288
COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2011 São Jose dos Pinhais 2011

COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA – EFM

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2011

São Jose dos Pinhais 2011

Page 2: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

2

1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ..................................................................... 5

2. MARCO SITUACIONAL ............................................................................................................... 7

2.1 História ................................................................................................................................ 7

2.2 Comunidade ........................................................................................................................ 8

2.3 Recursos Físicos ................................................................................................................... 9

2.4 Recursos Técnicos Pedagógicos .......................................................................................... 9

3. INSTÂNCIAS COLEGIADAS ........................................................................................................ 14

3.1 APMF - Associação de Pais Mestres e Funcionários ......................................................... 14

3.2 Grêmio Estudantil .............................................................................................................. 14

3.3 Conselho Escolar ............................................................................................................... 15

4. REGIMENTO ESCOLAR ............................................................................................................. 16

5. PLANO DE AVALIAÇÃO INTERNA E SISTEMÁTICA DO CURSO ................................................. 17

6 MARCO REFERENCIAL ............................................................................................................... 19

6.1 A escola que queremos construir ...................................................................................... 19

6.2 Escola que prepare para a cidadania ................................................................................ 19

6.3 Escola Democrática ........................................................................................................... 20

6.4 Escola Autônoma ............................................................................................................... 21

6.5 Escola de Qualidade .......................................................................................................... 21

6.6 Atende à Diversidade ........................................................................................................ 22

7. O CIDADÃO QUE QUEREMOS FORMAR .................................................................................. 23

8. ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS POR ÁREA DE CONHECIMENTO ........................................ 25

8.1 Ensino Fundamental .......................................................................................................... 25

8.2 Ensino Médio ..................................................................................................................... 26

8.3 Áreas de Conhecimento .................................................................................................... 26

8.4 Apresentação Geral das Disciplinas .............................................................................. 27

1 Arte ................................................................................................................................... 27

Page 3: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

3

2. Biologia ............................................................................................................................ 48

3. Ciências ............................................................................................................................ 69

4. Educação Física ................................................................................................................ 92

5. Ensino Religioso ............................................................................................................. 111

6. Filosofia ......................................................................................................................... 117

7. Física .............................................................................................................................. 124

8. Geografia ....................................................................................................................... 131

9. História .......................................................................................................................... 162

10. Língua Portuguesa ........................................................................................................... 186

11. Matemática ..................................................................................................................... 214

12. Química ........................................................................................................................... 236

13. Sociologia ........................................................................................................................ 243

14. Língua Estrangeira Moderna – Inglês .............................................................................. 252

15. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol ......................................................................... 267

16. OBJETIVO GERAL ................................................................................................................. 277

Page 4: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

4

APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Herbert de Souza, é

o instrumento teórico-metodológico que visa enfrentar os desafios do cotidiano

da escola, de forma sistematizada, consciente, científica e participativa. É o

caminho acertado para reinventar a escola em suas finalidades e objetivos.

Representa o compromisso do grupo de educadores para com a educação de

sua comunidade.

A corporeidade do projeto acontece na interação entre os sujeitos:

direção, equipe pedagógica, professores, funcionários e pais. São essas

pessoas que dão vida ao projeto. Mais do que um conjunto de idéias colocadas

no papel, o projeto leva as pessoas a se comprometerem com a idéia da

prática pedagógica libertadora, transformadora; a qual implica na troca de

idéias, reflexões, discussões, planejamento, execução, avaliação, adaptação e

mudanças, dando lugar e sentido a uma ação conduzida pelas diretrizes do

Projeto Político Pedagógico.

A função do projeto é delinear o horizonte da caminhada, estabelecendo

a referência geral, expressando o desejo e o compromisso do nosso grupo.

Isto, porém, não é suficiente. O referencial teórico de cada disciplina e/ou curso

é fundamental para garantir a competência pedagógica. É preciso tomar

decisões sobre metodologia do ensino, sobre conteúdos programáticos e

avaliação. Caso contrário, a intenção de mudança permanecerá no discurso.

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Herbert de Souza foi

construído numa perspectiva dinâmica, em constante reformulação, ainda que

algumas partes sejam mais específicas, como o marco referencial, mas no seu

conjunto reflete a manifestação de sujeitos concretos que devem estar

sintonizados com o NRE/AMSul, com os avanços da ciência, da educação, e

que, por isso, ousam reinventar as relações pedagógicas.

Page 5: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

5

1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

NOME DO COLÉGIO

COLÉGIO ESTADUAL HERBERT DE SOUZA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

ENTIDADE MANTENEDORA

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

LOCALIZAÇÃO

Rua Francisco Favoretto, 301

Jardim Veneza – Fone: 3383-0237 Fax: 3556-4247

São José dos Pinhais – Paraná

NRE Área Metropolitana Sul

ATOS LEGAIS

Criação – Ensino Fundamental

Decreto: 02.394, de 12/02/1988. DCE: 26/02/1988, instalação em: 31/12/1989

Instalação e Funcionamento do Ensino Médio a partir de 27/12/2002 com base

no Parecer: 3404/2002

CÓDIGOS DO ESTABELECIMENTO ESCOLAR

Código do Estabelecimento: 01199

Código do Município: 2570

Código NRE: 03

Código do Inep: 41.137-540

Page 6: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

6

MODALIDADE DE ENSINO

ENSINO FUNDAMENTAL – 5ª A 8ª SÉRIES – MANHÃ/TARDE

ENSINO MÉDIO – MANHÃ/NOITE

DIRECÃO

Soraya Trevizani de Castro – Diretora Geral

Valquiria Fátima da Silva – Vice-direção

EQUIPE PEDAGÓGICA

Maria Marlene dos Santos Terra – Professora Pedagoga

Maria Aparecida da Silva – Professora Pedagoga

Kelsilene Garcia Pires – Professora Pedagoga

Lenice Aparecida dos Santos – Professora Pedagoga

Page 7: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

7

2. MARCO SITUACIONAL

Neste tópico serão abordadas as principais características do Colégio

Estadual Herbert de Souza: história, comunidade, desempenho escolar, infra-

estrutura, recursos físicos e humanos.

2.1 História

O Colégio Estadual Herbert de Souza – Ensino Fundamental e Médio foi

criado em 1988, com o nome de Colégio Estadual Conjunto Guarani.

Inicialmente para atender a demanda da comunidade, para o período noturno.

Funcionando num espaço cedido pela prefeitura do município, o mesmo

utilizado pela Escola Municipal José de Anchieta. Com o aumento da procura

por vagas, surgiu a necessidade de abrir o turno diurno, haja vista que os pais

eram obrigados a matricular seus filhos, longe de casa. Em 1997, a

comunidade começou a se mobilizar e solicitar ao Governo do Estado, a

construção de uma nova escola. Depois de muito esforço, no final de 1999, foi

confirmada a construção do um novo colégio, e as matrículas autorizadas.

A construção se daria com pré-moldados, e levaria, no máximo, três

meses para ser concluída. Porém, por razões que desconhecemos, a obra foi

cancelada. A Associação de Moradores da Colônia Rio Grande, reformou o

barracão de sua sede, para servir como salas de aula, até que o problema da

obra fosse resolvido. A previsão inicial, era de seis meses, até Julho de 2000.

Mas a escola funcionou precariamente na sede da associação durante doía

anos: 2000 e 2001. Em 2002, finalmente, passou a funcionar no prédio em que

está até hoje.

Fazendo parte da comunidade, é fundamental que a escola conheça o

contexto social de sua vizinhança e os alunos a que serve. Apesar de óbvia,

nem sempre essa percepção é alcançada. Muitas vezes, absorvida na

atividade educativa como expressão de um processo burocrático e indefinido, a

escola deixa de perceber as necessidades, potencialidades, expectativas, e

deixa de adequar seu trabalho educacional as suas finalidades.

Formar cidadãos conscientes e capazes, fornecendo os conhecimentos

necessários ao exercício pleno da cidadania.

Page 8: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

8

O Colégio oferece dois cursos: Ensino Fundamental 5ª a 8ª séries e

Ensino Médio.

Os alunos de nosso colégio, não diferem de outros de escolas públicas:

são na maioria, carentes economicamente, alguns desnutridos, e outros ainda

provenientes de lares desfeitos, desestruturados pela falta de emprego ou

atividade econômica. Uso de álcool e drogas, também fazem parte de algumas

famílias de nossos alunos. Existe violência e marginalidade nos arredores da

escola, como em outros bairros. Os alunos matriculados são em grande

maioria, moradores da região e estão na idade/série adequados.

Dados analisados por órgãos competentes, revelaram que 82% dos

alunos moram com pai e mãe. Já 14% moram somente com a mãe; 3% com

outros responsáveis que não pai e/ou mãe; e apenas 1% dos alunos moram

somente com o pai. Dentro desse quadro, estudar para alguns é uma rotina

desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de

desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando

existem, ocasionando uma batalha desigual entre a escola e o consumismo.

O que reforça esta afirmação é a análise do rendimento escolar nos dois

últimos anos.

2.2 Comunidade

A comunidade é constituída por moradores da região, oriundos das

escolas municipais: José de Anchieta, Modesto Zaniolo e Leonilda Trevisan.

Em sua maioria estão na idade/série adequadas.

Os alunos do noturno são adolescentes, jovens e adultos,

moradores das redondezas. As características são basicamente diferentes dos

alunos do diurno. Podemos dividi-los em dois grupos básicos: o grupo dos que

não tiveram oportunidade de freqüentar a escola na idade adequada e pelas

exigências do mercado de trabalho, estão retornando à escola; e àqueles que

são marcados por uma trajetória de reprovações e que tentam, agora, concluir

os estudos.

O primeiro grupo, aparece com o firme propósito de estudar, pois

sabe o quanto é importante para assegurar ou conseguir o emprego.

Page 9: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

9

O segundo grupo, embora ciente da necessidade do estudo, é mais

vulnerável. Daí o grande desafio da escola, direção, equipe pedagógica e

professores, para superar estas questões.

2.3 Recursos Físicos

O Colégio Estadual Herbert de Souza, está instalado num prédio de boa

construção e relativamente novo. Conta com 12 salas de aula, sala de

professores, secretaria, sala de apoio (adaptada), sala de recursos (adaptada),

biblioteca, laboratório de ciências e biologia, laboratório de informática, sala

para direção, duas salas para professores pedagogos, sala de vídeo, sala de

material de Educação Física, almoxarifado, despensa, refeitório, cozinha, 09

sanitários, residência do caseiro, quadra poliesportiva, pequena área externa

gramada e cantina. De toda esta infra-estrutura, apenas o banheiro destinado

aos alunos com necessidades especiais, não está em funcionamento.

2.4 Recursos Técnicos Pedagógicos

O estabelecimento encontra-se relativamente equipado para a execução

das atividades educacionais. Com antena parabólica, 04 aparelhos de TV, 01

retro-projetor, 24 computadores e impressoras (laboratório de informática e

administração) todos ligados à internet, 12 TVs pendrive, 04 rádios portáteis,

02 caixas de som, 01 máquina fotográfica digital, fax, máquina de escrever

elétrica, 02 máquinas de xerox, 01 máquina duplicadora de cópias, mimeógrafo

a álcool, biblioteca com aproximadamente cinco mil títulos no acervo, material

pedagógico específico (jogos, etc).

A administração tem razoável instalação; a cozinha possui equipamentos

necessários para o bom desempenho de suas funções.

Page 10: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

10

2.5 Recursos Humanos

1. Direção e Equipe Pedagógica

Direção Geral: 01 manhã/tarde

Vice-direção: 01 noite

Professora Pedagoga: 03 manhã/tarde/noturno

Docentes: total: 40 - 35 manhã - 30 tarde - 15 noturno

Técnico Administrativo: 04 manhã – 04 tarde – 03 noturno

Auxiliar Serviços Gerais: 03 manhã – 05 tarde – 02 noturno

2. Equipe Pedagógica e Técnico Administrativa

Alessandra M. de Lima – Téc. Administrativo – tarde/noturno

Cristiane Basso – Téc. Administrativo – manhã/tarde

Erileia Fernanda S. Paz – Téc. Administrativo – tarde/noturno

Kelsilene Garcia Pires – Eq. Pedagógica – noturno

Kelly Novak – Téc. Administrativo – manhã/tarde

Maria Marlene dos S. Terra – Eq. Pedagógica – manhã

Maria Aparecida da Silva – Eq. Pedagógica – manhã/tarde

Marilene Aparecida S. Monteiro – Secretária – manhã/tarde

Rita Izabel do Nascimento – Apoio Administrativo – manhã/noturno

Rosélia A. Ramos Borges – Apoio Administrativo - noturno

Soraya Trevizani de Castro – Direção – manhã/tarde

Valquiria Fátima da Silva – Vice-direção – noturno

Tarsilene Maria Soausa – Téc. Administrativo – manhã/tarde

3. Equipe de Serviços Gerais

Elizabete Ávila – manhã/tarde

Elza Tomba – tarde/noturno

Inês de Oliveira Domingos – manhã/tarde

Maria da Silva Arruda – manhã/tarde

Nilza Garcia Martins – manhã/tarde

Ruth Backschat Simão – manhã/tarde

Sebastiana de O. Sebrian – tarde/noturno

Silvia Mendes de Freitas – manhã/tarde

Page 11: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

11

4. Relação de Docentes

NOME FORMAÇÃO MANHÃ TARDE NOITE

Andrea C. Barczak Ciên/Biologia X X

Andréa M. S. Praça L.E.M.Inglês X X X

Aneli Dickel Ed.Física X X

Aparecida S.S. Viana Líng.Port./Ing X X

Cleide S. Deodato Sala Recursos X

Cristiane S. de Oliveira Líng.Port/Ing X X X

Denei Mari Corrêa Líng. Port X

Edelmo José Toffoli História X

Elton Cleber Pugin História/Geografia X

Gilvane Neris de Souza Física X X

Gisele Cecília Durat Arte X X

Ida J. Gasparello de Souza Líng. Port. X

Ionara Fátima Krulli L.E.M.Espanhol X

João Carlos das Neves Filosofia X

Karen Lucia Schabatura Matemática X X

Keli Cristiane C. Morais Biolog/Ciências X X X

Lizandro Grzegorczyk História X X X

Luciana Maia Basser Geografia X X

Luiza Carla Paixão Matemática X

Luzia Aparecida Gomes Líng. Port. X

Márcia Regina T. Novais Sociolog/Filosofia X

Maria Garcia S. Ribeiro Matemática X X

Nagla Hussein M. Zahra Ciências X X

Nataly Rosa Barbosa Geografia X

Paula Alexandra R. Bueno Arte X X X

Roger Anderson da Silva Geografia X

Romana A Souza Morais Líng. Port. X X

Rosângela G. Fernandes Ed. Física X

Rosiani A Marcos da Silva Matemática X X X

Rute Maria Baby Ravanhol Ed. Física X X

Sandra Betinelli da Costa Geografia X X

Silvana da Silva Valter Química X X

Sizenando J. Kicheleski História/Geografia X X

Solange Carvalho Martins Ciências X X

Vanderlei Luiz de Jesus Filosofia X

Solange de Araujo Veiga Sociologia X

Page 12: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

12

Caroline Rossi Química X X

Jorge Luiz Ferreira Geografia/História X

Érica Lilian de Carvalho Geografia X

Roque Jungbluth História X X X

5 . Organização do Tempo e Espaço

Manhã – das 07:30h às 11:50h –

Ensino Fundamental – 5ª séries a 8ª séries

Ensino Médio – 1º ano ao 3º ano

Tarde – das 13:00h às 17:20h –

Ensino Fundamental – 5ª séries a 8ª séries

Noturno – das 19:00h às 22:45h

Ensino Fundamental – 8ª série

Ensino Médio – 1º ano ao 3º ano

6 . Distribuição de Séries, Turmas e Alunos

Séries Turmas Turno Nº Alunos

5º A,B,C,D,E Manhã/Tarde 164

6ª A,B,C,D Manhã/Tarde 162

7ª A,B,C, D, E Manhã/Tarde 181

8ª A, B, C, D, E Manhã/Tarde/Noite 191

1º ano A, B, C, D Manhã/Noite 111

2º ano A, B, C Manhã/Noite 111

3º ano A, B Manhã/Noite 80

Celem 1º A Tarde 18

Celem 2º A Noite 28

Total: 30 03 1046

Page 13: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

13

7 . Carga Horária dos Cursos: Fundamental e Ensino Médio

De acordo com a legislação vigente, os cursos respeitarão a jornada

mínima de 800 horas/aulas em um ano letivo de 200 dias, obedecendo ao

calendário civil.

Page 14: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

14

3. INSTÂNCIAS COLEGIADAS

3.1 APMF - Associação de Pais Mestres e Funcionários

É pessoa jurídica de direito privado, sendo a mesma representação dos

pais, professores e funcionários do estabelecimento. Ela não tem caráter

político, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seu

dirigentes e conselheiros. A APMF compete decidir e acompanhar juntamente

com a Direção e o Conselho Escolar a aplicação de receitas, assim com

mobilizar recursos humanos, materiais e financeiros da comunidade para

atender os alunos e para as melhorias e conservação do Colégio;

3.2 Grêmio Estudantil

Tem por funções congregar e representar o corpo discente, defendendo

seus interesses individuais e coletivos. A gestão democrática introduz na

escola movimentos importantes como: participação de alunos, pais,

professores e comunidade.

O Grêmio é um órgão representativo do corpo discente de cada unidade

escolar e tem por finalidade favorecer o desenvolvimento da consciência

crítica, da prática democrática, da criatividade e iniciativa.

Os alunos reconhecem como assuntos pertencentes ao grêmio: o debate,

participação nas decisões, escolha de representante, a comunicação entre os

membros da escola, trabalho coletivo, valorização da cultura e independência

do grupo.

Page 15: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

15

3.3 Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,

consultiva e fiscal, não tendo caráter político-partidário, religioso, racial e nem

lucrativos, não sendo remunerados seus dirigentes e/ou Conselheiros. O

Conselho Escolar tem por finalidade efetivar a gestão escolar, na forma de

colegiado, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade

escolar e os setores da escola, constituindo-se como órgão auxiliar da direção

do estabelecimento de Ensino.

Page 16: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

16

4. REGIMENTO ESCOLAR

Regimento Escolar é o documento que estabelece os objetivos, normas,

procedimentos do Estabelecimento de Ensino. Encontra-se devidamente

aprovado pelo Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Sul, podendo

ser alterado de acordo com as decisões do conselho Escolar, se assim

considerar necessário.

Page 17: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

17

5. PLANO DE AVALIAÇÃO INTERNA E SISTEMÁTICA DO CURSO

A avaliação concebida por este Estabelecimento terá um caráter

totalizante, isto é, não serão apenas focalizados os resultados, mas também o

processo. As ações serão avaliadas desde a sua formulação, implementação,

execução, resultados e impactos. Seu fim é propiciar a tomada de novas

decisões.

A avaliação será desenvolvida mediante a participação de todos: pais,

alunos, funcionários, professores, equipe de gestores, em vários momentos

durante o ano letivo:

Conselho Escolar: O Conselho Escolar fará reuniões mensais nas quais,

além dos assuntos de rotina, o projeto do Estabelecimento será avaliado.

Conselho de Classe: Além do que lhe é próprio, fazer avaliação da

aprendizagem no Conselho de Classe a avaliação se dará em dois níveis. Os

alunos farão o pré-conselho em sala de aula, no qual terão oportunidade de

destacar os avanços, os recuos e sugerir caminhos. Os resultados do pré-

conselho serão materiais de análise no Conselho de Classe, no qual poderão

ser convidados alunos e pais.

Reunião com os pais: a reunião com os pais é um momento importante

para o Estabelecimento. Ela deve ter um caráter participativo. Para evitar que

os pais se sintam inibidos, terão a palavra para que se expressem livremente

sobre o Estabelecimento em geral, ou questões específicas, conforme o caso.

Reunião Pedagógica: é o momento importante no processo de

aprendizagem, uma vez que são nas reuniões pedagógicas que se

aprofundam, revêem decisões e planejamentos.

Pesquisa: a fim de garantir o diagnóstico da realidade a pesquisa será

desenvolvida da seguinte maneira: os alunos recebem uma folha com as

Page 18: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

18

questões. Para garantir a sinceridade da avaliação não há espaço na folha

para a identificação do aluno. No final da avaliação as folhas são recolhidas e

misturadas. Somente então se inicia a apuração. As questões são diretas, do

tipo: que nota você dá para ao C. E. Herbert de Souza? O aluno pode escolher

entre cinco opções: Excelente, Bom, Regular, Ruim e Péssimo. Pode também

se preferir, deixar em branco ou anular, embora não recomendamos esse

procedimento. As avaliações consideradas nulas são quando assinaladas mais

de uma resposta para a mesma questão. A pesquisa será desenvolvida uma

vez por ano, por volta do encerramento do 3º trimestre, de forma simultânea,

em todas as salas de aula.

Reunião geral para avaliação: essa reunião acontecerá no final de cada

ano letivo, em data a ser marcada, com a função principal de avaliar o ano em

questão e definir procedimentos para o ano seguinte.

Page 19: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

19

6 MARCO REFERENCIAL

6.1 A escola que queremos construir

A escola que queremos construir pretende alcançar os seguintes

objetivos: que prepare para a cidadania, seja democrática, autônoma, de

qualidade e que atenda às diversidades.

