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CONTABILIDADE
Prof(a): Leossania Manfroi, Me.
Apostila preparada para a 1º Período do
curso de Administração Premium como
instrumento básico de apoio à disciplina.
Acadêmico:______________________________
Chapecó – SC, Fevereiro 2016.
Profª Leossania Manfroi, Me.; Prof.Roberto Kemper; Prof. Frankmar Wilson Mazetto
2
Elaboração:
Profª Leossania Manfroi, Me.
Prof. Roberto Kemper.
Prof. Frankimar Wilson Mazetto.
Propriedade da Unidade Central de Educação FAEM Faculdades
UCEFF Faculdades
FICHA CATALOGRÁFICA
M276c Manfroi, Leossania
Contabilidade/ Leossania Manfroi – Chapecó, SC: Unidade
Central de Educação Faem Faculdade/UCEFF, 2016.
80 p.
Conteúdo online
1. Contabilidade. 2. Demonstrações financeiras. 3. Analise de
balanços. I. Título
CDD 657
Catalogação elaborada por Sara Weschenfelder CRB 14/1147
Profª Leossania Manfroi, Me.; Prof.Roberto Kemper; Prof. Frankmar Wilson Mazetto
3
ÍNDICE
PLANO DE ENSINO ............................................................................................................... 4 1 A CONTABILIDADE ........................................................................................................... 6 1.1 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE ................................................................................ 6
1.2 CAMPO DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE .............................................................. 7
1.3 FINALIDADES DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL ............................................................. 7 1.4 USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL ................................................................... 8
1.5 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE .............................................. 10 1.7 EXERCÍCIOS ..................................................................................................................... 19
2 DEFINIÇÃO DE PATRIMÔNIO ...................................................................................... 21 2.1 FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO ..................................................................................... 22 2.2 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO ........................................................ 23
2.3 EXERCÍCIOS ..................................................................................................................... 25
3 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ............................................................................. 27 3.1 PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ....................................................... 27 3.2 A NOVA LEI DAS S. A. – LEI 11.638/07 .......................................................................... 29
3.3 BALANÇO PATRIMONIAL ............................................................................................. 31
3.4 EXERCÍCIOS ..................................................................................................................... 35
3.5.1 INTERPRETAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE ......... 44 3.6 REGIMES DE CONTABILIDADE ................................................................................... 48
3.7 EXERCÍCIOS ..................................................................................................................... 48
4 ESTÁTICA E DINÂMICA PATRIMONIAL .................................................................. 52 4.1 ESTÁTICA PATRIMONIAL ............................................................................................. 52 4.2 DINÂMICA PATRIMONIAL ............................................................................................ 53 4.3 EXERCÍCIOS ..................................................................................................................... 53
5 PLANO DE CONTAS ......................................................................................................... 55 5.1 A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE CONTAS ................................................................. 55
5.2 O PLANEJAMENTO DO PLANO DE CONTAS ............................................................. 55 5.3 EXERCÍCIOS ..................................................................................................................... 56
6 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ...................................................... 57 6.1 INDICADORES ECONÔMICOS FINANCEIROS ........................................................... 58
6.1.1 ÍNDICES DE LIQUIDEZ ...................................................................................................... 58 6.1.2 ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO ......................................................................................... 60 6.1.3 ÍNDICES DE ATIVIDADE ................................................................................................... 63
6.1.4 ÍNDICES DE RENTABILIDADE .......................................................................................... 65 6.1.5 ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE .......................................................................................... 66 6.1.6 TESTE DE SOLVÊNCIA – MODELO DE KANITZ ................................................................... 68 6.2 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL ......................................................................... 69
6.2.1 ANÁLISE HORIZONTAL ..................................................................................................... 69 6.2.2 ANÁLISE VERTICAL .......................................................................................................... 69 6.3 EXERCÍCIOS ..................................................................................................................... 70
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 80
Profª Leossania Manfroi, Me.; Prof.Roberto Kemper; Prof. Frankmar Wilson Mazetto
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Disciplina: Contabilidade
Carga Horária: 72 Horas
Professora: Leossania Manfroi
Período letivo: 2016/01
PLANO DE ENSINO
1 Ementa
Funções da Contabilidade. Origens e aplicações de recursos na formação do patrimônio. Demonstrações
Financeiras: Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado. Indicadores Econômicos e Financeiros:
Liquidez, Endividamento, Atividade, Lucratividade, Rentabilidade. Teste de Solvência.
2 Objetivos
a) Conhecer os conceitos de contabilidade através de uma linguagem fácil e acessível, para facilitar a sua
compreensão e a aplicabilidade na administração.
b) Orientar os acadêmicos a cerca da técnica contábil aplicada na estruturação das demonstrações financeiras.
c) Capacitar o acadêmico à interpretar e analisar as demonstrações financeiras, usando assim a contabilidade
como instrumento de apoio na tomada de decisão.
3 Conteúdos Programáticos
1 A CONTABILIDADE 1.1 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE 1.2 CAMPO DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL 1.3 FINALIDADES DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 1.4 USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 1.5 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE 1.6 ATUALIDADE EM CONTABILIDADE 1.7 EXERCÍCIOS 2 DEFINIÇÃO DE PATRIMÔNIO 2.1 FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO 2.2 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO 2.3 EXERCÍCIOS 3 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 3.1 PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 3.2 A NOVA LEI DAS S. A. – LEI 11.638/07 3.3 BALANÇO PATRIMONIAL 3.4 EXERCÍCIOS 3.5.1 INTERPRETAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE 3.6 REGIMES DE CONTABILIDADE 3.7 EXERCÍCIOS 4 ESTÁTICA E DINÂMICA PATRIMONIAL 4.1 ESTÁTICA PATRIMONIAL 4.2 DINÂMICA PATRIMONIAL 4.3 EXERCÍCIOS 5 PLANO DE CONTAS 5.1 A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE CONTAS 5.2 O PLANEJAMENTO DO PLANO DE CONTAS 5.3 EXERCÍCIOS 6 CONTABILIZAÇÃO DAS CONTAS DE BALANÇO – DÉBITO E CRÉDITO 6.1 EXERCÍCIOS 7 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 7.1 INDICADORES ECONÔMICOS FINANCEIROS 7.1.1 ÍNDICES DE LIQUIDEZ 7.1.2 ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO 7.1.3 ÍNDICES DE ATIVIDADE 7.1.4 ÍNDICES DE RENTABILIDADE 7.1.5 ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE 7.1.6 TESTE DE SOLVÊNCIA – MODELO DE KANITZ
Profª Leossania Manfroi, Me.; Prof.Roberto Kemper; Prof. Frankmar Wilson Mazetto
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7.2 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL 7.2.1 ANÁLISE HORIZONTAL 7.2.2 ANÁLISE VERTICAL 7.3 EXERCÍCIOS
4 Metodologia da Disciplina
Aulas expositivas e discussão dos conteúdos
Textos para leitura
Casos práticos e reais para desenvolver os conteúdos ministrados
Exercícios de fixação
5 Instrumentos de Avaliação
Prova Individual e Sem Consulta
Trabalhos em Grupos
Também será considerada no processo de avaliação a efetiva participação do aluno em sala de aula (freqüência,
resolução dos exercícios, participação nos debates dos conteúdos ministrados).
6 Critérios de Avaliação
N1 01 Prova Individual e sem consulta, peso 30,00.
01 Trabalho em grupo, peso 30,00.
01 Atividade corporativa, peso 40,00
N2 01 Prova individual e sem consulta, peso 10,00
N3 01 avaliação individual e sem consulta, peso 10,00 (O exame final N3 é prestado apenas poelos
acadêmicos com média semestral inferior à 7,00)
7 Bibliografia
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CREPALDI, S. A. Curso básico de contabilidade: Resumo da teoria. São Paulo: Atlas, 1995.
FRANCO, H. Contabilidade Geral. 23ª ed., São Paulo: Atlas, 2000.
MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 7a.ed., São Paulo: Atlas, 2004.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
CHING, Hong Yuh; MARQUES, Fernando; PRADO, Lucilene. Contabilidade e finanças. São Paulo: PHR,
2003.
CREPALDI, S. A. Contabilidade gerencial. 3ª ed., São Paulo: Atlas, 2004.
FRANCO, H. Contabilidade Comercial. 14ª ed., São Paulo: Atlas, 1996.
FRANCO, H. Contabilidade Industrial. 10ª ed., São Paulo: Atlas, 1996.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 6a. ed., São Paulo: Atlas, 2000.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. São Paulo: Atlas, 7ª ed.,1998.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 1995.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Curso de contabilidade para não contadores. 3ª ed., São Paulo: Atlas, 2000.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos; PEREIRA, Elias. Dicionário de termos de contabilidade. 2ª
ed., São Paulo: Atlas, 2003.
LEITE, H. de P. Contabilidade para administradores. 4ª ed., São Paulo: Atlas, 1997.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial. 4ª ed., São Paulo: 2004.
SOUZA, et al. Contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1995.
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1 A CONTABILIDADE
Para Ribeiro (2003, p.18) a contabilidade é uma ciência que possibilita, por meio de
suas técnicas, o controle permanente do patrimônio das empresas.
“Compete à contabilidade de uma empresa garantir a análise, o registro e o controle de
seu patrimônio” (Gonçalves p.13)
A Contabilidade é um instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a
tomada de decisões dentro e fora das empresas. Ela tem sua metodologia especialmente
concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as
situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente, seja este pessoa física,
entidade de finalidades não lucrativas, empresa, ou mesmo pessoa de Direito Público, tais
como: Estado, Município, União, Autarquia.
1.1 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE
O surgimento e a evolução da contabilidade confundem-se com o próprio
desenvolvimento da humanidade. Nesse contexto, os estudos sobre as civilizações da
Antiguidade nos mostram que o homem primitivo já “cuidava da sua riqueza”, através, por
exemplo, da contagem e do controle do seu rebanho.
Porém, alguns estudiosos fazem remontar os primeiros sinais objetivos da existência
das contas e os primeiros exemplos completos da contabilidade, mesmo sendo uma forma de
contabilidade rudimentar, a aproximadamente 4000 a.C.
O desenvolvimento inicial do método contábil esteve intimamente associado ao
surgimento do Capitalismo. Deve seu florescer as cidades italianas de Veneza, Gênova,
Florença, Pisa e outras. Estas cidades e outras da Europa possuíam atividades mercantis,
econômicas e culturais a partir do século XIII. Na época possuíam os mais avançados
empreendimentos comerciais e industriais.
Em 1494, o frei italiano Luca Pacioli escreve sobre o método das partidas dobradas;
obra considerada marco inicial na Contabilidade, tornando Pacioli o “pai dos autores da
Contabilidade”
Profª Leossania Manfroi, Me.; Prof.Roberto Kemper; Prof. Frankmar Wilson Mazetto
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Após o surgimento do método contábil e a sua divulgação com a obra de Luca Pacioli,
inicia-se um processo de ascensão da escola européia por vários fatores: a) Falta de pesquisas
industriais; b) A Contabilidade é vista como ciência; c) Ênfase a teoria das contas; d) Pouca
pesquisa de campo e grupo.
Com a ascensão da escola européia e o avanço das teorias e práticas contábeis é
percebido o desenvolvimento do mercado de capitais norte-americano.
O Brasil atualmente, com as mudanças no Código Civil, exige maior veracidade das
informações contidas nas demonstrações contábeis, a fim de possibilitar aos usuários a
tomada de decisões, até mesmo de forma corretiva possibilitando a continuidade das
atividades das empresas.
1.2 CAMPO DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE
Conforme Marion (1999, p.24) a Contabilidade Geral estuda as empresas de todos os
ramos de atividade ou setores da economia, tendo denominação diferenciada conforme a
atividade da empresa:
Comerciais, denomina-se Contabilidade Comercial;
Industriais, denomina-se Contabilidade Industrial;
Públicas, denomina-se Contabilidade Pública;
Bancárias, denomina-se Contabilidade Bancária;
Hospitalares, denomina-se Contabilidade Hospitalar;
Agropecuárias, denomina-se Contabilidade Agropecuária;
De seguros, denomina-se Contabilidade Securitária ou de Seguros, etc.
1.3 FINALIDADES DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
As principais finalidades para as quais se usa a informação contábil são Controle e
Planejamento.
a) Controle: É o processo pelo qual a alta administração se certifica, na medida do possível,
de que a organização está agindo de conformidade com os planos e políticas traçados pelos
donos de capital e pela própria alta administração. A informação contábil é útil ao processo de
controle das seguintes formas:
Profª Leossania Manfroi, Me.; Prof.Roberto Kemper; Prof. Frankmar Wilson Mazetto
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Como meio de Comunicação: Os relatórios contábeis podem ser de grande auxílio,
ao informar a organização a respeito dos planos e políticas da administração e, em geral, das
formas de comportamento ou ação que a administração deseja atribuir à organização.
Como Meio de Motivação: A não ser que a empresa ou negócio seja do tipo
individual, não compete à administração fazer ou executar o serviço. Isto quer dizer que a
administração não fabrica e vende pessoalmente o produto. Pelo contrário, a responsabilidade
da administração consiste em saber se o trabalho está sendo executado pelos outros. Isto
requer, em primeiro lugar, que o pessoal seja contratado e formado dentro da organização e,
em segundo lugar, que a organização seja motivada de forma que seja levada a fazer o que a
administração quer que se faça. A informação contábil pode auxiliar neste processo.
Como meio de Verificação: Auxilia a administração no processo de avaliação da
qualidade dos serviços executados pelos empregados. A informação contábil pode auxiliar
este processo de avaliação, embora o desempenho humano não possa ser julgado apenas
através da informação contida nos registros contábeis.
b) Planejamento: É o processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado para o futuro.
O processo de planejamento consiste em considerar vários cursos alternativos de ação e
decidir qual o melhor. O planejamento pode abranger um segmento da empresa, ou ela como
um todo. A informação contábil no que se refere ao estabelecimento de padrões e ao inter-
relacionamento da Contabilidade com os planos orçamentários, é de grande utilidade no
planejamento empresarial.
1.4 USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Internos:
a) Sócios, Acionistas e Proprietários de Quotas Societárias de Maneira em Geral: Essas
pessoas, interessadas primeiramente na rentabilidade e segurança de seus investimentos, que
muitas vezes se mantêm afastadas da direção das empresas, necessitam de informações
resumidas que dêem repostas claras e concisas às suas perguntas. Qual a taxa de lucratividade
proporcionada ao investimento? Qual a perspectiva de rentabilidade e segurança para o
investimento no médio e longo prazo? Existe uma alternativa mais adequada para seus
Profª Leossania Manfroi, Me.; Prof.Roberto Kemper; Prof. Frankmar Wilson Mazetto
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investimento? As relatórios contábeis e os esclarecimentos da Administração por ocasião das
assembléias ou reuniões de sócios são suficientes para responder tais perguntas.
b) Administradores, Diretores e Executivos dos mais Variados Escalões: O interesse nos
dados contábeis destas pessoas atinge um grau de profundidade e análise, bem como de
freqüência, muito maior do que para os demais grupos. De fato, são eles os agentes
responsáveis pelas tomadas de decisões dentro de cada entidade a que pertence. Tais decisões
visam principalmente ao futuro, mas para se preparar para agir no futuro é necessário não
apenas conhecer detalhadamente o que aconteceu no passado, como também o que está
acontecendo no momento. Nota-se que as informações fornecidas pela contabilidade não se
limitam, como julgam muitos, ao Balanço Patrimonial e à Demonstração de Resultados. Além
destes demonstrativos básicos e finais de um período contábil, a Contabilidade fornece aos
administradores um fluxo contínuo de informações sobre os mais variados aspectos da gestão
financeira e econômica das empresas (contabilidade gerencial e de custos).
