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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 25 Domingo, 17.06.2012 R$ 3,20 A IB de Tauá compreendeu a importância de obedecer a ordem de Deus, a qual confere ao homem a responsabilidade pela admi- nistração de tudo que foi criado por Deus. Como cooperadores, os membros da Igreja recolheram materiais recicláveis. Este material foi entregue a Cooperativa de Catadores do Galeão através de um acordo de cooperação assinado num culto com ênfase no Meio Ambiente e participação dos cooperativados (página 10). Com alegria, emoção e muita gratidão a Deus a PIB de Nite- rói comemora seus 120 anos contando sua história de lutas, conquistas e bênçãos de Deus. Durante a passagem de vários pastores ungidos do Senhor, grandes vitórias foram conquis- tadas, como por exemplo a inauguração do templo na rua Visconde de Sepetiba nº 198 pelo pastor Avelino, que com profunda emoção e gratidão a Deus, compôs o hino Vitória nas Lutas, do Cantor Cristão (página 14). Meio Ambiente: um meio para a igreja dar graças a Deus PIB de Niterói celebra 120 anos A nova geração tem um papel importante no processo de mudança da história e, como jovens cristãos, é preciso ter consciência de que se pode influenciar este novo tempo. Por isso a Geração Jovem participou do Congresso Adoração 100%, foram surdos e ouvintes de todo Brasil que juntos expressaram sua adoração ao Senhor através da língua de Sinais, aprendendo e compartilhando as experiências de sua realidade em pequenos grupos e aprimorando seus conhecimentos em oficinas de teatro, música, evangelismo, implantação de minis- tério de surdos, libras básico e artes (páginas 8 e 9). Geração Jovem em Adoração 100%

Edição 25 Domingo, 17.06.2012 R$ 3,20 Órgão Oficial da ...batistas.com/OJB_PDF/2012/OJB_25.pdf · res dessa campanha de regu-lamentação das drogas pare cem não estar atentos

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1o jornal batista – domingo, 17/06/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 25 Domingo, 17.06.2012R$ 3,20

A IB de Tauá compreendeu a importância de obedecer a ordem de Deus, a qual confere ao homem a responsabilidade pela admi-nistração de tudo que foi criado por Deus. Como cooperadores, os membros da Igreja recolheram materiais recicláveis. Este material foi entregue a Cooperativa de Catadores do Galeão através de um acordo de cooperação assinado num culto com ênfase no Meio Ambiente e participação dos cooperativados (página 10).

Com alegria, emoção e muita gratidão a Deus a PIB de Nite-rói comemora seus 120 anos contando sua história de lutas, conquistas e bênçãos de Deus. Durante a passagem de vários pastores ungidos do Senhor, grandes vitórias foram conquis-tadas, como por exemplo a inauguração do templo na rua Visconde de Sepetiba nº 198 pelo pastor Avelino, que com profunda emoção e gratidão a Deus, compôs o hino Vitória nas Lutas, do Cantor Cristão (página 14).

Meio Ambiente: um meio para a igreja dar graças a Deus

PIB de Niterói celebra 120 anos

A nova geração tem um papel importante no processo de mudança da história e, como jovens cristãos, é preciso ter consciência de que se pode influenciar este novo tempo. Por isso a Geração Jovem participou do Congresso Adoração 100%, foram surdos e ouvintes de todo Brasil que juntos

expressaram sua adoração ao Senhor através da língua de Sinais, aprendendo e compartilhando as experiências de sua realidade em pequenos grupos e aprimorando seus conhecimentos em oficinas de teatro, música, evangelismo, implantação de minis-tério de surdos, libras básico e artes (páginas 8 e 9).

Geração Jovem em Adoração 100%

2 o jornal batista – domingo, 17/06/12 reflexão

E D I T O R I A L

mas principais: A economia verde no contexto do desen-volvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.

A Rio+20 será composta por três momentos. Nos pri-meiros dias, de 13 a 15 de junho, a III Reunião do Comitê Preparatório, com a reunião dos representantes governa-mentais para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência. Entre 16 e 19 de junho, serão programa-dos eventos com a sociedade civil. De 20 a 22 de junho, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Conferência, para o qual é esperada a presença de diversos Chefes de Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas.

os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e deverá contribuir para de-finir a agenda do desenvol-vimento sustentável para as próximas décadas.

A proposta brasileira de sediar a Rio+20 foi aprovada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, em sua 64ª Sessão, em 2009. O objetivo da Conferência é a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sus-tentável, por meio da ava-liação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes. A Conferência terá dois te-

O Brasil inteiro está se mobilizando para um evento relacionado ao

meio ambiente, é a Rio+20. Mas o que é a Rio+20? E o que o povo batista tem a ver com esta conferência? Os pastores, as igrejas e seus membros precisam participar deste movimento? O cristão precisa estar também atento ao meio ambiente?

Para começar a compre-ender o que é este evento e a participação dos batistas é preciso saber que: a Con-ferência das Nações Uni-das sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, será realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. A Rio+20 é assim conhecida porque marca

Durante os dias da Rio+20 diversas ongs, grupos sociais e empresas, estarão também discutindo e trazendo à toa assuntos relacionados. E os batistas não poderiam ficar de fora deste movimento, enten-dendo que é missão dos ho-mens o cuidado com o meio ambiente, assim como está em Gênesis 2.15. Por isso, o De-partamento de Ação Social da Convenção Batista Brasileira está promovendo algumas dis-cussões e mostrando exemplos práticos de como as igrejas batistas podem realizar movi-mentos ecológicos, no dia 23 de junho haverá o evento Rio +20 e os batistas no Seminário do Sul, no Rio de Janeiro.

Para saber mais aces -s e o p o r t a l d a C B B : www.batistas.com/rio+20

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Rua Senador Furtado, 56 - CEP 20270-020 - Rio de Janeiro - RJ).

Cartas dos [email protected]

Dons espirituais• Nas minhas tardes de do-

mingo me alegro com cada página do jornal, e confesso aos senhores que o colunista Pr. Isaias Lins, tem me cha-mado muita atenção com os seus artigos dos dons espiri-tuais.

Ao meu ver a lucidez e perspicácia deste pastor as-sociada ao seu caráter impo-luto de profissional simples e humilde, é a prova clara de que é possível resgatar o verdadeiro conceito dos dons, haja visto que infeliz-mente muitas igrejas neo--pentecostais deturpou o teor teológico na palavra de Deus quando o assunto são dons, e outras igrejas ditas clássicas não acreditam nos dons.

Na minha opinião essas igrejas precisam de uma re-ciclagem espiritual urgente. Creio que estes artigos são as respostas de Deus para o povo Batista, pois “Acerca dos dons espirituais, não

quero, irmãos, que sejais ignorantes” 1 Cor. 12.1.

Agradeço ao conselho edi-torial de O Jornal Batista por me proporcionar o alimento espiritual através dos artigos, com destaque a série dos dons espirituais.Que as ma-

nifestações do Espírito Santo possam continuar presentes na nossa denominação.

Tiago de Jesus SouzaMestre em Geotecnia-USP

Igreja Batista do Povo (Vila Mariana-SP)

Regulamentação das drogas• Gostaria de complemen-

tar o que foi muito bem es-crito pelo Dr. Cacau de Brito na última edição de O Jornal Batista, dizendo que os líde-res dessa campanha de regu-lamentação das drogas pare-cem não estar atentos ao fato de que se isto for efetivado, o que hoje nós chamamos de tráfico de drogas passaremos a falar do contrabando de drogas. Pois no nosso país a pirataria e o contrabando são crimes presentes no dia a dia e, fatalmente, não ha-veria redução no consumo, pois o produto irregular seria comprado mais em conta já que não serão recolhidos impostos devidos e os usu-ários sempre procurariam melhores preços, mesmo que corram riscos como já acon-tece na atualidade.

Dr. Vinícius Antunes Menezes

Macaé, RJ

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

RIO + 2e os batistas

3o jornal batista – domingo, 17/06/12reflexão

Noélio DuarteEscritor, Educador, Pastor, Membro Titular e Capelão da Academia Evangélica de Letras do Brasil – AELB

Um montanhista se preparou durante muitos meses para a escalada de uma

desafiadora montanha e, para isto, adquiriu todos os equi-pamentos necessários. De-pois de muitos treinamentos e preparativos iniciou a sua penosa e solitária jornada rumo ao topo.

A subida era lenta, mas gra-dual. Ele olhava para cima e o cume daquela montanha o fascinava e desafiava. O esfor-ço era gigantesco e hercúleo, porque além de desafiar a gravidade com o peso do seu corpo, também levava consi-go os equipamentos necessá-rios. Tudo era difícil naquela caminhada. O frio era intenso e o vento cortava o rosto e havia muita neve pela trilha. O desafio era grande, mas o seu sonho era maior.

Na base da montanha esta-va a sua equipe monitoran-do cada espaço, cada trecho da subida. E os apoiadores, com seus potentes binóculos, acompanhavam cada pas-so. Isto gerava confiança ao montanhista que tinha certeza que, se houvesse falha em alguma etapa a equipe estaria ali para o apoio necessário. Seguia sempre pensando na

conquista daquele cume, ele se esforçou até que conse-guiu o seu grande intento, seu objetivo maior. Fotografou aquele raro momento e se comunicou com o seu pes-soal avisando que já estava anoitecendo e que começaria a descida.

