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Diagnóstico do Chafariz dos Contos
Régis Eduardo Martins
2
Diagnóstico do Chafariz dos Contos
Caderno 2
Sumário: Pag.
Introdução__________________________________________________________________ 2
Descrição geral de estado de conservação do Chafariz____________________________ 3
Fichas de diagnóstico:
Perdas________________________________________________________________________________ 6
Depósito superficial____________________________________________________________________ 8
Esfoliação_____________________________________________________________________________ 10
Crosta negra__________________________________________________________________________ 12
Liquens/Musgos_______________________________________________________________________ 14
Craquelamento na pintura______________________________________________________________ 16
Erosão alveolar________________________________________________________________________ 18
Alteração Cromática___________________________________________________________________ 20
Degradação diferenciada_______________________________________________________________ 22
Eflorescência__________________________________________________________________________ 24
Desagregação_________________________________________________________________________ 26
Fissuras_______________________________________________________________________________ 28
Plantas_______________________________________________________________________________ 30
Ocupação do lote nos fundo do chafariz__________________________________________________ 32
Falta de conservação___________________________________________________________________ 33
Considerações finais__________________________________________________________ 34
Glossário____________________________________________________________________ 35
Mapeamento de danos (anexo)________________________________________________ 36
1
INTRODUÇÃO
O Caderno 2 do presente trabalho tem por finalidade apresentar o diagnóstico do Chafariz dos Contos.
A metodologia empregada consiste em demonstrar através de fichas as patologias e degradações
encontradas nos elementos, bem como, com textos complementares descrever os aspectos e gravidade
observados.
A organização de cada ficha contém em desenho a manifestação, organizadas separadamente por tipo
de patologia, e fotografias das mesmas nos locais onde ocorrem. Antecedendo-as apresenta-se um texto que
descreve o estado de conservação geral do bem, para completar o entendimento sobre o diagnóstico ter-se-á
um glossário das patologias e o mapeamento de danos do chafariz.
2
DESCRIÇÃO DO ESTADO GERAL DE CONSERVAÇÃO DO CHAFARIZ
O Chafariz dos Contos passou recentemente por uma restauração, no entanto, o estado de conservação
verificado é ruim. Foram visualizadas degradações elevadas e degenerações em alguns elementos, boa parte
dessas relacionadas à presença de umidade e a formação natural da rocha que compõe os ornamentos.
As colunas são os elementos que apresentam maior índice de degradação, verificou-se a existência de
perdas, degradação diferenciada, erosão alveolar e crosta negra acometendo-as. Por localizarem-se nas
extremidades e receberem assim maior ação da corrente de ventos, exposição às variações de temperatura e
umidade, além de estarem pontos críticos para receberem algum tipo de esforço provocado por pancadas ou
vandalismo, necessariamente, as lesões serão mais acentuadas.
A ornamentação que acompanhas as gárgulas e, incluindo-as, também apresenta degradação
pronunciada. As lesões, geralmente, encontram-se nas partes inferiores e não são perceptíveis numa leitura
menos crítica. O interior da concha e a parte inferior das animálias são os elementos mais degradados,
verificou-se ali, os acometimentos por esfoliação e eflorescência que atacam a superfície do material.
Outro ponto que possui comprometimento elevado é a pedra que possui a inscrição latina e as cimalhas
adjacentes. A degeneração é elevada, produzindo imperfeições e destruição na gravação do dístico.
Degradação diferenciada, eflorescência e desagregação são as patologias observadas, ainda uma fissura
interrompe esses elementos.
Os elementos superiores estão menos atacados. Verificou-se a predominância de crosta negra e liquens,
além de perdas e pequenas fissuras nas pinhas ou em algum ornamento.
A pintura a base de cal está bastante deteriorada, provavelmente, durante as repinturas que o
revestimento recebeu não devem ter sido feitas raspagens para retirarem-se as camadas anteriores. Causadas
pela má conservação e pelo desgaste provocado pelo tempo toda extensão possui craquelamento e
3
descolamento nas camadas.
Um fator importante na deterioração do chafariz é a falta de conservação a qual este está submetido.
Durante os levantamentos encontrou-se por diversas vezes lixo depositado na bacia e adjacências do bem,
esses se acumulam nos drenos e nos compartimentos da iluminação. Devido ao fato de o local ser menos
movimentado a noite muitos transeuntes utilizam as imediações como banheiro, que junto com a sujeira que
freqüentemente é encontrada deprecia-o consideravelmente. Relacionado, ainda, nesse contexto cabe ressaltar
a grande quantidade de plantas incrustadas nos ornamentos e junto à base.
