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COMO ELABORAR PROJETOS DE SINALIZAÇÃO Conceitos Gerais Os conceitos e tópicos desenvolvidos neste item aplicam-se igualmente à sinalização para usuários de veículos motorizados e pedestres, sendo apresentados separadamente em projetos específicos para as duas modalidades de circulação. No caso da sinalização para pedestres, a metodologia adotada é válida tanto para núcleos urbanos e áreas rurais, quanto para sítios protegidos. Neste Guia, os exemplos apresentados para circulação de pedestres enfocam os sítios protegidos pela legislação de patrimônio cultural, em função de sua maior complexidade e das restrições quanto a possibilidade de intervenção, sendo também recomendada sua aplicação para os demais locais de interesse turístico. A utilização de um sistema de sinalização, principalmente em áreas externas – de grande trânsito de público – pode ser considerada a forma mais democrática, e muitas vezes a mais eficiente, para transmitir as informações interpretadas. Entre os tipos de placas de sinalização determinados pela legislação de trânsito, a categoria das placas indicativas orienta a circulação para veículos e para pedestres, no que diz respeito à identificação das vias, dos destinos e dos locais de interesse, bem como à indicação de direções, distâncias e serviços auxiliares, podendo também ter função educativa. Neste Guia, as placas indicativas para pedestres são classificadas em direcionais e interpretativas. 5.1.1. Padronização As placas que constituem a Sinalização de Orientação Turística

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COMO ELABORAR PROJETOS DE SINALIZAÇÃO

Conceitos Gerais

Os conceitos e tópicos desenvolvidos neste i tem apl icam-se igualmente à sinal ização para usuários de veículos motorizados e pedestres, sendo apresentados separadamente em projetos específ icos para as duas modalidades de circulação.

No caso da sinal ização para pedestres, a metodologia adotada é vál ida tanto para núcleos urbanos e áreas rurais, quanto para sít ios protegidos. Neste Guia, os exemplos apresentados para circulação de pedestres enfocam os sít ios protegidos pela legislação de patr imônio cultural, em função de sua maior complexidade e das restr ições quanto a possibi l idade de intervenção, sendo também recomendada sua apl icação para os demais locais de interesse turíst ico.

A ut i l ização de um sistema de sinal ização, principalmente em áreas externas – de grande trânsito de públ ico – pode ser considerada a forma mais democrática, e muitas vezes a mais ef iciente, para transmit ir as informações interpretadas.

Entre os t ipos de placas de sinal ização determinados pela legislação de trânsito, a categoria das placas indicativas orienta a circulação para veículos e para pedestres, no que diz respeito à identi f icação das vias, dos destinos e dos locais de interesse, bem como à indicação de direções, distâncias e serviços auxi l iares, podendo também ter função educativa.

Neste Guia, as placas indicativas para pedestres são classif icadas em direcionais e interpretat ivas.

5.1.1. Padronização

As placas que consti tuem a Sinal ização de Orientação Turíst ica devem obedecer a um conjunto de cri tér ios que objet ivem garantir sua imediata identi f icação e a correta assimilação das mensagens que veiculam.

A padronização de cores e formas, o cumprimento dos parâmetros de dimensionamento e de composição dos elementos gráf icos e a obediência aos princípios de apl icação das placas garantem a ef icácia da sinal ização e devem ser cr i ter iosamente observados.

5.1.2. Tipos de placas

Tanto a si tuação de trânsito de veículos quanto a de deslocamentos a pé exigem, em momentos diferenciados, informações específ icas que atendam às necessidades imediatas, inerentes ao contexto em que se encontra o visi tante.

Em algum momento, torna-se premente a indicação da melhor direção a seguir; em outros, a informação sobre a distância a ser percorr ida até determinado destino ou a confirmação de ter chegado a ele. Outras si tuações requerem, ainda, t ipo e quantidade de informações

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diferenciadas, que propiciem f luidez e segurança de trânsito ou que transmitam detalhes sobre a região e seus atrat ivos.

Sucedem-se assim diferentes demandas, às quais estão associadas placas de Sinal ização de Orientação Turíst ica, agrupadas pelo t ipo de solução requerida:

• Placa de Identi f icação de Atrat ivo Turíst ico• Placa Indicativa de Direção• Placa Indicativa de Distância• Placa Interpretat iva

5.1.3. Critérios de seleção e ordenamento das mensagens

Ao contrário da sinal ização vert ical de regulamentação e advertência, a sinal ização de orientação de atrat ivos turíst icos não perde a ef icácia quando colocada em maior quantidade. Entretanto, devem ser tomados cuidados especiais para preservar o local a ser sinal izado, evitando-se a poluição visual ou interferência com o patr imônio, causadas pelo seu uso demasiado.

No desenvolvimento do projeto também é levado em conta o alcance de cada mensagem para, em seguida, ser definido a part ir de que ponto os atrat ivos que compõem o Sistema Referencial Turíst ico passam a ser ut i l izados nas placas de sinal ização.

Outro aspecto importante a ser considerado diz respeito à quantidade de informações contidas em cada placa ou num grupo de placas próximas, devendo sempre ser compatível com a capacidade de lei tura e de fáci l assimilação pelos usuários.

Para a definição da seqüência das mensagens nas placas, consti tuindo o Sistema de Orientação para o tur ista, é necessário estabelecer uma metodologia de forma a manter o encadeamento das informações desde o início da abrangência de cada ponto turíst ico até seu destino f inal. Essa metodologia compreende uma série de procedimentos a serem seguidos na anál ise das informações que compõem a Sinal ização de Orientação Turíst ica, abordando os aspectos que norteiam a seqüência das mensagens.

Alguns aspectos a serem observados referem-se à necessidade de assegurar ao usuário, por exemplo:

• rotas turíst icas que permitam conhecer o maior número de locais seqüencialmente;• rotas diferenciadas para deslocamentos motorizados e a pé;• maior número de informações com o menor número de mensagens nas placas; • continuidade das mensagens nas placas até seu destino f inal;• condições de reconhecer o local quando este já t iver sido alcançado.

Outros aspectos a serem considerados referem-se aos cri tér ios para seleção das mensagens. De forma geral, na fase de transição do plano funcional para o projeto de sinal ização de orientação turíst ica, duas situações típicas podem ocorrer:

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• quando existe a necessidade de el iminar mensagens – nesses casos crít icos, a seleção obedece à hierarquização dos referenciais, com prior idade seqüencial àqueles de nível mais importante para os de menor interesse;• quando existe a necessidade do acréscimo de mensagens – ocorre, em geral, quando há necessidade de composição de placas num mesmo campo visual, sendo uti l izadas mensagens constantes nos l inks imediatamente posteriores, desde que essas sejam compatíveis com a hierarquização dos referenciais e, preferencialmente, referentes aos níveis de maior importância.

Como princípio básico, para garantir uma correta orientação é necessária a homogeneidade da informação no que diz respeito ao conteúdo e à composição visual. A toponímia ut i l izada permanece constante em todos os t ipos de placas previstas, com variação apenas na apresentação da mensagem. Na maior parte das situações, são usadas as letras iniciais maiúsculas e as restantes minúsculas, uma vez que esta forma permite melhor lei tura da informação. Em outras si tuações específ icas, a legenda é apresentada com letras maiúsculas, para uso restr i to aos casos em que o topônimo é consti tuído por siglas, como por exemplo, MASP (Museu de Arte de São Paulo).

Para que os deslocamentos relacionados às mensagens de maior alcance efet ivamente ocorram da forma desejada, deve ser prevista a repetição das informações a intervalos regulares, de maneira que não gere dúvidas para o usuário.

