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AÇÃO DE FORMAÇÃO ECO-ESCOLAS 2016
“Eco-Escolas, educação ambiental para a sustentabilidade” 1/17
LEIRIA 22, 23 e 24 de janeiro de 2016
“Eco-Escolas, educação ambiental
para a sustentabilidade”
MARCELO ALVES PEREIRA
AÇÃO DE FORMAÇÃO ECO-ESCOLAS 2016
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Introdução
A multiplicação dos riscos, em especial os ambientais e tecnológicos de graves
consequências, é elemento chave para se entender as características, os limites e
as transformações da nossa modernidade. É cada vez mais notória a complexidade
desse processo de transformação de uma sociedade cada vez mais não só
ameaçada, mas diretamente afetada por riscos e agravos sócio ambientais.
Os riscos contemporâneos explicitam os limites e as consequências das
práticas sociais, trazendo consigo um novo elemento, a “reflexividade”. A
sociedade, produtora de riscos, torna-se crescentemente reflexiva, o que significa
dizer que ela se torna um tema e um problema para si própria. O conceito de risco
passa a ocupar um papel estratégico para o entendimento das características, dos
limites e das transformações do projeto histórico da modernidade e para
reorientar estilos de vida coletivos e individuais.
Num contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do
seu ecossistema, isso envolve um conjunto de atores do universo educativo em
todos os níveis, potencializando a interligação dos diversos sistemas de
conhecimento e a sua capacitação numa perspetiva interdisciplinar. Os educadores
têm um papel estratégico e decisivo na inserção da educação ambiental no
cotidiano escolar, qualificando os alunos para um posicionamento crítico face à
crise sócio ambiental, tendo como horizonte a transformação de hábitos e
práticas sociais e a formação de uma cidadania ambiental que os mobilize para a
questão da sustentabilidade no seu significado mais abrangente.
Esta Formação veio dar resposta às necessidades pessoais manifestadas
relativamente ao desenvolvimento de competências que permitissem agir no seio
da comunidade escolar.
Após uma análise detalhada da minha intervenção nesta ação de formação,
poderei afirmar que resultou, para mim, uma mais-valia de conhecimentos e de
capacidades.
Esta sustentabilidade pressupõe a interiorização de valores e costumes,
sendo esta interiorização mais fácil e efetiva nas faixas etárias inferiores, uma
vez que não estariam ainda adquiridos valores e hábitos menos corretos, não sendo
necessária a desestruturação de conceitos e/ou reestruturação dos mesmos.
Sabe-se ainda que as faixas etárias inferiores são mais frutuosas de ideias e de
mais rápida aquisição de hábitos, e que a ecologia deixou de ser uma disciplina
académica, devemos encará-la como uma filosofia de vida.
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Ser um dos motores desta promoção ambiental foi a principal motivação
para a participação nesta ação de formação. Como motivação secundária posso
invocar a minha consciência ecológica, para além da minha necessidade de adquirir
conhecimentos e de me valorizar científica e profissionalmente.
Pretendo conseguir alterar/criar/modernizar alguns hábitos e conceitos, no
intuito de melhorar as condições para as gerações vindouras.
Considero que todas as metodologias utilizadas foram corretas, tanto pelo
seu conteúdo científico, como pela sua dinâmica, permitindo um acréscimo cultural
e intelectual dos formandos e enriquecendo-nos com experiências partilhadas.
O orador estrangeiro engrandeceu o evento, mas mais do que isso, aportou
valores e informações que estimularam o desenvolvimento dos trabalhos e tarefas
solicitadas.
É de salientar que o tempo disponibilizado para os Fóruns de Debate foi
insuficiente, assim como o horário de realização dos mesmos (final do dia) continua
a não ser o mais adequado.
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Descrição das atividades
Compareci no local de formação às nove horas e quinze minutos e dirigi-me à
receção para realizar o check-in, onde me foram entregues os materiais
disponibilizados para o Seminário.
