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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TRIÂNGULO MINEIRO – CÂMPUS UBERABA CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA AGRONÔMICA GUSTAVO FARIA BERNARDES ESTÁGIO SUPERVISIONADO – CS AGRONEGÓCIOS COMÉRCIO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO S.A. UBERABA, MG 2014

Defesa de Estagio Corrigido Final

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DO TRINGULO MINEIRO CMPUS UBERABACURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA AGRONMICA

Gustavo faria bernardes

estgio supervisionado CS Agronegcios Comrcio Importao e Exportao S.A.

UBERABA, MG2014

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Gustavo faria bernardes

estgio SUPERVISIONADO - CS Agronegcios Comrcio Importao e Exportao S.A.

Relatrio de Estgio apresentado ao Curso de Engenharia Agronmica do Instituto Federal de Cincia, Educao e Tecnologia do Tringulo Mineiro Campus Uberaba (IFTM), como requisito parcial obteno do ttulo de Engenheiro Agrnomo.

Orientador: Prof. Dr. Adelar Jos Fabian

Supervisora: Eng. Agrnoma Cludia Prata Vasconcelos

UBERABA - MG2014FOLHA DE IDENTIFICAO

NOME DO ESTAGIRIO: Gustavo Faria Bernardes

ORIENTADOR: PROF. Dr. Adelar Jos Fabian

INSTITUIO CONCEDENTE: CS agronegcios comrcio importao e exportao S.A.

SUPERVISOR: Eng. Agrnoma Cludia Prata Vasconcelos

REA DE DESENVOLVIMENTO: rea agrcola vendas e assistncia tcnica

PERODO DE REALIZAO: 05/08/2014 a 05/09/2014

CARGA HORRIA TOTAL: 160 horas

SUMRIO

1.Introduo12.A empresa12.1Projetos CS Agronegcios12.1.1Pirapora, MG12.1.2Uberaba, MG13.Atividades desenvolvidas13.1Marcao das reas de semeadura13.2Retirada de amostras de solo13.3Treinamento e capacitao13.4Eventos13.5Visitas tcnicas13.6Vendas13.7Resultados esperados da empresa e do estagirio14.Concluso1

INTRODUO

Durante a graduao possvel conhecer todos os campos de atuao da Engenharia Agronmica e suas peculiaridades, onde cabe a cada graduando escolher a rea em que mais se identifica e queira trabalhar. O estudante recebe bastante informao, mas o estgio que vai proporcionar a base da experincia de um profissional, nele onde as dvidas iro surgir, e a necessidade de saber as respostas.O estgio mostra a realidade da profisso, os obstculos, as conquistas, os conhecimentos adquiridos, as relaes interpessoais, o cotidiano de um Engenheiro Agrnomo e as dificuldades por ele encontradas.Durante o perodo de estgio, de 05/08/14 a 05/09/14, que foi realizado na empresa CS Agronegcios Comrcio Importao e Exportao S.A., em Uberaba, MG, foi possvel acompanhar sua principal atividade que a venda de agrotxicos e fertilizantes e outras como o cadastramento de clientes, visitas tcnicas aos produtores, confraternizao em fazendas, eventos agronmicos e treinamentos por empresas multinacionais, o que proporcionou um grande incremento em meu conhecimento na rea agronmica.Agrotxicos so produtos utilizados na agricultura para controlar insetos, doenas, ou plantas daninhas que causam danos s plantaes. Os agrotxicos tambm podem ser chamados de defensivos agrcolas ou agroqumicos, sem alterar o seu significado.A maior problemtica do uso de agrotxicos se iniciou devido s incertezas quanto a sua segurana para a sade humana e animal, bem como para o meio ambiente.A Lei 7.802/1989, que regulamenta o uso de agrotxicos, os define como: Os produtos e os agentes de processos fsicos, qumicos ou biolgicos, destinados ao uso nos setores de produo, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrcolas, nas pastagens, na proteo de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e tambm de ambientes urbanos, hdricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composio da flora ou da fauna, a fim de preserv-las da ao danosa de seres vivos considerados nocivos; assim como substncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento.Os agrotxicos so divididos em 3 grupos: Inseticidas: destinados ao controle de insetos, caros e nematides;Fungicidas: destinados ao controle de doenas causadas por fungos;Herbicidas: destinados ao controle de plantas daninhas.