Nos fundos do chafariz existe um lote onde se construíram alguns acréscimos nas edificações, além de não
possuírem estética agradável, em proporção prejudicam a leitura dos ornamentos superiores. Ainda, a estrutura
do chafariz foi utilizada como arrimo para o quintal da casa, em uma porção o piso foi recoberto com pedra
ardósia, na outra, existe uma horta. As raízes de plantas de maior porte podem entremear-se na terra, afetarem
o bem e provocar rachaduras nos elementos.
Seguem-se as fichas de diagnóstico que ilustrarão o entendimento sobre o estado de conservação do
Chafariz dos Contos.
4
Fichas de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Foram observadas diversas perdas nos
elementos em pedra que compõe os capitéis, as
colunas e no embasamento dessas.
Geralmente, as fraturas
aconteceram nas quinas, pontos frágeis, que
submetidos a esforços acabaram lesionados.
Verificaram-se tais ocorrências também nas
volutas, entre as partes
reentrantes.
Perdas. pg. 06
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Foram observadas diversas perdas nos
elementos em pedra que compõe os capitéis, as
colunas e no
embasamento dessas. Geralmente, as fraturas
aconteceram nas quinas, pontos frágeis, que
submetidos a esforços acabaram lesionados.
Verificaram-se tais ocorrências também nas
volutas, entre as partes
reentrantes.
Perdas. pg. 07
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Observaram-se acúmulos superficiais de um
material de cor escura que se destaca como
farelo. Esse é encontrado,
principalmente, nos
elementos inferiores, mas acomete também a
concha onde estão as bicas e algumas partes
das cimalhas. Provavelmente, a
camada é composta de
sujeira, fuligem e matéria orgânica.
Depósito superficial. pg. 08
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Observaram-se acúmulos superficiais de um
material de cor escura que se destaca como
farelo.
Esse é encontrado, principalmente, nos
elementos inferiores, mas acomete também a
concha onde estão as bicas e algumas partes
das cimalhas. Provavelmente, a
camada é composta de
sujeira, fuligem e matéria orgânica
Depósito superficial. pg. 09
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Em vários elementos verificou-se o
destacamento de camadas do material.
Essa ocorrência, provavelmente, tem
origem na composição
da rocha, que submetida às diversas variações de
temperatura e umidade, reagiu com o meio e
provocou tal patologia. O diagnóstico indicou
comprometimentos
isolados, o que indica a relação com a jazida da
matéria-prima ou a exposição mais elevada.
Esfoliação. pg. 10
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Em vários elementos verificou-se o
destacamento de camadas do material.
Essa ocorrência,
provavelmente, tem origem na composição
da rocha, que submetida às diversas variações de
temperatura e umidade, reagiu com o meio e
provocou tal patologia. O diagnóstico indicou
comprometimentos
isolados, o que indica a relação com a jazida da
matéria-prima ou a exposição mais elevada.
Esfoliação. pg. 11
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral É a patologia que ocorre em maior grau de
acometimento. A superfície irregular da
pedra facilita a incrustação de material
deletério, a ocorrência é
mais acentuada nas partes superiores, mas é
verificável, também, onde há escorrimento
ou acúmulo de água.
Crosta negra. pg. 12
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral É a patologia que ocorre em maior grau de
acometimento. A superfície irregular da
pedra facilita a
incrustação de material deletério, a ocorrência é
mais acentuada nas partes superiores, mas é
verificável, também, onde há escorrimento
ou acúmulo de água.
Crosta negra. pg. 13
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral A presença de umidade formou condições
propícias para o desenvolvimento de
liquens e musgos nas cimalhas e junto à base
do chafariz.
O acometimento não é elevado, porém, tende a
elevar-se devido a falta de conservação
adequada a qual esse bem está submetido.
Liquens / Musgos. pg. 14
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral A presença de umidade formou condições
propícias para o desenvolvimento de
liquens e musgos nas
cimalhas e junto à base do chafariz.
O acometimento não é elevado, porém, tende a
elevar-se devido a falta de conservação
adequada a qual esse bem está submetido.
Liquens / Musgos. pg. 15
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Existe uma degradação acentuada na pintura a
base de cal do revestimento do chafariz.
Essa apresenta craquelamento e
descolamento de
camadas em toda a sua extensão.
Provavelmente, tal ocorrência deve-se a
quantidade de demãos aplicadas
sucessivamente a cada
repintura.
