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Nº 20 | Ano V Jul | Ago | Set | 2006 Conselho Regional de Medicina Veterinária / PR Stockxpert Rua Fernandes de Barros, 685 - Alto da XV - Curitiba - Paraná - CEP: 80040-200

CRMV-PR Nº20

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Revista do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR)

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Page 1: CRMV-PR Nº20

Nº 20 | Ano VJul | Ago | Set | 2006

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Publicação ddo CConselho RRegional ddeMedicina VVeterinária ddo PParaná

CRMV-PPRR. Fernandes de Barros, 685

Alto da XV - Curitiba - Paraná - CEP: 80040-200Fone: (41) 3263-2511 - Fax: (41) 3264-4085

e-mail: [email protected] EEXECUTIVAPresidente: Masaru SugaiVice-ppresidente: Nestor WernerSecretário-ggeral: Carlos Leandro HenemannTesoureiro: Oscar Lago PessôaConselheiros eefetivos: Ademir Benedito da Luz Pereira, IvoneiAfonso Vieira, José Carlos Calleya, Noemy Tellechea Pansard,Ricardo Maia e Ricardo Pereira Ribeiro.Conselheiros ssuplentes: Adelaide Marina Schaedler, AiltonBenini, Amauri da Silveira, Carlos Alberto de Andrade Bezerra,Carlos Henrique Siqueira Amaral e Sérgio Toshihiko Eko.Comissão eeditorial: Carlos Leandro Henemann (presidente),Ademir Benedito da Luz Pereira, Ivonei Afonso Vieira, NoemyTellechea Pansard e Ricardo Pereira Ribeiro.

Edição: Gabriela SguariziJornalista RResp.: Gabriela Sguarizi - DRTPR 5702Estagiária: Luiza Sgobero SchuvesTiragem: 9.000Pré-IImpressão ((CTP) ee IImpressão: MaxigráficaProjeto GGráfico: RDO Brasilwww.rdobrasil.com.br(41) 3338-7054Designer RResp.: Leandro RothDiagramação: Cristiane Borges

As matérias e artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião da Diretoria do CRMV-PR.

Conselho eem aaçãoPág. 6

EducaçãoO bem-estar humano e animalPág. 10

Legislação ee FFiscalizaçãoA necessidade técnica,sanitária e legal do RTPág. 16

EspecialAnimais de estimação invasoresameaçam a biodiversidadePág. 18

Comissão EEditorialO responsável técnico na produção de alimentosPág. 19

Matéria dde CCapaA responsabilidade técnica em casas agropecuáriasPág. 12

EExxppeeddiieennttee

www.crmmv-ppr.org.br

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Carta aos profissionaisSendo uma profissão em constante

evolução, a Medicina Veterinária abrangediversas áreas de atuação que estão inseri-das na vida do cidadão no seu cotidiano.Além do atendimento a animais tanto deprodução, de companhia, de experimentosquanto os de lazer, o médico veterináriotambém trabalha com o melhoramentogenético, com a saúde pública, seja pre-venindo a transmissão de zoonoses ou fis-calizando a fabricação de produtos deorigem animal. Independente da área emque atua, o médico veterinário zela pelaqualidade de vida do animal e também doser humano. Somos profissionais imprescin-díveis para a garantia do bem-estar humano.Como maneira de manter o profissionalatualizado sobre sua profissão, descobertas

EEDDIITTOORRIIAALL

científicas e campos de atuação, as entidadesde Medicina Veterinária de todo o país pro-movem cursos e eventos de confraternização.Participar é necessário, pois é convivendocom a classe que os profissionais trocamexperiências e formam parcerias de trabalhoque poderão beneficiar a sociedade. Com aaproximação do Dia do Médico Veterinário -9 de setembro -, nós do CRMV-PR, diretores,conselheiros, delegados, funcionários e esta-giários, desejamos a todos os profissionais,sucesso e realização na área em que atuam.

Médico veterinário, parabéns pelo seu dia!

Masaru SSugaipresidente do CRMV-PR

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V-PR

Curso dde OOrtopedia ee FFisioterapia eem ccães ee GGatosDe 11 de agosto a 3 de dezembro – Curitiba/PRInformações: www.equalis.com.br

30th IInternational CConference oon AAnimal GGeneticsDe 20 a 25 de agosto – Porto Seguro/BAInformações: www.cbra.org.br/eventos/xxxisag.do

3º CCongresso dde CCunicultura ddas AAméricasDe 21 a 23 de agosto de 2006 – Maringá/PRInformações: www.arc.uem.br

11° CCongresso MMundial dde SSaúde PPública ee 8° CCongresso BBrasileiro dde SSaúde CColetivaDe 21 a 25 de agosto – Rio de Janeiro/RJInformações: www.saudecoletiva2006.com.br

Conevet –– II CCongresso EEstadual dde MMedicina VVeterináriaIII CCongresso MMunicipal dde MMedicina VVeterináriaDe 23 a 25 de agosto – São Luís/MAInformações: www.conevet2006.com

I CCongresso IInternacional dde CConceitos ssobre Bem-EEstar AAnimalDe 16 a 18 de outubro – Rio de Janeiro/RJInformações: www.wspabr.org

III SSimpósio dde RResistência BBacteriana aaosAntimicrobianos ee II SSimpósio dde RResistência a DDrogas QQuimioterápicas De 24 a 27 de outubro - Rio de Janeiro/RJInformações: (21)2523-0295 - www.ioc.fiocruz.br/simiii

14° SSimpósio IInternacional ee 66ª CConferência CCojeras en RRumiantes // LLameness iin RRuminants De 8 a 11 de novembro – Colônia/UruguaiInformações: www.ruminatlameness.com

III CCongresso ddo CCentro-OOeste dde CClínicos Veterinários dde PPequenos AAnimais ee IIII FFeira ddo Centro-OOeste ddo MMercado PPETDe 11 a 14 de novembro – Brasília-DFInformações: www.wincentraldeeventos.com.br

AAggeennddaa

Neste ano, além do tradicional jantar de confraternização para celebrar o dia 9 de setembro o Conselho Regional de MedicinaVeterinária do Paraná (CRMV-PR) e demais entidades de classe dos Médicos Veterinários promoverão, em Curitiba, a 2ª Corrida eCaminhada da Medicina Veterinária do Paraná. O evento desportivo de 2005 repercutiu positivamente na classe.

Na 2ª edição do evento, o CRMV-PR e o Sindivet-PR esperam reunir 500 pessoas no Parque Náutico (Iguaçu), em Curitiba, no dia2 de setembro. As inscrições podem ser feitas no site do Conselho (www.crmv-pr.org.br), na loja Estação do Atleta (R. Alberto Bollinger,420) ou no local. O custo para profissionais e acadêmicos é de R$ 10,00 e para outros interessados R$ 15,00 até dia 30 de agosto. A par-tir dessa data os valores serão acrescidos de R$ 5,00.

Celebração Curitiba

- O jantar de confraternização será 1° de setembro, na Churrascaria Paiol (R$ 15,00 por pessoa, crianças até 6 anos pagam meia);- 2ª Corrida e Caminhada da Medicina Veterinária do Paraná dia 2 de setembro, no Parque Náutico.

Dia do Médico Veterinário

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Transparência no CRMV-PR

Receitas R$ %%

%%Despesas

Detalhamento ddas DDespesas

R$Itens

Anuidades de Pessoas FísicasAnuidades de Pessoas JurídicasSUBTOTALReceitas com Aplicações FinanceirasReceitas com InscriçõesExpedição de CarteirasExpedição de CertidõesExpedição de CertificaçõesReceita de Dívida AtivaTransferências do CFMVOutras Receitas (*) Alienação de Bens MóveisTOTAL ((A)

712,989.07 897,682.81

1,610,671.88 38,286.47 24,755.48 7,701.00

- 18,098.28 33,411.07

- 49,914.57

-1.782.838,75

39.99%50.35%90.34%2.15%1.39%0.43%0.00%1.02%1.87%0.00%2.80%0.00%

100.00%

35.50%1.48%1.57%58.27%0.00%3.17%

100.00%63.00%

PessoalMaterial de ConsumoServiços de Terceiros e EncargosOutros Serviços e EncargosObras/Benfeitorias e InstalaçõesEquipamentos e Material Permanente

TOTAL ((B)Déficit OOrçamentário ((C == AA –– BB)

234,151.54 9,793.76

10,387.80 384,330.95

- 20,898.80

659,562.851.123.275,90

(1)* Salários, Gratificação por Tempo de Serviço, Gratificação de Função, Serviços Extraordinários, 13º Salário, Férias, Abono pecuniário deférias, Gratificação 1/3 - Constituição, Ajuda de Custo Alimentação, Auxílio Creche/babá, INSS, FGTS, PIS, Indenizações Trabalhistas;

(2)* Artigos de expediente, Despesas c/ Veículos, Art. Material Limpeza/Conservação, Gêneros Alimentícios, Mat. Acess. p/ Máq. e Apar.,Vestuários e Uniformes, Outros Materiais de Consumo;

(3)* Prestação de Serviços de Autônomos e INSS s/Serviços Prestados;

(4)* Assessorias: Jurídica Administrativa e Trabalhista, Locação de Móveis e Imóveis, Telefone, Fax, Serviços Postais, Diárias/PassagensDiretoria e Conselheiros, Água/Esgoto, Energia Elétrica, Plano de Saúde, Vale Transporte, Serviços de Informática, Reparos, Adaptação eConservação de Bens, Serviços Gráficos, Serviços de Divulgação e Publicidade, Despesas c/ Fiscalização, Congressos e Convenções, Despesascom Educação Continuada, Convênio com o CIEE/PR, Manutenção Internet e Site, Desp. Abastec. veículos, Outros Serviços de Terceiros eEncargos;

(5)* Benfeitorias, Reformas e Instalações no imóvel da Sede/Delegacias Regionais do CRMV-PR;

(6)* Mobiliário em Geral e Utensílios de Escritório, Materiais Bibliográficos, Utensílios de Copa e Cozinha, Máquinas e Aparelhos deEscritório, Equipamentos de Informática, Aparelhos de Intercomunicações, Veículos e Aparelhos de Foto Cinematográficos e som.

(*) Outras Receitas: Multas p/falta inscrição, Multas p/falta RT, Multas p/ausência a Eleição, Indenizações e Restituições, Multas, Juros e Atual. Monet.s/anuidades PF e PJ, Taxa de Propriedade Rural e Listagens de Empresas registradas no CRMV-PR.

Méd. Vet. Masaru SugaiCRMV-PR Nº 1797

Presidente

Antônio Carlos DóroCRC-PR Nº 015783/O-3

Contador

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Período:: dde jjaneiro aa aabbril dde 22006

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Novidade no mercado

Novo reitor da UELé médico veterinário

Médico veterinário e professor, Wilmar Sachetin Marçalé o primeiro integrante da classe a assumir o cargo de reitorde uma universidade paranaense. Eleito reitor daUniversidade Estadual de Londrina (UEL) com 34,51% dosvotos dos docentes, 49,90% dos votos dos servidores técnico-administrativos, e 11,99% dos estudantes, o médico veteri-nário tomou posse no dia 9 de junho, na companhia do vice,César Antonio Caggiano Santos. A solenidade de posse ocor-reu no Teatro Marista, em Londrina e contou com 600 partici-pantes, dentre os quais estavam Orlando Pessuti, vice-gover-nador do Paraná, outras autoridades do Estado e o presidentedo CRMV-PR, Masaru Sugai.