A utilizao de agrotxicos uma prtica antiga, necessria e comumente usada para alcanar altas produtividades agrcolas. No entanto, no uma prtica to simples, necessrio conhecer o produto usado, a finalidade do mesmo, as dosagens indicadas para cada situao, sua compatibilidade, e principalmente as consequncias do seu uso. por isso que a CS Agronegcios fornece treinamento aos seus Representantes Tcnicos de Vendas (RTVs) sobre os produtos a serem comercializados por eles.O estgio tem como objetivo, mostrar a realidade da vida de um agrnomo no campo, as conquistas e dificuldades por ele vividas e permitir com que o graduando possa associar o que foi aprendido em sala de aula com a prtica.

A EMPRESA

A CS Agronegcios Comrcio Importao e Exportao S/A, empresa com sede em Uberaba, - MG, situa-se na Avenida Francisco Podboy, nmero 1613, bairro Distrito Industrial I, foi fundada em 2008 e atua no armazenamento, compra e venda de soja, milho, feijo e sorgo. Alm disso, figura como parceira das empresas Bayer, Down AgroSciences, Ouro Fino entre outras grandes marcas na venda, troca e na distribuio de defensivos, insumos, sementes e fertilizantes.A empresa tem como diferencial a assistncia tcnica, ou seja, quando o produtor adquire produtos da CS Agronegcios, ele ganhar a assistncia tcnica de acordo com o produto adquirido:-Sementes/adubo: regulagem da semeadora/adubadora;-Produtos para tratamento de semente: tratamento de sementes com mquinas da CS;-Defensivos agrcolas: regulagem de pulverizadores e assistncia tcnica durante desenvolvimento da cultura plantada at a colheita.

Projetos CS AgronegciosPirapora, MGFoi realizada a assinatura do Termo de Intenes para Implantao da empresa CS Agronegcios, em Pirapora. Aps a assinatura do termo de implantao, um projeto de lei definindo a concesso de incentivos pela Prefeitura empresa, ser encaminhado Cmara Municipal. Em Pirapora, MG, a CS Agronegcios atuar no transporte, esmagamento e armazenamento de soja, com produo de leo degomado e farelo de soja. Esto previstos investimentos de cerca de R$ 105.000.000,00 (crdito financiado pelo Banco do Nordeste/BNB) e gerao de 350 empregos diretos e 150 indiretos.A instalao da unidade vista como uma forma de agregar valor produo atravs do processamento da soja. A doao do terreno, que ser feita pela prefeitura, deve ocorrer em outubro de 2014.De acordo com o prefeito de Pirapora, Lo Silveira, no momento, a empresa est instalando no municpio um escritrio administrativo que ser responsvel pela conduo das obras. A expectativa iniciar a construo da unidade em 2015.

Uberaba, MGO governo de Minas Gerais assinou um protocolo de intenes com a CS Agronegcios Comrcio Importao e Exportao S/A, que est expandindo seus negcios em Uberaba. O investimento, segundo informaes da Agncia Minas, ser de R$ 65 milhes para a instalao de uma esmagadora de soja.A empresa, que ir gerar aproximadamente 80 empregos diretos e outros 220 indiretos, ter capacidade inicial para esmagar at 540 mil toneladas de soja por ano. Os principais produtos que da fbrica sero leo degomado para fornecimento indstria de biodiesel (20% da produo) e farelo de soja para consumo animal (80%). A CS j atua no setor de compra, venda, armazenagem e beneficiamento de gros e cereais, sendo que a nova planta industrial dever iniciar as operaes em 2016.Em agosto do ano passado (2013) a Cmara de Vereadores de Uberaba aprovou a doao de uma rea de 28.941,00 m no Distrito Industrial 2 e de incentivos para o empreendimento. Na poca o valor em um investimento era de R$ 280 milhes.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Como o estgio foi realizado no perodo que antecede a safra, foram realizadas prticas que so necessrias antes da semeadura de vero, como retirada de amostra de solo, marcao da rea de semeadura com o auxlio de GPS, vendas de agrotxicos para serem utilizados na safra. Foi possvel acompanhar a assistncia tcnica que foi fornecida pelos RTVs da CS Agronegcios, em reas de cultivo de feijo sob irrigao com piv central.