Craquelamento da pintura. pg. 16
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Existe uma degradação acentuada na pintura a
base de cal do revestimento do chafariz.
Essa apresenta
craquelamento e descolamento de
camadas em toda a sua extensão.
Provavelmente, tal ocorrência deve-se a
quantidade de demãos aplicadas
sucessivamente a cada
repintura.
Craquelamento da pintura. pg. 17
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral A ação da água, na superfície da pedra em
contato com sais presentes na
composição da rocha, provocou o
aparecimento de
alvéolos em praticamente toda a
ornamentação. Porém, em alguns locais
surgiram veios acentuados e em
profundidade,
ocasionando uma manifestação mais
acentuada.
Erosão alveolar. pg. 18
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral A ação da água, na superfície da pedra em
contato com sais presentes na
composição da rocha,
provocou o aparecimento de
alvéolos em praticamente toda a
ornamentação. Porém, em alguns locais
surgiram veios acentuados e em
profundidade,
ocasionando uma manifestação mais
acentuada.
Erosão alveolar. pg. 19
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Verificou-se a alteração cromática em algumas
partes da ornamentação. Algumas manifestações
relacionam-se com o escorrimento de água
sobre a pedra, porém,
outras devem ter causa na perda da camada
superficial da pedra, que por ação química ou por
revelar de uma camada inferior provocou a
diferença no tom
original do material.
Alteração cromática. pg. 20
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Verificou-se a alteração cromática em algumas
partes da ornamentação. Algumas manifestações
relacionam-se com o
escorrimento de água sobre a pedra, porém,
outras devem ter causa na perda da camada
superficial da pedra, que por ação química ou por
revelar de uma camada inferior provocou a
diferença no tom
original do material.
Alteração cromática. pg. 21
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Constitui a patologia de maior gravidade, essa
acomete várias partes da ornamentação. A
ocorrência ataca a superfície da pedra
provocando a
degradação das camadas superiores,
carreando material e, por conseguinte,
comprometendo as inferiores. O estado
avançado da
manifestação demandará de cuidados
específicos para o tratamento do evento.
Degradação diferenciada. pg. 22
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Constitui a patologia de maior gravidade, essa
acomete várias partes da ornamentação. A
ocorrência ataca a
superfície da pedra provocando a
degradação das camadas superiores,
carreando material e, por conseguinte,
comprometendo as inferiores. O estado
avançado da
manifestação demandará de cuidados
específicos para o tratamento do evento.
Degradação diferenciada. pg. 23
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Alguns elementos apresentaram outro tipo
de degradação, onde o material desagregado
acumulava-se na superfície da pedra. A
ocorrência provoca
alteração no aspecto e na consistência do
material, aparecendo na forma de uma camada
esbranquiçada e pulverulenta.
Eflorescência. pg. 24
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Alguns elementos apresentaram outro tipo
de degradação, onde o material desagregado
acumulava-se na
superfície da pedra. A ocorrência provoca
alteração no aspecto e na consistência do
material, aparecendo na forma de uma camada
esbranquiçada e pulverulenta.
Eflorescência. pg. 25
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Essa manifestação ocorre em conjunto com
a citada anteriormente. Essa possui aspecto
semelhante, porém, ataque menos profundo
e degradação mais
superficial.
Desagregação. pg. 26
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Essa manifestação ocorre em conjunto com
a citada anteriormente. Essa possui aspecto
semelhante, porém,
ataque menos profundo e degradação mais
superficial.
Desagregação. pg. 27
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Os elementos não apresentam muitas
fissuras, verificando-se somente duas
ocorrências. A primeira relacionada é de
pequena dimensão
existente em uma das pinhas, no entanto, a
outra, em maior dimensão, ataca as
cimalhas e a inscrição latina existente no
chafariz.
Fissuras. pg. 28
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Os elementos não apresentam muitas
fissuras, verificando-se somente duas
ocorrências. A primeira
relacionada é de pequena dimensão
existente em uma das pinhas, no entanto, a
outra, em maior dimensão, ataca as
cimalhas e a inscrição latina existente no
chafariz.
Fissuras. pg. 29
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral As plantas são o ataque de maior extensão no
chafariz. Essas estão presentes em boa parte
dos elementos, apesar de serem de pequeno
porte, algumas possuem
raízes entre a argamassa e a pedra. A retirada
pode provocar perdas ou fissuras em alguns
locais.
Plantas. pg. 30
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral As plantas são o ataque de maior extensão no
chafariz. Essas estão presentes em boa parte
dos elementos, apesar
de serem de pequeno porte, algumas possuem
raízes entre a argamassa e a pedra. A retirada
pode provocar perdas ou fissuras em alguns
locais.