O Administrador inteligente, que sabe usar as informações contábeis e que conhece
suas limitações, tem em seu poder um poderoso instrumento de trabalho que lhe permite
tomar decisões visando ao futuro com maior segurança, bem como conhecer a situação atual e
o grau de acerto ou desacerto de suas decisões passadas.
Externos:
a) Bancos, Capitalistas, Emprestadores de Dinheiro: Para esse grupo de entidades ou
pessoas, o interesse pelas informações contábeis são basicamente as mesmas dos grupos
anteriores. Porém quando a empresa passa a operar com prejuízo são os primeiros a
abandonar o investimento, pois a única finalidade é a rentabilidade. Já o outros grupos
continuam a investir na esperança de reverter o quadro, uma vez que os mesmos são
proprietários das empresas.
b) Governo e Economistas Governamentais: As repartições e os economistas
governamentais têm duplo interesse nas informações contábeis. Em primeiro lugar,
freqüentemente baseado em tais informações é que exerce o poder de tributar e arrecadar
impostos, taxas e contribuições. Isto é especificamente verdadeiro no caso da maioria das
empresas, cujo imposto de renda é taxado a partir dos balanços, embora alguns ajustes tenham
que ser feitos ao lucro contábil para apurarmos o lucro tributável. Em segundo lugar, os
economistas encarregados de analises globais ou setoriais de nossa economia interessam-se
Profª Leossania Manfroi, Me.; Prof.Roberto Kemper; Prof. Frankmar Wilson Mazetto
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pelos dados contábeis das diversas unidades microeconômicas, os quais, convenientemente
agregados e tratados estatisticamente, podem fornecer bases adequadas para as análises
econômicas.
Pessoas Físicas:
A contabilidade não deixa de desempenhar seu papel de ordem e controle das finanças
também no caso dos patrimônios individuais. Freqüentemente, as pessoas se esquecem de que
alguns conhecimentos de Contabilidade e Orçamento muito ajudariam no controle, ordem e
equilíbrio de seus orçamentos domésticos.
1.5 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE
Em conseqüência as alterações introduzidas pela lei nº11.638/2007, pela lei
11.941/2009 e pelos pronunciamentos do CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, os
princípios fundamentais da contabilidade sofreram também algumas alterações.
A comissão de pronuciamentos Contábeis – CPC, conforme audiência pública nº
3/2007 emitiu o Pronunciamento Conceitual Básico do CPC que dispõe sobre a “Estrutura
Conceitual para a Elaboração e apresentação das Demonstrações Contábeis”.
Este pronunciamento está correlacionado às Normas Internacionais – “Framework for
the Preparation and Presentation of Financial Statements”, IASB – International Accounting
Standards Board.
O Comitê de Pronunciamentos Técnicos (CPC) e a Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) oferecem à Audiência Pública a presente Minuta de Pronunciamento Conceitual.
Este Pronunciamento inaugura a série sobre aspectos puramente Conceituais relativos
à preparação e à apresentação das Demonstrações Contábeis e é o Básico. Pronunciamentos
Complementares serão emitidos posteriormente.
Para seguir com o processo de convergência rumo às Normas Internacionais de
Contabilidade o CPC está adotando, como sua Estrutura Conceitual Básica, o “Framework for
the Preparation and Presentation of Financial Statements” do International Accounting
Standards Board (IASB).
No Brasil possuímos, atualmente, duas Estruturas Conceituais emitidas: uma, pelo
IBRACON – Instituto Brasileiro de Auditores Independentes, transformada em ato próprio da
CVM pela sua Deliberação CVM no. 29 em 1986, sob o título “Estrutura Conceitual Básica
Profª Leossania Manfroi, Me.; Prof.Roberto Kemper; Prof. Frankmar Wilson Mazetto
11
da Contabilidade”; e a outra, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) pela sua
Resolução CFC nº. 750 em 1993, intitulada “Princípios Fundamentais de Contabilidade
(PFC)”. A esta última se seguiram a Resolução CFC no. 774 de 1994, sob o título “Apêndice
à Resolução Sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade”, detalhando um pouco mais
a anterior, e a Resolução CFC no. 785, em 1995, “Das Características da Informação
Contábil”.
Ao adotar agora essa Estrutura Básica do IASB, inaugura-se no Brasil uma forma de
apresentação dos Conceitos fundamentais contábeis sob outra forma, mas na essência, com o
mesmo conteúdo. Temos estado mais acostumados, por exemplo, à utilização da expressão
“Princípios Fundamentais da Contabilidade”, existente em ambos os conjuntos normativos
mencionados, numa substituição efetuada à expressão anglo-saxônica contida na nossa Lei
das Sociedades por Ações (Lei nº. 6.404/76. art. 177) “princípios contábeis geralmente
aceitos’. E a nossa cultura normativista parece ter-nos facilitado a aceitação da palavra
“princípios”. Só que vivemos, com isso, com uma situação em que essa palavra, na língua
inglesa, é utilizada com um sentido extremamente amplo, englobando conceito, norma (dos
mais variados níveis) e prática não impositiva, mas entre nós, no Brasil, tende a ser utilizada
num sentido extremamente restrito, apenas dentro do âmbito dos conceitos.
O IASB não utiliza a palavra “princípios”, preferindo fixar, na seqüência (o que já é
um Resumo do Pronunciamento):
Na seqüência segue texto resumido da “Estrutura Conceitual para a Elaboração e
apresentação das Demonstrações Contábeis”, no que diz rspeto aos usuários, objetivos e
pressupostos básicos da contabilidade:
1.5.1 Os Usuários das Demonstrações Contábeis
Entre os usuários das demonstrações contábeis incluem-se investidores atuais e
potenciais, empregados, credores por empréstimos, fornecedores e outros credores comerciais,
clientes, governos e suas agências e o público. Eles usam as demonstrações contábeis para
satisfazer algumas das suas diversas necessidades de informação.
1.5.2 Os Objetivos das Demonstrações Contábeis
Profª Leossania Manfroi, Me.; Prof.Roberto Kemper; Prof. Frankmar Wilson Mazetto
12
O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre a posição
patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição financeira da entidade, que
sejam úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão
econômica.
Demonstrações contábeis atendem às necessidades comuns da maioria dos usuários.
Entretanto, as demonstrações contábeis não fornecem todas as informações que os usuários
possam necessitar, uma vez que elas retratam os efeitos financeiros de acontecimentos
passados e não incluem, necessariamente, informações não-financeiras.
Demonstrações contábeis também objetivam apresentar os resultados da atuação da
Administração na gestão da entidade e sua capacitação na prestação de contas quanto aos
recursos que lhe foram confiados. Aqueles usuários que desejam avaliar a atuação ou
prestação de contas da Administração fazem-no com a finalidade de estar em condições de
tomar decisões econômicas que podem incluir, por exemplo, manter ou vender seus
investimentos na entidade ou reeleger ou substituir a Administração.
1.5.3 Os Pressupostos Básicos
a) Regime de competência
A fim de atingir seus objetivos, demonstrações contábeis são preparadas conforme o
regime contábil de competência. Segundo esse regime, os efeitos das transações e outros
eventos são reconhecidos quando ocorrem (e não quando caixa ou outros recursos financeiros
são recebidos ou pagos) e são lançados nos registros contábeis e reportados nas
demonstrações contábeis dos períodos a que se referem. As demonstrações contábeis
preparadas pelo regime de competência informam aos usuários não somente sobre transações
passadas envolvendo o pagamento e recebimento de caixa ou outros recursos financeiros, mas
também sobre obrigações de pagamento no futuro e sobre recursos que serão recebidos no
futuro. Dessa forma, apresentam informações sobre transações passadas e outros eventos que
sejam as mais úteis aos usuários na tomada de decisões econômicas. O regime de competência
pressupõe a confrontação entre receitas e despesas que é destacada nos itens 95 e 96
b) Continuidade
Profª Leossania Manfroi, Me.; Prof.Roberto Kemper; Prof. Frankmar Wilson Mazetto
13
As demonstrações contábeis são normalmente preparadas no pressuposto de que a
entidade continuará em operação no futuro previsível. Dessa forma, presume-se que a
entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir
materialmente a escala das suas operações; se tal intenção ou necessidade existir, as
demonstrações contábeis têm que ser preparadas numa base diferente e, nesse caso, tal base
deverá ser divulgada.
1.5.3.1 As características qualitativas das demonstrações contábeis
a) Compreensibilidade
Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações contábeis é
que elas sejam prontamente entendidas pelos usuários. Para esse fim, presume-se que os
usuários tenham um conhecimento razoável dos negócios, atividades econômicas e
contabilidade e a disposição de estudar as informações com razoável diligência. Todavia,
informações sobre assuntos complexos que devam ser incluídas nas demonstrações contábeis
por causa da sua relevância para as necessidades de tomada de decisão pelos usuários não
devem ser excluídas em nenhuma hipótese, inclusive sob o pretexto de que seria difícil para
certos usuários as entenderem.
b) Relevância
Para serem úteis, as informações devem ser relevantes às necessidades dos usuários na
tomada de decisões. As informações são relevantes quando podem influenciar as decisões
econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, presentes ou
futuros ou confirmando ou corrigindo as suas avaliações anteriores.
As funções de previsão e confirmação das informações são inter-relacionadas. Por
exemplo, informações sobre o nível atual e a estrutura dos ativos têm valor para os usuários
na tentativa de prever a capacidade que a entidade tenha de aproveitar oportunidades e a sua
capacidade de reagir a situações adversas. As mesmas informações têm o papel de confirmar
as previsões passadas sobre, por exemplo, a forma na qual a entidade seria estruturada ou o
resultado de operações planejadas.
Informações sobre a posição patrimonial e financeira e o desempenho passado são
freqüentemente utilizadas como base para projetar a posição e o desempenho futuros, assim
como outros assuntos nos quais os usuários estejam diretamente interessados, tais como
Profª Leossania Manfroi, Me.; Prof.Roberto Kemper; Prof. Frankmar Wilson Mazetto
14
pagamento de dividendos e salários, alterações no preço das ações e a capacidade que a
entidade tenha de atender seus compromissos à medida que se tornem devidos. Para terem
valor como previsão, as informações não precisam estar em forma de projeção explícita. A
capacidade de fazer previsões com base nas demonstrações contábeis pode ser ampliada,
entretanto, pela forma como as informações sobre transações e eventos anteriores são
apresentadas. Por exemplo, o valor da demonstração do resultado como elemento de previsão
é ampliado quando itens incomuns, anormais e esporádicos de receita ou despesa são
divulgados separadamente.
c) Materialidade
A relevância das informações é afetada pela sua natureza e materialidade. Em alguns
casos, a natureza das informações, por si só, é suficiente para determinar a sua relevância. Por
exemplo, reportar um novo segmento em que a entidade tenha passado a operar pode afetar a
avaliação dos riscos e oportunidades com que a entidade se depara, independentemente da
materialidade dos resultados atingidos pelo novo segmento no período abrangido pelas
demonstrações contábeis. Em outros casos, tanto a natureza quanto a materialidade são
importantes; por exemplo: os valores dos estoques existentes em cada uma das suas principais
classes, conforme a classificação apropriada ao negócio.
Uma informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar as decisões
econômicas dos usuários, tomadas com base nas demonstrações contábeis. A materialidade
depende do tamanho do item ou do erro, julgado nas circunstâncias específicas de sua
omissão ou distorção. Assim, materialidade proporciona um patamar ou ponto de corte ao
invés de ser uma característica qualitativa primária que a informação necessita ter para ser
útil.
d) Confiabilidade
Para ser útil, a informação deve ser confiável, ou seja, deve estar livre de erros ou
vieses relevantes e representar adequadamente aquilo que se propõe a representar.
Uma informação pode ser relevante, mas a tal ponto não confiável em sua natureza ou
divulgação que o seu reconhecimento pode potencialmente distorcer as demonstrações
contábeis. Por exemplo, se a validade legal e o valor de uma reclamação por danos em uma
ação judicial movida contra a entidade são questionados, pode ser inadequado reconhecer o
Profª Leossania Manfroi, Me.; Prof.Roberto Kemper; Prof. Frankmar Wilson Mazetto
15
valor total da reclamação no balanço patrimonial, embora possa ser apropriado divulgar o
valor e as circunstâncias da reclamação.
e) Representação com propriedade
Para ser confiável, a informação deve representar adequadamente as transações e
outros eventos que ela diz representar. Assim, por exemplo, o balanço patrimonial numa
determinada data deve representar adequadamente as transações e outros eventos que resultam
em ativos, passivos e patrimônio líquido da entidade e que atendam aos critérios de
reconhecimento.
A maioria das informações contábeis está sujeita a algum risco de não ser uma
representação fiel daquilo que se propõe a retratar. Isso pode decorrer de dificuldades
inerentes à identificação das transações ou outros eventos a serem avaliados ou à identificação
e aplicação de técnicas de mensuração e apresentação que possam transmitir, adequadamente,
informações que correspondam a tais transações e eventos. Em certos casos, a mensuração
dos efeitos financeiros dos itens pode ser tão incerta que não é apropriado o seu
reconhecimento nas demonstrações contábeis; por exemplo, embora muitas entidades gerem,
internamente, ágio decorrente de expectativa de rentabilidade futura ao longo do tempo
(goodwill), é usualmente difícil identificar ou mensurar esse ágio com confiabilidade. Em
outros casos, entretanto, pode ser relevante reconhecer itens e divulgar o risco de erro
envolvendo o seu reconhecimento e mensuração.
f) Primazia da essência sobre a forma
Para que a informação represente adequadamente as transações e outros eventos que
ela se propõe a representar, é necessário que essas transações e eventos sejam contabilizados e
apresentados de acordo com a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua
forma legal. A essência das transações ou outros eventos nem sempre é consistente com o que
aparenta ser com base na sua forma legal ou artificialmente produzida. Por exemplo, uma
entidade pode vender um ativo a um terceiro de tal maneira que a documentação indique a
transferência legal da propriedade a esse terceiro; entretanto, poderão existir acordos que
assegurem que a entidade continuará a usufruir os futuros benefícios econômicos gerados pelo
ativo e o recomprará depois de um certo tempo por um montante que se aproxima do valor
original de venda acrescido de juros de mercado durante esse período. Em tais circunstâncias,
reportar a venda não representaria adequadamente a transação formalizada.
