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CUIDADORES PARA
PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA FÍSICA
2
Sumário
1. PSICOLOGIA ............................................................................................................................... 6
Orientações Gerais .................................................................................................................... 6
Orientações Específicas ao Paciente Amputado ....................................................................... 7
Orientações Específicas ao Paciente Lesado Medular .............................................................. 9
Orientações Específicas ao Lesado Medular na Esfera Sexual ................................................ 10
Orientações Específicas ao Paciente com Lesão Encefálica Adquiridas .................................. 11
Diante de Sequelas Cognitivas ................................................................................................ 11
2. ASPECTOS CLÍNICOS INFANTIS ................................................................................................ 13
Paralisia Cerebral – PC ............................................................................................................. 13
Amputações e Malformações (M.F.C.) .................................................................................... 14
Doenças do Sistema Nervoso .................................................................................................. 16
Lesão Medular ......................................................................................................................... 17
Mielomeningocele ................................................................................................................... 19
3. PARTICULARIDADES DAS PATOLOGIAS NEUROLÓGICAS ........................................................ 21
Lesão Encefálica Adquirida ...................................................................................................... 21
Lesão Medular ......................................................................................................................... 21
Poliomielite ............................................................................................................................. 21
Amputações de Membros Inferiores ...................................................................................... 22
Doenças Neuromusculares...................................................................................................... 22
Complicações Secundárias a Lesão Neurológica ..................................................................... 22
4. “CUIDADOS DE ENFERMAGEM” .............................................................................................. 24
Queda – Impacto no cuidar ..................................................................................................... 24
Crise convulsiva ou epilepsia - O que Fazer? .......................................................................... 25
O que é a Crise convulsiva? ................................................................................................. 25
O que causa? ....................................................................................................................... 25
Quais os sinais e sintomas? ................................................................................................. 25
Como Tratar? ....................................................................................................................... 26
Recomendações .................................................................................................................. 26
Banho- “Banho é um momento de prazer, bem estar, que o Cuidador pode proporcionar” 26
Queimaduras ........................................................................................................................... 28
3
Cuidados com Traqueostomias ............................................................................................... 29
Cuidados com a Gastrostomia ................................................................................................ 29
Cuidados com Sonda Nasoenteral .......................................................................................... 30
Cuidados com Sonda Vesical de alívio e demora (Cateterismo vesical) ................................. 31
Cateterismo de alívio - Técnica Limpa ..................................................................................... 31
Curativo ................................................................................................................................... 32
Prevenção de lesões de pele e úlceras por pressão ................................................................ 32
5. FISIOTERAPIA APLICADA AOS CUIDADOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – MÓDULO INFANTIL ..................................................................................................................................................... 33
Manutenção das estruturas musculoesqueléticas: ................................................................ 33
Alongamento muscular ....................................................................................................... 33
Fortalecimento muscular .................................................................................................... 33
Posicionamento ................................................................................................................... 33
Órteses/Próteses ................................................................................................................. 33
Equipamentos ..................................................................................................................... 34
Deslocamento ..................................................................................................................... 34
Transferência ....................................................................................................................... 34
Transporte ........................................................................................................................... 34
Desenvolvimento motor ..................................................................................................... 35
Considerações importantes ................................................................................................ 35
6. FISIOTERAPIA APLICADA AOS CUIDADOS DA PESSOA ADULTA COM DEFICIÊNCIA ................ 39
Introdução ............................................................................................................................... 39
Tratamento Fisioterapêutico................................................................................................... 39
Posicionamentos ................................................................................................................. 39
Mobilizações articulares ...................................................................................................... 40
Alongamentos musculares .................................................................................................. 40
Treino de equilíbrio de tronco ............................................................................................ 41
Push-up................................................................................................................................ 41
Atividades motoras ............................................................................................................. 42
Atividades de vida diária ..................................................................................................... 42
Transferências tipos: ........................................................................................................... 43
Tábua de Transferência ....................................................................................................... 44
Equipamentos para andar ....................................................................................................... 44
Adaptação do Ambiente.......................................................................................................... 45
4
7. TERAPIA OCUPACIONAL .......................................................................................................... 46
Atividades da Vida Diária ........................................................................................................ 46
Banheiro .............................................................................................................................. 46
Banho .................................................................................................................................. 47
Uso do Vaso Sanitário, Fralda e Asseio ............................................................................... 48
Auto cuidado ........................................................................................................................... 51
Barba ................................................................................................................................... 51
Depilação ............................................................................................................................. 51
Maquiagem ......................................................................................................................... 51
Cozinha ................................................................................................................................ 51
Vestuário ............................................................................................................................. 53
Brincar ................................................................................................................................. 54
8. FONOAUDIOLOGIA .................................................................................................................. 56
O que é disfagia? ..................................................................................................................... 56
Quais são as causas mais comuns da disfagia? ................................................................... 56
Quais são os principais sinais e sintomas da disfagia? ........................................................ 56
Sinais esperados para um paciente disfágico: .................................................................... 57
Quais são as conseqüências da disfagia? ............................................................................ 57
Quem devo procurar ? ........................................................................................................ 57
Quais são os objetivos fonoaudiológicos no tratamento com o paciente disfágico? ......... 57
COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM ............................................................................................... 58
Como e quando estimular a linguagem de uma criança? ................................................... 59
O que é importante observar no paciente adulto? ............................................................. 60
O que é afasia? ........................................................................................................................ 60
Quais as alterações de linguagem que um paciente com afasia pode apresentar ? .......... 60
Como facilitar a comunicação da pessoa com afasia? ........................................................ 60
O que é disartria ou disartrofonia? ......................................................................................... 61
Quais as queixas mais comuns dos pacientes com disatria? .............................................. 61
O que não se deve fazer? .................................................................................................... 61
O que é Comunicação Suplementar e Alternativa (CSA)? ....................................................... 62
O que são pranchas de comunicação ? ............................................................................... 62
Para quem indicar ? ............................................................................................................. 63
9. A ODONTOLOGIA NO PROCESSO DE REABILITAÇÃO ............................................................... 64
FATORES DE RISCO PARA DESENVOLVIMENTO DAS DOENÇAS BUCAIS ................................. 65
5
Dieta .................................................................................................................................... 65
Uso de Medicações ............................................................................................................. 65
Higiene Bucal Deficiente ..................................................................................................... 65
Função Muscular ................................................................................................................. 65
Prevenção ............................................................................................................................ 66
10. Cuidados respiratórios básicos .............................................................................................. 68
Posicionamento correto .......................................................................................................... 68
Higienização das Vias aéreas ................................................................................................... 70
11. CUIDANDO DO CUIDADOR .................................................................................................... 72
12. ÉTICA ..................................................................................................................................... 74
13. NUTRIÇÃO E SAÚDE – IMPORTÂNCIA DA BOA ALIMENTAÇÃO ............................................ 80
6
1. PSICOLOGIA
Orientações Gerais
• Procure não tocar no assunto em um primeiro momento
• permita a expressão de sentimentos (não dá pra fazer de conta que não
aconteceu);
• Faça o paciente ocupar seu tempo (ler, tocar um instrumento musical, se
distrair, voltar a estudar...)
• Ajudar a pensar questões de acessibilidade (redistribuir mobiliários, louças,
roupas, material de higiene, altura de cama/colchão – transferência, lençois bem
esticados...)
• Processo de enfrentamento é muito doloroso – dê tempo ao tempo
• Dispense sentimentos de dó, encoraje
• Não agir como „mãezona‟ ou „ paizão‟ ;
• Fomentar a independência desde o início
• Habilidades devem ser aprendidas
• Estimule o convívio com outros deficientes; é encorajador
• Estimule o retorno à prática de cuidados com a beleza (pintar o cabelo, as
unhas, fazer a barba, cortar cabelo...)
• tentar transmitir a idéia de higiene vinculada a saúde
• Orientar na adequação do vestuário a nova condição física, primar por conforto,
comodidade, praticidade
• Desencoraje o uso das mantas/cobertores de bebê em adultos (idosos)
• Estimule uso de calça comprida no inverno (amputados, lesados medulares) e
uso de bermuda no verão
• Esteja preparado para confidências sobre vida sexual
• Tentar agir com naturalidade nunca com diferenciação (levar mimos, agrados,
gracinhas, passar a mão na cabeça, oferecer frequentemente a comida que mais
gosta...)
• Não responda por ela
7
• Uma pessoa com deficiência quer o “direito a igualdade. Não o direito de ser
igual, mas a possibilidade de, sendo diferente, ter acesso aos mesmos direitos” (cartilha de orientação)
• O paciente também tem o direito de tomar suas próprias decisões
• Promover a integração – deixe que ela mesma se defenda às vezes; saia de perto
quando as condições forem favoráveis à integração social
• Crie um ambiente que favoreça a participação social em casa - sair da cama,
receber visitas na sala, desestimular uso da cama hospitalar
• Cadeira do papai nem sempre é o melhor
• Não isolar a pessoa com deficiência na casa
• É esperado alguma resistência a reinserção social
• Oriente as pessoas a se sentarem quando conversar com um cadeirante
• Planeje os momentos sociais com algum intervalo (para cateterismo, por
exemplo)
• Desencoraje a comparação (do presente com passado, da sua marcha com a dos
outros pacientes, do desempenho)
• Não precisa dar resposta a todas as questões
• Alinhar o cuidado prestado com os objetivos da reabilitação
• Não subestime a capacidade do paciente nem superestime as dificuldades
• Oferecer ajuda é melhor do que intervir, pergunte e espere que ele responda. Se
ele aceitar ajuda pergunte como você pode fazê-lo
• Haja com naturalidade se ocorrer situações imprevistas (com delicadeza, com
sensibilidade). Não finja que nada aconteceu. Dê a devida importância ao
sucedido nem demais nem de menos.
