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Dra. Rachel Matos
Psicóloga Clínica e
Educacional, Psicopedagoga
Valéria Franco Lira
Pedagoga, Psicopedagoga
e Mestre em Educação
ÍNDICE
COVID-19 E agora, o que fazer com nossos filhos?
Conheça seus filhos – Um panorama sobre as faixas
etárias
Principais características das idades de 3 a 12 anos
Como ensinar limites – Por dentro do que é
necessidade e desejo
Limites nas diferentes idades
Crie uma rotina de confiança
Sintomas da ansiedade infantil
Conheça-nos melhor!
Referências Bibliográficas
5
8
9
13
15
3
4
18
17
COVID-19
E AGORA, O
QUE FAZER
COM NOSSOS
FILHOS?
Em tempos de COVID 19, alguns desafios tem se apresentado para as
famílias. Fica claro que há uma necessidade de ficar em casa para
preservar a saúde, o bem estar de todos e, principalmente, de quem
tanto amamos. Mas, esta mudança brusca em nossa rotina traz
desafios que, talvez, nunca tenhamos vivido.
Ficar com os filhos em casa em períodos de férias, de certa maneira, já
é previsto e acabamos nos organizando para ficar em férias junto com
eles, programamos várias atividades fora de casa, a interação entre os
amigos da mesma idade, visitas a espaços culturais e tantas outras
atividades compõem a rotina de férias.
Porém, não é férias! Muitos pais e mães estão trabalhando dentro de
casa e não podem sair para espaços públicos. O barulho dentro de
casa aumenta durante o dia, o ritmo dos pequenos vai se acelerando,
as demandas de trabalho continuam a todo vapor, o estresse vai
tomando conta e a paciência vai acabando em uma velocidade
inimaginável...
Se tudo isso está acontecendo em sua casa, temos uma boa notícia
para você: VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO!
Neste artigo, vamos trazer algumas ideias e sugestões para ajudar às
famílias neste momento e propiciar que estes momentos de
convivência ininterrupta se tornem mais leves e sejam a oportunidade
para construir boas lembranças para todos.
Para isso, é importante que ajudemos você a conhecer um pouco mais
sobre seus filhos, do ponto de vista da psicologia do desenvolvimento,
quem são eles, quais são suas principais necessidades, as principais
estratégias para ensinar limites e convivência educativa dentro doambiente familiar.
CONHEÇA SEUS FILHOS
UM PANORAMA SOBRE
AS FAIXAS ETÁRIAS
Vamos agora, tratar como é o desenvolvimento infantil nas
crianças de 3 aos 12 anos de idade.
A infância é uma etapa riquíssima no desenvolvimento
humano... Cheia de mudanças, recheada de pequenas
grandes conquistas e marcada por transformações muito
significativas. É nesta fase que se criam as bases e estruturas
necessárias para o desenvolvimento da personalidade do ser
humano. Uma atenção especial neste momento favorece o
desenvolvimento de uma personalidade equilibrada, saudável
e feliz.
Conhecer os marcos do desenvolvimento humano é, também,
uma maneira de auxiliar os filhos a crescer, a estimulá-los em
seu autoconhecimento e ajudar a definir comportamentos e
hábitos que servirão de referência para toda sua vida. As
intervenções que fazemos na mais tenra infância, servirão de
base para a construção de adulto que os filhos se tornarão.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
DAS IDADES DE 3 A 12 ANOS
Faixa etária
Desenvolvimento motor e cognitivo
Desenvolvimento emocional
O brincar Percepção do entorno
3 anos
Tem facilidade emutilizar objetos com as mãos, como um lápis de cor para desenhar ou uma colher para comer sozinha
É capaz de correr e chutar na bola sem perder o equilíbrio
Dança ao ouvir o som de uma música
Demonstra interesse por livros e já é capaz de virar uma página de cada vez
Começa a definir sua lateralidade, dando preferência para os membros (mãos e pés) de um lado (direito ou esquerdo)
Controla gradualmente esfíncteres
É egocêntrica, demonstrando bastante dificuldade em dividir seus pertences e atenção dos adultos
Inicia a brincadeira de imitar
Participa de atividades cotidianas, como por exemplo, vestir-se
4 e 5 anos
As habilidades motoras simples e complexas aumentam, consequentemente ganha força, destreza e suas necessidades de movimentação aumentam significativamente
Ainda apresenta um comportamento predominantemente egocêntrico, mas a compreensão da perspectiva dos outros aumenta
Apresenta ideias ilógicas sobre o mundo, devidas à imaturidade cognitiva, pois está elaborando suas hipóteses sobre o mundo e as testa todo o tempo, é a famosa fase dos por quês?O brincar, a criatividade e a imaginação tornam-se mais elaborados, consequentemente as brincadeiras ganham mais personagens
Vai ganhando gradativamente independência e autocontrole corporalAtitudes de autocuidado começam a se fazer presentes, porém ainda não tem a noção adequada de perigo, que está em construçãoA Família ainda é o núcleo da vida, mas as outras crianças e adultos começam a tornar-se referências também