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g) Neutralidade
Para ser confiável, a informação contida nas demonstrações contábeis deve ser neutra,
isto é, imparcial. As demonstrações contábeis não são neutras se, pela escolha ou
apresentação da informação, elas induzirem a tomada de decisão ou julgamento, visando
atingir um resultado ou desfecho predeterminado.
h) Prudência
Os preparadores de demonstrações contábeis se deparam com incertezas que
inevitavelmente envolvem certos eventos e circunstâncias, tais como a possibilidade de
recebimento de contas a receber de liquidação duvidosa, a vida útil provável das máquinas e
equipamentos e o número de reclamações cobertas por garantias que possam ocorrer. Tais
incertezas são reconhecidas pela divulgação da sua natureza e extensão e pelo exercício de
prudência na preparação das demonstrações contábeis. Prudência consiste no emprego de um
certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas
condições de incerteza, no sentido de que ativos ou receitas não sejam superestimados e que
passivos ou despesas não sejam subestimados. Entretanto, o exercício da prudência não
permite, por exemplo, a criação de reservas ocultas ou provisões excessivas, a subavaliação
deliberada de ativos ou receitas, a superavaliação deliberada de passivos ou despesas, pois as
demonstrações contábeis deixariam de ser neutras e, portanto, não seriam confiáveis.
i) Integridade
Para ser confiável, a informação constante das demonstrações contábeis deve ser
completa, dentro dos limites de materialidade e custo. Uma omissão pode tornar a informação
falsa ou distorcida e, portanto, não-confiável e deficiente em termos de sua relevância.
j) Comparabilidade
Os usuários devem poder comparar as demonstrações contábeis de uma entidade ao
longo do tempo, a fim de identificar tendências na sua posição patrimonial e financeira e no
seu desempenho. Os usuários devem também ser capazes de comparar as demonstrações
contábeis de diferentes entidades a fim de avaliar, em termos relativos, a sua posição
patrimonial e financeira, o desempenho e as mutações na posição financeira.
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Conseqüentemente, a mensuração e apresentação dos efeitos financeiros de transações
semelhantes e outros eventos devem ser feitas de modo consistente pela entidade, ao longo
dos diversos períodos, e também por entidades diferentes.
Uma importante implicação da característica qualitativa da comparabilidade é que os
usuários devem ser informados das práticas contábeis seguidas na elaboração das
demonstrações contábeis, de quaisquer mudanças nessas práticas e também o efeito de tais
mudanças. Os usuários precisam ter informações suficientes que lhes permitam identificar
diferenças entre as práticas contábeis aplicadas a transações e eventos semelhantes, usadas
pela mesma entidade de um período a outro e por diferentes entidades. A observância das
normas, inclusive a divulgação das práticas contábeis utilizadas pela entidade, ajudam a
atingir a comparabilidade.
A necessidade de comparabilidade não deve ser confundida com mera uniformidade e
não se deve permitir que se torne um impedimento à introdução de normas contábeis
aperfeiçoadas. Não é apropriado que uma entidade continue contabilizando da mesma
maneira uma transação ou evento se a prática contábil adotada não está em conformidade com
as características qualitativas de relevância e confiabilidade. Também é inapropriado manter
práticas contábeis quando existem alternativas mais relevantes e confiáveis.
Tendo em vista que os usuários desejam comparar a posição patrimonial e financeira,
o desempenho e as mutações na posição financeira ao longo do tempo, é importante que as
demonstrações contábeis apresentem as correspondentes informações de períodos anteriores.
1.5.3.1.1 Limitações na relevância e na confiabilidade da informação
a) Tempestividade
Quando há demora indevida na divulgação de uma informação, é possível que ela
perca a relevância. A Administração da entidade necessita ponderar os méritos relativos entre
a tempestividade da divulgação e a confiabilidade da informação fornecida. Para fornecer uma
informação na época oportuna pode ser necessário divulgá-la antes que todos os aspectos de
uma transação ou evento sejam conhecidos, prejudicando assim a sua confiabilidade. Por
outro lado, se para divulgar a informação a entidade aguardar até que todos os aspectos se
tornem conhecidos, a informação pode ser altamente confiável, porém de pouca utilidade para
os usuários que tenham tido necessidade de tomar decisões nesse ínterim. Para atingir o
adequado equilíbrio entre a relevância e a confiabilidade, o princípio básico consiste em
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18
identificar qual a melhor forma para satisfazer as necessidades do processo de decisão
econômica dos usuários.
b) Equilíbrio entre custo e benefício
O equilíbrio entre o custo e o benefício é uma limitação de ordem prática, ao invés de
uma característica qualitativa. Os benefícios decorrentes da informação devem exceder o
custo de produzi-la. A avaliação dos custos e benefícios é, entretanto, em essência, um
exercício de julgamento. Além disso, os custos não recaem, necessariamente, sobre aqueles
usuários que usufruem os benefícios. Os benefícios podem também ser aproveitados por
outros usuários, além daqueles para os quais as informações foram preparadas; por exemplo, o
fornecimento de maiores informações aos credores por empréstimos pode reduzir os custos
financeiros da entidade. Por essas razões, é difícil aplicar o teste de custo-benefício em
qualquer caso específico. Não obstante, os órgãos normativos em especial, assim como os
elaboradores e usuários das demonstrações contábeis, devem estar conscientes dessa
limitação.
c) Equilíbrio entre as características qualitativas
Na prática, é freqüentemente necessário um balanceamento entre as características
qualitativas. Geralmente, o objetivo é atingir um equilíbrio apropriado entre as características,
a fim de satisfazer aos objetivos das demonstrações contábeis. A importância relativa das
características em diferentes casos é uma questão de julgamento profissional.
d) Visão/apresentação verdadeira e com propriedade
Demonstrações contábeis são freqüentemente descritas como apresentando uma visão
verdadeira e apropriada (true and fair view) da posição patrimonial e financeira, do
desempenho e das mutações na posição financeira de uma entidade. Embora esta Estrutura
Conceitual não trate diretamente de tais conceitos, a aplicação das principais características
qualitativas e de normas e práticas de contabilidade apropriadas normalmente resultam em
demonstrações contábeis que refletem aquilo que geralmente se entende como apresentação
verdadeira e apropriada das referidas informações.
1.6 ATUALIDADE EM CONTABILIDADE
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O Brasil tem passado nos últimos anos por uma grande modernização na sua
contabilidade. Sabemos que a evolução da contabilidade se dá em conseqüência da evolução e
crescimento econômico das sociedades.
No cenário internacional, percebemos cada vez mais a globalização da economia,
brasileiros investido em diversos paises e ao mesmo tempo, diferentes países investido no
Brasil. Essa situação forçou a legislação contábil brasileira a se adaptar a dos países mais
desenvolvidos.
Existe hoje um grande grupo de paises que estão padronizando suas demonstrações
financeiras, facilitando assim a leitura e interpretação dessas demonstrações pelos seus
analistas, independente do país faça parte.
Neste contexto a legislação contábil no Brasil está passando por grandes e constantes
alterações, buscando a harmonização das demonstrações financeiras com o padrão
internacional. A lei que regulamenta as sociedades anônimas no Braisil é a lei 6.404/74, que
foi alterada em 28 de dezembro de 2007 pela lei 11.683/07, e que em 27 de maio de 2009
sofreu nova alteração pela lei 11. 941/09. Estaremos estudando mas detalhadamente essas
alterações no capitulo “Demonstrações Financeiras” desta apostila.
Já no cenário nacional, outra grande evolução da contabilidade está sendo a
implantação do “Projeto Sped”, conforme detalhamento a seguir.
1.7 EXERCÍCIOS
1) Conceitue Contabilidade.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
2) Quem é considerado o Pai da Contabilidade?
___________________________________________________________________________
3) Quais as principais finalidades para as quais se utiliza a informação
contábil?____________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
4) Quais são os principais usuários da Contabilidade?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
5) Qual o objetivo da Contabilidade:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
6) Comente os pressupostos básicos da contabilidade:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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2 DEFINIÇÃO DE PATRIMÔNIO
O Patrimônio representa o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade.
Está disposto em Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.
Conforme Marion (1998, p.30) em contabilidade, portanto, a palavra patrimônio tem
sentido amplo: por um lado significa o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa
ou empresa; por outro lado inclui as obrigações a serem pagas.
O Patrimônio é objeto administrado, cujas variações são registradas e demonstradas
pela contabilidade. O mesmo pode ser melhor visualizado através do demonstrativo a seguir:
PATRIMÔNIO
ATIVO R$ PASSIVO R$
Bens 40.000,00
Direitos 10.000,00
Obrigações 15.000,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Situação Líquida 35.000,00
Total Ativo 50.000,00 Total Passivo 50.000,00
Aplicações de Recursos Origens de Recursos
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2.1 FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO
Considerando Patrimônio como o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma
pessoa física ou jurídica, precisamos entender o que são e que contempla cada item desse
conjunto.
Bens: Estão de posse da empresa e são de sua propriedade. È suscetível a avaliação
em dinheiro. Classificam-se em:
Bens Tangíveis: São corpóreos, concretos e materiais. Ex. Móveis, Terrenos, Veículos.
Bens Intangíveis: São incorpóreos, abstratos e imateriais. Ex. Despesas pré – operacionais,
pesquisa e desenvolvimento de produto, marcas, direitos, exploração de minas, jazidas e
reservas florestais.
O Código Civil Brasileiro classifica também os bens em:
Bens Imóveis: vinculados ao solo, e que não podem ser retirados sem danos, ex: edifícios,
construções, sala comercial, etc.
Bens Móveis: aqueles bens que podem ser removidos, ex: máquinas, equipamentos, estoques,
animais, etc.
Direitos: É um conjunto de prestações presentes dadas por uma empresa em troca de
prestações futuras (São de propriedade de outras empresas, porém de direito da primeira).Ex.
Créditos a Receber, Duplicatas à receber.
Obrigações: São as dívidas contraídas pela empresa em decorrência de compra e/ou
própria atividade operacional. É de direito de terceiro. Ex. Empréstimos, Obrigações fiscais e
tributárias.
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2.2 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO
A Representação Gráfica do Patrimônio apresenta-se da seguinte forma:
BENS + DIREITOS OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS
Bens Obrigações
Ferramentas Fornecedores (de mercadorias)
Móveis e Utensílios Aluguéis a pagar
Veículos Empréstimo bancário (a pagar)
Máquinas Contas a pagar (água, luz, telefone,etc.)
Terrenos Impostos a Pagar (ICMS,PIS,COFINS)
Marcas e Patentes
Equipamentos
Edificações
Sala Comercial
Direitos
Banco conta movimento (depósito)
Aluguéis a receber
Títulos a receber (notas promissórias)
Duplicatas a receber (clientes)
A representação gráfica do patrimônio, se dá em forma de T, ficando representado no
lado esquerdo os Bens e Direitos e no lado direito as Obrigações Exigíveis.
Conforme Marion (1998, p.34) isso ocorre, por mera convenção. Primeiramente o que
é positivo (bens e direitos) e depois o que é negativo (obrigações exigíveis). Na Inglaterra,
todavia, coloca-se primeiramente as obrigações e depois os bens e direitos.
Patrimônio Líquido: Para conhecer a riqueza líquida da pessoa física ou jurídica
somam-se os bens e os direitos, e desse total, subtraem-se as obrigações, o resultado é a
riqueza líquida, denominada de Patrimônio Líquido.
Por isso quando olhamos para uma grande empresa, que aos nossos olhos possui
instalações enormes, letreiros luminosos, jardins ao redor, muitos caminhões, funcionários,
etc. Imagina-se “Como é grande o patrimônio dessa empresa”. No entanto, há possibilidade
de se estar enganado, pode ser que o patrimônio envolva obrigações, ou que está esteja
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totalmente endividada, a ponto de falência. Portanto, o patrimônio por si só não mede a
riqueza de uma empresa.
O mesmo acontece com as pessoas físicas. Quando se vê alguém dirigindo um carro
novo, pode ser que o mesmo seja financiado, logo a riqueza que visualizamos não mede o real
patrimônio desta pessoa.
Para medir o patrimônio líquido é necessário somar o capital investido pelos sócios
(proprietários), ou seja, os recursos originados do Contrato Social, denominado de Capital
Social, e acrescentar o resultado das operações da empresa (lucros ou prejuízos). Ou utilizar a
equação patrimonial:
PL = B + D - O
Patrimônio Líquido = Bens + Direitos - Obrigações
Exemplificando:
A Cia Bons Alunos possui um total de Bens e Direitos de R$ 200.000,00; suas
obrigações totalizam R$ 90.000,00 logo o Patrimônio Líquido da Cia Americana é de R$
110.000.
PL= B + D - O
PL= 200.000,00 - 90.000,00
PL= 110.000,00
Há momentos em que encontramos a situação líquida do patrimônio como nula, positiva ou
negativa. Observe os exemplos a seguir:
Situação Nula: Bens + Direitos = 1.800,00
Obrigações = 1.800,00
Situação Positiva: Bens + Direitos = 1.800,00
Obrigações = 1.300,00
Esta situação também é chamada de Ativa ou Superavitária (lucro).
Situação Negativa: Bens + Direitos = 1.800,00
Obrigações = 2.000,00
Esta situação também é chamada de Passiva ou Deficitária(prejuízo).
Portanto, patrimônio é o conjunto de bens, direitos a receber e obrigações a pagar
pertencentes a uma pessoa ou empresa. No entanto, o patrimônio liquido é a parte que
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realmente sobra para o proprietário após somar bens e direitos e subtrair as obrigações; é a
situação liquida, a riqueza real.
2.3 EXERCÍCIOS
01) Para a Contabilidade, Patrimônio é:
a. ( ) Bens + Direitos – Obrigações b. ( ) Bens + Direitos
c. ( ) Obrigações Exigíveis d. ( ) Bens, Direitos e Obrigações
02) Edifícios, pode ser classificado como:
a. ( ) Bens e Direitos c. ( ) Bens Intangíveis
b. ( ) Bens Tangíveis d. ( ) Obrigações
03) O termo “Exigível” significa:
a. ( ) Que não será cobrado c. ( ) Que é Ativo
b. ( ) Que não será liquidado d. ( ) Que será reclamado
04) Riqueza Líquida de uma empresa é medida pelo:
a. ( ) Patrimônio c. ( ) Patrimônio Líquido
b. ( ) Patrimônio Global d. ( ) Bens e Direitos
05) Bens Intangíveis podem ser:
a. ( ) Marcas e Imóveis c. ( ) Marcas e Edifícios
b. ( ) Marcas e Patentes d. ( ) Marcas e Animais
06) Duplicatas a Receber e Duplicatas á Pagar constituem respectivamente:
a. ( ) Direito e Obrigação (Exigível) c. ( ) Direitos e Patrimônio Líquido
b. ( ) Direito e Bens d. ( ) Bens e Obrigações
07) O lado esquerdo do balanço é conhecido como:
a. ( ) Bens e Direitos c. ( ) Dos Direitos
b. ( ) Bens d. ( ) Das Obrigações
08) Quando os bens e direitos forem menores que as obrigações temos uma:
a. ( ) Situação Excelente c. ( ) Situação Liquida Excelente
b. ( ) Riqueza Liquida e Elevada d. ( ) Situação Ruim
09) Qual a equação patrimonial que representa a situação líquida do patrimônio líquido de
uma empresa?