6.2 Escola que prepare para a cidadania

Segundo a Constituição Brasileira, é dever da escola preparar o indivíduo

para o “exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”

(CONSTITUIÇÃO FEDERAL: 1988). Em seu livro, Participação é conquista,

Pedro Demo afirma: “...a função insubstituível da educação é de ordem política,

como condição à participação, como incubadora da cidadania, como processo

formativo. Se um país cresce sem educação, não se desenvolve sem

educação”. (Demo: 1996). Enfim, a escola deve preparar o cidadão para a vida.

Ter clareza dessa função social é fundamental para realizar uma prática

pedagógica competente, comprometida e de qualidade.

Mas como a escola pode cumprir esse papel diante da atual conjunta

mundial?

Segundo a UNESCO: “A educação deve transmitir, de fato, de forma

maciça e eficaz, cada vez mais saberes e saberes fazer evolutivos, adaptados

à civilização cognitiva, pois são as bases das competências do futuro”

(UNESCO: 1997). Porém a Escola não pode se limitar à função socializadora.

Ela deve instrumentalizar o cidadão a usar os conhecimentos. Caso contrário,

ele ficará submerso num mundo de informações sem saber manipulá-las. “à

educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e

constantemente agitado e ao mesmo tempo, a bússola que permita navegar

através dele” (UNESCO: 1997). Diante disso, uma postura quantitativa, isto é,

assimilar uma grande quantidade de conhecimentos em determinado momento

da vida não é possível e nem adequada. “É, antes, necessário estar à altura de

aproveitar e explorar, do começo ao fim da vida, todas as ocasiões de se

Page 20: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

20

atualizar, aprofundar e enriquecer estes primeiros conhecimentos, e de se

adaptar a um mundo em mudanças”. (UNESCO:1997).

Portanto, para responder às necessidades do mundo atual, a escola

deve capacitar o cidadão para que ele seja capaz de: aprender a conhecer; a

fazer, aprender a viver juntos e a ser.

6.3 Escola Democrática

Escola democrática tem como processo básico uma sociedade

democrática. Segundo Edgar Morim, “a democracia é mais do que um regime

político; é a regeneração contínua de uma cadeia complexa e rotativa: os

cidadãos produzem a democracia que produz cidadãos” (Edgar Morin: 1999).

Ainda segundo Edgar Morim, “na democracia o indivíduo é cidadão,

pessoa jurídica e responsável; por um lado, exprime seus desejos e interesses,

por outro, é responsável e solidário com sua cidade” (Edgar Morim: 1999). Fato

que não ocorre nas sociedades totalitárias ou autoritárias. Cabe à escola

propiciar a sua comunidade a vivência da democracia, pois, por enquanto, não

se conhece outra forma de organização que possa pretender substituir a

democracia. Só a democracia admite liberdade de expressão, organização,

pluralismo e justiça social. Trata-se de uma criação contínua, que precisa se

reinventada a cada momento, que apela à colaboração de todos.

Para ser democrática, a escola precisa levar em conta a diversidade dos

indivíduos, dos grupos humanos, a multiplicidade dos talentos, das raízes

culturais, religiosas... Deve desenvolver métodos de ensino que evitem

traduzir-se numa prática excessivamente seletiva, baseada nos resultados

escolares, levando muitos a se evadirem de seus meio...

Outro pressuposto fundamental é que a escola somente é democrática se

ela dá a cada um a oportunidade de participar ativamente do projeto. Em outras

palavras, a escola somente é democrática se ela é sustentada pela ação

coletiva da comunidade. É no dia-a-dia da atividade escolar que cada um deve

assumir as suas responsabilidades em relação ao projeto. A participação não

poderá ser uma matéria a ser ensinada, como se fosse uma aula de

alfabetização política. A democracia aqui proposta, quer levar a comunidade a

Page 21: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

21

envolver-se de forma bem concreta em seu projeto, através da participação de

todos nos órgãos já constituídos: Conselho Escolar, APMF, Conselho de

Classe, Reunião Pedagógica, na escolha do gestor, funcionários, professores...

6.4 Escola Autônoma

Querer uma escola autônoma é muito difícil, pois grandes questões

em relação à escola estão fora do seu alcance. São definidas em outras

instâncias, cabe à escola apenas cumpri-las. Por exemplo, a autonomia

filosófica não é possível, pois seus fins e objetivos já estão estabelecidos pela

sociedade e consagrados em lei. Autonomia política, também parece não

existir, pois se assim fosse cairia por terra o próprio conceito de sistema escola.

Autonomia administrativa se restringe a pequenas despesas. O orçamento,

execução e controle são regidos por leis federais e estaduais.

Diante do exposto, faz sentido querer uma escola autônoma?

Acreditamos que sim. Não se trata de defender a autonomia integral,

absoluta, pois como vimos nas atuais condições ela não seria possível. A

autonomia aqui proposta é relativa. “Escola autônoma é a da escola com seus

projetos próprios, construídos a partir de um consenso de sua comunidade e do

que é melhor para ela” (Ilma M.P. Macedo: 1997). É no aspecto pedagógico,

modo de ensinar, avaliar que a escola pode propor o novo. É, portanto, dentro

do seu próprio seio que a autonomia precisa ser construída. São novas

relações humanas, modos de ensinar, de produção de conhecimento, de

avaliar que precisam ser gestados e paridos. A prática pedagógica deve

propiciar ao aluno vivenciar o cidadão, a sociedade que queremos.

6.5 Escola de Qualidade

Muitas vezes se afirma que qualidade tinha a escola do passado.

Hoje o que se tem é uma grande confusão. Ninguém sabe ao certo o que se

quer. A qualidade aqui proposta é difícil, precisa ser construída, mas nem por

Page 22: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

22

isso, impossível. A proposta não é encontrar métodos mais agradáveis e nem

afrouxar a disciplina, mas descobrir o quanto se tem satisfação, alegria por

aprender, conhecer, ou seja, pretende-se uma escola onde o aluno tenha

alegria, satisfação, contentamento ao desvendar os “segredos” da cultura

elaborada. O momento de ser feliz é agora, na sala de aula.

A satisfação e a alegria aqui proposta não devem ser alcançadas

através de métodos mais simpáticos, ou a relação simpática entre professores

e alunos. Não se deve renunciar a esses valores, eles são conseqüências e

não causa. O foco deve ser a satisfação que a escola propicia ao seu aluno

quando ele desvenda os mistérios da cultura elaborada. É aquela vibração que

o aluno expressa, “entendi, compreendi”... “...è a passagem de uma perfeição

menor a uma perfeição maior” (Spinoza). Na sala de aula onde há alegria, há

um passo à frente, crescimento de personalidade, um sucesso foi atingido e a

alegria é tanto maior quanto mais difícil for o objetivo a ser alcançado.

6.6 Atende à Diversidade

A sociedade brasileira é constituída por uma grande diversidade de

cidadãos: raça, credo, condição social, sexo... , com diferentes níveis de

dificuldades e diferenças. Como a escola é uma instituição inserida na

sociedade, as diferenças também fazem parte de sua comunidade escolar.

Responder com dignidade às diferenças, na perspectiva de inclusão, coloca-se

como imperativo da qual a escola não pode eximir-se. Fundada no princípio de

igualdade de condições, no direito de educação para todos, pretende-se uma

escola com uma prática pedagógica que respeite o educando de acordo com

suas necessidades, adaptando, se necessário o currículo, os métodos, as

técnicas, os recursos educativos... Fazendo com que o aluno com

necessidades especiais se sinta um cidadão pleno.

Page 23: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

23

7. O CIDADÃO QUE QUEREMOS FORMAR

Ante as inúmeras transformações provocadas pela globalização, a

educação, embora sendo a única responsável pela formação dos indivíduos,

desempenha um papel insubstituível quando se trata da preparação das novas

gerações. Segundo a Unesco, a preparação do cidadão do terceiro milênio

deve organizar-se em torno de quatro linhas mestras: aprender a fazer, a

conhecer, a viver com os outros e a ser.

Diante do exposto, ao concluir o Ensino Fundamental e Médio, o

aluno do Colégio Estadual Herbert de Souza deverá ser capaz de:

Enfrentar os desafios do mundo do trabalho contemporâneo –

preparação para o trabalho: os principais objetivos aqui pretendidos são:

criatividade, iniciativa, trabalho em equipe. “...competência como condição não

apenas de fazer, mas de saber fazer e sobretudo de refazer permanentemente

a (...) relação com a sociedade, a natureza e o indivíduo, usando como

instrumentação crucial o conhecimento inovador” (Demo: 1997). Trata-se não

apenas de executar as tarefas do dia a dia, mas de inovar, superar problemas,

conflitos, dificuldades, de forma criativa, lúcida e crítica. Enfim, um sujeito

capaz de encontrar soluções, de forma individual ou coletiva.

Aprender sempre: Trata-se de um cidadão que tem prazer de

compreender, de conhecer, de descobrir. Um cidadão capaz de compreender

que o processo de aprendizagem nunca está concluído. Um cidadão que se

preocupa com a formação permanente.

Participar ativamente da construção de um mundo melhor – o

exercício da cidadania: trata-se de formar um cidadão de direitos/deveres;

preocupado com a justiça social e engajado na construção de um mundo

melhor, isto é, diminuição das diferenças sociais, econômicas, políticas,

religiosas... Enfim, um cidadão apto para viver num mundo multicultural, plural.

Ser ético: Trata-se de criar atitudes/valores ante o mundo da

economia, política, consumismo, sexo, drogas, meio ambiente, violência... Um

cidadão compreensivo, tolerante em relação às diferenças e ao pluralismo

cultural; um cidadão que respeita as diferenças: raça, sexo, idade, credos,

condição social, cultural, política e ideológico. Um cidadão que exige a

Page 24: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

24

igualdade de todos perante a lei. Solícito para com o outro: não apenas com os

familiares e amigos, mas em relação com todos os seres humanos; solidário

tanto nas necessidades quanto nas competições “O mundo é uma grande

aldeia, se um andar pegar fogo, o teto por cima de nós, fica igualmente

ameaçado”. Que repudia as injustiças, que se posiciona ao lado dos

injustiçados, que respeita o outro, mas, que exige para si o mesmo respeito,

requisito fundamental para a paz no mundo.

Aberto a mudanças: que aceita as mudanças e se esforça para que

elas aconteçam num sentido positivo. Responsável em relação ao meio

ambiente e comprometido com o desenvolvimento sustentável.

Page 25: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

25

8. ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS POR ÁREA DE CONHECIMENTO

8.1 Ensino Fundamental

Compreender a cidadania como participação social e política, assim como

exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotados no dia a dia,

atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o

outro e exigindo para si o mesmo respeito;

Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes

situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de

tomar decisões coletivas;

Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais,

materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de

identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país;

Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro,

bem como aspectos sócio-culturais de outros povos e nações, posicionando-se

contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe

social, crenças, sexo, etnia ou outras características individuais e sociais;

Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,

identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo

ativamente para melhoria do meio ambiente;

Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de

confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de

inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na

busca de conhecimento e no exercício da cidadania;

Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos

saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com

responsabilidade em relação a sua saúde e à saúde coletiva;

Utilizar as diferentes linguagens: verbal, musical, matemática, gráfica,

plástica e corporal - como meio para produzir, expressar e comunicar suas

idéias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e

privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação;

Page 26: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

26

Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos

para adquirir e construir conhecimentos;

Questionar a realidade formulando-se problemas e tentando resolvê-los,

utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a

capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua

adequação.

8.2 Ensino Médio

O Ensino Médio objetiva, através de conteúdos, metodologias e formas de

acompanhamento e avaliação a que o aluno demonstre:

Domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem as

modernas formas de produção;

Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;

Domínio dos conhecimentos de ciências humanas e ambientais

necessários ao exercício da cidadania.

8.3 Áreas de Conhecimento

a) Base Nacional Comum

Artes/Arte

Biologia;

Ciências;

Educação Física;

Ensino Religioso;

Filosofia;

Física;

Page 27: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

27

Geografia;

História

Língua Portuguesa;

Matemática;

Química;

Sociologia;

b) Parte Diversificada

Língua Estrangeira Moderna – Inglês;

Celem : 1º e 2º anos - Espanhol

8.4 Apresentação Geral das Disciplinas

1 Arte

A arte é uma das formas de expressão mais antiga. Ela toca

profundamente o nosso ser, e nos transmite uma série de sentimentos. Devido

a sua importância, as habilidades artísticas foram transmitidas de pessoa para

pessoa desde épocas remotas, iniciando-se assim o ensino das artes. Desde

então a Artes vem passando por diversas transformações.

A arte se utiliza de formas simbólicas que incorporam expressões. De

acordo com Swanwick (1979, p. 39) os padrões de nossas emoções e

sensações podem estar presentes nas artes, e por causa da sua natureza

dinâmica e fluida, estes padrões estão presentes em movimento, assim como

nossos sentimentos. As artes, neste sentido, remetem ao sentimento, ou se

parece com ele, ela pode nos mostrar como os sentimentos são.

Page 28: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

28

A arte se utiliza de padrões, ou traços de experiência sentidos por meio de

gestos precisos, plásticos, de peso, espaço, movimento e tensão relativos.

Dessa maneira e neste nível ela tem “significado” ou significância e pode,

portanto, ser vista como veículo para a comunicação ou “informação". A

estrutura de operação difere da linguagem falada em que, diferente de

definições de dicionário, as “normas” são estabelecidas e restabelecidas em

cada peça e em estilo de cada período. O nível de precisão varia e flutua de

maneira contínua na experiência artística, promovendo assim um

relacionamento ativo com a obra. Somos continuamente relembrados de que a

arte não é apenas um veículo para nossa vida fantasiosa. A obra é vista como

tendo uma “vida” própria.

É fascinante falar na importância da arte na vida do ser humano, pois são

muitas as descobertas, conquistas e realizações que ela nos possibilita, que

por si já justificam a sua verdadeira identidade. Arte-educador na sua essência,

tem o privilégio de um olhar mais sensível às várias questões como: valores

sociais, religiosos e até mesmo psicológicos. Neste sentido, a arte busca então

meios de se expressar de acordo com as suas diversas linguagens, como a

dança, o teatro, a música ou as artes visuais.

Contemplando essas linguagens através da construção de uma educação

multicultural na escola do Brasil, é necessário apresentar aos jovens uma das

raízes na formação do povo brasileiro que é a cultura africana com sua história

e particularidades. Transformada em forma de Lei n° 10.639/03, traz uma

ruptura com a exclusividade do modelo eurocêntrico, buscando a grandeza e a

beleza de uma cultura tão próxima, porém, distante no conhecimento que se

nos apresenta. As aulas de Arte são um apoio sem igual e através da qual

podemos aprofundar os diálogos e compreender as complexidades culturais.

Page 29: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

29

É por meio das linguagens que podemos provocar e talvez tenha sido o fio

condutor mais poderoso, utilizado por projetos sociais há muito tempo, e cada

vez mais, pelos tantos problemas existentes na sociedade, funcionando como

resgate de jovens que necessitam ser valorizados como indivíduos sociais

participantes da sua promoção humana. Sem falar na execução de projetos de

arte que podem e devem acontecer no espaço escolar, estimulando cada vez

mais o aluno enquanto agente social.

Outro aspecto importantíssimo a ser ressaltado no ensino de Arte é no

que diz respeito à história e cultura do nosso Paraná (Lei n° 13.381/01). É de

extrema importância conhecer os conteúdos relacionados a este Estado,

aprofundando a compreensão sobre a posição da arte paranaense em nosso

país.

Desde os primeiros viajantes que passaram aqui no Paraná, registrando

por meio de desenhos e litogravuras as paisagens pitorescas. Com a criação

da Escola de Belas Artes e Indústrias em 1886, por Antônio Mariano de Lima,

que empenhou um papel relevante do desenvolvimento das artes plásticas e da

música na cidade. Conhecendo Alfredo Andersen, considerado o “Pai da

Pintura Paranaense”. A expressão de Guido Viaro, que trouxe expressão dos

trabalhos. É de grande valia apresentar aos nossos alunos todo histórico que

impulsionou as artes do Paraná até a contemporaneidade.

A arte pode ser agradável, pode manter as pessoas afastadas da rua,

pode gerar empregos, pode engrandecer eventos sociais... Mas a razão que

justifica as artes no sistema educacional, e que faz com que ela persista em

todas as culturas, é o fato de ser uma forma simbólica, uma forma de discurso

tão antiga quanto a raça humana, um meio no qual as idéias acerca de nós

mesmos e dos outros são articuladas.

Page 30: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

30

A transformação social é um processo contínuo, é preciso que o professor

retome caminhos criando mecanismos que mudem o pensar e agir. Uma das

formas é por intermédio do respeito ao meio ambiente (lei n.º 9795/99),

devemos incutir no aluno por meio da conscientização o envolvimento em

proteger o local em que vive, trazendo formas criativas de materiais e outros,

envolvendo escola e comunidade, demonstrando que o desperdício está fora

de questão e que cada um de nós é importante na construção e participação da

sustentabilidade.

De acordo com A. M. Barbosa e também de Swanwick isto só é possível

através da apreciação, da composição ou criação, performance ou fazer

artístico, e estes itens precisam ser apoiados e reforçados pela literatura de

estudo e soma de habilidades, ou seja, bibliografia variada de história da arte e

outros assuntos de envolvimento artístico e desenvolvimento técnico.

1.1 Objetivos Gerais

Através da apreciação, da composição, do fazer artístico, da literatura de

estudo, da soma de habilidades, do sentir e perceber e da interação humana, o

estudante deverá ser capaz de:

Reconhecer e produzir em artes uma variedade de gestos expressivos.

Identificar e demonstrar a operação das normas e desvios, de acordo com

os estilos e gêneros trabalhados.

Demonstrar discernimento auricular, visual e de movimento, fluência

técnica, uso de notações.

Perceber a importância das artes assim como a possibilidade de interação

entre elas.

Page 31: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

31

Sensibilizar-se através da música, da dança, do teatro, e das artes

visuais.

Conhecer as diferentes culturas do Brasil e do Mundo.

Desenvolver sua criatividade através de estímulos com produções

artísticas nas diversas linguagens da arte.

Compreender a importância do corpo e do movimento, e a percepção dos

diferentes significados de cada um, através da análise.

Desenvolver a capacidade crítica e a consciência da função de cidadão.

Montar e categorizar informações sobre Arte e artistas.

Cooperar com os outros e encontrar prazer em experiências

compartilhadas.

1.2 Conteúdos Estruturantes

Constituem uma identidade para a disciplina de Arte e uma prática

pedagógica que inclui as quatro áreas de Arte. São conhecimentos de grande

amplitude, conceitos que se constituem em fundamentos para a compreensão

de cada uma das áreas de Arte.

Os conteúdos estruturantes para a disciplina de Arte na educação básica

são os seguintes:

Elementos formais;

Composição;

Movimentos e períodos;

Tempo e espaço;

Elementos formais: está relacionado a estrutura. São a matéria prima para

produção artística e conhecimento em Arte. Estes elementos são utilizados

para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em cada uma delas.

Page 32: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

32

Composição: é o processo de organização e desdobramento dos

elementos formais que constituem uma produção artística.

Movimentos e períodos: o conteúdo estruturante “movimentos e períodos”

caracterizam-se pelo contexto histórico relacionado do conhecimento em Arte.

Este conteúdo revela aspectos sociais, culturais e econômicos presentes numa

composição artística e explicitam uma relação interna e externa de um

movimento artístico em suas especificidades, gêneros, estilos e correntes

artísticas.

É importante considerar que os movimentos correspondem ao imaginário

social e que representam uma determinada consciência social, nas quatro

áreas de Arte. Às vezes, um determinado movimento artístico não corresponde

ao mesmo período histórico da música, do teatro, da dança, ou das artes

visuais.

Tempo e espaço: este conteúdo estruturante tem dupla dimensão, pois

constitui, também uma categoria articulada na Arte e tem um caráter social. É

categoria articuladora porque está presente em todas as áreas da disciplina.

Seu caráter social é relevante porque a Arte tem historicamente a peculiaridade

de alterar a noção do tempo e espaço do ser humano, de modo particular dos

sujeitos de séc. XXI, em decorrência do surgimento das novas tecnologias dos

meios de comunicação.

Determinada pelo modo de produção capitalista contemporânea, a vida

cotidiana de jovens e adultos está relacionada com a média tecnológica:

internet (orkut, blogs, youtube, Messenger, e-mail), telefonia celular,

computador e outros mios de comunicação. Mesmo os que não tem acesso a

esses meios, mantêm contato com a televisão e com jogos eletrônicos.

Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são

interdependentes e de mútua determinação.

Page 33: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

33

1.3 Conteúdo - Ensino Fundamental

5ª SÉRIE:

ARTES VISUAIS

Ponto;

Linha;

Textura;

Cor: primária, secundária, terciária, policromia e monocromia;

Letra;

Simetria;

MÚSICA

Altura;

Timbre;

Intensidade;

Densidade;

Duração;

Registro gráfico do som;

Instrumentos Musicais;

Sons naturais,

Sons culturais,

Família de instrumentos,

Vozes e canto;

Page 34: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

34

DANÇA

Progressão qualitativa do movimento

Movimento corporal tempo e espaço:

saltos,

elementos de movimento,

direção: frente, trás, lados, cima, baixo, diagonais.

