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8 Experiência n° 2 1 Levantamento da Curva Característica da Bomba Centrífuga Radial HERO 1. Objetivo: A presente experiência tem por objetivo a familiarização do aluno com o levantamento de uma CCB (Curva Característica da Bomba), que é representada pela função HB = f(Q). Após o levantamento da CCB, o aluno deve comparar a curva obtida no ensaio com a curva do fabricante, fazendo se necessário as devidas correções. 2. Informações importantes para o desenvolvimento da experiência a. Sobre a Bomba: A experiência será realizada com uma bomba construída no sistema BACK-PULL-OUT (figura 1), ou seja, se retiramos os parafusos da parte traseira da carcaça da bomba, e soltarmos o motor elétrico da base, todo o conjunto formado por motor e partes internas da bomba, como o rotor, é retirado da bomba sem que as tubulações de sucção e recalque, que estão acopladas a bomba, sejam desmontadas. 1 Baseada na apostila – Laboratório de Sistemas Fluidomecânicos I do Professor Sérgio Lopes dos Santos

Como Construir Curva Da Bomba

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    Experincia n 21

    Levantamento da Curva Caracterstica da Bomba Centrfuga Radial HERO

    1. Objetivo:

    A presente experincia tem por objetivo a familiarizao do aluno com o levantamento de

    uma CCB (Curva Caracterstica da Bomba), que representada pela funo HB = f(Q).

    Aps o levantamento da CCB, o aluno deve comparar a curva obtida no ensaio com a curva

    do fabricante, fazendo se necessrio as devidas correes.

    2. Informaes importantes para o desenvolvimento da experincia

    a. Sobre a Bomba:

    A experincia ser realizada com uma bomba construda no sistema BACK-PULL-OUT

    (figura 1), ou seja, se retiramos os parafusos da parte traseira da carcaa da bomba, e

    soltarmos o motor eltrico da base, todo o conjunto formado por motor e partes internas da

    bomba, como o rotor, retirado da bomba sem que as tubulaes de suco e recalque, que

    esto acopladas a bomba, sejam desmontadas.

    1 Baseada na apostila Laboratrio de Sistemas Fluidomecnicos I do Professor Srgio Lopes dos Santos

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    figura 1 SISTEMA BACK-PULL-OUT

    b. Sobre a rotao da bomba:

    A determinao da rotao de uma bomba feita pela a expresso: pf120n =

    Onde: f = freqncia da rede eltrica; p = nmero de plos do motor. Se o nmero de plos do motor eltrico for 2, temos a rotao n= 3600 rpm e se o nmero

    de plos do motor eltrico for 4, temos a rotao n= 1800 rpm.

    Devido ao escorregamento, a rotao cai na faixa de 3500 rpm para bombas com motores

    eltricos de 2 plos, e na faixa de 1750 rpm para Bombas com motores eltricos de 4 plos.

    Os fabricantes de bombas, adotaram uma rotao de n = 3500 rpm para bombas com

    motores eltricos com 2 plos e n= 1750 rpm para bombas com motores eltricos com 4

    plos e com estes valores de rotaes eles levantam as CCBs das mesmas.

    No nosso laboratrio o motor da bomba de 2 plos o que equivale a dizer que a bomba

    ensaiada tem a rotao n = 3500 rpm.

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    c. Sobre o rotor da bomba ensaiada

    Os fabricantes de bombas, fazem-nas para diversas aplicaes, assim existem bombas com

    diferentes modelos de rotores.

    Os fabricantes de bombas oferecem o diagrama de tijolos para mostrar as faixas de cargas

    manomtricas (HB) e vazes atendidas (Q) para os seus diversos modelos, a uma dada

    rotao. Este diagrama tambm pode ser denominado de diagrama de campo de aplicao,

    ou diagrama de pr seleo (Anexo1).

    No nosso caso o dimetro do rotor (r) igual a 120 mm. Como temos o r j especificado, faremos a correo da curva obtida no laboratrio em relao a curva

    fornecida pelo fabricante em funo da rotao.