_______________________________________________________________
10) Represente graficamente o Patrimônio da Cia Auto Uruguai e calcule a riqueza líquida
da empresa fazendo a separação dos Bens, Direitos e Obrigações:
Indique o total de Bens: _________________ Direitos: __________________ e Obrigações:
_________________.A situação líquida é: _____________________.
Máquinas R$ 20.000 Ferramentas R$ 13.720
Ações R$ 27.920 Clientes R$ 21.220
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Veículos R$ 15.000 Caixa R$ 2.222
Financ. a pg. R$ 10.000 Salários a pagar R$ 6.000
Marcas R$ 43.000 Estoque R$ 11.120
Prédio R$ 57.300 Fornecedores R$ 21.350
Impostos a pagar R$ 9.300 Contas a pagar R$ 33.000
11) Sabendo-se que os bens da Cia Luz totalizaram R$ 580.000 e que os direitos
representam exatamente metade dos bens e as obrigações representam o dobro dos bens,
calcule o patrimônio líquido da empresa: _______________.
Esta situação líquida é positiva ou negativa:_________________.
12) Em 31.12.XX a situação de Pedro era: um carro que lhe custou R$ 40.000, porém
pagou R$ 21.000 a vista e deve o restante para a concessionária. Possui R$ 200 no banco e
R$ 100 na carteira. Ele mora com os pais, mas já comprou um televisor de R$ 900, um
DVD de R$ 300 e um microcomputador de R$ 1.300. Tem para receber o salário do mês R$
1.750, porém, precisa pagar a fatura do telefone R$ 80 e de internet de R$ 120,00. Apure a
situação líquida de Pedro:
_______________,Bens:________________,Direitos______________,
Obrigações:______________.
13) A Cia Amizade apresentava em 31.12.XX o seguinte conjunto de Bens, Direitos e
Obrigações:
Dinheiro em caixa R$ 60.000 Duplicatas a recebe R$ 48.900
Contas a pagar R$ 20.000 Estoque de peças R$ 91.100
Máquinas R$ 120.000 Empréstimo a pagar R$90.000
Prédios R$ 800.000 Fornecedores R$ 98.100
Encargos a pagar R$ 101.900 Dinheiro no banco R$ 12.600
Calcule:
O total dos Bens: ________________________ O total dos direitos: _________________ O
total das Obrigações: ____________ O total dos bens móveis: ____________ O total dos
bens imóveis: _____________ O total dos bens tangíveis:_________ O total dos bens
intangíveis: _____________ O Patrimônio Líquido:___________.
14) A diferença entre Ativo (bens e direitos) e Passivo (obrigações) denomina-se:
( ) Balanço Patrimonial
( ) Situação Líquida
( ) Situação Liquida Positiva
( ) Situação Líquida Negativa
15) Complete:
Os...........................e os........................são os elementos que devem ser representados no lado
esquerdo do gráfico representativo do patrimônio. Já os elementos que devem ser
representados do lado direito do gráfico representativo do Patrimônio são as.........................
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3 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Conforme Marion (1998, p. 38) os dados coletados pela contabilidade são
apresentados periodicamente de maneira resumida e ordenada, formando, assim, os
relatórios contábeis.
Os relatórios são elaborados conforme a necessidade dos usuários, sendo que alguns
deles são obrigatórios, dependendo do tamanho da entidade estes são mais freqüentes,
exemplificando, em uma padaria os relatórios são mais sucintos do que numa indústria de
móveis. Com a estabilização da economia, a cada momento se torna mais importante a
formação de controles, relatórios, com informações mais precisas e em períodos mais curtos
para a tomada de decisões.
As demonstrações financeiras são utilizadas pelos usuários internos e externos da
contabilidade, através delas é possível analisar a evolução do patrimônio liquido da empresa,
ou seja, conhecer a situação liquida.
3.1 PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A apresentação das Demonstrações Financeiras é obrigatória e realizada conforme o
tipo de constituição societária . Há dois tipos principais: as sociedades anônimas (S.A) e as
sociedades conhecidas por LTDA, ou seja, sociedades por quota de responsabilidade limitada.
*Novo código Civil.
A S.A ou Companhia, que se caracteriza pelo seu capital dividido em partes iguais
chamadas ações, os sócios geralmente são em grande número e são denominados acionistas.
Podem ter essas ações negociáveis na Bolsa de Valores Mobiliários (capital aberto) ou não
(capital fechado). As S.As devem publicar as demonstrações financeiras no Diário Oficial e
em outro jornal de grande circulação da localidade da empresa a cada seis meses (melhor
informar os investidores e acionistas). Regidas pela Lei das S.A (6.404/1976) . Devem
apresentar a declaração de imposto de renda.
Os relatórios contábeis obrigatórios foram instituídos, originariamente, para as
sociedades anônimas e, posteriormente, adotados para as demais sociedades comerciais.
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28
No entanto, existem relatórios que, mesmo não sendo obrigatórios, auxiliam
enormemente a gestão de empresas.
Relatório contábil é a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela
contabilidade. Ele objetiva relatar às pessoas que utilizam os dados contábeis os principais
fatos e registrados pôr aquele setor em determinado período. Também conhecidos como
informes contábeis, distingue-se em obrigatórios e não obrigatórios.
Relatórios obrigatórios conforme a Lei das S.A. 6.404/64 alterada pela lei 11.941/09
Balanço Patrimonial
Demonstrações de Resultado do Exercício
Demonstração de lucros e prejuízos acumulados ou demonstrações das mutações do
Patrimônio Liquido
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Demonstração do Valor Adicionado
Notas explicativas
Empresas limitadas: (DIRPJ)
Balanço Patrimonial
DRE
Demonstrações de lucros ou prejuízos acumulados
Outros relatórios podem auxiliar a administração:
Dados estatísticos diversos
Indicadores de produtividade
Desenvolvimento de tecnologia
A empresa no contesto sócio econômico
Expectativas com relação ao futuro
Dados de orçamento de capital
Projeto de expansão
Desempenho em relação aos concorrentes
Os relatórios contábeis não obrigatórios são: a demonstração das origens e aplicações
de recursos, orçamentos (financeiros, operacionais e de capital) e outros de menor
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importância, são utilizados para tomadas de decisões na empresa, sendo praticamente
impossível administra-la sem estes relatórios.
Em caso de números muito grandes o que ocorre com grandes empresas pode-se cortar
os últimos três dígitos ou seis, no primeiro caso usa-se a expressão no cabeçalho do
demonstrativo em $ milhares ou em $ milhões.
As Ltda; caracterizam-se pelo capital ser dividido entre sócios, geralmente um número
pequeno de sócios ou quotistas, não precisam publicar as demonstrações, mas devem
apresentá-las ao fisco, através da declaração de imposto de renda pessoa jurídica.
Esta exigência está contida na Lei das S.A (6.404/76) e foi estendida através do
decreto Lei 1.598/77 para as sociedades Ltda.
Sociedades Anônimas Sociedades Limitadas
Relatórios Contábeis Obrigatórios Relatórios Contábeis Obrigatórios
Para publicação em Jornais e Imposto de Renda Para Imposto de renda
O período denominado de exercício social tem durabilidade de um ano, é o período a
que se referem às demonstrações financeiras. O imposto de renda exige que as demonstrações
financeiras coincidam com o ano calendário (01.01. a 31.12.XX).
No entanto, para atender as necessidades internas da empresa, e principalmente para
fins gerenciais e auxiliar a administração da empresa, a contabilidade pode apresentar
relatórios contábeis em períodos mais curtos (semanal, mensal, etc.)
Os principais requisitos das demonstrações financeiras são: a denominação da
empresa, o título da demonstração e a data do exercício social.
3.2 A NOVA LEI DAS S. A. – LEI 11.638/07
Após cerca de sete anos de tramitação, o Projeto de Lei 3.741/00 foi transformado na
Lei 11.638/07 (modifica a lei 6.404/76), que altera, basicamente, o sistema de elaboração das
demonstrações financeiras das sociedades anônimas, estendendo tal sistema às empresas de
grande porte, ou seja, à empresa com ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta
anual superior a R$ 300 milhões, independente da forma societária adotada. Empresas que
pertençam ao mesmo grupo econômico de fato, ou seja, que estejam sob controle comum,
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também deverão individualmente adotar tal sistema se, no conjunto, atingirem tais valores de
ativo ou de receita bruta.
A nova Lei 11.638/07 aboliu a Doar (Demonstração das Origens e Aplicações. de
Recursos) e instituiu a obrigação de elaboração da DFC (Demonstração dos Fluxos de Caixa).
No caso das companhias abertas (ou seja, aquelas com valores mobiliários negociados em
bolsa ou mercado de balcão), foi instituída também a DVA (Demonstração de Valor
Adicionado). A DFC fornece um resumo dos fluxos de caixa relativos a três aspectos da
empresa: (I) atividade operacional; (II) atividade de investimentos e (III) atividade de
financiamentos. Portanto, a DFC permite ao usuário ver como o caixa transitou e qual foi o
resultado deste fluxo. A DFC já era obrigatória nos Estados Unidos desde 1987, o que
demonstra a relevância da alteração trazida pela Lei 11.638/07.
A DVA mostra o quanto de riqueza foi gerado pela empresa e como esta riqueza foi
distribuída entre os acionistas, funcionários, fornecedores e o governo. Apesar da DVA não
ter tanta relevância para fins de avaliação de uma empresa, tal demonstração financeira é
importante para fins acadêmicos, estatísticos e de análise setorial.
Além da instituição dessas novas duas demonstrações financeiras (DFC e DVA),
houve também modificações significativas quanto à elaboração dos balanços patrimoniais,
como, por exemplo, a criação da rubrica “intangível” no Ativo Permanente e a contabilização
ou “marcação a mercado” das aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos
(contratos futuros, contratos a termo e opções) e eliminação da “reserva de reavaliação”.
Uma questão de caráter formal é se as empresas de grande porte terão ou não que
publicar suas demonstrações financeiras. O artigo 3° da Lei 11.638/07 estendeu os
dispositivos da Lei das S.A. relativos à “escrituração e elaboração” das demonstrações
financeiras às empresas de grande porte. O fundamento para a publicação das demonstrações
financeiras reside no fato de que tais empresas recorrem à poupança das famílias em geral.
Logo, tais empresas devem ter maior transparência na divulgação dos seus dados. No caso das
companhias fechadas e outras empresas organizadas como limitadas, por exemplo, as quais
não recorrem à poupança das pessoas, não vemos a necessidade de publicação das
demonstrações financeiras. A própria CVM, em Comunicado ao mercado, já se manifestou no
sentido de não haver obrigação expressa das empresas de grande porte publicarem as suas
demonstrações financeiras. No caso das sociedades limitadas, o fato das atas das assembléias
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anuais (as quais aprovam as demonstrações financeiras) serem arquivadas na Junta Comercial
já confere suficiente publicidade às demonstrações financeiras.
Contudo, o grande avanço da Lei 11.638/97 reside na padronização das demonstrações
financeiras das empresas brasileiras, através da adoção de práticas contábeis internacionais.
Segundo a própria CVM em seu Comunicado ao Mercado, as demonstrações financeiras das
companhias abertas já serão consolidadas em IFRS até o exercício financeiro de 2010.
Tal medida terá um profundo impacto econômico, principalmente para as empresas
brasileiras que necessitam atrair investidores estrangeiros, pois isto facilitará a análise e a
comparação de suas demonstrações financeiras. Assumindo uma iminente obtenção de grau
de investimento, as empresas brasileiras em geral terão melhores condições de atrair
investimento estrangeiro e, assim, baratearem o seu custo de capital, o que viabilizará uma
inserção mais acentuada de empresas brasileiras na economia global. Ao participar mais
ativamente de cadeias de suprimento globais de produtos e serviços, as empresas brasileiras
tornar-se-ão mais competitivas e mais lucrativas, gerando, conseqüentemente, mais
prosperidade e progresso para o Brasil.
3.3 BALANÇO PATRIMONIAL
3.3.1 Conceito
O Balanço é a demonstração contábil mais importante gerada pela contabilidade, e tem
por finalidade apresentar a situação patrimonial da empresa em dado momento, dentro de
determinados critérios de avaliação.
A equação patrimonial reflete a idéia de equilíbrio e igualdade. Esta equação é
resultante do princípio básico do método dominante da Contabilidade, chamado de método
das partidas dobradas, ou seja, a todo o fenômeno positivo (débito) que fica representado ao
lado esquerdo do Balanço, que indica a adição de um bem ou direito ao ativo da empresa,
contrapõe-se um negativo (crédito), que está representado ao lado direito do Balanço, que são
as obrigações, devendo existir, a qualquer momento, uma igualdade entre os componentes
positivos e negativos que formam o conjunto patrimonial.
3.3.2 Explicação da expressão “balanço patrimonial”
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32
A palavra balanço decorre do equilíbrio: Ativo = Passivo + PL , ou da igualdade:
Aplicações = Origens . Parte-se da idéia de uma balança de dois pratos, onde sempre
encontrarmos a igualdade. Mas em vez de se denominar balança (como balança comercial...)
denomina-se balanço.
O termo patrimonial tem origem no patrimônio da empresa, ou seja, conjunto de bens,
direitos e obrigações. Daí o chamar-se patrimonial.
Juntando-se ambas as palavras, obtém-se balanço patrimonial, equilíbrio do
patrimônio, igualdade patrimonial. Em sentido amplo, o balanço evidencia a situação
patrimonial da empresa em determinada data.
O Balanço Patrimonial reflete a posição financeira em determinado momento
(geralmente final de ano) de uma empresa.
3.3.3 Estrutura do balanço patrimonial
No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que
registrem em grupos de modo a facilitar o conhecimento e a análise de situação financeira da
empresa.
No ativo, as contas serão dispostas conforme seu grau de liquidez e, no passivo, as
contas serão classificadas conforme seu grau de exigibilidade.
Representadas de forma equacional, as contas do Balanço classificam-se em vários grupos e
subgrupos. Teremos, portanto, o seguinte modelo sintético do Balanço Patrimonial.
d) Representação sintética do balanço patrimonial
Ativo Passivo Ativo Circulante Passivo Circulante
Ativo não Circulante
Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Passivo não Circulante
Resultado de Exercícios Futuros
Patrimônio Líquido
Capital Social
Reservas de Capital
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Ajustes de Avaliação Patrimonial
Prejuízos Acumulados
Obs: Estrutura do Balnço Patrimonial conforme lei 11.941/09 editada em 27 maio de 2009.
ATIVO
O Ativo compreende os bens e os direitos da entidade expressos em moeda,
representados da seguinte forma: Caixa, Bancos c/c, Mercadorias, Clientes, Terrenos, Prédios,
Veículos, Máquinas, etc.
Todos os elementos componentes do Ativo acham-se discriminados no lado esquerdo
do Balanço Patrimonial.
PASSIVO
O Passivo compreende basicamente as obrigações a pagar, isto é a quantia que a
empresa deve a terceiros, tais como: Fornecedores, Salários, Impostos e Contribuições,
Instituições financeiras, etc.
