em veículos leves já é bem evidente na Europa. Estudos de mercado indi-cam que, no bloco dos países emergentes, esse movimen-to vem ganhando mais força e representará fatia expressi-va das vendas nas próximas décadas.As previsões para 2025 apontam que 70% das vendas no Brasil e 50% na China serão de veículos comerciais com transmissão automática ou automatizada. Na Rússia e na Índia, as perspectivas são de 25% de utilização de

automatizadas para caminhões. De acordo com a pesquisa, somente as montadoras e os fornecedores com fabricação local que são capazes de produzir de forma competitiva poderão ter sucesso nesse setor. E é neste cenário que a ZF lançará na América do Sul a sua EcoTronic, uma transmissão automatizada de 9 marchas para caminhões médios e semipesados, sejam “estradeiros” na configuração 6x2 ou 8x2. O produto é baseado na bem sucedida comercialmente Ecomid, uma manual de 9 marchas.

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Texto: Andreas Neemann

Fotos: Dominik Gigler

A FORÇA

A capacidade da ZF de construir s istemas mecânicos intel igentes

e poderosas ferramentas de trabalho está presente no Innovat ion

Tractor 2016, uma máquina que pode ver, pensar e agir.

É um conceito com uma enorme força – em todos os sent idos. G

rade niveladora, cultivado-ra, semeadora, transbordo: tratores são utilizados para rebocar uma variedade bas-tante ampla de implementos

agrícolas. Os empresários do agronegó-cio frequentemente precisam trocar de ferramentas, dependendo do trabalho a ser feito. Esta é uma atividade custosa em tempo e recurso.

E se no futuro os tratores pudessem fazer tudo isso por conta própria? Uma equipe de engenheiros da ZF tem feito um intenso brainstorm sobre o futuro das máquinas agrícolas – com base nas observações cuidadosas do mercado, considerando fabricantes e as necessida-des dos agricultores e do setor agrícola como um todo.

TRA TOR DE UM

TECNOLOGIA

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O resultado desses esforços é um trator e o reboque repleto dos mais modernos recursos tecnológicos e uma variedade de funcionalidades: o ZF Innovation Tractor 2016. O veículo reconhece automaticamente diferentes implementos agrícolas e faz o engate sozinho ao equipamento correto, além de poder ser manobrado com o uso de um tablet. Somado a isso, o reboque possui um eixo de tração totalmente elé-trico que melhora significativamente a capacidade do veículo combinado.

Quase todas as funções no Innovation Tractor dependem de uma rede interliga-da de sensores e câmeras gerenciados por um software inteligente, que interage com sistemas de direção e driveline. “A ZF é capaz de fazer com que os veículos possam ver, pensar e agir – mesmo quando estes veículos são tratores”, enfatiza o Dr. Gerhard Gumpoltsberger, Head de Gerenciamento de Inovações e Testes.

“Os protótipos de inovação da ZF são tendências indicadoras que poderão moldar o futuro da indústria.”Dr. Gerhard Gumpoltsberger

Head de Gerenciamento de Inovações e Testes

Este é o motivo pelo qual as várias funcionalidades também podem ser operadas através de uma IHM secundá-ria (Interface Homem-Máquina) – neste caso, um motorista poderá controlar o trator pelo lado de fora através de um tablet. O dispositivo mostra uma visão panorâmica do veículo. Mas como fazer isso? Via drone?

“Nosso software processa continua-mente as informações gráficas de um total de seis câmeras instaladas na parte traseira e sobre o teto do trator. O sistema cria uma visão 360°, que fica visível na tela do tablet”, explica Gumpoltsberger. A solução serve como ponto de partida para a funcionalidade SafeRange, que permite que o condutor saia da cabine e opere o veículo a partir de um dis-positivo móvel. Além disso, economiza tempo e evita o estresse em pátios de fazenda com muita circulação de veículos e com pouco espaço para manobras.

“Trator, mudar de implemento!”O sistema é ainda mais conveniente

do que aparenta. Com o uso da fun-cionalidade de Detecção de Engate, o Innovation Tractor é capaz de identi-ficar automaticamente um implemento específico, dar ré em direção a ele e se mover para uma posição ideal de enga-te – tudo controlado por tablet. Apertar um único botão é o suficiente para ativar o processo de manobra, que é com-pletamente gerenciado por um avançado sistema eletrônico ZF, incluindo todos os movimentos para frente e para trás. Para tanto, as câmeras se orientam por alvos instalados no implemento – que possui indicadores visuais que permitem que o sistema aponte a posição correta do implemento. Com base nestas infor-mações, o sistema de controle calcula a trajetória do veículo com o caminho otimizado para o engate.

Utilizando a funcionalidade SafeRange, o trator pode ser engatado remotamente a um reboque por um usuário, que controla o veículo a partir de um tablet

Assista ao vídeo para descobrir mais sobre o ZF Innovation Tractor.

O implemento dá uma força: com dois motores de tração elétrica instalados junto ao eixo central do implemento, a combinação inteira ganha tração extra. Isto é especialmente conveniente durante a movimentação de um reboque totalmente carregado em terrenos difíceis.

MANOBRAS AO SIMPLES

A posição e trajetória “reais” são con-tinuamente verificadas em comparação com a transmissão de vídeo atualizada, de forma que possam ser recalculadas e ajustadas na medida de cada necessidade.

Entretanto, devemos nos lembrar de que a segurança está sempre em primeiro lugar. Se alguém passar entre o reboque e o trator em manobra, o sistema irá interromper completamente o processo de engate – mesmo se o operador ainda pressionar o botão. Esta funcionalidade de segurança, conhecida como Detecção de Pedestres, está permanentemente ativa no Innovation Tractor.