Movimentos articulares;

TEATRO

Construção de personagem;

Expressão corporal;

Expressão vocal;

Ação dramática;

Espaço;

Improvisos;

Jogos cênicos;

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Pré-história;

Arte egípcia;

Arte grega;

Arte romana;

Arte no Brasil: popular, história e cultura afro-brasileira e africana,

paranaense;

Page 35: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

35

6ª SÉRIE:

ARTES VISUAIS

Elementos de composição;

Simetria; Volume;

Cor (análogos, quentes, frios, neutra e complementares)

Profundidade; Proporção; Perspectivas;

Luz e sombra;

MÚSICA

Ritmo;

Altura;

Timbre (graves e agudos);

Percepção tímbrica;

Intensidade;

Densidade;

Duração;

Canto;

Aparelho fonador;

Pulso;

Tempo;

Sons longos e curtos;

Registro geral do som;

Page 36: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

36

DANÇA

Progressão qualitativa do movimento;

Movimento corporal tempo e espaço: giros, elementos de movimento,

espaço, nível (alto, médio, baixo), movimentos articulares cervical abdominal;

Agrupamento / Dispersão;

Sobreposição;

Ritmo;

Harmonia;

TEATRO

Construção de personagem;

Expressão corporal;

Expressão vocal;

Ação dramática;

Espaço;

Improvisos, jogos cênicos;

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Arte palio-cristã;

Idade média;

Renascimento;

Barroco;

Arte no Brasil e paranaense;

História e cultura afro-brasileira e africana;

Pré-colombiana;

Page 37: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

37

7ª SÉRIE:

ARTES VISUAIS

Elementos de composição;

Simetria;

Volume;

Cor (luz, pigmento)

Profundidade;

Proporção;

Perspectivas;

Luz e sombra;

Figura humana;

Caricatura;

MÚSICA

Ritmo;

Melodia;

Estilos musicais;

Duração;

Variação;

Densidade;

Sons naturais, sons culturais,

família dos instrumentos, vozes, canto;

DANÇA

Progressão qualitativa do movimento;

Page 38: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

38

Movimento corporal tempo espaço: rolamentos, elementos de movimento,

peso;

Movimentos articulares de membros superiores;

Base de suporte (pés, joelhos, nádegas, costas, barriga, mãos, cotovelos);

Peso;

Força;

Movimento corporal tempo espaço: caminhar, correr, rolar, arrastar,

deslizar, girar deslocando-se;

TEATRO

Expressão corporal;

Expressão vocal;

Ação dramática;

Espaço;

Cenário;

Figurino;

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Neoclassicismo;

Romantismo;

Realismo;

Impressionismo;

Pós-impressionismo;

Arte no Brasil;

Historia e cultura afro-brasileira e africana;

Page 39: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

39

8ª SÉRIE:

ARTES VISUAIS

Elementos de composição,

cor,

simetria,

volume,

profundidade,

proporção,

luz e sombra noções de perspectivas,

publicidade,

fotografia,

grafite,

design, moda;

MÚSICA

Altura;

Timbre;

Intensidade;

Densidade;

Duração;

Estilos;

Sonoplastia;

Trilhas sonoras;

Estruturação musical;

Page 40: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

40

DANÇA

Progressão qualitativa do movimento,

quedas,

elementos de movimento,

fluência (livre, controlada, interrompida),

movimentos articulares de membros inferiores,

movimento corporal tempo e espaço,

agrupamento,

dispersão,

ritmo,

harmonia;

TEATRO

Construção de personagem;

Expressão corporal;

Expressão facial;

Expressão vocal;

Ação dramática;

Espaço cênico;

Direção;

Montagem teatral;

Iluminação;

Cenografia;

Page 41: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

41

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Movimentos artísticos do séc. XX;

Semana de arte moderna;

Movimentos contemporâneos;

História e cultura afro-brasileira e africana;

História paranaense;

Indústria cultural;

Teatro do oprimido;

Teatro do absurdo;

1.4 Conteúdo - Ensino Médio:

1º ano:

ARTES VISUAIS

Ponto;

Linha;

Texturas;

Cor;

Simetria;

Elementos compositivos;

Multimeios;

MÚSICA

Ritmo;

Altura;

Page 42: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

42

Timbre;

Percepção tímbrica;

Intensidade;

Densidade;

Duração;

Canto;

Aparelho fonador;

Pulso;

Tempo;

Sons longos e curtos;

Melodia;

Gêneros: erudita, folclórica;

Estilos;

Novas tendências;

TEATRO

Construção de personagem;

Expressão corporal;

Expressão vocal;

Ação dramática;

Espaço cênico;

Teatro pobre e do oprimido;

Técnicas;

Page 43: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

43

DANÇA

DANÇA CONTEMPORÂNEA

Três Pilares Básicos

Desenvolvimento de qualidades físicas e habilidades motoras;

Desenvolvimento da consciência do movimento através dos elementos de

movimento e qualidades derivadas;

Desenvolvimento da criatividade;

DANÇA CONTEMPORÂNEA

Desenvolvimento de qualidades físicas e habilidades motoras;

Desenvolvimento da consciência do movimento através dos elementos de

movimento e qualidades derivadas. (LABAN)

Fluência: livre, controlada ou interrompida;

Peso: ativo ou passivo – do centro para o centro, do centro para a

periferia, de periferia para a periferia, da periferia para o centro;

Espaço: direções, frente, trás, lados; níveis alto, médio ou baixo;

dimensões pequena, média ou grande; extensões perto ou longe; planos

coronal, sagital ou transversal; foco; desenhos espaciais e padrões de solo;

Tempo: velocidades lenta, média, rápida, crescente ou decrescente;

Ritmo: variações de unidade de tempo;

Desenvolvimento da criatividade:

Forma;

Da forma para o movimento;

Movimento;

Movimento corporal;

Page 44: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

44

Expressão corporal;

Perspectivas de inclusão de portadores de necessidades motoras

especiais;

CINEMA

CINEMA HISTÓRIA

Em seus primórdios, o cinema era um reflexo da realidade, como nos

documentários dos irmãos Lumière, mas a partir das fantasias de Méliès

passou a ser valorizado como uma verdadeira arte, com seus próprios recursos

expressivos.

CINEMA ARGUMENTO

Tempo e Espaço

O trabalho no cinema combina tempo e espaço, de maneira diversa à de

todas as outras artes, que utilizam ou o espaço (escultura) ou o tempo (música)

para obter um ritmo narrativo.

Cinema (Plano)

A unidade básica de um filme é o plano, tomada feita pela câmera de uma

só vez, sem interrupção. Graças a montagem, diferentes planos podem dar-nos

uma visão completa de um objeto.

Cinema (Produção)

Indústria cinematográfica;

O cinema, como indústria, necessita de empresas produtoras que

disponham de financiamento e estrutura para realizar filmes. O financiamento

pode ser estatal ou privado.

Page 45: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

45

1.5 Encaminhamento Metodológico

Nestas Diretrizes, o professor deve considerar para quem, como, por que

e o que será trabalhado em sala de aula. Tal trabalho deve se pautar pela

relação que o ser humano tem com a arte, desenvolver um trabalho artístico e

sentir e perceber as obras artísticas.

No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. Dessa forma,

devem-se contemplar, na metodologia do ensino de arte, três momentos da

organização pedagógica:

O sentir e perceber: são as formas de apreciação e apropriação da obra

de arte;

O trabalho artístico: é prática criativa de uma obra, e

O conhecimento em arte: fundamenta e possibilita ao aluno que sinta e

perceba a obra artística, bem como desenvolva um trabalho artístico para

formar conceitos artísticos;

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou

pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas,

espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.

Estas devem ser apoiadas e reforçadas pela literatura de estudo e soma

de habilidades.

Através destas atividades:

Possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas de música, teatro,

dança e artes visuais, para que os mesmos possam familiarizar-se com as

diferentes formas de produção da arte. Deve também envolver apreciação e

apropriação com o conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar

as obras e a realidade, transcendendo as aparências.

Page 46: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

46

Transmissão do conhecimento feita através de abordagem teórica,

seguida de trabalho artístico considerando sempre o sentir e o perceber.

Prática artística como momento do exercício da imaginação e da criação

(composição). Esse processo de criação é construído juntamente com o

conhecimento em arte, ou seja, o aluno faz sabendo o que e o porquê está

fazendo.

Exposições realizadas com os trabalhos dos alunos, possibilitando-os

assim a oportunidade não só de divulgação mas sim, de sentir e perceber o

trabalho dos colegas.

Todo o encaminhamento poderá ser realizado individual ou coletivamente.

1.6 Avaliação

A avaliação se dará à medida que o estudante realizar produções

artísticas como: Composições (criações artísticas); Performances

(interpretações, re-leituras, etc.); Apreciações e análises, com argumentações

fundamentadas nos conteúdos trabalhados durante o período. Aplicação de

diferentes técnicas artísticas, de acordo com as possibilidades de materiais e

espaço físico da escola, e possibilitando sua utilização nas demais disciplinas.

De acordo coma a LDB (n. º 9.394/96 art. 24, inciso V) a avaliação é

“contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do

período sobre os de eventuais provas finais”. Na deliberação 07/99 do

Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art. 8º), a avaliação almeja “o

desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração

a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas

atividades realizadas”.

Page 47: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

47

De fato, a avaliação requer parâmetros para o redimensionamento das

práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a

produção do aluno. Ou seja, a avaliação permite que se saia do lugar comum,

dos gostos pessoais, de modo que se desvincula de uma prática pedagógica

pragmatista, caracterizada pela produção e resultados ou a valorização

somente do espontaneísmo. Ao centrar-se no conhecimento, a avaliação gera

critérios que transcendem os limites do gosto e das afinidades pessoais,

direcionando de forma sistematizada o trabalho pedagógico.

A avaliação em Artes supera o papel de mero instrumento de medição da

apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente

significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros

comparativos entre os alunos, se discute dificuldades e progressos de cada

um, a partir da própria produção. Assim, leva-se em conta a sistematização dos

conhecimentos para a compreensão mais efetiva da realidade.

O método de avaliação proposto nestas Diretrizes inclui observação e

registro do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades

percebidos na apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve

avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se

relaciona com os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse

processo, o aluno também deve elaborar seus registros de forma

sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, com

oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos

colegas.

Page 48: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

48

1.7 Referências

PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação n.º 007/99, de

09 de abril de 1999. Normas gerais para avaliação do aproveitamento escolar,

recuperação de estudos e promoção de alunos, do sistema estadual de ensino,

em nível do ensino fundamental e médio. Relatores: Marília Pinheiro Machado

de Souza e Orlando Bogo. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação.

Departamento de Ensino de Primeiro Grau.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino

Médio. Texto elaborado pelos encontros de formação continuada / Orientações

curriculares. Curitiba: SEED / DEM, 2003 / 2005. Mimeo.

2. Biologia

2.1. Histórico da Disciplina

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao

longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre

esse fenômeno numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-

lo.

Fernandes (2005) afirma que:

Desde os estudiosos de química e física do iluminismo, herdeiros dos

filósofos que tentaram explicar os fenômenos naturais na antigüidade, aos

naturalistas que se ocupavam da descrição das maravilhas naturais do novo

mundo, passando pelos pioneiros do campo da medicina, todos contribuíram

no desenvolvimento de campos de saber que acabaram reunidos, na escola,

sob o nome de ciências, ciências físicas e biológicas, ciências da vida, ou

ciências naturais.

Page 49: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

49

A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos

naturais levou o homem a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu

papel como parte deste mundo. Tal interesse sempre esteve relacionado à

necessidade de garantir a sobrevivência humana.

Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as

observações dos diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração

das plantas foram sendo registradas nas pinturas rupestres, como forma de

representar sua curiosidade em explorar a natureza.

Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no

Ensino Médio não implicam o resultado da apreensão contemplativa da

natureza em si, mas os modelos teóricos elaborados pelo homem – seus

paradigmas teóricos – que evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e

manipular os recursos naturais.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das

diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações para o

ensino, buscou-se na História da Ciência os contextos históricos nos quais

pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram mudanças

conceituais no modo como o homem passou a compreender a natureza.

A História da Ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm origem

desde a Antiguidade. Idéias desse período que contribuíram para o

desenvolvimento da Biologia tiveram como principais pensadores e estudiosos

os filósofos Platão (428/27 a.C. -347 a.C) e Aristóteles (384 a.C. –322 a.C).

Ambos deixaram contribuições relevantes quanto à classificação dos seres

vivos, pois suas interpretações filosóficas buscavam explicações para

compreensão da natureza.

Page 50: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

50

Mesmo sob a influência da Igreja, dentro das universidades as

divergências relativas aos estudos dos fenômenos naturais prenunciaram

mudanças de pensamento dos que não se enquadravam à escolástica.

Ao romper a visão teocêntrica e a concepção filosófico-teológica medieval,

os conceitos sobre o homem passaram para o primeiro plano, de modo que a

explicação para os fenômenos naturais passou a ter nova trajetória na história

da humanidade.

Esse movimento da ciência compreendeu um período de abandono de

idéias antigas e preferência por novos modelos. Limitada pelo pensamento

teológico, a filosofia natural apresentava resposta intuitiva, mágica, voltada à

descrição da natureza imutável e às ações do homem sob a graça divina.

O período entre Idade Média e Idade Moderna foi marcado por mudanças

significativas em diversos segmentos da sociedade. Incentivada pelo

desenvolvimento da navegação, a ampliação da sociedade comercial tornou

favorável a troca de mercadorias, fez aumentar a circulação de bens e dinheiro

e contribuiu para que surgissem mudanças econômicas e políticas, o que

determinou a queda do poder arbitrário da Igreja e abriu caminho para as

revoluções industriais do século XVIII.

Na História da Ciência, na Renascença (séculos XV e XVI), também

houve um período marcado por contradições. Ao mesmo tempo em que

Leonardo da Vinci (1452-1519) introduziu o pensamento matemático, como

instrumento para interpretar a ordem mecânica da natureza; realizaram-se

estudos botânicos sob o enfoque descritivo, com observação direta de fontes

originais, sem preocupação em estabelecer relações entre as plantas e sua

distribuição geográfica.

Na Zoologia, a descrição dos animais também se desenvolveu; porém, de

modo um pouco diferente da botânica. Os animais eram analisados de forma

Page 51: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

51

comparativa com atenção maior à sua classificação. Há registros que indicam

que tais estudos aperfeiçoaram observações feitas por Aristóteles (RONAN,

1987).

Nesse período longo e conturbado, surgiram novas contribuições para a

Biologia; entretanto, muitos naturais se mantiveram sob a influência do

paradigma aristotélico. Carl Von Linné (1707-1778), fundador do sistema

moderno de classificação científica dos organismos, em sua obra Systema

Naturae (1735), propôs a organização dos seres vivos a partir de

características estruturais, anatômicas e comportamentais, “mantendo a visão

de mundo estático idêntico em sua essência à criação perfeita do criador

“(FUTUYMA, 1993, p.2), isto é, classificou os seres vivos mas manteve o

princípio da criação divina.

2.2. Apresentação Geral da Disciplina

O ensino de biologia vem se tornando cada vez mais imprescindível num

mundo em que o constante e vertiginoso desenvolvimento tecnológico

acarretam conseqüências, muitas vezes desastrosas, para a espécie humana e

para o meio ambiente. Em nível nacional é fácil compreender que nesta virada

de século, o Brasil poderá se transformar no grande laboratório vivo da

indústria farmacêutica, seja pela extraordinária biodiversidade de nossos

ecossistemas, como, também, pelo fato de que em nosso país a pesquisa de

estudos em animais ser 60% mais barata que nos países considerados

desenvolvidos.

A análise das imbricações existentes entre as problemáticas econômicas,

social, política, educacional e ambiental só pode ser feita através de uma visão

holística desses processos.

Page 52: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

52

A visão holística da realidade será o diferencial, para os próximos anos, e

determinará o sucesso do ser humano, que adotar este paradigma em suas

áreas de atuação.

No sentido de entendermos que é preciso reconhecer o saber da

experiência, identificando-o, para que, a partir dele, seja desencadeado o

processo reflexivo no professor, e se passe de um saber “fragmentário,

incoerente, desarticulado, implícito, degradado, mecânico, passivo, simplista” a

um saber profissional “unitário, coerente, articulado, explícito, original,

intencional, ativo e cultivado” (Saviani, 1983, p.10). Ou ainda, parafraseando

esse mesmo autor, que se eleve o saber e a prática do professor do nível da

experiência ao nível da consciência pedagógica. Entendemos que nesta faixa

etária que se encontram os alunos do Ensino Médio, a busca pela identidade, o

despertar para a consciência crítica acerca da realidade social e a construção

do projeto de vida, são pontos de desenvolvimento que necessitam ser

trabalhados de forma sistemática. Neste sentido pensamos o trabalho

pedagógico de maneira que contemple o desenvolvimento destes aspectos

importantes na formação do/a adolescente.

Fazer com que o aluno aprofunde sua visão e conhecimento de si e do

mundo, para que sejam desenvolvidas as competências para agir e melhorar a

vida em grupo. Assim propomos uma temática para cada série, onde os

assuntos relacionam-se, e as disciplinas desenvolvem os conteúdos

interligados pelo tema.

O exercício de elaborar e apresentar um trabalho científico acontece

desde a 1ª série. Sendo um dos maiores enfoques da escola, a leitura e

escrita, planejamos o trabalho pedagógico com o objetivo de despertar o prazer

pela leitura e o gosto pela escrita. Através de diversas estratégias didáticas,

nas diferentes disciplinas do currículo, a leitura e a escrita são valorizadas e o

Page 53: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

53

trabalho científico é o grande foco de desenvolvimento da escrita no Ensino

Médio.

“Se temos como objetivo o desenvolvimento integral dos alunos numa

realidade plural, é necessário que passemos a considerar as questões e

problemas enfrentados pelos homens e mulheres de nosso tempo como objeto

de conhecimento. O aprendizado e vivência das diversidades de raça, gênero,

classe, a relação com o meio ambiente, a vivência equilibrada da afetividade e

sexualidade, o respeito à diversidade cultural, entre outros, são temas cruciais

com que, hoje, todos nós nos deparamos e, como tal, não podem ser

desconsiderados pela escola". (Arroyo, 1994, p. 31).

Um problema, uma situação conflitante ou algo que está intrigando alunos

e alunas pode ser um bom início de projeto, uma vez que favorece o interesse

e a busca das informações, esta entendida como construção de saberes

interligados. Indica também a importância de envolver no projeto, várias áreas

de conhecimento, presentes tanto na escola, como fora dela.

O cenário contemporâneo traz questões mais profundas a serem

equacionadas uma vez que a inserção no mundo do trabalho e a própria

manutenção do emprego estão vinculadas, em larga medida, à escolaridade da

população. Neste contexto, a prática da avaliação necessita ser cada vez mais

repensada e aprimorada objetivando não só a melhoria da qualidade do ensino,

como também a democratização das possibilidades de educação.

O laboratório de Biologia proporciona aos alunos um maior contato com a

ciência através de experimentações que envolvem o planejar, o fazer, o

analisar, enfatizando sempre o início de qualquer saber científico: a

observação. Com o uso dos microscópios ópticos, onde o estudante utiliza a

tecnologia para se surpreender com o novo mundo em miniatura; mesa de

dissecação, para abrir exemplares e estudar seu funcionamento; coleções de

Page 54: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

54

zoologia e botânica, para identificar e conhecer os espécimes descritos nos

livros. Com isso desenvolve-se a verdadeira experimentação científica,

reforçando no aluno o pensamento científico que norteia todas as ciências.

Podemos trabalhar com nossos alunos de formas diferenciadas, mas de

um modo geral todas elas têm de envolver atitudes interdisciplinares,

planejamento conjunto, participação ativa e compartilhada entre professores e

seus alunos, bem como aspectos da realidade cotidiana de ambos. Dessa

forma, todos são co-responsáveis pelo desenvolvimento do trabalho e,

principalmente, vislumbram a possibilidade de cada um, expor sua

singularidade e encontrar um lugar para sua participação na aprendizagem.

Esta forma de organização de saberes que vai se construindo como uma rede,

sensibiliza alunos e alunas para aquilo que lhes interessa ou preocupa,

legitimando a função social da escola. Possibilita a validade do conhecimento

aprendido, resultando numa melhor decisão para a qualidade de vida na

sociedade e reconhece o sujeito cidadão, capaz de se inserir no pensamento

coletivo para o compartilhamento de espaços e serviços comuns.

“A ciência é uma construção completamente humana, movida pela fé de

que, se sonharmos, insistirmos em descobrir, explicarmos e sonharmos de

novo, o mundo de algum modo se tornará mais claro e toda a estranheza do

universo se mostrará interligada e com sentido."(E. O. Wilson)

A vida pode ser compreendida em diversos níveis de organização:

molecular, celular, do indivíduo, da população e da ecologia. Ao longo do

ensino médio, o aluno do Herbert de Souza estudará todos esses níveis. Em

cada um deles, os processos estão interligados pelo conceito unificador na

biologia, os da evolução.