• Bom humor é um ótimo recurso
Orientações Específicas ao Paciente Amputado
Dar uma perspectiva esperançosa mas realista, nunca otimista demais
Fale acerca do profissional de psicologia, psiquiatria
8
Não repreenda os sonhos e devaneios do paciente quando estes não contemplam
a amputação;
Quando a realidade da perda é assimilada assegure-se de que o paciente não fique
só nesta fase;
Não subestime o sofrimento que advém em se perder uma parte do corpo
Oriente a família a não menosprezar esse sofrimento
Podem existir sentimentos de revolta sobretudo em situações de descuido,
negligência, imprudência ou ato maldoso
Fique atento aos sinais de depressão nestas situações
Transtornos mentais mistos são frequentes
Permita ao paciente ajudar ativamente na administração do dia, da casa, da rotina
Dor fantasma não é fantasia
Transmita a ideia de que nem tudo paciente poderá fazer da forma como fazia
antes
Desencoraje o isolamento social
Contribua para uma representação social da Cadeira de rodas mais positiva
Protetização não é uma certeza para o paciente amputado
Adeque as expectativas
Paciente oscila no humor ao longo da reabilitação (fases otimistas e pessimistas)
ESPERANÇA - é a palavra-chave
Pode haver projeção de sentimentos negativos sobre os outros, incluindo você
Conscientize o paciente acerca da necessidade de intensificar os cuidados com o
corpo
Levá-lo a compreender que muitas das suas reações emocionais são normais;
Focar pontos fortes do paciente
Desencorajar a dependência
No início ajudar na resolução de aspectos práticos
Ajudar em uma formulação realística de planos
Sinalizar sentimentos de vitimização ou diminuição do controle pessoal
Percepção de controle sobre eventos de vida e sentido da vida
9
Levá-lo a ter uma atitude ativa na resolução de problemas
Incentivar a confrontação com evento representativo do trauma
Identificar os resultados positivos, melhoras
Você pode ajudar na identificação de fatores desencadeadores de ansiedade, reações esperadas.
Incentive-o a planejar-se e ser proativo
Orientações Específicas ao Paciente Lesado Medular
Respeite o paciente, sobretudo numa fase recente
Sinalize aos poucos o comportamento agressivo
Estimule a participação do paciente (presença de sentimentos de inutilidade)
O paciente precisa muito de informações corretas
Negativas devem ser dadas com muita delicadeza
Desencoraje uma vinculação muito forte
Estimule a participação do paciente no processo decisório
Faça o que puder para que ele sinta que está no controle de sua vida; proporcione estes momentos
Incentive-o a ser o mais independente possível (tentar, testar, treinar)
Não pressuponha que dificuldade de mobilidade é o mesmo que falta de autonomia
Tenha paciência – rever objetivos demanda tempo necessário
Estimular a proatividade
Transmitir a idéia de flexibilidade como recurso importante para melhor ajustamento
10
Treinar habilidades sociais e de comunicação ajudam
“o suporte social tem sido o fator mais fortemente relacionado ao enfrentamento bem-sucedido à lesão medular” encoraje-o a engajar-se em atividades sociais
Sensibilize-o para retomar seus papéis sociais, em casa e na sociedade
Ajude-o a reorganizar sua rotina (dia X noite)
Estimule-o a pensar na possibilidade de trabalhar um dia, ou assumir determinadas situações
Orientações Específicas ao Lesado Medular na Esfera Sexual
As confidências na esfera sexual devem ser acolhidas, ouça-o não mude de assunto
Aja com naturalidade, sem fazer brincadeiras
Pode ajudá-lo com perguntas que o leve a pensar
Apresente a figura do urologista como especialidade em disfunção sexual e existência de tratamentos
Situe o lugar da reabilitação sexual no processo de reabilitação (UP, controle dos esfíncteres, espasticidade, dor)
Encoraje o paciente a conversar com parceira sobre isso
Desfaça os mitos
Estimule mudanças em relação a atitude com seu corpo já que não pode mudar seu corpo
Incentivá-lo a usar os recursos de personalidade de que dispõe
Lembrá-lo de que leva tempo para desenvolvimento de segurança interior
Lembre-o de que não vai agradar a todos
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Estimule-o a ser criativo, planejar o encontro, adequar expectativas em relação aos encontros
Existem questões que não tem a haver com a lesão medular
lembrá-lo de que muitas pessoas tem problemas nesta área
Desafiá-lo a desfrutar de mais interações sociais, de lazer, se inserir em outras atividades
Lembrá-lo de que o desejo e frequência das relações sexuais dependem de estímulos e situações que variam ao longo da vida
Relembrar sempre o direito do outro na relação
Orientações Específicas ao Paciente com Lesão Encefálica Adquiridas
Considerar que o paciente atendido não seja exatamente o mesmo referido pela família
Adequar expectativas da família quanto à recuperação
Favorecer a participação social, nas tarefas doa dia-a-dia;
Dinâmica familiar é profundamente afetada, o clima pode ser estressante
Considere a possibilidade de existir sequelas cognitivas e/ou comportamentais
Diante de Sequelas Cognitivas
Leve-o a executar tarefas em ambientes calmos;
Uma atividade por vez;
Tempo de execução da tarefa reduzido;
Evitar outros estímulos no ambiente da estimulação cognitiva
12
Treino de repetição;
Uso de estratégias auxiliares de memória (despertador, celular, agenda, caderno de notas);
Fale devagar, não fale alto;
Dê uma informação por vez;
Avise quando mudar o assunto;
Espere o paciente falar;
Peça para repetir quando não entender.
Faça perguntas dissertativas não do tipo sim ou não apenas.
Estimule a iniciativa não dê tudo na mão;
Ajude no planejamento, na organização dos passos, direcione a realização efetiva, e o auto-monitoramento
Considere a possibilidade do paciente não perceber seus déficits
Considere a possibilidade de heminegligência, permaneça neste campo para estimular o paciente a se voltar para esse lado
Dê tempo ao paciente, organize horários de maneira que ele tenha tempo para se vestir, comer......
Evitar fazer pelo paciente o que ele consegue fazer mesmo que precise treinar habilidades para isso;
Não recrime atos como deixar comida cair, sujar a mesa, sujar a roupa...no treino de habilidades
Nunca se esqueça de que o paciente tem sentimentos.
Não desista do paciente. Ele pode surpreender!
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2. ASPECTOS CLÍNICOS INFANTIS
Paralisia Cerebral – PC
1. Conceito:
Definido como um grupo de desordens motoras não progressivas, porém sujeitas a
mudanças, resultante de lesão do cérebro nos primeiros estágios do seu
desenvolvimento. As alterações motoras são frequentemente acompanhadas por
distúrbios sensoriais, cognição, percepção, comunicação, comportamento, epilepsia e
problemas musculoesqueléticos secundários.
2. Incidência:
RN < 1000g : possibilidade de um distúrbio neurológico próximo a 50%
RN < 1500g : a incidência é 25 a 31 vezes menor que entre os nascidos a termo
3. Etiologia:
- Pré-natal ( genética, vascular, infecciosa, tóxico-metabólica, traumática, por irradiação, etc.)
- Peri-natal (prematuridade, anóxia, kernicterus)
- Pós-natal ( infecciosas, traumáticas, anóxicas, tumorais )
4. Classificação:
Por localização anatômica das regiões afetadas:
- Tetraparesia – comprometimento nos membros superiores e membros inferiores.
- Triparesia – comprometimento predominante de três membros.
- Diparesia – o comprometimento dos membros inferiores é maior do que dos membros superiores.
- Hemiparesia – é o lado direito ou esquerdo do corpo comprometido.
5. Problemas Associados:
- Retardo no Desenvolvimento Neuro Psicomotor – RDNPM – atrasos no desenvolvimento da criança.
- Espasticidade – alteração no tônus muscular
- Movimentação involuntária
- Deformidades
14
- Dor ( luxação quadril )
- Déficits Mental / Visual / Auditivo
- Convulsões
- Estrabismo / Baixa Acuidade Visual
- Disfagia e alterações nutricionais – a dificuldade de engolir (deglutir) influencia o estado nutricional (desnutrição), pode causar problemas respiratórios, engasgos
- Alterações respiratórias – pneumonia por repetição
- Alterações da fala
- Problemas odontológicos – geralmente acontecem por consequência do tônus aumentado dos músculos responsáveis pela mastigação e deglutição (exemplo: más
oclusões
- Incontinência esfincteriana
6. Recursos no processo de reabilitação:
- Comunicação Suplementar Alternativa (C.S.A.) – para crianças com alterações da fala. Seu objetivo é compensar e ampliar as possibilidades de comunicação. Utiliza-se
símbolos, recursos tecnológicos, estratégias e técnicas (pastas ou álbuns, comunicadores com voz sintetizada, computadores portáteis...)
