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Dinâmicas Rurais Territoriais no Vale de Jiquiriçá, Bahia, Brasil Resultados da 1ª fase de pesquisa Julian Quan Natural Resources Institute, University of Greenwich, Reino Unido; [email protected] Alicia Ruiz Olalde, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), [email protected] ; Valdirene Santos Rocha Sousa, Mestranda em Cultura, Memória e Desenvolvimento Regional, Universidade Estadual da Bahia (UNEB) André Santos de Oliveira, Graduando em Agronomia, UFRB Nícia Santos, Mestranda em Economia, UFBA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA: PROJETO GEOGRAFAR

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Dinâmicas Rurais Territoriais noVale de Jiquiriçá, Bahia, Brasil

Resultados da 1ª fase de pesquisa Julian Quan Natural Resources Institute, University of Greenwich, Reino

Unido; [email protected] Alicia Ruiz Olalde, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB),

[email protected]; Valdirene Santos Rocha Sousa, Mestranda em Cultura, Memória e

Desenvolvimento Regional, Universidade Estadual da Bahia (UNEB) André Santos de Oliveira, Graduando em Agronomia, UFRB

Nícia Santos, Mestranda em Economia, UFBA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA: PROJETO GEOGRAFAR

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DINÂMICA EIXO DO TERRITÓRIO• Produção de uma serie de culturas de rendimento

pela agricultura familiar: cacau, café, mandioca, banana, frutas tropicais diversas, hortigranjeiras, caju, flores, guaraná, cravo, borracha, gado de leite e de corte

• Agricultura constitua maior fonte de emprego e faz uma contribuição ao PIB a cima da media na Bahia e no Brasil: Região vocacionada ao fornecimento de produtos aos mercados regionais e de exportação

• Na década 1990, 11 dos 21 Municípios registraram crescimento com redução da pobreza e da desigualdade; pelas indicadores disponíveis, tudo indica que esse dinâmica esta sendo sustenido e expandido a outros municípios

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Rio JiquiriçaLimites do territórioLimites dos municípios e da bacia

LegendaVale de Jiquiriçá: Bacia hidrográfica, território e municípios

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Municípios do Vale de Jiquiriça: população e resultados das dinâmicas de desenvolvimento 1990 -2000

Municípios População(2000)

Concentração da população

Crescimento Redução da pobreza

Redução da desigualdade

Amargosa 31.108 urbano + + +Brejões 15.344 rural + + +Elísio Medrado 7.860 rural + + +S.Miguel d Matas 10,020 rural + + +Milagres 12.067 rural - + +Laje 19.601 rural - + +Mutuipe 20.462 rural + + -Jiquiriça 13.638 rural + + +Ubaíra 20.595 rural + + +Sta Inez 11.027 urbano + + +Cravolândia 5.001 rural + + +Irajuba 6.362 rural + + +Nova Itarana 6.592 rural + + -Jaguaquara 46.621 urbano + - -Itaquara 7,861 urbano + + +Itiruçu 13.538 rural + + -

Planaltino 7.963 rural + + +Lajedo de Tabocal 8.100 rural + + -Lafayete Coutinho 4.102 rural + + -Maracás 31.638 urbano - - -Iramaia 17.553 rural - + +População total 317, 053 53.7% urbana / 46.3% rural - 78,100 domicílios

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O Vale de Jiquiriça se caracteriza pela diversidade ambiental, resultado da variação pluviométrica e de altitude, com zonas de Mata Atlântica, do semi-árido, e de transição entre esses dois ecossistemas, além da influência humana marcada pelo desmatamento e pela substituição da vegetação original por pastagens

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Apesar da diversidade, são vários fatores que contribuem a uma identidade territorial comum: • Localização na bacia hidrográfica e proximidade com o rio que serve como

referência cultural comum

• Meios da comunicação: o rio sempre representou o eixo de comunicação natural para a população; nos 1890s foi construído um caminho de ferro ligando os principais centros urbanos para o escoamento da produção; nos 1940s substituída pela rede rodoviário

• Historia da ocupação do Vale por um grupo de famílias dominantes como área de produção de culturas de exportação (primeiro fumo, café e, depois cacau) associadas à atividade pecuária e agricultura de subsistência

• Existência de várias formas de articulação territorial envolvendo atores da maior parte do Vale, inclusive o Território de Identidade – 21 municípios definidos pela MDA / SDT como unidade de planejamento também adotado pelo Governo do Estado da Bahia; Consórcio Intermunicipal Vale de Jiquiriça (CIVJ) e CONSAD Jiquiriçá - Consórcio de Segurança Alimentar e Nutricional, em que participem 9 municípios