Tratores pequenos – com tração de sobraEm terrenos arenosos, enlameados ou inclinados, até mesmo um trator com tração nas 4 rodas eventualmente não atingirá os seus objetivos – a menos que o reboque possua o sistema de Gestão de Tração, um eixo de tração elétrica desen-volvido pela ZF em uma joint venture com a fabricante de implementos Fliegl. Esta tecnologia tem suas origens em ônibus urbanos, para os quais a ZF tem fornecido eixos de tração totalmente elétrica há muito tempo. A energia elétrica é for-necida pelo módulo gerador TERRA+, instalado na transmissão TERRAMATIC do trator.

O sistema de controle eletrônico detecta automaticamente quando e quanta tração adicional é necessária e, então, fornece o empurrão necessário. “Este conceito é especialmente atrativo para empresá-

rios do agronegócio que em outras situa-ções precisariam comprar um trator mais potente, apenas para fazer um número limitado de viagens com o reboque total-mente carregado. Graças a este eixo de tração elétrica instalado no implemento, este investimento já não é mais necessá-rio”, explica Olrik Weinmann, que lidera o projeto do Innovation Tractor. Isto repre-senta um genuíno valor agregado para seus usuários, assim como uma melhoria de produtividade. “Com o Innovation Tractor, nós queremos mostrar o que é viável com a tecnologia certa”, comenta. A ZF deu a partida, agora a indústria pode aproveitá-la.

TOQUE DOS DEDOS

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TECNOLOGIA

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A ZF ESTÁ ONDE VOCÊ NEM IMAGINA EM TODOS OS LUGARES ONDE A SUA VIDA ACONTECE

Veja nas próximas páginas as soluções ZF para diferentes segmentos

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PRESENÇAUMA

MARCA DE Texto: Mauro Cassane

Talvez você não se dê conta, mas a alta tecnologia ZF está fortemente presente em seu dia a dia. No campo, oferecendo máxima produtividade às máquinas agrícolas e permitindo a funcionalidade das gigantescas pás que transformam vento em energia elétrica; presença também nas máquinas que operam nas grandes obras de construção; presença nas embarcações de trabalho e de lazer, presença no transporte ferroviário, presença nos carros de passeio, ônibus rodoviários e urbanos e, também, maciça presença nos caminhões. Pode ter certeza que direta ou indiretamente, as soluções ZF permitem que seu dia a dia seja mais confortável, saudável, seguro e produtivo.

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Eólica: Transmissões

PRESENÇA EÓLICATodo mundo já viu os modernos parques eólicos com suas imensas pás capazes de transformar vento em energia. Mas talvez pouca gente saiba que, diferente dos moinhos antigos, que eram movidos exclusivamente pelo vento, estes “moinhos modernos”, onde cada pá pesa quase dez toneladas, precisam de uma poderosa transmissão que dê o primeiro impulso e faça as pás começarem a girar e depois controlar a velocidade. Este produto fundamental, e que ninguém vê, é desenvolvido e pro-duzido pela ZF.

PRESENÇA FÉRREAE quando você precisa pegar um trem ou metrô, saiba que equipamentos ZF também estão presentes nas composições mais mo-dernas, particularmente os trens de carga ou passageiros bem como VLTs.

PRESENÇA EM OBRASMobilidade eficiente também exige incessantes obras para promover melhorias na infraestrutura. Por isso, quando você observar um canteiro de obras, pode ter certeza: lá estarão presentes pro-dutos ZF de alta confiabilidade que permitem que máquinas poderosas cavem, compactem o solo, façam a terraplanagem ou transportem materiais.

Máquinas de Construção: Eixos Frontais • Eixos Traseiros

• Transmissões

Veículos Ferroviários: Amortecedores • Componentes de Chassis

• Eletrônicos • Transmissões

CONHEÇA AS DIVERSASAPLICAÇÕES DOS PRODUTOS ZF

Máquinas Agrícolas: Componentes de Chassis • Eixos Frontais

Tracionados • Embreagens • Redutores • Transmissões

Embarcações: Sistemas de Controle • Transmissões

PRESENÇA AGRÍCOLAAlimentação é o princípio de tudo. É a energia vital. Item de primeira necessidade. O ser humano precisa se alimentar. O maior desafio dos tempos modernos é sustentar uma população que nunca para de crescer e, ao mesmo tempo, preservar as grandes florestas. Só há uma ma-neira de fazer isso: melhorando a produtivida-de agrícola. Ou seja, colhendo mais sem au-mentar as áreas de cultivo. E como se faz isso? Com alta tecnologia! Produtos e sistemas ZF estão presentes em tratores e colheitadeiras que oferecem alta eficiência tanto no plantio quanto na colheita.

PRESENÇA NAVALAlém das mais sofisticadas tecnologias para veículos sobre rodas, a ZF também fornece produtos para embarcações tanto de lazer quanto de trabalho. Sistemas de propulsão, comandos e até hélices fazem parte deste portfólio. Para embarcações comerciais, as transmissões ZF se diferenciam por serem extremamente resistentes e seguras, fatores essenciais para embarcações que são utilizadas, por exemplo, em operações de exploração de petróleo offshore, reboque ou mesmo em rios.