E assim o fez. Se para subir a força é necessária, para descer a habilidade é a exigência. E no momento da descida começou a chover fino, logo veio a tempestade de neve. Mas, de longe, seus monito-res acompanhavam tudo de forma satisfatória. Entretanto, a chuva aumentou de tal for-ma que a visibilidade ficou totalmente comprometida. E pelo rádio ele ouvia: “vá pela esquerda... agora para a direi-ta... um pouco mais acima... cuidado com a pedra embai-xo...”. Porém, com o aumento da neve, o campo de visão do montanhista e de sua equipe ficara reduzido. Estava muito escuro. E de repente, a pedra onde estava firmado se soltou e ele foi projetado para baixo, ficando pendurado apenas pela corda.

Pelo rádio ele ouviu: “Es-tamos acompanhando você e vamos dar todas as coor-denadas para que você volte seguro... Neste momento você precisa de um abrigo, portanto, solte a corda! Corte a corda!”. Mas ele confiava muito em sua corda... Soltar a corda, jamais! Enquanto isto

seus monitoradores gritavam: “Você está em segurança, mas solte a corda!”. Ele não atendeu ao comando... Nesse momento a chuva e a neve aumentaram de tal forma que eles perderam o contado com o montanhista. O frio era intenso e a neve mais ainda.

Até o socorro chegar onde o montanhista estava levou muitas horas. Quando a equi-pe chegou ao local, ele esta-va morto por congelamento. Ironicamente, abaixo dele há apenas dois metros havia um platô que dava acesso a uma pequena caverna.

O Salmo 82 de Asafe, regis-tra de forma ilustrativa: “Eu disse: Vós sois deuses...”. Ele interpreta bem aquilo que o ser humano imagina que é. E isto acarreta um problema comum: a auto-suficiência. Nós nos bastamos. Nós con-fiamos muito em nós mesmos. Nós controlamos tudo, por isso não soltamos a corda da nossa vida.

Mas o projeto de Deus para nós é que confiemos nEle totalmente. E quanto mais o ser humano confia em Deus, mas Ele dá respostas suficien-tes e eficientes. Apenas pre-cisamos confiar. Mas não o fazemos. Queremos resolver tudo à nossa maneira, sem consultar o Senhor. Quando adoecemos, antes de bus-carmos o Senhor, já estamos indo em direção à farmácia ou ao médio para buscarmos

o socorro. Os medicamen-tos e os médicos são essen-ciais, mas a confiança em Deus deve sobrepujar a tudo. Quando as coisas não vão bem no trabalho, tomamos a frente de tudo, vamos até o supervisor ou ao diretor, e usamos toda a nossa veemên-cia para que o problema seja solucionado e apenas depois oramos, pedindo ao Senhor que interceda na situação.

No Salmo 37.5 está escri-to: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle e o mais Ele o fará”. No texto, há três verbos significantes para a nossa vida: Entrega, confia e fará.

Entrega. Nós, seres huma-nos temos muita dificuldade em entregar alguma coisa, principalmente no campo es-piritual. Nós não permitimos que o Senhor controle a nossa vida, os bens, os filhos, os relacionamentos, a profissão e o nosso futuro. Oramos por tudo isto, sim, apenas não entregamos ao Senhor. E Deus quer que contemos a Ele toda a nossa desdita e sofrimento, mas também os sonhos. Entregar é colocar tudo no altar e não trazer de volta. E precisamos fazer isto com urgência!

Confia. Confiança é um atestado de capacitação do outro para resolver ou orien-tar determinada situação para nós. Quem é o Deus em quem confiamos? É o cria-

dor, sustentador, doador, perdoador. Ele não muda e não é homem para mentir. Não dorme e defende todos os Seus filhos. É o mesmo ontem, hoje e eternamente. Haja o que houver é certo que Deus continuará cui-dando, como sempre fez ao longo da nossa vida. Ele não falha. Ele é fiel!

Fará. Deus não é uma figura inerte e passiva. Ao contrário, é ativo, dinâmica e continua trabalhando dia e noite pelos Seus filhos. Ele está atento à cada oração. Deus é amor e isto o impele a vir em nossa direção todos os dias. Não muda e está sempre no mes-mo lugar: assentado em Seu sublime trono. Nós é que pela nossa fragilidade mudamos sempre.

E todos os dias o Senhor está pedindo, suplicando: “Solte as cordas de sua vida, deixe-Me controlar tudo!”. Sim, Ele quer controlar a nos-sa vida, os nossos projetos, os negócios, a família, as finan-ças, o presente, o passado, o futuro... Ah, quando resol-vermos atender a sugestão de Davi e “entregarmos o nosso caminho ao Senhor e confiar nEle...”, aí andaremos por um caminho de paz, calma, bem-estar, saúde, alegria, salvação, motivação e rea-lização. É simples: entrega, confia porque o mais, aquilo que não sabemos, Ele fará por nós.

4 o jornal batista – domingo, 17/06/12 reflexão

Também disponível emversão acompanhada da

Bíblia Sagrada(Revista e Corrigida)

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Manoel de Jesus ThePastor e colaborador de OJB

A conversa de Jesus com Nicodemos foi registrada pelo evangelista João.

Por mais que Jesus o condu-zisse a reconhecer a necessi-dade de arrependimento, não conseguiu. O arrependimen-to é uma questão que envol-ve amor. João interpreta, ao terminar a conversa, onde residia o problema. “A Luz veio ao mundo e os homens amaram as trevas em lugar da Luz”.

O arrependimento só acon-tece quando há uma troca de amor. Nas igrejas onde frequentei, sempre havia pes-soas mais dispostas a servir do que a arrepender-se. Ser-vir tem muitas motivações (algumas até carnais), mas arrepender-se só tem uma: o amor. Ou amo a Deus ou amo o pecado. É impossível amar a Deus e o pecado ao

mesmo tempo. Em I João 2.15, o evangelista diz a mes-ma coisa. Ele afirma: “Se al-guém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”.

O amor de Deus é exclusi-vo. João 3.16 esclarece tudo. Através de seu Filho Deus se humilhou. E por que se humilhou? Por amor. Em consequência de seu amor por nós, Ele veio ao mundo na pessoa de seu Filho. Ele sofreu sem merecer. E por que sofreu? Por amor a nós. Como prova de nosso amor a Ele, o que Deus espera de nós? Arrependimento.

Vamos a uma aplicação prática do que estamos afir-mando. Nós, os batistas, temos depositado fé no nos-so crescimento, em progra-mas, estratégias, campanhas (bem... é melhor que nada fazer), mas o crescimento tem sido pequeno. E qual é a causa? Falta arrepender--nos da nossa falta de amor. Falta amor para com a vi-

zinhança de nossas igrejas locais, aos nossos parentes e amigos (e até para com os irmãos). Agimos como? Como se fossemos juízes. A Igreja só julgará o mundo na volta de Cristo, não ago-ra. Agora precisamos nos arrepender da falta de amor a Deus, que redunda, ao mesmo tempo, na falta de amor aos que não estão em Cristo. Veja o que acontece com nossos sentimentos com relação aos não con-vertidos. Julgamo-nos me-lhores do que eles, por não fazermos as coisas que eles fazem. E por isso os conde-namos. Esse sentimento de juízo afastam as pessoas de nós. Alguém perguntará: Bem, como vamos falar de arrependimento se não lhes informarmos de que o que fazem é errado? Pergunta errada, provinda do nosso orgulho. Por que Nicode-mos não se arrependeu? Por que se julgava melhor

que as outras pessoas. Ele jejuava, praticava a Lei, en-sinava os outros a respeito do novo nascimento (ritual que os gentios tinham de passar e que os doutores da Lei lhes ministravam). Os gentios tinham de decorar algumas orações, serem mergulhados (pois os gen-tios foram mergulhados na travessia do mar), e passar pela circuncisão, e isso era chamado novo nascimento. A pergunta surgia na cabe-ça de Nicodemos: Ele não pode estar falando de mim. E não é isso que pensamos de nós mesmos?

O não convertido só vem a Deus através de nossa mani-festação de amor por ele, não da nossa manifestação de que somos melhores do que eles. O que o mundo tem neces-sidade é de amor, e quando percebem que os amamos, querem saber por que os amamos, e descobrem que o amor que temos por eles, tem

origem em Deus. Aí vem o arrependimento. Eles pergun-tam a si mesmos: Por que não amamos como eles se amam e nos amam? Arrependem-se do seu orgulho na salvação pelas obras, da sua falta de amor, do seu amor pelas tre-vas, ao invés de amor a Deus. É um mistério que se revela. O crente é como o vento. Ninguém sabe explicar o que ele é, e porque ele é o que é. Isto está na conversa de Jesus com Nicodemos. A resposta que Deus espera do seu amor por mim, é essa. Ou seja, que eu ame o pecador como Ele me amou. E como me amou? Dando seu Filho para ocupar o lugar que era meu no Cal-vário. Essa é a resposta que tem faltado darmos a Deus. Devemos amar o próximo, como Ele nos amou. É isso que o mundo está esperan-do ver em cada um de nós. Como espero que Deus e o meu próximo, vejam isso em mim!

5o jornal batista – domingo, 17/06/12reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

O irmão Edson Sou-za é um membro ativo e dedicado na Primeira Igre-

ja Batista de Irajá, adminis-trador do acampamento da Igreja. Há mais de 13 anos, ele possuia um armazém no endereço onde reside até hoje. Ele mantinha sobre o balcão da venda, um vidro de balas para vender à peti-zada. De repente, começou a frequentar a loja um menino de seus nove anos. O guri entrava, nada comprava e nada dizia. Ficava em pé caladinho junto ao balcão. O irmão Edson percebeu que o pote de balas estava sendo mexido e se pôs a observar. O pequeno frequentador do armazém se postava sempre perto do pote e ali ficava bem quietinho. Um dia, o irmão Edson fez que saia da loja e ficou na espreita. De repente, o menino enfiou a mão no pote e apanhou um bom punhado de balas. O irmão Edson o segurou pelo braço e o levou para a mãe do garoto, conhecida mãe de santo que possuia um terreiro perto do armazém. Chegou segurando o menino pelo braço e disse: “Olha, o seu filho está roubando balas na minha venda”. Em resposta, a mulher começou a xingar o irmão Edson de tudo o que é palavrão, em altos brados, dizendo que ele era um de-saforado ao vir fazer queixa do menino. Envergonhado, o irmão Edson voltou para o seu posto de trabalho.