O aluno reconhecerá que as espécies estão ligadas através de sua

estrutura molecular, partilhando o mesmo código genético e, inclusive, os

Page 55: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

55

mesmos genes. Essa ligação tem continuidade na forma como os genes se

expressam no desenvolvimento de cada ser, na sua fisiologia e também na

interdependência com o meio ambiente. A percepção dessa comunhão em

todos os níveis deve levar o aluno a um maior respeito pela vida e todas as

suas expressões.

As ciências biológicas ocupam-se em observar, descrever, explicar e

relacionar os diversos aspectos da vida no planeta e têm permitido ampliar e

modificar a visão do homem sobre si próprio e sobre seu papel no mundo.

A atualidade desta disciplina fica evidente no dia a dia. A mídia tem

trazido a público, temas como: biodiversidade, preservação de recursos

naturais, descobertas de novas espécies, estudos de fósseis que modificam ou

confirmam as idéias sobre a evolução da vida, a luta contra microorganismos

resistentes, a formação da consciência e a biologia molecular que constitui uma

forma de poder com implicações que têm sido intensamente debatidas. Os

jovens enfrentarão cada vez mais as decisões e conseqüências do

conhecimento científico. Planejarão geneticamente seus filhos? Farão

substituições de genes para corrigir doenças ou mesmo para estender seu

tempo de vida? Saberão identificar as políticas ambientais corretas? Comerão

alimentos transgênicos? Conhecer, refletir e posicionar-se sobre essas e outras

questões é outro objetivo da disciplina.

A compreensão da vida nos seus detalhes, e todas as implicações são

fascinantes, e é parte desse fascínio que a biologia pretende partilhar com seus

estudantes.

2.3. Objetivos

Propiciar um aprendizado útil à vida e ao trabalho, no qual as informações

e os conhecimentos transmitidos se transformem em instrumentos de

compreensão, interpretação, julgamento, mudança e previsão da realidade.

Page 56: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

56

Preparar o educando para a cidadania no sentido universal e não apenas

profissionalizante, aprimorando-o como ser humano sensível, solidário e

consciente.

Consolidar seus conhecimentos biológicos, possibilitando o

prosseguimento dos estudos e o exercício de uma cidadania responsável;

Ser capaz de refletir criticamente, usando habilidades trabalhadas durante

o curso: observação, identificação, comparação, análise e síntese;

Utilizar o conhecimento biológico para aprimorar-se humanamente,

encontrando caminhos profissionais e pessoais harmônicos com seus

interesses e capacidades.

Relacionar as diversas áreas do conhecimento humano, percebendo

como se associam na ocorrência e na explicação dos fenômenos naturais.

Reconhecer o valor da ciência na busca do conhecimento da realidade

objetiva e utilizar-se dele no seu cotidiano.

2.4. Metodologia

Como fazer? Essa pergunta aflige aqueles cuja tarefa é possibilitar o

aprendizado do aluno. No tocante as estratégicas a serem aplicadas no

desenvolvimento dos conteúdos de Biologia, os PCN, apresentam diversas

propostas úteis ao professor, idéias inovadoras que contribui para as

“Estratégias para ação”, como ao longo da descrição das quatro unidades

temáticas dos temas estruturantes.

O trabalho do professor é o de mediador, ou seja, responsável por

apresentar problemas ao aluno que o desafiem a buscar soluções.

Desenvolver no aluno a capacidade de aprender a aprender, estimular

uma postura curiosa diante dos fatos do cotidiano, relacionar aspectos teóricos

à prática, com vistas a uma inserção consciente no mundo do trabalho são

Page 57: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

57

objetivos que, para serem alcançados, exigem uma metodologia de trabalho

que tome como ponto de referência o aluno, suas reais necessidades e

interesses.

Desse modo, no ensino médio, a metodologia de trabalho pauta-se por

dois princípios básicos: a interdisciplinaridade e a contextualização. Serão

privilegiadas as atividades nas quais os alunos possam estar vivenciando os

conhecimentos aprendidos como:

Visita a ambientes fora do espaço escolar.

Exposição de trabalhos desenvolvidos pelos alunos.

Utilização da informática como instrumento no ensino de biologia.

Utilização de materiais já disponíveis (experimentos, jogos, textos, revistas

científicas, etc.).

A aula de biologia pode ser enriquecida ainda com cartazes, maquetes,

gráficos, tabelas, pranchas, modelos anatômicos, confecção de jornais e

histórias em quadrinhos, cartazes sobre campanhas, esqueletos, produção de

vídeos e fotos, aquário, terrário, globo, microscópio, vidrarias, mapas e muitos

outros materiais que refletirão um espaço de aprendizagem interativo e

estimulante.

2.5. Leis

Lei n° 10639/03

A lei n.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003, altera a lei n°9393, de 20 de

dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases de Educação

Nacional, para incluir no Currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade

da temática “História e Cultura Afro-Brasileira, e dá outras providências”.

“Art. 1º A lei n.º 9394/1996 passa a vigorar acrescida dos seguintes

artigos 26-A, 79-A e 79-B:

Page 58: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

58

Art.26-A Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficial e

particular, tornam-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-

Brasileira.

§1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá

o estudo da História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a

cultura negra brasileira, e o negro na formação da sociedade nacional,

resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social econômica e política

pertinentes a história do Brasil.

§2ª Os conteúdos referentes a História e Cultura Afro-Brasileira serão

ministrados em todo o âmbito do currículo escolar, em especial nas áreas da

Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras”. (Grifos nossos).

A lei deixa nítida a obrigatoriedade do ensino de conteúdos sobre a matriz

negra africana na constituição da nossa sociedade no âmbito de todo o

currículo escolar e sugere a áreas de História, Literatura e Educação Artística

como áreas especiais para o tratamento desse conteúdo, tanto no Ensino

Fundamental como no Ensino Médio.

Quando se opta por introduzir novos conteúdos curriculares um rearranjo

de currículo precisa ser feito, a partir de uma definição de novas prioridades. A

Lei n. 10.639/2003 procura reparar conteúdos que dizem respeito a todos os

brasileiros e que foram ocultados e omitidos historicamente pela sociedade e

pela escola. O princípio da igualdade como base das ações escolares, seja no

âmbito da sociabilidade ou das áreas de conhecimento, deve ser orientador

tanto para a organização de atividades como para a avaliação das práticas

escolares.

Nesse sentido, diversas devem ser as tentativas de arranjos curriculares,

desde a inclusão dos novos conteúdos até a pesquisa de novas abordagens

para conteúdos antigos, possibilitando concepções e perspectivas que

Page 59: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

59

privilegiem o modo de ver e compreender o mundo das populações negro-

africanas.

A Lei n° 13381101 torna obrigatória, no ensino fundamental e médio da

rede pública estadual os conteúdos de História do Paraná, enfatizando temas

regionais, como biomas de região, degradação ambiental, fauna e flora.

A Lei 9.795/99 torna obrigatória a educação ambiental na educação

escolar, a ser desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino,

públicas e privadas, englobando a educação especial, educação profissional e

educação de jovens e adultos.

Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o

indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,

habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio

ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e

sua sustentabilidade.

2.6. Conteúdos Estruturantes

Organização dos seres vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Implicações aos Avanços Biológicos no Fenômeno Vida

2.7. Conteúdos Específicos

1°ANO

Origem da vida:

Histórico: abiogênese e biogênese;

Hipóteses contemporâneas: heterotrófica (experimentos de Oparin,

Abelson, Miller, Fox, Calvin) e autotrófica.

Page 60: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

60

Introdução ao estudo da célula:

Histórico da citologia;

Tamanho e forma das células;

Unidades de medidas utilizadas em citologia.

Bioquímica celular:

Compostos inorgânicos: água e sais minerais;

Compostos orgânicos: carboidratos, lipídios, proteínas (enzimas e

anticorpos), ácidos nucléicos.

Formas e organização celulares:

Células procariotes e eucariotes;

Células autotróficas e heterotróficas.

Organização morfofisiológica de células eucariotes:

Membrana plasmática;

Citoplasma fundamental;

Citoplasma diferenciado: retículos endoplasmáticos, complexos de Golgi;

Ribossomo, lisossomos, vacúolos, mitocôndrias, plastos, centríolos;

Núcleo: importância do núcleo, núcleo interfásico, cromossomos, divisão

celular.

Histologia.

A origem dos tecidos:

Os tecidos embrionários e sua diferenciação.

Estudo morfofisiológico dos tecidos:

Animais: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso;

Page 61: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

61

Vegetais: embrionário, de proteção, arejamento, absorção, sustentação,

condução.

Anatomia e fisiologia;

Gametogênese;

Gravidez e parto;

Aspectos biológico, sócio-político e econômico (aborto, doenças

sexualmente transmissíveis),

Homossexualismo, prostituição, drogas, aleitamento materno, indústrias

de leite, etc.

Comparação da reprodução humana com a reprodução dos outros seres

vivos;

Tipos de fecundação;

Ovo;

Época de reprodução;

Outras formas de reprodução;

Seres hermafroditos (minhoca, Taenia);

Autofecundação (flor);

Polinização (segundo semestre, época de floração);

Regeneração (planária).

2°ANO

Estudo morfofisiológico nos Reinos dos:

Vírus;

Monera: bactérias e cianofíceas;

Page 62: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

62

Protistas: protozoários, algas e líquens;

Fungos;

Metaphitas: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas;

Metazoas;

Poríferos;

Celenterados;

Platelmintos;

Asquelmintos;

Anelídeos;

Moluscos;

Artrópodes;

Equinodermas;

Cordados;

Mamíferos;

As grandes funções vitais do organismo humano;

Evolução orgânica:

Histórico (fixismo e catastrofismo);

Correntes evolucionistas (Lamarckismo, Darwinismo, Neo-Darwinismo);

Provas da evolução;

Mecanismo de especiação;

Equilíbrio de Hardy-Weinberg;

Eras geológicas;

Evolução das plantas e dos animais;

Page 63: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

63

Origem e evolução do homem.

3ºANO

Histórico: trabalho de Mendel.

Leis de Mendel.

Genética pós-mendeliana.

Heranças relacionadas com o sexo.

Interação gênica.

Fatores ou genes letais. Classificação dos óvulos.

Etapas do desenvolvimento embrionário:

Segmentação;

Gastrulação;

Organogênese do anfioxo e de vertebrados.

Anexos embrionários.

Classificação embriológica dos animais.

Embriologia humana.

Gemelidade.

Biotecnologias;

A engenharia genética e suas aplicações, as terapias gênicas, a

clonagem, a transgênese em vegetais e animais etc.

A clonagem terapêutica, os transplantes, as doenças emergentes, as

drogas, a pesquisa em seres humanos, o tratamento dos animais de pesquisa,

Page 64: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

64

o controle da natalidade, a reprodução assistida, a eutanásia, a AIDS e a saúde

pública, etc.

O aconselhamento genético, os riscos de eugenia, conseqüências legais e

sociais, a privacidade da informação genética etc.

Mutações gênicas: espontâneas, induzidas cromossômicas.

Meio Ambiente.

Biomas.

A contaminação industrial, as energias tradicionais e alternativas, o

desmatamento e a perda de biodiversidade, etc.

Fluxo de energia.

Ciclo de nutrientes.

Interação dos seres vivos

2.8. Avaliação

É preciso compreender a avaliação como prática constante. Desse modo,

na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é obter

informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para

nela intervir e reformular os processos de aprendizagem.

Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno tome

conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as

mudanças necessárias.

Enfim, a avaliação como instrumento analítico prevê um conjunto de

ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que

professores e alunos se tornam observadores dos avanços e dificuldades, a fim

de superarem os obstáculos existentes.

Page 65: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

65

Para possibilitar que o aluno seja avaliado de forma mais contínua

possível, permitindo uma verificação passo a passo do seu progresso, a

avaliação deve ocorrer em diversos momentos e de diversas formas, podendo

ser feita através de: provas escritas, testes de múltiplas escolhas, chamadas

orais, relatório de atividades práticas, provas práticas, redação sobre temas

estudados, apresentações de trabalhos para os colegas, debates e etc.

Desta forma o professor estará oportunizando seus alunos a uma

avaliação mais justa, possibilitando que ele demonstre seus conhecimentos em

diferentes momentos.

A avaliação deverá ser dividida da seguinte forma:

Nota 6.0 que poderá ser dividida em duas ou mais provas individuais.

Nota 4.0 que poderá ser dividia nas diversas formas exemplificadas

acima.

A recuperação será paralela e deverá ser feita com os alunos que

apresentaram dificuldades nas avaliações propostas pelo professor, conforme

consta no regimento escolar.

2.9. Referências Bibliográficas

ALMEIDA, M. J. P. M. Discursos da ciência e da escola: ideologia e

leituras possíveis. Campinas: Mercado de Letras, 2004.

ANDREY, M. A. et al. Para compreender a ciência. São Paulo: EDUC,

1998.

APPLE, M. W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006.

ARANHA, M. L. de A. et al. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo:

Moderna, 1993.

Page 66: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

66

ASTOLFI, J. P. A didática das ciências. Campinas: Papirus, 1991.

AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. In: Moreira, M.

A et al. Tópicos em ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991. P. 79-90.

BACHELARD, G. A epistemologia. Rio de Janeiro: Edições 70, 1971.

BARCHIFONTAINE, C.P. et al Bioética: alguns desafios. São Paulo:

Edições Loyola, 2001.

BARNES, R.D. Zoologia dos invertebrados. São Paulo: Roca, 1984.

BARRA, V. M. et al. Produção de materiais didáticos de ciências no Brasil:

período: 1950 a 1980. Revista Ciência e Cultura, v. 38, n. 12, p. 1970-1983,

dez. 1986.

BASTOS, F. História da Ciências e pesquisa em ensino de ciências. In:

NARDI, R. Questões atuais no ensino de ciências. São Paulo: Escrituras, 1998.

BEHE, M.J. A caixa preta de Darwin. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

BEIGUELMAN, B. Citogenética humana. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 1982.

BERNARDES, J.A. el al. Sociedade e Natureza. In: CUNHA, S.B. da et al.

A questão ambiental: diferentes abordagens. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,

2003.

BIZZO, N. Ciências fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2000.

BIZZO, N. Manual de orientações curriculares do ensino médio. Brasília:

Ministério da Educação, 2004.

BRANCO, S.M. Ecologia em debate. São Paulo: Moderna, 1997.

BRANCO, S.M. Evolução das espécies: o pensamento científico, religioso

e filosófico. São Paulo: Moderna, 2001.

Page 67: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

67

CARVALHO, A.M.P. (org.). Ensino de ciências: unindo a pesquisa e a

prática. São Paulo: Pioneiro Thomson Learning, 2004.

CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 2004.

DARWIN, C. A origem das espécies. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

DAWKINS, R. O gene egoísta. São Paulo: Itatiaia, 2001.

De ROBERTIS, E.D. et al. Bases da Biologia celular e molecular. Rio de

Janeiro: Guanabara Koogan, 1989.

DENNETT, D. A idéia perigosa de Darwin. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

DESCARTES, R. Discurso do método. São Paulo: Paulus, 2002.

FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia da ciência. São Paulo: Atlas, 2003.

FERNANDES, J. A. B. Ensino de ciências: a biologia na disciplina de

ciências. Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia. São Paulo. V.

1, n. 0, ago. 2005.

FRIGOTTO, G. et al. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho. Brasília:

MEC, SEMTEC, 2004.

FROTA-PESSOA, O. Genética humana. Rio de Janeiro: Francisco Alves,

1984.

FUTUYMA, D. J. Biologia evolutiva. São Paulo: Sociedade Brasileira de

Genética/CNPq, 1992.

GADOTTI, M. História das idéias pedagógicas. São Paulo: Ática, 2004.

GASPARIN, J.L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.

Campinas: Autores Associados, 2002.

GOODSON, I. Curriculo: teoria e história. Hamilton Francischetti.

Petrópolis: Vozes, 1995.

Page 68: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

68

HELENE, M.E.M. Evolução e biodiversidade: o que nós temos com isso?

São Paulo: Scipione, 1996.

JOLY, A.B. Botânica: introdução e taxonomia vegetal. São Paulo: editora

Nacional, 2002.

JUNQUEIRA, L.C. et al. Biologia celular e molecular. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 1990.

JUNQUEIRA, L.C. et al. Histologia básica. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 1990.

JUNQUEIRA, L.C. et al. Noções básicas de citologia, histologia e

embriologia. São Paulo: Nobel, 1983.

KNELLER, G.F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar;

São Paulo: USP, 1980.

KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo:

Editora da Universidade de São Paulo, 1987.

KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da

Universidade de São Paulo, 2004.

KUENZER, A.Z. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que

vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2002.

KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva,

2005.

LIBÂNEO, J.C. Tendências pedagógicas da na prática escolar. Revista da

ANDE, n.6, p. 1-19, 1983.

LIMA, C. P. Genética humana. São Paulo: Harbra, 1984.

LOPES, A. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro:

UERJ, 1999.

Page 69: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

69

LOSSE, J. Introdução histórica à filosofia da ciência. Belo Horizonte:

Itatiaia, 2000.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA.

Orientações curriculares nacionais do ensino médio. Brasília, 2004.

MEDEIROS, M.G.L. de. Natureza e naturezas na construção humana:

construindo saberes das relações naturais e sociais. Disponível em:

http://www.fc.unesp.br/pos/revista/pdf/revista8vol1/a6r8v1.pdf acesso em

04/10/2005.

MELLO, R. de A. Embriologia comparada e humana. São Paulo: Atheneu,

1989.

MOSER, A. Biotecnologia e bioética. São Paulo: Vozes, 2004.

3. Ciências

3.1. Histórico da Disciplina

O ensino de Ciências Naturais, relativamente recente na escola

fundamental, tem sido praticado de acordo com diferentes propostas

educacionais, que se sucedem ao longo das décadas como elaborações

teóricas e que de diversas maneiras, se expressam nas salas de aula. Muitas

práticas, ainda hoje, são baseadas na mera transmissão de informações, tendo

como recurso exclusivo o livro didático e sua transcrição na lousa; outras já

incorporam avanços, produzidos nas últimas décadas, sobre o processo de

ensino e aprendizagem em geral e sobre o ensino de Ciências em particular.

Até a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases de Educação de 1961,

ministravam-se aulas de Ciências Naturais apenas nas duas últimas séries do

antigo curso ginasial. Essa lei estendeu a obrigatoriedade do ensino da

disciplina a todas as séries ginasiais, mas apenas a partir de 1971, com a lei

Page 70: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

70

n.º 5.692, Ciências passou a ter caráter obrigatório nas oito séries do primeiro

grau. Quando foi promulgado a Lei de Diretrizes e Bases da Educação de

1961, o cenário escolar era dominado pelo ensino tradicional, ainda que

esforços de renovação estivessem m processo. Aos professores cabia a

transmissão de conhecimentos acumulados pela humanidade, por meio de

aulas expositivas, a aos alunos a reprodução das informações. No ambiente

escolar, o conhecimento científico era considerado um saber neutro, isento, e a

verdade científica tida como inquestionável. A qualidade do curso era definida

pela quantidade de conteúdos trabalhados. O principal recurso de estudo e

avaliação era o questionário, no qual os estudantes deveriam responder

detendo-se nas idéias apresentadas em aula ou no livro didático escolhido pelo

professor.

As propostas para a renovação de ensino de Ciências Naturais

orientavam-se, então, pela necessidade de o currículo responder ao avanço do

conhecimento científico e às demandas pedagógicas geradas por influência do

movimento denominado Escola Nova. Essa tendência deslocou o eixo da

questão pedagógica dos aspectos puramente lógicos para aspectos

psicológicos, valorizando-se a participação ativa do estudante no processo de

aprendizagem. Objetivos preponderantemente informativos deram lugar a

objetivos também formativos. As atividades práticas passaram a representar

importante elemento para a compreensão ativa de conceitos, mesmo que sua

implementação prática tenha sido difícil, em escala nacional.

A preocupação de desenvolver atividades práticas começou a ter

presença marcante nos projetos de ensino e nos cursos de formação de

professores, tendo sido produzidos vários materiais didáticos desta tendência.

O objetivo fundamental do ensino de ciências Naturais passou a ser dar

condições para o aluno vivenciar o que se denominava método científico, ou

seja, a partir de observações, levantar hipóteses, testá-las, refutá-las e

Page 71: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

71

abandoná-las quando fosse o caso, trabalhando de forma a redescobrir

conhecimentos. O método da redescoberta, com sua ênfase no método

científico acompanhou durante muito tempo os objetivos do ensino de Ciências

Naturais, perdendo-se a oportunidade de trabalhar com os estudantes, com

maior amplitude e variedade, processos de investigação adequados às

condições do aprendizado e abertos a questões de natureza distinta daquelas

de interesse estritamente científico.

Apesar de não ter atingido a maioria das escolas e ter criado a idéia no

professorado de que somente com laboratórios é possível alguma modificação

no ensino de Ciências, muitos materiais didáticos produzidos segundo a

proposta da aprendizagem por redescoberta, constituíram um avanço relativo,

para o qual contribuíram equipes de professores, trabalhando em instituições

de ensino e pesquisa, para a melhoria do ensino de Ciências Naturais. Entre

outros aspectos, essa proposta enfatizou trabalhos escolares em grupos em

grupos de estudantes, introduziu novos conteúdos e os organizou de acordo

com faixas etárias. Introduziu também orientações para o professor, ainda que

numa perspectiva mais diretiva e prescritiva.