Faixa etária
Desenvolvimento motor e cognitivo
Desenvolvimento emocional
O brincar Percepção do entorno
6 anos
Ampliação significativa dos horizontes com o processo de alfabetização e entrada no ensino fundamentalInício da apropriação do mundo da leitura e da escrita (é comum as tentativas de ler tudo que vê pela frente)Energia voltada para o aprender, explorar o mundoAmpliação do universo da curiosidade: os por quês vão se tornando cada vez mais coerentesTestam seus limites e potenciais motores
É capaz de assumir responsabilidades na rotina da casa, tais como: cuidar de um animal de estimação ou planta
Tornam-se intencionalmente fantasiosas, época na qual a criança assume papéis de vilões, guerreiros, heróis nas brincadeiras, distinguindo a realidade da fantasia
Pode assumir tarefas claras dentro da rotina da casa, tais como: arrumar sua cama, dar comida para o animal de estimação, levar roupa suja para a cesta, etc.
7 anos
Com o avanço do processo de escolarização, a criança é capaz de ler textos e extrair informações e instruçõesÉ capaz de controlar trocos em compras de quantidades reduzidas
Esvanecimento do egocentrismo, ocasião para aprender comportamentos solidários
Aumento significativo da necessidade de se movimentar e testar os limites do seu próprio corpo
Aumento do reconhecimento social para limites fora da família e dos lugares de maior convívio, percebe o outro e outros contextos sociais
8 anos
Desenvolvimento físico bastante acurado, o desenvolvimento motor está próximo da maturidade, pode-se apresentar práticas esportivas para a criança, pois tem o domínio do seu corpo e a capacidade de reconhecer e aplicar em suas ações regras de jogo e convívio
Construção independente de relações de amizadeConhece seus interesses e gostos pessoais
Apropria-se de outras brincadeiras e jogos que cada vez mais utilizam o intelecto e as estratégias A competitividade se faz presente no brincar
Reconhece regras de jogos e de convívioTem aparelhagem interna para controlar agressividade
9 anos
Fase intermediária entre a infância e adolescênciaCapacidade intelectual e abstração cada vez são mais presentes Alimentam-se da mesma maneira que os adultos
Estímulo a uma independência guiada (seu filho precisa e deve ouvir “nãos”), Necessidade de assumir suas responsabilidades e também os deveres escolares de uma maneira independente
Provável mudança de interesses (antes voltada para brincadeiras e agora ligada à atividades “adultas”, como séries de TV, livros, celular, jogos, ou conversar com o amigo da escola a tarde toda
Percebem mais realisticamente o mundo, e começam a colocar os pais em cheque algumas vezes, mostram-se emburradas de tempos em tempos, e vez ou outra respondonas, pois testam seus limites
Faixa etária
Desenvolvimento motor e cognitivo
Desenvolvimento emocional
O brincar Percepção do entorno
10 anos
Capacidade de avaliar e interceptar a trajetória de pequenas bolas arremessadas a distância. Verbalização e capacidade de argumentação desenvolvem-se significativamente
O “Clube do Bolinha e da Luluzinha”, com o acirramento de disputas e discussões nos grupos sociais da mesma faixa etária, se tornam rotineiros e por vezes, necessitam da intervenção de adultos para equalizar as diferenças
Ocorre o afastamento gradativo do universo infantil, deixando brincadeiras e brinquedos fora de seu repertórioAtividade física mediada por um ou outro esporteA competitividade ganha espaço, utilizando força e recursos físicos como meio de obter sucesso
Percepção progressiva do outro e de outros entornos sociais com distintas regras e modos de funcionamentoCapacidade de assumir tarefas bem mais elaboradas no universo familiar (execução de pequenos pratos, ajudar nas tarefas de limpeza e conservação do espaço em que vive)
11 e 12 anos
Época em que a percepção de regras e outros costumes se faz presente mais claramenteTentativas de testar os limites da família são cada vez mais elaboradas e fundamentadas nas observações feitas em outros ambientes“Boom” de desenvolvimento para as meninas (menarca) e com isso, forte influência hormonal em suas vidas
As inseguranças que circundam o desenvolvimento físico, tem impacto significativo na construção e desdobramentos das relações sociais
Afastamento quase que total do universo do brincar infantilRecursos recreativos próximos do universo adulto ganham cada vez mais espaço (conversas no playground ao invés de brincar no playground)
Com a percepção de novos entornos sociais, passam a questionar as regras e o funcionamento familiar, comparando e argumentando de maneira cada vez mais elaborada
COMO ENSINAR LIMITESPor dentro do que é NECESSIDADE e DESEJO
Para ter segurança, em se tratando de dar limites, é
fundamental distinguir entre necessidades e desejos dos nossos filhos.