No dia seguinte, ao abrir a loja, ele se deparou com o horror. A porta de aço do ar-mazém estava toda cheia de fezes humanas. Edson levou o dia todo para lavar com creolina o ambiente e nem pode abrir o negócio naquele dia. No dia seguinte, ao abrir a loja, deparou-se com um monte de excremento bem na soleira da porta. A cena se repetiu por sete dias seguidos e ele, pacientemente, todos os dias se punha a lavar a cal-

çada antes de abrir a venda, sem nada reclamar, embora soubesse, claro, a origem de tanta sujeira. De repente, a mãe de santo sumiu e não foi mais vista no local. Mudou--se com altares e congá para outro bairro e o irmão Edson continuou trabalhando no seu armazém.

Doze anos se passaram. Numa bela manhã, aquela mesma mulher entra na loja. Ele a reconheceu logo, em-bora ela estivesse bem arru-mada, remoçada, sorridente. Aproximou-se do dono da venda, abriu os braços para um abraço e disse: “Irmão Edson, eu vim aqui para lhe pedir perdão pelo mal que eu lhe fiz doze anos atrás; agora eu aceitei Jesus, Cristo transformou o meu coração, tirou toda a ruindade de den-tro de mim e fez de mim uma nova pessoa; vim lhe pedir perdão; agora somos irmãos em Cristo e eu sou diaconisa da Assembleia de Deus”. Como essa mulher estava diferente. Até o seu timbre de voz tinha mudado. Conversaram um pouco e a ex-mãe de santo falou: “Sabe, irmão, a sua atitude de paz e

de humildade diante de todo o mal que eu lhe fiz, muito me impressionou. Pensando na maneira como o irmão re-agiu na ocasião, sem revidar, sofrendo calado, eu pensei: Tem alguma coisa diferente na religião da Bíblia. Hoje estou aqui, salva por Jesus por causa do seu testemunho. Agradeço-lhe por tudo e que-ro que o irmão diga que me perdoa”.

Edson respondeu: “Eu já perdoei a senhora doze anos atrás. Nada tenho mais que perdoar, mas agradeço a Deus porque a sua vida foi alcançada pela graça da salvação; que Deus a abençoe”. Despediram-se, a mulher se foi, mas no co-ração do irmão Edson ficou a gratidão a Deus por sua infinita misericórdia porque só pela misericórdia de Deus é que Edson poderia ter agi-do como agiu. Ao ler esta história, Zênia, que conhece o irmão Edson e sua esposa Júlia, comentou: É, por mui-to menos a gente se irrita e perde a paciência, mas a atitude do Edson foi o que incomodou aquela mulher. É verdade, você sabe.

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

Há algum tempo, num programa de televisão nacio-nalmente conhe-

cido, uma celebridade veio a público e compartilhou parte da história de sua vida. Num ato de coragem falou da ex-periência de ter sido abusada sexualmente por pessoas pró-ximas à sua família. É muito triste ouvir depoimentos de pessoas que tenham sido ví-timas de abuso sexual.

A revista Veja (30.05.2012) relatou vários casos de pesso-as conhecidas que também foram abusadas na infân-cia ou adolescência, como Vanessa Williams, Oprah Winfrey, Joana Maranhão e tantas outras mulheres. É lamentável que a realidade do abuso sexual faça parte da história de vida de famosos e anônimos.

Como famílias precisamos estar atentos a este tema. Pre-cisamos saber mais, conver-sar mais em família sobre o assunto, especialmente com meninas e meninos. Embora seja um assunto difícil de se tratar, é preciso coragem e determinação para abordar de maneira clara, objetiva, preventiva e curativa. Nossas igrejas ainda podem fazer muito neste sentido. Pastores podem pregar sobre o tema e ministrar a muitas pessoas, que sofrem por terem sido abusadas.

O depoimento da celebri-dade foi importante tanto para ela mesmo, como para despertar a sociedade para este tema que tantas feridas tem causado nas famílias, trazendo consequências da-nosas para o indivíduo, espe-cialmente em sua identidade sexual, e para o futuro casa-mento.

Mas... só se esqueceu de três coisas importantes.

Esqueceu de pedir perdão à sociedade por algumas coisas que fez no passado, que também causaram pre-juízos, como por exemplo, ter participado de um filme em que aparece nua sobre o corpo de um menino. Es-queceu também de pedir perdão por ter posado nua para uma revista masculina. Quantas crianças foram, de maneira tão precoce, atingi-das por aquelas imagens? A celebridade também poderia ter aproveitado a oportuni-dade para pedir perdão às famílias por ter influenciado tantas crianças, levando-as a erotização precoce através de seus programas de tele-visão. Errar é humano. Seria muito nobre a celebridade ter aproveitado o horário nobre para pedir perdão à família brasileira por tais atitudes.

Fico triste quando cele-bridades vem a público e se pousam de vítimas e es-quecem que muitas vezes também causaram problemas psicológicos na vida de tan-tas pessoas, especialmente crianças, com suas imagens. Como é influente e sempre dá “ibope” a celebridade po-deria simplesmente falar com seus superiores na emissora e pedir uma nova aparição no programa nacionalmente assistido e, humildemente, reconhecer seus equívocos e pedir perdão à família bra-sileira.

Fazendo isso, sua contri-buição para o resgate dos valores familiares seria enor-me, além de mostrar que enquanto seres humanos podemos errar no curso de nossa vida, mas em tempo, podemos refazer o caminho e dar contribuições melhores para que tenhamos no Brasil famílias com valores mais elevados e cristãos.

6 o jornal batista – domingo, 17/06/12 notícias do brasil batista

7o jornal batista – domingo, 17/06/12missões nacionais

Redação Missões Nacionais

“A alma generosa engorda-rá e o que regar também será regado.” Prov. 11.25.

Com certeza, a dedi-cação de cada um, nestes “100 Dias que Impactarão o

Brasil”, é um grande bem que estamos fazendo ao Bra-sil e à nossa gente. Deus não se esquecerá disso e recompensará o seu povo com muitas bênçãos! Temos ouvido tantas notícias extre-mamente inspiradoras sobre estes dias: vigílias com mui-tos participantes, conversões de pessoas e de famílias intei-ras, maior compromisso com uma vida de oração e leitura da Palavra de Deus e um acentuado interesse na obra da proclamação do Evange-lho. Veja alguns relatos:

“Nossa congregação está engajada na Campanha SEJA LUZ e como resultado, temos

uma ovelha que entendeu a proposta”, declarou o mis-sionário Pr. Walter Azevedo. Sendo o único convertido em sua casa, vinha orando pela conversão da família e na pri-meira semana da campanha, convocou os pais e irmãos para a realização do culto em família. Em duas visitas que o missionário agendou em sua casa, toda a família se rendeu a Jesus. No primei-ro domingo de junho, toda a família foi apresentada à congregação. “Sabemos que esta é uma de abundantes bênçãos e vitórias que o Se-nhor vai dar ao seu povo”, declarou pastor Daniel Eiras, gerente regional de Missões Nacionais na região Sul do país, lembrando que é preci-so gastar mais tempo com o Senhor da obra e não apenas com a obra do Senhor.

Durante a vigília dos 100 dias de oração sob a respon-sabilidade da Igreja Batista Missionária do Maracanã, RJ,

Vládia Macri testemunhou da bênção que tem sido partici-par, junto a seu esposo An-dré, da campanha de oração: “A campanha fortaleceu a minha família. São momen-tos diários que paramos para orar, interceder juntos, como família, pelo nosso país, ge-rando em oração, pela fé, um lugar que será restaurado pelo evangelho, sendo, sem dúvida, um país melhor para a nossa descendência!

O meu coração foi cheio de um profundo amor pelo meu povo, pela minha terra, pela minha gente esquecida, pri-vada de seus direitos sociais, ignorados como cidadãos e que precisa ser alcançado pelo amor do Salvador!

Enfim, nosso ardor por mis-sões, por ver ‘os nossos’ res-taurados pelo poder transfor-mador de Jesus só aumenta, juntamente com o desafio de clamar, dia e noite, pelo nosso Brasil, e cumprir o ‘ide’ de Jesus!” Vládia já se ins-

creveu e é uma dos 100.000 voluntários da MEGATRANS, quando levará a mensagem do evangelho aos surdos.

Seja Luz na TVSua participação pode estar

na TV. Grave um pequeno vídeo sobre a participação de sua igreja nos 100 dias que impactarão o Brasil, ou ain-da um testemunho, poste no YouTube e envie o link para [email protected]. O material pode ser divulgado no bloco Participe com sua igreja do programa Seja Luz na TV.

MegatransA realização da MEGA-

TRANS, quando planejamos mobilizar 100 mil crentes para a evangelização de 2.500.000 pessoas, por meio da mobilização Jesus Trans-forma (tradicional) e a Trans Local, é o principal motivo desse esforço dos “100 Dias que Impactarão o Brasil...”.