PROJETO PARA CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES

5.3.1. Projeto Preliminar

OProjeto Prel iminar é desenvolvido a part ir do Plano Funcional e deve considerar os aspectos referentes à padronização, aos t ipos de placas e aos cri tér ios de seleção e ordenamento das mensagens. Nessa fase são definidas todas as informações constantes das placas, como referenciais, direções e conteúdos interpretat ivos, necessários para que os usuários tenham acesso e conhecimento dos diferentes atrat ivos existentes no local.

No que diz respeito à continuidade das mensagens e à compatibi l ização com o Programa de Orientação de Tráfego - POT Local, devem ser consideradas as mesmas recomendações dos i tens 5.2.1.1 e 5.2.1.2 .

Paralelamente ao planejamento gráf ico e de textos, diretamente relacionados ao local de instalação e aos t ipos de placa a serem uti l izados, deve ocorrer o estudo para a definição dos cri tér ios de colocação das placas.

As placas apresentadas no i tem 5.3.2 Detalhamento das Placas possuem variações de tamanho para melhor se adequar aos espaços disponíveis e à quantidade de informações necessárias.

5.3.1.1. Diretrizes

Conforme mencionado nos conceitos gerais, recomenda-se que a Sinal ização de Orientação Turíst ica para Pedestres seja adotada em áreas urbanas ou rurais, pr incipalmente naquelas reconhecidas como patr imônio cultural por meio de legislação específ ica.

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Vale ressaltar que o patr imônio cultural é o conjunto de manifestações imateriais, bens históricos, artíst icos, naturais e arqueológicos com l inguagem própria e que definem a identidade de um povo, podendo ser consagrado pela população, ou of icialmente, por meio do tombamento. Com a part icipação efet iva da sociedade, é possível conhecer, valorizar e preservar esse patr imônio.

Para compreendê-lo, é preciso que seja apresentado de maneira clara e acessível, tanto para os tur istas quanto para os habitantes locais. Essa apresentação pode ocorrer de diversas maneiras, entre as quais, destacam-se as placas de sinal ização para pedestres, do t ipo direcionais e interpretat ivas.

As placas direcionais são fundamentais no processo de informação e sensibi l ização do visi tante, permit indo que ele se local ize com faci l idade e real ize o maior número possível de deslocamentos a pé, em roteiros de visi tação estruturados, conforme detalhamento apresentado no i tem 3.2.1.2 - Definição de Caminhos Turíst icos para Pedestres.

As placas interpretat ivas comunicam de forma planejada os signif icados do patr imônio cultural e natural, cr iando e transmit indo uma experiência singular ao visi tante.

A Sinal ização de Orientação Turíst ica para pedestre deve ser art iculada a outras formas de comunicação, integrada a um planejamento que garanta a coerência entre os roteiros sinal izados, os mapas e as publ icações, a local ização dos serviços de informações etc.

Antes de tudo, porém, deve-se estabelecer os cr i tér ios que determinam a real necessidade de cada placa, de forma a não faltar informações importantes, nem haver excesso de “objetos” na área. Quando coexist irem as duas modalidades de circulação - veículos e pedestres - deve ser dada prior idade à colocação de placas para atender aos usuários de veículos, uma vez que essa sinal ização permite a lei tura pelos pedestres, e não o contrário.

Mesmo considerando que a sinal ização deva atrair os visi tantes, estes raramente f icam parados tempo suficiente para ler e absorver completamente toda a mensagem de uma placa. Assim, é recomendável a produção e a oferta de outros meios de informação a serem art iculados às várias etapas que compõem a implantação da Sinal ização de Orientação Turíst ica.

A implantação da sinal ização para pedestres deve respeitar a real idade local, sendo, portanto, necessário que se desenvolva um projeto específ ico para cada situação. Este Guia contém exemplos de projeto para área urbana protegida e para sít ios arqueológicos e naturais, recomendando sua apl icação aos demais casos. A sinal ização interpretat iva e direcional deve ser padronizada para toda área de intervenção.

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Projeto Prel iminar – Pedestre   - cl ique para ampliar

5.3.2. Detalhamento das placas

5.3.2.1. Placas Direcionais

Devem ser f ixadas nos logradouros públ icos e em locais de distr ibuição de f luxos, possibi l i tando maior interação do visi tante com o lugar e sensível redução do trânsito de veículos na área. De acordo com os interesses locais, essas placas podem criar caminhos alternativos, favorecendo o comércio e outros serviços específ icos, proporcionando ainda maior visibi l idade às atrações pouco visi tadas.

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Sempre que possível, devem uti l izar o mesmo suporte que as placas de sinal ização de trânsito, de forma a minimizar a poluição e a obstrução visual dos bens culturais.

Há casos ainda, em que deve-se aproveitar as placas de sinal ização para usuários de veículos para informar os pedestres sobre os atrat ivos, evitando-se o excesso de placas.

Dica Nos casos em que a sinal ização de orientação de tráfego e de orientação de pedestres coexist irem num mesmo ponto, deve-se ter um cuidado especial no sentido de evitar que o usuário de veículo motorizado uti l ize erradamente a sinal ização voltada para o pedestre, infr ingindo por exemplo regras de sentido de circulação, uma vez que, para as viagens a pé os caminhos são definidos independentemente dessa condição.

Cores e formas

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As placas direcionais devem obedecer a padrões estabelecidos, visando atender às premissas de identi f icação imediata e assimilação correta de seu conteúdo.

Devem ainda corresponder à identidade visual apl icada à sinal ização para ocupantes de veículos, variando em aspectos específ icos que permitam imprimir a necessária dist inção entre essas duas modalidades de circulação. Contudo, devem guardar semelhanças que as relacionem e as identi f iquem como integrantes do mesmo grupo da Sinal ização de Orientação Turíst ica.

Por ser uma placa vert ical, deve ter a superfície de informação plana para garantir uma boa lei tura. Contudo, possui detalhe em curva, na faixa horizontal superior, estabelecendo um vínculo com as placas interpretat ivas, que apresentam superfície curva, conforme i tem 5.3.2.2. As placas direcionais podem apresentar formato retangular ou quadrado, em função da quantidade de mensagens.

A cor marrom, antes associada ao fundo das placas para deslocamentos motorizados, é repetida neste t ipo de sinal ização, porém restr i ta à faixa horizontal curva, no topo. Para o fundo da placa é destinada a cor bege, proporcionando o requerido contraste com os elementos gráf icos que compõem as mensagens. Essas cores também são adotadas para as placas interpretat ivas.

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As especif icações de composição das cores adotadas encontram-se no detalhamento abaixo.

PANTONE QUADRICROMIA(CMYK)

4695   80% Magenta   100% Amarelo   70% Preto

155   10% Magenta   30% Amarelo

Mensagens

As mensagens devem ser organizadas de acordo com o percurso a ser indicado para os pedestres, em função dos roteiros adotados como prior i tár ios e da hierarquização das informações no Plano Funcional.

A seqüência de informações deve obedecer à ordem de saída para acesso aos atrat ivos, a part ir do ponto de local ização da placa, na via selecionada. Deve iniciar na parte superior da placa, com a indicação do ponto de saída mais próximo. As demais informações seguem a mesma lógica seqüencial, não implicando agrupamento de mensagens para um mesmo sentido.

Os topônimos a serem uti l izados devem corresponder àqueles definidos na sinal ização para usuários de veículos motorizados, visando a identi f icação homogênea dos atrat ivos nas modalidades de circulação tratadas neste Guia. No entanto, para as placas de circulação de pedestres, recomenda-se, preferencialmente, que sejam evitadas as abreviaturas. Nos casos extremos, onde for necessário abreviar, a toponímia adotada deve ser a mesma da sinal ização para usuários de veículos motorizados e, ainda ser repetida em todas as placas direcionais.