• Ao mesmo tempo existem diferentes percepções de identidades sub-regionais de acordo com a proximidade física e características agro-ecologicas

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SISTEMAS DE PRODUÇÃO AGRICOLA

Área plantada por cultivo, 2007 - Vale do Jiquiriçá

Cacau (em amêndoa) total

Café (beneficiado) total

Feijão (em grão) total

Mandioca total

Milho (em grão) total

Sisal ou agave (fibra) total

Frutas

Outros

O Vale possui três distintos sistemas de produção agrícola em função da variação agro- ecológica: • Zona da Mata: cacau, banana, mandioca, pecuária, frutas tropicais diversas. A mais produtiva, caracterizada por pequenas e medias propriedades.• Zona da Transição (Mata decídua/mata de cipó): café, horti-fruticultura, caju e pecuária extensiva. Pequenas, medias e grandes propriedades, com presença de alguns assentamentos de reforma agrária. • Zona do Semi-árido: pecuária extensiva dominada por grandes propriedades, com pequenas áreas de horticultura irrigada, com presença de alguns assentamentos de reforma agrária.

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Atores sociais21 Prefeituras • de alinhamento politico diverso•Organizados em varios Secretrarias, e com •Conselhos Municipais de desenvolvimento rural, da saude, educacao, juventude, meio ambiente etc

• Sociedade Civil pouca desenvolvida, para alem do • Movimento Sindical: Sindicatos de trabalhadores rurais em todos municípios, afiliados aos Pólos Sindicais de FETRAF ou FETAG.• Trabalhadores públicos do Vale organizados no SINDIVAL • ONGS e projetos ambientais

Organizações Estaduais•EBDA•Sec. Estado da Cultura •Sec. Estado de Meio Ambiente•Instituto de Gestao dosRecursos Hidricos

Formas de organização territorial

•Território de identidade •CIVJ•CONSAD•MERCOVALE

Agencias Federais:•CEPLAC•Banco de Nordeste•Banco do Brasil•SEBRAE•INCRA

Instituições de Educação:•Escola Agrotecnica - Sta Inez•Centro de Formação de Ag. Familiar – Jiquiriçá•UFRC –Amargosa /Cruz das Almas

21 Prefeituras • de alinhamento politico diverso•Organizados em varios Secretrarias, e com •Conselhos Municipais de desenvolvimento rural, da saude, educacao, juventude, meio ambiente etc

Organizações Estaduais•EBDA•Sec. Estado da Cultura •Sec. Estado de Meio Ambiente•Instituto de Gestao dosRecursos Hidricos

21 Prefeituras • de alinhamento político diverso•Organizados em vários Secretárias, e com •Conselhos Municipais de desenvolvimento rural, da saúde, educação, juventude, meio ambiente etc.

Organizações Estaduais•EBDA•Sec. Estado da Cultura •Sec. Estado de Meio Ambiente•Instituto de Gestão dos Recursos Hídricos

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Dinamicas AmbientaisVegetação natural: Mata Atlântica, Mata sub-umida / estacional; Catinga

Desmatamento pela agricultura, criação de pastagens e retirada da madeira

Degradação de pastagens e vegetação natural por super-carregamento e uso de fogo Erosão do solo por cultivo em declínios altos; uso descontrolado de agriquimicos

Impactos na retenção e s disponibilidade de água nos rios e no lençol freático; possíveis impactos nos níveis de pluviometria; poluição e assoreamento dos rios

(existe um Banco de dados ambientais de 2006 mas falta dados históricos para entender as tendências)

• Plantio de cacau e inviabilidade da pecuária favorece reflorestamento

• Presenca de atrativos paisagísticos e ecológicos como recursos turísticos incentivam a proteção ambiental

• Legislação Ambiental: Decreto Florestal 750, 1993; Decreto Mata Atlântica 1995; Lei de Crimes Ambientais 2008; legislação ambiental Municipal em Mutuipe, Jiquiriçá, Maracás

•Ação das ONGs (Projeto GAMBA – Centro Sapucaia) a partir da 1996 em denunciar crimes ambientais, criação da Reserva Timbó; introdução de técnicas agro-florestais e estabelecimento da Base Ambiental (fiscalização e controle ) em Amargosa

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Mudanças institucionais• Chegada do CEPLAC: promoção do cacau como cultura de

rendimento• Políticas publicas com base na Constituição 1988:

Previdência social rural (1996); PRONAF (1998); Reforma Agrária• Estabelecimento do Consorcio Inter-Municipal (1993 – 2006)• Ampliação dos programas de transferência social (bolsas familiar)

e credito rural (PRONAF) pelo Governo Lula• Estabelecimento do Território de Identidade como unidade de

planejamento (Federal 2003; Estadual 2007)• Legislação e fiscalização ambiental mais eficaz, inclusive

municipais, a partir de 2003• Iniciativas municipais produtivas e de planejamento participativo

integrado (Mutuipe e Amargosa) a partir de 2003

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Atores e coalizões sociais em mudanças institucionais• Mobilização dos sindicatos dos trabalhadores rurais pela Igreja no período da

ditadura: coalizão igreja – populações rurais

• Acesso as políticas publicas da constituição 1988 pelo crescimento e pressão do movimento sindical - 1990s: coalizão sindicatos rurais com atores políticas e sociais a nível federal; influencia nas agencias federais e estaduais - implementação inicial de PRONAF e de reforma agrária

• Investimentos em infra-estrutura e serviços rurais pelo Governo Estadual a favor das prefeituras – anos 90s: alianças de esforços sociais locais em torno da política populista do Governo Estadual PFL, em aplicar financiamentos internacionais através da CAR através dos conselhos municipais fomentadas pelo Banco Mundial

• Eleição do Governo Lula e Prefeituras do PT – 2003: influencia do movimento sindical a nível municipal como uma base de mudança política Federal

• Eleição do Governo Wagner na Bahia – 2007: aliança direta entre Governos Federal e Estadual com apoio dos movimentos sociais: ampliação de transferências sociais e do PRONAF, política de desenvolvimento territorial

• Reconhecimento de interesses comuns por diversos atores – anos 2000 – ações e impactos ainda incipientes: participação conjunto de prefeituras, agencias federais e estaduais e atores sociais em projetos locais articulados; colaboração inter-municipal por cima de divisões políticas e distancia geográfica; coalizão de grupos ambientalistas, STRs, atores federais (MDA e MMA) certos prefeituras para a agricultura sustentável e defesa do meio ambiente

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Hipóteses preliminares - resumoFator /Tema de investigação

Hipótese preliminar

Adoção de culturas de rendimento pela agricultura familiar

Que a aptidão agro-ecológico e a adoção de uma diversidade de culturas de rendimento (como o cacau, café, frutas e hortigranjeiras) pelas pequenas produtores permitiu a crescimento produtivo , e melhoria dos meios da vida durante os últimos 15 anos, não obstante as crises provocadas pelas condições do mercado e fito-sanitarias.

Estrutura fundiária Que uma estrutura agrária relativamente igualitária, caracterizado pela predominância de pequenas e médias produtores, permite a reprodução de uma agricultura familiar sustentável e a redução da pobreza através da geração de rendimento

Mobilização sindical Que a mobilização sindical contribuiu para a redução de pobreza e desigualdade, em facilitando acesso as políticas publicas sociais

Cadeias de valor e mecanismos de comercialização

No entanto, as cadeias de valor e moldes de comercialização agrícola estabelecidas reproduzem relações sociais desiguais e subordinam os pequenos produtores do território aos interesses agro-industriais externos ao território, limitando o espaço para a inovação endógena.

Articulação institucional

Que a articulação municipal com o Estado e a existência de redes territoriais de atores favorecem ações inovadoras e dinâmicas positivas na economia do Vale

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Estrutura fundiária e acesso a terra RESULTADOS• A predominância de pequenas e

media propriedades na parte favorece a continuidade da agricultura familiar, mas a terra esta mais concentrada na parte semi-arida.

• Porem a sub-divisão através da herança tende a inviabilizar sistemas de produção familiar sustentável

• Inviabilidade da reforma agrária nas áreas mais produtivas devido altos valores da terra à falta de imóveis passíveis de desapropriação

• Assentamentos localizados em zonas de transição ou semi-árido sofrem freqüente deficiência hídrica, dificultando a realização de atividades produtivas

IMPLICACOES PARA FASE 2B

• Analisar a importância do acesso à terra para a reprodução sustentável da agricultura familiar e os limites impostos pelo processo de minifundização

• Verificar as mudanças induzidas pela reforma agrária e as dificuldades enfrentadas

• Analisar os impactos de degradação ambiental nos sistemas produtivos, possíveis melhoramentos e medidas de controle

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Promoção e adoção de culturas agrícolas comerciaisRESULTADOS • As cultura comerciais geram

rendimento para as agricultores familiares, as mais dinâmicas sendo cacau, banana, mandioca e hortigranjeiras; a policultura quando praticado e um fator de sustentabilidade

• A produtividade permanece baixa em muitas casos

• Um grande fator limitante maior entrave e a carência de serviços de assistência técnica, que resultou numa elevada grau de inadimplência no PRONAF