Todos os elementos componentes do Passivo estão discriminados no lado direito do
Balanço Patrimonial.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Definimos Patrimônio Líquido como a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo
de uma entidade em determinado momento.
Exemplificando:
Total do ativo............. ............................................. 10.000,00
Total do passivo ..................................................... 5.300,00
O Patrimônio Líquido ............................................. 4.700,00
PATRIMÔNIO LIQUIDO= BENS+DIREITOS(-)OBRIGAÇÕES
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e) REPRESENTAÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL
Empresa Bons Alunos
Balanço Patrimonial em 31/12/200X
ATIVO
Circulante Caixa
Bancos
Duplicatas a Receber
(-) Créditos vencidos não liquidados
(-) Duplicatas Descontadas Estoques
Desp. do Exercício Seguinte
Não Circulante
Realizável a Longo Prazo
Empréstimos a Empresas
Coligadas ou Controlas
Empréstimos a Diretores
Investimentos
Aplicações em Cias.
Coligadas e Controladas
Imobilizado
Imóveis
(-) Depreciação Acumulada
de Imóveis
Veículos
(-) Depreciação Acumulada
de veículos.
Terrenos
Intangível
Marcas
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO
Circulante Fornecedores
Impostos a Recolher
Salários a Pagas
Encargos Sociais a Recolher
Financiamento a pagar
Não Circulante
Financiamentos a pagar
Resultado de Exercícios Futuros
Receita de Exercícios Futuros
Patrimônio Líquido Capital social
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
Prejuízos Acumulados
TOTAL DO PASSIVO
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3.4 EXERCÍCIOS
1) Classifique os itens abaixo como Ativo (A), Passivo (P) ou Patrimônio Líquido (PL):
Caixa Máquinas Capital Social
Dinheiro em Banco Empréstimo Veículos
Capital de Terceiros Valores de compras a prazo Fornecedores
Valores de vendas a prazo Impostos a recolher Financiamento
Duplicatas a receber Obrigações sociais Obras de Arte
Mercadorias em Estoque Equipamentos Lucros Acumulados
Móveis e Utensílios Valores no Banco Contas a receber
Capital Próprio Salários a pagar Mercadoria
Instalações Prejuízos Acumulados Sala Comercial Contas a
pagar Títulos a receber Imóveis
Ações de Outras Cias Aplicação Financeira Marcas e Patentes
2) São contas do Passivo:
( ) Fornecedores e Duplicatas a receber
( ) Fornecedores e Empréstimos bancários
( ) Vendas e salários a pagar
3) Cite três exemplos de Capital de terceiro:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
4) A liquidação de uma dívida é uma operação que:
( ) diminui o passivo e ativo
( ) diminui o passivo e aumenta o ativo
( ) diminui e aumenta o patrimônio líquido
5) A compra a prazo de um veículo, gera as alterações:
( ) aumento do ativo e diminuição do passivo
( ) aumento do passivo e diminuição do ativo
( ) aumento do ativo e aumento do passivo
( ) não altera as somas
6) Admitindo que o ativo de uma empresa é de R$ 250 mil e o passivo R$ 220 mil:
O patrimônio Líquido é ( A – P = PL): _________________
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7) A empresa Beta Ltda, apurou R$ 200 mil de capital de terceiros e R$ 126 mil de capital
próprio:
- O total do ativo é R$: ______________________
- O total do passivo é R$: ____________________
- O total do Patrimônio líquido é R$: ________________
8) A empresa capitalista apurou R$ 350 mil de capital de terceiros e R$ 290 de capital
próprio. Qual o total do Ativo? ____________ e do Passivo?___________ e qual o seu
patrimônio líquido? ___________ . Qual o montante de origens? ____________e o
montante de aplicações? ____________
9) Supondo que a empresa Sardinha efetuasse um empréstimo bancário no valor de R$
220.000 e que Capital Social fosse de R$ 160.000. Como você representaria o balanço
patrimonial?
Identifique o montante de origens: _________________ E o montante de
aplicações:_______________
Represente Graficamente:
Aplicação de Recursos
Aplicação =
Origem de Reursos – Capital deTerceiros
Origem de Recursos – Capital Próprio
Origens =
10) Estruture o Balanço Patrimonial da Cia Nova Zelândia, conforme critérios contábeis
em 31.12.20XX:
Caixa 400 Lucros Acumulados 6.600
Fornecedores 160 Financiamentos a pagar 2.000
Estoque 1.000 Máquinas e Equipamentos 3.000
Capital Social 10.000 Ações de outras Cias 4.000
Dpl a recebe 600 Títulos a pagar 1.000
Contas a pagar 100 Contas a receber 5.120
Impostos a pagar 160 Veículos 5.900
Cia Nova Zelândia
Balanço Patrimonial em 31.12.XX
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Ativo
Passivo
Patrimônio Líquido
11) Estruture o Balanço Patrimonial da Cia Sonolenta, conforme critérios contábeis em
31.12.20XX:
Caixa 100 Fornecedores 200
Ações de outras Cias 1.000 Lucros Acumulados 500
Capital 800 Estoque 500
Duplicatas a receber 200 Financiamento 200
Impostos a recolher 500 Máquinas e Equip. 100
Salários a pagar 100 Veículos 400
Cia Sonolenta
Balanço Patrimonial em 31.12.XX
Ativo
Passivo
Patrimônio Líquido
12) Estruture o Balanço Patrimonial da Cia Sucesso em milhões, conforme critérios
contábeis em 31.12.XX:
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Caixa 1.000 Fornecedores 1.000
Lucros Acumulados 1.000 Capital 500
Duplicatas a receber 900 Contas a pagar 800
Estoque 500 Máquinas e Equip. 800
Salários a pagar 900 Móveis e Utensílios 1.000
Cia Sucesso
Balanço Patrimonial em 31.12.XX Em milhões R$
Ativo
Passivo
Patrimônio Líquido
13) Lançar através de Balanços Sucessivos os fatos ocorridos com a Cia
Oliveira:
01.10.20XX: Investimento inicial de capital no valor de R$ 10.000 em dinheiro.
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
02.10.2XX: Compra a vista de móveis e utensílios no valor de R$ 2.000.
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
05.10.20XX: Compra de peças para reparos, nas seguintes condições: R$ 500 a vista e R$
1.000 a prazo.
Ativo Passivo
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Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
14) Lançar através de Balanços Sucessivos os fatos ocorridos:
a)João e Augusto, resolveram organizar uma empresa, em 15.10.XX, a qual denominaram
Joau e Cia Ltda, com um capital integralizado, no ato, em moeda corrente, de R$ 35.000,00.
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo
As primeiras operações da empresa foram as seguintes:
18.10: Compra de um imóvel por R$ 30.000, pagando R$ 3.000 em dinheiro e o restante
mediante uma promissória com vencimento para 18.12.02;
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
19.10: COMPRA A VISTA DE MÓVEIS PARA INSTALAÇÕES POR R$ 3.000;
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
20.10: Compras da A & Cia.; a prazo, R$ 8.500 em equipamentos;
Ativo Passivo
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Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
23.10: Obtido empréstimo para a empresa, junto ao Banco B, 15.000
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
25.10: Pagamento de R$ 5.000 para A& Cia, de parte da dívida;
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
27.10: Aumento de Capital pelos sócios em R$ 10.000 em dinheiro;
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
30.10: Compra a vista da Cia Bê, R$ 17.000 em peças para reparos.
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
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Total Ativo Total Passivo + PL
15) Efetue os lançamentos contábeis conforme os enunciados:
a) João e Paulo constituem a Empresa Bons Alunos Ltda e integralizam o valor de
R$15.000,00 para o início das atividades da empresa. Sendo que este valor é depositado em
banco conta movimento.
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
b) A empresa adquire mercadorias para a revenda no valor de R$6.000,00, sendo pago metade
com cheque e o restante a prazo.
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
c) A empresa emite um cheque no valor de R$500,00, cujo o valor será mantido em caixa para
pagamento de pequenas despesas.
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
d) Venda de mercadorias que havia custado R$2.500,00 pelo valor de 4.000,00 recebidos em
dinheiro por caixa.
Ativo Passivo
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Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
e) Aquisição de um veículo a prazo no valor de R$12.000,00
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
f) Depósito de R$3.000,00 no Banco conta movimento:
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
g) Pagamento de uma duplicata do Fornecedor de mercadorias para revenda no valor de
R$800,00 com cheque do banco.
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
h) A empresa compra dois terrenos para seu imobilizado no valor de R$4.000,00 cada um a
prazo.
Ativo Passivo
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Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
i) A empresa vende 01 terreno que custou R$4.000,00 por R$4.000,00 a vista e recebido por
banco conta movimento.
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
j) Pagamento de uma das parcelas dos terrenos com cheque no valor de R$3.000,00.
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Total Ativo Total Passivo + PL
16) Efetuar os lançamentos contábeis em razonetes dos exercícios nº 13, 14 e 15. (usar o
verso da apostila ou caderno).
3.5 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
A Demonstração do Resultado do Exercício, elaborada simultaneamente com o
Balanço Patrimonial, constitui-se no relatório sucinto das operações realizadas pela empresa
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durante determinado período de tempo, onde sobressai um dos valores mais importantes às
pessoas nela interessadas, o resultado líquido do período, Lucro ou Prejuízo.
Ao mostrar como se formou o lucro ou prejuízo, esclarece muitas das variações do
patrimônio líquido, no período entre dois balanços.
A contabilidade, com os dois relatórios, o Balanço Patrimonial e a Demonstração do
Resultado do Exercício, um completando o outro, atinge a finalidade de mostrar a sua
situação patrimonial – econômico – financeira da empresa.
Com os dois relatórios, qualquer pessoa interessada nos negócios da empresa tem
condições de obter informações, fazer análises, estimar variações, tirar conclusões, de ordem
patrimonial – econômico – financeira, traçar novos rumos para futuras transações e, para
tanto, é só praticar adequada técnica de Análise e Interpretações de Balanços e outros
processos fornecidos pela Contabilidade.
3.5.1 Interpretação das Demonstrações do Resultado do Exercício – DRE
a) Receita Bruta - Faturamento
A Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo ordenado das receitas e
despesas da empresa em determinado período. É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou
seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida indica-se o resultado (lucro ou
prejuízo).
Chamamos de Receita Bruta ou Faturamento o volume total das vendas de uma
empresa dentro de determinado período e sem levar em consideração nenhuma espécie de
desconto ou dedução
b) Como apurar a Receita Operacional Líquida:
Após identificar a receita bruta ou faturamento e efetuado os descontos abaixo:
Impostos e taxas sobre vendas: são aqueles gerados no momento da venda; variam
proporcionalmente à venda, ou seja, quanto maior o total das vendas, maior será o imposto.
Ex. IPI, ICMS, ISS, PIS, COFINS.
Devoluções (parciais ou totais): são mercadorias devolvidas por estarem em
desacordo com o pedido (preço, qualidade, quantidade, avaria). O comprador, por algum
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motivo devolve a mercadoria parcial ou total. Às vezes, a empresa vendedora, com o intuito
de evitar a devolução, propõe um abatimento no preço (desconto) para compensar o prejuízo
ao comprador.
Abatimentos: Descontos concedidos ao cliente, quando a mercadoria não está de
acordo com o pedido, procura-se com isso evitar a devolução.
Quando o problema nos produtos ou mercadorias é identificado antes da saída da
empresa, denomina-se venda cancelada.
c) Como apurar o Resultado Operacional Bruto:
Resultado Operacional Bruto é a diferença entre Receita Operacional Liquida e o
Custo desses produtos ou Mercadorias Vendidas, sem considerar despesas administrativas, de
vendas e financeiras. Para uma empresa prestadora de serviços o raciocínio é o mesmo;
Resultado Bruto é a diferença entre Receita e o Custo do Serviço Prestado sem considerar
aquelas despesas acima referidas.
d) Como apurar o Resultado Operacional Líquido
O Resultado Operacional Bruto, após cobrir o custo de fabricação do produto (ou o
custo da mercadoria adquirida para revenda, ou custo do serviço prestado), é destinado à
remuneração das despesas de vendas, administrativas e financeiras.
É neste momento que identificamos quais são as despesas com vendas, despesas
administrativas e despesas tributárias. Também devemos considerar nesta estrutura a
existência de outras receitas e despesas Operacionais.
Despesas operacionais: São necessárias para vender os produtos, administrar a
empresa e outras despesas para manter as operações (sem considerar as despesas financeiras,
que serão demonstradas separadamente em outro grupo), são todas as despesas que
contribuem para a manutenção da atividade operacional da empresa.
Despesas com Vendas: Abrangem desde a promoção do produto até sua colocação
junto ao consumidor (comercialização e distribuição)
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Despesas Administrativas: São aquelas necessárias para administrar (dirigir) a
empresa. De maneira geral, são gastos nos escritórios voltados à direção ou gestão da
empresa.
Despesas Tributárias: São as despesas com taxas, impostos e contribuições, não
incluindo, evidentemente, aquelas que variam proporcionalmente às vendas já subtraídas
como deduções.
Outras Receitas e Despesas Operacionais: Neste grupo pode-se incluir Outras Receitas
Operacionais de caráter eventual, ou não, tais como: vendas de sucatas, recebimento de
aluguel, etc.
Quanto maior for a fatia denominada Resultado Bruto, maior poderá ser a
remuneração dos administradores, dos diretores, do pessoal de vendas, do governo, dos
proprietários da empresa, etc.
e) Como apurar o Resultado do Exercício Antes das Participações
É neste momento que são calculados e deduzidos das empresas dois impostos Federais
cobrados sobre o lucro (empresas que estão sujeitas ao Regime tributário do Lucro Real). O
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Liquido
(CSSLL). Também conhecidos como IR e CS.
f) Como apurar o Resultado Líquido
Após a apuração do resultado, depois do Imposto de Renda, faz-se a dedução das
participações, previstas nos estatutos: de debêntures, de empregados, administradores, partes
beneficiárias, e das contribuições para instituições de assistência ou previdência aos
empregados.
Após essas deduções, encontra-se o Resultado Liquido que é a sobra Líquida à
disposição dos sócios ou Acionistas.
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Empresa __________________
Demonstração do Resultado do Exercício
Período__/__/__ a __/__/__
1 ( =) RECEITA OPERACIONAL BRUTA
( - ) Deduções das Vendas
- Impostos sobre Vendas
- Devoluções
- Abatimentos
2 ( = ) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
( - ) Custos das Mercadorias/Produtos/Serviços
3 ( = ) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
( - ) Despesas Operacionais
(-) Despesas com Vendas
(-) Despesas Administrativas
(-) Despesas Financeiras
(+) Receitas Financeiras
(-) Outras Despesas Operacionais
(+) Outras Receitas Operacionais
4 ( = ) RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO
( - ) Imposto de Renda
( - ) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
6 ( = ) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
( - ) Participações
7 ( = ) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
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3.6 REGIMES DE CONTABILIDADE
Regime de Caixa: São consideradas receitas e despesas do exercício aquelas
efetivamente recebidas e pagas dentro desse período.