O número de informações não é um fator restr i t ivo como na sinal ização para usuários de veículos motorizados, em função do maior tempo disponível para lei tura das placas direcionais. Essa l imitação é vinculada à altura máxima da placa, indicada no i tem Dimensões .

Diagramação das mensagens

Parte Superior da Placa

• Identi f icada pela cor marrom, devendo constar a mensagem Rota de Pedestre, grafada na cor bege.

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• A fonte ou t ipo da letra adotada é Trajan , com letras iniciais maiúsculas e as demais também maiúsculas, em menor tamanho, cujo alfabeto está especif icado no i tem Dimensões .

• A letra tem corpo 185 equivalente a 5cm de altura da letra maiúscula de maior tamanho, também chamada caixa alta.

Parte Inferior da Placa

• Identi f icada pela cor bege, devendo constar as indicações dos atrat ivos e as setas de sentido, grafadas na cor preta.

• A fonte ou t ipo da letra adotada é Frutiger Roman , com letras iniciais maiúsculas e as demais minúsculas, cujo alfabeto está especif icado no i tem Dimensões .

• A letra tem corpo 160 equivalente a aproximadamente 4cm de altura da letra maiúscula. Quando houver informações complementares ao topônimo, deve ser adotada a mesma letra, no corpo 120 equivalente a aproximadamente 3cm de altura da letra maiúscula.

• O número de indicações de atrat ivos está vinculado ao tamanho das placas, sendo que a menor placa comporta no máximo quatro l inhas, que também é o l imite para indicação de cada topônimo. A maior placa comporta um máximo de oito l inhas, que podem ser distr ibuídas em um mínimo de dois topônimos, de no máximo quatro l inhas cada.

• O entrel inhamento varia em função dos níveis das informações, devendo obedecer as orientações mencionadas no i tem Dimensões , sendo menor na separação das l inhas de um mesmo topônimo e maior na separação de topônimos diferentes.

• As setas relat ivas a cada topônimo devem ser dispostas em espaços específ icos da placa, si tuados a sua direita ou a sua esquerda, acompanhando a direção do atrat ivo indicado.

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Setas

É o elemento que indica a direção a seguir para se at ingir os atrat ivos sinal izados. Recomenda-se o modelo da seta t ipo S-1, apresentado na Tabela 11, do i tem 5.2.2.4, com diagrama de construção no Anexo 4, adotado na sinal ização para usuários de veículos motorizados. Na sinal ização para pedestres, sua dimensão deve acompanhar o tamanho da letra maiúscula da fonte selecionada, conforme tabela abaixo.

Alinhamento

O texto deve acompanhar o al inhamento da seta, e esta deve estar sempre do mesmo lado da direção que indica o atrat ivo. A apl icação das setas deve obedecer as seguintes recomendações:

• Para cada mensagem deve haver uma seta correspondente.

• Independente das variações de sentido, as mensagens não devem ser separadas por tar jas.

• Quando houver mais de um sentido a ser sinal izado, indica-se, em primeiro lugar, aquele cujo ponto de saída situa-se mais próximo, seguindo essa seqüência para os demais.

• Os espaços laterais das placas são destinados para colocação das setas e o campo disponível entre eles é destinado aos topônimos. Esse campo corresponde à diferença entre a largura total da placa e os dois espaços laterais, medindo

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44cm.

• O al inhamento das mensagens é definido em função do posicionamento das setas. Quando ocorrer setas em lados opostos, as mensagens são al inhadas à direita ou à esquerda, conforme a direção indicada, não devendo avançar sobre os espaços laterais destinados às setas.

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• Quando a diagramação da placa apresentar setas em apenas um de seus lados, os topônimos podem avançar sobre a lateral oposta, inicialmente reservada para as setas.

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• No caso de exist ir um sentido em frente e outro lateral ou oblíquo, o posicionamento das setas e dos topônimos deve adotar o lado correspondente à direção lateral ou oblíqua indicada.

• Havendo três direções dist intas numa mesma placa, a seta de sentido em frente deve ser colocada na lateral referente à seta imediatamente anterior.

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• Nas situações em que o topônimo é extenso e a opção for grafá-lo em mais de uma l inha, dentro do l imite de quatro, o al inhamento deve ocorrer pelo lado da seta.

Dimensionamento

Placas

As placas direcionais são apresentadas em dois formatos, um quadrado e outro retangular. Nos dois casos, têm largura de 60cm e se dividem em duas partes, uma superior, com altura de 20cm, e outra inferior, com 66cm ou 40cm. A parte superior tem formato curvo, gerado a part ir de um círculo de 28cm de diâmetro.

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cl ique para ampliar

Mensagens

A divisão dos espaços das placas segue as medidas determinadas no diagrama abaixo:

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cl ique para ampliar

O entrel inhamento, espaço entre as l inhas de base das informações, deve obedecer a seguinte orientação:

• 8cm ou uma l inha de corpo 46 entre topônimos dist intos.

• 6cm ou corpo 160/190 para o entrel inhamento de um mesmo topônimo, quando há necessidade de dividi- lo em mais de uma l inha.

• 5cm ou corpo 120/140 para o entrel inhamento entre o topônimo principal e seu complemento, ou entre l inhas de seu complemento.

Os t ipos de letras adotados para o texto das mensagens são Trajanpara a parte

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superior e Frutiger Roman para a inferior , em tamanhos f ixos, para a Trajanadota-se a altura do corpo 185, equivalente a aproximadamente 5cm para a letra maiúscula maior e 3,6cm para a maiúscula menor. A Frutiger Roman ut i l iza o corpo 160, equivalente a aproximadamente 4cm para os topônimos principais e corpo 120, equivalente a 3cm aproximadamente, para as informações complementares, considerando sempre a altura da letra maiúscula.

Materiais

O material sugerido para confecção das placas é a chapa de alumínio de 2mm.

Como esta placa não apresenta mapas ou i lustrações, as informações visuais devem ser produzidas em vini l recortado ou, como segunda opção, em serigraf ia.

Fixação e suportes

As placas direcionais devem ser f ixadas, sempre que possível, no mesmo suporte das placas de trânsito, recomendando especial cuidado com a sua altura para evitar acidentes.

5.3.2.2 Placas interpretativas

As placas interpretat ivas são a tradução do conhecimento por meio de uma l inguagem prazerosa e de fáci l compreensão. Objet ivam enriquecer a vida das pessoas, apresentando-lhes algo em que pensar, lembrar ou explorar. Devem destacar e disseminar informações e tentar mudar comportamentos, ser atraentes e planejadas para durar, com estrutura resistente e conteúdo preciso.

É recomendável que a estrutura das placas leve em consideração as característ icas físicas do local, os meios de produção e os recursos f inanceiros disponíveis. Sua forma deve evidenciar uma interferência contemporânea, sem jamais tentar reproduzir um esti lo de época, principalmente no caso de cidades históricas. Sua dimensão deve ser proporcional ao conteúdo dos textos e i lustrações, preservando assim a relação com o entorno.

Todo o processo de planejamento deve prever diversas fases de revisão. Os textos, mapas, desenhos, gráf icos, fotos ou outro t ipo de i lustração, que compõem a estrutura da placa, devem ser apresentados em arte f inal para o fabricante, que deve produzir uma prova em papel, em tamanho natural, e um protót ipo da estrutura para últ ima revisão. Aconselha-se que tais condições sejam exigidas dos fornecedores por ocasião da cotação de preços e que o responsável pelo projeto de sinal ização acompanhe a produção e a implantação das placas.

Existem vários materiais que podem ser ut i l izados para a confecção de placas. Ao se planejar a sinal ização, deve-se pensar no material que melhor se adapte ao ambiente, nas condições tecnológicas de produção existentes e na disponibi l idade de recursos f inanceiros. Algumas possíveis alternativas para a fabricação de placas são: alumínio, pol icarbonato, f ibra de vidro, plást ico revert ido, metal, madeira e pedra.