A próxima eleição para o corpo diretivo do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) poderá contar como voto direto dos profissionais. Esse foi o tema central da Câmara de Presidentes, que ocorreu no início do mês de maioem Cuiabá (MT). A proposta, que altera a Lei 5.517/1968, está sendo estudada por representantes da classe de todo oPaís e, se acatada, será encaminhada ao Congresso Nacional para votar a sugestão. “A maioria dos estados é favorávelà eleição direta”, diz o presidente do CRMV-PR, Masaru Sugai.

A iniciativa será analisada e na próxima reunião da Câmara de Presidentes, o Conselho Federal deverá apresentarminuta da proposta com as deliberações dos presidentes dos conselhos regionais. “As formas de como a eleição diretaacontecerá ainda estão sendo estudadas. Caberá ao CFMV analisar os prós e os contras de cada sugestão apresentada naCâmara”, conta Sugai.

Desenvolvido com tecnologia paranaense, está sendolançado esse mês no mercado brasileiro um amplificador deáudio para ausculta amplificada de ruídos abdominais, pul-monares e cardíacos, podendo ser utilizado pela MedicinaVeterinária, Medicina Humana, Odontologia, Fisioterapia eEducação Física. O amplificador, criado por um médico eum engenheiro eletrônico, pode ser utilizado nos estetoscó-pios comuns, transformando-os num estetoscópio eletrôni-co. “Ele tem a finalidade da promoção do conhecimento e dodebate, bem como a verificação da propriedade de amplifi-cação diretamente com o equipamento. Como tal, também éum instrumento de cunho educacional”, afirma PatríciaSpengler, consultora de negócios internacionais.

Foram dois anos de estudos e testes para chegar aoproduto final. Entre os benefícios do amplificador estão ocusto acessível e a precisão no diagnóstico. O amplificadorde áudio vem acompanhado do Manual da Física daAusculta Amplificada e que sinteticamente aborda temasligados à física, eletrônica e ausculta. Mais informações:www.fisicadaausculta.com.br

Eleição ao CFMV pode ser direta

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Marçal assina o Termo de Posse.

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Para receber a cédula do CRMV-PR, os profissionais são convidados aparticipar de uma solenidade noespaço físico do Conselho. Para o pre-sidente da Autarquia, Masaru Sugai, avisita dos novos profissionais é fun-damental para que eles possam conhe-cer a estrutura do CRMV-PR e enten-der melhor qual é a sua função na so-ciedade.

Nos dias 2 e 30 de maio, osnovos profissionais foram até a sededo Conselho, em Curitiba, onde alémde receber a cédula, participaram deuma solenidade na companhia dopresidente Sugai e de Cezar AminPasqualin, presidente do Sindicato dos

Médicos Veterinários do Paraná (Sin-divet-PR). No dia 1º de junho o presi-dente viajou até a delegacia do CRMV-PR de Londrina para realizar a entregadas cédulas aos profissionais da região.No mesmo dia, Sugai foi até a delega-cia de Maringá, onde entregou o docu-mento e cumprimentou os novos profis-sionais. No dia 7 de julho, MasaruSugai mais uma vez recepcionou osprofissionais na sede, em Curitiba. Dia10 de julho foi a vez dos profissionaisde Londrina, Maringá e Campo Mourãoreceberem das mãos do presidente acédula. No dia 11 de julho, Sugai viajoupara Cascavel e Pato Branco onde en-tregou o documento e cumprimentou osnovos profissionais.

Entrega de cédulas

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Quem nos deixou...É com pesar que o Con-

selho Regional de Medicina Vete-rinária do Paraná informa o fale-cimento do médico veterinárioDorival Jorge Junior. O profissio-nal, que em janeiro completou 50anos, trabalhava na Anvisa de Fozdo Iguaçu e faleceu por motivo dedoença.

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Novos profissionais e parentes comparecem à solenidade, em Curitiba.

A fundação da Avetmar aconteceu no dia 30 de junho.

Diretoria da Avetmar é eleita e empossada Hugo Keiji Kimura, James

Moreno de Oliveira e Cláudio Ma-chado da Silva foram os nomes esco-lhidos por aclamação na primeiraassembléia da Associação dos Mé-dicos Veterinários da Região de Ma-ringá (Avetmar), realizada dia 30 dejunho. Eleitos e empossados presi-dente, tesoureiro e secretário, respec-tivamente, os profissionais coman-darão a entidade por um ano. Compa-receram na solenidade, o presidente doCRMV-PR, Masaru Sugai, o conse-lheiro Amauri da Silveira e o delegadoregional do CRMV-PR, Nelson Evan-gelista Junior.

Profissionais Liberais

Reforma sindical e traba-lhista, relacionamento com oCongresso Nacional e conselhosprofissionais e formação profis-sional foram alguns dos temastratados no V Congresso Nacio-nal da Confederação das Profis-sões Liberais, cujo encontro con-tou com a participação da Federa-ção dos Médicos Veterinários(Fenamev) e do Sindivet-PR, nacondição de delegado represen-tante. Na ocasião, a Fenamev, quetambém foi uma das entidadespromotoras, destacou a atuaçãodo sindicato paranaense, mos-trando a visão atualizada dos seusdirigentes e sindicalizados.

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Sindicatos integrados

Após 30 anos de existência, o Sindicato dos Engenheirosdo Paraná (Senge) e o Sindivet-PR se reuniram para discutirtemas vinculados à plataforma de trabalho, buscando a inte-gração em algumas ações. Entre os temas debatidos durante oencontro foi citada a atuação conjunta das duas entidades declasse na integração de médicos veterinários e engenheiros, fun-

O Sindivet-PR, através dos membros da sua diretoria,vem promovendo reuniões com acadêmicos para apresentara missão do Sindicato e debater alguns aspectos da formaçãoacadêmica. A princípio, a preferência é para os alunos dosdois últimos anos do curso, incluindo também nos debates asdiferentes tendências do mercado de trabalho.

Os últimos encontros aconteceram na UniversidadeTuiuti do Paraná (UTP) e na Universidade Federal do Paraná(UFPR). “A receptividade por parte dos acadêmicos e pro-fessores tem sido muito boa entendendo o papel do sindicato

Sindicato promove diálogo com acadêmicos

cionários públicos municipais, fazendo a filiação às respectivasentidades sindicais. Para Cezar Amin Pasqualin, presidente doSindivet-PR, “esta iniciativa inédita com certeza trará grandesbenefícios aos profissionais e à comunidade paranaense”.

Dentro do propósito da filiação está a realização de umencontro estadual desses profissionais, inicialmente previstopara o mês de abril de 2007. Os principais temas a serem debati-dos são: estruturação de uma proposta de capacitação técnica,planos de desenvolvimento municipais e regionais, ParceriasPública-Privadas (PPPs), remuneração profissional e formu-lação da política pública. Para a realização do evento, oSindivet-PR está listando alguns colaboradores dentre os quaisestão: Associação dos Municípios, Governo de Estado eAssociação dos Vereadores. O Sindivet-PR está aberto parareceber sugestões para a indicação de temas a serem debatidosno encontro. Além do evento que pretende reunir médicos vete-rinários e engenheiros, o Sindivet-PR e o Senge ainda discuti-ram sobre a criação de cooperativas de trabalho contemplandomultiprofissões.

No encerramento, os sindicalistas Ulisses Kaniak, presi-dente do Senge, e Cezar Amin Pasqualin ressaltaram a impor-tância da aproximação, considerando o marco inicial na buscada execução dos interesses comuns das entidades.

e os debates necessários em campos tão complexos”, diz opresidente do Sindivet-PR, Cezar Amin Pasqualin. Ele expli-ca que “possuímos um calendário de previsão de palestras,mas nos colocamos à disposição dos coordenadores de cursode Medicina Veterinária e dos Centros Acadêmicos para pro-moção de encontros com foco na formação profissional, nomercado de trabalho e nas relações trabalhistas”. Em parale-lo às palestras, o Sindicato também está efetuando um levan-tamento junto aos acadêmicos sobre as tendências na atuaçãoprofissional. Os resultados serão divulgados, assim quedados forem tabulados.

Ulisses Kaniak, presidente do Senge, e Cezar Amin Pasqualin, do Sindivet-PR.

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2ª Cãominhada de Campo Mourão

O curso de Medicina Veterinária do IntegradoColégio e Faculdade de Campo Mourão promoveu nodia 3 de junho a 2ª Cãominhada da cidade, que reuniumais de 220 animais e 500 pessoas. “A idéia foi famili-arizar o profissional médico veterinário e a população,dando um olhar social entre o homem e o animal”, diz ocoordenador do evento, Rogério Folha Bermudes.

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Para dar as boas vindas aos novosprofissionais e parabenizar pela conquis-ta, representantes do Conselho Regionalde Medicina Veterinária do Paraná(CRMV-PR), sempre participam dasColações de Grau dos formandos dasuniversidades paranaenses. No dia 14 dejulho, o presidente da Autarquia, MasaruSugai, participou da cerimônia de for-matura dos alunos de Medicina Veteri-nária da Pontifícia Universidade Católicado Paraná (PUCPR). Na oportunidade,Sugai desejou sorte aos profissionais eprestou uma homenagem à aluna JanaínaGessele, que obteve melhor desempenhodurante a graduação.

A Academia Paranaense de Medicina Veterinária (Acapameve) iniciou em 1° deagosto o processo para preenchimento de quatros cadeiras de membros titulares. Operíodo de inscrição se encerra em 2 de outubro. Leia abaixo a íntegra do edital.

Com o objetivo de manter os profissionais bem informados sobre notícias, cursos, eventos e legislações, o CRMV-PR passou aenviar quinzenalmente aos profissionais a newsletter CRMV-PR Online. Os interessados em receber o material podem se cadastrar no sitewww.crmv-pr.org.br.

CRMV-PR prestigia formandos Edital de Convocação

CRMV-PR Online

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Novo piso salarial

A partir do dia 1° de maio pas-sou a vigorar o novo piso salarial paramédicos veterinários, conforme ofí-cio circular da Federação Nacionaldos Médicos Veterinários e em cum-primento à Lei 4.950-A/1966.

- Para seis horas diárias: R$ 2.100,00- Para sete horas diárias: R$ 2.537,10- Para oito horas diárias: R$ 2.974,20

Mais informaçõeswww.sindivetpr.com.br.

Feira das Profissões

Cerca de 700 alunos do ensinomédio visitaram a Feira das Profis-sões, realizada em Campo Mourão nodia 8 de abril. A Medicina Veterináriafoi apresentada aos jovens peloNúcleo de Médicos Veterinários daRegião, sob a coordenação do presi-dente Clóvis Antônio Bassani. Oevento foi uma promoção do RotaryClub.

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Clóvis Antônio Bassani (segundo da esquerda para a direita) coordenou a apresentação da Medicina Veterinária.

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A sociedade brasileira e mundialestá buscando melhores condições devida. E isso não se reflete apenas navida humana, mas também na quali-dade de vida dos animais. Hoje o con-sumidor quer saber como o produtoque ele está comprando foi produzido eprocessado. Podemos perceber essatendência tanto nos produtos de origemvegetal quanto animal.

No campo, o produtor passou a sepreocupar com o bem-estar de seurebanho. “A mídia bateu na tecla degarantir qualidade de vida aos animaise com isso o consumidor está mais beminformado sobre o processo de pro-dução dos alimentos. Esse conheci-mento trouxe a mudança de hábito demuitas pessoas”, conta o médico vete-rinário Renato dos Santos, acrescentan-do que “a exigência de oferecer bem-estar aos rebanhos também foi uma dasrestrições impostas pelos mercadoscompradores de produtos brasileiros”.

