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Economia brasileira: os desafios ps crise mundial
Conferncia Latino-Americana da Baker Tilly International
Trs perguntas inquietantes:
Podemos dizer que 2008 terminou?
Podemos dizer que em 2009 construmos mecanismos de proteo para o futuro?
Podemos afirmar que 2010 ser o comeo da recuperao?
Viso global da crisePodemos dizer que 2008 terminou?
Entre 1 outubro do ano 17 dedezembro de 2008, a destruio de riqueza das bolsas de valores ao redor do mundosoma US$31 trilhes (*)
Isso se refere apenas o valor de perdas das bolsas. No inclui as perdas do mercado imobilirio e de empregos .Henrique Meirelles, presidente do Banco Central do Brasil.
(*) Em maro de 2009, numa Audincia pblica na Comisso de Assuntos Econmicos do Senado Federal do Brasil, ele reviu esse nmero para US$ 27 trilhes.
Viso global da crise
Decorrido mais de um ano da quebra do Lehmann Brothers, no temos evidncia de Keynes voltou ao seu devido lugar. No temos indicao de que o G-20 seria um novo Bretton Woods. A adoo de polticas de proteo forma emergenciais. O mundo gira em outra rotao.
Embora esse fenmeno, em si, seja significativo, as instituies multilaterais, como o FMI, o Banco Mundial, a OMC, olham vesgas para o G-20.Eles ainda olham desconfiana mal disfarada.Eles alertam, de forma correta, que os avanos tm sido muito lentos e que os desafios ainda no foram encaminhados. bom frisar que, sem dvida, essa avaliao parece estar correta.
Viso global da crise
O problema mais crucial mesmo parece ser o desemprego. O desemprego e subutilizao da capacidade seguem crescendo, o que empurra a uma baixa da economia mundial.
Robert B. Zoellick , presidente do Banco Mundial,
Os efeitos da crise econmica tm sido muito mais intensos nos pases pobres.
Lars Thunell vice-presidente executivo e diretor geral da International Finance Corporatio(IFC).
Viso global da crisePodemos dizer que em 2009 construmos mecanismos de proteo para o futuro?
O mundo no tem nova regulao bancria, nada que garanta que as decises tresloucadas dos bancos no vo se repetir, ningum foi punido. A proposta de regulao bancria global foi desmoralizada, os bancos sabem que de novo foi provado que eles so grandes demais para quebrarem.
Mriam Leito, jornalista , colunista de O Globo
A crise nos mostrou a essncia de muitas empresas, ou seja, at onde elas estavam dispostas a ir para preservar ganhos. Um comit de tica nas empresas faz sentido se ajudar a difundir o debate sobre tica por toda a organizao.
Clvis de Barros Filho, professor , da Universidade de So Paulo
Podemos afirmar que 2010 ser o comeo da recuperao?
A boa notcia que Podemos dizer que, pelo menos, o mundo j concorda que pases emergentes tem uma contribuio importante e que arranjos de interesses como o G-20 podem ajudar a nos proporcionar um uma viso diferente.
Isso interessa ao Brasil.
A m notcia que a crise custou caro e que o dficit fiscal de quase todos os pases vai explodir. No podemos esperar tranquilidade quando os governos apresentam tamanho desequilbrio nas suas contas.Isso no interessa ao Brasil.
Podemos dizer que em 2009 construmos mecanismos de proteo para o futuro?
Em relao ao comprometimento fiscal em 2010 a 2014 o Brasil, pelas projees do FMI, o nico Pas em que o esforo fiscal para 2010 se dar no sentido de promover um supervit fiscal de 1,8%, seguindo, em grande medida, as propostas do prprio FMI. Ser o nico pas que no prev medidas anti-crise na esfera fiscal especfica para 2010.
Podemos dizer que em 2009 construmos mecanismos de proteo para o futuro?
Precisamos nos acostumar com a idia de um horizonte de incertezas e tomar cincia das condies reinantes para enfrentar os desafios reais da retomada do desenvolvimento em bases efetivamente sustentveis.
Crise internacional: balano e possveis desdobramentos.IPEA BRASIL 2009 Andr Jacob, Eduardo Ferreira, Daniel Prado, Luana Goveia, Vinicius Ferreira, Maria Pion, Luciana Acioly, Joo Cludio Garcia, Marcos Cintra e Milko Matijascic
E o Brasil?
Um viso global sobre o caso Brasil
Por que entramos depois e samos antes?
Por que tivemos resultados melhores que a maioria dos outros pases?
Por que o mundo diz que seremos a 5 economia do planeta em 2016?
Por que o Barack Obama diz que Lula o cara.
Um viso global sobre o caso Brasil
No foi fcil
No foi por acaso
No custou barato
Estamos perseguindo isso h, pelo menos, h 20 anos
Um viso global sobre o caso BrasilPor que entramos depois e samos antes?
A Constituio balizou um caminho para o futuro
A Democracia consolidada nos deu as ferramentas
O Saneamento do Sistema Financeiro nos deu as vacinas
A Estabilidade da moeda e controle da inflao nos protegeu
O Programa econmico de 16 anos nos deu segurana
Respeito a contratos e garantias legais pelo Judicirio nos deu credibilidade
Congresso, Justia e uma Sociedade Civil participativa no de tranquilidade.
