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Edição 498

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Jornal Trocando em Miúdos

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Trocando1º a 15 de setembro de 2007

opinião

Editorial

Informativo do Sindicato dos Bancários da ParaíbaAv. Beira Rio, 3.100, Tambauzinho, João Pessoa-PB.

Fone: (83) 3224-2054, 3224-2040 e 3224-9544. Fax: (83) 3224-4837.

Site: www.bancariospb.com.br.

E-mail: [email protected]

Presidente: Lucius Fabiani. Diretor de Comunicação: Marcelo Alves.

Relações Públicas: Andréa Carla.

Redação e jornalista responsável: Otávio Ivson (DRT-PB 1778/96).

Editoração e programação visual:

Simone Duarte (DRT-PB 1179/00) - [email protected]

Capa: arte da Campanha Salarial 2007

Fotos: arquivo. Tiragem: 2500.

Com a faca e o queijoCom a faca e o queijoCom a faca e o queijoCom a faca e o queijoCom a faca e o queijo

Os bancos anunciaram olucro do primeiro semestre. E, apesar das

oscilações da economia mundial,alguns romperam a barreira dosR$ 4 bilhões e o crescimento emrelação ao mesmo período do anopassado chega até a 112%. Sãorecordes em cima de recordes, àcusta da exploração de funcioná-rios, clientes e usuários. Como ogoverno permite e a justiça écega, cobram tudo e de todos.Estão acima do bem e do mal,com a faca e o queijo na mão.

No sistema financeiro, amoda é se falar em ganho opera-cional e aumento de escala. Ouseja, diminuir o número de em-

José Vicente Ferreira *

Nunca penseiNunca penseiNunca penseiNunca penseiNunca pensei

Sou um pequeno comercian-te estabelecido no bairro-cidade de Mangabeira e cor-

rentista do Banco do Brasil. Fuibancário certo tempo e confessoque nunca simpatizei com o mo-vimento sindical. Por isto, nuncapensei que um dia fosse precisarpedir ajuda justamente a vocês.Mas o mundo dá muitas voltas eeu sobrei numa dessas curvas davida.

Raramente vou a uma agên-cia bancária, pois quem cuida des-sa parte dos negócios é um filhomeu. Mas, outro dia, bem em fren-te a uma agência do BB no centroda cidade, recebi um dinheiro quenem esperava e decidi depositá-loali mesmo. Só que, antes mesmode chegar à porta giratória, umamocinha muito educada me per-guntou: em que posso lhe ajudar?

Quando eu pensei que seriaconduzido a um caixa, fui barra-do e “obrigado” a fazer a opera-ção numa daquelas máquinas doauto-atendimento. Fiquei nervosoe muito irritado, pois não gosto de * comerciante e ex-bancário

máquinas. Eu gosto mesmo é deser atendido por um caixa. Gentede carne e osso, que me olhe nosolhos, receba o dinheiro, confira,autentique o documento e me en-tregue o recibo na mão. E achoque tenho todo o direito de fazervaler minha vontade, principal-mente a de ir e vir.

E, já que fui “obrigado” a tra-tar com as máquinas, involuntari-amente, agora faço questão de usarum computador para pedir a aju-da de vocês, que fizeram muitacampanha para eleger e manter umtrabalhador/sindicalista na Presi-dência da República.

O meu desafio é que vocêsintercedam junto ao governo fe-deral, ou façam um barulho des-ses que só vocês sabem fazer, paraque as pessoas sejam respeitadas etenham direito de entrar e sair dequalquer banco, principalmente dosbancos públicos, patrimônio dopovo brasileiro. Eu quero ser aten-dido por gente no Banco do ZéVicente!

HumorENVIE SUA CHARGE

Fala, BancarioEnvie sua OPINIÃO

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pregados por transação, aumen-tar o lucro, cobrar mais da socie-dade brasileira, mais tempo nasfilas, terceirizar postos de traba-lho e pôr em risco o sigilo bancá-rio dos clientes. Tudo em nomede uma lógica do lucro a qualquercusto que há muito vem sendoimplantada nos bancos públicose privados.