A professora e coordenadora doLaboratório de Bem-Estar Animal (La-bea), da Universidade Federal do Pa-raná (UFPR), Carla Forte MaiolinoMolento, explica que “podemos pensarem duas classificações didáticas deações para melhorar o grau de bem-

O bem-estar humano e animal

estar dos animais: a primeira é a me-lhoria das condições dentro de cada sis-tema de produção e a segunda é aanálise da possibilidade de transiçãopara outros sistemas de produção,como a migração para sistemas menosintensivos”. O médico veterinárioRenato dos Santos completa dizendoque “a adequação de currais e equipa-mentos de retenção, por exemplo, sãoações fáceis e baratas e que melhorama condição do animal, porque são pon-tos críticos de manejo e que nãorespeitam o jeito de ser do animal”. Ouseja, o bem-estar contempla não apenasa saúde do animal, mas também o esta-do emocional dele.

Outras medidas que podem seradotadas, visando solucionar problemasem curto prazo, são a correção de defi-ciências como inadequação de dietas,tratamento de ferimentos e doenças,manejo sanitário preventivo e educaçãopara manejo racional. “Para longo prazo,precisamos refletir sobre o sistema deprodução empregado, criação de nichosde mercado para produtos de alto grau debem-estar animal, educação do públicoconsumidor sobre as dificuldades que osanimais e os produtores enfrentam nanossa realidade de produção”, explana aprofessora.

“Oferecer condições de bem-es-tar aos animais muda a vida na fazen-da. Os resultados são nítidos e podemser percebidos, por exemplo, na taxade natalidade e no tempo de des-mame. Além do retorno econômico, aatividade se torna prazerosa e passa aexistir uma relação sem medo entre ohomem e o animal”, fala Renato dosSantos.

“Bem-estar animal e bem-estarhumano andam de mãos dadas. Ambosdependem de se considerar o sofrimen-to do outro, assim agimos para umasociedade mais humanitária, especifi-camente no contexto das profissões demédicos veterinários e de zootecnistas.A sociedade espera que zelemos pelosanimais que estão sob nossa guarda”,afirma Molento, acrescentando que “aotrabalharmos incluindo conceitos debem-estar animal, passamos a atenderum assunto que faz parte do perfilesperado de nossa atuação profissional.Adicionalmente, quanto mais claro foro valor do bem-estar animal para asociedade, maior também será a valo-rização dos profissionais que traba-lham com animais para esta sociedade.Desta forma, trabalhar com bem-estaranimal está relacionado à própria auto-estima de nossas profissões”.

-Livre de fome e sede

-Livre de desconforto

-Livre de dor, doenças ou ferimentos

-Ter liberdade para expressar o comportamento natural

-Livre do medo ou sofrimento

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A preocupação em garantir qualidade de vida aos animais de produção vem aumentando com o passar dos anos. Apesar deesse conceito aparentar ser recente textos bíblicos já relatavam esse tipo de prática. Entretanto, a corrente de estudo do bem-estaranimal ganhou forças com Charles Darwin que, em 1859, lança a obra “Origem das Espécies”, questionando a noção de uma origemdiferente entre seres humanos e animais. A coletânea de trabalhos de Darwin sugere que a diferença entre os humanos e os animaisé o grau e não o tipo do sentimento. Com isso, a teoria de René Descartes (século XVII) , cuja premissa era a de que os animaissão máquinas e são desprovidos de sentimento, começou a perder território.

O estudo do bem-estar animal ganhou bases mais sólidas a partir da melhor compreensão do comportamento animal. Estaárea científica, por sua vez, ganhou notoriedade quando os cientistas Nikolaas Tinbergen, Karl von Frisch e Konrad Lorenz con-quistam o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, em 1973, pelo desenvolvimento da Etologia, a ciência do comportamento ani-mal. Em 1986, a Universidade de Cambridge, na Inglaterra, acrescenta na grade curricular do curso de Medicina Veterinária a dis-ciplina de Bem-Estar Animal, tornando-se posteriormente um centro de referência no estudo da qualidade de vida dos bichos.

- BROOM, D.M.; Johnson, K.G. Stress aand AAnimal WWelfare. London: Kluwer Academic Publishers, 1993.

- FRASER, A.F.; BROOM, D.M. Farm AAnimal BBehaviour aand WWelfare. 3.ed. New York: Cabi Publishing, 1997.

- ROLLIN, E. Bernard. Farm AAnimal WWelfare: SSocial, BBioethical, aand RResearch IIssues. Iowa: Iowa State University Press, 1995.

- SINGER, P. Animal lliberation. New York: Harper Collins, 2002.

- TURNER, Jacky; SILVA, Joyce. Animals, EEthics aand TTrade: TThe CChallenge oof AAnimal SSentience. London: Earthscan, 2006.

Linha do tempo

Leia mais em...

Senciência

“Senciência é uma palavra queainda não consta em dicionários deportuguês; seu adjetivo, ‘senciente’,aparece no Aurélio como ‘que sente’.No meio técnico, o termo senciênciavem sendo utilizado na acepção ‘capa-cidade de sentir’”, explica Carla Mo-lento. É importante que médicos vete-rinários e zootecnistas estejam aptos adiagnosticar o grau de bem-estar emdiferentes situações levando em con-sideração parâmetros fisiológicos eetológicos, ou ainda tomando por baseas Cinco Liberdades do bem-estar ani-mal (nutricional, sanitária, ambiental,psicológica e comportamental).

Com o passar dos anos, muitasiniciativas e cursos de Bem-EstarAnimal passaram a ser ofertados em

várias instituições de ensino superiorno Brasil. A UFPR e UniversidadeEstadual de Londrina (UEL), porexemplo, oferecem cursos de mestra-do na área de bem-estar. Em nívelnacional, é importante ressaltar o tra-balho desenvolvido pela UniversidadeEstadual Paulista (Unesp), campus deJaboticabal, sob a coordenação doprofessor Mateus Paranhos da Costa, epela Universidade Federal de SantaCatarina (UFSC), sob a orientação doprofessor Luis Carlos Pinheiro Ma-chado. “Vale lembrar que esta área deatuação está em franco desenvolvi-mento em nosso País, desta formamuitas iniciativas importantes estãoacontecendo em várias instituiçõesbrasileiras”, ressalta Carla.

Atualmente, existe um númerocrescente de publicações científicas e

genéricas sobre o assunto. “As ins-tituições que trabalham em linhas depesquisa sobre bem-estar animal tam-bém são fontes de informações.Ainda, a participação de nossosConselhos Regionais e Federal na dis-cussão vem crescendo de maneiraimportante. Em novembro de 2005,fundamos a Associação Médico-Veterinária Brasileira de Bem-EstarAnimal (AMVEBBEA), que temcomo um de seus objetivos principaisorganizar e disponibilizar informaçõessobre questões de bem-estar animalpara profissionais brasileiros”, dizMolento.

Gabbriela SSguarizi

Fontes consultadas:Carla Forte Maiolino Molento

Renato dos Santos

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A presença de responsáveis téc-nicos médicos veterinários é obri-gatória em casas agropecuárias, aviá-rios e pet shops que comercializemmedicamentos ou animais vivos. Arazão é que a atuação de um profis-sional da área se faz imprescindívelem relação ao manejo sanitário corre-to das espécies, além de ser o indiví-duo capacitado para assegurar a quali-dade dos produtos ofertados à clien-tela. O médico veterinário Hugo KeijiKimura, proprietário de um pet shopdurante 18 anos na região de Maringá,acredita que a presença de um RT nascasas agropecuárias oferece aos com-pradores “a segurança com produtosde qualidade e confiabilidade, pois oprofissional está apto a tirar dúvidasdo cliente”. “É uma segurança para oconsumidor saber que dentro daquelecomércio existe um responsávelprofissional técnico, responsável pelaárea. Ele sabe que o que ele vaiadquirir ali é um produto que estásendo monitorado, vigiado, olhado”,salienta o promotor João Henrique.

De acordo com o Decreto 5053/2004, que aprovou o regulamen-

A exigência da presença de umfarmacêutico numa farmácia equivaleà presença de um médico veterinárionuma casa agropecuária que comer-cialize medicamentos de uso veteri-nário? A resposta é: “sim, é a mesmacoisa”, afirma Cláudia Turra Pimpão,diretora do Hospital Veterinário, daPontifícia Universidade Católica doParaná (PUCPR), e doutoranda emEcotoxicologia. A docente explica queum dos papéis do médico veterinárioresponsável técnico nestes tipos deestabelecimentos “é orientar qual seriao melhor produto comercial comaquele princípio ativo, pois dentro deum princípio ativo existem vários pro-dutos comerciais. Aí, ele vai orientarqual é o melhor produto, quais são asvantagens de um e de outro”. Naopinião do promotor de justiça doConsumidor, João Henrique Vilela daSilveira, “é a mesma situação daexigência do farmacêutico numa far-mácia, não que o consumidor vá con-sultar com o farmacêutico, até porquehá todo um impedimento legal emtorno disso, mas o farmacêutico estáali justamente para suprir algumadúvida que o consumidor venha a ter”.

A responsabilidade técnica em casas agropecuárias

MMAATTÉÉRRIIAA DDEE CCAAPPAA

12

to de fiscalização de produtos de usoveterinário previsto no Decreto-Lei467/1969, o estabelecimento que co-mercialize ou distribua medicamentosveterinários deve possuir responsáveltécnico médico veterinário e estarlegalmente registrado no órgão defiscalização do exercício profissional.“Esse decreto é a bíblia dos medica-mentos do Brasil, ele dispões sobre aindustrialização e o comércio demedicamentos”, lembram os fiscaisagropecuários do Ministério da Agri-cultura, Roberto Menescal e VanderleiGiordani. O Ministério estabelece asdiretrizes a serem seguidas em nívelnacional, delegando aos estados afiscalização do comércio. “O Mapafaz a supervisão dessa fiscalizaçãojuntamente com o coordenadorregional da Secretaria da Agriculturaou da Emater para saber se está tudodentro do que estabelece a legis-lação”, esclarecem. E os conselhosregionais de Medicina Veterinária sãoresponsáveis pela fiscalização daatividade ética-profissional.

O Código de Defesa do Consu-midor (Lei 8078/1990), explica o pro-motor João Henrique, é um sistemamuito amplo e que também se aplicainteiramente a isso. “A ligação, a co-munhão é muito grande, porque tudoque for adquirido numa casa agrope-cuária terá reflexo na saúde do con-sumidor. Não há a menor dúvida.Ainda mais hoje com o fato das pes-soas terem animais em casa e o animalter que estar constantemente vigiadopor um veterinário. No caso de umapessoa ver que o animal está passandomal e aplica um medicamento porconta no animal. Nem sabe o que estáacontecendo e o animal vem a morrer,por exemplo”, alega Silveira.

Manual de RT

Conforme a 3ª edição do Manualde Orientação e Procedimentos doResponsável Técnico, publicada em2005 pelo Conselho Regional de Me-

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dicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR), a obrigação de se contratar umprofissional na função de RT tem afinalidade primordial de assistir todoo processo de produção e/ou prestaçãode serviços dentro de sua alçada técni-ca em consonância e em respeito aoconsumidor.

A atividade que o médico vete-rinário desempenha dentro de estabe-lecimentos que vendem medicamentosnão se resume à orientação sobre ouso do produto. A atuação é maisampla. Começa na orientação ao pro-prietário quanto à aquisição de produ-tos junto aos laboratórios, indústriase/ou distribuidores; sendo responsávelpelas condições conservação e acondi-cionamento e também sobre a orien-tação da disposição por setores dosprodutos; garante a retenção de re-ceitas em que estejam prescritos me-dicamentos controlados; orienta fun-cionários e proprietários sobre oatendimento ao público; guia ações decontrole e/ou combate a insetos e roe-dores; assegura que os produtos sejamvendidos na embalagem original, semviolação e no prazo de qualidade,entre outras atividades.

