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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Fisioterapia Bruna de Oliveira Elen Mireno Jacinto Thaila Roberta Martins COMPARAÇÃO ENTRE A CORRENTE RUSSA E A FES NO FORTALECIMENTO DO MÚSCULO QUADRÍCEPS DE MULHERES SEDENTÁRIAS Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Lins SP LINS SP 2015

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Fisioterapia

Bruna de Oliveira

Elen Mireno Jacinto

Thaila Roberta Martins

COMPARAÇÃO ENTRE A CORRENTE RUSSA E A

FES NO FORTALECIMENTO DO MÚSCULO

QUADRÍCEPS DE MULHERES SEDENTÁRIAS

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Lins – SP

LINS – SP

2015

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Bruna de Oliveira

Elen Mireno Jacinto

Thaila Roberta Martins

COMPARAÇÃO ENTRE A CORRENTE RUSSA E A FES NO FORTALECIMENTO

DO MÚSCULO QUADRÍCEPS DE MULHERES SEDENTÁRIAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Fisioterapia, sob a orientação do Prof. Esp. Marco Aurélio Gabanela Schiavon e orientação técnica da Prof.ª M. Jovira Maria Sarraceni.

LINS – SP

2015

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Oliveira, Bruna; Jacinto, Elen Mireno; Martins, Thaila Roberta

Comparação entre a Corrente Russa e a FES no fortalecimento do

músculo quadríceps de mulheres sedentárias / Bruna de Oliveira; Elen

Mireno Jacinto; Thaila Roberta Martins. – – Lins, 2015.

76p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano

Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Fisioterapia, 2015.

Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Marco Aurélio Gabanela Schiavon

1. Corrente Russa. 2. FES. 3. EENM. 4. Fortalecimento. 5. Quadríceps I Título.

CDU 615.8

O45c

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COMPARAÇÃO ENTRE A CORRENTE RUSSA E A FES NO FORTALECIMENTO

DO MÚSCULO QUADRÍCEPS DE MULHERES SEDENTÁRIAS

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para

obtenção do título de Fisioterapeuta.

Aprovada em: _____/______/_____

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: Marco Aurélio Gabanela Schiavon

Titulação: Especialista em Fisioterapia Ortopédica e Traumatológica.

Assinatura: ________________________________

1º Prof(a): ___________________________________________________________

Titulação: ___________________________________________________________

___________________________________________________________________

Assinatura: ________________________________

2º Prof(a): ___________________________________________________________

Titulação: ___________________________________________________________

___________________________________________________________________

Assinatura: ________________________________

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“Coisas boas nos acontecem quando a gente acredita, quando a gente tem fé,

quando a gente coloca Deus a frente da nossa vida. Dificuldade todos nós temos, a

diferença é que uns assumem, outros disfarçam, uns desistem de lutar e outros

lutam por ainda acreditar”. Autor desconhecido

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DEDICATÓRIAS

A minha mãe Dalva, que nunca me deixou desanimar, me deu apoio incondicional,

estando presente em todos os momentos dessa minha caminhada.

Amo-te.

Ao meu pai Antonio, que nunca me abandonou nesse sonho, sempre batalhou para

que eu pudesse ter um estudo, uma profissão e um caminho melhor do que o dele.

Muito obrigada por tudo pai, te amo.

Aos meus familiares, que sempre me apoiaram, viveram esse sonho comigo, e

fizeram a minha vida valer cada vez mais a pena.

Obrigada.

Aos meus amigos da Turma XXXI, por toda alegria e tristeza que compartilhamos ao

longo desses cinco anos de graduação. Sem vocês, nada disso teria sentido.

Obrigada.

Bruna de Oliveira

Aos meus pais, Sonia e Valdemir, que sempre estiveram presentes me apoiando e

ajudando, permitindo que alcançasse e concluísse mais essa etapa da minha vida.

As minhas irmãs, Nágela e Letícia, pela paciência, compreensão, apoio e incentivo

ao longo dessa caminhada.

Elen Mireno Jacinto

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Primeiramente ao bom Deus e a Nossa Senhora Aparecida, pela coragem, força e

proteção durante toda esta longa caminhada, Ele é meu DEUS, o meu refúgio, e

minha fortaleza, e nele sempre confiarei.

Aos meus pais, Aparecido Martins, Doralice Mucelin e a minha irmã Angela Mucelin

Martins, pelo apoio.

Thaila Roberta Martins

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por ser o autor do meu destino e por guiar os meus passos nessa longa

caminhada, por ser meu sustento, por ter me dado forças para questionar algumas

coisas e infinitas possibilidades de escolhas.

Obrigada.

Ao Unisalesiano, por todas as oportunidades proporcionadas, pelo ambiente,

acolhimento e respeito ao longo desses anos.

Obrigada.

Aos meus orientadores, por todo apoio, carinho e prontidão encontrados. Sem vocês

não estaríamos aqui.

Obrigada.

Aos professores, que se tornaram mais do que mestres e sim amigos. Por todo

conhecimento e carinho transmitido.

Obrigada.

As minhas amigas, que sempre estiveram do meu lado ao longo desses cinco anos

e que com certeza estarão nos anos que virão. Por todas as alegrias e tristezas que

passamos juntas, pelos concelhos, pelas broncas e pelos risos.

Obrigada de coração.

As minhas companheiras de monografia, pois juntas conseguimos superar todos os

imprevistos e com paciência concluir esse desafio com garra.

Obrigada.

Bruna de Oliveira

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que possibilitou essa experiência, enviou forças e

ajuda nos momentos de dificuldade;

Aos meus pais, Sônia e Valdemir, que sempre incentivaram a buscar minhas

conquistas, mostrarem a importância da educação, e que não mediram esforços

para que eu chegasse até aqui.

As minhas irmãs, Letícia e Nágela, que sempre me incentivaram e ajudaram de

alguma forma a cumprir esta etapa.

Aos meus familiares e aos amigos que torceram e motivaram para seguir em frente

e conquistar meus sonhos.

As minhas companheiras dessa pesquisa, Bruna e Thaila, pela compreensão,

paciência, ajuda e otimismo, principalmente nos momentos de dificuldades.

A todas as voluntárias que contribuíram para a realização deste trabalho. Muito

obrigado pela paciência e dedicação ao longo da pesquisa.

Aos meus orientadores, Prof.º Marco Aurélio Gabanela Schiavon e Jovira Maria, pela

imensa paciência e, principalmente, pela ajuda e conselhos sempre úteis e precisos

que possibilitaram a concretização deste trabalho.

A todos os professores do curso fizeram parte dessa formação, pelos conselhos,

ajuda e conhecimentos passados.

A XXXI Turma de Fisioterapia, que ao longo desses anos ajudaram e incentivaram

uns aos outros para chegarmos até a esta etapa da vida.

Elen Mireno Jacinto

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AGRADECIMENTOS

Meu namorado Eukles José Campos, por seu constante apoio, compreensão,

paciência e pelo fraterno amor e carinho.

Renovo os mais sinceros agradecimentos às pessoas que nos auxiliaram

especialmente aos Orientadores Marco Aurélio Gabanela Schiavon e Jovira Maria

Sarraceni, pelo acompanhamento, paciência, e revisão deste estudo.

A todos os professores do curso que contribuíram para a minha graduação.

As colaboradoras da turma para que este estudo pudesse ser realizado: Bianca,

Cintia, Fabiola, Jéssica, Juliana, Lais, Luana, Luara, Mayara e Thaís.

Minhas amigas e companheiras de monografia, Bruna Oliveira e Elen Mireno.

Daniela, Rogério e Manu por todas as oportunidades e ajuda que me

proporcionaram.

A todos os pacientes que passaram por mim e contribuíram na reta final da minha

formação. Cada um de vocês ficarão guardados em meu coração.

A turma XXXI, com quem convivi ао longo desses anos.

Ao curso de Fisioterapia e ao Unisalesiano por todas as oportunidades

proporcionadas longo desses anos.

Thaila Roberta Martins

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RESUMO

Muito tem se falado sobre formas de realização de fortalecimento muscular

através de correntes elétricas, porém pouco material ilustra com clareza as principais

diferenças entre elas. O presente estudo tem como tema: Comparação entre a

Corrente Russa e a FES no fortalecimento do músculo quadríceps de mulheres

sedentárias. O objetivo deste trabalho foi comparar qual dos métodos é o mais

eficiente no processo de fortalecimento muscular. Para a mensuração do ganho de

força muscular entre as duas correntes distintas foi utilizado o teste de repetições

máximas. Para tanto, foram utilizadas 10 voluntárias, estudantes do curso de

Fisioterapia do Unisalesiano de Lins, que não apresentassem IMC maior que 30

indicando obesidade. Foram realizados 10 atendimentos durante os 5 dias da

semana, com duração de 25 minutos cada. A mensuração da força muscular foi

realizada em dois períodos, pré e pós a realização do experimento através de um

protocolo de força de 10RM em cadeira extensora. Posteriormente ao término das

aplicações, duas participantes, sendo uma de cada grupo, foram excluídas por

possuírem três ou mais faltas. A análise e os resultados foram demonstrados através

do estudo comparativo entre os resultados pré e pós-aplicação das correntes

elétricas. Após a análise estatística dos resultados obtidos verificou-se que não

houve alterações significativas no fortalecimento da musculatura através das

correntes elétricas, porém por meio da análise dos dados referentes à porcentagem

de aumento de força (através da técnica 10RM), observou-se que a corrente FES

teve uma melhor condição de fortalecimento muscular com 49,2% de efetividade em

relação à corrente russa que apresentou 35,4%.

Palavras-chave: Corrente Russa. FES. EENM. Fortalecimento. Quadríceps.