Por detrás das vitrines ilumi-nadas dos palácios de vidro e ci-mento, um exército de seres invi-síveis trabalha, produzindo mais-valia, vendendo as mercadoriasdessa estranha rede de supermer-cado de papéis em que os bancosse transformaram.

Em menos de vinte anos, os

bancos realizaram uma revoluçãoirreversível, modernizando-se peloemprego das novas técnicas ecom a flexibilização das relaçõesde trabalho. E essa modernizaçãobanalizou a gestão por estresse.

A contínua redução do qua-dro de pessoal, as doenças peloexcesso de trabalho, a fadiga mus-cular e mental decorrentes do es-forço repetitivo, piorada por ummobiliário inadequado e obsole-to, aliada à exploração intensivado trabalho pela sistemática vio-lação dos controles de jornada,demonstram que a modernizaçãodos bancos se fez sob a degrada-ção das condições e do ambientede trabalho.

Para os banqueiros públicose privados, o que interessa mes-mo é o lucro. Enquanto isso, acategoria bancária, considerada amais organizada no país, não tevenenhum avanço salarial desde2002. Ao contrário, acumulouuma perda de 0,2% no mesmoperíodo que os bancos “encheramas burras”, com crescimento deaté 112%.

Os números mostram que osbanqueiros estão com a faca e oqueijo. Portanto, podem atenderàs reivindicações dos bancários,que não devem permanecer depires na mão, esperando a boavontade do patrão. A mobilizaçãoé a única saída!

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em destaque

Gente NossaQUEM FAZ HISTÓRIA

Marco Antônio Melo de Oliveira -começou a carreira bancária no Banco Mercantil,

em 1982, onde trabalhou até chegar ao Banespa,

em 1988. Trabalhou no caixa, com mercado de

ações e atualmente é Gerente de Negócios no

Santander, em João Pessoa – PB. Formado em

Administração, com pós-graduação em Contabili-

dade e Controladoria é o atual Presidente do

Conselho Regional de Administração da Paraíba.

Presidiu o Sindicato dos Bancários da Paraíba no período de junho a

outubro de 2006 e hoje responde pela Secretaria de Formação Sindical.

Adriana Coelho Malleta - é natural de Belo

Horizonte, mas está radicada na Paraíba há 16

anos. Tomou posse no Banco do Brasil na Agência

de Rio Tinto, em 1993. Sindicalizada desde 2002,

já foi Posto Efetivo e caixa executivo, trabalhando

nas agências de Alhandra, Cruz das Armas.

Atualmente é Assistente de Negócios na Agência

UFPB – João Pessoa (PB) e acaba de ser recondu-

zida ao segundo mandato como Delegada Sindical.

“Sinto-me realizada quando atuo na mobilização dos colegas para participa-

rem das atividades sindicais”, ressalta Adriana Malleta.

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A negociação com a Federação Nacional dos Bancos – Fenaban foi inter-

rompida na última quinta-feira,13, pelo Comando Nacional dosBancários, por falta de propostaconcreta dos bancos sobre as rei-vindicações econômicas, cujas dis-cussões tiveram início na reuniãoda semana anterior.

Nesta terceira reunião, pe-núltima do bloco temático, osbanqueiros deveriam apresentarcontraproposta para as cláusulasde remuneração e negociar asdemandas referentes a emprego.Mas, não só os banqueiros priva-dos estão fazendo corpo molenessa campanha salarial. A dire-toria do Banco do Brasil, porexemplo, só agora agendou paraesta terça-feira, 18, a primeirarodada de negociação com o Co-mando Nacional.

Esses impasses diminuem o

Impasse exige mobilizaçãoImpasse exige mobilizaçãoImpasse exige mobilizaçãoImpasse exige mobilizaçãoImpasse exige mobilização

Principais reivindicaçõesPrincipais reivindicaçõesPrincipais reivindicaçõesPrincipais reivindicaçõesPrincipais reivindicaçõesBANCÁRIOS

Índice – 10,3% de rea-juste;

PLR maior – 2 salários +R$ 3.500,00Vale-alimentação – R$ 380Remuneração variável:- 5% da receita com prestaçãode serviços

- 10% sobre a venda deprodutosPiso salarial:Escritório – R$ 1.628,24Caixa – R$ 2.128,24Comissionado – R$2.768,00Gerência – R$ 3.582,12

ritmo das negocia-ções, cujo modeloi m p l e m e n t a d oeste ano, com qua-tro semanas temá-ticas, tem por ob-jetivo justamente ocontrário: agilizaras discussões comos banqueiros eevitar a velha prá-tica da negativageneralizada.