- Órteses e Acessórios – dispositivos que auxiliam na postura do membro e/ou favorecem a função da criança.
7. Resumo do Acompanhamento
O diagnóstico precoce é importante.
A avaliação e a indicação do tratamento da equipe multiprofissional é essencial. O tratamento pode englobar: terapias, medicamentos e cirurgias.
O acompanhamento deve ser periódico, de acordo com as necessidades do dia a dia da criança.
Na paralisia cerebral não há tratamento de cura!
Amputações e Malformações (M.F.C.)
Amputações:
1. Causas:
- Traumáticas (acidentes de trabalho, automobilístico e motociclístico, fogos de artificio), Alterações vasculares, Tumores, Queimaduras.
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2. Cuidados com o coto:
- Higiene local
- Observar pontos por pressão ou feridas
- Quando orientado – manter o uso adequado do enfaixamento do coto
Malformações:
1. Conceito:
Defeito morfológico de um órgão ou parte dele, resultante de um processo intrinsicamente anormal.
Quando possível a correção é cirúrgica. Exemplo: fenda labial.
2. Causas:
- Maternas: Diabetes, endocrinopatias, deficiências nutricionais, uso de drogas, álcool, tabagismo, etc.
- Infecções maternas: rubéola, toxoplasmose, sífilis, herpes, varicela.
- Agentes químicos, medicamentos, irradiação, hipertermia.
- Alterações genéticas.
- Causas desconhecidas.
As M.F.C. mais frequentes: Artrogripose, Osteogênese Imperfeita, Deficiência congênita do fêmur, Bridas Amnióticas, Gigantismo / hipoplasias, Hemimelias/
Amelias, Duplicação.
- Artrogripose Múltipla Congênita – Consiste de uma síndrome clínica caracterizada por diversas contraturas articulares presente ao nascimento (mais de 3 articulações).
- Osteogênese Imperfeita – Consiste de um grupo de distúrbios genéticos que afetam os tecidos conjuntivos de forma generalizada e a manifestação clínica predominante é a
maior susceptibilidade para fraturas generalizadas.
- Deficiência Congênita do Fêmur – presença de deformidade e deficiência do fêmur (osso da coxa) presente no nascimento.
Doenças Musculares - Miopatias
Alterações motoras: progressivas
Distrofia Muscular Progressiva – Duchenne:
Doença genética que afeta musculatura genética e cardíaca – somente acomete meninos. O início das manifestações fica evidente por volta de 3 a 5 anos de idade.
Incidência de 1:4000 nascimentos masculinos.
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Marcha miopática – perda da marcha por volta dos 13 anos
Distrofia Muscular Progressiva – Becker:
Doença genética que afeta musculatura genética e cardíaca – somente acomete meninos. A distrofia de Becker manifesta-se mais tardiamente, depois de 5 anos de idade)
Semelhante a DMP de Duchenne
Mais rara: 1: 30 000
Inteligência preservada
Óbito na vida adulta
Strumpell Lorrain – Paraparesia espástica familiar:
Presença de espasticidade e fraqueza progressiva dos membros inferiores. Nas formas mais complexas outras manifestações podem aparecer.
Herança variada;
Dificuldade progressiva na marcha;
Incoordenação e disartria (dificuldade motora da fala).
Doenças do Sistema Nervoso
Lesões Encefálicas Adquiridas - TCE:
1. Definição:
É uma lesão encefálica que ocorre após o nascimento.
As alterações congênitas, doenças degenerativas e trauma de parto devem ser excluídas do grupo de lesões encefálicas adquiridas. Brain Injury Association – USA (1997)
2. Alterações:
Motoras – paresia (diminuição da movimentação voluntária em determinado segmento do corpo). Podemos também observar: espasticidade, rigidez ou hipotonia.
Cognitivas – dificuldade para abstração, raciocínio lógico, déficit de atenção, dificuldade de memória...
Sensitivas – alterações da sensibilidade.
Sensoriais – deficiência visual, auditiva. Outras alterações: percepção (por
exemplo: dificuldade de organizar as informações do ambiente ou de si mesmo), sistema vestibular (equilíbrio).
3. Causas:
17
- Traumáticas: acidentes automobilísticos, atropelamentos, quedas (laje, escada, beliche, etc.), violência (ferimentos por arma de fogo, agressões físicas).
- Não Traumáticas: Hipóxia, Acidente Vascular Encefálico (AVC, “derrame”), Tumores, Encefalites, Meningites, Mal convulsivo
Hipóxia:
Afogamento (piscina, lagoa, rio, balde, etc); Choque elétrico; Aspiração de corpo estranho (semente de fruta, brinquedo miúdo, etc); Sufocação (saco plástico), etc..
Fatores de risco para Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH) / Isquêmico (AVCI):
Malformações vasculares intracranianas, Aneurismas arteriais, Doenças Cardíacas, Vasculites, Anemia Falciforme, Coagulopatias (hipercoagulabilidade).
4. TCE em crianças:
Responsável por 50% das mortes em crianças nos
EUA - 2 Picos de Incidência:
Crianças menores de 5 anos de idade e adolescência.
- Possíveis consequências pós L.E.I.A.:
- Alterações Comportamentais: apatia, impulsividade, irritabilidade, depressão, etc.
- Disartria – dificuldade motora da fala.
- Problemas de linguagem: dificuldade para nomear objetos, organizar pensamentos, respostas lentas, dificuldade para entender múltiplos comandos e abstrair - ATENÇÃO: Pode não ser notado em crianças pequenas.
- Sequelas Cognitivas: impacto para o prognóstico social, educacional e vocacional. Inclui, falta de atenção, concentração, alteração de memória, dificuldade em raciocínio
lógico.
- Alterações motoras: espasticidade, distonia, paresias, apraxia, ataxia.
Obs. Com o tempo, a melhora motora geralmente é muito melhor que a cognitiva.
Lesão Medular
1. Conceito:
É uma lesão na coluna do indivíduo podendo apresentar alterações: motoras, sensitivas, vesicais, intestinais, vesicais e autonômicas. Alterações da função sexual podem estar presentes.
2. Incidência: 40 pessoas / milhão / ano
18
Predominante no adulto jovem do sexo masculino.
3. Causas:
Traumática = 80 % (Ferimento por arma de fogo, acidentes de transito, quedas, mergulho)
Não traumática = 20 % (tumores, infecciosas)
4. Prevenção de Traumatismos:
RESPEITE AS CAMPANHAS DE SEGURANÇA NO
TRÂNSITO USE SEMPRE O CINTO DE SEGURANÇA.
NÃO DIRIJA APÓS CONSUMIR ÁLCOOL OU DROGAS.
NÃO ULTRAPASSE OS LIMITES DE VELOCIDADE
PERMITIDA. NÃO USE ARMAS
CUIDADO AO MERGULHAR
- Não mergulhe em locais desconhecidos;
- Não mergulhe em águas turvas;
- Antes, verifique a profundidade do local;
- Não consuma alcool/drogas antes de mergulhar;
- Não brinque de empurrar para dentro das águas.
5. Alterações:
- Motoras – paraplegia (comprometimento dos membros inferiores) ou tetraplegia (comprometimento dos membros inferiores e superiores)
- Sensitivas – diminuição ou ausência da sensibilidade.
- Autonômicas – hipotensão ortostática (mudanças bruscas de postura levam a
hipotensão gerando quadro de mal estar, palidez e desmaio); crise autonômica
hipertensiva ( bexiga ou intestino cheio, roupas ou órteses apertadas ou qualquer outro
estímulo ruim abaixo do nível da lesão podem desencadear rubor, sudorese facial,
taquicardia, dor de cabeça e pressão alta)
- Emocionais
6. Níveis de Lesão:
Segmentos: Cervicais - Tetraplegia
Torácicos, Lombares e Sacrais- Paraplegia
19
Mielomeningocele
É um Defeito do Fechamento do Tubo Neural (DFTN) - falta fusão arcos, displasia medular, com ou sem protrusão. O defeito acontece durante a 3ª e 5ª semana da
gestação e ao nascimento, a criança apresenta comprometimento funcional de vários órgãos e sistemas.
A Mielomeningocele é a alteração mais frequente de DFTN. Outras formas de DFTN: Mielocele, Spina Bifida Oculta, Lipomeningocele, Agenesia lombossacro,
Meningocele.
1. Alterações:
Motoras – paraplegia (comprometimento dos membros inferiores) ou tetraplegia (comprometimento dos membros inferiores e superiores)
- Sensitivas – diminuição ou ausência da sensibilidade.
2. Problemas associados:
- Urológicos: Incontinência, Infecções, Refluxo, Cálculos.
- Sexualidade
- Neurológicos: hidrocefalia (necessidade de uso de válvula, podendo acontecer trocas ocasionais desta válvula), infecções.
- Úlceras por pressão (fatores que favorecem o surgimento das úlceras: Pele anestésica & Apoio prolongado, Saliências Ósseas, Higiene Precária).