Transcorridos quase 30 anos, o ensino de Ciências atualmente ainda é

trabalhado em muitas salas de aula não levando em conta sequer o progresso

relativo que essa proposta representou. Durante a década de 80, no entanto,

pesquisas sobre o ensino de Ciências Naturais revelaram o que muitos

professores já tinham percebido: que a experimentação, sem uma atitude

investigativa mais ampla, não garante a aprendizagem dos conhecimentos

científicos.

O modelo desenvolvimentista mundialmente hegemônico na segunda

metade do século caracterizou-se pelo incentivo à industrialização acelerada,

ignorando-se os custos sociais e ambientais desse desenvolvimento. Em

Page 72: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

72

conseqüência, problemas sociais e ambientais, associados às novas formas de

produção, passaram a ser realidade reconhecida em todos os países, inclusive

no Brasil. Os problemas relativos ao meio ambiente e à saúde começaram a ter

presença nos currículos de Ciências Naturais, mesmo que abordados em

diferentes níveis de profundidade.

Especialmente a partir dos anos 80, o ensino das Ciências Naturais se

aproxima das Ciências Humanas e Sociais, reforçando a percepção da Ciência

como construção humana, e não como “verdade natural”, e nova importância, é

atribuída à História e à Filosofia da Ciência no processo educacional. Desde

então, também o processo de construção do conhecimento científico pelo

estudante passou a ser a tônica da discussão do aprendizado, especialmente à

partir de pesquisas, realizadas desde a década anterior, que comprovaram que

os estudantes possuíam idéias, muitas vezes bastante elaboradas, sobre os

fenômenos naturais, tecnológicos e outros, e suas relações com os conceitos

científicos.

Essas idéias são independentes do ensino formal da escola, pois são

construídas ativamente pelos estudantes em seu meio social. Esses

conhecimentos dos estudantes, que anteriormente não eram levados em conta

no contexto escolar, passaram a se objeto de particular atenção e

recomendações. A História da Ciência tem sido útil nessa proposta de ensino,

pois o conhecimento das teorias do passado pode ajudar a compreender as

concepções dos estudantes do presente, além de também constituir conteúdo

relevante do aprendizado. Por exemplo, ao ensinar evolução biológica é

importante que o professor conheça as idéias de seus estudantes a respeito do

assunto, que podem ser interpretadas como de tipo lamarckista. O mesmo

possa ser dito do estudo sobre o movimento dos corpos, em que é freqüente

encontrar, entre os estudantes, noções que eram aceitas na Grécia clássica ou

na Europa Medieval.

Page 73: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

73

As pesquisas a cerca do processo de ensino e aprendizagem, levaram a

várias propostas metodológicas, diversas delas reunidas sob a denominação

de construtivismo. Pressupõem que o aprendizado se dá pela interação

professor/estudantes/conhecimento, ao se estabelecer um diálogo entre as

idéias prévias dos estudantes e a visão científica atual, com a mediação do

professor, entendendo que o estudante reelabora sua percepção anterior de

mundo ao entrar em contato com a visão trazida pelo conhecimento científico.

As diferentes propostas reconhecem hoje que os mais variados valores

humanos não são alheios ao aprendizado científico e que a Ciência deve ser

apreendida em suas relações com a Tecnologia e com as demais questões

sociais e ambientais. As novas teorias de ensino, mesmo as que possam ser

amplamente debatidas entre educadores especialistas e pesquisadores,

continuam longe de ser uma presença efetiva em grande parte de nossa

educação fundamental. Propostas inovadoras têm trazido renovação de

conteúdos e métodos, mas é preciso reconhecer que pouco chega à maior

parte das salas de aula onde, na realidade, persistem velhas práticas. Mudar

tal estado de coisas, portanto, não é algo que se possa fazer unicamente a

partir de novas teorias, ainda que exija sim uma nova compreensão do sentido

mesmo da educação, do processo no qual se aprende. A caracterização do

ensino das Ciências Naturais, no presente documento, pretende contribuir para

essa nova compreensão.

3.2. Apresentação Geral da Disciplina

As pesquisas na área de Ciências Naturais têm buscado compreender

como ocorre a aprendizagem nesse campo do conhecimento. A produção

teórica no campo educacional admite que a aprendizagem ocorre quando os

alunos julgam, reconstroem ou reestruturam seus conhecimentos e

Page 74: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

74

representações anteriores, e que esse processo se efetiva quando é

desencadeado por uma pergunta genuína, por um problema de investigação ou

ainda pelo surgimento de algum lado anômalo que seja conflitante com as

idéias e representações que eles (alunos) possuem. Acreditamos que a

aprendizagem depende de um envolvimento ativo do aluno.

A aprendizagem de novos conteúdos implica um novo arranjo dessa rede,

o que possibilita novas interpretações da realidade.

Para provocar um novo arranjo da rede de conhecimentos, isto é, para

que ocorra aprendizagem, é preciso que o aluno se envolva na busca de uma

resposta para uma situação-problema. Um dos principais desafios do educador

é encontrar a pergunta (ou situação-problema) adequada, capaz de ser

interpretada pelos esquemas conceituais do aluno e suficientemente

estimulante para motivá-lo a construir uma resposta. Ao pensar em como

ensinar Ciências Naturais aos alunos é importante selecionar situações que

lhes sejam familiares ou instigantes, e que possam propiciar questionamentos

cuja resposta ou solução representará uma conquista no sentido de melhor

compreender a natureza.

O ensino de Ciências Naturais pode colaborar n processo de

conhecimento pessoal, no desenvolvimento da auto-estima, no entendimento

da saúde como um valor particular e social e na compreensão da sexualidade

sem preconceitos. Esses aspectos estão intimamente relacionados com a

forma como o jovem se vê e como se posiciona dentro de um grupo social. São

elementos que se colocam na base da formação de valores, necessários à

construção da cidadania.

O conhecimento e a valorização da diversidade biológica como um bem a

ser respeitado e preservado podem contribuir para que se busquem atitudes e

interações harmônicas com a natureza e o ambiente e também ajudar a

Page 75: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

75

desenvolver a tolerância à diversidade entre os seres humanos, condição para

apreciar a pluralidade cultural.

As Ciências Naturais podem, da mesma forma, contribuir para o

posicionamento diante de questões polêmicas, para a apreciação dos modos

de intervir na natureza, para a compreensão e a avaliação dos recursos

tecnológicos e para a reflexão sobre questões éticas implícitas nas relações

entre Ciência, Tecnologia e Sociedade. O conhecimento científico é um bem

coletivo que integra nossa cultura e marca fortemente o modo como

interagimos com a natureza e como resolvemos nossos problemas. Assim

aprender Ciências Naturais é partilhar o patrimônio cultural da humanidade.

Alfabetizar para quê?

Afinal, aprender ciências para quê? Para ficar bem informado? Para

decidir obre o que comer, sobre o direito de identificar a paternidade ou sobre

levar a cabo uma gravidez de risco? Para ampliar sua visão de mundo? Para

ascender cultural e socialmente? Para refletir sobre as identidades culturais

que possuímos e/ou assumimos nos grupos em que convivemos? Para

conhecer tudo isso?

Que ciência e que tecnologia devem ser compreendida pela população?

Para quê? Como? Quem deve tomar essas decisões? Os cientistas? Os

divulgadores? Os professores? A família? O conjunto de cidadãos?

Decidir qual a informação básica para viver no mundo moderno é hoje

uma obrigação para os que acreditam que a educação é um poderoso

instrumento para combater e impedir a exclusão e dar aos alunos, de todas as

idades, possibilidades de superação dos obstáculos que tendem a mantê-lo

analfabetos em vários níveis. O presente estado de coisas somente será

modificado com uma corajosa ação de renovação curricular incluindo

programas e metodologias adequadas às atuais questões sociais. A expressão

Page 76: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

76

“ciência para todos”, que para muitos resume essa postura, além de levar em

conta experiências prévias, exige também seleção de tópicos que tenham

significado para os cidadãos e possam servir de base e orientação para suas

decisões pessoais e sociais, principalmente as que envolvam questões éticas.

(KRASILCHIK, M.; MARANDINO, M. Ensino de Ciências e cidadania. São

Paulo: moderna, 2004, p. 13-14.)

Krasilchik e Marandino (2004, p. 22-26) declaram que “ser letrado

cientificamente significa não só saber ler e escrever sobre ciência, mas

também cultivar práticas sociais envolvidas com a ciência; em outras palavras,

fazer parte da cultura científica [...] da maneira que cada cidadão, individual e

coletivamente, considerar oportuno”.

Entendemos que, para tomar decisões, o aluno precisa ser colocado

diante de situações e problemas enfrentados pela sociedade, com o propósito

de despertar a reflexão para aspectos como valores e atitudes.

Orientados nesse sentido, elaboramos as seções Por uma nova atitude e

Compreender um texto. Com isso, pretendemos que, ao final de cada série e

ao final de cada ciclo escolar, os alunos sejam capazes de ler, compreender e

opinar sobre textos contínuos e descontínuos que veiculem informações

relacionadas às Ciências Naturais.

Os textos ou temas selecionados para essas seções são escolhidos em

razão da abrangência dos assuntos tratados no volume. Foi dada preferência

para reportagens locais ou nacionais; em certos casos optamos por selecionar

notícias de caráter global, como artigos sobre terremotos e tornados. Em

ambos os casos privilegiam a transversalidade de conteúdos, com ênfase para

meio ambiente, saúde, ética, consumo e pluralidade cultural.

Page 77: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

77

3.2. Metodologia

Em Ciências, os procedimentos correspondentes dos modos de buscar,

organizar e comunicar conhecimentos são bastante variados.

O professor deve valorizar sua atuação presencial na sala de aula,

orientando os alunos em suas atividades de observação, experimentação,

investigação, leitura, interpretação, etc, e valorizar também as exemplificações

dos alunos, questioná-los e incentivá-los na procura de descobertas para esses

questionamentos na procura de descobertas para esses questionamentos,

contribuir apresentando fontes de consulta, fatos e ilustrações, praticar um

discurso claro e objetivo; deverá estar atento à sua postura pessoal,

acompanhando de perto as discussões dos alunos, principalmente sobre temas

em que manifestem diferenças de valores humanos como a orientação sexual,

o uso de drogas, preconceitos ou intolerâncias.

É de fundamental importância conhecer melhor os alunos, para então

elaborar novos projetos, redefinir objetivos, buscar conteúdos significativos e

novas formas de avaliar, que resultem em propostas metodológicas

inovadoras, com o intuito de viabilizar a aprendizagem dos alunos.

Os materiais usados como recursos didáticos expressam valores e

concepções a respeito do seu objeto. A análise crítica desse material pode

representar uma oportunidade para desenvolver os valores e as atitudes com

os quais se pretende trabalhar.

A observação, a experimentação, a elaboração de hipóteses, o debate, a

leitura e a escrita de textos informativos, a comparação de informações em

fontes variadas, são procedimentos valiosos para o trabalho do professor.

A compreensão do corpo humano e a sua saúde como um todo

relacionado à prevenção de doenças e promoção da saúde;

Page 78: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

78

A comparação de diferentes ambientes em ecossistemas brasileiros

quanto à vegetação e fauna, suas inter-relações com o solo, o clima, a

disponibilidade de luz e de água com as atividades humanas, utilizando

notícias divulgadas na mídia, observações, experiências.

A elaboração individual ou em grupo de relatos orais ou escritos acerca do

tema em estudo, estabelecendo relações entre as informações obtidas por

meio de trabalhos práticos e de textos, registrando suas próprias sínteses

mediante gráficos, esquemas, textos e maquetes, outras atividades que

estimulam o trabalho coletivo são as que envolvem música, desenho, poesia,

dramatizações, histórias em quadrinhos, exposições e feiras. Para essas

atividades, os professores poderão recorrer a vários recursos pedagógicos:

slides, fitas VHS, DVDs, CDs, CD-ROMs, entre outros.

O professor de Ciências pode utilizar destes e de muitos outros recursos

metodológicos para fazer um excelente trabalho com seus alunos, contribuindo

na formação de cidadãos cada vez mais responsáveis consigo e com a

sociedade.

3.3. Leis

a) Lei nº 10.639/03

A Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de a 2003, altera a Lei n. 9394, de 20 de

dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases de Educação

Nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da

temática “História e Cultura Afro-Brasileira, e dá outras providencias”.

“Art.1º A Lei n.9394/1996 passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos:

26-A, 79-A e 79-B:

Page 79: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

79

Art. 26-A – Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficial e

particular tornam-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-

Brasileira.

§1º - O conteúdo programático a que se refere o caput desse artigo

incluirá o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros no

Brasil, a cultura negra brasileira e o negro nas áreas social, econômica e

política, pertinentes à História do Brasil.

§2º - Os conteúdos referentes à Histórias e Cultura Afro-Brasileira serão

ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de

educação Artística e de Literatura e História Brasileiras” [Grifos nossos]

A lei deixa nítida a obrigatoriedade do ensino de conteúdos sobre a matriz

negra africana na constituição da nossa sociedade no âmbito de todo o

currículo escolar e sugere as áreas de História, Literatura e Educação Artística

como áreas especiais para o tratamento desse conteúdo, tanto no Ensino

Fundamental como no Ensino Médio.

(Quando se opta por introduzir novos conteúdos curriculares um rearranjo

do currículo precisa ser feito, a partir de uma definição de novas prioridades. A

Lei n. 10.639/2003 procura reparar conteúdos que dizem respeito a todos os

brasileiros que foram omitidos e ocultados historicamente pela sociedade e

pela escola, o princípio da igualdade como base das ações escolares, seja no

âmbito da sociabilidade ou das áreas de conhecimento, deve ser orientador

tanto para a organização de atividades como para a avaliação das práticas

escolares.

Nesse sentido, diversas devem ser as tentativas de arranjos curriculares.

Desde a inclusão dos novos conteúdos, até a pesquisa de novas abordagens

para conteúdos antigos; possibilitando concepções e perspectivas que

Page 80: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

80

privilegiem o modo de ver e compreender o mundo das populações negro-

africanas.)

b) Lei nº 13.381/01

A Lei n. 13.381/01 torna obrigatória, no Ensino Fundamental e Médio da

Rede Estadual, os Conteúdos de História do Paraná, enfatizando temas

regionais, como: Biomas da Região, Degradação Ambiental, Fauna e Flora.

c) Lei nº 9.795/99

A Lei 9.795/99 torna obrigatória a educação ambiental na educação

escolar a ser desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino

públicas e privadas englobando a educação básica, fundamental, ensino

médio, educação especial, educação profissional e educação de jovens e

adultos.

Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o

indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,

habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio

ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e

sua sustentabilidade.

3.4. Objetivos Gerais

Os objetivos gerais oferecem subsídios para o trabalho docente, uma vez

que, torna a aprendizagem de Ciências Naturais uma tarefa significativa,

procurando aproximar as explicações científicas do cotidiano dos alunos e

propiciando situações de aprendiz agem nas quais os alunos podem expor

seus conhecimentos, revê-los e utilizá-los em sua vida.

Alguns dos objetivos gerais propostos para o Ensino de Ciências:

Page 81: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

81

Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em

sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive, em relação

essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;

Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento

e uma atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social,

econômica, política e cultural;

Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia

e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e

compreender a tecnologia como meio para suprir as necessidades humanas,

sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas científico-

tecnológicas;

Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais

e coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;

Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a

partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos,

procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para

coleta, comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão

de fatos e informações;

Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa

para a construção coletiva do conhecimento.

3.5. Conteúdos Estruturantes

Page 82: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

82

Trabalhar os conteúdos estruturantes e seus desdobramentos – os

conteúdos específicos – numa abordagem crítica e histórica, pressupõe a

presença de conhecimentos físicos, químicos e biológicos para o estudo dos

fenômenos naturais.

Corpo Humano e Saúde

Ambiente

Matéria e Energia

Tecnologia.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

Astronomia

Ciências da Terra

Noções de Química (transformações dos estados físicos)

Ecologia

6ª SÉRIE

Ecologia

Origem da Vida

Botânica

Zoologia

7ª SÉRIE

Anatomia e Fisiologia Humanas

Page 83: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

83

Evolução e Genética

8ª SÉRIE

Química

Astronomia

Física e Tecnologia da Informação

3.6. Avaliação

A avaliação é uma das tarefas que compõem a prática pedagógica dos

professores. Há muitas maneiras de entendes a avaliação; uma delas é

considerá-la como um conjunto de instrumentos que servem para selecionar os

alunos. A avaliação educacional deve ser entendida num sentido mais amplo

do que apenas a verificação da aprendizagem de conceitos pelos alunos.

POR QUE AVALIAR?

Em uma perspectiva educativa, a avaliação também pode ser vista como

um meio que auxilia os alunos a aprender em um instrumento que permite ao

professor melhorar sua atuação. Nesse tipo de avaliação (que tem função

formativa), o professor está sempre a disposição dos alunos, ajudando-os a

descobrir quais são suas dúvidas, dificuldades e obstáculos. Avaliar implica

auxiliar o aluno a reconhecer seus próprios processos de pensamento e

aprendizagem e a reorganizar seu percurso didático. Portanto, para o aluno a

avaliação serve para a construção de sua autonomia e para o professor serve

como um dos indicadores do seu trabalho pedagógico.

O QUE UMA AVALIAÇÃO DEVE INFORMAR?

Page 84: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

84

Uma avaliação deve considerar o que está sendo avaliado. Se quisermos

que uma avaliação sirva para a aprendizagem, devemos estar atentos sobre o

que os professores, os alunos e a equipe docente precisam saber.

Para o professor, uma avaliação deve fornecer um conjunto de informação

sobre o que cada aluno necessita para sua formação. É a partir desse conjunto

de dados que os professores decidem o percurso didático que cada aluno

deverá seguir e executar. Nas avaliações, o registro dos avanços e das

dificuldades dos alunos torna-se informação preciosa para a condução da

aprendizagem.

Os alunos, por sua vez, precisam da avaliação para ter uma idéia daquilo

que sabem ou precisam saber e também para que conheçam a sua situação

em comparação com os colegas. É importante também que a avaliação

estabeleça qual é sua situação em relação a determinados objetivos gerais de

grupo, não com finalidade classificatória, mas com a intenção de reconhecer

seu percurso de aprendizagem. Sem uma atitude favorável em relação à

aprendizagem nãos e avança, e essa atitude depende estreitamente da auto-

estima de cada aluno. O resultado de uma avaliação não pode ser um

obstáculo insuperável. Ele deve ser um estímulo e incentivo para a

aprendizagem.

QUANDO AVALIAR?

A avaliação, entendida como uma etapa do processo de ensino-

aprendizagem, apresenta função formativa, pois deixa de centrar-se nos

resultado obtidos pelos alunos em momentos específicos e passa a oferecer

devolutivas sobre em qual etapa do processo cada aluno se encontra. Os

exercícios e as provas são instrumentos úteis de avaliação que oferecem um

Page 85: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

85

registro fragmentado do que os alunos estão estudando no momento, por

exemplo, quando finaliza uma etapa do processo de ensino.

Se entendermos a avaliação como um processo contínuo e não como

uma somatória de notas de provas fragmentadas, percebemos que não há um

momento de avaliação, mas sim um conjunto de instrumentos que são

aplicados ao longo do tempo e que oferecem um panorama do desempenho de

cada aluno.

COMO AVALIAR?

A avaliação implica e escolha de instrumentos que possam evidenciar o

processo de aprendizagem. Por isso, não é possível avaliar a aprendizagem e

o ensino com base em um único instrumento.

As provas são os instrumentos mais utilizados para avaliação, mas não

são nem devem ser os únicos. Em um processo mais amplo, podemos ter um

conjunto deles, tais como: exercícios, seminários, modelos, painéis, produção

de textos diversos, relatórios de atividades experimentais, entre outros. Cada

tarefa pedida aos alunos pode conter diferentes instrumentos de avaliação.

Por exemplo, ao solicitar aos alunos que produzam um texto informativo

sobre o uso racional da água, estamos pedindo que realizem uma série de

atividades até que o produto final (texto) seja entregue. Nesse caso, não

podemos avaliar somente o texto final produzido pelos alunos. Temos um

processo de construção do texto que deve ser avaliado. Portanto o professor

deverá construir um conjunto de instrumentos (texto inicial, textos revistos,

seleção de figuras) que oferecerão informação sobre os caminho que cada

aluno percorre nessa produção.

Page 86: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

86

É importante que os objetivos da avaliação sejam conhecidos por todos.

Alunos e professores devem estar esclarecidos da finalidade de cada

instrumento utilizado. Explicitar os objetivos dos instrumentos ajuda o aluno a

se preparar adequadamente e redimensionar o trabalho que vem realizando.

Quando os alunos não têm certeza de que regras devem respeitar, que

procedimentos precisam realizar, o que deve ser almejado, quais os critérios

para determinado trabalho ser aceito, fica difícil atingir as intenções propostas

pelo professor.

