168
DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA PARA A ANÂLISE NÃO- LINEAR GEOMl!:TRICA DE PÓRTICOS ESPACIAIS COM LIBERAÇÕES DE EXTREMIDADE DE BARRA E CARGAS DISTRIBUÍDAS DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Departamento de Engenharia Civil PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO Rio de Janeiro, Setembro de 1987

DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

  • Upload
    buiphuc

  • View
    225

  • Download
    4

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

DEANE DE MESQUITA ROEHL

UMA METODOLOGIA PARA A ANÂLISE NÃO- LINEAR GEOMl!:TRICA

DE PÓRTICOS ESPACIAIS COM LIBERAÇÕES DE EXTREMIDADE DE BARRA

E CARGAS DISTRIBUÍDAS

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Departamento de Engenharia Civil

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO

Rio de Janeiro, Setembro de 1987

Page 2: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

N Chamada· 624 / R713m {TESE uc Titulo Uma metodc o; a pAra aª"ª' se n&o-1 "ea

111 llllH o o 3 4 7 o a El< 1·CE~T~':, . 9385

Page 3: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

DEaNE DE MESQUITA ROEHL

, , UlfA PIETODOLOGIA PARA A AIUlLISE NÃO-LlilEAB. GEOftETRICA

, DE PORTICOS ESPACIAIS COft LIBERAÇÕES DE EXTBElfIDADE DE BARRA

, E CARGAS DISTRIBUIDAS

Tese apresentada ao Depart~mento

de Engenharia Civil da PUCJRJ como

requisito parcial para obtenção do

Título de Mestre em Ciências de

Engenharia civil.

Orientador: Marcelo Gattass

DEPARTaMENTO DE ENGENHARIA CIVIL , ,

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO RIO DE JANEIRO

Rio de Janeiro, Setembro de 1987

Page 4: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

V" J / ,1 :/ '6--1

Page 5: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

.Aos meus pais

e ao Rodolfo

Page 6: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

AGRADECil'!EHTOS

Ao professor Marcelo Gattass pela segura e dedicada

orientaçio bem como pela amizade desenvolvida ao longo deste

trabalho.

Ros

Departamento

professores

de Engenharia

do curso de

Civil-PUC/RJ

transmitidos durante o curso de Mestrado.

do

pelos ensinamentos

Ao Rodolfo pelo incansável apoio e dedicação durante o

desenvolvimento deste trabalho.

Ao amigo Jorge pela disponibilidade e auHÍlio na edição

desta dissertação.

Ao Gilberto,

eHecuçao dos desenhos.

Humberto e l'larcello pelo auxilio na

Aos colegas de Pós-Graduação pela amizade e agradável

convívio.

Ao CNPQ pelo apoio financeiro.

Page 7: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

• Apresenta-se uma metodologia de análise nio-linear

• geométrica de estruturas reticuladas tridimensionais baseada na

formulação Laqrangeana Atualizada. Incorpora-se, nesta

metodologia, a modelagem de liberaç~es de extremidade de barras e

de cargas distribuídas •

.;. As equaçoes de equilíbrio sao formuladas com base no

princípio dos trabalhos virtuais e as matrizes para resolução por

elementos finitos destas equaç~es são derivadas.

Hã modelagem desenvolvida para cargas distribuídas é

considerada a natureza da carga, podendo esta ser constante no

sistema global de eixos ou constante no sistema local.

Desenvolve-se um programa para computador segundo a

metodologia apresentada. são estudados alguns exemplos com o

objetivo de avaliar numericamente os resultados de análise

obtidos e formular algumas conclusões sobre o comportamento

• geometricamente não-linear de estruturas reticuladas de aço.

Elabora-se também um sistema gráfico interativo para auxiliar na

interpretação dos resultados da análise.

Page 8: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

1

.IUISTBACT

This work presents a methodology for a geometric

nonlinear analysis of 3-D frames based on the Updated Lagrangian

Formulation.

included.

The modeling of distributed loads and hinges is

Equilibrium equations based on the virtual work

principie are presented and matrices are derived for the finite

element solution of these equations.

The solution models the distributed loads according to

their nature which can be of two kinds: constant loads in the

global coordinate system and constant loads in the local

coordinate system.

A structural analysis program is developed and numerical

eHamples are studied to evaluate the proposed methodology and to

obtain some information on the geometrical nonlinear behavior of

steel framed structures. The numerical examples are analysed

with the aid ar an interactive graphio computer program.

Page 9: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

, SUllARIO

Lista de Síniliolos........................................... vi

Lista de Figuras............................................ x

Capitulo 1 IHTRODUÇRO. .................................... 1

Capítulo 2 FORl'IULaçiio DAS EQUüÇOES INCREMENTAIS DO ,

ATRAVES DA MEC~NICA DO CONTÍNUO. MOVIMENTO 9

2. 1 Introdução. 9

2.2 Notação . ... 10

2.3 Principio dos Trabalhos Virtuais. 12

2.4 Análise por Elementos Finitos. 21

2.5 Recuperação de Forças . ....... . 33

Capitulo 3 ,

l'IETODO DE SOLUÇRO. .... -· ....................... . 37

3.1 Introdução. .......... 37

3.2 Métodos Incrementais. .................... 37

3.3 Métodos Incrementais e Iterativos. 41

3.4 Atualização da Geometria . . ................. 46

3.5 Critérios de Convergência. 57

i"

Page 10: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

Capítulo 4 li:iPLEl'IENTllÇãO COi:iPUTACIOHAL .•••••••••••••••.••• 60

4.1 Introduçia. 60

4.2 Descrição da Programa. .................... 60

4. 2. 1 Entrada de Dados. .................... 60

4.2.2 Solução Passo-a-Passo. 62 •

4.3 Visualização dos Resultados. ............... 65

' 4.3.1 Descrição do Programa de Visualização

de Resulta dos........................ 66

Capítulo 5 EXEMPLOS •.•••••••••.......••••••••••••••••..... 72

Capítulo 6 CONCLUSÕES. .................................... 124

6.1 Consideraçoes Gerais •••••••..•..•..••.•••.• 124

6.2 Conclusões. ........ 125

6.3 Sugestões .. .. . ... 129

REFER~NCIAS ,

BIBLIOGRllFICAS. ................................. 131

APflNDICE li ,

FORl'IULAS PARA O ELEMENTO DE VIGA-COLUNA •••..... 137

'

V

Page 11: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

ROMNOS

A

b

F

F

rª i

r~ • fSL •

fSG i

h

' LISTA DE SIIUIOLOS

área da seçao transversal

largura da seção transversal

matriz das funç~es de interpolação das deformações

lineares

matriz das funções de interpolação das deformações

componen_te do tensor das relações constitutivas

módulo de elasticidade longitudinal

trabalho das forças internas nodais

vetor das forças internas nodais

componente do vetor de forças externas

componr1nte do vetor de forças externa de superfície

componente do vetor de forças de superfície no

compr i menta

componente do vetar de forças de superfície no sistema

global

altura da seçao transversal

funç~es de forma hermitianas

matriz daS funçÕes de interpolação dos deslocamentos do

elemento

momento de inércia em relação ao eixo local y

vi

Page 12: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

r

G q

L q

momento de inércia em relação ao eiKo local .z

matriz de rigidez linear

matriz de rigidez n;a-linear

matriz de rigidez linear tangente

comprimento do elemento

vetor de cargas nodais

componente do vetor de incrementas de cargas

concentradas

vetor de cargas distribuídas constantes no sistema

global

vetor de cargas distribuídas constantes no sistema

local

componen.tes do vetor de cargas distribuidas constarites

no sistema global na instante t+õt

componentes do vetor de cargas distribuídas constantes

no sistema local no instante t+õt

componentes do vetor de incremento de cargas

distribuídas constantes no sistema global

componentes do vetor de incremento de cargas

distribuídas constantes no sistema local

qx' qy' qz componentes do vetor de carqas distribuídas

resultante no sistema local de eiKas

vetor de carga

trabalho das cargas distribuídas constantes no sistema

global no instante t+6t

vetor de carga nodal no sistema global

trabalho das cargas distribuídas constantes no sistema

vii

Page 13: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

local no instante t+6t

vetor de carga nodal no sistema local

trabalho das cargas nodais no instante t+At

vetor de carga nodal

trabalho virtual externo no instante t+At

tensor de Piola-Kirschhorr II

• matriz de transformação do sistema global para o local

t instante ,

u deslocamento axia·1

u vetor dos deslocamentos

deslocamento axial do eixo centroidal

V deslocamento vertical de um ponto do elemento,

deslocamento vertical do eixo centroidal

volume do corpo no instante t+At

K coordenada do sistema local do elemento

K coordenada do sistema global do elemento

w deslocamento transversal de um ponto do elemento

deslocamento transversal do eixo centroidal

y coordenada do sistema local do elemento

y coordenada do sistema global do elemento

z coordenada do sistema local do elemento

z coordenada do sistema global do elemento

• GREGOS

' ª1 componentes do vetor

A K local na sistema global

Jl i componentes da vetor A y local na sistema global

viii

Page 14: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

,

ó, •

óu. 1

A . componentes do vetor z local no sistema global

componente linear do tensor de deforma9Ões

infinitesimais

componente do vetor de deslocamentos virtuais

vetor dos deslocamentos

61, 6 2 , .• 61 2 deslocamentos nodais

6R

60

60 q

6t

E .. lJ

~.

~ij

~ij

vetor de cargas incremental

vetor de deslocamentos incrementais

vetor de deslocamentos incrementais nas cordenadas

globais

vetor de deslocamentos incrementais nas cordenadas

locais

incremento de tempo

tensor de def ormaçÕes de Green-Lagranqe

rotação axial do eixo centroidal

matriz dos cosenos diretores

componente não-linear do tensor de deformaçÕes

tensor das tensÕes de Cauchy

iK

Page 15: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 Descrição do movimento do corpo no sistema de

coordenadas cartesianas........................ 11

• Figura 2.2 Descrição do movimento do elemento de viga e

seus eiKos coordenados locais ••.••••••••••••••• 20 '

Figura 2.3 Deslocabilidades do elemento ••••••••••••••••••• 25

Figura 2.4 Equilíbrio do elemento de viga-coluna •.••.••.•• 28

Figura 2.5 Forças internas no procedimento Lagrangeano

Atualizado..................................... 35

Figura 3.1 Repre.sentação do método de solução incremental

simples......................................... 40

Figura 3.2 Representação do método de solução iterativo de

Hewton-Raphson •••••••••••••••••.••••••••••••• ,. 45

Figura 3.3· Método iterativo de Newton-Raphson Modificado

utilizando rigidez constante igual a tangente

no início do incremento........................ 47

Figura 3.4 Sistemas de coordenadas do elemento .••••••••••• 49

Figura 3.5 ftngulos que os eiKos locais formam com os eixos

globais •••••..••••••• , •••••••••• ,, •• , •••• ,.,... 50

Figura 3.6 (a) atualização da direção do vetor y"

(b) Vetor da geometria desejado •...•.•••• ,,,,,, 54

' Figura 3.7 Atualização da geometria para rotaç~es de corpo 56

rígido

- t+ôtA (a) Determinaçao de z

K

Page 16: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

d t+ótA

(b) Determinaçao e y 58

Figura 4.1 Tela padrão gerada pelo programa PPGEE •••••••.• 68

Figura 4.2 Exemplo de utilização de algumas funçÕes

presentes no menu do programa PPGEE............ 71

Figura 5.1 Exemplo 1 - Viga em balanço com carga

transversal aplicada na extremidade............ 74

• Figura 5.2 Configurações deformadas da viga em balanço

sujeita a uma carga transversal na extremidade

para PH igual a 2, 4, 6, 8 e 10................ 75

Figura 5.3 Resposta da viga em balanço com carga

transversal, P* versus deslocamentos vertical e

horizontal ••.••••••••••••••.••••.••..••••. :.... 76

Figura 5.4 Comparação entre os resultadas obtidos

utilizando-se a recuperaçao de forças

tradicional e a modificada calculando-se as

forças axiais diretamente...................... 77

Figura 5.5 Exemplo 2 - Viga em balanço com carga momento

aplicada na extremidade........................ 80

Figura 5.6 Configurações deformadas da viga com carga

momento aplicada na extremidade .para valores do

parâmetro de carga H* iguais a 0.4, 0.8, 1. 2 1

1.6 e 2.0...................................... 81 • Figura 5.?a Resposta da rotação da extremidade da viga com

carga momento na extremidade................... 92

' Figura 5.7b Resposta do deslocamento vertical da viga com

carga momento na extremidade................... 83

xi

Page 17: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

Figura 5.7c Resposta do deslocamento horizontal da viga com

carga momento na extremidade................... 94

Figura 5.8 EHemplo 3 - Quadro de forma retangular

discretizado em B elementos por barra sujeito a

-uma carga de traçao. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 86

Fiqura 5. 9 ConfiquraçÕes deformadas do quadro retangular

• com carga de tração para P* igual a 0.8 1 1. 6 1

' 2.4 1 3.2 e 4.0 ••••••••••••••••••••••••••••••••• 8?

Figura 5.10 Curvas parâmetro de carga versus

deslocamento para os deslocamentos u e v....... 88

Figura 5.11 Exemplo 4 - Quadro de forma retangular

carregado no centro das barras horizontais com

cargas de compressao........................... 90

Figura 5.12 ConfiguraçÕes deformadas sucessivas de

estrutura do Exemplo 4 para o parâmetro de

carga P* igual a 0.B, 1.6, 2.4, 3.2 e 4.0...... 91

Figura 5.13 Resposta dos deslocamentos u e v, representados

na Figura 5.10, para c.argas de compressao ••••• , 92

Figura 5.14a EHemplo 5 Quadro de forma losangular

discretizado em 4 elementos por barra

-solicitado por carga de traçao................. 94

Figura 5.14b Modelo considerando a simetria da estrutura e

do carregamento................................ 95

Figura 5.15 Configurações deformadas da estrutura do

' EHemplo 5 para PM igual a 0.7, 1. 4, 2.1, 2.8,

3.5 e 4.0.................................... .. 96

xii

Page 18: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

Figura 5.16 Resposta dos deslocamentos u e v do pórtico

losanqular tracionado em função da carga

. ~ apl .icada....................................... 97

Figura 5.17 Exemplo 6 - Quadro de forma losanqular

discretizado em 4 elementos por barra,

solicitado por carga de compressão............. 100

• Fiqura 5.18 Configuraç~es deformadas do quadro losangular

, comprimido para P* igual a 1.7, 3.4, 5.1, 6.8,

7.5, 8.2 e 10 .•••••••••••••••••••••.•••••.••.•. 101

Figura 5.19 Resposta dos deslocamentos u e v do quadro

losangular sujeito a carga de compressao ••••••• 102

Figura 5. 20 Exemplo 7...................................... 104

(a) Viga em balanço com carregamento

distribuído

(b) Carga distribuída constante no sistema

local

(e) Carga distribuída coitstaiite no sistema

global

Figura 5.21 Curvas parâmetro de carga versus

deslocamento para a viga com carregamento

distribuído constante no sistema global e

constante no sistema local ••••••..•.•...••..... 105

Figura 5.22 Comparação com modelos de cargas ooilcentradas

nodais......................................... 106 , Figura 5.23 Exemplo B - Viga curva em arco de 45 6 carregada

na extremidade................................. 108

(a) Isométrico

Kiii

Page 19: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

(b) Planta

Figura 5.24 Configuração

intermediárias

deformada final

da viga curva

e alqumas

com carga

transversal aplicada na eKtremidade •.•••••••••• 109

Figura 5.25 Curvas parâmetro de carga versus

deslocamento

direção Y) e u

para os deslocamentos u (na

(na direção Z) da extremidade da

V 1qa •••••••••••••• o •• o ••• o • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Figura 5.26 Exemplo 9 - Descrição da estrutura •••••••••••••

Figura 5.27 Configuração deformada da estrutura nos níveis

110

113

de carga P* iguais a 10, 25 e 60 •••••••••.•.... 114

Figura 5.28 Curvas parâmetro de carga versus

deslo.camento para as deslocamentos V e Z do no

10 e deslocamento Y do nó 4 •.•••••••••••••••••• 115

Figura 5.29 Definição da geometria, carregamentos e

propriedades do pórtico plano de doze andares .. 117

Figura 5.30 Configuraçio final do pórtico de doze andares •• 118

Figura 5.31 Curva carqa uersus deslocamento horizontal do

piso superior do pórtico plano do Exemplo 10... 119

Figura 5.32 Def iniçio da geometria e propriedades do

pórtico espacial de seis andares do Exemplo 11. 121

Figura 5.33 Conf iguraçio final do pórtico espacial de seis

andares •••••••.••..••••••.•••••••.••••••••••••• 122

Figura 5.34 Curua carga versus deslocamento horizontal do

piso superior do pórtico espacial do Exemplo 11 123

Kiu

Page 20: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

, CAPITULO 1

INTRODUÇAO

' Freqüentemente, as cargas Últimas levam uma estrutura a

um comportamento caracterizado pela presença tanto de relaçoes

tensão-deformação não-lineares como de grandes deslocamentos.

Antes de atingir seu limite de resistência, praticamente todas as

estruturas de aço, carregadas tanto estática quanto

dinamicamente, experimentam deformaç~es plásticas e variaçoes dos

esforços internos devidos a tais deslocamentosc a hipótese de

comportamento elástico linear pode levar a resultados errôneo!i

que mas.caram a resposta real d·a estrutura e dif icul taro uma

'determinação precisa da sua segurança. Por esta razao 1 métodos

de análise que incorporem os efeitos não-lineares sao necessários

ao projeto pois, reduzindo a incerteza na determinação da

resistência, permitem um projeto mais econômico para o mesmo

nível de segurança .

Recentemente 1 normas de estruturas metálicas têm

' encorajado o uso de análises não-lineares em procedimentos de

projeto. Esta iniciativa, entretanto, vem sendo tomada de forma

paulatina devido às dificuldades de execuçao e interpretação

dessas análises. Por tais dif iouldades a norma canadense de

estruturas de aço [ 1]. por exenlplo, reconienda pro_ced i men tos

Page 21: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

2

aproKimados do tipo "P-ô" que procuram avaliar a variaçao dos

esforços internos devido aos deslocamentos através de uma

seqüência de análises lineares [2 1 3].

Quando procedimentos do tipo "P-.6" nao sao usados, a

análise elástica linear permanece a base do projeto das

estruturas, apesar da grande quantidade de pesquisa que vem senda

conduzida na análise não-linear e na determinação da resistência

Última de estruturas de aço. As equações de projeto e as normas

de dimensionamento são baseadas na adoção de esforç,os derivados

de uma análise elástica linear convencional. Pórticos sao

dimensionados por um procedimento membro a membro sendo feitas

apenas considerações indiretas de interações entre membros e da

resistência do sistema como um todo. Por esta razao, o

desenvolvimento de metodologias de projeto capazes de considerar

não-linearidades de um modo mais realístico e prático é uma

necessidade básica para o avanço da prática de projeto.