Obs. Pacientes deambuladores que possuem deformidades nos pés e alteração da sensibilidade, podem desenvolver Mal Perfurante Plantar.
- Alergia ao Látex - Incidência população geral < 1%
Causa: Imaturidade mecanismo defesa das mucosas quando do início de exposição ao alérgeno
CUIDADO: o quadro clínico é variável: urticária, asma, rinite, conjuntivite, diarreia e até choque anafilático podendo ir a óbito. O paciente não deve ter contato com
equipamentos/ produtos que tenham látex.
- Obesidade: a hidrocefalia pode causar uma disfunção do centro da fome, causando um apetite insaciável; problemas emocionais também podem conduzir a uma alimentação
exagerada.
3. Nível Funcional: (HOFFER ET AL, 1973)
TORÁCICO – não apresenta movimentação ativa de membros inferiores, prognóstico de marcha ruim.
LOMBAR ALTO – poucos músculos dos membros inferiores presentes, prognóstico de marcha reservado.
20
LOMBAR BAIXO – presença de vários músculos dos membros inferiores, prognóstico de marcha bom.
SACRAL – o prognóstico de deambulação é o melhor possível.
21
3. PARTICULARIDADES DAS PATOLOGIAS NEUROLÓGICAS
Lesão Encefálica Adquirida
- Ocorre uma lesão no encéfalo, pode ter como causa: Acidente Vascular Encefálico
(Hemorrágico ou Isquêmico), Traumatismo Crânio Encefálico (TCE), Neuro
infecções ou Encefalites, Encefalopatia Anóxica, Tumores Cerebrais e Doença de
Parkinson.
- Resultam na maioria das vezes, em alterações motoras, sensorias, cognitivas e
comportamentais. Sua manifestação normalmente com paralisia ou paresia em lado
ou ambos os lados do corpo. Dependem da localização e extensão.
- Suas principais manifestações são: alterações do tônus muscular, sensibilidade,
déficit na contração muscular e com isso um desequilíbrio na ação dos músculos e
consequentemente imobilidade, aprendizado do não uso e o desenvolvimento de
alterações secundárias.
Lesão Medular
- A Lesão Medular (LM) caracteriza- se pelo acometimento da medula espinhal e
suas raízes nervosas, pode ocorrer por etiologia traumática ou não traumática como
as tumorais ou infecciosas. Acarreta alterações da motricidade, sensibilidade,
distúrbios neurovegetativos e alterações esfincterianas. A lesão poderá ser completa
ou incompleta.
A fisioterapia na LM atuará de acordo com o nível da lesão e terá ainda a presença
de fatores que interferiram no tratamento, tais como: a espasticidade, automatismos,
dor central, alterações osteomioarticulares. Visará maior independência possível de
acordo com o potencial residual e para evitar as complicações secundarias.
Poliomielite
- É uma doença infecciosa aguda, causada por vírus, acomete o corno anterior da
medula espinhal e como consequência uma paralisia flácida.
Comprometimento puramente motor, ou seja, a sensibilidade totalmente preservada.
Quadro clínico de paralisia flácida parcial ou total dos músculos. Acometimento é
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irregular e por isso é importante identificar quais os grupos musculares foram
comprometidos. Com esta identificação é que iremos trabalhar para minimizar as
complicações secundárias.
Amputações de Membros Inferiores
- A amputação de um membro ocorre após todas as tentativas de salvar este
seguimento serem esgotadas. As causas podem ser: vascular, traumática, tumoral ou
por infecção. Como principal etiologia a doença vascular acomete na sua grande
maioria a população idosa. Já a amputação traumática é mais comum em indivíduos
mais jovens e, portanto o tratamento será diferente. O Tratamento fisioterapêutico
deverá levar em consideração alguns aspectos como: nível da amputação,
comprimento do seguimento amputado (coto), forma do coto, cicatriz, presença de
dor e neuroma doloroso. O Tratamento não constitui apenas da fase protética, que é
a fase de confecção e treino com a prótese, mas também da fase pré-protética onde o
paciente será trabalhado para receber sua prótese e para ter maior independência e
minimizar as complicações secundárias.
Doenças Neuromusculares
- Grupo de desordens, hereditárias ou adquiridas, que afetam a unidade motora. Pode ocorrer lesão no corpo do neurônio motor no corno anterior da medula espinhal, ao longo do nervo periférico, na junção neuromuscular e no tecido
muscular. Também as doenças que afetam o trato cortiço- espinhal na medula espinhal, no cerebelo e nas vias espinocerebelares.
Todas com comprometimento motor e característica progressiva.
È muito Importante o diagnóstico da doença, conhecimento da doença, reconhecer fatores externos que possam interferir no tratamento e minimizar a progressão da doença e suas possíveis complicações.
Complicações Secundárias a Lesão Neurológica
- Encurtamentos musculares - Retrações Tendineas - Deformidades articulares - Ossificação Heterotópica - Ulceras de Pressão
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- Complicações Respiratórias - Complicações Circulatórias - Complicações Cardíacas - Dor - Atitudes Antálgicas - Alterações da Biomecânica - Alterações do tônus/ espasticidade - Desequilíbrio muscular - Alteração do equilíbrio
Para alcançar os objetivos propostos na reabilitação é fundamental a participação do
paciente, dos profissionais de reabilitação e dos familiares e/ou cuidadores.
ASPECTOS
PACIENTE
PARTICIPAÇÃO E COLABORAÇÃO
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4. “CUIDADOS DE ENFERMAGEM”
Queda – Impacto no cuidar
É definida como o evento não planejado que levou a pessoa ao chão, com ou sem lesão.
Existem riscos podem facilitar ou predispor uma pessoa à queda, como:
Riscos Externos:
Piso Molhado e escorregadio
Desnível do piso
Tapetes de tecido
Tipos de calçados Roupas inadequadas
Corrimão
Grades de proteção
Transferências
Riscos Internos:
Distúrbios Neurológicos (crise convulsiva, mal de Parkinson hemiplegias); Pacientes diabéticos;
Lesão Medular;
Doenças degenerativas.
O que Fazer em caso de queda?
Verificar o nível de consciência – Caso a pessoa esteja acordada:
Sinalizar onde dói;
Verificar se apresenta movimentos;
Verificar possíveis ferimentos;
Se for necessário mantenha a pessoa imobilizada; Encaminhá-lo ao Serviço de saúde e em caso de impossibilidade de movimentação
chamar atendimento de emergência.
Verificar o nível de consciência – Caso a pessoa esteja desmaiado:
Chamar, verificar pulso e respiração
Não movimentar
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Solicitar o Serviço de Emergência
Crise convulsiva ou epilepsia - O que Fazer?
O que é a Crise convulsiva?
Convulsão é um distúrbio que se caracteriza pela contratura muscular involuntária de todo o corpo ou de parte dele, provocada por aumento excessivo da atividade elétrica em determinadas áreas cerebrais.
As convulsões podem ser de dois tipos: parciais, ou focais, quando apenas uma parte do hemisfério cerebral é atingida por uma descarga de impulsos elétricos desorganizados, ou generalizadas, quando os dois hemisférios cerebrais são afetados.
Emoções intensas, exercícios vigorosos, determinados ruídos, músicas, odores ou luzes fortes podem funcionar como gatilhos das crises. Outras condições – febre alta, falta de sono, menstruação e estresse – também podem facilitar a instalação de convulsões, mas não são consideradas gatilhos.
O que causa?
Em alguns casos, não é possível identificar a causa da convulsão. Nos outros, entre as causas prováveis, podemos destacar: 1) febre alta em crianças com menos de cinco anos; 2) doenças como meningites, encefalites, tétano, tumores cerebrais, infecção pelo HIV, epilepsia, etc; 3) traumas cranianos; 4) abstinência após uso prolongado de álcool e de
outras drogas, ou efeito colateral de alguns medicamentos; 5) distúrbios metabólicos,
como hipoglicemia, diabetes, insuficiência renal, etc; 6) falta de oxigenação no cérebro.
Quais os sinais e sintomas?
Os sinais e sintomas dependem do tipo de convulsão, da região do cérebro envolvida e da função que ela desempenha no organismo.
Nas convulsões parciais, podem ou não ocorrer alterações do nível de consciência, como movimentos involuntários em alguma parte do corpo, comprometimento das sensações
de paladar, olfato, visão, audição e da fala, alucinações, vertigens, delírios. Algumas vezes, essas manifestações são leves e podem ser atribuídas a problemas psiquiátricos.
Existem diversos tipos de convulsões generalizadas. Os dois mais frequentes são a crise de ausência, ou pequeno mal, e a convulsão tônico-clônica, ou grande mal.
No primeiro grupo, incluem-se as pessoas que, durante alguns segundos, ficam com o olhar perdido, como se estivessem no mundo da lua, e não respondem quando chamadas.
Quando a ausência dura mais de dez segundos, o paciente pode manifestar movimentos automáticos, como piscar de olhos e tremor dos lábios, por exemplo. Essas crises chegam
a ser tão breves que, às vezes, ele nem sequer se dá conta do que aconteceu.