A sinal ização interpretat iva exempli f icada neste Guia adotou o alumínio, o pol icarbonato, o vidro e o bronze para a confecção das placas. Os fatores preponderantes para a adoção do alumínio foram sua leveza visual,

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funcional idade, durabi l idade, resistência ao cl ima e faci l idade de l impeza. O pol icarbonato e o vidro também são resistentes e permitem cores e i lustrações i l imitadas. Além disso, interferem o mínimo possível na arquitetura ou no monumento sinal izado e suas superfícies danif icadas podem ser faci lmente reparadas. O bronze é usado unicamente nos bens tombados em nível federal, consti tuindo-se em um selo de identi f icação.

Planejamento do Texto

O texto, sempre que possível, deve estar dividido em blocos com títulos ou subtítulos, ser sintét ico, interessante e, de preferência, vir acompanhado de i lustrações que revelem situações importantes para a história, que não sejam óbvias, ou que o visi tante não perceba por si próprio. Nunca use i lustrações apenas como decoração.

A interpretação deve ser dir igida ao públ ico, pois os intérpretes tendem a interpretar para si mesmos, ou para seus pares. É preciso pensar em quem está no outro extremo dessa relação. Por isso, aconselha-se que o responsável pela sinal ização assuma o papel de visi tante, colocando-se em seu lugar, para perceber os problemas possíveis de serem encontrados e, então, tentar solucioná-los.

O planejamento do texto das placas deve cumprir as seguintes etapas:

• pesquisa; • hierarquização; • definição do que deve ser interpretado; • resumo das informações, definição de temas, tópicos e subtítulos; • redação de texto; • revisão e edição de texto; • padronização de vocabulário e nomenclaturas; • revisão f inal.

A sinal ização interpretat iva pode visar uma região, uma área, um sít io ou um monumento, devendo começar pela pesquisa, com vistas à hierarquização e à definição dos atrat ivos. Deve conter os elementos mais importantes e as manifestações mais representativas da local idade e acontecer na etapa inicial do planejamento geral do projeto.

A pesquisa ocorre em dois níveis: pesquisa da área e do sít io propriamente dito. A primeira é o inventário, que cobre a área geográfica maior e que é a destinação do visi tante ou sua rota de viagem, e pode incluir diversos sít ios. Neste momento identi f ica-se os melhores sít ios, com base nas possibi l idades de logíst ica, tais como acesso, manutenção e instalações.

A segunda consiste na exploração detalhada do sít io, permit indo a local ização de todos os atrat ivos al i existentes. Tal exploração se dá por meio do estudo dos registros históricos, do levantamento de pesquisas anteriores, de conversas com especial istas, historiadores ou antropólogos, por exemplo, e com os habitantes locais.

À medida em que as pesquisas são real izadas, a hierarquização dos atrat ivos acontece naturalmente, por meio da seleção de temas e tópicos potenciais, alcançando-se o nível de detalhamento que faz com que a interpretação seja signif icat iva para o públ ico.

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Após reunir informações e tomar decisões sobre o que deve ser interpretado, um esboço de texto é redigido, levando-se em consideração alguns princípios, tais como uti l izar o menor número de palavras que transmita o signif icado, indo direto ao tema principal, com simplicidade e respeito à veracidade dos fatos.

O texto deve ser revisto e editado, apresentando uma imagem, si tuação ou conceito de maneira clara e precisa, de tal modo que o visi tante possa ler e formar opiniões. Deve-se preferir substantivos e verbos, evitando-se o uso de adjet ivos, com vocabulário e nomenclaturas padronizadas, mantendo-se coerência com as demais placas do projeto de sinal ização interpretat iva. Procede-se então à revisão f inal e às correções necessárias.

Planejamento gráfico

O planejamento gráf ico refere-se à forma de apresentação visual do conteúdo da placa de sinal ização. Mesmo seguindo-se as recomendações propostas neste Guia, existem decisões que devem ser tomadas individualmente, levando-se em consideração o usuário, as pecul iar idades de cada atrat ivo, as característ icas físicas do local, tais como condições do terreno e cl ima, e os meios de produção acessíveis, eletrônicos ou artesanais, bem como a disponibi l idade de recursos f inanceiros.

O desenvolvimento do projeto gráf ico deve cumprir as seguintes etapas:

• compatibi l ização do texto f inal izado; • escolha das i lustrações; • elaboração de esboços; • pr imeira revisão; • arte-f inal ização; • revisão f inal.

No processo de criação do designgráfico, é fei ta a escolha das i lustrações e a adequação do texto f inal izado ao tamanho da placa, para que a quantidade de letras ut i l izadas na impressão f inal garanta boa legibi l idade. Seu corpo ou tamanho deve permit ir a lei tura por duas ou três pessoas, ao mesmo tempo, sem obrigar à aproximação exagerada do lei tor.

As i lustrações são um meio ef icaz de se chamar a atenção do visi tante, pois uma boa f igura vale mais que mil palavras. Podem ser ut i l izados desenhos, fotos, mapas e esquemas, cuidadosamente selecionados e adequados ao tema proposto.

Margens e espaços vazios valorizam a informação, podendo destacar sua mensagem ou algum detalhe da placa. Todos os elementos possuem um “peso”, que é cr iado pelo seu tamanho, cor ou semelhanças entre si , devendo-se buscar o equi l íbr io, de forma suti l , visando uma leitura mais compreensível e de fáci l assimilação. Devem ser distr ibuídos graf icamente da esquerda para a direita, e de cima para baixo, pois esse é o sentido tradicionalmente usado para a organização de mensagens, sejam textos ou i lustrações.

A part ir dessa etapa existe conteúdo suficiente para a elaboração de esboços, que permitem veri f icar se a mensagem está sendo transmit ida de forma correta e atraente, possibi l i tando a tomada de decisão sobre o produto f inal. Neste momento ocorre a primeira revisão e em seguida a arte-f inal ização da

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programação visual da placa. Por últ imo, faz-se a revisão f inal e as devidas correções.

Tipos de Placas

As placas apresentadas a seguir, baseadas na diversidade dos bens culturais tombados, não se esgotam em si mesmas. Outros t ipos podem surgir para atender às especif icidades locais e valorizar seus elementos característ icos.

Embora não exista um l imite rígido para os t ipos de placa, nem para sua repetição em diversos pontos das áreas sinal izadas, é preciso ter bom senso, para não haver excessos na quantidade de placas e nas informações nelas contidas.

Cada caso deve ser estudado e anal isado isoladamente, para tentar levar ao visi tante as informações necessárias à adequada compreensão do local e melhor desfrute de sua visi ta. Sempre que possível, devem ser acrescentadas sugestões de roteiros, do entorno ou da região.

Placa de Mirante

É implantada em locais que tenham pontos estratégicos de observação. Deve contemplar informações gerais sobre a região, a part ir de desenho representativo, local izando atrat ivos de interesse, isolados ou em conjunto, na paisagem que está sendo observada. Podem constar ainda mapas com roteiros regionais, apresentados em uma área menor da placa.

Placa de Região

Deve ser implantada em áreas abertas, de grande circulação de turistas, tais como praças ou pátios de monumentos, pontos de acesso à cidade, terminais rodoviários, aeroporto etc.

Deve conter informações gerais, si tuando o monumento, cidade ou sít io no contexto regional e histórico, assinalando as possibi l idades de visi tação, com sugestão de roteiro e informações sobre as distâncias entre os bens culturais próximos àquela área.

Placa de Área Tombada

Deve ser implantada em áreas abertas, de grande circulação de turistas, preferencialmente próxima a monumentos de maior relevância para o conjunto tombado.

