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Dados estatísticos sobre envelhecimento Disciplina de Desenvolvimento Humano II Profª Drª Karina Zihlmann

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Dados estatísticos Dados estatísticos sobre sobre

envelhecimentoenvelhecimento

Disciplina de Desenvolvimento Humano II

Profª Drª Karina Zihlmann

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Brasil: o país do futuro?

1 - Não somos mais um país de jovens

2 - A2 - Análise demográfica da população mundial acima de 60 nálise demográfica da população mundial acima de 60 anos. Segundo a ONU, esta é a faixa etária que mais tem anos. Segundo a ONU, esta é a faixa etária que mais tem crescido no mundo, cerca de 2% ao ano e, pelas projeções, em crescido no mundo, cerca de 2% ao ano e, pelas projeções, em 2050 teremos mais velhos no mundo do que indivíduos de até 2050 teremos mais velhos no mundo do que indivíduos de até 15 anos. Vai ser a primeira vez, na história da humanidade, que 15 anos. Vai ser a primeira vez, na história da humanidade, que acontecerá tal inversão.acontecerá tal inversão.

“Em 1950, as pessoas idosas representavam 8% da população; “Em 1950, as pessoas idosas representavam 8% da população; em 2000, representam 10% e, segundo as projeções, até 2050, em 2000, representam 10% e, segundo as projeções, até 2050, deverão corresponder a 21%.” (II ª Assembléia Mundial sobre deverão corresponder a 21%.” (II ª Assembléia Mundial sobre o Envelhecimento)o Envelhecimento)

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  Proporção de pessoas de 60 anos ou mais de idade em países selecionados -1990/1999

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Distribuição da população total de idosos pelas regiões brasileiras -

porcentagem

5%28%

46%

16% 5% NorteNordesteSudesteSulCentro-Oeste

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1- A razão de sexo da população idosa é bastante diferenciada, sendo bem maior o número de mulheres.

2 - Em 1991, as mulheres correspondiam a 54% da população de idosos, passando para 55,1% em 2000. Isto significa que para cada 100 mulheres idosas havia 81,6 homens idosos, relação que, em 1991, era de 100 para 85,2.

3 - Tal diferença é explicada pelos diferenciais de expectativa de vida entre os sexos, fenômeno mundial, mas que é bastante intenso no Brasil, haja vista que, em média as mulheres vivem oito anos mais que os homens.

(IBGE,2002)

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  Proporção de pessoas de 60 anos ou mais de idade por condição Proporção de pessoas de 60 anos ou mais de idade por condição

na família – Brasil – 1991/2000na família – Brasil – 1991/2000

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1- Desses 62,4% de idosos responsáveis por domicílio, 1- Desses 62,4% de idosos responsáveis por domicílio, 17,9% vivem sozinhos, significando que 1.603.883 velhos 17,9% vivem sozinhos, significando que 1.603.883 velhos cuidam de si e executam as atividades da vida diária com cuidam de si e executam as atividades da vida diária com relativa independência, principalmente nas capitais das relativa independência, principalmente nas capitais das regiões sul e sudeste do país.regiões sul e sudeste do país.

  2 - Esses dados também demonstram que 20% dos 2 - Esses dados também demonstram que 20% dos domicílios brasileiros têm um idoso como responsável.domicílios brasileiros têm um idoso como responsável.

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A velhice: algumas concepções da

literatura mundial

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Velhice como categoria de análise

Ao tomar uma categoria como

objeto de estudo se faz necessário, antes de tudo,

compreendê-la a fim de melhor fundamentar o tema que vai ser

tratado.

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“Na verdade, muitas vezes nos juntamos num grupo de pessoas de idades semelhantes, respeitando o velho ditado. Ora, nessas reuniões a maior parte de nós lamenta-se com saudades dos prazeres da juventude, ou recordando os gozos do amor, da bebida, da comida e outros da mesma espécie, e agastam-se, como quem ficou privado de grandes bens, e vivesse bem então, ao passo que agora não é viver. Alguns lamentam-se ainda pelos insultos que um ancião sofre dos seus parentes, e em cima disto entoam uma litania de quantos males a velhice lhes causa. A mim afigura-se-me, ó Sócrates, que eles não acusam a verdadeira culpada. Porque, se fosse ela a culpada, também eu haveria de experimentar os mesmos sofrimentos devido à velhice, bem como todos quantos chegaram a essa fase da existência (…)

(Trecho extraído de “A República” de Platão, 2002, p. 13 -14)