Já as convulsões tônico-clônicas estão associadas à perda súbita da consciência. O quadro dura poucos minutos. Na fase tônica, todos os músculos dos braços, pernas e
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tronco ficam endurecidos, contraídos e estendidos e a face adquire coloração azulada. Em seguida, a pessoa entra na fase clônica e começa a sofrer contrações rítmicas, repetitivas
e incontroláveis. Em ambas as situações, a saliva pode ser abundante e ficar espumosa. Mordida pelos dentes, a língua pode sangrar.
Como Tratar?
O risco de novas crises diminui nos pacientes com convulsões provocadas por álcool,
drogas, pelo efeito colateral de alguns medicamentos e por distúrbios metabólicos, quando são retiradas essas substâncias ou corrigido o problema orgânico. Nos outros
casos, existem vários medicamentos que devem ser indicados de acordo com o tipo de convulsão para evitar a recorrência e assegurar o controle das crises.
Recomendações
Diante de um quadro de convulsão:
Deite a pessoa de lado para que não engasgue com a própria saliva ou vômito;
Remova todos os objetos ao redor que ofereçam risco de machucá-la;
Afrouxe-lhe as roupas;
Erga o queixo para facilitar a passagem do ar; Não introduza nenhum objeto na boca nem tente puxar a língua para fora;
Leve a pessoa a um serviço de saúde tão logo a convulsão tenha passado.
Observação importante:
Convulsão não é sinônimo de epilepsia. Epilepsia é uma doença específica, que predispõe a pessoa a convulsões, mesmo na ausência de problemas como febre alta, pancadas na cabeça, derrames ou tumores cerebrais
Banho- “Banho é um momento de prazer, bem estar, que o Cuidador
pode proporcionar”
Higiene íntima – É a prática de higiene das regiões genital do homem e da mulher com finalidade de proporcionar conforto e segurança, prevenir infecções e manter a boa imagem corporal.
Higiene íntima masculina – Levantar delicadamente e segurar o pênis, retrair o prepúcio e lavar com água e sabonete, enxaguar e secar bem, voltar o prepúcio a posição natural,
limpar o períneo na região do ânus, após enxaguar e secar bem. Utilizar luvas de procedimento e colocar fraldas após a higiene caso o paciente necessite.
Higiene íntima feminina - Umedecer os pelos pubianos, lavar os grandes lábios em
direção do períneo para o ânus (frente para trás), separar e lavar os pequenos lábios, meato uretral, enxaguar e secar muito bem. Utilizar luvas de procedimento e colocar
fraldas após a higiene caso o paciente necessite.
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Banho no leito - O banho no leito é necessário nos casos de pessoas acamadas que estejam impossibilitadas de irem até o banheiro ou sentarem em cadeira de banho.
Material utilizado:
Panos de banho;
Toalha de banho,
Material para higiene oral,
Pente,
Sabonete,
Comadre e/ou papagaio do proprio paciente,
Roupa para o paciente (pijama ou camisola), Roupa de cama (02 lencois, 01 cobertor S/N, 01 toalha de banho, 01 para fralda S/N, 01 forro S/N) Luvas de procedimento, 1 bacia, 1 balde,
Como fazer?
Lavar as mãos e calcar as luvas de procedimentos;
Explicar para a pessoa o que vai ser feito;
Fechar as portas e janelas;
Proteger a unidade do paciente com biombos;
Oferecer comadre ou papagaio ao paciente e procurar saber se tem clister prescrito.
Se houver, faze-lo em primeiro lugar; Desprender a roupa de cama, iniciando do lado oposto onde permanecer; Fazer higiene oral do paciente e lavar a cabeca, se necessario; Trocar a agua do banho, obrigatoriamente, apos a lavagem da cabeca;
Lavar os olhos, limpando o canto interno para o externo, usando gaze;
Lavar, enxaguar e enxugar o rosto, orelhas e pescoco;
Remover a camisola ou camisa do pijama, mantendo o torax protegido com o lençol, descansando os braços sobre o mesmo; Lavar e enxugar os bracos e maos do lado oposto ao que se esta trabalhando, depois o
mais proximo, com movimentos longos e firmes, do punho a axila; Trocar a agua;
Lavar e enxugar o torax e abdome, com movimentos circulares, ativando a circulacao, observando as condicoes da pele e mamas; Cobrir o torax com lencol limpo, abaixando o lencol em uso, ate a regiao genital; Lavar, enxaguar e enxugar as pernas e coxas, do tornozelo ate a raiz da coxa, do lado oposto ao que se esta trabalhando, depois o mais proximo; Colocar bacia sob os pes e lava-la, principalmente nos interdigitos, observando as condicoes dos mesmos e enxugar bem; Trocar a agua da bacia e a luva de pano, obrigatoriamente; Encaixar a comadre no paciente; Fazer higiene intima do paciente, de acordo com a técnica; Trocar, obrigatoriamente, a agua da bacia e a luva de banho, retirando a comadre,
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deixando-a ao lado do leito; Virar o paciente em decubito lateral, colocando a toalha sob as costas e nadegas, mantendo esta posicao com o auxilio de outra pessoa; Lavar e enxugar as costas, massageando-as, incluindo nadegas e coccix do paciente;
Deixar o paciente em decubito lateral, empurrando a roupa umida para o meio do leito,
enxugando o colchao;
Trocar de luvas;
Proceder a arrumacao do leito, com o paciente em decubito lateral;
Virar o paciente sobre o lado pronto do leito;
Retirar a roupa suja e despreza-la no hamper;
Calcar outras luvas;
Fazer os cantos da cama: cabeceira e pes;
Vestir o paciente;
Pentear os cabelos do paciente;
Trocar a fronha; Utilizar travesseiros para ajeitar o paciente no decubito mais adequado; Limpar balde, bacia, comadre com agua e sabao; Recompor a unidade do paciente, colocando tudo no lugar; Retirar as luvas e lavar as maos;
Queimaduras
É uma lesão produzida nos tecidos de revestimento do organismo e causada por agentes térmicos, produtos químicos, eletricidade, radiação etc.
A queimadura pode ser a mais simples lesão de pele, como também pode envolver estruturas abaixo da pele, incluindo músculos, ossos, nervos e vasos sanguíneos.
Tipos de queimadura:
1º grau - Superficiais ou epidérmicas
2º grau - Comprometimento parcial ou reticular da derme
3º grau - Comprometimento de toda a espessura da derme e parte do subcutâneo.
Cuidados:
Queimadura de 1º grau –
Aplicar água corrente fria sobre a área afetada por
15 minutos
Não aplicar nada no local Procurar o serviço de saúde
Queimadura de 2º grau -
Aplicar água corrente fria por 15 minutos
Não fure as bolhas
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Cubra com gaze ou pano limpo umidecido com água fria Procure o serviço de saúde
Queimadura de 3º grau -
Coloque a lesão sobre água fria corrente por 15 minutos
Não passe nada no local Cubra com gaze ou pano limpo umidecido
Encaminhe com urgência ao serviço de saúde.
Queimadura - “O que não fazer”- Nunca Aplicar: Pasta de dente
Manteiga ou Margarina
Pomadas
Outras substâncias de conhecimento popular
Cuidados com Traqueostomias
Traqueostomia é uma pequena abertura feita na traquéia, que fica na parte anterior do pescoço, onde é introduzido um tubo de metal (chamado cânula traqueal) para facilitar a entrada de ar.
Cuidados:
Higienizar as mãos;
Utilizar luva de procedimento;
Retirar a fixação e remover o conjunto da traqueostomia; Lavar com água e sabão neutro, esfregando por dentro e por fora utilizando uma
esponja; Enxague com água corrente para retirar todo o resíduo do sabão;
Limpe o intermediário 3 vezes ao dia para evitar obstrução; Mantenha uma boa higiene na área ao redor da traqueostomia, limpando-a
cuidadosamente com água e sabonete neutro, 3 vezes ao dia; Conserve a região ao redor da traqueostomia com a pele bem hidratada;
Utilize um acolchoado (com duas gazes dobradas) entre a cânula e a pele; Use material macio para o cadarço e não o coloque muito apertado, de forma
que não o machuque.
Cuidados com a Gastrostomia
Gastrostomia é uma cirurgia realizada para existir a comunicação do estômago com parede abdominal, por onde é inserida uma sonda com a finalidade de
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alimentar o paciente sem que o mesmo tenha que passar pelos processos de mastigação e deglutição, podendo ser temporária ou definitiva.
Cuidados:
Higienizar as mãos; Troca diária do curativo;
Realizar movimento de rotação e anti-horário;
Observar aspecto da pele ao redor da gastro;
Observar a fixação da sonda/botom;
Higienizar a conexão da sonda/botom;
Puxar o resíduo gástrico com uma seringa antes da administração da dieta; Manter sentado ou cabeceira elevada durante administração da dieta e
medicação. Administrar medicamentos separadamente um a um;
Dissolver de forma adequada comprimidos;
Instalar dieta gota a gota ou utilizar a seringa porém administrar lentamente;
Lavar a sonda/botom após dieta e medicação com água filtrada;
Não deixar a extensão acessível; Parar administração da dieta em caso de vômito, desconforto, distensão
abdominal; Procurar o serviço de saúde.