• As abordagens da extensão rural –por ex. da CEPLAC – estão mal adaptadas às realidades da agricultura familiar e necessidades dos clientes

IMPLICACOES PARA FASE 2B

• Analisar a evolução de produção para as principais culturas através dos dados dos Censos agropecuárias 1997 -2007para os municípios mais produtivos

• Aprofundar o entendimento das sistemas de produção e as principais entraves através de diagnosticas participativas em comunidades rurais representativas da diversidade do Vale

• Analisar a evolução das políticas e abordagens de assistência técnica e identificar as inovações e tecnologias mais pertinentes ao desenvolvimento da agricultura familiar

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Cadeias de valor e mecanismos de comercializaçãoRESULTADOS • Mecanismos tradicionais de

comercialização por ex. para cacau, banana, farinha de mandioca, produtos hortícolas e café) impedem a plena apropriação de valor pelos agricultores familiares, não há preocupação com a qualidade diferenciação dos produtos

• Cadeia de valor de cacau dominada pelas interesses de agro negocio e as maiores armazéns

• Individualismo e falta de associativismo limitam a possibilidade de acessar mercados de maior valor agregado; o movimento sindical e as políticas publicas não abordarem esses questões ainda

IMPLICACOES PARA FASE 2B• Aprofundar entendimento das

cadeias de valor e sistemas de comercialização e produção dos pequenos produtores na zona cacaueira e de transição

• Analisar os fatores socio-culturais que favorecem a permanência das sistemas atuais e impedem maior associativismo na parte dos atores sociais

• Identificar experiências inovadoras em termos de agregação de valor aos produtos do Vale e a identificação de novos mercados e mecanismos de comercialização

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Impactos da mobilização sindicalRESULTADOS • O sindicalismo rural contribuiu a

realização de direitos sociais contempladas pelas políticas publicas como como a previdência rural e a bolsa familiar,

• Para alem de facilitar o acesso a PRONAF, o impacto dos STRs continua apenas incipiente

• Apesar da ampla disponibilidade de políticas públicas para a agricultura familiar, a apropriação das mesmas ocorre de modo desigual e deficiente devido às carências de estrutura nas instituições públicas e de pessoal capacitado nas organizações sociais

IMPLICACOES PARA FASE 2B

• Reconstrução histórica da ação do movimento sindical

• Análise da efetiva apropriação das principais políticas públicas para a agricultura familiar (PRONAF, PAA, ações territoriais, reforma agrária, entre outras), as contribuições dos movimentos sociais e a identificação dos principais entraves;

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Articulação dos atores territoriais RESULTADOS• Existem vários casos de iniciativas

locais produtivas e de planejamento participativo articuladas com políticas estaduais e federais

• O impacto da articulação horizontal e intermunicipal continua apenas incipiente – há um déficit de participação do poder publico municipal em iniciativas territoriais

• Falta de articulação capaz de inserir maior dinâmica na acedência técnica e comercialização dos produtos de agricultura familiar a escala do território

• Papel e qualidade da liderança local em colaborar com outros atores parece fundamental

IMPLICACOES PARA FASE 2B

• Estudos de caso das iniciativas produtivas (por ex. DRS Mutuipe e Cooperativa de Flores de Maracás, e orçamentos participativas Mutuipe e Amargosa

• Entrevistas com lideranças e análise da papel da liderança.

• Acompanhar e analisar o funcionamento das redes territoriais: território de identidade e MERCOVALE

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Métodos e atividades Fase 2b• Analise detalhada dos dados dos censos agropecuários 1997 – 2007, e

dados Municipais

• Diagnósticos participativos representativos das principais sistemas de produção, conjugadas com diagnosticas das cadeias de valor dos principais produtores e a ação e interesses dos atores envolvidas

• Reconstrução histórica da ação do movimento sindical, aplicação das políticas publicas para agricultura familiar e desenvolvimento rural e as coalizões sociais envolvidas

• Analise critica das políticas e abordagens de assistência técnica e difusão das inovações tecnológicas no Vale de Jiquiriçá

• Entrevistas aprofundadas com lideranças sobre formas de articulação municipal –territorial – estadual e iniciativas da caráter territorial

• Analise do funcionamento das redes territoriais, com estudos de caso de projetos de produção e comercialização e iniciativas de articulação

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Comunicação e incidênciaSugerimos a formação de um grupo de prefeitos

interessados e outros atores territóriais

Divulgação dos resultados Fase 2a em oficina local

Produção e circulação de materiais informativos e analíticos sobre o Vale de Jiquiriça

Debate dos resultados Fase 2b com atores territoriais

Síntese e divulgação dos resultados dos diferentes territórios do Brasil

Divulgação dos resultados ao Governo Federal e MDA