Existem várias razoes para os engenheiros de projeto nao

terem feito uso de resultados de anál i 6es não-1 ineares. Uma

destas razoes é a ausência de métodos baseados em princípios

mecânicos simples, eficientes, precisos e que incluam na

modelagem do problenta considera9;;es importantes para o projeto

como liberaç;;es de extremidade de barra e oargas distribuídas,

SÓ recentemente, programas de análise não-linear gerais,

eficientes e com boa precisão, têm se tornado diaponiveis.

Page 22: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

3

Outras razoes importantes que têm retardado a utiliza9ão

de análises não-lineares no projeto sao: pouca disponibilidade

de computadores, falta de métodos de solução de sistemas de

equações não-lineares globalmente convergentes, conservadorismo e

dificuldades

resultados .

de preparaçao de dados e interpretação de

Até recentemente os computadores digitai~ eram ou muito

caros ou limitad,:\S em sua capacidade. Isto retardou a

assimilação dos métodos de análise nao-Jinear. As geraçoes

atuais de micro e minicomputadores apresentam custo relativamente

baixo e grande capacidade de memória além de terem suas

necessidades de suporte e manutenção reduzidas. Estes

microcomputadores estão sendo usados em escritõrios de projeto

para auxiliar nas tarefas de análise . A análise nao-linear

. requer, no entanto, muita capacidade de memória devido ao emprego

de procedimentos incrementais. Mais ainda os resultados de

ariálises não-lineares nao podem ser superpostos ou fatorados

sendo necessária uma análise separada para cada caso de carga a

ser investigado. Os microcomputadores nacionais ainda nao sao

capazes de realizar tais análises para estruturas de grande porte

porém, para as de médio e pequeno porte apresentam bom

desempenho.

EHistem vários métodos de solução de equaç:oes

não-lineares, cada qual com uma justificativa racional. Ao

contrário dos métodos de solução de sistemas lineares, estes

métodos não garantem 1 em geral a convergência para o resultado

Page 23: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

correto para qua !quer p:roblerr1a. O analista deve ser capaz,

baseado na sua experiência, de escolher o método mais adequado

para o problema em questão. Além disso, mesmo escolhido o

método 1 alguma dificuldade aparece na determinação de parâmetros

do tipo tolerâncias, incrementos de carga e número máKi\oo de

iterações que requerem o julgamento do engenheiro estrutural nem

sempre preparado para esta tarefa.

Aliada a todos estes fatores, existe ainda a

resistência natural aos métodos novos e relativamente pouco

conhecidos, que.tem retardado a assimilação da análise n~o'...linear

ao projeto de estruturas. Pode-se também argumentar que a menos

que um método tenha sido largamente testado, sua adoção no

projeto de estruturas que afetem a segurança pública não deve ser

recomendada.

a maioria destes problemas deve ser resolvida com o

passar do tempo, à medida que os métodos de análise nao-li1"lear

tornaren1-se mais utilizados e, consequentemente! mais bem

avaliados. a experiência necessária será adquirida com relação à

confiabilidade, desempenho, custo e aplicabilidade das diversas

técnicas de análise nao-linear. En1 geral, nlesn10 uma análise

não-linear simples fornecerá uma estimativa de resposta da

estrutura mais confiávnl que uma análise linear. Mais ainda, a

diminuiçio do custo do squipamento 001nputaoional al iad.:: a uma

capacidade crescente acelera~á a aceitaçio das técnicas de

análise 11ão- l inea:r. Rs fases de análise e projeto tendenl a ser

Page 24: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

'

5

incorporadas num processa de cálculo homogêneo e consistente no

qual o comportamento do sistema estrutural é avaliado como um

todo.

Uma outra dificuldade do processo está na análise dos

resultados, que muitas vezes representam um grande volume de

infornla.Ç~es.

de computação

Esta difiCuldade pode ser contornada com o auHilio

gráfica. Várias etapas trabalhosas do processo

podem ser facilitadas por sistemas que incluam além de um

programa de aná 1 i se, programas gráficos de geração, de dadas e

interpretação dos resultados. Desta forma, a geraçaa dos dados

para o programa de análise pode ser feita de forma rápida

evitando erros de modelagem. Estes dados, após processados,

geram normalmente arquivos de resultados volumosos. a

interpretaçio destes resultados é facilitada por programas

gráficos interativos nos quais podemos analisar somente os

resultados que nos interessam e detectar automaticamente qualquer

problema que tenha surgido durante a análise. Um sistema ainda

mais conveniente é aquele que permite uma interaçio entre o

usuário e o programa de análise de modo que se possa acompanhar o

desenvolvimento da análise e intervir quando necessária tomando

decis~es, interrompendo a análise, alterando parâmetros e outras

açoes que levem em conta o comportamento da estrutura.

Análises incrementais têm sido largamente utilizadas no

estudo de problemas de grandes deslocamentos pois fornecem

informaç~es sobre a magnitude e modo de colapso da estrutura que

Page 25: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

6

outros métodos nao fornecem. Tais informações sao essenciais

para o entendimento do comportamento global da estrutura. Entre

as teorias da mecânica do continuo, aplicadas às formulações

não-lineares de elementos finitos, umas das mais abrangentes são

as formulações Lagrangeanas apresentadas por Bathe, Ramm e Wilson

[4]. Estas sao as formulações Lagrangeana Total e Lagrangeana

Atualizada que diferem ·entre si com rela9ão à configuração de

referência para as variáveis cinemáticas e estáticas. Na

formulação Lagrangeana Total a configuração de referência é a

configuração inicial, enquanto na formulação atualizada o estado

de referência é a última configuração de equilíbrio conhecida.

Embora ambas formulações apresentem resultados idênticos, é

comprovada a maior eficiência computacional da formulação

Atualizada para estruturas reticuladas [5].

As muitas considerações envolvidas na análise nao-linear

vêm sendo estudadas por diversos pesquisadores. Sistemas

utilizando análises incrementais que consideram alguns destes

aspectos foram desenvolvidos por Gattass [6], onde a

não-linearidade geométrica de estruturas b i -d i n'len si ona is é

ana 1 i sada para carregamentos dinâmicos; por Yang (7] 5 em um

estudo de estruturas espaciais submetidas à torção não uniforme;

por Orbinson [B], que inclui em seu estudo, além da geométrica, a

não-linearidade do material no estudo de estruturas

tri-dimensionais sujeitas a cargas estáticas; por Hilrne (6], que

analisa este mesmo comportamento não-linear para estrutu~as

tri-dimensionais considerando cargas dinâmicas. Estas pesquisas

Page 26: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

7

utilizaram a formulayao Laqrangeana Atualizada para a modelagem

das não-linearidades geométricas e obtiveram bons resu_ltados.

O trabalho ora em disserta9ão apresenta a implementa9ão

de um sistema de análise não-linear geométrica de pórticos

espaciais baseado na formulação Lagrangeana Atualizada.

Considera-se neste sistema a possibilidade de modelar pórticos

com qualquer liberação de extremidade de membro e a aplicação de

carregamentos nodais e carregamentos distribuídos em barras tanto

para cargas constantes no sistema global, por exemplo peso

próprio,

portanto,

quanto para cargas constantes no sistema local e,

dependentes do estado de deformação, aproHimando o

comportamento de cargas do tipo cargas de vento. Consideram-se

grandes deslocamentos e pequenas deformaç~es no regime elástico.

As nio-linearidades geométricas podem ser desmembradas em

duas parcelas; a primeira resulta diretamente dos grandes

deslocamentos, e a segunda é o efeito desses deslocamentos e das

forças internas na rigidez dos elementos. Pode-se considerar a

primeira componente através de um procedimento de atualização de

coordenadas locais e de orientação do elemento -de viga-coluna no

espaço . A segunda componente é considerada pelo desenvolvin~nto

de uma matriz de rigidez geométrica que somada à matriz de

rigidez elástica produz a matriz de rigidez tangente da

estrutura. As liberaçoes de extremidade do membro sao incluídas

como uma eliminação estática desta matriz.

Page 27: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

B

Esta dissertação está dividida em cinco capítulos além

desta Introdução. O Capítulo 2 apresenta uma .revisao da

formulação Lagrangeana Atualizada para a análise de estruturas

reticuladas tridimensionais, incorporando-se nesta os efeitos de

cargas distribuídas e de liberações de extremidade de barras.

Descreve-se, também, a formulação de elementos finitos para o

elemento de viga-coluna subparamétrico. O Capitulo 3 enfoca a

solução do sistema não-linear e as atualizações necessárias para

a realização da análise incrementa 1. A implemel!'.atação

computac ivna l da metodologia de aná 1 i se adotada é de ser i ta no

c·apí tulo 4. Ho' mesmo capítulo, apresenta-se também um progranra

de pós-processamento gráfico que tem como objetivo auxiliar na

análise dos resultados. O Capítulo 5 contém alguns exemplos par~

ilustrar o comportamento não-linear de estruturas cor11 grandes

deslocamentos. A apreciação dos resultados permite comprovar a

adequabilidade da metodologia proposta e ainda enumerar algumas

conclusões sobre os efeitos da não-linearidade geométrica na

resposta estrutural. Tais elementos conclusivos seguidos de

sugestões para futuras pesquisas, estão apresentados no

Capítulo 6 •

Page 28: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

' CAPITULO 2

FORMULAÇÃO DAS EQUAÇÕES INCREMENTAIS DO MOVIMENTO • ' A '

ATRAVES DA MECANICA DO CONTINUO

2. 1 INTRODUÇÃO

Em uma análise não-linear, o equilíbrio do corpo deve

ser estabelecido na configuraçao corrente. Em geral, é

necessário empregar uma formula9ão incremental e utilizar uma

variável no tempo, t, para 'desc;rever convenientemente o

carregamento e o movimento do corpo. ll estratégia de solução

considera que as determinações para as variál.feis estáticas e

cinemáticas são conhecidas do tempo inicial até o momento. Assim

sendo, o processo de solução pode ser aplicado para a posição de

equilíbrio seguinte. Desta forma, durante a análise, observa-se

• as partículas do corpo da configuração original à configuração

final 1 ou seja 1 adota-se uma formulaçao Lagrangeana para o

• problema.

As formulações Lagrangeanas sao consistentes e capazes

de modelar problemas da mecânica do contínuo com não-linearidades

tanto do material quanto da geometria. Em out~os trabalhos Bathe

Page 29: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

10

e Solourchi [10, 11] estenderam a formulação para incluir

elementos estruturais tais como, vigas, cascas e placas.

J{este capitulo apresentam-se as equaçoes básicas da

Jn2'Cânica do contínuo para a análise de problemas com grandes

deslocamentos e pequenas deformações e uma revisao da formula9ão

Laqrangeana Atualizada para a análise de pórticos tridimenionais

considerando as não-linearidades geométricas.

2,2 HOTAÇÍÍO

Analisa-se neste estudo o movimento de urr1 corpo em

relação a um sistema cartesiano estacior1ár·io. A convençao aqui

adotada segu~ a apresentada por Bathe [5] onde o índice superior

à esquerda indica em que conf igur·açao a qt.1ant idade , -\tensao,

f·orça, deformação} ocorre; o ind ice inferior à esquerda inforn1a

em relação a que configuração a quantidade é medida. Nesta

cànvençao, considera-se ainda que se a quantidade ocorre na lnesma

configuração em que é medida, apenas o Índice superior à esqueda

faz-se necessário.

As coordenadas que descrevem a conf i9t.tração do corpo em

um tempo t qualquer sao t K.,

tu ,.., t x,. Durante a mt.1dança de

conf iguraçio do corpo, o seu vo lu1ne e sua área sao cont i nuaniente

alterados. Estas quant iâades, bem conlO a conf igur·açao do corpo

para os instantes 0, t, t + ât, est;o na Figura 2.1.

Page 30: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

li

f+At t+At t+At P( XI, X2. X3)

t t t P( XI. Xz. X3)

o o o P( XI. X2, X3)

o t t+At X2. X2.. X2 ºA

ºv

CONFIGURAÇAO NO INSTANTE O

o t t +At XI, XI, XI

o t t+.õt X3. X3. X3

CONFIGURAÇAO NO INSTANTE t+lll

CONFIGURAÇAO NO INSTANTE t

'x· ºx· 'u· f;; 1+ 1

t+At o . +t+At Xí::. X1 Ui

ttdt t Ui= Ui- Ui

FIGURA 2.1: DESCRIÇAO DO MOVIMENTO DO CORPO NO

SISTEMA DE COORDENADAS CARTESIANAS

Page 31: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

,

12

Utilizando-se a mesma notação para os deslocanEntos

tem-se que o deslocamento da coordenada i no instante t é dado

t por u .• Ã

Na formulaçao das equaçoes de equilíbrio sao

consideradas as derivadas dos deslocamentos e das coordenadas. Na

notação adotada (5], a vírgula indica uma diferenciação em

relação ao Índice que a segue, o qual representa uma determinada

coordenada. Assim, por exemplo,

' 2.3 PRINCIPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS

Na análise Lagrangeana incremental o equilíbrio do

corpo no tempo t + 6t usando o Princípio dos Trabalhos Virtuais

requer a consideração de deslocamentos virtuais em cada ponta do

corpo. Considera-se também que as funçÕes de deslocamento

são continuamente diferenciáveis em relação às coordenadas

t K,,

t K., e = 0 no contorno onde os deslocamentos sao

prescritos. A equaçao de equilíbrio é entio

f t+6t

?; i j

t+btv

( 2. 1 )

Page 32: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

,

13

onde -z: •. é o tensor de tensões de Cauchy, 6e . . é o vetor de 1J 1J

deformações infinitesimais correspondentes

deslocamentos virtuais óu1

, isto é,

1

2 (t •tu. · + t+•tu · ·) +u 11J u J11

ao vetor de

(2.2)

O lado esquerdo da equaçao (2.1) representa o trabalho

virtual das forças internas e a· lado direito o trabalho virtual

externo.

A dificuldade fundamental na aplicação da equaçao (2.1)

está no fato de que a configuração do corpo em t + ôt é

desconhecida. Essa é uma grande diferença em relação a análise

linear, ande supoe-se deslocamentos pequenós, de tal forma que a

configuração do corpo não muda.

A equaçao básica que se deseja resolver (2."1) expressa

o equilíbrio e compatibilidade do corpo n·a configuração t + 6t.

Em geral, grandes deslocamentos podem ocorrer e a equaçao (2.1)

nao pode ser resolvida diretamente. Pode-se, na entanto,

expressá-la em relação a uma configuração de equilíbrio

previamente determinada. Na formulação Lagrangeana Atualizada

todas as variáveis cinemáticas e estáticas são referidas à Última

configuração de equilíbrio conhecida.

Considerando uma formulação Lagrangeana Atualizada a

Page 33: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

14

equaçao (2.1) pode ser escrita em relação ao tempo t como (5]:

t V

t+6tt 5 .. lJ

t+õt 6 tEij (2.3)

t+õt onde tsij é o tensor de Piola-Hirschhoff II no instante t + õt

referido ao instante t e é D tensor de deformações de

Green-Laqrange.

Um procedimento incremental é então estabelecido pela

decomposição do tensor de tensões em

t+Att5 .. "" lJ

t ?; i j + ts ..

lJ

e do tensor de Green-Lagrange em

(2.4)

(2.5)

na qual e .. é a componente linear e~-. é a componente nao linear J. J 1 J

do tensor de deformaç~es. as equaç~es (2.4) e (2.5} substituídas

em (2.3) resultam na seguinte equaçao de deslocamentos

incrementais:

Page 34: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

15

(ó teij+ ó tQij) tdV + I tv

t t; i j

Pode-se ainda aproximar

t t; i j

(2.6)

(2.7)

Resulta então, a seguinte equaçao de movimento, lineariiada em

relação aos termos quadráticos e cúbicos em deformação ;

e t rs

t '- -lJ

L V

t ' - -lJ

(2.B)

Observa-se que a única aproximaçao envolvida até este

estágio está na desconsideração dos termos não-lineares em

deslocamentos. a desconsideração destas parcelas não implica, no

entanto, em erros significativos como visto por Gattass [6] .

Faz-se necessária uma ª'"'aliação do trabalho das forças

externas que pode ser dado por (5]

Page 35: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

16

t+õtR = L.6tv t+õtr~ Ju. t+õtdV +

l l

L.6ts t+6tr~ s t+l:ttdS + E t+6tP. (2.9) Ju. Ju.

l l i l l

e correspondem às forças externas de corpo e de

superfície, respectivamente, e P. às forças concentradas. l

As cargas comumente tratadas pela teoria da

elasticidade sao cargas conservativas que possuem un~ única

função potencial. Tais cargas satisfazem o Princípio da

Conservação de Energia e seu trabalho em qualquer deslocamento

admissível do corpo independe da trajetória. li s cargas

conservativas mais simples e mais conhecidas sao as do tipo

peso-próprio, as quais se mantêm constantes tanto em magnitude

quanto em direção durante a deformaçao e movimento do corpo.

Neste trabalho as cargas tipo peso-próprio sao

aproximadas por cargas concentradas, P nos nós e cargas

distribuídas, q 6 , de direção e sentidos constantes no sistema

global. Uma vez que a área e os momentos de inércia estio sendo

considerados constantes, somente a~ variaçao do comprimento do

elemento tem influência na determinação destas forças.

Considerando-se a hipótese de pequenas deformações, esta variaçao

não representa erros significativos.

Page 36: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

17

As cargas nao-conservativas sao, por outro lado, muito

comuns na natureza; um exemplo sao as forças de interação que

incluem dois tipos: as de corpo, tais como as forças de origem

gravitacional, e as de superfície provenientes da interação com

outros corpos ao longo de uma superfície de contato. Citam-se

entre estas as forças que surgem em um corpo sólido quando este

• se move em relação a um fluido. As forças de contato sao, em

geral, dependentes da deformaçio e movimento do corpo sobre o

qual atuam apresentando portanto.um caráter não-conservativo.

Entre as cargas nãa-conservativas mais comuns estão as

chamadas forças circulatórias tais como forças "seguidoras·· e

momentos ··seguidores .. , bem como forças aerodinâmicas. Estas

forças nao derivam de um potencial, nao sao explicitamente

dependentes do tempo e seguem total ou parcialmente os

deslocamentos dos seus pontos de aplicaçao. • Forças circulatórias

sao forças não conservatiuas função dos deslocamentos, ou seja,

forças cujas componentes sao funçao de um Único parâmetro de

carga e dos deslocamentos generalizados locais. Essas forças nao

possuem um potencial e portanto seu trabalho virtual, para

qua !quer deslocamento virtual compa t Í vel do corpo, nao pode ser

escrito como a uariaçao de um funcional [12] .

Estão sendo consideradas neste trabalho cargas

distribuídas de intensidade constante mas direção dependente dos

deslocamentos da estrutura, em particular, cargas de direção

constante no sistema local que aproximam, por exemplo, o

Page 37: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

18

comportamento das cargas de vento.

Considerando-se os três tipos de cargas citados, o

trabalho das forças externas pode ser escrito como:

( 2. 10)

onde

t+ôtRP = E t+6tp 60. (2.11)

i 1 1

t+ôtRG

L+l>tL

t+l>t G 6u. t+õtdL (2.12) = qi 1

"

t+ôtRL

L+l>tL

t+6t L 6u. t+ôtdL. (2.13) = qi 1

sao os deslocamentos nodais e os deslocamentos do

interior do elemento.