Cuidados com Sonda Nasoenteral
A sonda nasoenteral é um tubo de silicone usado para alimentação quando o
alimento não pode passar pelo trajeto normal é instalado por via nasal ou oral
(nariz ou boca) e chega até o intestino.
Cuidados:
Higienizar as mãos
Verificar fixação da sonda e trocá-la sempre que necessário
Não deixar acessível Não reintroduzir em caso de exteriorização
Observar sinais de lesão na pele
Aspirar para verificar resíduo gástrico
Sentar ou manter cabeceira elevada 30º grau durante dieta e medicação
Lavar com água filtrada após dietas e medicações
Atenção durante a manipulação Parar a administração da dieta em caso de vômito, distensão ou desconforto
abdominal e procurar o serviço de saúde Em caso de obstrução lavar com água filtrada morna
Troca somente por profissional capacitado (Enfermeiro).
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Cuidados com Sonda Vesical de alívio e demora (Cateterismo vesical)
É a introdução de uma sonda até a bexiga a fim de retirar a urina.
Indicações: Quando o paciente está impossibilitado de urinar, coleta de urina asséptica, exames, preparo pré-parto, pré-operatório, incontinência urinária.
Para o cateterismo vesical de alívio existe a técnica estéril usada em ambientes hospitalares e a técnica limpa utilizada em ambiente domiciliar.
Cuidados:
Higienização das mãos a manipulação.
Higienização da região genital.
Fixação correta. Manter bolsa coletora sempre abaixo do nível da cintura.
Estimular a hidratação se não houver contra indicação médica. Troca a cada 30 dias ou conforme indicação médica em um Serviço de Saúde.
Cateterismo de alívio - Técnica Limpa
Higienizar as mãos Separar o material necessário: (sonda, xylocaína, lenço umedecido, recipiente
próprio). Higienizar a genitália, destacando a limpeza entre os lábios nas mulheres e na
glande nos homens; Higienizar as mãos Pegar a sonda e fechar na extremidade que contém o orifício de drenagem. Na ponta da sonda passar um pouco de xylocaína gel. Posicionar a pessoa de forma confortável e realizar a introdução do cateter no
meato urinário; Após o esvaziamento completo da bexiga em um recipiente próprio, retire a
sonda. Jogue fora a sonda e a gaze que foi utilizada, higienizar o recipiente que foi
colocado a urina e esterilizar com água fervente. Guarde a xilocaína e o recipiente em local apropriado para o próximo horário do
procedimento. . Higienizar as mãos
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Curativo
É um procedimento utilizado para a limpeza, proteção e tratamento das lesões. Existem vários tipos de lesões e a forma de realização do curativo pode mudar dependendo da lesão.
Finalidades principais do curativo:
Remover corpos estranhos;
Limpar a lesão;
Evitar o aparecimento de infecções;
Manter a umidade da superfície da ferida;
Fornecer isolamento térmico; Proteger e isolar a ferida do meio externo e contra trauma mecânico. Favorecer a
cicatrização da ferida; Proporcionar maior conforto físico e psicológico aos clientes;
Diminuir a intensidade da dor.
A limpeza deverá ser realizada sempre da área mais limpa para a área mais
contaminada.
Prevenção de lesões de pele e úlceras por pressão
A úlcera de pressão pode ser definida como uma lesão de pele causada pela
interrupção sangüínea em uma determinada área, que se desenvolve devido a uma
pressão aumentada por um período prolongado, ou seja quando a pessoa fica muito
tempo em uma mesma posição.
Como prevenir?
Observar integridade da pele
Hidratar a pele com hidratante a base de óleos graxos
Estimular se possível ingesta hídrica e alimentar Mudança de decúbito ( Mudança de posição) a cada 2 horas, verificar tolerância
de cada pessoa Manter roupa de cama limpa e seca
Lençóis esticados
Observar sinais de hiperemia (vermelhidão na pele) Manter proeminências ósseas livres, calcanhares e regiões ósseas que ficam em
contato com a cama ou cadeira; Posicionamento adequado ( Posicionar de uma forma que a pessoa se sinta
confortável e que não aumente a pressão na posição).
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5. FISIOTERAPIA APLICADA AOS CUIDADOS DA PESSOA COM
DEFICIÊNCIA – MÓDULO INFANTIL
Manutenção das estruturas musculoesqueléticas:
Alongamento muscular
Alongamentos são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade do
músculo. Quanto mais alongado um músculo, maior será o movimento desta articulação
e isso pode tornar mais fácil a execução das funções. Portanto, realizar os alongamentos
alguns dias na semana ajuda a relaxar o corpo, proporciona maior consciência corporal,
deixa os movimentos mais soltos e leves; previne lesões; e ativa a circulação.
Fortalecimento muscular
O fortalecimento muscular melhora a capacidade de geração de força e é
importante para as transferências, marcha, atividades de vida diária e em algumas
patologias melhora o desempenho funcional sem aumento da espasticidade (condição
patológica do músculo ser mais tenso que o normal).
Muitas vezes o paciente não é capaz sozinho de realizar os exercícios tanto de
alongamento quanto de fortalecimento em sua totalidade e o cuidador necessita auxiliá-
los em maior ou menor grau.
Posicionamento
O posicionamento correto do paciente é um importante aliado para preservar a
integridade muscular e articular. Para isso, em alguns casos se faz necessário o uso de
mobiliários e equipamentos específicos considerando as necessidades do paciente e a
capacidade funcional. A postura correta continua o tratamento, facilita as atividades
diárias e melhora a interação do paciente com o meio em que vive.
Órteses/Próteses
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Órteses são dispositivos externos que aplicados a algum segmento do corpo
coloca este segmento em uma postura mais adequada possível e auxilia na função. As
próteses são dispositivos que substituem um membro ou uma parte do corpo.
Alguns pacientes conseguem realizar certas funções somente com uso das
órteses/próteses, por isso a necessidade de uma correta avaliação para que o potencial
do paciente não seja subutilizado. A colocação e utilização erradas das órteses/próteses
podem ser tão ruins quanto uma indicação incorreta.
O encaixe de ambas precisa ser correto para que haja uma adequada função e
não machuque.
Equipamentos
O equipamento pode ser entendido como um objeto que é inserido no dia a dia
do paciente com o objetivo de melhorar a postura e facilitar uma função específica. Ele
pode facilitar, o sentar, o ortostatismo, o deslocamento, etc.
Deslocamento
A locomoção é a capacidade de se mover de um ponto até outro. E a marcha que
é o deslocamento rítmico de partes do corpo é a locomoção comumente realizada pelo
humano. Porém, alguns indivíduos realizam os deslocamentos de outras formas, com
auxílio de aditamentos para marcha e/ou uso de equipamentos.
Transferência
A mudança do paciente entre superfícies deve ser estimulada da maneira mais
independente possível. O paciente é treinado a realizar as transferências entre cadeira de
rodas e leito, vaso sanitário, carro, tablado, etc, sozinho ou com o mínimo de ajuda
possível. Em alguns casos se faz necessário o uso de facilitador ou mesmo adaptações
no ambiente para que a transferência seja eficiente e segura.
Transporte
O transporte do paciente está relacionado com o movimento do mesmo entre
locais. As crianças na maioria das vezes são transportadas no colo e isto demanda de um
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desgaste do cuidador. É preferível que o transporte seja realizado com cadeira de rodas
adaptada ou outro equipamento, porém, nem sempre isso é possível. Por isso, o carregar
precisa ser o mais ergonômico possível para preservar a integridade física do cuidador e
a criança não seja privada de se relacionar com o meio durante o transporte.
Desenvolvimento motor
A aquisição das etapas motoras de uma criança acontece respeitando uma ordem
cronológica, emocional, maturacional e psicológica. De uma maneira simplificada um
bebê inicia o sentar por volta de 6 meses, o engatinhar por volta de 9 meses e inicia a
troca de passos por volta de 1 ano de idade aproximadamente. A depender da
deficiência da criança algumas etapas motoras podem acontecer de maneira diferente do
habitual, podem não aparecer no momento cronológico esperado e infelizmente em
alguns casos não acontecem.
Existe uma expectativa alta entre os familiares, cuidadores e até mesmo os
terapeutas envolvidos na reabilitação para que estas crianças atinjam o mais rápido
possível o andar como forma de deslocamento. Porém, às vezes, ao estimular o andar há
um prejuízo funcional desta criança que ainda não está pronta para a função e recrutam
de musculatura não habitual para desempenhá-la e isso contribui na aquisição de vícios
de posturas e deformidades.
Considerações importantes
A cadeira de rodas é um equipamento muito difícil de ser aceito. Muitas vezes os
familiares interpretam a cadeira de rodas como uma condenação, uma incapacidade
permanente de andar. Porém, quando a criança não possui uma cadeira de rodas,
adaptada, a postura sentada é inadequada o que traz consequências ruins e atrapalha na
sequência do tratamento.