Um viso global sobre o caso Brasil
Temos uma Democracia consolida. Isso quer dizer Judicirio Independente. Sistema institucional que funcional. Tivemos crise polticas, mas no tivemos crise institucionalTemos Instituies econmicas fortes. Isso quer dizer respeito s regras do jogo Autonomia do BCB e Lei de Responsabilidade Fiscal. E os tribunais no vo deixar mexer nela.Temos uma sociedade intolerante com a inflao Em 2010 haver fortssima reao se a inflao subir alm do previstoTemos Imprensa livre Apesar do quadro catico dos nossos vizinhos. No Brasil at mais vigilante e mais bem aparelhada que a OposioTemos um Governo sob controle social Eleies regulares e voto a cada dois anosNos descolamos do populismo latino americanoNo devemos confundir o charme do Lula com o pragmatismo das nossa empresas
Um viso global sobre o caso BrasilConstituio balizou um caminho para o futuro
A Carta de 1998 grande prolixa e s vezes romntica
Ela j foi emenda 43 vezes
Mas o STF a protegido apesar da queixa de alguns
No a melhor Constituio mundo, mas ela nos garantiu uma transio para a Democracia.
Um viso global sobre o caso BrasilPor que entramos depois e samos antes?
Saneamento do Sistema Financeiro
PROER - Programa de Estmulo Reestruturao e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Brasileiro(*)
A implementao do programa custou, no total, R$ 20,4 bilhes, valores da poca, cerca de 2,7% do produto interno bruto (PIB) mdio do trinio 1995-1997. A ltima operao de financiamento do PROER r foi concluda em meados de 1997. Atualizado, o socorro aos bancos quebrados logo aps a implantao do Plano Real, aproximadamente R$ 50,6 bilhes (US$ 1,00 = R$ 1,70) aos cofres pblicos, ou seja 0,25% do PIB do pas.
(*)S foram usado recursos do prprio sistema financeiro no Banco Central. Evitou-se a utilizao de recursos do Tesouro Nacional.
Um viso global sobre o caso BrasilPor que entramos depois e samos antes?
Quando a crise do 15 de setembro (a data oficial queda do Lehman Brothers) estourou, o montante dos depsitos compulsrios dos bancos no BCB era de R$ 259,4 bilhes.
Na crise, o BC liberou para os bancos R$ 99,8 bilhes retidos. Alm das medidas de apoio ao mercado.
O conservadorismo do Sistema Financeiro Brasileiro nos salvou dos perigos de uma alavancagem nos padres internacionais.
No h termo de comparao entre os US$ 29,7 bilhes gastos no PROER e os US$ 850 bilhes que sero gastos no pacote de socorro americano
Porque tivemos resultados melhores que a maioria dos outros pases?
Controlamos a inflao gerando riquezas em US$ bilhes
Acumulamos supervits e reservas internacionais
Modernizamos o aparelhos do estado arrecadador
Melhoramos a gesto das empresas e investimentos em tecnologia
Internacionalizamos a economia empresarial brasileira e aquisies
Adotamos de programas socais criativos e avanados
Um viso global sobre o caso BrasilPorque tivemos resultados melhores que a maioria dos outros pases?
Operaes de crdito do sistema financeiro x PIB do Brasil
2003 Janeiro 21.5%
2009 Setembro 45,7%
Lula apostou e ganhou, mas ele pode, os empresrios, no.
Porque tivemos resultados melhores que a maioria dos outros pases?
Na economiaPelo menos 43,4 milhes de pessoas (beneficirios do INSS, empregados, trabalhadores por conta-prpria, empregados domsticos e empregadores) recebem 1 salrio mnimo. Cada R$ 50,00 acrescidos ao piso nacional implica mais R$ 27,8 bilhes na economia ao longo de um ano. Incremento de R$ 6,8 bilhes arrecadao tributria no ano.Na Previdncia Um total de 66,0% do total de beneficirios recebem 1 salrio mnimo. Isso representa 43,7% da massa de benefcios.O impacto de um aumento de R$ 1,00 no salrio mnimo sobre a folha de benefcios da Previdncia estimada, pelo governo, em R$ 215,1 milhes ao ano. O salrio de R$ 465,00 significar um custo adicional ao ano em cerca de R$ 11,5 bilhes.
Um viso global sobre o caso BrasilPorque tivemos resultados melhores que a maioria dos outros pases?
Pais compra mais alimentos.Faturamento do setor atacadista distribuidor = 4% do PIB2008: R$ 120,8 bilhes(*) (Crescimento sobre 2007: 8,5.%)
BRASIL - Mercado estimado
2007 R$ 180 bilhes.2008 R$ 226 bilhes.2009 R$ 250 bilhes.2010 R$ 300 bilhes.
Crescimento de at 4% acima do PIB brasileiro.
(*) 54% do mercado de consumo do varejo de alimentos.
Um viso global sobre o caso BrasilPorque tivemos resultados melhores que a maioria dos outros pases?
Programa Bolsa Famlia CUSTO ANUAL
2008 R$ 10,5 bilhes