Nas equaçoes (2.11) e (2.12) o módulo das cargas t+ôtp e

t+ôt G q varia com o parâmetro t da seguinte forma •

( 2. l. 4)

(t+l>t) (2.15j

Page 38: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

19

onde P. e 1

G q. 1

sao as componentes do vetor de incrementos de cargas

nodais e distribuídas globais, respectivamente. Nata-se que o

índice ··1·· destas equaçÕes se refere ao sistema de eixos global.

As componentes destas cargas no sistema de eixos local, que varia

com a deformação do elemento, nao sao constantes. a Figura 2.2

apresenta a descrição do movimento de um elemento de viga e os

sistemas de eixos global e local.

Como a configuração t. + 6t é desconhecida, pode-se

aproximar o vetor de cargas e o trabalho destas utilizando a

intensidade da força no instante t + õt e a geometrie1 do passo

anterior. Assim sendo pode-se escrever a equaçao (2. 12} em

relaçio à configuração t como:

= t L

J (t+õt)

tL

t ó tºi dL (2.16)

As cargas distribuídas constantes no sistema local,

t+ót L q , têm seu módulo dado por:

onde L qi

t+ôt L qi =

sao as

(t+õt)

componentes

incremental. Considerando-se

do

que

(2.1?)

·vetor de cargas distribuídas

t+ót L é constante relação qi em

Page 39: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

20

-CONFIGURAÇAO t • dt

'x 1

'x,

t

· 0 x 1x 1 -i11x 2' 2 t 2

CONFIGURAÇÃO O

t + àtx • •

FIGURA 2.2: OESCRIÇAO 00 MOVIMENTO 00 ELEMENTO OE VIGA

E SEUS EIXOS COORDENADOS LOCAIS.

Page 40: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

21

ao sistema local de eiHos 1 o Índice "i" nas equaçoes (2.13) e

(2.17) refere-se a este si-stema de eixos. O trabalho destas

cargas, equaçao (2.13), escrito em relação à configuração t é

dado por

t+õtRL t t+Ot L ~ tªi tdL = tqi =

• L

1. L o

(t+l>t) q. J u. dL (2.18) o 1 • 1

L

Na consideração das cargas distribuídas, por meio de

t+õt L suas cargas equivalentes nodais observa-se que embora q nao

esteja determinado no instante t+6t devido à sua dependência da

configuração deformada, sua natu_reza '"seguidora .. 1 permite uma

determinação préuia de suas forças nodais equivalentes.

Tratando-se de cargas distribuídas constantes no sistema global,

embora t+ótqG seja conhecido a avaliação de suas forças nodais

equivalentes faz-se necessária a cada passo devido às

modificaçoes ocorridas na geometria •

• 2.4 ANALISE POR ELEMENTOS FINITOS

Dentro da formulaçia Lagrangeana Atualizada utiliza-se

um elemento de viga tridi1nensional subparamétrico, apresentado

por Gattass [6] em sua forma bidimensiona!.

Page 41: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

22

são admitidas as hipóteses de Navier nas quais as

seçoes planas permanecem planas e normais ao eixo da viga após a

aplicação da carga e permite-se ao elemento grandes deslocamentos

e rotações, mas pequenas deformações. Considera-se ainda que as

deformações na direção perpendicular ao eixo da viga saa pequenas

e por isso desprezadas. Assim sendo, a ã.rea e os momentos de

inércia da seçao transversal permanecem constantes. Não sao

considerados também deformações por cisalhamento, empenamento da

seção ou flambagem local da mesa.ou da alma.

De acordo com a hipótese de pequenas deformações, a

geometria da viga deformada pode ser modelada por um elemento

reto. Assim sendo a modelagem da geometria é dada por uma

interpolação linear.

H = L

-2- ( 1 + t.) -1 s t1 s 1 (2.19a)

y = h -2- t. -1 s t. s 1 (2.19b)

• = b -2- t. -1 s t. s 1 (2.19c)

Para representar o comportamento à flexão de unta viga,

funções de interpolação de ordem superior à 1 inear devem ser

empregadas para os deslocamentos transversais. Uma discretização

com estas características é dita "subparamétrica"' uma vez que a

geometria é interpolada por funçÕes de ordem inferior às

utilizadas para descrever os deslocamentos.

Page 42: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

23

Considerando ainda a hipótese de que as deEormaçÕes

transversais e o empenamento são desprezíveis temos que

1

~u i j 1 õx se = =

e .. = 1J 0 em caso contrário

e

,.,ij

Mais ainda

~11 se i = j = 1

.,. .. :;::

1J 0

C1111 =E

em caso contrário

]' 1 se i = j = 1

(2.20)

(2.21)

(2.22)

(2.23)

onde E corresponde ao módulo de elasticidade long i tt1dinal do

elemento. A.s expressoes anteriores tornam escalar a equaçao

(2.B), obtendo-se entio,

Page 43: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

'

24

t 6 t'1i 1 .. dV =

t • 11 (2.24)

Os deslocamentos da eixo centroidal sao descritos por

funçÕes lineares para os deslocamentos axiais e hermitíanas

cúbicas para os deslocamentos de flexão. Os desloca1nentos do

eixo centroidal escritos em função dos deslocan~ntos nodais õ são

dados por

uo(f1) = h1(f1) 61 + h1(C1} 67

vo(f 1) = h1(f1} 61 + h,(f1) 6, + hs(C1} 6, + h11(C1) 6 1,

wo(f1) = ho(f1) 63 + hs(f1} 6, + h,(C1) 6, + h11(C1} 6,,

(2.25)

onde as funções de forma h.(1; 1 ) sao dadas nas equaçoes (A.1) do 1

apêndice a e os deslocamentos ll. estão identificados na Figura

2.3.

Baseando-se na hipótese de que as seçoes planas

permanecem planas, os deslocamentos em qualquer ponto da viga são

dados por ;

Page 44: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

25

y

1 . -

,65 '611

i62 i 68 ' 64 61 . 62 610 ~---+ ~ ~ !>X

~3 lt,9 '66 '612

;'

d . 1 71

z

FIGURA 2.3: DESLOCABILIDADES DO ELEMENTO

Page 45: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

b

L

26

h

L

w(t,,t,,t,) = wo(t1) - ~o(t1) t,

b

2

h

2 (2.26)

Esta equaçao pode ser escrita na forma matricial como

U = H 6 (2.27)

onde

[ W JT u • u " (2.28)

e R é dado pelas equaçoes (S.2) do apêndice a.

A determinação da tensão de Cauchy dá-se de forma

simples ainda na hipótese de pequenas deformações, impondo-se as e

condiçÕes de equilíbrio ao elemento. Desta forma tem-se

Page 46: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

27

F1 qK L (1-~i) - f2 h [ F12 t Fa

L (1-ti) ~11 = + + a a 2 21 2 z

2 L 2 b L

qy (1-ti} l - r. [ -F11 + F, ( 1-td + 8 21 2

y

2 L 2

qz ( 1-f i) l (2.30) 8

onde A é a área da seçao transversal, I e I y z sao os momentos de

inércia da seção em relação aos eixos locais y e z, F i saa as

forças nodais e sao as

distribuída no sistema local de eixos.

está representado na Figura 2.4.

Tem-se ainda de (2.20) que

àu

àK =

a ilx

111 j ó = B l> L

componentes da carga

Este sistema de forças

(2.31)

com BL dado pelas equaçoes (A.3) do apêndice A.

O termo de deformaçÕes não-lineares B17 11 pode ser

escrito da seguinte forma

[ ilu àu ilu

1 a &u

617 l l = ÕK a;{ ÕK ª" (2.32)

a •v ÕK

" •w ÔK

ou ainda

Page 47: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

z

F,

/F, /F4

y

28

X

FIGURA 2.3' EQUILIBRIO DO ELEMENTO DE VIGA-COLUNA.

Page 48: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

29

66 1 1 H 1 6 '

6111 l il

HT 1 il =

ilx ilx (2.33)

66 T BNL 6 6r, 1 1 = 8 NL (2.34)

com

B.,L = •• ô

H (2.35) õx

dado pela equaçao (A.4) do apêndice A.

As equaçoes (2.31) e (2.34) substituídas em (2.24)

resultam em

onde

1 t+6tR ·_

t

t tEL é a matriz de rigidez linear,

t e tKNL é a matriz de rigidez nao linear geométrica,

(2.36)

(2.37)

(2.38)

Assim sendo, após a interpolação por element·os finitos

Page 49: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

30

a equaçao (2.8} é discretizada em:

õU (2.39)

• onde

(2.40)

e

t+ôtRP t + (2.41)

a matriz t tKT é denominada matriz de rigidez tangente e

para o elemento utilizado ela pode ser explicitada. O vetor

é o vetor de carga no tempo t + 6t, é a parcela

correspondente às cargas nodais, e sao as

·parcelas correspondentes às cargas nodais equivalentes às cargas

distribuídas constantes no sistema global e no sistema local,

respectivamente. O Apêndice A apresenta também as equações para

o cálculo destes vetores.

Para incluir na matriz de rigidez tangente as

considerações de cargas distribuídas a -equaçao (2.38) foi

• avaliada com o tensor de Cauchy, ~, dado pela equação (2.30).

matriz de rigidez obtida desta avaliaçio pode ser desmembrada em

duas parcelas; a primeira corresponde à participação das cargas

nodais na rigidez do elemento e a segunda à das cargas

distribuídas. O Apêndice A apresenta além da inatriz de rigidez

Page 50: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

31

linear, seçao A.5, as matrizes não-lineares

correspondentes a estas cargas, seçao Q.6a e b.

geométricas

Na obtençao

destas matrizes considera-se o elemento bi-engastado e cargas

uniformemente distribuídas •

A obtenção destas matrizes para elementos com liberações

de extremidade pode ser feita da mesma forma, utilizando-se

funções de interpolação próprias para cada tipo de liberação.

Este procedimento torna-se muito trabalhoso à medida que é

necessária a obtenção destas funções, seguida da ª?aliação das

equaçoes (2.3?) e (2.38) para cada tipo ou combinação de

liberações.

Quando um vínculo é liberado o número de graus de

liberdade da estrutura aumenta • Estes graus de liberdade podem

. ser e! i minados da aná 1 ise g loba 1 desde que os demais qraus de

liberdade e forças no elemento sejam modificados de modo a le1Jar

isto em conta. Um procedimento para esta eliminação é a

condensação estática (13). Neste procedimento a matriz de

rigidez tangente de um elemento com liberac~es é obtida a partir

da matriz do elemento bi-engastado .

O procedimento básico da condensação estática pode ser

ilustrado pelo uso da notaçao matricial. A.s equaçoes (2.39}

podem ser particionadas em graus de liberdade .. l"' a serem

eliminados e r a serem retidos da seguinte forma:

Page 51: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

onde

t+õt8

D t r =

t+6tRD t 1 =

"º r

t+ôtRG t r

t+6tRG t 1

32

= (2.42) 0

+ t+ôtRL t r

(2.43)

+ t+ótRL t 1

(2.44)

são as forças nodais equivalentes às cargas distribUídas obtidas

no elemento bi-engastado.

A solução para os graus de liberdade a serem eliminados

6U1

é dada por

(2.45)

onde os índices à esquerda foram eliminados para n~ior clareza da

~

equaçao •

A substituiçio da equaçao (2.45) na primeira linha da

equação (2.42) resulta na equação de equilíbrio em relação aos

graus de liberdade r •

= (2.46)

onde

Page 52: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

e

33

K* =

= aº I + aº r

-1 Fisicamente, o termo ~ri K11 K1r

(2.47)

(2.48)

indica a modificação

na rigidez det.r ido à liberação dos graus de liberdade ""/" e

-1 D K

11 R

1 representa as forças leuadas dos graus de liberdade

.. I .. para os graus de liberdade ··r ... Esta nova matriz de rigidez

e vetor de cargas correspondente podem agora ser incorporaµos ao

sistema global pelo método da rigidez direta.

2 .• 5 RECUPERllÇÃO DE FORÇllS

Quando atuam somente cargas nodais, as forças internas

sao computadas por:

f t+6t

?:; ij ó

t+atv

(2.49)

qual t+ôtF e' o trabalho d f · t d · d l t na as orças 1n ernas no a1s o e emen o

na conf iguraçao t + 6t. fl consideraçio de cargas distribuídas

modifica esta equaçao para

Page 53: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

I t+6t = ~ij ~ t+6tv

34

t+6tdV _ t+6tRG _ t+6tRL t+6teij (2.50)

a avaliação desta integral é um processo dispendioso pois

requer a determinação e armazenamento das tensões de Cauchy em

cada ponto de integração no interior do elemento e a realização

de uma integração numérica. Un~ expressão analítica mais simples

é possível para vigas. Aplicando-se à equação (2.50) as mesmas

transformaçoes que foram aplicadas à equaçao (2.1) obtém-se a

seguinte equação matricial para determinação das forças internas:

onde t+õtF é o vetor de forças nodais na configuraçao t

(2.51)

t + .õt

referenciado à configuração t. a Figura 2.5 apresenta o vetor

' de forças internas no procedi menta Lagrangeano Atua 1 i zado. E

interessante observar que as mesmas relações força-deslocamento

foram utilizadas na soluçio global, equaçio (2.39). Desta forma,

o processo de recuperação de forças acima resultaria sempre em

forças equi 1 ibradas independenten~nte do ta\nanho de 6U. Este

processo é eficiente e consistente com o resto da formulaçio •

Ele apresenta, no entanto, a grande desvantagem de nao ser

insensível a deslocamentos de corpo rígido. Devido a

aproximaçoes nas interpolações dos deslocamentos, quando o

sistema é submetido a deslocamentos de corpo rígido, enlhora não

haja mudança no estado de deforma9io, o processo apresenta um

incremento de força interna artificial. Em problemas de grandes

Page 54: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

35

t+llty

• .

CONFIGURAÇÃO t +At

CONFIGURACAO t

O t t +At Y, Y, Y

CONFIGURAÇÃO O

ºx 'x 1+111 , , X

FIGURA 2.5: FORÇAS INTERNAS NO PROCEDIMENTO LAGRANGEANO ATUALIZADO

Page 55: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

36

deslocamentos um grande número de incrementas é necessário para

garantir deslocamentos incrementais pequenos. Para evitar erros

significantes no equilíbrio interno, introduzidos devido às

rotações finitas, os deslocamentos de corpo r ig ido podem ser

retirados do processo de recuperação de forças como apresentado

por Powell

Gattass [6].

[14] e Coak [15] e discutido em detalhe por

Adota-se, neste trabalho, uma modificação na processo de

recuperação de forças de modo a eliminar o deslocamento axial de

corpo rígido, proposta por Bathe e Bolourchi [10]. Assim sendo,

a equaçao (2.51} é utilizada para computar as forças internas

exceto pela componente axial. Um procedimento direto é usado

para computar a força axial no elemento.

elemento é dada por

E =

A deformaçio aKial do

(2.52)

onde t+ôtL e sao o comprimento do elemento no inicio e no

final da iteração, respecti~ramente, supondo o ele~nto reto. A

parcela da força aKial correspondente ao produto K U é então

substituída por

F=Ell• (2.53)

As demais componentes sao extraídas da equaçao (2.51).

Page 56: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

• CAPITULO 3

• HETODO DE SOLUÇAO

• 3. 1 INTRODUÇÃO

Estuda-se, neste capítulo, os métodos de solução de

sistemas de equaçoes não-lineares de equilíbrio e os

procedimentos de atualização de geometria da análise Lagrangeana

Atualizada de pórticos espaciais.

' 3.2 HETODOS INCREMENTAIS

O principal problema da análise estrutural não-linear é

encontrar o estado de equilíbrio de um corpo correspondente às

cargas aplicadas. Supondo que as forças eKternas s;o descritas

como função do tempo, as condições de equilíbrio de uma

estrutura, representada por elementos finitos, podem ser

eKpressas por:

• ( 3. 1 )

onde o vetor o vetor de carqas equivalentes nodais de

cada elemento na configuração t + ót dado pela equação (2.41} e

vetor de forças no da is correspondentes às tensi:;es do

Page 57: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

38

elemento nesta conf ig11ração, como n10stra a forma modificada. da

equaçao ( 2. 51) •

Em análises estáticas, a variável t denota apenas as

diferentes intensidades de carregamento e suas correspondentes '

confiquraç;;es. Quar1do a análise inclui condiçoes não-lineares

• geométricas ou materiais as equações de equilíbrio (3.1} precisam

ser resolvidas para todas os passos até o instante de interesse.

A determinação destas respostas ·é efetivamente realizada usando

uma ar1álise incremental ou passo-a-passo. l). base do prece? s so

incremental está em considerar-se a soluç;;:o para o instante t

conh.ecida e determinar-se a soluçio para o instante t + ót, onde

Ot é um incre~nto de tempo convenientemente escolhido.

Na forma incremental, a .carga no instante t + lit é dada

por

t+ótB t = R + 6R (3.2)

onde 6 indica um incremento finito •

• a ma.triz de rigidez para o instante t + ôt é baseada

• nos resultados do passo anterior e as equaçoes simultâneas a

serem resolvidas em cada incremento sao

(3.3a)

Page 58: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

39

onde 6U é o uetor de deslocamentos nodais incrementais

matriz de rigidez no instante t,

= ' (3.3b)

Os deslocamentos no final do incremento sao:

= + ou (3.4)

De posse de uma a11aliação dos deslocamentos no instante

t + ôt, pode-se obter as correspondentes tens~es e forças nodais,

e entao prosseguir para o incremento de carga seguinte. A.s

equaçoes (3.2) a (3.4) provêm a base para aplicaçao de um

procedimento incremental simples e uma representação esquemática

deste procedimento é mostrada na F.igura 3.1.

O procedimento incremental apresenta conID vantagem,

além da sua simplicidade, a capacidade de resolver problemas que

apresentam os fenômenos de "'snap-through" e "'snap-back"' uma uez

que não são realizadas iteraç~es durante o processo •

Ho entanto, para análises con1 grandes deslocamentos, a

solução pode apresentar erros acumulados substanciais, uma vez

que o equi 1 íbrio nao é garantido para cada passo de carga.

Freqüentemente, é necessário iteragir até que a solução de (3.J.)

seja obtida com boa precisão.

Page 59: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

R

/ /. _I _______ 1

AR

- ---

' ' AU 1

• 1 1 1 1

'u tt-Atu

/ /

/ /.

40

/ /

,.i'K / SOLUÇÃO

INCREMENTAL

------- RESPOSTA ~ EXATA

u

FIGURA 3.1' REPRESENTAÇÃO DO MÉTODO DE SOLUÇÃO INCREMENTAL SIMPLES .

Page 60: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

41

' 3,3 nETODOS INCREnENTAIS E ITERATIVOS

Os procedimentos incrementais e iterativos consideram

incrementos de cargas com iterações de equilíbrio realizadas

• dentro de cada passo • O desempenho da análise está vinculado à

escolha dos parâmetros de análise, tais como os incrementas de •

carga. No caso da análise incremental simples~ a adequação do

incremento é verificada pelos erros introduzidos em cada passo.