Deve situar o perímetro de tombamento em relação à região ou cidade, seu entorno e principais bens, sejam eles de caráter arquitetônico, natural ou arqueológico, entre outros, e apresentar num mapa esquemático os demais atrat ivos de interesse. Pode ainda oferecer opções de caminhos de visi tação, eventualmente com indicações dos meios de locomoção disponíveis.

Para cidades onde existam vários conjuntos tombados, o conteúdo da placa deve

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contemplar cada conjunto individualmente, assinalando os demais em um mapa esquemático, e seus respectivos roteiros de visi tação.

Para melhor informar o visi tante, o signif icado do termo “tombamento” pode ser indicado na placa da seguinte forma:

Tombamento é o instrumento jurídico, do Poder Públ ico, de proteção legal de um bem cultural.

Placa Externa de Monumento

Deve ser f ixada na fachada do monumento, confeccionada em materiais transparentes, com informações básicas sobre o bem, si tuando-o no contexto geral do lugar.

Placa Interna de Monumento

Deve ser confeccionada de forma a não interferir no bem cultural, contendo informações sobre o monumento e, quando exist ir , sobre seu acervo. Sempre que possível deve ser i lustrada, para faci l i tar a interpretação.

A quantidade de placas e sua f ixação dentro dos monumentos está l imitada às característ icas de cada local, recomendando-se entre uma e três por monumento.

Suas dimensões e modulações devem ser aval iadas caso a caso, tomando-se como referência as recomendações deste Guia.

Placa de Sít io Arqueológico e Patr imônio Natural

Existem dois t ipos de placas possíveis: uma que apresenta o conjunto do sít io arqueológico ou do patr imônio natural e outra para bens isolados.

A placa relat iva ao conjunto pode ter desdobramentos à medida que o visi tante percorra a área. Nela devem estar apresentados os pontos relevantes que são objeto de interpretação. Deve ser local izada no principal acesso, contemplando todas as possibi l idades de visi tação do sít io ou da região del imitada, os roteiros e um breve texto de interpretação genérica.

A placa de bem isolado, deve interpretá-lo detalhadamente, com a ut i l ização de i lustrações, tais como mapas e fotografias, e com textos claros e objet ivos.

É preciso dar atenção especial às placas de sinal ização de sít ios arqueológicos, que são protegidos por legislação específ ica exigindo, portanto, a inclusão obrigatória do seguinte texto:

Este sít io faz parte do Patr imônio Cultural Brasi leiro e está protegido pela Consti tuição Federal e pela Lei nº 3.924/61. A destruição ou ret irada de qualquer material ou remoção de terra deste local consti tui cr ime sujeito às penas de multa

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e detenção.

Placa de Identi f icação de Espécies Vegetais

Deve ser f ixada em áreas de patr imônio natural, identi f icando as espécies vegetais, pelos nomes científ icos e populares, ou informando, sempre que possível, dados quanto à origem, plantio ou raridade de uma espécie.

Placa de Bronze

A placa de bronze é o selo de identi f icação de monumento tombado em nível nacional e deve ser f ixada em sua base. Ela contém a inscrição Patrimônio Histórico e Artíst ico Nacional .

Placa de Mirante - cl ique para ampliar

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Placa de Região - cl ique para ampliar

Placa de Área Tombada - cl ique para ampliar

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Placa Externa de Monumento

Placa Interna de Monumento - cl ique para ampliar

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Placa de Sít io Arqueológico e Patrimônio Natural - cl ique para ampliar

Placa de Identi f icação de Espécies Vegetais

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Placa de Bronze

Recomendações Gráficas

Estrutura

Todas as placas são divididas em duas áreas de cor, volume ou material di ferentes, exceto a placa de bronze, que é selo de monumento nacional, e a placa transparente f ixada na parte externa do bem. Na faixa superior, entram o tí tulo, que identi f ica a famíl ia da placa, e os logotipos das inst i tuições responsáveis pelo tombamento dos bens culturais, quando for o caso. Deve-se lembrar que mensagens ou publ icidade de qualquer espécie não podem constar das placas de sinal ização.

Cores

A área da placa que contém informações é bege, referências número 155 da escala Pantone, ou a composição 10% de magenta e 30% de amarelo da escala de quadricromia -CMYK, com texto grafado em preto. A faixa superior é marrom, referências número 4695 da escala Pantone, ou a composição 80% de magenta, 100% de amarelo e 70% de preto da escala de quadricomia - CMYK, com o tí tulo grafado em bege. Cabe lembrar que cor e contraste são importantes para tornar o texto legível, pr incipalmente para pessoas com dif iculdade visual.

Tipografia e Texto

A letra dos tí tulos, subtítulos e capitulares ut i l iza a fonte Trajan . Textos e legendas ut i l izam o t ipo Frutiger Light Condensed.

Os textos devem ser divididos em colunas, de forma a faci l i tar a lei tura das placas interpretat ivas. Podem conter ainda informações em brai le e/ou em língua estrangeira. Nesses casos são previstos textos menores para uma correta

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distr ibuição dos espaços. Para as Placas Externas de Monumento, que possuem tamanho reduzido, o texto é apresentado em um único bloco.

I lustrações

Todas as placas podem ser providas de mapas e de outras i lustrações que auxi l iem a compreensão dos textos e a visual ização do entorno, exceto as placas Externa de Monumento e a de Bronze. Texturas e volumes tornam as i lustrações mais interessantes. Quando o método de reprodução dessas imagens for eletrônico, obtém-se maior qual idade.

Impressão da informação

Neste Guia são indicadas algumas alternativas de técnicas de impressão, onde devem ser consideradas as situações part iculares de cada local. Os processos apresentados abaixo mostram a ordem de preferência em relação à sua qual idade. 1º) Impressão eletrônica, em papel fotográfico encapsulado com proteção UVA e UVB. 2º) Impressão eletrostát ica encapsulada com proteção de vini l transparente de alta performance. 3º) Impressão em ploter sobre vini l auto-adesivo com proteção de vini l transparente de alta performance. 4º) Impressão em serigraf ia.

Especificações para confecção das placas

Os materiais e processos sugeridos, embora não representem as alternativas construt ivas mais baratas, foram escolhidos devido a sua maior durabi l idade e faci l idade de manutenção das placas.

Outras alternativas podem ser ut i l izadas em função do projeto elaborado e de acordo com os recursos técnicos e f inanceiros disponíveis.

Modelo 1

Placas de Mirante, Região, Área Tombada, Sít io Arqueológico, Patr imônio Natural e similares.

Estrutura

A superfície de informação dessas placas é curva, sendo o seu suporte composto por um tubo horizontal f ixado a um pi larete vert ical de secção retangular, presente em apenas um dos lados. Isso gera uma estrutura em balanço, que garante um aspecto de leveza, impedindo a placa de encobrir o atrat ivo de interesse de visi tação.

A superfície onde são impressas as informações é confeccionada em chapa de alumínio de 3mm, medindo 125cm x 70cm, quando planif icada. Pode ainda ter a medida de 80cm x 60cm, se instalada em área de pouca circulação. Espaços muito abertos, como mirantes, permitem o uso de placas maiores, enquanto espaços reduzidos necessitam de placas menores. É também prevista, para áreas muito grandes, a presença de duas peças de 80cm lado a lado, total izando 160cm de informação.

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A altura e a incl inação da placa foram determinadas visando a acessibi l idade da cadeira de rodas, conjugada ao conforto de lei tura de usuários de perf is f ísicos diferentes. Considerou-se os dados antropométricos da mulher no percenti l 5 (baixa) e do homem no percenti l 95 (alto), e o ângulo confortável de movimentação cervical.