Marcao das reas de semeaduraCom objetivo de se obter o conhecimento sobre o tamanho da rea, foram coletados com o auxlio de um GPS, pontos de latitude e longitude, e com bases nesses pontos foi possvel verificar, com a ajuda de um software, a rea e o permetro de cada rea.

Figura 1 Imagens do GPS utilizado e anotaes dos dados obtidos.

Retirada de amostras de soloCom objetivo de obter informao da fertilidade das reas de semeadura, para ser possvel indicar calagem e adubao correta, foram retiradas amostras de solo. Essas amostras foram retiradas com o auxlio de um trado tipo rosca com acionamento eltrico, o qual ligado na bateria do carro. As glebas foram separas de acordo com a uniformidade do solo e o caminhamento para a retirada das amostras foi em zig zag. Devido ao seu fcil manuseio foi possvel retirar amostras de solos de mais de 20 pontos por rea.

Figura 2: Imagens do trado eltrico e saquinhos utilizados para armazenar o solo coletado.

Treinamento e capacitaoParceiros da CS Agronegcios realizam treinamentos com os RTVs, nos quais so apresentados novos produtos que esto sendo comercializados, suas caractersticas especficas, para que os vendedores saibam recomendar os produtos de modo correto para cada finalidade. Durante o estgio, foi possvel acompanhar um treinamento sobre o produto BEST, um inseticida biolgico da empresa Farroupilha (empresa de produtos biolgicos) base de BT (Bacillus thuringiensis), que tem por finalidade o controle de lagartas, em que a lagarta, aps a ingesto, ter o seu intestino mdio degradado, causando assim sua morte. Figura 3: Imagem de um slide do treinamento sobre o BEST

EventosA CS agronegcios participa de vrios eventos agropecurios, com a finalidade de divulgar sua marca e seus servios. Durante o estgio eu tive a oportunidade de participar do evento Cana Campo Tech Show em Campo Florido, MG, onde pude ajudar desde a montagem do estande at a apresentao sobre o trabalho que a CS Agronegcios desenvolve.

Figura 4: Imagens dos preparativos para cana campo tech show.