Plantas. pg. 31
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral Atrás do chafariz há um lote onde se construíram
alguns acréscimos que geram impacto visual
negativo sobre o bem.
Além dessa interferência, para o aproveitamento
do terreno utilizou-se a estrutura do chafariz
como arrimo. Onde parte do piso foi
revestido com pedra ardósia e outra serve
como horta.
Ocupação do lote nos fundos do chafariz. pg. 32
Projeto de Restauração IV
Ficha de diagnóstico do Chafariz dos Contos
Descrição geral O chafariz não tem recebido uma
conservação adequada, durante as visitas para
levantamento
encontrou-se, na maioria das vezes, muito lixo e
sujeira ao redor, além da vegetação que está
presente em toda imediação. A placa de
sinalização interpretativa, apesar de
nova, foi vítima de
vandalismo, enquanto os drenos e a iluminação
concentram lixo e estão degradados.
Falta de conservação adequada. pg. 33
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O diagnóstico do estado de conservação do chafariz indicou as diversas patologias existentes nesse. A gravidade
de alguns acometimentos deve-se, em sua maioria, a falta de conservação adequada. O acúmulo de lixo e sujeira no
local é conseqüência disso. A inexistência de uma política de educação patrimonial consistente conduz ao descaso e a
má utilização dos bens históricos na cidade, fato verificável no Chafariz dos Contos como em qualquer outro em Ouro
Preto.
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GLOSSÁRIO
Alteração cromática - Trata-se de reação que se manifesta superficialmente, provocando escurecimento ou
clareamento e chegando até a modificar a cor original da pedra.
Craquelamento – termo derivado de “craquelê”, pequenas rachaduras na pintura que por contração ou dilatação do
suporte formam um entrelaçamento irregular de fendas muito finas, que nas tintas formadoras de camadas mais rígidas, como as a base de cal, tendem a provocar o descolamento de partículas.
Crosta negra – Depósito de impurezas ambientais, formando grossa camada escura que reage com a pedra, levando à
sua degradação.
Degradação diferenciada – Degradação profunda devido à heterogeneidade do material estrutural, modificando sua
textura original.
Desagregação – estado avançado de incoerência caracterizado pelo destacamento de grãos ou cristais diante de um estímulo mecânico mínimo; envolve um declínio considerável na resistência mecânica e um aumento notável da
porosidade.
Eflorescência – Trata-se de uma grande concentração de sais solúveis cristalizados na superfície dos materiais porosos.
A eflorescência de sais acontece fora dos poros do material, por isso mesmo o grau de deterioração é menor. No entanto a eflorescência é um forte indicador de contaminação interna da pedra por sais solúveis, sabidamente
causadores de estresses no interior da pedra.
Erosão alveolar – Tipo de deterioração causada pela rápida cristalização de sais solúveis, principalmente na superfície da pedra, sujeita à ação de ventos e temperaturas mais elevadas que aceleram o processo de evaporação da umidade
e provocam a conseqüente cristalização de sais. Superficialmente aparecem pequenos alvéolos, acelerando a
desagregação superficial da cantaria.
Esfoliação – Degradação que se manifesta com o destacamento espesso de uma ou mais camadas do substrato superficial.
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Fissuras – Descontinuidade do material, com abertura de fendas.
Mancha escura – coloração diferenciada provocada pela incrustação de matéria degradante (sujeira, adesivos,
poluição, etc.) sobre o suporte.
Liquens/musgos - São formados pela associação de fungos e algas. Desenvolvem-se sobre as superfícies externas da
cantaria e das paredes. Alguns liquens têm poder de penetração pela produção de ácidos orgânicos, outros têm menor penetração. Os danos causados pelos liquens geralmente se iniciam superficialmente, desfigurando lentamente as
superfícies decorativas.
Oxidação – degradação causada pela ação do oxigênio sobre materiais ferrosos, provocando aumento de volume e falta de coesão entre as camadas internas do material.
Perdas - Formação de uma lacuna na cantaria por perda de material.
Sujidade – acúmulo de sujeira sobre determinado suporte, provocando alteração na cor natural do mesmo.
Fontes:
Manual de conservação de cantarias – IPHAN/Programa MONUMENTA.
BRAGA, Márcia. Conservação e restauro – Pedra. Ed, Rio, 2003.
FERREIRA, Aurélio B. de H. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 2ª ed. rev. e amp. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1998.
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