AUTO-AVALIAÇÃO

Um recurso importante é a auto-avaliação, pois cada aluno tem modos

distintos e consistentes de organização e percepção do assunto. Por essa

razão, todos os alunos devem receber um retorno criterioso a respeito de sua

avaliação rotineira, independentemente do conjunto de materiais usados para

isso (provas, trabalhos em grupos, exposição, apresentação de documentos de

registro, etc.).

A auto-avaliação que deve ser feita preferencialmente após as tarefas e

ao término da unidade, pode incluir questões do tipo:

Como você se sente em relação a seus estudos de Ciências? Por quê?

Em que você gostaria de ser auxiliado?

Qual foi o assunto mais interessante para você e o que aprendeu com

ele? Há algum assunto do seu interesse que não entrou na discussão?

Que você propõe para dinamizar as aulas de Ciências?

Page 87: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

87

A auto-avaliação, além de ser uma maneira de possibilitar ao aluno a

reflexão sobre o próprio processo de aprendizagem, serve, em especial, de

indicador e alerta para auxiliar o professor em sua atuação em sala de aula.

A avaliação deve ser dividida da seguinte forma:

Nota 6,0, que poderá ser dividida em duas ou mais provas individuais;

Nota 4,0, que poderá ser dividida em diversas formas exemplificadas

acima;

A recuperação será paralela e deverá ser feita com os alunos que

apresentam dificuldades nas avaliações propostas pelo professor, conforme

consta no regimento escolar.

3.7. Referências

ABREU, D. C. de et.al. Concepções e tendências da educação e suas

manifestações na prática pedagógica escolar. Disciplina de Produção social do

saber e organização: questões conceituais e metodológicas ministrada pela

professora Maria Madselva F. Feiges, Curso de Especialização em

Organização do Trabalho Pedagógico, Setor de Educação da UFPR., Curitiba,

2003. (mimeo.)

ALMEIDA, M. J. P. M. de Discursos da ciência e da escola: ideologia e

leituras possíveis. Campinas: Mercado das Letras, 2004.

AMARAL, I. A. do Currículo de ciências: da Tendências clássicas aos

movimentos atuais de renovação. In: BARRETO, E. S. de S. (Org.) Os

currículos do ensino fundamental para as escolas brasileiras. São Paulo:

Autores Associados, 2000.

Page 88: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

88

ANDERY, M. A. et. al. Para compreender a Ciência.5.ed. Rio de Janeiro:

Espaço e Tempo, 1994.

APPLE, M. W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006.

ASTOLFI, J. P. A didática das ciências. Campinas/SP: Papirus, 1991.

AULER, D. e BAZZO, W.A. Reflexões para a implementação do

movimento CTS no contexto educacional brasileiro. Ciência & Educação, v.7,

n.1,p.1-13,2001. Disponível em

http://www.fc.unesp.br/pos/revista/vol7num1.htm. Último acesso em

20/jul/2005.

BASTOS, F. História da Ciência e pesquisa em ensino de ciências.

BRASIL. Lei n.º 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as

diretrizes e ases da educação nacional. Diretrizes e bases da educação

nacional. Editora do Brasil S/A.

BREJON, M. (Org.). Estrutura e funcionamento do ensino de 1º e 2º

graus. São Paulo: Scipione, 2004.

CARVALHO, A. M. P. (et al). Formação de professores de ciências:

tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 2001.

CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2.ed. São Paulo: Moderna,

2004.

CONSTRUINDO consciências; 5ª a 8ª séries ensino fundamental. São

Paulo: Scipione, 2004.

CRUZ, C. G. M. da et. al. Fundamentos teóricos das ciências naturais.

Curitiba: IESDE, 2004.

DOMINGUES, J. L. et.al. Anotações de leitura dos parâmetros nacionais

do currículo de ciências. In: BARRETO, E. S. de S. (Org.). Os currículos do

Page 89: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

89

ensino fundamental para as escolas brasileiras. São Paulo: Autores

Associados, 2000.

ESPÍNDOLA, H. S. Ciência, capitalismo e globalização. São Paulo: FTD,

1998.

FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia da ciência. São Paulo: Atlas, 2003.

FERREIRA, M. S.; GOME, M. M. ; RIBEIRO, C. C. História da disciplina

escolar ciências nas legislações brasileiras de ensino (1931-1971). In: V

Jornada de Pesquisadores em Ciências Humanas, 1999, Rio de Janeiro. Anais

da V Jornada de Pesquisadores em Ciências Humanas, 1999.

FREIRE MAIA, N. A ciência por dentro. 5.ed. Petrópolis: Vozes, 1999.

GASPARIN,J.L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 2.ed.

Campinas: Autores Associadas, 2003.

GORNI, D. A. P. A reestruturação do ensino fundamental do Paraná após

a abertura democrática do Brasil: retrospectiva e perspectivas. Londrina:

EDUEL, 2002.

HAZEN, R. M.; TREFIL, J. Sber ciência: do big bang à engenharia

genética, as bases para entender o mundo atual e o que virá depois. São

Paulo: Cultura Editores Associados, 1995.

KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: zahar,

1980.

KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: EPU,

1987.

KRASILCHIK, M. Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências.

São Paulo em perspectiva, v.14, n.1, p.85-93, 2000.

Page 90: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

90

LEI 4024 de 20 de dezembro de 1961 e reparos a lei 4024, por Almeida

Júnior. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, n.85,

jan./mar. 1962.

LEI 5692 de 11 de agosto de 1971. In: BREJON, M. (Org.). estrutura e

funcionamento do ensino de 1º e 2º graus. São Paulo: Pioneira, 1982.

LOPES, A. C.; MACEDO, E. (Orgs.). Currículo de ciências em debate.

Campinas: Papirus, 2004.

LOPES, A Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro:

EDUERJ, 1999.

LOPES, A Contribuições de Gaston Bachelard ao ensino de ciências.

Ensenanza de Las Ciencias, 1993, 11 (3), p. 324-330.

LOSSE, J. Introdução histórica à filosofia da ciência. Belo Horizonte:

Itatiaia, 2000.

MARANDINO, M. A formação continuada de professores em ensino de

ciências: problemáticas, desafios e estratégias. In: CANDAU, V.M. (Org.)

Magistério: construção cotidiana. Petrópolis: Vozes, 1997.

MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Educação. Proposta curricular

de ciências. Educação Básica, Ensino Fundamental. Belo Horizonte, 2005.

MOREIRA, M.A. e AXT, R. (Orgs.). Tópicos em ensino de ciências. Porto

Alegre: Sagra, 1991.

NARDI, R (org). Questões atuais no Ensino de Ciências. São Paulo:

Escrituras Editora, 2002

OLIVEIRA, M.A. de. Fundamentos econômicos da educação. Curitiba:

IESDE, 2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Avaliação, sociedade e

escola: fundamentos para reflexão. 2.ed. Curitiba: SEED, 1986.

Page 91: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

91

PINHAIS, Secretaria Municipal de Educação de Pinhais. Proposta

curricular de Pinhais. Pinhais, 2000.

PRETTO, N. D. L. A ciência nos livros didáticos. Campinas: Editora

Unicamp, 1985.

RONAN,C.A. História ilustrada da ciência. São Paulo: Jorge Zahar, 1987.

SANTOS, C.S. dos. Ensino de Ciências: abordagem histórico-crítica.

Campinas: armazém do Ipê Autores Associados, 2005.

SANTOS, W.L.P.; MORTIMER, E.F. Uma análise de pressupostos

teóricos da abordagem C-T-S (Ciências, Tecnologia e Sociedade) no contexto

da educação brasileira. Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências. V.02,

n.2, dez.2002. disponível em:

<http://www.fae.ufmg.br/ensaio/v2_n1/wildsoneduardo.PDF >Ultimo acesso em

08/mai/2006.

SAVIANI, D. Escola e democracia. 29ed. Campinas: Autores Associados,

1995.

SAVIANI, D. Pedagogia historico-crítica: primeiras aproximações. 5 ed.

Campinas: Autores Associados, 1995.

TEIXEIRA, P.M.M. A educação científica sob a perspectiva da pedagogia

histórico-crítica e do movimento C.T.S. no ensino de ciências. Ciências &

Educação, v.9, n.2, p.177-190, 2003(a).

TEIXEIRA, P.M.M. (org) Temas emergentes em educação científica.

Vitória da Conquista: Edições UESB, 2003(b).

VALLE, B. de B.R. do. Políticas públicas em educação. Curitiba: IESDE,

2004.

VILLANI, A. Filosofia da ciência e ensino de ciências: uma analogia.

Ciência & Educação, v.7, n.2, p. 169-181, 2001.

Page 92: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

92

4. Educação Física

4.1. Apresentação Geral da Disciplina

Ao colocarmos em dimensão histórica a disciplina de Educação Física,

observamos momentos em que ela foi colocada e configurada como centro

essencial da educação nas atividades escolares.

Com as diversas propostas educacionais, mudanças tornaram-se muito

discutidas, saindo de um sistema colonial passando a ser elitizada no período

militar, vista no governo neoliberal como simples cultura ao corpo, mas hoje, na

época em que na última década a rapidez da informação a automatização,

mecatrônica, sistema digital, Pan 2007, alguém viu com novos rumos a

Educação Física aplicada, práxis laboral, e suas práticas pedagógicas

fortemente influenciadas pela medicina, meios de produção, empresários,

educador como forma de saúde através de exercícios e sistemas ginásticos

métodos biológicos resultando no aumento da eficácia corporal e mental, e

também rebuscar métodos educacionais já esquecidos.

Educação Física tem seguido por muito tempo, paralela à educação e não

como parte dela, servindo a outros objetivos e não aos relacionados numa

visão histórico-social.

Quando discutimos hoje, a Educação Física dentro da tendência Histórico-

Crítica. Verificamos que em sua ação Pedagógica, ela deve buscar elementos

(chamados aqui de pressupostos do movimento) da ciência da Motricidade

Humana (conforme proposta do filósofo português: Prof. Manuel Sérgio). Esta

ciência trata da compreensão e explicação do movimento e há dificuldade de

compreender e aprender os elementos buscados nesta ciência, uma vez que

as raízes históricas da Educação Física brasileira foram, postas dentro de um

regime militar rígido e autoritário, visando fins elitistas e hegemônicos. Por

outro lado, na dinâmica da sociedade capitalista das classes trabalhadoras.

Page 93: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

93

A fragilidade de recursos biológicos fez que os seres humanos buscassem

suprir as insuficiências com criações que tornassem os movimentos mais

eficientes e satisfatórios, buscando desenvolver as mais diversas

possibilidades de uso do corpo com intuito de solucionar as mais variadas

necessidades.

Entre essas possibilidades e necessidades podem-se incluir motivos

“militares”, relativos ao domínio e uso de espaços; motivos “econômicos”, que

dizem respeito às tecnologias de caça e pesca, agricultura, de “saúde”, pelas

práticas compensatórias e profiláticas. Podem-se incluir, ainda, motivos

“religiosos”, que tangem aos rituais e festas; motivos “artísticos” à construção e

a expressão de idéias e sentimentos; e por motivações “lúdicas”, relacionadas

ao lazer e ao divertimento.

Dentro desse universo de produções da cultura corporal de movimento,

algumas foram incorporadas pela Educação Física como objetos de ação e

reflexão: os jogos e brincadeiras, os esportes, as danças e as ginásticas.

A Educação Física como expressão cultural e produção de

conhecimentos:

Vista como Arte, Danças, Lutas, Folclore, Rebuscar, Brincadeiras Infantis

já esquecidas, manifestar a cultura, difundir conhecimentos, renovar o

conteúdo pedagógico, deixando de ser uma matéria auxiliar, hoje considerada

relevante para o desenvolvimento da capacidade produtiva das classes, e no

desporto em tornar o país em uma potência olímpica.

Ciência – aplicada na aptidão física.

Ginástica laboral nas empresas, desenvolvimento nos meios de produção,

hidroginástica, na educação psicomotora, na formação e valorização integral da

criança, desenvolvimento das habilidades motoras.

Page 94: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

94

Construção: Defender a idéia de uma perspectiva interacionista, com

dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano, e também da

psicologia do desenvolvimento humano.

Como ciência aplicada deve ser trabalhada, como interlocução de

métodos variados, que permitam entender o corpo em sua complexidade, ou

seja, abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e

política, justamente por sua formação interdisciplinar.

Essas produções culturais do corpo em movimento devem ser meio de

formação do cidadão que vai produzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o

para usufruir os jogos dos esportes, das danças e das ginásticas em benefício

de sua qualidade de vida. Esse benefício será atingido através da finalidade

maior via o lazer, expressão de sentimentos, afetos e emoções, e com

objetivos de recuperação, manutenção melhoria da saúde.

Estes benefícios humanos devem ser utilizados como instrumentos de

comunicação, expressão, lazer e cultura.

A Educação Física escolar deve ter oportunidade a todos os alunos para

que desenvolvam suas potencialidades de forma democrática e não seletiva.

Nesse sentido, cabe assinalar que os alunos portadores de deficiência

física não podem ser privados das aulas de Educação Física.

Os processos de ensino e aprendizagem devem considerar as

características dos alunos em todas as suas dimensões (cognitiva, corporal,

afetiva, estética de relação interpessoal e inserção social).

A Educação Física, através dos seus conhecimentos construídos deve

possibilitar a análise dos valores sociais, como padrões de beleza e saúde,

desempenho, competição exacerbada, que se tornaram dominantes na

sociedade, e do seu papel como instrumento e discriminação social.

Page 95: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

95

A atuação dos meios de comunicação e da indústria do lazer em produzir,

transmitir e impor esses valores ao adotar o esporte-espetáculo como produto

de consumo, torna imprescindível a atuação da Educação Física escolar.

Esta deve fornecer informações políticas e sociais, que possibilitem uma

análise crítica das ênfases sociais e econômicas, também as muitas funções

culturais da Escola, a Educação Física permite entender o significado de

aprender amplo, capacidade de expressar através do corpo proporcionando o

educando o exercício pleno de sua maturidade corpórea e pouco social e uma

socialização maior que se entenda a educação como processo de

transformação e produção do ser humano.

O desenvolvimento moral do indivíduo, que resulta das relações entre a

afetividade e a racionalidade, encontra no universo da cultura corporal um

contexto bastante peculiar.

As sensações de excitação, prazer, cansaço e eventualmente até a dor, e

os sentimentos de irritação, satisfação, medo, vergonha, configuram um

desafio à racionalidade. Desafio no sentido de controle e de adequação na

expressão desses sentimentos e emoções, pois se processam em contextos

em que as regras, os gestos, as relações interpessoais, as atitudes pessoais e

sua conseqüência são claramente delimitadas.

Certamente, não se pode estabelecer uma relação direta entre uma

atitude pautada na ética e fora da situação de jogo, ou seja, ser justo no jogo

não implica necessariamente ser justo nas relações sociais concretas e

objetivas. O inverso também é verdadeiro.

É característica também desse universo de situações e possibilidade de

construção coletiva e a prioridades das regras e acordos firmados entre os

participantes.

Page 96: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

96

Com relação à saúde, principalmente nas zonas urbanas, as atuais

condições sócio-econômicas, como desemprego crescente, a informação e

automatização do trabalho, a urbanização descontrolada e o consumismo,

constituem um cotidiano em que o cidadão convive com a poluição, a violência,

a marginalização dos espaços públicos de lazer; e a falta para atividade física e

o convívio social. Esse contexto contribui para a geração de um estilo de vida

caracterizado pelo sedentarismo, pelo estresse e pela alimentação inadequada,

resultando num crescente aumento de mortes por doenças cardiovasculares.

Na escola o próprio aluno, conhecedor destes aspectos do mundo

moderno poderá monitorar as próprias atividades, regulando o esforço,

traçando metas, conhecendo suas potencialidades e limitações.

A Pluralidade Cultural permite que o aluno vivencie práticas corporais

advindas das mais diversas manifestações culturais.

A Educação Física escolar deverá resgatar o cultivo de brincadeiras, jogos

e danças de origem popular.

Com relação ao meio ambiente a Educação Física deve minimizar as

marcas deixadas pelo homem no meio.

É necessário trazer sempre que possível para o cotidiano a visão sobre o

equilíbrio dos sistemas e do desenvolvimento sustentável.

4.2. Objetivos da Disciplina

A Educação Física trata do ser humano em desenvolvimento, contribuindo

para seu crescimento físico, intelectual, social e emocional.

A Educação Física procura responder às necessidades específicas da

atividade lúdica, do desenvolvimento psicomotor, da socialização no

desenvolvimento do processo ensino aprendizagem.

Page 97: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

97

O objetivo da Educação Física atende os objetivos gerais da educação, ou

seja, preparam os alunos para a sociedade, oportunizando-lhes situações para

o desenvolvimento de sua personalidade através dos exercícios físicos,

práticas esportivas e recreativas. É também objetivo da Educação Física, o

desenvolvimento e manutenção das capacidades funcionais do indivíduo, bem

como o desenvolvimento das estruturas e funções tais como: esquema

corporal, consciência e domínio do corpo, coordenação, percepção e

organização no tempo e no espaço.

4.3. Metodologia

O plano baseia-se fundamentalmente na motivação dos alunos para o

desenvolvimento de habilidades. Para isso utilizam-se três estratégias: trabalho

teórico, método recreativo-formativo e o desportivo.

Trabalho Teórico: este trabalho é necessário para esclarecer ao aluno

sobre a importância da educação e o desporto.

Trabalho Recreativo-Formativo: Brincando e praticando exercícios

naturais, o aluno se desenvolve de forma natural e espontânea.

Trabalho Desportivo: o método desportivo é prático e objetivo. Na

Educação Física escolar, ele se apresenta como um dos mais capazes de

motivar e interessar os alunos pela prática de atividades físicas.

O método da Educação Física na ação prática do profissional não é

apenas um apêndice das demais disciplinas quer como objeto de estudo ou

pesquisa, mas sim parte de um todo de um projeto de escolarização, como tal

articulada dentro do projeto político pedagógico da escola, sempre instituindo

em favor da formação humana, visando superar as formas anteriores de

concepção e atuação na escola pública, através da superação.

Page 98: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

98

Partindo de uma concepção que não se limita às questões do

desenvolvimento motor e da sociabilização do saber sistematizado, mas que

pressupõe inclusive a produção do conhecimento, através de eixos, que

conduzirão o processo de ensino-aprendizagem. Estes eixos determinaram os

temas, sub-temas e conteúdos essenciais da proposta, que para serem

desenvolvidos dependem de alguns critérios metodológicos e fundamentação

básica, que determinarão a ação do professor.

Os conceitos de Corpo/Movimento, Espaço, Tempo/Ritmo, Grupo, Objeto

e Lúdico, são entendidos como elementos concretos capazes de favorecer o

desenvolvimento de relações integradoras entre o sujeito e o meio.

É na relação Sentir/Pensar/Agir/Refletir que se faz a organização da

consciência, que asseguram mudanças constantes, reveladoras de

contradições e conflitos.

Conhecer o movimento humano na sua essência e nas inter-relações com

a: biomecânica, biofísica, bioquímica, fisiologia, o social e o cognitivo.

Considerar importante o conhecimento do processo de desenvolvimento

motor, para que sejam sugeridas atividades que permitam a verdadeira tomada

de consciência do corpo pelo movimento.

As atividades – meio: jogos, danças, ginástica, esporte e lazer como

meios culturais devem ser trabalhados como produção histórica dos povos,

expressando e comunicando um sentido e incorporando-se a um contexto que

lhes confira significado, servindo assim para desenvolver a cultura corporal do

movimento é a principal tarefa da educação física escola.

Possibilitar o conhecimento e mudança de regras dos jogos, de acordo

com a própria realidade contribuindo fundamentalmente para a criação de

novos jogos e para uma consciência crítica do aluno.

Page 99: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

99

Entender que é a melhor forma de dominar as noções básicas de uma

habilidade é através de sua prática corporal não perdendo de vista as relações

ação/compreensão e teoria/prática numa concepção dialética.

Os conteúdos serão desenvolvidos através de uma prática que visa

atender ao processo de maturidade do aluno, procurando respeitar sua

individualidade biológica, social e cultural.

O conteúdo vivenciado do aluno deve ser sistematizado coletivamente e

transformado em momento de aprendizagem.

O professor deve utilizar diferentes métodos e estilos de ensino, buscando

conduzir o aluno à auto-suficiência quando a prática da atividade física aliada à

aquisição do conhecimento pertinente a ela.

Métodos técnicos eficazes, fisiológicos, centralização de conhecimentos,

reflexão e novas concepções pedagógicas.

Ao se estabelecer os conteúdos o professor deve levar em conta a

viabilização de programas que incentivem o sentimento de valor pessoal

através da auto – expressão, auto – confiança, exploração motora e técnicas

de soluções de problemas.

Durante o processo ensino-aprendizagem devem ser considerados alguns

aspectos importantes.

A combinação e/ou criação de normas, o respeito ao estabelecido, a

avaliação e reflexão do que foi vivenciado, a manutenção ou mudança de

regras. É fundamental que o aluno aprenda a tomar posições, expressar e

defender suas opiniões, isto o torna responsável pelo processo e reflexão

sobre o produto de seu trabalho, enfim, a participação do processo decisório.

Esse processo ensina muito sobre o que acontece no jogo político da

sociedade, funcionando como aula de vida.