Associado as alterações motoras é comum encontrar outros distúrbios em
crianças com Paralisia Cerebral como visuais, auditivos, cognitivos, oftalmológicos,
perceptuais, comunicação, comportamento, epilepsia que devem ser investigados e
abordados para que a criança tenha todo o seu potencial alcançado. As deformidades
ortopédicas em coluna e membros são frequentes e precisam ser acompanhados para
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que seja tratado no momento certo. A subluxação/luxação de quadril é monitorada pelo
médico com o Raio-X de bacia. O uso do parapodium ou qualquer outro recurso para
ortostatismo nas crianças a partir de aproximadamente 1 ano de vida deve ser
considerado.
No tratamento da discrepância dos membros, em alguns casos, é utilizado o
fixador externo que é um aparelho que parte dele aparece por fora do membro e parte
dele está fixado no osso. É um aparelho do tipo “gaiola de ferro”. São necessários
cuidados especiais de higiene e seguimento rigoroso das orientações médicas quanto à
manipulação do mesmo.
As fraturas na osteogênese imperfeita fazem parte da patologia interrompem
momentaneamente a reabilitação por causa da imobilização e são fontes de grandes
preocupações. Porém, é uma condição inerente e imutável. É preciso encontrar um
equilíbrio entre o proteger e o permitir. As escolas devem estar bem orientadas a
respeito da possibilidade de fratura, mas sem pânico para não privar a criança do
convívio saudável com seus colegas e amigos.
As recidivas de deformidades pós cirúrgicas na artrogripose múltipla congênita
são muito frequentes é necessário seguir rigorosamente todas as orientações de
alongamentos, posicionamento e nunca retirar as órteses nem mesmo para dormir.
Crianças com distrofias neuromusculares na grande maioria das vezes
necessitam de um cuidado especial na parte respiratória. Devido a fraqueza muscular
global esta área é bem atingida levando a complicações. A procura de profissional
especializado se faz necessário. Outro aspecto importante a ser considerados são as
transferências. Normalmente os cuidadores/familiares carregam, pois estas crianças não
tem força suficiente nos braços para ajudar. Para facilitar é necessário que a cadeira de
rodas tenha braços e pés removíveis, que as superfícies de transferências tenham alturas
semelhantes, que segure a criança em pontos específicos do corpo, ou usem lençóis,
pranchas e em alguns casos equipamentos como o “lift” (elevadores). Por fim, nunca
puxar estes pacientes pelos braços para não causar lesões sérias em ombro devido a
fraqueza da musculatura nesta região.
A sensibilidade nas crianças com Mielomeningocele é alterada em algum grau,
portanto as escaras (úlceras de pressão) devem sem monitoradas observando áreas
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avermelhadas em especial no bumbum e pés. Para evitar escaras no bumbum orientar
que paciente faça de tempos em tempos na cadeira de rodas o “push up” (suspender o
bumbum apoiando as mãos no apoio de braço da cadeira). Quando a criança estiver no
chão permanecer sempre de roupa (calça, meia e goteiras) para que não se machuque ao
arrastar. O uso das órteses tornozelo-pé é essencial para não machucar os pés
principalmente para os pacientes que andam, pois não é incomum pacientes com
mielomeningocele sofrer amputações de membros inferiores devido complicações de
machucados. Caso haja machucado (escaras) nos pés precisa parar de andar até que
cicatrize. Uso do enfaixamento em “8” para posicionar membros inferiores e evitar
deformidades e fraturas é importante para pacientes com nível de lesão torácico.
Cuidado com a parte urinária, pois estes pacientes não controlam corretamente o
esvaziamento da bexiga e apresentam infecções urinárias de repetição podendo evoluir
para complicações mais sérias. Na grande maioria dos casos usarão fralda sempre e em
alguns casos o médico orientará a sondagem. Revezar a postura sentada na cadeira com
a postura deitada de barriga para baixo é muito importante para evitar escara no
bumbum e alongar a musculatura flexora de quadril prevenindo deformidades. Estes
pacientes fazem uso de válvula de derivação que é um tratamento utilizado para a
hidrocefalia. Observar mudanças de humor, comportamento, agitação, sonolência, dor
de cabeça persistente, vômito em jato e caso ocorra um desses sintomas se dirigir à um
posto de atendimento de emergência. É comum que estas crianças tenham queimaduras
graves, devido à falta de sensibilidade. Portanto, cuidado com prato de comida quente,
aparelhos eletrônicos (computadores, jogos, etc), água de chuveiro, etc).
Os cuidadores e familiares das crianças com lesão encefálica adquirida precisam
passar por um processo de desconstrução deste indivíduo que em algum momento da
vida não apresentava a lesão. Esta criança não é mais aquela de antes do incidente. E
este é um passo importante para a reabilitação. Estas crianças frequentemente
apresentam inadequação no comportamento (agressividade, irritação, não aceitação dos
manuseios, etc) o que dificulta o tratamento. As atitudes não são frutos de deboche, falta
de interesse ou o que quer que seja. É um problema comportamental e ás vezes
dificuldade de atenção. O tempo de resposta é muito mais lento. A conversa precisa ser
“olho no olho” trazer a atenção da criança para a atividade o tempo todo. É preciso
paciência e a escola, precisa ser orientada quanto a este aspecto.
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Por fim, acima de qualquer patologia, alteração, etc, etc etc...são crianças... e
crianças brincam....
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6. FISIOTERAPIA APLICADA AOS CUIDADOS DA PESSOA ADULTA
COM DEFICIÊNCIA
Introdução
A Fisioterapia na Reabilitação de pacientes com lesões de origem neurológica tem
como objetivo o desenvolvimento de habilidades funcionais, proporcionar maior
independência, bem estar e Inclusão social.
Promover maior independência possível de acordo com o potencial de cada
paciente.
O potencial dependerá:
- patologia
- tipo de lesão
- extensão da lesão
- intervenção precoce/ tempo de lesão
- idade e sexo
- comorbidade ou doença de base
- fator sócio- econômico
- alteração da sensibilidade
- alterações comportamentais
- alterações visuais e auditivas
- alterações cognitivas
- complicações secundárias à lesão
Tratamento Fisioterapêutico
Posicionamentos
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Para que serve?
• Prevenir deformidades articulares
• Diminuir espasticidade
• Melhorar o retorno venoso
• Aliviar a pressão
Mobilizações articulares
Devem ser feitos sempre de forma lenta e respeitando a amplitude de movimento da
articulação.
Para que serve?
• Prevenir deformidades articulares
• Diminuir espasticidade
• Auxiliar no retorno venoso
Alongamentos musculares
Devem ser feitos sempre de forma lenta e respeitando a amplitude de movimento da
articulação.
Para que serve?
• Prevenir deformidades articulares
• Ganhar maior mobilidade
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• Diminuir espasticidade
Treino de equilíbrio de tronco
• Melhorar o desempenho em atividades como:
Tocar a cadeira de rodas Transferências Atividades de autocuidado Dirigir Praticar esportes Melhorar o padrão de marcha
Push-up
É o ato do paciente se suspender da sua cadeira.
Para que serve?
• Aliviar as áreas de pressão
• Facilitar as transferências
• Fortalecer o músculo tríceps
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Atividades motoras
Rolar:
Independência nas mudanças de decúbito e trocas posturais
Sentar:
Execução das atividades de vida diária
Ortostatismo ou posição em pé
Execução quando possível de atividades do dia a dia e transferência de peso para MMII
Atividades de vida diária
Tocar a Cadeira de Rodas
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Transferências tipos:
• Transferência totalmente dependente
• Transferência semi-independente: tábua + acompanhante
• Transferência independente com tábua
• Transferência independente
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Mobiliário e Acessórios
São todos os matérias ou recursos utilizados para facilitar e favorecer uma
função da melhor forma possível e com maior segurança e qualidade.
Envolve o uso da Cadeira de Rodas (CR), cadeira de banho, tábua de
transferência, andadores, muletas ou bengalas para facilitar a marcha. O uso de
almofadas e colchões próprios para evitar ulcera de pressão, orteses para
posicionamento ou que facilitem uma função.
Equipamentos de tecnologia para facilitar maior independência do individuo
com alguma dificuldade motora.
Tábua de Transferência
Equipamentos para andar
Auxiliares de marcha
Adaptação do Ambiente
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Órteses
A adaptação do ambiente facilitará a independência, participação e inclusão do
individuo acometido por qualquer patologia. Um ambiente adequado favorecerá
a acessibilidade, conforto, higiene e segurança. É para nos da reabilitação um
ponto fundamental e sempre buscamos adequar e orientar para que seja um
ponto a favor no processo de reabilitação.
Quando pensamos na adaptação do ambiente levamos em consideração a
segurança, a estimulação do quadro, mas sabemos que alguns aspectos
interferem para que esse ambiente seja o mais adequado, tais como o
econômico. Nesta adaptação pensamos no posicionamento do leito para receber
maior estimulo do ambiente ou facilitar o acesso da CR ou de Banho, retirada de
tapetes que podem levar a quedas frente à marcha ou dificultar o deslocamento
de cadeiras rodas ou de banho.
Também na colocação de barras pra facilitar a realização de algumas atividades
funcionais, tais como: transferências ou a marcha. Na iluminação, o uso de
dispositivo que acedem com sensor ou sonoros para que se perceba a
movimentação do indivíduo caso este tenha dificuldade para falar e ou risco de
realizar alguma tarefa sem a presença de alguém para supervisionar ou dar
apoio.