Pontualmente às nove horas e trinta minutos teve lugar a sessão de
abertura, no auditório da entidade acolhedora, onde encontrei uma “mesa”
formada pelo Presidente da Câmara Municipal de Leiria, pelo Presidente da
Associação Bandeira Azul da Europa, pelo representante do Ministério da
Educação, Pelo Diretor da Agência Portuguesa do Ambiente e pelo Vice-Presidente
do Instituto Politécnico de Leiria.
Todos os oradores, após saudarem o público presente e observarem o
significativo número de participantes, salientaram a importância desta iniciativa
para a educação em Portugal. Felicitaram o envolvimento das comunidades
educativas e os sucessos alcançados ao longo de quase vinte anos de envolvimento
das entidades participantes.
O Dr. Rui Pedrosa referiu, como efeito do Programa Eco-Escolas, o aumento
da literacia e sustentabilidade ambiental.
De seguida, Margarida Gomes fez uma breve intervenção onde explicou
funcionamento e metodologia das Eco-Escolas e realizou uma retrospetiva dos
vinte anos do Programa. Explicitou estratégias e medidas implementadas pela
coordenação do Programa e o objetivo de inovar na continuidade. Referiu ainda que
existem seis escolas com vinte inscrições e dezanove Galardões, dentre as quais a
escola em que leciono.
Após um breve intervalo, onde pude visitar a “ECO-MOSTRA”, teve início o
PAINEL I, subordinado ao tema “Alimentação Saudável e Sustentável”.
Hélder Mutela, da FAO, discursou sobre os sistemas de alimentação e
relatou as consequências do aumento demográfico. Forneceu dados gerais sobre a
“fome” que atinge cerca de 800 milhões de pessoas em todo o mundo, tendo como
consequência direta a morte de 2,5 milhões de crianças, apesar do desperdício de
alimentos dos mais abastados. Segundo o seu relato, em 2050 mais de 70% da
população mundial estará urbanizada. Em Portugal a obesidade já é um problema,
consequência dos novos hábitos alimentares.
Mais disse que as alterações climáticas alteram a produção agrícola e
potenciam as desigualdades.
Após dissertar sobre o conceito, a evolução e as consequências dos
desperdícios alimentares informou que estes atingem, em Portugal, 17 % da
alimentação produzida e tem impactos económicos e sociais, devendo-se definir
estratégias e políticas que o combatam.
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De seguida, Joana Freitas, da Fundação para a Ciência e Tecnologia,
discursou sobre a dieta mediterrânica, tendo evocado estudos e relatos de
personalidades para caracteriza-la.
Os conhecimentos empíricos e as tradições seculares também foram objeto
de exposição.
A urbanização das sociedades e as alterações climáticas colocam em causa a
produção agrícola e a sustentabilidade.
Também sobre a alimentação saudável e sustentável falou Daniela Seabra,
da Clínica de Medicina Funcional Integrativa, onde apontou para a importância das
crianças conhecerem a origem dos alimentos e da realização de agricultura
biológica nas escolas. Afirmou que “o que é seguro à luz dos conhecimentos atuais
poderá não o ser no futuro.”
Informou os presentes de que a epigenética explica a ação dos agentes
ambientais sobre os genes e que alguns pesticidas ativam oncogenes, uma vez que
promovem a oxidação das células.
No final deste painel, Francisco Teixeira, da Universidade Nova de Lisboa
apresentou os aspetos mais relevantes da “Cimeira do Clima” de Paris – COP 21,
tendo referido o aumento de alguns fenómenos naturais extremos. Aportou
inúmeros dados científicos que explicam o aumento de 1ºC na temperatura do
planeta e as consequências dessa variação térmica.
Estabeleceu cenários futuros e apresentou alguns dos compromissos
assumidos pelos participantes na referida cimeira.