Teremos duas modalidades: Trans tradicional, aquela em que o voluntário se inscreve no site da JMN www.sejaluz.com, paga a sua inscrição e escolhe a base em um dos estados do Brasil em que vai atuar. E a Trans Local, que é feita pela própria igreja que escolhe e treina os seus mem-bros para realizar uma TRANS em sua própria área de atua-ção. A igreja envia um e-mail para [email protected] e recebe todas as orientações, entre as quais, que materiais adquirir na JMN para o voluntário e para as atividades evangelísticas. O importante é que você parti-cipe desse desafio onde você mora ou em outras partes do Brasil. Ou nos dois: metade do mês em um lugar e outra metade ou alguns dias na sua própria localidade.

Prepare-se desde já para as excelentes oportunidades que surgirão durante estes “100 dias”.

SeJA Luz produz frutos

No dia 26 de ju-nho – “Policiais e Agentes de Se-gurança Públi -

ca”, os pastores e/ou grupos de crentes deverão agendar uma visita às delegacias,

presídios ou postos poli-ciais da cidade e terem um tempo de oração com este importante segmento de nossa sociedade. No dia 30 de junho – “Fidelidade Con-jugal” as igrejas deveriam

promover um encontro com os casais para um tempo de oração e confraterniza-ção juntos, mesmo que não pudessem ter uma palestra ou debate valorizando a fidelidade conjugal. Pode-se

também convidar casais não crentes ou cônjuges não convertidos para estarem presentes. Assim estaria criada uma excelente opor-tunidade também evange-lística.

Nesta próxima semana, no dia 20 de junho – “Terceira Idade”, já desafiamos os irmãos a promoverem um chá com a Terceira Idade da igreja. Amigos e vizinhos desses irmãos poderiam ser convidados para receberem amor, carinho e a mensagem salvadora de Jesus Cristo. No 61º dia - “A Importância da Oração no Dia a Dia da Família Pastoral” seria bom que cada pastor pudesse reunir sua família para uma celebração especial, fazendo um lanche na própria casa ou saindo para terem um lanche fora, na medida da possibilidade, ocasião em que os pastores expressa-riam com palavras e ações a grande contribuição da fa-mília em seu ministério. De um modo geral, as famílias são grandes ajudadoras e cooperadoras no ministério pastoral. Outra sugestão é a liderança da igreja convidar a família pastoral para um encontro na casa de um des-ses líderes, sendo um grande momento de gratidão para com a família pastoral.

Que Deus nos ajude a fazer o melhor, colocando em prática os motivos de oração. Ele será honrado e pessoas e famílias serão abençoadas!

Semana de 18 a 24 de junho (57o ao 63o dia)

Sugestões para os 100 Dias que Impactarão o Brasil

8 o jornal batista – domingo, 17/06/12 notícias do brasil batista

Redação JBB

Chamamos geração o grupo de pessoas nascidas em deter-minada época, que

traz um mesmo modelo de comportamento e tendências e que reproduz este compor-tamento na sociedade. Nas-cida dentro de um contexto histórico, tem características singulares, fruto da influência do processo histórico em que estão.

Desde que o mundo é mundo, quando Deus criou todas as coisas, vivemos em desenvolvimento. Mudanças acontecem o tempo todo. Não ficamos estáticos, nos movimentamos. Criamos, aperfeiçoamos, descobrimos, alcançamos e nos desen-volvemos. Com isso, cada geração tem a oportunidade de experimentar algo novo.

É comum que fique a cargo das novas gerações introduzi-rem novos modelos de com-portamento na sociedade. Elas carregam em si a sede de descobrir algo novo, aventu-rar-se no desconhecido.

A geração jovem atual é antenada, tecnológica e pós-

implantação de ministério de surdos, libras básico e artes.

Como preletor oficial tive-mos o pastor Carlos Eduardo, da PIB de Vila da Pinha, RJ, além de outros preletores, todos surdos. Foram palavras que falaram ao coração de todos os participantes, mui-tos surdos se renderam aos pés de Cristo em vários mo-mentos da programação. Em parceria com a JBB, a JMN esteve na direção do culto de encerramento, representada por Marília Moraes, peda-goga em educação especial de surdos. Cada participante foi desafiado a atender ao chamado missionário que Cristo nos convida e muitos

-moderna. Não aceita limites e não se dá bem com hie-rarquias. Está nas redes so-ciais, conectando-se através do computador e criando um ambiente virtual muitas vezes caótico. Uma experi-ência totalmente nova que mudou a forma de se rela-cionar das pessoas.

Vivemos mudanças, es-tamos em movimento e es-crevemos a história. A nova geração tem um papel im-portante neste processo e, como jovens cristãos, pre-cisamos ter consciência de que podemos influenciar este novo tempo nesses três aspectos.

Enquanto o mundo vive mudanças que demonstram a decadência do homem e seu afastamento de Deus, sabemos que uma mudança significativa só é experimen-tada através de Cristo e de um relacionamento real com Ele. Enquanto o mundo se movimenta, sem saber no que vai dar e para onde ir, sabemos que somente em Cristo nos movimentaremos no caminho certo, criando uma onda que nos levará a viver o propósito de Deus

para nós. Enquanto o mundo escreve uma história em que Deus não está mais sendo convidado a ser o autor, temos a convicção de que sem Ele não teremos um final feliz.

Jovens que vivem uma mudança radical em suas vidas, movimentam-se para Cristo e escrevam a história do Reino de Deus.

MudançaEstamos em um mundo

totalmente novo. Não es-crevemos mais cartas e sim e-mails. Não nos telefona-mos, mandamos SMS ou deixamos recado no face-book (o msn já está ficando para trás!). Ouvimos MP3 e a maioria dos adolescentes já não sabe o que é um disk-man, nome dado pela Sony para o primeiro leitor de CD`s portátil.

Com o avanço da ciência e da tecnologia, mudan-ças grandes aconteceram e continuam a acontecer. Chegamos à lua, mas quere-mos ir à Marte, quebramos recordes no esporte, mas queremos ser mais rápidos e ágeis, descobrimos como

ficar mais jovens e bonitos, por isso queremos viver mais neste mundo. O homem pós-moderno busca mudan-ça na tentativa de ser mais feliz, pois não suporta ficar com o vazio que tem.

Diante desta inquietação, precisamos deixar Jesus mudar o nosso coração e a nossa vida. Permitir que seus princípios e valores nos tomem por completo! Tia-go 1.17 nos diz: Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes. Temos um Deus que não muda e que não tem varia-ção; porém nós precisamos de mudança. Se for para alguma mudança acontecer, que primeiramente seja atra-vés de Cristo e para sermos mais parecidos com Ele.

“Fui crucificado com Cris-to. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” Gál. 2.20.

Uma geração jovem trans-formada por Cristo está com-

Redação JBB

Nos três primeiros dias de junho, a Juventude Batista Brasileira esteve

na Primeira Igreja Batista de Arraial do Cabo realizando o “Adoração 100%”. Este con-gresso foi um marco na vida dos que estiveram lá. Surdos e ouvintes de todo Brasil estiveram juntos expressan-do sua adoração ao Senhor através da língua de Sinais, aprendendo e compartilhan-do as experiências de sua realidade em pequenos gru-pos e aprimorando seus co-nhecimentos em oficinas de teatro, música, evangelismo,

Geração Jovem:

Adoração 100%

Mudança, Movimento e História

9o jornal batista – domingo, 17/06/12notícias do brasil batista

prometida em viver como Cristo. Vivendo como Ele, transformaremos o que esti-ver ao nosso redor e nos mo-vimentaremos em direção a sua soberana vontade.

MovimentoO mundo está mudando e

mudança sugere movimen-to. Uma dona de casa que quer mudar os móveis de lugar precisa movimentá-los. Uma pessoa que quer perder peso precisa movimentar-se, fazendo exercícios físicos e cuidando da alimentação.

Movimento na física é va-riação da posição de um objeto. Na filosofia, é a mu-dança da realidade. Hoje vemos muitos movimentos surgindo para mobilizar as pessoas para causas distin-tas. E o que pode sugerir movimento para nós, jovens cristãos?

Viver o evangelho é viver em constante movimento. Esse que nos leva para cruz, para o arrependimento e para a santidade. É lutar con-tra a estagnação, seguindo o Caminho, mesmo que atra-vés da porta estreita. É sair da posição de pecador para

a de povo santo. É mudar nossa realidade para a nova realidade em Cristo.

“Nele (Cristo) temos a re-denção por meio de seu san-gue o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus, a qual Ele derramou sobre nós com a sabedoria e entendimento. E nos revelou o mistério da Sua vontade, de acordo com Seu bom propósito que Ele estabeleceu em Cristo, isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos” Ef. 1.7-10.

O movimento de Deus para a humanidade é fazer conver-gir em Cristo todas as coisas. No fim de tudo a corrida que vai valer a pena será a que foi corrida em direção a Jesus. Aos nos movimentarmos para Cristo, nos movimentaremos uns para os outros.

HistóriaAs histórias infantis não

são mais as mesmas, nossas crianças mudaram e talvez hoje, a Branca de Neve e a Bela Adormecida não façam mais tanto sucesso diante do

surdos se dispuseram a viver a missão de evangelizar e discipular outros surdos.

Durante os dias de con-gresso tivemos a presença de ouvintes que conheciam pou-co sobre o universo surdo, e que saíram de lá impactados com a forma de adoração, expressão de louvor e im-portância da palavra que os surdos mostraram. Ao final dos cultos tivemos mo-mentos de recreação com os Locomotions, um grupo de entretenimento do Rio de Janeiro onde, juntos, surdos e ouvintes puderam desfrutar e compartilhar momentos de descontração e diversão. Este congresso nos mostrou

Ben 10 e das Meninas Super Poderosas.

A nova geração é uma geração que se diz dona da sua história, mas aonde queremos chegar com o que estamos escrevendo? Que tipo de história está sendo contada?