NECESSIDADE é algo inevitável, algo que, se não atendido, pode levar
o indivíduo a ter problemas sérios no seu desenvolvimento, seja físico,
intelectual ou emocional. DESEJO é a vontade de possuir algo, de
realizar algo, que pode ou não ser importante para o
desenvolvimento. Está mais vinculado ao prazer.
Para que possamos melhor compreender essa diferenciação,
vejamos o que nos diz a esse respeito o psicólogo A.H. Maslow: O
homem tem uma série de "necessidades normais", que ele agrupou,
de forma hierarquizada, em cinco grupos (quer dizer, a pessoa só
sente as necessidades de um grupo superior quando já está com
as inferiores atendidas. Essa classificação é conhecida como a
Hierarquia das Necessidades de Maslow).
Necessidade de alimentar-se, hidratar-se; descansar (dormir); estar limpo; evitar a
dor; manter a temperatura corporal confortável, em um ambiente
confortável; abrigar o corpo (vestimenta).
Necessidade de segurança física, de saúde, de recursos (viver em um local abrigado,
meios para obter alimentação, locomover-se).
Amor e afeto, da família e de
amigos
Necessidade de reconhecimento, estima, prestígio,
atenção, admiração,
elogios e confiança
Necessidade de educação, religião, crescimento pessoal, desafio, autonomia,
participação nas decisões
LIMITES NAS
DIFERENTES IDADES
Tendo em vista esta construção do ser humano em
relação aos seus aspectos psicológicos e as
necessidades reais de desenvolvimento, sugerimos a
seguir um quadro com as necessidades de cada faixa
etária, ações da família e sugestões de intervenções
durante todos os contextos da vida, inclusive nessa de
maior contato familiar e permanência em casa.
Faixa Etária
Necessidades Ações da Família
Até os 4 anos
Sentir-se desejada, amada e
necessária
Receber cuidados, proteção
e segurança
Ser apreciada, aceita e fazer
parte do grupo
Ter oportunidade de explorar,
brincar e aprender a cuidar
de si mesma (vestir-se,
alimentar-se)
Repousar durante o dia
Dormir cerca de 12 horas por noite
Confortar a criança em suas
NECESSIDADES
Dizer “NÃO”, mas em seguida,
propor o que deve ser feito
Estabelecer os combinados
antecipadamente com clareza
“Premiar” comportamentos
ADEQUADOS, com frases positivas e
reconhecimento do que foi feito
Quando houver uma mau
comportamento IGNORAR, se não
estiver colocando ninguém em risco
RETOMAR ATENÇÃO quando o
comportamento adequado for
retomado
Entre 5
e 7 anos
Conversar sobre o que pensa
/ o que sente
Se comunicar com os pais e
SER OUVIDO
Compreender normas e
valores
Aprovação dos pais e das
outras pessoas do seu
convívio social
CARINHO, a afetividade é
muito necessária nesta fase
em especial
Dormir cerca de 11 horas por
noite
Saber a diferença entre os
sexos
“MUUUUUUUUUITA” atividade
física
Independência cada vez
maior
Ter espaço de tomar a
inciativa
Ter estímulo a sua
imaginação
Conhecer o mundo que a cerca
• Ter normas coerentes de disciplina.
Que as regras sejam justas com o
cuidado de não transformar a casa
em um quartel
• Avisar antecipadamente (5 minutos)
o término de uma atividade
• Enunciar as normas com clareza e
objetividade, explicando o porquê
de determinadas regras
• Definir os limites antes que eles sejam
ultrapassados
• Limitar opções (vestir-se sozinho, ok!