Após um revigorante almoço, dirigi-me para outro prédio do IP de Leiria
para assistir ao workshop número 2, “Águas aromatizadas: ideias e desafios,
dinamizado pela Dr.ª Goreti Botelho, onde pude identificar vários sabores em
infusões preparadas neste próprio dia pelas sete horas da manhã. Aprendi a
diferenciar flavour de sabor e a reconhecer um quinto tipo de sabor, o umami.
Verifiquei que as águas aromatizadas com frutas e outras substâncias
naturais possuem baixo valor calórico e podem ser muito mais económicos que os
sumos ou batidos.
Experimentei quatro amostras e tentei identificar alguns dos ingredientes,
o que tornou a aprendizagem ainda mais interessante, sendo uma possibilidade a
aplicação de tal atividade na minha escola.
Desloquei-me então para outro prédio do Instituto para participar no
workshop nove, cujo tema era “Bioenergia é o nosso futuro.” Este foi realizado por
Nélson Oliveira, que demonstrou algumas das potencialidades dos biocombustíveis,
como o biodiesel e o bio etanol. Explicou todo o processo de produção do biodiesel,
aportou dados científicos, prós e contras da produção destas alternativas ao
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petróleo e seus derivados e terminou a atividade com a demonstração de um
pequeno modelo automóvel movido a hidrogénio, à partir da hidrólise da água.
Às dezassete horas e trinta minutos dirigi-me ao edifício A para coordenar
o fórum de professores número seis, onde estiveram presentes dezoito dos 25
inscritos. Iniciei os trabalhos com a apresentação de todos os presentes.
Passamos então à explicitação dos sete passos do Programa Eco-Escolas o que foi
útil uma vez que verifiquei a presença de colegas sem experiência anterior.
A sessão de trabalhos terminou com a elaboração de um hipotético “Plano de
Ação”, após uma auditoria imaginária a uma escola qualquer, tendo a atividade
culminado com a criação de um “eco-código” relativo ao(s) tema(s) escolhido(s)
para o referido “Plano de Ação”, tendo os trabalhos sido encerrados pelas vinte
horas.
No dia vinte e três de janeiro, pelas nove horas da manhã, compareci no
auditório do IP de Leiria para assistir ao painel II.
Lídia Veludo expôs o projeto Eco-Escovinha. De forma explícita e eloquente
apresentou estatísticas (ex: 15% dos RSU são representados pelas escovas de
dentes) e explicou a transformação destes resíduos em mobiliários urbanos.
Maria João Fonseca falou aos presentes sobre o Vertigem Azul, que identifica
e acompanha a população de golfinhos no estuário do rio Tejo desde 1998, tendo
apresentado um vídeo elucidativo do projeto que coordena.
Sofia Ferreira dissertou sobre a Fundação Mata do Buçaco e sobre as
propostas dos seus serviços educativos. Não aportou grandes novidades
relativamente à sua participação num anterior seminário Eco-Escolas.
Raquel Gaspar empolgou a plateia com o seu discurso sobre a Ocean Alive,
organização criada recentemente, com apoio da UNESCO, Evocou a paixão da
equipa de trabalho desta ONG pelo mar e pelo projeto em que participa.
Aproveitou para aportar algumas informações científicas importantes.
Com uma boa capacidade de oratória, Luís Macedo, da Formato Verde, falou
aos presentes sobre o Projeto que representava, tendo explicado o funcionamento
do concurso que seria realizado neste ano letivo.
António Eloy centrou o seu discurso no projeto Educar para a Energia. Penso
que a apresentação não foi bem concebida uma vez que não utilizou nenhum
recurso adicional à oratória. Expôs o seu percurso na educação ambiental, referiu
a conceção de um e-book e a sua utilização como ferramenta de educação
ambiental, explicou a problemática da reciclagem de plásticos e disponibilizou-se
para a realização de workshops nas escolas.