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ABSTRACT

Much has been said about embodiments of muscle-building through electrical currents, but little material clearly illustrates the major differences between them. This study has as its theme: Comparison of Russian current and FES in strengthening the quadriceps muscle of sedentary women. The objective of this study was to compare which method is the most effective in muscle strengthening process. For measuring muscle strength gains between the two distinct streams we used the maximum repetitions test. For this, we used 10 volunteers, physiotherapy course students Unisalesiano Lins, that did not present higher IMC than 30 indicating obesity. Were accomplished 10 services during the 5 days of the week, with duration of 25 minutes each. The mensuração of the muscular force was accomplished in two periods, pré and powders the accomplishment of the experiment through a protocol of force of 10RM in leg extension. Later at the end of the applications, two participants, being one of each group, they were excluded for they possess three or more lack. The analysis and the results were demonstrated by comparative study between pre and post - application of electric currents. After statistical analysis of the results obtained it was found that there were no significant changes in strengthening muscles through the electric current, but by analyzing the data relating to the strength of percentage increase (through 10RM technique), it was observed that the current FES had a better muscle-building condition with 49.2% effectiveness in relation to the russian current which showed 35.4%.

Keywords: Russian Current. FES. EENM. Strengthening. Quadriceps.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Vista posterior do osso fêmur......................................................................21

Figura 2: O processo de contração muscular.............................................................27

Figura 3: Esteira.........................................................................................................34

Figura 4: Cadeira extensora.......................................................................................34

Figura 5: Gerador de corrente (Corrente russa).........................................................35

Figura 6: Gerador de corrente (FES)..........................................................................36

Figura 7: Posicionamento dos eletrodos....................................................................37

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Valores em Kg dos testes de 10RM do grupo

Russa...............................................................................................................

Tabela 2: Valores em Kg dos testes de 10RM do grupo

FES..................................................................................................................

Tabela 3: Comparação de valores em Kg pós-intervenção entre grupos

corrente russa e FES.......................................................................................

Tabela 4: Média dos valores da perimetria pré e pós a aplicação da corrente

russa no membro direito..................................................................................

Tabela 5: Média dos valores da perimetria no membro esquerdo pré e pos

aplicação da corrente russa no membro contralateral.....................................

Tabela 6: Média dos valores da perimetria pré e pós a aplicação da FES no

membro direito.................................................................................................

Tabela 7: Média dos valores da perimetria no membro esquerdo pré e pós-

aplicação da FES no membro contralateral.....................................................

Tabela 8: Valores referentes ao teste de 10RM (Kg) em cadeira extensora

pré e pós-aplicação da corrente russa no membro direito. O membro

esquerdo não sofreu intervenção.....................................................................

Tabela 9: Valores referentes ao teste de 10RM (Kg) em cadeira extensora

pré e pós-aplicação da FES no membro direito. O membro esquerdo não

sofreu intervenção............................................................................................

Tabela 10: Porcentagem de força por 10RM...................................................

38

38

38

39

39

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Aa: Artéria

ADM: Amplitude de Movimento

ADP: Adenosina Difosfato

ATP: Adenosina Trifosfato

cm: Centímetro

CVM: Contração Voluntária Máxima

EENM: Estimulação Elétrica Neuromuscular

FES: Functional Electrical Stimulation

Hz: Hertz

IMC: Índice de Massa Corporal

Kg: Quilogramas

L1: Primeira Vértebra Lombar

L2: Segunda Vértebra Lombar

L3: Terceira Vértebra Lombar

L4: Quarta Vértebra Lombar

ms: Milissegundos

RM: Repetição Máxima

seg: Segundo

µs: Microsegundos

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................17

1 CONCEITOS PRELIMINARES...............................................................................20

1.1 Anatomia da coxa.................................................................................................20

1.1.1 Estrutura óssea da coxa..................................................................................20

1.1.2 Músculos da região anterior coxa....................................................................22

1.1.2.1 Músculo psoas maior.................................................................................22

1.1.2.2 Músculo ilíaco.............................................................................................22

1.1.2.3 Músculo tensor da face lata.......................................................................22

1.1.2.4 Músculo sartório.........................................................................................23

1.1.2.5 Músculo quadríceps femoral......................................................................23

1.1.3 Vascularização................................................................................................23

1.1.3.1 Artérias.......................................................................................................24

1.1.3.2 Veias..........................................................................................................24

1.1.4 Inervação.........................................................................................................25

1.2 Contração Muscular.............................................................................................25

1.2.1 Músculo estriado esquelético..........................................................................25

1.2.2 Fisiologia da contração muscular....................................................................27

1.2.3 Hipertrofia muscular.........................................................................................28

1.3 Correntes elétricas...............................................................................................29

1.3.1 Corrente russa.................................................................................................29

1.3.2 Estimulação elétrica funcional.........................................................................30

1.4 Repetição máxima................................................................................................31

2 O EXPERIMENTO...............................................................................................33

2.1 Casuística e métodos...........................................................................................33

2.1.1 Condições ambientais.....................................................................................33

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2.1.2 Amostra...........................................................................................................33

2.1.3 Material............................................................................................................33

2.1.4 Procedimentos.................................................................................................36

2.1.5 Análise estatística............................................................................................37

2.2 Resultados...........................................................................................................39

2.3 Discussão.............................................................................................................41

2.4 Conclusão............................................................................................................44

REFERÊNCIAS..........................................................................................................45

APÊNDICES...............................................................................................................49

ANEXOS....................................................................................................................55

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INTRODUÇÃO

Atualmente poucos estudos relatam o fortalecimento muscular induzido por

correntes elétricas. Em meio a uma gama de modalidades terapêuticas no mercado

atual, faz-se necessária à averiguação de qual delas ocasionaria uma maior eficácia

para o fortalecimento da musculatura.

O presente estudo busca apurar se existe diferença entre as correntes

Russa e Estimulação Elétrica Funcional (FES) no fortalecimento muscular do

quadríceps femoral de mulheres sedentárias, esperando que a Corrente Russa

recrutará mais fibras musculares, portanto sendo mais eficaz no processo de

fortalecimento.

Conforme descrito por Santos; Rodrigues; Trindade-Filho (2008), o uso da

eletroestimulação neuromuscular (EENM) vem sendo comumente utilizada, tanto no

que se refere à reabilitação, quanto ao fortalecimento, hipertrofia muscular,

diminuição de medidas, uso estético, entre outros, pois o fato de requerer apenas

alguns minutos por sessão torna essa pratica cada vez mais popular.

Brasileiro e Villar (2000) referem à utilização de equipamentos elétricos

com intuito terapêutico desde meados do século XVIII, onde surgiram os primeiros

“acumuladores de energia”. A concretização deste recurso ocorreu somente no

século XX, sendo recomendado apenas em casos de atrofia de músculos

desnervados. Para Matias e Castro (2002), em meio a tantos efeitos anunciados, o

que mais chama a atenção de fisioterapeutas é o processo de fortalecimento

muscular, pois a mesma, não carece de tempo e repetições de exercícios.

A contração muscular pode ocorrer das seguintes formas; por uma

estimulação elétrica momentânea do nervo muscular ou por algum estímulo

elétrico (GUYTON, HALL, 2011).

Segundo Ferreira (2005), quando a contração muscular incide por uma

estimulação momentânea, ocorre o acionamento das fibras musculares, fazendo

com que estas se encurtem ocasionadas pelo aumento do cálcio. Com esse

aumento, ocorre uma interação entre as proteínas contráteis (miosina e actina)

pertencentes aos filamentos grossos e finos dispostos nas miofibrilas que compõe

as fibras musculares. Essa interação promove o deslizamento da actina sobre os

filamentos grossos, gerando o encurtamento dos sarcômeros que são as unidades

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de contração muscular. Guyton e Hall (2011) referem que a contração muscular

advém nas seguintes fases:

a) um potencial de ação é gerado e propaga-se pelos nervos motores até

atingir as fibras musculares;

b) ocorre a liberação do neurotransmissor acetilcolina pelos nervos motores;

c) a liberação dos canais de cátions regulados pela acetilcolina;

d) a difusão de íons sódio para o interior das fibras musculares causando a

despolarização local desencadeando o potencial de ação (se propagando

por toda a fibra muscular) e

e) a despolarização local faz com que o retículo sarcoplasmático libere

grande quantidade de íons cálcio, ativando os filamentos de miosina e

actina, promovendo o deslizamento de um sobre o outro;

Quando o nervo motor não promove o estímulo, seja por qualquer motivo,

este pode ser gerado por correntes elétricas. Ogino et al. (2002), relata que a mais

de 40 anos a EENM é utilizada para prevenir e reestabelecer a função dos

músculos. É uma forma de estímulo capaz de induzir o músculo estriado

esquelético a alterações como melhora da função (WILLIAMS & STREET, 1976),

aumento da capacidade de gerar força muscular e hipertrofia (CURRIER et al.,

1979; PELIZZARI et al., 2008).

Abdalla, Bertoncello e Carvalho (2009) mencionam que a corrente russa, por

ser uma corrente de média frequência (de 2.500 Hz), tem grande aceitação pelos

indivíduos submetidos à EENM, pois essa é capaz de produzir níveis de contração

mais profundos sendo mais indicada quando se tem a inervação muscular

preservada. Outro fator que pode estar relacionado à grande aceitação desta

corrente, é que ela faz com que quase todas as unidades motoras do músculo

se contraiam de forma sincronizada, o que não ocorre na contração voluntária. Isso

permite a ocorrência de contrações musculares mais fortes com a estimulação

elétrica e, portanto maior ganho de força acompanhado de hipertrofia muscular

(JARVINEN, EINOLA, VIRTANEM, 1992).