Um esquema incremental ideal pef.mite que o incremento de carga

varie de acordo com o grau de não-linearidade da estrutura.

Quando iteraçoes sao incluídas em cada passo, o número de

iteraçoes necessárias para atingir o equilíbrio, é o indicador da

adequação do incremento adotada.

Um outro fator importante a ser considerado é a

convergência do procedimento. Para um determinado problema,

alguns esquemas sempre convergem para a solução e outros não. E1n

geral, os métodos existentes nao garantem estabilidade,

convergência e eficiência em situa9Ões limites.

• O método de Ne\rlon-Raphson [5] é talvez o método

iterativo mais antigo ainda em uso corrente. Ele adota um

• controle da carga e apresenta bons resultados em regiÕes estáveis

mas não é capaz de resolver problemas de pontos de singularidade

pois itera a carga constante [16 1 17 1 18). Este problema pode

ser contornado adotando-se um procedimento de deslocamento

controlado, cotno proposto inicialmente por .Argyris [19]. Neste

Page 61: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

42

esquema de solução, um determinado deslocamento nodal é

incrementado e as iterações sao realizadas a deslocamentos

constantes. Uma desvantagem deste processo é que um conhecimento

prévio do comportamento não-linear da estrutura é necessário para

que um deslocamento controlado apropriado seja escolhido . A.lém

disso,

solução

por

de

iterar a

problemas

deslocamentos constantes, ele falha na

que apresentem o fenômeno de "snap-back".

Tanto o método de Newton-Raphson quanto o de deslocamentos

controlados nao consideram a Variação da não-linearidade do

sistema ao longo do processo incremental pois incrementas

constantes são utilizados.

Outras métodos que consideram melhor estes efeitos e

que sao capazes de resolver os problemas de estabilidade citados

foram desenvolvidos. o método de comprimento de arco,

desenvolvido por Wempner [20], tem sido usado para resolver tanto

problemas com ""snap-through" quanto com '"snap-back" pois ag

iterações de equilíbrio nao sao feitas nem a carga constante nem

a deslocamentos constantes. as eq11açoes utilizadas para a

determinação dos incrementas de força em cada iteraçao nao sao,

no entanto, consistentes [16, 21]. Um método alternativo,

apresentado por Yang (7] é o de controle do trabalho. Este é um

método consistente e o incremento de carga é dado de tal forma

que o trabalho realizado pelas forças incre1neiltais e1n cada passo

seja o mesmo. Este enfoque visa a consideração da variaçao da

não linearidade do sistema e sua inlplementação em um procedimento

iterativo con\rencional tende a igualar o número de iterações em

Page 62: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

43

cada passo ao lon90 do processo de solução. A estabilidade e

convergência da solução são também garantidas.

O procedimento de iteração adotado neste trabalho é o

de Newton modificado . Este procedimento é largamente utilizado e •

pode ser derivado do método de Newton-Raphson para a solução de

• sistemas de equaçoes nao-lineares. As equaçoes utilizadas no

procedimento de Newton-Raphson sao

( 3. 5 )

= + (3.6)

onde a Índice superior à direita indica a iteração considerada e

as condiçÕes iniciais sao

= ; = ; (3.7)

As últimas estimativas dos deslocamentos nodais sao

usadas para avaliar as correspondentes tensões no elemento e as

forças internas nodais o vetor de forças

desequi 1 ibradas,

= ( 3. 8)

corresponde ao vetor de cargas que ainda nao foi equilibrado

pelas tensões no elemento. Devido a este desequilíbrio, é

Page 63: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

44

necessário hauer um incremento de deslocamentos nodais e

conseqüentemente, um incremento de tensÕes. Este processo se

repete até que as forças desequilibradas e os incrementas de

deslocamentos sejam pequenos como mostra a Figura 3.2.

Observa-se, com relaçao ao método de Newton-Raphson,

que, em geral, a montagem e fatoraç;o da matriz de rigidez

tangente sao as principais responsáveis pelo custo computacional

da i teraçio. Quando sistemas d·e ordem elevada sao analisados,

estes cálculos podem tornar-se excessivamente dispendiosos e

modificações no método de Ne\rlon sao freqüentemente mais

eficazes.

O método de Newton modificado, na forma como empregado

neste trabalho, calcula a matriz de rigidez apenas no início de

cada passo. A matriz utilizada é a da Última configurac~o de

equilíbrio conhecida e as iterações de equilíbrio são processadas

utilizando a mesma matriz. A.s equaçoes (3.5} e (3.6) para o

método de Newton modificado sao;

(3.9)

e

t+ot0 + ( 3. 10)

com as condiçÕes iniciais (3.7). Este processo está representado

Page 64: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

R

45

t•Llt fl2J

RESPOSTA EXATA

u

FIGURA 3.2 , REPRESENTAÇÃO DO MÉTODO DE SOLUÇÃO ITERATIVO DE NEWTON - RAPHSON

Page 65: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

46

na Figura 3.3.

Este procedimento é implementado dentro do método da

rigidez direta, onde a matriz de rigidez de cada elemento é

avaliada e somada à matriz do sistema global. Para isto é

necessário relacionar as coordenadas locais ( x,y,z ) do elemento

com as coordenadas do sistema global ( X,Y,Z ).

3.4 ATUALIZAÇÃO DA GEOMETRIA

A cada elemento é associado um sistema de eixos local

que orienta o elemento de viga-coluna no espaço. Este sistenra é ~ ~ ~

composto de três vetores unitários x, y, z, ortogonais entre si,

com origem no nó inicial da barra e é atualizado a cada passo. O ~

vetor z indica o eixo longitudinal x e aponta na direção do nó

fina 1 da barra, nó j; o vetor y define um eixo principal de

inércia da seç;o transversal da barra sendo sua direção e sentido

determinados no primeiro passo pela entrada de dados. Para maior

clareza, neste trabalho, " o vetor y é identificado com o plano da

alma dos perfis tipo 1. Nos passos seguintes este vetor é

atualizado pelo procedimento descrito a seguir. O terceiro eixo •

~

local z, definido pelo vetor z, é ortogonal aos eiHos n e y.

Este sistema está representado na Figura 3.4.

Pode-se, a partir destes três vetores, montar a matriz de

transformação de coordenadas globais para locais. Para um

elemento de viga-coluna com doze graus de liberdade esta matriz é

Page 66: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

R

47

RESPOSTA EXATA

1 1 1 1

1 1

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

t+dtu u

. FIGURA 3.3, METODO ITERATIVO DE NEWTON-RAPHSON

MODIFICADO UTILIZANDO RIGIDEZ CONS_ TANTE IGUAL À TANGENTE NO INICIO 00 INCREMENTO .

-.'.

. i " t

Page 67: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

• VETOR DE ALMA

yr <l • NO

z

<l NÓ i

z

. NO j

~~

FIGURA 3.4' SISTEMA DE COORDENADAS DO ELEMENTO .

Page 68: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

dada por [22]:

T =

onde ., é a

=

., • e .,

• e

e e

matriz de

1

cos

cos

CDS ªz

49

• e

• e

.. e

e .,

rotação abaixo

cos cos

cos cos

cos cos

com os ângulos que relacionam os sistemas

mostrados na Figura 3.5.

(3.11)

(3.12)

local e global

A transformação que le11a a matriz de rigidez do elemento

nas coordenadas locais, K1 , para a ma.triz do elemento no sistema

qlobal 1 R , é dada por g

K g = (3.13)

e os deslocamentos incrementais no sistema local de coordenadas

sao

= T l>U g

(3.14)

O usa de vetores locais unitárias si mp 1 i fica a geraçao

da matriz de rotação uma t.'ez que as componentes (H, Y, Z) globais

Page 69: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

50

Óy

FIGURA 3.5, ÂNGULOS QUE OS EIXOS LOCAIS FORMAM COM OS EIXOS GLOBAIS

Page 70: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

51

dos vetores sao os cossenos dos

respectivamente.

~

O vetor axial x é dado por

•• •• l

com

K. K. J 1

•• = L

Y. Y. J 1 •• =

L

z. z. J 1

•• = L

ângulos ó. 1

(3.15)

(3.16)

(3.1?)

(3.18)

onde os índices i e j referem-se aos nós inicial e final do

elemento, X, Y e Z sao as coordenadas destes nós referidas ao

sistema global e L é o comprimento do elemento.

O nó k, fornec,ido na entrada de dados, determina os

vetores o; e o; iniciais. Este nó é escolhido de tal forma que a

plana gerado por o; e ik seja o plano da alma do elemento. Desta

forma, o vetor '

perpendicular a este plano e obt ião da

normalização do produto vetorial ~

0 n /\ ik Para que se tenl1a um

Page 71: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

52

-sistema ortogonal é preciso que 6y - -seja ortogonal a 0 x e ºz

-Logo o segundo produto vetorial 0 z resulta no vetor de

assim todos os cossenos diretores que aparecem na

matriz de rotação são determinados.

Ho sistema Lagrangeano Atualizado a transformação do

sistema local para o global é baseada na configuração deformada

da estrutura no início do passo. Assim sendo 1 a matriz de

rotaçao. é função dos deslocamentos e as coordenadas e os eixos

locais têm que ser atualizados após cada incremento de carga. A

atualização das coordenadas é direta sendo realizada através da

soma das translações às respectivas coordenadas iniciais, O

t+õt..... ,.,. -vetor x é entao calculado utilizando-se as equaçoes (3.16) a

(3.18) com as coordenadas atualizadas.

A atualização do uetor de -alma ·Y é simplificada por

admitir-se que o elemento é reto no início de cada incremento

sendo necessário considerar apenas os seis deslocamentos de corpo

rígido na sua atualização. Evidentemente, as três translações de

corpo rígido nao afetam as componentes do vetor de alma e o

problema reduz-se à consideraçio das três rotações de corpo

rígido • Os efeitos destas _rotaç~es sao analisados 5eparadamente.

Considera-se, à princípio, uma rotação de cada

extremidade do elemento em torno do eixo longitudinal x, na mesma

direção.

t+ôt""" por y

O vetor de alma no inicio do incremento é identificado

Uma rotação 8 em torno do ei1to x faz com que o eixo

Page 72: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

y gire no plano y-z. ~ ~

de y e z '· ou seja:

= t~

y

53

Assim sendo,

+ t~

tan a z

é uma combinação linear

(3.19}

As componentes de t+ôt ' -y sao entao divididas pelo comprimento do

vetor resultando no vetor unitário

está ilustrado na Figura 3.6.

t+6t"", y Este procedimento

Esta técnica é baseada na hipótese de que o elemento nao

torce durante o incremento, resultando em rotações de eHtremidade

idênticas. Esta hipótese nem sempre se verifica e torna-se

necessária uma modificaçao para e. Considera-se e como a média '

das rotações axiais dos nós i e j do elemento.

e = 1

2 ( 6.

i + e. l

J (3.20}

Esta consideração é razoável em se tratando de elementos

prismáticos, considerados retos no inicio de cada incremento,e

que nao desenvolvem deformaç~es plásticas torcionais. Se, no

entanto, tratar-se de um e !emento longo, com pouca rigidez à

torção, e recomendável que este seja subdividido em elementos

menores.

Gonsideram-se agora as duas rotaç~es de corpo rígido

restantes; em torno do eiKo y e do eixo z locais. Uma rotação

de corpo rígido em torno do eixo y nao produz nenhum efeito nas

Page 73: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

54

t•6tY·~-------~cos e

0 0

OG 1 Z sen 0

(a) (b)

FIGURA 3.6: la) ATUALIZAÇÃO DO VETOR Y 1 b) VETOR DA GEOMETRIA PROCURADO

Page 74: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

55

componentes do vetor de alma. Uma rotação de corpo rígido em

torno do eixo z altera o vetor de plano de alma e deve sar

portanto, considerada. Note que ambas as rotaç;;es de corpo

rígido ocorrem em estruturas espaciais e portanto a rotação em

torno do eixo z deve ser isolada. a separaçao direta desta

rotaçao de corpo rígido mostra-se bastante trabalhosa,

utilizando-se por isso ·um método alternativo desenvolvido por

Orbinson [8].

axial

Após a atualizaçao das coordenadas nodais e do vetor

t+õt ...... s um vetor perpendicular a este e ao vetor de alma

atualizado com relaçao à rotação em torno da eixo axial t+ót ..... ,

y é

obtido pelo produto vetorial

t+õt..... t+6tA t+ótA, Z = B' A y

como mostrado na Figura 3.7a. Os vetores

sao em geral, ortogonais e portanto t+õt .....

z

(3.21)

nao

deverá ter suas

componentes normalizadas para se tornar unitário.

O último passo é a correçao da atualizaçio do vetor de

alma para incluir as rotações em torno de z.

, t+õt ..... é obtido pelo produto vetorial de z e

Assim sendo, t+õt .....

y

t+6t ..... • • unitários,

gerando portanto um vetor unitário na direçio do plano da alma,

t+6tA t+6tA t+6tA y ~ Z A S (3.22)

Page 75: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

'

'

t+AtZ

t ... ti.tz

56

t ... At Ç 1

(o)

t•lltY't t+eity

1 1

( b)

,-X

- t + AtX

. t+atx

FIGURA 3.7 ATUALIZAÇÃO DA GEOMETRIA PARA ROTAÇOES DE CORPO RÍGIDO

(a) DETERMINAÇÃO DE t•ólz (b) DETERMINAÇÃO DE t+Oly

Page 76: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

,

57

como ilustrado na Figura 3.7b. Hote que este procedimento

supri me, automaticamente, a rotação de corpo r Íg ido em torno do

eixo y local. Se o elemento tiver rotação somente em torno de y

este procedimento produz um uetor

3.5 - CRITÉRIOS DE CONVERG~NCIA

t+ot; igual a t~

y

A adoção de uma estratégia de solução baseada em métodos

iterativos requer a utilização de um critério que estabeleça o

fim do processo de iteraçao. Ao final de cada iteração a soluçao

obtida deve ser analisada para avaliar se a solução convergiu

dentro das tolerâncias admissíveis ou se está divergindo. Se

tolerâncias muito grandes são adotadas resultados imprecisos sao

obtidos; tolerâncias muito apertadas requerem um esforço

computacional grande e a precisao dos resultados torna-se

eHagerada. Um critério de conuergência ineficiente pode

interromper o processo de iteração por detectar uma falsa

diuergência da solução como também forçar a busca de uma solução

inatingíuel. Alguns critérios de convergência sao brevemente

discutidos a seguir (5] .

Um critério que avalia a convergência do processo

iteratiuo em de,slocamentos, é dado por:

(3.23)

1 i.

onde é a tolerância de convergência para os deslocamentos.

Page 77: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

,

58

Como é desconhecido considera-se como tima

. - t+õt aprox1maçao para U.

Em análises nas quais os deslocamentos mudam pouco em

cada iteração mas continuam mudando por várias iterações, este

critério é falho. Um exemplo deste comportamento é o de análises

de estruturas que aumentam sua rigidez com os deslocamentos. a

solução pode estar longe quando a convergência é obtida por este

critério.

Um outro critério de convergência é

avaliaçio do vetor de cargas desequilibradas 6Bi

obtido pela

Este critério

verifica se as cargas desiqui 1 ibradas est;a dentro de uma certa

tolerância do incremento de carga aplicado, ou seja,

_ t+6tFi l I 2 s •r (3.24)

A verificaçao das forças pode requerer uma atençio

especial para problemas de inconsistências de unidades no vetor

de forças uma vez que forças e momentos estão presentes neste

vetor. a solução para deslocamentos nao é considerada neste

critério No caso de estruturas em plastificação com baiKo

módulo de encr_uamento, embora as cargas desequilibradas possam

ser pequenas, os deslocamentos podem estar errados.

Observa-se a necessidade da consideraç:io do equí 1 ibrio

tanto das forças quanto de deslocamentos para se atingir a

Page 78: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

59

soluçao com boa precisao. Um terceiro critério, se baseia no

"' trabalho das forças desequilibradas realizado sobre os

deslocamentos incrementais, ou seja no incremento de energia

interna. Este incremento é comparado com o incremento de energia

interna inicial. Considera-se que a conuergênoia é atingida

quando

(•u'( t+õtR _ tF)) ~ E u

" (3.25)

Este critério nao apresenta as deficiências dos

anteriores sendo o implementado neste trabalho •

Page 79: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

• CAPITULO 4

IMPLEMENTação COMPUT9CION9L

4. 1 INTRODUÇÃO

Com o objetivo de avaliar numericamente a formulaç:io

apresentada nos capítulos anteriores, desenvolveu-se um programa

computacional em linguagem FORTRAN V com a capacidade de realizar

análises geometricamente não-lineares de estruturas reticuladas

espaciais com libera9Ões de extremidade de barra sujeitas a

carregamentos estáticos compostos de cargas nodais cargas

uniformemente distribuídas constantes no sistema global e cargas

uniformemente distribuídas constantes no sistema local. As

rotinas deste programa sao baseadas na formulação apresentada no

Capítulo 2 e na metodologia descrita no Capítulo 3.

4.2 DESCRIÇ90 DO PROGR9l'!Jl

4.2.1 ENTRADA DE DADOS

A primeira fase da execuçao do programa ALAR é a

entrada de dados, na qual sao lidas informações de controle,

inEormaçÕes referentes aos pontos nodais e informações referentes

às barras. Nesta. fase os graus de liberdade ativos sao

Page 80: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

61

numerados, e conseqüentemente é determinado o número de equaçoes

do sistema. Caloulam-se também as alturas úteis das colunas da

matriz de rigidez global armazenada em perfil [23]. De posse da

geometria do problema, determinam-se, os vetores de orientação

dos elementos no espaço, ou seja, especifica-se o sistema local

de eixos de cada barra como descrito no Capitulo 3.

As cargas aplicadas podem ser cargas nodais tanto para

forças quanto momentos, ou Cargas distribuídas. Após a

orientação de cada elemento no espaço pode-se prosseguir na

leitura dos dados uma vez que a consideração de cargas

distribuídas constantes no sistema local requer o conhecimento do

sistema local da barra onde ela atua. Na consideração de cargas

distribuídas são admitidas duas hipóteses para seu comportamento,

já citadas no Capítulo 2. A definição de cada carga aplicada

c"ontém o tipo de carga, o nó ou membro onde atua, o número do

caso de carga, e as três componentes da força nodal, momento

nodal ou carga distribuída aplicados. As componentes das cargas

e momentos nodais e das cargas distribuídas constantes no sistema

global sao referenciadas ao sistema global de eixos.

constantes em relaçao ao sistema local de eixos,

componentes dadas em relação a este sistema local.