Page 100: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

100

A valorização do aluno, independente de ser mais ou de ser menos

dotado, bem como a oferta de propostas alternativas de atividades físicas

àqueles que, por algum motivo, tenham dificuldades em acompanhar

normalmente as aulas práticas, devem ser observadas pelo professor.

Considerar as experiências de aprendizagem que permitam ao aluno

progredir no seu próprio ritmo, tendo em vista seus diferentes níveis de

habilidades e capacidades físicas.

O método que constitui no ato educativo, no ato de constituição e

reconstituição constante de uma aprendizagem, através de conteúdos

caracterizados pela flexibilidade e pluralidade. O encaminhamento

metodológico de uma proposta pedagógica é a prática do discurso, é a práxis

que pretendemos, ou seja, o homem transformado consciente e livremente,

tanto a si mesmo como ao mundo que rodeia.

4.4. Conteúdos Estruturantes

Segundo os DCE‟S, cada um dos conteúdos estruturantes será tratado

sob u7ma abordagem que contempla os fundamentos da disciplina, em

articulação com aspectos políticos, históricos, sociais, econômicos, culturais,

bem como elementos da subjetividade, que passaram a ser utilizados tanto no

ensino fundamental, como no ensino médio.

Esporte;

Jogos, brinquedos e brincadeiras;

Ginástica;

Lutas;

Dança.

Page 101: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

101

Manifestações Esportivas

Manifestações Ginásticas

Jogos, Brincadeiras e Brinquedos,

Manifestações Estéticas-Corporais na Dança e no Teatro

Elementos Articuladores

O Corpo Que Brinca E Aprende: Manifestações Lúdicas

Desenvolvimento Corporal E Construção Da Saúde

Relação Do Corpo Com O Mundo Do Trabalho

4.5 Conteúdos - Ensino Fundamental

5ª SÉRIE

ESPORTE GINÁSTICA

Handebol

Voleibol

Basquetebol

Futebol/Futsal

Atletismo

Tênis de mesa

Esportes Radicais

Boliche

Jogos de Combate(perseguição,

defesa e ataque)

Jogos de disputa

Ginástica geral

Ginástica artística

Ginástica rítmica

Ginástica natural

Ginástica acrobática/circense

Ginástica de relaxamento

Ginástica imitativa

DANÇA JOGOS, BRINQUEDO E

Page 102: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

102

BRINCADEIRAS

Mímicas e dramatizações

Expressão corporal

Dança de rua

Hip-hop

Danças internacionais

Danças afro-brasileiras

Jogos de tabuleiro: xadrez, dama,

trilha, resta um, dominó, memória, etc.

Brincadeiras da cultura local

Brincadeiras tradicionais, cantadas

e de roda

Jogos e estafetas

Jogos cooperativos

Jogos intelectivos

Jogos de representação (RPG)

Brincadeiras de rua populares

Corrida de orientação

Construção de brinquedos com

materiais alternativos

Jogos educativos

Gincanas

Peteca

Bolinha de gude

Pular corda

LUTAS

Jogos de oposição

Page 103: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

103

6ª SÉRIES

ESPORTE GINÁSTICA

Handebol

Voleibol

Basquetebol

Futebol/Futsal

Atletismo

Tênis de mesa

Esportes Radicais

Boliche

Jogos de Combate (perseguição,

defesa e ataque)

Jogos de disputa

Ginástica geral

Ginástica artística

Ginástica rítmica

Ginástica natural

Ginástica acrobática/circense

Ginástica de relaxamento

Ginástica imitativa

DANÇA JOGOS, BRINQUEDO E

BRINCADEIRAS

Mímicas e dramatizações

Expressão corporal

Dança de rua

Hip-hop

Danças internacionais

Danças afro-brasileiras

Jogos de tabuleiro: xadrez, dama,

trilha, resta um, dominó, memória, etc.

Brincadeiras da cultura local

Brincadeiras tradicionais, cantadas

e de roda

Jogos e estafetas

Jogos cooperativos

Jogos intelectivos

Jogos de representação (RPG)

Brincadeiras de rua populares

Page 104: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

104

Corrida de orientação

Construção de brinquedos com

materiais alternativos

Jogos educativos

Gincanas

Peteca

Bolinha de gude

Pular corda

LUTAS

Jogos de oposição

7ª SÉRIE

ESPORTE GINÁSTICA

Handebol

Voleibol

Basquetebol

Futebol/Futsal

Atletismo

Tênis de mesa

Esportes Radicais

Boliche

Jogos de Combate(perseguição,

defesa e ataque)

Jogos de disputa

Ginástica geral

Ginástica artística

Ginástica rítmica

Ginástica natural

Ginástica acrobática/circense

Ginástica de relaxamento

Ginástica imitativa

Page 105: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

105

DANÇA JOGOS, BRINQUEDO E

BRINCADEIRAS

Mímicas e dramatizações

Expressão corporal

Dança de rua

Hip-hop

Danças internacionais

Danças afro-brasileiras

Jogos de tabuleiro: xadrez, dama,

trilha, resta um, dominó, memória, etc.

Brincadeiras da cultura local

Brincadeiras tradicionais, cantadas

e de roda

Jogos e estafetas

Jogos cooperativos

Jogos intelectivos

Jogos de representação (RPG)

Brincadeiras de rua populares

Corrida de orientação

Construção de brinquedos com

materiais alternativos

Jogos educativos

Gincanas

Peteca

Bolinha de gude

Pular corda

LUTAS

Jogos de oposição

Page 106: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

106

8ª SÉRIE

ESPORTE GINÁSTICA

Handebol

Voleibol

Basquetebol

Futebol/Futsal

Atletismo

Tênis de mesa

Esportes Radicais

Boliche

Jogos de Combate(perseguição,

defesa e ataque)

Jogos de disputa

Ginástica geral

Ginástica artística

Ginástica rítmica

Ginástica natural

Ginástica acrobática/circense

Ginástica de relaxamento

Ginástica imitativa

DANÇA JOGOS, BRINQUEDO E

BRINCADEIRAS

Mímicas e dramatizações

Expressão corporal

Dança de rua

Hip-hop

Danças internacionais

Danças afro-brasileiras

Jogos de tabuleiro: xadrez, dama,

trilha, resta um, dominó, memória, etc.

Brincadeiras da cultura local

Brincadeiras tradicionais, cantadas

e de roda

Jogos e estafetas

Jogos cooperativos

Jogos intelectivos

Jogos de representação (RPG)

Brincadeiras de rua populares

Corrida de orientação

Construção de brinquedos com

materiais alternativos

Page 107: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

107

Jogos educativos

Gincanas

Peteca

Bolinha de gude

Pular corda

LUTAS

Jogos de oposição

4.5 . Conteúdos - Ensino Médio

1º, 2º, E 3º ANO

ESPORTE GINÁSTICA

Handebol

Voleibol

Basquetebol

Futebol/Futsal

Atletismo

Tênis de mesa

Esportes Radicais

Jogos de Combate(perseguição, defesa

e ataque)

Jogos de disputa

Ginástica geral

Ginástica artística

Ginástica rítmica

Ginástica natural

Ginástica acrobática/circense

Ginástica de relaxamento

Caminhada orientada

Caminhada

Page 108: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

108

DANÇA JOGOS, BRINQUEDO E

BRINCADEIRAS

Danças folclóricas / tradicionais

Danças regionais

Expressão corporal

Dança de rua

Hip-hop

Danças internacionais

Danças afro-brasileiras

Jogos de tabuleiro: xadrez, dama, trilha,

resta um, dominó, memória, etc.

Brincadeiras da cultura local

Brincadeiras tradicionais, cantadas e de

roda

Jogos e estafetas

Jogos cooperativos

Jogos intelectivos

Jogos de representação (RPG)

Brincadeiras de rua populares

Corrida de orientação

Construção de brinquedos com

materiais alternativos

Jogos educativos

Gincanas

LUTAS

Jogos de oposição

Obs.: Os conteúdos desenvolvidos no Ensino Médio terão maior

amplitude, complexidade e aprofundamento.

A consciência corporal, os níveis de análise críticos deverão estar numa

fase de desenvolvimento mais elevada.

Page 109: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

109

4.6. Avaliação

Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de Educação Física,

nestas Diretrizes, objetiva-se favorecer a busca da coerência entre concepção

defendida a as práticas avaliativas que integram o processo de ensino-

aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeiem o conjunto das

ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse processo.

De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a

avaliação está vinculada ao projeto político-pedagógico da escola, com critérios

estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade do ensino. Deve ser

contínua e identificar os progressos de aluno durante o ano letivo, de forma que

considere o que prioriza a LDB 9394/96, pela chamada avaliação formativa em

comparação à avaliação tradicional, com vistas a diminuir desigualdades

sociais e construir uma sociedade justa e mais humanizada.

Pela avaliação diagnóstica, tanto professor quanto aluno poderão revisitar

o trabalho realizado até então, para identificar lacunas no processo

pedagógico, planejar e propor encaminhamentos que superem as dificuldades

constatadas.

Trata-se de um processo contínuo, permanente e cumulativo, em que o

professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas

práticas corporais – da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas –

cujo horizonte é a conquista de maior consciência corporal e senso crítico em

relações interpessoais e sociais.

A avaliação deve estar relacionada com os encaminhamentos

metodológicos, em resgatar as experiências e sistematizações realizadas

durante o processo de aprendizagem.

A avaliação consta de três itens:

Page 110: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

110

Conhecimentos: na área dos conhecimentos a avaliação poderá ser feita

através provas escritas, trabalhos e argüições orais;

Habilidades: na área das habilidades a avaliação será realizada através

de testes elaborados pelos professores ou testes padronizados;

Atitudes: Na área das atitudes a avaliação será feita pelo professor,

observando as atitudes assumidas pelo aluno durante as aulas.

4.7. Referências

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não

se conta. 2. ed. Campinas: Papirus, 1991.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física.

São Paulo: Cortez, 1992.

CUNHA, Dr. MANUEL SÉRGIO VIEIRA e. Motricidade Humana, Portugal.

FIAMONCINI, L.; SARAIVA, M. do Dança na escola a criação e a co-

educação em pauta. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física. 3.ed. Ijuí:

Unjuí, 2003, p.95 – 120.

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2. Ed. Campinas:

Papirus, 1990.

Page 111: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

111

5. Ensino Religioso

5.1. Apresentação Geral da Disciplina

O Ensino Religioso, como toda área do conhecimento, tem uma prática

docente própria. É o como fazer, sem espontaneísmo. Tem uma

intencionalidade e uma direção. É o como tratar do conhecimento religioso na

sala de aula.

Para tanto, é necessário primeiro partir da concepção de Ensino

Religioso, do seu significado na diversidade da sala de aula e do novo enfoque

que lhe é dado; ou seja, é fundamental que se tenham presentes os

pressupostos que a nova redação do artigo 33 da LDBEN 9394/96 e as

Diretrizes Curriculares Estaduais para o Ensino Religioso apontam:

O Ensino Religioso alicerça-se nos princípios da cidadania, do

entendimento do outro enquanto outro.

Como área do Conhecimento, trata do conhecimento religioso. E esse

conhecimento não é uma mera informação de conteúdos religiosos, um saber

pelo saber.

O Ensino Religioso parte sempre do convívio social dos alunos para que

respeitem a tradição religiosa trazida de suas famílias e assim se salvaguarde

a liberdade de expressão religiosa de cada um.

Ensino Religioso com conteúdos que subsidiam o entendimento do

fenômeno religioso a partir da relação: culturas-tradições religiosas.

O Ensino Religioso é uma aprendizagem processual, progressiva e

permanente. Trata do conhecimento religioso que é ao mesmo tempo

historicamente construído e revelado. O Ensino Religioso é conhecimento que

constrói significado.

Page 112: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

112

O Ensino Religioso tem sua prática didática que se desenrola na relação

ensino-aprendizagem pela preparação e compreensão do: quem é esse aluno?

Para que ensinar isso? O que se quer que o educando aprenda?; O que é

necessário saber para ser mediador na reflexão? E como apresentar o ensino

religioso na sala de aula?

O Ensino Religioso com avaliação processual que permeia o objetivo,

conteúdos e prática didática.

O Ensino Religioso desenvolve o conhecimento na tríplice relação:

aluno – conhecimento – professor.

5.2. Objetivos Gerais

Proporcionar o conhecimento e a compreensão do fenômeno religioso, a

partir das experiências religiosas percebidas no contexto sócio cultural do

aluno; Refletir sobre o sentido da vida e sobre os questionamentos existenciais;

Analisar o papel das Tradições Religiosas na estruturação e manutenção

das diferentes culturas;

Formar para o exercício consciente da cidadania e convívio social

baseado na alteridade e respeito às diferenças;

Promover o diálogo inter-religioso;

Superar e desfazer toda a forma de preconceitos;

Educar para a paz;

Propiciar ao educando o conhecimento da formação da idéia do

transcendente na evolução da estrutura religiosa, percebendo-a como idéia

orientadora e referente para a vida.

Page 113: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

113

5.3. Conteúdos Estruturantes

5ª SÉRIE

Orientações legais;

- Constituição Federal Art. 5º inciso IV

- Lei 10.639/03 “História e Cultura Afro-Brasileira”.

O que é Religião?

As diferenças entre Religião e Ensino religioso como disciplina escolar;

Liberdade religiosa: fé, opinião, expressão, vinculação com o Sagrado;

Lugares Sagrados:

- Lugares na natureza;

- Quem sou e qual o meu papel no mundo;

- Tradições religiosas indígenas;

- Patrimônios sagrados (minha cidade, minha escola)

Textos Sagrados Orais e Escritos

- Ensinamentos (valores) transmitidos de forma oral e escrita.

- Buscas das igualdades e das diferenças nas diversas religiões.

- Desenvolvimento dos valores diante de textos sagrados, fatos ocorridos

na comunidade (respeito, honestidade, solidariedade, justiça, amizade, etc)

Organizações Religiosas: principais características:

- Cristianismo.

- Budismo.

- Espiritismo

- Taoísmo

Page 114: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

114

- Islamismo

- Afro-Brasileira.

-Judaísmo.

6ª SÉRIE

Orientações legais;

- Constituição Federal Art. 5º inciso IV

- Lei 10.639/03 “História e Cultura Afro-Brasileira”.

Síntese valores.

Os símbolos religiosos presentes nos:

- Ritos.

- Nos Mitos.

- No cotidiano

Cultura e tradições religiosas:

- Indígenas.

- Cultura Afro-Brasileira.

- Cristianismo.

- Igrejas Evangélicas Tradicionais e Pentescostais.

- Espiritismo.

- Hinduísmo.

- Budismo.

- Taoísmo

- Judaísmo.

- Islamismo.

Page 115: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

115

Ritos: as práticas das tradições/manifestações nas diferentes religiões;

A vida e a morte: o sentido da vida nas tradições religiosas, reencarnação,

ressurreição, além da morte, ancestralidade;

As religiões e a construção da paz mundial.

5.4. Metodologia

A metodologia do Ensino Religioso deve ser dinâmica, flexível e adequada

a cada conteúdo ou tema a ser desenvolvido, de modo a favorecer a interação,

o diálogo e o compromisso com a vida cidadã.

Como nas demais disciplinas é necessário pensar a operacionalização do

trabalho docente.

Considerando que o ato de construção do conhecimento se dá a partir da

relação sujeito-objeto, cabe ao professor munir-se de um instrumento (método)

que o auxilie nesta articulação.

Não se trata de „‟dar aula sobre‟‟ determinado bloco de conteúdos, mas

trabalhar com idéias (chave essenciais desses conteúdos) contextualizando-as

a partir do convívio social dos alunos. É proporcionar um número de atividade

variadas, que permita ao aluno construir o entendimento às idéias essenciais. É

trabalhar com recursos mais amplos, mais aprofundados, com pesquisas,

dinâmicas, debates, produção de textos, análises, além de outros mais a que o

professor pode recorrer. Isto possibilitará o processo de construção do

atendimento das idéias-chave, de forma que o aluno perceba as razões,

construa conceitos, de significado ou reaprenda o que já sabe.

Page 116: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

116

5.5. Avaliação

Para o Ensino Religioso a abordagem do conhecimento escolar visualiza

a Educação Religiosa como algo significativo, articulado, contextualizado em

permanente formação e transformação.

A avaliação nesta disciplina é processual, faz parte do processo ensino –

aprendizagem. A partir desse pressuposto a avaliação é entendida como um

dos aspectos do ensino, através do qual é possível verificar e interpretar os

dados da aprendizagem, bem como, acompanhar e aperfeiçoar o processo de

construção e reconstrução do conhecimento.

A avaliação é um aspecto integrador através do qual interagem educando

e educador. Ela permeia as metas, os conteúdos e a prática didática. Possui

três etapas:

Inicial: é o reconhecimento da pluralidade cultural religiosa (grupos

religiosos diferentes identificados na crença dos próprios alunos).

Formativa: deve ser formal e sistematizada, organizada de acordo com os

conteúdos, visando a informação. Tem como referencial perceber as diferenças

das Tradições Religiosas, através do diálogo. Conseqüentemente, na

convergência se dá a construção e a reconstrução do conhecimento do

fenômeno religioso.

Final: consiste na aferição dos resultados da aprendizagem de acordo

com metas definidas. A avaliação oral, escrita, pesquisas, oferece o

conhecimento concreto.

Os pressupostos não são critérios para aprovação ou reprovação, mas

fontes de análise individual de cada educando, de continuidade do processo de

aprendizagem e oportunidade para o educador avaliar também a sua atuação.

Page 117: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

117

São alguns instrumentos de avaliação: testes escritos e orais, trabalhos de

pesquisa envolvendo os temas abordados.

6. Filosofia

6.1. Apresentação Geral da Disciplina

A filosofia é uma palavra grega. Composta por duas outras “philo” e

“sophia” deriva-se de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre

iguais. Sophia quer dizer, sabedoria e sophos, sábio. Conclui-se então que

filosofia signifique amor pelo saber.

A filosofia indica um estado de espírito, da pessoa que deseja

conhecimento. Para Pitágoras, filósofo grego, e autor da palavra permite aos

homens desejar ou amar a sabedoria, já que a sabedoria plena e completa

pertence aos deuses. Segundo Pitágoras, ainda, a filosofia não estimula

interesses comerciais, coloca o saber como propriedade. A filosofia faz o

individuo mover-se pelo desejo de observar, contemplar e julgar e avaliar as

coisas, as ações, a vida, em sua despertar-lhe o desejo pelo saber.

Para os historiadores da filosofia, ela nasceu no final do século VII e início

do século VI antes de Cristo nas colônias gregas da Ásia menor e o primeiro

filósofo foi Tales de Mileto. Ela nasce como conhecimento racional da ordem ou

do mundo da natureza.

A filosofia tem um papel fundamental na história, uma vez que antes dela,

tinham importância à educação e a formação espiritual dos homens somente. A

partir dela o conhecimento e o saber vieram à tona.

Existe uma problemática na filosofia no que diz respeito ao ensino, pois é

necessário que os seus conteúdos sejam bem delimitados, no entanto não

Page 118: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

118

existe na filosofia verdades absolutas, o que a torna muitas vezes polêmica e

de difícil compreensão.

No ensino médio, seu objetivo é desenvolver o senso crítico no educando

de maneira que este tenha condições de ter um raciocínio lógico e estruturado,

mesmo que algumas vezes não encontre respostas diretas e conclusivas para

suas indagações. Tem por finalidade também viabilizar a construção do

conhecimento por meio da reflexão, conduzindo o aluno a diversos

questionamentos a fim de que possa tornar-se um indivíduo mais ativo na

sociedade.

Por ser finalidade do ensino médio a consolidação e o aprofundamento

dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o

prosseguimento dos estudos e da preparação básica para o trabalho e a

cidadania do educando, para continuar aprendendo a formação ética, a filosofia

contribuirá decisivamente na formação destas potencialidades, dando acesso a

um novo tipo de conhecimento, onde o aluno estará ciente de sua interação

com a realidade.

A filosofia se constitui em um fundamento indispensável à formação do

indivíduo em “cidadãos”, pois lhe propicia visão crítica e analítica dos fatores e

dos motivos que influenciam e determinam a composição dinâmica do

ambiente sociocultural em que vive e pode atuar. Assim esse cidadão se

tornará um agente transformador e promotor estimulante do equilíbrio no inter

relacionamento do homem com a sociedade, a expressão viva da consciência

e da responsabilidade social, pois através da filosofia, terá mais conhecimento.

Page 119: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

119

6.2. Conteúdos Estruturantes

Teoria do conhecimento

Ética

Filosofia política

Estética

Filosofia da ciência.