Outro tipo de corrente utilizada é a Estimulação Elétrica Funcional (FES), uma

corrente de baixa frequência, sendo esta mais comumente associada a pacientes

neurológicos. De acordo com Schuster (2009) e Low e Reed (2001), ela é utilizada

para fortalecimento de músculos inervados tanto em pacientes sadios, quanto

naqueles que sofreram algum tipo de distúrbio, para o restabelecimento da

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contração e aumento da força muscular, prevenção de atrofias e redução de

edemas.

Conforme elucidado por Agne (2013) a FES proporciona o ajuste da

largura de pulso, podendo ser empregada tanto em músculos sadios quanto

naqueles com sequelas neurológicas leves. É empregada na contração de músculos

plégicos ou paréticos objetivando a funcionalidade. Por ser uma corrente

empregada no controle da espasticidade, esta possui efeitos imediatos (inibição

recíproca e relaxamento do músculo espástico e estimulação sensorial de vias

aferentes) e tardios (agem na neuroplasticidade e são suscetíveis de modificar as

propriedades viscoelásticas musculares e favorecer a ação e o desenvolvimento

de unidades motoras de contração rápida).

O presente estudo tem como objetivo comparar qual dos dois métodos de

eletroestimulação (Corrente Russa e FES) é mais eficiente no fortalecimento do

músculo quadríceps femoral de mulheres sedentárias. Será utilizado o teste de

repetições máximas para mensurar o ganho de força muscular mediante as duas

correntes distintas.

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1 CONCEITOS PRELIMINARES

1.1 Anatomia da coxa

1.1.1 Estrutura óssea da coxa

Segundo Mota (2008), encontram-se na matriz óssea três tipos de células:

a) osteoblastos: situam-se na superfície da matriz extracelular, são

responsáveis pela síntese proteica e renovação tecidual;

b) osteócitos: situam-se no interior da matriz extracelular, responsáveis pela

apreensão e manutenção iônica e;

c) osteoclastos: situam-se na superfície da matriz, próximos a osteoblastos

desativados, responsáveis pela reabsorção da matriz orgânica.

Junqueira, Carneiro (1999) e Spence (1991) explicam que o tecido ósseo está

em constante remodelamento, e tem por função a sustentação de partes moles,

proteção de órgãos internos, armazenamento de íons, entre outos. Para Zorzetto

(1999) o esqueleto humano é o local de inserção da musculatura esquelética,

reservatório de sais minerais como cálcio e fósforo e produção de células

sanguíneas. Essas células são produzidas principalmente na medula óssea

vermelha da epífise proximal do fêmur e do úmero, nas costelas, esterno, clavícula,

ossos coxais, entre outros. Existe um tecido ao redor dos ossos chamado periósteo,

onde se fixam os vasos e nervos.

Moore (1994) cita que o fêmur é o osso do corpo com maior força, peso e

comprimento, distendendo desde a articulação do quadril até o joelho. Divide-se em

diáfise, extremidade distal e extremidade proximal.

Conforme elucidado por Dangelo e Fattini (2000) a extremidade proximal é

composta por:

a) cabeça do fêmur: possui uma cavidade chamada fóvea da cabeça do

fêmur, onde o ligamento da cabeça do fêmur é fixado;

b) colo do fêmur: faz a união da cabeça do fêmur com o corpo;

c) trocânter maior: recobre a fossa trocantérica e;

d) trocânter menor: liga -se ao trocânter maior através da crista

intertrocantérica.

A diáfise é composta pelas facetas anterior, medial e lateral e a extremidade

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distal possui os côndilos medial e lateral onde encontram-se os epicôndilos medial e

lateral.

Figura 1: Vista posterior do osso fêmur

Fonte: Netter, 2000, p. 473.

Segundo Moore (1994) os ligamentos tibial e fibular são fixados nos

epicôndilos, sendo de fácil palpação. Já os vasos sanguíneos são situados na

depressão do colo do fêmur.

O fêmur liga-se ao quadril e ao joelho através de uma articulação chamada

sinovial. Zorzetto (1999) afirma que essa articulação é cheia de movimentos e

possui alguns elementos como cartilagem, cápsula articular, membrana sinovial,

líquido sinovial e ligamentos. A articulação do joelho é chamada de sinovial condilar

(uma face tem a forma de côndilo e a outra uma cavidade, realizando os

movimentos de flexão, extensão, adução e abdução) e a do quadril sinovial

esferóide (uma face tem forma esférica e a outra uma cavidade glenóide, realizando

os movimentos de flexão, extensão, adução, abdução e circundução).

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1.1.2 Músculos da região anterior da coxa

Segundo Zorzetto (1999), miologia é o estudo do músculo, e quando este se

insere nos ossos, é chamado de músculo estriado esquelético. Na sua composição,

encontram-se o ventre muscular constituído de músculo contrátil e os tendões que

inseridos aos ossos vão transmitir movimentos. Conforme elucidado por Dangelo e

Fattini (2000), quando relacionada aos membros superiores e inferiores, a origem

dos músculos normalmente é proximal e a inserção é distal. A ação dos músculos é

dada pelo encurtamento do ventre muscular, gerando a contração muscular.

A seguir, serão mencionadas a origem, inserção e ação de tais músculos.

1.1.2.1 Músculo psoas maior

Moore (1994) cita que este músculo é longo e forte, se estendendo desde o

abdome até a coxa, intimamente ao ligamento inguinal. Origina-se nos processos

transversos, corpos e discos intervertebrais e sua inserção se dá no trocânter

menor. Abrahams, Hutchings, Marks Jr (1999) informam que a face medial deste

músculo encobre a abertura superior da pelve.

Conforme explicado por Kraychete, Rocha, Castro (2007), é uma estrutura

única na maioria dos indivíduos, porém em uma pequena parcela da população

encontram-se o psoas menor mais profundamente ao psoas maior, seguindo o seu

trajeto. Juntamente com o músculo ilíaco, realiza o movimento de flexão da coxa

sobre o quadril, com mínima ação de rotação lateral e abdução da coxa.

1.1.2.2 Músculo ilíaco

Conforme elucidado por Moore (1994), esse músculo tem a forma de leque e

encontra-se ao longo da borda lateral do músculo psoas maior. Dangelo e Fattini

(2000) citam que ele tem origem na fossa ilíaca e inserção no trocânter menor,

realizando os mesmos movimentos do músculo psoas maior.

1.1.2.3 Músculo tensor da fáscia lata

Nassif et al. (2009) citam que este músculo segue do trato iliotibial até o

joelho. Moore (1994) menciona que, como explicado pelo próprio nome, ele tensiona

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a fáscia lata e quando com o individuo sentado, ele estabiliza o tronco sobre a coxa.

Tem origem na espinha ilíaca ântero-superior e inserção no côndilo lateral da tíbia,

realizando os movimentos de abdução, rotação medial e flexão da coxa.

1.1.2.4 Músculo sartório

Segundo Dangelo e Fattini (2000) este músculo cruza a coxa, da região

lateral para a medial. É um músculo longo, tendo origem na espinha ilíaca ântero-

superior e inserção na borda lateral da tuberosidade da tíbia, realizando os

movimentos de flexão da coxa e da perna.

1.1.2.5 Músculo quadríceps femoral

Dangelo e Fattini (2000) citam que este é o maior músculo do corpo sendo

predominante na região anterior e medial da coxa. Moore (1994) afirma que este

músculo é dividido em quatro partes, e estas, serão detalhadas a seguir:

a) reto Femoral: possui uma trajetória retilínea pela coxa e origina-se na

espinha ilíaca ântero-inferior;

b) vasto Lateral: encontra-se na parte lateral da coxa e origina-se no

trocânter maior;

c) vasto Medial: encontra-se na parte medial da coxa e origina-se na linha

intertrocantérica e

d) vasto Intermédio: encontra-se entre o vasto lateral e o vasto medial,

interiormente ao reto femoral e origina-se nas bordas anterior e lateral do

corpo do fêmur.

Ambas as partes se inserem na base da patela e realizam os movimentos de

extensão da perna na articulação do joelho.

É um músculo muito acionado ao subir e descer escadas e em algumas

modalidades esportivas, sendo o reto femoral mais conhecido como “músculo do

chute”. (ZORZETTO, 1999).

1.1.3 Vascularização

Para Dangelo e Fattini (2000), as artérias, os vasos e os capilares sanguíneos

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servem para conduzir o sangue. As artérias são elásticas, fazendo com que o

sangue para os tecidos seja invariável e ininterrupto, já as veias, servem de

reservatório de sangue, para que este seja utilizado em situações extremas.

(GUYTON e HALL, 2011).

1.1.3.1 Artérias

“As artérias são vasos que partem do coração, portanto de condução

centrífuga. Transportam sangue arterial, isto é, rico em oxigênio e nutrientes”.

(ZORZETTO, 1999, p. 125). A artéria responsável pela condução do sangue

proveniente do coração é a aorta e através dela se originam várias outras.

“A partir de seu trajeto no coração, as artérias vão se ramificando e

diminuindo sua luz interna, seu calibre, até se tornarem artérias muito pequenas, de

menos de 0,5 mm de luz, denominadas arteríolas.” (LAROSA, 2012, p. 170).

Em um trajeto descendente, a artéria (aa.) aorta passa a ser aa. abdominal e

após isso se bifurca, dando origem à aa. ilíaca comum, que por sua vez, dá origem à

aa. ilíaca interna e externa. O ramo externo da aa. ilíaca chega ao membro inferior e

dá origem à principal fonte de irrigação do membro inferior, a aa. femoral. Neste

ponto, ocorre uma nova bifurcação, originando a aa. femoral profunda, o maior ramo

da aa. femoral, e ambas irrigaram a parte anterior da coxa. (DANGELO e FATTINI,

2000).