Animais Vivos

É muito comum hoje em diaa venda em pet shops, casasagropecuárias e aviários deuma infinidade de ani-mais vivos. São roedo-res, répteis, anfíbios,peixes, pássaros, alémdos tradicionais cães egatos. Esses animaispodem ser portadores dezoonoses e colocar emrisco, inclusive, a saúdepública. A figura do mé-dico veteri-nário nessecaso serána preven-ção ou notratamento dadoença, garantindoassim bem-estar dasociedade e dos animais,com um manejo sanitário ade-quado.

Segundo o Decreto 5711/2002,que regulamentou o Código de Saúdedo Paraná, todo proprietário ou res-ponsável por animais, a qualquer títu-lo, é responsável pela manutenção doanimal em condições higiênicas dealojamento, alimentação e saúde.

Armazenamento

Manter as características físico-químicas dos produtos até o seu desti-no final é outra incumbência do RT.Temperatura, umidade, luminosidade,local, forma de acondicionamento sãoalguns dos critérios que o médicoveterinário leva em consideração paraque o produto veterinário mantenhasua qualidade até chegar ao consumi-dor. Isso é uma obrigação do respon-sável técnico, conforme o Decreto5053/2004.

Além dos aspectos técnicos é damesma forma relevante o fato de seestar atento à forma de disposição dosprodutos na hora da venda, como lem-bra o promotor: “deve-se ter a mesmaprecaução deixando os produtosexpostos longe do alcance das cri-anças. De repente uma pessoa vai àcasa veterinária e adquire um medica-mento indicado pelo veterinário paramatar os vermes do cachorro ou do

gato, evidentementeque a criança

deve estarlonge

desse tipo de medicamento. Então, elecoloca num armário mais alto paraque a criança não alcance. É o mesmocuidado que se deve ter em casa comos outros produtos, por exemplo,sabão, álcool, detergente, faca, tudoisso. É a mesma cautela, a mesmasegurança, para que a criança nãotenha acesso e não venha a ingerir. É ocaso do medicamento destinado ao serhumano também, tem que ficar longedo alcance da criança. É a mesma pre-caução”, exemplifica.

Medicamentos

Outro ponto importante e quedeve ser levantado é em relação àvenda de medicamentos controlados.É papel do responsável técnico, con-forme legislação em vigor, garantir aretenção de receitas em que estejamprescritos medicamentos controladose que somente podem ser comerciali-zados com receitas, tais como: anes-tésicos, psicotrópicos, tranqüilizantes,vacinas de brucelose, entre outros.

Um fato que ganhou repercussãonacional foi a denúncia do comércioem casas agropecuárias de anabo-lizantes para jovens. “O proprietárioda casa agropecuária que fizer a co-mercialização de produtos que sãodestinados para o uso animal paraconsumo humano evidentemente teráproblemas. Não há a menor dúvida.Isso pode acabar em penalidadeadministrativa, cível e penal”, pontuao promotor João Henrique Vilela da

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14

Intoxicações

A administração feita de formaerrada dos medicamentos de uso ve-terinário pode levar animais e homensa óbito. Muitos bichos de estimaçãomorrem intoxicados em virtude dafalta de orientação do proprietário,como mostra pesquisa realizada emclínicas veterinárias de Curitiba, entreos meses de novembro de 2004 a ou-tubro de 2005. A investigação consta-tou que 25% dos cães que falecerampor intoxicação, o agente tóxico foimedicamento. No caso dos gatos, onúmero chegou a 53%. Os dados sãoobjeto de estudo da dissertação demestrado da médica veterináriaDanielle Taborda Klug Hansen, pelaUniversidade Federal do Paraná(UFPR), sob a orientação de HelenaCristina da Silva Assis.

A professora e a mestranda ex-plicam que “a intoxicação em gatospor medicamentos ocorreu com maiorfreqüência por analgésicos e antiinfla-matórios, dentre eles diclofenacopotássico (8 casos), paracetamol (1caso) e aspirina (3 casos), seguidospor medicamentos dermatológicos -como cetoconazol e benzoato de ben-zila. Em cães, pode-se dizer que o

agente seria multifatorial, prevalecen-do as intoxicações por pesticidas emedicamentos. Dentre os principaismedicamentos pode-se encontrar into-xicações por analgésicos e antiinfla-matórios (18 casos), tranqüilizantes (3casos) e outros medicamentos diver-sos (9 casos). Já entre os pesticidas,podemos citar intoxicação por roden-ticidas, como os cumarínicos (7 casos)e estricnina (3 casos). Por inseticidas,foram relacionados casos com car-bamatos (9 casos), organofoforados (5casos) e piretróides (10 casos)”.

Segundo dados de 2003 doCentro de Informação Toxicológica doRio Grande do Sul, dos 679 animaisatendidos por intoxicação, 105 casosforam por medicamentos veterinários.Já dos 14.466 casos de intoxicaçãohumana, ainda de acordo com apesquisa, 255 foram por ingestão deprodutos veterinários.

Alimentos

Além dos problemas de intoxi-cação, a má utilização de medicamen-tos e a superdosagem podem causartambém um acúmulo de resíduosquímicos no animal tratado. Atual-mente, esse problema atinge grandes

proporções e o mercado brasileiro dei-xa de exportar pelo excesso de resídu-os antimicrobianos nos diversos pro-dutos de origem animal.

A presença de resquícios quími-cos afeta a saúde do consumidor, quepode adquirir resistência a remédios,ter uma reação alérgica e nos piorescasos, sofrer uma mutação celular edesenvolver um câncer. Márcia Oli-veira Lopes, médica veterinária, pro-fessora da UFPR e integrante dogrupo técnico científico do PAMvet-PR, explica que produtos como cloro-fenicol, atualmente proibido, podemcausar a mutação das células e umaanemia aplástica, que desenvolve aleucemia. Márcia explica que “anti-bióticos encontrados nos alimentos deorigem animal induzem o organismoque o absorveu a ter resistência aomesmo princípio ativo e quando o me-dicamento utilizado for a penicilina,aumentam os riscos de alergia”.

Visitando 80 propriedades ruraisna Região Metropolitana de Curitibapara realizar uma pesquisa sobre resí-duos no leite, a médica veterinária viude perto a situação das fazendasparanaenses. Além da falta de higiene,algumas das propriedades tinham ani-

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volvimento desta ave, de 90 a 100dias. Agora, nós estamos tirando dasgranjas frangos com 33 dias. Este éum processo tecnológico violento doponto de vista da manipulação destesanimais a fim de suprir um mercadoque está aí. Isto pode implicar nasaúde pública a partir do momentoque estão sendo utilizados determina-dos recursos tanto de melhoramentogenético quanto alguns elementosquímicos, em especial no caso dofrango os antibióticos, que são utiliza-dos como promotor de crescimento.Ou seja, você dá o antibiótico para oanimal comer misturado com a raçãopara que se previna de uma possívelinfecção”.

Benato ainda explica que além dosresíduos dos antibióticos utilizados nofrango chegarem ao consumidor atravésda carne, grande parte é eliminada nasfezes, utilizada como adubo. Os resíduospenetram na terra e com a chuva atingemrios próximos ou entram nos lençóisfreáticos, mais uma vez atingindo a po-pulação. Para o sanitarista, o caminhopara diminuir a quantidade de antibióti-cos na carne e na água seria “voltar a tero frango produzido em 90 dias, respei-tando a condição genética do animal”.Benato salienta “tratamento nem sempreé medicamento”.

Quanto aos co-legas de profissão,Márcia Oliveira Lo-pes acredita que é ne-cessário que os médi-cos veterinários tra-tem da sanidade ani-mal como forma depromover a qualidadede vida da sociedade.Tanto Márcia quantoBenato, acreditam que oinvestimento e a atençãoao produtor rural seriama maneira ideal de re-duzir a presença de resí-duos nos alimentos deorigem animal.

Por GGabbriela SSguariziLuiza SSchuves

Fontes consultadas:Alfredo Benato

Cláudia Turra PimpãoDanielle Taborda Klug

Helena Cristina da Silva AssisHugo Keiji Kimura

João Henrique Vilela da SilveiraMaria Oliveira Lopes

Roberto MenescauVanderlei Giordani

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mais saudáveis e outros em tratamen-to dividindo o mesmo espaço e pro-duzindo leite normalmente. Ou seja,animais com o medicamento aindaativo na circulação sanguínea sendoutilizados na fabricação de produtos.“Separar os animais e marcá-los comspray ou pulseiras seria uma dasmaneiras de evitar o problema”, orien-ta Márcia. Ela ressalta que os produ-tores estão medicando por contaprópria, sem assistência técnica e aindicação de um médico veterinário. Aprofessora ainda diz que “a presençado responsável técnico nas casasagropecuárias é essencial, sendo umamaneira de orientar o criador quanto àadministração correta”.

Outro fator que causa a prolife-ração de resíduos veterinários no meioambiente é a utilização de antibióticoscomo promotor de crescimento e ma-neira de evitar doenças antes mesmoque o animal as adquira, como no casoda criação de frangos. O médico vete-rinário Alfredo Benato, sanitarista emestre em Saúde Pública, explica oque acontece nas granjas brasileiras.“Há vinte e poucos anos se conseguiaproduzir um frango com 60 diasaproximadamente. Já havia nesteperíodo uma redução de 30 dias doque é o processo natural de desen-

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Quando no desempenho de suasfunções técnicas junto às casas agro-pecuárias, pet shops e outros estabeleci-mentos que comercializam animais emedicamentos veterinários (ou produtosveterinários de uso em animais), o respon-sável técnico médico veterinário deve: a)permitir a comercialização somente demedicamentos veterinários devidamenteregistrados nos órgãos competentes, obser-vando rigorosamente o prazo de validade;b) garantir as condições de conservação eacondicionamento de produtos; c) orientaro proprietário quanto à aquisição demedicamentos veterinários junto a labo-ratórios, indústrias e/ou distribuidores, deacordo com o usualmente prescrito pormédicos veterinários da região; d) orientara disposição setorizada dos medicamentosveterinários no estabelecimento; e) darespecial atenção ao acondicionamento,manutenção e armazenamento de vacinas eantígenos, controlando a temperatura dosrefrigeradores; f) garantir a retenção dereceitas em que estejam prescritos medica-mentos controlados e que somente podemser comercializados através de receitas, taisquais: anestésicos, psicotrópicos, tran-qüilizantes, vacinas contra brucelose, etc;g) garantir que a substituição de medica-mentos receitados por outro profissional,somente seja feita com expressa autoriza-ção do mesmo, considerando as condiçõeséticas e legais; h) conhecer a origem dosanimais comercializados (aves, cães, gatos,peixes, etc.); i) orientar para que as gaiolascom animais sejam dispostas de tal formaque recebem iluminação natural e venti-lação adequadas; j) orientar quanto à ali-mentação e métodos de higiene dos ani-mais expostos à venda, enquanto estiveremno estabelecimento; l) não permitir aexistência de carteira de vacinação no esta-belecimento por profissional não ligado àMedicina Veterinária (sob pena de cumpli-cidade com ilícito penal), bem como infor-mar ao Conselho Regional de MedicinaVeterinária qualquer ato que caracterize aprática de exercício ilegal da profissão demédico veterinário, por funcionário e/ouproprietário do estabelecimento comercial;m) não permitir a manutenção e/ou pre-