Outro facilita-dor nesta campa-nha é a composi-ção do ComandoNacional dos Ban-cários, agora com33 membros, dis-tribuídos entreContraf-CUT, fe-derações e maiores sindicatos, re-presentando proporcionalmentetodos os bancários do País. No

Comando, são tirados sete mem-bros para compor a Comissão deNegociação. “Além de maior re-presentatividade do Comando, acomissão de negociação dá maisagilidade ao processo, pois sãoapenas sete pessoas negociandocom os banqueiros, até esgotaremo tema em discussão”, comple-menta Fabiani.

Nesse Comando, o Sindica-to dos Bancários da Paraíba temdois assentos: o Presidente daentidade, Lucius Fabiani, que tam-bém é Presidente da Federaçãodos Trabalhadores em Empresasde Crédito no Norteste – Fetec/NE e outro membro a ser indica-do pela diretoria.

Temos um modelo estraté-gico de negociação, temos repre-sentação no Comando Nacional,temos um calendário de ativida-des e disposição para a luta. Poristo, a diretoria do Sindicato foimobilizar os funcionários dasprincipais agências do Banco doBrasil, na Grande João Pessoa,nesta quinta-feira, 13.

Utilizando carro de som, fai-xas e distribuindo o Jornal do Cli-ente, as lideranças sindicais tam-bém alertaram a população paraa paralisação das atividades ban-cárias, caso os banqueiros nãoapresentem uma contrapropostadecente à categoria, até o final domês.

CAMPANHA NACIONAL

Os bancários fecharam 11 agências do BB em um dia por conta do Pacote da Maldade, em maio deste ano.

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Descaso, terror e prejuízoDescaso, terror e prejuízoDescaso, terror e prejuízoDescaso, terror e prejuízoDescaso, terror e prejuízo

O Unibanco vai repas-sar para os funcioná-rios da Agência Epi-

tácio Pessoa o prejuízo decor-rente do assalto ocorrido na-quela unidade do banco, em ju-nho último. Além do trauma,das agressões físicas e da per-da de seus pertences os funci-onários vão ser penalizadospor conta do descaso do ban-co com a segurança nas agên-cias.

Conforme noticiamos naedição 496, do Trocando emMiúdos, o assalto poderia tersido evitado, caso a porta gira-tória com detector de metais ti-vesse sido consertada em tem-po hábil. Tão logo a porta gira-tória apresentou defeito, o pro-blema foi comunicado ao Dire-tor da Região 28, Carlos Eduar-do, e à responsável pelas Rela-ções Trabalhistas do Unibanco,Gislene Gallo, mas nenhumaprovidência foi tomada pararestabelecer a segurança naque-la agência.

Consumado o assalto, obanco repassou o prejuízo de-corrente da falta de segurançapara a agência, impactando ne-gativamente na distribuição daRemuneração por Resultado(RR). Trocando em miúdos,além de ficarem expostos aosriscos inerentes à atividade ban-

Trocando

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UNIBANCO

cária, os funcionários da AgênciaEpitácio Pessoa não vão recebera RR, por conta da negligência dadireção do Unibanco.

Na época do assalto, a portagiratória da Agência Tambauzinhotambém apresentava o mesmo de-feito da Agência Epitácio Pessoa,cujo conserto só ocorreu dois me-ses após o sinistro. Na Agência Cen-tro João Pessoa a segurança é umcaos. Como não existe porta gira-tória, os vigilantes que abastecemos cashs de numerário ficam total-mente expostos, em meio à clien-tela que se acotovela no auto-aten-

dimento nos dias de pagamento.Para Edson Borges da Silva,

funcionário do Unibanco e dire-tor do Sindicato dos Bancários daParaíba, é responsabilidade do ban-co manter a segurança de suasagências em níveis satisfatórios.“Os funcionários não podem nemdevem pagar pelos prejuízos cau-sados pela negligência do alto es-calão do banco com a segurançadas agências; até porque, mesmosob forte pressão e correndo to-dos os riscos, conseguem cumprircom as metas estabelecidas pelaempresa”, desabafa.