Segundo Moore (1994), a aa. femoral situa-se sobre os músculos psoas

maior, pectíneo e adutor longo, paralelamente a a.a femoral profunda, que por sua

vez originam as aa. circunflexas medial e lateral da coxa. Spence (1991) menciona

que ainda em trajetória descendente a aa. femoral transforma-se em aa. poplítea

irrigando a pele e os músculos da região.

1.1.3.2 Veias

Conforme aclarado por Dangelo e Fattini (2000), as veias transportam o

sangue rico em gás carbônico de volta ao coração.

As veias de menor calibre são as vênulas, com espessura interna de menos de 0,5 mm e estão localizadas na periferia. À medida que as veias aproximam-se do coração, elas recebem outras veias menores, as afluentes, e vão aumentando o seu calibre interno até desembocarem no coração. (LAROSA, 2012, p. 175).

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Spence (1991) refere que as veias dos membros inferiores são profundas,

recebendo os nomes: ilíaca externa, femoral e poplítea. Duas grandes veias se

originam no dorso do pé, são elas:

a) safena Magna: a maior veia em comprimento unindo-se a femoral.

b) safena Parva: une-se a veia poplítea.

1.1.4 Inervação

Segundo Larosa (2012) os nervos são constituídos por fibras nervosas,

revestidas por tecido conjuntivo e são utilizadas na ligação da parte central do

sistema nervoso à periferia.

Dois tipos de ramificações nervosas se distinguem no Sistema Nervoso

Periférico: os cranianos que se dividem em doze pares, se comunicam com o

encéfalo e difundem fibras motoras ou mistas e os espinhais ou raquidianos que é

formado pela junção de um ramo motor e um sensitivo da medula espinhal,

formando 33 pares de nervos. Nos primeiros ramos lombares encontra-se o nervo

obturador, nervo femoral e o ramo safeno. (ZORZETTO, 1999).

Dangelo e Fattini (2000) citam que a inervação dos membros inferiores ocorre

pelos nervos lombares e sacrais. Dentre eles, o de maior importância é o femoral,

sendo responsável pela inervação dos músculos da região anterior da coxa.

Segundo Moore (1994), a inervação muscular incide da seguinte forma:

a) músculo psoas maior: pelos nervos lombares, mais precisamente L1, L2 e

L3;

b) músculo ilíaco: pelos ramos do nervo femoral, L2 e L3;

c) músculo tensor da fáscia lata: glúteo superior, L4 e L5;

d) músculo sartório: pelo nervo femoral, L2 e L3; e

e) músculo quadríceps femoral: pelo nervo femoral, L2, L3 e L4.

1.2 Contração muscular

1.2.1 Músculo estriado esquelético

Para Douglas (1999) os músculos têm como característica funcional a

movimentação do esqueleto, sendo que estes estão ligados aos ossos. O músculo

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estriado esquelético recebe essa denominação por apresentar estrias transversais e

controle voluntário.

Dangelo e Fatitini (2002) citam que o músculo esquelético possui uma porção

média e extremidades. A porção média ganha o nome de ventre muscular onde

predominam fibras musculares, sendo portando a parte contrátil. Quando as

extremidades apresentam formato de fita ou cilindróides denominam-se tendões, já

as partes laminares, recebem o nome de aponeuroses.

Segundo Ganong (1989) cada músculo esquelético é composto por fibras

musculares singulares. A maior parte dos músculos esqueléticos tem início e término

nos tendões e suas fibras musculares encontram-se paralelas entre as terminações

das fibras tendinosas.

Conforme elucidado por Spence (1991) cada fibra muscular contém inúmeras

miofibrilas dispostas ao longo das células. Quando estas são aumentadas

encontram-se as seguintes faixas:

a) discos A: são as faixas escuras da fibra muscular, onde situam-se os

filamentos grossos. Dispostas neste filamento estão às estrias H que são

um pouco menos densas, encontrando-se ainda uma fina e escura estria

que atravessa a estria H, chamada de estria M.

b) discos I: são as faixas claras da fibra muscular. Entre esses filamentos

existe uma densa linha Z que divide as miofibrilas em sarcômeros. No

interior do Disco A e do Disco I encontram-se as estrias H e M.

Conforme aclarado por Douglas (1999) o filamento grosso compõe-se por

uma proteína chamada miosina que se encontra em 58% das proteínas existentes

no músculo. Os filamentos finos compõem-se por actina (em junção com a miosina

promovem a contração muscular), tropomiosina e troponina que atuarão como

reguladoras ou inibidoras da contração muscular.

Guyton (1988) cita que as partes laterais do filamento de miosina são

chamadas de pontes cruzadas. A interação dos filamentos de actina com as pontes

cruzadas desencadeiam a contração muscular. Quando a miofibrila encontra-se

entre duas zonas Z recebe o nome de sarcômero, onde ocorre a sobreposição dos

filamentos de miosina gerando a força de contração máxima. O sarcoplasma contém

um líquido sarcoplasmático com grande quantidade de mitocôndrias que formarão o

ATP (adenosina trifosfato), potássio, magnésio, fosfato e enzimas protéicas. O

retículo sarcoplasmático é de suma importância para a contração muscular, pois os

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músculos de contração rápida possuem o retículo sarcoplasmático extenso gerando

uma contração muscular acelerada.

1.2.2 Fisiologia da contração muscular

Ganong (1989) alude que a contração muscular ocorre pelo encurtamento dos

ventres musculares, gerando a ação muscular. Quando a contração sucede, porém,

não em todo o comprimento muscular é chamada de isométrica, quando ela ocorre,

e as extremidades do músculo se aproximam é chamada de isotônica.

Conforme referido por Spence (1991), o sistema nervoso origina um impulso

para que ocorra a contração muscular. Quando esse impulso é gerado, incide a

liberação de um neurotransmissor chamado acetilcolina que ocasionará uma

mudança na permeabilidade, gerando um impulso elétrico à membrana plasmática.

A partir daí, o impulso chega aos túbulos T e eventualmente ao retículo

sarcoplasmático, fazendo com que este, libere íons cálcio iniciando o processo de

contração muscular. A energia utilizada para a contração muscular é retirada do

ATP, quando este, se quebra em adenosina difosfato (ADP) e fosfato inorgânico. Em

um evento sequencial, a miosina liga-se a actina gerando uma descarga de energia

movendo a ponte cruzada e promovendo o encurtamento muscular. O relaxamento

muscular ocorre quando o retículo sarcoplasmático reabsorve os íons cálcio

liberados inicialmente e a tropomiosina bloqueia a interação entre actina e miosina.

A figura a seguir mostra o processo de contração muscular, onde ocorre o

deslizamento dos filamentos de actina e miosina gerando a contração muscular.

Figura 2: O processo de contração muscular

Fonte: Oliveira, [s.l.:s.n:s.d]. Disponível em:

<http://www.infoescola.com/fisiologia/contracao-muscular/.>

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Spence (1991) cita ainda que a ação muscular depende de um sistema de

alavancas podendo ser de três classes:

a) alavancas de primeira classe: exemplificada por uma gangorra, onde o

ponto de apoio está localizado entre a força aplicada e o peso que deve

ser movido;

b) alavancas de segunda classe: exemplificada por um carrinho de mão,

onde o peso a ser movimentado está entre o ponto de apoio e a força

aplicada e;

c) alavancas de terceira classe: é a alavanca mais comumente encontrada

no corpo humano, podendo ser exemplificada pela flexão do antebraço,

onde o peso se encontra em um extremo (mão), o ponto fixo se encontra

em outro (cotovelo) e a força aplicada está entre eles (contração gerada

pelos flexores do antebraço).

Segundo Guyton e Hall (2011), esse sistema vai depender:

a) do local de inserção muscular;

b) da distância do ponto de apoio da alavanca;

c) do comprimento do braço de alavanca e

d) da posição em que a alavanca se encontra.

1.2.3 Hipertrofia muscular

Conforme elucidado por Guyton (1988) o volume muscular apresenta-se de

forma desigual em comparação ao gênero, sendo que no masculino o valor é mais

considerável devido à testosterona em relação ao feminino. Contudo, os músculos

podem ser hipertrofiados com a realização de treinamento, resultando no aumento

das fibras musculares. As mudanças que ocorrem no interior de cada fibra muscular

hipertrofiada envolvem o número aumentado de miofibrilas; número e tamanho

aumentados das mitocôndrias; aumento nos componentes do sistema metabólico do

fosfageno, juntamente com a fosfocreatina e o ATP; aumento no glicogênio

armazenado; e aumento no depósito de triglecerídios; inclusive aumentando a

capacidade máxima de oxidação.

Os músculos possuem fibras musculares rápidas e lentas. As fibras

musculares rápidas apresentam um calibre maior, suas enzimas permitem uma

rápida liberação de energia através do sistema do glicogênio-ácido-láctico e

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fosfageno. As fibras musculares lentas possuem como característica a resistência,

geração de energia aeróbica, apresentam um número maior de mitocôndrias,

possuem uma quantidade superior de mioglobina e o número de capilares é maior

quando comparado às fibras musculares rápidas. Portanto, as fibras rápidas geram

uma contração rápida e de grande potência, em um menor tempo, enquanto as

fibras lentas realizam a resistência, por maior tempo. (GUYTON, 1988).