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Sandra Silva, num discurso bastante pró-ativo, fez o enquadramento
geográfico do EVOA, explicou o seu funcionamento, referiu apoios e parcerias e
assinalou os recursos ambientais da área de atividade do seu projeto.
No Painel III, Patrícia Sá, fazendo uso de uma boa capacidade de oratória,
discursou sobre “Literacias e Sustentabilidade”. Explicou a importância da
literacia no ponto de viragem que é o século XXI e o contributo do programa Eco-
Escolas para esta. Evidenciou a dificuldade em equilibrar fatores diversos,
necessários à aquisição de competências para a literacia na Europa. Segundo a
oradora, “ser literato é deter um conjunto de competências …”.
Com um discurso algo monótono, Hélder Spínola abordou o tema literacia
ambiental em alunos das Eco-Escolas da Ilha da Madeira, após estudo realizado
pela Universidade da Madeira. Dito estudo concluiu que são necessárias várias
competências para adotarmos comportamentos amigos do ambiente, que poderão
ser alcançadas com o auxílio da literacia. Diversos autores referem inúmeras
dificuldades na adoção de comportamento pró ambiente. Na Madeira as raparigas
apresentam maior literacia ambiental que os rapazes, segundo análise dos dados
obtidos em alguns estudos. Tais dados parecem ser pouco mensuráveis devido à
pequena amostragem verificada.
O ponto alto deste painel foi a apresentação realizada por Michael John
O’Mahony, coordenador das Green-Schools da Irlanda e agente ativo na educação
ambiental desde 1997. Referiu que os temas trabalhados no seu país são
semelhantes aos trabalhados em Portugal e que a avaliação da implementação dos
atividades ocorre de forma integrada, cumprindo os pressupostos das Eco-escolas.
Apresentou ainda dados estatísticos sobre os resultados das Green-School em
2014 e gráficos com os dados analisados.
No Painel IV, dedicado às autarquias parceiras, Ricardo Santos, do município
acolhedor do Seminário, expôs atividades realizadas, fruto da política ambiental
de Leiria, dentre as quais, a substituição da iluminação pública por LED’s e a
aquisição de veículos camarários (por troca da frota) amigos do ambiente, híbridos
e/ou elétricos. “A melhoria da qualidade da água é uma aposta já ganha”.
A representante da Câmara Municipal de Guimarães referiu que a autarquia
abraça o Programa Eco-Escolas e todas as suas atividades da mesma forma que
agarra todos os reptos e desafios que surgem. O “PEGADAS”, programa ambiental
autárquico, coordena um conjunto de atividades, no decorrer do ano letivo,
destinadas à sustentabilidade ambiental. Elencou, de forma interessante e
eloquente, algumas atividades que comprovam o apoio inequívoco às Eco-Escolas.
A Câmara Municipal de Torres Vedras, recentemente premiada como “CIDADE
VERDE”, esteve representada por Carlos Bernardes, que apresentou um filme que
explicitava as mais-valias da sua autarquia enquanto ambientalmente saudável,
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incluiu informações relevantes sobre a riqueza geológica e ambiental do seu
município e referiu a importância económica dos recursos agropecuários para a
região.
Na parte da tarde assisti à conferência de Marcos Lemos, do Instituto
Politécnico de Leiria, que explicou, de forma muito atrativa, a importância do “mar”
e a problemática da exploração insustentável dos seus recursos. Referiu o retorno
de Portugal ao Mar, a importância da Plataforma Continental e a Biotecnologia
Azul. Mais disse que o grupo de pesquisadores que coordena, avaliado como sendo
de excelência, trabalhas nos mais variados ambientes, desde estuários dos rios
até ao mar profundo.
No Painel V, Margarida Gomes fez uma breve introdução onde salientou a
necessidade do cumprimento dos 7 passos do Programa para que uma escola seja
considerada Eco-Escola. Explicitou uma imensa relação de entidades parceiras da
ABAE neste Programa e procedeu ao sorteio do prêmio GDA. Dentre os projetos
associados às Eco-Escolas, foram demonstradas ferramentas úteis para o
cumprimento dos 7 passos, como a plataforma para registo dos consumos pela
“Brigada Verde”.