Jesus era um excelente con-tador de histórias. Através de suas parábolas, ensinava as verdades do evangelho de forma simples, em que as-pectos do dia a dia inseridos aproximavam os ouvintes, cativando-os. A maior his-tória de amor que já existiu também foi contada por Cris-to desde o início de todas as coisas e a Bíblia é a narrativa deste relato: A história de amor entre Deus e o homem.

O maior erro dessa gera-ção é deixar Deus de fora de suas histórias. A geração jovem de hoje, que encara as mudanças mais profun-das, vividas até aqui e que se movimenta sem rumo, quebrando todos os limites, precisa entender que ao es-crever sua história precisa olhar para Cristo, permitindo que Ele esteja com a caneta na mão.

claramente a palavra com-partilhada por Jesus, onde ele diz que: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadei-ros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (João 4.23-24). O que nos fez refle-tir que a beleza da adoração não está no som, pois nos foi possível viver mais de Deus na ausência do mesmo, ado-rando através de movimen-tos, compreendo pelo olhar e sentindo a doce presença de Cristo no coração de to-dos nós.

“Portanto, também nós, uma vez que estamos rode-ados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseveran-ça a corrida que nos é pro-posta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergo-nha, e assentou-se à direita do trono de Deus. Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem desanimem” Heb. 12.1-3.

Geração jovem, precisa-mos perseverar em escrever nossa história com Cristo, pois o grande final está perto! O desfecho será dado e aque-les que não retrocederem, se alegrarão com o Rei.

Ao mudar, mude para ser como Cristo.

Ao se movimentar, movi-mente-se para se compro-meter com Cristo e com Seu Reino.

Ao escrever sua história, que seja uma grande aventu-ra com Deus!

Geração Jovem:

Adoração 100%

Mudança, Movimento e História

10 o jornal batista – domingo, 17/06/12 notícias do brasil batista

Departamento de Ação Social da CBB

“Na esperan-ça de que a p r ó p r i a criação será

redimida do cativeiro da cor-rupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora” Romanos 8.21-22.

O ano de 2011 foi mar-cado entre os batistas bra-sileiros pelo convite a uma vida plena através do uso consciente do meio ambien-te. Sabemos que o meio am-biente comporta o conjunto de condições naturais que contribuem para a existência e sobrevivência dos seres vivos, inclusive dos seres humanos. Por muitos anos vivemos como exploradores inconsequentes do planeta. Mas o gemido da criação chegou a um volume tal que passou a incomodar aqueles que desejam fazer a vontade de Deus.

Francisco Bonato PereiraPastor e colaborador de OJB

O Rev. Ney Ladeia, pastor da Igreja Batista da Capun-ga, no Recife (PE),

recebeu o Título de Cidadão do Recife, outorgado pela Câmara Municipal do Recife, no dia 25 de abril de 2012, em solenidade realizada na “Casa de José Mariano”.

Estiveram presentes à so-lenidade autoridades civis, militares e religiosas: repre-sentando a família Batista, a professora Daisy Correia, Secretária da Convenção Ba-tista Brasileira (CBB); o pastor Joel Bezerra, Presidente da Convenção Batista de Per-nambuco (CBPE); o pastor José Almeida Guimarães,

A Igreja Batista de Tauá, no Rio de Janeiro, compreendeu a importância de obedecer a ordem de Deus dada em Gê-nesis 1.26, a qual confere ao homem a responsabilidade pela administração de tudo que foi criado pelo poder da Palavra de Deus e que no olhar Divino era muito bom!

No princípio criou Deus os céus e a terra (Gêneses 1.1). Como negligenciar o trabalho do próprio Criador? Foi o reconhecimento do poder de Deus em fazer sur-gir pela palavra de sua boca o ambiente mais perfeito e

Presidente Emérito da CBB e da CBPE; o pastor Baruch da Silva Bento, Presidente Emérito da CBPE; o diácono Lyncoln Araújo, Diretor do STBNB; o pastor Marcos Aze-vedo, representante da JMN; o pastor João Virgilio Ramos Andre, professor do STBNB; os vereadores Luiz Eustaquio e Erivaldo Silva, pastores e membros de Igrejas Batistas, familiares e amigos.

O Vereador Luiz Eustáquio (PT), autor da proposta, disse que a homenagem é reflexo do trabalho social e espiritual do pastor Ney Ladeia, não apenas como pastor da Igreja Batista da Capunga, no Recife, mas por seu trabalho no Esta-do, como Secretário Geral e Presidente da CBPE por vários mandatos. Concluiu dizendo:

complexo para servir de casa para o homem que motivou a Igreja a colocar em prática as diretrizes bíblicas.

Assim, como cooperado-res, os membros da Igreja não mediram esforços para recolherem materiais, tais como: papelão (1.248.5 kg), garrafas pet (674.3 kg), plás-tico filme - sacolas plásticas (322.0 kg), tetra pak - cai-xinha de leite (100 kg), óleo usado (30 litros) e latinha de alumínio (20 kg). Além dis-so, receberam sementes de diversas árvores para plantar a fim de reduzir o déficit de

“É de uma grande felcidade, como cristão, honra e prazer poder homenagear um amigo querido, um nordestino com-petente e trabalhador”.

O pastor Ney Ladeia agra-deceu o título outorgado, ci-tando as pessoas que fizeram parte da sua jornada de vida, agradecendo à Câmara Muni-cipal a homenagem, que disse receber em nome da Igreja e dos Batistas de Pernambuco. O homenageado, com a voz embargada, agradeceu a Deus, à familiares e aos amigos pre-sentes as dádivas recebidas. Deixou escapar uma crítica ao projeto de viadutos projetados para a Avenida Agamenon Magalhães os quais, na sua visão, prejudicarão o acesso ao templo da Igreja Batista da Ca-punga: “O viaduto do Parque Amorim vai destruir a Praça Pastor Munguba Sobrinho, defronte do templo, prejudi-car o acesso e comprometer a visibilidade do templo.”

Concluiu o pronunciamen-to dizendo ter uma dívida eterna com a cidade. “Tenho uma dívida com essa cidade. O Recife me fez conhecer grandes mestres, me deu a família que tenho hoje. Aqui meu sonho de ser pastor se tornou realidade, em meio a

reflorestamento no nosso Brasil, principalmente na re-gião Sudeste. Também foram conscientizados na prática dos 5 R’s: Reduzir, Reuti-lizar, Reciclar, Reeducar e Replanejar.

Todo o material recolhido semanalmente durante o ano foi entregue a Cooperativa de Catadores do Galeão através de um acordo de cooperação assinado num Culto especial com ênfase no Meio Am-biente e participação dos co-operativados. No Natal eles também foram convidados, junto com suas famílias, para

um povo que precisa ser pas-toreado, mas que sabe disso e se deixa cuidar”.

Baiano de Itapetinga, o pastor Ney Ladeia reside no Recife desde o início de seu curso no Seminário Batista do Norte (STBNB) em 1984, estando fora do Estado en-tre 2003 e 2005, quando residiu com a família nos Estados Unidos para cursar

participarem de um Culto de Celebração, tendo ao final uma ceia de Natal e presen-tes para todos eles.

Mas, em que es tamos dando Graças a Deus? O apóstolo Paulo responde em Colossenses 3.17 “E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. Deus seja louvado por um povo que se dispõe em viver de forma a glorificar o nome de Jesus através de um novo modelo de consciência am-biental cristã.

o doutorado. Ney Ladeia é casado com a alagoana Alice e tem duas filhas nascidas no Recife - Tamyres e Ana. Há dois anos, o pastor recebeu o Título de Cidadão de Per-nambuco e agora recebe da Câmara Municipal a outorga da cidadania recifense.

Ao Senhor toda honra e glória sejam dados agora e para sempre. Amém.

Meio Ambiente: um meio para a igreja dar graças a Deus

Acordo entre cooperativa e a Igreja Batista de Tauá é assinado em culto Membros da Cooperativa de Catadores do Galeão participam de culto

Pastor Ney Ladeia recebe Título de Cidadão do Recife

Pr. Ney Ladeia recebe titulo de Cidadão do Recife das mãos dos Vereadores Luiz Eustaquio e Erivaldo Silva

Pr. Ney Ladeia agradecendo a honraria, debaixo das bandeiras do Brasil, de Pernambuco e do Recife

11o jornal batista – domingo, 17/06/12missões mundiais

Pr. Anatoliy ShmilikhovskyyMissionário em Lviv, Ucrânia

De 27 de abril a 7 de maio, visitamos alguns países dos Bálcãs, sondando

possíveis campos missioná-rios. Há muito tempo eu já ouvia falar sobre a grande ne-cessidade de reforço missioná-rio para os países balcânicos. A região tem sido considerada como cemitério para os mis-sionários. Como ucraniano, sempre tive o sonho de visitar aquela região, pois temos as mesmas raízes eslavas.

Estivemos na cidade de Novi Sad, no norte da Sérvia e onde fica a maior igreja do país (150 membros). Des-cobrimos que no país, cuja população é de quase 10 milhões de habitantes, há apenas uma dúzia de igrejas batistas e todas na região norte. Na capital, Belgrado, não há nenhuma igreja evan-gélica, apenas alguns grupos pequenos sem nenhum con-tato entre si.

Ali conhecemos um mis-sionário sérvio que dedicou

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

Os missionários André e Verôni-ca Bahia auxilia-ram o Exército

Brasileiro em uma ação de cooperação civil-militar na favela de Cité Soleil, a maior de Porto Príncipe, capital do Haiti. A ação aconteceu no final de maio e teve o objeti-vo de comemorar o Dia das Mães, que é comemorado no último domingo do mês.