1.3 Correntes elétricas

1.3.1 Corrente russa

A eletroestimulação russa ou corrente russa faz parte das correntes que

induzem ao fortalecimento muscular. A eletroestimulação neuromuscular está

voltada ultimamente para potencializar o músculo normalmente inervado. A

eletroestimulação é proposta para o complemento dos programas de fortalecimento

muscular, como um método para prevenir sua hipotrofia ocasionada pela articulação

imobilizada como também para facilitar a reabilitação de transtornos

musculoesqueléticos álgicos, que impedem um esforço máximo durante a contração

voluntaria. O aumento da popularidade da eletroestimulação como alternativa ou

método coadjuvante aos programas tradicionais de exercício se deve especialmente

aos estudos do fisiologista russo Yadov Kots. (AGNE, 2013)

Segundo Prentice (2002), os geradores de corrente russa foram

desenvolvidos no Canadá e nos Estados Unidos após Kots apresentar um estudo

sobre o uso do estimulador muscular elétrico para aumentar o ganho de força do

músculo. Os protocolos de eletroestimulação de Kots foram aplicados nos atletas

olímpicos russos como método auxiliar dos programas tradicionais de treinamento

nas Olimpíadas de Montreal em 1976. Kots defendia que a contração muscular

induzida por eletroestimulação aumentava o recrutamento das unidades motoras.

Assim, se todas as unidades motoras fossem recrutadas, o músculo poderia contrair-

se ao máximo de sua capacidade e, com sessões repetidas, poderia aumentar sua

capacidade de desenvolvimento da tensão, ou seja, do fortalecimento (Agne, 2013).

Estes eletroestimuladores desenvolvidos após os resultados positivos de Kots foram

denominados de corrente russa.

Agne (2013) descreve a corrente russa como uma corrente elétrica de média

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frequência, constituída por trens de pulsos, bipolar, simétrica, disparados numa

frequência de onda portadora de 2500 Hz, modulada em até 100 Hz ou pouco mais

de acordo com cada equipamento.

De acordo com Prentice (2002) a duração do pulso desta corrente pode variar

de 50 a 250 µs; a duração da fase de 25 a 125 µs. E para que não ocorra dor

durante a aplicação da corrente são gerados envelopes de 50 burst/s, com um

intervalo de interburst de 10 mseg.

A estimulação elétrica máxima produzida pela corrente russa é a base teórica

para seu uso, pois pode fazer com que quase todas as unidades motoras em um

músculo se contraiam de forma sincronizada, algo que não seria possível obter na

contração voluntária. Assim, a eletroestimulação permitiria alcançar contrações

musculares mais fortes, conseguindo uma maior hipertrofia muscular (LOW e REED,

2001).

Atualmente a eletroestimulação tem sido amplamente utilizada no campo

esportivo para potencializar ou melhorar o rendimento dos músculos junto aos

exercícios fisiológicos e para a recuperação funcional de atrofias ou desequilíbrios

musculares decorrentes de imobilização de membro ou limitação de atividades após

lesões de atletas de alto nível como em indivíduos sedentários. (AGNE, 2013).

1.3.2 Estimulação elétrica funcional (FES)

A Estimulação Elétrica Funcional (Functional Electrical Stimulation - FES) é

um recurso eletroterápico lançado por Lieberson e Kantrowitz no inicio da década de

60 e destinado ao tratamento de recuperação motora de pacientes portadores de

lesões cerebrais ou medulares. (LEITÃO; LEITÃO, 2006).

Segundo Agne (2013), a FES é uma corrente de baixa frequência que produz

trens de pulsos capazes de provocar contrações de determinados grupos

musculares que possibilitará realizar movimentos e atividades da vida diária, tais

como: ficar de pé, andar, diminuição do espasmo muscular, fazer movimento de

preensão palmar, melhorar postura, e outros.

As contrações evocadas são obtidas a partir de pulsos elétricos de pequena duração aplicados sob frequência controlada. Estes trens de pulsos ou envelopes de pulsos elétricos diferem das formas clássicas de eletroestimulação, pois são empregados pulsos com duração da ordem de grandeza de milissegundos (ms). Dessa forma, podem-se obter contrações mais biológicas, sem riscos de queimaduras e o desconforto produzido pela

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exposição mais longa à eletricidade. (LIANZA, 2007, p. 126).

De acordo com Lianza (2007) a utilização da FES é muito ampla, podendo ser

indicada para as principais síndromes paralíticas, auxiliar na recuperação de

alterações posturais nos casos de escoliose e cifoses, na recuperação motora dos

músculos após lesões ligamentares, melhorar o trofismo e a potência muscular e

prevenir o aparecimento de tromboses venosas profundas nos membros inferiores

ao produzir contrações que facilitam o retorno venoso.

“Sistemas de FES são usados na prática clínica para o fortalecimento do

músculo enfraquecido e a recuperação ou preservação da função do mesmo durante

a fase de atividade reduzida ou de imobilização” (MAFFIULETTI apud

BOHÓRQUEZ, SOUZA, PINO, 2013, p. 154).

Para Lianza (2007) os parâmetros mais utilizados da FES pra efeitos

terapêuticos são de frequência de 10 a 90 Hz, pois frequências de pulsos elevadas

provocam fadiga muscular e as de frequência muito baixa não ocasionam

contrações funcionais eficientes. A duração de pulso varia entre 0,2 e 0,5 ms, visto

que estímulos elétricos acima de 0,5 ms produzem sensação desconfortável ao

paciente com sensibilidade.

Assim, na estimulação elétrica funcional, a frequência, a intensidade e a

duração de pulso escolhidas serão de extrema importância pra se ter uma contração

muscular funcional e ativar as unidades motoras adequadamente para não causar

queimaduras, fadiga e/ou desconforto ao paciente.

De acordo com Low e Reed (2001) a ação muscular funcional produzida pela

FES é feita através da desporalização do neurônio motor inferior intacto de músculos

paralisados. Assim, conforme afirma Agne (2013), as doenças que afetam o

neurônio motor inferior e a placa motora, não respondem adequadamente aos

estímulos da FES, somente as lesões cerebrais e medulares altas teriam essa

capacidade de resposta.

1.4 Repetição máxima (RM)

Para Kisner; Colby (2009), repetição máxima (RM) é um método que visa à

efetividade de um programa de exercícios e calcula a carga apropriada para a

realização do mesmo. O maior número de peso (carga), suportado pelo músculo na

realização da ADM é chamado de 1RM.

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Repetição máxima, ou RM é o número máximo de repetições por série que

pode ser realizado com a técnica correta utilizando-se determinada carga.

Portanto, uma série de determinada RM implica que ela seja realizada até

que haja a fadiga voluntária momentânea. A carga mais pesada que pode

ser utilizada em uma repetição completa de um exercício é considerada

1RM. Uma carga mais leve que permite completar 10 repetições, e não 11,

com a técnica correta é considerada 10RM. (FLECK; KRAEMER; 2006,

p.20).

Segundo Guedes; Guedes (2006) existem dois modos para a realização do

teste de RM:

a) estabelecendo-se as repetições a serem executadas e a carga que o

avaliado suportará ao realizar aquele determinado número de repetições.

b) estabelece-se um peso submáximo e o avaliado realiza o maior número de

repetições com aquele peso.

No teste por repetições máximas, opta-se pelo número de repetições,

comumente 3, 6, 9 ou 12RM, logo de início. Após isso, estabelece-se a carga que

possibilite o avaliado a realização das repetições preestabelecidas. A partir desse

momento, três situações podem ser observadas:

a) carga próxima à adequada: o avaliado realiza a série, porém, possui

dificuldade ao atingir as últimas repetições estipuladas;

b) carga excessivamente elevada: o avaliado possui dificuldades ao realizar

as repetições e não apresenta aptidão para completar a série; e

c) carga excessivamente baixa: o avaliado possui facilidade ao realizar as

repetições.

A partir da observação peso/repetição na primeira tentativa, é ajustado o peso

para a realização da próxima série, sendo empregado um tempo de recuperação de

5-10 min, a partir desse momento, é requerida ao avaliado a execução de uma nova

tentativa. Adota-se esse processo até que o avaliado tenha competência para

realizar apenas o número de RM estabelecida. Não se deve ocorrer mais de três

tentativas sucessivas no teste de RM, pois os resultados podem ficar prejudicados

em decorrência da fadiga ocasionada pelo grande número de repetições. Caso o

teste não se conclua em até três tentativas é realizado um intervalo de no mínimo

24h. (GUEDES; GUEDES, 2006)

A justificativa para a opção de uso do teste de carga por repetição em

substituição ao teste de 1RM é que a eventual incidência de lesões e de

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desconforto muscular induzido pelo estresse do esforço físico realizado

deve ser menor com pesos submáximos que podem ser

movidos/levantados por maior número de repetições se comparados com

pesos máximos que podem ser movidos/levantados somente por uma única

repetição. Assim, quando se trata de crianças e adolescentes ou de adultos

que apresentam algum tipo de comprometimento do nível de

condicionamento físico talvez a opção mais indicada seja o teste de carga

por repetição máxima. (GUEDES; GUEDES; 2006 p. 435).

2 O EXPERIMENTO

2.1 Casuística e métodos

2.1.1 Condições ambientais

Após a aprovação do presente estudo pelo comitê de Ética e Pesquisa do

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium: número do parecer: 1.090.028,

data da relatoria 01/06/2015 (ANEXO A) e assinatura do Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (ANEXO B) pelas voluntárias, a pesquisa realizou-se com o

objetivo de investigar se existe diferença entre as correntes Russa e a FES no

fortalecimento muscular do quadríceps femoral de mulheres sedentárias.

O presente estudo foi realizado no Centro de Reabilitação Física Dom Bosco

– Clínica de Fisioterapia do Unisalesiano de Lins, em um período de 3 meses.

2.1.2 Amostra

A população alvo foi composta por dez mulheres, sedentárias, matriculadas

no curso de Fisioterapia do Unisalesiano de Lins, que não obtivessem um índice de

massa corpórea (IMC) maior que 30 indicando obesidade e que não realizaram

atividade física no período de realização do experimento.

