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Unidade II COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO Profa. Ma. Marina Kaiser

Comunicação e Expressão 2

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Page 1: Comunicação e Expressão 2

Unidade II

COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

Profa. Ma. Marina Kaiser

Page 2: Comunicação e Expressão 2

Intertextualidade

A intertextualidade é uma forma de diálogo entre os textos.

Para que o leitor possa interpretar esse diálogo, é necessário que ele tenha conhecimentos culturais extratextuais, ou, vindos de outros textos.

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Intertextualidade

Exemplo:

Música de Renato Russo, Monte Castelo:

“Ainda que eu falasse a lingua dos homens e falasse a lingua dos anjos sem amor, eu nada seria. (...)”

1ª carta do apóstolo Paulo aos moradores da cidade de Coríntio, cap. 13, versos 1 ao 13.

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Intertextualidade

Exemplo 2:

Música de Renato Russo, Monte Castelo:

“ O amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente, é dor de desatina sem doer(...)”

E Camões??

Page 5: Comunicação e Expressão 2

Intertextualidade

Luiz Vaz de Camões:

Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;

É solitário andar por entre a gente;

É nunca contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder; (...)

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Tipos de intertextualidade

Intertextualidade temática:

abordagem de um mesmo assunto por vários meios ou portadores de textos, o discurso focal é retomado nos diferentes textos.

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Tipos de intertextualidade

Intertextualidade temática:

Exemplo:

Itamarandiba

No meio do meu caminho sempre haverá uma pedra / Plantarei a minha casa numa cidade de pedra / Itamarandiba, pedra corrida, pedra miúda / rolando sem vida (Milton Nascimento, Itamarandiba)

“No meio do caminho tinha uma pedraTinha uma pedra no meio do caminho................. “ (Carlos Drummond de Andrade)

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Tipos de intertextualidade

Intertextualidade estilística:

Esse tipo de intertextualidade não apresenta ligação temática com o outro texto, mas apenas utiliza sua forma.

Exemplo:

“Oração do Internauta

Satélite nosso que estais no céu, acelerado seja o vosso link, venha a nós o vosso host, seja feita vossa conexão, assim em casa como no trabalho. / ... / Não nos deixeis cair a conexão e livrai-nos do Spam, Amém!”

Page 9: Comunicação e Expressão 2

Tipos de intertextualidade

Intertextualidade explícita:

Presença da citação da fonte do intertexto. Fragmento de outro texto.

(por que e para que o autor citou a fonte, se tem a opção de não fazê-lo?)

Exemplo:

resumos, resenhas, traduções ou discursos relatados,

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Tipos de intertextualidade

Intertextualidade implícita:

recorre ao sentido figurado, não permitindo que o leitor depreenda seu sentido de imediato.

Ocorre quando há intertexto alheio, sem citação explícita da fonte.

É esperado que o leitor conheça o texto fonte para poder entender o texto atual.

Page 11: Comunicação e Expressão 2

Tipos de intertextualidade

Intertextualidade implícita:

Exemplo:

“Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. “

(Canção do exílio, Gonçalves Dias)

“Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; / "Nossos bosques têm mais vida", / "Nossa vida" no teu seio "mais amores." Ó Pátria amada,”

(Hino Nacional – Parte II, Joaquim O. Duque Estrada)

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Tipos de intertextualidade

Intertextualidade genérica:

Dois tipos: stricto sensu e lato sensu.

Cada tipo de determina o grau de explicitação e a natureza do intertexto.

Stricto sensu apresenta ordenação ideológica de argumentos e/ou contra-argumentos.

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Tipos de intertextualidade

Intertextualidade tipológica:

Latu sensu:

Possibilita reconhecer nos tipos de textos (narrativas, descritivas, expositivas, outros) características comuns (estrutura, seleção lexical, uso de tempos verbais, advérbios - tempo, lugar, modo, ) para notar que pertencem à determinada classe.

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Tipos de intertextualidade

Intertextualidade:

( Latu sensu / Stricto sensu )

Tal intertextualidade revela elemento primordial para o encadeamento da leitura.