As cargas

têm suas

As cargas distribuídas constantes em relaçao ao sistema

loca 1 ! por sua natureza ··seguidora··, apresentam em todos os

passos de carga a mesma contribuição para o vetor de cargas

equivalentes nodais da barra. Essa contribuição pode ser

Page 81: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

62

portanto calculada ainda na etapa de entrada de dados. Já as

cargas constantes em relação ao sistema global, resultam em

forças equivalentes nodais diferentes para cada passo e por isso

o valor das cargas é armazenado e a cada incremento de carga as

forças equivalentes nodais são reavaliadas. As cargas nodais sao

consideradas independentes do deslocamento da estrutura e por

isso sua contribuição ao vetor de carregaJDQnto global pode ser

determinada previamente à análise. Convém lembrar que estão

sendo considerados incrementas constantes de carga, portanto cada

incremento de uma determinada carga P tem o valor de P/np onde

np é fornecido na entrada de dados e indica o número de

ao longo dos quais o carregamento deve ser aplicado.

passos

Ao final da primeira etapa tem-se o vetor global

incremental de cargas nodais, as forç~s equivalentes nodais

.incrementais de cada barra carregada com Cargas distribuídas

constantes no sistema local e as componentes em relação ao

sistema global dos incrementas de cargas distribuídas constantes

no sistema global.

4.2.2 SOLUÇAO PRSSO-R-PRSSO

Após , a entrada de dados inicia-se a análise

incremental. Parte-se das condiçÕes iniciais

( 4. 1 )

Com base nos vetores locais já conhecidos para cada

Page 82: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

63

barra, determina-se a parcela das cargas nodais equivalentes

correspondentes às t+ôt G cargas R em cordenadas locais e soma-se

esta à parcela det+õtRL determinada na primeira rase. A matriz

de rigidez tangente, no primeiro passo equivalente à matriz

linear, de cada barra é calculada para um elemento bi-engastado.

No caso do elemento apresentar alguma liberação de eKtremidade •

esta matriz e o vetor de forças equivalentes nodais da barra

correspondente são então modificados através de um processo de

condensação estática, como discutido no Capítulo 2.

A matriz de rigidez e o vetor de cargas correspondente,

obtidos desta condensação sao inseridos na matriz de rigidez

global da estrutura e no vetor de cargas global respectivamente,

pelo método da rigidez direta. Após computar as cargas e

matrizes de todas as barras, obtem-se a solução da equaçao (3.9)

para utilizando o método de Crout (24]. De posse dos

deslocamentos globais da estrutura, calculam-se os deslocamentos

nodais locais e utiliza-se o processo de recuperação de forças

convencional para obter as forças internas de cada barra. As

componentes axiais deste vetor sao então substituídas de acordo

• com a equaçao (2.53) de modo a eliminar os deslocamentos axiais

de corpo rígido • A dete-rminação das forças internas de uma •

iteração encerra as etapas do processo de solução para essa

iteração. Faz-se então necessário verificar se o equilíbrio foi

atingido para o nível de carga em questao. As forças internas

modificadas são incorporadas ao vetor de forças internas global.

As forças desequilibradas s;o ent;o obtidas pela diferença entre

Page 83: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

64

as forças externas e as forças internas como mostrado na equaçao

(3.8). Quando realiza-se uma análise linear o processo

encerra-se neste ponto •

Na análise nao-linear incremental

equilíbrio reinicia-se o processo pela

coordenadas e dos vetores locais das barras.

sem iteraç~es

atualização

de

das

Geram-se ta1nbém

novas matrizes de rigidez tan~ente com base nos esforços e

deslocamentos do passo anterior. Avaliam-se novamente as forças

nodais equivalentes e aplica-se um novo incremento de carga. a

solução deste novo sistema fornece um acréscimo de deslocan~ntos

e de esforços na estrutura devido a este incretnento. Os

deslocamentos e esforços após a aplicação deste incremento sao

obtidos pela soma dos esforços e deslocamentos em cada passo.

Este processo se repete até que a carga

aplicada.

total tenha

Quando iteraçoes de equilíbrio sao realizadas,

sido

de

acordo com o método de Newton-Raphson modificado, descrito na

seçao 3.3, etapas adicionais sao introduzidas no processo de

solução. Uma vez obtida a força desequilibrada da primeira

i teraçia do passo-, esta força é aplicada à estrutura de modo que

um novo sistema de equações é resolvido. Este sistema é ainda

baseado na configuraçio e nas matrizes obtidas no passo anterior.

Como resultado deste carregamento, surgem acréscimos de

deslocamentos e de tensoes que tendem, em geral, a diminuir o

desequilíbrio. Este processo se repet~ até que seja verificada a

Page 84: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

65

convergência para a solur;ão dentro da tolerância imposta. Uma

vez atingida a convergência, o passo seguinte é iniciado.

4.3 VISUALIZAÇAO DOS RESULTADOS

após a realizaçao de un~ análise não-linear utilizando o

programa ALAR, inicia-se a tarefa de interpretação dos resultados

obtidos. Um perfeito entendimento deste_s resultados é às vezes

dificultado pelo grande número dê informaç~es a serem analisadas,

Visando facilitar a etapa de interpretação dos resultados do

programa ALAR desenvolveu-se um programa de pós-processamento

gráfico iterativo de estruturas espaciais, o PPGEE.

O ambiente de desenvolvimento propiciado pela PUC-RJ

consta de uma estação gráfica composta por um terminal Tektronix

4114-B vetorial de retraçamento 1 uma mesa digita 1izadora 1 uma

plotadora Calcomp H84 tamanho A4 ligados a um computador Control

Data CVBER 175.

As respostas geradas pelo pr·oqrama ALAR sao armazenadas

em arquivo em disco para oportunamente serem analisadas. Este

arquivo contém 1 além dos deslocamentos e esforços obtidos na

análise 1 as informaç;;es dos nós e barras que permitem a geraçio

de imagens da geometria da estrutura.

No desenvolvimento de programas de pós-processamento

Page 85: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

66

gráfico iterativo deve-se procurar simplicidade, uelocidade de

resposta e confiabilidade. Deve-se projetar cuidadosamente a

iriteração ' ' USUARIO X MllQUINA tendo em mente tanto o projeto da

linguagem de interação quanto o projeto da interface do usuário

• com o computador [25] •

• o projeto da 1 i nguagem de interação consiste na

definição da forma de comunicaçao entre o usuário e o sistema

computacional. Para que se p·ossa obter um diálogo claro e

utilizar o sistema gráfico sem grandes dificuldades deve-se

procurar uma linguagem concisa, completa, eficiente e natural,

utilizando termos familiares à aplicação a que se destina [26].

' ' li interface USUARIO X MllQUINll deve ser também

cuidadosamente projetada, de modo a gerar uma interface

visualmente agradável e operacionalmente eficiente.

4.3.1 DESCRIÇÃO DO PROGRAJ"1A DE VISUALIZAÇÃO DE RESULTADOS

O programa PPGEE divide a área de tela em cinco

sub-áreas uma área de desenho principal, três áreas de desenho •

auxiliares e uma área de n:ienu e diálogo. Na área de menu são

apresentadas as funções de visualização que ao serem selecionadas

desencadeiam uma açao.

Ao iniciar-se a execuçao do prog~ama PPGEE a tela gerada

automaticamente apresenta na área principal a visualizaçio da

Page 86: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

67

estrutura em projeçao isométrica, nas três áreas auxiliares suas

projeçoes ortográficas (vista em planta, elevação xz, elevação

yz) e na área de menu as funçoes disponíveis. Erros porventura

existentes de locação de nós e de incidências de barras podem ser

facilmente detectados nestas vistas. Esta configuração está

mostrada na figura 4.1 •

-Citam-se entre as opçoes do programa PPGEE as seguintes

opçoes de auxílio na visualização da geometria:

ROT X, ROT Y 1 ROT Z - gira a vista contida na área

principal de um ângulo e

fornecido pelo usuário em torno

dos eixos globais X , Y ou Z

respectivamente.

PLAH X, PLAN Y 1 PLAN Z isola planos paralelos aos planos

globais passando por um nó

escolhido pelo usuário.

FATIA X, FATIA V, FATIA Z - isola fatias da estrutura onde

s;o visualizados os trechos

compreendidos entre dois planos

globais paralelos.

Page 87: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

68

rn ..... ,_, M

MENU f'RD. Vlsur.L. DE P!llTJCDS

EIEPTII. E»t. tl'IIL FUC/11.J

'"' ..... , ""' IUVEL. Z

FATIA X fhTJA T FllTJA 2

'"""'""' ~· ....... --~

...,,.,_,. """""'

-~ IUSTDIUCO

"""" ,..,,.

''" "'"

"" '"

Figura 4.1 Tela padrio gerada pelo programa PPGEE.

Page 88: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

NO ti

MEMBRO ti

69

retorna na área de diálogo o

número de um nó selecionado e

suas coordenadas.

retorna o número de uma barra

selecionada e sua incidência •

Estas opçoes citadas sao importantes para a verificação

do modelo de elementos finitos, ·pois qualquer erro na definiç:io

da geometria é imediatamente sinalizado.

Após a realizaçao da análise incremental a investigação

dos resultados pode ser facilitada pela seleção de outras funções

presentes no menu do PPGEE. são elas :

DESDEF - desenha a configuração deformada da estrutura para

um determinado nível de carga. Esta deformada pode

ser apresentada em qualquer uma das quatro vistas

básicas.

SOBREPOR - desenha a deformada tracejada, sobreposta à

configuração indeforn~da •

HISTORICO - apresenta um acompanhamento da deformação da

estrutura através da sobreposiçio de deforn1adas

para passos de carga igualmente espaçados.

Page 89: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

DESL NO

70

apresenta na área de diálogo os deslocamentos

sofridos por um nó de interesse para um

determinado passo de carga.

Além da visualização da configuraçao deformada 1 pode-se

também obter informações sobre os esforços e relacionar as cargas

com os deslocamentos através de gráficos.

representadas pelas funções :

Essas açoes sao

ESFORÇOS - lista na área de diálogo os esforços em uma barra

selecionada, ao fim do processo incremental.

P-DELTA

Na

- desenll.a um gráfico carga K deslocamento para um

grau de liberdade escolhido.

uisualização da geometria e na análise dos

resultados, as imagens das quatro áreas de desenho podern ser

trocadas entre si de acordo com a indicação do usuário através da

seleção da função TROCAR.

A qualquer momento, o usuário pode solicitar a gra'-'ª9ªº

da imagem da tela em arquivo para posterior impressao

feito selecionando-se a opçao PLOT.

Isto é

Alguns exemplos de resultados obtidas utilizando as

func~es presentes no programa PPGEE estio apresentados na figura

4.2 e no Capítulo 5.

r

Page 90: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

?1

MENU flllll. YJ9W.... DE l'!llTlCOll

PEPTII. ENB. CIVIL l'IEl2J

"" '""' ""'" NJVEL 'Z

FATlll X FATlA T FATJA 'Z

"""""" ... ....... ...... """""" """"" ........ NJIITllUCO

""""' ..., ..

"'' .... ""' , ... ''" '"

' .

• Figura 4.2 Exemplo de utilizaçio de algumas funç~es presentes no

menu do programa PPGEE.

Page 91: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

• CAPITULO 5

EXEMPLOS

• Este capítulo tem como objetivo avaliar numericamente a

metodologia apresentada para a análise de estruturas reticuladas

sujeitas a qrandes deslocamentos. são apresentados alguns

exemplos de solução analítica conhecida para verificar a exatidão

dos resultados fornecidos pela metodologia proposta. · Outros

eKemplos são analizados e os resultados sao comparados com os de

outras formulações.

Todos os exemplos aqui apresentados consideram pequenas

deformações e grandes deslocamentos. O processo de recuperaçao

de forças adotado elimina as deslocamentos axiais de corpo rígido

como descrito no Capítulo 2, equaçao (2. 53}. As soluç~es foram

obtidas por um procedimento incremental e iterativa com

conuerqência para o equilíbrio em cada passo •

• Na primeira série de eKemplos investiga-se a acurácia

• do procedimento adotado, onde os resultados obtidos sao

comparados com os resultados analíticos dados por Mattiasson

(27], que considera vigas ineutensiveis. Por esta razao,

adota-se para a área da seçio transversal dos elementos um valor

grande. Os resultados estão apresentados em forma adimcnsional e

Page 92: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

73

sao válidos para qualquer comhinaçio dos parâmetros estruturais

desde que a rigidez axial seja mantida eleuada.

EXEMPLO 1

A viga em balanço da Figura 5.1 é analisada para uma •

carga transversal aplic-ada em sua extremidade. A carga foi

aplicada utilizando-se 50 passos de carga até o parâmetro de

carga igual a 10 e iteraç~es·de equilíbrio foram realizadas.

A viga é discretizada em 2, 4 e 8 elementos do mesmo comprimento

e suas deformadas para alguns passos de carga estão mostradas na

Figura 5.2. Os deslocamentos horizontal e vertical da

extremidade estão representados na Figura 5.3 em função do

* 2 parâmetro de carga P = PL /EI. Esses resultados foram co1nparados

com os resultados obtidos por Bisshopp e Drucker [ 28] e

Jfatt iasson [ 27], que obtiveram soluções para vigas subinet idas a

grandes deslocamentos através de integrais elípticas.

Os resultados obtidos desta análise mostram-se bastante

próximos dos resultados teóricos. Convém acrescentar que poucas

iterações (3 no máximo) foram necessárias em cada passo para •

atingir o equilíbrio dentro da tolerância imposta .

E importante observar que os equaçoes usadas no

programa consideram o efeito da deformação axial, Para minimizar

esses efeitos adotou-se, neste exemplo uma área de seçao

tranversal muito grande comparada com seu comprimento.

Page 93: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

E:: IKN tm 2

A:: 1000 m2

L:: lm

I:: 1 m

* PL2

p ::El

74

L

:>

FIGURA 5.1 EXEMPLO 1 - VIGA EM BALANÇO COM CARGA

TRANSVERSAL APLICADA NA EXTREMIDADE

Page 94: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

?5

Figura 5.2 Configurações deformadas da viga em balanço sujeita a

uma carga transversal na extremidade para p* igual a

2,4,6 1 Be10.

Page 95: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

76

P' - ·--2 .ELEMENTOS • ------ 4 ELEMENTOS

8 ELEMENTOS ........ MATTIASSON •

ºº . f .

. I .., 80 ::1 i C> ·v / "' ..,

.. , I " .,, o 6.0 : r .

L ii L

1-.,, " ,.., 4.0

"' .., o.

2.0

o.o 02 0.4 0.6 0.8

Figura 5. 3 Resposta da viga em balanço com carga trans~.;ersal, p* •

versus deslocamento vertical e horizontal .

i '

Page 96: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

'

'

P*

10.0

8.0 <C

" a: <C o

6.0 .., D

o a: i-.., "

4.0

'"' a: <C Q.

2.0

o.o

77

----- 4 ELEMENTO!! RECUPERAÇÃO TRAOlClONAL

---- 4 ELEMENTOS RECUPERAÇÃO MOOJF!CAOA

• • • • • • • • SOLUÇÃO ANALÍTICA

0.2 0.4

u

'

: 1 : 1 : 1 :· I : I : I . I : I

: I . ,__..~ . ' ' . I

:; : / . /

.-"/ .· / .. / .·y . .;_,"/

;.~

0.6 0.8

Figura 5.4 Comparaçio entre os resultados obtidos utilizando-se

a recuperaçao de forças tradicional e a modificada

calculando-se as forças axiais diretamente.

Page 97: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

78

Com o objetivo de ilustrar a melhora introduzida nos

resultados pela recuperaçio de forças onde as forças axiais sao

calculadas diretamente apresenta-se a Figura 5. 4. Nesta figura

est;o representados a curva teórica, a curva de resultados

obtidos pelo programa utilizando a recuperacio de forças proposta

e a curva de resultados obtidos com a recuperaçao de forças

tradicional sem a modificaçio que elimina o movimento de corpo

rígido no cálculo desta força axial.

Observa-se que os resultados obtidos eliminando os

deslocamentos axiais de corpo rígido aproximam melhor os

resultados analíticos.

EXEMPLO 2

Estuda-se agora o comportamento de uma uiga em

balanço com uma carga momento aplicada na sua extremidade.

Figura 5.5 apresenta o modelo de elementos finitos e as

propriedades estruturais adotadas na análise. Neste eHemplo

foram utilizados 50 incrementes de carga atê atingii-' a carga

final, * . correspondente a H 1qual a 2.

a so~uçi"o analítica deste problema, com a qua 1 sao

comparados os resultados do programa, consiste em deformadas de

forma circular e pode ser facilmente obtida de cansideraç;;es

geonlétricas e da teoria das vigas. As para

deslocamentos encontradas por esta solução sao:

Page 98: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

79

u 1 sen e

= - (5.1) L e

V 1 ( 1 e) = - cos

L e •

' onde 6 é o ângulo correspondente à curvatura da viga.

Na Figura 5.6 estão apresentadas deformadas para

alguns valores do parâmetro de carga * ' l'I = ML /2rrEI. Os

resultados desta análise são comparados com a solução teórica.

As curvas que relacionam o momento com a rotação e

deslocamentos vertical e l1orizontal da extremidade estão

mostradas nas Figuras 5.?a, 5.7b e 5.7c respectivamente.

Observando-se as figuras 5.7 nota-se que a solução

obtida pelo progra1na é bem próxima da solução analítica 1r.esmo

para níveis de carga onde a viga está bastante distorcida, como

se pode uer na Figura 5. 6. Obser-va-se que as expressoes (5.1)

envolvem funções seno e cosseno que para serem bem representadas

• par polinômios cúbicos requerem uma discretização mais refinada •

tlesta análise o equilíbrio em cada passo foi garantido

com duas iterações de equilíbrio, para uma tolerância 0.001 do

trabalho das forças desequilibradas. Os resultados obtidos

aproximam-se dos resultados teóricos inclusive para valores de n*

ele1..Jados.

Page 99: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

E= IKN!m2

A= IOOom2

L:: Jm

I:: lm4

* ML M = 2TfEI

80

L

Mj)

µ __ t >

1

M~v.

FIGURA 5.5 EXEMPLO 2 -VIGA EM BALANÇO COM CARGA

MOMENTO APLICADA NA EXTREMIDADE

Page 100: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

81

, • )·

M"; 2

M•; t.6

Mº= 1.2

M•: 0.8

Figura 5.6 Configuraçoes deformadas da viga com carga momento

aplicada na extren1idade para valores do parâmetro

de carga 11* iguais a 0.4, 0.8, 1.2, 1.6 e 2.0 .

'

Page 101: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

M'

2.0

"' 1.5 "' o:

"' o

"' o o

1.0 o: ... "' ,. '"' o:

"' o,. 0.5

o.o

82

---- e, 4 e 2 ELEMENTOS

• • • • • • • • SOLUÇÃO ANALÍTICA

2..0 4.0 6.0 8.0

• T

100 12.0 • L

Figura 5.7a Resposta da rotaçao da eKtremidade da viga com carga

momento na extremidade .

Page 102: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

"' C> a:

"' o w o

~ .... w

" '"' a: êt

M'

2.0

1.5

1.0

0.5

QO

83

---- 2 ELEMENTOS ---- -4 ELEMENTOS ----&ELEMENTOS

• • • • •.• • •SOUJÇÃO ANALÍTICA

·---·---·-. -·--·--·-­., /)

V . .--

··' /-L ..---·--

~.