sença de animais doentes no estabeleci-mento; n) orientar o proprietário e fun-cionários que o atendimento clínico, vaci-nação e/ou prescrição não é possível nointerior dos estabelecimentos, exceto quan-do o mesmo possua Consultório Veteri-nário com instalações e acessos próprios; o)orientar sobre a importância do controle ecombate a insetos e roedores (animaissinantópicos); p) garantir a saída de todosos animais comercializados nos estabeleci-mentos, devidamente imunizados e comatestado assinado por médico veterinário;q) não permitir o fracionamento de produ-tos de uso veterinário (medicamentos, bio-cidas, etc.); r) atentarpara a prática exclusi-va de mercantilização; s) estar inteiradosobre todos os aspectos que regulam acomercialização de medicamentos vete-rinários sob controle (anestésicos, seda-tivos, etc.); t) prestar orientação aos con-sumidores sobre a utilização, conservação emanuseio correto dos medicamentos; u)adotar medidas que garantam que os pro-dutos acondicionados de forma coletiva, aoserem vendidos separadamente, estejamacompanhados da respectiva bula; e v) co-nhecer de todos os aspectos legais a queestão sujeitos o estabelecimento, especial-mente quanto aos regulamentos e normasespecíficas, tais quais: 1) Decreto-Lei467/1969 (Dispõe sobre a fiscalização deprodutos de uso veterinário, dos estabeleci-mentos que os fabriquem – Decreto esteque possui eficácia de Lei OrdináriaFederal no nosso Ordenamento JurídicoNormativo) e Decreto 5053/2004 (Decretoque regulamenta o Decreto-Lei 467/1969 eque aprova o regulamento de fiscalizaçãode produtos de uso veterinário e dos esta-belecimentos que os fabriquem e/ou co-mercializem), 2) Lei Federal 5517/1968(Lei que dispõe sobre o exercício da profis-são de Médico Veterinário e cria osConselhos Regionais de MedicinaVeterinária); 3) Código de Defesa doConsumidor; 4) Lei Federal 9605/1998(dispõesobre as sanções penais e adminis-trativas derivadas de condutas lesivas aomeio ambiente); 4) Código Estadual deProteção aos Animais no Estado do Paraná;5) Código de Saúde do Estado do Paraná.

No tocante ao aspecto legal, referenteàs atividades típicas do responsável técnicomédico veterinário pertinente à situaçãodebatida, estão as mesmas previstas nosartigos 5º e 6º da Lei Federal 5.517/1968:

“Art 5º. É da competência privativado médico veterinário o exercício dasseguintes atividades e funções a cargo daUnião, dos Estados, dos Municípios, dosTerritórios Federais, entidades autár-quicas, paraestatais e de economia mista eparticulares: (...)c) a assistência técnica esanitária aos animais sob qualquer forma(por exercer o comércio de animais noestabelecimento); d) o planejamento e aexecução da defesa sanitária animal (porcomercializar e manipular medicamentosde uso veterinário); e) a direção técnicasanitária dos estabelecimentos industriaise, sempre que possível, dos comerciais oude finalidades recreativas, desportivas oude proteção onde estejam, permanente-mente, em exposição, em serviço ou paraqualquer outro fim animais ou produtosde sua origem (por comercializar animaisno estabelecimento); (...) (grifou-se)

“Art 6º. Constitui, ainda, com-petência do médico veterinário o exercí-cio de atividades ou funções públicas eparticulares, relacionadas com: (...) b) oestudo e a aplicação de medidas desaúde pública no tocante às doenças deanimais transmissíveis aos homens(comércio e manipulação de medica-mentos veterinários).

Em consonância com referidosdispositivos da Lei Federal, estão oDecreto-Lei 467/1969 (dispõem sobre afiscalização de produtos veterinários):

“Decreto-Lei 467/969: Dispõesobre a Fiscalização de Produtos de UsoVeterinário, dos Estabelecimentos queos Fabriquem e dá outras providências.

Art.1º. É estabelecida a obrigato-riedade da fiscalização da indústria, docomércio e do emprego de produtos deuso veterinário, em todo o territórionacional.

Parágrafo único. Entende-se porprodutos de uso veterinário, para efeitodo presente Decreto-Lei, todos ospreparados de fórmula simples ou com-plexa, de natureza química, farmacêuti-ca, biológica ou mista, com proprie-dades definidas e destinadas a prevenir,diagnosticar ou curar doenças dos ani-mais, ou que possam contribuir para amanutenção da higiene animal.

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A necessidade técnica, sanitária e legal do RT

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Art.2º. A fiscalização de que trata opresente Decreto-Lei será exercida emtodos os estabelecimentos privados e ofi-ciais, cooperativas, sindicatos rurais ouentidades congêneres que fabriquem, fra-cionem, comerciem ou armazenem pro-dutos de uso veterinário, estendendo-seessa fiscalização à manipulação, aoacondicionamento e à fase de utilizaçãodos mesmos.

“Art.8º. A responsabilidade técnicados estabelecimentos a que se refere esteDecreto-Lei, caberá obrigatoriamente aveterinário...” (grifo nosso)

Nos termos do artigo 18, §1º, incisoII do Decreto Federal 5.053/2004, queregulamenta o referido decreto-lei, a res-ponsabilidade técnica dos estabelecimen-tos que comercializem produtos de usoveterinário é do médico veterinário.

Art.18. O estabelecimento e produ-to referidos neste Regulamento, paraserem registrados, deverão possuir res-ponsável técnico com qualificação com-provada pelo Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento, e legalmenteregistrado no órgão de fiscalização doexercício profissional respectivo (no casoo CRMV-PR).

§1º. Para o estabelecimento, a res-ponsabilidade técnica deverá atender aosseguintes requisitos: (...)

II – tratando-se de estabelecimentoque apenas comercie ou distribua produtoacabado, será exigida a responsabilidadetécnica do médico veterinário; (...) (semgrifos no original)

Com relação às pessoas jurídicasque comercializam animais e medicamen-tos veterinários (ou produtos veterináriospara uso em animais) são elas obrigadas apossuírem registro nos quadros do Con-selho Regional de Medicina Veterináriapor imposição legal, senão vejamos o quedisciplina a Lei Federal 5.517/68 em seuartigo 27, caput e parágrafo primeiro,bem como pelo que disciplina o artigo 9ºdo Decreto 64704 (que aprova o regula-mento da profissão de Médico Veterinárioe dos Conselhos de Medicina Veterinária)in verbis:

“Art 27. As firmas, associações,companhias, empresas de economia mistae outras que exercem atividades pecu-

liares à Medicina Veterinária previstaspelos arts. 5º e 6º da Lei 5.517, de 23 deoutubro de 1968, estão obrigadas a regis-tro nos Conselhos de Medicina Vete-rinária das regiões onde funcionarem.

Parágrafo Primeiro – As entidadesindicadas neste artigo pagarão aos Conse-lhos de Medicina Veterinária onde se re-gistrarem, taxa de inscrição e anuidade”(grifou-se).

Decreto 64.704/1969...:

Art. 9º As firmas, associações, so-ciedades, companhias, cooperativas, em-presas de economia mista e outras cujaatividade requer a participação de médicoveterinário, estão obrigadas ao registro nosConselhos de Medicina Veterinária das re-giões onde se localizarem. (grifou-se)

O Decreto Federal Regulamentar70.206/72, que alterou o Decreto Federal69134/71, segue a mesma orientação,vejamos:

Art. 1º Estão obrigadas a registro noConselho de Medicina Veterinária corres-pondente à região onde funcionarem asfirmas, associações, companhias, coope-rativas, empresas de economia mista eoutras que exerçam atividades peculiaresà Medicina Veterinária, a saber: (...)

c) demais entidades dedicadas aexecução direta dos serviços específicos

da medicina veterinária previstos nos arti-gos 5º e 6º da Lei 5517, de 23 de outubrode 1968; (...) (grifou-se)

Art. 2º As entidades indicadas nasletras a e c do artigo anterior ficam obri-gadas ao pagamento de taxa de inscriçãoe anuidade ao Conselho Regional deMedicina Veterinária onde se regis-trarem. (...) (grifou-se)

Ademais, a Resolução do ConselhoFederal de Medicina Veterinária (órgãoque possui como atribuição legal à expe-dição de Resoluções para interpretaçãoda Lei Federal 5517/1968) sob nº 592, de26 de junho de 1992, assim dispõe:

Art. 1º Estão obrigadas a registrona Autarquia: Conselho Federal eConselhos Regionais de Medicina Ve-terinária, correspondente aos Esta-dos/Regiões onde funcionarem, as fir-mas, associações, cooperativas, empresasde economia mista e outras, cujas ativi-dades sejam privativas ou peculiares àMedicina Veterinária, nos termos previs-tos pelos artigos 5º e 6º, da Lei5.517/1968..

Neste sentido, as pessoas jurídicasque comercializam animais e medica-mentos veterinários em seus estabeleci-mentos enquadram-se perfeitamente nomandamento da Lei Federal 6.839/1980(que dispõem sobre o registro de empre-sas nas entidades fiscalizadoras do exer-cício de profissões) ao determinar que oregistro de empresas e a anotação deprofissionais legalmente habilitados,delas encarregados, serão obrigatóriosnas entidades competentes para a fisca-lização do exercício das diversas profis-sões, em razão da atividade básica ou emrelação àquela pela qual prestem serviçosa terceiros (artigo 1º).

Assim sendo, considerando as atri-buições técnicas profissionais, bem como aampla legislação aplicável à espécie e,ainda, visando proteger principalmente asaúde pública, justifica-se as exigênciasimpostas às pessoas jurídicas que comer-cializam animais e medicamentos vete-rinários, quais sejam, a de que possuaminscrição nos cadastros do ConselhoRegional de Medicina Veterinária, bemcomo a de que possuam profissionais médi-cos veterinários como responsáveis técni-cos nos quadros de suas entidades.

As pessoas jurídicas que

comercializam animais e

medicamentos veterinários

são obrigadasa possuírem

registro no CRMVe também contarcom a presença

de um RT.

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Sílvia RRenate ZZiller, eengenheira fflorestal, coordenadora ddo PPrograma dde EEspéciesExóticas IInvasoras ppara aa AAmérica ddo SSulDanielle KKioshima RRomais, eestagiária ddoPrograma ee aacadêmica dde BBiologia ddaUniversidade TTuiuti ddo PParaná.

Quando se fala em animal ouplanta exótica, imaginam-se espéciesexuberantes, pouco comuns e com coresvivas. Porém, em termos ambientais, adefinição de exótica nem sempre é tãoatraente quanto parece.

Espécies exóticas são aquelas quese encontram fora de seu habitat natu-ral, independente de fronteiras políti-cas. Isso quer dizer que uma espécieamazônica como o tucunaré é exóticona bacia do Rio Paraná, onde foi intro-duzido propositalmente. O mero fatode uma espécie exótica ser introduzidaa um novo ecossistema não implicadiretamente em danos ambientais.Porém, uma parte das espécies exóti-cas, ao ser transportada para fora deseu ambiente natural, passa a preju-dicar o desenvolvimento de espéciesnativas e causa modificações ambien-tais sérias. Essas são chamadas espé-cies exóticas invasoras. Compreendemespécies de todos os grupos biológicosque não evoluíram em determinadoecossistema e, uma vez introduzidas,estabelecem populações e passam acausar danos irreparáveis ao ambiente.

Animais de estimação invasores ameaçam a biodiversidade

A introdução acidental de espéciesocorre com maior freqüência por meiode água de lastro, transporte de materialorgânico, incrustação de cascos denavios, embalagens de madeira nãotratadas, solo contaminado, venda deplantas ornamentais com terra e outrosmeios sem inspeção ou tratamento.