2.1.3 Material

O presente estudo utilizou-se dos seguintes materiais:

a) esteira: utilizada para a realização do aquecimento. Cada participante foi

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submetida a uma caminhada leve de 5 minutos.

Figura 3: Esteira

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

b) cadeira extensora: utilizada para a realização do teste de Resistência

Máxima (RM). Cada voluntária se submeteu ao teste onde após a

colocação de um peso aleatório, esta, realizava dez repetições. Se a

mesma relatasse que o exercício estava leve, o peso era aumentado.

Caso o peso não estivesse adequado à participante, era realizado um

intervalo de 3 (três) minutos entre uma série e outra, não ultrapassando 3

(três) tentativas por dia, caso isso ocorresse era solicitado um intervalo de

24 horas. O intuito foi averiguar o máximo de carga suportada pela

participante do estudo em dez repetições.

Figura 4: Cadeira extensora

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015

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c) anilhas com valores de 2 Kg, 5 Kg, 10 Kg e 15 Kg.

d) corrente Russa: aparelho Sonophasys da marca Kld Biosistemas, modelo

EUS 0503, com as seguintes modulações: frequência portadora de 2.500

HZ, frequência muscular de 50 Hz, 50% para recrutamento de fibras

mistas, 9 segundos para o tempo de contração e de relaxamento e 3

segundos para rampa de subida e descida.

Figura 5: Gerador de corrente (Corrente russa)

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

e) FES: aparelho Endophasys da marca Kld Biosistemas, modelo NMS 0501,

com as seguintes modulações: largura de pulso de 300 µs, frequência

muscular de 50 Hz, 9 segundos para o tempo de contração e de

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relaxamento e 3 segundos para a rampa de subida e descida.

Figura 6: Gerador de corrente (FES)

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

f) gel condutor e fita adesiva: para a aplicação das correntes elétricas

g) fita métrica e caneta: para a realização da perimetria dos membros a

serem testados.

2.1.4 Procedimentos

As participantes foram submetidas à perimetria (todas as aferições foram

colhidas por uma única pesquisadora) para isso, encontrou-se a base superior da

patela, marcou-se o primeiro ponto, sendo colhidos os valores em 5 cm, 10 cm, 15

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cm, 20 cm e 25 cm, e ao teste de RM em cadeira extensora no período vespertino.

Após a coleta dos dados, foi realizado um sorteio randomizado cego, onde as

participantes foram divididas em dois grupos: Corrente Russa e FES, ambas com

cinco participantes. As aplicações foram realizadas em dez atendimentos, com início

no dia 31 de agosto de 2015 (não se realizando as aplicações em sábados,

domingos e feriado). Escolheu-se a perna dominante das participantes para a

aplicação das correntes elétricas, sendo o membro direito em todas elas. O

posicionamento dos eletrodos se deu nos músculos vasto lateral e vasto medial

como mostra a imagem a seguir:

Figura 7: Posicionamento dos eletrodos.

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

Posteriormente ao término das aplicações, duas participantes, sendo uma de

cada grupo, foram excluídas por possuírem três ou mais faltas, após isso, as demais

participantes foram novamente submetidas à perimetria e ao teste de RM em

cadeira extensora.

2.1.5 Análise estatística

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A análise estatística foi realizada através do teste ANOVA para análise da

variância dos dados e após a realização do mesmo foi realizado teste T de student

para as duas amostras presumindo variâncias equivalentes. Os resultados foram

demonstrados através do estudo comparativo entre os resultados pré e pós-

aplicação das correntes elétricas.

Tabela 1 – Valores em Kg dos testes de RM do grupo Russa

10RM Voluntaria 1 Voluntaria 2 Voluntaria 3 Voluntaria 4 Anova Test T

Pré Pós

15 20

20 25

10 15

15 20

0,1835

0,1339

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

A tabela acima mostra os dados das 4 participantes do grupo corrente russa e

a variação (ANOVA), de acordo com o resultado desse teste, observou-se que as

amostras são equivalentes, o resultado do teste T mostra que não há diferenças

estatisticamente comprovada no fortalecimento com corrente russa.

Tabela 2 – Valores em Kg dos testes RM do grupo FES

10RM Voluntaria 1 Voluntaria 2 Voluntaria 3 Voluntaria 4 Anova Test T

Pré Pós

15 22

10 20

10 10

10 15

0,4135

0,1130

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

A tabela acima mostra os dados das 4 participantes do grupo FES e a

variação (ANOVA), de acordo com o resultado desse teste, observou-se que as

amostras são equivalentes, o resultado do teste T mostra que não há diferenças

estatisticamente comprovada no fortalecimento com FES.

Quando comparado resultados de pós-intervenção no grupo de corrente russa

com o grupo FES encontrou-se o seguinte aspecto:

Tabela 3 – Comparação de Valores em Kg pós-intervenção entre grupos Corrente Russa e FES

Voluntaria 1 Voluntaria 2 Voluntaria 3 Voluntaria 4 Anova Teste t

Pós Russa Pós FES

20 22

25 20

15 10

20 15

0,1070

0,3728

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

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Baseado nessa tabela observa-se que não existe diferença estatisticamente

comprovada entre as formas de fortalecimento quando comparadas.

2.2 Resultados

A tabela 4 apresenta os valores referentes à perimetria realizada na perna

direita, antes e após a aplicação da Corrente Russa. Após a aplicação da corrente

observou-se um aumento no volume do membro.

Tabela 4 - Média dos valores da perimetria pré e pós a aplicação da corrente russa no membro direito.

Membro Direito Voluntária 1 Voluntária 2 Voluntária 3 Voluntária 4

Pré-Teste Pós-Teste

46 48,4

50,4 52,2

42,8 46,5

43 45,2

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

A tabela 5, demonstra os valores referentes a perimetria da perna esquerda,

porém, esta não foi submetida a corrente elétrica. Observou-se um leve aumento no

volume do membro, porém este gera várias suposições, uma delas é a fase fértil

(período menstrual), onde é notório que acarretará um edema (inchaço),

ocasionando um viés a este estudo. Ferreira et al. (2010) citam que os sintomas da

Síndrome Pré-menstrual são diversos, dentre eles os mais comumente encontrados

são: irritabilidade, alterações de humor, fadiga, mastalgia (dor na mama), edema

abdominal, enxaqueca e presença de edema de extremidades.

Tabela 5 - Média dos valores da perimetria no membro esquerdo pré e pós a aplicação da corrente russa no membro contralateral.

Membro Esquerdo Voluntária 1 Voluntária 2 Voluntária 3 Voluntária 4

Pré-Teste Pós-Teste

46 48,5

51,1 52,1

43 46,2

42,8 44,6

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

A tabela 6 expõe os valores referentes à perimetria realizada na perna direita,

antes e após a aplicação da FES. Após a aplicação da corrente observou-se um

aumento no volume do membro.

Tabela 6 - Média dos valores da perimetria pré e pós a aplicação da FES no membro direito. (continua)

Membro Direito Voluntária 1 Voluntária 2 Voluntária 3 Voluntária 4

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Pré-Teste Pós-Teste

39,6 46,3

50,3 53,9

43,1 44,8

40,2 42,8

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015. (conclusão)

A tabela 7, evidencia os valores referentes a perimetria da perna esquerda,

porém, esta não foi submetida a corrente elétrica. Observou-se um leve aumento no

volume do membro, o que também poderia ser explicado pelo período fértil.

Tabela 7 - Média dos valores da perimetria no membro esquerdo pré e pós a aplicação da FES no membro contralateral.

Membro Esquerdo Voluntária 1 Voluntária 2 Voluntária 3 Voluntária 4

Pré-Teste Pós-Teste

40,6 44,6

51,8 53,5

43,4 45

40,2 42,1

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

A tabela 8 sugere os valores em Kg do teste de 10RM em cadeira extensora

antes e após a aplicação da Corrente Russa na perna dominante (direita). Através

deste, notou-se que 100% das participantes tiveram um aumento na força muscular

da perna direita e de 25% no membro contralateral, desvelando assim, que a

corrente gerou um fortalecimento da musculatura.

Tabela 8 - Valores referentes ao teste de 10RM (Kg) em cadeira extensora pré e pós aplicação da corrente russa no membro direito. O membro esquerdo não sofreu intervenção.

Membro Direito

Voluntária 1 Voluntária 2 Voluntária 3 Voluntária 4

Pré-Teste Pós-Teste

15 20

20 25

10 15

15 20

Membro Esquerdo

Pré-Teste Pós-Teste

15 15

20 20

10 15

15 15

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

A tabela 9 demonstra os valores em Kg do teste de 10RM em cadeira

extensora antes e após a aplicação da FES na perna dominante (direita). Através

deste, notou-se que 75% das participantes tiveram um aumento na força muscular

de ambos os membros. Porém, quando observamos os valores em Kg, podemos

identificar um aumento significativo do membro testado para o membro contralateral,

desvelando que a corrente elétrica gerou um fortalecimento a musculatura.

Tabela 9 - Valores referentes ao teste de 10RM (Kg) em cadeira extensora pré e pós aplicação da FES no membro direito. O membro esquerdo não sofreu intervenção. (continua)

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Membro Direito

Voluntária 1 Voluntária 2 Voluntária 3 Voluntária 4

Pré-Teste Pós-Teste

15 22

10 20

10 10

10 15

Membro Esquerdo

Pré-Teste Pós-Teste

15 20

10 15

10 10

5 10

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015. (conclusão)

A tabela 10 apresenta os valores individuais referentes ao aumento

percentual da força do membro dominante submetido à aplicação da EENM,

mensurado através do teste de 10RM. Por meio destes dados obteve-se a média de

cada grupo, observando que a FES obteve um maior desempenho comparado a

corrente russa.