-·­.··// ---........ -· .--·-

0.2 Q4 0.6 }!__ L

Figura 5.?b Resposta do deslocamento vertical da viga com carga

momento na eKtremidade •

Page 103: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

'

M•

2.0

<( 1.5

"' a:

"' o UJ o o a: >-UJ

" '"' a: 11.

1.0

05

o.o

84

-·-·- 2:ELEMENTOS ------ 4ELEMENTOS

8 ELEMEN"TOS

• • • • ••••SOLUÇÃO IHJALiTlCA

0.2 0.4 06 0.B LO 1.2

Figura 5. ?e Resposta do deslocamento horizontal da \Tiga

submetida a uma carga momento na extremidade.

Page 104: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

85

EXEMPLO 3

Um pórtico plano de forma quadrada é submetido a uma

carga vertical de tração aplicada no centro das vigas superior e

inferior. Este exemplo está representado na Figura 5.8. Foram

realizadas análises adotando-se 2, 4 e 8 elementos por viga. Os

resultados analíticos apresentados por Hattiasson (27] sao

·comparados com os obtidos da análise com o programa ALAR. Por

esta razao, considerando a hipótese de elementos i1!extensíveis,

adota-se um valor grande para a área de seçaa transversal.

A análise foi realizada utilizando-se 50 passos de carga

até um valor de carga correspondente ao parâmetro de carga p*

igual a 4.

As configurações deformadas estão apresentadas na

Figura 5.9 e as curvas carga-deslocamento, para os deslocamentos

verticais dos pontos de aplicação da carga, A, e horizontais do

centro das barras verticais, B, indicados na Figura 5.8 1 ambas em

função do parâmetro de carga p* "' PL 2 /EI 1 sao vistas na

Figura 5. 10,

Observa-se, destes resultados, uma boa concordância com

os resultados analíticos. As iterações de ,equilíbrio em cada

passa resultaram rapidamente na convergência para a tolerância

adotada, sendo necessárias, no máxi1no, duas iterações para a

Page 105: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

86

L L

1 ---·-·------ A

2P J ·-·-·-·-·--•. I

1 l • I í ' 1 • 1 • 1 '

' . 1 ' 1 ' 1 i • 1 • 1

-

.

• ·----------- ---------

E: 104 KNtm 2

A= 1000 cm2

I = 1.0 cm4

L = 1.0 em

* PL2

p :: EI

/t 2P

B

-·-

r • 1 • 1 • 1 -' • 1 1 • 1 ,u 1

1 • 1 • 1 ' -' 1 i ' I

' ---r

FIGURA 5.8 EXEMPLO 3 QUADRO DE FORMA RETANGULAR

D!SCRfTIZADO EM B ELEMENTOS POR BARRA

CARGA D E T RAÇAO

Page 106: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

87

i 2 p

Figura 5.9 Configuraçoes deformadas do quadro retangular com

- * carga de traçao para P igual a 0.8, 1.6, 2.4, 3.2 e

• 4.0.

Page 107: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

,

P*

4.0

3.0

<{ C>

"' <{ o w 2.0 D

li? t-w

" '"' "' 1i' 1.0

00

BB

-·-·- Z ELEMENTOS ---- 4 ELEMENTOS

8 ELEMENTOS

" • •", • • • MATTIASSON

... / ·/

:''/ .~

:;; : /

. / / : '//· "/

r ... ~1· . ;; .

.·,/ :v,;·

u . " "

f

cY

OI 0.2

L .·'l'. L • ·9'_.

.f/

i/ ~·

0.3 0.4 as ~. r

Figura 5.10 Curvas parâmetro de carga * P versus deslocamento

para os deslocamentos u e v.

Page 108: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

89

discretização com 8 elementos por barra. Embora estes resultados

nao representem um modelo real, as restriçÕes impostas pela

solução analítica mostraram-se bem representadas no modelo.

EXEl'!PLO 4

A estrutura do Exemplo 3 é agora analisada para uma

carga de compressao, Figura 5.11. são adotadas as mesmas

propriedades e discretizaç~es do Exemplo 3. Suas deformadas

estão mostradas na Figura 5.12 e os deslocamentos t.1ert ica 1 do

ponto R e horizontal do ponto B 1 estão representados em funçao da

carga aplicada na Figura 5 .13. Esta o tambén1 representados nesta

figura os resultados analíticos de Mattiasson (27].

Novamente, poucas iterações foram necessárias para o

e.quilíbrio e os resultados mostraram-se muito próximos dos

analíticos.

eleu-ados.

EXEl'IPLO 5

Os deslocamentos ao final do processo já são mui to

O pórtico losangular da Figura 5.14a é analisado para

cargas de traçio aplicadas em dois vértices opostos, A e B.

Nestes vértices o pórtico é rotulado e possue ligação rígida nos

outros dois. As propriedades adotadas para análise sia:

Page 109: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

90

• L L

v A t~ --- íZ------ \ ---

• I 1

I ' ..J 1 • 1 • ' 1 1

' B :ui 1 • 1 1 ' 1

\ ' ' 1 • 1 ..J

1 1 • 1 ---------- -------------

2P

' Figura 5.11 Exemplo 4 - Quadro de forn1a retangular carregado no

centro das barras horizontais com cargas de

compressao.

Page 110: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

91

2P

2P

Figura 5.12 Configura9Ões deformadas sucessivas da estrutura do

EHemplo 4 para o parâmetro de carga p* igual a 0.B,

1.6, 2.4, 3.2 e 4.0 •

Page 111: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

,

p•

4.0

V> 3.0 <>'.

"' o: <>'. u

"' o

~ .... "' "' '"' o: a:

2.0

1.0

o.o

92

-· ---2 ELEMENTOS ---- - 4 ELEMENTOS

8 ELEMENTOS

• •• ··~·· MATTfASSON

0.2

1 I

u T

0.4 . Q6 0.8 1.0 l2 .J!.. !!._

' '

Figura S.13 Resposta das deslocan~ntos u eu representados na

Figura 5.10, P.ara cargas de compressão.

Page 112: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

E = 1 kN/m2

a = 1000 m2

I = 1 m11

L = 1 m

93

Este exemplo tem como objetivo, além de avaliar a

acurâcia do programa computacional~ verificar a metodologia

adotada para o caso de estruturas com liberações de extremidade.

Com esta finalidade, duas modelagens da geometria sao

consideradas e estão representadas nas Figuras 5.14a e b.

Na primeira modelagem, a estrutura, composta de quatro

vigas, é modelada com quatro elementos por barra. A. r6tula é

idealizada pela consideração da liberaçao à rotação de uma das

barras que concorrem ao nó rotulado. Cabe ressaltar que apenas

uma das barras pode ser considerada livre à rotação de modo que

alguma rigidez seja associada a este grau de liberdade global. A

segunda modelagem considera a simetria do problema. Somente

metade da estrutura é idealizada e condiç~es de apoio que

refletem esta simetria sao utilizadas. lls barras sao também

Estes elementos sao, no discretizadas em quatro elementos.

entanto, todos restritos à rata9ao. A consideraçio da rótula é

feita a través da 1 iberação dos nós A e B à rotação.

modelagens foram analisadas até a

em 60 passos de carga.

* carga P igual a 10,

as duas

aplicada

são apresentadas, na Figura 5. 15 1 as deformadas da

Page 113: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

94

' I I ' / . '

li .1·'~"

e

'"\ D

\ ' \

\ " • ' \

E • 1 kN/ m2

1000 m2 ~ A• \ is ! • 1 m4

L., 1 m r 2P

Figura 5.14a Exemplo 5 - Quadro de forma l.asangular discretizado

em 4 elementos por barra solicitado por carga de

tração.

Page 114: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

• I

Í

~/ ~ p

95

--!

Fiqura 5.14b Modelo considerando a simetria da estrutt-1ra e do

carregamento.

Page 115: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

e

p*. PL 2

EI

96

t 2P A

o

• ~ 2 p

Figura 5.15 Configurações deformadas da estrutura do Exemplo 5

* para P igual a 1.7 1 3.4, 5.1, 6.8, 8.5 e 10.0 •

Page 116: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

p'

'ºº

8.0

"' "' "' "' o w 6.0 o

~ !;;

" 4.0

'"' "' "' a.

2.0

o.o

97

---- 4 ELEMENTOS ........ '-!ATT!ASSON

0.1 0.2

V T

0.3 0.4

- -"-L

JL V L L

Figura 5.16 Resposta dos deslocamentos u e v do pórtico

losangular tracionado em funçao da carga

aplicada.

Page 117: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

98

estrutura para alguns incren1entos de carga, obtidas da análise

considerando a modelagem global da estrutura. Os gráficos da

Figura 5.16 ilustram este comportamento através de curvas

carga-deslocamento correspondentes ao deslocamento vertical do

ponto JI e horizontal do ponto D. Nestes gráficos sao •

confrontados os resultadas das duas modelagens CDlTI os de

• f'lattiasson [27].

Conclui-se da Figura 5.16 que a consideração de rótulas

através da condensação estática dos graus de liberdade liberados,

como sugerido no Capítulo 2, leva a resultados bastante próximos

aos fornecidos pela solução teórica. Pode-se dizer que a

consideração da simetria leva aos mesmos resultados que a análise

da estrutura como um todo, uma vez que a pequenas diferenças nao

perceptíveis na Figura 5.16. Neste exemplo a convergência foi

também bastante rápida.

EXEMPLO 6

Neste exe1nplo o pórtico losangular da Figura 5.17 é

estudado para um carregamento de compressão aplicado aos nós A e

• B. São adotadas as mesmas propriedades e discretização do

Exemplo 5. A análise é realizada considerando 60 passos de carga

. , 1 d * 1 ao fim dos quais atinge-se o nive e carga P igua a 10.

Os resultados destas análises fornecem as deformadas

apresentadas na Figura 5.18 para alguns passos de carga.

Page 118: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

99

Observa-se que devido aos grandes deslocam2ntos da estrutura os

pontos A e B cruzam-se quando p* iguala a 2.3 e a partir deste

ponto invertem suas posiçoes. n. carga aplicada passa então a

tracionar as barras, Os deslocamentos horizontais crescem no

sentido positi170 até esta inversao, decrescem e chegam a ser

negativos no final do processo • Estas obse1·1_1açÕes sao reiteradas

na Figura 5.19 and2' as curvas carga-deslocamento para os

resultados obtidos com o programa computacional e para os

resultados análiticos (27] estão representadas. Os rest.11 ta dos

encontrados neste exemplo apresentam boa concordância com os

* analíticos até atingir a carga P próxima a 2.3. A partir desta

carga o modelo computacional apresenta um comportamento um pouco

mais flexível.

Convén1 comentar qt1e a aná I i se deste cxemp lo exigiu

várias tentativas de ajuste de parânietros e de idealizaçao. A

adoção de outras modelagens levou a uma divergência da solugão a

partir do nÍ\1el de carga p* igual a 2.3. Este ponto corresponde

Justamente à inversao da solicitação como foi comentado

anteriormente. Nesta etapa sao observados deslocan~ntas grandes

e a conf igura.ção da estrutura após o incremento é ba.sta}1te

diferente da do passo anterior. Isto pode dP.cor~er de urna perda

real de estabilidade da estrutura ou de um acúmulo de erros ao

longo do processo. Em qualquer caso~ estes de

deslocamentos e cargas Já sao bastante afastados da realidade. ~

adoção de um método de solução n1ais eficiente Yto trata111ento

destes fenômenos poderia contornar este problema.

Page 119: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

100

2P

/ / A

---

8

2P

-------<

---

Figura 5.17 Exemplo 6 - Quadro de forma losangular discretizado

em 4 elementos por barra, solicitado por carga de

compressao.

Page 120: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

101

1 2 p

"' A

\

Figura 5.18 Configuraç~es deformadas do quadro losangular

* comprimido para P igual a 1.7 1 3.4, 5.1, 6.S,

8.5 e 10 •

Page 121: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

'

<(

"' "' <( u w D

~ 1-w

" •« o: <( Q.

02

P*

·I D

o.o

102

----4 ELEMENTOS

02

.l!... L

04.

MATTlASSON

0.6 o.a

.'L __ ., L

1.0 L2 ~ • j'.__ L L

Figura 5.19 Resposta dos deslocamentos u e v do quadro

losangular sujeito a cargas de compressao.

Page 122: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

103

EXEMPLO 7

Estuda-se agora uma viga engastada e liure mostrada na

Figura 5.20. A viga é idealizada em 10 elementos do mesmo

comprimento. a análise é feita e1n 50 passos de carga

valor K* = qL3 /EI igual· a 10 supondo-se duas hipóteses

até un1

para a

carga distribuída. Na primeira supoe-se carga constante no

sistema local e na segunda no si·stema global. A carga constante

no sistema local tem como objetivo representar o comP.artall'l9nto da

viga para uma carga de vento. A carga constante no sistema

global tem um comportamento si mi lar ao de cargas tipo

peso-próprio.

5.20.

Os parâmetros adotados est::io 1nostrados na Figura

Os resultados obtidos na análise com cargas constantes

sao comparados com os de Argyris [12] que considera~ em sua

formulação, uma matriz de rigidez que inclue correçÕes devidas às

cargas não-conser\1at i vas. As respostas para cargas constantes no

sistema global

Holden (29].

adi mens iona l.

sao comparadas com os re5ultados analíticos de

A Figura 5.21 mostra essas quatro curvas em forma

Observa-se da Figura 5.21 que quando a uiga é carregada

com uma carga constante no sistema loc"-11 o~. deslocamentos sao

maiores que os obtidos com um carregamento constante n0 sistema

global. As curvas para estas duas análises sao próxi111as somente

Page 123: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

l04

~ 1 l l l,I l l l l l q

+---~L ~-l ( o )

> q'

E• 2.1 X 1011 N/m2

----i A• 20 X 10·4 m' ,, L ' 1.0 m

q• l ' 1.66667 • 1o·e m4

( e l K•: q L' TI

FIGURA 5.20 EXEMPLO 7 •

(o) VIGA EM BALANCO COM CARREGAMENTO

• DISTRIBUIDO .

( b) CARGA DISTRIBUI DA CONSTANTE NO SI§ TEMA LOCAL,

1e1 CARGA DlSTRJBUIDA CONSTANTE NO SI~ TEMA GLOBAL.

Page 124: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

"' "' o:

"' u

w e o o: >-"' " '"' o:

"' Q_

105

K' ---- 10 ELEMENTOS

----- ARGYRiS

lQQ • • • • • • • • HOL.DEN

8.0

6.0

4.0

2.0

QO 0.1 0.2 0.3 0.4 05 -06 0.7 08 V L

Figura 5.21 Curvas parâmetro de carga K* versus deslocamento

para viga com carregamento distribuído constante

no sistema global e constante no sistema local.

Page 125: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

K '

10.0

8.0

6.0

4.0

/, 2.0

o.o

106

---- IO ELEMENTOS- CARGA DISTRIBUÍDA

---- 2 ELEMENTOS-CARGA OISTRÍBUÍDA

-·--· 1? ELEMENTOS - CARGA CONCENTRADA

HOLOEN ., ·i ;, /

,'!/ 1(1/

tt/ 1. lt_

1. I '/

I '/ I . I .'/

/ .'I / r;

0.1 0.2 03 0.4 05 0.6 0.7 08 ~ • .Y.. L L

Figura 5.22 Comparaçao com n~delos de cargas concentradas nodais •

Page 126: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

107

. * ate K em torno de 3. Os resultados de ambas análises aproHimam

bem os resultados de Argyris (12] e Holden [29].

Investigou-se ainda, o comportamento desta mesma

estrutura se ao invés de considerar a carga distribuída na barra,

concentrarmos esta carga nos nós • O resultado desta análise está

• apresentado na Figura 5.22 confrontado com os da carga

distribuída constante no sistema global e a soluçao apresentada

por Holden [29].

Destes resultados observa-se um comportamento n~is

flexível da estrutura quando a carga é aplicada de forma

distribuída.

Os dois exemplos apresentados a seguir procuram avaliar

o comportamento do programa ANPES para a análise de estruturas

espaciais. Os resultados obtidos pelas análises utilizando este

programa sao comparados com resultados de outros programas de

aná 1 i se.

EXEMPLO B •

Este exemplo consiste de uma viga em arco de círculo de

45° sujeita a uma carga concentrada aplicada em sua eKtremidade

como mostrado na Figura 5.23. O raio de curvatura médio da viga

é de 100 cm, a área da seçao transversal de 1 cm2 • tl ·viga está

no plano X-Y e a carga concentrada está aplicada na direçao Z.

'

Page 127: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

X

108

z

\

2

' p

• •

(a)

y ENGASTE rt;--.,F:::::;;;:,::::=-------------

E • 10'

R • lm

y

éb1 1 b l

KN/ m2

o • 0,01 m

b • 0,01 m

K • P.R2

TI ( b)

X

FIGURA 5.23 EXEMPLO 8 • VIGA CURVA EM ARCO DE 45º CARREGADA NA EXTREMIDADE.

(o) ISOMÉTRICO

I b I PLANTA

Page 128: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

109

z

X

' P*= 7 A (CONFIGURACÃO flNAL)

'

'

/

/ /

/ / /

/ /

/

y

A (CONFIGURACÁO INICIAL}

Figura '5.24 Configuração deformada final e algumas inter1nediárias

da viga curva com carga transversal aplicada na

extremidade.

Page 129: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

110

p • 8 ELEMENTOS

• . ........ BATHE E BOLOURCHi

7.0

6.0

5.0

"' C> a: JL JL

"' ' ' <.) 40 ., o o 3.0 a: 1-., " '"' 2.0 a: .. a.

1.0

o.o 0.1 0.2 .03 0.4 0.5

Figura 5. 25 Cur1..Tas parâmetro de carga p* versus deslocamento

para os deslocamentos u (na direção y} e u (na

di~eçio z) da extremidade da viga.

Page 130: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

111

Utilizam-se na modelagem 8 elementos de igual

comprimento e aplica-se uma carga de 600 kH em 40 passos de

carga. Os resultados obtidos com estes parâmetros sao comparados

com os de Batll.e e Bolourchi [10] que adotam as mesmas

propriedades e idealizaram a viga em oito elementos

• isoparamétricos.

A Figura 5.24 apresenta a configuraçao final e algumas

configuraçoes intermediárias da estrutura. A comparaçao dos

resultados desta análise com os da referência (10] é feita na

Figura S.25 da qual se observa um comportamento mais fleHÍVel

para a discretizaçio utilizando elementos isoparamétricos. Para

a carga final obtêm-se os mes1nos deslocamentos transversais da

viga para os dois modelos.

EXEMPLO 9

O pórtico espacial, em forma de tripé, mostrado na

Figura 5.26 em perspectiva isométrica e em planta é analisado

para uma carga horizontal aplicada na base. O pórtico é formado

por três barras, sendo duas engastadas na base e a outra livre à

rotação em torno do eixo K e livre para deslocar-se na direçio Y.

* Aplica-se uma carga concentrada horizontal de valor P igual a 60

na direção do eixo Y no sentido positivo em 60 passos de carga.