No entanto, segundo conclusõesdo Informe Nacional de EspéciesExóticas Invasoras, realizado para oMinistério do Ambiente em 2005,aproximadamente 73% dos casos deintrodução de espécies exóticas que ini-ciaram processos de invasão no Brasilforam voluntárias, em geral por inte-resse econômico, e muitas vezes semlicenciamento. Das 109 espécies defauna exóticas invasoras registradaspara o Informe, 10% foram introduzidaspara fins ornamentais, incluindo asespécies comercializadas como animaisde estimação em casas agropecuárias.

O comércio de animais de esti-mação é bastante abrangente; porém,muitas pessoas desconhecem o riscoque um simples peixe ou tartarugapodem trazer a espécies nativas seforem soltos em ambientes naturais.Espécies como a tartaruga tigre-d’água-americano (Trachemys scripta elegans)ou a rã-africana (Xenopus laevis) sãoatualmente comercializadas de formairregular, pois a criação e comercializa-

EESSPPEECCIIAALL

ção dessas espécies no Brasil não sãoautorizadas pelo Ibama. Outras espé-cies, como o peixe Beta (Betta splen-dens), a rã-touro (Rana catesbeiana) e ocamundongo (Mus musculus) são livre-mente comercializados como animaisde estimação. Essas espécies, casosoltas no meio natural, competem comespécies nativas e as expulsam doambiente, degradam o funcionamentodo ecossistema e podem transmitirdoenças aos seres humanos. Alémdisso, essas espécies estão em muitoscasos diretamente associadas à ameaçade extinção de espécies nativas, tantopela ocupação e alteração do meioquanto pela hibridação com espéciesnativas, como no caso de Trachemysscripta, exótica, e Trachemys dorbigni,nativa do sul do Brasil.

Esses impactos podem ser mini-mizados através da informação dopúblico envolvido, desde os propri-etários de casas agropecuárias e respec-tivos responsáveis técnicos, como dosclientes compradores que têm apreçopelos animais e, por conseqüência, pelanatureza. As informações adquiridaspelos comerciantes e profissionaisresponsáveis devem ser repassadas aoscompradores, especialmente para quecompreendam que jamais devem soltarseus animais na natureza.

A The Nature Conservancy(TNC), o Instituto Hórus, o Ibama (Co-ordenação Geral de Fauna CGFAU) aRENCTAS (Rede Nacional de Combateao Tráfico de Animais Silvestres) estãoliderando uma iniciativa de informaçãoaos proprietários e médicos veterináriosde casas agropecuárias e seus clientesacerca dos impactos causados pelasoltura de animais de estimação exóti-cos invasores em ambientes naturais.

Para mais informações ou paraaderir a essa iniciativa, entre em contatocom o Programa de Espécies ExóticasInvasoras para a América do Sul - Ini-ciativa Pets pelo e-mail [email protected]. Veja também o site do pro-jeto www.institutohorus.org.br/pets.

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O responsável técnico na produção de alimentos

Noemy PPansard, fiscal ddo MMapa, cconselheira ee membbro dda CCom. EEditorial.

O Brasil é País membro da Orga-nização Mundial do Comércio e adotaas diretrizes do Codex Alimentarius, nosentido de garantir a inocuidade dos ali-mentos. Na 20ª Reunião da Comissãodo Codex, em 1993, foram incorpo-radas as diretrizes para aplicação do sis-tema HACCP (Análise de Perigos ePontos Críticos de Controle), que con-templam as necessidades das indústriasde alimentos em ofertar ao consumidoralimentos seguros.

Desde então, tem-se despendidoesforço considerável no sentido deatingir a Responsabilidade Comparti-lhada para este objetivo, com o em-penho dos consumidores, autoridadesgovernamentais e indústrias.

Em 26 de novembro de 1993, oMinistério da Saúde emitiu a Portaria1428, que aprova o Regulamento Téc-nico para a Inspeção Sanitária exigin-do BPF (Boas práticas de Fabricação),HACCP (Análise de Perigos e PontosCríticos de controle) e RT (Respon-sabilidade Técnica) em qualquer em-presa de alimentos. A Circular 175, de16 de maio de 2005, do Mapa, estabe-lece programas de autocontrole pelasempresas, que serão sistematicamentesubmetidos à verificação oficial.

Cabe aos Conselhos Profis-sionais a homologação dos Respon-

CCOOMMIISSSSÃÃOO EEDDIITTOORRIIAALL

sáveis Técnicos por estes estabeleci-mentos, cuja qualificação requerida setem fundamentado na observação daatividade básica da empresa.

Este profissional deve ter autori-dade e competência para elaborar oManual de Boas Práticas de Fabri-cação, do PPHO (Procedimento Pa-drão de Higiene Operacional) e res-ponsabilizar-se pela aprovação ourejeição de matéria-prima, procedi-mentos, métodos ou técnicas, equipa-mentos e utensílios. Deve, também,avaliar os registros de produção e casohaja algum erro, saiba corrigi-los einvestigar suas causas; adotar métodosde controle que garantam a qualidadedos alimentos; adotar o SistemaHACCP; providenciar efetivo treina-mento dos funcionários da empresa;conhecer a legislação em vigor e,acima de tudo, ser o interlocutor entreos clientes, fornecedores, funcionáriose a alta direção da empresa. Deve,ainda, coordenar a equipe multidisci-plinar do Plano HACCP, cujos mem-bros tenham conhecimento sobre afabricação do produto, como as ativi-dades diárias do estabelecimento, dasoperações, da manutenção, da área deengenharia, tecnologia, garantia dequalidade, microbiologia e outros.

Portanto, a qualificação e o per-fil do profissional que atua como Res-ponsável Técnico pela empresa, cor-responde às exigências implícitas paragarantir a seguridade dos alimentos.

Referências

- PIETROWSKI, G.A.M. Avaliação ddo PPerfil PProfissional qque AAtua nno MMonitoramento ddo ssistema HHACCP. Estudo deum Caso em Empresa de Refeições Coletivas no Estado do Paraná. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção), UFSC, Florianópolis, 2002.

- BRASIL. Portaria 11428 ddo MMinistério dda SSaúde, dde 226 dde nnovembro dde 11993. Estabelece a obrigatoriedade de todos osestabelecimentos que manipulam produtos alimentícios implantarem o Sistema de análise de Perigos e Pontos Críticosde controle. Diário Oficial da União, Brasília, n.229, p.18415-18419,2 maio 1993. Seção 1.

- BRASIL. Circular 1175 ddo MMAPA, dde 116 dde mmaio dde 22005. Estabelece Procedimentos de Verificação dos Programas deAutocontrole.

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Carina SS. dde BBarros, mméd. vvet. ee mmestranda eemCiências VVet. ppela UUFFPPRRCláudio JJosé AA. dda SSilva, eeng. aagro. ee mmestrandoem AAgronomia ppela UUFFPPRRJoão RRicardo DDittrich, mméd. vvet. ee pprofº. ddeZootecnia dda UUFFPPRRAAlda LLúcia GG. MMonteiro, eeng. aagro. ee pprofª. ddeZootecnia dda UUFFPPRR

Introdução

A compreensão do processo de pastejoé importante para escolha de um método decriação que não restrinja as estratégias de for-rageamento dos animais, resultando em maiorconsumo e desempenho animal. O bocado é amenor escala de decisão do animal representa-do pela ação de apreender forragem com osdentes (GIBB, 1998). As características dasforragens afetam o bocado interferindo direta-mente sobre o consumo. O objetivo deste tra-balho é determinar a área e a massa do bocadode caprinos em duas forrageiras perenes deverão: aruana (“Panicum maximum” cv. arua-na) e hemartria (“Hemarthria altíssima” cv.Florida).

Material e Métodos

O experimento realizou-se no CaprilCampo Largo, em Campo Largo (PR), nosdias 8 e 16 de maio de 2004, em dois piquetesde 672m² cada, um de aruana (AR) e um dehemartria (HM), com disponibilidade de8.642 e 34.333 kgMS/ha, respectivamente. Aaltura de AR era 13,66 e de HM 16,00 cm.Realizaram-se ensaios em dois turnos distintos(manhã e tarde), sendo quatro em AR e quatroem HM.

Os animais avaliados foram seis cabrasSRD com fraldas geriátricas para reter fezes e

Bocados de caprinos na pastagem de aruana(“Panicum maximum” cv. aruana) e de hemartria (“Hemarthria altíssima” cv. Florida)

urina. Em duas cabras adaptou-se uma foci-nheira para impedir a ingestão de pastagem epara serem parâmetro de estimativa de perdas.Os animais foram pesados em balança comprecisão de 50g, colocados no piquete poruma hora, sendo contado o número de boca-dos nesse período e pesados novamente após opastejo. A diferença de peso pós-pastejo e pré-pastejo, somada à média das perdas das cabrasde focinheira, resultou na ingestão durante opastejo. A massa ingerida dividida pelonúmero de bocados no mesmo período resul-tou na massa do bocado, em peso verde de for-ragem. Calculou-se AD = 8,6 M0,36, onde ADé a largura da arcada dentária (mm); M =massa corporal (kg). Determinou-se a áreapotencial de cada bocado: AB = AD1,97, ondeAB é a área do bocado em mm2. As variáveisforam analisadas pelo Stastistica v. 5.0.

Resutados e Discussão

A área média do bocado dos caprinosfoi de 8,76+0,73 cm², não havendo diferença(P>0,05) entre os animais que tinham pesomédio de 35,83+4,24 kg. O valor encontradopara caprinos foi menor que a área de bocadorelatada por PARSONS et al. (1994) de 12cm2 para ovinos e de 50 cm2 para bovinos.Não houve diferença (P>0,05) no peso dobocado entre os dias e nem entre os turnos. Opeso médio do bocado de aruana foi de0,32+0,16g e de hemartria foi 0,47+0,24g,sendo diferentes entre si (P<0,05). O peso dematéria seca do bocado de aruana foi de 0,08g,sendo inferior (P<0,05) ao de HM, 0,15g, combase na matéria seca da forragem.

Com relação à matéria verde a dife-rença de peso entre espécies foi de 0,15g, jáem matéria seca, 0,07g, o que é explicado peloteor de matéria seca de AR ser 25% e de HM

- GIBB, M. Animal ggrazing/intake tterminology aand ddefinitions. In: PASTURE ECOLOGY AND ANIMAL INTAKE, 3, 1996, Dublin. Proceedings... 1998, p.21-37.

- PARSONS, A.J., COLLET, B., LEWIS, J. 1984. Changes iin tthe sstructure aand pphysiology oof aa pperennial rryegrass ssward wwhen rreleased from aa ccontinuous sstocking mmanagement: implications for the use of exclusion cages in continuously stocked swards. Grass and Forage Sci., 39: 1-9.

- HODGSON, J.1982. Ingestive bbehaviour. In: LEAVER,J.D. Herbage intake handboock. Dumfries: The British Grassland Society. p.113-138.

- PRACHE, S., PEYRAUD, J. Préhensibilité dde ll’herbe ppâturée cchez lles bbovins eet lles oovins. INRA Productions Animales, v.10, p.377-390.1997.

Referências

31,95%. A relação folha-colmo foi diferente(P<0,05), AR=2,59 e HM=0,59 (P<0,05), ocolmo além de ser mais pesado que a folhapossuía valor de matéria seca 4,91% superiorà folha para AR e 3,70% para HM. Essas va-riáveis determinam que um bocado de mesmaárea será mais pesado em HM em relação àAR. Os valores relatados para massa de boca-do variam bastante, entre 1 a 60 g de matériaseca para ovinos, 2 a 160 g para bovinos(HODGSON, 1986; PRACHE e PEYRAUD,1997), isso se deve a diferentes metodologiase ambientes de pastejo.

Conclusão

A área do bocado dos caprinos foisemelhante, no entanto, a massa apreendidafoi diferente entre aruana e hemartria pelo fatodessas espécies possuírem estruturas diferen-ciadas de folha e de colmo.

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limitações, em cada caso em particular. Apartir daí, o diagnóstico laboratorial podeexercer seu papel com excelência, agindocomo parceiro do médico veterinárioclínico na solução dos diferentes casosque surgem na prática diária de nossaprofissão.

O auxílio para uma acertadadecisão na escolha dos recursos diagnós-ticos há de vir pelo crescente estudo eavanço individual do profissional e umfator tão fundamental quanto, que é aescolha do laboratório parceiro. Estedeve primar pela qualidade acima detudo, contando com um corpo de profis-sionais aptos a exercer as diferentes ativi-dades técnicas e auxiliar corretamente oclínico veterinário na solicitação eesclarecimento de eventuais dúvidas.

A Medicina Veterinária Diagnós-tica, como todas as áreas de conhecimen-to humano, está em crescente evolução enegar seu uso e conseqüentes benefíciosé manter-se no passado. É dever doprofissional consciente acompanhar o

crescimento de sua profissão,atualizando-se, conhecendo eutilizando-se das novas fer-ramentas de trabalho para oavanço coletivo da classemédica veterinária, usu-

fruindo dos bene-fícios que taisavanços possibi-litam no divino enecessário papelde protetores emantenedoresda saúde ani-mal.

Leonardo RRazera SStencel ee Gabbriel AArantes ZZanin, médicos vveterinários ddo Labboratório BBionostic

A história da Medicina Veterináriaé estreitamente ligada ao desenvolvimen-to da Medicina Humana. O exercício da"ars veterinária" confunde-se com osprimórdios da civilização humana e suaantigüidade pode ser referenciada a partirdo próprio processo de domesticação dosanimais. O "Papiro de Kahoun", encon-trado no Egito em 1890, descreve fatosrelacionados à arte de curar animaisocorridos há 4.000 anos a.C..

Evidências da medicina animaltambém foram encontradas em outrascivilizações antigas, como aquelas doshindus, babilônios, hebreus, árabes,romanos e gregos. E é da antiga Gréciaque surge Hipócrates, o "Pai daMedicina" ou o "Pai das Profissões daSaúde". Ele foi o primeiro a usar o termodiagnóstico, que significa discernimento.Formada do prefixo dia, através de ou emmeio de + gnosis, conhecimento.Diagnóstico, portanto, é discernir peloconhecimento.

Inicialmente, o médico só dispunhade seus sentidos para examinar opaciente. "O exame clínico", ensinavaHipócrates, "deve começar pelas coisasmais importantes e mais facilmentereconhecíveis. Verificar as semelhanças eas diferenças com o estado de saúde.Observar tudo que se pode ver, ouvir,tocar, sentir, tudo que se pode reconhecerpelos nossos meios de conhecimento".

A instrumentalização da Medicinateve início no século XIX com ainvenção do estetoscópio por RenéLaennec, em 18l6. Nas décadas vin-douras vieram novos avanços, como oinício do uso da termometria e mediçãoda pressão arterial. O aperfeiçoamentodo microscópio, por sua vez, deu nasci-mento à microbiologia, permitindo iden-tificar os agentes causadores de muitasdoenças. A microscopia trouxe ainda arevelação da estrutura celular dos seresvivos e a identificação das alteraçõespatológicas dos tecidos produzidos pelasdoenças. A tecnologia médica, propria-

A importância da Medicina Diagnóstica Veterinária

mente dita, só se desenvolveu no decor-rer do século XX com o diagnóstico porimagens, endoscopia, método gráfico,exames laboratorial e provas funcionais.

Essa crescente seqüência deavanços trouxe uma maior segurança aosprofissionais médicos e médicos vete-rinários e também um auxílio importantepara tomada de decisões fundamentais,quanto à conduta e ao tratamento clínicopela possibilidade de apoio diagnósticoimenso que os diversos setores trouxe-ram, como o laboratório clínico.

A contribuição do laboratório aodiagnóstico clínico é imensa, desde ahematologia, à bioquímica, imunologia,provas funcionais, etc. A cada dia, novosexames e novas técnicas de alta sensibi-lidade vão sendo acrescentados aosrecursos auxiliares do diagnóstico clíni-co. Esse suporte diagnóstico auxilioutambém a abolir praticamente cirurgiasexploratórias e a diminuir consideravel-mente as chamadas terapêuticas deprova, possibilitando ainda maior trocade experiências e difusão de conheci-mentos, fato que contribuiu e contribuimuito para o avanço da Medicina eMedicina Veterinária como um todo.

As vantagens, além das já ante-riormente citadas, somam-se a umamaior sobrevida animal pelo aumento daporcentagem de cura dos pacientes eoutros fatores fundamentais queforam incrementados como opapel preventivo e diagnósti-co precoce de doenças.

Mas cabe refletir-mos e ressaltarmos que ofuturo das áreas diagnós-ticas, em constante cres-cimento, não deve substi-tuir a boa prática clínica.O médico veterinário deveter em mente que os exa-mes complementares devemser solicitados após um cuida-doso exame clínico do pacientee a formulação clara da ou dashipóteses diagnósticas. O impor-tante é saber quando utilizar os recur-sos diagnósticos e ter uma noçãoclara das suas indicações e suas

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07093.VP KARINI PORTELA HILCKO07094.VP LUCIANA EDUARDO NAGAMATSU07095.VP LUIZ FELIPE ALESSI JENSEN07096.VP CASSIA MARIA ENES SANTOS LANZA07097.VP DEBORA BENCKE07098.VP SAULO MOSER CHAVES07099.VP DIOGO MONTEIRO RAMOS TRUITI07111.VP WAGNER HENRIQUE ROSA07112.VP MARCELO MEYER07113.VP ELI CRISTINA MARTINS DA SILVA07114.VP PAULO FANTINATO NETO07115.VP CAROLINA ANDRETTA HEPP07116.VP RODRIGO RIBAS MARTINS07117.VP CARLOS HENRIQUE ALBERTI07118.VP JORGE LUIZ BRINHONI JUNIOR07119.VP JOHNY MATHIAS DE PAULA07120.VP MARCIO JOSE TIBURCIO07121.VP THATIANY CAVALHERI LUCZINSKI07122.VP MAYKO VIANA PAZ07123.VP RAFAEL LUIZ BECKER07124.VP ANDRE MATIAS FLECK07125.VP EDUARDO AUGUSTO CENTENARO07126.VP ELUZA TARTARI07127.VP JANAINA RODRIGUES MACHADO07128.VP JONES FERNANDO GAY07129.VP JOACIR CORASSA07130.VP GUILHERME EDUARDO G. PEDREIRO07131.VP ALINE ASTAFIEFF DA ROSA07132.VP CAMILO GRANDE REIS07133.VP ANA PAULA ZEMUNER07134.VP GIORGIO QUEIROZ PEREIRA07135.VP MARCIA SATIE HIRAKAVA07136.VP BREDA KAREN PAVIM07137.VP ANDRE CORTI ZANCHIN07139.VP MARCOS GEOVANE ROSINA07140.VP HERLY SILVA AMADEO07141.VP FABIO JOSE SBEGHEN07142.VP ALIRIANE EMANUELA EING07143.VP KELLY CRISTINA DE ANDRADE07144.VP VALMOR FELIPE JUNIOR07145.VP MARCOS HENRIQUE BARRETA07146.VP ROBERTA COELHO BARRANCO07147.VP LORENA MOREIRA DE CARLI07148.VP ALESSANDRO ILLICH07149.VP DAIANE SANCHUKI07150.VP BRENO CARVALHO DE PAULA07151.VP DIOGO BUENO SILVESTRE

07045.VP ANA PAULA ENRIQUE DE OLIVEIRA07046.VP ANDRESSA FADEL DE A. MARANHAO07108.VP BRUNO TESTONI LINS07109.VP EMANUELLE C. BERGAMASCO07110.VP VLAIL BALLADARES MACHADO07138.VP CRISTIANO DE GODOY LUISI

07037.VP HENRIQUE PALOSCHI HORTA07038.VP EDNALDO CESAR AMBROSIO07041.VP WELLINTON FAGNER FURLANETTO07042.VP BRUNO BOECHAT MACIEL07043.VP JOHNY RENKERT DE OLIVEIRA07044.VP DIVA NERBASS PASTORE

00868.ZP CLOVES CABREIRA JOBIM00819.VP CARLOS ROBERTO TEIXEIRA07031.VP LAURENCE GRAF VON GALEN07032.VP JEFERSON JOSE RIBAS07033.VP MILENE MARTINS BERBEL07034.VP SERGIO AUGUSTO C. DE CONTI07035.VP MARCO ROGERIO L. SCHITZ

07104.VS EDMILSON LUCAS DOS SANTOS07105.VS JOSAFA MATIAS DE SOUZA FILHO07106.VS LUCIO BORGES UILLI JUNIOR07107.VS MARCUS TADEU F. DOS SANTOS

07100.VS HELENA FARIAS07101.VS KARINA MARIA A. R.GONCALVES07102.VS RENATE CRISTIANE MANNIGEL07103.VS ROBERTO RADAMES NETTO

07027.VS ISABELE PICADA EMANUELLI07028.VS LUCIA HELENA DE PAULA LEONI07029.VS TILDE RODRIGUES FROES07030.VS GUSTAVO DOS SANTOS HENSCHEL07047.VS ELOA CRISTHINE PRIM

03937.VP REGIANE A. MENDES02676.VP LUCIANY LEVIERO SOARES COSTA

00860.ZP GUSTAVO MUNIZ WINHASKI00861.ZP HERON DOMINGUES00862.ZP CARLOS HENRIQUE L. PONESTK00863.ZP GABRIEL RAIA CARNEIRO00864.ZP JULIANA FERREIRA BORGES00865.ZP JAN MICHEL COPPI00866.ZP ARI ANTONIO FISCHER JUNIOR00867.ZP LUIZ JULIANO VALERIO GERON00869.ZP MARIANNE KURTEN LUZ00870.ZP LUIZ CARLOS CAIMI00871.ZP RICARDO VIANNA NUNES00872.ZP GILMAR ADILIO SALMORIA00873.ZP ANA PAULA PEREIRA06898.VP TIAGO TEIXEIRA DE F. POSPISSIL06995.VP FERNANDO CALEGARI AQUARONI06996.VP RODRIGO ARAUJO FIGUEIREDO06997.VP CELSO ANTONIO COZZATI06998.VP SALIME CRISTINA SAFADI06999.VP LENISE TORMENA DOS SANTOS07000.VP MONIQUE MICHELON PULIDO07001.VP IRIS LAMBERTI ZIOBER07002.VP FERNANDO LUIS DOS S. LEPRE07003.VP EVELYN LIMPER PFANN07004.VP RAFAEL DALLO07005.VP GERMANO NOBUYUKI SAKAI07006.VP EMERSON BUENO SPALLA07007.VP THIAGO COTRIM DE CARVALHO07008.VP LUIS GUSTAVO REIS BERTONSELLO07009.VP FABRICIO SPACKI07010.VP RAUL RAFAEL HEINEMANN07011.VP SAMIRA HASSANIEH BOMM07012.VP ANA KELLY ROCHA GEREMIAS07013.VP DANIELE ANDONINI07014.VP AMANDA CRISTINA P. DE CARVALHO07015.VP EDSON DE GODOY07016.VP DANIEL MASSATO TAKAYAMA07017.VP CRISTINE MORAES DA SILVA07018.VP CARLA CRISTINA MONTEIRO07019.VP FERNANDO ALVES ROSSATTO07020.VP HEITOR PENTAGNA07021.VP FERNANDO VITAL FERREIRA SCOLIN07022.VP PAMELA CRISTINA DOS SANTOS07023.VP FERNANDO FONTANA DUARTE07024.VP MICHELA BONARDI07025.VP MARCELO SEIDI HASHIMOTO07026.VP RAPHAEL FERNANDES ANGELOTTI07036.VP CARLOS ERNESTO C. DE OLIVEIRA