Regime de Competência: as receitas e as despesas são consideradas em função do seu
fato gerador e não em função do recebimento da Receita ou pagamento da despesa.
Como podemos observar, um dispêndio poderá ser considerado ou não como despesa
no exercício em que for pago. Da mesma forma pode se reconhecer ou não como receita,
dentro do exercício em que ocorreu um recebimento de caixa.
Para se obter uma adequada comparação entre despesas e receitas de cada exercício
indica-se o uso do Regime de Competência pois refletirá nas Demonstrações Balanço e
Resultado do Exercício a situação mais próxima do real.
No regime de competência, deve-se levar em consideração o Fato Gerador da receita
ou da despesa. Ex. Compra de material de escritório em janeiro, consumido em fevereiro e
pago em março. O Fato Gerador da despesa é o consumo da mesma, porém essa despesa deve
ser contabilizada no mês de fevereiro.
3.7 EXERCÍCIOS
01) A empresa JM Ltda desenvolve a atividade de vendas de letrodoméstico e apresenta
em 31.12.XX os seguintes saldos da Demonstração do Resultado do Exercício: Receita Bruta
de Vendas: 680.000,00, devolução de vendas: 9.000,00, ICMS sobre Vendas: 18%,
abatimentos sobre vendas: 5.000,00, Custo das Mercadorias vendidas: 236.000,00, salários
do pessoal da área administrativa: 20.000,00, salário do pessoal da área de vendas:
12.000,00, Despesas com aluguel ref o prédio da área de vendas: 6.000,00, comissões sobre
vendas: 3.020,00, receita de aplicações financeiras: 2.500,00, despesas bancárias:
10.000,00, receita com a venda de material reciclando: 9.500,00, Imposto de Renda:
15.000,00, Contribuição Social: 9%. Elabore a Demonstração do Resultado do Exercício –
DRE.
Resolução___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
________________________________________
02) A Cia Cosméticos, revende produtos de beleza e em 31.12.XX apresentou os seguintes
dados: Receita Bruta de Vendas: 1.140.000,00, devolução de vendas: 23.000,00, ICMS sobre
Vendas: 18%, Custo das Mercadorias Vendidas: 433.000,00, salários do pessoal da área
administrativa: 21.000,00, salário do pessoal da área de vendas: 15.000,00, encargos sociais
do pessoal da área administrativa: 13.500,00, encargos sociais do pessoal da área de
vendas: 12.800,00, despesas com aluguel do prédio da área administrativa: 18.000,00,
comissão sobre vendas: 4.500,00, consumo de energia elétrica do prédio do pessoal da área
administrativa: 7.200,00, participação de empregados: 15% , receita de aplicações
financeiras: 11.000,00, despesas bancárias: 9.000,00, consumo de material de escritório:
1.500,00, Despesa com telefone área de vendas: 3.000,00, Imposto de renda: 15%,
Contribuição Social: 9%. Elabore a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE
Resolução:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
03) Estruturar o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício da
Empresa Alunos Aplicados & Cia, conforme contas:
Empréstimos 32.000,00 Invest. em Ações: 17.600,00
Terrenos: 37.000,00 Icms s/ Vendas: 47.600,00
Clientes: 64.000,00 Salários à Pagar: 27.000,00
Desp c/ Impostos Veículos 4.000,00 Rec. Financeira: 1.500,00
Desp com IR e CS 18.000,00 Veículos 31.000,00
Aplicações Financ. 37.000,00 Títulos à Receber 13.000,00
Receita Bruta 280.000,00 Caixa: 50.000,00
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50
Capital Social: 100.000,00 Empréstimos 68.000,00
Desp. Administrativas: 8.000,00 Sala Comercial: 24.800,00
Impostos à Pagar: 6.500,00 CMV: 97.000,00
Fornecedores: 18.000,00 Estoques: 72.000,00
Lucro/Prejuízo Acum: Encontrar??? Desp c/ Vendas/comissão 12.000,00
___________________________________________________________________________
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4) Monte o Demonstrativo de Resultado em 31.12.XX da Cia Realeza em R$:
Provisão para IR 1.500 Despesas financeiras 2.500
CPV 3.000 Despesas não operacionais 500
Receita Bruta 15.000 Participações 3.000
Despesas de Vendas 2.000 Receitas Financeiras 500
Deduções 1.000 Despesas administrativas 3.000
Receitas não operacionais 2.000
5) Elabore o DRE da Empresa Moua S.A em 31.12.XX:
Vendas 2.500 ICMS s/vendas 450
Pis s/faturamento 16 COFINS s/faturamento 30
CMV 336 Fretes s/ vendas 30
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51
Juros pagos 5 Desp com Ftelefone 6
Juros recebidos 45 Material de Expediente 25
Provisão p/IR e CS 94 Salários 200
6) São contas de resultado:
( ) Despesas administrativas e Duplicatas e receber
( ) Fornecedores e Capital Social
( ) Despesas com Vendas e Despesas Administrativas
7) São contas de resultado e patrimoniais, respectivamente:
( ) Caixa e Veículos
( ) Vendas a Vista e Fornecedores
( ) Mercadorias e Custo das mercadorias vendidas
( ) Despesas financeira e Vendas
8) A função econômica da Contabilidade é:
( ) Apurar lucro ou prejuízo
( ) Controlar o patrimônio
( ) Evitar erros e fraudes
( ) Efetuar o registro dos fatos contábeis
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4 ESTÁTICA E DINÂMICA PATRIMONIAL
O Patrimônio é estudado, contabilizado e interpretado, considerando o seu aspecto
estático e dinâmico.
4.1 ESTÁTICA PATRIMONIAL
A Estática Patrimonial compreende aqueles elementos que ultrapassam o exercício,
sem sofrer o obrigatório encerramento, como o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido. As
suas contas são denominadas Integrantes ou Patrimoniais.
Ativo: Compreende os bens e direitos da entidade expressos em moeda; Caixa, Bancos
(ambos constituem disponibilidades financeiras imediatas), Imóveis, Veículos, Equipamentos,
Mercadorias, Títulos à Receber, Clientes (estes últimos sendo quantias que terceiros devem à
entidade, em virtude de transações de crédito, tais como empréstimos de dinheiro ou vendas a
prazo), são alguns dos bens e direitos que uma empresa normalmente possui.
Todos os elementos componentes do Passivo estão discriminados no lado esquerdo do
Balanço Patrimonial.
Lançamentos feitos a débito no Ativo, aumentam o seu valor, a crédito diminuem a sua
grandeza monetária.
Passivo: Compreende basicamente as obrigações a pagar, isto é, as quantias que a
empresa deve a terceiros: Títulos a Pagar, Contas a Pagar, Fornecedores, Salários a Pagar,
Impostos a Pagar, Hipotecas a Pagar – são algumas das obrigações assumidas normalmente
por uma entidade.
Todos os elementos componentes do Passivo estão discriminados no lado direito do
Balanço Patrimonial.
Lançamentos feitos a crédito no passivo, aumentam o seu valor, a débito diminuem a
sua grandeza monetária.
Patrimônio Líquido: É a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo de uma
entidade. Pode ser proveniente das seguintes fontes: Investimentos, efetuados pelos
proprietários em troca de ações, quotas e outras participações e; Lucros, Acumulados na
entidade em decorrência da atividade.
Fica localizado no lado direito do Balanço Patrimonial.
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53
Lançamentos feitos a crédito no Patrimônio Líquido, aumentam o seu valor, a débito
diminuem a sua grandeza monetária.
Equação Fundamental do Patrimônio:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO – PASSIVO
4.2 DINÂMICA PATRIMONIAL
A Dinâmica Patrimonial. Compreende as contas de resultados, também denominadas
diferenciais, que são encerradas anualmente, com apuração mensal, cujo resultado faz variar o
Patrimônio Líquido, para mais ou para menos.
Dentre os elementos que constituem a dinâmica patrimonial, a receita, a despesa, os
ganhos e perdas de capital, o resultado da correção monetária do ativo permanente e do
patrimônio líquido.
Receita: É a entrada de elementos para o ativo em dinheiro ou outra forma decorrentes
de vendas de mercadorias, produtos ou serviços, num período base de um ano, em decorrência
do exercício financeiro.
A receita significa uma recuperação de custo dos produtos ou serviços mais a margem
de lucro que compõem o preço de venda.
A receita é uma fonte ou origem de recursos, cujo saldo é tipicamente credor e
ocasiona no patrimônio líquido variações patrimoniais ativas.
Despesa: É a saída de elementos do patrimônio, como um custo de bens e serviços,
destinados a produzir uma receita, direta ou indiretamente, no período-base de um ano,
durante o exercício financeiro.
A despesa é uma aplicação de recursos, cujo saldo é tipicamente devedor e ocasiona
no patrimônio líquido uma variação patrimonial passiva.
4.3 EXERCÍCIOS
1) Defina “Estática Patrimonial”:
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___________________________________________________________________________
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2) Defina “Dinâmica Patrimonial”:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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5 PLANO DE CONTAS
Um plano de contas nada mais é do que um elenco ordenado de todas as contas
possíveis de serem utilizadas na contabilidade de uma determinada entidade. Especificamente,
ele se destina a orientar o registro das operações da empresa e é o principal instrumento da
consulta para o trabalho de escrituração contábil.
No plano de contas iremos encontrar tão somente contas patrimoniais e contas de
resultado. As contas patrimoniais têm relação com o patrimônio da empresa, assim sendo, as
contas patrimoniais referem-se ao balanço patrimonial (bens, direitos e obrigações). Por outro
lado, as contas de resultado referem-se às contas da demonstração de resultado do exercício
(receitas e despesas). Dessa forma, o plano de contas de quaisquer empresas terá especificado
todas as contas possíveis de serem utilizadas nessas duas demonstrações.
5.1 A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE CONTAS
Para que a contabilidade possa atingir seu objetivo, qual seja, gerar informações úteis
para a tomada de decisão pelos diversos usuários das informações contábeis, se faz necessário
que as demonstrações contábeis sejam muito bem elaboradas. Por outro lado, podemos
afirmar com convicção que a base mestra para elaboração das demonstrações contábeis,
nitidamente o balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício (DRE), é a
existência de um plano de contas contábil em condições de suprir as necessidades especificas
de uma empresa.
5.2 O PLANEJAMENTO DO PLANO DE CONTAS
O responsável pelo departamento de contabilidade tem a incumbência de elaborar o
plano de contas e, nesse intuito, deveria considerar o seguinte:
Dever haver um estudo preliminar minuncioso sobre as características da atividade
desenvolvida pela empresa, bem como de sua forma jurídica e porte;
O plano deve ser o mais completo possível e atender as necessidades específicas da
empresa;
Os títulos utilizados em cada conta devem refletir com objetividade e clareza o que
eles irão representar;
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A classificação sempre deve partir de contas sintéticas (contas que não recebem
lançamentos contábeis) para as contas analíticas (contas que recebem lançamentos contábeis);
O plano dever ser flexível para permitir inclusões e/ou adaptações que possam ser
necessárias no futuro;
Sugere-se a elaboração de um manual escrito, completo e detalhado sobre a função de
cada conta do plano de contas.
5.3 EXERCÍCIOS
1) O que é Plano de Contas e qual sua importância para a contabilidade?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
2) Visitar a biblioteca e pesquisar três planos de contas. Identificar em que atividade eles
são utilizados (comércio, industria, prestação de serviço...). Anexar os modelos na apostila.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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6 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
O assunto Análise das Demonstrações Contábeis tem várias denominações, as mais
usuais são:
Análise de Balanços
Análise das Demonstrações Financeiras
Análise das Demonstrações Contábeis
Análise Financeira de Balanços
Análise de Balanço para Controle Gerencial
Estrutura e Análise de Balanços
A Análise das Demonstrações Contábeis tem como finalidade posicionar os usuários
da informação contábil sobre a situação da empresa, ou seja:
Situação Financeira
Situação Econômica
Desempenho
Eficiência na Utilização de Recursos
Pontos Fortes e Fracos
Tendências e Perspectivas
Quadro Evolutivo
Adequação das Fontes e Aplicação de Recursos
Causas das Alterações na Situação Financeira
Causas na Alteração da Rentabilidade
Evidências de Erros na Administração
Providências que deveriam ser tomadas e não foram
Avaliação de Alternativas Econômico – Financeiras futuras
A análise das demonstrações contábeis visa fundamentalmente ao estudo do
desempenho econômico-financeiro de uma empresa em determinado período passado, para
diagnosticar, em conseqüência, sua posição atual, e produzir resultados que sirvam de base
para a previsão de tendências futuras. Na realidade, o que se pretende
avaliar são os reflexos que as decisões tomadas por uma empresa determinam sobre sua
liquidez, atividade , endividamento e rentabilidade.
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Todas as Demonstrações Contábeis podem ser analisadas:
Balanço Patrimonial (BL)
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR)
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)
Porém daremos ênfase as duas primeiras que são as mais importantes, onde a primeira
nos permite analisarmos a situação financeira da empresa e a segunda a situação econômica.
O primeiro passo para a análise é estar de posse de todas as Demonstrações Contábeis
(inclusive Notas Explicativas e Relatório da Administração). A análise feita com base em três
períodos Contábeis é mais segura, porém o usual das publicações são dois períodos.
É de extrema importância observar a autenticidade das Demonstrações. O “Parecer dos
Auditores” nas demonstrações Contábeis pode trazer maior confiabilidade ao analista.
As técnicas de análise das demonstrações contábeis que estudaremos nesta
oportunidade são:Indicadores Econômicos Financeiros: a) Índices de Liquidez; b) Índices
de Endividamento; c) Índices de Atividade; d) Índices de Rentabilidade; e) Índices de
Lucratividade; f) Teste de Solvência – Modelo de Kanitz e Análise Horizontal e Análise
Vertical
6.1 INDICADORES ECONÔMICOS FINANCEIROS
6.1.1 Índices de Liquidez
Os indicadores de liquidez visam medir a capacidade de pagamento de uma empresa,
ou seja , sua habilidade em cumprir corretamente as obrigações passivas assumidas,
considerando : longo prazo, curto prazo, ou prazo imediato.
a) Liquidez Corrente
Mostra a capacidade de pagamento da empresa a Curto Prazo, por meio da fórmula:
Liquidez Corrente = Ativo Circulante ou LC = AC
Passivo Circulante PC
Ex.
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Interpretação: Para cada R$1,00 de obrigação a Curto Prazo a empresa tem R$________
de recursos para cobertura da dívida.
Se a liquidez corrente for superior a 1, tal fato indica a existência de um capital
circulante(capital de giro) liquido positivo. E inferior a 1, a existência de um capital de
giro liquido negativo. (ativo circulante menor que passivo circulante).
b) Liquidez Seca
Se a empresa sofresse uma total paralisação das suas vendas, ou se o seu Estoque fosse
obsoleto, quais seriam as chances de pagar as suas dívidas com o Disponível e Duplicatas a
Receber? O índice exclui o Estoque.
Liquidez Seca = Ativo Circulante - Estoques ou LS = AC - Estoques
Passivo Circulante PC
Ex.