“O evento foi marcado por palestras para as mães e ações recreativas para as crianças”, conta o casal de missionários, que ajudaram na capelania militar e na co-ordenação de cinco oficinas infantis. “Cerca de 60 mães e 120 crianças participaram”, acrescentam.

Esta iniciativa em Cité So-leil fez parte das operações de pacificação desta que é a maior favela do país caribe-nho, onde uma força de paz da ONU comandada pelo Brasil está presente desde 2004.

20 anos de sua vida para plantar cinco congregações na região. Esse homem co-nhece de verdade os desafios da evangelização no país. Ao perceber sua grande necessi-dade, perguntei por que ele não pedia ajuda às igrejas nacionais. Sua resposta foi: “Aqui cada um é por si. So-mos poucos e estamos dividi-dos. Temos duas convenções batistas. Fiz um pedido, mas eles não me responderam e nem ajudaram”.

Voltamos tristes para a parte central do país, onde visitamos o Seminário Teo-lógico Batista de Belgrado, e ficamos felizes ao vermos um grupo de 30 seminaristas vindos de vários países bal-cânicos. É impressionante a visão missionária do jovem reitor daquele seminário. Nos finais de semana, ele leva um grupo de seminaristas para mobilizar igrejas locais. Ao mesmo tempo, eles vão ao centro de Belgrado para realizar evangelismo de rua.

Na Bósnia, há inúme-ras mesquitas. Em Saraje-vo, conversamos com um missionário americano que

Missionários estão no Haiti desde abril

O pastor André Bahia, sua esposa, Verônica, e suas duas filhas, Jéssica (8) e Sara (4) che-garam ao Haiti no final de abril, onde foram recebidos oficial-mente como missionários pela Conexão das Igrejas Batistas do país ao participarem de um culto na Igreja Batista de Cotah, em Porto Príncipe.

Durante este tempo de adap-tação ao novo campo, os mis-sionários receberam a visita

mora ali há 35 anos. Um in-telectual nato, muito simples e humilde, que não abando-nou a região nem durante os bombardeios de 1995. Ele nos deu uma importan-te aula de história cultura, sociologia e religiosidade. Somente aí começamos a entender melhor sobre os desafios missionários da re-gião balcânica. Geralmen-te as agências missionárias querem resultados rápidos. Neste contexto pode levar anos para a conversão de uma pessoa.

Existem apenas 350 evan-gélicos na Bósnia, país com quase 4 milhões de habitan-tes, a maioria muçulmana. No país todo, há somente cinco igrejas batistas. A maior delas, em Sarajevo, tem 40 membros!

No final da nossa viagem, à região central da Bósnia, onde visitamos uma igreja bastante dinâmica, com 15 membros. Há algumas sema-nas, através de um grupo de quatro brasileiros que havia visitado a igreja, eles ficaram sabendo sobre o crescimento do Evangelho no Brasil. An-

do coordenador de Missões Mundiais para as Américas, pastor Alexandre Peixoto, e do coordenador do projeto Vo-luntários sem Fronteiras, pastor Fabiano Pereira, que viajou ao país para planejamento de abertura de uma turma do projeto Radical Haiti.

O pastor Fabiano destacou que muitas crianças estão atuando em prol do Reino de Deus e que elas testemu-nham do Evangelho através de suas vidas.

tes que eu pregasse, o pastor bósnio me pediu: “Por favor, não fale sobre seus bons nú-meros como fizeram os bra-sileiros. Esses números não nos motivam. Precisamos de algo diferente, algo que nos dê novo fôlego no trabalho”. Fiquei com vergonha e até chorei. Chorei por não poder fazer nada…

“A esperança me fez ver crianças haitianas entrando em muitas casas, algumas ricas, outras bem simples, testemunhando do amor de Deus, sem distinção anun-ciavam a Verdade que li-berta”, conta. “Eu vi e me emocionei, pois encontrei

Ao voltar para casa, me lem-brei do famoso artigo “Eu chorei na Rússia”, do saudoso pastor Waldemiro Tymchak, ex-diretor executivo de Mis-sões Mundiais. Um dia Deus ouviu a sua oração e mudou a realidade da Rússia. Hoje há muito choro nos Bálcãs. Quem sabe, um dia Ele come-çará a mudar essa realidade?

crianças do PEPE (programa socioeducativo) com sede de aprender”, finalizou.

A família está em adapta-ção ao campo e se prepara para uma nova fase, que in-clui aluguel de uma casa, ins-talação, escola para as filhas e aprendizado do idioma.

Os desafios missionários nos países balcânicos

Missionários no Haiti ajudam exército Brasileiro em ação comunitária

Anatoliy e Iryna Shmilikhovskyy, casal missionário na Ucrânia

Missionários ajudaram Exército brasileiro em ação de cidadania na maior favela de Porto Príncipe

Família missionária no Haiti

12 o jornal batista – domingo, 17/06/12 notícias do brasil batista

Pr. Alberto CaladoPresidente da OPBB/AL e 2º Vice Presidente da CBAlagoana

Talvez você querido irmão e irmã, não te-nha percebido que até hoje, dia 17 de

junho, já percorreu 56 dos 100 dias que impactarão o Brasil. Isto equivale a 1.344 horas das 2.400 que devere-mos trilhar para alcançar o nosso alvo. Saiba que você não está sozinho. Eu, você e milhares de brasileiros es-tamos juntos nesta maratona de oração. Temos um alvo e devemos prosseguir para alcançá-lo. Por isso não de-vemos desanimar frente às muitas dificuldades que já passamos e iremos ainda enfrentar. Não será fácil com-pletar esta jornada de oração, mas é preciso um empenho

maior da parte de cada irmão que recebeu o livro e, se comprometeu em participar diariamente, lendo a devo-cional e 1 capítulo da Bíblia (cartas de Paulo e Hebreus) durante 100 dias.

Todo o nosso empenho vai valer à pena! Talvez você ainda não tenha percebido a grandiosidade deste projeto, os benefícios que ele trará a igreja e a família:

Os Benefícios para a Igreja:Orando por 10 pessoas que

você tem como alvo a alcan-çar para Jesus. Imagine que apenas 5 se convertam e que 100 irmãos, incluindo você estejam fazendo o mesmo. No final, teremos 500 deci-sões. Talvez seja da minha parte, otimismo demais. Que tal 4, daria 400; que tal 3, se-ria 300. Por fim, se você e os outros conseguirem apenas

uma pessoa; mesmo assim a igreja receberá 100 novos ir-mãos. “Fantástico, tremendo, maravilhoso”.

É possível? Sim! Com ora-ção e ação. A propósito, você já relacionou na penúltima folha do seu livro os nomes das pessoas que você tem como alvo para Cristo? Sim... Amém! Não... Misericórdia. Pense no que digo agora: “Sem chama acesa não há luz e é impossível mudar a rea-lidade daqueles que vivem nas trevas”.

Os Benefícios para a Família:

a) Unidade: Família uni-da não se torna presa fácil à: Poluição pornográfica, drogas, descontrole finan-ceiro, individualismo, infi-delidade.

b) Servir ao Dono do mun-do e não ao mundo: Ou seja, entrar na estatística daqueles que praticam os “3T’s” que fazem diferença! (Adaptado: Nancy Dusilek / dia 31 do Li-vro 100 dias que impactarão o Brasil):

Tempo – Tempo para Deus e para ser luz em prol do seu próximo. O seu tempo não está sendo perdido, mas ganho, pois está abençoando alguém.

Trabalho – É compensador; depois de muito trabalho, ver as vitórias conquistadas. “... Vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil” (1Cor. 15.58c).

Talento – os talentos não são para serem enterrados, mas aplicados na obra do Senhor para que a colheita seja abundante.

Juntos na maratona de oração

Crianças: o mundo também é delas!

Participe do Rio + 20 e os batistas

Informações e inscrição no site:

www.batistas.com/rio+20

RIO + 2e os batistas

13o jornal batista – domingo, 17/06/12notícias do brasil batista

Maria NeryMembro da PIB de Niterói – RJ e colaboradora de OJB

Sra. Edla Lins de Olivei-ra, aos seus 103 anos, continua servindo a Deus, a Jesus Cristo e a

Igreja – Denominação Batista.“Em Deus está a minha sal-

vação e a minha glória; a rocha da minha fortaleza, e o meu refúgio estão em Deus. Con-fiai nele, ó povo, em todos os tempos; derramai perante ele o vosso coração. Deus é o nosso refúgio” (Salmos 62.7-8).

Sra. Edla Lins de Oliveira é brasileira, natural do estado de Alagoas, foi casada com o pastor Eliezer Correa de Oli-veira (que está descansando no Senhor), e foi por muito tempo pastor da Primeira Igre-ja Batista do Catete – RJ. Pas-tor Eliezer e Sra. Edla foram felizes por 65 anos, e desta união nasceram seus filhos, Eliezer (falecido), Eduardo, Ernesto, Eliezer Júnior (home-nagem ao filho falecido), Eva, Edite, Erluce Maria, Hilton e Lindalva (filhos adotivos).

Sra. Edla é uma mulher cris-tã muito consagrada, linda e meiga, Deus deu a ela o pri-vilégio de conservá-la em boa saúde física e mental, para que ela pudesse participar das atividades da Igreja, onde seu genro Eraldo Senna Campos é pastor, junto com sua esposa Erluce Maria. Durante os seus dias o que ela mais gosta é de estar na igreja, vai sempre em companhia de suas duas filhas, Eva e Erluce Maria, todos os domingos de manhã e a noite, também participa da MCA. Muito ativa, fundou uma reunião de senhoras, todas as quintas-feiras na par-te da tarde na igreja, onde ela, muitas vezes, dirige a reunião, lendo a Bíblia. Sra. Edla também oferece em sua residência as terças-feiras um culto de oração, onde ora ao Senhor pelos pedidos apre-sentados, e assim passam uma tarde agradável, com um chá e doces saborosos.