CAIXA

Os aposentados e pen-sionistas da CaixaEconômica Federal

elaboraram uma pauta espe-cífica para a Campanha Na-cional dos Bancários 2007. Asreivindicações, tiradas na 9ªConferência Nacional dosTrabalhadores do Ramo Fi-nanceiro já foram entreguesaos banqueiros.

Aposentados e pensionistas reivindicamAposentados e pensionistas reivindicamAposentados e pensionistas reivindicamAposentados e pensionistas reivindicamAposentados e pensionistas reivindicamEis as principais reivindicações:

extensão do auxílio cesta alimenta-ção para todos; pagamento de PRLaos aposentados por invalidez como custo para a Caixa; composiçãodas dívidas com a Caixa e a Fun-cef, com renegociação dos montan-tes, aplicando-se tabela Price em até120 meses, com taxa de 6% ao ano;recomposição do poder de comprados benefícios com aporte de re-

cursos feitos integralmente pela Cai-xa; e fim da exigência de desistên-cia de ações judiciais para garantiade pagamento do auxílio alimenta-ção e outros benefícios conquista-dos, salvo se for referente estrita-mente ao objeto do acordo.

PMPP – A pauta dos aposen-tados e pensionistas, reforça a pres-são dos representantes da Fenae(Federação Nacional das Associa-

ções dos Empregados da Cai-xa) e Fenacef (Federação Na-cional das Associações dos Apo-sentados e Pensionistas da Cai-xa) sobre a Presidenta da Cai-xa, Maria Fernanda Ramos Co-elho, cobrando uma soluçãoimediata para a pendência rela-cionada ao Plano de Melhoriade Proventos e Pensões –PMPP.

Descaso e desrepeito total com os clientes. Abastecimento de caixas em horários inoportunos

A foto ilustra a total falta de

segurança, pondo em risco a vida

dos clientes

Clientes esperam até horas para que pos-

sam fazer uso dos caixas eletrônicos.

Desconforto para os clientes.

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pelos bancos1º a 15 de setembro de 2007

Dicas de SaudeVOCÊ EM BOA FORMA

A Causas mais comuns: A deterioração dos alimentos. Ocozimento por completo destrói as bactérias nocivas.

Intoxicação alimentar é o nome que se dá aos sintomas de-sagradáveis que uma pessoa experimenta depois de ingerir ali-mentos contaminados por certas bactérias nocivas. Contrariandoa crença popular de que alimentos deteriorados costumam pro-vocar intoxicação alimentar, as bactérias que deterioram os ali-mentos não são as causas mais comuns desse distúrbio. Na reali-dade, esse tipo de intoxicação é muito raro porque, em geral, aspessoas não chegam a ingerir um alimento que está notoriamen-te estragado. Muito pelo contrário, a comida contaminada querealmente provoca a intoxicação quase sempre tem aparência,cheiro e gosto normais.

Tipos de intoxicação alimentarEm geral, a intoxicação alimentar é provocada por três tipos debactérias. Cada uma delas se desenvolve num determinado tipode alimento (necessitando de certas condições especiais para po-der se multiplicar) e produz um conjunto diferente de sintomas.

Intoxicação por salmonelaAs bactérias do tipo salmonela são as causas mais freqüentes deintoxicação alimentar. Elas contaminam todos os tipos de carneusados na nossa alimentação, antes mesmo de o animal ser aba-tido. Sintomas - Se uma pessoa ingere um alimento contamina-do por salmonela, 12 ou 48 horas depois ela pode Ter diarréia,embora esta possa se limitar a apenas um ligeiro desarranjo in-testinal.