Os sentidos apresentados no texto são compreendidos se os leitores tiverem previamente armazenados em sua memória discursiva o conhecimento dos textos originais.

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Interatividade

Leia o texto:

“Só o rock´n´roll salvaElvis Presley que estais no Céu, Muito escutado seja Bill Haley, (...)Seja feito barulho a vontade, Assim como Hendrix, Sex Pistols e Rolling Stones.Rock and roll que a cada dia nos melhora(...) E não deixei cair o volume do somMas livrai-nos do Axé. Amém!”

A intertextualidade presente no texto lido está referenciada a que:

a) Uma oração e nomes conhecido do Axé music

b) Uma receita e nomes conhecidos do rock

c) Uma oração e nomes conhecido do rock

d) Uma lista sem algum sentido

e) Uma lista de músicos do rock

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Resposta

Resposta: “c” ,

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Informações implícitas

O leitor deve apresentar a habilidade e os conhecimentos necessários para desvendar a mensagem de um texto.

Exemplo:

As piadas são gêneros textuais desse tipo.

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Informações implícitas

Pressupostos e subentendidos:

Ambos exigem do receptor/leitor o reconhecimento de alguns índices no texto que facilitam a interpretação de alguns tipos de mensagens.

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Pressupostos e subentendidos

Pressupostos:

Ideias expressas de maneira explícita.

Exemplo:

André tornou-se um antitabagista convicto.

Pressupõe-se que André deixou de fumar. (“tornar-se” / “vir a ser”)

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Pressupostos e subentendidos

Subentendidos:

Subentendido não apresenta expressões linguísticas

É um processo de construção de sentido do ouvinte / receptor.

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Pressupostos e subentendidos

Subentendidos:

Exemplo:

Alguém com um cigarro na mão pergunta:

Você tem fogo?

Tenho. - mas não acende

(Subentende-se: Acenda-me o cigarro por favor)

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Pressupostos e subentendidos

Subentendidos:

O falante / emissor pode negar a interpretação de seu ouvinte/receptor.

No subentendido o sujeito não se compromete com o que disse.

Exemplo: políticos desonestos:

Não foi isso o que eu disse.

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Alteração de sentido das palavras

Conotação e Denotação:

Denotação: é o sentido literal das palavras, o sentido de dicionário.

Exemplo:

Em um livro de biologia, no capítulo Corpo Humano: “cabeça” / parte do corpo (assim como no dicionário)

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Alteração de sentido das palavras

Conotação e Denotação:

A Conotação interpretação diferente, não a literal.

Exemplo:

“João é o cabeça da sala”. / “cabeça” não é o literal.

Indica que João é o aluno mais ´inteligente´ da sala.

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Alteração de sentido das palavras

Metáfora e Metonímia:

Duas importantes figuras de linguagem no processo de conotação.

Elas provocam alterações no sentido literal das palavras e são muito utilizadas na poesia.

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Alteração de sentido das palavras

Metáfora

Altera o sentido das palavras por um significado que aproxima os termos por uma relação de sentido.

“Amor é como fogo“ (comparação) “amor é fogo” (metáfora)

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Alteração de sentido das palavras

Metáfora

Exemplo: (Luiz Vaz de Camões)

O amor é o fogo que arde sem se ver.

É ferida que dói e não se sente.

É um contentamento descontente.

É dor que desatina sem doer.

Page 28: Comunicação e Expressão 2

Alteração de sentido das palavras

Metonímia:

É a alteração de sentido com o acréscimo de um significado.

Desse modo os termos se aproximam por relação de inclusão, coexistência ou interdependência.

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Alteração de sentido das palavras

Metonímia (sinédoque)

É um tipo de metonímia que ocorre ao se utilizar parte de algo para designar seu todo;

Exemplo:

Na estrada, placas anunciando restaurante: garfo, colher e faca.

(Objetos que fazem parte do que se utiliza em um restaurante (todo). )

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Interatividade

Na frase: “O caso do contrabando tornou-se público.”Qual o pressuposto apresentado?

a)O caso não era público antes

b)O caso sempre esteve nos jornais

c)O caso era sabido por poucos

d)Não havia caso algum

e)Defenderam-se do caso

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Resposta

Resposta: “a”.