Filipa Moita explicou o funcionamento da Geração Depositrão, projeto
associado ao Programa há já vários anos. Convidou os presentes a participar e a
investir na geminação com empresas. Referiu ainda a existência de novos prêmios
e novos escalões.
Fátima Marques apresentou o projeto Sara Trading, explicando o seu
funcionamento e os vários escalões a concurso.
Pela AGROBIO, Jaime Ferreira discursou acerca da alimentação saudável e
sustentável. Justificou a existência do projeto em que participa com os erros
alimentares e o sedentarismo verificados na sociedade atual. Apelou ao
questionamento sobre a qualidade da alimentação nas nossas escolas e à prática da
agricultura ecológica para evitarmos o desperdício. Neste “Ano Internacional das
Leguminosas” devemos evocar a sua importância na alimentação.
O Desafio UHU foi apresentado por Sílvia Oliveira. Esta explicou que a origem
da designação da marca está relacionado com um Mocho autóctone da Floresta
Negra que emite um ruído semelhante à pronúncia do nome da marca. Referiu
também que todos os produtos da marca são “verdes”.
Catarina Cruz, em representação da TetraPak, dissertou sobre os objetivos do
concurso “Cria uma fruta, colhe os prêmios…”, sobre o seu funcionamento e sobre
a importância do símbolo FSC.
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Sobre o já conhecido projeto BioDiversity4All, Patrícia Tiago explicou como
podem ser inseridas na plataforma as identificações das espécies observadas para
facilitar a partilha de informações.
Nuno Rendinha, da SIGESTE, explicou o funcionamento da plataforma
utilizada pelos municípios e pelas empresas para a gestão dos resíduos e outros
produtos, tendo apresentado as parcerias envolvidas neste projeto.
Tiago Carrilho expôs as regras do concurso “Nós pelo Lince e o Lince por Nós”,
dinamizado pelo Jardim Zoológico de Lisboa e discursou sobre a problemática do
Lince em Portugal.
Por último, neste painel, Rita Garcês convidou-nos a participar, com os nossos
alunos, numa coreografia com mímica criada ao som da música “Não sou o único”,
dos Xutos e Pontapés.
No sexto e último Painel, subordinado ao tema “Boas práticas em Eco-Escolas”,
Sandra Colaço explicitou o projeto “Nós e o rio Liz”, referindo-se a associação
estre projetos e cumprimento curricular como ponto forte do funcionamento dos
mesmos. Para comprovar, apresentou fotos e vídeo ilustrativo das atividades
realizadas.
Mário Mendes apresentou o “Green Pirates & Princesses como continuidade do
trabalho realizado no ano letivo anterior. Aproveitando áreas abandonadas para a
criação de jardins e pomares, valorizando-as. Realizou ainda culturas hidropónicas.
O “Hortas Bio”, demonstrado por Arlindo Areias através de esquemas e
imagens, é fruto da união de conhecimentos científicos e empíricos. O seu sistema
de rega é mantido para água da chuva, armazenada em depósitos criados para o
efeito. A criação de hotéis para insetos demonstrou ser uma mais-valia no
processo de polinização.
A alimentação saudável e sustentável foi o tema da intervenção de Isabel
Lamy, que apresentou atividades motivadores da alteração de hábitos alimentares.
Ficou patente a preocupação em evitar excedentes alimentares em todos os
projetos relacionados com este tema.
Por fim, foi apresentada a visita de estudo a Leiria a realizar no dia vinte e
quatro de janeiro após a qual procedeu-se ao encerramento dos trabalhos deste
Seminário Eco-Escolas.