Intoxicação alimentar por clostrídiosA bactéria responsável por esse tipo de intoxicação alimentar, oClostridium prefringes, se torna ativa - e causa problemas – du-rante o cozimento dos alimentos. Os pratos à base de carne,como os ensopados e as tortas, por exemplo, são particularmen-te suscetíveis ao ataque desses germes. Sintomas - Os sintomasdesse tipo de intoxicação surgem em geral entre 12 e 24 horasapós a ingestão do alimento contaminado. Na maioria dos casos,o paciente tem fortes e persistentes dores abdominais seguidasde diarréia,. Entretanto, a temperatura permanece normal e érara a ocorrência de vômitos.

Intoxicação alimentar por estafilococosO Staphylococus aureus, um microorganismo que causa uma outraforma muito comum de intoxicação alimentar, geralmente estápresente na superfície da pele, principalmente em torno do nariz,e também em certas infecções cutâneas, tais como cortes sépti-cos, espinhas e furúnculos. Um corte infeccionado na mão ou nobraço de quem prepara uma refeição para sua família, por exem-plo, pode contaminar os alimentos se eles não forem cozidos auma temperatura de 60ºC ou mais durante no mínimo meia hora.Sintomas - Os sintomas surgem de uma a quatro horas após aingestão do alimento contaminado e costumam ser bastante acen-tuados. Logo no início, o paciente sente tonturas e náuseas.

Intoxicação alimentarIntoxicação alimentarIntoxicação alimentarIntoxicação alimentarIntoxicação alimentar

Fonte: http://www.saudevidaonline.com.br/artigo92.htm

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Tratamento: É sempre aconselhável procurar um médico.

Sudameris agora é ABN - A

marca Sudameris foi extinta no dia

31 de agosto e sua bandeira substi-

tuída pela do ABN Amro Real, cuja

administração se comprometeu a não

demitir os funcionários do extinto

banco. Mesmo assim, os funcionários

estão apreensivos ante a hipótese da

venda do ABN ao consórcio RBS-

Fortis-Santander, que já anunciou 19

mil demissões em todo o mundo.

Para o diretor do Sindicato dos Ban-

cários, Genário Moreira de Lima,

os banqueiros não estão preocupa-

dos com clientes e funcionários, pois

só visam mesmo é o lucro que pos-

sam auferir com as fusões. “Se qui-

sermos garantir nossos empregos, te-

mos de lutar ; não podemos abrir a

guarda e acreditar que promessa de

banqueiro é garantia de estabilida-

de”, ressalta.

A agência do Banco doBrasil na cidade dePaulista, no Sertão parai-

bano, encontra-se literalmente “en-tregue às baratas” quanto às suasinstalações físicas. É um caos total.Nem parece pertencer ao maiorbanco da América Latina, com umlucro de R$ 6 bilhões no ano passa-do e que já contabilizou no primei-ro semestre deste ano a cifra dequase R$ 2,5 bilhões de lucro líqui-do.

A equipe de reportagem doTM registrou o caos em que seencontram as instalações elétricase toda a estrutura do prédio atra-vés de fotos da agência, feitas quan-do a diretoria do Sindicato percor-reu o Estado para realizar as con-ferências regionais, no início daCampanha Nacional 2007.

Na foto da fachada da agên-cia, a única coisa bonita é a ima-gem do firmamento. No interior doprédio, então, é que se percebe o

tamanho do descaso do BB comas agências do interior dos estados,além da falta de respeito aos clien-tes e funcionários. É um absurdo!

Piso quebrado e irregular, in-filtrações no teto, tubulações sus-tentadas por plástico e fitas adesi-vas, fiação exposta, ambientes detrabalho insalubres e abarrotadosde equipamentos obsoletos, piassem os acessórios (ver fotos), sãoapenas algumas das irregularidadesverificadas pelo Sindicato. Enfim,uma prática que não tem nada aver com o porte dessa instituiçãoquase bi-centenária, que tanto alar-deia a sua responsabilidade sócio-ambiental.

Se uma imagem vale mais quemil palavras, não precisamos dizermais nada para que a Superinten-dência Estadual do Banco do Bra-sil na Paraíba tome as devidas pro-vidências. E, já! Afinal, clientes efuncionários merecem respeito etratamento digno.