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Sob a placa curva, confeccionada em chapa de alumínio de 3mm, reforços não aparentes de chapa recortada (cambotas) são soldados à ela e ao tubo, configurando um conjunto único. As bordas externas apresentam uma simulação de espessura, obtida com barra chata de 32mm, f ixada com solda de topo ao longo do perímetro da placa.

Esse conjunto deve ser f ixado ao pi larete por meio de parafusos discretamente posicionados. O tubo deve ser de alumínio, com diâmetro de 10cm (4”), parede de 4mm e fechado nas extremidades. Finalmente, o pi larete é confeccionado com barra chata de 5/32” ou 4mm, com 30cm de largura (face lateral) e 6cm de espessura (face frontal).

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O pi larete deve ter aproximadamente 20% de seu comprimento externo (22cm) enterrado numa cavidade de 40cm de diâmetro, preenchida com concreto socado (pedra, areia e cimento). Caso o terreno onde a peça será instalada seja instável, esta proporção deverá ser revista.

É necessário um “ancorador” ou “pé-de-gal inha” para impedir a movimentação da peça. Esta subestrutura pode ser conseguida com duas barras chatas de 4mm x 32mm e aproximadamente 12cm de comprimento, no sentido transversal da menor face do pi larete.

Os pi laretes são demarcados com um anel ou pintura em outra cor, que determina o nível de profundidade no solo, garantindo a uniformidade de altura das placas.

Cores

A área da placa que contém informações é bege, referências número 155 da escala Pantone, ou a composição 10% de magenta e 30% de amarelo da escala de quadricromia – CMYK. A faixa superior, com o tí tulo, é marrom, referências número 4695 da escala Pantone, ou a composição 80% de magenta, 100% de amarelo e 70% de preto da escala de quadricomia – CMYK, conforme tabela de cores apresentada no i tem 5.3.2.1 - Placas Direcionais.O tí tulo é grafado em bege e o texto em preto. As i lustrações podem ser coloridas, conforme o processo de impressão adotado.

Tipografia e Texto

A letra dos tí tulos, subtítulos e capitulares ut i l iza a fonte Trajan . Os textos e legendas ut i l izam a fonte Frutiger Light Condensed.

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Os textos devem ser divididos em colunas, de forma a faci l i tar a lei tura. No caso de placas com uma única coluna de texto, a largura máxima dessa coluna não pode ultrapassar 70cm.

A altura da letra maiúscula, também conhecida como caixa alta, não deve ser inferior ao corpo 40 equivalente a aproximadamente 1cm.

O espaço reservado ao texto pode ainda ser dividido em dois ou três blocos, de forma a contemplar informações em língua estrangeira e/ou brai le. Nesses casos, reduz-se o conteúdo do texto, não devendo o tamanho da letra maiúscula ser menor que 1cm de altura.

I lustrações

Todas as placas contêm mapas, e sempre que a escala permit ir , devem informar o visi tante sobre sua local ização, usando, por exemplo, a frase Você está aqui.

Impressão das informações

Os processos de impressão das informações visuais apresentados a seguir, para este modelo, seguem uma ordem de preferência tendo como base a sua qual idade.

1º) Impressão eletrônica, em papel fotográfico encapsulado com proteção UVA e UVB. 2º) Impressão eletrostát ica encapsulada com proteção de vini l transparente de alta performance. 3º) Impressão em ploter sobre vini l auto-adesivo com proteção de vini l transparente de alta performance. 4º) Impressão em serigraf ia.

Os três primeiros métodos são digitais, extraídos de arquivos eletrônicos, garantindo o uso de uma inf inidade de cores, efeitos e meios-tons. O quarto processo não é adequado para reproduzir imagens complexas. Neste caso, os mapas e i lustrações devem ter desenhos simples, ut i l izando-se de cores chapadas e em poucas variedades.

Em qualquer um dos processos, a chapa curva deve ser entregue pronta, com a programação visual instalada na sua superfície, para o fornecedor que fará a parte estrutural.

Modelo 2 Placa de Identi f icação de Espécies Vegetais

Estrutura

Em proporções diferentes (superfície de informações com 35cm x 22cm), repete as formas principais do Modelo 1, porém com sustentação dos dois lados, para faci l i tar o nivelamento, quando enterrado, e a resistência a si tuações de vandal ismo e apoio dos pés. Repetem-se também as especif icações de produção do modelo anterior.

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Cores

Seguem as mesmas especif icações do Modelo1.

Tipografia e Texto

As mensagens devem ser l idas com relat ivo afastamento, recomendando-se que as letras adotadas não tenham tamanho inferior a 1,5cm de altura para a letra maiúscula ou caixa alta, equivalendo aproximadamente ao corpo 55 da Frutiger Light Condensed , com entrel inha do corpo 70, ou aproximadamente 2,5cm, da base da caixa alta da primeira l inha à base da caixa alta da segunda l inha. Por se tratar de uma placa de tamanho reduzido, as informações são apresentadas em um único bloco.

I lustrações

Esta placa pode receber i lustrações em desenhos da total idade ou de detalhes da vegetação identi f icada.

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Impressão da informação

Seguem as mesmas especif icações do Modelo1.

Modelo 3 Placa Externa de Monumento

Estrutura

Esta placa tem formato de 30x30cm, sendo confeccionada em material transparente e f ixada na fachada do monumento, com afastamento de aproximadamente 2cm da parede.

Os dois materiais possíveis, para este caso, são o vidro e o pol icarbonato, com 15mm de espessura. O vidro é quebrável, mais caro e de manipulação mais complexa. O pol icarbonato arranha com faci l idade, entretanto, pode ser pol ido em sua face externa, caso o texto seja impresso em seu lado interno.

Cores

Tanto o vidro quanto o pol icarbonato devem ser ut i l izados na sua forma transparente e incolor, com as letras grafadas em preto.

Tipografia e Texto

As mensagens devem ser l idas com relat ivo afastamento, recomendando-se que as letras adotadas não tenham altura inferior a 1cm para a letra maiúscula ou caixa alta, equivalendo ao corpo 40/50 da Frutiger Light Condensed , com entrel inha de corpo 50 ou 1,7cm. Por se tratar de uma placa de tamanho reduzido, as informações são apresentadas em um único bloco.

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I lustrações

Esta placa não recebe i lustrações.

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Impressão das Informações

Os dois processos viáveis para a impressão das informações são:

• vini l de alta performance recortado eletronicamente de forma espelhada, para ser apl icado por trás da placa;

• impressão serigráf ica por trás da placa.

Modelo 4Placa Interna de Monumento

Estrutura

Em função da escala referencial, e com o objet ivo de interferir o mínimo possível nos interiores dos monumentos, estas placas devem ser menores que as externas, com seu conteúdo dividido em módulos e apl icados preferencialmente sobre fundo transparente, permit indo a visual ização do ambiente.

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Os dois materiais possíveis são o vidro, em chapas de 10mm, e o pol icarbonato, em chapas de 5mm. Cada módulo deve ser de 80cm x 100cm, não sendo recomendado o uso de mais de três módulos num mesmo ambiente. Sua estrutura pode ser pendurada ou auto-portante, a f im de se adequar mais faci lmente à diversidade dos interiores. Para ambas as estruturas manterem coerência formal com a sinal ização interpretat iva, o detalhe em curva é apl icado no topo. E, em casos especiais, os dois modelos, podem ter o vidro ou pol icarbonato substi tuídos por duas chapas de alumínio de 1,5mm, de forma a possibi l i tar lei tura nas duas faces.

Por dentro da curva passam os elementos de sustentação. Nas placas suspensas, esse elemento é um cabo de aço inoxidável com proteção plást ica, sendo necessário um t ipo de nivelador de altura, para igualar os dois lados. Na placa auto-portante, um tubo de aproximadamente 4,5cm de diâmetro é preso na barra de sustentação dos dois lados. Uma estrutura perpendicular a ela (tubo ou barra), junto ao chão, impede que a peça tombe.