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Caminhões: Body Control Systems • Componentes de Chassis •

Componentes de Direção • Eletrônicos de Segurança • Embreagens

• Freios • Monitoramento da Pressão dos Pneus • Sistemas de

Amortecedores • Sistema de Assistência ao Condutor • Sistemas de

Segurança para os Ocupantes • Transmissões

Comerciais Leves: Air Bag • Amortecedores • Cinto de Segurança

• Componentes de Chassis • Componentes de Direção • Componentes

Eletrônicos • Embreagens • Freios • Transmissões • Volante de Direção

Ônibus: Body Control Systems • Componentes de Chassis • Componentes de

Direção • Eixos de Piso Baixo • Eletrônicos • Monitoramento de Pressão dos

Pneus • Sistemas de Amortecedores • Sistema de Assistência ao Condutor •

Sistemas de Segurança para os Ocupantes

Veículos Leves: Acionamentos Elétricos • Componentes de Chassis • Componentes de Direção

• Eletrônicos • Fixadores • Sistemas de Amortecedores • Sistema de Assistência ao Condutor

• Sistemas de Chassis • Sistemas de Eixo • Sistemas de Freio • Sistemas de Segurança para

o Passageiro • Transmissões • Unidade de Acionamento do Eixo

A presença da ZF nos mais modernos ônibus urbanos que circulam pelas grandes cidades do planeta é mar-cante. Pelos modernos corredores BRTs, por exemplo, circulam coletivos de grande porte equipados com modernas soluções em driveline e componentes de chassis desenvolvidos pela marca. Os mais modernos caminhões, vans e ônibus do mun-do contam com driveline, componentes de chassis e sistema de segurança com tecnologia ZF. O transporte de cargas e pessoas é de uma responsabilidade enorme.Desta forma, a ZF assegura alta eficiência aos veículos comerciais, mais segurança para passageiros e cargas,

rentabilidade aos frotistas e, ainda por cima, são ami-gáveis ao meio ambiente. Mas se você prefere a privacidade e o conforto de um automóvel, também aqui a presença da ZF é forte e intensa. Sistemas e produtos ZF equipam desde modelos básicos até os mais sofisticados das marcas mais cobi-çadas do planeta. Driveline, componentes de chassis e sistema de segurança levam a grife ZF e contribuem efetivamente para aprimorar a eficiência de seu veículo. Com produtos ZF, um carro se torna mais seguro, mais econômico e, especialmente, ambientalmente mais amigável.

PRESENÇA NAS RUAS E ESTRADAS

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PRESENÇA EM CONECTIVIDADEEnquanto oferece inovadoras soluções para mobilidade no presente, a criativa engenharia da ZF também trabalha insistentemente para atender as megatendências do futuro. Tecnologias de condução autônoma, primeiramente desenvolvidas para automóveis, já estão agora disponíveis também para caminhões e tratores agrícolas. O ZF Inovation Truck 2016, por exemplo, é um caminhão capaz de executar manobras autônomas e, sem a interferência humana, desviar de obstáculos e frear.A ZF já desenvolve sistemas que permitem aos veículos três características que até hoje eram exclusivamente humanas: Ver, Pensar e Agir. Com isso, sensores, processadores, algoritmos e uma série de outros dispositivos passam a se relacionar de maneira complexa para gerar, com segurança e eficiência, a autonomia na condução.Com a aquisição da TRW, a ZF viu seu portfólio crescer na área de tecnologias de segurança ativas e passivas para veículos de passeio e comerciais. E como “carros mais inteligentes” significam “carros mais seguros”, até mesmo os pedestres se beneficiam, pois sensores, câmeras e powertrain, trabalhando em conjunto com sofisticados softwares, colocam a ZF no caminho da ambiciosa meta de “zero acidente”.

Assista ao vídeo para saber mais

sobre o ZF Innovation Truck.

www.zf.com/drive2016-innotruck

Direção Autônoma: Câmeras, Chassis, Driveline, Radar e Sensores trabalhando de forma integrada.

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ENTREVISTA

SINERGIA E EFICIÊNCIA

Por: Marta de Souza

Em entrevista exclusiva à DRIVE, João Lopes, Diretor da Unidade de Negócios ZF Services América do Sul, e Alber to Rufini , Diretor de Market ing e Af termarket na América do Sul, falam sobre o processo de integração entre a ZF Services e a TRW Af termarket. Ao longo do bate-papo, os executivos contaram as principais vantagens para o mercado, o que muda para os cl ientes e o porquê da região sul-americana ser a primeira no mundo a passar por este processo. Com a integração as marcas estão ainda mais for tes, com maior por tfól io de produtos e serviços estrategicamente unif icados. Juntas, são capazes de oferecer aos cl ientes o que há de melhor no mercado de reposição.

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Qual a vantagem para o mercado com a integração da ZF Services e da TRW Aftermarket? JOÃO LOPES A grande vantagem é que, a partir da integração, a organização foca na entrega das melhores soluções ao mercado de reposição por meio de um único fornecedor, com um portfólio sinérgico e complementar, e experiente equipe de campo. Com a ampliação constante de oferta de produtos, a empresa busca atender as necessidades dos distribuidores, varejistas, frotistas, oficinas mecânicas e concessionárias ZF, tanto em deman-das para a linha leve como pesada e em equipamentos fora de estrada. Além disso, a maior quantidade de unidades produtivas distribuídas pelo mundo favorece também a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos, além de representar maior número de fontes fornecedoras de soluções. Isso garante maior competitividade e disponibilidade para o mercado de reposição.

Haverá mais fases no processo de integração? O que contempla a primeira fase e como serão as próximas? ALBERTO RUFINI Como primeira fase do processo de integração, a ZF Services e a TRW Aftermarket integra-ram as equipes comerciais e disponibilizaram uma única política comercial aos seus clientes, apresentando “One Face to the Customer”. Neste primeiro momento as equipes de atendimento são complementares, todas com ampla experiência nos segmentos de atuação. Os processos de garantia, treinamentos oferecidos, suporte das equipes técnicas, comerciais e promocionais mantêm os serviços disponibilizados nas respectivas marcas, com foco em ações desenhadas de acordo com o perfil de cada cliente.