Sra. Edla é uma mulher culta, professora, formada pela faculdade de letras em Português e Inglês, ela gosta muito de ler, principalmente a Bíblia, também gosta muito de ler O Jornal Batista, e faz muitos elogios ao Jornal, pois diz que trás notícias dos

batistas do Brasil e do mun-do. Gosta também de orar diariamente pelo presidente da CBB, pastor Pascoal Pi-ragine Junior, e por Missões Nacionais e Mundiais. Sra. Edla gosta muito de cantar, o coro da Igreja tem o seu nome como homenagem. Sua felicidade é mais intensa quando seu genro, pastor Eraldo, convida ela para subir ao púlpito para orar, agrade-cendo a Deus pela presença de cada um na Igreja.

Sra. Edla mora com sua filha, Eva, que cuida dela com muito carinho e sempre diz: “Minha mãe é meiga, amorosa, alegre e muito determinada, gosta de saber de tudo que está se pas-sando, tem opinião própria no que se refere ao que é certo ou errado, se alimenta bem, gosta muito de comer doces. Ela mesma escolhe suas roupas, se veste com simplicidade e elegância, usa sempre um len-cinho no pescoço combinan-do com a roupa, e assim fica muito bonita. Ela lê a Bíblia diariamente e ora cheia de fé e esperança”.

Sua filha Erluce Maria, cha-mada também de Lucinha, é quem a leva para a igreja e diz: “Fico muito feliz de ver minha mãe na igreja, vê-la cantando os hinos e partici-pando do culto, ver também as pessoas abraçando minha mãe com carinho, sorrindo para ela. Agradeço a Deus por todos esses anos que ela nos prestigia com sua presença

tão agradável. Eu amo muito minha mãe”.

Eu tive a oportunidade de entrevista-la:Maria Nery – O que a vida significa para a senhora?

Sra. Edla – Para mim, vida significa a força de Deus junto a natureza e as pessoas, vida é o ar que respiramos, precisa-mos viver a vida com alegria, não é muito bom juntar má-goas no coração.

Maria Nery – O que é Deus para a senhora?

Sra. Edla – Deus, para mim, é poder, é nossa fortaleza, é a rocha da nossa salvação, sem ele os caminhos não se abrem para chegar onde desejamos, que é a eternidade, a morada do nosso Deus.

Maria Nery – Quem é Jesus Cristo para senhora?

Sra. Edla – Jesus Cristo, é uma lição de vida, é nosso salvador, sua humildade e seus ensinamentos são preciosos. Gosto muito de ler na Bíblia a sua maneira de ser, ajudando as pessoas nas suas dificulda-des, seus milagres, o seu amor pelas crianças é admirável.

Maria Nery – O que significa para a senhora a Cruz de Cristo?

Sra. Edla – Eu sempre digo que os meus problemas e pro-vações que já passei na minha vida e que Deus me ajudou, nunca foram maiores do que o que Jesus Cristo sofreu na

cruz, o sofrimento de sua mãe vendo seu filho crucificado. A cruz de Cristo está falando todos os momentos: Tenham paciência com os dias menos favorecidos, eles são passa-geiros, é como a tempestade que depois vem a bonança, é preciso manter a esperança. Jesus Cristo foi paciente, e ele conseguiu vencer o mundo e ganhou a eternidade.

Maria Nery – A oração é uma palavra forte?

Sra. Edla – A oração é a súplica de cada um perante Deus, ela é a força e poder, mas é preciso orar sempre agradecendo a Deus as ben-çãos recebidas, e não pedir a Deus coisas sem importância. Eu gosto de orar a Deus todos os dias, me sinto feliz falando com Deus.

Maria Nery – Qual a sua receita para viver 103 anos?

Sra. Edla – A minha receita é colocar Deus em primeiro lugar nas nossas vidas, ir à igreja, ler a Bíblia, orar a Deus diariamente, olhar para as pessoas com amor, sem discri-minação, lembrando sempre que o amor é um sentimento que usa as pessoas para servir a Deus. Eu estou muito feliz pela senhora, Dona Maria Nery, é minha boa amiga, está escrevendo coisas lindas da minha vida, e em dezembro deste ano completo 104 anos e você já está convidada para a festa.

“O justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro no Líbano. Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viço-sos e vigorosos. Para anunciar que o SENHOR é reto. Ele é a minha rocha e nele não há injustiça” (Salmos 92.12-15).

Mulher vitoriosa: Senhora edla Lins de Oliveira

Edla e sua filha Erluce Maria

14 o jornal batista – domingo, 17/06/12 notícias do brasil batista

Maria Lúcia Nolasco de AbreuDiaconisa da PIB de Niterói

É com alegria, emo-ção e muita gratidão a Deus que comu-nicamos aos irmãos

de todo o Brasil que nossa igreja está completando 120 anos de abençoada existên-cia no coração de Niterói.

Ela foi organizada pela Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro em 1892, com apenas 7 membros, pelo missionário pastor William B. Bagby. A igreja passou por várias fases em sua trajetória devido a fato-res diversos como a intole-rância religiosa e a Revolta da Armada, um movimento militar que transformou a cidade de Niterói em verda-deira praça de guerra. Com esses fatos ocorridos na ci-dade, o templo se desfez duas vezes ficando a igreja sem sede, mas os irmãos se reuniam, agora, na casa dos membros.

Conta o pastor Entzmin-ger: “No domingo, 14 de abril de 1901, quando a congregação estava reunida para o culto, a casa foi inva-dida por um grande grupo de malfeitores armados, que

agrediram a torto e a direto todos quantos se achavam no recinto, dispersando-os em grande confusão”(O Jor-nal Baptista 12/01/28, p.10).

Uma noite estava o pastor Bagby pregando quando os inimigos apedrejaram a casa de culto, tendo sido atingido por uma pedra que o jogou no chão, sem senti-dos, com a cabeça banhada em sangue. O pastor Bagby conservou essa cicatriz por toda a sua vida chamando-a de “a marca de Jesus”.

A Igreja teve os seguintes pastores entre 1892 e 1917: William Buck Bagby, Salo-mão Luiz Ginsburg, William Edwin Entzminger, Samuel J. Poter, Honório Benedicto Ottoni, Charles McCarthy, Francisco Fulgêncio Soren, Arthur Beriah Deter, Otis Pendleton Maddox e James Jackson Taylor.

Em 5 de agosto de 1917 tomou posse no pastorado da Igreja, o jovem baiano Manoel Avelino de Souza. Dinâmico, inteligente, es-piritual, procurou por todos os meios fazer prosperar a Igreja, inclusive construir um templo que honrasse o nome dos batistas em Niterói.

No dia 21 de abri l de 1921, o pastor Avelino inau-

gurava o lindo e espaçoso templo na rua Visconde de Sepetiba nº 198. Para essa reunião, o pastor Avelino, com profunda emoção e gratidão a Deus, compôs o hino nº 454 do CC “Temos por lutas passado,/umas te-míveis cruéis;/mas o Senhor tem livrado/ delas seus ser-vos fiéis”.

Dez igrejas foram organi-zadas durante o seu ministé-rio de 45 anos, dois templos construídos – o da Visconde de Sepetiba, 198 e o da Marquês do Paraná, 225. O pastor Avelino dirigiu a Igreja até a sua morte em 27 de setembro de 1962. O santuário foi inaugurado com o seu corpo presente.

Assume, como pastor inte-rino da Igreja, o missionário americano, pastor Harold Renfrow que desenvolveu um eficiente ministério du-rante dois anos. Em 20 de março de 1964, toma posse na Igreja, o jovem parana-

ense, dinâmico, entusias-ta, exímio orador, grande evangelista – Pastor Nilson do Amaral Fanini. Grandes obras foram realizadas du-rante o seu ministério de 41 anos: aquisição do Edifí-cio de Educação Religiosa, aquisição do Acampamento em Rio do Ouro, criação do Reencontro – Obras Sociais e Educacionais, criação do Seminário Teológico Batista de Niterói, criação do pro-grama de rádio “Rumo ao Infinito”, a transmissão do culto da noite pela rádio, o programa “Reencontro” aos sábados pela televisão e muitas outras.

Em 8 de março de 2005, o pastor Fanini deixa o ministério de nossa Igreja assumindo o pastor Ebe-nézer Soares Ferreira, o qual por um ano e se is meses dirigiu a Igreja com sobriedade, firmeza e espi-ritualidade, preparando-a para o novo obreiro. Em

1º de setembro de 2006 toma posse no ministério o pastor José Laurindo Filho que tem levado a Igreja a um crescimento espiritual, incentivando-a a união, à comunhão entre os irmãos, à evangelização da cidade com vários pontos de pre-gação e oito Congregações em diversos bairros.

As esposas dos nossos ex--pastores foram mulheres atuantes na denominação, líderes valorosas tanto no âmbito da Igreja local como em nível estadual e nacio-nal. O mesmo podemos dizer da esposa do atual pastor, a nossa querida Loy-de Laurindo. Louvamos a Deus pela vida de cada uma delas.

Podemos repetir a letra do hino 454CC:

“Sim, Deus é por nós!Quem nos vencerá?Dar-nos-á poder real;Deus nos guardará.”