Instalações elétricas e Estrutura do prédio do Banco do Brasil se encontram em total abandono

MiudasPARA LER RAPIDINHO

Entregue às baratasEntregue às baratasEntregue às baratasEntregue às baratasEntregue às baratasBB/PAULISTA

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Trocando1º a 15 de setembro de 2007

serviços

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OSindicato dos Bancários da Paraíbatambém está engajado com outros segmentos sociais em defesa da transpo-

sição do Rio São Francisco, seguindo as delibe-

TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO

Quem tem sede, tem pressaQuem tem sede, tem pressaQuem tem sede, tem pressaQuem tem sede, tem pressaQuem tem sede, tem pressa

D esde os tempos do Império discute-se a possibilidade da transposição

das águas do Rio São Franciscopara o chamado Polígono da Seca,como forma de solucionar o pro-blema da estiagem prolongada nosemi-árido. O assunto está na pau-ta da grande mídia, desde que LuísInácio Lula da Silva – um retiran-te nordestino que, fugindo da seca,conseguiu subir a rampa do Palá-cio do Planalto – decidiu concre-tizar o sonho de tantos, implemen-tando o Projeto de Transposiçãodas Águas do Rio São Francisco.

O fenômeno da seca é resultadodo atraso ou da distribuição irregularde chuvas. Mas ela representa muitomais que apenas uma ocorrência cli-mática, pois acarreta sérios efeitos nodesenvolvimento da vegetação, geran-do, por conseqüência, um quadro so-cial de extrema pobreza nas regiõesonde a economia ainda está embasa-da na agricultura familiar.

É o caso do Polígono da Seca,uma área de 950 mil km2 situada en-tre o Sudeste e o Nordeste do País,afetando os estados de Alagoas, Bahia,Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernam-buco, Piauí, Rio Grande do Norte eSergipe. A região, de clima semi-árido,recebe menos de 700 mm de chuvapor ano e é castigada por uma tempe-ratura média de 26°C.

Uma possível solução para oproblema seria a chamada transposi-ção do Rio São Francisco. Ou seja, es-tender a circulação do “Velho Chico”

Semi-árido: seca traz sofrimento e necessidade aos moradores no interior da Paraíba

– cuja maior parte do leito está emMinas Gerais, Pernambuco e Bahia –também para os estados do Rio Gran-de do Norte, Paraíba e Ceará, além deáreas semi-áridas de Alagoas, Pernam-buco e Sergipe. Abastecidas pelo rio,essas áreas teriam água suficiente paraa agricultura e o consumo individual.

A mais recente versão dessa idéiaé o projeto de Interligação da Bacia doSão Francisco com as Bacias do Nor-deste Setentrional, que integra o Pro-grama de Desenvolvimento Susten-tável do Semi-Árido e da Bacia Hi-drográfica do Rio São Francisco, co-mandado pelo Ministério da Integra-ção Nacional. Orçado em R$ 4,2 bi-lhões, o projeto prevê a construção deaproximadamente 700 km de canais ereservatórios, divididos em dois ei-xos, que abasteceriam o Polígono, ali-viando os efeitos da estiagem. Para oinício das obras, o governo conta in-clusive com o apoio do Exército, quedisponibilizou o Batalhão de Enge-nharia para tocar a primeira etapa doprojeto da transposição.

Mas a idéia da transposição estálonge de ser unanimidade. Se, para ogoverno, a obra é inadiável, por outrolado não faltam opiniões contrárias,como é o caso do bispo Luiz FlávioCappio, que já fez até greve de fomepara chamar a atenção contra a trans-posição das águas do Rio da Integra-ção Nacional.

O aquecimento global e as mu-danças na natureza, em conseqüênciada ação predadora do homem, reque-rem de nós uma atenção toda especial

na defesa de soluções que minimizemos efeitos devastadores da seca no Nor-deste. O tempo urge e não podemosnos deixar levar pelos argumentos fa-laciosos de que a utilização de apenasum por cento da água do São Francis-co coloca em risco a sobrevivência dorio. Esse percentual representa apenasum terço do volume da água que eva-pora.