Mas não pode ficar com a roupa no
avesso; limitar as “histórias infinitas”
• Eleger as lutas: discutir por coisas que
realmente sejam significativas
• CUIDADO PARA NÂO EXAGERAR EM LIMITES DESPROPORCIONADOS
Faixa Etária
Necessidades Ações da Família
Entre 8
e 11 anos
Muita atividade física
Estabelecer as bases para a
adolescência
Aumentar o círculo de amizades
(é preciso cuidar, pois podem se
sentir atraídos por grupos
inadequados)
Aceitação pelo grupo de
amigos (atenção para o
consumo de substâncias
inadequadas)
Sentir-se importante parte da
família, desempenhando tarefas
e responsabilidades na casa
Desenvolver o raciocínio lógico Maior independência
• MANTER TODOS OS ITENS DA FAIXA
ETÁRIA ANTERIOR
• Estabelecer períodos de repouso ou
atividades mais sossegadas
• Supervisionar o cumprimento do que foi
estabelecido
• Acostumar seus filhos a dizerem onde
estarão e com quem (mas, para isso, É
NECESSÁRIA A CONSTRUÇÃO DE UM
AMBIENTE DE SEGURANÇA E
CONFIANÇA)
• Reservar um tempo diário para
conversar com as crianças (ATENÇÃO:
numa conversa há espaço de fala e
espaço para a escuta!)
• Alertar sobre a possibilidade do
oferecimento de drogas
• Dar segurança ao seu filho que ao dizer
“NÃO”, ele não perderá amigo
• Ensinar as “desculpas” estratégicas para
esses momentos
• Deixar claro que ele deve RECUSAR
SEMPRE
• Pedir que comunique a você e se
ocorrer, crie um ambiente de proteção
para seu filho e não de histeria
• Ser claro ao tratar das questões de
dependência
• Ajudar seu filho a ter seus tesouros
protegidos e preservar este espaço
dele, sem invadir sua privacidade
• Supervisione os hábitos de higiene
• Reforce os valores éticos
• Tolerar pequenas rebeldias, oriente
argumentando e cuide para não “fazer um cavalo de batalhas” por tudo
Faixa Etária Necessidades Ações da Família
Adolescência
Amor, afeto e
segurança
Ambiente familiar
equilibrado, para dar
suporte às frequentes
crises de insegurança e
identidade
Pertencer a um grupo
de amigos positivo e
saudáveis
Privacidade e respeito
Projeto de vida e
objetivos claros e
imediatos
Respeito e
compreensão em
relação às dificuldades
que atravessa
Liberdade para tomar
decisões e agir nos
aspectos para os quais
já apresenta
maturidade e
capacidade
Limites que o ajudem a
se proteger da própria
imaturidade e
onipotência Ter valores éticos
Premiar e recompensar condutas
adequadas
Fazer o adolescente responsabilizar-se
por atos inadequados
Dar afeto, mesmo quando forem
rechaçados
Tolerar seus (frequentes) momentos de
mau humor, mudez absoluta, caras
feias e resmungos; desde que NÃO
ULTRAPASSEM, de forma alguma, OS
LIMITES DA CIVILIDADE E DO
COMPORTAMENTO EM SOCIEDADE
Saber ouvir os filhos
Fazer conhecer e respeitar as normas
vigentes na família
Ser coerente quanto às normas de
disciplina
Estimular positivamente, buscando
diminuir a insegurança e a baixa
autoestima natural da idade
Ressaltar as vitórias escolares, esportivas
e sociais
Buscar as oportunidades de diálogo
sempre
Ser breve e objetivo nas conversas, sem
rodeios
Ser verdadeiro, “histórias da
Carochinha” não funcionam
Não aceitar que saiam sem dizer onde
estarão e com quem
Aceitar e estimular a necessidade de expressarem independência
CRIE UMA
ROTINA DE CONFIANÇA
Para que nossos pequenos (e nós também!) possamos desfrutar desta
convivência tão próxima, é fundamental que possamos construir com eles
uma rotina clara. Saber o que vai acontecer durante o dia, traz para a
criança uma segurança muito grande e, consequentemente, minimiza a
ansiedade deles durante o dia.
Sugerimos que seja construído, de fato, coletivamente, uma rotina, que
inclua o respeito as atividades de todos da casa. Pode ser com figuras para
os menores ou como um quadro de horários para os maiores. O importante
é que essa rotina seja pactuada entre todos da casa e que possa ser
consultada por todos sempre que necessário (ou seja, imprima ou escreva
em papel).
Para construir essa rotina, precisamos considerar alguns aspectos muito
importantes: a capacidade de concentração das crianças é
consideravelmente menor que a de um adulto e a necessidade de se
movimentar é muito maior.
Outra estratégia interessante é intercalar uma atividade mais agitada com
uma que exija maior capacidade de concentração.
Um exemplo de rotina:
Até as 10:30h – Acordar, tomar café, fazer as necessidades básicas,arrumar a casa e ajudar em algumas tarefas domésticas de acordo
com a idade. Fazer alguma atividade de movimento (existem
aplicativos gratuitos que orientam exercícios físicos ou brincadeiras
como viva ou morto, pular obstáculos dentro de casa usando objetos)
10:30 as 11:30 – Livre para assistir TV, jogar eletrônicos
11:30 as 12:00 – Ajudar no preparo do almoço (colocar a mesa, darassistência a quem vai cozinhar)
12:00 as 12:30 – Almoçar e ajudar na limpeza e organização pós almoço
12:30 as 14:30 – Assistir um filme
14:30 as 16:00 – Atividade de criação, como desenhar, recortar, criarbrinquedos, ler livros, brincar livremente sem eletrônicos.
16:00 as 16:30 – Lanche da tarde e auxilio na preparação
16:30 as 18:00 – Brincar perto de ar livre e sol. Quem tiver varanda ouquintal usufrua desse espaço para jogos de tabuleiro, massinha caseira,
brincadeiras que forem possíveis. O importante aqui é estar tomando sol
e ar fresco.
18:00 as 19:00 – Auxilio no jantar, comer em família, auxílio na limpeza.Tomar banho.
19:00 as 21:30 – Eletrônicos liberados
21:30 – Preparo para dormir. Fazer as necessidades básicas de higiene,oração em família (se tiver uma crença), contar alguma história da vida
dos pais, pedir para que os filhos contem também alguma história sobre
sua vida, se eles quiserem. Abraçarem-se e dormir em torno de 22:00h.
SINTOMAS DA
ANSIEDADE INFANTILA ansiedade é o principal sintoma fruto dessa
experiência de confinamento e isolamento.
Os sintomas desencadeados são preocupação,
nervosismo e/ou medo. Podem ser percebidos em
comportamentos como:
Voltar a fazer xixi na cama
Querer dormir com os pais
Ficar choramingando
Agressividade fora do
comum
Isolamento
Comer demais
Realização de muitos rituais
Medos e fobias (medo
de insetos, animais,
pássaros, sombra,
escuro, monstros,
medo do banheiro, do
chuveiro). São medos
de morrer ou que
aconteça algo de ruim
com aqueles que se
ama.
O
QUE
FAZER
Diminua a frequência de conversas e assuntos sobre
a pandemia
Deem risadas juntos. Traga bom humor na relação
Crie momentos de interação social por aplicativos
de salas de bate papo
Só libere comida nos
horários de refeição.
Fora desses horários
dê água ou sorvete
de suco de frutas feito
na fôrma de gelo. Dê
carinho e atenção no
lugar da comida fora
de hora.
Olhe nos olhos de seus filhos e se conecte.
Fale sobre o assunto se você perceber que a
criança precisa conversar sobre o medo,
sobre a saudade dos amigos.
Se a criança
quiser dormir
com você a
acolha. Tenha
paciência com
a angústia.
Ensine de novo
todo o processo
de fazê-la se
sentir segura de
novo em seu
quarto
Peça ajuda a um profissional para te orientar, mesmo numa consulta pontual. Você não precisa enfrentar esse desafio sozinho!
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Ariès, P. (1981). História Social da criança e da
família. (D. Flaksman, Trad.) Rio de Janeiro: Editora
Guanabara.
Org. Coll, C., Palacios, J. e Marchesi A. (1995)
Desenvolvimento psicológico e educação:
psicologia evolutiva vol.1 Artes Médicas de Porto
Alegre
VYGOTSKY, L. S. et al. Linguaguem, desenvolvimento
e aprendizagem. São Paulo: Icone/EDUSP, 1988.
PIAGET, J. A construção do real na criança. Rio de
Janeiro; Zahar, 1960
ZAGURI, T. Limites sem trauma, Editora Record
CONHEÇA-NOS
MELHOR!
VALÉRIA FRANCO LIRA
Administradora de empresas formada
pela FAPA e Pedagoga graduada pela
FE-USP. Psicopedagoga pela UNIP e
mestre em educação pela Universidade
Federal de Barcelona. Desde 2006, é
Diretora da CLAVE onde desenvolve
trabalhos de assessoria para instituições
de 1º, 2º e 3º setores de diversos
municípios do Brasil.Contato: Whatsapp (11) 981390469
E mail: [email protected]
Facebook:/ClaveAssessoriaPedagogica
RACHEL MATOS
Psicóloga formada pela PUC-SP,
Psicopedagoga pós graduada pela
Universidade Católica de Brasília, polo
Tokyo. Desde 2004 atende clinicamente
e faz consultorias em instituições
educacionais. Coordena o Ciclo de
Palestras Despertare na Câmara
Municipal de Ouro Fino-MG.Contatos: Whatsapp (35)998463342
Instagram: @rachelmatos.psicologa.e.coach