Em junho a campanha “Juntos Somos Melhores” começou a ser veiculada em mídias impressas e online, com o objetivo de comunicar a integração das empresas evidenciando que, juntas, as organizações estão empenhadas em atender o mercado de reposição disponibilizando suas melhores práticas. O processo de integração será contínuo, vamos focar em manter as melhores práticas de organização e oferecer excelência no atendimento ao cliente.

Por que a América do Sul foi escolhida como a primeira região no mundo a passar pela integração? JOÃO LOPES Temos a oportunidade de ser a primeira região do mundo a passar pelo processo de integração. Com as mudanças e desafios apresentados pelo cenário político econômico da região, decidimos unir forças o mais rápido possível para que, juntos, possamos oferecer novas soluções e oportunidades de crescimento para toda a cadeia de reposição.

Como clientes e fornecedores estão sendo comunicados nesta primeira fase? JOÃO LOPES A ideia é que o relacionamento com os clientes não sofra com o processo de integração. Nossos parceiros de negócios são comunicados sobre toda e qualquer informação referente ao processo de integração que seja relevante aos seus negócios. Nosso objetivo é que toda a tratativa que eles já tinham anteriormente com as equipes de atendimento permaneça e seja ainda mais fortalecida com a integração. As equipes de vendas em relação aos clientes e as equipes de compras e planejamento em relação aos fornecedores estão orientadas a manter uma comunicação aberta sobre as evoluções relevantes para que as relações de confiança se fortaleçam ainda mais.

O que muda em termos de serviços para clientes de ambas as empresas? ALBERTO RUFINI A partir da integração, as marcas TRW e Varga passaram a fazer parte do portfólio ZF, junto com as marcas ZF, SACHS e LEMFÖRDER. Os produtos para o mercado de reposição mantêm suas respectivas marcas de origem nas linhas leve e pesada, ou seja, ZF com componentes de transmissão e eixos, SACHS embreagens e amortecedores, LEMFÖRDER componentes de direção e suspensão com foco na linha pesada, TRW sistemas de direção, suspensão e amortecedores com foco na linha leve e Varga com sistemas de freio. Hoje oferecemos ao mercado um amplo portfólio de produtos, sinérgico e complementar.

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localizações

centroslogísticos

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Faturamento em 2015

Em números, acompanhe como foi o desempenho da ZF Services e TRW Aftermarket no mundo.

Estruturas

Colaboradores

ZF Services TRW / Aftermarket

bilhãode euros

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JUNTOS SOMOS MELHORES.E VAMOS TRAÇAR UM GRANDE FUTURO.Nós, da ZF e da TRW, agora somos uma só empresa. Somamos o que temos de melhor: nossos times, nossas marcas, tecnologias e o mais completo portfólio para veículos leves e pesados e equipamentos fora de estrada nas linhas de embreagem, suspensão, direção, freio, transmissão, eixo e amortecedor. O objetivo é claro: avançar, junto com você, até uma nova era de negócios para o mercado de reposição. Venha fazer parte desta história. Juntos somos melhores.

“Mantivemos o foco em realizar

toda a integração e mudanças juntos,

o que requer comprometimento de cada um de nós e a disponibilidade de trilhar caminhos

completamente novos”

Alberto Rufini,

diretor de aftermarket

para América Latina

na ZF TRW

Qual é a abordagem interna geral para a integração? Quais são os princípios? JOÃO LOPES Pode-se dizer que nos concentramos em 4 princípios:Nossa Força: É a integração de duas empresas líderes no fornecimento à indústria automotiva, com sólida posição no mercado global, tecnologia de ponta, amplo portfólio de produtos e talento comercial e técnico concretizados por meio no nosso time de campo. Foco no Cliente: O processo de integração está orientado ao mercado. Uma das nossas determinações, e estamos trabalhando duro nesse ponto, é oferecer ao cliente uma única face, isso significa disponibilizar ao mercado processos sinérgicos e manter nossa comunicação ali-nhada. Não é fácil, pois se trata da integração de duas grandes organizações. Acreditamos que com persistência e foco vamos atingir os resultados almejados. Ritmo Certo: Selecionamos o melhor das duas empresas e nos unimos quando ambas estavam prontas para traba-lhar juntas. Estabelecemos as prioridades e começamos por onde podemos gerar o maior valor agregado ao mercado.Foco no que é fundamental: Internamente, foco no que é fundamental para a integração. Estabelecer as condições de contorno, dar orientação, mas também dar liberada para todos contribuírem, alinhar processos e sistemas, acomodar diferenças culturais e comunicação.

Como está sendo recebido o processo de integração por parte dos colabora-dores? ALBERO RUFINI O processo de integração apresenta muitos desafios, mas principalmente oportunidades.

O principal esforço foi preparar nosso time para caminhar em uma única direção. Mantivemos o foco em realizar toda a integração e mudanças juntos, o que requer comprometimento de cada um de nós e a disponibilidade de trilhar caminhos completamente novos. Nosso time foi fortemente impactado com toda essa comunicação e o novo mindset da organização, juntos estamos desenhando essa nossa trajetória.

Com a integração, como ficam as plantas e estruturas? ALBERTO RUFINI Mundialmente a ZF Services já possuía 77 localizações, 75 centros logísticos e 650 service partners. Com a TRW Aftermarket, somamos mais 41 localizações, com 15 centros logísticos e 22 centros técnicos.