O projeto da transposição não se

limita apenas à captação da água e àconstrução de canais e reservatório.Além de permitir que a água chegue atéos grotões mais secos do Nordeste, oprojeto contempla obras de preserva-ção ambiental e manutenção do leitodo Rio São Francisco, da nascente à foz.É por isto que apoiamos essa iniciativado Governo Lula e precisamos do seuapoio. Afinal, assim como a fome,quem tem sede também tem pressa!

rações do Siste-ma Diretivo, to-madas na reu-nião do dia 1º desetembro.

Na lutapara garantir aexecução dasobras do EixoLeste e Eixo

Norte, como forma de permitir melho-res condições ao povo residente no semi-árido nordestino, a diretoria do Sindica-to está visitando as agências bancárias e

coletando assinaturas no abaixo-assinado queserá entregue ao Movimento Pro Transpo-sição do Rio São Francisco.

Além de esclarecer os bancários sobrea necessidade da transposição, a campanhatambém desmistifica os argumentos apresen-tados pelos setores contrários à realizaçãodas obras. Afinal, se a integração de bacias ea transposição das águas garantem o abaste-cimento de São Paulo, Salvador, Aracaju eRio de Janeiro não é justo que 12 milhõesde nordestinos sejam eternamente condena-dos ao flagelo da seca. Por isto, quem temsede apóia!

BANCÁRIOS ENGAJADOS NA LUTA

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Lucro dos Bancos no 1º sem/2007Lucro dos Bancos no 1º sem/2007Lucro dos Bancos no 1º sem/2007Lucro dos Bancos no 1º sem/2007Lucro dos Bancos no 1º sem/2007

especial

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Lucro x ExploraçãoLucro x ExploraçãoLucro x ExploraçãoLucro x ExploraçãoLucro x Exploração

Os lucros dos bancos noprimeiro semestre deste ano surpreenderam

até os especialistas mais otimis-tas. Superando as oscilações nomercado internacional, as insti-tuições financeiras que operamno País bateram mais um recor-de. A origem dos ganhos dos ban-cos está no aumento das receitasde crédito, o que representa maistrabalho para os bancários.

O setor da economia brasi-leira que mais lucrou no primei-ro semestre foi o que menoscriou empregos formais. Segun-do o Cadastro Geral de Empre-go e Desemprego do Ministériodo Trabalho – Caged, os bancosgeraram 4.320 postos de traba-lho com carteira assinada no se-mestre, número que representaapenas 0,39% do total de 1,095milhão de postos de trabalho cri-

MAIS UMA VEZ

Lucro dos Bancos no 1º SemestreLucro dos Bancos no 1º SemestreLucro dos Bancos no 1º SemestreLucro dos Bancos no 1º SemestreLucro dos Bancos no 1º Semestre

ados de janeiro a junho. Ou seja,menos da metade do registradono mesmo período de 2006,quando o setor gerou 11.508 va-gas formais (1,24%). Esses da-dos demonstram como o lucrodos bancos têm ligação diretacom a exploração dos bancári-os.

Os bancos são potentadoseconômicos que ditam as trans-formações em curso, separam opoder da política e, por meio doauto-atendimento, obrigam to-dos a trabalhar para eles de gra-ça e pagar tarifas, antes inima-gináveis. E ainda fazem crer queestamos evoluindo on line!

Boa parte da sociedade pen-sa que os bancos compõem umimpério fabuloso, e funcionam,crescem e lucram como que pormagia, virtualmente, e indepen-dentemente do trabalho vivo,

mas os bancários sabem as pres-sões que sofreram para cumpriras metas impostas para que osbancos atingissem esses lucrosfabulosos. Assim como sabem,

também, que só com muita mo-bilização e luta é que consegui-rão arrancar o respeito e a re-muneração justa pelo trabalhoexecutado.

Gráfico Comparativo entre o lucro doGráfico Comparativo entre o lucro doGráfico Comparativo entre o lucro doGráfico Comparativo entre o lucro doGráfico Comparativo entre o lucro do1º sem/2006 e o do 1º sem/20071º sem/2006 e o do 1º sem/20071º sem/2006 e o do 1º sem/20071º sem/2006 e o do 1º sem/20071º sem/2006 e o do 1º sem/2007

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AgendaO QUE ACONTECE

Vai acontecerVai acontecerVai acontecerVai acontecerVai acontecerAconteceAconteceAconteceAconteceAcontece AconteceuAconteceuAconteceuAconteceuAconteceuNesta sexta-feira, 28, O Sindicato dos Bancários

vai empossar os Delegados Sindicais do Banco do

Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do

Nordeste do Brasil, eleitos em suas respectivas

unidades de trabalho, no período de 27 a 31 de

agosto. Parabéns aos nossos representantes na base!