Interpretação: Para cada R$1,00 de obrigação a Curto Prazo a empresa tem R$________
de recursos para cobertura da dívida, desconsiderando o estoque.
O índice indica, assim, o percentual das dividas de curto prazo que pode ser resgatado
mediante o uso de ativos circulante de maior liquidez.
Reflete a porcentagem das dividas de curto prazo (passivo circulante)que podem ser
liquidadas imediatamente pela empresa.
c) Liquidez Geral
Mostra a capacidade de pagamento da empresa a longo Prazo, considerando tudo o
que ela converterá em dinheiro ( a curto e longo prazo), relacionando-se com tudo o que já
assumiu como dívida (a curto prazo e longo prazo).
Liquidez Geral = Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo
Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
ou
L G = AC + ARLP
PC + PELP
Ex.
Interpretação: Para cada R$1,00 de Capital de Terceiros existe R$ ________ de AC e
ARLP, garantindo o pagamento dessas obrigações.
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6.1.2 Índices de Endividamento
Estes indicadores são utilizados, basicamente, para aferir a composição (estrutura) das
fontes passivas de recursos de uma empresa. Ilustram, com isso, a forma pela qual os
recursos de terceiros são usados pela empresa e a sua participação relativa em relação ao
capital próprio. Fornecem, ainda, elementos para se avaliar o grau de comprometimento
financeiro de uma empresa perante seus credores (principalmente instituições financeiras) e a
sua capacidade em cumprir os compromissos financeiros assumidos a longo prazo.
Empresas que recorrem a dívidas como um complemento dos Capitais Próprios para
realizar aplicações produtivas no seu Ativo (ampliação, expansão, modernização e outros).
Este endividamento é sadio, mesmo sendo um tanto elevado, pois as aplicações produtivas
deverão gerar recursos para saldar o compromisso assumido.
Porém empresas que recorrem a dívidas para pagar outras dívidas que estão vencendo.
Por não gerarem recursos para saldar os seus compromissos, elas recorrem a empréstimos
sucessivos. Permanecendo este círculo vicioso, a empresa será uma séria candidata á
insolvência; consequentemente à falência.
A análise da Composição do Endividamento também é bastante significativa, pois o
endividamento a Curto Prazo, é normalmente utilizado para financiar o Ativo Circulante,
enquanto que o endividamento de Longo Prazo é utilizado para financiar o Ativo Permanente.
A proporção favorável seria de maior participação de dívidas de Longo Prazo,
propiciando à empresa tempo maior para gerar recursos que saldarão os compromissos.
Expansão e modernização devem ser financiadas com recursos a Longo Prazo e não pelo
Passivo Circulante, pois os recursos a serem gerados pela expansão e modernização virão a
longo prazo.
Se a composição do endividamento apresentar uma significativa concentração no
Passivo Circulante (Curto Prazo), a empresa poderá ter reais dificuldades num momento de
reversão de mercado (o que não aconteceria se as dividas estivessem concentradas no Longo
Prazo). Na crise, ela terá duas alternativas: Vender seus estoques na base de uma “liquidação
forçada” (a qualquer preço); ou assumir novas dividas a Curto Prazo que certamente, terão
juros altos, o que aumentara as despesas financeiras.
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61
Se a concentração fosse a Longo Prazo, a empresa, num momento de dificuldade teria
mais tempo para replanejar a sua situação, sem necessidade de desfazer-se dos estoques a
qualquer preço.
a) Participação de Capital de Terceiros sobre Recursos Totais ou Endividamento Geral
sobre Ativo Total
CT/RT = Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
Passivo Circulante + Exigível à Longo Prazo + PL
Ex.
Interpretação: ____________ dos Recursos Totais originam-se de Capitais de Terceiros, ou
___________ do Ativo é financiado com Capitais de Terceiros, o restante (_______) é
financiado com Capital Próprio. Ou a cada R$ 1,00 de Origem de recursos R$ _______ são
de terceiros e ________ são próprios.
b) Garantia do Capital Próprio ao Capital de Terceiros
GCP = ___________Patrimônio Líquido__________
Passivo Circulante + Exigível à Longo Prazo
Ex.
Interpretação: Para cada R$ 1,00 de Capital de Terceiros há R$ _______ de Capital
Próprio como garantia, ou seja, o Capital Próprio cobre apenas ______ do Capital de
Terceiros.
c) Endividamento de Curto Prazo sobre o Total do Endividamento
PC/PC+ELP = ___________Passivo Circulante__________
Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
Ex.
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62
Interpretação: Para cada R$ 1,00 de Capital de Terceiros há R$ ______ que vencerão a
Curto Prazo. Ou ______ do capital de terceiros vencem a Curto Prazo.
d) Endividamento Geral sobre o Patrimônio Líquido
EG/PL = Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
Patrimônio Líquido
Ex.
Interpretação: Para cada R$ 1,00 de Capital de Próprio há R$ ______ de Capital de
Terceiros (dívidas), ou ______ do Capital Próprio está comprometido com terceiros.
e) Endividamento Bancário de Curto Prazo sobre o Ativo Total
EB/AT = Instituições Financeiras de Curto Prazo
Ativo Total
Ex.
Interpretação: ________ dos Recursos Totais aplicados no Ativo, originam´-se de Capitais
de Terceiros Onerosos de Curto Prazo (dívidas Bancárias), ou ___________ do Ativo é
financiado com recursos bancários de curto prazo, que normalmente têm custo financeiro
elevado.
f) Endividamento Bancário Total sobre o Ativo Total
EB/AT = Instituições Financeiras de Curto Prazo + Longo Prazo
Ativo Total
Ex.
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Interpretação: __________ dos Recursos Totais aplicados no Ativo, originam´-se de
Capitais de Terceiros Onerosos de Curto Prazo e Longo Prazo (dívidas Bancárias), ou
__________ do Ativo é financiado com recursos bancários de curto e longo prazo, que
normalmente têm custo financeiro elevado.
6.1.3 Índices de Atividade
Os indicadores de atividade visam à mensuração das diversas durações de um “ciclo
operacional”, o que envolve todas as fases operacionais típicas de uma empresa que vão
desde á aquisição de insumos básicos ou mercadorias até o recebimento das vendas
realizadas. Para a redução desse período e, conseqüentemente, das necessidades de
investimentos, as empresas utilizam-se normalmente de prazos para pagamento de estoque
adquiridos e de operações bancárias de descontos de duplicatas representativas das venda a
credito.
Neste item são desenvolvidos os cálculos e interpretações das principais medidas de
atividade (operacionais), os quais permitem uma análise mais dinâmica do desempenho de
uma empresa. Dessa maneira, são determinados a liquidez dos estoques, dos valores a
receber de clientes e devidos a fornecedores, assim como suas respectivas rotação (giro).
Neste grupo, vamos estudar quantos dias a empresa demora, em média para receber
suas vendas, para pagar suas compras e para renovar o seu estoque. Para fins de análise,
quanto maior for a velocidade de recebimento de vendas e de renovação de estoque, melhor.
Por outro lado, quanto mais lento o pagamento das compras, desde que não corresponda a
atrasos, melhor.
Alguns aspectos para o calculo dos Índices de Atividades:
Quando falamos em Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV) não estamos
considerando apenas as vendas a prazo, mas o total de vendas. Se uma empresa vende 50% a
prazo (e o restante a vista), com prazo de faturamento em torno de 60 dias, o PMRV deverá
girar em torno de 30 dias (50% X 60 dias). Se quisermos trabalhar com prazo médio de
recebimento de vendas a prazo teríamos muitas dificuldades, pois nem sempre encontramos
discriminado o total das vendas a prazo. O mesmo esquema é válido para as compras.
O Total de vendas a ser utilizado para o cálculo do PMRV é a Receita Bruta por um
lado (incluindo o IPI, ICMS e outros) e o total de Duplicatas a Receber por outro (sem excluir
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a provisão para devedores duvidosos e duplicatas descontadas). Assim seremos consistentes
na mesma base de calculo.
Um problema que sempre surge para o cálculo do Prazo Médio de Pagamento das
Compras (PMPC) é o valor de compras, já que a Demonstração do Resultado do Exercício
não a destaca, mas apenas os Custos das Vendas. Utilizando os valores dos estoques,
indicados no ativo Circulante em duas Colunas (Estoque Inicial e Final) e o próprio valor de
Custo das Mercadorias e Produtos Vendidos na DRE, encontramos o valor de compras.
CMV = EI + Compras – EF ou Compras = EF + CMV - EI
a) Prazo Médio de Recebimento de Vendas
PMRV = Duplicatas a Receber Médias X 360 dias
Vendas
Ex.
Interpretação: A empresa espera em média _______ dias para receber as vendas
b) Prazo Médio de Pagamento de Compras
PMPC = Fornecedores Médios X 360 dias
Compras
Ex.
Interpretação: A empresa tem em média prazo de ________ dias para pagar seus
fornecedores
c) Prazo Médio de Renovação de Estoque
PMRE = Estoques Médios X 360 dias
Custo das Vendas
Ex.
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Interpretação: A empresa leva em média _______ dias para renovar/vender o seu estoque.
d) Ciclo Financeiro
É o período em dias que a empresa necessita de Capital de Giro para as suas atividades
(tempo para renovar os estoques, mais o tempo para receberas vendas, menos o tempo para
pagar as compras):
CF = PMRV + PMRE – PMPC
Ex.
Interpretação: A empresa necessita de ___________dias de Capital de Giro para o seu Ciclo
Financeiro (desde o momento da compra até o recebimento das vendas.
6.1.4 Índices de Rentabilidade
Os índices de rentabilidade tratam dos aspectos econômicos da análise empresarial. A
partir de agora nossa atenção estará voltada para a rentabilidade da empresa, para o seu
potencial de vendas, para sua habilidade em gerar resultados, para a evolução das despesas e
outros.
O Objetivo é calcular a taxa de lucro, isto é, comparar o lucro em valores absolutos
com valores que guardam alguma relação com o mesmo.
A combinação dos itens do Ativo é que gera Receita para a Empresa. Na verdade, o
Ativo significa investimentos realizados pela empresa no sentido de obter receita e, por
conseguinte, Lucro. Assim, podemos obter a Taxa de Retorno sobre Investimentos. Isto
significa o poder de ganho da empresa: quanto a empresa ganhou por cada real investido.
Se na situação anterior obtivemos um índice d=que medirá a eficiência da empresa em
gerar resultados, podemos também, do ponto de vista do empresário, observar que o
retorno(lucro) está remunerando condignamente o Capital investido no empreendimento.
Ora, recursos dos empresários estão evidenciados no Patrimônio Líquido. Assim,
calcularemos a taxa de Retorno do Patrimônio Líquido.
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a) Taxa de Retorno sobre Investimento
Revela o retorno produzido pelo total das aplicações realizadas por uma empresa em
seus ativos.
TRI = Lucro Líquido
Ativo Total Médio
Ex.
Interpretação: Para cada R$ 1,00 investido há um ganho de R$ ___________ ou
_________% (poder de ganho da empresa).
Isto significa que, em média haverá uma demora de __________ anos para que a empresa
obtenha de volta o seu investimento (100/____), ou seja, o Payback do investimento total é
calculado dividindo-se 100% pela taxa de Retorno sobre Investimentos (payback = tempo
médio de retorno.
b) Taxa de Retorno sobre Patrimônio Líquido
TRPL = Lucro Líquido
Patrimônio Líquido Médio
Ex.
Interpretação: Para cada R$ 1,00 investido há um ganho de R$ _______ ou _________%
(poder de ganho dos proprietários).
Isto significa que, em média haverá uma demora de ________ anos para que os proprietários
recuperem o seu investimento.
6.1.5 Índices de Lucratividade
Este indicador mede a eficiência de uma empresa em produzir lucro através de suas
vendas. Podemos calcular a Margem de Lucro que evidência o quanto a empresa ganha por
cada real vendido. Há empresas que ganham mais por cada real (uma mercearia na praia),
outras ganham menos (um grande supermercado).
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a) Margem Bruta
MB = Lucro Bruto
Venda Líquidas
Ex.
Interpretação: Para cada R$ 1,00 vendido a empresa ganha R$ _______ ou _______% que
irão remunerar as despesas, bancos, imposto de renda e os proprietários da empresa (lucro
líquido).
b) Margem Operacional
MO = Resultado Operacional
Venda Líquidas
Ex.
Interpretação: Para cada R$ 1,00 vendido a empresa ganha R$ _______ ou _______% Lucro
Operacional.
c) Margem Líquida
ML = Resultado Líquido
Venda Líquidas
Ex.
Interpretação: Para cada R$ 1,00 vendido a empresa ganha R$ _______ ou ______% Lucro
Líquido.
d) Giro do Ativo Total
GA = Vendas Líquidas
Ativo Total Médio
Ex.
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Interpretação: O ativo girou ________ vezes no ano pelas vendas, ou seja, a empresa vendeu
o equivalente a _______ vezes o seu Ativo. Em aproximadamente _________ dias
(360/_______) a empresa recupera uma vez o seu ativo.
Quanto maior for o “giro” do Ativo pelas vendas, maior deverá ser a taxa de Lucro.
Por isso, é aconselhável manter o Ativo a um mínimo necessário. Ativos ociosos, grandes
investimentos em estoques, elevados valores em duplicatas a receber e outros, prejudicam o
giro do Ativo e, consequentemente, a rentabilidade.
Há empresas que pelas suas características, têm um giro lento, como é o caso das
usinas hidrelétricas, do Metrô, de siderúrgicas e outras, que precisam de vários anos para
vender o equivalente a uma vez seu Ativo.
Há outras empresas, entretanto que, sem a necessidade de grandes investimentos,
apresentam um giro mais ágil, como é o caso de uma empresa de auditoria, de um
supermercado e de grande parte das empresas comerciais.
6.1.6 Teste de Solvência – Modelo de Kanitz
Este modelo adota um número reduzido de índices que compõe o que foi
denominado “termômetro de insolvência”. Através de uma ponderação estatística atribuída
aos indicadores de desempenho e de um processo simples de soma e subtração desses valores,
obtém-se um resultado final chamado pelo autor “fator de insolvência”. A classificação da
empresa como solvente ou insolvente depende do resultado que for obtido no fator e de seu
enquadramento no termômetro de insolvência.
Metodologicamente, o modelo de kanitz desenvolve-se da seguinte forma:
Fator de insolvência = (x1x 0,05) +(x2x 1,65) + (x3x3,55 )- (x4x1,06)- (x5x0,33)
OU
Fator de Solvência = 1 + 2 + 3 – 4 – 5
1) x/1= Lucro liquido x 0,05
Patrimônio liquido
2) x/2= AC + RLP x 1,65 Liquidez Geral
PC + PELP
3) x/3= AC – Estoque x 3,55 Liquidez seca
PC
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4) x/4= AC. x 1,06 Liquidez Corrente
PC
5) x/5= PC + PELP x 0,33
PL
Fator de Insolvência no Termômetro
Interpretação:
0 a 7 - Intervalo de Solvência - Reduzidas as possibilidades de falência
-3 a 0 - Penumbra - Situação indefinida
-7 a –3 - Insolvência - Propensão à falência
6.2 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL
Uma das técnicas mais simples de aplicação e, ao mesmo tempo, mais importante no
que se refere à riqueza das informações geradas para avaliação do desempenho empresarial
refere-se à análise horizontal e vertical.