07039.VP LUIZ FERNANDO GASPAROTTO07040.VP PATRICIA SAYURI MURAKAMI07048.VP UMBERTO VALENTINI NETO07049.VP GUSTAVO ANDRE GIMENES07050.VP ANA CAROLINA CARRARO07051.VP CASSIA PANIZZON DAL CURTIVO07052.VP THEOPHILO CASEMIRO SPYRA07053.VP JULIO HULSE07054.VP ELIZETE ABREU LACERDA BREMM07055.VP LEANDRO WENDEL07056.VP CARLOS EDUARDO S. M. PEREIRA07057.VP JOAO ANTONIO DE LIMA JUNIOR07058.VP JEFERSON MENEZES LOURENCO07059.VP RAFAEL PASTANA07060.VP ANA LAURA MARQUES DE TOLEDO07061.VP CECILIA THOMAZ DE AQUINO07062.VP ADOLFO AMARAL PARANAGUA07063.VP JOELMA APARECIDA NUNES07064.VP PAULA CAVA RODRIGUES07065.VP CAROLINE KAWAKAMI07066.VP VALESKA BENDER HAYDU07067.VP MARIANE FERREIRA JANUARIO07068.VP PATRICIA F. NUNES DA SILVA07069.VP LEANDRO ANDRADE SOUZA07070.VP CRISTIANE LOVIS07071.VP PATRICIA MUZOLON07072.VP LUIZ ALEXANDRE LEJAMBRE07073.VP ERIC HIROMITSU ABE07074.VP LUIZ ALEXANDRE DELLE07075.VP LUIZ LUCIANO LOPES FILHO07076.VP LEONARDO HUBEL DE REZENDE07077.VP MOEMA DE ALMEIDA COSTA CURTA07078.VP RUDSON YASSUITI ANAMI07079.VP EDUARDO GIANINI XAVIER07080.VP VANESSA GOMES DA SILVA07081.VP JONI BORGES07082.VP ALVARO DEON07083.VP LEONARDO MATSUBARA HORITA07084.VP LEANDRO KUNTZ NEVES07085.VP GLEI DOS ANJOS DE C. CASTRO07086.VP JULIANDRO OSTAPECHEN07087.VP TIAGO CESAR SELL07088.VP HUMBERTO S. DE SOUZA BRANCO07089.VP MATHEUS V. LEMES GONCALVES07090.VP RODRIGO FERNANDO P. BARROSO07091.VP ALEXANDRO F. DOS SANTOS07092.VP CAROLINE FILIPAKI

CRMMV-PPR CRMMV-PPRNNOMME NNOMME CRMMV-PPR NNOMME

NNoovvooss IInnssccrriittooss

00288.ZP CARLA CANZI00678.ZP LUIZ FRANCISCO AGNER SEGUNDO00731.ZP PATRICIA FERNANDES LUIZ01383.VP AIRIS MALTA DE CAMPOS

02554.VP IZABEL CRISTINA PANCERI02625.VP JORGE AUGUSTO B. DANIEL03443.VP SIMONE DOS SANTOS KOSCIUK

03712.VP DEBORA REIS DE OLIVEIRA04953.VP LENNARD LUBY BATISTA05847.VP VIVIANE GONCALVES VIEIRA

PPrriimmaa CCaanncceellaaddaa

PPrriimmaa RReeaattiivvaaddaa

SSeeccuunnddáárriiaa00662.ZP ANA REGINA JAREMTCHUK

TTrraannssffeerrêênncciiaa RReecceebbiiddaa

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Page 23: CRMV-PR Nº20

Proffissssionnaiss qque pprecissamm aatualizzar eenndereçço

03641-VP EDIMAR ZANOTTO

00079-ZP EDUARDO E. A. VENDRAMETH

02579-VP ELCIO DE CAMPOS SANVIDO

04371-VP ELIZABETH LEMOS LEAL

03155-VP EVANDRA MARIA VOLTARELLI

02647-VP FERNANDO R.GONCALVES

03496-VP FRANCINE L. S. M. SUNYE

00287-ZP GEISA RIBEIRO LEITAO

03959-VS GEORGEA BIGNARDI JARRETTA

05773-VP GERHARD WALLER

01173-VP GILDO W. GORSKI

04365-VP GIOVANA A. M. CORDEIRO

00655-VP HAROLDO ANTONIO B. CABRAL

03420-VP HENRIETTE GRAF

00351-ZP HOSANA B. LEMES MURASSAKI

00976-VP HUGO JOSE BROWN ARELLANO

00389-ZP IDALO GIANOTTI NETO

00110-ZP ILTO MARCHI

01701-VP JOAO ALBERTO NAKAMURA

00456-VP JOAO ANTONIO G. MARTINS

03548-VP JOAO DE A. ANTUNES NETO

00314-ZP JOAO LUIZ DE CASTRO

01415-VP JORGE LUIZ A. CHERUBINI

00661-VP JOSE ANTONIO R. VICENTE

00590-ZP JOSE B. DE OLIVEIRA JUNIOR

02940-VP JOSE FERNANDES SANCHES

00068-ZP JOSE WILSON REIS DA COSTA

00329-VP JOSE YUJI YAMAGUTI

00500-ZP JOSIMAR DE ROSSI

05470-VP JULIANA CECYN

03230-VP KOOJI HORINOUTI

01234-VP LAERTE GOMES DA CRUZ

05422-VP LARISSA RYMSZA BARBOSA

00041-ZP LEO AUGUSTO SGARABOTTO

03530-VP LEONARDO CODA

04145-VP LUCIANA B. DE S. BRISOLA

02638-VP LUCIANO G. M. DE SOUZA

00395-ZP LUCIANO SOUZA LIMA

02026-VP LUCINEIA MARIA M. KONISHI

00512-VP LUIZ CARLOS ROSA

03523-VP LUIZ RICARDO VICENTE VIEIRA

01543-VP LUIZ ROBERTO MOSENA

00245-VP LUIZA JESUS DE PINA MATTA

02212-VP MARCELO P. DE SOUZA

01963-VP ABILIO EDSON SOUZA

02369-VP ACIR ISRAEL CACCIA

02297-VP ADELMO TEIXEIRA PEIXOTO

04165-VP ADILSON MASSARU SATO

04049-VS ADRIANA FERRAZ

03800-VP ADRIANO EDUARDO S.OLIVEIRA

00736-ZP ADRIANO M. C. MUHLSTEDT

00242-ZP AGNELO F. Q. PINHEIRO

03048-VP ALBERTO L. RODRIGUES JUNIOR

02716-VP ALESSANDRO G. M. DE SOUZA

02748-VS ALEXANDRE A. O. GOBESSO

04225-VP ALEXANDRE C. VALENCA

00684-ZP ALEXANDRE MURANO MELATO

03947-VP ALEXSANDER LIMAS

02884-VP ALICE SATIKO NISHIDA

02396-VP ALUISIO ROSA GAMEIRO

03414-VP ANA MAURICILIA ANCHESKY

00465-ZP ANA PAULA A. M. CAPELASSO

00564-ZP ANDRE PINHEIRO MORALES

02863-VP ANDREA RODRIGUES BARROS

03678-VP ANGELA SANTOS PIEDADE

03382-VP ANGELO WAN

02695-VP ANTONIO CARLOS DE QUEIROZ

02210-VP ANTONIO CARLOS R. GOMES

00255-ZP ANTONIO CARLOS TONIOL

01063-VP ANTONIO E. GOMES SOARES

00051-ZP ATILIO PIZZATTO

00048-ZP AUGUSTO F. TEIXEIRA NUNES

02766-VP AVELINO PASQUAL

01803-VP BEATRIZ FLORIANO

02077-VP CARLA WANDERER

00798-VP CELSO DOMINGOS BARANCELLI

01634-VP CESAR AUGUSTO QUAQUARELLI

05698-VP CEZAR RODRIGO DE FAVERI

02004-VP CLAITON TADEU LOSS STUMPF

00072-ZP CLAUDIO DE MORAES MACHADO

02727-VP CLAYTON HILLIG

00408-ZP CLOVIS ELISEU GENEHR

00010-ZP DALTON VICENTE V. MARTINS

04227-VP DANIELA APARECIDA UEMOTO

03429-VP DEBORA C. G. A.STOLLMEIER

05408-VP DIOGO MARTINS DE OLIVEIRA

02747-VP DIRCEU GUILHERME GORMANNS

00500-VP DORIVAL ROZENDO

03357-VP EDEM CARLOS BRAGHINI

00332-ZP MARCELO SANSON E SOUZA

04438-VP MARCIO ANTONIO RAMPAZZO

02928-VP MARCO A. B. BARREIROS

00856-VP MARIA DULCE DE ALMEIDA

02404-VP MARIANGELA GUSSO GRALIK

00305-ZP MAURICIO DE N. A. BORBOREMA

01118-VP MAURICIO MASSAKI KONISHI

01708-VP MAURICIO R. PAGUAGA LOPEZ

06029-VP MAURO DE MELLO ZORZATO

02320-VP MAURO DOBLER

00285-ZP MENDELSON H. B. MUNIZ

00341-ZP MOIZES P. DE OLIVEIRA JUNIOR

05838-VP NARA M. O. E RODRIGUES

00194-ZP ODAIR APARECIDO SANCHES

05277-VP ODILEI ROGERIO PRADO

01927-VP OLGA DE ARANTES GENTIL

05215-VP OTTO FIGUEIRO

02636-VP PAULO AFONSO DA ROCHA

02040-VP PAULO GUERREIRO CARNEIRO

01504-VP PEDRO FREDERICO SEYBOTH

03713-VP RAQUEL C. RODRIGUES

02858-VS RENATO B. DE O. CRITTER

04527-VP RICARDO BOESE

03407-VP RICARDO GARCIA BALAROTTI

01165-VP RICARDO MATSUO

02656-VP RICARDO RYUZO ODA

03068-VP RICARDO VIZIBELLI CHAVES

03144-VP RODRIGO MENDONCA MAUAD

02854-VS ROLF KURT ZORNIG

03439-VP RONALDO CASIMIRO DA COSTA

01479-VP ROSANA MARIA B. DE CAMPOS

00373-ZP RUI ARANHA FIGUEIREDO

00513-ZP SANDRO DALLARMI

00420-ZP SANDRO MEDRONI

00082-ZP SERGIO ISAO MIZOTE

04461-VP SIMONE KERGES BUENO

04061-VP SIMONI T. B. DE SOUSA

01970-VP SOLANGE DOS S. PEREIRA

02577-VP TIAGO TAMANINI

03462-VP URANDIR BARBOZA

04074-VP VALERIA AMORIM CONFORTI

01462-VP VALMIQUE DA MATA SOBREIRA

00103-ZP VLAUMIR BUGHI

01474-VP WALTER ULRICH MEDAGLIA

CRMV-PR CRMV-PRNOME NOME CRMV-PR NOME

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