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Processo de argumentação

Argumentar é reconhecer a intenção do texto e do texto do outro.

Argumentar é saber elaborar (e ler) textos de informação e textos de opinião.

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Processo de argumentação

A Argumentação leva o indivíduo a reconhecer uma determinada tese ou “verdade” e aderir a ela.

Para Argumentar são utilizados argumentos (exemplo: frases declarativas) que defendem uma ideia ou ponto de vista.

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Processo de argumentação

A informação é a base de uma boa argumentação.

A opinião transforma a informação em argumento.

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Processo de argumentação

Texto de opinião (Argumentativo) implica “provar” que o seu ponto de vista sobre um determinado tema é pertinente e passível de adesão.

Os procedimentos argumentativos orientam o desenvolvimento de textos persuasivos

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Condições de argumentação

a) Argumentação: definir uma tese e saber para que tipo de problema essa tese é resposta.

Exemplo:

Bom vendedor identifica as necessidades de seu público e sabe aproveitá-las como informação para seus argumentos.

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Condições de argumentação

b) Argumentação: linguagem comum com o público alvo do texto.

Deve ser compatível com a escolaridade e especialização profissional de seu público.

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Condições de argumentação

c) Causar empatia, um contato positivo com o público que visa uma receptividade para os argumentos.

Exemplo:

Nunca diga que vai usar cinco minutos de alguém, se for precisar de vinte minutos. É preferível dizer que vai usar meia hora.

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Procedimentos argumentativos

Recursos utilizados para justificar uma opinião.

a) exemplificação busca justificar os pontos de vista apresentados por meio de exemplos.

Exemplos: por exemplo, considerando, analisando os dados, segundo

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Procedimentos argumentativos

b. Explicitação:

explica, esclarece os pontos de vista apresentados.

Exemplos:

isto é, quer dizer, na verdade, segundo, é possível entender;

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Procedimentos argumentativos

c. Enumeração:

No texto há uma sequência de elementos que provam a opinião do autor.

Exemplos:

Primeiro, por último, respectivamente, em seguida, atualmente, depois de, adiante

Page 42: Comunicação e Expressão 2

Procedimentos argumentativos

d. Comparação:

No texto, a comparação é apresentada como opinião do autor. A comparação, às vezes aparece como metáfora.

Exemplos:

tanto quanto, de outro lado, por um lado, da mesma forma,

Page 43: Comunicação e Expressão 2

Procedimentos argumentativos

e. Síntese:

Retoma o que foi dito anteriormente.

Exemplo:

A política de preservação do meio ambiente garante a sobrevivência de gerações futuras.

Pode-se retomar essa ideia no final do texto argumentativo;

Page 44: Comunicação e Expressão 2

Procedimentos argumentativos

f. Dedução:

Na defesa de uma ideia, é possível deduzir uma conclusão.

Exemplo:

De acordo com, logo, deduzindo,

Page 45: Comunicação e Expressão 2

Procedimentos argumentativos

g. Relação de causa e consequência:

As causas e as consequências relacionadas à defesa de ideia são apontadas por expressões específicas.

Exemplo:

Por causa de; em virtude de (causa), consequentemente, de modo que, (consequência)

Page 46: Comunicação e Expressão 2

Procedimentos argumentativos

h. por interrogação:

Quando se deseja gerar uma dúvida que se transforma em tema para a reflexão.

Exemplo:

(afirmação) Necessidade de uma política para preservação do meio ambiente.

(questionamento) Sem política de preservação do meio ambiente, as gerações futuras sobreviverão?

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Interatividade

Considere a afirmativa: “O texto relata uma transformação, isto é, uma passagem de um estado inicial para um estado final.”

O procedimento argumentativo usado foi:

a)Dedução

b)Comparação

c)Exemplificação

d)Enumeração

e)Explicitação

Page 48: Comunicação e Expressão 2

Resposta

Resposta “e”.