Este exemplo foi analisado por Souza (30] adotando as

Page 131: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

112

mesmas propriedades com uma discretização de três elementos

Lagrangeanos cúbicos por membro. A análise de Souza foi

realizada através da formulaçi"o Lagrangeana Total adotando 600

passos de carga, sem iteraç~es de equilíbrio, até a carga total

PM igual a 60.

A Figura 5.27 apresenta as deformadas para p* igual a

10 1 25 e 60 obtidas dos resultados do programa ANPES. Curt.Jas

carga-deslocamento destes resultados estão apresentadas na Figura

5.28 sobrepostas às de Souza (30].

Constata-se, na Figura 5.28 que as duas análises

apresenta resultados bastante próximos. A solução analítica do

problema nao é disponÍ1.'el e por isso un-ra melhor avaliação

relativa destas análises torna-se difícil. A análise feita neste

trabalho requer apenas 60 avaliaç:;;es da matriz de rigidez e un1a

vez que no n~ximo três iteraç~es de equilíbrio foram necessárias,

a equaçio 3.5 foi resolvida no máximo 180 vezes. Uma confrontaçio

melhor da eficiência destes dois procedimentos só pode ser

realizada conhecendo-se os tempos de processamento de cada

análise.

Apresentam-se agora alguns exe1nplos para verificar a

aplicaçao das técnicas de análise nao-linear implementadas no

programa coinputacional à análise de estruturas reais de grande

porte. Mais ainda, sua utilizaçio para estruturas espaciais é

demonstrada.

~

considerando

Estes exemplos foram analisados por Orbinson [B]

os efeitos da nao linearidade do material

Page 132: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

X

~~{ ' 1 . b .

t-"+

2

FIGURA 5.26

3

113

z 10

9

0,.. B

7

B

9

IQ__. 1 _,.,..._

6

fi L 2

5

EXEMPLO 9 DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA

E= 2.ox101 KN/m2

L:: 0.31177 m

b:O.Olm

o ::O.Olm

Page 133: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

114

.,. ---(/ 1= _ -.. , .... ,

/, '/ /, , , / / /, ,

/, / / , ,

, / / /, , '/ / /, ,

,/ / /' , ,/,/

/'/

1\ P*• 25

~ p•. 60

,/, /,'/ ,'l'

//~ '•/ ,y,

o/ /-

Figura 5.2? Configuraçao deformada da estrutura nos niveis de

* carga P iguais a 10, 25 e 60 .

Page 134: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

600

50.0

., "' "' 40.0 ., o w o o 300

"' t-w

"' ,., 2:10 "' .,

Q.

!O.O

ao

.

115

---- 8 ELEMENTOS

........ SOUZA

º'º '

0.2 0.4 06

. '

. .

08 to

-~ L

U V lL

Fiqura 5. 29 Curvas parâmetro de carga p* verst.ts deslocamento

para os deslocamentos y e z do nó 10 e deslocamento

y do nó 4.

Page 135: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

116

EXEMPLO 10

O comportamento não-linear geométrico de um pórtico

plano de doze andares é investigado. A geometria e propriedades

do problema estao apresentados na Figura 5.29. Todos os membros

estão orientados de forma que a flexão aconteça no eixo de maior

inércia. Utilizam-se quatro e_lementos por barra para as vigas da

esquerda e dois para as da direita resultando num total de 252

graus de liberdade ativos. A estrutur.a é carregada com uma carga

de gravidade de 8.9 kl~ em cada nó e uma carga lateral de 35.6 kN

foi especificada para os nós da coluna da direita, íls cargas

foram aplicadas em 40 incrementas com convergência para o

equilíbrio em cada passo. A confiquração final da estrutura está

mostrada na Figura 5.30, onde foi necessária a adoção de um fator

de amplificação de deslocamentos de 5 para possibilitar a

visualização da configuraçao deformada. O deslocamento lateral

do topo do pórtico, em funçi:o do nível de carga aplicado está

mostrado na Figura 5.31.

EKEHPLO 11

eHemplo.

Um pórtico espacial de seis andares é apresentado neste

A geometria e propriedades das seçoes transversais

estão mostrados na Figura 5.32. As seçoes que aparecem em planta

são utilizadas para todos os niveis. O pórtico é modelado e1n 63

Page 136: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

'~

117

Wl2 X 16 ~_.,_,....,,_,,".--~ -1-------'-----' -

f------1-----l -

f------1-----l -

Wl4>?? 1-----'llitL'-"_j_ _ _J -

1------'-----J -

1------'-----J -

Wt6x 26

1-------'-----J -

1------'-----J -

W2fx44 1--~~~-'-----J -

1t ~ 730cm .. ~ '

e u

o o

"' @ N

'\

Figura 5.29 Definição da geon1etria, carregamentos e propriedades

do pórtico plano de doze ancla1~es.

Page 137: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

118

r-• • • 1 ! 1 • • 1--• • i 1 1 1 • • ' 1- ; ' ' 1 1 1 ' • ' 1-' ' ' 1 1 1 ' ' ' 1-' ' ' 1 1 . 1 ' ' ....:. 1- ' ' ' 1 1 1 • ' ' • ' ' 1 1 1 • • • ' ' ' 1 1 1 ' • ' ' ' ' 1

!1 1 • '

1t

~ \m '7~""

Figura 5,30 Configuraçao final do pórtico de doze andares.

'

Page 138: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

,

_!'_ p TOTAL

1. o

6.0

"' "' o: 06

"' u w o o: 0.4 g ri

02

o.o

119

• 0

• • • • • • ANÃL!SE LINEAR

ANÁLISE NÃO- LINEAR GEOMÉTRICA

5.0 10.0 15.0 20.0 25.0 u

30.0cm

Figura 5.31 CurtJa carga l..1ersus desloca1nento horizontal do piso

superior do pórtico plano do Exenlplo 10.

Page 139: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

120

elementos resultando num total de 180 graus de liberdade ativos.

Foram aplicadas cargas de 19.2xl0-3 l'IPa de gravidade em todos os

níveis e também uma carga lateral de 106.B kN aplicadas a cada nó

da vista frontal na direção do eixo y. As curvas que representam

os deslocamentos laterais do pórtico em função do nível de carga

estão apresentadas na Figura 5.34 e sua deformada após o Último

incremento é vista na Figura 5.33. Novamente os deslocamentos

foram ampliados cinco vezes para possibilitar sua representação.

Na observaçao da Figura 5.34 constata-se que a análise

nao linear reflete um comportamento mais flexível da estrutura

que a análise linear .

Page 140: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

121

Wl4 22 •

2 • g

l 3 • • • --j

i 1 _J __ _

2

"' ~' 1

!

~ ~ l_

' ""

' •1 ..

~l J

y

w.,. .,. º"

~

~ ~ T ~

• • " ~ ~ g • • • , .

1 ' Wl2 J 26 W!2 x 26 ___.__..

X

• !.----== .:. _____DQ~_tn~

Figura 5.32 Definiçao da geon)eti·ia e propriedades do pórtico

espacial de seis andares do EKen1plo 11.

Page 141: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

'

122

.... _ _ , ,,.

1 • .... 1

' ' -~ /'

! 1

' ' ~1 I

' '

'/ ~ / • / '

Figura S.33 Configura9io final do pórtico espacial de seis

andares

Page 142: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

'

'

'

1'. ProTAL

1.0

" "' 0.75 e:

" o w o e: o 0.5 ... " ..

0.25

o.o

123

-----ANÁLISE LINEAR

----ANÁLISE NÃO--t..INEAR GEOM!TR!CA

625 ~ 12.5 Ja75 250 3l25 u

35.7 {cm)

Figura 5.34 Cur\1a carga versus deslocan1ento l1orizontal do piso

Stiperior do pórtico espacial do Exen1plo 11.

Page 143: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

• CAPITULO 6

CONCLUSÕES '

O desenvol1Jimento apresentado nos capítulos anteriores

focalizou a obtenção de técnicas de análise não-linear

computacionalmente eficientes e suficientemente aproKimadas para

o proJeto de estruturas reticuladas de aço. O trabalho reportado

nesta dissertaç;o é resumido neste capitulo e algumas conclusões

sao eKpostas, Sugestões para futuros desenvolvimentos sao

apresentadas.

6.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

A.pós a apresentaçã-o da motivação desta pesquisa no

capítulo introdutório, reexaminou-se, no Capítulo 2, a formulação

Lagrangeana Atualizada para vigas tridiniensionais considerando

cargas distribuídas em barras. As expressaes analíticas para um

elemento de viga-coluna subparamétrico tridimensional foram '

apresentadas. As matrizes de rigidez deste elemento foram

deri1..radas explicitamente. As matrizE>s para elE>mentos com

liberaçoes de e~tremidade sao obtidas da matriz do elemento

bi-engastado através da condensaç;;;:o estática dos graus de

liberdade, realizada por um processo de eliminação de Gauss.

Discutiu-se também neste capí tt.1!0 a recuperaçao das

Page 144: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

125

forças internas e adotou-se um procedimento direto de

determinação das forças internas aHiais.

Alguns métodos de solução para o ~

sistema de equaç:oes

• não-lineares sao revistos no Capítulo 3. Adotou-se como método

de solução O método de Newton-Raphson modificado. as

atualizaç;;es de geometria necessárias ao desen\ro 11-'i menta do

processo incremental e iterativo foram também tratadas.

No Capítulo 4 apresentaram-se vários aspectos da

implementação computacional do programa de análise naa-linear e

de um sistema computacional interativo de visualização e

pós-processamento de resultados. Alguns testes foram realizados

e seus resultados comparados com soluções analíticas e com outros

estudos. Algumas estruturas de· dimens~es reais foram também

analisadas. Os resultados destas análises foram apresentados no

Capítulo 5.

6.2 CONCLUSÕES

A formulação Lagrangeana Atualizada mostrou-se bastante '

adequada à análise de estruturas considerando grandes

deslocamentos. A inclusão de forças distribuídas considerando

sua natureza, quer constante no sistema local quer no sistema

global 1 mostrou-se bastante simples. a imple1nentaçio

computacional desta formulaçao utilizando elementos de viga

tridimensionais subparamétricos e a consideraçao das 1 iberaçÕes

Page 145: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

126

de extremidade através da condensação estática dos graus de

liberdade é bastante simples e eficiente.

Em geral! nos exemplos descritos no Capítulo 5, poucas

iterações foram necessárias para atingir-se o equilíbrio e as

soluçoes numéricas aproximam bem a solução analítica ou soluç;;es

que utilizam outras implementações.

Observa-se do estudo de uma viga em balanço com uma

carga transversal aplicada na extremidade que a recuperaçao de

forças ut i 1 izando a recuperaçao da força aKial diretamente é

também eficiente e fornece mell1ores resulta dos que a recuperaçao

de forças convencional.

Atesta-se o bom comportamento das funçoes que

interpolam a geometria e os deslocamentos! resultando em uma boa

representação de vigas sujeitas a grandes variações de geometria.

Isto se det.re ao desacoplamento de teru10s em deslocamentos e

rotaçoes nessas funções e a uma boa atualização da orientação dos

elementos no espaço. O Exemplo 2 reitera estas afirmações uma

vez que a solução analítica envolve as funçÕes seno e cosseno e

as funções de interpolação do elemento fornecem resultados muito

bons mesmo para os deslocamentos finais onde a estrutura

apresenta grandes deslocamentos.

Os Exemplos 3 e 4 apresentam resultados excelentes 1

sendo a solução obtida pelo modelo computacional quase exata. l~o

Page 146: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

127

Exemplo 5 novamente constatam-se bons resultados para um quadro

losangular submetido a forças de traçao. Ho estudo deste mesmo

~

quadro para cargas de compressao observa-se uma instabilidade da

solução. Para os parâmetros adotados esta instabilidade é

pequena, no entanto, para outras discretizaç~es testadas, após o

nível de carga p* em torno de 2.3, os resultados divergem.

Constata-se da análise ctoS resultados desta estrutura a

possibilidade de obterem-se as matrizes de rigidez para

estruturas com rótulas através da eliminaçao na matriz do

elemento bi-engastado do grau de liberdade de rotaçao

correspondente,

A avaliação do comportamento de uma viga em balanço

sujeita a um carregamento distribuído é feita através da

observaçao dos resultados do Exemplo ?. ~ consideração da carga

aplicada como constante no sistema local leva a deslocamentos

maiores que a carga constante no sisten1a global. Este

comportamento diferencial de estruturas sujeitas a cargas de

naturezas diversas evidencia a necessidade da consideração desta

natureza no estudo do colapso da estrutura. Para valores de

deslocamentos inferiores aos admitidos nas especificaçoes de

projeto esta diferença nio é significativa e pode ser ignorada . •

Do estudo do con1portamento de uma viga curva sujeita a

um carregamento transversal observa-se que os deslocan1entos

finais concordam com os de Bathe-Bolourchi [ 10]. .A.s ct.1rvas

carga-deslocamento, sao no enté'<nto ligeiramente diferentes,

embora apresentem o mesmo con1portamento. O modelo aqui adotado

Page 147: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

120

apresenta um comportamento menos flexível que o de

Bathe-Bolourchi.

O tripé estudado no Exemplo 9 apresenta bons resultados

~ comparados com os de Souza (30) avaliando a capacidade do

programa de analisar estruturas tri-dimensionais. Os exemplos

finais demonstram a eficiência do programa quando aplicado à

análise n;o-linear geométrica de pórticos planos e espaciais de

grandes di1nensoes.

Constata-se, na análise dos exemplos do Capítulo 5, a

simplif icaçio na interpretação dos resultados introduzida pela

utilizaçao

interativo.

de um programa de pós-processamento gráfico

6.3 SUGESTÕES

Para dar continuidade a este traball10 sugere-se que a

análise seja expandida para incluir estudos de comportamentos

pós-flamhagem e consideraçao da nao-linearidade do material .

• Para incluir-se a obtenção de respostas pós-flambagem a adoçao de

métodos de solução de deslocalnentos controlados é necessária. A

investigação de n1étodos de solução que controlem o trabalho das

forças internas como o proposto por Yang [7] é também de grande

interesse. A consideraçio de nia-linearidade do material através

de pontos de plastificaç"io concentrados pode ser realizada

através da introduçio de rótulas na estrutura nos pontos

plastificados.

Page 148: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

129

a inclusão de efeitos como os introduzidos pelas

deformações por e isa lhamente, empenamento da seçao, e r lambagem

local da mesa ou alma, na representação do elemento e avaliaçao

~de sua influência na resposta da estrutura é também uma proposta

• para outros desenvolvimentos.

~ avaliação das forças internas através de um processo

que elimine de forma mais eficiente os deslocamentos de corpo

rígido é conveniente. O processo de convergência em cada passo

seria acelerado e os resultados obtidos mais confiáveis. Outra

contribuição para a eficácia do processo seria a adoção de

incrementas de carga variáveis, determinados pelo processo de

análise, que levem em conta o grau de não-linearidade da

estrutura.

' E interessante também fazer estudos com o uso de outras

discretiza9Ões, a fim de avaliar a importância do número de

elementos e dos parâmetros de análise utilizados na eKatidão dos

resulta dos •

Cabe analisar estruturas reais e dimensioná-las de '

acordo com os resultados obtidos comparando com dimensionamentos

que incluem os efeitos destas nao linearidades de forma

aproximada. A verif icaçio das normas de projeto com relaçio a

estes resultados é de grande '-'alia.

Page 149: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

130

A associaçao de um programa computacional de

preprocessamento interativo de estruturas reticuladas ao programa

de análise seria de bastante auxílio na tarefa de entrada de

dados. Mais ainda, a implementação de um sistema de análise

não-linear com interação gráfica seria o ideal. Uma maior

utilizaçao de técnicas interativas adaptativas permitiria um

controle da análise através da monitoração de resultados em tempo

real de computação. Uma análise interativa permitiria ao usuário

intervir durante a análise quando surgisse algum problema,

alterar parâmetros de aná 1 i se e incrementas de carga, e modificar

o algoritmo adotado.

Page 150: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

REFER1hicIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] NATIONAL STANDARD OF CANADA, CAN3-S16.1-MB4,- "Steel

Structures for Bui ldings (Limit States Design) 1 Canadian

Standards Association 1 Rexd.ale 1 Ontario, 1994.

(2) WOOD, 8. R. 1 BEllULIEU D., ADAMS P. F. - ·• Column Design by

PDelta l'fethod " 1 Journal oj~ the Structural Division, Proceedings

of ASCE 1 Vol. 102 1 No. ST2 1 February 1976.

[3] WOOD, B. R. ~ BEAULIEU :D., llDAHS P. F. - " Further Aspects of

Design by P-Delta Hethod "" Jaurnal af the Structural Di\Jision 1

Proceedinqs of ASCE! Vol. 1•Zl2, No. STJ, l'farch 1976.

(4) BATHE 1 K.-J. 1 RAMI1 1 E. 1 WILSON, E. L. ·· Fini te Element

Formulations for Large Deformation Dynamic Analysis

International Journal for r;:umerical Hethods in Engineering, Vol.

9, 353-386' 1975.

' [5] BA.THE, K. -J. " Fini te Element Procedures in Engineering

A.nalysis Prentice-Hall, [nc., Englewood Cliffs, N. J., 1982.

[6] GATTASS, H. Lari;re Disp lacernent, Interact ive-A.dapt i ve

Dynamic A.nalysis ar Frames Thesis in partia! fulf!llment of

the requirements for the dE•gree of Doctoz: of Philosophy 1 Cornell

Page 151: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

132

University, Ithaca, N. Y., 11arch 1982.

[7] YRNG, Y.-B. Linear and Nonlinear Analysis of Space

Frames Wi tl1 Nonuniform Torsion Using Interactive Computer

Graphics ··, Thesis in partia! fulfillment of the requirements for

the degree of Doctor of PJ1i losophy, Cornel 1 Uni ver_s í ty, Ithaca,

N. Y., June 1984.

(B] ORBINSON, J. G. Honlinear Static ílnalysis of

Three-Dimensional Steel Frames Thesis in partial fulfillment

of the requirenients for the degree of Doctor of Philosophy,

Carne!! Unitrersity, Ithaca, N. Y., 11arch 1982.

(9] HILMY, S. I. Adaptive Nonlinear Dynamíc Analysis of

Three-Dimensíonal Steel Framed Structures with Interactive

Computer Graphics Thesis in partia! fulfillment of

requirement s for the degree of Doctor of Phi losophy, Carne! 1

Unil.1ersity 1 Ithaca, N. Y., June 1984.

(10] BATHE, K.-J. 1 BOLOURC!lI, S. " Large Displacement Analysis

of Three-Dinlensional Beam Structures ·• Internat ional Jot.trnal for

Numerical Methods in Engineering, Vol. 14, 961-986, 1979 •

(11] BATHE, K.-J., BOLOURCHI, S. ,-

Nonlinear Plate and Shell Element" 1

Vol. 11, pp. 23-48, 1980.