Primeira Igreja Batista de Niterói celebra 120 anos

A IGREJA BATISTA CENTRAL DE OLARIA, Rua

Tenente Pimentel nº 120 – Olaria - Rio de Janeiro-

RJ, convida pastores batistas da Convenção Batista

Brasileira e membros da ordem dos pastores para

no dia 10 de agosto às 19h formar o Concílio para

examinar o irmão Paulo Roberto Cotta, bacharel

em Teologia, que se aprovado, teremos a sua con-

tinuidade com o Culto de Ordenação ao Ministério

da Palavra no dia 18 de agosto às 19h, para o qual

convidamos, também, as igrejas.

Convite

15o jornal batista – domingo, 17/06/12ponto de vista

“O meu povo está sendo destruído, p o r q u e

lhe falta o conhecimento” (Oséias 4.6).

Oséias é o maior poeta do amor de Deus. Foi o único profeta escritor de Israel, o Norte. Por vinte anos (apro-ximadamente 750 a 730 a.C.), ele advertiu o povo de Deus do risco da des-truição. Oito anos após sua morte, o Norte foi levado cativo e desapareceu. Fi-cou apenas Judá, o Sul. O Israel de Esdras, Neemias, Ageu, Zacarias, Malaquias e do Novo Testamento é o Judá retornado. O Israel de Oséias acabou. Foi destruído por falta de conhecimento.

João Oliveira Ramos NetoRedator da revista Realização e pastor da IB no Rio Formoso, Goiânia – GO

A Comissão da Ver-dade foi criada para investigar os supos-tos crimes políticos

que aconteceram no período em que o Brasil viveu o re-gime militar ditatorial. Digo “supostos crimes” porque, é claro, tudo que é humano é sujeito a falhas e com certeza a Comissão não acertará em tudo que vier declarar como crime. A História, depois de um saudável tempo de distanciamento necessário, poderá avaliar o trabalho. Mas, penso que a Comissão da Verdade nos inspira como Igreja que também devería-mos fazer o mesmo exercí-cio. É tempo de avaliarmos também os crimes teológicos que aconteceram no mesmo período.

“Porque lhe falta o conheci-mento”, disse Deus. “Conhe-cimento”, aqui, não é erudi-ção ou informação. Também não tem a ver com analfabetis-mo. O termo hebraico é daat, que significa “conhecimento íntimo, pessoal, profundo”, conhecimento relacional. Oséias viveu esta experiência em casa. Sua esposa, Gômer, o deixou. Tornou-se mere-triz num culto pagão, que divinizava a natureza e tinha sacerdotisas prostitutas que se entregavam, no templo da Deusa, para trazer fertilidade à terra. Gômer não entendia o amor do marido. Ele a res-gatou no templo pagão e a trouxe para casa. Ela não tinha daat e por isso destruía sua vida. Ela não o amava.

Sim, porque foi no período do regime ditatorial que o Brasil viveu a aberrante dis-torção da leitura da Bíblia. Só posso chamar de crime a leitura alienante que foi pro-duzida e ensinada (e ainda persiste) em púlpitos católi-cos e protestantes. Salvo raras excessões, como a Teologia da Libertação, que começou na teologia protestante pres-biteriana do pastor brasileiro Rubem Alves e se difundiu nas católicas Comunidades Eclesiais de Base, a grande maioria forçou o texto de Romanos 13 para criar cida-dãos que não questionassem o sistema opressor.

Como esqueceram a crí-tica de Isaías 1? Como ig-noraram as denúncias de Miquéias e Amós? Não sa-bem que quando João, no seu Apocalipse, chama o imperador de besta, está justamente criticando as injustiças que o governan-te praticava? Para piorar,

Muitos cristãos não têm daat. Amam seus gostos, não Deus. Gostam de festa, de culto com “fogo puro”, como dizia uma placa na porta de uma igreja (que tolice!) e de alarido. Mas a vida não mos-tra daat de Deus. Não exibe frutos de quem se relaciona com ele. Passando por Brasí-lia, adquiri o “Jornal de Bra-sília” (28.5.12). A manchete era “Pregando na cadeia”, mas não alude a evangelismo na prisão. Alude à prisão do ex-deputado distrital Junior Brunelli, da famosa “oração da propina”, que correu pelo Youtube. Nela, o deputado agradecia o dinheiro vindo da corrupção, como sendo uma “bênção de Deus”. O ex-deputado e agora presidi-

como seguidores de um homem-Deus cujas atitudes foram totalmente contra o sistema, lutando até a morte ao lado dos marginalizados galileus, puderam aliar-se a um capitalismo doente e contaminável? E o pior, que grande crime chegar ao ponto de criar uma “teo-logia da prosperidade” que ao invés de denunciar a injustiça social, promove-a, esquecendo que os primei-ros cristãos tinham tudo em comum e ensinando que deve-se buscar em Deus a oportunidade de ocupar a pequena elite que acumula o dinheiro para saciar todo tipo de motivação egoísta!

Sim, é hora da Igreja tam-bém criar uma Comissão da Verdade que investigue os crimes teológicos, pois estes, à semelhança dos crimes políticos, também levaram muitas pessoas à morte! Ainda que o san-gue continue a correr em

ário é pastor. Não me anima falar contra a igreja dos ou-tros. Mas não me calo quan-do jogam o nome de Jesus na lama. Brunelli foi preso na “Operação Hofini”, nome do filho corrupto do sacerdote Eli. Ele também enlameou o nome de sua igreja. Com ironia, o jornal fala da igreja como sendo “propriedade da família de Brunelli”. Ela pre-ga bênção e cura. Inclusive chama-se “Casa da Bênção”. Mas seu pastor não pregou caráter. Um crente em Jesus tem caráter.

O evangelho prega a trans-formação da pessoa. De alguém perdido a alguém salvo por Jesus, que mostra isso na vida. O evangelho não chama o convertido à

seus corpos, pessoas há que consumiram (e ainda con-somem) uma ideologia que as deixam mortas no seu espírito. Não é exagero di-zer que os crimes teológicos mataram, e ainda matam, muitas vidas. O que dizer daquela pessoa que deu tudo que tinha para Deus (leia-se instituição usurpa-dora) esperando colher o dobro e depois deparando--se com a triste realidade da conta vencida sem o dinhei-ro da respectiva quitação?

Não precisamos que um poder centralizado nomeie uma comissão. Nossa Co-missão da Verdade pode (e deve) ser formada por pregadores que tenham a honestidade de fazer uma exegese sadia das Escritu-ras, a qual revelará que a mensagem bíblica não é outra senão a denúncia das injustiças sociais. Nossa Co-missão da Verdade deve ser formada por pregadores, se-

riqueza, mas à santidade: “A vontade de Deus para vós é esta: a vossa santificação...” (1Tes. 4.3). Os cristãos estão ouvindo mensagens mais para Lair Ribeiro que para Jesus Cristo. Assim, sobram--lhes palavras de ordem e lemas triunfais. E falta-lhes daat. Sem relacionamen-to pessoal e profundo com Deus, eles se destroem. E desonram a Jesus. Isto é o mais trágico. “Pois, como está escrito, por vossa causa o nome de Deus é blasfemado entre as nações” (Rom. 2.24).

Busquemos daat, e não bênçãos. Bênçãos ele dá por-que ele é bom. Caráter nós cultivamos. E devemos fazê--lo para honrá-lo com nossa vida.

jam famosos ou anônimos, que levem para seus púlpi-tos a mensagem de Mateus 25.35 (tive fome e me deste de comer) ou Mateus 14.16 (dai-lhes vós mesmos de co-mer), só para citar alguns. É deixar o crime de achar que o homem é somente alma e que consequentemente é papel da igreja acomodar--se em entregar um folheto para a pessoa receber Jesus e recuperar o pacto de Lau-sanne (1974) comprometen-do-se a levar o Evangelho todo para o homem todo para todos os homens. Não é somente dar o peixe e nem ensinar a pescar, mas, a exemplo de Jesus, confor-me relatado nos Evangelhos, refletir, questionar, criticar, envolver-se, denunciar e lu-tar para que todos tenham o mesmo acesso à margem do rio e à sua vara de pescar, e não pregar que alguns fica-rão com a rede tomando os peixes dos demais.

Informe Publicitário

A JMM divide com você este compromisso

e o desafia a levar Água para os Sedentos.

(21) 2122-1901Cidades com DDD 21

0800 709 1900Demais localidades

[email protected] Senador Furtado, 71Praça da Bandeira, RJCEP: 20270-021

Adote este projeto:

Um filtro custa o equivalente a R$50,00

Filtro garante água potávelà população rural

Missionários locais participam da instalação de filtro

E m uma das regiões mais escassas de água potável na Ásia, a JMM desenvolve o Projeto Água para os Sedentos, através do qual o mis-

sionário Dawei, que também é pastor e engenheiro químico, usa a informação sobre água e o ensino do uso e manutenção de filtros e cisternas, como formas de construção de relacionamentos com indi-víduos e famílias.

O missionário revela que no cotidiano da região onde atua, a falta de condições básicas de higiene e saúde obriga o povo a consumir água contamina-da e emoldura a triste realidade de um povo caren-te de Cristo.

De maioria muçulmana, inserido em uma sociedade onde a Igreja do Senhor só consegue adorá-Lo em secreto, este povo tem sede não somente de água para consumo, mas principalmente da Água da Vida.

Só para este ano, Água para os Sedentos precisa de 1.000 filtros e 200 cisternas. Segundo Dawei, um filtro custa o equivalente a R$ 50,00 e uma cisterna, cerca de R$ 1.000,00. As doações devem ser feitas por meio do PAM – Programa de Adoção Missionária da JMM. O missionário também espera aumentar de 8 para 18 o número de obreiros em sua região sus-tentados pela JMM. Eles serão treinados para ajudar na expansão do projeto.

AGUAparaos SEDENTOS