    3. A experincia:

    Na experincia aplicaremos a equao da energia entre a entrada e a sada da bomba, onde j consideramos o coeficiente de energia cintica () igual a 1,0, isto pelo fato do escoamento ser turbulento2.

    sBe HHH =+

    ss

    2s

    Bee

    2e zp

    g2vHzp

    g2v ++=+++

    2 Com os dados obtidos pode-se comprovar facilmente que Re > 4000, o que caracteriza que o mesmo turbulento.

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    Como no h diferena de cotas entre a entrada e a sada da bomba ( 0=z ) resulta:

    g2vvppH

    2e

    2ses

    B+

    = A velocidade na entrada e sada pode ser obtida pela equao da continuidade para o

    escoamento em regime permanente de um fluido incompressvel:

    AvQ = 2DQ4v

    = O dimetro de suco Dsuco = Dentrada = 62,7mm (dimetro de entrada da bomba) e o de

    recalque Drecalque = Dsada = 40,9mm (dimetro de sada da bomba)

    A vazo dada pela

    equao: tVQ =

    onde : V - Volume t - tempo

    A foto mostra o Lucas, outro monitor da

    disciplina, cronometrando o volume recalcado pela

    bomba. O medidor de nvel do tanque j est calibrado

    em litros, o que equivale a dizer que se cronometra

    diretamente o volume que recalcado pela bomba.

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    O visor do tanque, mostrado na foto anterior, est graduado de 10 em 10 litros. Para que

    seja possvel a construo da CCB sero coletados, no mnimo, oito (8) pontos previamente

    selecionados, isto atravs do manmetro de sada da bomba.

    Observe que, quando a vlvula estiver totalmente aberta, teremos mxima vazo(Q) e

    mnima presso, quando estivermos com a vlvula totalmente fechada, teremos mxima

    presso e nenhuma vazo, portanto j temos dois (2) pontos, o de mnima presso (Q =

    Qmx) e o de mxima presso (Q = 0).

    Entre estes 2 pontos acrescentaremos mais 6 pontos para a realizao do ensaio. A cada

    leitura de presso, volume e tempo, devemos ler a rotao do eixo do motor que feita com

    o auxilio de um aparelho chamado tacmetro. H em seu eixo uma fita adesiva que reflete

    a luz, desta forma que o tacmetro determina a rotao do eixo.

    Armando realizando a experincia em 2003

    A rotao ser diferente em cada leitura, diferente de 3500 rpm, que foi a rotao

    especificada pelo fabricante. Esta diferena de rotao devido ao escorregamento e a

    variao de tenso na rede eltrica.

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    A determinao, tanto da presso na entrada da bomba, como na sada da bomba deve ser

    feita para cada uma das posio da vlvula globo como mostra a foto a seguir:

    Lucas mostrando o vacumetro e o manmetro utilizados nas leituras,

    respectivamente, da presso de entrada e sada da bomba.

    O Lucas, em 2004, controlando a vazo na

    realizao da experincia

    Com a vazo e as presses, podemos construir a curva caracterstica da bomba, que deve

    ser comparada com a curva fornecida pelo fabricante (Anexo 2).

    Nota: A correo da curva obtida anteriormente deve ser feita pelas equaes a seguir:

    lida

    fabricantecalculadacorrigida n

    nQQ

    = 2lida

    2fabricanteBcalculado

    Bcorrigido nnHH =

    As equaes anteriores so originadas da condio de semelhana completa que envolve o

    coeficiente de vazo () e o coeficiente manomtrico (), que so dois dos nmeros adimensionais que caracterizam o estudo das bombas hidrulicas e que foram abordados no

    curso bsico de mecnica dos fluidos (Mecnicas dos Fludos I), onde:

    3RDn

    Q= e 2R2

    B

    DnH=

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    Tabela de coleta de dados

    Experincia n 2 obteno da CCB

    Ensaios V t nlido pe psUnidades

    1 2 3 4 5 6 7 8

    Armando, em 2003, acionando a vlvula globo do laboratrio.

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    Anexos:

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    Anexo 1 Diagrama de Tijolos

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    Anexo 2 Curva CCB fornecida pelo fabricante

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    Anexo 3 Tabela de resultados

    ensaio V t Q sv ev g2

    vv 2e2s sp ep

    es pp

    BH CBH Qc

    unidades 1 2 3 4 5 6 7 8

    Foto mostra o Alexandre que foi o primeiro aluno a participar da iniciao didtica e desenvolver esta atividade. O Alexandre formou-se engenheiro mecnico no primeiro

    semestre de 2003 e hoje trabalha em uma fbrica de bombas no interior do Estado de So Paulo, o que implica que a atividade proposta lhe abriu caminho para a atuao

    profissional.

    Experincia n 2Tabela de coleta de dados

    Experincia n 2 obteno da CCBVAnexo 1 Diagrama de TijolosAnexo 2 Curva CCB fornecida pelo fabricanteAnexo 3 Tabela de resultadosV