Tabela 10 - Porcentagem de força por 10RM

Força por RM

Voluntária 1 Voluntária 2 Voluntária 3 Voluntária 4 Média

Corrente Russa FES

33% 47%

25% 100%

50% 0%

33% 50%

35,4% 49,2%

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

2.3 Discussão

O treinamento de força é um dos métodos utilizados para a melhora da

performance em atletas e por pessoas que buscam saúde e estética, assim cada

vez mais este assunto vem sendo investigado e estudado. Dentre as diversas

maneiras de trabalhar o fortalecimento muscular, a EENM é um dos recursos que,

desde o século XVIII, vem sendo empregada no campo terapêutico. No entanto

existem dúvidas se somente esse recurso seria eficaz no treino de força ou se o

mesmo atuaria como um auxílio aos exercícios físicos (SILVA et. al, 2007). Assim o

objetivo do presente estudo foi averiguar o fortalecimento por meio da aplicação da

EENM.

O motivo para o uso da EENM é que a mesma pode produzir a capacidade de

contração máxima do músculo, visto que os indivíduos não são capazes de ativar o

músculo ao máximo em uma contração voluntária (ENOKA, 2000).

Prentice (2002) afirma que a estimulação elétrica para fortalecimento

muscular tem proporcionado resultados satisfatórios em atletas com desnervação ou

fraqueza de um grupo muscular.

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No estudo de Guirro; Nunes; Davini (2000) foram utilizados dois protocolos de

EENM, um de baixa frequência e outro de média frequência aplicados no músculo

quadríceps de mulheres sem histórico de disfunção ósteo-mio-articular do membro a

ser analisado, por 5 dias consecutivos, durante 3 semanas, com a aplicação de 30

minutos diários, totalizando 15 sessões, os resultados obtidos demostraram que a

estimulação elétrica foi capaz de promover o aumento da força do músculo

quadríceps tanto em baixa frequência quanto em média frequência.

Silva et.al (2007) em seu estudo avaliaram o fortalecimento muscular por

meio de dois grupos, em um deles associou-se a EENM de média frequência ao

treinamento de força, no outro, apenas o treinamento de força em membros

inferiores. O estudo foi realizado em 8 (oito) semanas, com atividades sendo

realizadas de segundas, quartas e sextas-feiras, para tanto utilizou-se apenas dois

exercícios de musculação, Leg Press e a Cadeira Extensora. Para o grupo onde

associou-se a EENM de média frequência foi utilizado os seguintes parâmetros, 120

Hz, contrações de 9 seg., 3 seg. de tempo off e a intensidade era ajustada de acordo

com a sensibilidade do participante. O resultado do presente estudo demonstrou que

o treinamento de força associado à EENM promoveu um maior fortalecimento na

musculatura comparado a aqueles que não a utilizaram. Tal estudo corrobora com

os achados deste, pois o mesmo promoveu o fortalecimento induzido por meio das

correntes de baixa e média frequência, porém não houve a associação do

treinamento de força.

Soares, Pagliosa e Oliveira (2002) em seu estudo compararam o uso da

estimulação elétrica neuromuscular de baixa frequência com a de média frequência

para verificar o ganho de força de preensão palmar através da aplicação das

mesmas. Os resultados demostraram que ocorreu um aumento de 8,7% de força

muscular com o grupo de baixa frequência, já no outro grupo submetido a corrente

de média frequência obteve-se um aumento de 22,75% de força muscular. Deste

modo concluíram que a utilização de corrente de média frequência proporciona um

melhor ganho de força em relação a de baixa frequência.

Gertrudes Neto (2007), em seu estudo comparou a aplicação de estimulação

elétrica funcional (FES) ao exercício de contração voluntária máxima (CVM) no

ganho de força muscular da preensão palmar. O grupo de treino de força através da

FES realizaram 30 contrações por dia, com frequência de 80 Hz e duração de 400

µs com intensidade da corrente de acordo com a tolerância máxima de cada

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participante. O grupo de CVM utilizaram 70 % de 1RM, onde cada individuo realizou

3 séries de 10 contrações musculares com força máxima. Os resultados

demonstraram que ocorreram diferenças significativas na força muscular entre os

participantes de cada grupo de acordo com o sexo, porém não existiu diferença nos

indivíduos do mesmo gênero entre os distintos grupos. Concluindo que, ambos os

métodos são igualmente eficazes para o aumento de força muscular da preensão

palmar.

Lianza (2007) afirma que a aplicação da FES no quadríceps de pacientes

portadores de gonartrose pode contribuir para melhorar o trofismo e a potência deste

músculo diminuindo o quadro álgico no joelho, confirmando assim, que esse tipo de

corrente pode ajudar no processo de fortalecimento.

No presente estudo pode-se constatar que a utilização da EENM tanto em

baixa frequência (FES) quanto em média frequência (Russa) foi capaz de promover

ganho de força muscular, sendo que ocorreu um aumento significativo em todas as

voluntárias submetidas à corrente russa (100%) e a FES (75%).

Romero (apud ROBINSON, SNYDER-MACKLER, 2001, p. 126) “compararam

a EENM a um grupo controle sem exercício [...] e registraram um aumento

significativo no grupo de estimulação muscular”, demonstrando que este recurso

seria tão eficaz quanto os exercícios no processo de fortalecimento muscular.

Um dos tipos de EENM utilizada para gerar a contração muscular é a FES.

Essa corrente recruta as fibras musculares de forma sincronizada provocando a

contração da musculatura que, por sua vez, faz o movimento funcional do membro.

Assim, segundo Cuccurullo et al.; Low e Reed (apud BARION, LISBOA, 2006, p. 10)

“a FES pode promover fortalecimento muscular mesmo sem ação voluntária do

musculo e a manutenção da massa muscular”.

Quando abordado sobre o posicionamento dos eletrodos durante a aplicação

da corrente no músculo quadríceps femoral, Ferreira et, al. 2008 encontraram por

meio de pesquisas nas bases de dados Medline, Scielo e Lilacs um total de 14

artigos que descreviam o posicionamento dos eletrodos no músculo da coxa.

Concluíram que 35,7% dos artigos publicados utilizaram os músculos vasto medial e

vasto lateral para a colocação dos eletrodos, corroborando com os achados deste.

Segundo Lazari (2000) as divergências encontradas nos resultados das

pesquisas quanto à efetividade da EENM em produzir o fortalecimento muscular,

podem estar relacionadas aos distintos parâmetros e protocolos utilizados, aos

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procedimentos de avaliação, treinamentos variados e diferentes grupos musculares

testados.

Guedes; Guedes (2006) afirmam que a utilização de cargas elevadas para a

realização do teste de 1RM nem sempre é indicada, visto que, se o indivíduo não

estiver habituado com esforço físico poderá ocorrer lesões ou incômodos

musculares. Deste modo, indica-se a utilização de teste de carga submáxima com

várias repetições.

A realização de teste por repetições máximas demanda menor tempo de

realização e menor desgaste físico, sendo mais prática a sua execução, para sua

determinação, é solicitado do avaliado que este, realize o movimento em ritmo

constante e sem interrupção com uma carga submáxima o máximo de repetições

possíveis (GUEDES; GUEDES, 2006). O que se assemelha ao presente estudo,

pois o mesmo foi realizado com mais de uma repetição máxima.

2.4 Conclusão

Após a análise estatística dos resultados obtidos verificou-se que não houve

alterações significativas no fortalecimento da musculatura através das correntes

elétricas, porém por meio da análise dos dados referentes à porcentagem de

aumento de força (através da técnica 10RM), observou-se que a corrente FES teve

uma melhor condição de fortalecimento muscular com 49,2% de efetividade em

relação à corrente russa que apresentou 35,4%.

Propõe-se que novos estudos sejam realizados, com maior número de

participantes, com a utilização do eletromiógrafo para à análise dos dados,

confirmando assim a eficiência da EENM no fortalecimento da musculatura.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Valores referentes à perimetria em perna direita pré e pós-aplicação da Corrente Russa.

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

APÊNDICE B – Valores referentes à perimetria em perna esquerda pré e pós-

aplicação da Corrente Russa no membro contralateral.

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

46

50,4

42,8 43

48,4

52,2

46,5 45,2

0

10

20

30

40

50

60

VOLUNTÁRIA1

VOLUNTÁRIA2

VOLUNTÁRIA3

VOLUNTÁRIA4

Val

or

em

cm

PERNA DIREITA PRÉ-TESTE

PERNA DIREITA PÓS-TESTE

46

51,1

43 42,8

48,5 52,1

46,2 44,6

0

10

20

30

40

50

60

VOLUNTÁRIA1

VOLUNTÁRIA2

VOLUNTÁRIA3

VOLUNTÁRIA4

Val

or

em

cm

PERNA ESQUERDA PRÉ-TESTE

PERNA ESQUERDA PÓS-TESTE

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APÊNDICE C – Valores referentes à perimetria em perna direita pré e pós-aplicação

da FES.

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015

APÊNDICE D – Valores referentes à perimetria em perna esquerda pré e pós-aplicação da FES no membro contralateral.

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015

39,6

50,3

43,1 40,2

46,3

53,9

44,8 42,8

0

10

20

30

40

50

60

VOLUNTÁRIA1

VOLUNTÁRIA2

VOLUNTÁRIA3

VOLUNTÁRIA4

Val

or

em

cm

PERNA DIREITA PRÉ-TESTE

PERNA DIREITA PÓS-TESTE

40,6

51,8

43,4 40,2

44,6

53,5

45 42,1

0

10

20

30

40

50

60

VOLUNTÁRIA1

VOLUNTÁRIA2

VOLUNTÁRIA3

VOLUNTÁRIA4

Val

or

em

cm

PERNA ESQUERDA PRÉ-TESTE

PERNA ESQUERDA PÓS-TESTE

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APÊNDICE E – Valores referentes ao teste de RM em cadeira extensora na perna direita pré e pós-aplicação da Corrente Russa.

