8/17/2019 Diáspora Africana No Ceará No Século XXI. 1
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Diáspora Africanae migração na era
da globalização:
experiências de refúgio, estudo, trabalho Diáspora Africanae
migração na era
da globalização:
experiências de refúgio, estudo, trabalho
Baś Ilele Malomalo
Dagoberto José Fonseca
Mbuyi Kabunda Badi
(Org.)
Di á s p or a
Af r i c an a e
mi gr a ç ã on a er a d a
gl o b al i z a ç ã o
As migrações internacionais, que fazem já parte da globalização,
afetamtodas as regiões do mundo e todas as categorias sociais,
remodelando as
sociedades contemporâneas, cada vez mais pluralistas, com
importantes
processos de socialização. Manifestam-se em todos os sendos:
Sul-Norte,
Norte-Sul e Sul-Sul. Os fluxos migratórios Sul-Norte, ou de
países em desen-volvimento para os Estados Unidos e a Europa deram
lugar a uma extensa
literatura, o que não acontece com a recente, e não menos
importante o
crescente surgimento de migrações Sul-Sul, muito pouco
analisadas pela
ausência de uma literatura consistente ─ com exceção do úlmo
trabalho de
Wihtol de Wenden (2013) ─, migrações em que as dinâmicas
africanas são
centrais para esta região, caracterizada pelas turbulências
migratórias das
úlmas décadas, tanto no que diz respeito às migrações
voluntárias (trabalho
e diáspora qualificados ou "do conhecimento"), como as migrações
forçadas
ou refugiados.
O presente trabalho, dedica-se, precisamente, à análise das
migraçõesSul-Sul, centrando-se no caso das migrações africanas no
Brasil e em alguns
países sul-americanos como Argenna, México e Colômbia,
salientando a
situação em que se encontram os imigrantes africanos nestes
países, suas
dificuldades e realizações, levando-se em conta os processos de
sua
exploração/inclusão a parr de seus novos modos de organizações
sociais em
seus países de acolhida.
(Bas´Ilele Malomalo; MbuyiKabundaBadi)
Por sua vez, estudantes africanos de
língua portuguesa em sua diáspora
temporária na “terra do outro”, neste
caso, no Brasil, constroem diferentes
redes sociais de apoio, que
assumem diferentes configurações.
Tais redes podem viabilizar os
projetos individuais dos sujeitos
migrantes e suas famílias; pode
fornecer apoios fundamentais no
interior das polícas locais na
conformação dos mercados de
trabalho e, depois nos países de
origem, proporcionando ou não, o
retorno de cérebros, sua fuga ouainda, seu desperdício tal como
se
discute nos estudos relavos à
globalização e circulação de
cérebros (brainglobalizaon e
braincirculaon).
(Neusa Maria Mendes de Gusmão)
As migrações compulsórias sempre
foram uma realidade na África em
decorrência de mudanças climá-
cas (deserficação), de conflitos
polícos, étnico-culturais e religio-
sos. Mas também pela necessi-
dade de conhecer o mundo é que
os africanos migraram, além de
viajarem longos caminhos para
empreender rotas comerciais
diferentes. Com isto constuíram
vínculos com terras, sociedades e
civilizações presentes em outros
connentes. Neste processo difundi-
ram um vasto conhecimento a estes
outros grupos e sociedades
disntas. O africano também se
deixou ocupar por outros povos,
culturas e civilizações parcular-
mente aquelas oriundas da Ásia,
tais como a árabe, a chinesa e a
indiana e, posteriormente pelas da
Europa e da América.
(Dagoberto José Fonseca) ISBN 978-85-444-0250-4
9 7 8 8 5 4 4 4 0 2 5 0 4