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“(…) Ora eu já encontrei outros anciãos que não sentem dessa maneira, entre outros o poeta Sófocles, com quem deparei quando alguém lhe perguntava: “Como passas, ó Sófocles, em questões de amor? Ainda és capaz de te unires a uma mulher?” “Não diga nada, meu amigo!” – replicou. – “Sinto-me felicíssimo por lhe ter escapado, como quem fugiu a um amo delirante e selvagem.” Pareceu-me que ele disse bem nessa altura, e hoje não me parece menos. Pois grande paz e libertação de todos esses sentimentos é a que sobrevém na velhice. Quando as paixões cessam de nos repuxar e nos largam, acontece exatamente o que Sófocles disse: somos libertos de uma hoste de déspotas furiosos. Mas, quer quanto a estes sentimentos, quer quanto aos relativos aos parentes, há uma só e única causa: não a velhice, ó Sócrates, mas o caráter das pessoas. Se elas forem sensatas e bem dispostas, também a velhice é moderadamente penosa; caso contrário, ó Sócrates, quer a velhice, quer a juventude, serão pesadas a quem assim não for.” (Trecho extraído de “A República” de Platão, 2002, p. 13 -14)

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“Os velhos e aqueles que ultrapassam a flor da idade ostentam geralmente caracteres quase opostos aos dos jovens; como viveram muitos anos, e sofreram muitos desenganos, e cometeram muitas faltas, e porque, via de regra, os negócios humanos são malsucedidos, em tudo avançam com cautela e revelam menos força do que deveriam.”

(Aristóteles, A Retórica, Livro II, Capítulo XIII, 1969, p.155)

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“Objetar-me-ão que muitos velhos são tão fracos que não podem mais sequer assumir qualquer dos encargos ligados à uma função ou simplesmente à vida. Mas esse defeito não é próprio da velhice; é uma questão de saúde.”

(Cícero, Saber Envelhecer, 2001, p. 30)

“Quanto à velhice, em suma, ela é a cena final dessa peça que constitui a existência.”

(Cícero, Saber Envelhecer, 2001, p.65)

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“Assim, não podemos julgar pelos cabelos brancos e pelas rugas de alguém, que ele viveu muito tempo: ele não viveu muito tempo, mas existiu muito tempo.”

(Sêneca, Sobre a brevidade da vida, 1952, p.10)

“Que felicidade, que bela velhice espera aquele que se pôs sob seu patrocínio.”

(Sêneca, Sobre a brevidade da vida, 1952, p.17)

“... como se tivessem vivido muito pouco, deverão ser conduzidos ao clarão de tochas e de círios.”

(Sêneca, Sobre a brevidade da vida, 1952, p.22)

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“Morrer de velhice é uma coisa que se vê raramente, singular e extraordinária, portanto, menos natural do que qualquer outra.”

(Montaigne, Ensaios, Livro I, 1979, p.154)

“É preciso suportar com paciência as leis inerentes à nossa condição; somos feitos para envelhecer, enfraquecer, adoecer a despeito dos remédios.”

(Montaigne, Ensaios, Livro III,1979, p.488)

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“Só aquele que envelhece adquire uma completa e adequada compreensão da vida.” (Schopenhauer, Aforismas para a sabedoria na vida, 1964, p. 223)

“No fim da vida é como quando vai terminando um baile a fantasia e as máscaras são retiradas. Vemos, então, quem eram propriamente aqueles com os quais estivemos em contato durante toda a vida. É que mostraram o caráter que tinham, as ações que deram os seus frutos, as realizações foram devidamente avaliadas e todas as miragens se desfizeram. Para o que tudo era necessário tempo. O mais curioso também é que só lá pelo fim da vida nós mesmos nos reconhecemos e compreendemos, em nossas finalidades e objetivos, máxime em suas relações com o mundo e com os demais.” (Schopenhauer, Aforismas para a sabedoria na vida, 1964, p.224)

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“A velhice não é um fato estático; é o resultado e o prolongamento de um processo.(...) Esta idéia está ligada à idéia de mudança.”

(Simone de Beauvoir, A Velhice, 1990, pág17)

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“Direi em resumo que tenho uma velhice melancólica, a melancolia subentendida como a consciência do não realizado e do não mais realizável.”

(Bobbio, O tempo da memória, 1997, p.31)

“Falar de si mesmo é um vício da idade avançada.” (Bobbio, O tempo da memória, 1997, p.14)

“A velhice não está separada do resto da vida que a precede: é a continuação de nossa adolescência, juventude, maturidade.”

(Bobbio, O tempo da memória, 1997, p.29)

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“Talvez a diferença entre nossas concepções de velhice resulte do fato de que para Bobbio ela é ‘o tempo da memória’, enquanto para mim é ‘a memória do tempo’.”

(Reale, Variações, 2000, p.43)

“A sabedoria não se restringe ao plano do intelecto como se possuísse apenas significação cognoscitiva, mas se estende necessariamente à tela ética da ação, ao mundo da prática.”

(Reale, Variações, 2000, p.171)

“Uma perdida nas preocupações da existência cotidiana, outra presa a uma visão transcendental, no qual só tem sentido os valores essenciais, à espera a todo instante convertida em esperança.”

(Reale, Variações,2000, p.193)