Visitas tcnicasDurante o perodo de estgio foi possvel acompanhar os consultores de campo nas suas visitas s lavouras de feijo que estavam sendo cultivados com irrigao sob piv central. Os consultores so os responsveis por realizarem as recomendaes e as vendas, de acordo com a necessidade da cultura.Durante as visitas tcnicas foram identificadas algumas doenas e pragas, e alguns manejos inadequados. Com base nesses fatores foram realizadas as recomendaes necessrias: Fusarium (Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli): o Fusarium j estava instalado no feijo, portanto no se fez nenhuma recomendao. O correto seria fazer um manejo preventivo, aplicando um produto no tratamento de semente para proteger contra a doena; Antracnose: foi indicado aplicar 0,4 L ha-1do produto FOX (fungicida Bayer); Houve um produtor que aplicou uria na cultura do feijoeiro e no irrigou. Devido a isso a uria queimou as folhas do feijoeiro e foi indicado ligar a irrigao para lavar o sal das folhas; Metalheiro e percevejo: foi indicado Acefato (0,5 kg ha-1) + Connect (0,8 L ha-1); Lagarta Elicoverpa armgera e falsa medideira: foram indicados os inseticidas Certero (100 ml ha-1) + Larvin (0,3 g ha-1); Para dessecar as plantas de feijoeiro em uma das reas sob piv, foi recomendado o produto Paraquat (1,5 L ha-1) + leo (0,5 L ha-1), pois dessa forma o feijo ir dessecar devagar, garantindo assim a qualidade do feijo (tambm pode dessecar com gramoxone); Havia uma rea sob piv com muitas falhas. Foi indicado o produto polialgas (0,6 L ha-1, este contm hormnios de crescimento como a giberelina e auxina) e uma aplicao de Monofosfato (MAP - 1 kg ha-1, dividido em duas aplicaes), para proporcionar uma maior absoro de nutrientes, estimulando um melhor crescimento do feijo. Foi indicado em um uma rea sob piv, onde estava propcio para o surgimento de mofo branco, um manejo preventivo que consistia em aplicar 1 L ha-1 de tiofanato metlico; Em uma rea sob piv, onde o feijoeiro estava no estgio de V6 - V7, foi indicado aplicar clcio e boro na dose de 1 L ha-1, para uma melhor pigmentao e formao das vagens e gros. Nesses estgios h muito abortamento de flor o que diminui a produtividade e com essa aplicao o abortamento reduzido consideravelmente; Em uma rea sob piv onde foi encontrado mosca branca (Bemisia tabaci) transmissora dos vrus Begomovrus e do VMDF (vrus do mosaico dourado do feijoeiro), foi indicado um manejo preventivo com aplicao de Oberon (0,4 L ha-1) + Connect (1 L ha-1).

Figura 5: Imagens de RTVs, fornecendo assistncia tcnica.

VendasFoi possvel acompanhar todas as etapas da principal atividade da CS Agronegcios, que a venda de agrotxicos e fertilizantes. Durante o acompanhamento com os RTVs, eu presenciei desde o cadastramento de novos clientes at a entrega de produtos. Foi possvel perceber que ao se tornar um cliente da CS Agronegcios, o produtor ter que oferecer garantias de bens, pois como esse ramo movimenta muito dinheiro, a empresa precisa de garantia para no ter prejuzos. Portanto se o produtor no tiver bens para deixar como garantia, ele no ter crdito para comprar produtos a prazo. Caso o produtor seja aprovado no cadastramento ele realiza seu pedido e escolhe a data de entrega dos produtos, com o prazo mximo de pagamento at 30/04 do ano seguinte, que quando se termina o perodo de safra.

Figura 6: Imagem do RTV, realizando vendas.

Resultados esperados da empresa e do estagirioTodos os resultados esperados conforme orientaes da CS Agronegcios foram alcanados. Dentre esses podemos citar: - A necessidade de se conhecer o cliente, para evitar possveis prejuzos para a empresa;- Conhecer sobre as etapas da comercializao de insumos;- A importncia de se realizar uma visita tcnica;- A importncia de fazer recomendaes corretas;- Desenvolver relaes inter e intrapessoais;- Permitir um amplo conhecimento das vivncias no campo, podendo relacionar com a teoria que foi vista durante o perodo de graduao.

CONCLUSo

O estgio curricular de grande importncia para o aprendizado e formao profissional do graduando, pois ele permite associar o que foi visto na teoria com o cotidiano das atividades desenvolvidas no campo.A vivncia no campo que o estgio proporciona, permite que os alunos possam viver situaes inesperadas e de dvidas, o que ir for-lo a buscar respostas e resolver os problemas que forem surgindo com as prticas. Tambm faz com que o estudante possa utilizar os conhecimentos adquiridos na faculdade, para facilitar e melhorar alguns manejos tradicionais realizados no campo. Dessa forma, ele obter experincia necessria para desempenhar a profisso de Engenheiro Agrnomo.Durante o estgio foi possvel aprender tcnicas de controle e de preveno contra pragas e doenas, indicao de fertilizantes, e sobre o ramo da venda de agrotxicos, o que proporcionou um grande aumento de conhecimento na rea agrcola.

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