Cores

Seguem as mesmas especif icações do Modelo1 para as placas opacas e as mesmas especif icações do Modelo3 para as placas transparentes.

Tipografia e Texto

Os tí tulos, subtítulos e capitulares ut i l izam a fonte Trajan .Nos textos e legendas é usada a Frutiger Light Condensed.

O tamanho da letra deve prever a lei tura por mais de uma pessoa simultâneamente, não podendo ser muito pequeno. A altura da letra maiúscula, também conhecida como caixa alta, não deve ser inferior ao corpo 55 equivalente a aproximadamente 1,5cm, mas sugere-se letras entre 1,5cm e 2cm, equivalendo ao corpo 62.

O espaço reservado ao texto pode ainda ser dividido em dois ou três blocos, de forma a contemplar informações em língua estrangeira e/ou brai le. Nesses casos, resume-se o conteúdo do texto, não devendo o tamanho da letra maiúscula ser menor que 1cm de altura.

I lustrações

As imagens devem ser, em sua maioria, recortadas, permanecendo em fundo transparente, mesmo nos casos das i lustrações em traço.

Impressão das Informações

A superfície de impressão do texto pode ser confeccionada em vini l recortado, com saída a part ir de arquivo eletrônico, quando a letra for superior a 1,5cm de altura ou, como segunda opção, impressa em processo serigráf ico, porém de qual idade inferior. Alguns fornecedores de ploter de vini l trabalham com letras de 1cm de altura, mas a qual idade, tanto de recorte quanto de colagem, é menos garantida.

Desenhos ou fotos devem ser impressos separadamente. A preferência é dada

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para as saídas eletrônicas, que são mais resistentes e perfeitas. As fotos de peças e detalhes devem ser recortadas de forma a gerar diagramação leve e com o máximo de transparência possível.

As letras de vini l , imagens em adesivos e principalmente a impressão de serigraf ia ( letras e desenhos a traço) devem ser apl icadas por trás da chapa e protegidas com outra placa cristal, para não se danif icarem com a l impeza.

Page 39: COMO ELABORAR PROJETOS DE SINALIZAÇÃO

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Modelo 5Placa de Bronze

Estrutura

Medindo 20cm x 20cm, deve ser f ixada diretamente na parede do monumento, com base a 40cm, a part ir do nível do solo.

Cores

É confeccionada na cor natural do bronze, com a inscrição das letras em alto-relevo na cor preta.

Tipografia e Texto

O t ipo da letra é Trajan caixa alta, com corpo 62, equivalente a aproximadamente 1,6cm de altura e a distância entre elas é de 4cm da base da primeira l inha à base da segunda l inha. Recebe a seguinte inscrição em alto-relevo: Patrimônio

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Histórico e Artíst ico Nacional .

I lustrações

Esta placa não recebe i lustrações.

Impressão das Informações

O texto é fundido em alto relevo junto com a placa.

5.3.3. Colocação das placas

As placas devem ser colocadas em locais que não poluam visualmente a área, não interf iram no atrat ivo sinal izado nem obstruam passagens de pedestres. O ideal é que se destaquem do meio, sendo faci lmente percebidas pelo visi tante. Porém, precisam ser discretas, para não encobrir nenhuma parte de um monumento ou de uma paisagem natural.

A definição precisa do local de f ixação da placa deve respeitar os trajetos consagrados, que orientam o lado da via ou da calçada que deve receber a placa, possibi l i tando sua melhor visual ização e a l ivre circulação.

O aproveitamento da sinal ização para usuários de veículos deve ser considerado no atendimento ao pedestre, sem colocar em risco a sua segurança e o entendimento da mensagem. Quando as placas direcionais de pedestres são f ixadas em áreas contíguas às vias

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de circulação de veículos, não podem provocar confl i to na orientação do motorista. Assim, para estabelecer uma evidente diferenciação, as placas direcionais para pedestres apresentam o tí tulo Rota de Pedestre.

A definição dos locais de instalação deve passar pelas seguintes etapas:

• observação dos melhores acessos e visibi l idade das placas; • observação de possíveis obstruções de circulação e de visibi l idade do entorno; • definição de proporções; • definição de afastamentos em relação a monumentos, meios-f ios etc.

5.3.4. Projeto Executivo

A fase do Projeto Executivo para Sinal ização de Circulação de Pedestres segue os mesmos passos e orientações da Sinal ização para Usuários de Veículos Motorizados. Assim, o i tem 5.2.4 é transcri to a seguir, com as devidas adequações.

Nessa fase são definidos todos os detalhes das placas, tais como diagramação, dimensionamento, material , local ização exata, suporte e f ixação. É preciso considerar o projeto prel iminar e o detalhamento das placas, as característ icas físicas e operacionais do local, os princípios da sinal ização de trânsito e a disponibi l idade de recursos humanos, f inanceiros e materiais.

Os cinco passos principais para a elaboração de um Projeto Executivo são:

PROJETO PRELIMINAR E DETALHAMENTO DAS PLACAS

PROJETO EXECUTIVO

1º PASSO

Locação das placas em planta, aval iando os apectos:

• Continuidade das mensagens • Indicação dos atrat ivos • Indicação de saída • Identi f icação do atrat ivo

2º PASSO

Locação das placas em campo, garantindo a legibi l idade e visual ização:

• Amarração • Tipo de suporte • Reformulação da placa • Desmembramento das mensagens

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3º PASSO

Representação gráfica identi f icando:

• Sinal ização existente a permanecer • Sinal ização existente a ret irar • Sinal izacão proposta

4º PASSO

Memorial descri t ivo:

• Especif icações de materiais, processos construt ivos e outros procedimentos • Resumo de quantidades

5º PASSO

Veri f icação geral

IMPLANTAÇÃO

A metodologia descri ta neste i tem não é um conjunto de regras rígidas a serem seguidas. Cada equipe possui ou pode desenvolver metodologia própria, mas é importante que todas contemplem algumas atividades, como a locação das placas em campo, que são indispensáveis.

1º Passo: Locação das Placas em Planta

A locação das placas em planta traduz o que o projet ista entende por seu posicionamento ideal. Essa locação deve ser fei ta numa planta da área em estudo, preferencialmente em escala 1:500 a 1:2.000, no lado da via em que a placa será implantada, na posição aproximada em relação aos referenciais existentes.

O posicionamento deve ser confirmado por ocasião da locação em campo, caso não surjam impedimentos de ordem física e as condições de visual ização da placa sejam atendidas, indicando exatamente o que se pretende e orientando adequadamente o pedestre. Para confirmação do posicionamento, é preciso observar os aspectos relat ivos à continuidade das mensagens e aos t ipos de placas necessárias para cada situação.

2º Passo: Locação das Placas em Campo

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Em grande parte das situações, o local ideal para colocação das placas nas vias é inviabi l izado porque há anteparos visuais como árvores, letreiros, toldos, ou impedimentos no piso como guias rebaixadas de acesso aos lotes l indeiros, bocas de lobo, mobil iár io urbano, pontes, viadutos ou outros. Portanto, a locação das placas em campo é uma etapa fundamental para a elaboração dos projetos executivos. Somente no local é possível definir o exato posicionamento das placas e se essas podem compart i lhar os mesmos suportes das placas para usuários de veículos. Torna-se também necessário veri f icar se as setas que indicam os movimentos, escolhidas no projeto prel iminar, são as mais adequadas para cada situação. É possível que as característ icas físicas do local demandem alteração do t ipo de seta ou do desmembramento das mensagens e, por conseqüência, da locação de mais placas. A observação atenta, a part ir do local onde a placa será implantada, permite tal definição.