Qual é o faturamento do Aftermarket da ZF no mundo? ALBERTO RUFINI Em 2015 a ZF Services faturou 1.847 bilhões de euros e a TRW Aftermarket, 1 bilhão de euros.

Qual o número de colaboradores da ZF Services e TRW Aftermarket no mundo? JOÃO LOPES ZF Services possui 4.200 funcionários no mundo e TRW Aftermarket possui 3.800 colaboradores.

“Temos a oportunidade de ser

a primeira região do mundo a passar pelo processo de

integração”

João Lopes,

diretor de aftermarket

para América do Sul

na ZF do Brasil

TECNOLOGIA

A EVOLUÇÃO

DATexto: Mauro Cassane

Com mais força na Alemanha e rapidamente ganhando adeptos no Japão, Estados Unidos e outros países europeus, a Indústr ia 4.0 ou “Revolução Digital” já é real idade na ZF e o caminho está pavimentado para sua introdução também nas fábricas da empresa no Brasi l .

REVOLUÇÃO

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Quando pensamos em indústria naturalmente vem à cabeça da grande maioria das pessoas as seguintes imagens: galpões de fábricas, máquinas, linha

de produção e operários. A célebre cena do fabuloso filme “Tempos Modernos”, dirigido e protagonizado por Charles Chaplin em 1936, inevitavelmente tam-bém acaba aparecendo, particularmente na mente dos apaixonados por cinema.

Mas agora estamos entrando em um tempo verdadeiramente moderno que vai definitivamente mudar tudo isso de uma forma espetacular. Inclusive a maneira como as pessoas enxergam a indústria.

A Revolução Industrial que aconteceu na Inglaterra em meados do século 18, tecnicamente, ficou conhecida como Indústria 1.0. Foi o início. No filme de Chaplin esta indústria já estava em sua segunda fase, conhecida como 2.0, quan-do a produção em massa foi introduzida (como não lembrar do Henry Ford ao criar sua “linha de montagem”?). Já nas últimas três décadas do Século 20 começou a ter-ceira fase da Revolução Industrial, conhe-cida como Indústria 3.0, quando processos eletrônicos e tecnologias de informação

para automação foram introduzidos. Entramos agora no limiar da quarta

onda desta revolução iniciada há mais de 200 anos. O nosso “Tempo Moderno” atual, neste início do século 21, é conhecido como Indústria 4.0 e, nos EUA, o termo mais usado para definir este mesmo processo evolutivo é “Revolução Digital”. Mas vamos usar Indústria 4.0 que é a maneira como vem sendo aceita e difundida no Brasil.

E é neste ponto que o conceito assume outra cara que vai fazer com que, nas pró-ximas décadas, as pessoas tenham uma imagem muito diferente de indústria do que sempre tivemos até há pouco tempo. Está em curso uma extraordinária e históri-ca quebra de paradigma no setor industrial.

A internet é o fio condutor deste novo conceito. Com um mundo inexoravelmente e cada vez mais conectado, para muito além da globalização, tema que tanto se discutiu nos anos 1990, o foco agora é a “internet das coisas”. Uma boa maneira de simplificar o entendimento do que isso significa seria algo como a indústria automotiva produzir carros tão rigorosamente sob medida que seriam capazes de conhecer mais intimamente seus proprietários. Imagine um carro entender seus gostos,

TECNOLOGIA

Tempos ModernosDirigido e protagonizado por Charles Chaplin, em 1936.

seus roteiros, seus horários, hábitos e, inclusive, suas manias e defeitos ao diri-gir? Parece utopia futurista? Não é, não. A indústria, particularmente na Alemanha, está levando este assunto muito a sério e se posiciona na vanguarda desta nova tendência.

Especialistas preferem classificar como evolução, e não revolução, esta etapa da industrialização. Neste início, as princi-pais vantagens desta nova indústria são flexibilidade do processo produtivo (o que torna mais ágil o lançamento de novos produtos no mercado consumidor), maior customização de produtos, grande au-mento da produtividade e, para o bem do meio ambiente, consideráveis ganhos de eficiência no uso dos recursos.

A ZF, por ser uma empresa que tem a inovação como sua mais marcante característica, está inteiramente inserida e engajada nesta nova etapa da evolução industrial. Se no filme protagonizado por Chaplin os humanos tinham que se esforçar para se parecer com as máquinas, muitas vezes confundindo-se com suas engrenagens, nesta quarta onda deste longo processo evolutivo são as máquinas que se esforçam para se parecer com os humanos e colocam suas engrenagens para melhor servi-los.

É o que a ZF chama de “fábricas inteli-gentes” que garantem mais produtividade, melhor qualidade dos produtos, o uso mais adequado e consciente dos recursos na-turais e uma logística altamente eficiente entre todas as suas unidades no mundo.

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TECNOLOGIA

“Máquinas e processos não se automatizam sozinhos, é preciso

capacitar os profissionais que serão os grandes protagonistas

desta nova era daindustrialização global”

Wilson Bricio,

presidente da ZF América do Sul

Com este processo é possível reduzir substancialmente o índice de defeitos e, melhor ainda, garantir celeridade para detectar os problemas muito antes do pro-duto final chegar ao consumidor.

O mundo digital continua a influen-ciar nossas vidas cada vez mais, estando presente em nossas casas e automóveis. Desenvolver produtos para a indústria automobilística com o máximo da quali-dade já não é mais o suficiente. Se quiser estar bem posicionado no mercado futu-ramente é preciso, também, concentrar esforços para entender sobre eletrônica, sensores e redes digitais. A ZF vem acom-panhando as megatendências mundiais fazendo componentes mecânicos se ade-quarem ao futuro, e espera o mesmo dos fornecedores.