Metodologias seguidas e sua adequação
No que respeita às metodologias seguidas, realizaram-se sessões plenárias,
onde pudemos interagir com os oradores, expor e debater dúvidas, satisfazer
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curiosidades, adquirir conhecimentos e argumentos que nos permitam tornar útil o
nosso intento de melhorar o ambiente.
Todos os intervenientes (com melhor ou menos boa presença oral) estiveram à
altura da assistência, utilizando com peso e medida os seus conhecimentos e
argumentos, permitindo a nossa elucidação quanto a temas sensíveis e delicados, que
podem ferir suscetibilidades, mas que foram de grande importância para a ação.
O convidado estrangeiro foi excelente e aumentou a motivação para a
participação nestes eventos.
Os Fóruns de Debate são, para mim, o momento de maior estreitamento dos
laços profissionais e de amizade entre os formandos, permitindo uma relação honesta
e desinteressada de troca de experiências, esclarecimentos e interajuda. Considero
estes momentos os mais proveitosos para quem quer colher frutos do seu trabalho no
futuro profissional. Continuo a pensar que o final do dia não é o melhor momento para
realizá-los devido ao já escasso condicionamento físico. No Fórum que orientei a
comparência não foi a melhor mas a troca de experiências permitiu um trabalho mais
conciso e objetivo.
Materiais de apoio / documentação
No que refere aos materiais de apoio / documentação distribuídos no decorrer
da ação, estes foram de grande qualidade / rigor científico e refletem a preocupação
dos intervenientes com o aumento dos problemas ambientais, cujas causas devem ser
combatidas e os efeitos minorados, nomeadamente na situação emergente de crises
diversas na sociedade europeia e mundial. A qualidade e o rigor científico são
extremamente importantes para que os argumentos sejam convincentes e que as
estratégias sejam eficazes.
A ideia de trocarmos algumas das nossas experiências, como ocorreu no Fórum
de Debate que geri, foi positiva, permitindo-nos angariar suporte escrito com novas e
criativas ideias e reciclar outras, dando-nos argumentos e armas para o combate
contra os erros alimentares.
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Satisfação das expectativas
Após cuidadosa análise dos efeitos desta formação na minha vida académica e
profissional, considero que as minhas expetativas foram excedidas e que os
benefícios desta ação irão repercutir certamente na minha função de formador de
vetores de formação/informação no meio escolar.
Sugestões para próximas realizações
Quanto a sugestões para próximas realização, só posso dizer que é meu desejo
participar em mais formações subordinadas aos mesmos temas, que a troca de
informações e suportes, quer escrito, quer informáticos seja potencializada e que as
visitas de estudo sejam as mais diversificadas possíveis para que possam abranger o
máximo de temas abordados no Programa Eco-Escolas. Saliento ainda a necessidade
do aumento das parcerias e financiamentos, para que as deslocações, os alojamentos
e a alimentação sejam subsidiados, permitindo assim o envolvimento do maior número
possível de participantes, promovendo o aumento da “família vetores”. Considero que
as parcerias podem ainda dar um maior contributo no que respeita ao fornecimento
de materiais de apoio, tão necessários e tão escassos na maioria das vezes em que
participamos em ações de formação.
Conclusão / apreciação global
Conforme expressa a ficha de avaliação da ação que preenchi, considero que
esta foi muito positiva e enriquecedora, não podendo classificá-la nada mais, nada
menos que maioritariamente muito boa!
Estas iniciativas são indispensáveis a minha satisfação profissional e alimentam
a minha vontade de combater os problemas ambientais e de ajudar na promoção de
um “desenvolvimento sustentável”.
Ao mesmo tempo que educo para a cidadania, aproximo os alunos da escola e do
ambiente e fomento o sucesso escolar.
Obs.: Em anexo seguem fotos das atividades em que participei.
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Sessão de abertura
Escolas avaliadas
ECO-MOSTRA
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PAINEL I
WORKSHOP 2
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WORKSHOP 9
PAINEL II
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PAINEL III
PAINEL IV
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CONFERÊNCIA
PAINEL V