Page 49: Comunicação e Expressão 2

A estrutura do texto argumentativo

Texto argumentativo organizado em partes.

a) Introdução:

Defesa de uma ideia ou anuncio do assunto.

b) Desenvolvimento:

os argumentos para a defesa de idéia.

c) Conclusão:

Pertinência da defesa de ideia e encerra raciocínio desenvolvido em forma de texto.

Page 50: Comunicação e Expressão 2

Texto argumentativo - artigo, editorial, crônica

Nesse último bloco de conteúdos estão todos os conhecimentos adquiridos até esse momento.

Artigo: Conceito

O artigo veicula opinião sobre determinado tema.

A política e a sociologia representam universos bastante explorados pelos artigos de jornais.

Page 51: Comunicação e Expressão 2

Artigo, editorial, crônica

Artigo: Características:

Caráter opinativo; linguagem adequada; título; recursos argumentativos; temas variados.

Estruturação: a-Introdução: o autor apresenta o assunto (político ou sociológico). Reflexão sobre o tema escolhido.

a) Desenvolvimento: argumentos para a defesa.

b) Conclusão: apresenta proposta de soluções.

Page 52: Comunicação e Expressão 2

Artigo, editorial, crônica

Editorial:

Conceito : Opinião do jornal, a linha de entendimento dos temas a abordados. Comenta o fato noticiado mais importante.

Características: Opinativo, sem assinatura, representa a linha de pensamento do jornal.

Page 53: Comunicação e Expressão 2

Artigo, editorial, crônica

Editorial:

Estruturação:

a) Introdução: não é longa. Chama a atenção do leitor para a linha de pensamento do jornal.

b) Desenvolvimento: apresenta argumentos que a comprovem.

c) Conclusão: deve reforçá-la.

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Artigo, editorial, crônica

Crônica

Conceito:

Relato de fatos cotidianos em contexto sócio-histórico.

Características:

Extensão limitada, narrativa leve, ironia, linguagem coloquial, visão subjetiva, pessoal e crítica.

Page 55: Comunicação e Expressão 2

Artigo, editorial, crônica

Crônica

Estruturação:

Há três formas de crônicas:

a) comentário, b-lírica, c-narrativa

Comentário:

primeira pessoa, fatos cotidianos geradores da história e reflexão;

Page 56: Comunicação e Expressão 2

Artigo, editorial, crônica

Crônica

b) lírica: primeira pessoa, linguagem sentimental e coloquial, não há fatos geradores da reflexão, visão sentimental da realidade interna ou externa.

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Artigo, editorial, crônica

Crônica

c) Narrativa: primeira ou terceira pessoa, linguagem humorística, ironia, diálogo, história leve e divertida, final inesperado.

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Resenha

Resenha:

Resumo com opinião, sem base teórica.

O autor seleciona informações e as sintetiza, ampliando o texto com comentários e avaliações sobre o assunto.

Page 59: Comunicação e Expressão 2

Resenha

Livro resenhado Emergência. A dinâmica de rede em formigas, cérebros, cidades e softwares

Autor do livro Steven Johnson

Autor da resenha Patrícia Mariuzzo

Título da resenha Emergência. A dinâmica de rede em formigas, cérebros, cidades e softwares

Leitor previsto Pessoas da área da Sociologia, História ou interessadas em sistemas sociais e sua organização

Veículo de publicação

Site

Seção de publicação

Não é possível recuperar a informação

Organização dos parágrafos

Apresentação de cada tese apontada pelo autor

Linguagem Mais formal e com termos específicos da área

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Resenha

(apresenta título próprio)

Título do livro, autor, data da publicação, Editora

(2º Parágrafo) Uma frase resumo e opinativa

(3º Parágrafo em diante) Resumo opinativo seguindo a sequência do livro.

(Final) Outra frase resumo opinativa.

Observação:

Opinião sem ´na minha opinião´ ´eu acho´

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Interatividade

Artigo, editorial, crônica são gêneros textuais encontrados usualmente em:

a)jornais e revistas ;

b)e-mail e twiter;

c)chat e torpedo;

d)televisão e rádio;

e)cartas e telegramas.

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Resposta

Resposta “a”.

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ATÉ A PRÓXIMA!