A Indústria 4.0 vem sendo introduzida na ZF por meio de uma abordagem mais evo-lucionária e a empresa definiu um comitê central para cuidar especificamente deste assunto em todas as suas unidades. O obje-tivo principal é focar na alta qualidade, na eficiência logística e no uso consciente dos recursos naturais. Experiências positivas neste sentido já foram implantadas nas uni-dades da ZF na Alemanha, México e Brasil.

No Brasil, especificamente, com este processo ainda incipiente, a ZF dá grande apoio à VDI (Associação de Engenheiros

Brasil-Alemanha) no sentido de preparar estes profissionais para esta espetacular evolução da indústria. Com amplo apoio da ZF, a 8ª Edição do Dia da Engenharia Brasil-Alemanha teve como tema “En-genheiro 4.0 na transformação digital”. Wilson Bricio, presidente da ZF América do Sul diz: máquinas e processos não se automatizam sozinhos, é preciso capacitar os profissionais que serão os grandes prota-gonistas desta nova era da industrialização global.

Além do apoio à VDI Brasil, a ZF está empenhada em difundir o novo conceito tanto para seus colaboradores em todas as suas unidades na América do Sul como também para discutir processos, evolu-ção e implantação das novas práticas nos ambientes fabris, bem como os principais desafios a serem enfrentados para a efetiva implantação da Indústria 4.0 na região.

A ZF reconheceu a importância da Indústria 4.0 precocemente. Nos últimos anos, digitalizou sistematicamente os siste-mas de produção e aplicou novas tecnologias para agilizar e melhorar continuamente a eficiência produtiva, ação que os clientes exi-gem dos seus fornecedores. As montadoras esperam receber o mais rápido possível as informações relevantes e em tempo real relativas aos status da produção.

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TEST TOUR

TOSCANABRASILEIRA

Texto: Mauro Cassane

Foto: Fernando Favoretto

Bucól ica e surpreendente, a pequena Maria da Fé, na Serra da Mantiqueira, encanta os vis i tantes com seus saborosos azeites frutados, queijos gourmets e, como toque de classe, um atel iê de ar te moderna.

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Sabe aquela súbita vontade que inunda seu espírito estradeiro e parece implorar que você, num passe de mágica, esteja conduzindo um bom carro por

uma estrada aprazível, com curvas suaves, montanhas idílicas, céu azul adornado com nuvens que se aglomeram criando desenhos surreais, clima ameno na faixa dos 21 graus e, para ficar ainda mais le-gal, que a região seja repleta de parreiras, plátanos e oliveiras? Se isso ocorrer, fique tranquilo, não se preocupe caso seu tem-po ou suas finanças não lhe permitam, no momento, dar um giro pela Toscana, ou pelo Vale do Loire ou, ainda, pensando num lugar mais próximo, por Mendonça, na Argentina. Tudo isso é possível encon-trar na Serra da Mantiqueira, elevação montanhosa encantadora que se debruça no entroncamento entre São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Certamente o leitor conhece, no míni-mo de ouvir falar, a cidade mais famosa da Mantiqueira, Campos do Jordão. Mas nosso destino não foi para lá. Até porque não seria na charmosa Campos que encontraríamos parreiras, plátanos e oli-veiras. Com um Mercedes-Benz A200, um compacto de 156 cv capaz de alcan-çar 100 km/h em menos de oito segun-dos, buscamos atender plenamente a tal vontade súbita de sair de uma grande metrópole como São Paulo após o café da manhã para almoçar, digamos assim, em uma região que em tudo, exceto naquele inconfundível sotaque mineiro, lembra a

poética Toscana e, não por outra razão, é conhecida como “Toscana brasileira”. Nosso destino foi a pequena e ainda pouco conhecida cidade do sul de Minas Gerais, Maria da Fé, incrustrada bem no meio da Serra da Mantiqueira a cerca de 1.200 me-tros de altitude.

Carro em harmonia com o lugarPegar estrada sempre é uma experi-

ência enriquecedora e, a bordo do A200, sem dúvida alguma as horas ao volante se tornam prazerosas. A grande novidade do novo Classe A, com motorização flex, é a tecnologia “Dynamic Select” que per-mite ao condutor mudar as características do veículo, incluindo motor, transmissão, suspensão e direção, em segundos – ao to-que de uma tecla os modos de condução

são alterados do mais confortável, passan-do pelo mais esportivo, até o mais eficien-te. Ao todo, são quatro opções: Comfort, Sport, Eco e Individual.

Equipado com os sofisticados sistemas eletrônicos e amortecedores, além do freio estacionário elétrico e o caliper fron-tal, todos da ZF, este é um compacto que reúne o estado da arte em alta tecnologia. De São Paulo a Maria da Fé, pela via Du-tra, são quatro horas respeitando os limi-tes de velocidade. Sem pressa, curtindo a viagem, o silêncio e o conforto do A200. E, certamente, aproveitando todo visu-al a partir da saída da Via Dutra sentido Itajubá, cidade de médio porte que fica mais próxima de Maria da Fé. Daí para frente você vai encarar as características mais marcantes da Serra da Mantiqueira: montanha acima por uma estradinha pon-tilhada por curvas sinuosas agradáveis e outras, exageradamente fechadas.

No termômetro digital do carro você percebe, à medida que vai subindo as montanhas, a temperatura descendo grau a grau. Uma dica a partir deste ponto: dei-xe de lado aquela pressa urbana. Diminua a pressão no pedal do acelerador. Curta o visual. Mais uma hora e meia de muitas curvas e poucas retas, subindo sempre, o carro passa por aquela tradicional inscri-ção em garrafais letras de concreto que indicam as pequenas cidades do interior do Brasil. Lê-se Maria da Fé. A cidade é relativamente nova, tem pouco mais de um século e se pesquisar sobre a origem do nome da cidade vai encontrar versões

curiosas que misturam lenda com algum fato histórico. Indepen-dente de qualquer coisa, convenhamos, é um nome simpático.

No exato momento em que você oficialmente entra na cidade já é hora de fazer uma parada. Logo na primeira rotatória, à sua es-querda, uma gritante surpresa. Você vai se deparar com o ateliê do badalado artista Leonardo Bueno que metamorfoseia madei-ra nas mais surpreendentes e angulosas obras de arte. Já de cara a arquitetura de seu ateliê, uma caixa de concreto cru adornada por uma ampla vitrine de vidro, destoa de qualquer característica arquitetônica da cidade. Na verdade, destoa de tudo, e é, em si, uma obra de arte. Chamaria a

atenção onde quer que fosse erigido: Paris, Roma, Nova York, Rio ou São Paulo. Mas está ali, brejeiramente, logo na entrada da pacata Maria da Fé.

Bem, a ideia era fazer um passeio à Toscana Brasileira, né? Ver parreiras e oliveiras de perto. Mas ao passar por um ateliê de arte moderna no meio da Mantiqueira o bom senso pede para parar e dar uma boa olhada. Ainda bem que paramos. Assim podemos recomendar: se você, caro leitor, resolver fazer este

passeio, reserve umas horas para conhecer este espaço e as peças de Leonardo

Bueno. Contudo prepa-re-se porque a prosa

é boa, as peças

Nosso destino foi a pequena e ainda pouco conhecida cidade do sul de

Minas Gerais, Maria da Fé, incrustrada

bem no meio da Serra da Mantiqueira a

cerca de 1.200 metros de altitude.

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A família sempre lidou com madeira e, desde o ano passado, resolveu diversificar e investir no cultivo de oliveiras e na produção de azeite extra virgem.

Marcelo Bonifácio, filho de Dona Mirta, faz a gestão dos negócios. E com olhar empreendedor, tratou logo de comprar uma máquina italiana, da Toscana, para moer as próprias azeitonas. Os demais produtores da região moem em uma máquina da Epamig mas Marcelo quer oferecer também sua máquina para quem quiser usar (já que na safra ela pode ficar ligada 24 horas por dia) e no mesmo regime de trato oferecido pela estatal mineira: 80% do azeite vai para o produtor e 20% fica com quem faz a moagem. Uma transação em que não entra dinheiro e sim vantagens para os dois lados.

Você deve agora estar pensando na seguinte pergunta: mas este azeite brasileiro, no caso, mineiro, é tão bom quanto os grandes azeites produzidos por países com experiência secular nesta arte como Itália, Portugal, Espanha, Grécia ou Turquia? A resposta é sim, e vai ou-tra informação importante sobre azeites que pouca gente sabe: azeite bom é azeite fresco! Ou seja, quanto mais rápido a azeitona é colhida, moída e transformada em azeite, melhor será o produto. É o que diz Marcelo Bonifácio que, de tanto estudar o assunto, tirando sua modéstia, já poderia ser considerado um especialista. Para assegurar o frescor, o aroma frutado e o sabor que vai variar em graus de muito picante até mais suave, o azeite tem que ser fresco. “O azeite produzido aqui sempre será melhor que qualquer azeite feito na Europa unica-mente por causa do frescor”, conta Bonifácio. Diferente daquela máxima dos grandes vinhos que precisam envelhecer em tonéis de madeira, o azeite já nasce esplendoroso e vai perdendo suas qualidades com o tempo. Em resumo: deve ser consumido jovem.

Na Fazenda Maria da Fé o azeite leva o mesmo nome e tem mais: tem o queijo meia cura curtido no azeite, tem o doce de leite que, com o perdão do trocadilho, é um deleite e, o suprassumo, é lá mesmo que você deve parar para almoçar o que há de melhor e mais típico da culinária mineira com toque italiano. Tudo isso regado, sem parcimônia, com o genuíno e frutado azeite brasileiro!

são deslumbrantes, mas nem tente convencê-lo a lhe ven-der uma delas. Ele é fiel aos lojistas que compram dele. Bueno é gentil, bom de conversa, conhece tudo de Maria da Fé, poderia até ser um guia turístico, mas para comprar uma de suas peças só mesmo nas grandes lojas das capitais. Vale, logicamente, a visita a seu ateliê que é, em suma, uma elegante e moderna galeria de arte com suas obras mais icônicas em exposição.

Fizemos amizade e Leonardo Bueno seguiu com a gente até a Fazenda Maria da Fé, que fica a uns sete quilômetros do centrinho da cidade, pegando estrada de terra bem ajeitada que, a bordo do A200, sequer foi possível notar que trafegáva-mos em terra batida. Na fazenda e arrabaldes, aí sim você se sentirá, verdadeiramente, fazendo um tour por um cantinho da Toscana. Fazendas e sítios nesta região cultivam oliveiras. No centro da cidade, inclusive, há algumas oliveiras quase centenárias. E o azeite genuinamente brasileiro surgiu primeiro por aqui, fruto de trabalho e pesquisa da Epamig – Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais.

A dica é visitar a Fazenda Maria da Fé porque é o lu-gar que mais vem investindo em turismo na região cuja atividade turística ainda é muito incipiente. A fazenda já existia, com seus aproximadamente 40 mil pés de oliveira, com outro nome. A partir do ano passado foi comprada por Dona Mirta Bonifácio, uma senhora muito simpáti-ca que nasceu na Argentina e, desde os 12 anos, vive em São Paulo mas que tem, há décadas, na Serra da Mantiqueira, fazenda de madeira, em Delfim Moreira.

Parceria de sucessoNa fábrica de automóveis da Mercedes-Benz em Iracemápolis, SP, a ZF tem uma unidade operati-va com 2 mil metros quadrados que é responsável pela montagem de sistemas de chassis, eixos dian-teiros e traseiros completos bem como o conjunto de powertrain para os veículos Classe C e GLA que são manufaturados nesta nova unidade industrial da montadora.A ZF recebe os componentes importados da Merce-des-Benz da Alemanha. As montagens preliminares

dos sistemas de chassis são feitas na unidade da ZF em Sorocaba. O conjunto completo é entregue pela ZF para a linha de montagem da Mercedes-Benz do Brasil no sistema JIS, (just in sequence).A produção dos sistemas de chassis é desenvolvida em dois módulos, sendo um para componentes de powertrain que inclui motor, transmissão, radiador e eixo dianteiro, e o outro módulo que consiste no eixo traseiro completo. A construção desta operação da ZF dentro no site da

Mercedes-Benz em Iracemápolis é a primeira planta sendo alocada dentro de uma unidade produtiva de um cliente no Brasil. Mas a ZF tem longa experiência neste modelo de negócios em diversos outros países com clientes, como JLR, BMW e a própria Mercedes Benz. Com a Mercedes-Benz na China, a ZF fornece de modo sequenciado produtos para a Classe C, GLE, GLS, GLE Coupé & Classe R. Nos EUA, o fornecimen-to sequenciado é para os modelos Classe C, E, Classe GLK e GLA.

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A CONDUÇÃOAUTÔNOMA BATEÀ NOSSA PORTAPor Bob Sharp*

Os trens do metrô podem trafegar sem condutor com to-tal segurança. Facilita o fato de rodarem sobre trilhos, dispensando controle direcional, mas há as paradas nas estações no ponto exato, o fechamento de portas, a par-tida, e adoção de velocidade de segurança a partir de

dados da central de controle de tráfego. Tudo sem um “piloto” condu-zindo-os.

O que tudo isso significa? Significa que deveria haver maneira de veículos rodoviários fazerem o mesmo. E há: o carro autônomo. Es-tamos num novo e admirável capítulo da História do Automóvel: a condução autônoma.

Para melhor entendimento deste assunto é preciso definir o que é o quê. Condução autônoma é a que exige um operador (motorista) a bordo. Carro autônomo é o que roda sem operador.

Uma grande ajudaA condução autônoma trará enorme benefício à mobilidade geral.

Começa pela racionalização de uso das vias terrestres, essencial num mundo que já totaliza mais de 1 bilhão de veículos automotores, com enorme concentração nas áreas urbanas. Aproveitando os auxílios à navegação já conhecidos, os congestionamentos diminuirão con-sideravelmente e, na esteira, cairão o consumo de combustível e as emissões pelo escapamento. Caminhões poderão rodar praticamente colados uns aos outros nas autoestradas, otimizando-as e sem risco de colisões traseiras. Verdadeiros “trens” rodoviários.

Com os carros autônomos, idosos e portadores de deficiência po-derão voltar a ter seus automóveis, terão novo sentido de vida. Para muitos mudará o significado de independência e liberdade.

Será uma autêntica democratização da alta tecnologia. A condução autônoma será uma injeção de utilidade que garantirá o futuro do au-tomóvel e da indústria automobilística, sempre geradora de empregos e recursos. Haverá novo surto de desenvolvimento, fundamental para as economias de países produtores de veículos.

Várias empresas estão se dedicando ao carro autônomo, entre elas a alemã ZF, e os resultados são mais que animadores. É consenso entre elas que o carro autônomo será uma realidade em 2025.

A condução será autônoma enquanto seu dono quiser. Ao acionar

*BOB SHARP, 73 ANOS, NASCIDO NO RIO DE JANEIRO, É JORNALISTA ESPECIALIZADO EM VEÍCULOS, TEM FORMAÇÃO TÉCNICA (CONSTRUÇÃO DE MÁQUINAS E MOTORES) E SUA VIDA PROFISSIONAL DE 54 ANOS PERMEIA ENTRE A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA E VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO.

um interruptor, o sistema autônomo é desativado e o carro passa a ser “normal”. Só esse pormenor derruba qualquer argumento dos detratores do carro de condução autônoma. O essencial conceito de prazer de dirigir que move a centenária indústria automobilística será preservado.

Mas para que o carro autônomo vingue será necessária completa reformulação da sinalização viária, que tem de ser perfeita e uniforme, de maneira que as câmeras do veículo inte-grantes do sistema de condução “leiam” o caminho. Se isso não é fácil nos países avançados, o que dirá nos países em desen-volvimento como o Brasil, com muito por fazer nesse aspecto. E tudo isso tem custo bem elevado.

Há o aspecto responsabilidade a resolver. Em caso de acidente com um carro sob condução autônoma, quem é o res-

ponsável? O proprietário do veículo ou seu fabricante? Ou o fabricante do hardware? Ou o do software? Ou o autor do pro-grama?

Um imensurável benefício do carro de condução autônoma é a redução drástica dos acidentes, dos leves aos mais graves, seja com veículos leves ou pesados. Os reflexos dessa redução são fáceis de avaliar, independente das vidas humanas poupadas ou livres de lesões. Eles estão na significativa redução dos custos hospitalares que absorvem grande parte do orçamento dos países ou encarecem sobremaneira o prêmio dos seguros-saúde, este um fardo pesado cada vez maior para muitas famílias.

Vamos dar boas-vindas à condução autônoma!

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