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015

APÊNDICE F – Valores referentes ao teste de RM em cadeira extensora na perna esquerda pré e pós-aplicação da Corrente Russa no membro contralateral.

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015

15

20

10

15

20

25

15

20

0

5

10

15

20

25

30

VOLUNTÁRIA1

VOLUNTÁRIA2

VOLUNTÁRIA3

VOLUNTÁRIA4

Val

or

em

Kg

PERNA DIREITA PRÉ-TESTE

PERNA DIREITA PÓS-TESTE

15

20

10

15 15

20

15 15

0

5

10

15

20

25

VOLUNTÁRIA1

VOLUNTÁRIA2

VOLUNTÁRIA3

VOLUNTÁRIA4

Val

or

em

Kg

PERNA ESQUERDA PRÉ-TESTE

PERNA ESQUERDA PÓS-TESTE

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APÊNDICE G – Valores referentes ao teste de RM em cadeira extensora na perna direita pré e pós-aplicação da FES.

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015

APÊNDICE H – Valores referentes ao teste de RM em cadeira extensora na perna esquerda pré e pós-aplicação da FES no membro contralateral.

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

15

10 10 10

22

20

10

15

0

5

10

15

20

25

VOLUNTÁRIA1

VOLUNTÁRIA2

VOLUNTÁRIA3

VOLUNTÁRIA4

Val

or

em

Kg

PERNA DIREITA PRÉ-TESTE

PERNA DIREITA PÓS-TESTE

15

10 10

5

20

15

10 10

0

5

10

15

20

25

VOLUNTÁRIA1

VOLUNTÁRIA2

VOLUNTÁRIA3

VOLUNTÁRIA4

Val

or

em

KG

PERNA ESQUERDA PRÉ-TESTE

PERNA ESQUERDA PÓS-TESTE

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APÊNDICE I – Valores referentes à porcentagem de hipertrofia por RM.

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

APÊNDICE J – Valores referentes à média de hipertrofia por RM.

Fonte: Autoras da pesquisa, 2015.

33%

25%

50%

33%

47%

100%

0%

50%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

1 2 3 4

CORRENTE RUSSA

FES

35,4

49,2

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

CORRENTE RUSSA FES

Média

CORRENTE RUSSA

FES

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ANEXOS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO

AUXILIUM - UNISALESIANO/SP

UF: SP

Telefone: (18)3636-5252

Município: ARACATUBA

CEP: 16.016-500

E-mail: [email protected] Fax: (18)3636-5252

Página 1 de 02

Endereço: Rodovia Teotônio Vilela 3821

Bairro: Alvorada

Anexo A – Parecer Consubstanciado do CEP

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Título da Pesquisa: Comparação entre Corrente Russa e FES no fortalecimento do músculo quadríceps de mulheres sedentárias

Pesquisador: Marco Aurélio Gabanela Schiavon

Área Temática:

Versão: 1

CAAE: 45197615.3.0000.5379

Instituição Proponente: MISSAO SALESIANA DE MATO GROSSO

Patrocinador Principal: Financiamento Próprio

DADOS DO PARECER

Número do Parecer: 1.090.028

Data da Relatoria: 01/06/2015

Apresentação do Projeto:

O estudo tem como tema, Comparação entre Corrente Russa e FES no fortalecimento do

músculo quadríceps de mulheres sedentárias.

Objetivo da Pesquisa:

Objetivos claros e bem dimensionados

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

Os riscos e benefícios foram apresentados de forma satisfatória

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

Projeto em conformidade com a Resolução 466/2012.

Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

Todos os termos de apresentação obrigatória contemplados.

Recomendações:

Nada a recomendar.

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

Projeto em condições de aprovação.

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Endereço: Rodovia Teotônio Vilela 3821

Bairro: Alvorada

UF: SP

Telefone: (18)3636-5252

Município: ARACATUBA

CEP: 16.016-500

E-mail: [email protected] Fax: (18)3636-5252

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO

AUXILIUM - UNISALESIANO/SP

Continuação do Parecer: 1.090.028

Situação do Parecer:

Aprovado

Necessita Apreciação da CONEP:

Não

Considerações Finais a critério do CEP:

ARACATUBA, 01 de Junho de 2015

Assinado por:

CLAUDIA LOPES FERREIRA

(Coordenador)

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Anexo B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – CEP / UniSALESIANO (Resolução nº 466 de 12/12/12 – CNS)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE OU RESPONSÁVEL LEGAL

1. Nome do Paciente:

Documento de Identidade nº

Sexo:

Data de Nascimento:

Endereço:

Cidade: U.F.

Telefone:

CEP:

1. Responsável Legal:

Documento de Identidade nº

Sexo: Data de Nascimento:

Endereço:

Cidade: U.F.

Natureza (grau de parentesco, tutor, curador, etc.):

II – DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA

1. Título do protocolo de pesquisa: Comparação entre a Corrente Russa e a FES no fortalecimento do músculo quadríceps de mulheres sedentárias.

2. Pesquisador responsável: Marco Aurélio Gabanela Schiavon

Cargo/função: Professor e Supervisor de Estágio

Inscr.Cons.Regional: Crefito: 72653-F

Unidade ou Departamento do Solicitante: Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium- UNISALESIANO – Lins/SP

3. Avaliação do risco da pesquisa: (probabilidade de que o indivíduo sofra algum dano como conseqüência imediata ou tardia do estudo). SEM RISCO RISCO MÍNIMO RISCO MÉDIO RISCO MAIOR

Rod. Teotônio Vilela, 3.821 – Jardim Alvorada – Cx. P 1007 – 16016-500 Araçatuba – SP www.unisalesiano.edu.br E-mail: [email protected] - fone: (18) 3636-5252

MISSÃO SALESIANA DE MATO GROSSO CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO

AUXILIUM – UNISALESIANO DE ARAÇATUBA - S.P.

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4. Justificativa e os objetivos da pesquisa (explicitar): Justificativa: A fala de literatura específica que determine com exatidão a diferença no fortalecimento muscular com correntes elétricas. Objetivos: Comparar a efetividade entre a Corrente Russa e a FES quando relacionada ao fortalecimento da musculatura e especificar as diferenças entre as duas correntes e suas formas de aplicação.

5. Procedimentos que serão utilizados e propósitos, incluindo a identificação dos procedimentos que são experimentais: (explicitar) Trata-se de uma pesquisa experimental com abordagem quantitativa. Condições Ambientais: Centro de Reabiliitação Física Dom Bosco, semanalmente, com duração de 25 (vinte e cinco) minutos. Sujeitos: Mulheres, sedentárias, devidamente matriculadas no curso de Fisioterapia do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (UNISALESIANO), de Lins/SP. Procedimentos: - Avaliação da força muscular das voluntárias por meio do Teste de Repetição Máxima (teste de 10RM). - Aplicação da Corrente Russa e FES. - Reavaliação da força muscular após o programa de intervenção fisioterapêutica por meio do teste de 10RM. Será realizado no Centro de Reabilitação Física Dom Bosco; semanalmente, com duração de 25 minutos. Participarão do estudo, 10 voluntárias, divididas em dois grupos, Corrente Russa e FES. A força muscular será avaliada por meio do teste de 10RM antes da aplicação das correntes e ao final do programa de fortalecimento. Análise estatística: A análise e os resultados serão demonstrados através do estudo comparativo entre os resultados pré e pós-aplicação das correntes elétricas.

Análise dos dados: Descritiva e quantitativa, mediante apresentação dos resultados que serão analisados, tabulados e discutidos para poder chegar a uma conclusão final.

6. Desconfortos e riscos esperados: (explicitar) Riscos: Queimaduras e fadigas, porém se houver serão mínimas, sendo necessária a exclusão imediata da participante.

7. Benefícios que poderão ser obtidos: (explicitar) Com a realização deste trabalho, o tratamento de nossos pacientes poderá ser realizado de forma mais correta, aplicando neste, somente o que for necessário.

8. Procedimentos alternativos que possam ser vantajosos para o indivíduo: (explicitar) Não se aplica.

9. Duração da pesquisa: 3 meses.

10. Aprovação do Protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética para análise de projetos de pesquisa em / /

III - EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO PACIENTE OU SEU REPRESENTANTE LEGAL

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1. Recebi esclarecimentos sobre a garantia de resposta a qualquer pergunta, a qualquer dúvida acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados com a pesquisa e o tratamento do indivíduo.

2. Recebi esclarecimentos sobre a liberdade de retirar meu consentimento a qualquer momento e deixar de participar no estudo, sem que isto traga prejuízo à continuação de meu tratamento.

3. Recebi esclarecimento sobre o compromisso de que minha identificação se manterá confidencial tanto quanto a informação relacionada com a minha privacidade.

4. Recebi esclarecimento sobre a disposição e o compromisso de receber informações obtidas durante o estudo, quando solicitadas, ainda que possa afetar minha vontade de continuar participando da pesquisa.

5. Recebi esclarecimento sobre a disponibilidade de assistência no caso de complicações e danos decorrentes da pesquisa.

Observações complementares.

IV – CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO

Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido (a) pelo pesquisador

responsável e assistentes, conforme registro nos itens 1 a 5 do inciso IV da

Resolução 466, de 12/12/12, consinto em participar, na qualidade de participante da

pesquisa, do Projeto de Pesquisa (colocar o nome do projeto de pesquisa).

________________________________ Local, / / . Assinatura

_______________________________ Testemunha Nome: Endereço: Telefone: R.G:

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____________________________________ Testemunha Nome: Endereço: Telefone: R.G: