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Sobre Leitura, Texto e Sentido: Foco no texto e Foco no Autor.
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Prof. Christiane Paes
O que ler?
Para qu ler?
Como ler?
O que leitura?# sujeito# lngua# texto# sentido
As definies vo mudar dependendo do ponto de vista que voc adota:
Sujeito: indivduo dono de suas vontades, emoes e aes
Lngua: representao do pensamento
Texto: produto do pensamento do autor
Leitura: atividade (passiva) que leva o leitor absorver as ideias do autor
No leva em considerao o conhecimento e as experincias do leitor
O sentido criado pelo autor, bastando ao leitor capta-lo (reconhece as intenes do autor)
Lngua: estrutura/cdigo usado para se comunicar
Sujeito: indivduo que tem seus pensamentos e vontades determinado pelo sistema no possui conscincia
Texto: produto do cdigo enviado pelo emissor
Leitura: interpretao do cdigo (tudo est dito no texto)
Para compreender o sentido cabe ao leitor o puro entendimento das palavras e estruturasdo texto (reconhece as intenes das palavras)
Sujeito: indivduos ativos que se constroem e so construdos pelo texto
Lngua:mecanismo usado para manter o dilogo
Texto: produto do pensamento do autor, do contexto e de todo tipo de contedoimplcito
Leitura: produo de sentido realizada com base na interpretao do texto e dossaberes
O sentido no est dado de antemo, construdo na relao texto/sujeitos e requer maisdo que apenas entender o sentido das palavras: leva em conta conhecimentos eexperincias do leitor
Leitura: processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreenso einterpretao do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre oassunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem etc. No se trata deextrair informao, decodificando palavra por palavra
Para construir sentido o leitor se utiliza de vrias estratgias como: seleo,antecipao, inferncia e verificao
Antecipao e hipteses
# quem o autor?
# onde foi veiculado o texto?
# qual seu gnero textual (conto, crnica, charge, romance etc.)
# como as informaes esto distribudas no texto?
Inferncia
Verificao
Alfonso era o mais belo cisne do lago Prncipe das Astrias. Todos os dias, elecontemplava sua imagem refletida nas guas daquele chiqurrimo e exclusivocondomnio para aves milionrias. Mas Alfonso no se esquecia de sua origemhumilde.
- Pensar que, no faz muito tempo, eu era conhecido como o Patinho Feio...
Um dia, ele sentiu saudades da me, dos irmos e dos amiguinhos da escola. Voou ata lagoa do Quaquequ. O pequeno e barrento local de sua infncia. A pata Quitriaconversava com as amigas chocando sua quadragsima ninhada. Alfonso abriu suaslargas asas brancas:
- Mame! Mame! Voc se lembra de mim?
Quitria sentou-se muito espantada
- Se-se-senhor cisne... quanta honra... mas creio que o senhor se confunde...
- Mame?
- Como poderia eu ser me de to belo e nobre animal?
No adiantou explicar, dona Quitria balanava a cabea
- Esse cisne mesmo lindo... mas doido de pedra, coitado
Alfonso foi ento procurar a Bianca. Uma patinha linda do pr-primrio que viviachamando Alfonso de feio.
- Lembra de mim, Bianca? Gostaria de me namorar agora? Hehehe
- Deus me livre! Est louco? Uma pata namorando um cisne! Que aberrao danatureza...
Alfonso respirou fundo. Nada mais fazia sentido por ali.
Resolveu procurar um famoso bruxo da regio. Com alguns passes mgicos, o feiticeiroe astrlogo Omar Rhekko resolveu o problema. Em poucos dias Alfonso transformou-senum pato adulto, gorducho e bastante sem graa. Dona Quitria capricha fazendolasanhas para ele.
- Cuidado para no engordar demais, filhinho.
Bianca faz um cafun na cabea de Alfonso.
- Gordo... pescoudo... bicudo... Mas sabe que eu acho voc uma gracinha?
Viveram felizes para sempre
Se informar (jornais e revistas)
Para fazer trabalhos acadmicos (teses, monografias, livros cientficos)
Sentir prazer (poesias, romances, livros de fico)
Consulta (dicionrios, catlogos)
Obrigao (bulas, manuais de eletrodomsticos
Chegam aos olhos (outdoors, panfletos, faixas)
So os objetivos do leitor que definiro seu modo de leitura, com mais ou menosateno, dedicando muito ou pouco tempo, maior ou menor interao etc.
Como leitores agimos estrategicamente: somos ns quem regulamos nossoprocesso de leitura e produo de sentido
Embora tenhamos destacado a relao autor-texto-leitor, no podemos esquecerque o conhecimento do leitor fundamental para definir a qualidade da leitura
por isso que falamos de um sentido do texto e no do sentido
So os objetivos do leitor que definiro seu modo de leitura, com mais ou menosateno, dedicando muito ou pouco tempo, maior ou menor interao etc.
Como leitores agimos estrategicamente: somos ns quem regulamos nossoprocesso de leitura e produo de sentido
Embora tenhamos destacado a relao autor-texto-leitor, no podemos esquecerque o conhecimento do leitor fundamental para definir a qualidade da leitura
por isso que falamos de um sentido do texto e no do sentido
O repertrio de conhecimento e experincias de vida do leitor pode mudar osentido que ele tira do texto# vrias interpretaes possveis de um leitor para outro
Contudo, muitas vezes a leitura pode trazer diferentes sentidos para um mesmoleitor# o autor usa de tcnicas e artimanhas para criar um duplo sentido ao texto