Um ambiente adaptado oferece oportunidade para que o indivíduo com alguma
dificuldade motora possa ser mais atuante, é um agente facilitador do
aprendizado e também mais motivador.
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7. TERAPIA OCUPACIONAL
Antes de começar com as orientações sobre os cuidados, podemos pensar e nos
questionar:
De quem estamos cuidando?
Quem é esta pessoa e quais são seus sonhos (prévios e futuros)?
Como podemos facilitar e tentar deixar o cotidiano mais normal possível?
A doença e/ou o aumento da idade podem trazer dificuldades na compreensão e
na execução das atividades diárias. Para incluir este indivíduo em sua própria rotina é
importante:
Antes de realizar as tarefas, explicar o que e o porquê realizá-las. Usar palavras e comandos simples pode facilitar.
Realizar o estímulo para maior participação do paciente aguardar suaresposta estimular novamente (se necessário) mostrar como ele pode
realizar esperar. A manutenção de uma rotina é importante para maior participação.
Atividades da Vida Diária
Banheiro
Escovar os Dentes:
Estimular a organizar os objetos necessários e usar cada um corretamente (pasta, escova e toalha);
Verificar se há possibilidade para realizar em pé. Caso demonstre ser perigoso,
realizar sentado;
Apoiar os braços na pia pode facilitar a realização;
Uma dica pode ser o uso de escova de dente elétrica e no momento do enxágue, podemos levar a água à boca com o auxílio de um copo;
Se a dificuldade estiver em segurar o cabo da escova de dente, podemos pensar
em engrossar o cabo com E.V.A., ou algum outro tipo de adaptação.
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*Lembrar de sempre estimular o paciente para realizar de forma independente, mas com
segurança.
Em caso de crianças a escovação deve ser monitorada e/ou refeita pelo cuidador, visto que ainda podem não apresentar coordenação motora e noção de higiene
adequadas para realização desta atividade.
Paciente que faz uso de prótese dentária: retirar a prótese e escovar separadamente.
Se o paciente estiver acamado e não responsivo, DEVEMOS verificar junto com
a Fonoaudiologia e com a Odontologia a maneira mais adequada para a
escovação, evitando assim qualquer tipo de complicação clínica (ex.: engasgo).
Banho
O momento do banho NÃO é para fazer Exercícios! O banheiro pode ser um local
muito perigoso! Devemos estimular a participação do paciente, mas SEMPRE com
Segurança!
Para que possamos estimular a participação, quem sabe começar o banho antes do
horário programado ajude. Dessa forma não precisamos ter pressa para que ele realize
logo.
Se houver a possibilidade, estimular para que o próprio sujeito tire a roupa. Podemos apenas dar o comando verbal (falar) para que ele possa lembrar a
ordem, até conseguir memorizá-la;
Ensaboar as partes do corpo sempre na mesma ordem pode facilitar para que ele decore e depois consiga realizar;
Enxaguar, estimular a perceber se falta alguma parte do corpo;
Secar-se, estimular a perceber se falta alguma parte do corpo;
Em alguns momento a participação do paciente está em escolher qual sabonete quer usar, o shampoo de sua preferência. Ou então, segurar o chuveirinho.
Dicas para facilitar e ter mais segurança durante o banho:
Barras de apoio no banheiro;
Tapete antiderrapante;
Não tomar banho com sandálias abertas na parte de trás (calcanhar);
Realizar sentado, com supervisão se necessário;
Para evitar queda do sabonete podemos utilizar sabonete líquido na esponja;
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Ou então podemos colocar o sabonete dentro de uma meia calça e amarrá-la no registro da torneira do chuveiro, caso o sabonete escorregue da mão fica fácil
puxá-lo;
Podemos utilizar escova de cabo longo para lavar as costas, pernas e/ou pés;
Esponja com alça, para deixar presa no braço;
Cuidado ao entrar e ao sair do box;
Para realizar sentado podemos utilizar cadeira de banho, cadeira de plástico com
apoio de braços. Evitar que o paciente tome banho sentado no chão. Em caso de
cadeira plástica infantil, é importante colocar peso nos pés da cadeira, pois
existe o risco da criança virá-la. Outro recurso que também pode ajudar é o uso
de flutuador de piscina como cinto e/ou apoio de cabeça.
Temos que lembrar que o banho é um momento de muita intimidade. Para nós,
adultos, como será que iríamos nos sentir se outra pessoa tivesse que nos dar banho?
Uso do Vaso Sanitário, Fralda e Asseio
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Para aqueles pacientes que ainda estão utilizando fralda, mas que estamos
tentando tirá-la aos poucos, podemos organizar horários fixos durante o dia para levá-lo
ao banheiro. E regularmente seguir os horários estipulados. Além disso, no caso das
crianças, podemos fazer uso dos tapetes absorventes para forrar o carrinho do carro e/ou
o bebê conforto.
Também podemos estimulá-los para que nos diga o momento de trocar a fralda.
Para que comece a se conscientizar. Ou caso ele consiga sentir que vai ao banheiro,
solicitar que avise. Assim conseguimos estimular o uso do papagaio/comadre ou levá-lo
ao banheiro.
É importante que o paciente esteja bem posicionado/sentado no vaso sanitário
com segurança.
Para isso podemos sentá-lo na cadeira de banho e posicioná-la sobre o vaso
sanitário. Ou também existem assentos para a privada com apoio de braços para que ele
possa segurar. Ou até mesmo podemos pensar nas barras fixas de apoio do banheiro
para esse momento. O apoio dos pés em algo fixo irá ajudá-lo.
Para os pequenos, o uso do penico e/ou redutor de assento também é indicado,
ressaltando que é muito importante que os pés da criança estejam apoiados neste
momento.
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Se houver possibilidade por parte do paciente, estimular o auxílio durante a
limpeza. Enrolar o papel higiênico em sua mão, para que ele não se suje pode ser uma
alternativa. Até que consiga realizar da melhor forma. O uso do lenço umidecido e/ou
ducha higiênica também facilitam o asseio.
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Auto cuidado
Barba Se o paciente tem a possibilidade de auxiliar para a realização, podemos fazer
juntos, com Segurança.
Realizar sentado pode ser uma maneira mais segura.
Podemos treinar antes de começar a realizar de verdade. Pedindo para ele passar
o creme de barbear no rosto. Colocando por exemplo uma fita crepe na lâmina e
realizando os movimentos junto com ele, para treino, evitando assim qualquer ferimento
na pele. Até que ele consiga realizar da melhor forma.
Depilação Para as mulheres que tem possibilidade motora para realizar, podemos usar o
exemplo da “barba” para treino. Também sentada e com segurança.
Maquiagem Estimule para que ela tente te contar o que gostava de usar, passar no rosto, em
qual ordem, quais cores mais gosta.
Se houver a possibilidade motora também pode tentar realizar com ela.
Lembrando que sentada e com os braços apoiados pode ser mais fácil.
Cozinha
Na cozinha podemos pensar em algumas etapas: desde a preparação da comida;
organização dos objetos na mesa; colocar a comida no prato; o momento da refeição;
lavar a louça.
Tudo é importante: dizer quais alimentos são necessários para fazer algum tipo
de comida; quais alimentos estão faltando no armário, fazer uma lista de supermercado;
pensar no cardápio da semana.
Podemos estimular o paciente em todas as etapas e tarefas na cozinha. Podendo
ele participar falando ou então fazendo junto. O momento da refeição é um momento
social, em que as pessoas sentam juntas à mesa, comem, conversam, contam do dia.
Então, sempre que possível, temos que estimular para que o paciente participe.
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O que você percebe que para ele é mais difícil durante a alimentação? Levar o
alimento à boca? Cortar? Ou então ele não consegue segurar o garfo/colher?
Temos que tentar entender o que está difícil para pensarmos em estratégias para
a realização.
Dicas simples podem nos ajudar:
Usar um tapete antiderrapante embaixo do prato;
Apoiar os cotovelos na mesa pode facilitar levar a comida à boca;
Engrossar o cabo dos talheres para ficar mais fácil para segurar;
Tábua adaptada para cortar os alimentos;
Se é difícil colocar os alimentos no garfo, podemos tentar começar “espetando” alimentos sólidos, e ir gradualmente para outros tipos de alimentos;
Tentar outras alternativas para cortar os alimentos.
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Algumas marcas vendem:
Aparador de Comida em diversos
materiais
Na cozinha temos que ficar atentos para não colocarmos nosso paciente em
risco. CUIDADO com: objetos pontiagudos, queimaduras, objetos que quebram (vidro)
e com o uso destes. Além disso, se o paciente faz acompanhamento com um
fonoaudiólogo é de extrema importância verificar quais os tipos e consistência de
alimentos que são indicados.
Lembrar que a alimentação tem que ser um momento prazeroso para todos.
Vestuário
Se houver possibilidade de participação do paciente, devemos estimulá-lo desde
o momento da escolha da roupa.
Se ele não tem como ir até o armário para pegar e escolher entre as roupas,
podemos selecionar uns 2 ou 3 pares de roupas para que ele opte por qual utilizar
naquele