A Geometric and Material

Compt.tter &- Structures 1

Page 152: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

133

(12) ARGYRIS, J. H., SYl'IEO~!IDIS, Sp. - .. Nonlinear Finite Element

Analysis of Elas tio Systems under Nonconservative Loading.

Part I Quasistatic Proble·ms Computer l'lethods in Applied

Hechanics and Engineering 1 Vol. 26, 75-123 1 1981 .

(13) WILSON, E. L.

lnternational Journal

Vol. e, 199-203, 1974.

'rhe Static Condensation A.lgorithm

for· Numerical l'lethods in Engineering,

[14) POWELL, G. H. ,- '"The1Jry of Nonlinear Elastic Structures",

Journal of the Structural ~1ivision, Proceedings of ASCE, Vol. 95 1

No. ST12 1 pp. 2687-2701 1 De·cember 1969.

(15) COOK 1 R. D. - .. ConceJ~ and Applications of Finite Element

Analysis ", Second Edition, John Wiley and Sons, N. Y., 1981.

[16] Rêl111 1 E. 1 - "'Strategies for Tracing the Nonlinear Response

Hear Limit Point" 1 Hon1inear Finite Element Analysis in

Structural Hechanics, Ruhr Uni1,1ersitat 1 Bochum, Germany,

PP• 63-69, July 1980 •

(17] BATOZ, J. -L.' DHA1'T 1 G.- "Incremental Displacement

Algorithms for Nonlinear Problems" 1 International Journal for

Humerical Hethods in EnqinE·ering, Vol. 14 1 pp. 1262-1266 1 1979.

( 19] POWELL, G. 1 SIMON, J. "In1pro1,1ed Iteration Strategy for

Nonlinear Structures" 1 lnternational Journal for Numerical

Page 153: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

,

134

Hethods in Engineering, pp. 1455-1467, 1991.

[19] llRGYRIS, J. H. ' - "Continua and Descontinua··, First

Conference on Hatrix l'lethods in Structural Hechanics,

Writh-Patterson Air Force Base, Ohio, pp. 11-189, October 1965.

[20] WEMPNER, G. A. ' - Discrete AproKimations Related to

Honlinear Theories of Solids" 1 Internation'al Journal of Solids

and Structures, Val. 7 1 pp. 1581-1599 1 1971.

[21) CRISFIELD, 11. A.,- "ll Fast Incremental/lterative Solution

Procedure that Handles 1 Sr1ap Through''" 1 Computer & Structures,

Vol. 13, pp. 55-62, 1981.

(22] McGUIRE, w. ' GQ.LLACiHER 1 R. H •. ' - "Hatrix Structt1ral

Analysis", John Wiley & Sons, New York, 1979.

(23] BATHE, K.-J,, WILSON, E. L. " Numerical Methods in Finite

Element Analysis •· Prentice-Hall 1 Inc. 1 Englewood Cliffs 1 N. J.,

1982.

[24] GATTASS 1 M. 1 FERRARI, M. C., FIGUEIREDO, L. H. " Soluçao

de Sistemas de Eq-uaçao de 11atrizes Esparsas Simétricas Positivas

Definidas O Método de C:rout 11odif icado Artigo Técnico AT

24/84 1 Departamento de Engenharia Civil, PUC-RJ, 1984.

(2S] FOLEY 1 J. D., VAN Dlll1 1 A. "Fundamenta Is of Iteraat ive

Page 154: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

135

Computer Graphics", Add i son-W'esley, Read ings 1 1982 .,

(26] LOPES, ft. R. Un:, Préprocessador Gráfico de Pórticos

Espaciais Tese de Mestr<:ido, Departamento de Engenharia Civi 1 1

~ PUC-RJ, Agosto 1997.

(27] 11llTTIASSON, K. .. Nunierical Results from Large Def !ection

Beam and Frame Problems Analysed by Means of Elliptic Integra.Is",

International Journal for Numerícal Methods in Engineering,

Vol. 17, No. 1, 145-149, 19131.

(28] BISSHOPP, K. E., DRUCKER, D. C. "Large Def lect ions of

Cantilever Beams ·• Quarter Applied Mathematics, Vol. 3, 272-2?5,

1945.

(29] HOLDEN, J. T. "On the Finite Deflections of Thin Beams",

Interna t ional Jot.1rna 1 of Solids and Structures, Vol. a,

1051-1055, 1972.

(30] SOUZA, E. M. ,- "Anális1~ Não-Linear de Pórticos Espaciais com

Elementos Finitos de Curvatura e Espessura Variáveis~, Tese de

Mestrado, Departamento de E11genharia Civil, PUC-RJ, llbril 1984 .

(31] BARSOUM 1 R. S., GllLL.A.GIIER, R. H. - .. Finite Element Analysis

of Torsional-FleKural Stabi1ity Problems ", International Journal

for Numerical Methods in ~1ineering, Vol. 2, 335-352 1 1970.

Page 155: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

136

[32) HIBBIT, H. D., MRCftL, P. V., RICE, J. R. "A Finite

Element Formulation for :Problems of Large Strain and Large

Displacement .. , Internat ional. Journal of Sol ids and Structures,

Vol. 6, 1069-1086, 1970.

(33] ZIENKIEWICS, O. C. - " The Finite Element l"lethod " Third

Edition, Hcgraw-Hill Book Company Ltd., U. K. , 1977.

(34) ROEHL, D. M. "Manual de Utilizaçio do Programa ALílR"",

Departamento de Engenharia Civil PUC-RJ, Setembro 1987.

Page 156: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

APj:;lillICE li

, FORMULAS PflRA O ELEMENTO DE VIGA-COLUNA

Este apêndice apresenta as

referenciadas no Capitula 2.

fl.. 1 Funçoes de interpolação 11ermi t ianas

J

2

1

4

1

2

L

a

[ 1 - t1 l

[ 2 - 3t 1 - t ~ l

[ 1 + {1 l

fórmulas e matrizes

Page 157: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

hs(ti) = 1

4

138

h, ( t.) = -h, ('. 1

A.2 Matriz de

subparamétrico

= -

= Q)

Hl 1

6 -

Hl 7 = ,

L

8 [

2 ' l 1 + ti - ti - 'i J

inte1~polação de deslocamentos do ele1;1ento

1

2

b

8

3

4

3

4

h

8

1

2 [

h

L

b

L

,,

1

t' [ ~: - 1 ]

[ -1 2

l - 2,i + 3,,

+ t. l

Page 158: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

= - 3

4

3

4

"1,10 = 0

"2 3 = 0 •

1

h

8

b

4

L

6

b

8

h

L

b

L

139

t. [ 1 - t~ 1

[ 2 ·- 3t1 + s-: J

t.[1-t.J

Page 159: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

1

4

140

H2, 10 .: - : t 3 [ 1 + ti ]

= -

H3 5 = -•

"3,6 = 0

1

4

h

4

L

8

L

8

~,[1·~.J

[ 1 - ~1 -

Page 160: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

H3 B = 0 '

1 H3

19 =

4

H3 10 = '

h

4

L

8

141

[2•3(',-, l ,,

,, [ 1 + t 1 l

A..3 f-1atriz deforri.ação linear - deslocarnentos nodais, BL

8Ll 1

= -L

8 L2 3 h t1 ,, = -

17

8L3 3 b ,, ,, = -17

8L4 = 0

8L5 1 ~t~ [ Jt, 1 l = -2 L

8L6 1 h ,, [ 3(', 1 l = - -2 L

BL? 1 = L

Page 161: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

142

8LS

3 h

ti ·~ 2 = ~

8L9

3 b ç, ·~3 = ~

8Lt0 = 0

8 Lil l b

[ 3Ç 1 + 1 l = __ ç, 2 L

8L!2

l h ç, [ 3Ç 1 + 1 l = -2 L

A.4 Matriz deformação n:io-linear - deslocamentos nadai5 1 BNL

Para simplifica.r a escrita BliL ~stá representa.do por B.

ª1 . = BL . i = 1' 12

" " 8

2,1 = 0

3 1 2

l ª2,2 = ç, - 1 2 L

8 2 3 = 8 2 5 = ª·1 7 = 8 2 9 = 0 • • .. . •

8 2 4 1 h i· = ·• • 2 L

Page 162: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

82 B = •

8 3 1 = •

83,3 =

83,4 -

83 9 -•

83,10 =

1

4

-B2,2

83 2 •

3

2

1

2

1

4

3

2

1

2

=

= - 1

4

1

L

143

8 3 6 = 8 3 7 = 8 3 B = 83,12 = 0

• • '

1

• l t, - 1

b e3 L

-2~,-1]

1 [ • l t, - 1 L

b t3 L

+ 2~ l - 1 ]

Page 163: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

144

A.'5 Matriz de rigidez lii:lear

·· i:::::~:::i:::::::::i:::::::::i::::::::1:::::: ·:r::::::::i:::::E:i:::::::::c:::::::i:::::::::c:::::::i::::::::: 1

l _________ l _:::_:;:_ l ____ · ____ l ____ : ____ I ____ :__ _ l __ ·:_:;:_ l ___ ,: ____ I ::::_:;:_ l ____ : ____ l ____ : ____ l ____ : ____ l _:_·_:;:_ I l _________ l _________ l _:::_:;:_ l ____ : ____ I _:::_:; :_ l ____ : ____ l ____ : ____ l ____ : ____ I ::::_:;:_ l ____ : ____ l _:::_:;:_ l ____ : ____ I I _________ I _________ l _________ l __ :_:~: __ I ____ :__ _ l ____ : ____ l ____ : ____ l ____ : ____ l ____ : ____ I __ :_:!: __ l ____ : ____ I ____ · ____ I l _________ l _________ l _________ l _________ I _:_:_:; '_ l ____ : ____ l ____ : ____ l ____ : ____ l _:_:_:;:_ l ____ : ____ l _:_:_:;'._ I ____ : ____ I l _________ l _________ l _________ l _________ I _______ _ l _:_:_:;:_ l ____ : ____ l _:::_:;:_ I ____ : ____ l ____ : ____ l ____ : ____ I _' _ ·_:;:_ I l _________ l _________ l _________ / _________ I _______ _ / _________ l __ :_:~: __ / ____ : ____ I ____ : ____ / ____ : ____ / ____ : ____ / ____ : ____ / / _________ l ___ ,_·::'.l:::: _____ l _________ I _______ _ l _________ l _________ l _:::_:i:_ I _: __ : ____ l ____ : ____ l ____ : ____ l _:::_:;:_ I l _________ / _______ _J _________ / _________ / _______ _ l _________ I _________ / _________ , _'.'.'._:;:J ____ : __ __1 _:_:_:;:_ / __ --·_ ---'

/ _________ l _________ l _________ l _________ I _______ _ l _________ / _________ l _______ __l _________ l __ :_:!: __ I ____ : ____ I ____ : ____ I I _________ l _________ l _________ l _________ I ________ l _________ I _________ l _________ l _________ l _________ l _:_:_:;'._ l ____ : ____ I

.. , l _________ l__ _______ l _________ l _________ I _______ _ l _________ l _________ l _________ l _________ l _________ l _________ l _:_:_:;:_ I ... '

Page 164: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

145

A.6a Matriz de rigidez geométrica correspondente às cargas nodais

i:::;'.::::i:::;'.::::i:::;'.::::i:::::::::i::~;:. :::r:~'.:::::i:::;;::::i:::;'.::::i::=;'.::::i:::::::::i:::;;;:::i:::;'.'.::_1 l _________ l __ ::'.'.: __ l ____ : ____ I ::~:_:_;: I ____ : ____ l __ ::_·: __ l __ :;:: ___ l _:::'.:: __ l ____ : ____ I _:~:_:_;: l ____ : ____ l __ :: _:: __ I l _________ I _________ I __ ::~:'. __ I :'.~!_:_~'. I _:::_: ' __ l ____ · ____ l __ :~:: ___ l ____ : ____ I _:: '_:, _ I :'.'.:_:} I _ :::_::_. I ____ · ____ I l _________ l _________ l _________ l _:;'.:_::_ I _:::_: '. __ l _:::_'.'. __ l ____ : ____ 1_:1:_:_;!1 _:1:_:_;: I _::;'.:_:: l __ ::_'.'. __ l __ ::_'.~ __ I I _________ I _________ l _________ I _________ l _::_::_'._ l ____ • ____ E;:_:_:: l ____ • ____ l __ ::_:: __ l __ ::_~'. __ l _::_::_·_ 1 ____ : ____ \ I _________ I _________ l _________ l _________ I _________ l _ ::_:,_:_ I ::'.!_:_·: l _::·_:: __ l ____ : ____ l __ ::_'.'. __ l ___ :: ____ l _:, _::_·_ 1 I _________ l _________ l _________ l _________ I _________ l _________ l __ :~:: ___ l __ :~:: ___ l __ :~:: ___ l ____ : ____ I __ :~::: __ I __ :~!!: __ I !__ _______ l _____ :::'.\:::: _____ l _________ l _________ l _________ l _________ l ____ ;: ___ l ____ : ____ I _:~:_:_~: I ____ : ____ l _:·:_:: __ I

l _________ l _________ l _________ l _________ l _________ l _________ l _________ l _________ l __ ::'.:'. __ 1_::~::;~!1-=;~.;~- -1 ·=;:: ::·-1 I _________ I _________ l _________ I _________ I ______ . __ I _________ I _________ I _________ I _________ _ _'.______ _ ____ ''.__ _ ____ '.'. __ l _________ l _________ l _________ l _________ I _________ l _________ l _________ l _________ I _________ l _________ I _::.':_ ·_ 1 ____ : ____ I l_ ________ l _________ l _________ l _________ I _________ l _________ l _________ l _________ l _________ l _________ l _________ l _::_::_:_ J

' • 12• .. -~­• • • 1 .. '" • _! __

1 ~ to 1 • '" •• ! ..

4 w 10

Page 165: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

146

A.6b Matriz de rigide!z geornétrica correspondente às cargas

distribuídas

·1 ··::;:··--1 ··::;:---,-·:·;:··--1 ··--:-----1- ;:·::·:·1 ·:;:·::·:-,· -'::;:--T':•;:--T'::;:--T---:---T:::·:;:·r::·::;· 1 , 2 I _ 2 _____ _________ -·~~----- --~~----- ---~----- ---~----- ---~----- _________ ------~~- ------~--

1---------1·-;·-·:--I- -- 1 • 1 1 , 1- .. ' _, .. 1 1-· 1 ' ' --------- ___ :_~~-- ____ : ____ -~~-::_~ _____ : ______ ::_~~~- --~~~~ ___ ! ___ :_~~-- ____ : ____ -~~-::_~ _____ : ____ !_::_::.~.! L _______ l _________ l __ ::_~'. __ l _::_::_:_ I _: ::_:i:_ I ____ • __ ,_ l _ ::~!: ___ l ____ : ____ l _::·-~! __ l _'.;_::_:_ I :::_:: .:_ I ____ :_ -,-j l _________ 1__ _______ l _________ 1 _ ;:_::_i_ I _: ·:_:;;_ l _:·:_:;'._ l ____ · ____ l _'.;_::_:_ l _!'._::_'_ I :_'.'._::_; l __ :: _:~'-1 __ ::_:~'.-l _________ l _________ l _________ l _________ I _::_::_:: I ____ · ____ I _ -~-::_ '_ I ____ : ____ I __ ~_::_' _ l __ :·_:~;_ 1 _: :: _:~;_ 1 ____ · ____ I L _______ l _________ l _________ l _________ l _________ I _::_::_:: l _:'._::_:_ l _:'._::_:_ l ____ : ____ l __ ::_:'.~_ l ____ : ____ l _:::_:'.~_ I l _________ l _________ J _________ l _________ l _________ I _________ l __ :~:: ___ l __ :~'.: ___ l __ :;'.: ___ J ____ : ____ l __ ::_ :~'._ l _:::_:1'._ I l _________ l _____ ::::l:::: _____ l _________ I _________ I _________ l _________ l __ ::_;: __ l ____ : ____ l _~'._::_:_ l ____ : ____ I ::· _ :: _:_ I l _________ l _________ I _________ l _________ I _________ I _________ I _________ I _________ l __ :·_;'. __ I _;,_ ·:_'_ l _ '. _::.:_ I ____ : __ ,.1 l _________ l _________ l _________ J _________ J _________ l _________ l _________ l__ _____ ~_ l _________ l _~:_::_~_ l _:::_:i'._ l _:::_:~'._ I l _________ l _________ l _________ l _________ l__ _______ l _________ l _________ l _________ l _________ l _____ , ___ I _::_::_:: l ____ · ____ I !__ _______ l _________ l _________ I _________ I _________ I _________ l _________ I _________ I _________ l _________ I _________ I _::_ ::_:: 1

e~ .... ! .. • w 10

Page 166: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

147

IL7 Determinação das forças nadais equi1.1alentes às cargas

distribuídas.

O vetor de forças nodais equivalentes as cargas

dl.str1·bu1'das i· d b t+ótRD ap 1ca as em u111a arra 1 1 co1n suas componentes

em relação ao sistema local de eixos, é dado por:

e

Logo

t+6t q

t+6tRD = ó t+otº l H t+6tq t+õtdL

t+ótL

Considera-se, neste trabalho, cargas

(ll..l)

(11.2)

(11.3)

uniformentente

distribuídas. Suas cc·mponentes em relação aos eixos locais

x, y, z saa q , K ~y' q l"espectivamente. z Resolvendo-se a equaçao

(fl.. 3) abtêin-se as seguintes expressoes para as forças nodais

equivalentes:

1

2

Page 167: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

148

R2 1

L = qy 2

R, 1 L = qz

2

Rs 1 L' = qz 12

R, 1 L' = qy 12

R, 1 L = QK 2

R, 1 L = qy 2

R, 1 L = qz 2

R., 1 L:~ = qz 12

R., 1 L~: = qy 12

Page 168: DEANE DE MESQUITA ROEHL UMA METODOLOGIA …webserver2.tecgraf.puc-rio.br/~mgattass/teses/1987DissertacaoDeane... · são estudados alguns exemplos com o ... FORl'IULAS PARA O ELEMENTO

' ' ' "UHA nETODOLOGIA PARA A ANALISE NÃO-LINEAR GEOnETRICA DE PORTICOS

ESPACIAIS con LIBERAÇÕES IDE EXTREftlDADE DE BARRA E CARGAS

' DISTRIBUIDAS",

nESQUITA ROEHL·

Dissertação de Mestrado apresentada por DEAHE DE

El'I 18 de . s,etembro de 1987 ao Departamento de

Engenharia Ci,riJ da PUC/RJ, e aprovada pela Comissão Julgadora,

formada pelos seguintes prof1~ssores:

rof.l'lar elo Gattass (Orientador)

Depto. de Eng1~nharia Civil - PUC/RJ

Prof. Ra11l Rosa.se Silva

Depto. de Engt~nharia Civil - PUC/RJ

- COPPE/RJ

Andrade

Depto. de Eng1~nharia Civil - PUC/RJ

Visto e permitidi.'. a impressa!)

Rio de Janeiro, .J71 .3 / 01

Profa. Jlelita Koiler

Coordenildora dos Programas de Pós-Graduação

' ' do CEHTllO TECNICO CIENTIFICO