62
Correio da Umbanda Edição 8 - A g os t o de 2006 Banhos Ritualísticos INTRODUÇÃO A U m b an d a é u m a re l ig o n at u ral m e n te rit u al í s t ic a, is t o é , s e u s fu n d am e n t os s ã o ab s or- v id os at rav é s d a p t ic a, s ain d o d o c am p o m e n tal e m at e rial iz an d o-s e at rav é s d e rit u ais . U m d os fu n d am e n t os im p ort an te s , d e n t ro d a U m b an d a, é a m an ip u l aç ã o d e e n e rg ias a- t rav é s d os e le m e n t os d a n at u re z a, v is an d o o e q u il í b rio d e s e u s p rat ic an te s . U m d os im p ortan te s rit u ais e q u e s e ob je t o d e s te p e q u e n o e s tu d o, é o b a n h o r i t u a l í s t i c o . A n t e s d e ad e n t rar d ire t am e n te n o as s u n t o s ob re banhos ritualísticos ( q u e s e o t rat a- d os ap e n as p or banhos p ara e fe it o d e m e lh or c om p re e n o) , f az -s e n e ce ssá rio c om e n t ar al - g u n s ou t ros p ic os , q u e te m re l aç ã o d ire t a ou in d ire t a c om os b an h os . O s t ó p ic os s e o : A N A T O M I A E S P I R I T U A L H U M A N A O S E L E M E N T O S D A N A T U R E Z A A S E R V A S B A N H O S R I T U A L Í S T I C O S A NA TOM IA E S P IRITUA L H UM A NA O s e r h u m an o é c on s t it u íd o d e v á rios c orp os , c ad a u m te n d o s u as p p rias fu n ç õ e s e n í- v e is e n e rg é t ic os , in d o d o m ais d e n s o ( c orp o f í s ic o) ao m ais s u til ( c orp o m e n t al ) . O s c orp os q u e s e o ob je t os d e e s tu d o, s e o o c orp o f í s ic o e o c orp o as t ral ou p e ris p íri- t o. O C O R P O F Í S I C O É o n os s o v e íc u l o d e e x p re s s ã o c om o m u n d o m at e rial . É c on s titu íd o p or e n e rg ia c on d e n s ad a, is t o é , e n e rg ia q u e v ib ra e m b aix ís s im a f re q ü ê n c ia. E s t e c orp o é re fle x o d ire t o d e n os s o c orp o e s p irit u al . A s s im , q u alq u e r d e s e q u il í b rio n o c orp o as t ral , o c orp o f í s ic o re fle t iria at rav é s d e d oe n ç as , d e- s e q u il í b rios m e n t ais , d e s e q u il í b rios org â n ic os , g as t os e n e rg é t ic os excessivos, e t c . O c orp o f í s ic o é c on s t it u íd o d e ó rg ã os q u e c om p õ e v á rios s is te m as , te - m os , e n o, o s is te m a re s p irat ó rio, d ig e s t iv o, g an g l ion ar, e tc . T od o e s te org an is m o c on s om e e n e rg ia e é m an t id o at rav é s d e p roc e s - s os re sp irat ó rios e al im e n t are s , p e l o l ad o m at e rial . P e l o l ad o e sp irit u al e ste org an is m o f í s ic o é m an t id o p e l o c orp o as t ral , q u e e n v ia-l h e e n e rg ias s u t is , a- t rav é s d os c h ac ras ou c e n t ros e n e rg é tic os .

Correio da Umbanda - 2006-08 - Povo de Aruanda · ˘ ˇ ˆ " ˆ $ ( ˛˛˛, ... ˘ ˇ ˆ ˜ ˝ ˛ ˚ ˜ ˚ ˛ ˙ ˘ ˇ

  • Upload
    leanh

  • View
    227

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Correio da Umbanda Edição 8 - A g os t o de 2 0 0 6

Banhos Ritualísticos

INTRODUÇÃO A U m b an d a é u m a re l ig iã o n at u ral m e n t e rit u al í s t ic a, is t o é , s e u s f u n d am e n t os s ã o ab s or-v id os at rav é s d a p rá t ic a, s ain d o d o c am p o m e n t al e m at e rial iz an d o-s e at rav é s d e rit u ais . U m d os f u n d am e n t os im p ort an t e s , d e n t ro d a U m b an d a, é a m an ip u l aç ã o d e e n e rg ias a-t rav é s d os e l e m e n t os d a n at u re z a, v is an d o o e q u il í b rio d e s e u s p rat ic an t e s . U m d os im p ort an t e s rit u ais e q u e s e rá ob j e t o d e s t e p e q u e n o e s t u d o, é o b a n h o r i t u a l í s t i c o . A n t e s d e ad e n t rar d ire t am e n t e n o as s u n t o s ob re banhos ritualísticos ( q u e s e rã o t rat a-d os ap e n as p or banhos p ara e f e it o d e m e l h or c om p re e n s ã o) , f az -s e n e c e s s á rio c om e n t ar al -g u n s ou t ros t ó p ic os , q u e t e m re l aç ã o d ire t a ou in d ire t a c om os b an h os . O s t ó p ic os s e rã o : A N A T O M I A E S P I R I T U A L H U M A N A O S E L E M E N T O S D A N A T U R E Z A A S E R V A S B A N H O S R I T U A L Í S T I C O S A NA TOM IA E S P IRITUA L H UM A NA O s e r h u m an o é c on s t it u í d o d e v á rios c orp os , c ad a u m t e n d o s u as p ró p rias f u n ç õ e s e n í -v e is e n e rg é t ic os , in d o d o m ais d e n s o ( c orp o f í s ic o) ao m ais s u t il ( c orp o m e n t al ) . O s c orp os q u e s e rã o ob j e t os d e e s t u d o, s e rã o o c orp o f í s ic o e o c orp o as t ral ou p e ris p í ri-t o. O C O R P O F Í S I C O

É o n os s o v e í c u l o d e e x p re s s ã o c om o m u n d o m at e rial . É c on s t it u í d o p or e n e rg ia c on d e n s ad a, is t o é , e n e rg ia q u e v ib ra e m b aix í s s im a f re q ü ê n c ia. E s t e c orp o é re f l e x o d ire t o d e n os s o c orp o e s p irit u al . A s s im , q u al q u e r d e s e q u il í b rio n o c orp o as t ral , o c orp o f í s ic o re f l e t iria at rav é s d e d oe n ç as , d e -s e q u il í b rios m e n t ais , d e s e q u il í b rios org â n ic os , g as t os e n e rg é t ic os e x c e s s iv os , e t c . O c orp o f í s ic o é c on s t it u í d o d e ó rg ã os q u e c om p õ e v á rios s is t e m as , t e -m os , e n t ã o, o s is t e m a re s p irat ó rio, d ig e s t iv o, g an g l ion ar, e t c . T od o e s t e org an is m o c on s om e e n e rg ia e é m an t id o at rav é s d e p roc e s -s os re s p irat ó rios e al im e n t are s , p e l o l ad o m at e rial . P e l o l ad o e s p irit u al e s t e org an is m o f í s ic o é m an t id o p e l o c orp o as t ral , q u e e n v ia-l h e e n e rg ias s u t is , a-t rav é s d os c h ac ras ou c e n t ros e n e rg é t ic os .

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 2 Banhos Ritualísticos (continuação)

O s C h a c r a s O s C h ac ras s ã o os C e n t ros V it ais d e F orç as , re s -p on s á v e is p e l a c ap t aç ã o d as e n e rg ias f l u í d ic as in c u m b i-d as d e irrig ar, t an t o o c orp o f í s ic o c om o o c orp o as t ral . A t rav é s d e l e s , t roc am os e n e rg ias c om o m e io am b i-e n t e . C ad a c h ac ra t e m c or p ró p ria e p od e v ariar d e ac ord o c om a p ró p ria v ib raç ã o d e c ad a p e s s oa. N as p e s s oas ap e g ad as à m at é ria, as c ore s d os c h ac ras , s e ap re s e n t am e s c u ras e n as p e s s oas m ais e s p i-rit u al iz ad as , as c ore s s ã o b ril h an t e s . O s c h ac ras s ã o c on h e c id os h á m il ê n ios , p or v á rios p ov os e re l ig iõ e s . C on s id e ram os q u e o n ú m e ro d e c h ac ras p rin c ip ais é s e t e . C h a c r a C o r o n a l : S it u ad o n o al t o d a c ab e ç a.

É o c h ac ra q u e c ap t a as e n e rg ias v in d as d o p l an o e s p irit u al . A t rav é s d e l e , re c e b e m os os c on t at os m e d iú n ic os . É o e l o e n t re a m e n t e e s p irit u al e o c é re b ro. O d e s e q u il í b rio d e s t e c h ac ra, n os c au s a d e p re s s õ e s , s ol id õ e s , an g u s t ias , e t c . N as m an if e s t aç õ e s m e d iú n ic as d as e n t id ad e s , q u e t rab al h am s ob a v ib raç ã o d e O x al á , é o c h ac ra p rin c ip al d e c on t at o . C or d e s t e c h ac ra q u an d o e s t á e m e q u il í b rio : B ran c a, d ou rad a ou v iol e t a. C h a c r a F r o n t a l : S it u ad o n a f ron t e , e n t re os ol h os . É c on s id e rad o p or m u it os c om o o T e rc e iro O l h o, j á q u e é o c h ac ra d a in t u iç ã o. É o c h ac ra d a c l are z a m e n t al e e s p irit u al . R e s p on s á v e l p e l a v id ê n c ia, au d iê n c ia e in t u iç ã o, n o c am p o d a m e d iu n id ad e . O d e s e q u il í b rio d e s t e c h ac ra, p rov oc a m e m ó ria f rac a, c on c e it os c on f u s os , in s ô n ias , e t c . N as m an if e s t aç õ e s m e d iú n ic as d as e n t id ad e s , q u e t rab al h am s ob a v ib raç ã o d e Y e m an j á , é o c h ac ra p rin c ip al d e c on t at o. C or d e s t e c h ac ra q u an d o e s t á e m e q u il í b rio : A z u l

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 3 Banhos Ritualísticos (continuação)

C h a c r a L a r í n g e o : S it u ad o n a al t u ra d a g arg an t a. T am b é m c on h e c id o c om o C e rv ic al . É o c h ac ra d a c om u n ic aç ã o. D o d ar e re c e b e r. O d e s e q u il í b rio d e s t e c h ac ra p rov oc a in c e rt e z as , in d e c is õ e s , g ag u e ira, ob e s id ad e s , e t c . N as m an if e s t aç õ e s m e d iú n ic as d as e n t id ad e s , q u e t rab al h am s ob a v ib raç ã o d e O x u m ( in c l u s iv e as c rian ç as ) , é o c h ac ra p rin c ip al d e c on t at o. C or d e s t e c h ac ra q u an d o e s t á e m e q u il í b rio: A z u l c l aro C h a c r a C a r d í a c o : S it u ad o n a al t u ra d o c oraç ã o. É o c h ac ra d a h arm on iz aç ã o. R e s p on s á v e l p e l o e q u il í b rio, e m oç õ e s e s e n t im e n t os . O d e s e q u il í b rio p rov oc a p aix õ e s d e s t ru id oras , ó d ios , in v e j as , c iú m e s , e t c . N as m an if e s t aç õ e s m e d iú n ic as d as e n t id ad e s , q u e t rab al h am s ob a v ib raç ã o d e X an g ô , é o c h ac ra p rin c ip al d e c on t at o. C or d e s t e c h ac ra q u an d o e s t á e m e q u il í b rio: R os a e v e rd e C h a c r a G á s t r i c o : S it u ad o n a al t u ra d o b aç o e e s t ô m ag o. É o c h ac ra d as v ib raç õ e s af e t iv as d o am b ie n t e . C on h e c id o t am b é m c om o S ol ar ou S ol e -ar. O d e s e q u il í b rio p rov oc a m e d os , t im id e z , c arê n c ias , p rob l e m as g á s t ric os ( ú l c e ras , g as t ri-t e s , e t c .) N as m an if e s t aç õ e s m e d iú n ic as d as e n t id ad e s , q u e t rab al h am s ob a v ib raç ã o d e O g u m , é o c h ac ra p rin c ip al d e c on t at o. C or d e s t e c h ac ra q u an d o e s t á e m e q u il í b rio: A m are l a C h a c r a E s p l ê n i c o : S it u ad o n a al t u ra d o u m b ig o. T am b é m c h am ad o d e U m b il ic al . É o c h ac ra on d e as e n e rg ias d e n s as s e l oc al iz am . O d e s e q u il í b rio p rov oc a p rob l e m as e m oc ion ais , in t e n s id ad e n o p raz e r e n a d or. N as m an if e s t aç õ e s m e d iú n ic as d as e n t id ad e s , q u e t rab al h am s ob a v ib raç ã o d e O x os s i, é o c h ac ra p rin c ip al d e c on t at o. C or d e s t e c h ac ra q u an d o e s t á e m e q u il í b rio: L aran j a

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 4 Banhos Ritualísticos (continuação)

C h a c r a B á s i c o : S it u ad o n a al t u ra d os ap are l h os g e n it ais . T am b é m c on h e c id o c om o G e n é s ic o ou S ac ral . É o c h ac ra q u e c on t rol a as f u n ç õ e s g e n i-t ais , p roc riad oras e e s t í m u l os s e x u ais . R e s p on s á v e l e m re c e b e r a e n e rg ia K u n d al in i, q u e re at iv a os d e m ais c h ac ras . O d e s e q u il í b rio p rov oc a d oe n ç as n os ó rg ã os re p rod u t ore s , f rig id e z , d ore s n a c ol u n a, b l o-q u e ios , d is t ú rb ios m e n t ais re l ac ion ad os ao s e x o, e t c . N as m an if e s t aç õ e s m e d iú n ic as d as e n t id ad e s , q u e t rab al h am s ob a v ib raç ã o d e O b al u ay ê ( in c l u s iv e p re t os -v e l h os ) , é o c h ac ra p rin c ip al d e c on t at o. C or d e s t e c h ac ra q u an d o e s t á e m e q u il í b rio: V e rm e l h a O E i x o E n e r g o -M a g n é t i c o E s t e e ix o é c om o u m “ t u b o” e n e rg é t ic o q u e l ig a t od os os c h ac ras . A t rav é s d e s t e e ix o q u e re c e b e m os a K u n d al in i, d e b aix o p ara c im a, on d e t od os os c h ac ras s ã o re at iv ad os . R e c e b e m os as v ib raç õ e s d o p l an o as t ral s u p e rior, d e c im a p ara b aix o, on d e v am os n os re e q u il ib ran d o e n os l ig am os , at rav é s d e s t e e ix o, c om o b aix o as t ral , d e b aix o p ara c im a, on d e os e s p í rit os e n d u re c id os , m an d am os s e u s “ d ard os ” d e e n e rg ias d e l e t é ric as , n o in t u it o d e d e s e -q u il ib rar a n os s a “ c as a” m e n t al . E n f im , d e c im a p ara b aix o re c e b e m os a n os s a re d e n ç ã o e d e b aix o p ara c im a re c e b e m os a n os s a c on d e n aç ã o. P ou c o c on h e c id o p e l os e s p irit u al is t as .

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 5 Banhos Ritualísticos (continuação)

O A U R A O au ra é u m a e s p é c ie d e m e m b ran a e n e rg é t ic a q u e re v e s t e os c or-p os f í s ic o e as t ral . E s t á n u m a d is t â n c ia m é d ia d e u n s 1 5 c e n t í m e t ros d os c orp os . A t rav é s d e n os s os p e n s am e n t os , aç õ e s e s e n t im e n t os , s om os i-d e n t if ic ad os p e l o n os s o n í v e l e v ol u t iv o, p ois o au ra re f l e t e -n os at rav é s d e c ore s . Q u an t o m ais b ril h an t e s e c l aras as c ore s , m ais e s t am os e m e q u il í -b rio e s p irit u al , q u an t o m ais ap ag ad o a c or d o au ra, m ais m at e rial iz ad os e s -t am os . O au ra é o e l e m e n t o re s p on s á v e l p e l a t roc a e n e rg é t ic a e n t re n ó s e o am b ie n t e . L arv as as t rais , f orm as -p e n s am e n t o, d ad os e n e rg é t ic os , b aix as v ib raç õ e s , e t c ., v ã o s e im p re g n an d o e m n os s o au ra à m e d id a q u e v am os c on v iv e n d o e p as s an d o p or d iv e rs os am b ie n t e s . O au ra e s t an d o “ c on t am in ad o” , os c h ac ras t am b é m o s e rã o e as c on s e q ü ê n c ias s e rã o d is t ú rb ios , d oe n ç as , d e s e q u il í b rios e m n os s o org an is -m o f í s ic o. C ab e a n ó s p ort an t o, m an t e r e s t e c om p l e x o m e c an is m o d e t roc a e n e rg é t ic a ( c h ac ras e au ra) , l im p os e d e s ob s t ru í d os d e q u al q u e r e n e rg ia n e g at iv a.

E s t a l im p e z a, p od e s e r f e it a at rav é s d e v á rias f orm as , c om b in ad as ou n ã o: P as s e s e n e r-g é t ic os e m ag n é t ic os , oraç õ e s , c on d u t a m oral ad e q u ad a, b on s p e n s am e n t os , d e f u m aç õ e s , b a-n h os rit u al í s t ic os , v e l as , ir a s í t ios e n e rg é t ic os d a n at u re z a ( p raia, c ac h oe iras , m at as , e t c .) , e t c .

P ó l o s E n e r g é t i c o s A l é m , d os as p e c t os j á m e n c ion ad os , é im p ort an t e , t am b é m e n t e n d e r a an at om ia e s p irit u al , s ob o as p e c t o d os p ó l os e n e rg é t ic os . T od o c orp o e n e rg é t ic o é ig u al a u m a p il h a e l é t ric a, on d e t e m os , os p ó l os p os it iv o e n e g at iv o, c oe x is t in d o p ara m an t e r o e q u il í b rio n e u t ro. O l ad o D ire it o d o c orp o, a f ron t e e a l in h a m é d ia d o p e it o e d o v e n t re t e m p ol arid ad e p os it iv a, ( c on f orm e m os t ra a f ig u ra ao l ad o) , as s im , a p art e f ron t al d o c orp o, t e m o p re d om í n io d o p ó l o p os it iv o. O l ad o e s q u e rd o, a n u c a e a c ol u n a v e rt e b ral , t e m a p ol arid a-d e n e g at iv a, as s im a m aior p art e d as c os t as , t e m a p re d om in â n c ia d a p ol arid ad e n e g at iv a. O s p ó l os n e g at iv os , n ã o t e m e f e it o p re j u d ic ial n o org an is m o, p ois n ã o t e m re l aç ã o c om as e n e rg ias n e g at iv as , e s t as s im , s ã o p re -j u d ic iais ao org an is m o d os s e re s .

S e n ot arm os , os c h ac ras t e m , p e l a f re n t e , a p ol arid ad e p os it iv a e p or t rá s a n e g at iv a. S e , n u m p as s e , c ol oc arm os a m ã o e s q u e rd a ( -) n as c os t as ( -) e a d ire it a ( + ) n a p art e f ron t al ( + ) , at iv am os as e n e rg ias , p ois h á e x c it aç ã o, aq u e c im e n t o, f orç a e s on o m ag n é t ic o. S e e f e t u arm os o p as s e c om as m ã os in v e rt id as , ou s e j a a d ire it a ( + ) n as c os t as ( -) e a e s q u e rd a ( -) n a f re n t e ( + ) , c riam os u m d e s b l oq u e io n o f l u x o e n e rg é t ic o, ac al m an d o os c h ac ras , c au s an d o a c al m a e o d e s c on g e s t ion am e n t o e n e rg é t ic o. C ad a u m d e s t e s m é t od os t e m a s u a e f ic iê n c ia, ora at iv an d o, ora ac al m an d o os c e n t ros d e f orç as .

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 6 Banhos Ritualísticos (continuação)

R o t a ç ã o M a g n é t i c a d o s C o r p o s A l é m d a p ol arid ad e m e n c ion ad a, h á t am -b é m , a rot aç ã o m ag n é t ic a d os c orp os . B as e -ad o n o m e s m o p rin c í p io q u í m ic o, e m q u e os á t om os t e m u m d os s e u s e l e m e n t os , o e l é -t ron , g rav it an d o m ag n e t ic am e n t e , e m v ol t a d o n ú c l e o at ô m ic o ( p ró t on s e n e u t ron s ) , p ro-d u z in d o a c h am ad a rot aç ã o m ag n é t ic a, t e -m os n os c orp os as t rais , e s t a rot aç ã o. O s e n t id o d a rot aç ã o, d if e re e n t re u m s e r e n c arn ad o n u m c orp o m as c u l in o d e u m s e r e n c arn ad o n u m c orp o f e m in in o. T e m os , as s im a R ot aç ã o e m S e n t id o H orá rio p ara os h om e n s e R ot aç ã o e m S e n -t id o A n t i- H orá rio p ara as m u l h e re s . E s t a rot aç ã o é im p ort an t e p ois d e t e r-m in a e m q u e s e n t id o m ag n é t ic o v ib ra u m c orp o as t ral . P or e s t a raz ã o, al iad a a ou t ras , é q u e a t roc a d e e n e rg ias s e x u ais e n t re in d iv í d u os d e s e x os op os t os s ã o s ad ias , p ois u m c om p l e m e n t a o ou t ro n e s t a t roc a, j á q u e os f l u x os e n e rg é -t ic os , g rav it am e m s e n t id os op os t os . J á a t roc a s e x u al e n t re c as ais h om os s e x u ais ( d o m e s m o s e x o) é p e rn ic ios a, s ob o as p e c -t o e n e rg é t ic o, p ois h á c on s u m o e n e rg é t ic o e x c e s s iv o, j á q u e e s t as t roc as n ã o s e e f e t u am d e m a-n e ira p e rf e it a, c au s an d o ain d a m ais d is t ú rb ios s e x u ais . O S E L E M E N T O S D A N A T U R E Z A

A U m b an d a, re l ig iã o l ig ad a aos O rix á s e a n at u re z a, t e m c om o f u n d am e n t os a u t il iz aç ã o d e e l e m e n t os d a n at u re z a, q u e s ã o “ re g id os ” p e l os O rix á s . O s e l e m e n t os s ã o : A R , T E R R A , F O G O e Á G U A E s t e s e l e m e n t os p od e m e s t ar re u n id os ou n ã o e m d iv e rs os rit u ais u m b an d is t as , n o in t u it o d e m an ip u l aç ã o d e e n e rg ias . E m t od o U n iv e rs o, t e m os o P ran a ou É t e r V it al , q u e é e n e rg ia e s s e n c ial p ara a m an u t e n -ç ã o d a v id a e m v á rios n í v e is e n e rg é t ic os . O P ran a é ab s orv id o p e l os e l e m e n t os d a n at u re z a e p or n ó s d ire t a ou in d ire t am e n t e . A re s p iraç ã o, o “ b an h o” d e s ol , a al im e n t aç ã o ad e q u ad a, s ã o al g u n s d os m e ios d e s t a ab -s orç ã o e n e rg é t ic a.

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 7 Banhos Ritualísticos (continuação)

N os rit u ais d a U m b an d a, p od e m os m an ip u l ar, e n t ã o os e l e m e n t os d a n at u re z a e o P ran a, at rav é s d e v á rios rit u ais . A l g u n s e x e m p l os : A v e l a v ot iv a – T e m os os e l e m e n t os F og o, A r, Á g u a e T e rra. O F og o c on s om e o A r e a re s in a d a v e l a ( T e rra) e t ran s f orm a a Á g u a, c on t id a n a re s in a d a v e l a, e m v ap or. I s t o ap e n as f a-l an d o m at e rial m e n t e d e s t e rit u al , s e m c on t ar o as p e c t o re l ig ios o e m á g ic o. A d e f u m aç ã o – T e m os o F og o, A r, a T e rra e a Á g u a e n v ol v id os . A Á g u a e a T e rra, e s t ã o c on t id os n as e rv as d e f u m ad as . C om o p od e m os c on s t at ar, e s t e s e l e m e n t os e s t ã o s e m p re p re s e n t e s n os rit u ais , s e n d o e s s e n c iais p ara o b om ê x it o d e c ad a aç ã o rit u al í s t ic a. A m ag ia, c on t id a e m m u it os rit u ais u m b an d is t as , t e m a n e c e s s id ad e d e e l e m e n t os m at e ri-ais d e l ig aç ã o e n t re a m at é ria e o p l an o e s p irit u al . D e v id o à s n os s as n e c e s s id ad e s m at e riais , p re c is am os n os e q u il ib rar e s p irit u al m e n t e , u -s an d o e l e m e n t os m at e riais . O p l an o e s p irit u al , e n t ã o, f az e m -n os u t il iz ar d e rit u ais u t il iz an d o a m at é ria, ou s e j a, aq u il o q u e t e m os e m m ã o. O s c ic l os d a n at u re z a e os as t ros in f l u e n c iam a v id a d e t od os os s e re s v iv os , aq u i n a T e r-ra, p ois re g u l am t od a a v id a, t raz e n d o o e q u il í b rio. D e v e m os e n t e n d e r o m á x im o p os s í v e l s ob re e s t as in f l u ê n c ias , p ois é d e g ran d e im p ort â n -c ia, ob t e r o m e l h or re s u l t ad o n a e x t raç ã o e m an ip u l aç ã o e n e rg é t ic a. A S E R V A S O e l e m e n t o v e g e t al é m u it o im p ort an t e p ara a m an u t e n ç ã o e e q u il í b rio d os s e re s v iv os . A t rav é s d e p roc e s s os v ariad os os v e g e t ais re t iram o P ran a d a n at u re z a, s e j a at rav é s d o S ol , d a L u a, d os p l an e t as , d a t e rra, d a á g u a, e t c . S ã o p ort an t o, g ran d e s re s e rv as d e é t e r v it al e q u e at rav é s d os t e m p os , o s e r h u m an o, d e s c ob riu e s t as p rop rie d ad e s . U s am os os v e g e t ais , d e s d e a al im e n t aç ã o at é a m ag ia, s e m p re t ran s f orm an d o a e n e rg ia v it al , at rav é s d e p roc e s s os e rit u ais . O s v e g e t ais s ã o d ire t am e n t e in f l u e n c iad os p e l a n at u re z a. A l u a e o s ol , s ã o os as t ros q u e m u it o in f l u e n c iam a ab s orç ã o d o p ran a e d e v e m os c on h e c e r e s t as in f l u ê n c ias . U m a d e l as , e s t a-re m os e n f oc an d o, q u e é a in f l u ê n c ia l u n ar s ob re os v e g e t ais . A s q u at ro f as e s l u n are s , q u e t e m d u raç ã o d e s e t e d ias c ad a, f az -s e n e c e s s á rio c on h e c ê -l as , p ois e m d u as f as e s e x is t e o q u e c h am am os d e q u in z e n a p os it iv a, p rop í c ia p ara a c ol h e it a d e e rv as p ara rit u ais d iv e rs os n a U m b an d a ( b an h os , d e f u m aç õ e s , e t c .) e n as ou t ras d u as t e m os a q u in z e n a n e g at iv a, p ois a c on c e n t raç ã o d e é t e r, n as f ol h as , f ru t os e f l ore s , é m u it o b aix a.

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 8 Banhos Ritualísticos (continuação)

L u a M in g u an t e N e s t a f as e l u n ar, o p ran a c on c e n t ra-s e n a raiz , v it al iz an d o-a, p e rm it in d o q u e e l a e x t raia os n u t rie n t e s n e c e s s á rios d o s ol o. N ã o é u m a f as e p rop í c ia p ara a c ol h e it a d e e rv as , p ois e s t á n a q u in z e n a n e g at iv a. L u a N ov a E s t a f as e l u n ar, c arac t e riz a-s e p e l a “ au s ê n c ia” d a l u a. É a p rim e ira f as e d a q u in z e n a p os it iv a, p ois o é t e r v it al c on c e n -t ra-s e n a p art e s u p e rior d o v e g e t al , is t o é , n as f ol h as , f ru t os , f l ore s e c au l e s s u p e riore s . A s s im , é u m a d as f as e s p rop í c ias p ara a c ol h e it a d e e l e m e n t os v e g e t ais . L u a C re s c e n t e É a f as e c om p l e m e n t ar, ou s e g u n d a f as e d a q u in z e n a p os it iv a. O é t e r v it al , ou c orre n t e p râ n ic a, ain d a e s t á n as f ol h as , f l ore s e f ru t os . E s t á s e d irig in d o d as e x t re m id ad e s d as p l an t as p ara o s e u c e n t ro. L u a C h e ia É a f as e q u e e s t á n a q u in z e n a n e g at iv a, n ã o s e n d o p rop í c ia a c ol h e it a d e e rv as , p ara e f e it os rit u al í s t ic os , p ois o p ran a ou é -t e r v it al , e s t á n o c au l e p rin c ip al e d irig e -s e à s raí z e s , p ara c om p l e t ar o c ic l o.

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 9 Banhos Ritualísticos (continuação)

E x is t e t am b é m a q u e s t ã o d as e rv as s ol are s e as e rv as l u n are s , on d e c ol h e m os as s ol are s d u ran t e o d ia e as l u n are s d u ran t e a n oit e . O s v e g e t ais s ã o d e m an e ira g e ral , c on d e n s ad ore s d as e n e rg ias s ol are s e c ó s m ic as . H á e rv as q u e re c e b e m in f l u x os m ais d ire t os d e c e rt os p l an e t as ou l u m in are s , s e n d o, p ort an t o, e rv as p art ic u l are s d e s s e s p l an e t as . O s c orp os c e l e s t e s s ã o a c on c re t iz aç ã o d e c e rt as L in h as d e F orç as d e u m d e t e rm in ad o O rix á , as s im , p or e x t e n s ã o, t e m os e rv as d e d e t e rm in ad o O rix á . B A N H O S R I T U A L Í S T I C O S F in al m e n t e , ap ó s p e q u e n as d is s e rt aç õ e s d e t ó p ic os im p ort an t e s in t rod u t ó rios , ad e n t re -m os n o as s u n t o d os banhos ritualísticos. O s b an h os rit u al í s t ic os d e u m a m an e ira g e ral , s ã o rit u ais , on d e u t il iz am os d e t e rm in ad os e l e m e n t os d a n at u re z a, d e m an e ira ord e n ad a e c om c on h e c im e n t o d e c au s a, c om o in t u it o d e t roc a e n e rg é t ic a e n t re o in d iv í d u o e a n at u re z a, af im d e f orn e c e r-l h e e q u il í b rio e n e rg é t ic o e m e n -t al . E s t e s b an h os p re s t am -s e p ara l im p ar as e n e rg ias n e g at iv as , l iv rar as p e s s oas d e in f l u ê n -c ias n e g at iv as , re e q u il ib rar a p e s s oa, au m e n t ar a c ap ac id ad e re c e p t iv a d o ap are l h o m e d iú n ic o, j á q u e os c h ac ras s e rã o d e s ob s t ru í d os , e n f im , t e m g ran d e im p ort â n c ia n a m an u t e n ç ã o d os c or-p os . E m b ora o b an h o u t il iz a-s e d e e l e m e n t os m at e riais , q u e s e rã o j og ad os s ob re o c orp o f í s i-c o, a c on t rap art e e t é ric a s e rá d e p os it ad a s ob re os c h ac ras , c orp o as t ral e au ra q u e re c e b e rã o d ire t am e n t e o p ran a ou é t e r v it al , b e m c om o a p art e as t ral d os e l e m e n t os d e n s os . N ã o s om e n t e os m é d iu n s at iv os n a U m b an d a d e v e m t om ar d e t e rm in ad os b an h os , m as t od os n ó s , e m g e ral , p od e m os u s á -l os . T e m os al g u m as c at e g orias d e b an h os : a) B an h os d e D e s c arre g o b ) B an h os d e D e f e s a c ) B an h os d e E n e rg iz aç ã o d ) B an h os d e F ix aç ã o a) B an h os d e D e s c arre g o E s t a c at e g oria d e b an h o, c on h e c id o t am b é m c om o b an h o d e d e s c arg a ou d e s im p re g n a-ç ã o e n e rg é t ic a é o m ais c om u m e m ais c on h e c id o. E s t e s b an h os s e rv e m p ara l iv rar o in d iv í d u o d e c arg as e n e rg é t ic as n e g at iv as . C on f orm e

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 1 0 Banhos Ritualísticos (continuação)

v iv e m os , v am os p as s an d o p or v á rios am b ie n t e s , t roc am os im p re s s õ e s c om t od o o t ip o d e in d iv í -d u o e c om o e s t am os n u m p l an e t a at ras ad o e m e v ol u ç ã o e s p irit u al , a p re d om in â n c ia d o m al e d e e n e rg ias n e g at iv as s ã o ab u n d an t e s . T od o e s t e e g ré g ora f orm ad o p or p e n s am e n t os , aç õ e s , v ã o c rian d o l arv as as t rais , m ias m as e t od o a s ort e d e v í ru s e s p irit u ais q u e v ã o s e ad e rin d o ao au ra d as p e s s oas . P or m ais q u e n os v ig ie m os , ora ou ou t ra c aí m os c om o n os s o n í v e l v ib rat ó rio e i-m e d iat am e n t e e s t am os e n t ran d o n e s t e e g ré g ora. S e n ã o n os c u id arm os , v am os ad q u irin d o d o-e n ç as , d is t ú rb ios e p od e m os at é s e rm os ob s e d iad os . H á d ois t ip os d e b an h os d e d e s c arre g o : a1 ) B an h o d e S al G ros s o a2 ) B an h o d e D e s c arre g o c om E rv as a1 ) B an h o d e S al G ros s o E s t e é o b an h o m ais c om u m e n t e u t il iz ad o, d e v id o à s u a s im p l ic id ad e e e f ic iê n c ia. O e l e -m e n t o p rin c ip al q u e é o s al g ros s o, é e x c e l e n t e c on d u t or e l é t ric o e “ ab s orv e ” m u it o b e m os á t o-m os e l e t ric am e n t e c arre g ad os d e c arg a n e g at iv a, q u e c h am am os d e í on s . C om o, e m t u d o h á a s u a c on t rap art e e t é ric a, a f u n ç ã o d o s al é t am b é m t irar e n e rg ias n e g at iv as ad e rid as n o au ra d e u m a p e s s oa. E n t ã o e s t e b an h o é e f ic ie n t e n e s t e as p e c t o, j á q u e a á g u a e m u n iã o c om o o s al , “ l av a” t od o o au ra, d e s m ag n e t iz an d o-o n e g at iv am e n t e . O p re p aro d e s t e b an h o é b e m s im p l e s , b as t a, ap ó s u m b an h o n orm al , b an h ar-s e d e u m a m is t u ra d e u m p u n h ad o d e s al g ros s o, e m á g u a m orn a ou f ria. E s t e b an h o é f e it o d o p e s c oç o p ara b aix o, n ã o l av an d o os d ois c h ac ras s u p e riore s ( c oron al e f ron t al ) . O p orq u ê d e n ã o p od e r l av ar os c h ac ras s u p e riore s , e s t á l ig ad o ao f at o d e s e re m e s t e s c h ac ras l ig ad os à c oroa d a p e s s oa, t e n d o q u e s e r m u it o b e m c u id ad a, j á q u e é o e l o d e l ig aç ã o, at rav é s d a m e d iu n id ad e , e n t re a p e s s oa e o p l an o as t ral s u p e rior. A p ó s o b an h o, m an t e r-s e m ol h ad o p or al g u n s m in u t os ( u n s 3 m in u t os ) e e n x u g ar-s e s e m e s f re g ar a t oal h a s ob re o c orp o, ap e n as s e c an d o o e x c e s s o d e u m id ad e . A l g u m as p e s s oas , n e s t e b an h o, p is am s ob re c arv ã o v e g e t al ou m in e ral , j á q u e e l e s ab s orv e rã o a c arg a n e g at iv a. E s t e b an h o é ap e n as o b an h o in t rod u t ó rio p ara ou t ros b an h os rit u al í s t ic os , is t o é , d e p ois d o b an h o d e d e s c arre g o, f az -s e n e c e s s á rio t om ar u m ou t ro b an h o rit u al í s t ic o, j á q u e al é m d as e n e rg ias n e g at iv as , t am b é m d e s c arre g ou -s e as e n e rg ias p os it iv as , f ic an d o a p e s s oa d e s e n e rg i-z ad a, q u e s ó é c on s e g u id o c om ou t ro t ip o d e b an h o. E s t e b an h o, n ã o d e v e s e r re al iz ad o d e m an e ira in t e n s iv a ( d o t ip o t od os os d ias ou u m a v e z p or s e m an a) , p ois e l e re al m e n t e t ira a e n e rg ia d o au ra, d e ix an d o-o m u it o v u l n e rá v e l . E x is t e m p e s s oas q u e u s am a á g u a d o m ar, n o l u g ar d a á g u a e s al g ros s o. a2 ) B an h o d e D e s c arre g o c om E rv as E s t e b an h o é m ais c om p l e x o e m e n os c on h e c id o d o q u e o d e s al g ros s o. A f u n ç ã o d e s t e

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 1 1 Banhos Ritualísticos (continuação)

b an h o é a m e s m a q u e a d o s al g ros s o, s ó q u e t e m e f e it o m ais d u rad ou ro e c on s e q ü ê n c ias m aio-re s . Q u an d o u m a p e s s oa e s t á l ig ad a à u m a ob s e s s ã o e l arv as as t rais e s t ã o l ig ad as a e l a, f az -s e n e c e s s á rio u m t rat am e n t o m ais e f ic az . D e t e rm in ad as e rv as , s ã o n at u ral m e n t e d e s c arre g ad oras e s ac od e m e n e rg e t ic am e n t e o au ra d e u m a p e s s oa, e l im in an d o g ran d e p art e d as l arv as as t rais e m ias m as . A l g u m as e rv as q u e s ã o m u it o b oas p ara e s t e b an h o : arru d a, g u in é , e s p ad a d e S ã o J org e , aroe ira, f ol h as d e f u m o, e t c . b ) B an h o d e D e f e s a E s t e b an h o s e rv e d e m an u t e n ç ã o e n e rg é t ic a d os c h ac ras , im p e d in d o q u e e l e s s e im p re g -n e m d e e n e rg ias n oc iv as e m d e t e rm in ad os rit u ais . P or e x e m p l o, q u an d o v am os re al iz ar al g u m a of e re n d a n u m a c ac h oe ira, é im p ort an t e q u e n os “ f e c h e m os ” p ara d e t e rm in ad as v ib raç õ e s q u e p od e m e s t ar ab u n d an t e s n u m s í t io e n e rg é t ic o, j á q u e al é m d e n ó s , t od o o t ip o d e p e s s oa v ai at é e s t e s l u g are s p ara p e d id os e s c u s os , c om e n t re g as “ p e s ad as ” . U s am os , t am b é m , q u an d o v am os c on h e c e r u m ou t ro t e rre iro e n ã o s ab e m os s e e l e é ou n ã o id ô n e o, p ois , in f e l iz m e n t e , ain d a e x is t e m aq u e l e s q u e u s am o n om e d a U m b an d a p ara c o-m e rc ial iz ar a f é al h e ia. Q u an d o v am os n u m s í t io e n e rg é t ic o p ara d e t e rm in ad os rit u ais c om ou s e m in c orp oraç ã o, e n f im , “ f e c h am os ” os n os s os c h ac ras . A t é m e s m o p ara n os p re v e n irm os p ara os t rab al h os c om os E x u s G u ard iõ e s , j á q u e t od o o t ip o d e p rob l e m as e s it u aç õ e s e s t arã o p re s e n t e s n a as s is t ê n c ia. A s e rv as p ara e s t e s b an h os , p od e m s e r aq u e l as re l ac ion ad as ao p ró p rio O rix á re g e n t e d a p e s s oa, ou aq u e l as q u e u m a e n t id ad e re c e it ar. c ) B an h o d e E n e rg iz aç ã o A p ó s t om arm os u m b an h o d e d e s c arre g o, é im p ort an t e q u e re s t ab e l e c e m os o e q u il í b rio e n e rg é t ic o, at rav é s d e u m b an h o d e e n e rg iz aç ã o. E s t e b an h o re at iv a os c e n t ros e n e rg é t ic os e re f az o t e or p os it iv o d o au ra. É u m b an h o q u e d e v e m os u s ar q u an d o v am os t rab al h ar n orm al -m e n t e e m g iras d e d ire it a, ou m e s m o, ap ó s u m a g ira e m q u e o am b ie n t e f ic ou c arre g ad o. T am b é m , p od e m os u s á -l o re g u l arm e n t e , in d e p e n d e n t e s e s om os ou n ã o m é d iu n s . U m b om e s im p l e s b an h o : p é t al as d e ros as b ran c as ou am are l as , al f az e m a e al e c rim . d ) B an h o d e F ix aç ã o E s t e b an h o é u s ad o p ara t rab al h os rit u al í s t ic os e f e c h ad os ao p ú b l ic o, on d e s e p re s t ará a t rab al h os d e m ag ia, in ic iaç ã o ou c on s ag raç ã o. E s t e b an h o é re al iz ad o ap e n as p or q u e m é m é -d iu m e irá re al iz ar u m t rab al h o ap rof u n d ad o, on d e t om ará c on t at o m ais d ire t o c om as e n t id ad e s e l e v ad as . E s t e b an h o “ ab re ” t od os os c h ac ras e a p e rc e p ç ã o m e d iú n ic a f ic a ag u ç ad í s s im a.

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 1 2 Banhos Ritualísticos (continuação)

A s e rv as u t il iz ad as p ara e s t e t ip o d e b an h o e s t ã o d ire t am e n t e re l ac ion ad as ao O rix á re -g e n t e d o m é d iu m e à e n t id ad e at u an t e . S ã o as s im re c e it ad os ap e n as p or u m v e rd ad e iro c h e f e d e t e rre iro ou m é d iu m -m ag is t a ou p e l a p ró p ria e n t id ad e . P R E P A R A Ç Ã O D O S B A N H O S E m t od os os b an h os , on d e s e u s am as e rv as , d e v e m os n os p re oc u p ar c om al g u n s d e t al h e s :

• A c ol h e it a d e v e s e r f e it a e m f as e s l u n are s p os it iv as , d e v id o a ab u n d â n c ia d e p ran a. • A o ad e n t rar n u m a m at a p ara c ol h e r e rv as ou m e s m o n u m j ard im , s au d am os s e m p re O x os s i e O s s aim q u e é re s p on s á v e l p e l as f ol h as ( n o C an d om b l é é u m O rix á , m as c on s id e ro-o c om o u m s e r e n c an t ad o, c om re s p on s ab il id ad e s e at u aç õ e s l im it ad as ) . • A n t e s d e c ol h e rm os as e rv as , t oq u e m os l e v e m e n t e a t e rra, p ara q u e d e s c arre g u e m os n os s as m ã os d e q u al q u e r c arg a n e g at iv a, q u e é l e v ad a p ara o s ol o. • N ã o u t il iz ar f e rram e n t as m e t á l ic as p ara c ol h e r, d ê p re f e rê n c ia e m u s ar as p ró p rias m ã os , j á q u e o m e t al f az c om q u e d im in u a o p od e r e n e rg é t ic o d as e rv as . • N orm al m e n t e u s am os f ol h as , f l ore s , f ru t os , p e q u e n os c au l e s , c as c as , s e m e n t e s e raí z e s p ara os b an h os , e m b ora d if ic il m e n t e u s am os as raí z e s d e u m a p l an t a, p ois e s t arí am os m at an d o-a • C ol oc ar as e rv as c ol h id as e m s ac os p l á s t ic os , j á q u e s ã o e l e m e n t os is ol an t e s , p ois at é c h e -g arm os e m c as a, e s t are m os p as s an d o p or v á rios am b ie n t e s • L av ar as e rv as e m á g u a l im p a e c orre n t e • O s b an h os rit u al í s t ic os , d e v e m s e r f e it os c om e rv as f re s c as , is t o é , n ã o s e d e m orar m u it o p a-ra u s á -l as , p ois o p ran a c on t id o n e l as , v ai s e d is p e rs an d o e p e rd e -s e o e f e it o d o b an h o • A q u an t id ad e d e e rv as , q u e irã o c om p or o b an h o , s ã o 1 ou 3 ou 5 ou 7 e rv as d if e re n t e s e af in s c om o t ip o d e b an h o. P or e x e m p l o, n u m b an h o d e d e f e s a, u s am os t rê s t ip od e d e e rv as ( g u in é , arru d a e al e c rim ) . • N ã o u s ar aq u e l e s b an h os p re p arad os e v e n d id os e m c as as d e art ig os re l ig ios os , j á q u e n or-m al m e n t e as e rv as j á e s t ã o s e c as , n ã o s e s ab e a p roc e d ê n c ia n e m a q u al id ad e d as e rv as , n e m s e s ab e e m q u e l u a f oi c ol h id a, al é m d e n ã o t e r s e rv e n t ia al g u m a, é ap e n as s u g e s t iv o o e f e it o. • A l g u n s b an h os , s ã o f e it os c om á g u a f ria e as p l an t as s ã o m as c e rad as c om as p ró p rias m ã os e s ó d e p ois , s e f or o c as o, ad ic ion ar u m p ou c o d e á g u a q u e n t e , p ara s u p ort ar a t e m p e rat u ra d a á g u a. • B an h os f e it os c om á g u a q u e n t e , d e v e m s e r f e it os p or m e io d a ab af aç ã o e n ã o f e rv im e n t o d a á g u a e e rv as , is t o é , e s q u e n t a-s e a á g u a, at é q u as e f e rv e r, ap ag u e o f og o, d e p os it e as e rv as e ab af e c om u m a t am p a, m an t e n h a e s t a im e rs ã o p or u n s 1 0 m in u t os an t e s d e u s ar. A l g u n s d iz e m q u e a á g u a q u e n t e n ã o é e f ic ie n t e p ara u m b an h o, m as e s q u e c e m q u e o e l e m e n t o F o-g o, t am b é m f az p art e d os rit u ais d e U m b an d a. A á g u a aq u e c id a “ ag it a” a m is t u ra, l ib e ran d o o p ran a d as e rv as . • A c e n d e r u m a v e l a p ara o an j o d e g u ard a e m an t e r-s e e m oraç ã o e c on c e n t raç ã o, j á q u e s e e s t á re al iz an d o u m rit u al . • O s b an h os d e v e m n ã o d e v e m s e r f e it os n as h oras ab e rt as d o d ia ( 0 6 h oras , 1 2 h oras ou m e i-o-d ia, 1 8 h oras e 2 4 h oras ou m e ia-n oit e ) , p ois as h oras ab e rt as s ã o h oras “ l iv re s ” on d e t od o o t ip o d e e n e rg ia “ c orre ” . S ó re al iz am os b an h os n e s t as h oras , n orm al m e n t e os d e s c arre g os c om e rv as , q u an d o u m a e n t id ad e s p re s c re v e r ( n orm al m e n t e u m e x u ) . • N ã o s e e n x u g ar, e s f re g an d o a t oal h a n o c orp o, ap e n as , re t ire o e x c e s s o d e u m id ad e , j á q u e o e s f re g ar c ria c arg as e l é t ric as ( e s t á t ic a) q u e p od e m an u l ar p art e ou t od o o b an h o.

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 1 3 Banhos Ritualísticos (continuação)

• E m b ora t od o o c orp o s e rá b an h ad o, a p art e d a f re n t e d o c orp o é q u e d e v e m os d ar m aior a-t e n ç ã o, j á q u e e s t ã o as “ p ort as ” d os c h ac ras , al é m d a p art e f ron t al p os s u ir u m a m aior p ol ari-d ad e p os it iv a, q u e t e m p rop rie d ad e s e l é t ric as d e at rair as e n e rg ias n e g at iv as e q u e s ã o e l im i-n ad as c om o b an h o, re c e b e n d o c arg a p os it iv a e ac e l e rad ora. • A p ó s o b an h o, é im p ort an t e s ab e r d e s f az e r-s e d os re s t os d as e rv as . A q u il o q u e f ic ou s ob re o n os s o c orp o, n ó s re t iram os e j u n t am os c om o q u e f ic ou n o c h ã o. C ol oc am os t u d o n u m s ac o p l á s t ic o e d e s p ac h am os aq u il o q u e é b iod e g rad á v e l , e m á g u a c orre n t e . A S E R V A S E O S O R I X Á S C om o j á f oi m e n c ion ad o, as e rv as t e m re l aç ã o d ire t a c om a v ib raç ã o d os O rix á s . T e m os al g u -m as e rv as c om os re s p e c t iv os O rix á s : O X A L Á A s t ro R e g e n t e : S ol E rv as : A rru d a, G u in é , A l e c rim , B ol d o ( t ap e t e d e O x al á ) , e t c . O X O S S I A s t ro R e g e n t e : V ê n u s E rv as : S ab u g u e iro, E rv a-d oc e , M al v aí s , e t c . O G U M A s t ro R e g e n t e : M art e E rv as : J u ru b e b a, E s p ad a d e O g u m , L os n a, e t c . X A N G Ô A s t ro R e g e n t e : J ú p it e r E rv as : L im ã o, A b ac at e , L í rio, P arre ira, e t c . O B A L U A Y Ê A s t ro R e g e n t e : S at u rn o E rv as : E u c al ip t o, B an an e ira, G u in é -P ip iu , e t c . Y E M A N J Á A s t ro R e g e n t e : L u a E rv as : P arip arob a, M an ac á , Q u it oc o, e t c . O X U M A s t ro R e g e n t e : M e rc ú rio E rv as : M an j e ric ã o, C ris â n t e m o, M oran g o, P it an g a, e t c . O U T R O S B A N H O S A l é m d e s t e s b an h os p re p arad os , p od e m os c on t ar c om ou t ros t ip os d e b an h os , q u e p o-d e m t e r al g u m e f e it o, d e p e n d e n d o d a m an e ira q u e os e n c are m os :

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 1 4 Banhos Ritualísticos (continuação)

B a n h o s N a t u r a i s

S ã o b an h os q u e re al iz am os e m s í t ios e n e rg é t ic os , on d e as e n e rg ias e s t ã o e m ab u n d â n -c ia. N e s t e c as o, n ã o p re c is am os e m n os p re oc u p ar e m n ã o m ol h ar os c h ac ras s u p e riore s ( c oron al e f ron t al ) , l oc al iz ad os n a c ab e ç a, é u m a ó t im a c h an c e d e n at u ral m e n t e t rat ar d a “ c oroa” , c l aro q u e s e e f e t u arm os e m l oc ais l iv re s d a p ol u iç ã o. D e n t re e l e s p od e m os d e s t ac ar : B an h os d e M ar Ó t im os p ara d e s c arre g o e p ara e n e rg iz aç ã o, p rin c ip al m e n t e s ob a v ib raç ã o d e Y e m an j á . P od e m os ir m ol h an d o os c h ac ras à m e d id a q u e v am os ad e n t ran d o n o m ar, p e d in d o l ic e n -ç a p ara o p ov o d o m ar e p ara M am ã e Y e m an j á . N o f in al , p od e m os d ar u m b om m e rg u l h o d e c a-b e ç a, im ag in an d o q u e e s t am os d e ix an d o t od as as im p u re z as e s p irit u ais e re c arre g an d o os c or-p os d e s u t is e n e rg ias . I d e al s e re al iz ad o e m m ar c om on d as e s ob o s ol . B an h os d e C ac h oe ira C om a m e s m a f u n ç ã o d o b an h o d e m ar, s ó q u e e x e c u t ad o e m á g u as d oc e s . A q u e d a d ’ á g u a p rov oc a u m e x c e l e n t e “ c h oq u e ” e m n os s o c orp o, re s t it u in d o as e n e rg ias , ao m e s m o t e m -p o q u e l im p am os t od a a n os s a al m a. S au d e m os , p ois M am ã e O x u m e t od o p ov o d ’ á g u a. I d e al s e t om ad o e m c ac h oe iras l oc al iz ad as p ró x im as d e m at as e s ob o s ol . B an h os d e rio e l ag oas T e m t am b é m g ran d e s p rop rie d ad e s , d e s d e q u e n ã o e s t e j am p ol u í d os . S au d e m os N an ã B u ru q u ê . B a n h o s a r t i f i c i a i s S ã o ó t im os t am b é m p ara l e v an t ar o b om â n im o d e q u al q u e r s e r, d e s d e q u e s e j am e n c a-rad os d e m an e ira re s p e it os a. P od e m s e rv ir c om o d e s c arre g os , re l ax an t e s , e s t im u l an t e s , e t c ., e m b ora n ã o p od e m os c on s id e rá -l os rit u al í s t ic os . B an h os d e c h u v e iros ou d u c h as S ã o e x c e l e n t e s , re s t it u e m a l e v e z a e t ran q ü il iz am . S e f ore m f rios , e s t im u l am , s e q u e n t e s , re l ax am . P od e -s e u s ar, s ab on e t e s n at u rais c om e rv as . B an h os d e b an h e ira S ã o e x c e l e n t e s p ara o re l ax am e n t o e d e s c arg a e n e rg é t ic a. S e u s arm os os s ais d e b an h o s ã o ó t im os re l ax an t e s . H id rom as s ag e n s s ã o t ran q ü il iz an t e s e f orn e c e m re n ov aç ã o p ara t od o o c orp o. C l aro q u e e s t e b an h o n ã o d e v e m os e f e t u ar e m l oc ais on d e o s e x o c orre “ s ol t o” , c om o m ot é is . O id e al é f az ê -l os n o p ró p rio l ar. B an h os T u rc os ou d e m an g u e ira S ã o b an h os re al iz ad os c om u m j at o p ot e n t e d e á g u a, n orm al m e n t e f rio. S ã o e s t im u l an t e s

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 1 5 Banhos Ritualísticos (continuação)

e t raz e m b om â n im o. A p ró p ria m an g u e ira d o q u in t al é ó t im a p ara e s t e t ip o d e b an h o, q u e t orn a at é u m a s ad ia b rin c ad e ira, e n v ol v e n d o ad u l t os e c rian ç as . B an h os d e p is c in as T am b é m s ã o ó t im os b an h os p ara re l ax am e n t o e re p aro d o â n im o d e q u al q u e r u m . S e a á g u a e s t iv e r q u e n t e , re l ax a, s e e s t iv e r f ria, e s t im u l a. C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S A p e s ar d o q u e t u d o q u e aq u i f oi e s c rit o, v al e l e m b rar q u e o as s u n t o p od e s e r ap rof u n d ad o e m v á rios as p e c t os . N ã o m e p re oc u p e i e m re c e it ar b an h os c om d e t e rm in ad as e rv as , p ois , is t o d e v e s e r f e it o p or p ais e m ã e s d e s an t o e e n t id ad e s , j á q u e e l e s t e m l arg a e x p e riê n c ia e m c ad a t ip o d e b an h o e s ab e m re c om e n d ar a m e l h or e rv as , o m e l h or m é t od o. A in t e n ç ã o f oi ap e n as d e m on s t rar a im p ort â n c ia q u e os b an h os t e m s ob re t od os n ó s , p rin -c ip al m e n t e p ara aq u e l e s q u e s ã o u m b an d is t as e p rat ic am e s t e s rit u ais . A l é m d e c riar n as m e n -t e s d aq u e l e s q u e s e j am ad e p t os d a U m b an d a, a c on s c iê n c ia d e q u e n ã o c u l t u am os u m a re l ig iã o f e t ic h is t a, m as u m a re l ig iã o q u e s ab e in t e g rar o e s p í rit o c om a p ró p ria n at u re z a e in d ire t am e n t e c om D e u s , c om os O rix á s e t od o o p l an o as t ral , p orq u e é is t o q u e e l e s q u e re m d e n ó s , q u e s e j a-m os l ib e rt os d as am arras d a m at é ria e n os v ol t e m os a E l e s d e m an e ira m ais n at u ral p os s í v e l . Q u al q u e r c rí t ic a s e rá m u it o b e m -v in d a, j á q u e n ã o t e n h o a p re t e n s ã o d e s ab e r t u d o, ap e -n as m e e s f orç o p ara d is t rib u ir o p ou c o c on h e c im e n t o q u e d e t e n h o. A g rad e ç o a t od a a e s p irit u al id ad e e m e s p e c ial D e u s , M e s t re J e s u s e m e u g u ia e P ai S e -n h or P e n a-B ran c a q u e d e u -m e u m “ g ran d e au x í l io” in t u it iv o n e s t a p e q u e n a d is s e rt aç ã o. *- E s t a p e q u e n a d is s e rt aç ã o p od e s e r u t il iz ad a, re p rod u z id a, d e s d e q u e n ã o s e al t e re o c on t e ú d o e in f orm e m a f on t e . h t t p : / / u m b an d a.c j b .n e t E d u ard o G om e s ( q u aru p @ g e oc it ie s .c om ) S an t o A n d ré , A g os t o d e 1 9 9 9 B I B L I O G R A F I A ( A l g u m as ob ras c on s u l t ad as ) R e z as – F ol h as , c h á s e R it u ais d os O rix á s – F e rn an d e s P ort u g al – C ol e ç ã o E s p irit u al is m o

I n t rod u ç ã o à U m b an d a – W il l iam C . d e O l iv e ira – C ol e ç ã o M u n d o E s ot é ric o U m b an d a – O E l o P e rd id o – F . R iv as N e t o – E d it ora Í c on e G u ia d o M é d iu m C u rad or O s S ac ram e n t os d e U m b an d a

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 1 6 T e m os q ue A g r ad e ce r . . .

N o d ia 1 3 d e ag os t o d e 2 0 0 6 , o T e m p l o E s p irit u al is t a A n it a Z ip p in , c as a d e c arid ad e q u e ab rig a c in c o ag ru p am e n t os d e U m b an d a f oi v í t im a d e in c ê n d io. O f og o c om e ç ou p or v ol t a d as 2 : 2 0 d a m an h ã e d e s t ru iu t ot al m e n t e as in s t al aç õ e s d o T e m p l o f u n d ad o e m 1 9 4 9 . D e s d e e s t e d ia, s e n t im os m u it a t ris t e z a e m u it as l á g rim as f oram d e rram ad as . N os p are -c e u q u e t í n h am os p e rd id o o c h ã o. N ã o c on s e g u í am os ac re d it ar n os e s c om b ros f e it os d e c in z as , q u e v í am os . A p e s ar d os 5 7 an os d e id ad e d o T e m p l o, n os ú l t im os d e z an os e l e f oi t ot al m e n t e re f orm a-d o, in c l u s iv e c om in s t al aç õ e s e l é t ric as n ov as . D e s c art o p rob l e m a e l é t ric o p orq u e n o d ia 1 2 ( s á b ad o) f u i o ú l t im o a s air e t e n h o c on v ic ç ã o d e q u e , c om o f aç o h ab it u al m e n t e , d e s l ig u e i a c h a-v e g e ral . O u v im os m u it as v e z e s o c om e n t á rio: al g u é m d e ix ou u m a v e l a ac e s a. D e s c art o is s o t am -b é m , p ois n os s o g ru p o ac e n d e as v e l as p ró x im as ao c on g al . E x is t e m p ou c as e x c e ç õ e s n e s s e s e n t id o, m as in d e p e n d e n t e d is s o, an t e s d o e n c e rram e n t o d os t rab al h os , t od as as v e l as s ã o ap a-g ad as . S e rá q u e al g u é m d e ix ou u m c h aru t o c om b ras a ac e s a n o l ix o? D e s c art o is s o p or c os t u -m arm os v e rif ic ar t u d o an t e s s air, f az e r a “ ron d a” c om o d iz u m am ig o. A l é m d is s o, h ou v e m u it o t e m p o d e c orrid o e n t re n os s a s aí d a ( p or v ol t a d e 1 1 h oras ) e in í c io d o f og o. O q u e s ob ra? A l g u m d e s at in o, ao q u al o m ot iv o n ã o m e im p ort a. C om o d iz e m os h ab it u al -m e n t e t u d o t e m u m a raz ã o d e s e r, c ab e a n ó s as s im il arm os a p an c ad a e s e g u ir e m f re n t e . S e h ou v e al g u m c au s ad or q u e ag iu d e l ib e rad am e n t e , s e u at o l h e t rará a c ol h e it a c orre s p on d e n t e . A c h o q u e t e m os q u e ag rad e c e r aos M e n t ore s e G u ias d e L u z q u e at u am n a c as a s ob a b an d e ira d a n os s a U m b an d a q u e rid a, p ois g raç as ao t rab al h o e x e m p l ar d os b om b e iros e a at u a-ç ã o d e l e s , o in c ê n d io d e s t ru iu ap e n as o T e m p l o. N e n h u m ou t ro im ó v e l ao re d or f oi p re j u d ic ad o. N in g u é m s e q u e r s e f e riu . S ou b e m os q u e , e m ap e n as u m b ar ao l ad o d o T e rre iro, h av ia 3 0 0 p e s -s oas . G raç as a D e u s e v it ou -s e u m a t rag é d ia. V id ros d e rre t e ram , m as o t e l h ad o e m p art e c om -p os t o d e p al h a d e ou t ro im ó v e l f e c h ad o d o l ad o e s q u e rd o d o T e rre iro, n ã o q u e im ou . A c h o q u e v ai d e m orar u m p ou c o, m as t e n h o m u it a e s p e ran ç a d e n u m a f u t u ra e d iç ã o e u p os s a e s c re v e r u m art ig o, c om p os t o s ó p or al e g rias , c on t an d o q u e n aq u e l e m e s m o l oc al t e m os n ov a c on s t ru ç ã o, f e it a p ara d u rar p e l o m e n os m ais 5 0 a-n os , on d e s e p os s a p rat ic ar a f é e a c arid ad e , c om s e rie d a-d e , d e d ic aç ã o e d e f orm a g ra-t u it a, c om o v í n h am os f az e n d o e c om o d e v e s e r.

P a u l o C . L . V i c e n t e

T e m p l o E s p i r i t u a l i s t a S o l e E s p e r a n ç a

T e m p l o E s p i r i t u a l i s t a A n i t a Z i p p i n - C u r i t i b a -P R

p au l oc l v ic e n t e @ g m ail .c om

F ot o p u b l ic ad a p e l o j orn al T rib u n a d o P aran á d e 1 4 / 0 8 / 2 0 0 6

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 1 7 Re p e nsand o a I ncor p or aç ã o no M e d iunism o

A s e s s ã o d e c arid ad e n o t e rre iro f oi m u it o p roc u rad a. V á rios c on s u l e n t e s c om d e s e q u il í -b rios s e x u ais , s e j a e x c e s s o ou au s ê n c ia d e in t e rc u rs o c om o s e x o s e m e l h an t e ou op os t o, a m ai-oria c om v am p iriz aç õ e s p or e s p í rit os d e n s os n o c h ac ra b á s ic o. G raç as a O x al á , s ou m é d iu m c on s c ie n t e . I s t o n ã o q u e r d iz e r q u e t e re i l e m b ran ç a d e t u d o q u e f oi d it o p e l a e n t id ad e q u an d o m e irrad iav a v ib rat oriam e n t e . É m e d ad o l e m b rar c om m ais v iv ac id ad e as p e c t os im p ort an t e s p ara o m e u ap re n d iz ad o ou p ara os t rab al h os q u e c on t in u arã o oc orre n d o à n oit e d u ran t e o s on o f í s ic o. N at u ral m e n t e , d e s d ob ram os p arc ial m e n t e n os s o c orp o as t ral d u ran t e a s e s s ã o d e c arid a-d e e c om p l e t am e n t e d u ran t e o s on o f í s ic o, d e p e n d e n d o d a e s p e c if ic id ad e d o t rab al h o e d a q u an -t id ad e d e f l u í d o v it al - as é – e c t op l as m a – q u e os g u ias n e c e s s it arã o d u ran t e a s e s s ã o. A n oit e , ap ó s a s e s s ã o, t iv e u m a e x p e riê n c ia g rat if ic an t e ...V ou c om p art il h ar... M e v i d e s d ob rad o, e m c orp o as t ral , n a b e ira d e u m rio.... N o m e io d e s t e rio d e á g u as c orre n t e s , f l u t u an d o, p om b a g ira d as á g u as d an ç a c om s u a v is t os a s aia v e rm e l h a, c ab e l os m ore n os s ol t os ao v e n t o, s orrin d o, rod a ao re d or d e s i e m m ov i-m e n t os p e c u l iare s , ob s e rv ad a p or d e c e n t e n as d e e s p í rit os h ip n ot iz ad os . R e s s oam in t e n s am e n t e os at ab aq u e s , m as n ad a e n s u rd e c e d or... A p re t a v e l h a V ov ó .... c h e g a e s e ac op l a n o m e u c orp o as t ral ... F ic o c om p l e t am e n t e d om in ad o n o m e n t al , n ã o s ou m ais e u , m as e s t ou c om p l e t am e n t e c on s c ie n t e , ou ç o e v e j o t u d o... P om b a g ira d as á g u as , u m e x u f e m in in o c ru z ad o c om m am ã e ox u m - á g u a d oc e - c h e g a p e rt o d an ç an d o... N ã o re c on h e c e , in ic ial m e n t e a p re t a v e l h a " e s c on d id a" e m m e u c orp o as t ral A p re t a d iz : s ab e q u e m f al a z i f ia, é V ov ó .... A p om b a g ira d as á g u as c h e g a at é a e n t id ad e g u ia, p ara d e d an ç ar, s e aj oe l h a, c om i-m e n s a re v e rê n c ia e re s p e it o, b e ij a as m ã os d a p re t a V ov ó ... A e n t id ad e q u e s e ap re s e n t a n a f orm a d e u m a p re t a v e l h a al is a os c ab e l os d e l a, n u m in d i-z í v e l am or, ac on c h e g an d o-a e m s e u c ol o rol iç o, d iz : - C on t in u a f il h a, c on t in u a c om a t u a d an ç a q u e os at ab aq u e s n ã o p araram ...C on t in u a aj u -d an d o os m an in h os d a T e rra a s e l iv rare m d as s u as c arg as d e l e t é rias p e l os s e u s d e s c on t rol e s s e x u ais ...T od os e l e s e s t iv e ram n a s e s s ã o d e s t a n oit e ( s e re f e rin d o a s e s s ã o d e c arid ad e n o t e r-re iro) . M os t raram -m e , c om a m aior c on s c iê n c ia q u e j á t iv e , u m a in c orp oraç ã o c om p l e t a e m d e s -d ob ram e n t o as t ral ... O m é d iu m n ã o p e rd e a c on s c iê n c ia, e s c u t a e ou v e t u d o, m as n ã o é d on o d o s e u m e n -t al ...É c om o u m g arot o e s c on d id o ac oc orad o n o c an t in h o d o c in e m a, n ã o p od e s e n t ar-s e n a p ol -t ron a...c om p re e n d e m ? S e n t e -s e a e n t id ad e , o ros t o s e re p u x a n u m e n v e l h e c im e n t o, a v oz f ic a rou c a q u al d os v e l h os e u m in d iz í v e l am or e b e m e s t ar s e in s t al a...A m or p e l os e s p í rit os d it os " m arg in ais " e aos

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 1 8 R e p e ns and o a I ncor p or ação no M e d iunis m o ( c o n t i n u a ç ã o )

f rac os e h ip ó c rit as d a T e rra...S e m j u l g am e n t os ....N e m s ab ia q u e e x is t ia e x u f e m in in o d e l im p e z a c ru z ad o c om á g u a d oc e ...p om b a g ira d as á g u as .... F iq u e i as s is t in d o aq u e l as c e n t e n as d e e s p í rit os d e s d ob rad os " h ip n ot iz ad os " ao s om d os at ab aq u e s ...n o c e n t ro d o rio a p om b a g ira d an ç an d o e c on f orm e e l e s e n t rav am n as á g u as c or-re n t e s n o s e u f l u x o e l as e s c u re c iam , f ic av am t u rv as d as im p u re z as d os d e s m an d os s e x u ais d os e n c arn ad os ....f oi u m a e x p e riê n c ia in e s q u e c í v e l ... L e m b ro q u e h ou v e v á rios c on s u l e n t e s c om p rob l e m as s e x u ais n a s e s s ã o d e c arid ad e d a n oit e ... F ic a a l iç ã o q u e o d e s d ob ram e n t o as t ral , t am b é m o in d u z id o p e l a ap om e t ria, p ois c on d i-c ion a os c orp os d o m é d iu m , n ã o in v al id a a " in c orp oraç ã o" . F ac il it a p ara a e n t id ad e n o p l an o as t ral . O q u e oc orre n o t e rre iro n a s e s s ã o é s ó u m a p on t in h a d a m on t an h a...C R E I O Q U E O C O N C E I T O D E D E S D O B R A M E N T O A S T R A L D E V E S E R C A D A V E Z M A I S D I F U N D I D O N O M E I O D A U M B A N D A ... T u d o is t o m u it o C O N S C I E N T E . V am os q u e b rar t ab u s ... A I N C O R P O R A Ç Ã O É C O M P L E T A E M D E S D O B R A M E N T O P O I S O C O R P O F Í S I C O É U M A B A R R E I R A E N E R G É T I C A P A R A A P L E N I T U D E D A M A N I F E S T A Ç Ã O Q U A N D O E S T A -M O S E M E S T A D O D E V I G Í L I A ... C L A R O , E S T O U F A L A N D O D E M É D I U N S N A A T U A L I D A D E , C O N S C I E N T E S ..... O m é d iu m d e s d ob rad o e in c orp orad o n o A s t ral p e l o g u ia d oa e c t op l as m a – f l u í d o v it al - at rav é s d o c ord ã o d e p rat a - t ê n u o l aç o q u e l ig a o c orp o as t ral ao d u p l o e t é re o - e d o d u p l o e t é -re o d e s l oc ad o. C om e s t a e n e rg ia, a f orç a m e n t al d e V ov ó ... m an t e v e t od o à q u e l e c e n á rio p l as -m ad o. O s at ab aq u e s , u m a v ib raç ã o s on ora p ró x im a d os e n c arn ad os , c riou p ot e n t e c am p o d e f orç a d e at raç ã o e re t e n ç ã o, op ort u n iz an d o u m a c on c h a as t ral q u e m an t e v e u n id os t od os os a-t e n d id os p e l o t e m p o n e c e s s á rio p ara a d e s c arg a... T od os d e s d ob rad os d u ran t e o s on o f í s ic o. D ois e s p í rit os c on d u z in d o os t rab al h os , u m a p re t a e u m a p om b a g ira... A o m e n os os q u e e u v i... E ram m u it os m ais ... C om c e rt e z a... N a u m b an d a, t u d o é e n e rg ia, t u d o s ã o v ib raç õ e s , t u d o é m ov im e n t o e s e e x p re s s am at ra-v é s d os orix á s n a n at u re z a t ran s m u t ad ora... N ã o é L I N D O O O O a B A N D A A A !

F rat e rn al m e n t e , Y u t om i * O C arav an e iro d o U m b ral . * E s p í rit o in d u -c h in ê s q u e ou t rora m u it o at u ou c om o g u ia b at e d or, p e l o f at o d e s e r p rof u n d o c o-n h e c e d or d a “ g e og raf ia” d as z on as t re v os as u m b ral in as . A u x il iav a as f al an g e s d a U m b an d a a s e m ov im e n t are m n e s t as re g iõ e s e m s u as in c u rs õ e s d e re s g at e o q u e o c re d e n c iou a t rab al h ar n os t e rre iros d a c ros t a e l ab oran d o rot e iros d e e x c u rs õ e s a e s t e s l oc ais . A t u al m e n t e s e e n c on t ra e n -c arn ad o.

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 1 9 M uitos V e m , A lg uns F icam , O utr os V ã o . . .

A U m b a n d a é u m a r e l i g i ã o q u e a c o l h e a t o d o s , n ã o f a z n e n h u m t i p o d e d i s t i n ç ã o e n t r e a s p e s s o a s q u e a t e n d e , e p o r c o n t a d i s t o a e n t r a d a d e p e s s o a s n a s c o r r e n t e s é u -m a c o i s a n o r m a l e c o n s t a n t e . A l g u m a s c a s a s t ê m c r i t é r i o s p a r a a c e i t a ç ã o d e n o v o s m e m b r o s , o u t r a s n ã o , m a s u m a c o i s a q u e n u n c a d e v e r i a s e r d e i x a d a d e l a d o , é o L i v r e A r b í t r i o d a s p e s s o a s . S o u t o t a l m e n t e c o n t r a o q u e a l g u n s d i r i g e n t e s f a z e m , s e m e a n d o o m e d o e m p e s -s o a s q u e “ t e m m e d i u n i d a d e ” . O u v i m o s m u i t a s e m u i t a s v e z e s e s t e s d i r i g e n t e s a f i r m a r e m c a t e g o r i c a m e n t e q u e o s p r o b l e m a s d a p e s s o a s ã o c a u s a d o s p o r s u a m e d i u n i d a d e “ n ã o d e s e n v o l v i d a ” , q u a s e q u e o b r i g a n d o o s e r a e n t r a r n a c o r r e n t e . O m e s m o o c o r r e q u a n d o u m a p e s s o a d e m o n s t r a o d e s e j o d e s e a f a s t a r d a c a s a , o n d e v e l a d a m e n t e e l a é l e v a d a a c r e r q u e s u a v i d a v a i “ d e s a n d a r ” p o r c u l p a d e s t a d e c i -s ã o . O a g r a v a n t e é o u s o d a E s p i r i t u a l i d a d e , d o s O r i x á s e d a s E n t i d a d e s , p a r a s e f a z e r e s t a s a m e a ç a s , c o m o s e f o s s e m e l e s o s r e s p o n s á v e i s p e l o s “ c a s t i g o s ” q u e o “ d e s i s t e n t e ” v a i s o f r e r d a l i e m d i a n t e . N ã o t e n h o c o m o a c r e d i t a r q u e E n t i d a d e s d e L u z , F o r ç a s p u r a s d a n a t u r e z a , v ã o d e a l g u m a f o r m a p r e j u d i c a r u m a p e s s o a a p e n a s p o r e l a t e r f e i t o u s o d e o s e u L i v r e A r b í t r i o , a o e s c o l h e r n ã o p a r t i c i p a r o u d e i x a r d e p a r t i c i p a r d e u m a c o r r e n t e d e U m b a n d a . L o g o e -l e s , q u e n o s e n s i n a m s e m p r e q u e o l i v r e a r b í t r i o é u m d i r e i t o q u e n o s f o i “ c o n c e d i d o ” p o r D e u s . E s t a ú l t i m a p a r t e d o t e x t o v a i d i r e t a m e n t e a o s d i r i g e n t e s e p a r a a q u e l e s q u e a s p i -r a m s e r e m d i r i g e n t e s u m d i a : S e r á q u e é v a l i d o t e r m o s e m n o s s a s c a s a s , p e s s o a s q u e a l i e s t e j a m a p e n a s p o r m e d o d e s e r e m “ c a s t i g a d o s ” p e l a s e n t i d a d e s , p o r p e n s a r e m q u e s u a v i d a v a i “ a n d a r p a r a t r á s ” s e n ã o d e s e n v o l v e r e m ? A U m b a n d a p r e c i s a s i m d e m é d i u n s q u e à a m e m , e q u e a p r a t i q u e m p o r c o n t a d e s t e a m o r , s ó a s s i m a s u a e s s ê n c i a s e r á m a n t i d a .

Marco Boeing A s s ociaç ã o E s p irit u al is t a Mens ageiros d e A ru and a

C u rit ib a-P R m a r c o @ i c s . c u r i t i b a . o r g . b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 20 F aland o um P ouco S ob r e U m b and a

E s t e art ig o t rat a s ob re : - A s s e t e l i n h a s d a U m b a n d a : o s o r i x á s e a l g u m a s d e s u a s c a r a c t e r í s t i c a s - A s f o r m a s d e a p r e s e n t a ç õ e s d o s e s p í r i t o s n a U m b a n d a - C o i s a s m a t e r i a i s u t i l i z a d a s n o t r a b a l h o d a U m b a n d a

* * * O q u e c h am am os d e A s s e t e l in h as d a U m b an d a s ã o s e t e p ad rõ e s d e v ib raç õ e s d if e re n -t e s . A U m b an d a t rab al h a c om u m a f aix a d e e n e rg ia q u e é s u b -d iv id id a e m s e t e . O s e s p í rit os d a U m b an d a t rab al h am , p ort an t o, c om s e t e t ip os d e e n e rg ias d if e re n t e s . O q u e c h am am os d e orix á s s ã o os n om e s d as e n e rg ias . N ã o e x is t e u m e s p í rit o X an g ô , m as u m g ru p o d e e s p í rit os t rab al h an d o c om u m a d e t e rm in ad a f aix a e n e rg é t ic a q u e c h am am os d e X an g ô . D a m e s m a f orm a, Y e m an j á n ã o é u m e s p í rit o. S e c on c e b e rm os u m e s p í rit o c om o Y e m an j á e s t am os c rian d o id ol at ria. E m al g u n s c e n t ros e x is t e u m a f ig u raç ã o. I s s o n ã o e s t á c e rt o ou e rrad o. M as v oc ê n ã o p o-d e ac h ar q u e Y e m an j á s e j a u m e s p í rit o. A e n e rg ia s e c h am a Y e m an j á . E a im ag e m d e l a e m u m c e n t ro é u m re s e rv at ó rio d e e n e rg ia. O s e s p í rit os d a U m b an d a s ã o os P re t os -v e l h os , os e x u s , as c rian ç as , os í n d ios e t c ., m as e l e s n ã o p od e m s e r c on f u n d id os c om os O rix á s , c om as e n e rg ias . F al are m os d e p ois d as e n t id a-d e s e d e s u as p os t u ras . V am os v e r ag ora c ad a u m a d as e n e rg ias : O x al á – É u m a e n e rg ia e n ã o D e u s ou J e s u s . O x al á é u m a f aix a d e e n e rg ia e e x is t e u m a f al an g e d e e s p í rit os q u e t rab al h a c om e s s a d e t e rm in ad a f aix a d e e n e rg ia. E s t a é a e n e rg ia m ais p u ra d e n t ro d a U m b an d a. É a e n e rg ia p ara a l ig aç ã o c om D e u s at rav é s d a F é . V am os e n t e n d e r c om o u m t rab al h ad or d a U m b an d a t rab al h a c om e s s a e n e rg ia. Q u an d o a s u a F é e s t á ab al ad a, u m d os e s p í rit os d e s s a f al an g e s ai c orre n d o p ara o s e u at e n d im e n t o. E e l e ag e p ara re f orç ar a s u a F é , a s u a l ig aç ã o c om D e u s . P od e m os d iz e r q u e u m e s p í rit o e s p e c ial iz ad o n e s s a e n e rg ia p e rt e n c e à f al an g e d e O x al á . S ã o aq u e l e s q u e v e m c orre n d o q u an d o t oc a e s t e t ip o d e " al arm e " . Y e m an j á – É u m a e n e rg ia d e " d e s f l u id if ic aç ã o" , ou s e j a, p ara p u rif ic ar o s e u s of rim e n t o. V am os e x e m p l if ic ar m e l h or. Q u an d o v oc ê f ic a n e rv os o, v e m u m f al an g e iro d e Y e m an j á p ara t ran s f orm ar o s e u n e rv os is m o e m u m a ap are n t e c al m a. É u m a l im p e z a " f in a" q u e e s s e t rab al h a-d or f az . E l e n ã o é u m E x u , ap e s ar d a m aioria d os E x u s t rab al h ar c om a e n e rg ia q u e c h am am os d e Y e m an j á . O x os s i – É u m a e n e rg ia p ara t raz e r C orag e m . P or is s o s e d iz : " Q u an d o f al t a c orag e m , c h am a O x os s i! " . M as n ã o é c h am ar u m e s p í rit o c h am ad o O x os s i. O u s e j a, e s t á p e d in d o p ara o t rab al h ad or e s p irit u al t raz e r a e n e rg ia q u e t e d ará c orag e m p ara v iv e r o s e u c arm a. O x u m – É u m a e n e rg ia s e n t im e n t al . P ara v oc ê n ã o s of re r c om os f il h os , c om as am iz a-d e s , p ara c u id ar d a l ig aç ã o s e n t im e n t al c om os s e re s h u m an os u t il iz a-s e e s s a e n e rg ia. Y an s â – V oc ê s d iz e m q u e é a s e n h ora d os raios . E p or q u ê ? P orq u e e s s a e n e rg ia é u s a-d a p ara aj u d ar d u ran t e as t e m p e s t ad e s d a v id a. Q u an d o v oc ê e s t iv e r e m u m s of rim e n t o g ran d e ,

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 21 F aland o um P ouco S ob r e U m b and a (continuação)

p ara e n f re n t ar a " t e m p e s t ad e " n e c e s s it ará d e s s a e n e rg ia. X an g ô – É a e n e rg ia d a L e i d o c arm a. Q u an d o v oc ê s e re v ol t a c om o q u e e s t á ac on t e c e n -d o, q u an d o n ã o ac e it a o q u e e s t á e s c rit o n o s e u " l iv ro d a v id a" , p re c is a d e s s a e n e rg ia. O g u m – É a e n e rg ia d o am or, ou s e j a, o c u m p rim e n t o d a l e i d e D e u s . E n t e n d e ram o q u e s ã o os orix á s ? N ã o e x is t e u m e s p í rit o c h am ad o Y e m an j á . O q u e e x is t e é u m a d e t e rm in ad a e n e rg ia q u e v oc ê s re c on h e c e m c om o Y e m an j á e u m g ru p o d e e s p í rit os q u e s ab e m an ip u l ar e s s a d e t e rm in ad a e n e rg ia. D aí p od e rm os f al ar q u e s ã o e s p í rit os d a f al an g e d e Y e m an j á , p ois s ã o e s p í rit os q u e t rab al h am c om e s s a e n e rg ia. * * * A s f o r m a s d e a p r e s e n t a ç õ e s d o s e s p í r i t o s n a U m b a n d a E n t e n d e n d o o q u e s ã o os O rix á s , p od e m os f al ar d as ap re s e n t aç õ e s d os e s p í rit os p ara v oc ê s . O s e s p í rit os d a U m b an d a t rab al h am c om u m a d e s s as s e t e e n e rg ias . C om o p re t o-v e l h o, p or e x e m p l o, e u p os s o t rab al h ar c om as s e t e . E u , c om o P re t o-v e l h o, n ã o e s t ou l ig ad o a n e n h u -m a d e l as , as s im c om o o E x u n ã o e s t á l ig ad o a n e n h u m a d e l as e n e m as C rian ç as . O s orix á s s ã o f aix as e n e rg é t ic as , c om u m c om d e t e rm in ad a am p l it u d e e v e l oc id ad e . J á o P re t o-V e l h o é u m a d as p os t u ras q u e o e s p í rit o t om a p ara o t rab al h o m e d iú n ic o. A s s im , o P re t o-V e l h o é u m t rab a-l h ad or d a U m b an d a e n ã o d e u m d e t e rm in ad o O rix á . P or e x e m p l o, e u p os s o e s t ar c on v e rs an d o c om u m c on s u l e n t e e c om e l e u s o a e n e rg ia d e Y e m an j á . C om u m ou t ro c on s u l e n t e e u " c h am o O x os s i" , ou s e j a, n ã o c h am o u m e s p í rit o c h am ad o O x os s i, m as u s o e s s a d e t e rm in ad a e n e rg ia q u e s e c h am a O x os s i. I s s o é im p ort an t e d e ix ar c l aro. U m a c ois a é a f aix a e n e rg é t ic a e ou t ra a p os t u ra d o e s p í ri-t o. A s s im , ao m e s m o t e m p o e m q u e e s t ou f az e n d o a " p al h aç ad a" ( c on v e rs an d o c om u m c on s u -l e n t e ) , e s t ou t rab al h an d o e n e rg e t ic am e n t e n e l e c om u m a d e t e rm in ad a f aix a d e e n e rg ia. N ã o im p ort a a p os t u ra ( P re t o-V e l h o, Í n d io, E x u , C rian ç a e t c .) , o e s p í rit o p od e u s ar a e n e r-g ia d e q u al q u e r f aix a. É p re c is o d e ix ar c l aro q u e a p os t u ra é u m " t e at ro" . A p os t u ra é d o c orp o e n ã o d o e s p í rit o. P re t o-v e l h o é s im p l e s m e n t e u m a p os t u ra q u e o e s p í rit o t om a. O s v id e n t e s e n -x e rg am aq u i u m P re t o-V e l h o, m as e u n ã o m e s in t o u m P re t o-V e l h o. A im ag e m n ã o e s t á n o e s p í -rit o, m as s e f orm a n o s e u c é re b ro ou n o s e u e g o. T u d o o q u e v oc ê v ê é o q u e o s e u e g o d e c od i-f ic a, p ois a im ag e m n ã o e s t á n o e s p í rit o. A f orm a é c riad a n o s e u e g o e n ã o e x t e rn am e n t e . E u m e ap rox im o d o m é d iu m e t rab al h o u s an d o d e t e rm in ad a p os t u ra. S e n d o u m e s p í rit o d a f al an g e u m b an d is t a, e u p os s o v ir c om o Í n d io, c om o P re t o-V e l h o ou c om o E x u . S ã o as f orm as q u e s e u e g o v ai d e c od if ic ar, p ois o e s p í rit o c on t in u a s e n d o o m e s m o. E d a m e s m a f orm a q u e a p os t u ra p od e m u d ar, p os s o t am b é m m u d ar a e n e rg ia q u e v ou u t il iz ar c om o c on s u l e n t e . M as é im p ort an t e s ab e r q u e o e g o n ã o q u e r t e e n g an ar. E l e q u e r c riar u m a p rov a p ara v oc ê . E l e c ria u m a im ag e m il u s ó ria c om u m ob j e t iv o e s p e c if ic o: d ar a v oc ê u m a op ort u n id ad e d e am ar in c on d i-c ion al m e n t e , s e m ac re d it ar n o q u e v oc ê e s t á v e n d o. S ab e n d o d is s o, v oc ê s n ã o v ã o m ais f al ar q u e t od os os e s p í rit os q u e s e m an if e s t am c om o Í n d ios s ã o d e O x os s i. I s s o é il u s ã o. T e m Í n d io q u e t rab al h a c om a e n e rg ia Y e m an j á ou ou t ra q u al q u e r. J á é h ora d e v oc ê s re c on h e c e re m n ã o s ó a f orm a, m as a e n e rg ia u t il iz ad a. E d e ix e m

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 22 F aland o um P ouco S ob r e U m b and a (continuação)

d e f al ar " e s s e é u m C ab oc l o d a l in h a d e og u m " , p ois is s o n ã o e x is t e . V ou d ar m ais u m e x e m p l o. D e n t ro d a p os t u ra P ai J oaq u im d e A ru an d a t e m e s p í rit os q u e v ã o s e ad e q u ar a u m a l in h a e n e rg é t ic a ou ou t ra. A s s im , e l e p od e s e r c h am ad o, p re f e re n c ial m e n -t e , n o t rat am e n t o d aq u e l e s q u e p re c is am d aq u e l a d e t e rm in ad a e n e rg ia. O u s e j a, e l e p od e s e a-d e q u ar m e l h or a u m a ou ou t ra, m as e l e e s t á c ap ac it ad o p ara t rab al h ar c om t od as as s e t e e n e rg i-as d a f aix a d a U m b an d a. I s s o é a U m b an d a. U m ag ru p am e n t o d e e s p í rit os q u e t rab al h am c om d e t e rm in ad as f aix as d e e n e rg ia e c om d e t e rm in ad as p os t u ras . É is s o o q u e ac on t e c e n o as t ral , n ã o im p ort an d o a f or-m a ou p ad rõ e s q u e os s e re s h u m an iz ad os c riam n a t e rra. O s e s p í rit os d a U m b an d a s ã o e s p í ri-t os s oc orris t as q u e t rab al h am c om u m a d e t e rm in ad a f aix a e n e rg é t ic a, d e f in id a p or D e u s . E s s a é a e s s ê n c ia d a U m b an d a. N o n ov o t e m p o, n a t e rra re g e n e rad a, as re l ig iõ e s t e rre s t re s v ã o ac ab ar. N o as t ral , a u m -b an d a c on t in u ará a t rab al h ar c om a m e s m a f aix a, m as d e u m a f orm a d if e re n t e n a t e rra. A m e s -m a c ois a ac on t e c e rá c om as d e m ais re l ig iõ e s . * * * C o i s a s m a t e r i a i s u t i l i z a d a s n o t r a b a l h o d a U m b a n d a A U m b an d a é u m a re l ig iã o e s p irit u al , m as q u e p os s u i re f l e x os n o m u n d o m at e rial . E a p os t u ra é u m a d as c ois as m at e riais d a re l ig iã o U m b an d a. V am os f al ar d is s o u m p ou c o, d as c oi-s as m at e riais u t il iz ad as n o t rab al h o d a U m b ad a: 1 – a p os t u ra d o m é d iu m . J á f al am os u m p ou c o e v am os , n a p ró x im a p al e s t ra, d e t al h ar c ad a u m a d as p os t u ras u t il iz ad as n a U m b an d a. 2 – a m ú s ic a. U s a-s e m ú s ic a, c an t ad a ou c om at ab aq u e , p orq u e a m ú s ic a l h e d e ix a c o-n h e c e r o rit m o d a e n e rg ia q u e e s t á s e n d o t rab al h ad a n aq u e l e m om e n t o. P or e x e m p l o, u m a m ú -s ic a m ais c al m a l h e s u g e re q u e v oc ê e s t á s e c on e c t an d o c om u m a e n e rg ia d e d e t e rm in ad a am -p l it u d e e v e l oc id ad e ; J á u m a m ú s ic a rá p id a, c om u m a e n e rg ia c on t rá ria. A m ú s ic a n ã o é s om , é u m a c riaç ã o d o e g o. A m ú s ic a n ã o é a e n e rg ia, m as e l a p od e l h e aj u d ar a c om p re e n d e r q u e e n e rg ia e s t á v ib ran d o aq u i, n e s s e e x at o m om e n t o. U m a m ú s ic a m ais s u av e p od e e s t ar l ig ad a a u m a e n e rg ia m ais s e n t im e n t al , e n q u an t o u m a m ú s ic a c om at ab aq u e s , a u m a e n e rg ia m ais v ol t ad a p ara a c orag e m , p or e x e m p l o. A m ú s ic a ap e n as m arc a u m rit m o e aj u d a v oc ê a s e orie n t ar p or e l a. E l a ap e n as d á o rit m o, m as v oc ê , s e q u is e r, e n t ra n e l e ou n ã o. A m ú s ic a v ai l h e s u g e rir u m rit m o p ara v oc ê s e c oad u n ar c om a e n e rg ia q u e e s t á aq u i. P od e m os d iz e r q u e a m u s ic a é u m a in t e rp re t aç ã o q u e o e g o t e f orn e c e d a e n e rg ia q u e e s t á v ib ran d o ag ora n o c e n t ro. A m ú s ic a n ã o c h am a a e n t id ad e , e l a ap e n as m os t ra a f aix a d e on d a p ara os e s p í rit os , m os t ra o p ad rã o v ib rac ion al q u e e s t á e x is t in d o ag ora. P or is s o a m ú s ic a n ã o c h am a, e l a m os t ra o q u e e s t á ac on t e c e n d o. O e s p í rit o p od e ac h ar q u e ao t oc ar u m a d e t e rm in ad a m ú s ic a e s t á n a h ora d e l e e n t rar. E l e p od e at é ac re d it ar, m as n ã o é is s o q u e e s t á ac on t e c e n d o. V oc ê é q u e n ã o p od e ac re d it ar q u e e l e e s t á s e n d o c h am ad o p or c au s a d a m ú s ic a. S e e l e s e s e n t e c h am ad o, é c riaç ã o d o e g o d e l e . E l e p od e ac h ar q u e aq u e l e p on t o é p ara c h am á -l o, m as n ã o é is s o. N ã o p o-

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 23 F aland o um P ouco S ob r e U m b and a (continuação)

d e m os t rab al h ar a il u s ã o d o ou t ro c om o re al id ad e p ara n ó s . P or e x e m p l o, n in g u é m b at e p ara c h am ar J oaq u im d e A ru an d a, m as p ara m os t rar u m a e -n e rg ia. E u s ab e n d o q u e aq u e l a é m in h a h ora d e e n t rar, e n t ro. S ó is s o. 3 – rou p a b ran c a. P orq u e s e u s a rou p a b ran c a n o t rab al h o d e U m b an d a? S ó p ara s e p arar o m é d iu m d o c on s u l e n t e . A c or d a rou p a n ã o v ai in f l u e n c iar n o t rab al h o. E u e s t ou f al an d o d e u -m a c ois a d if e re n t e d o q u e s e d iz n os c e n t ros d e u m b an d a, m as n ã o e s t ou d iz e n d o q u e is s o e s t á c e rt o ou e rrad o. N ã o é p ara n in g u é m p ad ron iz ar o q u e e u e s t ou d iz e n d o. E u n ã o e s t ou d it an d o re g ra. Q u an d o s e p ad ron iz a q u al q u e r c ois a, c ria-s e u m n ov o c e rt o e e rrad o. O p rob l e m a é ac h ar q u e is s o é o c e rt o e aq u il o o e rrad o. O m at e rial n ã o in t e rf e re n o t rab al h o e s p irit u al . 4 – A s im ag e n s – s ã o ap e n as d e p ó s it os d e e n e rg ia. V oc ê s e n x e rg am im ag e m , m as s ã o re s e rv at ó rios on d e s e g u ard a e n e rg ia d e u m a d e t e rm in ad a v ib raç ã o. A c ac h aç a, o c ig arro ou o c h aru t o t am b é m . S e u e g o d e c od if ic a u m a d e t e rm in ad a v ib raç ã o c om o c ac h aç a ou c ig arro. M as o e n c arn ad o n ã o s ab e m an ip u l ar a e n e rg ia d o c ig arro, p or e x e m p l o. O e n c arn ad o f u m a, n ã o o e s p í rit o. E s t e m an ip u l a u m a d e t e rm in ad a e n e rg ia q u e o s e u e g o e s t á v e n d o n a f orm a d e c ig arro. 5 – A s g u ias . E l as s e rv e m p ara c ol oc ar o e s p í rit o e m s in t on ia c om u m a d e t e rm in ad a e n e r-g ia. E s s e s m at e riais s ã o im p re s c in d í v e is n o t rab al h o d e U m b an d a? N ã o. M as s e t iv e r p ré -p rog ram ad o q u e v ai u s ar, s e rá u s ad o. S e n ã o t iv e r, n ã o v ai. C om o j á f oi d it o, n ã o e x is t e o c e rt o e o e rrad o. C ad a t rab al h o u m b an d is t a s e rá f e it o d a f orm a q u e t iv e r q u e s e r f e it o, c om ou s e m rit u -al . M as a e s s ê n c ia s e rá s e m p re a m e s m a. I s s o é o im p ort an t e . t ran s c riç ã o d o s e g u n d o d ia d e p al e s t ras s ob re a U m b an d a re al iz ad a p e l o e s p í rit o p ai J oaq u im d e A ru an d a, n a O N G C í rc u l o d e S ã o F ran c is c o. P al e s t ra re al iz ad a e m f e v e re iro d e 2 0 0 6 .

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 24 V ocê te m E x p e r iê ncia ?

Num processo de seleção da Volkswagen, os candidatos deveriam responder a seguinte per-gunta: " Você tem ex periê ncia? " A redação ab aix o f oi desenvolvida por um dos candidatos.

E le f oi aprovado e seu tex to está f az endo sucesso, e ele com certez a será sempre lemb ra-do por sua criatividade, sua poesia, e acima de tudo por sua alma:

J á f iz cosq uinh a na minh a irmã só pra ela parar de ch orar, J á me q ueimei b rincando com vela. J á f iz b ola de ch iclete e meleq uei todo o rosto,

J á conversei com o espelh o, e até j á b rinq uei de ser b rux o.

J á q uis ser astronauta, violonista, má gico, caçador e trapez ista. J á me escondi atrá s da cortina e esq ueci os pé s pra f ora. J á passei trote por telef one.

J á tomei b anh o de ch uva e acab ei me viciando. J á roub ei b eij o. J á conf undi sentimentos. P eguei atalh o errado e continuo andando pelo desconh ecido. J á raspei o f undo da panela de arroz carreteiro, J á me cortei f az endo a b arb a apressado,

J á ch orei ouvindo mú sica no ô nib us. J á tentei esq uecer algumas pessoas, mas descob ri q ue essas são as mais dif í ceis de se esq uecer.

J á sub i escondido no telh ado pra tentar pegar estrelas, J á sub i em á rvore pra roub ar f ruta, J á caí da escada de b unda.

J á f iz j uras eternas, J á escrevi no muro da escola, J á ch orei sentado no ch ão do b anh eiro,

J á f ugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante. J á corri pra não deix ar algué m ch orando,

J á f iq uei soz inh o no meio de mil pessoas sentindo f alta de uma só .

J á vi pô r-do-sol cor-de-rosa e alaranj ado, J á me j oguei na piscina sem vontade de voltar, J á b eb i uí sq ue até sentir dormentes os meus lá b ios,

J á olh ei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.

J á senti medo do escuro, J á tremi de nervoso, J á q uase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de algué m especial.

J á acordei no meio da noite e f iq uei com medo de levantar.

J á apostei em correr descalço na rua, J á gritei de f elicidade, J á roub ei rosas num enorme j ardim. J á me apaix onei e ach ei q ue era para sempre, mas sempre era um " para sempre" pela metade.

J á deitei na grama de madrugada e vi a L ua virar S ol,

J á ch orei por ver amigos partindo, mas descob ri q ue logo ch egam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem raz ão. F oram tantas coisas f eitas, momentos f otograf ados pelas lentes da emoção,

guardados num b aú , ch amado coração.

E agora um f ormulá rio me interroga, me encosta na parede e grita: " Q ual sua ex periê ncia? " . E ssa pergunta ecoa no meu cé reb ro: ex periê ncia. . . ex periê ncia. . . S erá q ue ser " plantador de sorrisos" é uma b oa ex periê ncia?

Não! T alvez eles não saib am ainda colh er sonh os! A gora gostaria de indagar uma peq uena coisa para q uem f ormulou esta pergunta: " E x periê ncia?

Q uem a tem, se a todo momento tudo se renova? "

E v i a d o p o r N o r b e r t o P e i x o t o C h o u p a n a d o C a b o c l o P e r y

P o r t o A l e g r e - R S n orp e @ p ort ow e b .c om .b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 25 T r ib uto a N atur e z a

M e u I n t í m o re v e rê n c ia f ol h as , f l ore s , f ru t os , t ron c os , c au l e s e raiz e s . T u d o n a N at u re z a é u m a f e s t a d e m at iz e s . M u s g os , re u v as , g ram as , l in q u e s . P e rol ad os e orv al h os , I n t e rn e c e m o m e u S E R O h ! Q u e n e f av ia s e n s aç ã o. M e u I n t im o ag rad e c e aos O R I S H A S D A C R I A Ç Ã O . Z e l y C a r d o s o

I n i c i a d a d o T e m p l o E s p i r i t u a l i s t a V o v ó C a m b i n d a t e m p l oc am b in d a@ y ah oo.c om .b r L ouv aç ã o aos O g ã s

" A h , c om o é l in d o o b at u q u e d o T am b or A h , c om o é l in d o o b at u q u e d o T am b or N a U m b an d a l in d a d e N os s o S e n h or N a U m b an d a l in d a d e N os s o S e n h or É a m e n s ag e m q u e e n al t e c e os O rix á s É a oraç ã o q u e e l e v o ao s e n h or É a v ib raç ã o q u e n os f az in c orp orar S e m b at u q u e n a u m b an d a N ã o s e p od e t rab al h ar E u n ã o s ab ia, m as ag ora ap re n d i Q u e o c an t o f az a g ira d e U m b an d a Q u e m c an t a, e n c an t a a v id a d os O rix á s É u m a b e n ç ã o, d iv in a q u e e m an a m u it a p az " . ( A u t or D e s c on h e c id o) F on t e : S it e O ru n A n an d a E n v i a d o p o r S a n d r o C . M a t t o s

O g ã A l a b ê d a A P E U - A s s o c i a ç ã o d e P e s q u i s a s E s p i r i t u a i s U b a t u b a - S . P a u l o / S P

s c m -b i o @ b o l . c o m . b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 20 0 6 P á g ina 26 U m P r e to-v e lho “ Baix a” no C e ntr o E sp ír ita

" D ando iní cio a uma destas reuniõ es mediú nicas num centro espí rita , f oi f eita a prece a ab er-tura por um dos presentes. I niciando-se as manif estaçõ es, peq uenas mensagens de consolo e apoio f oram dadas pelos desencarnados aos memb ros da reunião. Q uando se ab riu o espaço destinado à comunicação de E spí ritos necessitados, ocorreu o inesperado, a mé dium L etí cia f ica sob a inf luê ncia de um E spí rito. . .

O dirigente S r. A ntenor, como sempre f ez nos seus vinte anos de prá tica espí rita, deu-lh es as b oas-vindas, em nome de J esus: - S ej a b em-vindo, meu irmão, nesta casa de caridade.

O espí rito respondeu: - B oa noite f io. S uncê me dá licença pra eu me aprox ima de seus trab aios, f io?

- C laro, meu companh eiro, nosso centro espí rita está ab erto a todos os q ue desej am progredir ( respondeu o dirigente da mesa) . T odos os presentes perceb eram q ue a entidade comunicante era um P reto-Velh o. A entidade continuou: - Vó s mecê não tem ai uma b eb ida pra eu b eb ê , f io?

- Não, não temos. Você precisa se lib ertar destes costumes q ue traz dos terreiros, q ue é o de ingerir b eb idas alcoó licas. O espí rito precisa evoluir – disse-lh e o S r. A nestor.

- Vó smecê , num tem ai um pito? T o com vontade de pita um cigarrinh o, f io. - O ra meu irmão, você deve deix ar o mais b reve possí vel este h á b ito adq uirido nas prá ticas de terreiro, se é q ue q ueres progredir. Q ue b enef í cios traria isso a você ?

O P reto-Velh o respondeu: - P reto Veio gosto muito de suas f alas, mas suncê e mais alguns dos mé diuns não f az uso do cigarro, f io? S uncê mesmo num toma suas b eb idinh as nos f inar de se-mana? Vó s mecê pode me ex plica a dif erença q ue tem o seu E spí rito q ue b eb erica wh isky do meu E spí rito q ue q uer b eb er aq ui dentro? O u ex plica pra mim, a dif erença do cigarrinh o q ue suncê s f uma na rua, daq uele q ue eu q uero pita aq ui dentro?

S r. A nestor não pô de ex plicar, mas resolveu arriscar : - O ra, meu amigo, nó s estamos num templo espí rita é preciso respeitar os trab alh o de J esus.

F io, ou se suncê pref eri. . . C aro dirigente, na escola espiritual da q ual f aço parte, temos a-prendido q ue o verdadeiro templo não se constitui nas q uatro paredes a q ue ch amais centro espí rita. P ara nó s, estudiosos da alma, o templo da verdade é o do E spí rito. E é ele q ue está sendo prof ana-do com o uso do á lcool e do f umo, como vê m procedendo os senh ores. Vosso ex emplo na socieda-de, perante os estranh os e mesmo seus f amiliares, não tem sido dos melh ores. O h á b ito, mesmo so-cial, de b eb er e f umar deve ser comb atido por todos os q ue trab alh am na terra em nome do C risto. A lição do pró prio comportamento é f undamental na vida de q uem q uer ensinar.

H ouve grande silencio diante de tal argumentação segura. P ouco depois, o E spí rito continu-ou: - S uncê me adescurpa a visitação q ue f iz h oj e, e o tempo q ue tomei do seu trab aio. Vou-me em-b ora pra donde vim, mas antes, f io, q ueria deix a a suncê is um conseio: q ue tomem cuidado com su-as ob ras, pois, como diria Nosso S inh ô , tem gente coando mosq uito e engolindo camelos. C uidado irmãos, muito cuidado. P reto-Vé io deix a a todos um pouco da paz q ue vem de D eus. F icam meus sinceros votos de progresso a todos os q ue militem nesta respeitá vel S eara.

D ado o conselh o, af astou-se para o mundo invisí vel. D r. A nertor ainda q uis perguntar-lh e o porq ue de f alar " daq uela f orma" , mas não h ouve resposta. No ar f icou um prof undo silê ncio, uma f ina sensação de paz e uma importante lição para todos meditarem. "

( I sso aconteceu na C asa E spí rita S eara B endita e f oi repassada por uma das mé diuns presentes)

Eviado por Norberto Peixoto - C h ou pan a do C aboc l o Pery - Porto A l eg re - R S [email protected]

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 2 7 Ferramentas Espirituais

U ma das g r av es p r ob lemá ti c as da h u mani dade é a u ti li z aç ã o de dr og as . D as dr og as p es adas , c omo h er oí na e c oc aí na, à s dr og as s oc i almente ac ei tas , c omo á lc o-ol e f u mo, nã o menos danos as . D r og as q u e g er am dep endê nc i a e u m s em nú mer o de ou tr as di f i c u ldades ao c or p o e ao es p í r i to. A q u es tã o toma c onta dos lar es e é p os s í v el q u e mu i tos de nó s nã o u ti li z emos nenh u ma das enu mer adas . M as , é mu i to c er to q u e alg u ns u s emos anti dep r es s i v os , s oní f er os e es ti mu lantes p ar a es -tar mos b em h u mor ados . D r og as p ar a emag r ec er , p ar a es ti mu lar a li b i do, p ar a dar eu f or i a. S e des ej ar mos er r adi c ar o p r ob lema do mu ndo, dev emos i ni c i ar p or nó s . C omo? C ome-ç ando. P ar a i s s o, alg u ns i tens nos p odem s er v i r de f er r amentas : Primeiro : f aç amos u ma li s ta dos nos s os v í c i os e a c oloq u emos no es p elh o, p ar a di ar i a-mente olh ar e ler . P or ex emp lo: eu g os to de tomar s u b s tâ nc i a alc oó li c a; ou ai nda: g os to de f u mar . N es ta s emana v ou tr ab alh ar p ela mi nh a s aú de. A í , i ni c i emos o tr ab alh o ter ap ê u ti c o. R ac i oc i nemos : S ou u ma p es s oa de c ons c i ê nc i a. N ã o v ou g as tar p ar a me matar de manei r a dolor os a. O c i g ar r o c au s a c â nc er es na b oc a, no ap ar elh o r es p i r ató r i o e no ap ar elh o di g es ti v o. O á lc ool p r odu z deg ener es c ê nc i a do ap ar elh o di g es ti v o, do p â nc r eas , dos p u lmõ es , do f í g ado. A lu c i na. E u s ou i nteli g ente. N ã o v ou u s ar . C ada s emana tr ab alh a-s e u m v í c i o. U m de c ada v ez . S eg u n d o : af i r memos - " eu me amo" . S e eu me amo, z elo p or mi m. P or i s s o, dev o me melh or ar a c ada di a. P r eoc u p emo-nos em s er melh or es . E m v ez de p er s eg u i r o s u c es s o do mu ndo, i nv i s tamos no ê x i to s ob r e as nos s as p ai x õ es . T erc eiro : ev i temos di z er : nu nc a mai s . N u nc a mai s eu f u mar ei . N u nc a mai s tomar ei á lc ool. F aç amos c omo r ec omenda o c ó di g o dos alc oó li c os anô ni mos : h oj e eu nã o tomar ei á lc ool. S ó h oj e. Q u ando v i er amanh ã , r ep eti r ei : s ó h oj e. E as s i m a c ada di a, di a p or di a. P as s o a p as s o, c onq u i s ta a c onq u i s ta.

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 2 8 Ferramentas Espirituais (continuação)

Q u a rt o : di g amos : eu mer eç o s er f eli z . N ec es s i tamos melh or ar a nos s a au to-es ti ma. D ei x ar de s e c ons i der ar a ú lti ma das c r i atu -r as , aq u ela p ar a a q u al tu do ac ontec e de r u i m. P r ob lemas todos os tê m. S omente os ali enados nã o s e dã o c onta de q u e os tê m. C om au to-es ti ma, nos ac r edi tamos mer ec edor es de f eli c i dades . T ê m-s e des af i os a v en-c er , p or q u e es tamos v i v os . E , f i nalmente, q u in t o it em : eu nas c i p ar a amar . F u i c r i ado p or amor , s ou s u s tentado p elo amor de D eu s e f u i talh ado p ar a o amor . P ar a amar , eu nec es s i to v i v er s em c onf li tos , s em mar c as , li v r e de q u ai s q u er dep endê n-c i as . A c r edi temos : p odemos mu dar o mu ndo, ac ab ar c om as dr og as , c omeç ando p or nó s . P ar a mu dar mos o mu ndo é nec es s á r i o q u e mu demos a nó s mes mos . * * * D i ante do ar q u i p é lag o c elu lar q u e c ons ti tu i o c or p o, a v er dadei r a f eli c i dade é , de i ní c i o, enc ontr ar -s e v i v o. L og o dep oi s , é a i nef á v el aleg r i a de ter c ons c i ê nc i a da p r ó p r i a f r ag i li dade. T amb é m das i nf i ni tas p os s i b i li dades de r eali z aç ã o mor al, q u e dec or r e da c or ag em p ar a c ons eg u i r a au to-i lu mi naç ã o. P or tu do i s s o, nã o dei x e p ar a amanh ã a s u a tomada de dec i s ã o. C omec e h oj e a c ons tr u ç ã o do di a melh or do amanh ã . J oanna de  ng eli s / D i v aldo P er ei r a F r anc o Enviado por Sandro C.Mattos

O g ã A l ab ê da A P EU - A ssoc iaç ã o de P e sq u isas Espiritu ais U b atu b a - S.P au l o/ SP

sc m -b io@ b ol .c om .b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 2 9 U mb and a S ua Fac e

1 . A U mb anda c r ê nu m S er S u p r emo, o D eu s ú ni c o c r i ador , de todas as r eli g i õ es monoteí s tas . O s S ete O r i x á s s ã o emanaç õ es da D i v i ndade, c omo todos os s er es c r i ados . 2 . O p r op ó s i to mai or dos s er es c r i ados é a E v olu ç ã o, o p r og r es s o r u mo à L u z D i v i na. I s s o s e dá atr av é s das v i das s u c es s i v as – a L ei da R eenc ar naç ã o, o c ami nh o do ap er f ei ç oamento. 3 . E x i s te u ma L ei de J u s ti ç a u ni v er s al, q u e deter mi na a c ada u m c olh er o f r u to de s u as aç õ es , q u e é c onh ec i da c omo L ei do C ar ma. 4 . A U mb anda s e r eg e p ela L ei da F r ater ni dade U ni v er s al: todos os s er es s ã o i r mã os p or ter em a mes ma or i g em, e a c ada u m dev emos f az er o q u e g os tar í amos q u e a nó s f os s e f ei to. 5 . A U mb anda p os s u i u ma i denti dade p r ó p r i a, e nã o s e c onf u nde c om ou tr as r eli g i õ es ou c u ltos , emb or a a todos r es p ei te f r ater nalmente, p ar ti lh ando alg u ns p r i nc í p i os c om mu i tos deles ( * ) . 6 . A U mb anda es tá a s er v i ç o da L ei D i v i na, e s ó v i s a ao B em. Q u alq u er aç ã o q u e nã o r es p ei te o li v r o-ar b í tr i o das c r i atu r as , q u e i mp li q u e em malef í c i o ou p r ej u í z o de alg u é m, ou s e u ti li z e de ma-g i a neg ati v a, nã o é U mb anda. 7 . A U mb anda nã o r eali z a em q u alq u er h i p ó tes e o s ac r i f í c i o r i tu alí s ti c o de ani mai s , nem u ti li z a q u ai s q u er elementos des tes em r i tos , of er endas ou tr ab alh os . 8 . A U mb anda nã o p r ec oni z a a c oloc aç ã o de des p ac h os ou of er endas em es q u i nas u r b anas , e s u a r ev er ê nc i a à s F or ç as da N atu r ez a i mp li c a em p r es er v aç ã o e r es p ei to a todos os amb i entes natu r ai s da T er r a. 9 . T odo o s er v i ç o da U mb anda é de c ar i dade, j amai s c ob r ando ou ac ei tando r etr i b u i ç ã o de q u al-q u er es p é c i e p or atendi mentos , c ons u ltas ou tr ab alh os . Q u em c ob r a p or s er v i ç o es p i r i tu al nã o é u mb andi s ta. ( * ) U mb anda e C atoli c i s mo s ã o di v er s os , ap es ar do s i nc r eti s mo, q u e tev e r aí z es h i s tó r i c as . U mb anda e E s p i r i ti s mo s ã o di v er s os , emb or a ens i nem as mes mas G r andes L ei s mi lenar es da E v olu ç ã o, do C ar ma e da R eenc ar naç ã o. U mb anda e C andomb lé s ã o di v er s os , emb or a amb os r eali z em o i nter c â mb i o c om os P lanos I nv i -s í v ei s . N orb e rto P e ix oto

Ch ou pana do Cab oc l o P e ry P orto A l e g re - R S nor p e@ p or tow eb .c om.b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 3 0 C o nsel h o s para o s M é d iuns

1º - C on s erv e s u a s a ú d e p s í q u ic a , v ig ia n d o s eu a s p ec t o mora l : a) nã o ali mente v i b r aç õ es neg ati v as de ó di o, r anc or , i nv ej a, c i ú me, etc .; b ) nã o f ale mal de ni ng u é m, p oi s nã o é j u i z , e v i a de r eg r a, nã o s e p ode c h eg ar à s c au s as p elo as p ec to g r os s ei r o dos ef ei tos ; c ) nã o j u lg u e q u e o s eu g u i a ou p r otetor é o mai s f or te, o mai s s ab i do, mai s , mu i to mai s do q u e o de s eu i r mã o, ap ar elh o tamb é m; d) nã o v i v a q u er endo i mp or s eu s dons medi ú ni c os , c omentando, i ns i s tentemente, os f ei tos do s eu g u i a ou p r otetor . T u do i s s o p ode s er b em p r ob lemá ti c o e nã o s e es q u eç a de q u e v oc ê p ode s er tes tado p or ou tr em e toda a s u a c onv er s a v ai dos a r u i r f r ag os amente.D ê p az ao s eu p r otetor , no as tr al, dei x ando de f alar tanto no s eu nome.A s s i m v oc ê es tá s e f anati z ando e ab or r ec endo a E nti dade, p oi s , f i q u e s ab endo, ele, o P r otetor , s e ti v er mes mo " or dens e di r ei to de tr ab alh o" s o-b r e v oc ê , tem or dens amp las e p ode di s c i p li na-lo, c as s ando-lh e as li g aç õ es medi c i nas ; e) q u ando f or p ar a a s u a s es s ã o, nã o v á ab or r ec i do e q u ando lá c h eg ar , nã o p r oc u r e c onv er s as f ú tei s . R ec olh a-s e a s eu s p ens amentos de f é , de p az e, s ob r etu do, de c ar i dade p u r a, p ar a c om o p r ó x i mo. 2º - N ã o ma n t en h a c on v iv ê n c ia c om p es s oa s má s , in v ej os a s , ma l d iz en t es , et c . I s s o é im-p ort a n t e p a ra o eq u il í b rio d e s u a a u ra , d os s eu s p ró p rios p en s a men t os . T ol era r a ig n orâ n -c ia n ã o é p a rt il h a r d el a . A s s im: a) f aç a todo o b em q u e p u der , s em v i s ar r ec omp ens a ou ag r adec i mentos ; b ) tenh a â ni mo f or te, atr av é s de q u alq u er p r ov a ou s of r i mento, c onf i e e es p er e; c ) f aç a r ec olh i mentos di á r i os , a f i m de medi tar s ob r e s u as aç õ es ; d) nã o c onte s eu s " s eg r edos " a ni ng u é m, p oi s s u a c ons c i ê nc i a é o temp lo onde dev er á lev á -los à aná li s e; e) nã o tema a ni ng u é m, p oi s o medo é u ma p r ov a de q u e es tá em dé b i to c om s u a c ons c i ê nc i a; f ) lemb r e-s e de q u e todos nó s er r amos , p oi s o er r o é h u mano e f ator li g ado à dor , ao s of r i mento e c ons eq u entemente, à s li ç õ es c om s u as ex p er i ê nc i as . S em dor , li ç õ es , ex p er i ê nc i a, nã o h á c ar -ma, nã o h á h u mani z aç ã o nem p oli mento í nti mo, o i mp or tante é q u e nã o er r e mai s , ou melh or , q u e nã o c ai a nos mes mos er r os . P as s e u ma es p onj a no p as s ado, er g a a c ab eç a e p r oc u r e a s enda da r eab i li taç ã o: p ar a i s s o, " mate" a s u a v ai dade e nã o s e i mp or te, de manei r a alg u ma, c om o q u e os ou tr os di s s er em ou p ens ar em a s eu r es p ei to. F aç a tu do p ar a s er toler ante, c om-p r eens i v o, h u mi lde, p oi s as s i m s ó p oder ã o di z er b oas c oi s as de v oc ê . 3º - Z el e p or s u a s a ú d e f í s ic a c om u ma a l imen t a ç ã o ra c ion a l e eq u il ib ra d a : a) nã o ab u s e de c ar nes v er melh as , f u mo, á lc ool ou q u ai s q u er ex c i tantes ; b ) no di a da s es s ã o, nã o u s e c ar ne, á lc ool ou q u alq u er ex c i tante; c ) mens almente, na f as e de lu a c r es c ente, u s e es s e p oder os o tô ni c o neu r op s í q u i c o, s emp r e à noi te: u ma c olh er de s op a de s u mo de ag r i ã o, b ati do c om du as c olh er es de s op a de mel de ab e-lh a. P ode u s á -lo antes de c ada s es s ã o em q u e f or tr ab alh ar ; d) todo mê s dev e es c olh er u m di a p ar a f i c ar em c ontato c om a natu r ez a, es p ec i almente u ma mata, u ma c ac h oei r a, u m j ar di m s i lenc i os o, etc . A li dev e f i c ar lendo ou medi tando, p oi s as s i m f i c ar á a s ó s c om s u a p r ó p r i a c ons c i ê nc i a, f az endo r ev i s ã o de tu do q u e lh e p ar eç a ter s i do p os i ti -v o ou nã o, em s u a v i da mater i al, s enti mental e es p i r i tu al.

N orb e rto P e ix oto Ch ou pana do Cab oc l o P e ry

P orto A l e g re - R S nor p e@ p or tow eb .c om.b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 3 1 Era " G ira d e P reto V el h o " no T erreiro

F irma o p on t o min h a g en t e Pret o V el h o v a i c h eg a r E l e v em d e A ru a n d a

E l e v em p rá t ra b a l h a r. . . E r a di a de " g i r a de p r eto v elh o" naq u ele ter r ei r o. E nq u anto os c ons u lentes c h eg av am an-s i os os e es p er anç os os em lev ar de v olta a " s olu ç ã o" daq u eles p r ob lemas q u e atr ap alh av am s u -as v i das , na f r ente do c ong á os mé di u ns v es ti dos de b r anc o e de p é s des c alç os s e c onc entr a-v am, li g ando-s e aos s eu s p r otetor es e g u i as . O amb i ente denotav a s i mp li c i dade e er a mob i li ado ap enas p or alg u mas c adei r as p ar a a-c omodar os c ons u lentes , p ou c as b anq u etas p ar a os mé di u ns q u e s er v i r i am de " ap ar elh os " à s enti dades es p i r i tu ai s e o c ong á onde u m v as o de f lor es , ou tr o de er v as e os elementos ar , f og o, á g u a e ter r a s e f az i am p r es entes . A c i ma, u ma i mag em de J es u s r es p landec ente de lu z . I ni c i ando-s e a s es s ã o atr av é s de p ontos c antados e or aç õ es , ap ó s u ma lei tu r a es p i r i tu a-li s ta elu c i dati v a, i ni c i av am-s e as i nc or p or aç õ es de manei r a moder ada. D o lado as tr al, as f alan-g es de tr ab alh ador es j á h av i am c h eg ado mu i to temp o antes dos mé di u ns e ali j á h av i am p r ep a-r ado o amb i ente f lu i di c amente. U ma v ar r edu r a ener g é ti c a h av i a s i do f ei to p elos elementai s , onde p r i mei r amente atu ar am as s alamandr as e ap ó s as s er ei as e ondi nas , f az endo c om q u e toda a maté r i a as tr ali na dens a q u e ali s e enc ontr av a f os s e tr ans mu tada, p er mi ti ndo a c h eg ada dos es -p í r i tos tr ab alh ador es . N a p or ta do amb i ente, j u nto à f i r maç ã o de p onto r i s c ado e da p r es enç a do elemento f og o, p os tav a-s e o g u ar di ã o da C as a, E x u G i r a M u ndo, i mp ondo r es p ei to e s eg u r anç a. N u m r ai o de 3 6 0 º ao r edor da c ons tr u ç ã o, u ma g u ar ni ç ã o dos c ab oc los da eg r é g or a de O g u m f or mav a v er da-dei r a mu r alh a ar mada, i mp edi ndo a i nv as ã o de s er es i ndes ej á v ei s ao b om andamento do tr ab a-lh o da noi te. A c ons tr u ç ã o toda, no i nv i s í v el, es tav a no i nter i or de g r ande p i r â mi de i lu mi nada na c or v i -oleta, c om g r ande e g r os s a p lac a de aç o i mantado na p ar te i nf er i or , i mp edi ndo q u e o ex c es s o de ener g i a telú r i c a des eq u i li b r as s e a p olar i dade p os i ti v a q u e er a c ap tada p elos s ete ané i s g i r ató r i os q u e ladeav am a p i r â mi de, r ep r es entando as S ete L i nh as de U mb anda. C ada u m des s es ané i s des tac am-s e na c or f lu í di c a de s eu O r i x á , e emi ti am u m h ar moni os o s om di f er enc i ado. C ada u m dos c ons u lentes q u e adentr av a o amb i ente p as s av a ag or a p r i mei r o p ela def u -maç ã o q u e q u ei mav a j u nto à p or ta, em c u mb u c a de b ar r o, ex alando o c h ei r o das er v as p er f u ma-das s endo i nc i ner adas p elo c ar v ã o v eg etal. E q u i p es de li mp ez a s e mov i mentav am no lado es p i -r i tu al, r ec olh endo as lar v as as tr ai s e ou tr as es p é c i es de ener g i as deleté r i as q u e ali er am des a-g r eg adas dos c or p os dos c ons u lentes , as q u ai s nã o er am totalmente ab s or v i das p elo c ar v ã o ou tr ans mu tadas p elo elemento f og o. E m alv í s s i mas v es tes , os amados P ai s e M ã es , na s u a r ou p ag em f lu í di c a de p r etos v e-lh os , tr az endo a aleg r i a mes c lada em s u a ener g i a, tomav am c onta de s eu s " ap ar elh os " mé di u ns , atu ando no c h ac r a b á s i c o dos mes mos , ob r i g ando-os a dob r ar as c os tas à s emelh anç a de v e-lh os ar q u eados , i nc enti v ando-os ao tr ab alh o f r ater no. E as s i m, de c ons u lente em c ons u lente, de c as o em c as o, c om a p ac i ê nc i a e s ab edor i a

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 3 2 Era " G ira d e P reto V el h o " no T erreiro (continuação)

q u e lh es é p ec u li ar , entr e u ma b af or ada e ou tr a de p alh ei r o ou de alg u ma es p anada c om o g alh o de er v as na au r a daq u eles f i lh os , os b ondos os es p í r i tos c u mp r i am s u a mi s s ã o. E r am c ons elh os , c or r i g endas , des manc h e de mag i a neg r a, de elementar es ar ti f i c i as neg ati v os , li mp ez a e eq u i lí -b r i o dos c or p os s u ti s , r eti r ada de ap ar elh os p ar as i tas e à s v ez es , alg u ns p u x õ es de or elh a ne-c es s á r i os , em f or ma de aler ta. T u do de ac or do c om o mer ec i mento do c ons u lente, p oi s c ada u m tr az i a c ons i g o a amos tr ag em de s u a " f i c h a c á r mi c a" onde es tav am i mp r es s os o q u e a L ei p er mi -ti a s er mu dado, b em c omo o q u e ai nda er a nec es s á r i o q u e c om eles p er manec es s e. V ó B enta, es p í r i to p or tador de g r ande s ab edor i a e h u mi ldade, ap r es entando-s e naq u ele loc al c om o c or p o as tr al de neg r a v elh a de p eq u ena es tatu r a, c om r ou p as s i mp les e alv as , c u j a s ai a c omp r i da e lar g a er a c ob er ta p or u m av ental onde u m b ols o er a r ec h eado de er v as e p atu -á s , ti nh a u ma manei r a s i mp li s ta e di p lomá ti c a de f az er c om q u e os f i lh os entendes s em q u e eles p r ó p r i os er am s eu s mé di c os c u r ador es : -M i nh a mã e, ac h o q u e es tou s endo v í ti ma de " tr ab alh o f ei to" p ela mi nh a ex mu lh er ... S or r i ndo e c om li ng u ag em p ec u li ar , s eg u r av a c om f i r mez a as mã os do moç o p as s ando-lh e c om i s s o c onf i anç a e c om a v oz r ec h eada de af eto r es p ondi a: -N eg r a v elh a v ai ex p li c ar p ar a q u e o f i lh o entenda: - q u ando s u a c as a es tá totalmente f e-c h ada, f i c a es c u r a e nada p ode entr ar , à s v ez es nem a p oei r a. N ã o é i s s o? Q u ando o f i lh o ab r e as j anelas e p or tas , a lu z do s ol entr a i nv adi ndo todos os c antos , mas p odem entr ar tamb é m as mos c as , b ar atas , f or mi g as e até os ladr õ es , nã o é ? P ar a a s u j ei r a e os b i c h os , o f i lh o p ode u s ar a v as s ou r a, p ar a os ladr õ es a lei , a s eg u r anç a. E p ar a a lu z do s ol? A h , es s a, f i lh o, f i c a ali i lu mi -nando até q u e o f i lh o f ec h e toda a c as a ou tr a v ez . A s s i m tamb é m é a nos s a c as a i nter na; q u ando nos f ec h amos p ar a a v i da, p ar a o tr ab a-lh o, f i c amos no es c u r o e ao nos ab r i r mos , dei x amos a lu z entr ar mas f i c amos s u j ei tos a todas as ou tr as ener g i as q u e p u lu lam ao nos s o r edor . M as c omo ac ontec e na c as a mater i al, onde nã o h ou v er os atr ati v os da s u j ei r a e do li x o, os i ns etos nã o s e ap r ox i mam. S e es ti v er mos eq u i li b r a-dos , s em r ai v a, má g oa, c i ú mes , v í c i os e todos es s es li x os q u e os f i lh os b u s c am na maté r i a, na-da nem ni ng u é m c ons eg u e af etar nos s a ener g i a, nos s a v i da. S ó o s ol p er manec e no c or aç ã o de q u em p r oc u r a manter -s e li mp o. N eg r a v elh a s ab e q u e es s e mu ndã o es tá de c ab eç a p ar a b ai x o. N o lado mater i al os f i lh os andam des ar v or ados p ela di f i c u ldade de s u s tento de s u as f amí li as , q u ando nã o em b u s c a de s u p é r f lu os . M as mes mo as s i m, é p r ec i s o lemb r ar aos f i lh os q u e emb or a es tej am na maté r i a e s u j ei tos a ela, a v i da r eal es tá no es p í r i to i mor tal. É p r ec i s o dar mai s atenç ã o, s enã o p r i or i dade, à es s ê nc i a, em detr i mento do r es tante, p ar a q u e p os s a h av er o eq u i lí b r i o dos elementos i ner en-tes à v i da, na s u a totali dade. O mal q u e é env i ado aos f i lh os s ó v ai s e i ns talar s e enc ontr ar , no ender eç o v i b r ató r i o, am-b i ente adeq u ado. S em c ontar q u e o medo é p or ta ab er ta e atr ati v o p ar a a entr ada do des eq u i lí -b r i o. O medo é s enti mento mu i to u s ado p elas ener g i as da es q u er da, u ma v ez q u e f r ag i li z a o c or -p o emoc i onal, f ac i li tando s u a atu aç ã o mó r b i da. P or ou tr o lado, neg r a v elh a p er g u nta p ar a o f i lh o: - s e a des or dem nã o h ou v es s e s e i ns talado, p or ac as o o f i lh o es tar i a aq u i , s entado no c h ã o, em f r ente à p r eta v elh a, b u s c ando h u mi ldemente aj u da es p i r i tu al? N em s emp r e o q u e nos p ar ec e mal é tã o p r ej u di c i al as s i m. P ode s er o r emé di o adeq u ado p ar a o momento, ou talv ez a

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 3 3 Era " G ira d e P reto V el h o " no T erreiro (continuação)

es tr emec i da nec es s á r i a no c or p o as tr al dos f i lh os , p ar a q u e a or dem p os s a r ei ns talar -s e. A s tr ev as , meu f i lh o, es tã o v i nte e q u atr o h or as de p lantã o. E os f i lh os , ac as o es tã o? N ã o adi anta or ar e nã o v i g i ar , p oi s o p ens amento é ener g i a e c om ele nos adeq u amos ao c amp o e-ner g é ti c o q u e q u i s er mos . A ntes da h or a g r ande( mei a-noi te) as f alang es da eg r é g or a dos p r etos v elh os , des p edi -r am-s e de s eu s ap ar elh os , alg u ns p r ec i s ando lar g ar e des f az er a v es ti menta as tr al u s ada p ar a q u e p u des s em c h eg ar até os ap ar elh os medi ú ni c os e v oltav am ag or a p ar a as b andas de A r u an-da, onde c onti nu ar i am s u as ati v i dades no mu ndo as tr al. P oi s c omo di z a V ó B enta, " s e p ens am q u e mor r er é dor mi r e des c ans ar , os f i lh os es tã o mu i to eng anados ...des s e lado tem mu i to tr ab a-lh o e c omo nem o P ai es tá i mó v el, q u em s omos nó s , c u j a f i c h a c á r mi c a demons tr a u m v as to dé -b i to, p ar a nos ap os entar mos ? " . A g or a as v elas ap ag am-s e, os elementos v oltam a i nteg r ar a natu r ez a, os elementai s ( * ) , ap ó s li mp ar em o amb i ente, r etor nam aos s eu s dev i dos r ei nos , os elementar es ( * * ) f or am des a-g r eg ados p ela f or ç a e s ab edor i a dos p r etos v elh os e os mé di u ns v oltam aos s eu s lar es c om a s ens aç ã o de p az q u e s ó é s enti da p or aq u eles q u e c u mp r em c om s eu s dev er es . ( * ) E s p í r i tos da natu r ez a ( s i lf os e s í lf i des , s alamandr as , ondi nas , etc .) ( * * ) F or mas de p ens amento, v i a de r eg r a i ndes ej á v ei s , p r odu z i das p elas mentes enc ar na-das e des enc ar nadas . Pret o v el h o j á f oi, J á f oi p rá A ru a n d a , A b en ç ã o meu Pa i

S a ra v á p rá s u a b a n d a . . . * * *

B rev e H is t ó ria d e V ov ó B en t a N eg r a es b elta, de s or r i s o s or r atei r o e c onq u i s tador , de r eq u eb r ado i ns i nu ante, andav a p e-lo c as ar ã o dei x ando no ar o c h ei r o do manj er i c ã o. C antar olando, s emp r e f ac ei r a, ati ç av a o des e-j o nos neg r os e tamb é m nos b r anc os . N ã o p as s ou des p er c eb i da do olh ar do p atr ã o, s i nh oz i nh o c u j os dotes de b elez a tamb é m as s anh av am aq u ela neg r i nh a. E as s i m, dep oi s de u ma p r i mei r a v ez , f oi i nev i tá v el q u e todas as noi tes ele a p r oc u r as s e na s enz ala. N ã o er a s ó u m des ej o, mas alé m do c or p o q u e ar di a ao v ê -la, s eu c or aç ã o es tav a emar anh ado nu m s enti mento o q u al ele neg av a. F or am anos de enc ontr os f u r ti v os , aos q u ai s a s i nh az i nh a f i ng i a nã o v er . E mu i tos ab or -tos , nu m dos q u ai s a neg r i nh a des enc ar nou . H av er i a de r enas c er em mu i to p ou c o temp o no mes mo lu g ar . N eg r i nh a doente, q u e s o-b r ev i v eu à mor te da mã e no p ar to. M u i to c edo ap r endeu a b enz er e ali es tav a u ma neg r a c u r an-

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 3 4 Era " G ira d e P reto V el h o " no T erreiro (continuação)

dei r a. P ar tei r a r eq u i s i tada, nã o ti nh a h or a p ar a atender , até o di a em q u e, p ar a s alv ar u ma es -c r av a das mã os do f ei tor , lev ou u ma p au lada nas c os tas e alei j ou . A ndou o r es to de s u a v i da a-g ac h ada e c om f or tes dor es , mas nem p or i s s o dei x av a de s alv ar v i das . D es enc ar nou c eg a e ar -q u eada, p or é m f eli z . M as h av i a mu i to a r es s ar c i r na c ontab i li dade do c é u . P or i s s o, j u ntou -s e à s b andas de A -r u anda e c omo p r eta v elh a des c e à c r os ta p ar a aj u dar a c u r ar e ac ons elh ar . P r ec i s ou de u m a-p ar elh o c u j o c omp r ometi mento f os s e adeq u ado à s s u as ener g i as , p ar a q u e j u ntas p os s am a-p r ender q u e é c u r ando as f er i das alh ei as q u e as nos s as c i c atr i z am. D e g alh o v er de na mã o e mu i to amor no c or aç ã o, V ó B enta v i s i ta s eu ap ar elh i nh o, b ai -x ando-lh e as c os tas e tr ans f er i ndo u m p ou c o da dor q u e s enti u na c ar ne p ar a q u e es te s ai b a q u e a h u mi ldade s e f az nec es s á r i a. S eu alv o av ental ao f i nal do tr ab alh o es tá s emp r e c h ei o de nó s , q u e ela f az p ar a des f az er aq u eles q u e os f i lh os de f é tr az em até ali . N o f i nal da noi te, j u nta-s e aos i r mã os e v olta p ar a A r u anda, até q u e a p r ó x i ma lu a a tr ag a nov amente c antando: V em c h eg a n d o V ov ó B en t a * * B en z ed eira d e A ru a n d a

C om s eu g a l h in h o d e A rru d a V em b en z er f il h o d e u mb a n d a . . . .

* L eni W i nc k S av i s c k i , au tor a dos c as os q u e c omp õ em es te c ap í tu lo, é a mé di u m q u e mani f es ta o es p í r i to q u e s e ap r es enta c omo V ov ó B enta – b enf ei tor a es p i r i tu al q u e atu a na li nh a dos p r etos v elh os ; tr ab alh a no T emp lo de U mb anda V oz es de A r u anda, q u e es tá loc ali z ado na S oc i edade F r ater nal C anti nh o da L u z , de E r ec h i m, R S . N ota: es te tex to f az p ar te de li v r o q u e s e enc ontr a no p r elo p ela E di tor a do C onh ec i mento. A o r ep as s á -lo, c i te a f onte.

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 3 5 É tic a na U mb and a

A U mb anda é u ma R eli g i ã o. I s to é u m f ato. A p ar dos p r i nc í p i os s adi os e b á s i c os q u e nor tei am a r eli g i ã o, mu i tas p es s oas , des de o i ní c i o do c u lto, s emp r e p u g nar am p ela elev aç ã o da U mb anda nos mai s di f er entes as p ec tos . E n-tr e eles , o c u nh o s u b j eti v o ( p es s oal) s emp r e f oi alv o das mai s c ontu ndentes di s c u s s õ es . T emas c omo mor al, é ti c a, c ondu ta medi ú ni c a etc ., s emp r e f or am ob j etos de p olê mi c as , onde c ada u m p or s i , tenta f az er v er aos ou tr os q u e tal ou q u al c ondu ta é c er ta ou er r ada. N o entanto, p or tr á s des tas di s c u s s õ es c omp or tamentai s , ex i s tem du as f or ç as antag ô ni -c as deg ladi ando-s e i nc es s antemente: a f or ç a da mor al, dos b ons c os tu mes , da é ti c a, da es p i r i tu -ali dade s u p er i or , da v er dade; e a f or ç a da s u b j u g aç ã o, da menti r a, da p er mi s s i v i dade, da p ar c i a-li dade, da i mor ali dade. N a U mb anda, c omo em ou tr os s eg mentos r eli g i os os , h á u ma p lu r ali dade de i dé i as , de i -deai s , u m h eter og enei dade de i nter es s es em r elaç ã o à r eli g i ã o. E x i s tem aq u eles q u e ap enas s er v em-s e ou tentam s er v i r -s e da r eli g i ã o p ar a os s eu s p r ó p r i os i nter es s es . N ã o es c lar ec em nem di f u ndem os s u b li mes ens i namentos e metas do as tr al s u p er i or ; p r e-g am r i tu alí s ti c as s em b as e, s em f u ndamentos ; f az em do ter r ei r o de U mb anda u m c i r c o, nã o di s -c u tem ab er tamente os p r ob lemas na r eli g i ã o, p or q u e, s e di s c u ti r em, c oloc ar ã o s ob av ali aç ã o as s u as c ondu tas di s tor c i das . O u tr os mai s c or aj os os e c omp r ometi dos c om o ap er f ei ç oamento, es tã o s emp r e a c omen-tar e or i entar q u anto aos f enô menos neg ati v os q u e or a s e ap r es entam, mos tr ando o c ami nh o di ante dos p r ob lemas emer g entes . A é ti c a p or ex emp lo, c onj u nto de p r i nc í p i os e dev er es mor ai s q u e o h omem tem p ar a c om D eu s e a s oc i edade, é u m f ator q u e dev e p r ep onder ar em q u alq u er p es s oa q u e q u ei r a v er a U m-b anda f or talec er -s e mor almente e i ntelec tu almente. P ar a q u e tal p r og r es s o oc or r a, tor na-s e ne-c es s á r i o tr az er mos à tona os f oc os des toantes do c omp or tamento. A p ar ti r daí , v er emos melh or q u em s ã o aq u eles r ealmente c omp r ometi dos c om as di r etr i z es de O x alá . V i s u ali s ar emos tam-b é m ou tr os tantos q u e es tã o s omente p r eoc u p ados em s edi mentar a ob s c u r i dade, a c onf u s ã o, a p er mi s s i v i dade. O s v er dadei r os u mb andi s tas nã o temem di s c u ti r os as p ec tos s u b j eti v os e mater i ai s da r eli g i ã o, p oi s s ã o s ab edor es q u e tal aç ã o s ó melh or ar á a nos s a r eli g i ã o, f az endo c om q u e no f u -tu r o tenh amos u ma U mb anda melh or , mai s mor ali z ada, mai s elev ada, de melh or es mé di u ns e as s i s tentes . Q u anto à q u eles q u e i ns i s tem em es c onder os p r ob lemas na r eli g i ã o, f az em-no p or q u e, oc u ltando os f oc os des toantes , es tar ã o c amu f lando as ab er r aç õ es é ti c o-mor ai s de s i mes mos , c ontami nados q u e es tã o de c ondu tas q u e os c os tu mes , o c ar á ter e a h ones ti dade s emp r e r ep eli -r am. F onte: h ttp : / / mi r ong a.b log s .s ap o.p t/

Este e os dois pró x im os artig os f oram e nviados por Ce l so R og é rio K l am m e r Ce ntro de U m b anda Cab oc l o A rru da

Cu ritib a - P R

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 3 6 É tic a

Prof. José Roberto Goldim A s eg u i r s ã o ap r es entadas alg u mas i dé i as de di f er entes au tor es s ob r e o q u e é É ti c a e as s u as def i ni ç õ es mai s u s u ai s . É ti c a é u ma p alav r a de or i g em g r eg a, c om du as or i g ens p os s í v ei s . A p r i mei r a é a p alav r a g r eg a é th os , c om e c u r to, q u e p ode s er tr adu z i da p or c os tu me, a s eg u nda tamb é m s e es c r ev e é th os , p or é m c om e long o, q u e s i g ni f i c a p r op r i edade do c ar á ter . A p r i mei r a é a q u e s er v i u de b a-s e p ar a a tr adu ç ã o lati na M or al, enq u anto q u e a s eg u nda é a q u e, de alg u ma f or ma, or i enta a u ti li z aç ã o atu al q u e damos a p alav r a É ti c a. É ti c a é a i nv es ti g aç ã o g er al s ob r e aq u i lo q u e é b om. M oore GE . Prin c í p ios É tic os. S ã o Pa u lo: A bril C u ltu ra l, 1 9 7 5 : 4 A É ti c a tem p or ob j eti v o f ac i li tar a r eali z aç ã o das p es s oas . Q u e o s er h u mano c h eg u e a r eali z ar -s e a s í mes mo c omo tal, i s to é , c omo p es s oa. ( ...) A É ti c a s e oc u p a e p r etende a p er f ei -ç ã o do s er h u mano. C lotet J. U n a in trodu c c ió n a l tema de la étic a . Psic o 1 9 8 6 ; 1 2 ( 1 ) 8 4 -9 2 . A É ti c a ex i s te em todas as s oc i edades h u manas , e, talv ez , mes mo entr e nos s os p ar entes nã o-h u manos mai s p r ó x i mos . N ó s ab andonamos o p r es s u p os to de q u e a É ti c a é u ni c amente h u -mana. A É ti c a p ode s er u m c onj u nto de r eg r as , p r i nc í p i os ou manei r as de p ens ar q u e g u i am, ou c h amam a s i a au tor i dade de g u i ar , as aç õ es de u m g r u p o em p ar ti c u lar ( mor ali dade) , ou é o es -tu do s i s temá ti c o da ar g u mentaç ã o s ob r e c omo nó s dev emos ag i r ( f i los of i a mor al) . S in g er P. E th ic s. O x ford: O U P, 1 9 9 4 : 4 -6 . “ R ealmente os ter mos “ é ti c a” e “ mor al” nã o s ã o p ar ti c u lar mente ap r op r i ados p ar a nos or i -entar mos . C ab e aq u i u ma ob s er v aç ã o s ob r e s u a or i g em, talv ez em p r i mei r o lu g ar c u r i os a. A r i s -tó teles ti nh a des i g nado s u as i nv es ti g aç õ es teó r i c o-mor ai s - entã o denomi nadas c omo “ é ti c as ” - c omo i nv es ti g aç õ es “ s ob r e o eth os ” , “ s ob r e as p r op r i edades do c ar á ter ” , p or q u e a ap r es entaç ã o das p r op r i edades do c ar á ter , b oas e má s ( das as s i m c h amadas v i r tu des e v í c i os ) er a u ma p ar te i nteg r ante es s enc i al des tas i nv es ti g aç õ es . A p r oc edê nc i a do ter mo “ é ti c a” , p or tanto, nada tem a v er c om aq u i lo q u e entendemos p or “ é ti c a” . N o lati m o ter mo g r eg o é th i c os f oi entã o tr adu z i do p or mor ali s . M or es s i g ni f i c a: u s os e c os tu mes . I s to nov amente nã o c or r es p onde, nem à nos s a c omp r eens ã o de é ti c a, nem de mor al. A lé m di s s o, oc or r e aq u i u m er r o de tr adu ç ã o. P oi s na é ti c a ar i s toté li c a nã o ap enas oc or r e o ter mo é th os ( c om ' e' long o) , q u e s i g ni f i c a p r op r i edade de c ar á -ter , mas tamb é m o ter mo é th os ( c om ' e' c u r to) q u e s i g ni f i c a c os tu me, e é p ar a es te s eg u ndo ter -mo q u e s er v e a tr adu ç ã o lati na.” T u g en dh a t E . L iç õ es sobre É tic a . Petró p olis: V oz es 1 9 9 7 : 3 5 . K i er k eg aar d e F ou c au lt di z i am q u e a é ti c a g r eg a é u ma es té ti c a, ou u ma p oé ti c a, p r eoc u p ando-s e c om a ar te de v i v er , c om a elab or aç ã o de u ma v i da b ela e b oa. V a lls A L M . in : É tic a e C on temp ora n eida de

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 3 7 O q ue é É tic a

A o r i g e m d a p al av r a é t i c a v e m d o g r e g o “ e t h o s ” , q u e q u e r d i z e r o m o d o d e s e r , o c ar á t e r . O s r o -m an o s t r ad u z i r am o “ e t h o s ” g r e g o , p ar a o l at i m “ m o s ” ( o u n o p l u r al “ m o r e s ” ) , q u e q u e r d i z e r c o s t u m e , d e o n d e v e m a p al av r a m o r al . T an t o “ e t h o s ” ( c ar á t e r ) c o m o “ m o s ” ( c o s t u m e ) i n d i c am u m t i p o d e c o m p o r t a-m e n t o p r o p r i am e n t e h u m an o q u e n ã o é n at u r al , o h o m e m n ã o n as c e c o m e l e c o m o s e f o s s e u m i n s t i n t o , m as q u e é “ ad q u i r i d o o u c o n q u i s t ad o p o r h á b i t o ” ( V Á Z Q U E Z ) . P o r t an t o , é t i c a e m o r al , p e l a p r ó p r i a e t i m o -l o g i a, d i z r e s p e i t o a u m a r e al i d ad e h u m an a q u e é c o n s t r u í d a h i s t ó r i c a e s o c i al m e n t e a p ar t i r d as r e l aç õ e s c o l e t i v as d o s s e r e s h u m an o s n as s o c i e d ad e s o n d e n as c e m e v i v e m . N o n o s s o d i a-a-d i a n ã o f az e m o s d i s t i n ç ã o e n t r e é t i c a e m o r al , u s am o s as d u as p al av r as c o m o s i -n ô n i m o s . M as o s e s t u d i o s o s d a q u e s t ã o f az e m u m a d i s t i n ç ã o e n t r e as d u as p al av r as . A s s i m , a m o r al é d e f i n i d a c o m o o c o n j u n t o d e n o r m as , p r i n c í p i o s , p r e c e i t o s , c o s t u m e s , v al o r e s q u e n o r t e i am o c o m p o r t a-m e n t o d o i n d i v í d u o n o s e u g r u p o s o c i al . A m o r al é n o r m at i v a. E n q u an t o a é t i c a é d e f i n i d a c o m o a t e o r i a, o c o n h e c i m e n t o o u a c i ê n c i a d o c o m p o r t am e n t o m o r al , q u e b u s c a e x p l i c ar , c o m p r e e n d e r , j u s t i f i c ar e c r i t i c ar a m o r al o u as m o r ai s d e u m a s o c i e d ad e . A é t i c a é f i l o s ó f i c a e c i e n t í f i c a. “ N e n h u m h o m e m é u m a i l h a” . E s t a f am o s a f r as e d o f i l ó s o f o i n g l ê s T h o m as M o r u s , aj u d a-n o s a c o m p r e e n d e r q u e a v i d a h u m an a é c o n v í v i o . P ar a o s e r h u m an o v i v e r é c o n v i v e r . É j u s t am e n t e n a c o n v i -v ê n c i a, n a v i d a s o c i al e c o m u n i t á r i a, q u e o s e r h u m an o s e d e s c o b r e e s e r e al i z a e n q u an t o u m s e r m o r al e é t i c o . É n a r e l aç ã o c o m o o u t r o q u e s u r g e m o s p r o b l e m as e as i n d ag aç õ e s m o r ai s : o q u e d e v o f az e r ? C o -m o ag i r e m d e t e r m i n ad a s i t u aç ã o ? C o m o c o m p o r t ar -m e p e r an t e o o u t r o ? D i an t e d a c o r r u p ç ã o e d as i n -j u s t i ç as , o q u e f az e r ? P o r t an t o , c o n s t an t e m e n t e n o n o s s o c o t i d i an o e n c o n t r am o s s i t u aç õ e s q u e n o s c o l o c am p r o b l e m as m o r ai s . S ã o p r o b l e m as p r á t i c o s e c o n c r e t o s d a n o s s a v i d a e m s o c i e d ad e , o u s e j a, p r o b l e m as q u e d i z e m r e s p e i t o à s n o s s as d e c i s õ e s , e s c o l h as , aç õ e s e c o m p o r t am e n t o s - o s q u ai s e x i g e m u m a av al i aç ã o , u m j u l g am e n t o , u m j u í z o d e v al o r e n t r e o q u e s o c i al m e n t e é c o n s i d e r ad o b o m o u m au , j u s t o o u i n j u s t o , c e r t o o u e r r ad o , p e l a m o r al v i g e n t e . O p r o b l e m a é q u e n ã o c o s t u m am o s r e f l e t i r e b u s c ar o s “ p o r q u ê s ” d e n o s s as e s c o l h as , d o s c o m -p o r t am e n t o s , d o s v al o r e s . A g i m o s p o r f o r ç a d o h á b i t o , d o s c o s t u m e s e d a t r ad i ç ã o , t e n d e n d o à n at u r al i z ar a r e al i d ad e s o c i al , p o l í t i c a, e c o n ô m i c a e c u l t u r al . C o m i s t o , p e r d e m o s n o s s a c ap ac i d ad e c r i t i c a d i an t e d a r e al i d ad e . E m o u t r as p al av r as , n ã o c o s t u m am o s f az e r é t i c a, p o i s n ã o f az e m o s a c r í t i c a, n e m b u s c am o s c o m p r e e n d e r e e x p l i c i t ar a n o s s a r e al i d ad e m o r al . N o B r as i l , e n c o n t r am o s v á r i o s e x e m p l o s p ar a o q u e af i r m am o s ac i m a. H i s t o r i c am e n t e m ar c ad a p e l as i n j u s t i ç as s ó c i o -e c o n ô m i c as , p e l o p r e c o n c e i t o r ac i al e s e x u al , p e l a e x p l o r aç ã o d a m ã o -d e -o b r a i n -f an t i l , p e l o “ j e i t i n h o ” e a “ l e i d e G e r s o n ” , e t c , e t c . A r e al i d ad e b r as i l e i r a n o s c o l o c a d i an t e d e p r o b l e m as é t i c o s b as t an t e s é r i o s . C o n t u d o , j á e s t am o s p o r d e m ai s ac o s t u m ad o s c o m n o s s as m i s é r i as d e t o d a o r -d e m . N at u r al i z am o s a i n j u s t i ç a e c o n s i d e r am o s n o r m al c o n v i v e r l ad o a l ad o as m an s õ e s e o s b ar r ac o s , as c r i an ç as e o s m e n d i g o s n as r u as ; ac h am o s i n t e l i g e n t e e e s p e r t o l e v ar v an t ag e m e m t u d o e t e n d e m o s a c o n s i d e r ar c o m o s e n d o o t á r i o q u e m p r o c u r a s e r h o n e s t o . N a v i d a p ú b l i c a, e x e m p l o s é o q u e n ã o f al t am n a n o s s a h i s t ó r i a r e c e n t e : « an õ e s d o o r ç am e n t o ” , i m p e ac h m e n t d e p r e s i d e n t e p o r c o r r u p ç ã o , c o m p r as d e p ar l am e n t ar e s p ar a a r e e l e i ç ã o , o s m e d i c am e n t o s " b o " , m á f i a d o c r i m e o r g an i z ad o , d e s v i o d o F u n d e f , e t c . e t c . N ã o s e m m o t i v o s f al a-s e n u m a c r i s e é t i c a, j á q u e t al r e al i d ad e n ã o p o d e s e r r e d u z i d a t ã o s o m e n t e ao c am p o p o l í t i c o -e c o n ô m i c o . E n v o l v e q u e s t õ e s d e v al o r , d e c o n v i v ê n c i a, d e c o n s c i ê n c i a, d e j u s t i ç a. E n -v o l v e v i d as h u m an as . O n d e h á v i d a h u m an a e m j o g o , i m p õ e m -s e n e c e s s ar i am e n t e u m p r o b l e m a é t i c o . O h o m e m , e n q u an t o s e r é t i c o , e n x e r g a o s e u s e m e l h an t e , n ã o l h e é i n d i f e r e n t e . O ap e l o q u e o o u t r o m e l an ç a é d e s e r t r at ad o c o m o g e n t e e n ã o c o m o c o i s a o u b i c h o . N e s t e s e n t i d o , a É t i c a v e m d e n u n c i ar t o d a r e al i d ad e o n d e o s e r h u m an o é c o i s i f i c ad o e an i m al i z ad o , o u s e j a, o n d e o s e r h u m an o c o n c r e t o é d e s r e s -p e i t ad o n a s u a c o n d i ç ã o h u m an a. F o n t e : h t t p : / / w w w . d h n e t . o r g . b r / d i r e i t o s / c o d e t i c a/ t e x t o s / o q u e _ e _ e t i c a. h t m l

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 3 8 P erg untamo s a R amatí s

PE R G U N T A – E m v os s a s rec en t es men s a g en s e l iv ros , v erif ic a mos a p rep on d erâ n c ia d a u mb a n d a c omo t ema c en t ra l . I s s o é u m c omp romis s o el u c id a t iv o v os s o, a n t erior a o a t u a l mé d iu m, ou in f l u ê n c ia d el e, n ot a d a men t e u mb a n d is t a ? R A M A T I S – A nter i or mente ab or damos a u mb anda c omo es p i r i tu ali s mo de “ ter r ei r o” ( 1 ) . N o atu al momento da c oleti v i dade ter r í c ola, i mp õ em-nos os c omp r omi s s os as s u mi dos c om os nos s os mai or ai s q u e elu c i demos a u mb anda em s u a s u p er i or s i g ni f i c aç ã o c ó s mi c a, di s ti ng u i ndo-a das p r á ti c as má g i c as p op u lar es q u e v i c ej am em v os s a p á tr i a, c omo c ontr i b u i ç ã o ati v a p ar a a f or ma-ç ã o da c ons c i ê nc i a c oleti v a u mb andi s ta na p r ox i mi dade do s eu c entená r i o. D es de os p r i mó r di os do p laneta, q u ando s e mater i ali z ou o C onh ec i mento U no tr az i do de ou tr as lati tu des s i der ai s , ac omp anh amos a ev olu ç ã o dos h omens . A g or a é c h eg ado o temp o da alta c onf r ar i a c ó s mi c a q u e r eg e a u mb anda elu c i dar a s u a elev ada s i g ni f i c aç ã o aos h omens , ex tr ap o-lando a c ondi ç ã o de s i s tema dou tr i ná r i o medi ú ni c o. N es te s enti do, f alta-nos tr az er c onh ec i men-tos es oté r i c os da L u z D i v i na em p r ol des s e p r oj eto mai or es q u emati z ado no E s p aç o, q u e tr aç a os des í g ni os do mov i mento u mb andi s ta em s olo ter r eno. Q u anto ao f ato de o s ens i ti v o de q u e or a nos s er v i mos s er notadamente u mb andi s ta, as s i m s e f az nec es s á r i o. E le h á q u e s enti r nos r ef olh os do s eu s er , manter -s e eq u i li b r ado, v i v enc i ar e p r a-ti c ar a c ar i dade nos ter r ei r os , tendo a c ob er tu r a no as tr al p elas f alang es de u mb anda, p ar a q u e c ons i g a nos r ec ep c i onar os p ens amentos e tr adu z i r em p alav r as o q u e temos p ar a tr ans mi ti r . A o olei r o q u e nã o s ab e moldar o b ar r o em p eç a ú ti l de lou ç a, nada adi anta ter o melh or ter r eno q u e f or nec e a v ali os a ar g i la. I s s o s ó s e c ons eg u e c om á r du o tr ei no f r ente à olar i a. I nev i tá v el a i nf lu ê nc i a do i ns tr u mento medi ú ni c o c ons c i ente, o q u e nos f ac i li ta o es f or ç o, alé m da p r ep ar aç ã o q u e todo mé di u m r ec eb e antes de r eenc ar nar e nas v i das anter i or es na c ar ne. O b v i -amente as ex c r es c ê nc i as aní mi c as q u e v enh am à tona dev em lev ar o atu al i ns tr u mento a u m ex er c í c i o c onti nu ado de v i g i lâ nc i a e h u mi ldade, de c omp ar ti lh ar e di v i di r c om o g r u p o q u e o ap ó i -a, s ob p ena de r ap i damente s e i ns talar a v ai dade e o i mp edi mento v i b r ató r i o de r ec ep c i onar nos -s as i dé i as . ( 1 ) – N a ob r a A M i s s ã o do E s p i r i ti s mo, c ap í tu lo s ob r e u mb anda, mé di u m H er c í li o M aes , ed. do C onh ec i mento. PE R G U N T A – S ois u m es p í rit o “ f a mos o” n o meio u n iv ers a l is t a , p el o c on j u n t o d e l iv ros p s ic og ra f a d os p el a in ig u a l á v el s en s ib il id a d e d e v os s o p rimeiro mé d iu m. Pa ra a l g u n s , o f a t o d e v os s erv ird es d e ma is d e u m s en s it iv o “ d es a c red it a ” os n ov os t í t u l os . N es t e mo-men t o em q u e t ra z eis imp ort a n t es c on h ec imen t os s ob re a u mb a n d a , a l g u n s es p í rit a s c o-l oc a m em d ú v id a a v era c id a d e d e v os s a s c omu n ic a ç õ es p el o a t u a l mé d iu m e p roí b em v os s os l iv ros . O u t ros , u mb a n d is t a s , d iz em q u e s ois u m “ es p í rit o es p í rit a ” e q u e v os s os en s in a men t os n ã o s ã o d e u ma en t id a d e “ d e u mb a n d a ” . Por q u e v os s os es c rit os s emp re c a u s a m t a n t a s p ol ê mic a s ? R A M A T Í S – É nos s o c omp r omi s s o c om os mai or ai s do E s p aç o, nes te i ni c i o de ter c ei r o mi lê ni o, ab or dar mos a u mb anda em c onc or dâ nc i a c om o atu al es tado de c ons c i ê nc i a c oleti v a, c onf r on-tando-a c om as p r á ti c as má g i c as p op u lar es , c ontr i b u i ndo h u mi ldemente p ar a q u e a c onv er g ê n-c i a no mei o u mb andi s ta s e f aç a s em ab s or v er f u ndamentos di s tor c i dos e i nac ei tá v ei s di ante do i deal de c ar i dade. N ã o nos p r eoc u p amos em ag r adar a todos e nem p r etendemos s er u nani mi -

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 3 9 P erg untamo s a R amatí s (continuação)

dade. O mai or dos mai or ai s q u e nos au tor i z a a lab u tar na medi u ni dade c ar i tati v a nes s e or -b e, J es u s , s e p ens as s e ao c ontr á r i o nã o ter i a dei x ado s eu li b er tador ev ang elh o. I mp or ta r eg i s tr ar q u e “ nos s a” ob r a nã o f i c ou c onc lu í da anter i or mente p or nã o s er o momento c ó s mi c o p ar a es s a ab or dag em da u mb anda c omo o é nos di as atu ai s . P ar a tal des i der ato, ti v e-mos q u e p r ep ar ar o atu al s ens i ti v o, des de mu i to antes da s u a atu al enc ar naç ã o. L ó g i c o q u e to-do es s e es f or ç o s e deu p elo f ato de o c or p o f í s i c o do mé di u m anter i or ter s e dec omp os to di ante do i nex or á v el tr ans c or r er dos anos , p oi s q u e s e es ti v es s e “ v i v o” no es c af andr o g r os s ei r o s er i a o ap ar elh o i deal, p ela g r ande af i ni dade q u e nos u ne; a memó r i a des s a u ni ã o s e p er de entr e as i nc ontá v ei s es tr elas do c os mo i nf i ni to. E m v er dade a “ p er s oni f i c aç ã o” do es p í r i to em u m s ens i ti v o p s i c ó g r af o é u m mec ani s mo p s i c oló -g i c o de tr ans f er ê nc i a do p ú b li c o lei tor , natu r al, em q u e p r oj eta no p lano c onc r eto, no ap ar elh o medi ú ni c o q u e r ec eb e as mens ag ens , r ef er ê nc i as “ p alp á v ei s ” da es p i r i tu ali dade b enf ei tor a p ar a os q u e es tã o p r es os na tr i di mens i onali dade ter r ena. D ados os ap eg os dos h omens aos c onc ei tos ac omodados na c as a mental e u ma r ec or r ente i n-di s p os i ç ã o p or tu do q u e c ontr ar i a a c ar ti lh a dou tr i ná r i a das r eli g i õ es def i ni ti v as , e as di s p os i ç õ es i nter nas c ar ac ter i z adas p ela p r eg u i ç a de r ev er op i ni õ es c r i s tali z adas , i r r etoc á v ei s , h á u ma i ni n-ter r u p ta v i g i lâ nc i a s ob r e os mé di u ns q u ando s e tr ata de nomes “ f amos os ” de es p í r i tos . C omo nã o c ons eg u em i ndi c ar def ei tos no c onteú do das c omu ni c aç õ es , ex altam as di f er enç as de es ti lo, c omo s e o mé di u m i ntu i ti v o f os s e r ob ô au tô mato. P r eter em a es s ê nc i a p ela f or ma q u e a tr ans -p or ta. A di f i c u ldade mai or nã o es tá em os es p í r i tos enc ontr ar em mé di u ns q u e c ons i g am s i ntoni z ar c om eles e q u e tenh am af i ni dade c om s u as i dé i as . I s s o ac ontec e anoni mamente, todos os di as , nos i nú mer os c entr os es p í r i tas e ter r ei r os de u mb anda. A s montanh as a s er em tr ans p os tas , c h ei as de p edr as no p er c u r s o, s ã o os c i ú mes v elados e v ai dades f er i das dos “ lí der es ” ; dou tr i nador es f amos os , c h ef es de ter r ei r o e f u ndador es de c entr os q u e s e c ons i der am anti g os p r op r i etá r i os dos s ab er es e dos es p í r i tos , q u ando nã o i mp õ em ao lado de c á os c onteú dos q u e dev em s er di tados . E s q u ec em es s es i r mã os q u e na medi u ni dade o telef one toc a " de c i ma p ar a b ai x o" e nã o “ de b ai x o p ar a c i ma" . N enh u m mé di u m é dono de es p í r i to e nem os es p í r i tos dev em s er p r op r i etá r i os dos mé di u ns . T odos s ã o li v r es e c ada or i entador es p i r i tu al u ti li z a u m, doi s , c ente-nas de s ens i ti v os di f er entes ; q u anto mai or s u a i nf lu ê nc i a tanto mai s di latada a s u a c ap ac i dade mental. N ã o p or ac as o enti dades lu mi nar es do E s p aç o, menos af ei tas a temas p olê mi c os , q u e j á “ es c r ev er am” e c onc lu í r am s eu s c omp r omi s s os c á r mi c os de tr ans mi ti r c onh ec i mentos das dou tr i -nas a q u e es tav am v i nc u lados atr av é s de mé di u ns q u e v i er am a des enc ar nar , s ab edor as da di f i -c u ldade da c omu ni dade ter r ena em ac ei tar nov os s ens i ti v os , p r ef er em o anoni mato. R ep or tando-nos à s ab edor i a da D i v i na L u z , af i r mamos q u e nas h os tes u mb andi s tas do as tr al s u p er i or ou tr os es p í r i tos “ f amos os ” ; da env er g adu r a de J oana de  ng eli s , B ez er r a de M enez es , S ó c r ates , P i tá g or as , P latã o, S ai nt G er mai n, Z or oas tr o, entr e tantos ou tr os q u e p oder í amos li s -tar , da G r ande F r ater ni dade U ni v er s al, s e enf ei x am h u mi ldemente “ atr á s ” de mai s u ma f or ma i lu s ó r i a q u e os i g u ala, c om nomes s i mb ó li c os de u m p r eto( a) v elh o( a) ou c ab oc lo( a) . D es p er s o-nali z am as s i m as r ef er ê nc i as mu ndanas dos i ns eg u r os h u manos , li b er tando-os do eg o i nf er i or q u e os i manta à s i lu s õ es temp or ai s , p er s oni f i c ando os es p í r i tos nas enc ar naç õ es p as s adas , s e-j am de f r ei r a, mé di c o ou f i ló s of o de r enome, e ap r i s i onando-os a u m ú ni c o mé di u m q u al c as a-

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 4 0 P erg untamo s a R amatí s (continuação)

mento i ndi s s olú v el. N atu r almente “ nos s as ” ob r as , p elo i nedi ti s mo, u ni v er s ali s mo e c onv er g ê nc i a entr e todas as dou -tr i nas ter r í c olas , li b er am os c i dadã os c omu ns q u e as lê em p ar a c onc ei tos c ó s mi c os , de ac or do c om s u a í ndole p s i c oló g i c a av es s a a dog mas , f az endo-os s e enc ontr ar em c om o li v r e p ens ador q u e es tav a ador mec i do dentr o de c ada u m. O b v i amente o u ni v er s ali s mo c onv er g ente q u e p r ec o-ni z amos entr e todas as dou tr i nas da T er r a, entendendo q u e as di f er enç as u nem e nã o s ep ar am, tanto enc anta mentes q u e nos s ã o s i mp á ti c as , q u anto des ag r ada c ons c i ê nc i as s ec tá r i as . A s s i m, q u al i nc ans á v el p es c ador nu m r i o c au dalos o q u e ti r a p ac i entemente os entu lh os do an-z ol, a es s ê nc i a de “ nos s os ” s i ng elos es c r i tos c onti nu ar á a c au s ar p olê mi c as e a c ontr ar i ar os tu b ar õ es “ donos da v er dade” , a r eti r ar o p ó das mentes ac omodadas no i ntu i to de f i s g ar os p e-q u enos p ei x es nos mar es r ev oltos , as almas s i mp les lev adas p elas c or r entez as p ar ali s antes das r eli g i õ es e dou tr i nas ter r enas q u e r otu lam a f or ma, ex c lu i ndo o p ens amento e a es s ê nc i a do a-mor u ni v er s al. PE R G U N T A : E s t a ê n f a s e n a U mb a n d a n ã o c on t ra ria v os s o c omp romis s o d e t ra z er os c o-n h ec imen t os d o O rien t e p a ra o O c id en t e d e f orma p a l a t á v el a o ra c ion a l is mo oc id en t a l , p ou c o a f eit o à s í mb ol os e a o es ot eris mo? R A M A T Í S – U mb anda é di nâ mi c a e s e adap ta aos p r os é li tos em s eu s ans ei os es p i r i tu ai s , des a-p eg ada de dog mas i ntoc á v ei s e eng es s amentos dou tr i ná r i os . C omo s e enc er r a o s eu p r i mei r o c entená r i o, p er í odo c í c li c o de s u a af i r maç ã o, p ar a ang ar i ar o má x i mo de f i é i s no menor temp o p os s í v el, h ou v e u ma des p r eoc u p aç ã o de s u as li der anç as ter r enas q u anto a s e b u s c ar u ma u ni -dade dou tr i ná r i a mí ni ma. E la v i c ej ou nu m mei o c ar ac ter i z ado p ela v ar i edade de r i tos , c u ltos e s í mb olos q u e tendem à “ u mb andi z aç ã o” , ac r es c i dos do s i nc r eti s mo, c omo “ av al” p ar a a i nc lu s ã o u r b ana e s oc i al nu m h ab i tat c u ltu r al p r edomi nantemente c ató li c o. O b v i amente h av er á u ma p er -p etu aç ã o des s e mov i mento de f or ma mai s di g na, f i c ando a dou tr i na de u mb anda “ dep u r ada” , s em tr au mas ou i mp os i ç õ es das li der anç as , f ato es s enc i al p ar a a s u a es tab i li dade; dor av ante, i s s o ens ej ar á c ons tante es tu do, no s enti do de c ondu z i -la, no p lano f í s i c o, a u m c onq u i s tado e mer ec i do c onc ei to de r eli g i ã o es tr u tu r ada, a s er v i ç o da c oleti v i dade enc ar nada e des enc ar nada da p á tr i a v er de-amar ela. U mb anda é p r odu to da ev olu ç ã o es p i r i tu al, c omo tu do no C os mo. E s tando s u as or i g ens c onti das nas f i los of i as or i entai s , c om f r ag mentos mai s ou menos ac entu ados dep endendo da or i g em é tni -c a e g eog r á f i c a, q u anto mai s p es q u i s ar des os c u ltos q u e der am or i g em à s r eli g i õ es , do mu ndo anti g o e p r i mi ti v o ao c i v i li z ado e c os mop oli ta, c ons tatar ei s a p r oc edê nc i a e v er ac i dade dos f u n-damentos u mb andi s tas , des de os i dos da anti g a r aç a v er melh a na A tlâ nti da. V er i f i c ai a S ab edo-r i a D i v i na nes s a r eu ni ã o das p r á ti c as e c r enç as dos í ndi os , neg r os e b r anc os do B r as i l, q u e es tá em u ní s s ono c om nos s os c omp r omi s s os as s u mi dos c om os mai or ai s do es p aç o nes te momento c ons c i enc i al da c oleti v i dade da T er r a, c ons oante a nov a r aç a q u e s e f or mar á na c r os ta, f r ater na e u ni v er s ali s ta, nu m amá lg ama entr e as c u ltu r as e f i los of i as do O r i ente e do O c i dente. PE R G U N T A – V os s a ma n eira d iret a e s em rod eios d e a b ord a r a s s u n t os p ol ê mic os q u e ou -t ros a u t ores es p irit u a is s e ex imem d e el u c id a r, n u m u n iv ers o c a ra c t eriz a d o p el a d iv ers i-d a d e d e rit os , n ã o oc a s ion a rá in t erp ret a ç õ es mel in d ros a s e p os t u ra s d e p a rc ia l id a d e d ou -t rin á ria d e a l g u n s c on f ra d es , l í d eres d a U mb a n d a ? R A M A T Í S – A p r of í c u a c u ltu r a dos u mb andi s tas , de i mp ar c i ali dade e de nã o es tab elec er j u lg a-

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 4 1 P erg untamo s a R amatí s (continuação)

mentos b eli c os os di ante da di v er s i dade, nã o dev e lev ar -v os à p as s i v i dade letá r g i c a q u e s e i s en-ta de ap ontar des v i os es tr u tu r ai s na u mb anda p r ati c ada na T er r a, nem f or talec er o temor de r es -s enti mentos e meli ndr es de i r mã os de s ear a. O c onh ec i mento das lei s u ni v er s ai s es ti mu la aos q u e o detê m; s er es do lado de c á i ndi c am f r ater nalmente o r es p ei to à s di f er enç as , mas s em ab r i -r em mã o de di r etr i z es e p r i nc í p i os b á s i c os q u e nor tei am a u mb anda do es p aç o: o amor e a c ar i -dade c r í s ti c a. D es s a manei r a os mai or ai s da G r ande F r ater ni dade U ni v er s al es tã o eng aj ados nes s es es c lar ec i mentos e nos au tor i z am a c onti nu ar mos lab or ando em p r ol da amp li aç ã o do di s -c er ni mento dos ter r í c olas . O momento es tá de ac or do c om o mer ec i mento c oleti v o da c omu ni da-de enc ar nada, p r i nc i p almente q u anto à elu c i daç ã o dos as p ec tos s oc i oló g i c os e c ó s mi c os da U mb anda. N ec es s á r i o amp li ar mos o entendi mento do medi u ni s mo, q u e nã o s e li mi ta ao es p aç o da p or ta de ac es s o p ar a dentr o dos ter r ei r os , mos tr ando as di s tor ç õ es r i tu alí s ti c as q u e h ou v e no p r oc es s o de i nc lu s ã o s oc i al, nas c omu ni dades da r eli g i ã o nas c ente, e os as p ec tos es oté r i c os no ní v el es p i r i tu al, p or q u anto a u mb anda é mov i mento dou tr i ná r i o ar q u i tetado do p lano as tr al p ar a a T er r a. C lar o q u e nos s o lab or manté m os f u ndamentos v er dadei r os j á ex i s tentes , tr az i dos p elos di v er s os c anai s s é r i os e f i dedi g nos da es p i r i tu ali dade, ei s q u e o nov o nã o des tr ó i o q u e j á es tá es tab elec i do, amp li a-o. A s s i m, almej amos s ac u di r a p ar ali s i a enr ai z ada em alg u mas li der anç as r eli g i os as da u mb anda, des ar r u mando as mentes ac omodadas e p ar c i ai s , de c onf or mi dade c om a h ar moni a c ó s mi c a de u m u ni v er s o di nâ mi c o em q u e tu do s e tr ans f or ma i ni nter r u p tamente, de ac or do c om as i mu tá v ei s lei s u ni v er s ai s . PE R G U N T A - U mb a n d a , u ma rel ig iã o b ra s il eira ou a f ro-b ra s il eira ? R A M A T Í S – I nq u es ti onav elmente a U mb anda nas c eu em s olo p á tr i o ab r i g ando as i nf lu ê nc i as r eli g i os as i ndí g enas , neg r as e b r anc as . U nem-s e em s u as p r á ti c as - tal c omo es tá es tr u tu r ada atu almente, em dou tr i na medi ú ni c o-es p i r i tu ali s ta de ter r ei r o - es p í r i tos de c ab oc los , p r etos v e-lh os e c r i anç as , e todas as ou tr as f or mas e “ r aç as ” es p i r i tu ai s de q u e as enti dades do p lano as -tr al s e u ti li z am p ar a f az er a c ar i dade, ei s q u e a u mb anda é g u i ndada à u ni v er s ali dade no i nter -c â mb i o medi ú ni c o, p r ep onder antemente c om i nf lu ê nc i a af r i c ani s ta, em s eu as p ec to p os i ti v o, b enf ei tor . É o c ontr á r i o da r oti na f eti c h i s ta e atá v i c a dos r i tos q u e s e v er i f i c am em alg u ns ter r ei r os emi nen-temente de c u ltos di s tor c i dos dos r i tu ai s anc es tr ai s das naç õ es e tr i b os or i g i nai s de q u e s ã o p r o-c edentes , o q u e p odei s denomi nar de p r á ti c as má g i c as p op u lar es , q u e nã o s e enq u adr am nas “ nor mas ” do c u lto u mb andi s ta di tadas p elo mi s s i oná r i o e lu mi nos o C ab oc lo das S ete E nc r u z i lh a-das , p ar ti c u lar mente q u anto à g r atu i dade, di s p ens a de of er endas v oti v as c om s ac r i f í c i os ani -mai s e nã o u ti li z aç ã o de s ang u e r i tu alí s ti c o. R es p ei tos amente, e s em ex c lu i r mos nenh u ma f or ma de medi u ni s mo q u e almej a a c ar i dade c om o C r i s to, f r ente à s au dá v el di v er s i dade da u mb anda, nec es s á r i o s e f az nes s e momento da f or -maç ã o da c ons c i ê nc i a c oleti v a u mb andi s ta di s ti ng u i r des as p r á ti c as má g i c as p op u lar es , di s tor c i -das f r ente à s lei s de c au s ali dade q u e r eg em a h ar moni a c ó s mi c a, do v er dadei r o mov i mento de u mb anda, q u e s e es p r ai a na T er r a p r ov i ndo do E s p aç o c om a f i nali dade de i nter i or i z ar nos c or a-ç õ es o “ es p í r i to” da c ar i dade. A s nor mas de c u lto di tadas p elo C ab oc lo das S ete E nc r u z i lh adas s er v em c omo b ali z ador es à -q u eles q u e es tã o em dú v i da s e os ter r ei r os q u e f r eq ü entam s ã o amp ar ados p ela D i v i na L u z ou nã o. C lar o es tá q u e toda s or te de medi u ni s mo tem u m v alor f r ente à i nex or á v el ev olu ç ã o dos s e-r es , des de q u e a c ada u m é dado de c onf or mi dade c om o s eu mer ec i mento e af i ni dade, nec es s i -dade de r eti f i c aç ã o e c ap ac i dade de as s i mi laç ã o, nada s e p er dendo no r u mo do P ai . A o p ú b li c o

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 4 2 P erg untamo s a R amatí s (continuação)

es p i r i tu ali s ta q u e nos é s i mp á ti c o, i mp õ em-nos os c omp r omi s s os as s u mi dos c om os mai or ai s do E s p aç o q u e di temos elu c i daç õ es amp li ando o di s c er ni mento das c oleti v i dades enc ar nadas q u e nos lê em. A s s i m, es c lar ec emos q u e: des de a p aj elanç a, u m ti p o de x amani s mo b r as i lei r o em q u e o p aj é i nc or p or a em tr ans e r i tu al c om b eb er ag em de er v as ; o tamb or de mi na em q u e s e mi s tu r am c u l-tos de di v er s as naç õ es af r i c anas c om a p aj elanç a p ar a dar p as s ag em à s enti dades de c u r a e p ar a “ ti r ar ” f ei ti ç o; o c ati mb ó onde a f u maç a do f u mo de c er tas f olh as of er ec e o ê x tas e dando p o-der es “ s ob r enatu r ai s ” ao p aj é e c oloc ando-o em c omu ni c aç ã o c om os es p í r i tos ; o r i tu al de j u r e-ma, em q u e os “ j u r emei r os ” mani f es tam í ndi os ou s ados , v i olentos e ar di los os os tentando enf ei -tes de p enas , c oc ar es , tac ap es , ar c os e f lec h as , danç ando em r i to ex ter i or q u e ar r eb ata as p o-p u laç õ es c ar entes de as s i s tê nc i a s oc i al e à s aú de, c om s u as er v as e r aí z es c u r ati v as ap r es en-tando p r oez as f enomê ni c as entr e f og o, b r as as e c ac os de v i dr os ; b em c omo os r i tu ai s af r i c ani s -tas des c ar ac ter i z ados das matr i z es anc es tr ai s das anti g as naç õ es , s ã o ti p os de medi u ni s mo c onf u ndi dos c omo u mb andi s mo. N ã o v os i lu di s c om as ap ar ê nc i as es p i r i tu ai s , onde es p í r i tos c om f or mas as tr ai s s í mi les aos da v er dadei r a u mb anda nas ap r es entaç õ es e c omp letamente des i g u ai s da s u a es s ê nc i a c ar i tati -v a, ali mentam-s e ener g eti c amente em r i tos i ni c i á ti c os s ang u i nolentos r eg alados entr e danç as e ac ep i p es de p edaç os de ani mai s s ac r i f i c ados e f ar of as f i namente temp er ados q u e enc h em as c ov as es tomac ai s q u al enter r o f amos o em á tr i o s ep u lc r al, tu do p ag o p ar a o b em es tar dos mé -di u ns e c ons u lentes ; af i r mamos q u e nada di s s o é u mb anda enq u anto mov i mento p las mado p elo C r i s to C ó s mi c o q u e s e i r r adi a p ar a a c r os ta ter r í c ola do A s tr al S u p er i or . U mb anda é v er dade q u e i ndep ende da v ontade e das s u s c eti b i li dades f er i das de li der anç as s a-c er dotai s q u e c ons p u r c am s eu nome S ag r ado c om p r á ti c as q u e nã o s ã o c ondi z entes c om a c ar i -dade r ef er endada no ev ang elh o de J es u s . P or ou tr o lado, r ec onh ec emos a ex i s tê nc i a de v ar i ados r i tos , u s os e c os tu mes na U mb anda. A l-g u ns u m tanto f eti c h i s tas , ou tr os u m p ou c o di s tor c i dos : ali u m g r i to ex ag er ado, lá u ma ap oteos e di s p ens á v el, aq u i o mé di u m env ai dec i do c om o g u i a “ i nf alí v el” , ac olá o c ons u lente des ej os o do mi lag r e em s eu f av or doa a q u em doer . O h á b i l j ar di nei r o do temp o ex tr ai deli c adamente os es p i -nh os p ar a nã o f er i r as mã os . N em tu do s ã o b elas e p er f u madas r os as no j ar di m dos O r i x á s . N a atu ali dade do mov i mento u mb andi s ta, i s s o é ex p li c á v el p elo f ato de nã o h av er u ma c odi f i c aç ã o, o q u e p or s u a v ez ac ab a “ enx otando” os dog mas , tor nando o mov i mento u mb andi s ta, di nâ mi c o e s emp r e ev olu i ndo, c omo tu do no C os mo. N o f u tu r o, O x alá e s eu s di tames p r ev ê em o eq u i lí b r i o nes s a di v er s i dade s em c ó di g os def i ni ti v os . N ota: E s te tex to f az p ar te de li v r o no p r elo p ela E di tor a do C onh ec i mento, ai nda s em tí tu lo, q u e o " C or r ei o de U mb anda" di v u lg a c om ex c lu s i v i dade à c omu ni dade u mb andi s ta. N orb e rto P e ix oto

Ch ou pana do Cab oc l o P e ry P orto A l e g re - R S nor p e@ p or tow eb .c om.b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 4 3 P rec e I nd í g ena

D i z u m a " D e i x e m -m e s e g u i r a s p e g a d a s d o m e u i n i m i g o p o r t r ê s s e m a n a s , c a r r e g a r o m e s m o f a r d o e p a s s a r p e l a s m e s m a s p r o v a ç õ e s q u e e l e , a n t e s d e d i z e r u m a s ó p a l a v r a d e d e s a p r o v a ç ã o à s u a c o n d u t a " . S ã o p a l a v r a s q u e e n c e r r a m u m a p r o f u n d a s a b e d o r i a . J u l g a r o p r o c e d i m e n t o a l h e i o , s e m a n t e s p r o c u r a r m o s e n t e n d e r o s m o t i v o s q u e o l e -v a r a m a a g i r a s s i m , é o c a m i n h o m a i s f á c i l , p o r é m é t a m b é m o q u e m a i s n o s l e v a a c o m e t e r i n j u s t i ç a s . S e m p r e e s p e r a m o s q u e o s o u t r o s e n t e n d a m n o s s a s m o t i v a ç õ e s e q u a n d o n ã o o f a -z e m n o s s e n t i m o s i n j u s t i ç a d o s . M a s s e r á q u e n ó s p r o c u r a m o s s e m p r e e n t e n d e r a s r a z õ e s a l h e i a s ? S e r á q u e , a o m e n o s p o r u m i n s t a n t e , s e r í a m o s c a p a z e s d e t e n t a r i m a g i n a r c o m o a g i -r í a m o s s e e s t i v é s s e m o s n o l u g a r d a o u t r a p e s s o a ? P o u c o s d e n ó s a o m e n o s t e n t a m . M a s , a m a i o r i a d e n ó s n ã o h e s i t a e m d e s a p r o v a r t u d o q u e e s t e j a c o n t r a r i a n d o a q u i l o q u e c o n s i d e r a " c e r t o " . E x p e r i m e n t e , a o m e n o s u m a v e z , c a r r e g a r o f a r d o d e s e u i n i m i g o !

A u t o r d e s c o n h e c i d o

Enviado por Sandra Ribeiro

M oderadora da Sal a @ @ U m banda@ @ no P al T al k Rio de J aneiro - RJ

[email protected]

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 4 4 P o r q ue I sto f o i A c o ntec er J ustamente C o mig o ?

E r a a p er g u nta q u e f az i a, entr e lá g r i mas , aq u ela mã e des es p er anç ada aj oelh ada aos p é s da mé di u m i nc or p or ada. O s c ab elos des ali nh ados demons tr av am o s eu p ou c o c as o c om o c or p o f í s i c o, c ontr ar i ando a mes ma mu lh er de alg u m temp o atr á s onde a v ai dade er a p onto p r ep onde-r ante na p er s onali dade. O s ané i s q u e enc h i am s eu s dedos j á nã o ti nh am o b r i lh o da j ó i a c ar a, p oi s ti nh am p er di do o v alor q u e s emp r e der a e eles . E s tav a ali dep oi s de ter p as s ado p or mu i tos lu g ar es . e em nenh u m enc ontr ar a a r es p os ta à s u a p er g u nta. A dor ter r í v el da p er da ai nda lh e c or r oi a o c or aç ã o. J á f az i a mai s de doi s anos q u e s eu ú ni c o f i lh o h av i a des enc ar nado c om ap enas tr ê s anos de i dade. T r az i a c om ela u ma f oto do s eu p r i nc i p ez i nh o de olh os az u i s . D es de entã o, s enti a c omo s e h ou v es s em lh e ar r anc ado u m b r aç o, dei x ando s e es v ai r p or ali p ar te de s u a ener g i a v i tal e todo s eu p r az er p ela v i da. A p r eta v elh a p ac i entemente es c u tav a os lamentos dolor os os daq u ela mã e, enq u anto b u s c av a, atr av é s de s eu ades tr ado p oder mental, c lar i v i dente, r eali z ar em ou tr o ní v el f or a do p la-no f í s i c o, a tr ans mu taç ã o das f or mas de p ens amento p las madas e v i v i f i c adas p or aq u ele es p í r i to em des eq u i lí b r i o. P ela mag i a do amor , c onv oc av a os elementai s p ar a q u e c om s eu s r es p ec ti v os elementos p u des s em ef etu ar a p r of i lax i a nec es s á r i a nas lar v as as tr ai s q u e s e ac u mu lav am em s eu s c entr os de f or ç a. A mov i mentaç ã o q u e s e r eali z av a a ní v el as tr al er a i ntens a e i g nor ada p e-la mu lh er , q u e enc lau s u r ada em s u a dor , s ó q u er i a u ma r es p os ta q u e v i es s e alentar -lh e o c or a-ç ã o. P er c eb endo q u e, p or li g aç õ es anc es tr ai s , aq u ele s er es tav a s endo alv o de i ndu ç ã o men-tal neg ati v a, em total des r es p ei to ao s eu mer ec i mento, denotando p r oc es s o ob s es s i v o mó r b i do q u e a li g av a a u m b ols ã o de es p í r i tos r eni tentes e mater i ali s tas , h ab i tantes do u mb r al i nf er i or , a b ondos a e s á b i a p r eta v elh a c onv oc ou a p r es enç a do E x u de s u a s er v enti a, q u e c om s u a f alan-g e adentr ou naq u ele lu g ar , r etendo-os e enc ami nh ando-os ao ap r endi z ado nec es s á r i o nu m en-tr ep os to tr ans i tó r i o do as tr al, r es tab elec endo a j u s ti ç a até as dev i das deli b er aç õ es p elos mai o-r ai s s i der ai s . A o mes mo temp o, er a p r es tado s oc or r o a mu i tos ou tr os es p í r i tos s of r edor es ali ena-dos e v enc i dos p ela dor , q u e p or s i ntoni a v i b r ató r i a – s emelh ante atr ai s emelh ante – i ntens i f i c a-v am, p or r ep er c u s s ã o v i b r ató r i a, o es tado de tor p or mental da mã e r ev oltada c om a p er da do f i -lh i nh o. A c atar s e q u e s e v er i f i c av a c om aq u ela mã e ag or a s e ac almav a, di ante da s ens aç ã o de ac onc h eg o q u e a b ondos a p r eta v elh a lh e p as s av a, e p elas p alav r as a ela di r i g i das : - N eg r a v elh a v ai r es p onder à s u a p er g u nta f az endo ou tr a: - V oc ê amav a aq u ele f i lh o q u e p ar ti u ? - M eu D eu s , é c lar o q u e o amav a. E le er a meu ú ni c o f i lh o! - E ntã o o meu c ons elh o é q u e c onti nu e amando-o. - E u o amo ai nda, mas a s u a p r es enç a me f az mu i ta f alta. E u dev er i a ter mor r i do em s eu lu g ar . - N eg r a v elh a p ede des c u lp as à f i lh a, mas v ai ter q u e s er v er dadei r a di z endo q u e mes mo nã o du v i dando des te amor , ele é p or demai s eg oí s ta.

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 4 5 P or q ue I s to f oi A conte ce r J us tam e nte C om ig o ? (conitnuação)

O u v i ndo i s s o, e s enti ndo-s e i ns u ltada, a mu lh er r ec lamou : - E u , eg oí s ta? A mar u m f i lh o é s er eg oí s ta? - A mar s i g ni f i c a li b er tar . A f i lh a nã o es tá q u er endo dei x ar q u e es s e es p í r i to tome s eu r u -mo. E s tá s of r endo p or q u e ele s e f oi , mas q u er endo ter i do em s eu lu g ar , es q u ec endo q u e nes s a s i tu aç ã o o s of r i mento s er i a dele, e talv ez mu i to mai or q u e o s eu , p oi s entã o f i c ar i a ó r f ã o. A lé m do mai s , f i lh a, o q u e v oc ê f ez até ag or a p ar a p r eenc h er es s a f alta q u e di z s enti r , alé m de c h or ar ? P or ac as o p er c eb eu q u e a p ou c os metr os de s u a c as a tem u m " lar -ab r i g o" de c r i anç as ab ando-nadas e c ar entes ? J á p ens ou em s ec ar es s as lá g r i mas e s or r i r p ar a elas ? S of r e s em s eu f i lh o, elas s of r em p or nã o ter em u ma mã e. A mu lh er b ai x ou a c ab eç a env er g onh ada, p or lemb r ar de q u antas v ez es p ens ou q u e D eu s p oder i a ter lev ado u ma daq u elas c r i anç as ó r f ã s em v ez de ter ar r eb atado o s eu q u er i do meni no: - A v i da, mi nh a f i lh a, é u m q u eb r a c ab eç as mu i to b em ar q u i tetado, onde todas as p eç as tê m u m lu g ar c er to. A c h e o s eu , p oi s o f i lh o q u e h á temp o p ar ti u , nes te momento es tá c h eg ando onde dev i a. V ov ó B enta * * * * L eni W i nc k S av i s c k i , au tor a dos c as os q u e c omp õ em es te c ap í tu lo, é a mé di u m q u e mani f es ta o es p í r i to q u e s e ap r es enta c omo V ov ó B enta – b enf ei tor a es p i r i tu al q u e atu a na li nh a dos p r etos v elh os ; tr ab alh a no T emp lo de U mb anda V oz es de A r u anda, q u e es tá loc ali z ado na S oc i edade F r ater nal C anti nh o da L u z , de E r ec h i m, R S . N ota: es te tex to f az p ar te de li v r o q u e q u e s e enc ontr a no p r elo p ela E di tor a do C onh ec i mento. A o r ep as s a-lo, c i te a f onte.

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 4 6 C h ak ras

C h ak r a é a denomi naç ã o s â ns c r i ta dada aos c entr os de f or ç a ex i s tentes nos c or p os es p i -r i tu ai s do h omem. E s tes c entr os s ã o c anai s p ar a q u e as ener g i as amb i entai s e di mens i onai s en-tr em no h omem. O s C h ak r as s eg u em c er tas li nh as de c anai s de tr ans mi s s ã o, c h amados de " mer i di anos " na medi c i na c h i nes a e " nadi s " em s â ns c r i to. Q u ando u ma ener g i a neg ati v a é p er c eb i da em u m dos C h ak r as , é p os s í v el, atr av é s de té c ni c as ap r op r i adas , r eti r ar c ons c i entemente es ta ener g i a neg ati v a, h ar moni z ando nov amente os nos s os c entr os ener g é ti c os , até c h eg ar o di a, em q u e ne-nh u ma ener g i a neg ati v a p oder á s e i ntr odu z i r nos c entr os , dev i do ao eq u i lí b r i o e h ar moni a de nos s os c h ak r as . O s C h ak r as mai s des env olv i dos nos s er es h u manos c omu ns , s ã o os de B as e, A lma e P lex o S olar . J u nto aos nos s os C h ak r as , enc ontr amos as f amos as G lâ ndu las E ndó c r i nas , es c r i -tas em or dem enc ontr adas no c or p o h u mano, de b ai x o p ar a c i ma, g lâ ndu las r ep r odu ti v a, p â n-c r eas , s u p r a-r enai s , ti mo, ti r eó i de, p i neal e p i tu i tá r i a. É i mp or tante i nf or mar , q u e o nome dos c h ak r as , v ar i am de g r u p os p ar a g r u p os ou s ei tas ou r eli g i õ es . P or tanto, s e o nome do c h ak r a aq u i enc ontr ado, f or di f er ente de v os s o c onh ec i men-to ou s e ou v i r ou tr o nome r ef er enc i al, c ons i der e es tas denomi naç õ es nor mai s , as s i m c omo a g r af i a c h ac r a c om c e nã o c om k , adap tado a lí ng u a p or tu g u es a b r as i lei r a. 1 . C H A K R A C O R O N Á R I O : L oc ali z aç ã o: top o da c ab eç a; C or r elaç ã o F í s i c a: li g ado à G lâ ndu la P i neal ( ep í f i s e) ; C or : b r anc a. É o c h ak r a mai s i mp or tante, p oi s é o r es p ons á v el p ela i r r i g aç ã o ener g é ti c a do c é r eb r o. B em des env olv i do, f ac i li ta a lemb r anç a e a c ons c i enti z aç ã o das p r oj eç õ es da c ons c i ê nc i a. É mu i to i mp or tante na telep ati a, na medi u ni dade, nas ex p ans õ es da c ons c i ê nc i a e na r ec ep ç ã o de temas elev ados . É o c h ak r a p or onde p enetr a a ener g i a c ó s mi c a. 2 . C H A K R A F R O N T A L : L oc ali z aç ã o: f r onte; C or r elaç ã o F í s i c a: li g ado à G lâ ndu la H i p ó f i s e ( p i tu i tá r i a) ; C or : amar e-lo. É o r es p ons á v el p ela ener g i z aç ã o dos olh os e do nar i z . B em des env olv i do, f ac i li ta a c lar i v i -dê nc i a e a i ntu i ç ã o. P or v ez es , a s u a ati v i dade c r i a u ma p alp i taç ã o na tes ta ou s ens aç ã o de c a-lor ( p ar ec e u m c or aç ã o b atendo na tes ta) . 3 . C H A K R A L A R Í N G E O : L oc ali z aç ã o: g ar g anta; C or r elaç ã o F í s i c a: li g ado à G lâ ndu la T i r eó i de ( e p ar ati r eó i des ) ; C or : v er melh o. É o r es p ons á v el p ela ener g i z aç ã o da b oc a, g ar g anta e ó r g ã os r es p i r ató r i os . B em des env olv i do, f ac i li ta a p s i c of oni a e a c lar i au di ê nc i a. É c ons i der ado tamb é m c omo u m f i ltr o ener -g é ti c o q u e b loq u ei a as ener g i as emoc i onai s , p ar a q u e elas nã o c h eg u em até os c h ak r as da c a-b eç a. É o c h ak r a r es p ons á v el p ela ex p r es s ã o c r i ati v a ( c omu ni c aç ã o) do s er h u mano no mu ndo.

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 4 7 C h ak ras (continuação)

4 . C H A K R A C A R D Í A C O : L oc ali z aç ã o: c entr o do p ei to; C or r elaç ã o F í s i c a: li g ado à G lâ ndu la T i mo; C or : v er de. É o c h ak r a r es p ons á v el p ela ener g i z aç ã o do s i s tema c á r di o-r es p i r ató r i o. É c ons i der ado o c anal de mov i mentaç ã o dos s enti mentos . É o c h ak r a mai s af etado p elo des eq u i lí b r i o emoc i onal. B em de-s env olv i do, tor na-s e u m c anal de amor p ar a o tr ab alh o de as s i s tê nc i a es p i r i tu al. Q u ando ex i s te u m b loq u ei o nes s e c h ak r a, a p es s oa s ente dep r es s ã o, ang ú s ti a, i r r i taç ã o ou p ontadas no p ei to. 5 . C H A K R A U M B I L I C A L : L oc ali z aç ã o: c er c a de 1 c m ac i ma do u mb i g o; C or r elaç ã o F í s i c a: li g ado ao p â nc r eas ; C or : lar anj a. É r es p ons á v el p ela ener g i z aç ã o do s i s tema di g es tó r i o. É c ons i der ado o c h ak r a das emo-ç õ es i nf er i or es . Q u ando es tá b loq u eado, c au s a enj ô o, medo ou i r r i taç ã o. B em des env olv i do, f a-c i li ta a p er c ep ç ã o das ener g i as amb i entai s . 6 . C H A K R A E S P L Ê N I C O : L oc ali z aç ã o: em c i ma do b aç o; C or r elaç ã o F í s i c a: nã o p os s u i li g aç ã o c om nenh u ma g lâ n-du la; C or : az u l. É o r es p ons á v el p ela ener g i z aç ã o do b aç o. É c ons i der ado u m “ dí namo do c or p o h u mano” , p oi s é atr av é s dele q u e p enetr a u ma p ar te da ener g i a ( p r ana) do amb i ente. B em de-s env olv i do, f av or ec e a s oltu r a do du p lo eté r i c o e, c ons eq ü entemente, o des env olv i mento da me-di u ni dade, b em c omo a s oltu r a do p s i c os s oma em r elaç ã o à s p r oj eç õ es da c ons c i ê nc i a. 7 . C H A K R A B Á S I C O : L oc ali z aç ã o: b as e da c olu na; C or r elaç ã o F í s i c a: li g ado à s G lâ ndu las s u p r a-r enai s ; C or : v er melh ã o. É o r es p ons á v el p ela ab s or ç ã o da k u ndali ni ( ener g i a telú r i c a) e p elo es tí mu lo di r eto da ener g i a no c or p o e na c i r c u laç ã o do s ang u e. F O N T E : P R O N T O S O C O R R O E S P I R I T U A L Enviado por Sandro C.Mattos

O g ã A l ab ê da A P EU - A ssoc iaç ã o de P e sq u isas Espiritu ais U b atu b a - S.P au l o/ SP

sc m -b io@ b ol .c om .b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 4 8 O rix á s na A po metria

I n v oc a ç ã o, ou c on c en t ra ç ã o n os O rix á s

A s s oc ia ç ã o c om a t en d imen t o n a a p omet ria Q u anto as i nv oc aç õ es , ou c onc entr aç ã o nos O r i x á s , atr av é s de c â nti c os , du r ante a di nâ -mi c a do atendi mento no g r u p o de ap ometr i a, v ej am ab ai x o: 1- c on c en t ra ç ã o O x a l á : f az a di s tr i b u i ç ã o ou " des c i da" v i b r ató r i a das ou tr as li nh as e enti -dades . A deq u ado s e c antar nos i ni c i os dos tr ab alh os e nas s i tu aç õ es q u e r eq u er em atu aç ã o do c h amado ag r u p amento do or i ente e dos mé di c os do as tr al: E x . c i r u r g i as , atu aç õ es r eg ener ati v as no du p lo eté r eo... 2- c on c en t ra ç ã o Y ema n j á : li mp ez a mag né ti c a do amb i ente do tr ab alh o, mé di u ns e c on-s u lentes p elo p ov o d' ag u a. E x : ap ó s des manc h os , des ob s es s õ es , demandas , mani f es taç ã o de es p í r i tos s of r edor es mai s c ans ati v as , e s emp r e q u e s e p r ec i s ar f az er u ma h ar moni z aç ã o do g r u p o 3- c on c en t ra ç ã o X a n g ô : v er i f i c aç ã o de c au s as p r eté r i tas , tr au mas do p as s ado q u e es tã o nec es s i tando de eq u i lí b r i o e é j u s to c onf or me a lei do c ar ma...e oc or r ê nc i as q u e es tã o des r es -p ei tando o li v r e ar b í tr i o do c ons u lente... E x : c ons u lente tem p â ni c o de elev ador p or q u e nu ma v i da p as s ada c ai u de u m telh ado e des enc ar nou ...es p í r i tos ob s es s or es s e ap r ov ei tam di s to e au mentam o mal es tar or i u ndo do tr au ma do p as s ado - es tas i nf or maç õ es g er almente s ã o f or nec i das p elos p r etos v elh os atr av é s de u m mé di u m ao di r i g ente, q u ando ele nã o r ec eb e di r eto do as tr al... 4- c on c en t ra ç ã o em O g u m : A s enti dades des ta li nh a i r ã o r eali z ar o tr ab alh o de deman-da, lu tar c ontr a as f alang es das " s omb r as " , i r ã o s e antep or f r ontalmente aos mag os neg r os , c r i -ando u ma b ar r ei r a v i b r ató r i a mag né ti c a do as tr al, nos tr atamentos e c u r as . E x : c ons u lente es tá mag i ado e s e c ar ac ter i z a u m emb ate c om a or g ani z aç ã o c ontr atada no s u b mu ndo as tr al q u e f ez o tr ab alh o. I nv oc amos o O r i x á O g u m, ao mes mo temp o q u e os C ab oc los da v i b r ató r i a s e mani f es -tam... 5- c on c en t ra ç ã o O x oc e : es tas enti dades i r ã o atu ar j u nto c om os mé di c os do as tr al, nos h os p i tai s e entr ep os tos s oc or r i s tas , nos tr atamentos de c u r a. E x : c i r u r g i as no du p lo eté r eo... M ov i mentaç ã o de ec top las ma - f lu í do ani mal doado p elos mé di u ns - c om f i nali dade de r ec omp or memb r os es f ac elados , es p í r i tos ac i dentados , etc ..

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 4 9 O rix á s na A po metria (continuação)

6- c on c en t ra ç ã o I b ej i - c ria n ç a s : os c h amados c os mi nh os .: s ã o es tas enti dades q u e mani p u lam e c oor denam os tr ab alh os c om os es p í r i tos da natu r ez a. E x : ao i nv oc ar mos u m s i lf o, s alamandr a ou ou tr o es p í r i to da natu r ez a, dev emos li b er á -los c om os c â nti c os de Y or i as s oc i ado c om p au s adas c ontag ens ...P ela p u r ez a dos Y or i s , os es p í r i -tos da natu r ez a nã o s ã o p r ej u di c ados , p oi s nó s , h omens , temos v i b r aç õ es q u e p ar a eles s ã o i n-s u p or tá v ei s , na s u a mai or i a. 7 - c on c en t ra ç ã o O mu l u - p ret os v el h os : todo tr ab alh o de alta mag i a, li b er aç ã o dos g u ar di õ es -E x u s é f ei to p or es ta v i b r ató r i a. E x : c ons u lente es tá p er tu r b ado em c ons eq u ê nc i a de u m tr ab alh o de mag i a neg ati v a r eali -z ado, f az endo c om q u e ele nã o du r ma e s i nta dor es g ener ali z adas p elo c or p o. O s p r etos v elh os au tor i z am os E x u s e os c oor denam do A s tr al em i nc u r s õ es na c r os ta p a-r a des manc h e, q u ando f or j u s to. 8 - c on c en t ra ç ã o I a n s ã : c ondu ç ã o de es p í r i tos s of r edor es p ar a as z onas de r ec olh i mento e s oc or r o no as tr al, ti r ando-os da c r os ta. G er almente s e i nv oc a no c r u z amento de or i x á , c om o-g u m, ox oc e ou x ang ô . 9 - c on c en t ra ç ã o ox u m : v i b r aç ã o q u e tr az g r ande c alma, alento, amor . T r ab alh a a mater -ni dade q u e es tá em c ada u m de nó s , p oi s todos j á es ti v emos no ab r i g o de u m ù ter o. R ec omen-dado nos c as os de es p í r i tos - c ons u lentes - c om s ens aç ã o de ab andono, s oli dã o...c h or os os , me-lanc ó li c os e tr i s tes . T odas as enti dades li g adas a c ada O r i x á tr ab alh am em c onj u nto e ao mes mo temp o. A di nâ mi c a dos atendi mentos da U mb anda e ap ometr i a r eq u er o entendi mento des s as f or ç as p ar a q u e s ej amos melh or es c anai s p ar a a c ar i dade em nome do C r i s to.

N orb e rto P e ix oto Ch ou pana do Cab oc l o P e ry

P orto A l e g re - R S nor p e@ p or tow eb .c om.b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 5 0 A l ec rim

H á di as em q u e tem-s e a i mp r es s ã o de s e es tar dentr o de u m es p es s o nev oei r o. T u do p ar ec e monó tono e di f í c i l e o c or aç ã o f i c a tr i s te. É a noi te es c u r a da alma. E r a u m des tes di as , q u ando u ma v oz i nter i or me di s s e: " V oc ê p r ec i s a tomar c h á de ale-c r i m" . F u i ao j ar di m e lá es tav a nos s o v i ç os o p é de alec r i m. I nter es s ante é q u e q u as e todos q u e v i s i tam nos s os j ar di ns demons tr am af ei ç ã o e r es p ei to p elo alec r i m. C onf es s o q u e nu nc a li g u ei mu i to p ar a ele. M as , naq u ele di a, c om toda r ev er ê nc i a, c olh i alg u ns r amos , p r ep ar ei u m c h á e o s er v i em u ma li nda x í c ar a. O ar oma er a mu i to ag r adá v el e, a c ada g ole q u e b eb i a, s enti a mente i r c lar eando. U ma s ens aç ã o de b em-es tar e aleg r i a f oi s e es p alh ando p elo c or p o e s enti enor me f eli c i dade no c or a-ç ã o. F i q u ei mu i to i mp r es s i onada c om a c ap ac i dade des s a p lanta tr ans mi ti r aleg r i a. A li á s , o no-me alec r i m j á lemb r a aleg r i a. R es olv i p es q u i s ar a r es p ei to e - v ej a s ó q u e mar av i lh a! O alec r i m - R os mar i nos of f i c i nali s , p lanta nati v a da r eg i ã o medi ter r â nea - f oi mu i to ap r ec i -ado na I dade M é di a e no R enas c i mento, ap ar ec endo em v á r i as f ó r mu las , i nc lu s i v e a " Á g u a da R ai nh a da H u ng r i a" , f amos a s olu ç ã o r ej u v enes c edor a. E li z ab eth da H u ng r i a r ec eb eu , aos 7 2 anos , a r ec ei ta de u m anj o ( u m mong e? ) q u ando es tav a p ar alí ti c a e s of r i a de g ota. C om o u s o do p r ep ar ado, r ec ob r ou a s aú de, a b elez a e a ale-g r i a. O r ei da P olô ni a c h eg ou a p edi -la em c as amento! M adame de S é v i g né r ec omendav a á g u a de alec r i m c ontr a a tr i s tez a, p ar a r ec u p er ar a a-leg r i a. R u dolf S tei ner af i r mav a q u e o alec r i m é , ac i ma de tu do, u ma p lanta c alor í f er a q u e f or tale-c e o c entr o v i tal e ag e em todo o or g ani s mo. A lé m di s s o, eq u i li b r a a temp er atu r a do s ang u e e, atr av é s dele, de todo o c or p o. P or i s s o é r ec omendado c ontr a anemi a, mens tr u aç ã o i ns u f i c i ente e p r ob lemas de i r r i g aç ã o s ang ü í nea. T amb é m atu a no f í g ado. E u ma melh or i r r i g aç ã o dos ó r g ã os , es ti mu la o metab oli s mo. U m ex -v i c i ado em dr og as r ev elou q u e ti v er a u ma v i s ã o de J es u s q u e o tor nou c ap az de li v r ar -s e do v í c i o. J es u s lh e s u g er i a q u e tomas s e c h á de alec r i m p ar a r eg ener ar e li mp ar as c é lu -las do c or p o, p oi s o alec r i m c onti nh a todas as c or es do ar c o-í r i s . O alec r i m é di g es ti v o e s u dor í f er o. A j u da a as s i mi laç ã o do aç ú c ar ( no di ab etes ) e é i ndi c a-do p ar a r ec omp or o s i s tema ner v os o ap ó s u ma long a ati v i dade i ntelec tu al. É r ec omendado p ar a a q u eda de c ab elo, c as p a, c u i dados c om a p ele, les õ es e q u ei madu -r as ; p ar a c u r ar r es f r i ados e b r onq u i tes , p ar a c ans aç o mental e es taf a; ai nda p ar a p er da de me-mó r i a, au mentando a c ap ac i dade de ap r endi z ado.

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 5 1 A l ec rim (continuação)

E x i s te u ma g r ac i os a lenda a r es p ei to do alec r i m: Q u ando M ar i a f u g i u p ar a o E g i to, lev an-do no c olo o meni no J es u s , as f lor es do c ami nh o i am s e ab r i ndo à medi da q u e a s ag r ada f amí li a p as s av a p or elas . O li lá s er g u eu s eu s g alh os or g u lh os os e emp lu mados , o lí r i o ab r i u s eu c á li c e. O alec r i m, s em p é talas nem b elez a, entr i s tec eu lamentando nã o p oder ag r adar o meni no. C ans ada, M ar i a p ar ou à b ei r a do r i o e, enq u anto a c r i anç a dor mi a, lav ou s u as r ou p i nh as . E m s eg u i da, olh ou a s eu r edor , p r oc u r ando u m lu g ar p ar a es tendê -las . " O lí r i o q u eb r ar á s ob o p es o, e o li lá s é alto demai s " . C oloc ou -as entã o s ob r e o alec r i m e ele s u p er ou a tr i s tez a e as s u s tentou ao s ol du r ante toda a manh ã . " O b r i g ada, g enti l alec r i m" - di s s e M ar i a. “ D aq u i p or di ante os tentar á s f lor es az u i s p ar a r ec or dar em o manto az u l q u e es tou u s an-do. E nã o ap enas f lor es te dou em ag r adec i mento, mas todos os g alh os q u e s u s tentar am as r ou -p as do p eq u eno J es u s , s er ã o ar omá ti c os . E u ab enç ô o f olh a, c au le e f lor , q u e a p ar ti r des te i ns -tante ter ã o ar oma de s anti dade e emanar ã o aleg r i a."

Enviado por Sandra Ribeiro M oderadora da Sal a @ @ U m banda@ @ no P al T al k

Rio de J aneiro - RJ [email protected]

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 5 2 O Q ue D if e r e ncia o M é d ium d e U m b and a d o E s p í r ita

B as i c amente, o q u e di f er enc i a o mé di u m de U mb anda em r elaç ã o ao es p í r i ta? - o mé di u m de u mb anda tem u ma s ens i b i li z aç ã o as tr al, u m r ef or ç o no s eu tô nu s f lu í di c o, o q u e lh e c onf er e u m " s elo" , p ar a tr ab alh ar c om es p í r i tos em f ai x as af i ns ; - nem todos s ã o mé di u ns de u mb anda, emb or a de ac or do c om a di to k ar dec i s mo todos p odem s er mé di u ns ; - o mé di u m de u mb anda tem s eu s nú c leos v i tai s de ener g i a mu i to p ec u li ar es , q u e r ep er -c u te nos g â ng li os , p lex os ner v os os , g lâ ndu las e s i s tema endó c r i no, of er ec endo ao s eu c omp lex o f í s i c o-eté r eo-as tr al u m di nami s mo ti p i f i c ado p ar a li dar nos entr ec h oq u es v i b r ató r i os oc as i onados p elo c omb ate a mag i a neg ati v a, no s u b mu ndo u mb r ali no do b r u x edo, f ei ti ç ar i a, c oi s a e tal; - r eg u lar mente o mé di u m de u mb anda tem q u e s e r ef az er j u nto a natu r ez a, s ob p ena de f adi g a f lu í di c a. P ar a i s to s endo nec es s á r i o elementos mater i ai s , c omo li b er ador es ener g é ti c os , r ec omp ondo e mantendo o eq u i lí b r i o nos c entr os ner v os os do or g ani s mo f í s i c o; - o mé di u m de u mb anda j á nas c e v i b r ado, c om f lu í dos ner v os os es p ec í f i c os , em c er tas z onas v i tai s c om eq u i v alê nc i a v i b r ató r i a q u e p r op i c i am , em s eu or g ani s mo f í s i c o-eté r eo-as tr al, u ma s ens i b i li z aç ã o e u m ac op lamento nos s eu s c h ac r as dos g u i as e p r otetor es na mani f es ta-ç ã o medi ú ni c a, p oi s q u e es tes es p í r i tos j á es tã o des ti nados a tr ab alh ar em c om ele antes de r e-enc ar nar ; - os mé di u ns es p í r i tas , nã o tendo es te " s elo" medi ú ni c o em dec or r ê nc i a da s ens i b i li z aç ã o as tr ali na antes de r eenc ar nar em, f ac i lmente s e des eq u i li b r am, s e atu ar em nas f ai x as de s oc or r o da u mb anda, p oi s s of r em a aç ã o de r etor no dos f lu í dos , i mp r ó p r i os aos s eu s deli c ados or g ani s -mos des ti nados a u ma f ai x a v i b r ató r i a mer amente mental; - ao c ontr á r i o, u m mé di u m de u mb anda f ac i lmente atu a nas mes as k ar dec i s tas , s em q u ai s q u er r es q u í c i os f lu í di c os q u e o ab alem; es c r ev e, dá mens ag em e i r r adi a f lu í dos c u r ati v os aos doentes ; - ao c ontr á r i o do q u e p ens am os es p í r i tas , a c ar ac ter í s ti c as de entr ec h oq u e v i b r ató r i o da u mb anda c om as z onas u mb r ali nas , nã o di f u nde a i dé i a de s eu s tr ab alh os s er em dens os , mai s p es ados , log o er r oneamente tax ados de i nf er i or es . H á f ai x as s ú ti s i nter p enetr adas e mu i tos es -p í r i tos lu mi nos os lab u tam na u mb anda s em a di ta mec â ni c a de i nc or p or aç ã o; - o mai or ex emp lo de mé di u m u mb andi s ta na T er r a talv ez tenh a s i do J es u s : nu nc a es tev e r eti do nos temp los as s é p ti c os , p enu mb r os os e mentali s tas . S emp r e c i r c u lou entr e os nec es s i ta-dos , nos loc ai s de dor e s of r i mento, entr e o p ov o, as s i m c omo a B anda f az . S A R A V Á T O D O S O R I X Á S S A R A V Á U M B A N D A N orb e rto P e ix oto

Ch ou pana do Cab oc l o P e ry P orto A l e g re - R S nor p e@ p or tow eb .c om.b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 5 3 A s M el h o res S ementes

U m emp r es á r i o ag r i c u ltor , de p ou c o es tu do, p ar ti c i p av a todos os anos da p r i nc i p al f ei r a de ag r i c u ltu r a da s u a c i dade. O q u e ac ontec i a de mai s ex tr aor di ná r i o é q u e ele s emp r e g anh av a, ano ap ó s ano, o tr o-f é u : M I L H O D O A N O . E ntr av a c om s eu mi lh o na f ei r a e s aí a c om a f ai x a az u l r ec ob r i ndo s eu p ei to. O s eu mi lh o er a c ada v ez melh or . E m u ma oc as i ã o des s as , u m r ep ó r ter do j or nal ab or dou o emp r es á r i o ap ó s tr adi c i onal c o-loc aç ã o da f ai x a de c amp eã o! E le f i c ar a mu i to i ntr i g ado c om a r ev elaç ã o do emp r es á r i o de c omo ele c os tu mav a c u lti v ar s eu q u ali f i c ado e v ali os o p r odu to. O r ep ó r ter des c ob r i u q u e o f az endei r o c omp ar ti lh av a b oa p ar te das melh or es s ementes da s u a p lantaç ã o de mi lh o c om os s eu s v i z i nh os . - C omo p ode o s enh or c omp ar ti lh ar s u as melh or es s ementes c om s eu s v i z i nh os , q u ando eles es tã o c omp eti ndo di r etamente c om o s enh or ? O f az endei r o r es p ondeu : - V oc ê nã o s ab e? É s i mp les . O v ento ap anh a o p ó len do mi lh o madu r o e o lev a de c amp o p ar a c amp o. S e meu s v i z i -nh os c u lti v ar em mi lh o i nf er i or ao meu , a p oli ni z aç ã o deg r adar á c onti nu amente a q u ali dade do meu mi lh o. S e eu q u i s er c u lti v ar mi lh o b om, eu tenh o q u e aj u dá -los a c u lti v ar o melh or mi lh o, c e-dendo a eles as melh or es s ementes . A u tor des c onh ec i do M or al da H i s tó r i a: A q u eles q u e es c olh em es tar em p az dev em f az er c om q u e s eu s v i z i nh os es tej am em p az . A q u eles q u e q u er em v i v er b em tê m de aj u dar os ou tr os p ar a q u e v i v am b em. A q u eles q u e q u er em s er f eli z es tê m de aj u dar os ou tr os a enc ontr ar a f eli c i dade, p oi s o b em-es tar de c ada u m es tá li g ado ao b em-es tar de todos . V oc ê j á p ar ou p r a p ens ar q u e todos nó s s omos i mp or tantes u ns p ar a os ou tr os e q u e p ar a v i v er -mos b em nó s dep endemos u ns dos ou tr os ? E s p er o q u e v oc ê tamb é m c ons i g a aj u dar s eu s v i z i nh os a c u lti v ar c ada v ez mai s as melh or es s e-mentes , os melh or es mi lh os e as melh or es ami z ades . “ P ar a li dar c ons i g o mes mo, u s e a c ab eç a. P ar a li dar c om os ou tr os u s e o c or aç ã o” . ( K ar l R ah ner ) T ex tos ex tr aí dos do b oleti m i nf or mati v o T .U .T .C . N º 1 0 – A no 1 – A g os to/ 2 0 0 6 E nv i ado p or C els o T i r loni T emp lo de U mb anda T i a C onc ei ç ã o S ã o P au lo - S P c els oti r loni @ p er f or manc eg lob al.c om.b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 5 4 A V aid ad e Ex c essiv a

O p rimeiro c a s o - o de v ai dade ex c es s i v a: - u ma c r i atu r a, h omem ou mu lh er , tem o dom medi ú ni c o. N atu r almente q u e o tr ou x e de b er ç o, i s to é , des de q u e s e p r ep ar av a p ar a enc ar nar . E m c er ta altu r a de s u a v i da, mani f es ta-s e a s u a medi u ni dade. E i s q u e s u r g e o p r otetor - c ab ob lo ou p r eto-v elh o. C omo no mé di u m de f ato da C or r ente A s tr al de U mb anda a enti dade tamb é m é de f ato, é c lar o q u e ela f az c oi s as ex tr aor di ná r i as . C u r a. A j u da. A c ons elh a. T em c o-nh ec i mentos i r r ef u tav é i s ... S ã o tantos os c as os p os i ti v os do p r otetor atr av é s da medi u ni dade do mé di u m, q u e log o s e f or ma em tor no dele u ma c or r ente de admi r aç ã o, e de f anati s mo tamb é m. A mai or i a dos elementos q u e o c er c am, di ante das c oi s as q u e v ê em, s ã o lev ados a ag r a-dar ,a b aj u lar e c om es s as c oi s as , i nc ons c i entemente, v ã o-lh e i nc enti v ando a v ai dade latente. I s s o de f or ma c ontí nu a. D ev i do a f or tes p r edi s p os i ç õ es à v ai dade, c omeç a p or nã o dar mu i ta atenç ã o aos c ons e-lh os de s u as enti dades , nã o es c u ta as adv er tê nc i as q u e s eu p r otetor v em f az endo... c h eg a a p onto de s e j u lg ar o tal, q u as e u m " p eq u eno-deu s " . E le p ens a q u e a f or ç a é dele... q u e o p r otetor é dele. O mé di u m v ai c r es c endo em g es tos , em p alav r as , p oi s q u e todos s e ac os tu mam a ac atá -lo em r es p ei tos o s i lê nc i o, q u ando nã o,p elo medo ou p or i nter es s e p r ó p r i o... V ai c r es c endo s u a v ai dade e log o c omeç a a f az er ex i b i ç õ es medi ú ni c as ... P as s a " tr ab alh ar " s em es tar c or r etamente medi u ni z ado. S u a enti dade p r otetor a p ode u s ar c er tos mei os p ar a mani f es tar s eu des ag r ado, mas r es -p ei ta tamb é m s eu li v r e-ar b í tr i o. E ntã o, c omeç am os des ati nos , as b ob ag ens e as c onf u s õ es e r es p ec ti v a f alta de p enetr a-ç ã o nos c as os e c oi s as . C omeç a a c r i ar c as os , a ter p r ef er ê nc i as e ou tr as c oi s as mai s . O amb i ente de ter r ei r o s ai da tô ni c a v i b r ac i onal dos v elh os temp os . O p ob r e mé di u m q u e f r ac as s ou p ela ex c es s i v a v ai dade no í nti mo é u m s of r edor , mu i tos s e des es p er am c om o v i v er da ar te de r ep r es entar os c ab oc los , os p r etos -v elh os ,etc ... E nf i m, s er u m " ar ti s ta do medi u ni s mo" , tamb é m c ans a, p or q u e a des c r enç a é o " g olp e de mi s er i c ó r di a" em s u as almas . S eg u n d o c a s o - a q u eda p elo f ator s ex o. E s te é u m dos as p ec tos mai s es c ab r os os , u m dos lados mai s es c u s os e u m dos mai s di f í c ei s de s er p er doado p ela enti dade p r otetor a... É u m c as o q u e es ta i nti mamente li g ado ao p r i mei r o, ou s ej a, o da v ai dade ex c es s i v a. U m s e c omp leta, q u as e s emp r e, c om o ou tr o, e as v ez es os doi s j u ntos . É q u e es s e é u m dos f r ac as s os mai s du r os de s er s u p or tado, nã o r es ta a menor dú v i da, p or q u e, mai s do q u e nos ou tr os , a M O R A L do mé di u m f i c a na L A M A em q u e ele s e S U J O U . É u ma manc h a q u e nem mes mo q u e ele tenh a s e r eg ener ado c omp letamente,mes mo as s i m, nã o s e ap ag a... J á di s s emos c omo é q u e o mé di u m de f ato é log o env olv i do p elas c r i atu r as , c om admi r a-

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 5 5 A V aid ad e Ex c essiv a (continuação)

ç ã o, b aj u laç õ es e f anati s mo. E le s ente u m c ons tante endeu s amento em tor no de s i e q u as e q u e s em s enti r v ai c ai ndo na f ai x a da v ai dade. P ar ti c u lar mente s e s ente mu i to v i s ado p elo elemento f emi ni no, q u e tem a p r op ens ã o p ar a s e dei x ar f ac i nar p ela medi u ni dade, mor memente q u ando v ê u m h omem b em ap es s oado. O mé di u m q u e tr ab alh a na f ai x a da lu z , no c omb ate c ontr a as maz elas , es p ec i almente c ontr a o " as tr al i nf er i or " - c onv é m s emp r e lemb r ar " or ai e v i g i ai " c ons tantemente. P or q u ê ? P or q u e o b ai x o-as tr al q u e ele c ontr ar i a, p or f or ç a de s u a medi u ni dade p os i ti v a, f i c a na s omb r a ag u ar dando u ma op or tu ni dade p ar a atac á -lo. L og o, s e ele tem u m p onto f r ac a q u alq u er , nes s e c as o, u ma f or te p r edi s p os i ç ã o s ens u al, é c er to q u e es te mes mo b ai x o-as tr al lanç ar á mã o de todos os r ec u r s os p ar a i ns ti g á -lo nes ta p ar -te... E ntã o, c omo nã o p odem atac ar di r etamente, c os tu mam f az ê -lo i ndi r etamente, lanç ando s ob r e ele a tentaç ã o do s ex o, atr av é s de alg u m elemento f emi ni no/ mas c u li no q u e o c er c a e q u e p or s u a p r ó p r i a natu r ez a é f r ac o. I nf eli z mente é du r o a nó s di z er : - todos os f r ac as s os , todas as q u edas de mé di u ms , q u er s ej am h omem ou mu lh er , tê m-s e dado, i nv ar i av elmente, c om elementos ou c r i atu r as q u e es tã o dentr o do ter r ei r o ou q u e f az em p ar te do c or p o medi ú ni c o, i s to é , c r i atu r as q u e es tã o s ob r e a r es p ons ab i li dade mor al e es p i r i tu al do c h ef e... F I M ( de u m C ami nh o, p r i nc í p i o de ou tr o) C r é di to p ar a h ttp : / / mi r ong a.b log s .s ap o.p t/ 2 0 0 5 / 0 6 / Enviado por N orb e rto P e ix oto Ch ou pana do Cab oc l o P e ry

P orto A l e g re - R S nor p e@ p or tow eb .c om.b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 5 6 Estraté g ias M entais – O Q ue V o c ê D ev e Faz er

1 . P ens e s emp r e de f or ma p os i ti v a. T oda v ez q u e u m p ens amento neg ati v o v i er a s u a c ab eç a, tr oq u e-o p or ou tr o! P ar a i s s o, é p r ec i s o mu i ta di s c i p li na mental. V oc ê nã o ad-q u i r e i s s o do di a p ar a a noi te; as s i m c omo u m “ atleta” , tr ei ne mu i to. 2 . N ã o tenh a medo de nada e ni ng u é m. O medo é u ma das mai or es c au s as de nos -s as p er tu r b aç õ es i nter i or es . T enh a f é em v o-c ê mes mo. S enti r medo é ac r edi tar q u e os ou tr os s ã o p oder os os . N ã o dê p oder ao p r ó -x i mo. 3 . N ã o s e q u ei x e. Q u ando v oc ê r ec lama, tal q u al u m i mã , v oc ê atr ai p ar a s i toda a c ar g a neg ati v a de s u as p r ó p r i as p alav r as . A mai or i a das c oi s as q u e ac ab am dando er r ado, c ome-ç a e s e mater i ali z a q u ando lamentamos . 4 . R i s q u e a p alav r a “ c u lp a” do s eu di c i oná r i o. N ã o s e p er mi ta es ta s ens aç ã o, p oi s q u ando nos p u ni mos , ab r i mos nos s a r etag u ar da p ar a es p í r i tos op r es s or es e ag r es s or es , q u e v i -b r am c om nos s a melanc oli a. I g nor e-os . 5 . N ã o dei x e q u e i nter f er ê nc i as ex ter nas tu -mu ltu em o s eu c oti di ano. L i v r e-s e de f of oc as , c omentá r i os maldos os e g ente dep r i mi da. I s -to é c ontag i os o. S ej a p r es tati v o c om q u em p r es ta. S i ntoni z e c om g ente p os i ti v a e alto as tr al. 6 . N ã o s e ab or r eç a c om f ac i li dade e nem dê i mp or tâ nc i a à s p eq u enas c oi s as . Q u ando nos i r r i tamos , env enenamos nos s o c or p o e nos s a mente. P r oc u r e c onv i v er c om s er eni dade e q u ando ti v er v ontade de ex p lodi r , c onte até dez . 7 . V i v a o p r es ente. O ans i os o v i v e no f u tu r o. O r anc or os o v i v e no p as s ado. A p r ov ei te o aq u i e ag or a. N ada s e r ep ete, tu do p as s a. F aç a o s eu di a v aler a p ena. N ã o p er c a temp o c om meli ndr es e p r eoc u p aç õ es , p oi s s ó tr az em doenç as .

1 . A á g u a p u r i f i c a. S emp r e q u e p u der v á à p r ai a, r i o ou c ac h oei -r a. E m c as a, enq u anto toma b anh o, emb ai x o do c h u v ei r o, de olh os f ec h ados , i mag i ne s eu c ans aç o f í s i c o e mental e q u e toda a c ar g a neg ati v a es tá i ndo emb or a p or á g u a ab ai x o. 2 . A nde des c alç o q u ando p u der , na ter r a de p r ef er ê nc i a. E m c as a, mas s ag ei e s eu s p é s c om u m c r eme dep oi s de u m log o di a de tr a-b alh o. O s es c alde em á g u a mor na. A c r es -c ente u m p ou c o de s al p ar a s e des c ar r eg ar . 3 . M antenh a c ontato c om a natu r ez a. T enh a em c as a u m v as o de p lantas p elos menos . C u i de dele c om c ar i nh o. O amor q u e dedi c amos à s p lantas e ani mai s ac alma o s er h u mano e f u nc i ona c omo r elax ante natu -r al. 4 . O u ç a mú s i c as q u e o f aç am c antar e dan-ç ar . S ej a q u al f or o s eu es ti lo p r ef er i do, a v i -b r aç ã o de u ma c anç ã o tem o p oder de nos f az er s enti r v i v os , af lor ando a nos s a emoç ã o e ab r i ndo o nos s o c anal c om aleg r i a. N ã o dei x e q u e a s au dade s u f oq u e, q u e a r o-ti na ac omode, q u e o medo i mp eç a de tentar . L i b er te-s e! S emp r e q u e p u der li v r e-s e da r o-ti na e p eg u e a es tr ada, q u e s ej a p or u m ú ni -c o di a. C onh eç a nov os lu g ar es e nov as p es -s oas . V I V A A V I D A ! G as te mai s h or as r eali z ando q u e s onh ando, f az endo q u e p lanej ando, v i v endo q u e es p e-r ando p or q u e, “ E mb or a q u em q u as e mor r e es tej a v i v o, q u em q u as e v i v e j á mor r eu ” O medo nos af as ta das der r otas ... mas das v i tó r i as tamb é m! T e x t o s e x t r aí d o s d o b o l e t i m i n f o r m at i v o T . U . T . C . N º 1 0 – A n o 1 – A g o s t o / 2 0 0 6 E n v i ad o p o r C e l s o T i r l o n i -T e m p l o d e U m b an d a T i a C o n c e i ç ã o - S ã o P au l o - S P c e l s o t i r l o n i @ p e r f o r m an c e g l o b al . c o m . b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 5 7 P rec o nc eito s H istó ric o s

E m p r i mei r o lu g ar q u er o lemb r ar a todos q u e nã o ex i s te p u r í s s i mo r eli g i os o, todas as r eli -g i õ es s ã o f or madas de p edac i nh os u mas das ou tr as , e mes mo as s i m, no s eu c r es c i mento, na s u a g ê nes e, elas s e modi f i c am. P or ex emp lo, em 1 8 4 3 f oi p u b li c ado na F r anç a o L i v r o dos E s p í r i tos de A lan K ar dec , e f u ndada naq u ela é p oc a a s oc i edade dos es tu dos es p í r i tas c ontando c om a c olab or aç ã o de nota-b i li dades do mu ndo eu r op eu . H oj e o es p i r i ti s mo nã o ex i s te mai s na F r anç a. E x i s tem c í r c u los c i -entí f i c os q u e f az em ex p er i ê nc i as , mas c omo nó s entendemos o es p i r i ti s mo, c omo p r ati c amos o es p i r i ti s mo de K ar dec , ele nã o mai s ex i s te ali . A i g r ej a de R oma nã o f oi f u ndada p or S ã o P edr o p or q u e ele nu nc a es tev e em R oma, f oi f u ndada 4 0 0 anos ap os a mor te de C r i s to p elo I mp er ador C ons tanti no, q u e deu as s i m u m tr e-mendo g olp e p olí ti c o, c oloc ando a ti ar a p ap al na c ab eç a c r i ando u m mec ani s mo c omp letamente di f er ente do até entã o p r ec oni z ado. A p alav r a u mb anda é u ma p alav r a mi lenar , ela é i ns er i da no di aleto K i mb u ndo. H á doc u -mentos nes te s enti do i nc lu s i v e na b i b li otec a nac i onal. É u ma p alav r a r ar amente u ti li z ada, mas s i g ni f i c a ar te de c u r ar .

O Cab oc l o das 7 Enc ru z il h adas nã o f oi m u ito b e m re c e b ido e m 1 9 0 8 na se de da F e de ra-ç ã o Espí rita K arde c ista. N aq u e l a é poc a, os pou c os e spí ritas q u e e x istiam se g u indo a orie ntaç ã o e u ropé ia, adm itiam q u e a al m a de pois de u l trapassar o e stá g io anim al e stava no c am po do ne -g ro, e stando m u ito l ig ados ainda pe l a anc e stral idade anim al . Se riam al m as m u ito prim á rias ain-da q u e nã o te riam nada a dar, atrasadas, ru dim e ntare s e por isso nas se ssõ e s nã o se m anif e s-tavam os pre tos ve l h os e ne m os c ab oc l os a nã o se r c om o e x c e ç ã o ( MO A B CA L D A S) . Q u ando o p r es i dente da mes a p er g u ntou o nome, a enti dade r es p ondeu atr av é s de Z é li o, q u e ti nh a 1 7 anos , er a a p r i mei r a v ez q u e s e c omu ni c av am, er a a p r i mei r a v ez q u e os tens i v a-mente ele i nc or p or av a, p or q u e até entã o nã o h av i a i nc or p or ado. N a v é s p er a, Z é li o r ec eb er a em s onh o a v i s ã o de u m í ndi o q u e di s s e q u e i a c u r á -lo i ns tantaneamente e ele f i c ou c u r ado, e a c i -dade toda f i c ou em p olv or os a, e q u er i am r es olv er a s i tu aç ã o e ap elar am p ar a a F eder aç ã o E s p í -r i ta p or q u e h av i a ap ar ec i do u m í ndi o, em s onh o, p ar a u m r ap az p ar alí ti c o. E ntã o ele di s s e; " se q u e re m u m nom e e ntã o se rá e ste , Cab oc l o das 7 Enc ru z il h adas, por-q u e nã o e x istirã o e nc ru z il h adas f e c h adas para m im " . M as p or f av or , entendam u ma c oi s a i mp or -tantí s s i ma, a li ng u ag em s i mb ó li c a q u e ele u s ou , a enc r u z i lh ada a q u e ele s e r ef er e nã o é a en-c r u z i lh ada do c h ã o, da ter r a b ati da, do mato, de c r u z ei r o é a enc r u z i lh ada do des ti no, a enc r u z i -lh ada da v i da p s i c oló g i c a de c ada u m de nó s . Q u er di z er , a u mb anda a p ar ti r daq u ele momento nã o ter i a enc r u z i lh adas p s i c oló g i c as p or q u e o ob j eti v o da u mb anda é nos li b er tar , nos es c lar ec er , nos or i entar . F oi i s to q u e ele q u i s di z er q u ando af i r mou s er o C ab oc lo das 7 E nc r u z i lh adas . P r eto v elh o, aq u i lo er a ap enas u ma r ou p ag em, ele f oi as s es s or ado dep oi s nos tr ab alh os , p elos af r i c anos , mas v amos nos des v i nc u -lar da r ou p ag em p or q u e nã o ex i s te i s to de p r eto, b r anc o ou v er melh o, o es p í r i to na s u a as c en-s ã o, no s eu p r og r es s o, ele enc ar na na r aç a q u e melh or lh e c onv ê m, na r aç a q u e melh or c ondi z c om a s u a s i tu aç ã o. M O A B C A L D A S - I n s í g n e u m b an d i s t a q u e j á r e t o r n o u p ar a A r u an d a. T r e c h o d a e n t r e v i s t a a r e s p e i t o d o C ab o c l o d as 7 E n c r u z i l h ad as , e x t r aí d a d e f i t a o r i g i n al g r av ad a p o r D . L i l i an R i b e i r o , q u e s e e n c o n t r a e m p o s s e d a C as a B r an c a d e O x al á - M G .

Enviado por Norberto Peixoto C h ou pana do C aboc l o Pery -Porto A l eg re - R S n o r p e @ p o r t o w e b . c o m . b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 5 8 Q uem Feriu V o c ê , J á Feriu e J á P asso u

L á na f r ente enc ontr ar á o i nev i tá v el r etor no e p elas mã os de ou tr em s er á f er i do tamb é m. A V i da s e enc ar r eg ar á de dar -lh e o tr oc o e v oc ê , talv ez , nem j amai s f i q u e s ab endo. O q u e i mp or ta de v er dade é o q u e v oc ê s enti u e, mai s i mp or tante, é o q u e ai nda v oc ê s ente: M á g oa? , R anc or ? , R es s enti mento? , Ó di o? V oc ê c ons eg u e p er c eb er q u e es s es s enti mentos f or am es c olh i dos p or v oc ê ? S omos nó s q u e es c olh emos o q u e s enti r di ante de ag r es s õ es e de of ens as . Q u em nos f az o “ mal” é r es p ons á v el p elo q u e f az , mas N Ó S s omos r es p ons á v ei s p elo q u e s enti mos . E s s a r es p ons ab i li dade tem a v er c om o A mor q u e dev emos e temos q u e s enti r p or nó s mes mos . O of ens or f ez o q u e f ez e o momento p as s ou , mas o q u e f i c ou aí dentr o de v oc ê ? M á g oa? - V oc ê s ab i a q u e de todas as dr og as ela é a mai s c anc er í g ena? P ela s u a p r ó p r i a s aú de, j og u e-a f or a. R anc or ? - E le é c omo u m ali mento p r ep ar ado c om v eneno i r r ec onh ec í v el: di a mai s , di a menos , v oc ê p oder á c ontr ai r doenç as de c u j as or i g ens nem s u s p ei tar á . R es s enti mento? - P oi s i mag i ne-s e v i v endo dentr o de u m amb i ente c ons tantemente p olu í -do, enf u maç ado, r ep leto de b ac té r i as e de i nc ontá v ei s ti p os de v í r u s : é i s s o q u e s eu c or aç ã o e s eu s p u lmõ es es tã o tentando ag ü entar . A té q u ando v oc ê ac h a q u e eles v ã o r es i s ti r ? Ó di o? - S eu s ef ei tos s ã o p ar ali s antes . S eu s i s tema i mu noló g i c o entr ar á em c onf li to c om es s e v eneno q u e c om o temp o p oder á c oloc ar v oc ê f ac e a f ac e c om a mor te e talv ez mu i to tar de v oc ê v enh a a p er c eb er q u e melh or s er i a ter dei x ado q u e s eu ag r es s or c olh es s e os f r u tos do p r ó -p r i o p lanti o. P or s eu p r ó p r i o B em e s ó p elo s eu B em, p er doe. O p er dã o o li b er tar á e o f ar á li v r e p ar a s er f eli z . E s q u eç a o “ mal” q u e lh e f oi f ei to. D ei x e q u e s eu of ens or lemb r e-s e dele atr av é s das c ons eq ü ê nc i as c om q u e, c er tamente, v i r á a ar c ar . M u de s eu des ti no... S ej a o c omandante da s u a nau ! E s c olh a o melh or c ami nh o p ar a s u a “ v i ag em” . ... e s e ou tr as v ez es o f er i r em, p er doe... p er doe... nem q u e s ej a s ó p or s ac anag em! S í lv i a S c h mi dt T e x t o s e x t r aí d o s d o b o l e t i m i n f o r m at i v o T . U . T . C . N º 9 – A n o 1 – J u l h o / 2 0 0 6 E n v i ad o p o r C e l s o T i r l o n i -T e m p l o d e U m b an d a T i a C o n c e i ç ã o - S ã o P au l o - S P c e l s o t i r l o n i @ p e r f o r m an c e g l o b al . c o m . b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 5 9 D eus é T amb é m N eg ro

T r ag o no s ang u e u ma Á f r i c a. O r eb oar de tamb or es , a p onta ag i ada de lanç as , os r i s c os c olor i dos r ealç ando a p ele e, na b oc a, o g os to atá v i c o dos f r u tos do J ar di m do É den. N a alma, as c i c atr i z es ab er tas de tantos aç oi tes , o g r i to i mp er i al dos c aç ador es de g ente, o b alanç o ag ô ni c o da tr av es s i a do A tlâ nti c o e, nos p or õ es , a mor te c ei f ando c or p os eng oli dos p elo mar e tr i tu r ados p elos dentes af i ados dos p ei x es . S ou f i lh o de O g u n e O x alá , dev oto de I emanj á , a q u em elev o as of er endas de todas as dor es e c or es , lá g r i mas e s ab or es , o c h or o i nc ons olá v el das s enz alas , a c ar ne lanh ada de c or -das , os p u ls os e os tor noz elos a f er r os , a s oli dã o da r aç a. S ou es c r av o e, no entanto, s enh or de mi m mes mo, p oi s nã o h á f er r olh o q u e me tr anq u e a c ons c i ê nc i a nem mor ali s mo q u e me f aç a enc ar ar o c or p o c om os olh os da v er g onh a. T ã o p ov oado é o c é u de mi nh as c r enç as , q u e nã o r ej ei to nem mes mo a s anter i a do c ler o. A ntes , r ev er enc i o o c av alo de S ã o J or g e, tr ans f i r o aos altar es a dev oç ã o aos meu s O r i -x á s , lanç o ao r i o a V i r g em N eg r a na f é de q u e, entr e tantas b r anc as , tr az i das no andor do s enh or de es c r av os , c h eg ar á o temp o em q u e a mi nh a s er á A p ar ec i da e, a s eu s p é s , tamb é m os j oelh os dos b r anc os h av er ã o de s e dob r ar . S ou li b er to e, no f u ndo das matas r ec r i o u m es p aç o de li b er dade, def endendo c om es p í r i -to g u er r ei r o o meu r edu to de p az . N o q u i lomb o, v olto à Á f r i c a, r es g ato a f or ç a mi s té r i c a do meu i di oma, c eleb r o r ei s ados e c ong adas . C i dadã o B r as i lei r o, ai nda lu to p or alf or r i a, emp enh ado em ab oli r p r ec onc ei tos e di s c r i mi -naç õ es , g r i lh õ es f or j ados na i nc ons i s tê nc i a e i nc ons c i ê nc i a dos q u e i ns i s tem em f az er da di f e-r enç a di v er g ê nc i a e i g nor am q u e D E U S é tamb é m neg r o. A u tor : F r ei B etto Enviado por N orb e rto P e ix oto Ch ou pana do Cab oc l o P e ry

P orto A l e g re - R S nor p e@ p or tow eb .c om.b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 6 0

Associação Espiritualista Mensageiros de Aruanda Fundado em 5 de dezembro de 2003

Rua Marcílio Dias, 433 - B airro A lt o - C urit ib a-P R

Dirig e n t e s: Marco B oe in g e F á t im a B oe in g m a r c o @ i c s . c u r i t i b a . o r g . b r

Os trabalhos são realizados aos sábados, a partir das 16 horas

P r o g r a m a ç ã o h a b i t u a l : p a s s e s n a L i n h a d e C a b o c l o s ,

a t e n d i m e n t o n a L i n h a p r e t o s -v e l h o s a t e n d i m e n t o d a L i n h a d e E x ú s

d e a c o r d o c o m c a l e n d á r i o :

c h a m a d a s n a s l i n h a s d e X a n g ô , O g u m , Y e m a n j á , I a n s ã e O x u m

Associação de Pesquisas Espirituais Ubatuba Templo de Umbanda Branca do Caboclo Ubatuba

F un d ad o e m 1 7 d e j an e iro d e 1 9 8 1

R u a R o m i l d o F i n o z z i , 1 3 7 J a r d i m C a t a r i n a ( Z o n a L e s t e ) – S ã o P a u l o / S P - C E P 0 3 9 1 0 -0 4 0

Dirig e n t e e sp irit ual: S ilv io F . C ost a Mat t os

E m a i l p a r a c o n t a t o : s c m -b i o @ b o l . c o m . b r

S e s s õ e s à s s e x t a s -f e i r a s a p a r t i r d a s 2 0 : 3 0 h s . – A t e n d i m e n t o g r a t u i t o

C en tro de Um ban da C abocl o Arruda Rua B an d e iran t e s Dias C ort e s, 1 6 6 J ard im S ocial - C urit ib a - P R

Dirig e n t e : E d w ard J am e s H arrison ( J im m y )

e d w a r d j a m e s h a r r i s o n @ y a h o o . c o m . b r

U m ban da E soté ric a. Os trabalhos são realizados à s q u in tas-f eiras, a partir das 2 0 horas.

P r i m e i r a q u i n t a -f e i r a : L i n h a a u x i l i a r S e g u n d a q u i n t a -f e i r a : L i n h a d e P r e t o s -v e l h o s T e r c e i r a q u i n t a -f e i r a : L i n h a d o O r i e n t e Q u a r t a q u i n t a -f e i r a : L i n h a d e C a b o c l o s

P a r a l e l a m e n t e a s g i r a s s ã o r e a l i z a d a s s e s s õ e s d e a p o m e t r i a

S oci edade F raternal Canti nh o da L uz

Rua G ab rie l A . G om e s, 2 2 B airro F rin ap e E re ch im - RS

E m a i l p a r a c o n t a t o

c a n t i n h o d a l u z @ y a h o o . c o m . b r

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 6 1

C h oupan a do C abocl o Pery F un d ad a e m 1 3 d e m aio d e 2 0 0 6

Rua A n t un e s Rib as, 2 9 7 - B airro J ard im I t ú - P ort o A le g re - RS C asin h a d e m ad e ira, az ul, j an e las b ran cas, com coq ue iro n a f re n t e .

h t t p : / / w w w . c h o u p a n a d o c a b o c l o p e r y . b l o g s p o t . c o m / C o n t a t o : s a r a v a @ p o r t o w e b . c o m . b r

( 5 1 ) 9 9 1 8 1 8 2 7

Dirig e n t e E sp irit ual: N orb e rt o P e ix ot o

H o r á r i o s e d i a s d e a t e n d i m e n t o S á b a d o s : c a r i d a d e p ú b l i c a – p a s s e s e c o n s u l t a s - , s e s s õ e s q u i n z e n a i s : 2 9 / 0 7 - 1 2 / 0 8 - 2 6 / 0 8 - 0 9 / 0 9 - 2 3 / 0 9 - 0 7 / 1 0 - 2 1 / 1 0 - 0 4 / 1 1 - 1 8 / 1 1 - 0 2 / 1 2 - 1 6 / 1 2

1 5 : 3 0 h - p a l e s t r a u n i v e r s a l i s t a 1 6 : 0 0 h - a b e r t u r a s e s s ã o d e c a r i d a d e 1 7 : 3 0 h - e n c e r r a m e n t o

S e g u n d a s -f e i r a s : c o r r e n t e d e c u r a e d e s o b s e s s ã o d o s r . P e n a B r a n c a a p o m e t r i a e o r i e n t e , a t e n d i m e n t o s e m a n a l ,

s o m e n t e c o m m a r c a ç ã o n a s c o n s u l t a s p o r E n t i d a d e m a n i f e s t a d a .

Templo E s pi ri tuali s ta S ol e E s peranç a F un d ad o e m 1 7 d e j an e iro d e 1 9 8 0 T e m p lo E sp irit ualist a A n it a Z ip p in

T rav e ssa B e lo H oriz on t e , 33 - B at e l - C urit ib a-P R h t t p : / / s o l e e s p e r a n c a . z 6 . c o m . b r

Dirig e n t e s: Mag ali O k az ak i e Massat ak e O k az ak i ( E d uard o) r e v e m a 1 @ t e r r a . c o m . b r

O s t r a b a l h o s s ã o r e a l i z a d o s a o s s á b a d o s , a p a r t i r d a s 2 0 : 3 0 h o r a s

P r o g r a m a ç ã o h a b i t u a l : P a s s e s n a l i n h a C a b o c l o s e c o n s u l t a s n a l i n h a P r e t o s -V e l h o s .

S e g u n d o a n e c e s s i d a d e é f e i t a c h a m a d a e s p e c i a l n a L i n h a d o O r i e n t e .

M e n s a l m e n t e , n o s á b a d o m a i s p r ó x i m o d a l u a c h e i a , g i r a n a L i n h a d a Q u i m b a n d a .

Templo E s cola V ov ó Cambi nda F un d ad o e m 8 d e d e z e m b ro d e 1 9 8 2

Rua A n t ô n io E scorsin , 1 7 30 - f un d os - S ã o B raz - C urit ib a-P R

Dirig e n t e : Mã e Rosan g e la d e O sh ossi t e m p l o c a m b i n d a @ y a h o o . c o m . b r

Os trabalhos são realizados à s q u artas-f eiras, a partir das 2 0 horas

T.U.T.C. – Te m p l o d e Um b a n d a Ti a Co n c e i ç ã o Rua Camé, 810 – M o o c a

S ã o P aul o / S P Dirigente H é gina A ignez P ereira

Correio da Umbanda E diç ã o 8 - A g os t o de 2 0 0 6 P á g ina 6 2

Expediente N o m e: Co r r e i o d a U mb an d a P erio d ic id a d e: - M e n s al o u b i me s t r al d e p e n d e n d o d o mat e r i al e x i s t e n t e - P r i me i r a e d i ç ã o : 01/ 01/ 2 006 F o rm a to : - e l e t r ô n i c o ( P D F - p ar a s e r l i d o c o m o A d o b e A c r o b at Re ad e r ) - n ã o h av e r á i mp r e s s ã o e m p ap e l - c ad a l e i t o r p o d e r á i mp r i mi r s uas e d i ç õ e s d e ac o r d o c o m a s ua n e c e s s i d ad e e c o n v e n i ê n c i a C o ntrib u iç õ es : - j á d e v e m e s t ar d i g i t ad as , p r e f e r e n c i al me n t e , n o f o r mat o d o w o r d ( . d o c ) - d e v e m c o n t e r n o me d o aut o r - d e v e m c o n t e r n o me d o ag r up ame n t o o u i n s t i t ui ç ã o a q ue p e r t e n c e - d e v e m c o n t e r n o me , e n d e r e ç o , p á g i n a n a i n t e r n e t ( s e e x i s t e n t e ) d o T e mp l o o n d e o ag r up ame n t o at ua - ao e x t r ai r i n f o r maç õ e s d e o ut r as p ub l i c aç õ e s o u s i t e s n a i n t e r n e t d e v e m s e r me n c i o n ad as s uas f o n t e s , c o mo r e f e r ê n c i as b i b l i o g r á f i c as - d e v e m s e r e n v i ad as p ar a c o r r e i o d aumb an d a@ g mai l . c o m F o rm a d e d iv u l ga ç ã o : - e n v i o d e e mai l a c o n t at o n o s ag r up ame n t o s , p ar a r e p as s e p o s t e r i o r - d o w n l o ad a p ar t i r d e s i t e s l i g ad o s a U mb an d a, o n d e f o r p e r mi t i d a h o s p e d ag e m F a z p a rte d o p ro p ó s ito d o C o rreio d a U m b a nd a : - Co mp ar t i l h ar i n f o r maç õ e s s o b r e a U mb an d a - Co mp ar t i l h ar v i v ê n c i as n a U mb an d a - U s ar d e b o m s e n s o ao ar g ume n t ar e e x p o r e n t e n d i me n t o e o p i n i ã o - Q ue c ad a ar t i g o a s e r d i v ul g ad o d e v a r e f l e t i r a o p i n i ã o d e c ad a aut o r , e n ã o r e p r e s e n t ar a o p i n i ã o d e ag r up ame n t o , t e mp l o o u i n s t i t ui ç ã o - Q ue a p ar t i r d as i n f o r maç õ e s d i v ul g ad as o s l e i t o r e s p o s s am r e f l e t i r , t i r ar s uas c o n c l us õ e s e f i l t r an d o aq ui l o q ue ac h ar e m ad e q uad o , p o s s am e n r i q ue c e r s e u c o n h e c i me n t o - E s t i mul ar a c o n c ó r d i a e a un i ã o , a c o n v e r g ê n c i a g r ad ual e p ac í f i c a e o r e s p e i t o a d i v e r s i d ad e - A p r o x i mar a c o mun i d ad e U mb an d i s t a. P ar a i s s o , ao f i n al d e c ad a e d i ç ã o , s e r á d i v ul g ad o n o me , ag r up ame n t o e t e mp l o o u i n s t i t ui ç ã o a q ue p e r t e n c e , at ua o u at o u c ad a aut o r d o s ar t i g o s d i v ul g ad o s . N Ã O F A Z P A R T E DO P R O P Ó S I T O d o C o rreio d a U m b a nd a : - p r o mo ç ã o p e s s o al , d e ag r up ame n t o , d e T e mp l o o u I n s t i t ui ç ã o - d i v ul g aç ã o d e i n f o r maç õ e s q ue n ã o d i g am r e s p e i t o a U mb an d a - c o d i f i c aç ã o , un i f o r mi z aç ã o o u i mp o s i ç ã o d e p r á t i c as , r i t o s o u e l e me n t o s d o ut r i n á r i o s - i mp o s i ç ã o d e e n t e n d i me n t o o u o p i n i ã o - d i v ul g aç ã o p o l í t i c a - c e s s ã o d e e s p aç o d e d i v ul g aç ã o at r av és d e p at r o c í n i o