Identi f icada a melhor posição da placa, é necessário proceder à “amarração” do local, ou seja, indicar as medidas, a part ir de referenciais f ísicos próximos, que possibi l i tem à equipe de implantação posicionar a placa corretamente. As medidas desse local devem ser fornecidas, em função de referências físicas permanentes, acessíveis, visíveis e faci lmente identi f icáveis como postes, luminárias, árvores de grande porte, al inhamento de vias, al inhamento de edif icações etc.

Page 44: COMO ELABORAR PROJETOS DE SINALIZAÇÃO

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É fundamental percorrer todos os trajetos propostos para pedestres colocando-se em seu lugar, para veri f icar as condições das vias que compõem esses trajetos. Com isso podem ser propostas as melhorias e adequações necessárias como recomposição de pavimentos e passeios públ icos, remoção de interferências, manutenção ou implantação da i luminação públ ica e, sobretudo a , veri f icação da compatibi l ização entre as diferentes modalidades de sinal ização implantada.

Dica Sempre que possível, toda sinal ização deve ser incorporada a um projeto maior de desenho urbano. Nesse caso, pode ser elaborado projeto específ ico para aproveitamento de postes de sustentação mult i funcionais, adequados à colocação de i luminação públ ica da pista e da calçada, semáforos, placas de sinal ização para motoristas e pedestres e outros elementos, conforme as pecul iar idades de cada local. Os projetos dos postes podem estar integrados ao conjunto do mobil iár io urbano, assim como à ambientação local.

Page 45: COMO ELABORAR PROJETOS DE SINALIZAÇÃO

Fique Atento É preciso cuidado para não propor a f ixação de placas para pedestres, sobretudo as placas interpretat ivas, junto a l ixeiras, bueiros e outros locais que possam exalar odores desagradáveis. Por outro lado, locais sombreados oferecem maior conforto ao usuário para consultar essa sinal ização.

Caso transcorra muito tempo entre a elaboração do projeto e sua implantação, deve ser efetuada nova checagem em campo, para evitar que as placas de orientação turíst ica sejam locadas onde há novos obstáculos à visual ização. É muito importante atual izar o projeto, pois podem surgir novos atrat ivos turíst icos, novas vias ou alterações de regulamentação da circulação das vias.

3º Passo: Representação Gráfica do Projeto

O desenho do projeto é a representação gráfica do que se pretende que seja implantado na via.

A representação do Projeto Executivo deve conter todos os elementos necessários para a confecção e a implantação correta e ági l das placas:

• t ipo de placa; • código da placa; • material ; • suporte; • f ixação; • dimensões; • local ização e amarração das placas; • sinal ização a ser ret irada, implantada e a permanecer; • elementos signif icat ivos para referenciar a locação das placas na via; • tabela-resumo com quantidades de materiais; • legendas, notas e observações necessárias ao entendimento do desenho; • local ização do desenho em relação às outras folhas do projeto.

As medidas fornecidas devem permit ir a confecção exata da placa, com todos os elementos em dimensões corretas e distr ibuídos conforme especif icado, evitando gerar incertezas. Da mesma forma, o projeto de locação das placas deve possibi l i tar sua implantação no local exato.

Os projetos elaborados devem ter uma forma de representação padronizada e seu desenho apresentar l inguagem clara e precisa, evitando informações ambíguas e ainda, ser de conhecimento de todas as equipes envolvidas. Assim, o entendimento do projeto f ica faci l i tado, tanto para a equipe de projeto, quanto para a equipe de implantação, que usualmente é composta por pessoas sem formação técnica especial izada.

Na representação gráfica do projeto, alguns recursos são importantes para faci l i tar o entendimento e a implantação:

• codif icação das placas contendo suas característ icas; • ut i l ização de diferentes espessuras de traços, para representar os elementos existentes, os propostos e aqueles a ret irar; • adoção de simbologia que faça dist inção entre as placas a serem implantadas, as existentes a ret irar, a remanejar e aquelas a permanecer.

Page 46: COMO ELABORAR PROJETOS DE SINALIZAÇÃO

Existem diversas formas de representação gráfica das placas e suportes que podem ser ut i l izados. No entanto, recomenda-se, para efeito deste Guia, a adoção da seguinte simbologia:

Fique Atento Deve-se evitar a ut i l ização de várias cotas de amarração consecutivas, a part ir de uma sinal ização proposta, para evitar que eventual erro na implantação do primeiro elemento se propague aos demais.

Page 47: COMO ELABORAR PROJETOS DE SINALIZAÇÃO

Dicas A uti l ização de plantas em escala não é imprescindível. Se não houver base cartográfica disponível, pode-se lançar mão de croquis com escalas aproximadas. O importante é que as amarrações do conjunto, suporte e placa, fei tas em campo, estejam corretas e relacionadas a elementos existentes.

Com os recursos de informática cada vez mais disseminados, é possível a ut i l ização de cores, variação de traços e outros recursos gráf icos, para diferenciação.

Page 48: COMO ELABORAR PROJETOS DE SINALIZAÇÃO

Há diferentes maneiras de organizar os desenhos a serem elaborados. É importante escolher a forma que possibi l i te a melhor qual idade do trabalho e da produtividade das equipes de confecção e implantação das placas. O exemplo a seguir apresenta uma das possibi l idades de diagramação de projeto executivo, apl icado para um reduzido trecho urbano:

Page 49: COMO ELABORAR PROJETOS DE SINALIZAÇÃO

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Page 50: COMO ELABORAR PROJETOS DE SINALIZAÇÃO

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Para permit ir a elaboração de orçamento e a programação da confecção e implantação de placas, é necessária a elaboração de um resumo dos t ipos e da total idade das placas e suportes.

Exemplo de resumo por área de placa e tipo de suporte correspondente

Exemplo de Tabela Resumo de placas e suportes utilizados no projeto

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Fique Atento Mesmo em projetos mais simples, recomenda-se a codif icação das placas para que não ocorram dúvidas entre placas similares.

Dicas A codif icação das placas pode ser ut i l izada para acessá-las em bancos de dados, principalmente os informatizados e georreferenciados.

4º Passo: Memorial Descritivo

O Memorial Descri t ivo contém informações importantes do projeto, necessárias à contratação da implantação, confecção das placas, aquisição do material e implantação propriamente dita, tais como:

• especif icações mais detalhadas dos materiais ut i l izados como chapas, suportes, elementos de f ixação, t intas, películas, i luminação etc; • processos construt ivos como montagens, modulação, f ixação, concretagem etc; • quantidades de materiais como placas, suportes e f ixadores; • procedimentos para implantação, tais como providências necessárias para a interdição de vias; • procedimentos relat ivos à segurança de trânsito e dos trabalhadores envolvidos; • cuidados especiais eventualmente necessários como, por exemplo, em sít ios arqueológicos, em locais próximos a dutos e l inhas de transmissão de energia ou a cabos de f ibras ót icas; • outros procedimentos pecul iares de cada projeto.

O Memorial Descri t ivo também pode conter o resumo de todos os elementos que são ut i l izados na implantação do projeto, classif icados por t ipo de material e respectivas quantidades.

5º Passo: Verificação Final

A Verif icação Final é importante, sobretudo nos projetos de grande porte, em função da complexidade do trabalho. Essa at ividade compreende a anál ise global de todo o Projeto Executivo, inclusive do Memorial Descri t ivo, com o objet ivo de detectar eventuais inconsistências, como: descontinuidade de mensagens; fal ta de uniformidade nos cri tér ios de colocação de placas; dimensionamento incorreto das placas; indicação de suporte inadequado à área da placa; incompatibi l idade com demais sinal izações existentes etc.

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