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DISSIPAÇÃO DA ESCURIDÃO

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Page 1: DISSIPAÇÃO DA ESCURIDÃO

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DISSIPAÇÃO DA ESCURIDÃOHistória da Origem da Maçonaria

Esta cópia é em honra e em memória de Samuel Lawrence, que determinou a realizar a vontade de meusbisavós Jonas e Janet.

"Eu cumpri a tua vontade sagrada, querida Janet.Eu dissipei a escuridão que você me pediu.

Eu justifico a minha atitude perante a ciência, a história e a religião e estou contente."Jonas (James) Lawrence

Morto misteriosamente em 1825.

Aviso! Esta História expõe a origem da Maçonaria (ForçaMisteriosa) como a origem do reino do Anticristo!

O rei Herodes designou Hiram Abiud (fundador da ForçaMisteriosa) como mestre em vez de Jesus. Esse Hiram foicognominado Hiram Abiff em total engano. Maçons foramdeliberadamente enganados.

Tradução não oficial.

Traduzido, originalmente, do francês para o árabe e turco por Awad khoury (Encarregado dos assuntosprivados de Sua Excelência o Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, Dr. Prudente de

Morais), no ano de 1897 no Rio de Janeiro, então capital do Brasil.

Versão comentada, com novas notas de pé de página e apêndice com referências bibliográficas quecorroboram em defender a veracidade desta história.

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Edições oficiais:

Edição em árabe: Tblid Althlam a’ou a’sl almasouniah, Beirute, Líbano, 1929. Tradução: Awad Khoury- Título em árabe:

تبديد الظلم أو أصل الماسونية

Capa da edição em árabe de 2010

Edição em espanhol: La Dissipación de las Tinieblas, Ediciones Difah, Buenos Aires Argentina, 1962 –Tradução: Ivan Zodca.

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Capa da edição em espanhol de 1999

Edição em português, Chiado Editora, Lisboa, Portugal - autor: José Cícero Honorato

• Data de publicação: Janeiro de 2014 • Número de páginas: 212 • ISBN: 978-989-51-0991-3

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Título em inglês:

Dissipation of the DarknessHistory of the Origin of Masonry

Disponível em inglês, desde o dia 25 de janeiro de 2003, no web site:

http://heygeorge5.tripod.com

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Dissipação da Escuridão História da Maçonaria

".... Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornarconhecido ...." (Mateus 10,26).

Prefácio da Edição em Inglês

Uma vez ... mais de 250 anos atrás, havia uma cópia deste livro em inglês. Talvez ela ainda exista. Mas seisso acontecer, ela está bem escondida, bem guardada por um descendente do homem que roubou de ... ematou seu legítimo proprietário.

Seu legítimo proprietário, no entanto, deixou viúva. E um filho. Sua viúva casou-se com um amigo de seufalecido marido, um de apenas um punhado de homens em todo o mundo que tinha uma cópia domanuscrito original, que a tradução em inglês tinha sido feita. E assim, apesar do fato de que a cópia deseu pai tivesse desaparecido, o "filho da viúva" herdou o manuscrito e transmitiu-o aos seus descendentes.

E depois por uma série de coincidências, as correntes que prendiam o segredo foram quebradas. A cadeiade sucessão foi quebrada quando um dos descendentes deixou o manuscrito não com o filho de seu filho,mas com o filho de sua filha. A cadeia de ideologia foi quebrada quando um dos descendentes foiconvertido por sua esposa cristã. A cadeia de silêncio foi quebrada quando um dos descendentes domanuscrito traduzido para o francês procurou outros lingüistas para traduzi-lo e publicá-lo em outraslínguas. E assim foi do francês para o árabe, para o espanhol para o inglês.

A associação secreta, concebida pela mente do filho de outra viúva "de mais de 19 séculos atrás”, não émais segredo. Seria coincidência? Ou foi a mão de Deus?

DEDICAÇÃO de Awad Khoury (tradutor da obra do francês para o árabe) a todos os maçons domundo.

Queridos irmãos:

Antes de apresentar a história, dirijo a minha saudação a vocês do fundo do meu coração. A quem, maismerecedores do que vocês, poderia ser dedicada esta História? Quem, além de vocês, tem um direitomaior de lê-la e tê-la? Quem, além do proprietário da casa, deve investigar o que acontece na casa, bemou mal, benéfico ou prejudicial e que está sob o seu teto?

E, se alguém não sabe nada de seus pais, não seria o seu dever de investigar quem são, saber sua origeme ascendência?

Não seria um ser ignorante quem toma uma bebida sem descobrir seus ingredientes? Aquele que veste umterno, não deveria determinar se ele está limpo ou se está contaminado com a bactéria contagiosa? Todasessas alusões dizem respeito ao caso de um membro de uma associação que não sabe nada da suaorigem, seu passado, seu fundador, a história da fundação e os princípios da associação. Quem é essemembro que é ignorante do que ele não deveria ser ignorante?

Somos nós os maçons, que durante 19 séculos não conhecemos a origem ou o passado de nossaassociação!

Os fundadores esconderam esse segredo com astúcia rara, nos mantos do ocultismo, como você verá. Eles esconderam de seus próprios "irmãos" desde o início até o presente, apesar da investigaçãointerminável de historiadores.

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Guiado por Deus, descobri esta História. E uma vez que esta é uma descoberta tão almejada pelosbuscadores da verdade histórica, não seria galante deixá-la na obscuridade, diante de vocês emparticular, e o resto, em geral, proibindo-lhe os seus benefícios. Eu considero sua ocultação umatraição, um ato de covardia, um crime.

Esta é a minha razão para traduzir esta obra para a língua árabe e para publicá-la. Para servir ahistória, a ciência e os próprios leitores, especialmente vós, queridos "irmãos", não duvidando de queessa ação minha irá encontrar no meio de vós, os sábios e o resto do povo, procurando além de todasas suas diferenças religiosas e políticas, o valor que ela merece. Convido-vos a ler esta História comdiscernimento e meticulosidade, com consciência e uma mente aberta, oferecendo-lhes a minhasaudação fervorosa.

Seu descobridor e tradutor de árabe: Awad Khoury

1. Khoury: Revisão no suplemento, "Resumo do Libreto”:

“Dois Séculos de Maçonaria", as palavras dos dois grandes anciãos maçônicos, Jacot e La Tente: "Cadapessoa, quando entra em uma associação, está interessada em saber sua origem e passado."

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INTRODUÇÕES

Resumo da vida do Doutor Prudente de Moraes [ I ]

Dr. Prudente José de Moraes Barros nasceu em outubro em Itu (São Paulo). Em 1863 ele adquiriu o títulode doutor em direito. Em 1864 foi eleito membro do conselho de Piracicaba. Em 1867 foi membro daCâmara dos Deputados de São Paulo. Em 1885, em 09 de janeiro, foi eleito deputado do 8 º Distrito de SãoPaulo. Em 3 de dezembro de 1889, foi nomeado pelo Governo Provisório da República, Governador de SãoPaulo até 18 outubro de 1890, no mesmo dia que foi nomeado senador. Em 21 de novembro do mesmoano, ele assumiu a Presidência da Assembléia Constituinte com 146 votos contra 80.

Nos primeiros dias de março de 1894, ele venceu com esmagadora maioria nas eleições presidenciais,assumindo a Presidência, em 15 novembro de 1894.

Ele foi um exemplo sem precedentes de auto-sacrifício e de justiça, atingindo a amizade, boa vontade econfiança de todas as pessoas e todos os políticos da nação. Morreu em 13 de dezembro de 1902.

Doutor Prudente de MoraesPresidente da Republica do Brasil: 15 de Nov de 1894 a 15 de Nov de 1898.

Resumo da autobiografia de Awad Khoury

Eu nasci em Chyah (Beirute), no Líbano, em janeiro de 1871. Eu recebi uma educação cristã através dosmeus pais, o sacerdote ortodoxo Yousef Antun Garios EI Khoury e Naila Mansur Fagale.

Estudei na escola primária local, adquirindo o título de professor de árabe e francês depois de ter terminadomeus estudos secundários em cursos especiais. Meus alunos eram numerosos, alguns deles sendoexcelentespersonalidades, como por exemplo, o Prof Wadih Naim, que veio a ser o presidente da Faculdade deDireito do Líbano.

Estimulado por minhas aspirações de um futuro brilhante, que eu não poderia alcançar por meio daprofissão de professor, euviajei para a França para estudar o sistema de Pasteur de criar bichos da seda; meus estudos terminaram eme tornei um industrial comerciante nessa profissão. Buscando um futuro melhor e, talvez, por conta do

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instinto natural de minha raça aventureira, abandonei tudo e viajei para o Brasil, onde tive aoportunidade de conhecer o Dr. Prudente de Moraes, Presidente da República do Brasil, que delegou amim a tarefa de decodificação nos assuntos privados da presidência, a partir de 15 de fevereiro de 1896até 12 de setembro de 1897. Durante esse período, o presidente apresentou-me para o proprietário daHistória, como se verá nas páginas seguintes. Por razões de saúde, eu viajei para a França. Com minhasaúde recuperada, e por insistência repetida de meus pais, voltei para o Líbano. Viajei para a Françanovamente e, ao voltar, encontrei em Istambul, Muzaffar Pasha, que me nomeou seu secretário.Viajamos juntos para Beirute, onde, por causa de uma intriga real e a descoberta da minha filiação coma Associação,"A Jovem Turquia”1, da qual eu tinha duas condecorações de mérito, eu renunciei ao meu cargo.

Naquela época foi feita uma tentativa de integrar o Líbano no congresso turco, "Mabhuthan." Taltentativa provocou minha reação, e eu publiquei um livro com relação a essa, intitulado "O Líbano emPerigo." Meu nome foi inscrito na lista negra, e eu fui perseguido por Jamal Pasha [ II ], um governadormais impiedoso do que um imperador otomano, que me obrigou a refugiar com a minha família nasproximidades de um convento de religiosas até o fim da Guerra Mundial.

Awad KhouryTradutor desta História do francês ao árabe, com vestimenta e decorações maçônicas. Ao descobrir o

mistério, desistiu da Maçonaria.

1Sociedade secreta revolucionária e de caráter liberal inspirada nas sociedades secretas Jovem Itália, Jovem Alemanha e Jovem Europa criadas pelo revolucionário maçom e também carbonário, o italiano Giuzeppe Mazzini. Nota do tradutor ao português

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Meu encontro com o proprietário da História

Não se surpreenda caro leitor, se eu declarar francamente a você que eu era um dos extraordinariamentenumerosos buscadores e pesquisadores, ansiosos pela história da fundação da Associação Maçônica e daprincipal razão de sua fundação.

Todos os meus esforços para essa intenção foram em vão. Muitas vezes tive discussões sérias com osmeus "irmãos", depois de ter me tornado um afiliado na associação.

Lutei muito para penetrar os seus segredos através dos altos graus que eu poderia escalar através daminha atividade. Eu não cheguei a nada. Meu destino foi semelhante ao destino de milhares de pessoasantes de mim, cuja busca terminou em fracasso. Eu quase me esqueci do objetivo que com isso tinhasonhado, porque a viagem foi muito longa. Nessa longa jornada eu cheguei a um ponto que não poderiapassar: o ponto de renúncia antes do segredo hermético: o segredo da fundação da Maçonaria. Minhasocupações políticas, especialmente, me obrigaram a negligenciar desse objetivo, agora, para miminatingível.

E um dia, providencialmente, eu conheci o Sr. Lawrence, filho de George, filho de Samuel, filho de Jonas,filho de Samuel Lawrence, graças a Deus e ao Dr. Prudente de Moraes, presidente do Brasil, que oapresentou a mim.Sr. Lawrence é o proprietário da História (o manuscrito hebraico) que apresento ao leitor traduzido emárabe, e ele é, ao mesmo tempo, o último herdeiro de um dos nove fundadores da associação “A ForçaMisteriosa”, como será visto mais adiante.

Dentro de um curto período de tempo, nós forjamos as fortes cadeias de crescente amizade. Nósconcordamos em traduzir o manuscrito para o árabe e o turco, diretamente a partir da versão francesa, umadas línguas em que foi escrita. Gostaria de fazer duas cópias, uma para o Sr. Lawrence, e a outrapermanecerá em minha posse, por isso poderia ser publicada em países árabes e turcos. Nesses países,eu teria direitos exclusivos de reprodução, tradução, edição e publicação nos dois idiomas. Antes determinar a leitura da História, e antes da assinatura do acordo, em uma das reuniões realizadas com Dr.Moraes e meu novo amigo, Lawrence, perguntei ao presidente: "Toda a história tem suas provas ouevidências por nomes de historiadores imparciais de nossa história, em que evidências ou provas podemoscontar, além dos seus proprietários"?

Eis a resposta dada por Dr. Moraes, confirmada pelo proprietário do manuscrito: "Que prova será umahistória como esta, que estava escondida entre os nove homens e seus respectivos sucessores, conhecidaapenas por eles, o primeiro e único de seu grupo, se ninguém o viu ou mesmo leu, ao menos parte de seuconteúdo, exceto os nove? De onde e de quem podem vir as provas no qual aludem você? As provas,então, são: o seu testemunho, os eventos que aconteceram até nossos dias, e as investigações detalhadasdos sábios historiadores, que têmtrabalhado em vão para explicar seu segredo. Além disso, como toda história, o primeiro e o mais velho doshistoriadores, exige a investigação de historiadores posteriores que confirmam seus textos depois de teremvisto e lê-lo, mas esta história, quem a leu? Quem a viu, exceto os nove fundadores e seus respectivossucessores? Nós, você, Eu, incansáveis leitores e pesquisadores da origem da Maçonaria, que temos estemanuscrito perante nós. Eu, que tenho lido e analisado, com base em meus estudos e investigações, afirmoa sua veracidade e recomendo a sua tradução e publicação.

Dr. de Moraes inspirou confiança em mim e despertou o meu entusiasmo para realizar o louvado trabalho.Comecei a trabalhar com entusiasmo, estimulado pela opinião de que meu novo amigo assim deixaria, enão iria persistir em seu acordo. Apesar da exigência do Sr. Lawrence de que a tradução (do francês para oárabe) fosse realizada em sua própria casa, o desenvolvimento do trabalho foi realizado com perfeição, emdois exemplares, como ele pediu.

O trabalho foi concluído no ano de 1897, uma cópia permaneceu na posse do Sr. Lawrence e outra emminha posse. Eu considerei isso um tesouro indescritível e uma relíquia de valor inestimável. No ano 1898voltei para meu país, o Líbano, levando para mim a cópia acima.

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Comparação deste manuscrito com o conhecimento prévio da História da Maçonaria

Uma vez no Líbano, comecei uma série de estudos, investigações e comparações, fazendo uso de todaspublicações em relação a esse assunto. Essas tarefas de consulta de diferentes autoridades sobre oassunto levaram longos anos. A guerra de 1914-1918 ocasionou um recesso obrigatório. O conflitoterminou, eu renovei a investigação solicitando, através de correspondência, do Grande Oriente,instituições de alto escalão e importantes jornais, detalhes sobre a existência de uma história que tratada data de sua fundação e da origem da Maçonaria. Enviei cartas para Londres, Paris, Nova York, Cairo,Berlim, Madrid e Roma, obtendo as seguintes respostas escassas:

Do jornal de prestígio, "EI Mukattam: "A data mais antiga da evidência histórica da história daMaçonaria, de acordo com alguns, a partir de 1217. Segundo outros, a partir de 1390. Antigos autoresmaçônicos afirmam que a Maçonaria data da época de Moisés. Nós não temos nenhuma confirmaçãodisso. Nossa saudação cordial. "

Do Grande Oriente Nacional Egípcio: "Não possuímos qualquer confirmação da data da fundação daMaçonaria. A única coisa que sabemos é que, no ano de 1917 foi publicado um libreto intitulado: (DoisSéculos de Maçonaria). "

Sabendo mais tarde, através de referências, que esse livro é um dos documentos mais importantes deque os maçons dependem, comecei a procurá-lo, encontrei-o na Biblioteca de Assuntos InternacionaisMaçônicos em New Castle.

Do Grande Oriente em Londres: "Falta-nos alguns dados sobre a data da fundação da Maçonaria.Sabemos que já existia no ano de 1.717. "

Do resto das cidades mencionadas não recebi nenhuma resposta o que, a partir do qual, deduzi: osilêncio indicava a sua ignorância a respeito do mistério.

Então, com base em todos os estudos anteriores, à luz dos eventos que aconteceram nos últimos doisséculos e meio até à data presente, um lapso caracterizado por um conflito permanente, entre aMaçonaria por um lado e o islamismo por outro lado, e tendo em vista os textos desta História queapresentamos, todos justificados pelo documentado livro: "Dois Séculos de Maçonaria," não há dúvidaquanto à autenticidade deste manuscrito.

Minhas intenções

Ajudado por providências que me guiaram milagrosamente em direção a esta descoberta, decididefinitivamente publicar esta História. Ao fazê-la, eu não sou movido tanto por interesses pessoais oupela esperança de lucro; em caso afirmativo, eu não poderia esperar mais de um quarto de século.

Minhas intenções são: para manter as promessas e do acordo feito. Para dissipar a escuridão que, pordezenove séculos, a humanidade oscila num invólucro de dúvida. Para revelar esse mistério aos olhosdos homens para alertar-los ante esse perigo cruel.

Devo salientar, também, que eu fui inspirado pelas intenções exclusivamente cristãs de Moraes, [ III ] deacordo com uma de suas declarações que afirma: "Um grande benefício dedicamos à religião cristã comessa nossa ação, eliminando as forças do mal que querem atacá-la, a partir desta fantasia absurdaincrustada. E você, especialmente, com a sua tarefa no império turco, vai estender outro grande serviçoà religião muçulmana ".

Peço a Deus que este trabalho possa ser um farol para todos em geral, e em particular, que possailuminar as mentes do reduzido número de herdeiros que, sucessivamente, guarda o manuscritomonopolizado.

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(Assinado:) Awad Khoury

ACORDO

Entre os signatários abaixo:

Sr. Lawrence George Samuel Lawrence, russo, comerciante viajante de jóias, atualmente no Rio de Janeiro, E o Sr. Awad Khoury de Chyah (Líbano), perto de Beirute, na Síria, comerciante presente no Rio de Janeiroe encarregado dos assuntos particulares de Sua Excelência, Dr. Prudente de Moraes, Presidente daRepública do Brasil.

Lawrence

O último descendente dos proprietários desta História.

O seguinte foi acordado:

Sr. Lawrence, último herdeiro e único proprietário da História, A Força Misteriosa (manuscrito hebraicoantigo) diz: Meu pai e meus avós, que legaram esta história, aparentemente, não tinham em consideraçãoque as línguas árabe e turca são duas línguas ricas e importantes e que a Arábia Saudita e a Turquia sãodois países imensos e em todas as suas regiões a Maçonaria está agora generalizada.

Portanto, tenho considerado necessário para propagar nossa História, acima mencionada, nos países emque disse, traduzido para o árabe e, posteriormente, para o turco, de modo que ela será publicada lá econhecida tanto quanto possível, por todos aqueles que falam e entendem esses idiomas.

Tendo acabado de ter "a honra de conhecer o Sr. Awad Khoury”, e considerando as boas intenções de meupai e seus ancestrais, e de acordo com suas vontades, sucessivamente feitas para a propagação de nossaHistória:

Concordo com o Sr. Awad que ele deve traduzir a nossa História para o árabe e depois para o turco,imprimi-la e propagá-la na Arábia e na Turquia, reservando para si mesmo todos os direitos de tradução,reprodução, edição e publicação nessas duas línguas.

Eu o proíbo, como meu pai me proibiu, de aumentar, omitir ou alterar uma única palavra da História, que elese dedica a traduzir palavra por palavra, de tal forma que ela permaneça textualmente como ela é. Tudoisso inclui a minha grande obrigação de formalmente realizar as intenções de nossos ancestrais, osprincipais proprietários da História que eles deixaram para nós, sucessivamente, desde a origem até o meupai e eu.

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Meu encontro com o sr. Awad Khoury foi provocado por Sua Excelência o Dr. Moraes que merece aminha gratidão por esta introdução.

Sr. Awad diz: eu aceito, com pleno consentimento das cláusulas deste contrato e comprometo-me acumpri-las textualmente, quando as circunstâncias o permitirem, quando nenhum obstáculo impedir-me.

Este acordo foi elaborado em privado entre nós dois, na presença apenas de Dr. Moraes com o seuconselho mais excelente.

Nós dois pedimos-lhe para permitir a menção de seu nome honroso na História, ele respondeu assim:"Se você conseguir imprimi-la durante a minha vida, não há necessidade de mencionar meu nome, masse eu morrer antes do aparecimento desta história, nenhum obstáculo impedirá a sua declaração dosdetalhes desta audiência histórica e a menção do meu nome. Em qualquer caso, vivos ou mortos,mencionados ou não mencionados, desejo-lhe todo o progresso e prazer, igualando ao meu, comrelação a esta história."

Sr. Lawrence é obrigado, finalmente, de que de agora em diante ele não será capaz de envolver maisninguém, nem autoriza qualquer outra pessoa que não o Sr. Awad Khoury de traduzir esta história parao árabe e turco.

Finalmente, nós invocamos a bondade de Deus para que Ele possa conceder ao nosso contrato Suaproteção mais exaltada e divina.

Feito em duas vias, no Rio de Janeiro 12 de agosto de 1897

Assinado;

Lawrence G. S. Lawrence

Awad Khoury Encarregado dos assuntos privados de Sua Excelência o Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil

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Abaixo, carta de Lawrence para Awad Khoury em resposta a outra carta na qual o Sr. Awad pedia uma dascópias em árabe emprestada, pois a sua tradução havia sido perdida durante a I Guerra Mundial. Nessaépoca, ou seja em 1924, Lawrence estava residindo em Petrogrado na Rússia.

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Dissipação da EscuridãoOrigem da Franco Maçonaria

Primeira Seção

".... Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornarconhecido ...." (Mateus 10,26).

Introdução ao Trabalho

Uma parte desta introdução diz respeito a mim, Lawrence, filho de George, filho de Samuel, filho deJonas, filho de Samuel Lawrence, de origem russa e, neste momento, residente no Rio de Janeiro,capital do Brasil, no ano de 1895.

As outras, parte pertencem a alguns dos meus antepassados, que herdaram e legaram esta história.

Quantos homens eruditos e historiadores que realizaram longas investigações para conhecer a históriada fundação da associação maçônica e sua verdadeira origem não chegaram a nenhuma conclusão.Seus esforços foram em vão.

Alguns acreditam que a origem da associação maçônica remonta a Adão, outros acreditam que ela vaivoltar para Moisés, outros a David, outros a Salomão, outros a Cristo, etc, etc.

Inumeráveis são aqueles que gastaram seu tempo na busca sem chegar a realizar os seus anseios. Onúmero de pesquisadores que, juntamente com seus familiares, amigos e colaboradores, reuniram-se edebruçaram nesse trabalho é incrível. Para o referido são adicionados todos os chefes das religiões detodo o mundo, especialmente na Europa, Turquia, Egito e América. Quem mais devo acrescentar? Euacrescentaria a família maçônica em si, incluindo os presidentes dos Grandes Orientes, os presidentesdas Lojas e as filiais, que possuem graus elevados, exceto os nove homens que têm, respectivamente,herdado de seus correspondentes antepassados, o segredo da fundação da Força Misteriosa.

Gostaria de acrescentar também reis, nobres e governantes, sábios, descobridores e investigadores. Oshistoriadores, autores, escritores e poetas. Oradores, legisladores e jornalistas. Advogados, juízes,médicos e farmacêuticos. Comerciantes, industriais e desportistas. Mesmo os analfabetos, a quem essainvestigação não teria cabimento. Todos estes acima mencionados, integrados nas diferentes classes dacomunidade, os maçons e não-maçons, formam um verdadeiro exército que persegue o segredo.

Eu divido esses pesquisadores em três grupos:

1. Os historiadores que passam os dias e noites no estudo e na leitura tentando em vão chegar aconhecer o segredo da verdadeira história da fundação da Maçonaria.

2. Os ilustres autores que tentam estabelecer alguma coisa sobre o segredo. Tudo em vão, aindacontinuam com seus estudos sem ter atingido seu objetivo.

3. Os associados e seus colaboradores que não têm chegado a lugar nenhum, apesar de seusesforços.

É deplorável! Todas as investigações não chegam a nada, eles não conseguiram nenhum resultado! Onúmero de pesquisadores, desde a fundação da associação até aos nossos dias (o fim do século 19)pode ser estimada em centenas de milhares. Recebi estas verdades do meu pai, que por sua vezrecebeu-os de seu pai, e ele de seu pai, retrospectivamente para a origem da linhagem: os novefundadores do ano 43 depois de Cristo.

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Assim é que eu, Lawrence, filho de George, filho de Samuel, filho de Jonas, filho de Samuel Lawrence, deorigem russa, o último descendente dos descendentes de um dos proprietários desta História, digo:

Herdei do meu pai um manuscrito composto por nossos ancestrais na língua hebraica e traduzido por umdeles para o idioma russo. Outro deles traduzido para inglês. Nosso ancestral, Jonas, introduziu no manuscrito uma série de eventos nesta História, portanto, sendoproduzido por ele e seus antepassados. Jonas arranjou-a e dividiu-a em duas seções. Ele queria publicá-la,mas vários obstáculos o impediram: a saúde, meios econômicos e eventos políticos. Ele e sua esposa,Janet, conceberam a idéia da publicação desta História. Encontrando-se incapazes de fazerem isso, elesdelegaram a sua publicação para seu filho, o meu avô, Samuel. Jonas morreu sem ver seu desejocumprido.

Meu avô, Samuel, filho de Jonas, que era o filho de Samuel Lawrence, aqui dirige suas palavras para seufilho, George, meu pai. Samuel disse ao seu filho, George:

Filho: Aqui você vê estas introduções encabeçadas por uma lista de nomes. Estes nomes correspondem àordem sucessiva dos herdeiros desta História desde a renovação da associação (A Força Misteriosa),quando mudou seu nome para "A Maçonaria." Eles incluem: Joseph Levy.

Joseph Levy é um dos renovadores da associação. Ele é um judeu e um herdeiro da História de seusantigos antepassados que, por sua vez, herdou de Moab Levy, um dos nove fundadores.

Foi o nosso ancestral, Joseph, que concebeu a idéia de mudar o nome da associação A Força Misteriosapara Maçonaria e de reformar os estatutos.

Aqui você tem os detalhes: Ele foi enviado a Londres com seu filho, Abraham, e um amigo chamadoAbraham Abiud, todos judeus, os descendentes dos herdeiros da História e muito bem financiados.2

Eles haviam feito esforços para entrar em outra cidade e, não tendo sucesso, eles se dirigiram paraLondres. Lá encontraram dois homens influentes e pessoas conhecedoras que serviram como elementosadequados para realizar seus propósitos. Eles são:

John Desaguliers e um companheiro chamado George.3

Depois de ter fortalecido a amizade entre eles, Joseph Levy revelou o nome da associação: "A ForçaMisteriosa", e relatou aos seus dois amigos, em síntese e com discrição, algumas partes da História,escondendo seus segredos fundamentais. Ele também revelou aos dois que, por um longo tempo, aassociação estava inativa, quase morta, e que necessitava, para a sua renovação e reforma de seusestatutos, a alteração de seu nome de tal modo que os novos estatutos pudessem atrair muitos membros, eassim pudesse crescer.

Com muita eloqüência e esperteza, Joseph Levy foi bem sucedido em convencer os seus dois amigos JohnDesaguliers e George, da necessidade de reviverem a associação. Tendo alcançado esse sucesso inicial,eles se separaram com a condição de que se encontrariam novamente, e que cada um deles deveria trazertrês nomes apropriados para a associação, de onde sairia um nome específico. O próximo encontro deu-se10 (dez) dias depois. Cada um deles apresentou um nome, sendo que o nome aprovado foi aquele propostopor Joseph Levy: FRANCO MAÇONARIA (FREEMASONRY em inglês). Isso foi em 25 de agosto de 1716.

Abraham, filho de Joseph Levy, que havia presenciado as duas sessões, disse: Este nome teve preferênciasobre os outros por duas razões: Primeiro, porque é o mesmo nome que alguns arquitetos italianosadotaram no século 13 (Maçons). Em segundo, porque era uma expressão adequada dos sinais antigos edos símbolos utilizados na associação, A Força Misteriosa; símbolos que pertenciam à construção earquitetura, proposto por Hiram Abiud, um dos fundadores, com a finalidade de dissimular a origem da

2 O manuscrito não faz menção a quem enviou e financiou-os, nem ao lugar de onde partiram, mas é reconhecido que esse país seria a Rússia.Também não é mencionado porque escolheram Londres. Pensa-se que eles selecionaram-na porque ela era uma das maiores cidades capitais. EmLondres, eles encontraram com Desaguliers, um homem ambicioso e com objetivos definidos e especiais, como será visto. [ IV ]

3 No manuscrito hebreu e na versão em francês, Abrahan Abiud disse: Eu acredito que George é o seu primeiro nome. Desaguliers sempre ochamou de George. Nossos arranjos eram com Desaguliers, mas ele estava sempre presente nas reuniões e participou das discussões. NTPortuguês: não confundir com George Payne, 2° Grão Mestre da Loja da Inglaterra.

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Associação, atribuindo-a a épocas anteriores a Jesus. (Na segunda seção detalhes surpreendentessobre esse assunto será visto). Desaguliers aprovou as palavras de meu pai, acrescentando:

"Em terceiro lugar: hoje em dia arquitetos e construtores têm associações, sindicatos e pousadas ondese reunem para fortalecer e dignificar a sua profissão. Com este nome, então, poderemos reunir tudo emuma única associação sem ninguém saber os nossos propósitos. "E em quarto lugar, estes dois termos,'Maçonaria' (construção) e "Mason", que são encontrados desde a antigüidade, será um véu espessosobre o segredo da origem da fundação; e, além disso, sem dúvida, eles vão aumentar o prestígio daAssociação”.

Nosso ancestral, Abraham Levy, antes de sua morte, acrescentou4: "Desaguliers especificou queaquelas pessoas que se juntassem às lojas antes de 1717 em Londres seriam maçons 5, no sentido deque eram engenheiros, arquitetos, construtores, e aprendizes (no sentido de ajudantes de pedreiro), masnão teriam conexão com a associação, A FORÇA MISTERIOSA, que deu o verdadeiro início daMaçonaria.” Para este propósito, cinco homens se encontraram/reuniram: Joseph Levy, JohnDesaguliers (pastor), e os companheiros mencionados acima e eles aprovaram o acréscimo do termoLivre ou Franco ("Free"), assim, inequivocadamente, ocultando a data da fundação do resto das pessoasem geral e dos membros e associados em particular.

John Desaguliers e seu companheiro começaram a exigir que Joseph Levy lhes mostrasse a História.Levy os fez saber que a História havia sido traduzida para a língua inglesa, e que três dos manuscritosque haviam sido herdados haviam se perdido recentemente, quatro dos manuscritos haviam se perdidohavia muito tempo atrás, e que restaram apenas a sua própria cópia e uma outra.6 Tais declaraçõesdeixaram Desaguliers e George extremamente excitados, o motivo pelo qual eles insistiam tanto nanecessidade de uma cópia apropriada era que seria mais fácil para eles formularem um novo estatuto.Eles se mostraram tão fiéis aos princípios, desejos e doutrinas de Joseph Levy que foram bemsucedidos em convencê-lo a entregar lhes uma cópia do manuscrito. Passou-se um tempo no qual elesleram-no.

Os cinco se encontraram novamente e decidiram convocar alguns amigos sob o pretexto deestabelecerem uma “Associação Unitiva”. O verdadeiro propósito era a renovação da associação, AFORÇA MISTERIOSA, a sua ressurreição com o novo nome que foi acordado pelos cinco e também arestauração da primeira loja, a Loja Principal (Jerusalém). E Joseph Levy assim desejou também7.

Em 10 de Março de 1717 eles convidaram diversos arquitetos e conhecidos. Os convidados forampresididos por um homem sábio chamado Dr. James Anderson[ V ] e que era amigo de John Desaguliers.Após longas discussões eles chegaram a um acordo e indicaram a data de 24 de Junho de 1717 pararealizarem um grande encontro8.

Entrementes, Joseph Levy preparava o seu filho, Abraham Levy, para os grandes eventos do futuro.Dias depois Abraham Levy viajou para Portugal acompanhado de Abraham Abiud, seu parente9. Esteultimo era descendente de Hiram Abiud, um dos fundadores originais, e proprietário desta cópia.

Entre as datas de 10 de Março e 24 Junho de 1717 um grande conflito se iniciou entre Joseph Levy,John Desaguliers e George, por causa de sua recusa em devolverem a cópia do manuscrito. (Esseconflito terminou com o assassinato de Levy e o desaparecimento da cópia mencionada em inglês, acópia em hebraico e todos os papéis de Levy. Os detalhes desse evento são registrados na SegundaSeção desta História, onde os principais motivos para o assassinato do nosso ancestral, Joseph Levy,são dados a conhecer).

4 Cada um dos herdeiros, os proprietários do manuscrito, acrescentou o que aconteceu em sua época.5 Mason: Palavra que em inglês significa pedreiros.6 É o manuscrito de Abraham Abiud. É aquele cuja tradução temos em mãos.7 Abraham Levy disse: “Meu pai estava determinado a fundar várias pousadas com este nome, e para difundir a missão da Associação em todoo mundo. Desaguliers pediu para acompanha-lo, mas meu pai recusou, fazendo-se saber que seus únicos companheiros seriam seu filho e seusparentes”.

8 É o aniversário da Maçonaria. Ridiculamente os monopolizadores do segredo declaram que eles celebram a festa de São João.9 A cópia não menciona o grau de parentesco entre os dois.

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Abraham e Joseph Levy disseram: "A reunião foi realizada em 24 de junho de 1717, e a primeira Loja foifundada após uma violenta discussão (como alguns dos que estavam presentes na reunião relataram-me nomeu retorno de Portugal), durante o qual meu pai insistiu energicamente de a loja ser chamada de A Lojade Jerusalém, de acordo com o estabelecido entre ele, Desaguliers e George. Alguns aplaudiram, mas amaioria decretaram em ser chamada de a Grande Loja da Inglaterra. No entanto, durante um curto períodode tempo foi chamada de a Loja de Jerusalém10, mas por insistência da maioria foi definitivamente alteradapara a Grande Loja da Inglaterra. E mais; havia um conflito sobre a disputa pela presidência entre Levy eDesaguliers. Dois meses após essa reunião, Abraham Levy e Abraham Abiud retornaram de Portugal. Suassurpresas foram indescritíveis e seus choros desenfreados ao serem informados do desaparecimento deJoseph Levy, de forma absurda e oculta. (Veremos os detalhes mais adiante).

Aqui é necessário mencionar os nomes dos sucessivos herdeiros desta História, do nosso ancestral, JosephLevy, o renovador da Associação, até a mim Lawrence. Joseph Levy era filho de Nathan, que era o filho deAbraham, Abraham o filho de Jacob, Jacob o filho de Nathan, Nathan o filho de Jacob, que foi o filho deIsaac, Isaac que era filho de Moab, Moab o filho de Rafael, etc., etc. [ VI ] até chegar a Moab Levy, o primeiroancestral e um dos nove fundadores da Associação, A FORÇA MISTERIOSA.

1. Joseph Levy, Judeu, 1665-1717

2. Abraham, filho de Joseph Levy, judeu, 1685 - 1718

3. Nathan, filho de Abraham Levy, judeu, 1717 - 1810

4. Esther, filha de Nathan Levy, judia, 1753 - 1793

5. Samuel Lawrence, marido de Esther, judeu, 1742 - 1795

6. Jonas (filho de Samuel e Esther), convertido a cristão - novo nome de James, 1775 - 1825

7. Janet, filha de John Lincoln, cristã protestante, 1785 - 1854

8. Samuel, filho de Jonas e Janet (madrasta), cristão protestante, 1807 - 1883

9. George, filho de Samuel Lawrence, cristão protestante, 1840 - 1884.

10. Eu, o último dos descendentes de um dos fundadores e proprietário da História, adiciono o meu nome,Lawrence, filho de George Lawrence, cristão protestante. Depois de anotar a data da morte do meu avô,Samuel, 1883, e da morte de meu pai, George, 1884, anoto a data do meu nascimento, 1868.

Agora, mencionaremos os nomes de alguns dos fundadores:

1. Rei Agripa, o fundador e primeiro presidente (mais detalhes na segunda seção).

2. Hiram Abiud, quem concebeu a idéia da fundação da Associação. Praticamente falando, ele é o fundador.Ele era órfão de pai, e foi por isso que, em homenagem a ele, o rei Agripa chamou todos “os misteriosos(mysterious ones)”11 pelo nome “filhos da viúva”. Esse pseudônimo é utilizado por eles até o presente. EsseHiram não é Hiram Abiff, o antigo arquiteto da Síria que construiu o Templo de Salomão, como “osmisteriosos” e seus sucessores, os maçons, acreditam.12 (Mais detalhes na segunda seção).

3. Moab Levy, nosso primeiro ancestral.

Os nomes dos outros fundadores estão registrados na segunda seção, com exceção de um, cujo nome estáilegível, quase apagado no manuscrito hebraico.Meu avô, Samuel, mais uma vez direcionou essas palavras ao seu filho, George, meu pai:

10 O manuscrito não especifica quanto foi esse curto período de tempo.

11 Membros da Associação “A Força Misteriosa”.

12 Nota do tradutor de árabe: E como eu acreditava antes de descobrir esta História.

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“Meu filho, você deve ter observado que eu estou interessado na publicação desta História. Vocêtestemunhou o acordo com o dono da gráfica que será responsável pela edição em língua hebraica”.

“Que o homem é constantemente exposto à morte”.

“Seu avô não pôde cumprir os seus desejos de publicar este livro, porque a morte o pegou de surpresa.Mas ele já havia recomendado de eu publicá-lo. Agora, eu vos digo: Se eu não for capaz de ter essasatisfação, ou se eucomeçar a publicação e não terminá-la, eu encarrego-o para dar a esta história a grande importânciaque merece, a História que vou entregar a você antes de morrer. Assim eu vou cumprir com a obrigaçãode sua sucessão”.

"Mas, filho, devo exigir uma condição a fim de entregar o segredo para você. Você deve colaborarcomigo com toda a serenidade e discrição absoluta”.

"Agora, escute: em primeiro lugar você deve dominar as línguas inglesa e francesa, e mais tarde traduziresta História, literalmente, para essas línguas. Será, então, escrita em quatro línguas: hebraico e russopelos nossos antepassados, inglês e francês por você. A cópia em inglês que existia desapareceu comLevy, como você viu. Coloque toda a sua atenção em sua publicação nos idiomas mencionados. Se nãofor possível para você fazer isso, seja capaz de pedir a colaboração de quem tenha recursos financeiros.Por qualquer meio, você deverá utilizar todos os meios ao seu alcance para ser capaz de conseguir apublicação deste livro em todo o mundo, de acordo como desejo do seu avô, Jonas, e a vontade de sua avó, Janet”.

"Filho, você deve saber que eu herdei esta História do meu pai e ele de seus pais e avós de formacontrária à lei hereditária legislada pelos nove fundadores, antepassados da Associação, como será vistoabaixo”.

"A cópia foi herdada com indescritível reserva e cautela, em segredo absoluto. O pai a legou apenas aum de seus filhos do sexo masculino, o que se distinguiu entre os seus irmãos por sua sabedoria,seriedade e julgamento. E se o pai não teve filhos do sexo masculino, herdou o mais sério e responsáveldos membros diretos próximos da família, sem ir além do segundo grau de consangüinidade. Ou seja: oherdeiro deve ser do sexo masculino, um filho, sobrinho ou primo (do lado do pai), e não mais adiante,de modo que este segredo pôde ser escondidoapenas entre nove homens, os descendentes dos nove fundadores”.

"Meu pai herdou o manuscrito de sua mãe, e não de seu pai, de acordo com a referida lei. Então, a esterespeito, a nossa herança é contrária à tradição que obriga não legar ao sucessor, exceto para criançasdo sexo masculino. Joseph Levy é o meu antepassado do lado da minha mãe como já vimos".

Aqui você tem a enumeração dos sucessivos herdeiros desta História desde a renovação da Associação,1716-1717, até nós.

O ancestral renovador, Joseph Levy, não tendo o talento de um historiador, copiou sinteticamente, coma colaboração de Abraham Abiud, os dois manuscritos herdados por ele de seus próprios respectivosantepassados a partir do ano 43 após o nascimento do "Impostor Jesus"13, ano da fundação daAssociação. Os dois manuscritos eram, logicamente, exatamente os mesmos.

Após o retorno de Abraham Levy e Abraham Abiud de Portugal, o primeiro, acompanhado por Abiud,dirigiu-se a Desaguliers e George, perguntando sobre seu pai. Os dois o fizeram saber que eles não tinhamvisto ele por um certo período de tempo e eles acreditavam que ele tinha ido para Portugal.

Abraham Levy, após aquela entrevista, se dedicou a investigar a conspiração. A julgar pela relaçãoanterior entre seu pai, Desaguliers e George, Abraham Levy inferiu que eles eram os assassinos. Eledecidiu então vingar-se por seus próprios métodos.

13 Deixamos o termo “Impostor”, tal como é, deixando claro que nós não usamos o termo, e sim os ancestrais fundadores.

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Ele começou a cultivar a amizade de Desaguliers e George, fazendo-os saber que ele queria entrar naAssociação para ocupar o lugar de seu pai, que, com o seu conhecimento, tinha o preparado para isso. Aamizade, em dada ocasião, aumentou: a estratégia foi bem sucedida.

Quando surgiu uma oportunidade, Abraham Levy e Abraham Abiud convidaram George a tomar um passeioatravés dos subúrbios da cidade. Lá eles mataram seu inimigo, o evento permanece em segredo hermético.Esse crime foi mantido escondido, como o crime cuja vítima foi Joseph Levy.

Eles decidiram, mais tarde, assassinar Desaguliers, o ator principal do assassinato de Joseph Levy, e poressa razão, eles começaram uma zelosa vigília, aguardando o momento de realizar seu objetivo. Poucotempo depois, Abraham Levy morreu, vítima de tuberculose, dois anos após seu casamento com Esther.

De seu filho, Nathan, que era muito pequeno no momento da morte de Abraham, herdamos a História daseguinte maneira:

A viúva de Abraham Levy, a mãe de Nathan, casou-se com Abraham Abiud, o companheiro, associado eparente de seu marido morto. Abraham Abiud acalentou Nathan como se ele fosse seu próprio filho,especialmente porque ele não teve nenhum.

Abraham Abiud e Nathan, o filho de sua esposa, eram então os únicos herdeiros e possuidores do únicomanuscrito hebraico14 conhecido dos descendentes de Abiud, porque o outro, pertencente aosdescendentes de Levy, desapareceu com Joseph Levy.

Nathan cresceu e casou-se. Ele teve apenas uma filha que deu o nome de Esther, o nome de sua mãe15.

Nathan arranjou o casamento para sua filha, Esther, com Samuel Lawrence, que não era dos seus (Levy)descendentes. Como não tiveram filhos do sexo masculino, nem familiares próximos, Nathan entregou aHistória a seu neto, Jonas, filho de Esther e Samuel Lawrence, como herdeiro legal. Essa é a causa dailegalidade na herança, porque Jonas não é um descendente do lado de seu pai, como exige a lei. EsseJonas é o meu pai e de quem, naturalmente, recebemos esta História.

Nossa herança é, de fato, legal e dele recebemos outra herança: a religião cristã, porque ele se casou comuma cristã protestante chamada Janet, a filha de John Lincoln, e ele converteu-se ao cristianismo. Jonas foiquem traduziu esta História para o português16, dividindo-a em dois capítulos e adicionando verdadesconfirmadas e as revelações das investigações. Dele herdei a História, assim como você o vê. Ele e Janet,sua mulher, conceberam a idéia de publicá-la. Como os eventos impediram sua publicação, ele pediu-mepara não poupar qualquer esforço para fazê-la. Ele me disse uma vez: "Se os eventos que impedem apublicação de minha História persistir, você, Samuel, deverá fazer o que for possível para imprimi-la epublicá-la”.

14 É a cópia que temos em mãos.

15 Ver a lista na Página 23

16 Uma versão perdida.

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Jonas

O último ascendente judeu dos proprietários desta História. Ele converteu-se ao cristianismo e casou-secom Janet.

Eu também, oh quanta má sorte! Tenho tido tantos infortúnios por causa de minhas doenças, como vocêvê. Se eu não for curado, eu lhe perguntocomo o seu avô me perguntou. Em você, George, apenas a você depende o cumprimento dotestemunho.

A partir do texto da História, agora você sabe que seu avô, Jonas, não era da descendência dosfundadores da Associação. Deduzimos, então, que a violação de Jonas, do direito de herança deste livroe sua adoção da religião cristã foram as razões para o seu assassinato e desaparecimento antes decumprir seus desejos. Nossos esforços para descobrir como ele morreu foram em vão. É um segredo.

Nossa seita original, a seita judaica, na qual não sei nada de seus segredos, nem o segredo dafundação da Associação, nem de seus fundadores, exceto os nove homens mencionados quedescendem dos primeiros nove homens que legaram as respectivas cópias, com os segredos desde oano 43 depois de Jesus.

Devemos ser gratos por eles ter-nos feito seus herdeiros desta História preciosa, através da qualaprendemos que a associação maçônica foi fundada com o nome de Força Misteriosa no ano 43 depoisde Jesus e que seus fundadores são de nossa seita original17, homens de astúcia extraordinária, comovocê vai ver e admirar.

Deram-lhe esse nome porque, como eles acreditavam, a força nasceu com eles e iria ficar escondidaneles, crescendo pouco a pouco, até o momento de sua revelação.

Naquela época, tinha dois objetivos: o primeiro, para impedir o apostolado dos homens de Jesus e paracombater a sua pregação. O segundo, para preservar a influência política.

Mas aquela força não cresceu tanto devido ao seu nome terrível. Ela prosperou durante algum tempodentro de seu ocultismo mágico, e desapareceu em outra época, como resultado de um ato criminosocometido por ela, misteriosamente, contra um dos seus membros, no qual ninguém sabia nada do infelizque desapareceu, nem como foi escondido; os membros da família não sabiam os mínimos detalhes ou

17 Judaísmo

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ignoravam se ele era um membro da Associação. Quem sabia? Apenas os membros. E destes, quem seatreveria a revelar o segredo? Ninguém, porque quem fez isso pagou com a vida.

Essa era a sua lei, a lei estrita de selvageria e ocultismo18. Para a menor contradição ou para a menordúvida, um membro era condenado à morte. Um tribunal de três juízes determinava a condenação doacusado, na maioria dos casos, por um simples rumor a respeito de sua conduta. O acusado conhecia aacusação e a sentença no momento do seu assassinato.

Essa selvageria em todo o seu método e significado, incutida nessa lei estrita, tem como finalidade principalo combate aos homens de Jesus e a oposição de sua pregação. Outro objetivo muito importante que existia:para

fortalecer o elemento judeu e regressar o mundo para o judaísmo19 de acordo com as próprias palavras dealguns herdeiros antigos. Um deles pertence ao herdeiro sucessor, Haron Levy, do final do terceiro séculodepois do "impostor" Jesus. Outro texto é recordado do início do século VII, após o "impostor" Maomé,fundador da religião maometana, que "reivindicou" a profetizar como fez o "impostor" Jesus. Este texto, quepertence a Levy Moses Levy e que está registrado neste livro, manifesta a "grande desordem que oaparecimento de Maomé causou entre os próprios misteriosos e o ódio irreprimível em direção a seushomens e seguidores."

Diz também: "Enquanto os sucessores do rei Agripa insistiram na batalha para esmagar a doutrina religiosade Jesus, a fim de converter o mundo ao judaísmo, o astuto Maomé apareceu e caiu sobre os judeus,especialmente sobre os nove monopolizadores do segredo, como um relâmpago."

Vemos então que a declaração de nosso ancestral, Joseph Levy, no primeiro quarto do século 18, váriosanos antes da mudança do nome da Associação, coincide exatamente com as declarações de seusantepassados mencionados neste livro, passando de século em século, para Jonas, meu pai, que foiconvertido para o cristianismo. Vemos, então, em todos os textos desta História, que os princípiosfundamentais da Associação são contra Jesus e seus homens, e mais tarde contra Maomé e seus homens,tendo por finalidade: proteger e preservar apenas a religião judaica20.

Lawrence disse: "Todos esses textos coincidem que a finalidade principal da Mãe (a antiga) Maçonaria éaniquilar o cristianismo, destruir suas bases e elevar o prestígio da religião judaica. Hoje, apesar de suaevolução, ela preserva a mesma finalidade".

Aqui novamente Samuel escreve: Nosso ancestral, Joseph Levy, ao ver que esses sistemas foram bárbarosimpedindo a consecução dos objetivos indicados, e para o benefício do progresso da Associação, propôs aidéia de mudar seu nome a um contemporâneo judeu muito rico, que abraçou a idéia e prometeu a suaajuda monetária. Os dois concordaram em apagar da cópia o texto daquela intenção para que ninguémsoubesse, exceto eles e os nove herdeiros sucessores.

Levy, juntamente com seu filho, Abraham e seu parente, Abraham Abiud (todos descendentes dos novefundadores) viajou para Londres, onde fizeram um acordo com Desaguliers e George, e assim, depois deum longo processo, a renovação da Associação foi concluída, com o seu novo nome, FRANCO-MAÇONARIA, em 24 de junho 1717. "FRANCO-MAÇONARIA", uma palavra composta por um substantivo e

18 Comentário por Jonas: A tão terrível lei do ocultismo da "Força Misteriosa" ainda existe na Maçonaria. Nela, o filho entra como um

ladrão, sem o conhecimento de seus pais. Ele come, bebe, dorme com eles, sob o telhado de alguns, enquanto ele é o seu inimigopolítico e religioso. Ele tenta impor seus princípios corruptos em casa, se ele não conseguir isso, ele reage, causando sofrimento efinalmente, o colapso de sua própria casa.

19 Palavras do Dr. de Moraes: Baseado na minha grande experiência estou convencido de que foi a Maçonaria que difundiu o espírito

extremista de liberdade, a fonte da corrupção. Liberdade extremista que esmagou a ordem educacional, corrompeu a comunidade

humana e inflamou o fogo da paixão política em cada território. Dela nasceram as fontes da prostituição e da imoralidade. A

Maçonaria, querendo apropriar-se dos primeiros frutos das palavras, Liberdade, Fraternidade, Igualdade, exagerando em suasexplicações. Palavras originadas pelo próprio Cristo, que fundou com elas os três pilares da humildade e do amor, para libertar oescravo de sua escravidão, porque os homens são todos irmãos na humanidade, sendo filhos de um único Pai e que eles são iguaisem direitos e na justiça. Cristo queria preservar o prestígio destas três palavras, e não deixá-los à disposição das pessoas com másintenções e dos extremistas que as explicaram para os seus próprios propósitos.

20 Com relação a isso, Janet disse em 1818: "Acredito que o laicismo tem a sua origem na Associação, a " Força Misteriosa ", e não é

nada mais que um ramo da mesma. "

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um adjetivo (Franco-Maçonaria), proposta pelo nosso ancestral, Levy, foi aprovada pelos colaboradoresem 25 de agosto de 1716.

De 24 de junho de 1717, a Associação sofreu evoluções importantes e mudou seu aspecto bárbaro,mas, no que referia ao ocultismo, tornou-se muito mais rigorosa. [ VII ]

Depois de ler esta história e conhecer todo o ódio desencadeado contra as duas religiões: a cristã e amuçulmana, o fato de que era unicamente judaica foi confirmado para mim, porque até o presente, nãofoi ouvido que a Maçonaria combate a religião judaica.

Nos dois mundos: o cristão e o muçulmano, vemos os Maçons afiliados, eles mesmos sendo iniciadoscom todo o ocultismo. Vemo-los, depois de receber os segredos fundamentais, negar a sua filiaçãomaçônica e tornarem-se menos fieis às suas crenças religiosas. Existe alguma dúvida, então, que aMaçonaria é a inimiga mortal dessas duas religiões?

Os maçons, observando a desconfiança geral com respeito a sua Associação, criam uma falsa fachada,estabelecendo associações comuns com outros nomes, mas com os mesmos fins no qual eles juntam aessas pessoas temerosas de seunome, com a finalidade de partilhar homens e seu dinheiro, assim fortalecendo a maçonaria.

Os membros dessas associações comuns, em seguida, passam a ser membros da Maçonaria. A origemde todos esses enganos é judia, para reviver os princípios judaicos.

Seu marido, Jonas, disse, confirmando que: "A associação da Maçonaria é a mesma associação 'ForçaMisteriosa' ou antiga Maçonaria, sendo o laicismo derivado dela; Maçonaria e laicismo, então,descendem da associação, a Força Misteriosa”.

Desta forma, a associação progrediu de uma forma continua até que veio a mudar a face do mundo.

No que diz respeito à conversão de seu avô, Jonas, ao cristianismo, vou dizer-lhe que a sua noiva, amenina protestante, Janet, quem ele "amou profundamente”, se recusou a contrair matrimônio com eleantes de sua conversão ao cristianismo. Vocês verão os detalhes no capítulo correspondente comrelação a isso.

Após concluir a tradução da História para o português21, e ao fazer esforços para revelá-la à opiniãopública, ele viajou de repente, por um motivo urgente, para a Rússia. Ele deixou, naquela época, aHistória, sob os cuidados de minha mãe e eu. Sua viagem não durou mais que um ano, e no retorno, eleenvolveu-se em assuntos políticos que tomaram dele o tempo e a vontade de continuar a impressão daHistória. Um pouco mais tarde, ele teve que fazer uma outra viagem, a partir do qual ele não retornou.Ele morreu ali, no ano de 1825. Ninguém sabia nada de sua morte. Recebemos a História em duasversões, uma em hebraico e outra em russo.

Minha mãe sempre insistiu para que eu publicasse a História e um dia ela me disse: "Samuel! Samuel!Apesar do fato de que seu pai morreu vítima de sua conversão ao cristianismo, e talvez vítima dessahistória, faça você saber do meu absoluto desejo de continuar a tarefa de seu pai, a fim de publicar esseextraordinário trabalho. Você deve determinar a realizar a vontade de seu pai morto e a minha vontade.Você sabe que existem nove cópias originais, de acordo com o número de fundadores que legou-los aosseus sucessores até o nosso tempo. Três das cópias originais foram roubadas e desapareceram,segundo os textos da História. Os restantes das cópias estariam em posse dos respectivos sucessores,a quem não conhecemos. Mas possuímos uma delas”.

É esta que temos em nossas mãos. Você, Samuel, deve preservá-la zelosamente para cumprir com avontade de seu pai e a minha de publicar essa história para o benefício religioso, cultural e humanitário.Sem dúvida, a maioria das pessoas se regozijará do aparecimento dessa História, até mesmo ospróprios membros da associação maçônica. O mundo inteiro, acima de todos os diferentes gruposreligiosos e políticos, terão alegria indescritível. Samuel, observe e cumpra as minhas recomendações!"

21 Lawrence diz: É claro que a versão em português está perdida, porque o meu avô, Samuel, disse que ele recebeu duas

traduções, em hebraico e em russo, e que ele as recebeu de meu bisavô, Jonas.

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Então ela disse: "Esta história, meu filho, também será de grande importância para as mulheres”. Estaspalavras são para elas:

“ Mulher! Desde a criação você goza da maior afeição e respeito do mundo. Os sábios, filósofos e grandeshomens falaram de você. A mulher balança o berço com a mão direita e o mundo com a mão esquerda. ”

“A vocês, então, mulheres virtuosas, apresento esta História que ouso chamar ‘A Dissipação daEscuridão’ e afirmo: Por ter influência sobre o meu marido Jonas, o proprietário da História, após a suaconversão ao cristianismo, e tendo ele se casado comigo, e por eu ter sido instigadora da idéia de imprimir epublicar a História, vocês, também, devem divulgar o seu conteúdo, e utilizar tudo aquilo que estiver ao seualcance para convencer os homens de que a Maçonaria não é nada além do judaísmo. Para convencê-losde que foi a Maçonaria que fez os pilares dos países ruírem, que demoliu os poderes, e rejeitou a religião.Foi a Maçonaria que fez correr sangues inocentes com a sua astúcia judia. Foi a Maçonaria, a Maçonaria!

“Saibam que todos os eventos contrários à religião têm a sua origem na Maçonaria.”

“Pelo monstruoso exagero da interpretação das palavras: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, as rédeasda moral humana foram afrouxadas. Foi a Maçonaria que difundiu a desobediência dos deveres àsmulheres, com a finalidade de espalhar o extremismo, a corrupção e a prostituição. Estas são as finalidadesda Força Misteriosa e a sua filha, a Maçonaria.”

“Qualquer contato com um maçom inspira em nós, de uma forma ou outra, senão um desprezo pela religião,uma indiferença e frieza a ela. Eis o exemplo: nos países onde os maçons são abundantes, aespiritualidade, a honra e as virtudes diminuem. É um perigo assustador que ameaça a humanidade. Asconsequências serão desastrosas para suas filhas e seus filhos e para o mundo inteiro.“

“Minhas amigas, vocês devem, portanto, difundir os fatos desta História em cada encontro, em cada lar,porque a religião é o alicerce de toda a virtude, honra e justiça.”

Assim termina a colaboração mais valiosa e a mensagem de Janet às mulheres, a valiosa comunicação danossa ancestral, Janet, que será ouvida ao longo dos séculos.

Janet

A cristã que converteu Jonas ao cristianismo e se casou com ele.

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Voltemos à conversa do meu avô Samuel, com seu filho, George, meu pai, sobre a questão daimpressão da História.

Samuel disse: George meu filho, esgotaram-se as esperanças da minha cura e sinto um pressentimentode que meu dia fatal está próximo. Como eu lamento não ter podido cumprir a vontade de meu pai eminha mãe em relação à impressão do livro. Com base nisso, repasso o meu desejo a você: "Faça omáximo esforço para traduzir esta História para as línguas francesa e inglesa e outros idiomas, se forpossível. Deixo ao seu cuidado o que seu avô, Jonas, e sua avó, Janet, me mandou fazer, para publicaro livro em qualquer língua que eu possa. “

"Você não deve ter medo George, pelos detalhes do assassinato do nosso ancestral, Joseph Levy, oude seu avô, Jonas, porque esta história vai ser de grande satisfação para os maçons, que vão saber aorigem da sua associação e a razão por terem sido enganados. Vai causar-lhes alegria imensa, como asua avó, Janet, disse”.

"O mundo inteiro vai comemorar esta descoberta e aplaudi-la, depois de terem visto os maiores estudosdesintegrarem-se quando confrontado com este mistério”.

"Aproxime-se, querido filho, para que eu possa te beijar, te abençoar e me despedir, porque minha horase aproxima." Alguns dias após esse desejo, Samuel morreu, triste por não ter sido capaz de cumprir avontade de seu pai e de sua mãe. Aqui eu, Lawrence, volto para acrescentar: Meu pai, George morreuem 1884 (um ano após a morte de seu pai) de tuberculose. Durante esse ano, ele traduziu a História dofrancês apenas três meses antes de sua morte. Ele deu-me a História para traduzir para o inglês, porquea cópia em inglês desapareceu com Joseph Levy, seu proprietário.

Eis a sua vontade, quando ele deu a História para mim (eu tinha 15 anos): "Meu filho Lawrence, dou-lheesta História, esperando que você guarde-a zelosamente. Você é agora o último que tem a obrigação ea responsabilidade de realizar todos esses desejos cujos donos morreram, mas cujas vontades não.Você deve realizar essa vontade na impressão desta História em qualquer língua possível. Esta história,enterrada viva, deve ser ressuscitada para o bem da humanidade. Agora saiba do meu carinho eternura, Eu o abençôo e desejo-lhe tudo de bom para si mesmo e a todos os seus."

Meu pai morreu aos 44 anos de idade, não menos triste do que o seu pai e meu avô. Continueiestudando inglês até eu domina-lo, a fim de traduzir o livro para essa língua, sempre pensando emrealizar os desejos de meu pai e dos antepassados, de publicá-lo em qualquer idioma.

Assim, eu mantenho a esperança de que este trabalho único e valioso possa dissipar a escuridão quecobriu os olhos dos maçons e não-maçons ao longo dos séculos. Eu mantenho a esperança de que estahistória, revelada, pode pôr fim à discussão sobre o segredo da origem da Maçonaria, este segredomisteriosamente mantido entre os nove anciãos e seus sucessores, consecutivamente, incluindo onosso ancestral Joseph Levy, pelo qual o segredo foi transferido para o meu ancestral Jonas e de Jonaspara mim através dos meus pais.

Eu vejo que a hora para a revelação deste livro chegou. Por essa razão, se Deus quiser, vou começar atraduzi-lo e publicá-lo em qualquer idioma. Termino minhas palavras pedindo a todos os leitores destelivro para homenagear àqueles que conceberam e recomendaram a idéia de sua publicação e difusão:Jonas e Janet.

Comentário de Awad Khoury sobre o Suplemento: A importância do Suplemento que nós adicionamos aesse assunto é extraordinária, por que ele é o resumo da mais importante história maçônica publicadaaté o presente e porque é um argumento valioso em favor da precisão desta História secreta. Eleincorpora uma sinceridade que confirma a coincidência exata entre a maçonaria antiga, "A ForçaMisteriosa"22, que foi fundada no ano 43 AD e sua filha, a maçonaria moderna, que é chamada deMaçonaria, nascida no ano de 1717.

A partir do texto do Suplemento a seguir, a eliminação da última gota do mar de dúvidas quanto à origemda Maçonaria é óbvia.

22 Khoury: O erudito Valette, autor desse livro, chama a antiga maçonaria, de “A Maçonaria antes do ano de 1717.” Ele não chama-na pelo seunome original, “A Força Misteriosa”, porque pelo que parece, ele não é herdeiro do segredo e, consequentemente, não conhece a verdade.

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SUPLEMENTO "A"23

No início do livro, os eruditos irmãos, Alf. Ls. Jacot e Ed. Ouartier la Tente dizem: "Todas as pessoas que sejuntam a uma associação, estão interessadas em saber sua origem e passado”. O autor, em seguida,registra a opinião de alguns historiadores sobre este ponto, dizendo: Os autores maçônicos do século 18reconhecem que a investigação da história da fundação da "Maçonaria é difícil”.

Dr. Anderson24, em seu discurso histórico no ano de 1723 sobre os estatutos fundamentais, indicou que aantiga Maçonaria começou com Adão. Irmão Briston disse no ano de 1772 que Júlio César, que morreu noano 44 depois de Cristo, era maçom. Os druidas25 foram maçons e a maçonaria começou com a criaçãodeles. Dr. Oliver, por outro lado, foi ainda mais longe quando disse: "Antigas lendas maçônicas dizem, e eusou dessa opinião, que nossa associação já existia antes da criação do globo terrestre e que se espalhouatravés dos planetas do sistema solar". Em seguida irmão Michel não vai tão longe como estes acima,prefere ele concentrar suas investigações em torno da construção do Templo de Salomão.

Outros irmãos, com maior conhecimento, como o irmão Harter, procuraram a sua origem entre os heregesda Idade Média, especialmente os seguidores de Peter Waldo, declarado herege no ano de 1179.

Outros historiadores presumem que a Maçonaria foi fundada entre os caldeus. Father Grandidieux atribuiela a associação alemã ", Steinmetzen. Irmão Nicolai atribui a sua origem às "Sociedades Rosa Cruz".Outros para os "Templários".

Uma infinidade de autores, historiadores e investigadores oferecem teorias, mas nenhuma certeza daorigem de sua fundação.

Em outras páginas do livro, vemos que associações de pedreiros (trabalhadores da construção civil),realizavam suas reuniões em quatro locais, existentes em Londres26.

Na página 26, vemos uma foto de um lugar de comer com o nome de "O Pato Assado", no qual os maçonsse reuniram em 24 de junho de 1717 e unificaram suas associações27, dando-lhe o nome de Freemasonry(pedreiros livres) e comissionaram Anderson para a elaboração das leis fundamentais.

Os quatro locais mencionados foram chamados Lodges (Lojas), e estes são os seus nomes, de acordo comuma lista na página 27 do libreto.

A primeira Loja: The Roasted Duck "O Pato Assado" (Lugar de comer na região do adro da Catedral de St.Paul).A segunda Loja: The Wedding "O Casamento" (Lugar de comer em Parker Lane, perto de Drury Lane).A terceira Loja: The Apple “A Maçã” (Lugar de comer em Charles Street, Convent Garden).A quarta Loja: The Big Cup and the Grape Cluster "O Copo Grande e o Cacho de Uva" (Lugar de comerem Chandler e Westminster). [ VIII ]

As lojas acima referidas, independentemente da sua condição, foram formadas por pedreiros (trabalhadoresda construção civil) e outros homens de ocupações relacionadas, inspirados sempre em fidelidade à suamissão original, relacionada à arquitetura. Alguns autores consideram que em 1717 a direção foi alterada e"marcharam" no caminho do "progresso" que toda a comunidade, maçônica ou não, deveriam seguir.

23 Síntese do livreto: “Two Centuries of Freemasonry. Jubilee Volume, June 24, 1717.” Author: Theodore G. G. Valette, editor of “TheFraternal Union” of the Hague.NT português: trata-se de Theodore Gerard Glaude Valette, político e professor de línguas modernas. Nasceu em Tilburg, Holanda, a18 de dezembro de 1855 e faleceu em Haia em 17 de novembro de 1935. Foi Grão Mestre da Ordem Maçônica nas Índias OrientaisHolandesas.24 Khoury: Seu nome é mencionado na primeira seção.25 Sacerdotes da religião gália.26 Khoury: Isto coincide com o que está escrito na primeira seção da História, onde se fala da existência de trabalhadores de construção (maçons)em Londres antes da mudança do nome da Força Misteriosa para Maçonaria.27 Aqui há coincidência perfeita com o que está registrado na História, no que diz respeito à grande reunião de 24 de junho de 1717,onde o nome da Associação foi alterado, ela foi renovada e todas as associações de pedreiros, protestantes e outras associaçõessemelhantes foram amalgamadas.

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Um plano mais amplo foi elaborado quando, no ano de 1721 (29 de setembro), a Loja Superior,considerou que os estatutos antigos não estavam completos, necessitando dar-lhes outros melhores, deforma mais moderna28.

Na página 29 deste livro, o ilustre irmão Robert Freko Gould, o historiador da Maçonaria, diz o seguinte:

"A renovação consistia nos três seguintes aspectos”:

1. A utilização de novos termos como 'artesão companheiro' e 'aprendizes inseridos’;

2. Não declarar o grau de 'mestre', exceto na Loja Superior;

3. A abolição da religião cristã pela religião maçônica29.

Comentários de Th. G. G. Valette: a terceira renovação é de extraordinária importância porqueestabelece um limite de distinção entre a Associação dos Maçons (trabalhadores da construção) e aMaçonaria em si.

O erudito irmão Albert Mackay diz a esse respeito: “A Associação de Maçons (a maçonaria dospedreiros profissionais) nunca foi tolerante ou popular porque seus princípios sempre foram cristãos,eclesiásticos, mesmo ao ponto do fanatismo”.

A rebelião de muitos maçons30 contra a renovação (aquela manifestada por Gould) não nos surpreendeentão, embora seja considerado por nós, os Irmãos Ingleses, aceitável, como a eliminação de todos osreligiosos, na expressão do Grande Oriente Francês31.

"Isso é o que Anderson colocou nos estatutos fundamentais, onde a nossa doutrina foi rigorosamentedefinida para nós, uma doutrina de homens bons e fiéis, de homens honrados e justos que deixarampara trás o passado amargo selado pelo fanatismo cristão que, lamentavelmente, levanta muros dedivisão até agora”.

"Mas a nossa associação não deve ser compreendida como um ataque à religião cristã. Muitas vezes édito, e nós repetimos aqui, que essas coisas interessam à Maçonaria, ela não intervém em política oureligião32”.

"É preciso também dizer, com toda precisão, que a opressão e o rigor atribuído aos cânones cristãos noséculo 18, obrigaram muitos homens a procurar refúgio nas lojas, que aumentaram admiravelmente. Nointerior da loja o homem estava livre de toda a cadeia religiosa que nada mais é do que a fonte dacorrupção”.

"Por essa razão, a Maçonaria no século 18, começou a permitir tolerância, de acordo com o texto dosprincípios estabelecidos por Anderson no estatuto fundamental. O ilustre irmão Portig na Prússia disse:

28 Khoury: Isto coincide perfeitamente com o manuscrito hebraico em que Anderson e Desaguliers elaboraram novas leis. Éevidente, também, que os autores maçônicos consideram as quatro lojas (locais para comer) como lugares para estender oalcance da arquitetura e construção, não conhecendo os outros objetivos diabólicos. 29 Khoury: a intenção de Gould tem a clareza do meio-dia. Ele quer dizer que na Maçonaria a religião cristã não é necessária. Qualreligião que ele quer? O judaísmo!30 Khoury: É evidente aqui que os irmãos que se manifestaram contra tal renovação eram cristãos ou católicos fiéis que nãoaceitaram a abolição da religião cristã na Maçonaria. Grande número deles abandonaram a Associação ao descobrir quais eramas intenções.31 Khoury: Seu nome não é mencionado. Eis o resumo do que é publicado nas páginas 30 e 31 do livreto de Valette, onde suafotografia e assinatura aparecem: "Podemos dizer, com toda a certeza, que um dos nossos grandes sábios da AssociaçãoMaçônica reconheceu que, em 1723, a religião cristã deixou de ser obrigatória na Maçonaria”. A partir disto, pode ser notado que ainfluência judaica prevaleceu ao longo da influência de Desaguliers e Anderson, que, com seus companheiros judeus, modificaramos antigos estatutos fundamentais, como será visto na segunda seção.32 Khoury: Só um idiota acreditaria nisso. Permita-nos chamar a atenção do Sr. Valette ao fato de que Anderson e Desaguliers

colocaram esse texto nos estatutos públicos apenas para confundir, sendo acreditado pelo povo e pelos maçons de filiaçãorecente, como foi pelos inferiores misteriosos da antiga Maçonaria. Mas compreendendo que as revoluções civis e religiosassurgiram das fontes da Maçonaria, esse texto deve ser considerado abolido e é necessário excluí-lo dos estatutos maçônicos paraque ninguém seja enganado.

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'Maçonaria está no seu maior prestígio ', porque realmente a Maçonaria em 1723, com os estatutos deAnderson, chegou ao auge de seu prestígio33."

Haia, 17 de março

(Assinado): G.G. Valette

Na página 32 o autor publica os nomes dos "Grãos Mestres da Grande Loja da Inglaterra."

1717 Anthony Sayer

1718 George Payne

1719 J. F Desaguliers34

1720 George Payne

1721 John, Duque de Montagu

1722 Philip, Duque de Wharton

1723 Francis Scott

1724 Charles Lennox

1725 James Hamilton

1782 - 1790 Henry Frederic

1790 - 1813 Príncipe George

1813-1843 August Frederic

Depois dos “novos estatutos” várias modificações foram produzidas até chegar ao ponto que numerosaslojas fizeram-se independentes, com seus estatutos e intenções diferentes.

Na página 33, o autor fala da Maçonaria desde 1717, na qual ele chama de "Nova Maçonaria", detalhandoas lojas estabelecidas na Inglaterra, Irlanda, Escócia, França, Alemanha, Áustria, Hungria, Suécia,Dinamarca, Noruega, Holanda, Bélgica, etc., com explicações detalhadas com relação as suas maneiras dese estabelecerem, a rapidez de propagação da nova maçonaria, o número de lojas em cada cidade, etc.

Na página 50 o retrato de Desaguliers aparece com um resumo de sua vida, indicando que ele nasceu em12 de março de 1683 e faleceu no ano de 1744, e indica que ele foi o único homem que se distinguiu peloseu fervoroso zelo na revitalização da Associação no início do século 18. Ele mereceu o título de "Pai daMaçonaria Nova”. A existência da Grande Loja da Inglaterra é devida ao seu esforço sozinho.

33 Khoury: Entende-se, à partir do que é sabido de antemão, que Desaguliers e Anderson eram daqueles protestantes caracterizados pelo seuprofundo ódio ao catolicismo e seu maior interesse era atacá-lo. No entanto, eles usaram a frase, “a abolição da religião cristã”. Essa frase foimotivada pelo seguinte: primeiro, o acordo entre Desaguliers e Joseph Levy obrigou o primeiro a aceitar, por insistência deste último. Em segundolugar, será visto na segunda seção, que o judeu rico, Adoniram, teve mais êxito que Levy, impondo mais condições do que Levy impôs paraDesaguliers, obrigando-o a aceitá-los. Anderson, sendo um instrumento e servo de Desaguliers não podia fazer nada, mas expressou essa frase: “aabolição da religião cristã para maçonaria apenas”, não sendo capaz de especificar “catolicismo”, como era sua intenção preferida. NT aoportuguês: ver nota explicativa IV do apêndice.34 Khoury: Este homem poderia ser um parente do grande Desaguliers, o companheiro de Joseph Levy na renovação da Associação,

ou poderia, ser o mesmo homem, devido um erro na impressão das iniciais do nome. Sabemos que Desaguliers foi quem teve adiscussão com Levy sobre a presidência da Primeira Loja de Jerusalém e por causa de sua recusa em devolver os dois manuscritos, ohebraico e o Inglês, com esse conflito levando ao assassinato de Levy e o confisco de todos os seus documentos. Abraham Abiud, odono do original em hebraico da História, nos dá esses detalhes valiosos na segunda seção, bem como o fato de que Desaguliers nãoalcançou a presidência, que a primeira Loja manteve o nome de Jerusalém, de 24 de junho de 1717 até 17 de setembro de 1719,quando foi alterada para a Loja Superior da Inglaterra. Não sabemos se o Sr. Valette sabe essas verdades e as oculta. Mas épresumivel que ele seja ignorante delas, porque pelo que parece, ele não é um dos herdeiros da história.

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A partir da página 21 deduz-se que, não obstante a indicação do nome de Anderson como aquele queestabeleceu a primeira edição dos estatutos fundamentais da nova Maçonaria, isso é falso e oobservador original foiDesaguliers. Se Anderson as compôs, foi Desaguliers quem acreditou e ditou os temas fundamentais eas idéias básicas35.

Na página 52 o autor diz que os últimos dias de Desaguliers foram escuros e envoltos em tristeza epobreza. Irmão Feller diz em seu livro "Cabal Interpretation", que Desaguliers ficou louco nos seusúltimos dias, usando sua roupa pelo lado avesso, morrendo nesse lamentável estado de loucura. IrmãoCutron disse em "Moral Poem: The Vanities of Material Joys,” que Desaguliers atingiu as profundezas dapobreza antes de morrer36.

35 Khoury: Aqui está de completo acordo com a nossa História, o fato de que Desaguliers tirou de Levy as cópias em hebraico eInglês, a fim de "adaptar" os estatutos antigos, como ele o enganou. Mas é certo que essas duas cópias serviram-lhe como umaConstituição. Com a colaboração de Anderson, ele implementou os novos estatutos, corrigindo e modificando os antigos, até que

foram convertidos no "absolutamente novo", de acordo com Desaguliers e Anderson. Segundo eles, também, não deixaram nadado antigo, exceto os fundamentos: os 33 graus, as duas colunas, a Booz e Jaquim; as senhas; os três passos, as três marteladas,o ocultismo, etc., de acordo com as promessas solenes feitas por Desaguliers para Levy e seus sucessores, os herdeiros domanuscrito. [ IX ]36 Khoury: Será visto na segunda seção que o fundador, Herodes Agripa, ficou cego nos últimos dias de sua vida e passou um

longo tempo de sofrimento, miséria e infelicidade, morrendo nesse estado desastroso.

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Dissipação da EscuridãoOrigem da Franco Maçonaria

Segunda Seção

CAPÍTULO UM

Narrativa dos acontecimentos nas sucessivas sessões transacionadas na corte do rei Herodes Agripa, 37

que floresceram, culminando na fundação da Associação Maçônica. Sessão de 24 de junho do ano 43depois de Cristo: Como Hiram Abiud, conselheiro do rei Herodes, concebeu a idéia de fundar a AssociaçãoMaçônica, propondo-a na corte de Jerusalém.

Nessa data, Hiram se apresentou diante do rei Herodes, expressando-se nos seguintes termos:

Majestade, quando vi que os homens do impostor Jesus e seus seguidores aumentaram em número e seesforçaram para confundir o povo judeu com sua pregação, decidi apresentar-me diante de VossaMajestade para propor a fundação de uma associação secreta, cujos princípios possam atacar aquelescausadores de confusão com todos os meios ao nosso alcance, a fim de levar suas obras corruptas ecorrompidas ao colapso e para elimina-los, se for possível. O rei ouviu-o satisfeito e disse-lhe: Diga, Hiram!

Majestade: Foi confirmado perante Vossa Magestade, e antes de tudo, que o impostor Jesus tem cativadocom seus ensinamentos e seus atos (um tanto quanto enganosos) os corações de uma parte do povo judeu,o teu povo, e como é óbvio que seus partidários se multiplicam dia a dia.

É evidente, também, que desde o seu aparecimento até a sua morte, e de sua morte até hoje, nós nãosabemos como atacar de forma eficiente aqueles que deveríamos chamar de "nossos inimigos", nem temossido capazes de eliminar tudo o que está sendo incutido nos corações simples do povo, todos osensinamentos contra a nossa religião, que são corruptos e falsos. Devemos reconhecer, embora possa afligir-nos, que as várias perseguições realizadas contra o Impostor,submetê-lo à justiça, sentenciá-lo, crucificá-lo, e não obstante: o resultado tem sido inútil. Sem efeito osnossos pais lutaram incansavelmente. Nós acreditamos que eles estavam vencendo a batalha, porém nãotemos obtido nem mesmo percebido qualquer sinal de sucesso. Contemplamos, envergonhados, que amais árdua batalha nossa é contra os seus partidários, e maior é o número de seus seguidores, e o númerode simpatizantes com a religião estabelecida por ele aumenta. Parece que houve uma mão, uma força,secreta, misteriosa, que nos pune sem sermos capazes de oferecer resistência. Parece que perdemostodas as nossas forças para defender a nossa religião e a nossa própria existência.

Majestade, com base na evidência de que não há meios eficazes de incorporar nossas idéias, ou firmeesperança de atacar aquela força, indubitavelmente misteriosa, não há outro caminho do que estabeleceruma força misteriosa semelhante àquela (para atacar mistério com o mistério, em mistério). Eu cheguei àconclusão de que é o nosso inevitável dever, a menos que você tenha uma idéia melhor, de estabeleceruma associação com um poder maior que possa reunir os judeus ameaçados pela força daquela forçamisteriosa. É justo que ninguém não saiba nada sobre a sua fundação, seus princípios e suas ações. Apenas àqueles a quem Vossa Majestade escolher como fundadores saberão o segredo da fundação.

Somente os associados ativos saberão os importantes decretos. A central será este palácio e iremosencontrar afiliados em todos os centros que possam ser invadidos pelos pregadores dos ensinamentos queo Impostor tornou público com tamanha audácia. Portanto, Majestade, o que você acha da criação dessaalmejada força, com a qual iremos atacar e eliminar esse poder oculto, mas real, que ameaça a nossaexistência?

Falando em seguida, o rei disse: Você sabe, oh Hiram, que sua idéia é gloriosa, é digna de sua privilegiadainteligência, não poderia ter vindo com exceção de seu coração, ardente de zelo religioso, oh, gênio deprofundo julgamento!

37 Herodes Agripa é o rei da Judéia do ano 37 ao ano 44 de nossa era. Ele é o neto de Herodes, o Grande, que ordenou a matançade crianças em Belém.

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Devemos realizar esse projeto o mais rapidamente possível. Devemos pedir a opinião de Moab.38

Então, vamos escolher os homens que irão participar da fundação com a gente.

Convocaremos amanhã Moab. Não deixe que ele saiba coisa alguma. Vou informá-lo.

38 Moab é o primeiro conselheiro de Herodes Agripa.

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CAPÍTULO DOIS

A segunda reunião, o rei Herodes realizou com Moab Levy, o seu primeiro conselheiro, e Hiram Abiud, em25 de junho do ano 43 de nossa era.

O rei Herodes falou primeiro e disse: O que aconteceu e o que continua acontecendo, meus doiscompanheiros, uma vez que a aparição do impostor Jesus merece ocupar a nossa atenção?

Precisamos encontrar um meio para nos ajudar a atacar essa seita de pessoas que, apesar de seu pequenonúmero, confunde as pessoas com seus falsos ensinamentos. Além disso, aqueles que adotam essasfalsidades não só conformam-se por sua adoção, mas praticam-nas com devoção e, para preencher amedida a ponto de transbordar, eles a tornam pública corajosamente, sem medo, onde quer que vão.

Notemos que a propagação desse tipo de ensino aumenta de dia para dia. Vamos reconhecer que os seusseguidores, agora perfeitamente identificados com a causa, se separaram de nossa religião. Nãoduvidemos de que aqueles que hoje vacilam logo cairão no laço do engano.

Para evitar esse perigo, nenhuma outra alternativa continua a ser para nós do que estabelecer umaassociação cujo objeto será incorporar secretamente o espírito da nação judaica e, portanto, ser capaz deesmagar aquela misteriosa e criminal mão que dirige o movimento, e para calar a sua propaganda. Se nãotivermos sucesso nessa intenção, muitas pessoas, inclinadas em direção as mentiras pregadas por aqueleenganador, ficarão sob sua influência.

Antes do agravamento do problema, meus caros amigos, devemos dar-lhes a importância que merece. Vamos agora selecionar os companheiros que irão colaborar conosco na fundação. Estes devem serpossuidores de honra comprovada, profundo critério, grande atividade e zelo imenso para a proteção dareligião judaica.

Eu ofereço-lhe, Hiram, nosso agradecimento, por ter sugerido essa idéia: fundar essa associação para tãonobre propósito. Falando em seguida, Hiram disse: Que Deus prolongue a idade de Sua Majestade o rei. Todos os méritos pertencem a Sua Majestade, de sua nobre origem toda a nação toma graças, a posse detodo o bem da nação redunda de sua bênção.

Eu imploro a Sua Majestade, o rei, para selecionar nossos irmãos e companheiros para formar aAssociação. Então Herodes chamou nove homens, ordenando Moab e Hiram para gravar seus nomes, quesão: O rei, Herodes Agripa, Hiram Abiud, Moab Levy, Johanan, Antipas, Jacob Abdon, Salomon Aberon,Adoniram e Ashad Abia. [ X ]

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CAPÍTULO TRÊS A Fundação da Associação, "A Força Misteriosa"39

Os fundadores nomeados, anteriormente mencionados, foram convocados e eles reuniram-se,presididos pelo rei Herodes Agripa. Ele começou a sessão com o seguinte discurso:

Queridos irmãos: Vocês não são os homens do rei e seus colaboradores. Vocês são o apoio do rei e davida do povo judeu. Até agora vocês têm sido fiéis seguidores. A partir deste momento vocês serãoirmãos.

Eu dou-lhes esse título de irmãos para que vocês possam avaliar os meus sentimentos para com vocêse da ternura que arrancam de mim para os fins que nos reuniu aqui para essa importante sessão. Eudou-lhes esse título carinhoso para demonstrar-lhes que, apesar de Eu ser o rei, Eu sou seus irmãos nanação e na religião judaica, ao que meu coração transborda de amor e devoção. Todos os motivos queme obrigam, a partir de agora, em ajudá-los e ser fiel a vocês, acima de tudo temos de ser irmãos, a fimde iniciar propriamente o empreendimento para o qual eu chamei vocês e que será de grande benefíciopara o nosso país.

Cada um de vocês sabe, sem dúvida, as obrigações para com os irmãos. A partir deste momento, euquero que vocês saibam que eu me liguei a vós com as obrigações de um irmão. Essas obrigações sãomaiores do que aquelas de um rei para seus súditos, pois a traição de um rei não é improvável, mas atraição de um irmão impossível.

Vamos todos entender, então, e não nos esqueçamos, que este encontro crucial realizado por estegrupo é baseado na irmandade. Nesta irmandade vamos construir o nosso edifício, e que o título deternura, "Irmandade", será a pedra angular de nosso edifício até o fim dos tempos.

Meus irmãos: a aristocracia, bem como as pessoas comuns têm percebido a revolta espiritual e atépolítica que o aparecimento do impostor Jesus causou entre o povo, e especialmente entre nósisraelitas. Desde que o homem (Jesus) surgiu, pregando aqueles falsos ensinamentos e inculcando esse espíritoque ele pomposamente chama de "Espírito Divino", inúmeras pessoas, cujos espíritos estão confusos ecorrompidos, estão se juntando a ele. Ele atribuiu divindade para si mesmo. Não sendo nada, mas umindigente, ele disputava conosco sobre o reino. Temos notado um grande poder nele, que ele deixoucomo herança para aquele grupo que ele chamava de discípulos. Ele fundou uma associação que elechamou de religião, sendo assim chamado por eles também. Essa suposta religião está a ponto detranstornar as fundações da nossa religião e demoli-la.

Não sendo nada, mas somente um humilde e um impostor, ele adotou o nome de "Jesus de Nazaré," reidos Judeus ". Ele alegou ter sido concebido por um poder divino e nasceu de uma virgem, uma mulherque permaneceu virgem até depois de ter dado à luz. Ele exagerou nesse engano e fraude atéafirmando que Ele era Deus, o Filho de Deus, e o enviado de Deus, fazendo tudo o que Deus faz.

Ele atribuiu a si o dom da profecia e o poder de realizar milagres. Ele alegou ser o esperado Messias dequem os profetas anunciaram a chegada, não sendo nada além de um homem vulgar como o resto dopovo, desprovido de qualquer característica do Espírito Divino, sem a extrema retidão da nossa doutrinajudaica, da qual estamos determinados a não nos desviar em nenhum ponto.

Nunca reconheceremos tal pessoa como o Messias, nem reconheceremos a sua divindade. Sabemosque o esperado Messias ainda não está entre nós, nem o tempo de sua vinda chegou. Nem existe sinalalgum que indique a sua aparição. Se cometermos o erro de deixar o nosso povo segui-lo e seremenganados, nós condenaremos a nós mesmos de um crime imperdoável. Ele foi submetido à justiça econdenado à pena máxima. Ele foi repreendido e ferido como o maior dos criminosos. Ele suportoutudo isso com paciência extraordinária que surpreendeu a todos. Por fim, crucificado, ele morreu e nós oenterramos, deixando guardas que assistiram ao túmulo. Mas afirmaram que ele se levantou,

39 Esse nome foi sugerido pelo rei Agripa com a finalidade de atacar a força divina, misteriosa segundo eles, com uma força

semelhante; mas como é diferente o Divino do humano!

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ressuscitou! Abandonando o túmulo. Nós não descobrimos como a sua "Ressurreição" aconteceu, nem osguardas. Ninguém duvidou da lealdade daqueles colocados no túmulo porque eles eram de entre os seusinimigos. Ele desapareceu de maneira desconhecida, apesar da segurança e vigilância zelosa do fecho dasepultura.

Seus seguidores, mais tarde, afirmaram terem estado com ele (vivo), como ele era antes de sua morte, istoé, com seu corpo e espírito. Eles espalharam a notícia, então, que ele subiu aos céus e que ele virá no diado Juízo Final para julgar os vivos e os mortos. Sua saída do túmulo, meus amigos, foi um golpe decisivopara os seus rivais; foi um meio poderoso que encorajou seus homens a continuar espalhando seusensinamentos e para provar a confirmação de sua divindade.

Irmãos: foi um duro golpe que sofreram nossos pais, demolindo sua força e a nossa também. Seuspartidários disputam conosco sobre a autoridade religiosa e autoridade temporal, para primeiro atacar anossa religião e segundo tomar o reino de nós.

Nós não vamos reconhecer, em qualquer ponto, uma outra religião que não a nossa, a religião judaica, queherdamos de nossos antepassados. O dever chama-nos a preservá-la até o fim dos tempos.

Aquele golpe jamais havia sido esperado. Essa força misteriosa nunca havia sido sonhada. Nossos pais aatacaram e continuamos atacando-a. Apesar de tudo, surpreendente! Seu número aumenta. Observemcomigo como o filho é separado do pai, o irmão de seu irmão, a filha de sua mãe, todos alienando-se parase juntarem àquele grupo. Esses acontecimentos guardam um grande segredo. Quantos homens, quantasmulheres, quantas famílias inteiras têm abandonado a religião judaica, a fim de seguir àqueles impostores,aqueles partidários de Jesus. Quantas vezes foram, em vão, ameaçados pelos sacerdotes e autoridades!

Irmãos: há algo que não devemos ignorar. Desde que o impostor Jesus começou o seu ensino e pregaçãoanos atrás - Peço-lhes que considerem isto entre os segredos que devemos manter - ele falou ao povocomo um homem, apesar de sua juventude. Nossos pais afirmaram, tendo sido testemunhas presentes.Nossos pais reuniram-se nos corredores do templo, eles deliberaram e discutiram o que deveria ser feitopara destruir o perigo que ameaçava a religião judaica. Eles não se omitiram, usando até mesmo um meiosingular de servir, dessa forma, a religião e a nação judaica. Se não houvesse a intervenção desseentusiasmo, o número de partidários de Jesus seria muito maior.

Agora, então: se nossos pais triunfaram parcialmente em impedir as pessoas de seguir os causadores deconfusão, eles têm-no feito sem qualquer associação, sem um espírito de unidade, sem uma aliança forteoficial. Quão bem sucedida será, então, se estabelecermos esta associação? Não será surpreendente?

Juro por minha vida! Eu juro pela razão! De que alcançaremos um desejo nosso, vamos alcançar nossosanseios, não só de impedir os judeus de seguir essa força confusa, mas de esmagar essa força e seuslíderes.

Embora não possamos chegar a essa última fase, o triunfo final, vamos pelo menos liquidar aquela terrívelcorrente que ameaça a nossa nação, assim vamos salvar a sua existência, e o nome, judeu, não seráapagado. Isso seria fatal se não imitássemos o entusiasmo de nossos pais, porque se nós não persistirmosna causa aberta por eles, sabemos, a partir deste ponto, que a nação judaica será apagada e nem um únicovestígio dela permanecerá. Não podemos tolerar o nosso silêncio, sendo os líderes dos destinos da nação. Será que nós, por nosso silenciar, cometeremos um crime contra nós mesmos, contra nossos filhos, contranossos netos e contra todos os nossos descendentes? Então, irmãos, a fim de trocar idéias e chegar a umacordo sobre a fundação de uma associação que apóia a intenção mencionada e explicada, eu os chameipara essa reunião de política privada e natureza religiosa. Vamos desferir, assim, o primeiro dos nossosgolpes em todos os seguidores do Impostor, especialmente àqueles em circulação nas aldeias, que sedestacam em engano, pois em cada uma dessas aldeias uma filiada da Associação funcionará. Nós não seremos capazes de diminuí-los sem uma aliança geral que nos una a todos e, para realizar aformação dessa possível liga, é necessário que o principal centro dessa liga esteja aqui.

Vamos, não tenho a menor dúvida que a nossa Associação será de grande importância e de invencívelpoder, com a qual lançaremos no chão aquela força misteriosa e cada coisa construída por Jesus, seusdiscípulos e seus partidários. Eu escolhi vocês e vos chamei do meio do meu povo, demonstrando a confiança que depositei em vós, seassim não fosse, eu não teria balbuciado esse segredo. Eu ratifico minha esperança de que vocês unirão

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seus corações, corpos, palavras e atos com os meus. Esta é a minha fé em vocês, esta é a minhaadesão à religião e à nação. Eu acredito que vocês valorizam a minha confiança neste caso. Comovocês reagem ao que eu lhes disse?

Vocês devem manter o segredo! Adoniram levantou-se e, falando para todos os presentes diante do rei,disse: Majestade: por causa da grande emoção que se apodera de mim, eu tomo sobre mim o privilégiode falar em meu nome e dos meus irmãos, meus companheiros presentes. Eu não tenho dúvida de quea lealdade destes irmãos para com a nação seja menos do que você ou eu. Se nossos desejos eanseios estão unidos, em seguida, nossos corações estarão bem. Assim, nós temos um só coração emdiversas instâncias. Para esse coração, vamos unir milhares de outros corações e nos incorporá-los aele. Como pode isto não ser realizado se Vossa Majestade já colocou a primeira pedra neste edifício, seele colocou a pedra fundamental em uma fundação firme como "fraternidade?" Um título maravilhoso,como é o seu sugestor. Majestade, nós o saudamos e saudamos a encarnada nação judaica em suapessoa. Quem entre nós não ofereceremos seu serviço a esses ideais, ao ouvir suas palavras tãocertas e doces? Quem entre nós não subirá como um leão para atacar os fraudadores, para matá-los ematar os seus partidários, embora possa ser um dos nossos filhos?

Estamos todos esperançosos de que a aliança aludida por Sua Majestade brotará da nossa Associação. Dela nascerá uma força muito grande com a qual iremos eliminar esse poder mágico do Impostor eiremos derrotar seus partidários. Assim, irá poupar nosso reino que será prolongado até o fim do mundo.

Então Adoniram, direcionando seu olhar para seus companheiros, disse-lhes: Qual é a suas respostas;ao que todos gritaram em uníssono: “Nós aprovamos tudo o que você disse”. Então o rei Agripa disse:Eu sou grato a você, eu aprecio o seu entusiasmo, aprecio o seu zelo. A confiança que depositam emmim agrada-me em grande quantidade. Vamos nos reunir novamente, em seguida, depois de amanhã,para fundar a Associação e para fazer o juramento de sinceridade e fidelidade. Vamos começar nossotrabalho imediatamente.

Hiram, que era encarregado de escrever o que foi manifestado nesta sessão, disse: Majestade, queridosirmãos: Por causa de sua grande cortesia, Sua Majestade atribuiu a mim, seu servo fiel, o mérito para aconcepção da idéia de fundar esta Associação. É meu dever oferecer a minha gratidão a Sua Alteza equerida Majestade. Eu peço a permissão do meu Senhor para dar a conhecer uma palavra final sobre oassunto nesta sessão: Apesar de eu ser o criador e expositor da idéia antes de Sua Majestade, devoreconhecer o mérito de Sua Majestade, tendo aprovado, abraçado e protegido-a; devemos ter em mentesua firme vontade de adotar esta Associação, que será o triunfo da nação e da religião.

Portanto, peço-vos, irmãos, para aprovar o registro do nome de Sua Majestade com o título deFundador, no registro da Associação.

Moab Levy falando, disse: Você está indo bem, Hiram, pela vossa fidelidade e submissão ao nossoSenhor; aceitamos e reconhecemos a sua renúncia a esse direito que todos nós reconhecemos, assimcomo Sua Majestade reconhece-o. Nós partilhamos a sua fidelidade com você e nós concordamos como pedido. Deixe o nome de Sua Majestade ser conhecido nos registros como fundador.

Hiram assim anotou-o e disse: Por favor, meu Senhor, será que o nome da associação fraternal podeser a "União Judaica"? O rei respondeu: Não, Hiram. Ontem eu preparei um outro nome, "A ForçaMisteriosa". Todos vocês aprovam? Todos responderam: Na verdade, nós aprovamos. O nome foi gravado. O rei disse: Vamos todos apresentar-nos depois de amanhã para que cada um denós possa tomar o juramento correspondente à sua responsabilidade. E a reunião foi encerrada.

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CAPÍTULO QUATRO O Juramento Medonho

Na presença dos nove fundadores, o rei, presidindo a sessão, começou dizendo:

Meus Irmãos: Eu não tenho nenhuma dúvida de suas sinceridades e afeto. Sabemos que suas respectivasfunções estão em relação direta com a religião e a nação judaica, com o país e o rei, e por isso devemosamarrar-nos sob o juramento que cada um de nós deve tomar na presença dos outros.

Eu compus o texto e chamei-o de Juramento Medonho. Eu serei o primeiro a tomá-lo. Vou ler a suafórmula para vocês antes de tomá-lo oficialmente, então vocês poderão aprová-lo se parecer completo paravocês.

E o rei começou a leitura do texto do juramento.

Texto do Juramento: "Eu, (Fulano de Tal, filho de Fulano de Tal), juro por Deus, a Bíblia (Tora) e a minha honra, que, tendo metornado um membro dos nove fundadores da associação, "A Força Misteriosa“, comprometo-me a não trairmeus irmãos, os membros, em qualquer coisa que possa prejudicá-los, nem trair a nada relacionado aosdecretos da Associação. Comprometo-me a seguir os seus princípios e para realizar o que é proposto nossucessivos decretos aprovados por vocês, os nove fundadores, com obediência e formalismo, com zelo efidelidade. Comprometo-me a trabalhar para o aumento do número dos seus membros. Comprometo-me aatacar quem segue os ensinamentos do impostor Jesus e para combater os seus homens até a morte. Comprometo-me a não divulgar qualquer dos segredos preservados entre nós, os nove: nem entre os defora ou entre os membros afiliados.

"Se eu cometer perjúrio e minha traição for confirmada naquilo que tenha revelado algum segredo ou algumartigo dos decretos preservados entre nós e os herdeiros, esta comissão de oito companheiros terão odireito de matar-me por todos os meios disponíveis".

O rei repetiu a leitura do Juramento três vezes para que todos pudessem entendê-lo bem antes de sergravado.

Hiram disse: Meu Senhor, o rei: o texto deste juramento é apenas para nós, os fundadores e, portanto, devehaver outra fórmula para as filiais. Porque, assim como Sua Majestade disse, ninguém além de nós devesaber os segredos da fundação.

O rei respondeu: Eu sei de tudo isso, Hiram; este juramento é somente para nós. Na finalização dafundação vamos preparar o juramento geral. Você deve saber, além disso, que todos aqueles que sãonossos herdeiros devem vincular-se com o nosso juramento.

O rei continuou. Irmãos: vocês viram que este juramento é apavorante, medonho. Cada um de nós devemediar sobre ele antes de tomá-lo, pois o juramento liga o Fundador com correntes de aço. Ele acorrenta-oà fraternidade, ele acorrenta-o aos princípios fundamentais sejam eles inocentes ou corruptos. Eleacorrenta em obediência às ordens e decretos da comissão e com o cumprimento de tudo o que decretou,bom, bem como ruim. Ele obriga-o a atacar os homens do Impostor e matá-los de qualquer maneirapossível. Obriga-o a ser um perfeito guardião dos decretos da Associação, até mesmo na frente de seuspróprios filhos, exceto àquele que será o administrador como herdeiro do segredo. Assim como ele éobrigado a cumprir as ordens para matar, assim também ele é obrigado em relação à divulgação de algoproibido, que os juízes da Associação achem oportuno para a preservação do povo e da religião judaica. Ele é mesmo obrigado a sacrificar tudo o que é estimado por ele para servir os seus princípios.

Por isso, repito a vocês, o porque de temos de mediar, porque esse juramento não é só para nós, mastambém para nossos filhos, nossos netos, nossos descendentes. A propósito, eu quero revelar-lhes um dossegredos do meu Pai [ XI ] e do meu avô, Herodes, o Grande. Eles deram ordens secretas para matar todosaqueles que podiam ser partidários do impostor. Meu pai me informou que todos aqueles que realizaram asordens foram punidos em suas propriedades, na sua saúde, em seus filhos, com todos os tipos de doençase com uma morte horrível.[XII]

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Eu devo informá-los de tudo isso para que vocês possam saber que, depois de tomar o juramento,estamos todos ligados de tal maneira que não seremos capazes de libertar-nos, arrependendo-se para oque está sendo cometido em vão. E não se esqueçam irmãos que nós e somente nós, os nove seremosos "seres acorrentados", e os responsáveis, porque a Lei Interna que vamos sancionar amanhã só seráconhecida por nós e será patrimônio somente de nossos herdeiros, quem os irá recebê-los,sucessivamente, até a completa erradicação dos impostores. Quem vai entrar na Associação conoscoou com nossos herdeiros nunca vão saber nada dos segredos internos nem dos objetivos fundamentais.

Que cada um de nós copie a fórmula e leve-a para estudá-la antes de tomar o juramento. Que sejaconhecido que a primeira pedra do nosso edifício será este juramento medonho. Vocês podem sair edepois de amanhã vocês vão decidir se o Juramento terá estes termos, ou se o texto será alterado.

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CAPÍTULO CINCO O Terrível Juramento dos fundadores

Os nove fundadores estavam presentes, o rei declarou aberta a sessão e pediu a opinião de todos sobre oJuramento. Ele foi aceito por unanimidade e registrado. Imediatamente eles concordaram em levá-lo paracompletar a fundação da Associação.

O rei tomou a Bíblia (Torá), colocou-a sobre uma mesa e disse: Façam como eu. Ele colocou sua mãodireita sobre a Bíblia, todos o imitaram, começando com Moab Levy, Hiram Abiud, etc. Então, cada umdeles segurou em sua outra mão o papel com o texto do juramento. O rei foi o primeiro a fazer oJuramento; Moab seguiu-o, em seguida, Hiram, e os outros até o último.

O juramento tomado, cada um voltou ao seu lugar e o rei fez o seguinte discurso: Irmãos: Agora a nossaAssociação, "A Força Misteriosa", é fundada. Sua força, atos, princípios e metas serão um mistério parasempre. Assim seremos capazes de erradicar as falácias de Jesus e seus seguidores. Temos agora feito,nós mesmos, irmãos. Devemos formar uma verdadeira fraternidade, diferente da que o Impostor alegouformar, uma irmandade do engano e da feitiçaria. Nossa fraternidade é verdadeira, é a fundação e aespinha dorsal da nossa Associação. Agora que estamos acorrentados e ligados às cadeias, cada um denós deve preparar-se para o trabalho; o trabalho consiste em matar por qualquer meio possível, osdisseminadores dos ensinamentos de Jesus. Essa é a nossa nobre intenção, esse é o nosso objetivoreligioso e político.

Agora que temos aqui aliados nossos corações, vamos confiar que vamos atingir a formação da LigaNacional que irá nos unir e dignificar a nossa existência e essência judaica. Somente com essa aliança éque iremos derrotar os nossos inimigos e esmagar suas forças, as forças que pretendem anular a nossareligião, a fim de perpetuar os enganos herdados do Impostor, seu chefe. Em suma, eu lhes digo que osfundamentos dos nossos atos devem ser: a fidelidade, a discrição e a coragem cruel para eliminá-los. Paraa concretização destes segredos para nossos filhos, vamos incutir estes princípios na herança. Eles, porsua vez, vão legar-los a seus filhos para que os nossos princípios e segredos possam continuar de umaforma hereditária e então de um século, para o seguinte, e assim sempre.

Sabemos que o impostor Jesus atribuiu a si o desempenho de milagres. Ele disse que era o Filho de Deus,que ele mesmo era Deus. Poderia haver maior imprudência? Além disso, ele espalhou muitos outros falsosconceitos, que, confrontados, não podemos nem devemos manter silêncio, por exemplo: sua manifestaçãocomo rei dos Judeus. Vocês não vêem que insulto, que reivindicação imprudente e desqualificada?

Assim, nossos pais julgaram. É por isso que o atacaram; é por isso que perseguiram seus partidários, e éisso que nos inspira a criar uma associação que possa continuar a batalha. Pois sem uma associação,alguns deles conseguiram alcançar grandes triunfos inesquecíveis nesse campo.

Duas aldeias que vocês sabem, onde mataram três seguidores de Jesus, serviram de exemplo para o resto. Com o destino dos três, nenhum único habitante dessas aldeias e suas imediações se atreveu a seguir ospregadores. Até o momento não temos conhecimento de qualquer pessoa que tenha se juntado aosimpostores ou de terem retornado a essas aldeias. Tal medida está sendo coroada de tão grande êxito semuma liga ou associação por trás disso, então vocês podem imaginar a magnitude e o benefício que seráalcançado com a fundação da nossa Associação?

Com a vontade de Deus, vamos exterminá-los da terra, um por um. Assim, irá escapar o perigo dosensinamentos de seu chefe, o impostor.

Irmãos: Eu não teria revelado os segredos para vocês se eu não tivesse tido a vontade de ratificar a minhagrande confiança em vós. Mas eu quero revelar-lhes a profunda convicção de nossa fé no juramentoterrível que tomaram. Desse dia em diante vocês vão abrir mão em seus corações de toda dúvida, medo,traição ou perfídia. Nessa direção, Eu serei o exemplo para que, a partir de hoje, seremos uma só alma eum só coração. Cada um de vocês, por sua vez, devem ser um exemplo para cada filial. E agora,alegremo-nos na inauguração, a fim de marchar com a gravidade e diligência no caminho do grandesucesso.

Irmãos; é dever de cada um de nós termos uma cópia de tudo o que ocorreu e foi escrito até à data e aseguir. Assim, cada um terá uma história de nossos atos que, embora limitados, serão a herança que eles

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vão passar a seu filho, de geração em geração, que vai durar, com o avançar dos dias e da passagemdo tempo, enquanto os seguidores de Jesus, o Impostor existirem na terra.

O rei levantou-se, seguido por oito, e disse: Agora vamos brindar-nos com um sorriso no rosto e umcoração puro. Vamos brindar nosso irmão Hiram com preferência; vamos aplaudir e exclamar três vezes:Viva os nossos princípios! Longa vida à nossa Associação, até o fim dos tempos! Todos os outros exclamaram: Viva o nosso rei! E o rei gritou: Viva a religião judaica, viva a nação judaica!

Então ele disse: A próxima sessão será realizada seis dias a partir de agora. Nesse intervalo vocês irãocopiar os artigos das sessões realizadas até agora para que cada um possa ter o seu próprio. O meuserá escrito por Hiram.

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CAPÍTULO SEIS Fundação da primeira Loja, chamada de "Loja de Jerusalém"

Os nove fundadores se apresentaram. O rei, como presidente, inaugurou a sessão, dizendo:

Queridos irmãos: Cada associação deve ter uma vista privada de onde seus membros ativos se encontram. Esta sala, onde realizamos as nossas reuniões fundamentais, não servirá para os nossos encontrossecretos. Devemos instalar uma sede que será chamada a Loja de Jerusalém. Essa Loja deve estarlocalizada em um corredor escondido aonde ninguém irá nos ver nem ouvir nossos decretos. Aproveito estaoportunidade para chamar a atenção para um assunto de extrema importância. Nós dissemos quedevemos aumentar a nossa Associação até unirem milhares de pessoas, aumentando assim a nossa força.Mas se vier a ser sabido que esta Associação foi fundada neste momento, isto causará medo e reação, econseqüentemente, a alienação de uma parte do povo, especialmente nestes momentos críticos em que arevolução do Impostor continua aumentando a sua força. Nós, os nove, somos a pedra angular desteedifício magnífico que é "A Força Misteriosa". Vamos considerar, então, os instrumentos para a construçãodeste edifício. Vamos encher-nos com a grandeza de nossa missão nesse trabalho político e religioso quenão existiria se não fosse por nós, pois sem pedreiros e instrumentos não há edifício. Obviamente, nóssomos a razão da existência deste edifício. Desejo, e peço que vocês aceitem comigo a realização desteedifício, o mais magnífico dos palácios. E como? Com o ocultismo. E o que significa esse Ocultismo?

Ouçam: O melhor meio de fazer a nossa associação, além de grande e importante, emocionante, éesconder a data de sua fundação, os nomes de seus fundadores, os nossos nomes, de todos os afiliados,sejam eles quem for. Esses segredos serão guardados por nós, os nove e cada um de nós daremos comoherança para um de nossos filhos, o mais sério, o mais reservado, quando ele atingir 21 anos de idade. Seus próprios irmãos não devem saber de nada.

O que devemos dizer, então, para os afiliados é que essa associação é muito antiga, e ninguém sabe nadasobre a data da sua fundação, nem de seus fundadores, e que ela foi dissolvida e morta a bem poucotempo atrás. Como haverão, certamente opositores, vamos satisfazer suas dúvidas dizendo-lhes: O reiHerodes encontrou na tesouraria de seu pai papéis antigos que indicam a existência de uma associaçãomais antiga, mencionando papéis contendo sinais e leis. E isso agradou-lhe, de modo que ele quis revive-la,e realmente ele reviveu, de acordo com o que estava escrito nos documentos.

Com essa lenda que irá esconder a data da fundação e a meta da Associação, essa será a nossa principalarma. O ocultismo será um disfarce mesmo para os nossos irmãos, embora alcancem o mais elevado dosgraus; em relação a esses graus, devo deixar vocês saberem, de antemão, que com os irmãos Moab eHiram faremos diferentes graus para os associados, de modo, em ocasião, iremos torná-los conhecidospara que vocês possam dar-nos sua opinião.

Além disso, vamos esconder todos os decretos emitidos por nós os nove. Além disso, eles não vão escaparde seu intenso discernimento de que a ocultação absoluta irá provocar o desejo de entrar na nossaAssociação, para saber o oculto.

Haverão outros segredos, os secundários, que o irmão só será capaz de saber depois de tomar oJuramento Geral, cujo texto vamos estudar na próxima sessão. O Juramento irá obriga-los a manter osegredo.

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Dissipação da Escuridão Origem da Maçonaria

Capítulos 7-19

CAPÍTULO SETE O Juramento Geral

Em 10 de agosto os nove fundadores reuniram-se, presididos pelo rei, que abriu a sessão dizendo:

Queridos irmãos: Nós, os fundadores; temos delineado nossa missão fundamental, nós avaliamos anossa responsabilidade confrontada com o terrível juramento e o juramento privado que tomamos. Agora, temos de estudar o texto do juramento, no qual os que desejam se juntar à nossa Associaçãodeverão tomar. Vou ler seu texto e se vocês aprová-lo, vamos decretá-lo e gravá-lo. Ele será chamadoO Juramento Geral.

Texto do Juramento Geral que cada filial deve tomar:

"Eu, Fulano de Tal, filho de Fulano de Tal, juro por Deus, a Bíblia (Tora) e minha honra que, desde queeu tenha sido aceito como um afiliado e membro da Associação, "A Força Misteriosa", de não trair meusirmãos (seus membros), em qualquer coisa que possa prejudicá-los ou difamar os decretos daAssociação, para cumprir tudo o que os membros ativos decretarem e não revelar nada de seussegredos para ninguém. Se eu trair este juramento, minha garganta será cortada e qualquer tipo demorte será permitida para mim".

Irmãos: Se o filiado for judeu vamos tornar conhecida a verdade a ele, pois este que é o objetivo daAssociação que é a união judaica, e se ele não for um judeu não lhe permitiremos entender nada, masentão devemos assegurar-nos que não estamos lidando com um espião ou partidário dos nossosinimigos. À medida que progredir na escala dos graus da Associação, ele avançará pouco a pouco noconhecimento dos objetivos primordiais e em momento oportuno, será revelado a ele que o objetivofundamental é matar os partidários de Jesus e preservar a religião judaica. Então não haveránecessidade de obriga-lo, pois ele irá fazer com todo o entusiasmo. Não esqueçamos que o maior dos segredos fundamentais, hermeticamente guardado, é a data dafundação e os nomes dos fundadores. Se eles nos perguntarem, devemos esconder a verdade, mintam,mintam, em interesse da Associação, da religião judaica e da nação judaica. Assim, devemosresponder: "Em uma sala no palácio do rei Herodes, O Grande, foram encontrados documentos quecontêm as antigas leis egípcias, sinais e símbolos com as palavras misteriosas sobre esta Associação. Papéis dizem que foram herdados de nossos remotos antepassados de uma data impossível de saber. Será que eles remontam a Salomão, Davi ou Moisés, ou a épocas anteriores? Nós não sabemos."

Como é que esta resposta lhes parece? Vocês vão aprová-la?

Sim, todos eles disseram, e então foi gravado. É claro aqui que o objetivo da antiga Maçonaria eraapenas a preservação da religião judaica. A nova Maçonaria, isto é, após o ano de 1717, triplicou o seuobjetivo: uma porta (os Judeus) preservou os princípios antigos, o segundo grupo abraçou os princípiosde Desaguliers, isto é, atacar o catolicismo, e o terceiro grupo adotou os princípios do naturalismo eniilismo.

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CAPÍTULO OITO A forma de se unir

Hiram disse: rei Herodes Agripa, Moab Levy e Hiram Abiud concordaram em um formulário especial paraaqueles que desejarem aderir à Associação. Eles sustentam que a forma de inscrição deve ser diferente esuperior a todas as associações, empresas ou irmandades, isso esta sendo feito com a finalidade de criarprestígio entre os afiliados, que, além de atribuir grande importância a ela, terá de temê-la. Vamos fazeresse objetivo mais fácil, dizendo que herdamos este formulário mencionado, tendo encontrado-o entre ospapéis encontrados pelo rei Herodes nos cofres de seu pai. E é assim que queremos preservar asmemórias dos nossos antepassados fundadores desta Associação, também vamos preservar o resto dasrelíquias que nos fazem lembrar de seu zelo para com a religião e o povo judeu, preservando todas essaslembranças que iremos cumprir nossas obrigações judaicas religiosas e civis.

Esta versão, Majestade, deve ser a antera dos segredos conhecidos apenas por nós, os nove fundadores. O que você acha disso, meu Senhor? O proprietário do manuscrito.

Sua idéia é louvável, Hiram. Minha opinião é de vendar os olhos do postulante para que ele não possa verabsolutamente nada do templo, até após o juramento.

Enquanto lá fora, os olhos serão vendados; o porteiro entrega-o para o patrocinador, que, por sua vez,conduz-lo para o presidente, dizendo-lhe em seu ouvido para dar três passos, começando com o pé direito. Então, ele o faz passar entre duas colunas. Esse ato simboliza que o forasteiro, o estranho, o estrangeiroestá, antes de entrar, em trevas, e se juntar a nós e fizer o juramento, ele é transportado das trevas para aluz, a religião judaica que está sendo representada pela luz.

O presidente o chama e lhe faz jurar aquele juramento. O presidente terá em suas mãos uma espada cujalâmina será sobre o pescoço do postulante. Na frente dele e nas mãos do padrinho terá a Bíblia (Torá).

Após o juramento, a venda é retirada e ele se encontra com uma espada mantida sobre sua cabeça e nafrente de seus olhos a Bíblia e uma luz. Então, o padrinho coloca um pequeno avental sobre ele que simboliza a sua afiliação conosco paraparticipar da construção das paredes do nosso edifício, que é o fortalecimento da religião judaica e aproteção da sua existência.

Sua explicação terminou, o rei disse a seus dois companheiros:

Vocês aprovam isto? Eles responderam de forma afirmativa. No dia seguinte, os nove fundadores foramconvocados e informados sobre a forma de se unir, com uma palestra feita por Hiram. Tudo aprovado,sendo anotado no registro.

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CAPÍTULO NOVE No interior do templo

Designação das tarefas dos fundadores

Rei Agripa disse: Todos nós sabemos que o nosso edifício é construído sobre as fundações defraternidade. Apesar do fato de que a fraternidade e a confiança serem os nossos emblemas, cada umde nós terá a sua missão específica que irá realizar com toda a fidelidade, com todo o zelo.

Acredito que devemos começar pela atribuição de uma comissão para cada um de nós que irá aceitar,confirmando dessa forma sua adesão aos princípios da Associação e submeter a qualquer sacrifício peloseu serviço. Cada um deve, antes de seus colegas, deve demonstrar ser imitado, em duas qualidades: ahumildade e o conformismo, então todos devem saber que não há espaço em seu coração para a inveja. Desta forma, cada um vai aceitar sua comissão sem inveja de seu colega, assim a sua abnegação seráprovada. Quando vocês conhecerem as suas respectivas comissões, se alguém tiver alguma objeção,deverão revelá-lo, ou, se não o fizer, iremos registrar a sua aprovação.

Presidente: O rei Herodes Agripa

Vice-Presidente: Hiram Abiud

Primeiro Secretário: Moab Levy

Segundo Secretário: Adoniram

Observador: Johanan

Primeiro Assistente: Abdon

Segundo Assistente: Antipa

Patrocinador: Aberon

Porteiro: Abia

Todos aprovaram a distribuição das comissões, sendo mencionadas nos registros da Associação. Johanan propôs que o nome do local de encontro seria Templo, alegando imortalizar o Templo deSalomão. Em 1717 foi alterado o nome para Loja (Lodge). Na nova Maçonaria, o título de Assistente foialterado por Desaguliers. Note também que no início nenhum dinheiro era requisitado porque não haviatesoureiro. O membro é que era responsável pela filiação de quem solicitasse a entrada.

O rei disse: Vocês já sabem que devemos fazer as pessoas acreditarem que a nossa Associação émuito antiga. E então não pode haver nenhuma dúvida sobre a lenda dos "documentos encontrados,"nós localizaremos em nosso templo símbolos oriundos de tempos antigos, como os que Salomão usouem seu Templo.

Vamos erguer dois pilares como Salomão fez no templo. Vamos chamar o primeiro de BOOZ e osegundo JACHIN. um ficará à direita, o outro para a esquerda. Diremos também que o nosso irmão,Hiram Abiud, é Hiram Abiff, o grande arquiteto sírio chamado por Salomão para a construção do Templo. Esses dois subterfúgios devem ser observados nos princípios gerais da Associação.

Vamos reforçar essa aparência com o uso dos instrumentos de construção que o arquiteto Hiram utilizouna construção, tais como o esquadro, o compasso, a colher de pedreiro, as escalas, o martelo, etc, tudode madeira como os de Hiram Abiff.

É fundamental que a frente do Templo deva ser voltada para o Oriente, um ponto que eu vou explicarpara vocês mais tarde. Creio também que devemos adotar símbolos inspirados pelo firmamento, comoas estrelas, o sol e a lua, símbolos que nos lembram da mais antiga antigüidade. Vamos também utilizaroutros símbolos para recordar o impostor Jesus, as imagens de que vamos selecionar para que elaspossam ser adotadas pelos nossos filhos e netos que herdarem essa História, juntamente com aadministração da nossa nova Associação.

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Isso é o que eu queria consultar com vocês no que diz respeito à forma e aspecto do templo que fundamose as responsabilidades que temos, portanto, adquiridos e decretado nesta semana abençoada, abençoadasemana! Agora, o que vocês acham de fazê-los?

Por unanimidade, deram a sua aprovação entusiástica para as palavras do rei, anotando nos registros.

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CAPÍTULO DEZ A preparação dos instrumentos e símbolos

Rei Agripa disse: Nossa união geral me agrada muito, porque assim seremos um só coração e uma mãoúnica. Isso indica que não temos inveja, que não temos orgulho. Aleluia!40 Temos concluído, graças aDeus, a tarefa da fundação do templo, e temos, em princípio, concordado com a escolha dos símbolos,superando todas as divergências e toda inveja. Aleluia!

Nós preparamos alguns símbolos em conformidade com o que foi decretado na sessão anterior. Aquiestão os dois pilares: Booz,41 Jaquim.42 Aqui também estão os instrumentos de alguns construtores quesão feitos de madeira, a fim de verificar que a nossa Associação data do Templo de Salomão, ou talvezantes, porque os instrumentos utilizados na construção do Templo de Salomão eram todos de madeira. Vamos erguer as duas colunas, uma à direita e a outra à esquerda. Vamos abençoá-las. Nósabençoamos esses instrumentos e também abençoamos esses vários símbolos de Jesus43 querepresentam, ironicamente, algum episódio daqueles que o Impostor falou durante sua pregação emsuas instruções e blasfêmias, como o galo[XIII], a espada, a luz, a escuridão, o martelo, que foi oinstrumento utilizado para pregar as mãos e os pés, e com ele vamos abrir todas as sessões,enfatizando essa ironia. Todas as sessões serão abertas batendo três vezes consecutivas com estemartelo; assim lembraremos eternamente, através dos séculos, que nós o crucificamos e que com estemartelo nós fixamos os cravos em suas mãos e pés, matando-o. Essas três estrelas que vocês vêemsimbolizam os três pregos. Seríamos capazes de mudá-los para três pontos que tem o mesmosignificado. Entre os nossos símbolos permanecerão os três passos, ridicularizando-o com establasfêmia: Deus é Pai, Filho e Espírito Santo, com sua pretensão de ser o Filho.

Dentro da nossa Associação, faremos graus, como já mencionados anteriormente. Estes serão 33,simbolizando a idade do impostor [XIV]. Vamos dar um nome a cada grau e vamos criar outros símbolossemelhantes. Todas essas coisas foram minhas idéias e dos irmãos Moab e Hiram. O significadodesses símbolos irônicos não devem ser percebidos e devem permanecer entre nós os nove. Para osoutros irmãos ou afiliados será o suficiente fazê-los ver os utilitários e os instrumentos para queacreditem que a Associação foi fundada nos tempos de Salomão ou antes disso. Qualquer irmão podepropor um novo símbolo.

O que vocês acham e observam, irmãos, a respeito do que eu lhes apresentei? Os seis homens44

aprovaram sem objeção, sendo tudo registrado. Então o rei disse: Alegremo-nos! Vamos começar amarchar sobre o caminho para o triunfo! Vamos dar nossos primeiros três passos! Vamos bater trêsvezes com esse martelo vitorioso, com o símbolo da morte do nosso inimigo o Impostor, o símbolo dacriação de nossos princípios honoráveis que fixamos com os cravos da irmandade e da união! Vamostodos exclamar com alegria: Até a vitória!

40 Louvado seja Deus.

41 Símbolo da força.42 Símbolo do estabelecimento da empresa.

43 Referindo-se a Jesus, mas não concedendo a palavra 'Cristo'. Nota do tradutor.

44 O rei, Hiram e Moab, sendo os que conceberam a idéia como um dos símbolos.

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CAPÍTULO ONZE A Primeira Sessão do Primeiro Templo

Em 4 de novembro do mesmo ano, 43 A D, A primeira sessão oficial foi realizada no primeiro templo deJerusalém, que era num porão, no Palácio do rei Agripa.

Os nove fundadores começaram suas obras na preparação dos instrumentos de construção feitos demadeira e a criação de um novo símbolo: o avental que simboliza a proteção da roupa contra a lama, tudoisso para esconder o verdadeiro propósito e para assegurar aos afiliados, a antiguidade da Associação.

O rei-Presidente disse: Eu, com minha autoridade como Presidente, (e não como rei) concedo a cada um devós o 33° grau, o mais alto grau em nossa Associação. A partir de agora, cada um de vocês serãoagraciados com esse alto grau. Mas eu quero mencionar algo ao nosso irmão Hiram, esperando que vocêsconcordem comigo. Gostaria de fazer o 3 º grau especial, e chamá-lo de grau Hiram, porque ele é o únicoque merece a distinção, a gratidão e a imortalização por ser aquele que primeiro teve a idéia de fundar estaAssociação. Ele é o criador desta idéia gloriosa. Eu concedo-lhe também o título de Mestre, porque euconsidero e vocês vão considerá-lo assim comigo, por que Hiram é o Mestre. Ele é o único que merece otítulo no qual o impostor Jesus falsamente atribuiu a si mesmo. Vamos chamar esse terceiro grau de: "ograu de Mestre Hiram."

E já que nosso irmão Hiram, órfão de pai desde a infância, sem conhecer ninguém que não seja sua viúvamãe, proponho chamar a nossa Associação, "A Viúva", pedindo a sua aprovação.

A partir de agora o nome dos fundadores será "Os Filhos da Viúva." Cada membro da Associação seráchamado de filho da viúva até o fim dos tempos, porque acreditamos que a nossa Associação irá viver até ofinal dos tempos. Por tudo que honramos o nosso irmão Hiram, não teremos sucesso em estimar seugrande favor. Nós devemos honrá-lo ainda mais. Mas o título de Viúva concorda com o objeto da nossaAssociação, pois a viúva sempre precisa de ajuda, esse título é o símbolo da cooperação e ajuda entre nós,além de reconhecer o trabalho de Hiram. Vocês aprovam tudo isso? Tudo foi aprovado e registrado.

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CAPÍTULO DOZE Pregando para atrair afiliados

Os nove fundadores, com a exceção do rei,45 começaram a campanha para a inscrição de afiliados naAssociação.

Eles dispersaram-se principalmente na cidade de Jerusalém, anotando os nomes dos solicitantes,levando-os ao Templo e tornando-os inscritos, sem faze-los conhecer os verdadeiros propósitos daAssociação (para atacar os homens de Jesus). Depois de fazerem o juramento é que eram informadosdos verdadeiros objetivos. Eles incutiam neles que esta Associação, "A Força Misteriosa", existia desdea antiguidade mais remota, sendo revivida pela vontade do rei para que ela pudesse ser o único meioeficaz de derrotar os inimigos da religião judaica que estavam dispersos em toda parte e com grandeatividade.

Hiram disse: Nós deixamos qualquer pessoa afiliar-se, sem nenhum custo. Dessa forma o seu númeroaumentou rapidamente e começamos a atacar os homens de Jesus com toda a energia, impedindo opovo de segui-lo. Muitas vezes temos capturados-los em nossas redes com armadilhas e enganos,matando aqueles deles que pudemos. Eles fugiram de nós como cordeiros perante lobos devoradores. Mas eles cresceram com firmeza na fé de sua nova religião, na medida em que eles eram perseguidos. Eles aumentaram em número e em firmeza. Era como se eles não nos temessem. Era óbvio que umaforça oculta os sustentavam, apesar de nossa perseguição. Por essa razão, nós consultamos entre nós,renovamos as nossas forças e reforçamos a nossa Associação, porque era o único meio de realizar onosso objetivo até a última fase. Com base nesta e em nosso juramento solene era inevitável queenfrentássemos a força que no início, acreditávamos ser fraca. Decidimos enfrentar a morte se fossenecessário. Nós nos dedicamos a aumentar as forças, aumentando o número de inscritos.

Dentro de dois meses conseguimos 2000 irmãos, portadores do título, “Os Misteriosos.”46 Começamos aencontrar filiais em diversos lugares, dependentes do templo principal.

45 Sua posição real impediu sua pregação.

46 Membros da força misteriosa.

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CAPÍTULO TREZE A fundação de templos secundários na Judéia

Hiram Abiud disse: Se não fosse por nossa firmeza na defesa da religião judaica, toda a Jerusalém poderiacair de nossas mãos para as redes dos pregadores do impostor Jesus. Porque os pregadores de seusensinamentos, depois de sua morte, apesar de sua grosseria, iam acerca de encantar as pessoas. Essanossa primeira campanha bem sucedida incitou-nos a estabelecer filiais em todos os lugares, antes que aexpansão dos pregadores de Jesus pudesse aumentar e antes que aqueles inclinados em direção a elepudessem aumentar.

Nós dividimos a comissão de fundação em duas: uma parte ficou em Jerusalém, retomando as sessões soba presidência do rei, ativando e entusiasmando as filiais. A outra parte dirigiu-se para diferentes pontos daPalestina, um em cada direção, pregando os princípios da Associação, dando a conhecer o ódio contraJesus e seus seguidores entre os povos e ameaçando com a morte quem quer que se permitir serinfluenciado por aqueles pregadores do Impostor, e alertando especialmente os líderes das aldeias,pressionando-os para expulsar de suas regiões os homens (os homens de Jesus) que entrassem parapregar.

Às vezes encontrávamos alguns homens fiéis à religião judaica que nos ajudavam em nossos processos. Outras vezes encontrávamos forte resistência. E na maioria das vezes o fogo da discussão era acendidoentre as famílias e parentes próximos, chegando a inimizades e divisão.

Alguns continuaram seguindo esses ensinamentos, adotando-os. Outros seguiram-nos, opondo-se aosseus enganados parentes, lutando com eles até a morte. Muitos desses fiéis entusiastas mataram seusfamiliares por terem seguido os impostores. Tal era o plano de cada um de nós fundadores: oestabelecimento de templos e filiais e perseguição dos falsos pregadores.

Com a nossa ação impedimos a queda de muitos milhares de pessoas em suas mãos. Nós estabelecemos45 templos a partir do dia da fundação até à presente data, isto é, catorze meses depois. Nunca tomamosuma única etapa para trás em nossa batalha, apesar da tristeza que nos é causada pelo fato de que muitosde nosso povo foram com Jesus, dando-os aos primeiros seguidores e aos pagãos que adotaram seusensinamentos.

Ele nos causou dor em ver nossos parentes indo para as mãos dos nossos inimigos, sem que tenhamosconseguido convencê-los. Nós sacrificamos nosso dinheiro, nosso tempo e nosso sangue, nós expulsamosos que perseguimos e matamos aqueles que pudemos. Se não fosse por essa batalha que poderia terdominado a nossa nação judaica, eles poderiam ter eliminado nossa religião judaica e nós mesmospoderíamos termos caído inevitavelmente, como os outros que caíram nos abismos do engano e nos roncosdesses impostores.

Assim, recomendamos aos nossos filhos, netos e descendentes que continuem a nossa ação, para nãodesanimarem e continuarem no caminho que esboçamos, armados com a "Força Misteriosa" que fundamos,que possam continuar batalhando contra aquela força diabólica47 até o fim dos tempos, ao longo de suaexistência e desde que ela tiver partidários do Impostor.

Parabenizamos a vocês, oh descendentes dos nossos, vocês que amam sua religião e seu povo! Parabenizamos a vocês a tarefa de não deixar morrer aquilo que revivemos, por sua vida e sua religião. Parabenizamos vocês excessivamente com a defesa da religião até a morte como seu emblema esentimento. Louvamos não lhe desviar a nossa linha, uma linha de heróis que temos delineado para vocêscom o nosso sangue, com o suor de nossas sobrancelhas, com o nosso dinheiro e com o nosso tempo; como qual temos guardados nossa religião, derrotando nossos inimigos e matando um certo número deles.

Se esse número tivesse sido dado aos seus companheiros, os impostores poderiam ter-nos derrotado, anossa religião que perece. Parabenizamos-lhes por recordar a nossa luta e continuá-la. Parabenizamosvocês por não esquecerem de recomendar aos vossos filhos tudo o que recomendo a vocês. Nuncaconsiderar como uma religião a sociedade que o impostor Jesus fundou. Nunca chamá-lo de o Messias. Nunca assistir às reuniões de seus seguidores, porque eles estão enganando e confundindo com magia.[XV]

Mas, em vão foram os esforços de impedir um grande número de cair em suas redes. Em vão foram asameaças de morte recaídas neles no nosso caminho. Eles tinham ouvidos surdos. Nossos argumentos,

47 A força de Jesus Cristo é referida.

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mesmo os mais extremos, de nada valiam para neutralizar a força dessa doutrina. Tampouco foipossível para nós impedir nosso povo judeu a adoção de seus princípios. No entanto, não podemosesquecer a atividade e zelo dos nossos irmãos, os fundadores, que realizaram milagres quandoconfrontados com aquela corrente e no despertar de milhares de nossa nação, dirigindo em direção denossas mãos a colaboração moral e material. Devemos registrar aqui, nas páginas desta História, ogrande favor que os nossos correligionários fizeram por nós, aqueles que eram pais, irmãos ecolaboradores com a gente sem ter se unido à nossa Associação. Esses eram mais úteis que muitosdos inúteis afiliados inativos. Com o valioso conselho daqueles homens ricos e benevolentes que nosofereceram a sua ajuda moral e material, sem a adesão à Associação, conseguimos um novo sistema: acriação de associações similares com outros nomes, porque de acordo com informações, muitosmembros tinham medo de pertencer à Associação, "A Força Misteriosa".

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CAPÍTULO QUATORZE A criação das associações filiadas à nossa, mas com outros nomes48

Depois de ter obtido resultados inesperados pela nossa ação e depois de ter erguido nossas obras embases sólidas e sujeitando os templos afiliados às ordens do Templo Principal, nós todos voltamos paraJerusalém e realizamos uma reunião, na presença dos nove fundadores, durante a qual cada um de nósdemos uma conta a extensão da sua jornada e missão com referência para a fundação de templos afiliados. Este sucesso satisfez o rei Herodes excessivamente. Ele ficou ainda mais contente com a nossa atitudevalente frente aos impostores e ele ficou tremendamente impressionado ao saber que conseguimos muitobem matar um grande número deles com todos os meios ao nosso alcance, bloqueando seus esforços,destruindo sua pregação e fazendo suas armadilhas inúteis.

Com isso, impedimos as pessoas de assistirem às suas reuniões. Alguns elementos simples, que eramobstinados, nós consideramos sem nenhuma importância porque eles pertenciam à classe baixa.

No decorrer da reunião, a proposta de alguns entusiastas ricos, no que diz respeito aos afiliados do nossoestabelecimento a Associação com outros nomes (diferente de "A Força Misteriosa"), mas tendo, noentanto, alguns princípios, foi apresentada.

Essa proposta obteve o acordo do rei e dos membros e foi gravada.

Os nomes das associações afiliadas é de responsabilidade e escolha de seus fundadores ou líderes, sobcondições elementares que devem ter os mesmos princípios que a Força Misteriosa, exceto no que tangeaos graus, os sinais, os instrumentos e as outras características de nossa Associação. O símbolo destasdevem ser as duas mãos entrelaçadas: União e Colaboração.

O juramento dessas irmandades deve ser sintetizado no seguinte texto: "Eu, Fulano de Tal, Filho de Fulanode Tal, juro por Deus, meu credo e minha honra, para unir-me aos meus irmãos da Associação (o que quercom fraternidade) tudo o que eles desejam realizar, para colaborar com eles e ser como um coração comeles até a morte. ".

Com este decreto terminamos a sessão, cada um de nós obtivemos uma cópia do juramento acimamencionado. Cada um de nós seguiu, em seguida, em sua respectiva direção, retomando o nosso trabalhosem descurar da nossa original primeira tarefa.

Essa foi a nossa marcha no caminho da batalha, o rápido estabelecimento de várias irmandades comnomes diferentes: "A Irmandade judia", "A União Nacional", "A colaboração Religiosa", "A ObrigaçãoReligiosa", etc. Essas irmandades fizeram um grande progresso graças à vontade dos líderes que foramselecionados como fundadores.

Estes eram os únicos que conheciam a relação existente entre os irmãos de capuzes e nossa associação. Na maioria dos casos, eles eram homens ricos. Com a sua ajuda material, o número de afiliados em suasirmandades aumentaram e seu número ultrapassou o nosso. Agradecemos imensamente, em nome dareligião e em nome da nação. Seus nomes e os nossos vão ser imortalizados na história até o fim dostempos.

48 É óbvio que este recorde não é apenas de Hiram, mas também de todos os irmãos fundadores espalhados por toda a Palestina.

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CAPÍTULO QUINZE A morte de Herodes Agripa, fundador da Associação

Os fundadores membros cumpriram as suas tarefas em todos os lugares. Eles receberam ordens do reiAgripa para a batalha, para sacrificar-se, para divulgar a doutrina, para aumentar o número de templos efraternidades, para a batalha estritamente contra os pregadores do Impostor. Essa campanha foiorganizada pelos dois grandes homens: o rei Agripa e Hiram Abiud, que será lembrado gloriosamenteaté o fim dos tempos, porque com esta Associação foi que reviveu toda uma nação, superando os seusantepassados na defesa da religião.

Aqueles (os antepassados) perseguiram e mataram o Impostor, crucificando-o, mas estes dois grandespensadores criaram uma obra que nunca cruzou a mente de qualquer homem. Aqueles mataram algunsdos homens de Jesus; estes, por outro lado, realizaram grandes maravilhas por seus esforços secretose por suas ordens estritas, matando centenas de pessoas confusas.

Nessa altura de nossa batalha, enquanto nós, os nove, e os outros membros do Templo Central e dosoutros (os templos estavam no auge da luta), o nosso presidente, o rei, contraiu uma doença em suavisão, e ficou cego dentro de cinco dias. Em seguida, ele foi atacado em seu corpo, e ficoucompletamente paralisado. Mas, apesar de seu sofrimento ele não relaxou em reanimar nossosespíritos a perseverar na batalha.

Eu sendo o mais próximo,49 o rei, durante a sua agonia, me confiou seus segredos finais e sua vontadefinal, proferindo estas últimas palavras para mim em um tom apaixonante:

"Manter o segredo! Continuar a ação! Trabalhar incansavelmente! Destruir tudo o que ...! "Aqui, eleprendeu a respiração, e sua alma o deixou. Isso foi no ano 44 após o Impostor.

Para mim, essas frases são a minha maior alegria e minha maior honra. Eu incorporei-as em meusdiscursos e serão citadas nas reuniões públicas e privadas como um verso sagrado. "Manter o segredo! Continuar a ação! Trabalhar incansavelmente! "Eu desejo que estas frases sejam o principalfundamento de nossas obras, de construir sobre elas o nosso sucesso no extermínio dos pregadores doImpostor Jesus”.

49 Este é o exemplar de Abraham Abiud, o herdeiro de Hiram Abiud, entende-se que quem fala aqui é Hiram, um dos nove

fundadores.

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CAPÍTULO DEZESSEIS Hiram sucede o rei Agripa na presidência da Associação

Após a morte do rei Agripa, Hiram foi designado como presidente do Templo Central de Jerusalém epresidente geral da associação, "A Força Misteriosa", em uma eleição legal realizada pelos oito fundadores,conseguindo o voto unânime dos sete.

No lugar do rei Agripa ele foi nomeado como membro, fez o juramento terrível e sabia o segredo. Nossoirmão Hiram merecia o testemunho do nosso rei e como um verdadeiro fundador. Tudo tem sido feitograças à sua inteligência e vontade. Uma de suas idéias durante a sucessão foi a sugestão de dar outronome para o "Templo de Jerusalém," para "A Estrela do Grande Oriente." Ele queria significar com isto quea luz verdadeira que ilumina e orienta é a estrela e não a que os reis Magos afirmaram ter orientado-losquando estes vieram do oriente para visitar o Impostor infantil.

Em seguida, Hiram ordenou que a estrela seria desenhada no fundo do Templo, atrás da cabeça dopresidente, na porta superior, e que era para ser cercada pelas palavras, escritas em roxo: ". A Estrela doGrande Oriente." Ele também ordenou que a mesma coisa seria desenhada em cima da porta interior.

O presidente iniciou uma campanha para estabelecer templos afiliados no norte da Palestina, delegando apresidência a Moab Levy, indo ele mesmo às diferentes partes do país, fundando templos, disseminandoódio pelo Impostor nos corações das pessoas e afirmando que os ensinamentos de seus pregadores erammentiras.

Hiram, em sua longa viagem, chegou a Sidon,50 perseguindo os homens de Jesus, causando medo noscorações do povo simples que o seguiam. Vendo que o número de seguidores de Jesus aumentaraenormemente, ele solicitou a colaboração de seus próprios companheiros fundadores. Moab enviou dois:Adoniram e Agripa. Os três retomaram a perseguição contra os impostores aonde quer que fossem,chegando até mesmo antes, nas respectivas aldeias, para não deixar-lhes tempo ou oportunidade parapregar.

50 Uma cidade no Líbano.

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CAPÍTULO DEZESSETE Desaparecimento de Hiram

Os três missionários dispersos na parte leste de Sidon, penetraram nas terras do Líbano. Num curtoperíodo de tempo após a reunião de Adoniram e Agripa com Hiram e da partida de cada um em umadireção diferente, Hiram desapareceu, sem aviso prévio, de seus companheiros.

Informado, Agripa exclamou: "Hiram desapareceu! O nosso presidente foi morto! Que desastre! Eu o vipassando, em Sidon!" Quando a notícia chegou a Jerusalém a todos os membros fundadores, excetoJohanan, que estava doente, na região oeste de Sidon, eles começaram a busca por seu irmão epresidente, sem encontrar vestígios.

Tobalcain, sobrinho de Hiram, que acompanhou os membros do Templo, comentou que, com base emalgumas informações dos moradores, que ele poderia ter sido vítima de lobos; um boato estavacirculando entre os habitantes de que lobos haviam devorado um dervixe51 e várias outras pessoasnaqueles dias frios soprados de inverno. Por esse motivo, apressou-se a busca, separando-se entre si,mas cada pequeno grupo acompanhado dos residentes dessas áreas, com a esperança de voltaremcom o corpo de Hiram, se fosse verdade que ele tinha morrido.

Adoniram e Tobalcain, procurando na direção sudeste, observaram, de longe, três grandes pássarosreunidos sobre um objeto sob uma árvore. Aproximando-se, viram um corpo dilacerado pelos pássaros eoutros animais, já devorado a maior parte. Eles reconheceram imediatamente como o corpo de Hiram,pela sua roupa e, especialmente, por seu anel de prata com o martelo gravado nele. As aves que virameram abutres.

Eles recolheram seus restos mortais, sua roupa, o anel e alguns ramos da árvore em cuja sombra ocorpo estava e voltaram para Jerusalém. (Não sei que espécie de árvore era, mas acreditamos que erado tipo chamado de "Acácia"). Tendo chegado a Jerusalém, apresentaram tudo para o sobrinho noTemplo. Seu sobrinho, Tobalcain, sucedeu Hiram; ele fez o juramento e recebeu o segredo. Moab Levy foi eleito presidente. O primeiro de seus pedidos foi para cobrir o Templo de Jerusalém e osoutros templos afiliados com letras pretas em sinal de luto pela morte de nosso irmão Hiram. Então eleordenou uma magnífica vigília apenas entre os "entes misteriosos"52 em todos os templos na mesmanoite.

Ele também ordenou que a comemoração desta vigília seria revivida enquanto a Associação existisse. Como lemos aqui esses pedidos foram registrados. Mais tarde, a transferência do primeiro secretariadoa Adoniram e o segundo para Johanan foi decretado.

Rei Agripa havia dado ao Terceiro Grau o nome de Mestre Hiram. Completando a homenagem aomestre, Moab Levy ordenou que a vigília seria realizada toda vez que o Terceiro Grau fosse concedido aum membro. O membro deve representar o nosso irmão morto, Hiram, assim, para manter suas ordensvivas. Essas memórias foram registradas, tornando-se assim uma parte de nossas Leis Fundamentais.

Na sessão seguinte eu sugeri o seguinte53: Eu tenho uma idéia que, sem dúvida, será a melhor "espinhadorsal” para o nosso princípio, movendo para trás a data da fundação para milhares de anos. Euimploro a vocês, irmãos, não acusar-me de exagerar a fama do meu tio Hiram com esta idéia. Esta nãoé a minha finalidade, não. Ouça-me: Um dos principais decretos que li nos textos de nossa históriaindica a ocultação da data da fundação da nossa Associação de todas as pessoas, inclusive de nossosirmãos na Associação, para que eles permaneçam completamente ignorantes de sua origem.

Minha opinião é a seguinte: Devemos dar a conhecer aos misteriosos que a vigília da homenagemmencionada é feita em memória de Hiram Abiff, o sírio, o arquiteto do Templo de Salomão, morto por

51 Vestimos-nos como dervixes: diz Tobalcain.

52 Nota do tradutor: os membros da Força Misteriosa.

53 É obvio que daqui por diante o que se registra na cópia é de Tobalcain Abiud, sobrinho de Hiram.

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três trabalhadores. Com este engano, afirmamos perante a todos a antiguidade desta Associação, osegredo que será mantido para sempre.

Com este evento, nós os nove imortalizamos a memória do meu tio, o mártir da Associação. A lembrançapública e geral será por Hiram Abiff. E assim os misteriosos não entendendo nada disso, e para fortalecer acrença na antiguidade da Associação, devemos fazer da data da primeira ordem decretada pelo TemploCentral para a realização da vigília ser a data da criação do homem. Devemos acrescentar este princípiopara os outros dos nossos e assim anotar que nos registros, que ligam a nossa verdadeira data com a doinício da criação, aumentaremos a preocupação, a dúvida no mundo. Vocês aprovam o que é proposto,Irmãos? Todos fizeram saber de suas alegrias nesta idéia, gravando-a com apreço a Tobalcain por suasabedoria e oportunidade. Adoniram acrescentou: Não é apropriado realizar a homenagem da vigília namesma noite, como o presidente disse, especialmente neste momento nem é adequado informar aostemplos para suas participações conosco. Ouçam aos meus argumentos:

Como a notícia da morte de nosso irmão Hiram já é conhecida, não será fácil convencer aos misteriososque a vigília será pela alma de Hiram Abiff, o arquiteto do Templo de Salomão. Nós os nove sozinhosdeveremos realizar a vigília pela alma do nosso irmão Hiram Abiud, sem torná-la conhecida de ninguém. Então vamos mantê-la na reserva por algum tempo, durante o qual passe a lembrança do povo a memóriado nosso Hiram que será apagada.

Nós, os nove, e quem suceder-nos através dos séculos, não vão esquecê-lo. Como podemos esquecer issose haverá uma cópia desta História nas mãos de cada um dos nove? E assim, completaremos a decepçãode modo que somente os misteriosos suspeitarão que a vigília do terceiro grau corresponde ao nosso irmão,Hiram, presidente e fundador desta Associação. E todo mundo vai acreditar que a vigília do terceiro grau éde Hiram Abiff, o arquiteto do Templo de Salomão, sendo gravado na mente das pessoas que a origem daassociação é anterior a Salomão. Assim, ninguém saberá nada da data, da finalidade, do lugar e dosfundadores da Associação. Vocês confiam em mim irmãos, para preparar o texto desta proposta? Nósaprovamos e atribuímos Adoniram a fazê-lo.

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CAPÍTULO DEZOITOPlano para a vigília em homenagem e em honra de Hiram Abiud, fundador da Associação

Após a tarefa atribuída a Adoniram ser concluída, realizou-se uma sessão para discutir esse assunto. Durante a sessão nosso irmão Adoniram leu o seguinte: Cada um de nós deve valorizar Hiram tãoaltamente como o rei Agripa, e sabemos que o rei decretou que o terceiro grau, seria indicado, "O Graude Mestre Hiram." Para dignificar ainda mais este grau e em homenagem ao rei, bem como a Hiram, euacredito que o que eu li para vocês deve formar parte dos ritos do terceiro grau. Eu digo:

1. Coloquem os restos de nosso irmão Hiram em uma sala escondida, com a porta aberta. Vamoscolocar nele as suas roupas, manto, e anel, e, além disso, um ramo daqueles que acompanhou os seusrestos mortais.

2. Dois de nós irá ao redor, buscando os restos e voltarão lamentando não te-los encontrado.

3. Em seguida, cinco irão sair por aí, para o mesmo fim, voltando, chorando por não te-los encontrado.

4. Então caminharemos todos ao redor e procuraremos separadamente aqui e ali até encontrar os seusrestos mortais no quarto oculto.

5. Depois de preparar, em seguida, um caixão e um manto preto, alguns de nós irão voltar e, trazendoos restos mortais e Artigos de Hiram, vamos colocá-los no caixão e cobri-los com o manto negro.

6. Vamos carregar o caixão para o templo e sobre o manto será escrito as palavras, "morto", "vivo”,então iremos começar o luto, cada um a chorar e pronunciando frases de tristeza e lamentação.

7. Vamos acender três lanternas: duas na cabeça, que serão direcionadas para a "Estrela do Oriente", ea terceira lanterna sobre seus pés. Este é o símbolo dos três pregos com que Jesus foi pregado.

8. O presidente lerá algumas orações por sua alma, apontando seu caráter, suas obras e as graçasalcançadas para o bem da Associação. Ele vai lembrar que ele foi seu fundador e que ele morreu comoum mártir da obrigação religiosa. É por isso que ele está vivendo, porque ele vive para sempre em nós enestes símbolos que eu tenho mencionado.

9. Vamos descobrir o caixão e olhar para os restos como se eles falassem para nós. Em seguida, opresidente irá dizer: "Fala, Hiram! Informe-nos sobre a sua batalha e quem te matou! Ouvimos dizerque você não pereceu por uma morte natural.

10. O presidente vai ajoelhar-se perto de sua cabeça e dizer o seguinte discurso, o que representaHiram. "Busquei a vós, queridos irmãos, durante a minha batalha, e no último momento da minha vidanão encontrei ninguém!”

"Na verdade, eu não morri de morte natural; uma mão me matou, a mão dos inimigos ou os seusseguidores!” "Eu morri longe de vocês! Mas a minha memória vai viver entre vocês até o fim dostempos! Mantenham minha memória e meus princípios sempre! Lutem como eu lutei, atacando oshomens do Impostor que dividiram a nossa religião! Não tenham medo nem lamentem por mim! Eu nãoestou morto! Eu estou entre vocês até o fim dos tempos! Não renunciem à missão de unir nossareligião! Vou ajudá-los aonde quer que eu esteja, ora minha alma é por vocês, meus olhos lhes verãosempre! Lutem em manter o segredo dos meus princípios indestrutíveis!”

"Para vocês eu entrego os instrumentos, os instrumentos com os quais eu construí este edifícioescondido”.

"Para vocês eu dou um nome e uma memória que vão viver para sempre”.

"Atacar seus inimigos, os homens do Impostor. Aumentar e crescer. Estou aqui assistindo seus atos. No encontro final irei julgar vocês quando eu ouvir vocês dizerem para mim: Você continuou vivendoentre nós, oh Hiram "

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"Fundadores irmãos, eu irei chamá-los dessa desolação, saúdo-vos pedindo vida para vocês e a suaAssociação. Morte aos seus inimigos”! "Depois o presidente conclui, de joelhos, seu discurso, como se Hiram tivesse falado; cuidaremos dosrestos de Hiram para enterrá-los no túmulo que preparamos ao lado do Templo”.

A partir de agora, a primeira das condições que o aspirante ao terceiro grau (de Hiram) deve cumprir, seráde representar o nosso irmão morto, sofrendo os insultos e as da amarguras que Hiram sofreu em suasbatalhas em nome dos princípios da associação. O associado deve aceitar ser colocado em um caixãorepresentando o cadáver de Hiram. O caixão é deixado com a graduação em uma sala escurarepresentando Hiram no campo desolado onde morreu. Então ele é levado ao Templo e colocado entre asduas colunas: Booz e Jaquim.

Vocês devem saber a importância da seguinte questão. aquele que chega ao terceiro grau não deve relataros seus segredos para aquele que é de menor grau, de modo que o último não pode saber os seus ritos, atéa graduação. Antes de terminar Adoniran disse: O que vocês acham do que eu propus para vocês? Ao querespondemos que aprovamos a precisão de sua opinião; em seguida, ela foi gravada.

No dia seguinte, é enterrado Hiram de acordo com as normas aprovadas. Depois de enterrar os restos, nósos nove completamos a vigília em homenagem. Adoniram disse: Irmãos: Estes símbolos sãoexclusivamente para nós os nove e àqueles que nos sucederão. Assim ele continuará como uma memóriae segredo entre os nove sucessores. Nenhum dos outros Misteriosos deve saber que a homenagem é parao nosso irmão, Hiram Abiud, se souberem sobre ela, irão saber que a nossa Associação foi fundadarecentemente para combater os homens de Jesus. Isso seria problemático para nós, porque iria alienarmuitas pessoas que desejam participar.

A fim de cumprir o nosso propósito e fazer o segredo mais hermético, é preciso acrescentar a essessímbolos, outros objetos e símbolos referentes a Hiram Abiff, arquiteto de Salomão. Vou prepará-los eexplicá-los a vocês. Assim, os misteriosos irão acreditar que a graduação representa Hiram Abiff e elesserão convencidos de que a Associação é mais antiga, desde os tempos remotos.54 Vocês devem lembrarque este grau é um dos mais importantes graus tradicionais.

54 Jonas: Estas foram as lendas ridículas dos nossos antepassados e que foram seu fanatismo. Eles insistiram que esses símbolos

permaneceram na Associação ao longo de sua existência. A primeira condição que o nosso ancestral Joseph Levy impôs aDesaguliers era preservar os símbolos e lendas, como foi observado na primeira seção deste livro.

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CAPÍTULO DEZENOVE Os sinais de reconhecimento e as normas para entrar no Templo

Adoniram disse: Demos os símbolos para a nossa Associação das estrelas, dos instrumentos deconstrução e arquitetura, e do que o Impostor disse e fez. Devemos agora, irmãos, criar sinais geraisque poderão ser conhecidos por todos os misteriosos, não só por nós os nove. O propósito disto é queeles possam reconhecer uns aos outros onde quer que eles se encontrem. Aqui eu vou ler para vocês oque eu preparei:

1. Aquele que deseja entrar no Templo oficialmente, não poderá fazê-lo até que a Comissão do Temploestiver certa de que ele é um misterioso. Ele será reconhecido se ele responder corretamente com apalavra secreta que eles irão conhecer.

2. Ao entrar ele deve tomar as três etapas que temos assim dispostas de tal maneira que, com oterceiro passo ele poderá chegar ao centro do espaço ligado pelos dois pilares. Então, ele cumprimentao presidente da seguinte forma: a mão direita é colocada sobre sua cabeça, então ele a abaixa e coloca-a, aberta, sobre o peito, abaixo do pescoço. Ele vai repetir sua saudação três vezes;55 O presidente selevanta e ataca três vezes com o martelo, levantando-o sobre a cabeça do visitante, como se fosseameaçá-lo. Em seguida, o presidente se senta e o visitante, também. Esses movimentos significam queo visitante repete o juramento que ele fez quando foi aceito como um membro, que ele é firme e ativo noserviço da Associação, que ele é sincero e que ele nunca irá o trair. O movimento do presidentesimboliza a sua ameaça de morte se ele o trair.56

3. O misterioso realiza esses movimentos antes de quem ele quiser, a fim de tornar-se conhecido, nacondição de que ele não tome o significado compreendido.

4. Em caso de perigo ou de pedir ajuda, o misterioso levantará as mãos cruzadas sobre sua cabeça. Se houver misteriosos perto dele, eles irão oferecer-lhe assistência. 5. Reconhecimento com os olhos. Olhando primeiro para a testa, em seguida, virando os olhos emdireção ao ombro esquerdo, em seguida, em direção ao ombro direito. Se o outro é um misterioso eledeve fazer o mesmo, realizando assim o reconhecimento57.

6. Reconhecimento pelo toque. É indispensável. Deve ser efetuado da seguinte maneira: quando asaudação é efetuada pelo aperto de mãos, o misterioso irá exercer uma ligeira pressão com o polegarsobre a primeira articulação do dedo indicador de um cumprimentado. Se este último é um misterioso,ele irá responder com o mesmo movimento, percebendo de imediato o reconhecimento.58

7. Reconhecimento pelo discurso. Eu acredito que é justo ter uma palavra "chave" e que seja sagradapara nós. Eu sugiro que essa palavra seja Booz. Quando alguém pergunta a um misterioso, você é ummisterioso? Ele dará a resposta, "B"; depois o outro deve dizer "0". O primeiro vai dizer E o investigadorirá concluí-lo, "Z" "0". Em seguida, eles irão reconhecer uns aos outros59.

8. Reconhecimento pela idade. Zombando de Jesus, seus atos e seus ensinamentos com tudo queestava ao nosso alcance, nós fizemos os graus da nossa Associação ser o número 33, simbolizandoironicamente sua idade. Eu acho que a idade do misterioso deve estar de acordo com os seguintespontos:

55 Jonas: Ficou claro para mim que a Maçonaria moderna evoluiu um pouco em relação a esses sinais, como será visto nos meus

estudos da nova Maçonaria.

56 Jonas: Isso está alterado Na nova Maçonaria.

57 Jonas: Isso está alterado Na nova Maçonaria.

58 Esta saudação existe na nova Maçonaria graças ao nosso ancestral Levy, que insistiu em preservá-lo porque era um dos

primeiros principais movimentos.

59 Modificado na nova Maçonaria.

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a. Deixe a idade de um misterioso do 1 º ao 3 º grau ser: três anos, zombando assim, a crença doshomens, o Impostor, que esteve três dias no sepulcro.

b. Deixe a idade de um misterioso do 4 º ao 30 º grau ser: 33 anos, zombando da idade do Impostor.

c. Deixe a idade do misterioso do 31° ao grau 33° ser ilimitada, ridicularizando, assim, sua alegação de queo Impostor ressuscitou a partir do túmulo e ascendeu ao céu e que ele vive para sempre.60

d. Consideramos a idade da nossa Associação desde o início da criação humana. Um, perguntando aoutro: qual é a idade de sua mãe viúva? O outro deve responder-lhe: tão antiga quanto a Criação.

A viúva é a nossa associação, assim ó rei Agripa, nosso primeiro presidente, nomeou-a, reavivando amemória de nosso irmão Hiram, o filho da viúva. Assim, vocês devem reconhecer-se. Vocês devempreservar estes princípios até o fim dos tempos. A sessão foi gravada com o acordo completo.

60 Modificado na nova Maçonaria.

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Dissipação da EscuridãoOrigem da Maçonaria

Capítulos 20-32

CAPÍTULO VINTE As normas oficiais do Terceiro Grau

Sua divulgação para os outros templos com o nome de Mestre Hiram, de acordo com a vontade do reiAgripa durante sua vida.

Tobalcain Abiud disse: Alguns anos após a morte do meu tio, Hiram Abiud, senti a obrigação deproceder à vontade do rei Agripa e nossos decretos anteriores, dando ordens para os outros templos daAssociação para poderem considerar o terceiro grau, o grau de Mestre Hiram, como um grau legal ecanônico. Eu fiz a minha opinião ser conhecida aos meus oito companheiros que a aprovaram. Nossoirmão, Adoniram, já havia preparado, segundo a sua promessa, os suplementos necessários queindicariam a Hiram Abiff, o arquiteto do Templo de Salomão e que seria atribuído a ele. Com referênciaa isto Adoniram disse: Quando qualquer irmão ascende ao terceiro grau, todos os ritos que nós, os nove,realizamos na vigília do nosso irmão Hiram Abiud, deve ser realizado para ele, mas da seguinte maneiradissimulada:

Depois de transferir o caixão do quarto escuro para o templo, terminando com todos os ritos, incluindo odiscurso do presidente, que representa Hiram, o mártir da nossa batalha religiosa (não devemosnegligenciar o ato de eliminar deste rito especializado para todos os templos, toda referência para onosso irmão Hiram, alterando-as para aquelas que indicam Hiram Abiff), o aspirante é feito a levantar docaixão e, com os olhos vendados,61 o Presidente leva-o a uma daquelas portas fechadas do templo,onde ele diz-lhe: "Entre depois de bater nesta porta três vezes." O aspirante bate. Um membro dacomissão abre a porta de dentro, onde recebe-o com o martelo do Impostor Jesus,62 e golpeia-lo naparte de trás do pescoço63 e pergunta-lhe: "Onde você estava e aonde você está indo?" Ao que oaspirante irá responder: "Eu estava na ociosidade e agora eu vou para combater. "O membro responde:"Você está perdido, marcha por um outro caminho.” O guia designado leva-o a outra porta, batendo trêsvezes. A porta é aberta por um outro misterioso, recebendo-o com um golpe do martelo na testa,perguntando-lhe como fez ao primeiro e recebendo a mesma resposta. Em seguida, um misterioso irádizer: "Você perdeu o caminho para a batalha, você deve seguir-me, sabendo que o caminho é difícil eperigoso." Ele conduz-lo para uma terceira porta na mesma porta, mas através de uma viagem maisdifícil, durante o qual ele encontra muitos obstáculos e sofre várias quedas. Uma vez ele irá cair sobreespinhos ou pedras; outra vez ele irá descer ou subir uma colina. Todos estes obstáculos serãopreparados no templo para esta finalidade. Ao chegar na terceira porta, quando ele bate nela, a porta éaberta, onde um misterioso lhe dá golpes na parte superior da cabeça com um martelo. Imediatamenteo guia do aspirante atira para o chão como se ele tivesse morrido. Em seguida, o levam, colocam-lo nocaixão e cobrem-no com um manto, deixando-o com os olhos vendados. Imediatamente o Presidenteou outro membro da comissão lê o seguinte discurso:

"Irmãos, vocês têm visto nesta festa tradicional, espetáculos diversos que simbolizam uma metaexaltada que não podem ser alcançadas sem fadiga, sofrimento e amargura. Disse que o objetivo é asaída do homem da morte para a vida, sendo esta impossível sem a expor aos maiores riscos de morte. Estes sofrimentos que um novo irmão deve sofrer são os símbolos que faço conhecer e também osímbolo histórico pelo qual o novo irmão representa Hiram Abiff em sua árdua tarefa de construir oTemplo de Salomão. Assim é que, pelo exagero na guarda dos segredos de sua profissão, aarquitetura, ele foi perseguido por três trabalhadores64 que, depois de te-lo imposto pesados castigos esofrimentos, mataram-no na terceira porta. Tudo isso nos faz compreender que o caminho da batalha édifícil e perigoso. No entanto, nós não devemos temê-lo nem desviar-nos do mesmo. Temos de

61 Jonas: Parece que na antiga Maçonaria os olhos do misterioso permaneciam vendados somente quando ele ascendia aoterceiro grau (O grau de Mestre Hiram). 62 Que é o martelo com o qual Jesus foi pregado.63 Os golpes são leves, porque eles são simbólicos. Na nova maçonaria o local dos golpes foi alterado. 64 Jonas: Na Maçonaria de nossos antepassados (A Força Misteriosa) os nomes dos três trabalhadores que "mataram" Hiram não

foram mencionados. Na nova Maçonaria seus nomes são: Jubilo, Jubila e Jubilum.

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continuar no caminho da coragem para alcançar nossos objetivos de fortalecer os princípios da nossa nobreAssociação ". Ao final do seu discurso, o presidente sussurra na orelha do aspirante que ele deve levantar-se do caixão,de pé entre os dois pilares onde a venda é removida. Lá, o presidente vai dizer: "Irmão aspirante a este grausagrado, você ouviu o que eu li quando estava deitado no caixão, deste que é o símbolo da luta. Vocêrepresentou ousadia e coragem. Você representou Hiram Abiff com seu sigilo no qual ele não quis revelar,até a morte. Olhe para estas duas colunas que Hiram escolheu e ergueu na parte de trás do Templo deSalomão. Seja como elas são, fortes na vontade e firme nos princípios."

Após este, o aspirante irá dizer as seguintes palavras: "Não sou mais de vigor, decisão e firmeza. Eu voumanter o segredo de tudo o que tenho visto e ouvido diante dos homens e até mesmo diante dos outrosmisteriosos que estão abaixo do meu nível."

Assim, o irmão mais novo no terceiro grau vai acreditar que durante os rituais nos quais ele representouHiram Abiff, sem ter a menor idéia de que essa homenagem foi um ato memorial para o nosso irmão, HiramAbiud, fundador de nossa associação, e, portanto, ele não vai saber que esta foi fundada recentemente eque, os Nove, são os fundadores.

Assim, irmãos, vamos reavivar a memória de nosso irmão, Hiram Abiud, sem que mais ninguém dosmisteriosos ou aqueles fora da nossa Associação sejam informados da intenção dos nove de nós, isto é, aimortalização de Hiram, o fundador da nossa Associação, a sua fonte e seu pai a quem devemos todo ozelo, entusiasmo e gratidão.

Vocês aprovam o que eu li para vocês? a fim de ler então o texto da ordem, devemos enviar a todos ostemplos? A opinião de Adoniram foi aprovada por todos, nós gravamos e depois enviamos o pedido para ostemplos afiliados para conhecimento das normas do terceiro grau e para a sua execução com todo rigor esigilo.

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CAPÍTULO VINTE E UM O texto da ordem enviada a todos os templos da Associação. A confirmação do Terceiro Grau: o

grau de Mestre Hiram e os rituais da Lei

Do Templo central em Jerusalém, a todos os outros templos: aos irmãos misteriosos, presidentes emembros ativos da Associação, A Força Misteriosa, damos glória a Deus.65 Porque a nossa Associaçãoé da mais remota época e de origem desconhecida, procuramos satisfazer o nosso desejo de conheceresse segredo, mas infelizmente, é tão impossível para nós como foi para nossos pais e antepassados. Tudo o que obtivemos foi um documento entre os papéis do rei Herodes Agripa, o presidente do nossotemplo, cujo texto é o seguinte:

"Desde que Hiram, o arquiteto do Templo de Salomão, desfrutou do respeito de seu senhor, e devido aogrande favor que ele fez na fundação e construção do Templo e a administração de suas obras, nósdecretamos que o Terceiro Grau da Associação é o único que leva seu nome: o grau de Mestre Hiram, eque isto é para durar para sempre. "

Este documento encontrado não é assinado por ninguém, e obedecendo a vontade do proprietário dopresente despacho, quem quer que seja, nós ordenamos, por sua vez, que o Terceiro Grau serádenotado pelo nome de Hiram a partir de hoje. Como não encontramos entre os papéis, comoesperávamos, os rituais pertencentes a este grau, com a colaboração dos irmãos, os membros dotemplo central, temos concebido rituais que vocês deverão respeitar, sem negligenciar nada no ato deum misterioso ascender até o Terceiro Grau. As normas que temos decretadas são:

1. Reserve em cada templo um quarto bem pequeno e escuro. O irmão de Segundo Grau é levadopara a sala com os olhos vendados, antes de serem admitidos ao templo. A venda é removida e a portaestá fechada. Um caixão é preparado e um manto preto com as palavras "vivo, morto" escritas nele. Asduas colunas e a mesa do presidente são cobertas somente com panos pretos.

2. Um dos membros é enviado para procurar o misterioso e retorna dizendo que ele não o encontrou.Dois outros são enviados, retornando e dizendo o mesmo. E, então, quatro são enviados, queencontram-no no quarto escuro.

3. Os membros da comissão caminham em direção à sala escura, onde o irmão acima mencionadoencontra-se no caixão com os olhos vendados, carregando o caixão e o manto, e cobrem-no com omanto, colocando sobre ele o ramo de acácia. Eles levam-no assim para o templo, colocando-o entre oduas colunas.

4. Três lanternas são acesas, uma em cada lado da cabeça e a terceira sobre seus pés. Os membroscomeçam o luto, chorando e rezando para o descanso da alma de Hiram, aquele que é representadonesta homenagem.66

5. O presidente se aproxima do caixão e descobre a cabeça com o grito de imediato: "Hiram está vivo!".O presidente coloca a tampa novamente, pronunciando o discurso seguinte:67

Ao fim de tudo o que foi mencionado, eles descobrem o caixão e retiram a venda dos olhos do aspirante,que levanta. O presidente, então, diz: "Irmão, você sabe que na sua ascensão ao grau de Mestre Hiramvocê o representou, morto e vivo. Morto, você o representou assassinado na luta durante a sua missão. Vivo, em seu sigilo. Você precisa adotar, em seguida, a sua luta, a sua atividade, o seu segredo. " As respostas do novo irmão são com as palavras anteriormente mencionadas: "Eu não sou mais deforça, vontade, etc". Nesse momento o presidente lhe revela o segredo do Grau, dizendo-lhe: "Para oreconhecimento, há três segredos:

65 Aleluia.66 Jonas, e assim todos os que sobem até o terceiro grau, inclusive os maçons modernos, acreditam que eles representam HiramAbiff. 67 Jonas: Este é apenas o discurso gravado na vigília de Hiram Abiud, seu segredo guardado entre os nove fundadores. Ela variaapenas em que as palavras e expressões referentes a Hiram Abiud são alterados para os outros que denotam Hiram Abiff. Emseguida, o presidente lê o texto mencionado no último capítulo, referindo-se Hiram Abiff.

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1. Quando você quiser fazer-se conhecido àqueles que são seus superiores, você irá pronunciar a primeiraletra do nome JACHIN, você será respondido pela pronúncia da segunda letra, etc ..

2. Ou você vai dizer, "MORTO", e você será respondido, "VIVO".

3. Ou você vai tocar a sua têmpora com seu punho, abaixando rapidamente sua mão aberta.

No final do ato e após a entrega do segredo, vocês vestirão o aspirante em uma camisa preta, indicandosua participação com vocês no luto por Hiram. As luzes serão diminuídas e o caixão e o manto retornarãopara o quarto escuro. Adotar essas normas com toda a precisão e considerá-las como a nossa leifundamental.

Jerusalém, 15 de março de 404868

Presidente Adoniram

Nota: a camisa preta deve ter os seguintes desenhos brancos: o crânio, o martelo, o compasso, o esquadro.Abaixo desses desenhos as palavras: "Morto, Vivo" em vermelho. Presidente Adoniram.

68 Anno Lucis – AL. Os Maçons possuem calendário próprio, a “Maçonaria Simbólica” acrescenta 4.000 ao calendário atual, assim

1999 registra-se 5.999. Diversos calendários já foram adotados pela Ordem, conforme os Ritos, hoje prevalece o calendário hebraico;

designando como ano da “Verdadeira Luz” (V\L\). Sendo o nosso calendário usual designado como ano da “Era Vulgar” (E\V\). Notado tradutor para o português.

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CAPÍTULO VINTE E DOIS Síntese do que ocorreu a partir do ano 55 depois de Cristo até o ano 105 depois de Cristo

Adoniram disse: Depois de dar a ordem mencionada anteriormente, continuamos a batalha, aumentandoo número de templos e associados, fundando mais associações com os nossos próprios princípios, mascom nomes diferentes. Assim, a Nação Judaica cresceu e sua glória brilhou por muitos anos. Mas, aomesmo tempo, as pessoas que seguiam o Impostor aumentavam mais. Eles eram, na maioria, pagãos. Graças ao nosso trabalho contínuo muito poucas de nossas pessoas o seguiram. A nossa influênciaaumentou paralelo ao crescimento dos templos filiais, especialmente àqueles de Roma e Acaia (ouAquéia), que se destacaram na difusão dos nossos princípios, portanto, merecendo a glória eterna.

Jonas disse: (ficaremos, a partir daqui, com a escrita de um longo tempo durante o qual mais tardeAdoniram morreu. Nós omitimos traduzir o texto referente a ele devido à sua semelhança na descriçãoda batalha dos misteriosos).

Palavras de Antipa, herdeiro de um dos nove fundadores: "Os templos de Roma e de Acaia gravaramindelével honra para a nossa Associação. Devemos a eles um favor imenso. Por eles temos ganhadoinúmeros pagãos, não menos do que os impostores ganharam com a sua força mágica. Esses doistemplos ultrapassaram este nosso templo69 quando mataram Pedro [XVI] e seu irmão, André, merecendoperpetuar sua memória nas páginas do tempo. A periculosidade dos dois pregadores era notável emseus sermões maravilhosos, no seu poder de atração e na sua eloqüência indescritível, de tal modo quese não fosse através do combate desses dois templos, milhares da nossa nação teriam sido convertidospara a religião do Impostor. Os dois grandes templos devem ser glorificados por cada um misterioso,assim como Hiram a si mesmo. Que Deus os proteja! Eles crucificaram Pedro e André, assim como oImpostor foi crucificado. Eles amedrontaram as pessoas e paralisaram o movimento de Jesus(seguidores) por um longo tempo. Devemos seguir o plano eficaz desses dois templos para alcançar onosso objetivo, que é a vida da religião judaica e ai de nós se cairmos para trás, para qual as nossasobras estarão perdidas, sem a realização de nossa finalidade.

"Por isso sugiro a distribuição de uma publicação geral entre todos os templos, aplaudindo o trabalhodos templos de Roma e de Acaia ordenando todos os misteriosos a levá-los como um exemplo. E a fimde imortalizar a sua memória, vamos fazer do dia 30 de novembro de cada ano o dia dos dois templos,celebrando-os com toda a alegria por ter sido o dia em que André, o impostor foi crucificado."

A proposta de Antipa foi aprovada. A publicação foi escrita e distribuída. O dia decretado para o Templode Acaia foi gravado por eles terem matado André. Essa morte é o fruto da batalha do templo.70

Jonas: (Neste momento, existem alguns detalhes que omitimos a partir da tradução, referindo-se aosmassacres cometidos pelos misteriosos contra muitos dos seus irmãos - que abandonaram-los eseguiram os homens de Jesus - por medo de poder revelar segredos da Associação.)

69 O templo de Jerusalém.70 Samuel, filho de Jonas: A nossa ancestral também poderia ter gravado 29 de junho como uma outra festa da Maçonaria, porqueera o dia da crucificação de Pedro, através do enredo do templo de Roma. Nós não sabemos por que não o fizeram. [XVII]

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CAPÍTULO VINTE E TRÊS A designação dos Graus

No ano de 4107, 71 Salomon Abiud, que morreu pouco tempo depois, assumiu a presidência do TemploCentral, sendo sucedido por Salomon Misraim Aberon. O último foi extraordinário em seu zelo para aAssociação. Ele próprio visitou muitos templos, fundando vários. Tão grande foi o sucesso de seus esforços que, emsua época, o número dos partidários do Impostor diminuiu. Ele concebeu várias idéias que ofereciamgrandes benefícios para a Associação. Ele resolveu um grande conflito incitado entre os membros dotemplo principal. Ele criou nomes para alguns graus, após o grau de Hiram, de extrema importância. Sãoestes:

Grau 7: O Guia Grau 9: O Sábio Grau 12: O Triunfante Grau 15: O Cientista Grau 18: O Talentoso Grau 21: O Pregador Grau 24: O Pequeno Mestre Grau 27: O Pequeno Filósofo Grau 30: O Kadosch Grau 31: A Cruz Grau 32: O Grande Arquiteto Grau 33: O Morto Vivo72

Então Misraim deu esta ordem.

"Para todos os queridos membros irmãos dos templos afiliados: 33 graus é o símbolo do fim da vida doimpostor Jesus. Temos decretado que o aspirante ao grau mencionado deve vestir uma camisa de corpúrpura com uma cruz de tecido branco costurada sobre o peito, sobre a cruz devem ser feitas as quatroletras INRI73. Essas letras serão então uma palavra sagrada de reconhecimento para o grau mencionado,como a palavra Booz. E, como a palavra secreta deve ser trocada a cada seis meses [XVIII], nósautorizamos os presidentes dos templos a selecionarem a palavra que eles desejarem. Continuem abatalha para servir a religião e o prestígio da Associação. Possa a união e o ocultismo ser o nossoemblema. "

19 de abril de 4115 Presidente Misraim Aberon Aaron Abiud, um dos herdeiros deste manuscrito, disse: "Depois da destruição de Jerusalém e da nossadispersão, nós instalamos nosso novo templo "Jerusalém" em um lugar desconhecido, onde permanecemospor vários anos, nossos herdeiros, assim como a emissão de ordens, sem que ninguém soubesse da nossalocalização, nem mesmo os próprios templos afiliados. Assim deveriam aqueles "que sucederam-nos, delesnão dever anunciar o lugar de sua sede, exceto em caso de urgente necessidade como, por exemplo, aoreceber protestos enérgicos por conta dos presidentes dos templos das filiais ou em caso de revolta contraas ordens centrais por parte dos demais misteriosos."

71 O ano 107 depois de Cristo.72 Na Nova Maçonaria a maioria destes nomes foram alterados para os outros.73 Na Antiga Maçonaria não há explicação para essas letras, mas presume-se que elas simbolizam ironia contra Jesus.

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CAPÍTULO VINTE E QUATRO Síntese do que ocorreu a partir do ano 115 até o ano 500 depois de Jesus

Aaron Abiud disse: "Nossa associação cresceu e nossa força misteriosa aumentou, sem a realização danossa almejada meta, porque o crescimento dos inimigos superou o nosso. Trabalhamos instigado pelodever religioso e nacional, mas eles trabalhavam por meio de um fator desconhecido para nós. Nós osvemos agindo com carinho, com sacrifício, abnegação e humildade, cujas origens eram desconhecidaspara nós. Nós não poderíamos descobrir essa força aparente. Eles devem ser apoiados por uma forçamisteriosa, mágica. Por essa razão, decidimos continuar a nossa luta, cumprindo nosso juramento econtinuando a marcha de acordo com o plano dos nossos antepassados, Hiram e seus companheiros."Nosso ancestral, Hiram Abiud, recomendou a matar todos os seguidores do Impostor. Ele recomendouque não reconhecêssemos nada, mas somente a religião judaica. Várias vezes ele declarou que pormais que o número de religiões aumentasse, devemos atacá-las e aniquilá-las com a força da nossaunião, nossa luta e nossa constância na abnegação pessoal”.74

74Jonas: Aqui nós omitimos a tradução de alguns parágrafos que explicam como os não-judeus entraram na Associação e comoeles puniram os seguidores de Jesus e a fundação de outros templos, até o ano 500.

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CAPÍTULO VINTE E CINCO O que aconteceu depois do aparecimento de Maomé, o fundador da Religião Islâmica [XIX]

Levy Moses Levy disse: No final do século VI do impostor Jesus, que nos assediou com suas falsidades,outro impostor apareceu que alegou (o dom da) profecia, de inspiração e de orientação para os árabes, nocaminho de um Deus verdadeiro, fazendo leis contrárias à nossa religião judaica e tendo sucesso emconvencer muitos em um curto período de tempo. Levantamo-nos, atacando as suas reivindicações,levantando as nossas vozes para fazer os seus homens e seus seguidores entenderem que ele e seusseguidores são impostores e falsos, assim como Jesus era um impostor e falso. Não obstante, o sucessonão estava conosco. Dia após dia o número dos seguidores de Maomé aumentaram, assim como osseguidores de Jesus. Com a espada e o terror eles atraíram as pessoas e até mesmo muitos de nossanação judaica. Então eles usaram da tolerância e do engano, conseguindo acelerar o seu crescimento. Nós os atacamos como os seguidores de Jesus e eles aumentaram ainda mais, até que conseguimosimpedir nosso povo de converter a eles. Os judeus que estavam inclinados para a direção deles eramsimples, como os animais. No entanto, não poderíamos impedir os pagãos de segui-los, apesar de nossasbatalhas.

Nós ordenamos aos judeus atacar as duas religiões, a de Jesus e a de Maomé, como uma consagração anossa religião judaica. Eu disse religiões, enquanto deveria dizer associações. Por esse motivo,ordenamos todos os templos em abster-se estritamente de considerar essas duas associações comoreligiões. Não há nenhuma religião que não seja a judaica. Todas as outras são corruptas e degeneradas.

Os distúrbios causados pelo impostor Jesus não foram suficientes, por isso agora esse outro impostor vemnos causando mais preocupação. Nossa resistência é de um tipo. O primeiro, nós o crucificamos; paraeste último não foi necessário, porque estamos matando-o por envenenamento.

Agora o nosso dever religioso, social e nacional nos obriga a atacar o seu ensino com todas as nossasforças, como fizemos com os ensinamentos do impostor Jesus, que foi a causa da criação da nossaAssociação.

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CAPÍTULO VINTE E SEIS A Fundação dos Templos na Europa, depois do Templo de Roma

Abdon Adoniram disse: Nossos ancestrais esqueceram de mencionar o nome do fundador do Templo deRoma, mas agora veremos no próximo capítulo que ele era descendente de Hiram Abiud. Esse temploalcançou grandes triunfos e fortificou a Associação a tal ponto que ele incitou os nove herdeiros aestabelecer outros templos em outros reinos.

O herdeiro-descendente de Moab Levy foi enviado para a Rússia. O descendente-herdeiro de Adoniram(meu antepassado) foi enviado para a Gália. O sucessor dos Abiuds para a Alemanha.

Isso aconteceu em meados do século VIII. Nesses reinos eles começaram a estabelecer templos,alguns dependentes do Templo Central de Jerusalém e outros dependentes do Templo de Roma, queera, por sua vez, uma filial do Templo Central.

No século VIII, depois de sete séculos de contínua batalha, quando o Templo de Roma estava em suaglória, os templos seguintes existiram: na Rússia, quatro; na Gália, quatro, e na Alemanha, três. Emseguida, o número de templos nas capitais dos reinos mencionados aumentaram, outros foram fundadosem outras capitais e também no interior.

Os templos em cada reino dependiam dos principais templos em sua capital. Aqueles das capitaisdependiam do Templo Central, "Jerusalém". Essa situação continuou até o século 12.

No referido século 12, o grande progresso alcançado pelo Templo de Roma e os seus grandes serviçosinspiraram a comissão do Templo Central, com a idéia de abdicar em seu favor, de acordo com umdecreto gravado em 5 de junho de 516675. Por esse decreto, o Templo de Roma tinha o direito depresidir todos os templos do oriente. O Templo de Roma com a sua nova e poderosa autorização,insistiu no ocultismo e reduziu as reuniões dos misteriosos somente para aqueles temploshermeticamente ocultos e subterrâneos. Naquele tempo, os membros dos templos subterrâneos eramdeixados com os rostos pintados de preto para fazer parecer que eles estavam trabalhando em minas decarvão. Estas foram algumas das estratégias dos nossos ancestrais realizadas para esconder averdade de seus atos.

Esse sistema foi seguido até o final do século 18, ou até 80 anos após a mudança do nome daAssociação para o nome de Maçonaria.[XX]

Apesar do fato da nova Maçonaria estabelecer suas loja acima do solo e, apesar da modificação da suasleis, e não obstante os seus chamados à civilização, o ocultismo rigoroso exercido por nossosantepassados provocou medo e alienação nas pessoas. Muitos membros tentaram mesmo por um certotempo, muitos até mesmo tomaram o juramento, mas logo abandonaram a Associação. As ameaças demorte foram em vão.

75 O ano de 1166 depois de Cristo.

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CAPÍTULO VINTE E SETE Como sabíamos que o fundador do Templo de Roma, e seu primeiro presidente, eram descendentes

de Hiram Abiud, e a transferência de um de seus descendentes para a Rússia

Abiud Cohen disse: eu recebi este manuscrito do meu pai, em Roma. Eu viajei na metade do século 15 paraa Rússia e cheguei a um entendimento com Jacob Levy, a fim de disseminar os princípios da nossaAssociação, alcançando excelentes resultados. [XXI]

Jonas disse: Aqui está a explicação de uma série de eventos similares, de lutas que nos abstemos detraduzir por causa de seu pouco interesse. O estado de coisas não variaram até o final do século 17,quando a luta desapareceu e a Associação entrou em sua agonia. As razões para tal retrocesso foramconflitos internos e inimizades pessoais entre os membros.

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CAPÍTULO VINTE E OITO Como Joseph Levy, seu filho Abraham e Abraham Abiud foram enviados para Londres76

Fica claro nas palavras anteriores que a nossa Associação progrediu em algumas épocas e degenerouem outras. No capítulo anterior vimos que no final do século 17 estava quase morta. Além disso, eucheguei à conclusão de que a razão para essa degeneração e retração foi o espírito de orgulho, inveja ecorrupção que nos dominou.

Decidi, então, levantar a Associação a partir deste outono. Seu nome, "A Força Misteriosa", chegou aprovocar apreensão e medo entre as pessoas. Por essa razão, pensei, no início, em alterar o nome, masde que maneira? Com o poder do dinheiro. Eu me esforcei com aquele poder e consegui sucesso,juntamente com meu mais importante colaborador, nosso irmão, Abraham Abiud. Nós dois éramosdescendentes dos nove fundadores.

Nós comunicávamos pessoalmente e por correspondência com nossos irmãos herdeiros do mesmomanuscrito, de aprovar a idéia. A partir de então, Abraham Abiud e eu começamos a tarefa de realizaresse desejo, conseguindo ganhar a simpatia de um homem rico, dentre os membros ativos dos grandesmisteriosos, que apoiou o nosso empreendimento e nos forneceu uma grande soma de dinheiro .

Fomos para a Alemanha onde não tivemos sucesso. Fomos a Itália e a França, sempre tropeçando emobstáculos que demoliram os nossos esforços em todos esses reinos. Não obtendo apoio para realizaras nossas intenções voltamos para a Rússia para informar ao homem de fortuna que tinha nos fornecidoo dinheiro, do que havia ocorrido. Aquele homem77, com admirável zelo e vontade de recuperar a glóriada Associação, estava trabalhando com entusiasmo para elevar o prestígio dos judeus e para preservare dignificar a nossa nacionalidade e a nossa religião. Depois de animar-nos, ele enviou-nos paraLondres, a capital da Inglaterra. Éramos três: Abraham Abiud, meu filho Abraham e eu. Nós julgamos apropriado comunicar com umhomem chamado John Desaguliers e um discípulo ou companheiro de nome George, não sabendo osobrenome dele. Depois de estudarmos seu caráter e religião, contraímos uma forte amizade com ele,explicando o plano para ele.

Desaguliers encontrou no plano a oportunidade de realizar seus próprios fins religiosos. Ele apoiou Levye prometeu-lhe toda a ajuda que precisava, chegando ao ponto de dizer: "Temos que demolir oscatólicos78, devemos não regredir até destruí-los”. Levy sentiu confiança em seu novo amigo, sem, noentanto, vir a conhecer muito bem a intenção de verdade de Desaguliers.

Jonas disse: Eu não acredito que seja necessário repetir aqui o que vimos na primeira seção sobre oacordo realizado entre os cinco: Levy, Desaguliers e seus acompanhantes. O encontro, a traição deDesaguliers, a tomada do manuscrito em inglês de Levy, como eles concordaram em chamar aAssociação: Maçonaria, em 25 de agosto de 1716, a reunião realizada em 24 de junho de 1717, com asassociações de arquitetos e construtores em Londres com seu novo nome, a origem da discussão eagravamento do conflito entre Levy e Desaguliers pela sua recusa em devolver o manuscrito e aconclusão do conflito com o desaparecimento de Levy e o confisco de todos os seus papéis.

76 Jonas: A pessoa que está escrevendo aqui é meu ancestral, Joseph Levy. 77 Abraham Abiud disse: Aquele homem rico não permitiu que seu nome fosse mencionado nessa história. 78 Desaguliers pertencia àquela seita protestante que detinha a maior inimizade contra a Igreja Católica, assim suas intenções dedestruir a Igreja Católica são compreendidas.

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CAPÍTULO VINTE E NOVE Detalhes do assassinato de Joseph Levy e o que ocorreu mais tarde

Jonas continua narrando: Nossos dois ancestrais, os dois Abrahams79 disseram: "O que foi dito porAbraham Levy: Entre as condições fundamentais entre meu pai e Desaguliers havia, de que a presidênciaseria de Levy e que a primeira loja seria chamada " A Loja de Jerusalém ", 80 como uma lembrança dotemplo principal. Desaguliers, aceitou estas duas condições, no entanto na grande reunião de 24 de junhode 1717, a maioria estava do lado de Desaguliers e Anderson,81 como resultado conspiraram contra Levy,assassinando-o e roubando seus papéis.

Nós não tínhamos prova contra ninguém, mas estávamos decididos a vingar-nos de Desaguliers e seudiscípulo, George. Matamos o último. Nós não conseguimos matar Desaguliers porque um de nós,Abraham Abiud, ficou doente.

Jonas disse: Aqui há detalhes lidos na primeira seção para a qual não há necessidade de repeti-los.

Aqui está a narração do outro sucessor, Abraham Abiud, o proprietário do manuscrito: Após a morte deAbraham Levy, que aconteceu quase imediatamente após a morte de seu pai (como vimos na árvoregenealógica dos antepassados, de Joseph Levy para Lawrence) Eu não renunciei à tarefa de vingar-me deDesaguliers. Mas eu me senti sozinho e fraco para a realização da idéia, e como eu não queria morrer semsatisfazer meus desejos de vingança, procurei outro caminho. Busquei o caminho da vingança moral quetalvez tivesse maiores efeitos do que uma vingança sangrenta. Outro dos descendentes de um dosfundadores, cujo nome era David Adoniram, um descendente em primeiro lugar de Adoniram, estavamorando conosco na época. Ele viveu na França e era possuidor de grande riqueza, ele possuía omanuscrito hebraico de seus antepassados. Visitei-o e relacionei-lhe os detalhes dos eventos. Decidimosdenunciar à Justiça tanto pelo assassinato de Joseph Levy como o roubo de seus documentos e paraprotestar pessoalmente contra Desaguliers. Nós ameaçamos, aconselhando-o de que Levy era nossocompanheiro e um de nós dos nove herdeiros dos nove fundadores. Nós apontamos para ele queestávamos nos baseando no fato de que os nove manuscritos, incluindo o meu e o do David Adoniram,pertenciam a uma única história, e que Joseph Levy era um descendente de Moab Levy. Nós acusamosDesaguliers diretamente do confisco do manuscrito de Levy, com a sua tradução para o inglês. Avisamos aele que tínhamos decidido sacrificar tudo ao nosso alcance para preservar o segredo da Associação emnossas mãos de acordo com as recomendações e os desejos dos nossos antepassados. Desaguliers cedeuquando confrontado com o poder moral e material de Adoniram e as ameaças causaram grande temor emseu coração, como resultado, ele obedeceu aos requisitos de Adoniram.

79 Abraham Levy e Abraham Ablud.80 Jonas: Em 24 de junho de 1717 o nome Templo foi mudado para Loja (Lodge).81 Entende-se que Anderson era um amigo íntimo de Desaguliers, que lhe mostrou o manuscrito confiscado, a partir do qual elesaprovaram as novas leis da Maçonaria.

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CAPÍTULO TRINTA Condições e exigências impostas por Adoniram a Desaguliers

Adoniram fala:

1. A liderança superior e geral da Associação permanece em nossas mãos, e serei um dos principaischefes.

2. Todos os símbolos, sinais, toques, palavras e normas que os nossos antepassados, os fundadores,impuseram, serão respeitados, sem sofrer mudança ou conversão. No entanto, os adicionais serãopermitidos.

3. As palavras inculcadas pelos nossos antepassados, os fundadores, no ano 43, e seus sucessores,permanecerão intactas.

4. A tesouraria principal ficará em nossas mãos. Eu colaboro com duas mil Libras Esterlinas Inglesascomo doação para a Associação.

5. Leis, nem internas nem externas serão impressas, a menos que eu as veja e aprove-as. Em seusfundamentos elas devem concordar com os da Maçonaria de nossos antepassados, com exceção dasleis.82

6. (Este item foi inserido por Desaguliers em homenagem a Adoniram por sua doação). A Associaçãoirá preservar a memória de Adoniram, consagrando o seu nome entre as palavras sagradas, ou um ritualpoderá ser formado em seu nome. Assim, o seu nome e o de seu antepassado, Adoniram, o fundador,iremos imortalizar. David Adoniram respondeu: Então eu sugiro que um ritual pode ser especificado83

com o nome de Misraim, um dos ancestrais, que realizou grandes conquistas em favor da Associação.

7. Uma função na Associação será dada a Abraham Abiud, de acordo com sua capacidade, porque eleé um descendente de um dos fundadores. 8. Para a primeira, ou Loja Superior, o nome "Jerusalém" será reservado como Joseph Levy pediu, namemória do primeiro templo principal.84

9. Toda movimentação na Associação está suspensa. Toda eleição será realizada por uma comissãoprincipal de cinco chefes de judeus ricos, de acordo com um artigo.85

10. Os decretos da Associação não entrarão em vigor antes de serem assinados pela Comissãomencionada ou a maioria dos seus membros. Isso é assim quando os decretos são sancionados aquiem Londres, mas se o número de lojas aumenta e a associação se espalha, as assinaturas da comissãoserão necessárias somente para assuntos importantes. Os especiais e locais podem ser aprovados porcomissões especiais, eleitos para esse fim.86

11. Sendo uma das nossas obrigações morais para reviver a memória daqueles que beneficiaram aAssociação por suas obras, entre os fundadores, dos ancestrais e sucessores, peço que o nome deTobalcain, sobrinho do nosso fundador ancestral, Hiram Abiud, seja registrado juntamente com a palavraBooz, como mais uma das palavras sagradas da Associação, enquanto ela existir.

82 Jonas: As leis impostas por Desaguliers e Anderson foram, de fato, aprovadas por Adoniram. Após sua morte, elas sofreram

umas certas alterações e adições.

83 Samuel, filho de Jonas: Neste dia, vários rituais criados na Associação passaram a existir. 84 Samuel, filho de Jonas: Após a morte de David Adoniram o nome da Loja principal foi alterado para a “Grande Loja da

Inglaterra", por Desaguliers e Anderson, como haviam insistido em 24 de junho de 1717.

85 O manuscrito não menciona os nomes dos membros da comissão, exceto o nome de Davi Adoniram.

86 Samuel, filho de Jonas: Essas comissões cresceram em todos os países, especialmente onde há uma maioria dos protestantes

pertencentes às seitas com o maior ódio para com o catolicismo, e onde há influência judaica.

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Todos estes pedidos foram cumpridos e registrados; a liderança da Associação manteve-se assim emnossas mãos.87

Abraham Abiud disse: O acidente sofrido pelos esforços de Desaguliers, causou grande emoção no meucoração e no de Adoniram. Considerou-se como uma grande vingança para Joseph Levy e um grandeconsolo geral para todo o nosso povo judeu. [XXII]

Jonas disse: Nós terminamos, graças a Deus, o cumprimento de nossa missão de dar a conhecer o segredoda história sobre a origem da Maçonaria, fundada por nossos antepassados, e detalhando seus eventos deacordo com os capítulos anteriores. Assim, a nossa visão e nossos corações estão apagados da escuridãoque os cobriram. Tudo foi dado a conhecer e, assim, a luz nasce das trevas.

Para dar mais dados ao leitor sobre a evolução da Maçonaria após o ano de 1717 quando o nosso ancestralLevy mudou o nome da "Força Misteriosa" para "Maçonaria", continuamos detalhando os acontecimentosdesta História através dos capítulos seguintes.

87 Jonas: A liderança principal continua sendo nas mãos de judeus e a secundária nas mãos de protestantes anti-católicos fanáticos.

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CAPÍTULO TRINTA E UM Filiação de Jonas com a Nova Maçonaria 88

Jonas disse: Eu estava destinado a ser um dos herdeiros desta preciosa História que revelou ao mundoterríveis segredos que foram escondidos, mesmo daqueles que mereciam conhecê-los: os maçons emsi.

Deus me inspirou a adotar a religião de Jesus e casar com uma mulher cristã, a quem eu atribuo grandegratidão pela revelação destes segredos e pela minha conversão ao cristianismo. Temos, para tanto,visto que nós não iremos obter qualquer benefício sem comparar a Maçonaria dos nossos antepassadoscom a nova Maçonaria. Para conseguir isso, eu me vi obrigado a participar.

Eu entrei com todo o entusiasmo e com a decisão de seguir uma vida ativa e de zelo. Na Associação eunão era apenas um mero membro, mas também um observador e estudioso investigador. No entanto, aascensão nos seus rituais, as normas, palavras, utensílios, sinais, passos, movimentos, toques, etc, nãome surpreendeu, porque na essência, continuou a ser iguais aos da Maçonaria de Agripa, e dos novosafiliados.

Quando apresentei a minha petição, eles não exigiram de mim nenhum requisito prévio. A principalcoisa, ao que parecia, era pagar o preço da inscrição, sem expor-me a uma investigação. Elesvendaram meus olhos e me levaram a uma sala iluminada por uma luz fraca. Então eles puseram avenda em mim. O padrinho disse-me: "Espere aqui e pense na eternidade. Aqui você tem o esqueletohumano, o crânio, os versos, etc.89 Então eu pensei que os novos irmãos, ao que parece, aperfeiçoaram-se em subterfúgios, até superando os nossos antepassados.

Meu padrinho, em seguida, voltou e perguntou-me: "Você está pronto para enfrentar as afliçõesaproximando-se dos perigos?" Eu respondi: "Eu nasci para tudo isso." Ele tirou de mim o que eu tinha dedinheiro e alguns itens metálicos e saiu. Outro membro apresentou-se e tirou meu casaco e tirou a calçada minha perna esquerda até o joelho. Ele descobriu meu braço direito. Ele abriu minha coleira e (expôsmeu) peito e amarrou uma corda em volta do meu pescoço e retirou-se.

Meu padrinho apresentou-se novamente, ele fechou os olhos e levou-me a uma certa distância, fazendo-me parar. Eu compreendi, pela conversa dos homens da comissão em torno de mim, que eu estava nafrente da porta da loja. Eu ouvi algumas frases referindo-se a mim deixando a escuridão pela luz, e queagora eu era orientado no caminho da razão.

Eu observei que muitos rituais escandalosos foram adicionados após a morte de Adoniram.

Então eles chamaram-me à porta e eu senti uma espada sobre o pescoço90. Alguém me disse:. "O quevocê sente sobre o seu pescoço?", eu respondi: "Parece ser uma espada". O Presidente disse:"Entenda, você quer se juntar a nós? que esta espada ameace-te se não estiveres disposto a preservaros segredos. Se você nos trair, vamos matá-lo com esta espada”. 91

Após estes e outros ridículos movimentos que não vale a pena mencionar, levaram-me em três viagensconsecutivas, durante o qual ouvi murmúrios de angústia, gritos de medo e golpes com a espada. Elesme perguntaram várias perguntas infantis. Então eles me fizeram beber vinagre. O vinagre não estános textos da nossa História, mas, como a razão para a fundação da Associação foi o aparecimento deJesus, os símbolos utilizados eram para ridiculariza-lo; assim, o uso do vinagre é invenção da novamaçonaria, mas completa a cadeia de ironias contra Jesus. [ XXIII]

88 Samuel, filho de Jonas: Meu pai não deixou claro com qual nome entrou para a Maçonaria, como Jonas ou como James, que ele

adotou após se converter ao cristianismo.

89 Estas são as novas adições. Vendar os olhos correspondia ao grau de Hiram.

90 Aqui eu pensei: Como logo a minha hora chegou!

91 Jonas: O ritual da espada na Maçonaria de nossos antepassados correspondia a somente ao grau de Hiram.

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Após as três viagens, sempre com os olhos vendados, me levaram, pela corda, a uma porta onde eles memandaram bater três vezes e pedir para ser um dos "Filhos da Viúva" e ficar com eles para sustentá-la. Em seguida, depois de fazerem-me algumas perguntas cansativas, eles "limparam-me," à sua maneira, daimpureza, lavando minha mão. Novamente eles "purificaram" me com uma substância inflamável. Elespassaram uma tesoura no meu braço como se me fizesse sangrar e uma barra de ferro como se quisesseme queimar. Com isso, eles simbolizam a minha distinção com o selo maçônico.92

Jonas disse: Sabe-se que as três viagens simbolizam as três viagens dos nossos antepassados fundadoresrealizadas na busca por seu presidente, Hiram Abiud. Ninguém sabia dessa outra verdade, sobre os novefundadores e também Desaguliers e Anderson, que confiscaram o manuscrito de Levy, mas foramobrigados a escondê-lo.

Todos os maçons após estes continuam acreditando que as três viagens têm como significado as trêsviagens de Hiram Abiff, e que ele teve que enfrentar nas três portas do templo de Salomão.

Quando terminei as três viagens, o presidente ordenou-me a aproximar do "Templo." 93 Levaram-me maisperto. O presidente me ensinou a fazer o primeiro sinal, no qual eles realizaram uma mudança. Ao invésde colocar a mão sobre a cabeça e, em seguida, baixando-a, aberta, para a garganta, etc, começa-seagora, através da colocação da mão sobre a garganta, etc, etc.

Eles moveram os meus pés, formando um ângulo. 94 Fizeram-me andar para a frente três passos.95 Fizeram-me ajoelhar com os joelhos em forma de um ângulo.96 [XXIV]

Então, eles me fizeram tomar o juramento que, depois de ter subido aos altos graus e ter me reunido comgrandes maçons, eu descobri que ninguém lhe dava importância. O seu texto e os rituais variaram namaioria das lojas, e nenhuma menção de Deus é feita nas mesma. Eu confirmei que muitos dos maçonsnão sabem a maioria destes signos e símbolos, através das declarações dos grandes maçons queabandonaram a Associação, denunciando seus escândalos e declarando seu rancor contra osmonopolizadores desses segredos, que eles zombam como "irmãos", os outros maçons.97 Eles zombamtodos os maçons, sem medo ou vergonha, desde os maiores sábios até aos analfabetos.

O juramento terminou, o presidente leu alguns avisos para mim. Eles abriram meus olhos e desatei a cordaem volta do meu pescoço. Imediatamente acenderam materiais inflamáveis que me cegaram. Então eu vique todos os irmãos tiraram suas espadas e estenderam-nas sobre a minha cabeça e colocaram asbaionetas contra o meu peito. Pensei: Qual beneficio que brota destas coisas insignificantes queadicionaram a esta "História”? Eu me mantive em silêncio até o fim. Ensinaram-me o "toque de saudação."Foi o mesmo que os meus antepassados na Maçonaria antiga usavam. No entanto, seu significado foialterado, a partir de uma simples saudação a um signo que significa: "Diga-me a palavra secreta", um iníciocom a primeira letra E, respondendo o outro com o seguinte até completar a palavra. Então eles me fizeramentender que minha idade foi de três anos e eles me ensinaram novos movimentos e elogios especiais (quenão existia em nossa história). Eles amarraram o avental em volta do meu pescoço (o de nossosantepassados), reconhecendo em seguida que eu sou um trabalhador aprendiz junto aos maçons.

92 Jonas: Entende-se que alguns desses rituais existiam na Maçonaria de meus antepassados e outros foram adicionados. No entanto,

desde 1810, muitos desses movimentos foram anulados e outros foram adicionados.

93 A palavra "Templo" na nova ordem é dada para o lugar onde o presidente se senta.

94 Isso não existe na Maçonaria dos meus ancestrais.

95 Os mesmos antigos três passos.

96 Também foi adicionado.

97 O tradutor de espanhol: vários investigadores, entre eles o grande historiador, Pe. Luis Chejo, SJ, escreveu em detalhes sobre os

segredos da Maçonaria: seus sinais, termos, toques, paramentos, graus, saudações, propósitos, movimentos, etc. Conheceu-osatravés das obras e declarações dos próprios maçons. Mas a origem, a data e os fundadores não eram conhecidos até a publicaçãodesse manuscrito traduzido do francês para o árabe.

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CAPÍTULO TRINTA E DOIS A ascensão de Jonas para o Segundo Grau: Companheiro Artesão

Neste grau existem inúmeros movimentos e coisas acrescentadas. Em vez dos três golpes há seis,também as viagens, os desenhos, os símbolos e outras coisas que aborreceriam o leitor desta históriase ela fosse ser publicada. Por esta razão eu vou indicar em síntese os rituais deste grau.

Quando subi na profissão dos maçons e passei de "aprendiz" para " companheiro artesão," dei osparabéns a mim mesmo, mas meus irmãos me parabenizaram mais, especialmente o tesoureiro, queaumentou o pagamento e (certamente ele parabenizou o tesouro em seu coração ), para a alegria, acongratulação e todos os prazeres que convergem em dinheiro, em ouro!

Eles me mostraram, como um resumo dos espetáculos, uma estrela que eles chamam de "EstrelaLuminosa." Lembrei-me então da "Estrela do Oriente" na Maçonaria de nossos antepassados, quesimbolizava a estrela dos Magos. É por isso que na nova Maçonaria o nome de "Grande Oriente" foidado a cada clube maçônico em cada país, e também o Conselho de Presidentes na loja é anotado"Direção do Oriente." Tudo isso foi preservado na nova Maçonaria em homenagem aos fundadores, porDavid Adoniram, Desaguliers e Anderson, de acordo com o que foi escrito nos capítulos anteriores.

Enquanto eu estava falando com o Irmão Guia, eu tentei testá-lo com a seguinte pergunta: "Você podeme dizer sobre os fundadores e os autores destas instruções, sinais, símbolos, instrumentos, etc?" Elerespondeu: "Por que é que você está me perguntando quem fundou a Maçonaria? É desconhecido atéhoje. "Eu sorri. Ele me disse: "O que te faz sorrir?" Eu respondi-lhe: "Como alguém pode estar em umasociedade sem saber seu presidente e fundador?" Então ele me disse: "Venha comigo para pedir aopresidente da Loja." Eu fui com ele e pedimos ao presidente. Ele respondeu: "Esta é uma pergunta queum artesão companheiro como você não deve perguntar." Então eu respondi, com pretensão: "Esteartesão companheiro deve saber um dia o que é desconhecido e irá torná-lo conhecido para os outros edessa forma?" Ao que ele me disse: "Tente, então, subir."

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Origem da Maçonaria Dissipação da Escuridão

Capítulos 33 até o final do livro

CAPÍTULO TRINTA E TRÊS Ascensão de Jonas para o Terceiro Grau: o grau de Mestre Hiram

Jonas disse: Este é o maior grau, a partir do ponto, histórico simbólico, imaginário e tragicômico de vertodos ao mesmo tempo.

Temos entendido que a sua verdadeira história, juntamente com o segredo da fundação da Associação, émonopolizado entre os nove fundadores e seus sucessores ou herdeiros. Todos os maçons, antigos emodernos, presenciam neste grau um drama irônico e todos acreditam que se reproduzem na morte e naseqüência de Hiram Abiff, o arquiteto do Templo de Salomão. Mas a verdade é que eles reproduzem, semo menor conhecimento, a morte e a seqüência de Hiram Abiud, o fundador desta Associação. Elesintroduziram no rito atos de maior ironia e depreciação em direção a morte de Jesus e Sua ressurreição.

Não obstante o conhecimento de que eu iria sofrer com a natureza do exame e do embuste no qual elesiriam submeter-me na ascensão a esse grau, eu decidi pela petição a ele, com a finalidade de completaresta "História", porque a nova Maçonaria (aquela do ano de 1717) não é senão uma parte complementar daantiga Maçonaria, a de nossos antepassados. É como se fosse a sua filha, como havíamos previsto.

Minha petição foi aceita.

Para detalhar os movimentos, eventos e ditos do ritual, exigiria mais de dez páginas, ao que eu prefiro omiti-los, pois aborreceria quem pudesse escrever, ler ou testemunhá-la.

Verifica-se, então, que os movimentos, toques e termos composto por nossos ancestrais, Herodes Agripa,Hiram Abiud e seus sete companheiros, ainda existem na Associação. Mas muitos ritos escandalososforam adicionados, por exemplo: o ato de me parar, amarrando-me com uma corda, levando-me a andarpara trás, ameaçando-me com as pontas das espadas contra o meu peito, me despir diante dos irmãos,enquanto eles olhavam para mim, zombando de mim, como foi feito com eles em suas vezes, fazendo-meinúmeras perguntas sutilmente enganosas, etc, etc.

O estranho foi que mais tarde todos nós estávamos rindo dessas falácias, dizendo uns aos outros: "Os seusautores devem ser muito inteligentes, o que é uma pena que não podemos conhecê-los." Fiquei em silêncio e ri para mim mesmo interiormente.

Para fazer uma comparação entre a maçonaria antiga e a moderna, realizei várias investigações sobreestes rituais em várias lojas, descobrindo que os ritos, embora aparentemente diferentes, eram os mesmosem seu fundamento: todas as máscaras da astúcia, falácia, ironia e escárnio.

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CAPÍTULO TRINTA E QUATRO Ascensão de Jonas para os seguintes graus, até o 18°

Nós não vimos na nossa história hebraica qualquer nome para os graus de 1 a 33. Apenas 15 delestinham títulos, os outros 18 eram sem título.

Vimos que nosso ancestral, Misraim, um dos presidentes antigos, e seus oito companheiros,estabeleceram os títulos com o propósito de ridicularizar Jesus.

Os chefes da Maçonaria moderna, do ano de 1717, que foram três judeus e três protestantes,estabeleceram outros títulos, adições, variações, atrações e curiosidades que fizeram a minha mulher,Janet, e eu achar que os protestantes, que nortearam a nova Maçonaria, foram mais ardilosos eagressivos contra o catolicismo do que os próprios antigos judeus. Eu verifiquei isso com o fato de quenos países protestantes a liderança das lojas está mais nas mãos dos protestantes que nas dos judeus.

Eu subi para os graus mencionados rapidamente, paguei o preço correspondente, sem reclamar, com oobjetivo de completar esta História. Tenho certeza de que ninguém vai me censurar pela omissão dosdetalhes desses rituais falaciosos que mais não fazem do que perder meu tempo. Este não é o meupropósito. Estamos saciados com as falácias dos nossos antepassados fundadores e seus sucessores. Seu fanatismo e mentiras, a sua astúcia e engano, a confusão dos membros da Associação, os filhosmisteriosos da viúva e os outros filhos da seita original são suficientes para nós.

Por que não revelar seu verdadeiro propósito, que é atacar Jesus? Não teria sido mais nobre para elescombater abertamente, armados com seus princípios, contra a religião cristã? Sem dúvida, eles própriossabiam que seus princípios não eram nobres.

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CAPÍTULO TRINTA E CINCO Minha ascensão ao 18 ° Grau, ou de Rosa Cruz98

Eu decidi completar a minha marcha até atingir minha esposa e meu propósito. Eu preferi ficar atualizadosobre os segredos deste grau porque é chamado de "Rosa Cruz", enquanto o seu nome na nossa história é"O Talentoso"; a "Cruz" é o nome do 31º grau.

Eu paguei o preço da subida e solicitei o grau. A minha petição foi aceita. Como foi grande a minha alegria! Eu preparei-me para subir a escada da "glória", da "honra", “do céu”! Recebi os segredos do grau, os sinais,os símbolos, as normas e o tipo de vestes correspondentes a ele. Sendo agora um dos portadores da cruz,eu levantei-a no meu ombro e marchei com eles.99 Comecei a contar os extras que os novos chefesadicionaram ao original. Minhas forças se esgotaram antes de contar todos eles.

Existem inúmeras falácias lá. Há acrobacias risíveis. Nesse grau eu não encontrei o que os nossosantepassados fizeram, exceto as quatro letras "INRI", que significam: "Jesus, Nazareno, Rei dos Judeus",que eles adotaram a partir da cruz de Jesus, quando seus crucificadores queriam zombar dele. Essa frasefoi uma das impostas por Levy e Adoniram em seu acordo com Desaguliers.

Tudo o que eu vi nesse grau era uma falácia nova adicionada a uma falácia antiga.

A loja na qual eu pertenço tem quase todos os seus membros dos partidários protestantes de Desaguliers eAnderson, ou seja, a partir da seita protestante com mais animosidade para com o catolicismo. Notei essaverdade nas reuniões onde várias sugestões e decretos foram apresentados para atacar o papa e seuscolaboradores. No entanto, essas sugestões nos dividiu em duas bandas, alguns a favor e outros contra.Senti que houve uma onda de inimizade contra as religiões. A maioria dos membros disseminavam oespírito anti-religioso e escarneciam a religião e os religiosos. Enquanto isso, alguns membros, eu entreeles, formamos um grupo, embora pequeno, de resistência.

Considerando que a minha conversão ao cristianismo foi feita pela intercessão de minha esposa, e sabendoque ela é de natureza religiosa moderada, não fanática, eu pedi a opinião dela sobre esses segredos. Suaopinião e os conselhos são registrados no próximo capítulo.

98 Samuel, filho de Jonas: Entende-se que o único que continua narrando aqui é meu pai, Jonas.

99 Jonas: Eu senti uma voz interior me dizer: Tome a sua cruz e siga-a!

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CAPÍTULO TRINTA E SEIS Os conselhos de Janet a seu marido James (Jonas) para que ele não devesse mais associar-se

com os inimigos da Igreja de Roma

Antes de começar com as suas palavras, minha esposa me pediu para relatar a ela todos os esforços econspirações que os maçons maquinaram contra o catolicismo.

Eu disse-lhe como, através do meu contato permanente com os grandes maçons, descobrira queexistem três grupos deles nas lojas: Uns atacam o catolicismo, outros atacam todas as religiões e oterceiro, composto por homens dos dois primeiros grupos, batalham na política com o objetivo dedominar a autoridade temporal.

Eis o que a minha esposa me disse: "James, a sua filiação à nova Maçonaria não foi para apoiar osinimigos das religiões, nem para apoiar qualquer religião, mas, como decidimos desde o início, estudá-lae compará-la com a Maçonaria dos seus ancestrais a fim de completar esta História”.

"Ambos entendemos no texto desta História a frustração produzida quando o seu ancestral Levy mudouo nome da Associação, juntamente com Desaguliers. De acordo com o que você me relatou, há entrenós protestantes uma seita que se uniu aos judeus (seus parentes), e cujo objetivo é demolir tudo quepossa glorificar o nosso Jesus e esmagar o catolicismo e a Igreja Católica Romana [XXV]. Esses são osprincípios de Desaguliers e Anderson”. "Meus pais e eu, caro James, não somos desta seita. Sim,somos protestantes, mas nossa intenção está longe de esmagar a Igreja romana. Ouça o que eu vosdigo: Nós acreditamos que Jesus Cristo é o único quem a construiu e Ele disse que ela não vai cair. Você deve ter a nossa fé, apesar da nossa tradicional revolta que herdamos de nossos pais contra aautoridade do pontífice.

Em nossos corações guardamos a firme fé de que a Igreja de São Pedro é a Igreja original de Jesus. Nunca pensamos, nem meus pais nem eu, em nos associarmos com os inimigos da Igreja. Você, queagora está convertido ao cristianismo através da minha intercessão, deve adotar os princípios que herdeidos meus pais.

Tenha cuidado em colaborar com essas duas seitas: uma que ataca o catolicismo em particular, e outraque ataca todas as religiões em geral. Tenha o cuidado de não cair em suas armadilhas. Desde quevocê me obedeceu e converteu a minha religião, você me amou e casou-se comigo, eu desejo que vocêsempre continue firme comigo na sua cristandade, firme nas suas promessas e em seus novosprincípios.

Continue então no caminho de completar os estudos para o qual você entrou na nova Maçonaria, parasatisfazer o nosso intuito de revelar a verdade e denunciar o mal, a fim de dissipar a escuridão, quandomais tarde as portas da luz se abrirão diante dos olhos vendados para que eles possam se orientar nocaminho da verdade. E lá no cume da montanha sólida da realidade a luz será irradiada e guiará cadapessoa confusa e a cada uma que a confunde."

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CAPÍTULO TRINTA E SETE Minha subida para os outros graus, a partir do 19° para o 33°

Jonas disse: Eu descobri, ao longo dos meus estudos, que a subida para os altos graus exige, acima detudo, o pagamento do preço da inscrição, um preço que varia de acordo com o grau, mas que tambémrequer atividade, zelo e serviços em nome dos princípios da Associação e para a realização dos seus fins.Eu quitei os deveres ao meu alcance para fazer uma falsa apresentação das minhas atividades e eu salvei,ao mesmo tempo, o que foi necessário para pagar as respectivas inscrições.

Eu solicitei a subida, pagando, inclusive, as dívidas para os 11 graus, a partir do 19° até o 29°. Minhapetição foi aceita com prazer. Sendo um dos titulares do 29° grau, eu conhecia os segredos, asvestimentas, termos, movimentos e os sinais correspondentes a todos os graus. Todos os rituais não sãode interesse, pois eles são semelhantes aos dos graus anteriores, ridículos em suas falsidades.

Eu salvei o montante necessário para atingir o 30º grau. Eu solicitei-lo e atingi-lo.

Eu não tardei muito a alcançar os graus 31, 32 e 33, da mesma forma. Aqui a minha idade se torna infinita;eu lembrei-me então do que foi gravado pelos antepassados de minha mãe, Esther, que tentaram por essadefinição para zombar da ressurreição de Jesus, Sua ascensão e Sua vida eterna.

Assim eu terminei minha subida para o grau máximo de "elevação", alcançando os "portões do céu." Assim,eu passei a ser considerado entre as fileiras dos chefes da "liberdade!" Apesar da superioridade do meu altograu, eu não sabia de onde vinham as ordens superiores. O próprio presidente da nossa loja não sabia assuas origens. Eu vi que todos os presidentes das lojas estavam sujeitos a essas ordens que vinhammisteriosamente.

Por exemplo: "Realizar a ordem exaltada assim como realizamos a nossa, executando o seguinte ... ” Outroexemplo: "Por ordem superior, devemos fazer todo esforço para fazer tal e tal coisa; cumpri-la e começara ... "

Outro exemplo: "Por despachos, o conhecimento de cuja origem é proibida por lei, você deve iniciar umasubscrição para coletar (tal e tal soma de) dinheiro que será destinado a ampliar a capacidade daAssociação e os seus interesses. ... "

Todas as ordens eram dessa natureza.

Em seguida, lembrei-me da astúcia de um dos fundadores ancestrais e seus sucessores e observei que osnove sucessores melhoraram consideravelmente na arte da falácia e da astúcia. Eu lamentava a palavra"livre", que deveria ser omitida dos dicionários de línguas com este significado, para usar, sim, o significado", aqueles que afirmam serem livres e não são nada, mas escravos ordenados por seus amos a fazerem obem ou o mal." No entanto, o escravo conhece o seu possuidor, mas, por outro lado, não sei quemencomenda-nos, e obedecemos cegamente.

Quanto felicito a minha esposa, Janet, por seu poema em que ela lamenta a liberdade dos maçons emobedecer cegamente e repreende os nove fundadores e seus sucessores pelo monopólio dos segredos eda liderança principal oculta.

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CAPÍTULO TRINTA E OITO A entrega dos segredos da parte de James, ou Jonas, para seu filho, Samuel

George, o neto de James, disse: Vimos, no que foi registrado anteriormente, que os segredos da Históriasão passados dos fundadores aos seus sucessores atuais, o mais inteligente e sério de seus filhos. Este foi seu direito tradicional de sucessão. Uma lei de desprezível e cego fanatismo religioso.

Mas quando vemos a importância desses segredos e que terrível juramento que os nove fundadoresestabeleceram, tomado por si próprios e impondo-los sobre seus sucessores no ato do recebimento dossegredos, quando vemos aquelas estranhas e terríveis exigências de esconder esses segredos, aquelacrença cega de que quem se opuser às leis fundamentais ou violar uma única palavra do juramentomorrerá horrivelmente e será "castigado por Deus", quando vemos tudo isso, a obstinação dos nossosantepassados com suas leis fundamentais cheias de fanatismo, a barbárie e a loucura não nossurpreende.

Vemos agora o meu avô, James, oferecendo os segredos ao meu pai, Samuel, seu único filho, por suaprimeira esposa, como veremos. A vontade do meu avô era terminar esta história, completando arelação entre a Maçonaria de nossos antepassados e sua filha: a nova Maçonaria. Para esse propósito,ele se juntou à Associação para estudar a sua história e os segredos à luz deste manuscrito. Seusextensos estudos foram divididos por ele em 22 investigações.

Primeira investigação James, dirigindo a seu filho, Samuel, e aos leitores desta história, disse: Antes da minha conversão aocristianismo eu estava seguindo o plano dos ancestrais de minha mãe, Esther, de quem herdei estaHistória, preservando os seus segredos e acreditando na verdade da sua doutrina. Assim eu continueiaté que o destino quis que eu apaixonasse profundamente por Janet, a cristã. Ela, também, professavaum grande amor por mim e concordou em ser minha esposa na condição de que eu me convertesse aocristianismo; eu me converti e nos casamos, em seguida, Samuel, meu filho com minha primeira mulher,converteu-se também. Antes de completar um mês do nosso casamento, minha nova esposa já sabia desta história, revisando-a. Ela reagiu de tal forma que ela começou a formar em mim um espírito de indignação pela "História" eseus herdeiros e para me encorajar a publicá-la para o bem e a salvação da religião cristã, primeiro, emais tarde, toda a humanidade. Ela insistiu nisso e convenceu-me.

Antes de iniciar a sua impressão tivemos que compreender alguns segredos fundamentais da Maçonariamoderna, sem os quais os benefícios desta história não ficariam completos. Queríamos saber,especialmente, se o segredo manteve-se com Desaguliers, Anderson e seus companheiros ou seentrou em contato com outros dos sucessores, os proprietários destes manuscritos hebraicos. Embusca disso, entrei na nova Maçonaria e subi até o mais alto grau. Por causa da minha próxima viagempara a Rússia em uma missão, eu cumpro o meu dever de entregar a você, meu filho, esta História eseus segredos, por medo de alguma coisa poder acontecer. Sua mãe, Janet, será a sua colaboradora eadministradora em tudo que for relacionado com esta história.

Segunda Investigação

James disse ao seu filho, Samuel: Filho, você tem aqui uma história mais preciosa do que diamantes. Quando você lê-la você vai entender a sua importância extraordinária. Eu entreguei-la para você comtodos os seus segredos. Você não vai tomar o Juramento Medonho que eu tive que tomar, você vai vero seu texto em que, como foi decretado pelos nossos antepassados, os nove fundadores da associaçãomaçônica. Eles tomaram-no primeiro e impuseram-lo a todos os herdeiros desta História. Após a suaconversão ao cristianismo comigo, você não vai obedecer a essa ordem.100 Saiba, Samuel, como é grande o meu amor e respeito por sua mãe Janet. Saiba, também, que eu aamava mais porque ela adotou você carinhosamente como se ela fosse sua própria mãe. Você deve,então, amá-la, obedecê-la e servi-la em homenagem e lembrança de sua verdadeira mãe, cuja alma nomomento é consolada ao ver que você encontra afeto nesta mãe. Devemos, além disso, amá-la, em

100 Nota do tradutor: A diferença entre o personagem de James (o cristão) e de seus ancestrais (os judeus) é impressionante.

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reconhecimento da sua bondade em converter-nos ao cristianismo e por ter me encorajado a publicar esta"História".

Eu vi virtudes indescritíveis nela. Eu vi no seu amor, pureza, integridade, inteligência, a verdadeira fé eautêntica piedade. Eu vi a abnegação que sua mãe morta não possuía. Eu tenho visto nela economia egenerosidade juntas. Eu vi nela um sentimento profundamente enraizado de amor para o serviço. Mas ofator principal no meu infinito amor por ela é o seu afeto com você. Ela deu a você, Samuel, uma educaçãovirtuosa. Sem ela você não seria capaz de ter essas virtudes. Ela é sua mãe, sua educadora e suacristianizadora. Um de seus deveres mais sagrados é de amá-la e de exercer o seu dever para com ela. Eusei que ela é, na minha presença ou na minha ausência, fiel e uma colaboradora. Acima de tudo, desejoque você não faça nada sem consultá-la. Ela, por sua vez, vai lhe dar conselhos relacionados com estahistória e às suas outras ações.

Este nosso encontro deve ser adicionado, com tudo o que já falamos, a nossa História, vamos gravá-la.Agora, Samuel, reveja essa História e aprofunde nela, porque, antes de minha viagem, eu quero te contarum segredo de grande importância.

Terceira Investigação Surpresa de Samuel, quando confrontado com os segredos e a astúcia na leitura da História

Depois de três anos e uma semana, James, Janet e Samuel, reuniram-se.

James disse a Samuel: Eu acredito, meu filho, que você lerá esta História completamente, com grandeavidez. Você passou muitas horas em seus estudos, mas não importa. Assim aconteceu comigo quandoeu recebi-a do seu avô, Samuel (cujo nome você carrega), porque ela contém tudo o que pode surpreender,causar afeto e elevar o coração do leitor, preenchendo-o com alegria e prazer de conhecer seus segredos. Talvez os analfabetos, aqueles de mentalidade pobre e os incrédulos não possam ter estes sentimentos. No entanto, eu não acredito que existam pessoas que não se interessarão por estes segredos. Samuel disse: Pai, quando eu li esta história me esqueci de tudo e tornei-me embriagado ao ver seussegredos, sua maldade e sua astúcia. Segredos que, se vierem a ser publicados, irão lançar os estadosmaçônicos em catástrofe; segredos que farão tremer o mundo inteiro: os maçons e os líderes de todas asreligiões, especialmente a cristã, quando souberem da conspiração contra eles. James disse: Grave,Samuel, em síntese, o que dissemos. Eu, de minha parte, vou escrever o seguinte que eu, também, ireigravar. Os elementos deste estudo poderão assim permanecer organizados.

Quarta Investigação Síntese dos Comentários sobre as ordens superiores e anti-religiosas que James revelou a seu filho,Samuel. A destinada interpretação errada das três palavras: Liberdade, Fraternidade e Igualdade

Você vê, meu filho, que eu entrei na nova Maçonaria para compará-la com a Maçonaria de nossosantepassados, "A Força Misteriosa ". Porque o moderno é parte complementar do antigo, por causa dacompleta ignorância dos segredos ocultos e fundação desta associação por parte dos maçons, e por causada alegria que será produzida em homens sábios e historiadores em seus conhecimentos, a pedra angulardaquela fundação, sua mãe Janet e eu decidimos que eu iria entrar na Associação.

Ela me disse: "Eu vou chamar isso de História: A Dissipação da Escuridão. Mas a escuridão não serádissipada se você não entrar na Associação, a fim de estar em dia com as inovações que aconteceram nelaapós Levy mudar o seu nome." Foi quando entrei para a Associação e estudei os seus segredos, assim,alcançando o meu objetivo.

Eis os meus estudos: Tudo o que eu esperava ver eu vi com bastante tempo para pensar. Vi que seusestatutos públicos gerais foram mesmos retirados dos estatutos antigos. Mas Anderson e Desaguliersderam-lhe uma base científica, um aspecto geral e um estilo adequado para todos os leitores, maçons enão-maçons. Não há dúvida de que David Adoniram colaborou com eles, como você observou em suas "condições". Eunão comecei a ver os estatutos internos, nem ninguém, porque os estatutos são monopolizados pelosprincipais chefes, herdeiros dos nove fundadores.101 Eu vi que as ordens superiores eram distribuídas de chefes desconhecidos para seus executores. Oschefes, por sua vez, obedecem a uma autoridade suprema e completamente desconhecida, cuja ordem

101 Jonas: Eu, como um dos herdeiros, estava trabalhando com os mesmos estatutos.

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deve ser realizada de maneira cega por eles. Eu vi que na antiga Maçonaria apenas a religião judaica foipreservada. Na moderna eu vi uma anti-religiosidade de contornos extensos, mas concentrada contra ocristianismo e, particularmente, contra o catolicismo, uma anti-religiosidade inspirada no niilismoabsoluto.

Eu vi que os chefes da antiga Maçonaria eram judeus astutos que atacaram os homens de Jesus. Oschefes da moderna Maçonaria, os sucessores de Desaguliers e Adoniram são, por outro lado, umamálgama de mercenários: os judeus que atacam a religião cristã e os protestantes que atacam ocatolicismo.

Os novos chefes não são menos espertos do que os antigos ancestrais. Eles têm em suas mãos asrédeas de todos os maçons. Eles jogam com eles à vontade.

E, finalmente, vi desastres e catástrofes avançando sobre a humanidade. Então, você verá também,Samuel.

Nesta história você verá que a Maçonaria de nossos antepassados foi construída sobre mentiras,falácias, fanatismo e corrupção. A partir dessa mentira, nasceram os símbolos antigos e os instrumentosde arquitetura e construção com os quais eles se armaram. Com essa mentira, Herodes "encontrou"papéis antigos na arca de seu avô, etc, como vimos anteriormente.

Eles criaram todas essas mentiras para ocultar o segredo da data da sua fundação, alcançando sucessoem seus enganos por muitos séculos.

Você vê, também, que na moderna, o mesmo engano existe, usado pelos chefes herdeiros entre amassa dos maçons. Estes, assim como os antigos misteriosos, acreditam que ninguém sabe a origem,hora, local ou o objetivo desta Associação.102 A mãe Maçonaria concentrou toda a sua intenção numa única meta, que era a batalha contra os homensde Jesus. A Maçonaria filha, ultrapassa esse limite por grandes distâncias. Ela atua para demolir ostronos e na abolição das autoridades, espiritual e temporal, para que tenha absoluto domínio do mundo.Ela adotou os mesmos emblemas de Jesus: liberdade, igualdade, fraternidade, mas essa adoção serevela muito contraditória com a verdade.

A liberdade de Jesus era moderada, benevolente e fecunda. A liberdade dos maçons é extremista, semlimites, a liberdade de blasfêmias e enganos, destruidores de caracteres, religiões, riquezas, vidas efamílias.

A fraternidade de Jesus era pura e humana, que prega a fraternidade entre as pessoas. Impõe amormútuo e aliena do ódio e do mal. Maçons, meu filho, praticam uma irmandade cheia de egoísmos eprivilégios. O amor pessoal prevalece entre eles, o amor de vingança, divisões e conflitos intermináveis. Eu vejo traição, agressão, roubo, orgulho, profanação, e niilismo reinando entre eles.

A igualdade de Jesus é justa e legal perante a lei e a religião. Na Maçonaria, a "igualdade" significa odesaparecimento de toda a ordem, com esta suposta igualdade as rédeas da liberdade estão além detoda a ordem, com tudo caindo em confusão e com a perda dos verdadeiros valores.

102 Awad Khoury: Revise a tradução do livro, "Dois Séculos da Maçonaria", nesta mesma obra, página 36, onde se menciona Dr.

Oliver, que disse: "Nossa associação já existia antes da criação do globo terrestre e se espalhou através dos planetas do sistemasolar. "

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Quinta Investigação "AJUDA MÚTUA"

Eis, Samuel, meus estudos sobre a "ajuda" na Maçonaria filha.103

Esta palavra não é nada além de uma rede inteligente tecida pelos sucessores, os fundadores da novaMaçonaria e os chefes secundários, a fim de capturar jovens solicitantes. Nossa "História" não mencionaeste termo, "Ajuda Mútua" entre os entes misteriosos, exceto no que está relacionado em atacar a religiãocristã. A astúcia de Desaguliers e Anderson inspirou-os na criação desta rede com a finalidade de atrairpessoas para a Associação, sabendo que cada irmão, em matéria de auxílios, é carente e precisam dela. Por essa razão, eles colocam nos seus estatutos gerais o termo "ajuda".

Se, no início, alguns irmãos foram beneficiados por alguma ajuda, mais tarde, com o aumento do número deafiliados nas lojas espalhadas por todos os países e territórios, a ajuda foi dissipada até desaparecer.

Ouvimos muitas reclamações dos irmãos sobre a negligência dos chefes, especialmente quando a ajuda foidada apenas para os irmãos ricos. A ajuda foi vendida e comprada. Os descontentes aumentaram emnúmero exigindo a aplicação da Constituição de Anderson e finalmente eles fizeram esta estipulação "AjudaMútua". Nas Constituições de Anderson a Ajuda Mútua é aplicada ou revista da seguinte forma: Quem pagamais, recebe mais ajuda.

Eu sei de muitas pessoas que perderam seus empregos no comércio, indústria, governo e outrasocupações, sendo impossível para os chefes de oferecer-lhes ajuda, e eles ficaram sem trabalho. Seitambém de muitos irmãos que intencionalmente incendiaram suas próprias empresas, esperando ajudamaçônica que nunca receberam.

Sexta Investigação Os segredos e a liderança principal

Filho, eu acredito que Desaguliers, um protestante, legou os segredos aos seus sucessores, osprotestantes, e que David Adoniram legou-los a seus sucessores, os judeus. Sem dúvida, numa mão oprocesso de herança, a partir de Desaguliers, que havia roubado o manuscrito de Joseph Levy, o avô deminha mãe, Esther, e, por outro lado, o manuscrito próprio de Adoniram de que, sem dúvida, estaria naposse de seus sucessores até hoje, como nós, também, possuímos este manuscrito de Abiud. Mas ossucessores principais desses dois grupos (os de Desaguliers e os de Adoniram) continuar herdando osmesmos segredos principais e legando-os, por sua vez, monopolizando e ridicularizando seus irmãosmaçons.

Sétima Investigação Maçonaria mãe, suas filhas e netas

A Maçonaria de nossos antepassados, "A Força Misteriosa", foi chamada de "mãe viúva", em honra deHiram que ficou órfão de pai. Hiram, portanto, foi chamado de "filho da viúva."

A mãe cresceu monstruosamente. Se não fosse por ela a religião judaica teria desaparecido. Mas não fezsucesso na sua ânsia de aniquilar a religião cristã. Ela, no entanto, aumentou enormemente. Mais tarde,oh surpresa! terminou em desavenças e distúrbios. Distúrbios que se arrastaram até a morte, que estavapronta para o enterro no início do século 17.

Depois de um tempo ela começou a renascer lentamente. Em silêncio e sem dor nasceu uma filha:laicismo. Essa criatura sentiu-se fraca e retardada em seu crescimento. Ela pediu à sua mãe para lhe daruma irmã para a auxiliarem. Então a Nova Maçonaria nasceu, graças ao trabalho de Joseph Levy e JohnDesaguliers. As duas irmãs cresceram, unidas por um grande amor. A partir delas foram formados doisgrupos: um judeu, e outro protestante. O primeiro grupo, o judeu, preservou o princípio da Maçonaria mãe,que é atacar todo o cristianismo. O segundo, o protestante, especializou em atacar o catolicismo. E levantaram-se unidas e começaram a guerra contra tronos, destruindo um grande número deles eexpulsando a autoridade real para o chão. Ao longo dessas ruínas estabeleceram fictícias "repúblicas", emque o mal foi muito pior do que o dos tronos. O dilema foi maior porque, em vez de serem meramente

103 Samuel: Entende-se que a Maçonaria mãe é a antiga, "A Força Misteriosa", a partir do ano 43 depois de Cristo até 1717. A

Maçonaria nova é a filha, a partir de 24 de junho de 1717.

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repúblicas democráticas, benéficas para o povo e para o país, elas foram intencionalmente baseadas emconfusão e injustiça, descrédito às duas autoridades: os valores espirituais e temporais, e liquidandovalores, respeitos e direitos.[ XXVI ]

Saiba, então, que os descendentes daqueles princípios perversos ainda não foram interrompidos. Nodecorrer dos séculos outras filhas e netas irão nascer deles.

Oitava Investigação Socialismo [ XXVII ]

Saiba, meu filho, que a nova Maçonaria, respondendo às demandas do inimigo da humanidade ecumprindo ordens para aumentar as filhas da corrupção, deu nascimento ao Socialismo. Esta netatornou-se um mal pior do que os males anteriores.

Eu prevejo a você, Samuel, que todas essas criaturas crescerão e darão à luz, pelos esposos satânicos,a todas as outras criaturas da corrupção, maldade e destruição.

Elas se multiplicarão e espalharão as suas sementes sobre toda a terra, corrompendo-a e quãovenenosos serão os seus frutos! Cada uma dessas criaturas formará um partido e cada partidoprocurará os interesses da sua mãe, agravando os males da confusão, fazendo desaparecercivilizações, eliminando a religião e degenerando a educação. Então soarão as trombetas da aflição edo desastre.

Esta minha profecia será cumprida e terá um grande eco.104 Os nossos descendentes verão geraçõesinfernais. Os homens se lembrarão de mim, após a minha morte. Testemunharão esta minha afirmaçãode que todos os descendentes corruptos serão filhas e netas da mãe Maçonaria. Quão coerente é estaafirmação em relação a tudo isto: Os males não originam nada além dos males.

Nona Investigação Educação Maçônica [ XXVIII ]

Assim, filho, você entende que a moderna maçonaria prega a liberdade exagerada para atrair aspessoas. O homem é, por natureza, inclinado ao absolutismo. Os pais maçons herdaram esse estilo devida de seus pais, expandindo-a, geração após geração, até chegar, pouco a pouco, ao "niilismo". Ospais maçons criaram em seus filhos o amor aos objetivos fáceis. Eles educaram-los no amor ao mundoe incutiram neles a descrença na punição pela maldade e na não recompensa pelas boas obras. Assim,os filhos são criados em liberdade extrema, de caráter corrupto e desejos ávidos. É necessário mencionar os poucos maçons que, sabendo do mal terrível, impedem seus filhos de sejuntarem a Maçonaria, dando-lhes uma educação correta.

Décima Investigação Ensino Maçônico [ XXIX ]

Tudo o que eu gravei em minhas investigações sobre a fundação da nova Maçonaria e o que vemos nanova sociedade humana é confirmada nas laicas instituições (anti-religiosas) maçônicas dedicadas.

Essas instituições, Samuel, ao aumentarem em número, serão um desastre para as religiões, porquequem é criado e educado nos princípios "sem religião", irá crescer, casar e ter filhos sem oconhecimento de uma religião que leva a Deus e seguir o caminho da razão.

Os pais, afundados em prazeres mundanos, não podem fazer nada, mas guiam seus filhos de acordocom esse sistema. As dedicadas instituições laicas, meu filho, será um golpe rude para as religiões. Você verá a certeza da minha profecia. Que pecado horrível esses primeiros antepassados irãosuportar!

104 George Lawrence: As profecias de meu avô, Jonas, foram cumpridas, na sua maior parte. Essas criaturas do mal produziram

criaturas piores. Niilismo, Bolchevismo (termo acrescentado pelo tradutor de espanhol), Comunismo e Socialismo. E vamos vermuitos exemplos desse tipo. Que Deus nos liberte do que vai acontecer!

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Décima primeira Investigação A Responsabilidade do Clero corrupto [ XXX]

Esta, filho, é uma investigação em que eu não deveria comentar porque ainda somos novos em uma religiãoque é inimiga da Maçonaria. Mas, inspirado pelo meu firme propósito de aperfeiçoamento desta História,aproveito esta investigação sobre mim, não sem primeiro encontrar provas firmes e profundas.

Entre aqueles a quem Deus criou para ser espelho de virtudes, um exemplo de pureza, uma fonte deveracidade, correção e justiça, orgulho e centro das reuniões sociais, o protótipo da bondade, o pilar depiedade e da razão, entre eles, eu digo, há um pequeno número que, corrompidos, evitam suas funções eestão respingados com a lama de pecados diversos! Não especifico qualquer religião; de acordo comminhas experiências e investigações. Ao completar esta história, percebi a corrupção nos religiosos detodas as religiões. Este elemento corrompido era um importante pretexto para os maçons do início e para os maçons recentes. Era uma arma útil para eles, usada para atacar todas as religiões, sem considerar suas virtudes. Elescondenaram o bem, assim como os maus e os puros, bem como os corruptos. Eles têm inculcado naspessoas o espírito de rebelião, rancor e desprezo com gritos de: "A corrupção envolve o clero", o clerooculta "delinqüência, mentiras, o crime, o orgulho, rancor, inveja, distúrbios, embriaguez, degeneração, etc,etc ..! "

Filho, você certamente irá encontrar entre o clero alguns homens com essas características, mas você nãodeve julgar todos pelos pecados de alguns. No entanto, não estamos justificando as obras dessescorruptos, eles devem ser avisados e censurados, eles devem ser expulsos, eles devem ser eliminadascomo a erva da boa semente.

Décima segunda InvestigaçãoMaçonaria e a Mulher [ XXXI ]

Jonas disse: Quando minha esposa, Janet, leu a narrativa das minhas investigações e chegou aqui, ela mepediu para deixa-la escrever esta parte por causa destas relações com a mulher.

Janet disse: entende-se que a Maçonaria mãe é a inimiga mortal de Jesus e que foi criada para atacá-lo. Ela ridicularizou todas as suas obras e, ironicamente, imitou todos os ensinamentos da sua espécie. Osherdeiros abraçaram estes princípios.

Eles quiseram imitar Jesus em sua afeição com a mulher, não acredito que seu carinho seja puro como foi ode Jesus. Jesus amou a mulher com o seu afeto divino, obrigando o homem a tratá-la com justiça eobrigando-a a obedecer-lhe como líder das mulheres. Jesus quis dar à mulher uma afeição divina, porqueela é a alma da educação de seus filhos, sua fundação e sua força. Ele traçou para ela o caminho dacorreção para ensinar a seus filhos as virtudes e o bom comportamento. Se todas as pessoas seguissemesse estilo puro e dessem à mulher o que Jesus especificou para ela, o resultado certamente teria sidocrianças virtuosas. Os maçons deram à mulher um carinho diferente, um carinho desfigurado, uma afeição ignóbil. A imitaçãode Jesus por parte dos maçons é, nesse sentido, falsa e maliciosamente pretendida. É diferente da vontadepura de Jesus. Eles não definem afeto como Jesus definiu. Eles libertaram-na (a mulher) de todas asregras e condições, tendo como resultado a degeneração e miséria da mulher. Nossas descendentestestemunharão espetáculos horríveis nascidos da miséria da mulher.

A mulher, com esta afeição exagerada, foi falsamente exaltada, cultivando equivocadamente o seu orgulhosem ser admoestada da irreparável perda da sua dignidade. Com a liberdade extrema, a mulher perdeu asua felicidade temporal e eterna, ela perdeu a sua educação, ela perdeu a vida e além disso, ela fez omundo perder a família, a ordem social, educacional e procriativa. Se ela adotou essa vida fácil evoluptuosa, o resultado dessa alegria foi miséria e remorso, remorso e miséria para o mundo todo.

Samuel disse: Depois de terminar a gravação das investigações anteriores, eu quis explicar uma idéia ameu pai. Era meia-noite, do mês de março de 1822; eu coloquei a minha caneta e disse ao meu pai: Eugravei todas as suas investigações até a décima segunda. Agora, apesar da minha idade juvenil105 meatrevo a sugerir que o resto das investigações não são tão indispensáveis para esta história. É o suficiente,de fato, mencionar seus títulos:

105 Quinze anos.

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Maçonaria e Intuição Eternidade Crenças A Igreja A Mesquita, etc, etc.

Em seguida,106 James revendo as investigações mencionadas concordou com a proposta de Samuel. Olhando então para a esposa, ele disse a ela: Eu cumpri a sua vontade sagrada, querida Janet. Eucumpri a minha missão e meu dever, eu dissipei a escuridão, como você me pediu. Eu justifico a minhaatitude perante a ciência, história, religião e estou contente. Agora, a história dos meus antepassadosestá em suas mãos e do meu filho, Samuel. Em breve estarei viajando e você têm o direito, se eu nãovoltar, de dar a este manuscrito o destino que Deus irá inspirar em você.

Janet disse: Depois desses acontecimentos meu marido viajou e morreu em uma terra estrangeira noano de 1825. Que Deus lhe dê paz, em recompensa por sua grande obra para a humanidade.

106 Jonas.

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Algumas referências sobre a Maçonaria 107

Dicionário Enciclopédico da Ordem Maçônica, editado em Buenos Aires em 1947, vol. I, pág. 496: "Comrelação à origem da Maçonaria, nada, absolutamente nada de concreto e indiscutível pode ser afirmadoantes da transformação e evolução do ano de 1717, que é a verdadeira origem racional e demonstrável daOrdem."

Dicionário Enciclopédico Salvat (9 ª edição), vol. 6, pág. 127: "A Maçonaria, associação secreta em que sãoutilizados vários símbolos retirados da construção, tais como esquadros, níveis, etc. História. AMAÇONARIA afirma ser uma associação de homens que se dedicam ao aperfeiçoamento pessoal de seusmembros e da fraternidade universal, com base em uma reivindicada tolerância religiosa e com os princípiosdo humanitarismo. É uma sociedade secreta, cujos objetivos são conhecidos inteiramente apenas paraaqueles que alcançaram os mais altos graus de iniciação e que escondem as suas atividades sob osimbolismo aparentemente, derivado em grande parte da ocupação de pedreiro e da arte da arquitetura! Noque diz respeito à sua origem, hoje é opinião quase geral que nasceu das antigas guildas de pedreirosingleses, quatro das quais, no âmbito da iniciativa de um de seus líderes, Anthony Sayer, fundaram aprimeira Grande Loja, em 1717, tendo editado, em seguida, nos primeiros anos de sua existência, osestatutos da Ordem, em que, pela primeira vez, os "deveres antigos", que ainda estão em vigor até hoje,faziam parte. Essa Maçonaria, chamada anglo-americana, ao que parece, não tem o espírito anti-religiosoque caracteriza a romana ou latina. Esta última, sujeita à influência do Grande Oriente da França, não exigede seus membros a crença no Grande Arquiteto e na imortalidade da alma e foi marcada sempre por suaposição anti-clerical.

A primeira Loja francesa foi fundada em Dunquerque, em 1721, sob a influência da Maçonaria Inglesa, daqual foram derivadas também a primeira Loja da Espanha (1728) e de Portugal (1735). Em 1925 o fascismoa dissolveu e em 1934 o Nazismo continuou esse exemplo. Na Espanha, por uma lei de 01 de março de1940, ela foi condenada e é considerada uma forma de crime pertencer a ela. Na França, o governo dePétain também proibiu os seus funcionários de fazerem parte dela. A Igreja proibiu pertencer à Maçonaria, sob pena de excomunhão, através do Canon 2335 Corp.Jur.Can.Anteriormente Clemente XII (1738), Bento XIV (1751), Pio VII (1821), Leão XII (1825), Pio IX (1846) e LeãoXIII (1884) já haviam lançado os seus anátemas contra ela. Em 1934, 4 milhões e meio de maçons existiamno mundo, dos quais 200.000 pertenciam ao continente europeu, 479.000 a Grã-Bretanha e 3.260.000 nosEstados Unidos.

Enciclopédia Universal Ilustrada. Espasa. Barcelona. "A Origem ... e Desenvolvimento da Maçonaria (pág.733) vol. 33 .... Existem três teorias principais: 1. Que atribui as origens da Maçonaria com a Ordem dos Templários;

2. Aquilo que supostamente nasceu da batalha iniciada pelas classes populares para libertar-se daopressão do feudalismo, tendo por base as organizações de sociedades e agremiações;

3. Que atribui a sua fundação aos judeus. Tirado-Rojas afirma harmonizar estes três pareceres, dizendo:"que a Maçonaria simbólica, até ao 13 °grau, corresponde à Idade Antiga; do 30° Grau, para o filosófico; e aMaçonaria Sublime, para a Era Moderna.

... Sem entrar em detalhes sobre essas opiniões diversas, observamos apenas que o que ainda goza demaior crédito é o que torna a Maçonaria uma continuação e transformação das antigas corporações dearquitetos e construtores de edifícios, em que os artesãos foram abrindo espaço para os membros maisinstruídos, com quem iniciaram discussões especulativas, até vir a transformar-se na Maçonaria moderna "

James Oliver em seu livro, "Antiquity of Masonry:" A Maçonaria "foi praticada em outros sistemas planetáriosantes da formação da Terra." Alberto J. Triana, em seu livro " Masonry ... History of the Brothers ThreePoints ", pt II: "Com relação à antiga Maçonaria, reina uma grande obscuridade, o que deu lugar para ainvenção de numerosas hipóteses, muitas delas improváveis, absurdas e ridículas; tais como aquelas, comopor exemplo, que fazem a sua data remontar ao nosso primeiro pai, Adão. A Ordem foi iniciada pelo PaiEterno no Paraíso Terrestre, para Lameque, o assassino de Caim, que matou seu irmão para Zoroastro,chefe supremo dos magos e fundador do Mazdeísmo (religião dos persas, contida nos livros sagrados dosZend-Avesta), para Confúcio, fundador da religião dos chineses, para Pitágoras, filósofo e matemático

107 Referências recolhidas pelo tradutor de espanhol.

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grego, fundador da seita dos Pitagóricos... Existem numerosas coincidências entre o judaísmo e aMaçonaria. Por outro lado, a obscuridade de sua origem é uma tática que os maçons utilizam paradificultar a investigação quanto aos seus objetivos finais. No entanto, apesar do fato de quehistoricamente tal origem não ser capaz de ser demonstrada, é um fato que os judeus, assim como osprotestantes facilmente acomodam-se às finalidades da Maçonaria, porque “ o judaísmo moderno sofrea mesma crise em suas crenças religiosas assim como o protestantismo, e porque tudo o que é dirigidodiretamente contra o cristianismo, protege, de forma semelhante, ao judaísmo. " Mariano Tirado-Rojas, convertido em maçom, declara - de acordo com Triana - que a Ordem foi fundadaapós a "Diáspora" ou dispersão dos judeus, em Jerusalém, que foi destruída pelos romanos no ano 70, eque subsistiu sempre escondida, fazendo uso de associações de construtores artesãos medievais paraos seus fins, e que ela obteve sucesso em conquistar membros entre os cavaleiros cruzados na TerraSanta.

Joseph Lehman, sacerdote católico escreveu o seguinte: "A origem da Maçonaria deve ser atribuída aojudaísmo, certamente não ao judaísmo como um todo, mas pelo menos, a um judaísmo pervertido." Nicolas Serra y Caussa afirma: "O inventor, fundador ou introdutor do sistema maçônico, se ele não eraum judeu pela circuncisão, era tanto um judeu no coração como o melhor da circuncisão, pois aMaçonaria respira judaísmo através de seus quatro lados. "

O rabino Isaac Wise escreveu em 1855: "A Maçonaria é uma instituição judaica, cuja história, graus,atribuições, sinais e explicações são de natureza judaica do começo ao fim",

O historiador judeu, Bernard Lazare, escreveu: "É evidente que haviam apenas os judeus, os judeuscabalísticos, na origem da Maçonaria." E, finalmente, Herzl, o fundador do sionismo, em 1897, na Suíça,disse: "lojas maçônicas, estabelecidas em todo o mundo, se ofereceram para nos ajudar a alcançarnossa independência. Esses porcos, os maçons não-judeus, nunca entenderão o objetivo final daMaçonaria”.

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Apêndice

Informações adicionadas pelo tradutor para o português

[I] Sobre Prudente de Morais, e sua relação com a Maçonaria, recomendo os seguintes artigos, a saber: Metodistas e Liberais emPiracicaba uma Aliança Histórica; MESQUITA, Zuleica Coimbra, publicada na Revista do Instituto Histórico e Geográfico dePiracicaba, Ano II 1992 número 2. Disponível em: www.ihgp.org.br/wp-content/uploads/2014/.../Revista-do-IHGP-Vol.2.p. “Sobre opanorama anticlerical do Brasil no séc”. XIX, no qual Prudente de Morais foi um dos principais articuladores, recomendo o artigoMaçonaria, Anticlericalismo e Livre Pensamento (1901-1909).” Apresentação na Mesa Redonda Maçonaria e Cidadania no XIX

Simpósio Nacional de História da ANPUH. Prof.ª. Dr.ª Eliane Moura Silva.Dep. de História / IFCH / UNICAMP. Disponível em:

www.unicamp.br/.../ Maçonaria %20 Anticlericalismo %20e%20Livrepensa Sobre a recusa de Prudente de Morais em realizar osobjetivos da Maçonaria em relação à influência do clero na política, destaco um trecho do artigo supracitado, em comentário aojornal A Lanterna *: “Na A Lanterna aparecem muitas críticas às influencias clericais no governo de Rodrigues Alves e aoprotecionismo que ele dá ao clero. Afirmava que a presença da maçonaria e de maçons na política deveria representar uma armacontra este tipo de aliança. “Tempos depois alguns maçons no governo como Campos Sales, Prudente de Morais, Bernardino deCampos, Rio Branco, foram citados como traidores, fracos e omissos, diante dos avanços políticos dos aliados do clericalismo nopoder”. (Grifos meus).Com relação à desilusão da Maçonaria em relação a Prudente de Morais, disponibilizo o link do Museu Maçônico Paranaense:http://www.museumaconicoparanaense.com/MMPRaiz/AcademiaPML/Patro-41.htm.

*A Lanterna: Jornal de propaganda anticlerical do início do séc. XX. Segundo o mesmo artigo, sua missão era: “Contra a Igreja,devia-se investir forte na educação laica feminina e infantil, valorizando a racionalidade, a cultura, o trabalho, a igualdade, amoralidade pública, a ética pessoal e social, as artes, a sensibilidade, e uma espiritualidade desvinculadas dos cabrestos dedogmas e instituições, etc. Era fundamental a completa separação de Igreja e estado, da política e religião”. Pág. 13.

[II] Jamal Paxá: Líbano-Primeira Guerra Mundial e do mandato francês, 1914-1941. A eclosão da Primeira Guerra Mundial emagosto de 1914 trouxe problemas adicionais ao Líbano, a Turquia aliou-se com a Alemanha e a Áustria Hungria. O governo turcoaboliu o status semiautônomo do Líbano e nomeou Jamal Paxá, então ministro da Marinha, como comandante e chefe das forçasturcas na Síria, com poderes discricionários. Conhecido por sua dureza, ele ocupou militarmente o Líbano e substituiu o mutasarrifarmênio, Ohannes Pasha, por um turco, Munif Pasha.Em fevereiro de 1915, frustrado com seu ataque mal sucedido em proteger as forças britânicas do Canal de Suez, Jamal Pashainiciou um bloqueio de toda a costa leste do Mediterrâneo para evitar que suprimentos de alcançassem os seus inimigos,causando indiretamente milhares de mortes por fome generalizada e pragas. O Líbano sofreu tanto quanto, ou mais do que,qualquer outra província do Império Otomano. O bloqueio privou o país de seus turistas e visitantes de verão, e as remessas deparentes e amigos foram perdidas ou atrasadas por meses. O Exército turco cortava as árvores para madeira aos comboios decombustível ou para fins militares. Em 1916, autoridades turcas executaram publicamente 21 sírios e libaneses em Damasco eBeirute, respectivamente, por supostas atividades anti-Turcas. A data, 06 de maio, é comemorada anualmente em ambos ospaíses como Dia dos mártires, e o local em Beirute veio a ser conhecido como Mártires Square.O Alívio veio, no entanto, em setembro de 1918 quando o general britânico Edmund Allenby e Faysal I, filho de Sharif Hussein deMeca, mudou-se para a Palestina com forças britânicas e árabes, abrindo assim o caminho para a ocupação da Síria e do Líbano.Na Conferência de San Remo, realizada na Itália, em abril de 1920, os Aliados deram à França um mandato sobre a Grande Síria.A França, em seguida, nomeou o general Henri Gouraud para implementar as disposições do mandato.Dado de dezembro 1987, tradução livre.Extraído do sítio:http://www.mongabay.com/history/lebanon/lebanon-world_war_i_world_war_i_and_the_french_mandate,_1914-41.html

[III] “Dizem alguns que não se conformam com o systema americano que o móvel que traz às nossas plagas o educadoramericano, é o interesse da propaganda religiosa. Mas, embora isto seja verdade, não vejo o mal que dali possa resultar. De factoqual é a religião que propagam os americanos? (...) É a religião de Christo é a religião da paz, do amor e da confraternidadehumana. Pois não é o evangelho de Jesus a pedra angular sobre que se assenta a sociedade moderna? (...) e não é esta doutrinaque tem contribuído nos tempos modernos para os progressos da civilização de que hoje, gozamos? Longe de ser um mal, é umbenefício à propaganda das doutrinas cristãs, que regenerando poderão influir para que cessem os desvarios das facçõesanarquistas, mancomunadas no extermínio dos supremos depositários do poder público.” Discurso de Prudente de Morais,proferido em 1901, em cerimônia realizada no vigésimo aniversário do Colégio Piracicabano. EXPOSITOR CHRISTÃO, op. cit., 26de setembro, de 1901, Vol. XVI, No 38, p. 1. Extraído de Expositor Christão: um jornal confessional liberal na virada do séculoZuleika de Castro Coimbra Mesquita (UNIMEP) e Silvana Malusá (UNIMEP).

[IV] Para uma melhor compreensão do por que Londres fora escolhida para abrigar a nova maçonaria, recomendo o livro deHAGGER, Nicholas, A História Secreta do Ocidente: a influência das organizações secretas, a história ocidental da Renascençaao Século XX / Nicholas Hagger; tradução Carlos Salum e Ana L. Franco. - São Paulo: Cultrix, 2010. Ver capítulo 2: A RevoluçãoPuritana; Os Israelitas Ingleses e Menasseh e o Retorno dos Judeus à Inglaterra. Nesse capítulo, o autor explica como os judeusde Amsterdã financiaram Oliver Cromwell para que os judeus pudessem retornar à Inglaterra e vingar a expulsão da PenínsulaIbérica, através do ramo protestante dos Puritanos, que se identificavam como Israelitas Ingleses e como uma das doze tribosperdidas do Antigo Testamento. Através da Sinagoga Mulheinn na Holanda, as ideias judaizantes eram introjetadas no seio doprotestantismo através de seitas como o Familismo e o Milenarismo. Oliver Cromwell aproveitou da ajuda do rabino Menasseh ben

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Israel para chegar ao poder e este proporcionou o retorno dos judeus à Inglaterra no séc. XVII, expulsos desde o séc. XI. Por outrolado, os judeus precisavam se estabelecer na Inglaterra que era a maior potência da época para atingir seus próprios objetivosproselitistas.

[V] Alguns autores maçônicos afirmam que James Anderson não participou das primeiras reuniões realizadas em 1716 e 1717 queconsolidaram o início da maçonaria, como defende o Ven. Irmão Ethiel Omar Cartez Gonzáles da Loja Guatmozín 66 Grande LojaMaçônica do Estado de São Paulo em sua “Cronologia maçônica”. Porém, de acordo com Fernando Guilherme Neves Gueiros, MestreMaçom do Oriente de Paulista, Pernambuco “Mas a fundação de uma Loja maçônica em 1717, por James Anderson, foi uma rupturacom a tradição. Quem defende esta tese é Robert Ambelain, historiador e franco-maçom muito graduado, sobre o qual Eucorroboro, pois mesmo diante de tudo que se mostrava a maçonaria Londrina tomaria rumos e ritmos dogmáticos. Anderson, ministroescocês presbiteriano, não era maçom quando fundou a loja londrina e, portanto, não tinha direito de iniciar ninguém. Em 1714,Anderson, já em Londres, mantinha reuniões com Payne, Désaguliers, Sayer, o duque de Montagu, Johnson, Entick e Stuart .Maçons tiveram notícia destas reuniões e tentaram barrar os passos de Anderson. Até o arquiteto Christopher Wren viu-se envolvidona disputa. Entretanto Désaguliers tinha um vasto trânsito. Francês e protestante fugiu para Londres, cursou Oxford, ingressou naSociedade Real, na Loja L'ANTIQUITY em 1712 e, na Igreja Anglicana, foi capelão do príncipe de Gales. O rei George II seguia seuscursos e na Holanda sua audiência contava com Huygens e Boerhaave. Anderson e Désaguliers tiveram a orientação espiritual eintelectual de Haim Sammuel Jacob, conhecido como Falk-Schek, com reputação de grande mago judaico. Além de não "ser maçomaceito", Anderson teria alterado algumas regras das antigas observâncias e introduzido o que poderíamos chamar de suspeito ritual damorte de Hiram”. Artigo completo no site: http://www.msmacom.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=248 Lembremos quenão existem atas das reuniões referentes à fundação da Grande Loja da Inglaterra.

[VI] Joseph Levy era filho de Nathan, que era o filho de Abraham, Abraham o filho de Jacob, Jacob o filho de Nathan, Nathan o filho deJacob, que foi o filho de Isaac, Isaac que era filho de Moab, Moab o filho de Rafael, etc., etc. (pág. 18). É o mesmo estilo da literaturahebraica contida no Antigo Testamento, 1Samuel 1;1 (Bíblia Sagrada Edição Pastoral. Paulus Editora tradução Ivo Storniolo e EuclidesMartins Balancin. São Paulo 1991). Esses “pequenos” detalhes nos reforçam a crença na autenticidade desse manuscrito.

[VII] Isto está plenamente de acordo com as fontes históricas que somente no ano de 1782 o Conde de Cagliostro (o judeu JosephBalsamo), cria o Rito Egípcio. O rito tinha 3 graus, era Mágico-esotérico, andrógino e o chefe era chamado de Grão Copta.Futuramente George Oliver vai incorporar o misticismo bíblico na maçonaria. Faleceu em 1866. “Cronologia maçônica” elaborada peloVen. Irmão Ethiel Omar Cartez Gonzáles da Loja Guatmozín 66 Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo

[VIII] Os autores maçônicos divergem dessa informação referente aos nomes das lojas que participaram da fundação da Grande Lojada Inglaterra. Os dados correntes seriam: “1717 Fev. - Reúnem-se na Apple Tree Tavern, Charles Street, Covent Garden, Londres,quatro Lojas desta cidade, a saber: Goose and Gridiron (O ganso e a grelha), Queen's head (A cabeça da Rainha), Apple Tree (Amacieira) e a Rummer and grapes (O copo e as uvas), e decidem constituir uma Grande Loja pro-tempore, iniciando os preparativospara a reunião decisiva a acontecer em Junho, na Festa do Solstício de Verão”. Informação dada pelo Ven. Irmão Ethiel Omar CartezGonzáles da Loja Guatmozín 66 Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo.

[IX] Sobre o “sumiço” dos documentos por Desaguliers, seria importante anotar aqui as palavras do ocultista e maçom francês RennéGuenon: "Los primeros responsables de aquella desviación, a la que me he referido en varias oportunidades, se debe a los PastoresProtestantes Anderson y Désaguliers, que redactar on de acuerdo a sus intereses la Constitución de la Gran Logia de Inglaterra,publicada en 1723, y que se encargaron asimismo de desaparecer todos los antiguos documentos o vestigios, sobre los cualesse podría percibir o verificar las innovaciones que ellos habían introducido o realizado, y también porque aquellos documentoscontenían formulas que ellos estimaban fuertemente degradantes a la libertad, como por ejemplo la "obligación de la fidelidad aDios", "a la Santa Iglesia" y al "Rey", que eran sin lugar a dudas marcas incuestionables del origen católico de la Francmasonería".(Grifos Nossos).

Digitado por la Orden Martinista del Perú – Grupo Lucian Chamuel N37, Círculo Acanto N19 Página 3.

Porém, há de se notar aqui, que o verdadeiro motivo do sumiço não foi corretamente explicado por Guenon.

De acordo com a “cronologia maçônica” elaborada pelo Ven. Irmão Ethiel Omar Cartez Gonzáles da Loja Guatmozín 66 Grande LojaMaçônica do Estado de São Paulo, em 1720 “O G.·. M.·. J. T. Desaguliers ordena queimar todos os manuscritos maçônicos existentes,para evitar que caíssem em mãos profanas”.·.

[X] Existe uma lenda na Maçonaria sobre os “nove” fundadores e o assassinato de Hiran abiff. Essa história pode ser encontrada, entreoutras fontes, em ADOUN, Jorge: Do Mestre Eleito dos Nove. “Uma vez terminados os funerais de Hiram, quis Salomão vingar a mortede seu Grande Mestre Arquiteto”. O desaparecimento dos três Companheiros do local dos trabalhos descobria a identidade dosassassinos.

Enquanto Salomão nisto meditava, chegou um desconhecido – GUARDIÃO DE REBANHOS, ou seja, a Constelação da CABRA – quepede audiência e logo revela que conhece o lugar onde se ocultam os três malfeitores.

O Rei reúne os mestres mais velhos, que eram quinze, e deles, foram escolhidos nove para a perigosa expedição, havendo, para isto,colocado os nomes numa urna. O primeiro a sair foi o nome de Johaben, que, desta forma, ficou designado o chefe da expedição; emseguida, da mesma maneira, foram escolhidos os outros oito Mestres para acompanhá-lo. Depois Salomão recolheu-se a um lugarmais isolado, só com os nove Mestres eleitos, revelando-lhes o lugar desconhecido e acertando com eles sobre a maneira de secapturarem os criminosos para vingar o assassinato de Hiram.

Os nove Mestres, para não ser notados, saíram nessa mesma noite, guiados pelo pastor desconhecido que se havia oferecido paraservir de guia. Ao aproximar-se o pôr-do-sol, todos chegaram ao lugar da caverna, chamada BEN-ACHAR (que segundo algunssignifica “filho do estrangeiro”), onde os três tinham o costume de se recolher.

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Dois dos assassinos, quando regressavam à caverna, notaram a presença dos Mestres e fugiram precipitadamente entre asrochas. Oito Mestres, menos Johaben, os perseguiram, e apesar dos obstáculos do terreno e de estarem cansados da viagem,ganharam vantagens sobre os perseguidos, até que, finalmente, os assassinos, vendo-se perdidos, sem salvação, por se acharemdiante de um abismo, sem outro caminho aberto, preferiram lançar-se no espaço a ser presos. Desta maneira seus perseguidoresapenas conseguiram encontrar seus cadáveres.

Johaben, afastado dos demais, esperando o êxito de sua busca, notou que o cão do pastor (Cão Maior das Constelações) seguiaa pista de alguém que entrara na gruta; Johaben, descendo os nove degraus talhados na rocha, descobre no fundo o maisculpado, isto é, aquele que havia dado o golpe mortal e que naquela hora se dispunha a descansar.

O assassino, vendo-se descoberto pelo Mestre – não pôde resistir seu olhar – tomou o punhal com o qual pensava defender-se eo cravou no próprio peito, traspassando o coração, antes que Johaben pudesse impedi-lo.

Outra lenda diz que Johaben matou o culpado e cortou-lhe a cabeça, mas, os mistérios da verdadeira Iniciação não permitem aoIniciado que se vingue, matando o delinquente com suas próprias mãos, porque este direito pertence à Lei.

Descansaram, então, os nove Mestres até o alvorecer do dia seguinte, e logo se apressaram em cortar a cabeça dos trêscriminosos; em seguida empreenderam viagem à Jerusalém onde chegaram ao anoitecer (talvez do dia subsequente) porque adistância do porto de Jafa até a capital e de 60 quilômetros em linha reta.

Satisfeito Salomão com o resultado da expedição, e em recompensa pelo zelo dos nove expedicionários permitiu que seguissemgozando o título de ELEITO DOS NOVE, título que tão bem haviam merecido. Depois se lhes acrescentaram outros Mestres quese distinguiam por seus serviços, e assim chegaram a ser QUINZE ELEITOS, entre os quais aquele pastor desconhecido queguiou os nove Mestres na busca aos assassinos.

As três cabeças e os instrumentos de construção, cuja finalidade havia tão criminosamente PERVERTIDO, foram expostos portrês dias ante a vista exclusivamente dos obreiros. Depois foram queimados e suas cinzas jogadas ao vento. Desta maneira, tantoo crime como o castigo permaneceram em segredo do qual só os Iniciados podem se inteirar E QUE TÃO-SÓ OS MESTRESPODEM COMPREENDER.

Para se distinguir, adotaram os Eleitos uma faixa negra que levavam do ombro esquerdo às costas do direito, e em cujaextremidade pendia um punhal com o qual ABIBALAC, o assassino se matou, como fez Judas séculos depois ao vender seuMestre. Para se reconhecerem entre si, usaram palavras e sinais relacionados com a ação levada a cabo pelos primeiros nove, e,assim, os elevados a este grau foram os vigilantes dos obreiros e mestres da Obra para que não se repetisse aquele dolorosoacontecimento do Grande Arquiteto do templo.

Outro fato curioso é encontrado entre as cartas de Adan Weishaupt, fundador dos Iluminados da Baviera ou Iluminatti, a ordem ocultista e conspiracionista mais poderosa da história. Conta-se que Adan (judeu, cujo mote mágico era Spartacus) infiltrou-se na Maçonaria até os mais altos graus e subordinou esta para seus propósitos. Em uma dessas cartas a cato (ou Zwack um advogado) lê-se: “Hiran é nosso fictício Grão Mestre, assassinado para a redenção dos escravos; os nove mestres são os fundadores da ordem. A Maçonaria é uma Arte Real na qual ensina os homens a caminhar sem peias a governar-se a si mesmos” (Grifos Nossos).Vale lembrar que esses documentos foram confiscados pelo governo bávaro após um membro ser atingido por um raio, portanto,eram secretos. Vejam que primeiramente ele associa Hiran a uma lenda, e em seguida afirma de forma positiva que a ordem foifundada por nove mestres. Seria uma menção a verdadeira origem da ordem? Talvez.

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Os “sete” desconhecidos: Este grupo é citado no documentário de Jesse Ventura sobre sociedades secretas. Existem poucasinformações sobre ele, por este mesmo motivo ele é bastante misterioso, porém acreditasse que este último nível hierárquico antes deAin Soph Aur, é composto pelo mais alto nível da magia judaica cabalística no mundo. Sete sumo sacerdotes do judaísmotalmúdico cabalista e que possuem contato direto com Lúcifer, ou Ain Soph Aur (definição hebraica). Também são chamados de seteprincipados. Estes sete sentem-se estando acima da raça humana, contudo discute-se se realmente são puramente humanos. Não seconhece a identidade de seus membros. Seria uma alusão aos sete descendentes restantes do ano 43 DC? Teríamos que investigarsobre quem e como foram obtidas essas informações acima. Ver ainda SCHNOEBLEN, Willian; Maçonaria do Outro Lado da Luz 1991.Tradução Lucian Benigno, 1995 CLC Editora São Paulo.

[XI] Na realidade, trata-se do tio de Agripa, Herodes Antipa e não o seu pai que se chamava Aristóbulo. Como visto anteriormente,Joseph Levy não tinha talento de historiador, além do mais na língua hebraica não existia substantivos como temos no português ouinglês para designar especificamente os graus de parentesco. O pai de Agripa foi assassinado pelo próprio pai, Herodes o Grande, avôde Agripa, quando este tinha apenas quatro anos! (Árvore genealógica da disnastia herodiana retirada do atlas Grandes Civilizaçõesdo Passado – Povo Judeu. Equinox Ltd. (Oxford) 2007, Ediciones Folio S.A. Edição Brasil Printer Indústria Gráfica. Pág. 27).

Transcrevo aqui uma breve explicação para orientação: “De fato, as línguas hebraica e aramaica não possuíam vocábulos própriospara definir diferentes graus de parentesco, como “primo”, “tio”, “sobrinho”. Todos esses parentes eram designados pela palavra“irmão”. Há numerosos textos do Antigo Testamento que o atestam, como por exemplo:

“Os filhos de Mooli eram: Eleazar e Cis. Eleazar morreu sem deixar filhos, mas teve filhas que foramdesposadas pelos filhos de Cis, seus irmãos.” (1 Cr 23,21-22)

2Cr 36,9-10 diz que Nabucodonosor, rei da Babilônia, mandou prender e deportar o rei Joaquim, econstituiu Sedecias, seu irmão, como rei em seu lugar. Já em 2 Rs 24,17, Sedecias é apresentadocomo tio de Joaquim.

Embora Lot fosse sobrinho de Abraão (Gn 11,27-31), este lhe diz: “Somos irmãos” (Gn 13,8). TambémLabão, sogro de Jacó, refere-se a ele como “seu irmão” (Gn 29,15), embora seja na verdade seu tio,irmão de sua mãe (Gn 27,43 e 29,10-11).

Há vários outros exemplos semelhantes a esses. Mas a inexistência de termos adequados não é oúnico, nem o principal motivo pelo qual os hebreus usavam a palavra “irmão” num sentido mais amplo.O verdadeiro motivo é cultural. A língua é sempre expressão de uma cultura e atende às suasnecessidades: se as distinções entre os diversos graus de parentesco não eram previstas novocabulário semita, é porque não eram consideradas importantes.

O conceito de família entre os israelitas era muito diferente do nosso, e bem mais amplo. Eramconsiderados “irmãos” todos aqueles que pertenciam a uma mesma linhagem familiar. Osdescendentes de um antepassado comum, mesmo depois da segunda ou terceira geração, eramconsiderados seus “filhos” e, portanto, irmãos entre si. Até no tempo de Jesus, os israelitas ainda sediziam “Filhos de Abraão”, e Jesus foi chamado “filho de Davi”, por ser da descendência desse rei”.

Informação retirada do site: http://ministeriojovemslioe.blogspot.com.br/2012/05/os-irmaos-de-jesus.html

[XII] Segundo relatos históricos, Herodes o Grande teria morrido de hidropsia (doença conhecida como mal de herodes) e câncer nosintestinos. Seu sucessor, Herodes Antipas, sua agonia e maldição é descrita no apócrifo Ciclo Pilatos, na “Carta de Herodes a Pilatos”como segue: “Estou tomado de uma grande aflição, conforme dizem as Sagradas Escrituras, pelas coisas que passarei a relatar-te,assim como penso que tu, de tua parte, afligir-te-ás ao lêlas. Saiba que minha filha Herodíades, a quem eu amo ardentemente, faleceuquando brincava junto à água coberta de gelo e ele quebrou-se. Seu corpo afundou e a cabeça, decepada pelo gelo, ficou nasuperfície. Então sua mãe a recolheu, pois o restante do corpo perdeu-se nas águas. Agora, minha mulher, chorando, aperta a cabeçanos joelhos, e toda a minha casa está entregue a uma dor sem fim”. Continua sua correspondência com Pôncio Pilatos: “Asbonius,meu filho, está na agonia da hora da morte, preso a uma doença extenuante, já faz alguns dias, Eu, de minha parte, encontro-megravemente doente, submetido ao tormento da hidropisia, ao ponto de saírem vermes da minha boca”. (Grifos nossos).Importante salientar que esses proto-evangelhos apócrifos só foram (re)descobertos em 1945 em Nag Hamadi no alto Egito. Apublicação dessa história por Awad Khoury deu-se no ano de 1929, portanto, alguns anos antes dessa descoberta, no entanto essesrelatos são mencionados aqui de forma surpriendente!Já a morte de Herodes Agripa, é descrita em AT 12;21-23 e o historiador judeu Flávio Josefo também narra este mesmo fato comalguns detalhes, porém, aqui no manuscrito hebraico, a morte e agonia de Agripa dá-se de modo diferente mas não menos dolorosa.

[XIII] Galo - Aparece no Ritual do Grau “1” do R\E\A\A\, nas “Câmaras de Reflexão” como símbolo da vigilância e perseverança. Nabíblia é citado pelo seu canto, quando “Pedro negou Cristo por três vezes”.

[XIV] Os autores maçônicos se divergem sobre quando e onde surgiram os 33 graus da maçonaria moderna atribuída ao Rito EscocêsAntigo e Aceito. Alguns atribuem a criação a Frederico II da Prússia, enquanto outros sustentam que o grau só foi reconhecido após oano de 1801 nos Estados Unidos. Oficialmente é aceito que a Maçonaria quando foi fundada na Inglaterra possuía apenas dois graus:o de aprendiz e o de companheiro, sendo que o grau de mestre só foi incorporado em 1725. Porém, um dado importante nos érevelado por Mons. Delassus em sua obra publicada em três volumes. No tomo 2 intitulado A Conjuração Anticristã, O TemploMaçônico que quer se erguer sobre as ruínas da Igreja Católica, lemos: “O livro tão curioso de Filalete (pseudônimo de Andersoncorrigindo: Sambler), The Long Livers, dedicado em 1720 aos grãos-mestres, mestres e guardiães e irmãos das lojas de Londres,indica muito bem no seu prefácio que já existia acima dos três graus tradicionais (aprendiz, companheiro e mestre), tomados

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emprestados aos freemasons, uma iluminação e uma hierarquia cuja natureza ele não revela”. Em outra referência, lemos:“Sambler faz distinção entre os "que não estão muito iluminados" e os que "tem maior luz", que "são da classe superior", e "estãoiluminados pelos mais sublimes mistérios e os mais profundos segredos da maçonaria", e fala aos maçons sobre o grau superiorque se acha "atrás do véu". Cronologia maçônica elaborada pelo Ven. Irmão Ethiel Omar Cartez Gonzáles da Loja Guatmozín 66Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo

[XV] Sobre a acusação de magia por Jesus e pelos cristãos é que Ele foi acusado de expulsar demônios pelo poder dos própriosdemônios (Mt 12, 27-29); ou: “Ele está possuído por Belzebu”; e também: “É pelos príncipes dos demônios que ele expulsa osdemônios”. (Mc 3, 22). No Evangelho apócrifo de Nicodemus, (igualmente conhecido por «Atos de Pilatos»), afirma-se sobreJesus: “Então Pilatos disse a Anás e Caifás: "Nada respondem a isto?" Eles replicaram: "Tu dás crédito a estes doze que afirmamo nascimento legítimo de Jesus; enquanto isso, todos, em massa, estamos bradando que é filho de fornicação, que é feiticeiro eque se chama a si próprio Filho de Deus".

Também sobre isto atestam diversas fontes rabínicas, contidas no Talmude Babilônico Sanhedrin, revelando que Jesus no seu

tempo foi visto como alguém que realizava prodígios que eram tidos como fruto de magia. Sanhedrin 43a: relaciona o julgamento

e execução de Jesus e seus cinco discípulos. Aqui, Jesus é um feiticeiro que tem atraído outros judeus para a apostasia. Etambém: Babilônico Sotah 47a - "O mestre disse: Jesus, o Nazareno, porque ele praticava magia" (Editions or MS: Munich 95)

[XVI] Aqui poderia haver divergência sobre quem foi responsável pela morte do apóstolo Pedro, porém já em Atos 12;3 Herodes jádemonstra o desejo de assassinar o apóstolo, o que acabou tendo como consequência o exílio do mesmo. Mesmo exilado Pedrocontinua sendo perseguido até que, segundo a tradição, teria sido crucificado de cabeça para baixo a mando de César. Mais umavez Mons. Delassus traz uma valiosa informação sobre a perseguição sofrida pelos cristãos em Roma sendo que, na realidade,teria acontecido por intermédio dos judeus, e ainda destaca a posição de Herodes Agripa: “A partir do ano 44, Agripa colocou seupoder a serviço dos judeus. Nero estava rodeado de escravos judeus; Pompéia era meio judia. O historiador das perseguições,Allard, perfilha o sentimento de São Clemente, que atribui à inveja dos judeus a primeira perseguição”. (Delassus, tomo 2 pág.170).

[XVII] A data 29 de junho, segundo historiadores, é do traslado dos restos mortais onde hoje se encontra o túmulo do apóstoloPedro, sendo a data da crucificação até hoje desconhecida. Segundo dados da Wikipedia, a enciclopédia livre, transcrevemos oúltimo parágrafo “Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60-70anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, serem de Pedro. A datareal do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 dejunho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nasCatacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257. (Grifos Nossos). Acesse olink completo em http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Pedro Esse dado corrobora perfeitamente com a informação exposta ecom o comentário de Samuel, filho de Jonas que não possuía essa informação.

[XVIII] A PALAVRA SEMESTRAL: VAMOS TROCÁ-LA?

Ir Adayr Paulo Modena

Deputado do Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica

do Estado do Rio Grande do Sul

É norma contida no Ritual Escocês, de 1928, das GG\ LL\ Brasileiras, que a Palavra Semestral deve ser trocada com o Cobridorda Loja que se visita, como prova da regularidade recíproca entre o visitante e a visitada. Quando Aprendiz, indaguei: como é quese processa esse “trocar”? Responderam-me que eu deveria dar ao Cobridor da Loja visitada uma falsa palavra, isto é, inventada;caso ela fosse aceita ou recusada, haveria a prova da irregularidade ou regularidade da Loja. E, à guisa de pá-de-cal, me foiacrescentado: se a Loja for regular, o Cobridor não aceitará tal “troca” e voltará a pedir a Palavra — e aí sim! — darás averdadeira, aquela recebida na Cadeia de União. Ponderei que a explicação não abrangia todas as possibilidades, inclusive a doVisitante ser colocado no olho-da-rua, por irregular ou por metido a engraçadinho... Ante o frio olhar do Mestre, calei-me...

O tempo passou. Visitei muitas Lojas. Nunca foi necessário trocar a Palavra Semestral com quem quer que fosse, embora adúvida de como proceder continuasse latente no subconsciente. Até que um dia, ao longo das pesquisas e estudos,inesperadamente, nas últimas páginas da obra “A Simbólica Maçônica” — de Jules Boucher — lá estava a resposta concisa àinvencionice que tentaram me impingir (e, sabe-se lá, a quantos outros...). Então, juntei o dito por Jules Boucher com outrasleituras e, hoje, tantos anos passados, creio estar suficientemente informado para explicar, sem “magister dixit”, aos Aprendizes deagora, a verdade sobre tal assunto, vazada num texto simples, como eu gostaria de ter recebido em 1977/78. Buscando reunir asinformações essenciais à compreensão do tema, situá-lo no tempo e resumir seus eventos desencandeantes, vejamos...

A Maçonaria Francesa do século XVIII — de onde, em grande parte, o nosso Rito provém —, foi pródiga em Graus, Ritos eCorpos: quase 400 Graus, mais de 50 Ritos e, englobando tudo isso, diversas Ordens e Obediências. Evidentemente, todasdigladiando-se por precedências. No sentido de amplitude, no de entrecruzar caminhos, descaminhos e trilhas — “uma savana” —verbera Allec Mellor.

Assim, lá por 1770, existiam três grandes Obediências: duas Grandes Lojas, a da França e a Nacional de França, mais o Conselhodos Imperadores do Oriente e do Ocidente (Grande e Soberana Loja Escocesa de São João de Jerusalém), além de vários Grupos

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e Lojas esparsas. No início de 1773, buscando dar fim ao divisionismo, limitar o número de Graus e, segundo dizem, para imporsuserania à Maçonaria Francesa, a maior parte da Grande Loja da França (e outras dissidências) reestruturou-se como “Ordem Realda Maçonaria em França”, gerando e dando à luz — em 24.05.1773 — ao Grande Oriente de França, Obediência que, em 28 deoutubro daquele ano, empossa seu primeiro Grão Mestre, Felipe de Orleans, Duque de Charters (1).

Afora a estranha personalidade de tal Grão-Mestre (2), o que importa assinalar é o fato de que na data de sua posse nasceu a PalavraSemestral (3), criada para impedir a presença de Maçons não filiados às reuniões do GOF. Foi uma medida bem diferente daquelatomada em 1730 pela Grande Loja de Londres que, ao trocar a seqüência das colunas de BJ para JB, buscava impedir o acesso deprofanos nas Lojas, em decorrência das “inconfidências” de Prichard, quando publicou nossos “segredos” num jornal londrino.

Contrariamente, o GOF atingia os Maçons, tentando obrigá-los à filiação na nova Obediência, limitando o livre direito de visitação atéentão vigente.

Concluído o cenário e vistas às motivações que ensejaram o nascimento da Palavra Semestral, vejamos como ela foi planejada parater eficácia, no sentido concebido por seus mentores, os quais, com inteligência, uniram dois usos tradicionais: um militar, o da Senha;e o outro obreiro, o da Cadeia de União (4). Tais parâmetros foram conjugados e, até hoje, mantidos em vigor nas ObediênciasEscocesas da Europa, assim:

a) A PS não é UM só vocábulo, são DOIS, ambos com a mesma inicial; por exemplo: Luz/Lua, Sol/Saber ouFé/Força... É Senha e Contra-Senha ou melhor, tal como se diz na França: são as palavras semestrais;

b) Na Cadeia de União, uma palavra vai pela direita, a outra pela esquerda; e, pelo retorno aos ouvidos doVenerável, este diz do acerto da recepção: “Justas e Perfeitas”. Caso ocorra algum erro, o procedimento é repetidoaté poder ser dado como correto.

À luz do até aqui exposto, retornando à indagação inicial de como“trocar” a Palavra Semestral com o Cobridor, bastaria que o visitantedesse a Senha (uma palavra) e recebesse a Contra-senha (a outra palavra) para que, inegavelmente, ficasse estabelecida aregularidade de ambos. Ou seja, a do visitante e a da Loja. Tudo simples, sem invencionices, de forma inteligente!

Aqui poderíamos dar por concluído este trabalho, mas nossos leitores talvez ficassem com duas indagações:

1ª) A implantação das Palavras Semestrais surtiu o efeito desejado?

2ª) Por que nós temos somente uma Palavra Semestral?

Respondendo-as, ressalvando a existência de divergências entre os historiadores, podemos dizer que:

• Na França, como vimos, a implantação das Palavras fazia parte de um contexto obediencial e programático que, no sentidohegemônico, não alcançou seu fim, pois a animosidade dos IIr\, Lojas e Obediências tidas por “irregulares” avolumou-secontra ao GOF — que, embora enobrecido com um príncipe de sangue na titularidade do Grão-Mestrado, não conseguiuunificar a Maçonaria Francesa, mas ficou com sua maior fatia

• No nosso caso, a existência de uma só Palavra Semestral, em vez de duas, podemos creditar somente ao desconhecimentodo tema, tanto por tradutores quanto por autoridades litúrgicas, os quais — por certo — desconheciam a História da FrancoMaçonaria de Findel, que à pág. 65, descrevendo uma iniciação de antanho, quase ao final diz: “Era libertado da venda deseus olhos, mostravam-lhe as três grandes luzes, colocavam-lhe um avental novo e davam-lhe o santo e a senha (o grifo énosso), conduzindo-o ao lugar que lhe correspondia no recinto da Assembléia”. Santo-e-senha, segundo os dicionaristas,são palavras de mútuo reconhecimento.

Aliás, fazendo-se um parêntese, os nossos Vven\ recebem a Palavra Semestral inserida num triângulo (?) e cifrada num códigoprimário, para não dizer infantil, quando bem poderia ser criptografada no antigo alfabeto maçônico. Pelo menos assim, recordaríamoscom decifrar certos sinais inseridos no Painel de Mestre, além de nos lembrar a ausência da Prancheta em Loja.

Concluindo, embora desagradando aqueles que buscam origens místicas e mágicas em tudo quando maçonicamente nos cerca, vimosque a Palavra Semestral nasceu de uma contingência nada esotérica. Aliás, daquele contexto, convém ressaltar, se originou a formademocrática de eleição dos Vven\ (5) - (apanágio que o GOF até hoje ostenta e orgulhosamente relembra). No mais, acreditamos terficado evidente a forma equivocada de transmitir e trocar a Palavra Semestral, totalmente em desacordo com a tradição mais quebicentenária.

Por fim, com a última Palavra Semestral distribuída pela CMSB, a do primeiro semestre de 2001, apressadamente julgamos terretornado ao tradicional molde de Senha — Contra Senha. Ledo engano, mas razão suficiente para reformatarmos este trabalho econtinuarmos esperando que, um dia, a Palavra retorne à forma originária. Caso isso não aconteça — o que é bem provável —contentamo-nos em fazer a nossa parte: a de difundir mais uma informação sobre nossos Usos e Costumes, para proveito dos cultoresdas Tradições do R.E.A.A. .

NOTAS

1- Sendo seus oficiais: o Duque de Montmorency — Luxemburgo (Administrador-Geral); o Conde de Buzencois (Grande-Conservador(!?); o Príncipe de Rohan (Representante do GM); o Barão de Chevalerie (Grande Orador); o Príncipe de Pignatelly (Grande Experto).

2 – Militante revolucionário que, sob o cognome de Felipe-Igualdade, votou na Convenção pela morte de seu primo e Ir\, o rei Luiz XVI.Além disso, em quase vinte anos de mandato, poucas vezes presidiu os trabalhos do GOF; ao fim, renunciou e abjurou a Maçonaria.Foi expulso da Ordem e sua espada foi quebrada “em Loja”. Acabou seus dias guilhotinado como contra-revolucionário.

3- Segundo o Dic. De Frau Ablines (elencado na bibliografia), a Palavra nasceu em 23.07.1777, sob a alegação de que “convencidospor uma larga experiência da insuficiência dos meios empregados para afastar os falsos Maçons, acreditamos que o melhor que sepode fazer é rogar ao Grão-Mestre que dê a cada seis meses uma palavra, que se comunicará aos Maçons regulares, por meio daqual se farão reconhecer nas Lojas que visitarem.”

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4- Não era, e continua não sendo, um costume universal da Maçonaria, pois presumidamente nasceu na Compagnonnage,corporação obreira do continente europeu que não penetrou na Maçonaria de Ofício Insular (Ilhas Britânicas); conseqüentemente,a Maçonaria de origem Anglo-Saxã não pratica a Cadeia de União, dizendo-a fora dos cânones maçônicos.

5- Os Mestres de Loja, como eram chamados naquela época, tinham conseguido tornar-se donos de Lojas particulares,inamovíveis até 24.05.1773. Nesta data, criado o GOF, foi usado pela primeira vez a expressão “Venerável Mestre de Loja”; edeclarado que, daí em diante, não se reconheceria o Mestre elevado àquela dignidade, senão pela livre escolha dos membros daLoja.

BIBLIOGRAFIA

• A Franco-Maçonaria Simbólica e Iniciática — Jean Palou.

• A Simbólica Maçônica – Jules Boucher.

• Dicionário da FM e dos F. Maçons — Ajec Mellor.

• Dic. Enciclop. de la Masonería — Don Lorenzo Frau Abrines e Don Rosendo Arús Arferiu.

• Gr. Dic. Enciclop. de Maçonaria e Simbologia — Nicola Aslan.

• Jornal “Le Monde”, artigo publicado em 15.09.2000 — Alain Bauer, Grão-Mestre do GOF.

• O R.E.A.A. — José Castellani.

• Programa Radiofônico — Domingo, 05.11.2000 — Entrevista do Grão-Mestre do GOF, Alain Bauer.

• Revista “A Renascença” nº 22 — abril de 1998.

Disponível em: http://amaconariarevelada.blogspot.com.br/2011/08/palavra-semestral-e-contida-no-ritual.html

[XIX] Em referência a morte de Maomé, página 67, capítulo 25:

* Texto com fins informativos. As opiniões dos autores não correspondem às nossas. Omitimos os trechos que consideramosofensivos ou proselitistas contra a religião islâmica. Nota do tradutor.

A morte de Mohamed

Por Silas

INTRODUÇÃO

Mohamed morreu em 632 d.C. Morreu como resultado de um envenenamento ocasionado por um ataque e conquista dos Judeusno assentamento de Khaibar. Cerca de dois meses antes de seu ataque a Khaibar, Mohamed teve uma tentativa falha de ir aMeca. Essa falha resultou no Tratado de Hudaybiyya com os Mecanos (...)

(…) De fato, outra “revelação” convincente foi dada a Mohamed como prova de que realmente houve uma vitória (Sura 48:1).Porém, Allá não foi capaz de dar os bens dos Mecanos como espólio de guerra, então Mohamed disse a seus seguidores queiriam atacar saquear o fraco assentamento Judeu de Khaibar.

Cerca de seis semanas depois Mohamed conduziu seu exército e atacou os Judeus enquanto iam a caminho do trabalho em suastamareiras. Khaibar era um assentamento defendido por um número de fortes dispostos a distância um do outro. Um por um osfortes foram tomados por Mohamed. Finalmente o pouco que restava se rendeu a ele. Mohamed decapitou diversos dos líderes doassentamento Judeu, um líder (Kinana) foi torturado para que revelasse onde havia enterrado um tesouro. Assim Kinana estavaquase morto quando Mohamed ordenou que o decapitassem. Muitas mulheres e crianças foram escravizadas. Mohamed aindapegou a mais bonita das mulheres para si próprio e se casou com ela (Safiyah).

Alguns dos residentes de Khaibar fizeram um acordo com Mohamed. Ao invés de serem escravizados, o que tornaria os ricospomares de Khaibar improdutivos e inúteis, os Judeus dariam a Mohamed e aos Muçulmanos metade de tudo o que produzissem.Mohamed aceitou o acordo estipulando que eles poderiam ser expulsos ao seu simples capricho. Anos depois, Omar expulsou osJudeus que restavam em Khaibar.

Imediatamente após a conquista de Khaibar, uma Judia preparou um jantar para Mohamed e alguns de seus homens. OsMuçulmanos não sabiam que ela havia posto um veneno no interior do carneiro (alguns dizem cabra) que fora servido como jantar.Mohamed comeu o cordeiro envenenado e morreu como resultado três anos depois.

APRESENTAÇÃO DAS FONTES ISLÂMICAS

PARTE A – O ENVENENAMENTO DE MOHAMED

PARTE B – PREMONIÇÕES DE SUA MORTE

PARTE C – MOHAMED E GABRIEL ORAM POR SUA CURA

PARTE D – O ADVENTO DA MORTE DE MOHAMED

Usarei citações de quatro escritores Muçulmanos altamente respeitados:

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1) “Sahih Bukhari”. Essa Hadice é considerada o livro Islâmico mais importante após o Alcorão.

2) A biografia de Ibn Ishaq, a “Sirat Rasul Allah”, (A VIDA DO PROFETA), traduzida para o Inglês por A. Guillaume. É a Sirat (biografia)mais autêntica reconhecida pelo Islã.

3) Biografia de Ibn Sa’d, a “Kitab al-Tabaqat al-Kabir” (Livro das Classes Maiores), Volume 2. Dos três, a Sirat de Ibn Sa'd é o quecontém mais informação sobre a morte de Mohamed. Apresentarei apenas seu material relevante.

4) “História” de Tabari. Tabari é um dos autores mais respeitados dos escritos Islâmicos. Sua “História” tem 39 volumes.

5) “Sahih Muslim”. Essa coleção de Hadices é considerada igual ou pouco inferior à coleção de Hadices de Bukhari.

NOTA: Eu citarei uma pequena parcela do material. Alguns são redundantes, mas sinto que cada citação que apresento fornece umdetalhe importante a respeito do envenenamento e morte de Mohamed. Por favor perdoem a natureza entediante das citações; éimportante que eu apresente a fonte do material com a maior eficiência possível.

NOTA: Os meus comentários aparecem entre [ ]. Freqüentemente os próprios autores inserem comentários entre ( ). Eu apenas ascopiarei conforme aparecerem no texto.

NOTA: Em alguns casos deixarei de fora a cadeia de narradores por serem muito longas e desnecessárias ao contexto da história.

Também apresentarei citações de fontes na seqüência cronológica conforme for possível.

PARTE A – O ENVENENAMENTO DE MOHAMED

A1

Hadice de Bukhari 3.786:

Narrou Anãs bin Malik: Uma Judia trouxe um carneiro (assado) envenenado ao Profeta o qual comeu o assado. Ela foi levada aoProfeta e perguntaram-lhe, “Devemos matá-la?” Ele disse, “Não.” Eu continuei vendo o efeito do veneno palato da boca do Apóstolo deAllah.

A2

Hadice de Bukhari 4.394: Narrou Abu Huraira: Quando Khaibar foi conquistada, um carneiro assado foi apresentado ao Profeta comopresente (dos Judeus). O Profeta ordenou, “Deixem todos os Judeus que estão aqui se ajuntarem a mim.” Os Judeus foram agrupadose o Profeta disse (a eles), “Quero perguntá-los. Vocês me dirão a verdade?” Eles disseram, “Sim.” O Profeta perguntou, “Quem é seupai?” Ele responderam, “Tal e tal”. Ele disse, “Vocês mentiram; seu pai é tal e tal.” Ele disseram, “Você está certo.” Ele disse, “Vocêsagora vão me dizer a verdade se eu perguntá-los uma coisa?” Eles responderam, “Sim, Ó, Abu Al-Qasim; e se dissermos uma mentiravocê pode perceber nossa mentira como fez no caso de nosso pai.” A isso ele perguntou, “Quem é o povo do Fogo (do Inferno)?” Elesdisseram, “Devemos permanecer no Fogo (do Inferno) por um curto período de tempo, a após isso você nos substituirá.” O Profetadisse, “Que sejam amaldiçoados e humilhados nisso! Por Allah, nós nunca os substituiremos nisso.” Então ele perguntou, “Vocês medirão a verdade se eu perguntá-los?” Eles disseram, “Sim, Ó, Abu Al-Qasim.” Ele perguntou, “Vocês envenenaram este cordeiro?” Elesdisseram, “Sim”. Ele perguntou, “O que os levou a fazer isso?” Ele disseram, “Nós queríamos saber se você é um mentiroso para quenos libertássemos de você, e se você é um profeta então o veneno não o prejudicaria.”

A3

De Ibn Sa'd, pg. 249:

Realmente uma mulher Judia apresentou pedaço envenenado de carne de uma cabra ao apóstolo de Allah. Ele tomou um pedaçodele, pôs em sua boca, mastigou e o cuspiu. Então ele disse aos Companheiros: “Parem! Verdadeiramente a perna [do assado] me dizque está envenenado.” Então chamou a mulher Judia e a perguntou; “O que a levou a fazer isso?” Ela respondeu, “Eu quis saber sevocê é verdadeiro; nesse caso Allah certamente o informaria, e se você fosse um mentiroso eu libertaria o povo de você.”

A4

De Ibn Sa'd, pg. 249: [narrador diferente]

O apóstolo de Allah e seus companheiros comeram dela. Ela (a cabra) disse: “Estou envenenada.” Ele [Mohamed] disse a seusCompanheiros, “Parem suas mãos! Porque o assado me informou de que está envenenado!” Ele recolheram suas mãos, mas Bishr al-Bara expirou. O apóstolo de Allah chamou ela (a Judia) e a perguntou, “O que te levou a fazer o que fez?” Ela respondeu, “Eu quissaber se você é um profeta, neste caso isso não o preocuparia, e se você for um rei eu libertaria o povo de você. Ele deu ordens e elafoi morta. [VEJA NOTA 1]

A5

De Ibn Sa'd, pg. 250: [narrador diferente]

Realmente uma mulher dos Judeus apresentou uma porção de uma cabra envenenada ao apóstolo de Allah. Então ele reconheceuque estava envenenada e foi perguntá-la, “O que a induziu a fazer o que você fez?” Ela respondeu, “Eu pensei que se você é umprofeta, Allah o informará, e se você for um impostor eu libertarei o povo de você.” Quando o apóstolo de Allah sentiu-se enjoado, elese “cortou”. [VEJA NOTA 2]

A6

De Ibn Sa'd, pgs. 251 e 252: [narrador diferente]

... Quando o apóstolo de Allah conquistou Khaibar e teve paz mental, Zaynab Bint al-Harith, o irmão de Marhab, que era a esposa deSallam Ibn Mishkam, perguntou, “Qual parte da cabra Mohamed mais gosta?” Eles disseram, “A perna dianteira.” Então ela matou umade suas cabras e assou (a carne). Então ela procurou um veneno que não falharia. ... O apóstolo de Allah tomou a perna dianteira epôs um pedaço em sua boca. Bishr pegou outro osso e pôs em sua boca. Quando o apóstolo de Allah comeu um bocado dele, Bishr

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comeu do seu e as outras pessoas também. Então o apostolo de Allah disse, “Detenham suas mãos! Porque esta perna; ... meinformou que está envenenada. A isso Bishr disse, “Por Ele que o fez grande! Eu descobri isso pelo bocado que peguei. Nada meimpediu de lançar fora [o que estava sendo mastigado], exceto a idéia de que eu não gostaria de tornar sua comida desagradável.Quando você comeu o que estava em sua boca eu não quis salva minha vida após a sua, e eu também pensei que você nãocomeria se houvesse algo de errado.”

Bishr não se levantou de seu assento, mas sua cor se mudou para a do ‘taylsan” (um tecido verde)............... O apóstolo de Allahmandou buscar Zaynab e disse a ela “O que te levou a fazer o que você fez?” Ela respondeu, “Você fez ao meu povo o que vocêfez. Você matou meu pai, meu tio e meu marido, então eu disse a mim mesma, ‘Se você é um profeta, a perna te informará; e ‘sevocê for um rei, nós nos livraremos de você.’”...

O apóstolo de Allah viveu mais três anos após isso até faleceu em conseqüência disso. Durante sua enfermidade ele costumavadizer, “Eu não cessei de encontrar o efeito do bocado (envenenado), fui a Khaibar e sofri diversas vezes (por causa dos efeitos),mas agora sinto que é chegada hora em que será cortada minha veia jugular.”

A7

De Tabari, Volume 8, pgs. 123 e 124:

Quando o mensageiro de Deus descansou de seu lador, Zaynab bt. al-Harith, a esposa de Sallam b. Mishkram, serviu-lhe umcarneiro assado. Ela perguntou qual a parte que o mensageiro de Deus mais gostava e disseram-lhe ser a perna dianteira. Entãoela preencheu essa parte com veneno e envenenou o restante do carneiro também. Então ela o trouxe. Quando se assentoudiante do mensageiro de Deus, ele pegou a perna dianteira e mastigou um pouco, mas não a engoliu. Com ele estava Bishr b. al-Bara b. Marur, o qual, como o mensageiro de Deus, pegou um pedaço também; porém, Bishr o engoliu enquanto o mensageirocuspiu dizendo, “Esse osso me diz que foi envenenado.” Ele perguntou, “O que te levou a fazer isso?” Ela disse: “Não te estáoculto o quanto você afligiu meu povo. Então eu disse, ‘Se ele é um profeta, ele será informado; mas se ele for um rei, nós noslibertaremos dele’”. O profeta a perdoou. Bishr morreu da comida que comeu.

A8

De Tabari, Volume 8, pg. 124: [narrador diferente]

O mensageiro de Deus disse durante a enfermidade da qual veio a morrer – a mãe de Bishr veio visitá-lo – “Umm Bishr, nesteexato momento eu sinto minha aorta sofrendo por causa da comida que comi com seu filho em Khaybar.” [Veja NOTA 3]

NOTA 1: Há um desacordo sobre se Mohamed mandou ou não matar a mulher que o envenenou. Em resumo, ele pode termandado matá-la pela morte do outro Muçulmano – Bishr, que morreu rapidamente pelo veneno. Veja os registros de Ibn Sa'd, pg.250.

NOTA 2: Se ‘cortar’ é essencialmente retirar uma pequena porção de sangue de seu corpo. Mohamed cria que sangrar alguém é“o melhor dos remédios”.

NOTA 3: A nota da citação A8 diz que a expressão, “aorta sofrendo” não é literal; é uma metáfora de ‘severizar’ que significa dorextrema.

PARTE B – PREMONIÇÕES DE SUA MORTE

B1

Hadice de Bukhari, 5.173:

Narrou Ibn Abbas:

‘Umar bin Al-Khattab costumava deixar Ibn Abbas sentar-se ao lado dele, então ‘Abdur Rahman bin ‘Auf disse a ‘Umar, “Temosfilhos parecidos com ele.” ‘Umar respondeu, “(Eu o respeito) por causa do status dele que você conhece.” ‘Umar, então, perguntoua Ibn ‘Abbas sobre o significado do Santo verso:-- “Quando vem a ajuda de Allah e a conquista de Mecca...”(110:1)

Ibn ‘Abbas respondeu, “Ele indicava a morte do Apóstolo de Allah, da qual Allah o informou.” ‘Umar disse, “Eu não entendo isso,exceto o que você entende.”

Narrou ‘Aisha: O Profeta em sua doença da qual veio a morrer, costumava dizer, “Ó, ‘Aisha! Eu ainda sinto a dor causada porcausa da comida que comi em Khaibar, e neste momento sinto como se minha aorta fosse cortada por aquele veneno.”

B2

De Ibn Sa'd, pg. 244:

... e não há profeta, exceto ele, que tenha vivido metade da vida do profeta que o precedeu. Jesus, o filho de Maria, viveu cento evinte e cinco anos, e este é ano sessenta e dois de minha vida. Ele (o profeta) morreu meio anos após isso.

B3

De Ibn Sa'd, pg. 239:

A hora apontada (da morte) do apóstolo de Allah se aproximou e foi-lhe ordenado que recitasse repetidamente “tasbih” (lit.glorificação) e que pedisse pelo perdão dEle.

B4

De Ibn Sa'd, pg. 240:

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Quando (a Sura) o auxílio e o triunfo de Allah vem; foi revelado ele (o profeta) disse: (significa) o chamamento de Allah e a partidadeste mundo. [a frase está realmente truncada]

B5

De Tabari, Volume 9, pg. 108:

Quando o profeta retornou a Medina após realizar a Peregrinação da Conclusão, ele começou a reclamar de mal-estar. Como asviagens foram permitidas (após a peregrinação), as notícias da doença do profeta se divulgaram... Então, em Muharram o profetareclamou da dor da qual morreu.

PARTE C – MOHAMED E GABRIEL ORAM PELA CURA

NOTA: Isso já foi citado acima de Ibn Sa'd (pg. 250 em que Mohamed tentou se curar do envenenamento).

C1

De Ibn Sa'd, pg. 263

Realmente durante sua enfermidade o profeta recitou “al-Mu'awwadhatayn” [Sura 113 e 114), soprava seu hálito sobre seu corpoenquanto esfregava o rosto. [Foi feito num esforço para se curar].

C2

De Sahih Muslim, volume 3, #5440

Aisha relatou que quando o Mensageiro de Allah se sentiu doente, ele recitou sobre seu corpo Mu'awwidhatan e soprou sobre si, equando a enfermidade se agravou, eu recitava sobre ele e o esfregava com suas mãos na esperança de que fosse mais abençoado.Também se refere à Hadice #5441.

C3

De Ibn Sa'd, pg. 265

O apóstolo de Allah se sentiu mal e ele, i.e. Gabriel, louvou junto a ele, dizendo, “Em nome de Allah, eu canto para desviar de ti tudo oque te preocupa e (para te desviar) de cada invejoso e de cada olho maldoso, e Allah o curará.”

C4

De Ibn Sa'd, pg 265 [diferente narrador]

Aisha, a esposa do profeta, disse, “Quando o apóstolo de Allah se sentiu mal, Gabriel cantou para ele dizendo, “Em nome de Allah quete curará e O Qual o curará de toda enfermidade (e desviará) o mal dos invejosos que te invejam e dos golpes do olho maldoso.””

C5

De Ibn Sa'd, pg. 322

Verdadeiramente, sempre que o apóstolo de Allah se sentia mal, ele pedia por recuperação, a Allah. Mas na enfermidade que resultouem sua morte ele não orou por cura; ele costumava dizer, “Ó, alma! O que aconteceu a ti que procuras refúgio em cada local derefúgio?”

PARTE D – O ADVENTO DA MORTE DE MOHAMED

D1 [novamente citando Hadice de Bukhari 5.713:]

Narrou ‘Aisha:

O Profeta em sua enfermidade da qual veio a morrer, costumava dizer, “Ó, Aisha! Eu ainda sinto dores causadas pela comida que comiem Khaibar, e dessa vez sinto como se minha aorta fosse cortada pelo veneno.”

D2

De Ibn Hisham, pg. 678:

Durante o tempo em que o apóstolo começou a sofrer da doença pela qual Deus o tomou para grande honra e compaixão, Elepretendeu [tomá-lo] pouco antes do fim de Safar ou no início de Rabi’ul-awwal. Começou, me disseram, quando ele foi a Baqi’u’l-Gharqad no meio da noite e orou pelos mortos. Então ele retornou para sua família e pela manhã seus sofrimentos começaram.

D3

De Ibn Hisham, pg. 679

Então a enfermidade do apóstolo piorou e ele sofreu muita dor. Ele disse, “Despeje sete odres de água de diferentes poços sobre mimde modo que posso sair aos homens e instruí-los.” Nós o fizemos se sentar numa bacia pertencente a Hafsa d. Umar e derramamoságua sobre ele até que ele gritou, “Basta, basta!”

... então ele [Mohamed] disse, “Deus deu a um de seus servos a escolha entre este mundo e aquele mundo com Deus, e ele escolheuo último.”

D4

De Ibn Hisham, pg. 680:

Então algumas das esposas se reuniram a ele... enquanto seu tio Abbas estava com ele, e eles concordaram em forçá-lo tomar oremédio. Abbas disse, “Me deixe forçá-lo”, mas eles o fizeram. Quando ele se recuperou perguntou quem o tratou dessa forma.Quando disseram-lhe ser seu tio, ele disse, “Este é o remédio que as mulheres trouxeram daquele país,” e apontou em direção aAbissínia [Etiópia]. Quando perguntou por que fizeram isso, seu tio disse, “Tivemos medo de que você ficasse com pleurisia;” ele

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respondeu, “Essa é uma doença com a qual Deus não me afligirá. Não deixe ninguém permanecer nesta casa até que sejaforçado a tomar este remédio, exceto meu tio.”. Maymuna [uma das esposas de Mohamed] foi forçada a tomar o remédio mesmoque estava jejuando por causa do voto do apóstolo, como punição pelo que fizeram-lhe.

D5

De Ibn Sa'd, pg. 294

Umm Bishr [a mãe de um Muçulmano que também morreu por ingerir veneno] veio ao apóstolo durante sua enfermidade e disse,“Ó, apóstolo de Allah! Nunca vi uma febre como esta.” O profeta disse a ela, “Nossas dificuldade são em dobro, e também nossarecompensa [no céu] será em dobro. O que o povo diz a respeito [da enfermidade de Mohamed]?” Ela disse, “Eles dizem serpleurisia.” A isso o apóstolo disse, “Allah não gostaria de fazer Seu apóstolo sofrer disso (pleurisia) porque ela indica a possessãode Satanás, mas (minha doença é resultado) da comida que provei com seu filho. Tem cortado minha veia jugular.” VEJA NOTA 3

D6

De Ibn Hisham, pg. 682:

... nisso ouviu Aisha [umas das esposas de Mohamed] dizer: “O apóstolo morreu em meu peito durante meu turno: [a noite em queMohamed passava dormindo com ela] Eu não avisei a ninguém a respeito dele. Foi por causa de minha ignorância e extremajuventude que o apóstolo morreu em meus braços.”

D7

De Ibn Sa'd, 332:

Quando a última hora do apóstolo estava próxima, ele costuma pôr um lenço sobre seu rosto; mas quando se sentiu preocupado,ele removeu o lenço do rosto e disse: “Que a maldição de Allah seja sobre os Judeus e os Cristãos que têm feito do túmulo deseus profetas objeto de adoração.”

NOTA 3: Pleurisia é uma inflamação da pleura que cobre as cavidades torácicas e a superfície externa dos pulmões. É dolorosa.Não sei porquê Mohamed a considerava uma infecção de Satanás.

* This article is a translation of "The Death of Muhammad- original

* Este artigo é uma tradução de "The Death of Muhammad" - original

Disponível em: http://www.answering-islam.org/portugues/mohamed/morte-mo.html

[XX] Quanto a informação contida na página 68, capítulo 26:

Na realidade, ainda em meados do séc. XIX, havia uma sociedade secreta composta por trabalhadores de minas de carvãoconhecida como Molly Maguires, ativa nos Estados Unidos, Irlanda e Liverpool (Inglaterra). Essa sociedade secreta reunia seusmembros em minas de carvão e utilizava símbolos maçônicos. Para maiores informações:http://en.wikipedia.org/wiki/Molly_Maguires em inglês. Imagens da época com símbolos maçônicos, acesse:http://mylesdungan.com/tag/molly-maguires/ .

[XXI] Talvez isso explique em parte porque a Europa católica retornou, durante o Renascimento, através da Escola de Florença, osideais do humanismo, composto das religiões pagãs e, sobretudo, da Cabala e do misticismo judaico. Também nessa época Ahistória oficial atribuiu essas transformações no pensamento à tomada de Constantinopla pelos turcos que obrigou muitospensadores a exilarem com seus escritos antigos que continham esses conhecimentos. Ver Hagger, A História Secreta doOcidente, capítulo um, parte um sobre a Revolução da Renascença.

[XXII] De fato, além de Desaguliers não conseguir tornar-se o líder supremo e vitalício da Loja da Inglaterra, outro fato curioso éobservado a seu respeito; Desaguliers era membro da Royal Societ, um grupo seleto de cientistas, no qual fizeram parte IsaacNewton, Boyle, Hyugens, Napier, Bacon dentre outros. Desaguliers era amigo íntimo e ajudante de Isaac Newton e desenvolveuvárias teorias científicas. No entanto, o nome de Desaguliers hoje é quase desconhecido nos meios científicos, quase nenhumaenciclopédia cita o seu nome e suas descobertas, embora este tenha legado descobertas importantíssimas no estudo dos gases efoi o primeito cientista a elaborar uma maquete do sistema solar dentre outras descobertas. Cremos que, de acordo com o quevimos, esse “esquecimento” não seja por acaso, e podemos afirmar que ele foi “injustiçado” pela história da ciência moderna.

[XXIII] De acordo com o erudito estudioso do ocultismo, o marquês Stanislas de Guaita em sua obra intitulada “O Templo de Satã”Biblioteca Planeta Editora Três 1973, lemos: “Se invertermos, a definição servirá perfeitamente à feitiçaria, espécie de religiãorefletida no espelho do inferno, que inverte e deforma a imagem. Imaginem Deus ao contrário – e terão o diabo; é um dos axiomasconhecidos da cabala: Daemon est Deus inversus. A feitiçaria tem dogmas negativos, símbolos de erro e rituais de abominação.Tem seus sacramentos; podemos mesmo distinguir neles a matéria e a forma, à semelhança dos que a Igreja administra”. (pág.92).

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[XXIV] De acordo com o que foi visto, os rituais são diferentes na maioria das lojas. Porém esse ritual narrado por Jonas é descrito,com a maioria desses detalhes, na obra de: KNIGHT, Cristopher & LOMAS, Robert A Chave de Hiran: faraós, franco-maçons e adescoberta dos manuscritos secretos de Jesus. Tradução e notas Zé Rodrix, Editora Landmark, São Paulo.

[XXV] A ligação de alguns ramos do protestantismo com o judaísmo, já foi explicitada no ítem [ III ] deste apêndice. Quanto a históricaligação da Maçonaria com o protestantismo, vários livros e trabalhos já foram publicados, dentre eles o clássico: KLOPPENBURG, DrBoaventura; A maçonaria no Brasil orientação para católicos, 1956 Editora Vozes, Petrópolis Rio de Janeiro. Também as obrassupracitadas de Mons. Delassus: A Conjuração Anticristã, O Templo Maçônico que quer se erguer sobre as ruínas da Igreja Católica,obra dividida em três tomos. Sobre a relação dos pais fundadores dos Estados Unidos e sociedades secretas cabalistas esotéricas, aobra: America Secret Stablishment an introdution to the order Skull & Bones de Anthony Sutton, 1983 sem tradução para o português.Porém, em 1992 foi publicado no Brasil um livro escrito por um pastor batista e missionário americano, o Rev. John Scott Horrel,intitulado: Maçonaria e Fé Cristã, publicado pela Editora Mundo Cristão. Esse livro, porém, não teve outras edições. Apesar disso,ainda é possível ler um resumo do livro através de um artigo publicado na revista Vox Scripturae 3:1 (março de 1993) pág. 73 a 100:Maçonaria: Tensões e perguntas. Disponível no site: https://pt.scribd.com/doc/246703797/Maconaria-Scott-Horrell

A relação entre o protestantismo e o judaísmo nunca foi unânime entre as denominaçãoes evangélicas. Lembremos que MartinhoLutero, o “pai” da Reforma, chegou a escrever um livreto em 1543 contra os judeus intitulado Dos judeus e suas mentiras. Nesselivreto, além do ódio destinado ao judeus, Lutero descarta qualquer esperança de união entre cristãos e judeus. “ Em suma, nãodiscuta muito com judeus sobre artigos de nossa fé. Eles foram criados e educados no ódio contra nosso Deus e não há outraesperança de eles, algum dia, aceitar Cristo como o Messias, senão pelo cansaço do sofrimento e do desespero” (LUTER, Martin, Dosjudeus e suas mentiras Revisão Editora 1993 Porto Alegre. Pág. 9)

[XXVI] Essa “união” entre as maçonarias judaica e protestante pode ser atribuída ao ramo conhecido por Iluminatti. Nicholas Haggerbaseando-se no livro Scarlet and the Beast, do autor cristão protestante John Daniel, em sua História Secreta do Ocidente divide aMaçonaria em dois ramos distintos a saber: a Maçonaria Sionista (inglesa, segundo John Daniel) e a Maçonaria Templária (francesasegundo o mesmo autor). Vou entrar em detalhes sobre essa sua conclusão no final*, até porque ele baseou seus estudos nodocumento apócrifo da ordem do Priorado de Sião, ordem cuja existência é sustentada no livro O Santo Graal e a Linhagem Sagradados autores maçons Richard, Leigh e Linchol e no best seller O Código da Vinci de Dan Brown. Apesar de evocar a suposta ordem, aelucidação do autor para a criação da ordem Iluminatti por Adan Weishaupt é verossímel. Segundo o autor, os Iluminatti seriam a uniãodessas duas facções da Maçonaria, ou seja, a Maçonaria Templária (protestante) e a sionista (judaica). Essa ordem iria mudar omundo com os conceitos que ficaram conhecidos na Revolução Francesa e na Declaração de Independência dos Estados Unidos,assim como a derrocada do Absolutismo e o fim da hegemonia da Igreja sobre o pensamento. Futuramente, os ideais dos Iluminadosda Bavária viriam à tona no moderno movimento socialista internacional, através de centenas de sociedades secretas, uma delas,conhecida como “A Liga dos Justos” que viria a se transformar no Partido Comunista. Weishaupt resumia seu plano em seis metas asaber:

• Abolição da Monarquia e de qualquer governo organizado;

• Abolição da propriedade privada;

• Abolição da herança;

• Abolição do patriotismo

• Abolição da família ( isto é, do casamento e da moralidade ) e instituição da educação comunal das crianças;

• Abolição das religiões.

Embora judeu e educado por jesuítas, apoiou o protestantismo ( Hagger, A História Secreta do Ocidente, pág. 256 ), assim como foiregistrado em carta a Zwack: “A coisa mais admirável de todas é que os grandes teólogos protestantes e reformados (luteranos ecalvinistas que pertencem à nossa ordem) realmente acreditam que veem nela o verdadeiro e genuíno espírito da religião cristã.” Defato, se levarmos em consideração que os primeiros maçons operativos que pertenciam ao grupo de Desaguliers e Anderson eramRosacruzes pertencentes ao dito Colégio Invisível proposto por Francis Bacon que culminou na criação da Royal Societ, que na épocaainda não se fazia distinção entre método científico e magia, e que os Rosacruzes em seus manifestos se diziam “descendentes dosTemplários”, não é tão absurdo falar em Maçonaria Templária. A historiadora ocultista Frances Amelia Yates em seu livro GiordanoBruno e a Tradição Hermética, página 454 publicado em português pela Editora Pensamento Cultrix 1995, Afirma que os “Rosacruzesdo séc. XVII tinham conexões luteranas” e que estes eram “luteranos magos”.

Outro argumento que corrobora com tal afirmativa, pode ser encontrado em “Francis Bacon, Poet, Profet and Filosofer Versus Phantonof Capitain Sheakspeare: the Rosicrucian Mask” autoria de Willian Francis C. Wigston, London Editora Paul Kegan, Trench, Trubner &co. ltd 1891. Página 387, tradução livre. como podemos ler: "Os Rosacruzes", segundo Valentine Andreas, "foram formados a partirdas ruínas dos Templários por um fiel irmão”. Parece-nos o estilo de Bacon de " Guerra Santa " é escrito cheio de dicas, meiohermético, meio cabalista,o espírito geral é anti-papal e contra os turcos”. (Grifos nossos).

Quanto a relação entre protestantes e rosacruzes do século XVII (auto-intitulados como 'herdeiros dos templários'), na mesma páginado referido livro, encontramos essa surpriendente explicação: “Há pouca dúvida de que a idéia de uma Reforma Geral Rosacruz dasociedade, foi um movimento secreto ou subterrâneo para continuar o trabalho da Grande Reforma (iniciada por Lutero e Melanchton),por meio de uma irmandade secreta ou fraternidade, da mesma maneira que a maçonaria tem por objetivo a purificação da sociedadepor meio de um apelo particular a tudo o que é de melhor, mais nobre, e mais altruísta no homem, estimulando o interesse por umacerta quantidade de mistério, simbolismo e sigilo. Não só este título - "reforma do mundo inteiro", lembra a Grande Reforma, mas seuemblema, uma cruz encimada por uma rosa, foi o dispositivo heráldico de Lutero e para reforçar esta evidência, descobrimos que suacruzada secreta ou Reforma foi também (como Lutero) anti-papal. Entre seus privilégios, poderes, e declarações, Naudé enumera:

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"Que por meio deles, a tríplice coroa de Pedro será moída em pó”.

"Que eles confessam livremente e publicamente, sem medo de repressão, que o Papa é o Anti-Cristo”.

"Que eles denunciam as blasfêmias do Oriente e do Ocidente, significando Maomé e o Papa, e confessam apenas doissacramentos (batismo e matrimônio), como as cerimônias da Igreja primitiva, renovados pela sua congregação ("Waite" The RealHistory of the Rosicrucians ", p. 399).

Alemanha e Inglaterra foram os dois países na Europa onde a primeira Reforma ganhou força, e não é surpresa que a visita doRosacruz Michael Maier para a Inglaterra deve ter tido resultados. Os Rosacruzes eram uma sociedade religiosa protestante,completamente em harmonia com as doutrinas cristãs, que é comprovado pela explicação de Robert Fludd de seu emblema, aRosa montada em uma cruz”. (Grifos nossos).

*Para quem ainda acredita em uma ligação entre a Maçonaria e a Ordem dos Templários, deve-se levar em consideração que olivro do escritor e historiador maçônico Robert Lomas: Girando a Chave Templária refuta a conexão entre Templários e Maçonariavia Escócia, através dos Sant'clair. Também o livro The Rossylin Hoax viewing Rossylin Chapel from a new perspective (semtradução), do autor também maçon Robert L. D. Cooper, desmitifica essa versão, alegando que seria improvável os Templáriosterem construído tal capela e introduzido os supostos símbolos maçônicos em suas paredes. Alguns historiadores maçonsacreditam que o cavaleiro Ramsay (autor do famoso discurso Ramsay, cujas fontes não são confiáveis, pois existem váriasversões para o referido discurso), teria alegado tal conexão, pois a maçonaria emergente necessitava de uma origem queagradasse os nobres para faze-los associarem a ordem, o que de fato ocorreu. Além do mais, Ramsay era um Jacobita (partidáriodos Stuarts depostos do poder na Inglaterra) exilado na França e queria ganhar adeptos à sua causa política. Também osmanifestos rosacruzes do século XVII já alegavam a origem templária para si, cem anos antes da Maçonaria surgir oficialmente.No livro de Arthur Edgar Waite, The real history of the rosicrucians, essa relação é explicitada. Outra versão que vai contra oargumento da Maçonaria como descendente dos Templários se deve ao fato de que Albert Mackey, em sua Enciclopédia deMaçonaria sobre a Ordem Templária, teria cometido um erro na entrada dedicada à “Origem Templária da Maçonaria” que acaboupermanecendo como fato.

Também recentemente, foram encontrados documentos secretos no arquivo do Vaticano conhecido como “Os Pergaminhos deChinon”. A doutora Bárbara Frale, autora do livro “Os Templários e os pergaminhos de Chinon” 2005 Editora Madras, tradução deRoberto Carlos Pintucci, demonstra através desses pergaminhos que o Papa não só perdoou os cavaleiros condenados pelo reiFelipe IV, como também os readmitiu à plena comunhão dos sacramentos católicos. Além do mais, é relatado que os cavaleirosque estavam na prisão exigiam acesso aos sacramentos católicos. Tais atitudes refutam completamente a tese de que osremanescentes teriam preparado, nas sombras, uma vingança contra o Papa e a Igreja.

O autor João Bernardino Gonzaga, em seu livro “A inquisção em seu mundo” publicado pela Editora Saraiva 1993 sustenta: “Doiscasos houve, na França, em que o poder político se serviu da Inquisição com baixos propósitos: o processo dos templários e o deJoana d'Arc” (pág. 155). Uma página adiante, o autor responsabiliza inteiramente o rei da França por tal ato. Também o autorchega à conclusão de que, já nesses tempos, em face desse dois processos, o absolutismo já desponta como futuro político daEuropa.

O mais confiável histórico sobre a Ordem dos Iluminados da Baviera – Iluminatti encontra-se no livro “Proofs of a Conspiracyagainst all the Religions and Governments of Europe, carried on in the Secret Meetings of Free-Masons, Illuminati and ReadingSocieties, etc., collected from good authorities, Edinburgh, 1797” do físico e também maçom John Robison.

[XXVII] Para quem se interessar sobre a relação entre judaísmo, maçonaria e socialismo, recomendo o livro: PONCIS, Léon Asforças secretas da revolução Maçonaria – Judaísmo traduzido por Marina Gaspari 1931 Editora do Globo Porto Alegre. Tambémsobre a relação entre socialismo, comunismo, anarquismo e satanismo, vale a pena ler o livro de: WURMBRAND, Richard Era KarlMarx um Satanista? Editora Evangélica A Voz dos Mártires. Existem várias informações de que Lenin e Trotsky, que também eramjudeus, fossem maçons.

“Um relatório da inteligência norte-americana, enviado para o segundo bureau do Estado Maior do Exército dos Estados Unidospelo embaixador norte-americano na França, informa que, entre os integrantes dos sovietes, 31 a cada 32 eram judeus. Incluianessa lista Lenin e Trotsky, mas não Stálin (que foi uma exceção, embora fosse um rosa-cruz martinista, membro da sociedadesecreta de Martinez Paschalis). Uma lista feita em abril de 1918 mostra que havia 300 judeus entre os 384 comissários. Dos 546membros da administraão bolchevique de Trotsky e Lenin, 447 eram judeus e, destes, quase todos eram maçons” HAGGER,Nicholas, A História Secreta do Ocidente: a influência das organizações secretas, a história ocidental da Renascença ao SéculoXX / Nicholas Hagger; tradução Carlos Salum e Ana L. Franco. - São Paulo: Cultrix, 2010. (pág. 393).

Ainda,segundo o mesmo autor, “A Internacional era na verdade uma sociedade secreta que pouco ligava para os trabalhadores”(página 363).

Continuando sobre o tema A Internacional dos Trabalhadores, Mons. Delassus, transcreve essa revelação impressionante:

Como indicativo, eis a questão que Paul Lafargue, genro de Karl Marx, suscitava em fevereiro de1908: “Que faríeis se viésseis a descobrir na Confederação Geral do Trabalho uma sociedade

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secreta, ignorada pelos sindicatos e composta por alguns sindicalistas e burgueses, que fariamintrigas para que os sindicatos e a Confederação caminhassem sob as ordens de um Conselhosecreto, residente no estrangeiro, cujos afiliados, por ocasião da realização dos congressos sindicaise das sessões do Conselho Federativo, se reuniriam secretamente para adotar as decisões quedeveriam ser votadas?”

Eis a resposta do mesmo Paul Lafargue:

“A Aliança dos Irmãos Internacionais, sociedade secreta composta por alguns membros daInternacinal e de burgueses, e fundada por Bakounine para fazer não a luta de classes, mas a“igualdade das classes”, que tinha comitês secretos na Itália, Espanha e Bélgica, foi organizadadentro da Internacional para dirigila segundo as instruções do Conselho Diretor da Suíça, ondereinava Bakounine. Os membros da Aliança decretavam em segredo as resoluções que oscongressos e os Conselhos da Internacional deviam adotar”.

“Foi no curso de uma polêmica com Emile Pouget, redator-chefe da Voix du Peuple , que Lafargue fezessas revelações. A carta foi publicada por Pouget, mas somente após ter dela retirado toda a parteque visava os irmãos internacionais”. (Delassus, 1910, Tomo 2 pág. 61).

Embora o termo Socialismo, somente tenha sido largamente empregado após o ano de 1830 (após os relatos de Jonas) pelo socialistaRobert Owen, o termo já era utilizado por Saint Simon e Charles Fourier. Além do mais, sabemos que a Maçonaria planeja, nassombras, todo tipo de conspiração com anos de antecedência. Vide o caso das cartas de Albert Pike para Mazzini, onde as duasgrandes guerras mundiais e o advento do Nazismo são descritos com décadas de antecedência. O termo Nazismo nem havia sidoutilizado ainda pelos Alemães. Supõe-se que essas cartas sejam apócrifas, mas esse fato, se um dia confirmado, não invalida oargumento anterior, como nos relata Mons. Delassus no tomo 2 de sua Conjuração Anticristâ, na página 172 transcreve: “No seu livroLe judaïsme et la judaïsation des peuples chrétiens, Gougenot des Moussaux conta o que segue:

Um dos nossos amigos, homem de Estado a serviço da grande potência germânica, um desses raros protestantes que permaneceram fiéis à devoção de Cristo, escrevia-nos no mês de dezembro de 1865:

'Depois do recrudescimento revolucionário de 1848, tive contato com um judeu que, por vaidade, traía o segredo das sociedades secretas às quais se associara e que me avisavam com oito ou dez dias de antecedência de todas as revoluções que iam estourar em algum ponto da Europa. A elas devo a inabalável convicção de que todos esses grandes movimentos 'dos povos oprimidos' etc. etc., são combinados por uma meia dúzia de indivíduos que dão suas ordens às sociedades secretas da Europa inteira'”.

E, para fechar o assunto, transcrevo as palavras do próprio Friedrich Engels, sobre a sociedade secreta A Liga dos Justos,antecessora do Partido Comunista, na qual ele e Marx pertenciam:

“Da Liga secreta democrática-republicana dos «proscritos» — fundada em Paris, no ano de 1834, porrefugiados alemães — separaram-se, em 1836, os elementos mais extremos, na maioria dos casos,proletários, e formaram a nova secreta Liga dos Justos. A Liga-mãe, em que só ficaram os elementos

mais adormecidos à la(2*) Jacobus Venedey, em breve adormeceu totalmente: quando, em 1840, apolícia farejou algumas secções na Alemanha, mal era já uma sombra. A nova Liga, pelo contrário,desenvolveu-se de um modo relativamente rápido. Originariamente, era um alporque alemão do

comunismo operário francês que se prendia a reminiscências babovistas [N135] e que por essa mesmaaltura se desenvolvia em Paris; a comunidade de bens era exigida como consequência necessária da«igualdade». Os objectivos eram os das sociedades secretas parisienses daquele tempo: meiaassociação de propaganda, meia conspiração, pelo que, contudo, Paris continuava a valer comocentro da acção revolucionária, apesar de a preparação de eventuais golpes [Putsche] na Alemanhanão estar excluída”. (Primeira Edição: Publicado no livro: Karl Marx, Enthüllungen über denKommunisten-Prozess zu Köln, Hottingen-Zürich 1885, e no jornal Der Sozialdemokrat, n.ºs 46-48, de12, 19 e 26 de Novembro de 1885. Publicado segundo o texto do jornal. Traduzido do alemão.Fonte: Obras Escolhidas em três tomos, Editorial "Avante!" - Edição dirigida por um colectivocomposto por: José BARATA-MOURA, Eduardo CHITAS, Francisco MELO e Álvaro PINA, tomo III,pág:192-212. Tradução:JoséBARATA-MOURA. Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo.Direitos de Reprodução: © Direitos de tradução em língua portuguesa reservados por Editorial"Avante!" - Edições Progresso Lisboa - Moscovo, 1982).

[XXVIII] É inegável a situação deplorável das instituições de ensino, tanto em relação à aprendizagem como o ensino de valores. Aescola de hoje adimite todo tipo de imoralidade e aberração em nome da “liberdade”. Teóricos como Paulo Freire transformaram aescola em milícia do anarco-comunismo, tirando a autoridade do professor e igualando mentes brilhantes e idiotas. Alunos criados emambientes familiares são obrigados a dividir a escola com delinquentes de toda espécie e com todo tipo de imoralidade que compõemos materiais didáticos oferecidos pelos órgãos estatais. No site www.escolasempartido.org existem várias denúncias sobre essesmateriais “didáticos”. Disponibilizo um artigo editado no jornal eletrônico Gazeta do Povo:

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Autoajuda marxista

Publicado em 04/12/2012

“Paulo Freire: Rousseau do século 20.” Quem faz essa afirmação, em um alentado livro de 324 páginas publicado em 2011 naHolanda e que leva justamente esse título, é o indiano Asoke Bhattacharya, professor da Universidade de Calcutá. De fato, PauloFreire é a versão atual do autor de Emílio, ou Da Educação (1762), que muita influência teve na pedagogia. Mas, como ironizaÉmile Durkheim, quem confiaria a educação de uma criança ao desnaturado Rousseau, que abandonou a própria prole?

Essa pergunta cabe em relação a Paulo Freire, que prega a liberdade, mas cultua totalitarismos. Pedagogia do Oprimido, uma espécie de manual de autoajuda marxista, idolatra a “linguagem quase evangélica” do “humilde e amoroso” Che Guevara, enaltecesua “comunhão com o povo” e, valendo-se de um jogo vazio de palavras, justifica as execuções sumárias que ele perpetrava sem piedade: “A revolução é biófila, é criadora de vida, ainda que, para criá-la, seja obrigada a deter vidas que proíbem a vida”.

Essa frase assassina inspira Moacir Gadotti, discípulo predileto do mestre, que, em Pensamento Pedagógico Brasileiro, despreza o grande pedagogo escola-novista Lourenço Filho, mas se rende a Lenin e Mao Tsé-tung. Ambos são tratados por Gadotti como “grandes pedagogos da humanidade”.

Pedagogia do Oprimido, que deu fama mundial a Freire, é menos um tratado que um panfleto. Até seus discípulos são obrigados areconhecê-lo. Ao observar que Paulo Freire “foi saudado como um dos fundadores da pedagogia crítica”, Bhattacharya observa que isso “não é errado, mas também não é muito preciso”, pois vários filósofos educacionais antes dele foram críticos em relação à pedagogia tradicional. “Portanto, não é a atitude crítica de Freire, mas seu ativismo político que o diferencia de alguns (mas não de todos) os filósofos canônicos educacionais”, diz o professor indiano.

O “Método Paulo Freire”, com mais propaganda que resultados, foi uma ferramenta populista de João Goulart financiada com dinheiro norte-americano do acordo MEC-Usaid. E nem era inédito: o uso de palavras geradoras na alfabetização já estava presente em outras propostas pedagógicas, como o “Método Laubach”, muito disseminado no Brasil. O que Paulo Freire fez foi carregar as palavras de ideologia revolucionária, a pretexto de falar da realidade do aluno. É como se o pedreiro tivesse de se restringir ao tijolo; o lavrador, à enxada; o carpinteiro, ao serrote. O que seria da cultura brasileira se Machado de Assis fosse obrigado, em sua alfabetização, a tartamudear sobre o morro em que nasceu?

O reducionismo pedagógico é o grande legado de Paulo Freire. Juntando-se ao “construtivismo pós-piagetiano”, ele inspirou o“preconceito linguístico”, que vilipendia a norma culta do idioma; a “geografia crítica”, que mistura bairrismo com economiamarxista; a história em ação, que eterniza o presente; a matemática étnica, que cria analfabetos em tabuada. Paulo Freirerelativizou o conhecimento, anulou a autoridade do professor e, sobretudo, assassinou o mérito – inviabilizando a possibilidade deeducação. O ranking global divulgado no fim de novembro que o diga.

José Maria e Silva, jornalista, é mestre em Sociologia.

Em suma, em sua “preocupação” em salvar o excluído, os verdadeiros excluídos do processo foram os bons alunos. Quem tiverinteresse, recomendamos fortemente o livro das autoras francesas Isabelle Stal e Françoise Thom A Escola dos Bárbaros, editadono Brasil pela Editora da Universidade de São Paulo EdUSP. Mostra como um modelo que já era utilizado na França em 1985 éhoje implementado no Brasil e em outras partes do mundo. Denuncia, também, a influência dos sindicatos mancomunados compartidos de esquerda no processo de doutrinação do sistema educacional.

O supracitado livro de Anthony Sutton, America Secret Stablishment an introdution to the order Skull & Bones, faz uma crítica àeducação no Estados Unidos e acusa, principalmente, a filosofia Hegeliana, como causa da decadência desta, que segundo oautor afirma, o hegelianismo na educação transforma as crianças em zumbis a serviço do estado (pág. 15). Lembrando que Marxfora discípulo de Hegel. Seja como for, no caso do Brasil, da França e dos Estados Unidos, a propaganda marxista, mancomunadacom sindicatos, os órgãos estatais e, como Sutton ainda é mais claro, com as sociedades secretas, aliados ao princípio dolaicismo e agora com a ditadura da “liberdade de gênero” têm transformado o sistema educacional em um verdadeiro caos. Issosem citar as experiências de engenharia social, patrocinadas pelos governos Sociais Democratas (eufemismo para socialismo) dospaíses nórdicos.

[ XXIX ] Em relação ao ensino laico no Brasil, esta foi uma bandeira defendida pela maçonaria no século XIX e início do século XX.Segundo o jornal liberal ligado a maçonaria A Lanterna, “o ensino tornou-se um ponto fundamental. Reafirmava-se a necessidadedo governo coibir a atuação dos clérigos na educação através do incentivo e promoção de um ensino laico moral e sadio, público ecientífico” (pág. 13). Ainda, com relação ao ensino clerical, adimitia que “A decadência de alguns países, como Portugal eEspanha, era intimamente associada a influência da Igreja Católica. Se o Brasil quisesse progredir devia livrar-se do clericalismo,do jesuitismo, do domínio católico, sob pena de se condenar ao imobilismo, ao atraso, ao definhamento e a asfixia. A ciência,essencial para este progresso, seria sempre perseguida pelas forças clericais lançando mão, para isso, de todos os meios ao seudispor” (pág. 13). Quanto ao referido jornal e sua relação com a maçoaria, “A Lanterna sempre esteve ligada a Maçonaria, ou, pelomenos a certos grupos de maçons fortes e influentes. Surgiu de um esforço de Benjamim Mota (advogado) e de um grupo demaçons da Loja Luso Brasileira.(cf. A Lanterna, ano III, n.16). Maçons aparecem nas listas de subscrição que sustentavam ojornal, como articulistas, anunciantes. Há notas e artigos referentes à Lojas Maçônicas - tanto nacionais como internacionais – aassociações maçônicas beneficentes, políticos relacionados com a Maçonaria e críticas aos setores da Maçonaria que nãodefendiam o anticlericalismo” (pág. 15). “ MAÇONARIA, ANTICLERICALISMO E LIVRE PENSAMENTO NO BRASIL (1901-1909).”Apresentação na Mesa Redonda Maçonaria e Cidadania no XIX Simpósio Nacional de História da ANPUH. Profª. Dr.ª ElianeMoura Silva. Dep. de História / IFCH / UNICAMP”.

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Pelo que foi visto sobre o caráter de Prudente de Morais, este propôs uma reforma no ensino, porém não abriu mão da orientaçãocristã no ensino. Através de missionários protestantes metodistas vindos dos Estados Unidos, este ajudou a fundar o ColégioPiracicabano. Essa atitude tinha suas razões, pois “A elite liberal brasileira, representada pelos republicanos temia a invasão de teoriaslibertárias vindas da Europa via imigração. O protestantismo representava uma barreira ao avanço de tais idéias. O “ExpositorChristão” foi um veículo de transmissão do pensamento liberal. Vejamos trecho do discurso de Prudente de Moraes, proferido em1901, em cerimônia realizada no vigésimo aniversário do Colégio Piracicabano:

Dizem alguns que não se conformam com o systema americano que o móvel que traz às nossas plagaso educador americano, é o interesse da propaganda religiosa. Mas, embora isto seja verdade, não vejo omal que dali possa resultar. De facto qual é a religião que propagam os americanos? (...) É a religião deChristo é a religião da paz, do amor e da confraternidade humana. Pois não é o evangelho de Jesus apedra angular sobre que se assenta a sociedade moderna? (...) e não é esta doutrina que temcontribuído nos tempos modernos para os progressos da civilização de que hoje, gozamos? Longe deser um mal, é um benefício a propaganda das doutrinas cristãs, que regenerando poderão influir paraque cessem os desvarios da facções anarquistas, mancomunadas no extermínio dos supremosdepositários do poder público”. Extraído de Expositor Christão: um jornal confessional liberal na virada doséculo Zuleika de Castro Coimbra Mesquita (UNIMEP) e Silvana Malusá (UNIMEP).

[XXX] Quanto aos problemas envolvendo a corrupção no clero, devemos lembrar dos escândalos envolvendo o Banco Ambrosiano e oBanco do Vaticano, presidido na época pelo cardeal maçom Paul Marcinkus (conhecido como Gorila dentro da Maçonaria). Paramaiores detalhes sobre o Banco do Vaticano e a Loja P2, sugiro a famosa Lista Percorelli, onde uma lista com os cardeais e bisposenvolvidos com a maçonaria são denunciados. Foi o maior escândalo até hoje envolvendo a Igreja Católica, que até hoje não serecuperou dos danos. Para uma pequena compreensão sobre os escândalos envolvendo a maçonaria, lavagem de dinheiro e o clero,sugiro o verbete Banco Ambrosiano no link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Ambrosiano O escritor britânico David Yalopp escreveu oromance In God's Name: An Investigation into the Murder of Pope John Paul I, London: Corgi – 1985. Apesar da teoria central sobre oassassinato do Papa João Paulo I não possuir evidências concretas, a trama em si traz muitas correspondências com o que ocorreu defato.Outro escândalo envolve a atual Companhia de Jesus associada com a Teologia da Libertação, cujo maior espoente vivo no Brasil érepresentado pelo comunista e místico Leonardo Boff. Essa corrente é icontestavelmente a prova cabal de infiltração de liderançascomunistas no seio da Igreja, que havia anatemizado a teoria socialista. Recomendo o excelente livro em espanhol de Ricardo de laCierva Las Puertas del Infierno, la historia de la Iglesia jamás contada.Editorial Fénix 1995. reproduzo aqui o parágrafo “Comoveremos, Fidel Castro, alfil de la estrategia marxista para América y África (marxista-leninista, es decir chinosoviética) había definidoem 1972 como pieza clave para esa estrategia “la alianza de cristianos y marxistas”. Em 1986 mantenía la misma propuesta al declararante tres teólogos de la libertación – los brasileños Leonardo Boff y fray Betto, el obispo hispano-brasileño Pedro Casaldáliga – losiguiente:

La teología de ustedes ayda a la transformación de América Latina más que millones de libros sobre marxismo. (PedroCasaldáliga CMF Nicarágua, combate y profecía Madrid, Ayuso, 1986, p. 134).

Ainda no século XIX no Brasil, houve grande problema envolvendo a Igreja e a Maçonaria, conforme assinala Manuel Correia deAndrade, O Povo e o Poder Editora Oficina de Livro, Belo Horizonte 1991, na página 67 onde se lê: “Dois grandes problemas políticosabalaram o poder do imperador, a partir da década de setenta, a questão religiosa e a questão militar. A questão religiosa estavalatente desde o período regencial, em vista da dificuldade de se conciliar os interesses da Igreja e do Estado, estabelecendo-se umlimite entre os poderes temporal e espiritual. O impasse atingiu a fase aguda quando D. Vital Maria de Pernambuco, bispo de Olinda, eD. Antônio Macedo Costa, bispo do Pará, resolveram aplicar decisões de Pio IX condenando a maçonaria, que não haviam sido aindaaprovadas por D. Pedro II”. Detalhe: essa decisão dos bispos foi devido ao fato de muitos clérigos serem maçons e estavam apoiandojustamente os inimigos da Igreja e ideias que entravam em choque com a doutrina da Igreja. Conclusão: Acabaram sendo presos porordem do imperador maçon D. Pedro II, o que gerou grande revolta na população, porém não teve grande apoio dos clerigos queestavam, em grande parte, aliados à maçonaria.

Por fim, transcrevemos um trecho da Instrução Secreta e Permanente da Alta Venda:

Data este documento de 1819. Traça planos tenebrosos e verdadeiramente diabólicos contra a Igreja, os Cardeais, os padres, as famílias cristãs e a juventude. E' a expressão mais crassa possível do mais avançado maquiaveltsmo.

“Não está em nossa mente angariar os Papas para a nossa causa, fazer deles neófitos para os nossosprincípios, propagadores de nossas idéias. Seria sonho ridículo e por qualquer modo que os sucessosvolteiem, que os cardeais e prelados, por exemplo, hajam entrado por vontade ou surpresa em umaparte dos nossos segredos, não é isto uma razão para desejarmos a sua elevação à cadeira de Pedro.Esta elevação perder-nos-ia: bastava a ambição para os impelir à apostasia, a necessidade do poderhavia de forçá-los a imolar-nos. O que devemos pedir, procurar e encontrar, como os judeus esperam oMessias, é um Papa adaptado às nossas necessidades. Alexandre VI, com todos os seus crimesparticulares, não nos conviria, porque nunca errou em matéria de fé. Um Clemente XIV, pelo contrário,seria o que nos convinha em toda a extensão. Bórgia era um libertino, verdadeiro sensualista do séculoXVIII extraviado no XV. Apesar dos seus vícios foi anatematizado por todos os vícios da filosofia e daincredulidade, e incorreu neste anátema pelo vigor com que defendeu a Igreja. Ganganelli entregou-sede pés e punhos ligados aos ministros dos Bourbons que lhe incutiam medo, aos incrédulos queapregoavam a sua tolerância, e Ganganelli tornou-se um grande papa. Pouco mais ou menos outroassim é que nos convinha agora, sendo possível. Assim marcharemos com mais firmeza ao assalto daIgreja, do que por meio dos escritos de nossos irmãos da França, e até do ouro da Inglaterra. Quereis

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saber a razão? E' porque, deste modo, para destruirmos o rochedo sobre o qual fundou Deus a suaIgreja, não precisamos de vinagre corrosivo, pólvora, ou mesmo de nossos braços: teremos odedinho do sucessor de Pedro envolvido na conspiração e este dedinho vale, em tal cruzada, todosos Urbanos II e S. Bernardos da Cristandade.”

[XXXI] Quanto às conclusões de Janet em relação à Maçonaria e a mulher, suas palavras são quase proféticas. Do mesmo modoque o Socialismo, o movimento pela “libertação” da mulher, mais tarde denominado como Feminismo por volta de 1837, já possuíaexpoentes desde o final do século XVIII. A mais célebre delas foi, sem dúvida, a ativista Mary Wollstonecraft (1759 – 1797), queatacava os métodos tradicionais de ensino e sugeria novos tópicos para serem estudadas por meninas . Mary descrevia omatrimônio como “a prostituição legal”. Também atacou o clero e juntou-se a radicais e ateístas. Morreu durante o parto de suasegunda filha, a futura escritora do romance Frankeistein, Mary Sheley. Sabemos que o feminismo moderno é fruto direto de pensadores socialistas como Charles Fourier, que era contrário ao conceitode família baseada no matrimônio e na monogamia (vide as seis metas dos Illuminatis no comentário XXVI) e anarquistas anti-cristãos como a feminista Voltairine de Cleyre. O pilar principal desses movimentos “libertários” baseia-se no lema maçônico-iluminista da “igualdade”. Mas o que pouca gente sabe, e os livros de história omitem propositalmente é que, ainda no século XIX,a principal articuladora do feminismo não foi nenhuma dessas figuras notórias. Trata-se da ocultista e da primeira mulher a atingiro grau 33 da Maçonaria. Estou falando de Annie Besant, a teosofista e socialista, talvez a mulher mais influente dos últimostempos, a mulher que participou ativamente da II Internacional, foi uma das precursoras no movimento Nova Era, adotou e instruiuo filósofo indiano niilista Krishnamurt para ser o instrutor da humanidade, influenciou Hitler e Aleister Crowley, e teve comodiscípula a também teosofista Alice Bailey. Segundo afirma Richard Wurmbrand em seu livro Era Karl Marx um Satanista? Eraamiga íntima do genro predileto de Marx, Edward Aveling, que era o principal conferencista do movimento de caráterexplicitamente satânico. Foi co-fundadora da Escola Fabiana que tem como missão introduzir o socialismo no mundo de formaquase imperceptível. Acesse o link para uma pequena biografia de Annie Besant http://pt.wikipedia.org/wiki/Annie_Wood_Besant

Sobre a relação entre Teosofia e Nazismo, transcrevemos alguns trechos da revista Sociedades Secretas, número um (únicaedição), publicada pela editora Escala sem data. Redação: Túlio Berne, Antero Leivas, Franco de Rosa, Drago.

“Em meio ao turbulento ambiente cultural, religioso e filosófico europeu, emerge a Teosofia, nofinal da década de 1880. A figura central da Teosofia foi uma (arruinada) condessa ucraniana, deascendência germânica, Helena Petrovna von Hahn- mais conhecida como Helena PetrovnaBlavatsky (1831 – 1891 )...”“… Como uma nova tendência que sintetizasse religião e filosofia, a Teosofia foi larga eprontamente aceita na Alemanha e na Áustria. Seus preceitos assentavam bem ao movimentoconhecido como Lebensreform (Reforma de Vida), representativo de uma tentativa da classemédia alemã de aliviar os padecimentos da vida moderna, derivados do crescimento das cidadese da industrialização. Uma variedade de estilos de vidas alternativos – que incluía a medicinaherbal, as 'curas naturais', o vegetarianismo, o nudismo e o estabelecimento de comunas ruraisauto-suficientes...”“… Esta proximidade com a natureza despertava um vago misticismo nas pessoas; um respeitocheio de temor pelos elementos e fenômenos naturais – por isso mesmo, a Teosofia mostrava-seapropriada como base filosófica racional a todo movimento Lebensreform...”“… Franz Hartmann (1838 – 1912), que chegou a ser o presidente da Sociedade Teosófica naAlemanha, fundou o periódico ocultista Lotusbluten (Botão de Lótus), que circulou entre 1892 e1900. Esta foi a primeira publicação alemã a ostentar, em sua capa,a cruz suástica.” (páginas 17e 18).

Outra informação importante envolvendo maçonaria, teosofia e feminismo, encontra-se na matéria da revista Conhecer Fantástico,Ano 3 n° 41 Maçonaria, publicada pela Arte Antiga Editora, texto de Cláudio Blanc:

“Algumas Lojas, buscando o ideal do 'maçom livre dentro da Loja livre', tornaram-se autônomas.Uma delas, a Les Libres Penseurs (os Livre Pensadores), que pertencia a uma ObediênciaMaçônica então reconhecida, decidiu iniciar Marie Deraismes, uma escritora e conferencistaconhecida pelos seus esforços a favor dos movimentos humanitários e feministas. MarieDeraismes foi iniciada em 14 de janeiro de 1882...”

“... Na Inglaterra, o movimento influenciou ninguém menos que Annie Besant, a notória sucessorade Helena Blavatsky na presidência da Sociedade Teosófica. Besant foi iniciada em Paris pelaprópria Marie Deraismes e, logo, tornou-se Vice Presidente Grã Mestre do Supremo Conselho eDeputada para a Grã-Bretanha e Dependências” (Página 42. Grifos nossos).

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Índice

Informações sobre as edições oficiais …..............................................................................................3Prefácio da edição em inglês …............................................................................................................6Dedicatória …........................................................................................................................................6Introduções ….......................................................................................................................................8Acordo …..............................................................................................................................................12

Primeira seção …...............................................................................................................................15

Suplemento “A” …................................................................................................................................26

Segunda seção …...............................................................................................................................30Capítulo I …..........................................................................................................................................30Capítulo II ….........................................................................................................................................32Capítulo III …........................................................................................................................................33Capítulo IV …........................................................................................................................................36Capítulo V …..........................................................................................................................................38Capítulo VI ….........................................................................................................................................40Capítulo VII............................................................................................................................................41Capítulo VIII ….......................................................................................................................................42Capítulo IX ….........................................................................................................................................43Capítulo X …..........................................................................................................................................45Capítulo XI ….........................................................................................................................................46Capítulo XII …........................................................................................................................................47Capítulo XIII ….......................................................................................................................................48Capítulo XIV ….......................................................................................................................................50Capítulo XV …........................................................................................................................................51Capítulo XVI ….......................................................................................................................................52Capítulo XVII …......................................................................................................................................53Capítulo XVIII ….....................................................................................................................................55Capítulo XIX............................................................................................................................................57Capítulo XX.............................................................................................................................................59Capítulo XXI …........................................................................................................................................61Capítulo XXII ….......................................................................................................................................63Capítulo XXIII …......................................................................................................................................64Capítulo XXIV …......................................................................................................................................65Capítulo XXV ….......................................................................................................................................66Capítulo XXVI …......................................................................................................................................67Capítulo XXVII ….....................................................................................................................................68Capítulo XXVIII …....................................................................................................................................69Capítulo XXIX …......................................................................................................................................70Capítulo XXX...........................................................................................................................................71Capítulo XXXI …......................................................................................................................................73Capítulo XXXII ….....................................................................................................................................75Capítulo XXXIII …....................................................................................................................................76Capítulo XXXIV …....................................................................................................................................77Capítulo XXXV ….....................................................................................................................................78Capítulo XXXVI …....................................................................................................................................79Capítulo XXXVII …...................................................................................................................................80Capítulo XXXVIII …..................................................................................................................................81Algumas referências sobre Franco Maçonaria …....................................................................................88Apêndice …..............................................................................................................................................90

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DISSIPAÇÃO DA ESCURIDÃOHistória da Origem da Maçonaria

Uma vez ... mais de 250 anos atrás, havia uma cópia deste livro em inglês.Talvez ela ainda exista. Mas se isso acontecer, ela está bem escondida,

bem guardada por um descendente do homem que roubou de ... e matouseu legítimo proprietário.

Seu legítimo proprietário, no entanto, deixou viúva. E um filho. Sua viúvacasou-se com um amigo de seu falecido marido, um de apenas um

punhado de homens em todo o mundo que tinha uma cópia do manuscritooriginal, que a tradução em inglês tinha sido feita. E assim, apesar do fato

de que a cópia de seu pai tivesse desaparecido, o "filho da viúva" herdou omanuscrito e transmitiu-o aos seus descendentes.

E depois por uma série de coincidências, as correntes que prendiam osegredo foram quebradas. A cadeia de sucessão foi quebrada quando umdos descendentes deixou o manuscrito não com o filho de seu filho, mas

com o filho de sua filha. A cadeia de ideologia foi quebrada quando um dosdescendentes foi convertido por sua esposa cristã. A cadeia de silêncio foi

quebrada quando um dos descendentes do manuscrito traduzido para ofrancês procurou outros lingüistas para traduzi-lo e publicá-lo em outras

línguas. E assim foi do francês para o árabe, para o espanhol para o inglês.

A associação secreta, concebida pela mente do filho de outra viúva "demais de 19 séculos atrás”, não é mais segredo. Seria coincidência? Ou foi a

mão de Deus?