Forró, Futsal e muito samba no domingo, 26 de

agosto, marcaram a passagem do Dia do Bancário,

no Sindicato. Depois da segunda rodada do campeona-

to bancário de Futsal, os bancários tomaram aquela

cervejinha gelada, ao som do Grupo Samba de Mesa

e da Banda Arreios de Prata.

A diretoria do Sindicato dos Bancários está

coletando assinaturas em um abaixo-assinado

em defesa da transposição das águas do Rio São

Francisco. Tudo isto para matar a sede de 12

milhões de nordestinos. Participe também desta

campanha. Quem tem sede, apóia!

cultura e esportes

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A partir deste sábado, 22,o Sindicato dos Bancários vai disponibilizar para

a categoria o Clube do Chorinho.Todos os sábados, das 11h às 18h,os bancários vão poder curtir einteragir com o que há de me-lhor para os amantes do mais cri-ativo e sofisticado estilo musicalbrasileiro: o chorinho.

Para Sivaldo Torres, diretorresponsável pela coordenaçãocultural da entidade, o objetivoda promoção é oferecer, regu-larmente, uma música de quali-dade a um público específico.

“Além disso, abrir um espaço paraque os bancários possam mos-trar seus talentos musicais nessegênero “, ressalta.

O grupo Clube do Choro daParaíba vai fazer o show do pri-meiro evento da série. Na oca-sião, o Sindicato vai homenagearFrancisco Josias da Silva, o “Se-nador”, funcionário da Caixaque, em vida, tanto prestigiou aspromoções culturais do Sindica-to. Após essa homenagem, a pro-gramação prossegue com outraatração musical, até às 18h.

Tudo isto vai acontecer no

Espaço Culturalque recebeu onome de MarcosFernandes Barbosade Lucena, numa home-nagem póstuma a esse funci-onário da Caixa Econômica Fe-deral, que foi diretor do Sindi-cato e presidente da Apcef Pa-raíba.

O Espaço Cultural Mar-cos Lucena vai ser inauguradona sexta-feira, 28, com uma pro-gramação bem variada. O happyhour começa com o requinte doMPB Trio e seu repertório de

muito bomgosto, às 19h.

Em seguida, aBanda Plano B

vai embalar os ban-cários com o seu pop

rock. A noitada segue com forrópé-de-serra, MPB e os embalosdos anos 60, 70 e 80 com o Gru-po Xique & Chique.

O ambiente é tranqüilo, con-fortável e aconchegante. O aces-so é gratuito e o serviço de barvai funcionar a pleno vapor paraservir os mais variados pratos,petiscos e bebidas.

BB lidera campeonato após 2ª rodadaBB lidera campeonato após 2ª rodadaBB lidera campeonato após 2ª rodadaBB lidera campeonato após 2ª rodadaBB lidera campeonato após 2ª rodada

Banco do Brasil lidera o 42ºCampeonato Bancário deFutsal, após a segunda

rodada, por ter o maior saldo degols, uma vez que a Caixa tam-bém tem quatro pontos ganhos.Na terceira posição está o Bra-desco, com três pontos e um jogoa menos. Com um ponto, o Real

e o Sindicato ocupam o quarto e oquinto lugares, respectivamente.Quem está segurando a laterna dacompetição é a equipe da Unicred,que ainda não conseguiu pontuar etambém tem um jogo a menos.

Na artilharia, a liderança tam-bém é do BB, com sete gols do atle-ta Fábio Augusto, seguido de Feli-

pe Lins (Bradesco) e SérgioMeira (Caixa) com trêsgols, cada. Até o fecha-mento desta edição, ain-da não havia acontecidoos jogos da terceira ro-dada do campeonato:BB X Bradesco e CaixaX Unicred.