6.2.1 Análise Horizontal
Essa análise permite que se avalie a evolução nominal dos vários itens de cada
demonstração contábil em intervalos seqüenciais de tempo. Por exemplo, as evoluções das
vendas e dos lucros brutos de uma empresa, verificados nos últimos anos, são facilmente
avaliados e interpretadas mediante o estudo da análise horizontal aplicada às demonstrações
de resultado referentes aos períodos considerados.
6.2.2 Análise Vertical
A análise vertical constitui-se identicamente num processo comparativo, e é
desenvolvido através de comparações relativas entre valores afins ou relacionáveis
identificados numa mesma demonstração contábil. A análise vertical permite, mais
efetivamente, que se conheçam todas as alterações ocorridas na estrutura dos relatórios
analisados, complementando-se, com isso, as conclusões obtidas pela análise horizontal.
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6.3 EXERCÍCIOS
01. Balanço Patrimonial e DRE da Cia Sucesso. Ramo de atividade: Comércio de
Eletrodomésticos. Pede-se:
a) Calcular os Índices de Liquidez, Endividamento, Atividade, Rentabilidade, Lucratividade e
teste de Solvência
b) Calcular a Análise Vertical e Análise Horizontal.
c) Apresentar relatório da de Análise.
(demais dados no anexo, usar pasta de trabalho)
02. Com Base no Balanço Patrimonial da Empresa ________________ ,
ano______/______ pede-se:
a) Calcular os Índices de Liquidez, Endividamento, Atividade, Rentabilidade, Lucratividade e
teste de Solvência
b) Calcular a Análise Vertical e Análise Horizontal.
c) Apresentar relatório da Análise.
(demais dados no anexo, usar pasta de trabalho)
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ANEXOS
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Disciplina: Contabilidade
Professor(a): Leossania Manfroi, Me.
Ano letivo:
Aluno:___________________________________________________________________________________
Pasta de Trabalho
a) Índices de Liquidez
ano: __________ LC : AC =
PC
LS : AC – Estoques =
PC
LG : AC + ARLP =
PC + PELP
ano:__________ LC : AC =
PC
LS : AC – Estoques =
PC
LG : AC + ARL =
PC + PELP
ano: _________ LC : AC =
PC
LS : AC – Estoques =
PC
LG : AC + ARL =
PC + PELP
Interpretação:
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
b) Índices de Endividamento
ano:___________
Endividamento Geral sobre Ativo Total .: __PC + PELP__ =
PC + PELP + PL
Garantia de Capital Próprio ao Capital de Terc .: ____PL____ =
PC + PELP
Endiv. De Curto Prazo sobre Total do Endiv.: ____PC___ =
PC + PELP
Endiv. Geral sobre o Patrimônio Líquido: PC + PELP =
PL
Endiv. Bancário de CP sobre Ativo Total: Inst. Financ CP =
Ativo Total
Endiv. Bancário de Total sobre Ativo Total: Inst. Financ CP + LP =
Ativo Total
ano:___________
Endividamento Geral sobre Ativo Total .: __PC + PELP__ =
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PC + PELP + PL
Garantia de Capital Próprio ao Capital de Terc .: ____PL____ =
PC + PELP
Endiv. De Curto Prazo sobre Total do Endiv.: ____PC___ =
PC + PELP
Endiv. Geral sobre o Patrimônio Líquido: PC + PELP =
PL
Endiv. Bancário de CP sobre Ativo Total: Inst. Financ CP =
Ativo Total
Endiv. Bancário de Total sobre Ativo Total: Inst. Financ CP + LP =
Ativo Total
ano:___________
Endividamento Geral sobre Ativo Total .: __PC + PELP__ =
PC + PELP + PL
Garantia de Capital Próprio ao Capital de Terc .: ____PL____ =
PC + PELP
Endiv. De Curto Prazo sobre Total do Endiv.: ____PC___ =
PC + PELP
Endiv. Geral sobre o Patrimônio Líquido: PC + PELP =
PL
Endiv. Bancário de CP sobre Ativo Total: Inst. Financ CP =
Ativo Total
Endiv. Bancário de Total sobre Ativo Total: Inst. Financ CP + LP =
Ativo Total
Interpretação:
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
c) Índices de Atividade
ano ___________
Prazo Médio de Recebimento de Vendas:
Dpl a Receb.Média X 360 dias =
Vendas
Prazo Médio de Pagamento de Compras:
Fornecedores Médios X 360 dias =
Compras
Obs.:Compras: EF + CMV -EI
Prazo Médio de Renovação de Estoque:
Estoques Médios X 360 dias =
Custo das Vendas
Ciclo Financeiro: PMRE + PMRV –PMPC =
ano ___________
Prazo Médio de Recebimento de Vendas:
Dpl a Receb.Média X 360 dias =
Vendas
Prazo Médio de Pagamento de Compras:
Fornecedores Médios X 360 dias =
Compras
Obs.:Compras: EF + CMV -EI
Prazo Médio de Renovação de Estoque:
Estoques Médios X 360 dias =
Custo das Vendas
Ciclo Financeiro: PMRE + PMRV –PMPC =
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Interpretação: __________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
d) Índices de Rentabilidade
ano __________
Taxa de Retorno sobre Investimento: Lucro Líquido =
Ativo Total Médio
Taxa de Retorno sobre Patrimônio Líquido: Lucro Líquido =
PL Médio
ano __________
Taxa de Retorno sobre Investimento: Lucro Líquido =
Ativo Total Médio
Taxa de Retorno sobre Patrimônio Líquido: Lucro Líquido =
PL Médio
Interpretação:
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
e) Índices de Lucratividade
ano ___________
Margem Bruta:_Resultado Bruto_ =
Vendas Líquidas
Margem Operacional: Resultado Operacional =
Vendas Líquidas
Margem Líquida: Resultado Líquido =
Vendas Líquidas
ano_________
Margem Bruta: __Resultado Bruto__ =
Vendas Líquidas
Margem Operacional: Resultado Operacional =
Vendas Líquidas
Margem Líquida: Resultado Líquido =
Vendas Líquidas
Giro do Ativo Total: Vendas Líquidas =
Ativo Total Médio
ano_________
Margem Bruta: __Resultado Bruto__ =
Vendas Líquidas
Margem Operacional: Resultado Operacional =
Vendas Líquidas
Margem Líquida: Resultado Líquido =
Vendas Líquidas
Giro do Ativo Total: Vendas Líquidas =
Ativo Total Médio
Interpretação: __________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
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f) Teste de Solvência – Modelo Kanitz
ano _________
1) Lucro Líquido X 0,05 =
Patrimônio Líq
2) AC + ARLP X 1,65 =
PC + PELP
3) AC – Estoques X 3,55 =
PC
4) AC X 1,06 =
PC
5) PC + PELP X 0,33 =
PL
Fator de Solvência: 1+2+3-4-5 =
ano ___________
1) Lucro Líquido X 0,05 =
Patrimônio Líq
2) AC + ARLP X 1,65 =
PC + PELP
3) AC – Estoques X 3,55 =
PC
4) AC X 1,06 =
PC
5) PC + PELP X 0,33 =
PL
Fator de Solvência: 1+2+3-4-5 =
ano ___________
1) Lucro Líquido X 0,05 =
Patrimônio Líq
2) AC + ARLP X 1,65 =
PC + PELP
3) AC – Estoques X 3,55 =
PC
4) AC X 1,06 =
PC
5) PC + PELP X 0,33 =
PL
Fator de Solvência: 1+2+3-4-5 =
Interpretação:
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
Pontos Fortes e Pontos Fracos da empresa __________________________________________ e sua
sugestão:__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
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TABELA DE ÍNDICES/SERASA
Atividade: Agropecuária, Sivilcultura e Manutenção (agricultura, pecuária, sivicultura
e mineral)
Índice Limite Conceito
Liquidez Corrente até 0,96 insatisfatório
de 0,97 a 1,42 razoável
de 1,43 a 3,84 satisfatório
acima de 3,85 bom
Liquidez Geral até 0,86 insatisfatório
de 0,87 a 1,24 razoável
de 1,28 a 3,45 satisfatório
acima de 3,46 bom
Endividamento acima de 0,61 insatisfatório
de 0,60 a 0,43 razoável
de 0,42 a 0,12 satisfatório
abaixo de 0,11 bom
Garantia de Capital até 1,16 insatisfatório
de Terceiros de 1,17 a 2,08 razoável
de 2,09 a 8,37 satisfatório
acima de 8,37 bom
Coeficiente deLucratividade até 2,02 insatisfatório
sobre Vendas de 2,03 a 9,78 razoável
de 9,79 a 35,81 satisfatório
acima de 35,82 bom
Atividade: Química e farmacêutica (produtos de perfumaria, farmacêutica medicinais e
veterinária)
Índice Limite Conceito
Liquidez Corrente até 1,11 insatisfatório
de 1,12 a 1,33 razoável
de 1,34 a 1,66 satisfatório
acima de 1,67 bom
Liquidez Geral até 1,11 insatisfatório
de 1,12 a 1,34 razoável
de 1,35 a 1,67 satisfatório
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acima de 1,68 bom
Endividamento acima de 0,76 insatisfatório
de 0,757a 0,61 razoável
de 0,60 a 0,39 satisfatório
abaixo de 0,38 bom
Garantia de Capital até 0,29 insatisfatório
de Terceiros de 0,30 a 0,60 razoável
de 0,61 a 1,53 satisfatório
acima de 1,54 bom
Coeficiente deLucratividade até 1,35 insatisfatório
sobre Vendas de 1,36 a 3,82 razoável
de3,83 a 11,57 satisfatório
acima de 11,58 bom
Atividade: Postos de Gasolina (derivados de petróleo)
Índice Limite Conceito
Liquidez Corrente até 1,53 insatisfatório
de 1,54 a 2,14 razoável
de 2,15 a 4,39 satisfatório
acima de 4,40 bom
Liquidez Geral até 1,42 insatisfatório
de 1,43 a 1,95 razoável
de 1,96 a 4,39 satisfatório
acima de 4,40 bom
Endividamento acima de 0,71 insatisfatório
de 0,7a a 0,35 razoável
de 0,34 a 0,15 satisfatório
abaixo de 0,14 bom
Garantia de Capital até 1,02 insatisfatório
de Terceiros de 1,03 a 1,94 razoável
de 1,95 a 6,32 satisfatório
acima de 6,33 bom
Coeficiente deLucratividade até 0,37 insatisfatório
sobre Vendas de 0,38 a 0,68 razoável
de 0,69 a 3,17 satisfatório
acima de 3,18 bom
Atividade: Comércio em Geral (tecidos, alimentares, ferragens, utilidades domésticas,
veículos, bebidas, material para construção, motores, peças e similares).
Índice Limite Conceito
Liquidez Corrente até 1,12 insatisfatório
de 1,13 a 1,35 razoável
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78
de 1,36 a 2,20 satisfatório
acima de 2,21 bom
Liquidez Geral até 1,09 insatisfatório
de 1,10 a 1,36 razoável
de 1,37 a 2,05 satisfatório
acima de 2,06 bom
Endividamento acima de 0,67 insatisfatório
de 0,66 a 0,53 razoável
de 0,52 a 0,30 satisfatório
abaixo de 0,29 bom
Garantia de Capital até 0,53 insatisfatório
de Terceiros de 0,54 a 0,85 razoável
de 0,86 a 2,45 satisfatório
acima de 2,46 bom
Coeficiente deLucratividade até 0,72 insatisfatório
sobre Vendas de 0,73 a 2,13 razoável
de 2,14 a 9,07 satisfatório
acima de 9,08 bom
Atividade: Indústria e Fábricas (metalurgia, têxtil, plástica, moveleira, calçado, vestuário
e outras)
Índice Limite Conceito
Liquidez Corrente até 1,03 insatisfatório
de 1,04 a 1,35 razoável
de 1,36 a 2,64 satisfatório
acima de 2,65 bom
Liquidez Geral até 1,04 insatisfatório
de 1,05 a 1,35 razoável
de 1,36 a 2,59 satisfatório
acima de 2,60 bom
Endividamento acima de 0,60 insatisfatório
de 0,59a 0,44 razoável
de 0,43 a 0,21 satisfatório
abaixo de 0,20 bom
Garantia de Capital até 066 insatisfatório
de Terceiros de 0,67 a 1,28 razoável
de 1,29 a 4,02 satisfatório
acima de 4,03 bom
Coeficiente de Lucratividade até 1,47 insatisfatório
sobre Vendas de 1,48 a 3,06 razoável
de 3,07 a 17,40 satisfatório
acima de 17,41 bom
Atividade: Serviços em Geral (imobiliárias, jornais, hotelaria, oficinas diversas,
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transporte, rádios, televisão, serviços técnicos e administração)
Índice Limite Conceito
Liquidez Corrente até 0,73 insatisfatório
de 0,74 a 1,22 razoável
de 1,23 a 3,35 satisfatório
acima de 3,36 bom
Liquidez Geral até 0,71 insatisfatório
de 0,72 a 1,20 razoável
de 1,21 a 3,28 satisfatório
acima de 3,29 bom
Endividamento acima de 0,61 insatisfatório
de 0,60 a 0,29 razoável
de 0,28 a 0,11 satisfatório
abaixo de 0,10 bom
Garantia de Capital até 069 insatisfatório
de Terceiros de 0,70 a 2,47 razoável
de 2,48 a 7,50 satisfatório
acima de 7,51 bom
Coeficiente de Lucratividade até 0,67 insatisfatório
sobre Vendas de 0,68 a 3,36 razoável
de 3,37 a 18,36 satisfatório
acima de 18,37 bom
Profª Leossania Manfroi, Me.; Prof.Roberto Kemper; Prof. Frankmar Wilson Mazetto
80
REFERÊNCIAS
GITMAN, Lawrence J. Princípios da Administração Financeira. São Paulo: Harbra, 2002.
IUDÍCIBUS, S. Análises de Balanços. 7º Ed, São Paulo: Atlas, 1998.
LEITE, Hélio de Paula. Contabilidade para Administradores. São Paulo: Atlas, 1997.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 6º ed. São Paulo: Atlas, 1998.
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 6º ed. São Paulo: Atlas, 1998
REIS, Arnaldo. Demonstrações Contábeis, Estrutura e Análise. São Paulo: Saraiva, 2003.
PADOVEZE, Luís Clóvis. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 2004
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Geral. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
SÁ, Antonio Lopes & SÁ, A. M. Lopes de. Dicionário de Contabilidade. São Paulo: Atlas,
1995.
SILVA, José Pereira da. Análise Financeira das Empresas. 6º Ed, São Paulo: Atlas, 2004.
SCHIRICKEL, Wolfgang Kurt, 2º Ed, São Paulo: Atlas, 1999
ZDANOWICZ, José Eduardo. Estrutura e Análise das Demonstrações Contábeis. Porto
Alegre: Sagra-Dcluzzatto, 1998.