Conteúdos específicos

MITOLOGIA E FILOSOFIA

Conceito de filosofia e mito

Importância da filosofia

Os primeiros filósofos: Sócrates, Platão e Aristóteles

A sociedade grega

O mito e a origem das coisas

O mito e a razão

O mito hoje

Conceito de verdade

Consciência crítica

Pensamento

Superação do mito

Racionalização do mito

A razão filosófica e científica

Ciência e senso comum

Page 120: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

120

TEORIA DO CONHECIMENTO

O conhecimento: o problema

Conhecimento filosófico: ceticismo e dogmatismo

Ceticismo absoluto e relativo

Conhecimento científico

Linguagem, signos

Intuição, sentidos, discurso

Platão e Protágoras: Racionalismo

Aristóteles e Platão: Críticos

René Descartes: o discurso do método

Kant e a razão

ÉTICA

Ética X Moral

Valores

Consciência moral

Liberdade e livre arbítrio

Ética, objetivo

Leis, direitos e deveres

Aristóteles e Seneca

Vício e virtude

História e cultura afro-brasileira e africana: preconceito e valor

Santre: a questão da liberdade

Page 121: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

121

FILOSOFIA POLÍTICA

Política: conceito

Política e poder

Ideologia

Alienação

A política em Maquiável

A questão do poder

Democracia – participação política da sociedade

Propriedade privada: John Locke e Adam Smith

Os gregos e a esfera pública

Política brasileira: história do Paraná e questão indígena

Discurso político

Origem e função do Estado

O Estado e a violência

O poder e a violência

Karmark e a alienação humana

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

O que é ciência?

Filosofia e ciência

Senso comum e ciência

Ciência comum e revolucionária

Classificação das ciências

Bioética

Page 122: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

122

Método científico

ESTÉTICA

Beleza: um conceito filosófico

Estética moderna

O bem e o belo

O gosto como um fato social

A arte e o encontro com eternidade

Materialismo histórico e a arte: Karl Marx e Friedrich Engels

Funções da arte

A arte e a sociedade

O fascínio do eterno e do universal

Meio ambiente

6.3. Metodologia

De acordo com a fundamentação teórica são imprescindíveis

determinados aspectos e estruturas que deverão ser enfocadas e trabalhadas

no decorrer do curso. Tais procedimentos serão elucidados conforme segue e

de acordo com os DCE‟s de filosofia:

Sensibilização: a utilização de uma figura, uma música, um poema, um

texto jornalístico ou literário, para que se comece aula expositiva que visa a

transmissão e a construção de um conhecimento elaborado.

Problematização: contextualizar a questão a ser estudada, o conteúdo a

ser aprendido, usando como fonte os artifícios citados na sensibilização.

Leva os alunos a questionamentos, à investigação de problemas.

Page 123: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

123

Investigação: pesquisar o conteúdo proposto e analisá-lo, defrontar-se

com ele.

Criação de conceitos: momento em que o aluno já poderá elaborar suas

conclusões face ao que já foi aprendido.

Para que estes quatro itens, anteriormente citados aconteçam

harmonicamente, utilizados além da aula expositiva, leitura de textos e

interpretação com o objetivo de aprimorar a capacidade reflexiva, trabalhos em

grupos com a função de socialização, a oratória e a capacidade de interagir em

situações adversas ao cotidiano, e pesquisas com a finalidade de analisar e

fundamentar os conhecimentos repassados, seminários, conferências e

palestras com o intuito de despertar o interesse pelos grandes problemas que

dizem respeito ao homem enquanto ser em geral.

Serão utilizados como complemento metodológico recursos didáticos

como quadro de giz, vídeo, televisão, rádio com cd, retro-projetor, laboratório

de informática e biblioteca.

6.4. Avaliação

A avaliação deverá ser contínua obedecendo aos critérios de

desenvolvimento do educando. A partir deste pressuposto o aluno deverá ser

avaliado por meio de provas, trabalhos, pesquisas, seminários e participação

nas aulas.

Como citado no DCE da filosofia, pag. 34: “A avaliação de filosofia de

inicia com a sensibilização, com a coleta do que o estudante pensava antes e

do que pensa depois do estudo. Com isso, torna-se possível entende a

avaliação como um processo...”

Page 124: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

124

6.5 Referências

DCE – Filosofia – Curitiba, 2006.

Livro Didático Público, Filosofia.

Curitiba, SEED – PR, 2006.

Aranha, Maria Lúcia de Arruda. Temas de Filosofia / Maria Helena Pires

Martins – São Paulo: Moderna, 1992.

Revista Crítica Marxista, n.º16, 1ªed, São Paulo, 2003.

Dicionário de Política: Norberto Bobbio, Nicola Mattrucci, Gianfranco

Pasquino, 7ªed. / Brasília, DF, Editora Universidade de Brasilia, 1995.

7. Física

7.1. Apresentação Geral da Disciplina

O Ensino de Física no Ensino Médio deve contribuir para a formação de

uma cultura científica efetiva, que permita ao indivíduo a interpretação dos

fatos, fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação

do ser humano com a natureza como parte da própria natureza em

transformação.

Para tanto, é essencial que o conhecimento físico seja explicitado como

um processo histórico, objeto de contínua transformação e associado as outras

formas de expressão e produção humana. É necessário também que essa

cultura em Física inclua a compreensão do conjunto de equipamentos e

procedimentos, técnicos ou tecnológicos, do cotidiano doméstico, social e

profissional.

Page 125: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

125

Ao propiciar esses conhecimentos, o aprendizado da Física promove a

articulação de toda uma visão de mundo, de uma compreensão dinâmica do

universo, mais ampla do que entorno material capaz, portanto de transcender

nossos limites temporais e espaciais. Assim, ao lado de um caráter mais

prático, a Física revela também uma dimensão filosófica, com uma beleza e

importância que não devem ser subestimadas no processo educativo. Dar ao

ensino da Física novas dimensões significa promover um conhecimento

contextualizado e integrado à vida de cada jovem.

Sendo o Ensino Médio um momento particular do desenvolvimento

cognitivo dos jovens, o aprendizado de Física tem características específicas

que podem favorecer uma construção rica de abstrações e generalizações,

tanto de sentido prático como conceitual. Levando-se em conta o momento de

transformação em que vivemos, promover a autonomia para aprender deve ser

preocupação central, já que o saber de futuras profissões pode ainda estar em

formação, devendo buscar-se competências que possibilitem a independência

de ação e aprendizagem futura. Apresentar uma Física que explique a queda

dos corpos, o movimento da lua ou das estrelas no céu, o arco-íris e também

os raios laser, as imagens da televisão e as formas da televisão e as formas de

comunicação. Uma Física que explique os gastos da “conta da luz” ou o

consumo diário de combustível e também as questões referentes ao uso das

diferentes fontes de energia em escala social, incluída a energia nuclear, com

seus riscos e benefícios. Uma Física que discuta a origem do universo e sua

evolução. Que trate do refrigerador ou dos motores a combustão, das células

foto elétricas, das radiações presentes no dia-a-dia, mas também dos

princípios gerais que permitem generalizar todas essas compreensões. Uma

Física cujo significado o aluno possa perceber no momento em que aprende, e

não em um momento posterior ao aprendizado.

Page 126: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

126

Para isso, é imprescindível considerar o mundo vivencial dos alunos, sua

realidade próxima ou distante, os objetos e fenômenos com que efetivamente

convivem, ou os problemas e indagações que movem sua curiosidade. Esse

deve ser o ponto de partida e, de certa forma, também o ponto de chegada. Ou

seja, feitas as investigações abstrações e generalizações potencializadas pelo

saber da Física, em sua dimensão conceitual, o conhecimento volta-se

novamente para os fenômenos significativos ou objetos tecnológicos de

interesse, agora com um, novo olhar, como o exercício de utilização do novo

saber adquirido, em sua dimensão aplicada ou tecnológica. O saber assim

adquirido reveste-se de uma universalidade maior que âmbito dos problemas

tratados, de tal forma que passa a ser instrumento para outras e diferentes

investigações.

Essas duas dimensões, conceitual / universal e local / aplicada, de certa

forma constituem-se em ciclo dinâmico, na medida em que novos saberes

levam a novas compreensões do mundo e à colocação de novos problemas.

Portanto, o conhecimento da Física “ em si mesmo” não basta como objetivo,

mas deve ser entendido sobretudo como um meio, um instrumento para a

compreensão do mundo, podendo ser prático, mas permitindo ultrapassar o

interesse imediato.

A Física percebida enquanto construção histórica, como atividade social

humana emerge da cultura e leva à compreensão de que modelos explicativos

não são únicos nem finais, tendo se sucedido ao longo dos tempos, como o

modelo geocêntrico, substituído pelo heliocêntrico, a teoria do calórico pelo

conceito de calor como energia, ou a sucessão dos vários modelos explicativos

para a luz. O surgimento de teorias físicas mantém uma relação complexa com

o contexto social em que ocorreram.

Page 127: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

127

Perceber essas dimensões históricas e sociais corresponde também ao

reconhecimento da presença de elementos da Física em obras literárias, peças

de teatro ou obras de arte.

Essa percepção do saber físico como construção humana constitui-se

condição necessária, mesmo que não suficiente, para que se promova a

consciência de uma responsabilidade social e ética. Nesse sentido, deve ser

considerado o desenvolvimento da capacidade de se preocupar com o todo

social e com a cidadania. Isso significa, por exemplo, reconhecer-se cidadão

participante, tomando conhecimentos das formas de abastecimento de água e

fornecimento das demandas de energia elétrica da cidade onde se vive,

conscientizando-se de eventuais problemas e soluções.

7.2. Metodologia

Dentro do ensino da Física, deve-se estimular o aluno a perguntar,

selecionando com as situações concretas da vida.

O professor deve ter a preocupação de que o ensino de Física não se

reduza apenas a uma matemática aplicada, e os exercícios devem, de

preferência, estar ligados a situações da vida do aluno. O professor deve

estimular o aluno a fazer leituras em livros e artigos científicos, a realizar

pesquisas juntamente com trabalhos práticos e outras atividades. A Física,

através das leis dos movimentos dos corpos e dos seus enunciados, fará a

ponte entre um saber sistematizado e a socialização de um saber gerado na

prática e na investigação. Assim, o estudo da Física possibilitará a reflexão e o

aprofundamento das questões propostas e analisadas tanto pelo educador

quanto pelo educando.

Dessa maneira, a Física proporcionará o entendimento histórico do

conhecimento dentro de um contexto cultural, social, político e econômico,

Page 128: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

128

levando à compreensão do desenvolvimento tecnológico e sua ligação com o

desenvolvimento científico.

7.3 Conteúdos Estruturantes

1º ANO

MECÂNICA:

A Física e suas relações com outras ciências

Cinemática escalar, ponto material, corpo extenso, repouso, referencial,

movimento, trajetória, velocidade escalar média e instantânea, movimento

uniforme, aceleração, movimento uniformemente variado.

Queda dos corpos

Cinemática vetorial

Composição dos movimentos

DINÂMICA

Forças

1ª Lei de Newton ou princípio da inércia

2ª Lei de Newton ou princípio fundamental da dinâmica

3ª Lei de Newton ou Ação ou Reação

Gravitação Universal

Trabalho, potência e rendimento;

Conservação da energia

Conservação da quantidade de movimento

Page 129: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

129

HIDROSTÁTICA

Fluídos, densidade e pressão;

Princípio de Pascal

Princípio de Arquimedes

2º ANO

TERMOMETRIA

Calor e Temperatura;

Escalas termométricas;

CALORIMETRIA

Calor sensível e calor latente;

Calor específico, capacidade térmica;

Princípio fundamental da troca de calor;

Dilatação térmica

ESTUDO DOS GASES

Transformações gasosas

TERMODINÂMICA

Leis da Termodinâmica

Máquinas térmicas

ÓPTICA GEOMÉTRICA

Princípios fundamentais

Reflexão da luz

Refração da luz

A óptica da visão

Page 130: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

130

3º ANO

Ondas

Acústicas

Eletricidade

Eletromagnetismo

Física Moderna

7.4. Metodologia

Pressupõe-se que o aprendizado se dá pela interação professor /aluno

/conhecimentos, ao se estabelecer um diálogo entre idéias prévias dos alunos

e a visão científica atual, com a mediação do professor, nas experiências.

7.5. Avaliação

Quando há discussão sobre avaliação na disciplina de Física, pensa-se

em ensinar para possibilitar uma melhor compreensão do mundo e uma

formação para a cidadania mais adequada. Sabemos todos que, para tanto,

não existem soluções simples ou únicas, nem receitas prontas que garantam o

sucesso, mas precisa-se dar ao ensino da Física novas dimensões. Isso

significa promover um conhecimento contextualizado e integrado.

Para que ocorra uma análise do que vai ser trabalhado, da qual devem

participar o professor e o aluno e, para isso ocorrer é imprescindível considerar

o mundo vivencial dos alunos, sua realidade próxima ou distante, os objetos e

fenômenos com que efetivamente convivem, ou problemas e indagações que

movem sua curiosidade. Esse deve ser o ponto de partida e de certa forma,

também o ponto de chegada.

Page 131: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

131

7.6 Referencias Bibiográficas

MOREIRA, M. A; AXT, R. O papel da experimentação no ensino de

Ciências. In: Tópicos em Ensino de Ciências; Porto Alegre: Sagra, 1991, p. 79 -

90.

ALMEIDA, M. J. P. de; SILVA, H. C. da. (orgs.) Linguagem, Leituras e

Ensino de Ciência. Campinas: Mercado das Letras/ Associação de Leitura do

Brasil-ALB, 1998.

ALMEIDA, M. J. P. de. Discurso da Ciência e da Escola: Ideologia e

Leituras Possíveis. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2004.

ABRANTES, P. C. C. Newton e a Física francesa no século XIX. In:

Caderno de História e Filosofia da Ciência, Série 2, 1(1): 5-31, jan-jun, 1989, p.

5 –31.

ALVARES, B. A. Livro didático - análise e seleção.

In: MOREIRA, M. A; AXT, R. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto

Alegre: Sagra, 1991, p. 18-46.

8. Geografia

8.1. Apresentação Geral da Disciplina

A Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o

mundo compreensível para os alunos, explicável e passível de transformações,

às quais são decorrentes de inter-relações sociais e naturais, pois segundo

LEFEBVRE e SANTOS, “espaço geográfico é o espaço produzido e apropriado

pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações

(relações sociais, culturais e econômicas) inter-relacionados”.

Estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo em que

vivemos. Por meio desse estudo, podemos entender melhor tanto o local em

que moramos, seja uma cidade ou uma área rural, quanto nosso país, assim

como os demais países da superfície terrestre. O campo de preocupações da

Geografia é o espaço da sociedade humana, onde homens e mulheres vivem

Page 132: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

132

e, ao mesmo tempo produzem modificações que o (re) constroem

permanentemente. Indústrias, cidades, agricultura, rios, solos, climas,

populações: todos esses elementos, além de outros, constituem o espaço

geográfico, isto é, o meio ou a realidade material onde a humanidade vive e do

qual ela própria é parte integrante.

Neste sentido, não se trata de repassar para os alunos fatos para que eles

memorizem, e sim levantar questões e instrumentalizá-los, de modo a lhes

proporcionar as condições de se compreenderem como sujeitos da história e

agentes da transformação sócio-espacial. É dentro desta perspectiva que

devemos proceder na escolha e no tratamento dos conteúdos essenciais da

disciplina, buscando estabelecer os aspectos fundamentais para o seu ensino.

Para isso, é preciso lançar mão de uma ampla base de conhecimentos que não

se restringem àqueles produzidos dentro do corpo teórico e metodológico

apenas da Geografia, mas sim, articulados com outras ciências “... métodos e

estratégias que guiam e legitimam o que é razoável/não razoável como

pensamento, ação e auto-reflexão”. (Popkewitz, 1994, p.193).

Decorrente disso cabe à escola, como um dos lugares onde analisa,

produz e sistematiza-se conhecimentos, subsidiar os alunos no enriquecimento

e sistematização dos saberes para que sejam sujeitos capazes de interpretar

com olhar crítico o mundo que os cerca.

A partir do exposto, sobre a teoria e o ensino da Geografia, pode-se

acrescentar que a relevância dessa disciplina está no fato de que todos os

acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a

materialização dos tempos da vida social. Portanto, há que se empreender um

ensino capaz de fornecer aos alunos, conhecimentos específicos da Geografia,

sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas

diferentes formas de abordagem.

Page 133: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

133

8.2. Objetivos Gerais da Disciplina

Sendo a meta maior a interação dos homens com o meio, as atividades

devem proporcionar ao aluno condições que lhe permitam:

Compreender a organização do espaço geográfico, entendendo as

relações entre as dinâmicas da sociedade e da natureza;

Analisar as relações estabelecidas entre os homens e o meio natural;

Interpretar as relações políticas, econômicas de trabalho e culturais entre

as sociedades:

Reconhecer o espaço geográfico como resultado do trabalho humano;

Compreender, pela comparação, a especialidade dos fenômenos sociais e

naturais no presente e no passado;

Fazer uso da linguagem cartográfica para extrair, comunicar e analisar

informações nos diversos campos do conhecimento.

8.3. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos específicos

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande

amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina

escolar considerada fundamental para a compreensão de seu objeto de estudo

e ensino. São, neste caso, dimensões geográficas da realidade a partir das

quais os conteúdos específicos devem ser abordados.

Considerando que o objeto de estudo/ensino da geografia é o espaço

geográfico que envolve as relações de produção e de trabalho, discutem como

as sociedades produzem o espaço geográfico sob a perspectiva da produção

de objetos (fixos e móveis) necessários para a manutenção da dinâmica da

sociedade (capitalista).

Page 134: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

134

Nestas diretrizes Curriculares, os conteúdos estruturantes são:

Dimensão econômica da produção do/no espaço.

Ênfase nas desigualdades econômicas, na produção de necessidades,

nas diferentes classes sociais e na configuração sócio espacial.

Relações de poder e domínio sobre os territórios.

As instâncias e instituições, oficiais ou não, que governam os territórios.

Todos os conceitos geográficos são desenvolvidos neste conteúdo

estruturante. Afinal, as relações sociedade-natureza são movidas pela

produção da materialidade necessária para a existência humana e pelas

relações sociais e de trabalho que organizam essa produção. Tais

fundamentos foram incorporados pela teoria da geografia quando a matriz

teórica do materialismo histórico dialético passou a integrar o pensamento

geográfico.

Geopolítica

A geopolítica engloba os interesses relativos aos territórios e às relações

de poder, econômicas e sociais que os envolvem. Este conteúdo é o que está

relacionado de forma mais direta ao conceito de território. Destacam-se:

As relações de poder sobre territórios da escala micro (rua, bairro) até a

escala macro (país, instituições internacionais).

As redefinições de fronteiras, orientadas por motivos econômicos,

culturais, sociais, são fundamentos para a discussão dos conteúdos

específicos.

Conceitos geográficos enfatizados neste conteúdo são (território e lugar).

A lógica das relações sociedade-capital-natureza balizam as discussões

deste conteúdo estruturante.

Page 135: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

135

Questões Centrais: a produção do espaço geográfico, a criação de

necessidades e a mobilidade de “recursos” naturais para satisfazê-las, no

modelo econômico do capitalismo.

Como as relações sociedade-capital-natureza se concretrizam na

diferenciação das paisagens sociais e culturais. Assim, o estudo deste

conteúdo estruturante deve possibilitar ao aluno que compreenda o espaço

onde vive a partir das relações estabelecidas entre os territórios que a eles se

sobrepõem como campos de forças sociais e políticas. Os alunos deverão

entender as relações de poder que os envolvem e de alguma forma os

determinam, sem que haja, necessariamente, uma institucionalização estatal,

como preconizado pela geografia tradicional.

No ensino médio este conteúdo estruturante deve ser abordado mais

profundamente, pois, o aluno já teve, no ensino fundamental, noções sobre a

importância das relações de poder para compreensão do espaço geográfico,

devendo então enfocar o local e o global, sem negligenciar a categoria analítica

espaço-temporal, ou seja, a interpretação histórica das relações geopolíticas

em estudo.

O trabalhar geopolítica no ensino Fundamental e médio, sugerem-se

alguns recortes temáticos e/ou regionais a serem desmembrados, pelo

professor, em conteúdos específicos que devem compor seus planos de

trabalho docente. Tais conteúdos deverão ser enfocados de modo a garantir a

compreensão das inter-relações entre o espaço e poder, considerando a faixa

etária do aluno, o nível de ensino e as realidades locais. São eles:

Formação territorial dos estados nacionais;

A espacialização dos principais conflitos mundiais, suas causas e efeitos;

Organizações internacionais: ONU, Otan, entre outros, e suas influências

na reorganização do espaço geográfico;

Page 136: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

136

A produção e reorganização do espaço geográfico, a partir das influências

das políticas neoliberais;

Os movimentos sociais: sua distribuição e ação na configuração dos

territórios;

A nova ordem mundial no início do século XXI e a atual oposição norte-

sul;

Os novos papéis das organizações internacionais na mediação de

conflitos territoriais;

Redefinição de fronteiras e conflitos de base territorial, tais como: étnicos,

culturais, políticos, econômicos;

Estrutura fundiária, movimentos sociais e os conflitos no campo;

Questões territoriais indígenas: demarcação dos territórios, conflitos e

ocupação;

O acesso as tecnologias, as informações e as relações de poder;

Territórios urbanos marginais: sua distribuição e configuração espacial;

Urbanização e hierarquia das cidades.

Questões que norteiam o pensamento geográfico

Onde?

Quando?

Por que aqui e não em outro lugar?

Como é esse lugar?

Por que esse lugar é assim?

Por que as coisas estão dispostas desta maneira?

Qual o significado dessa disposição espacial?

Page 137: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

137

DIMENSÃO SÓCIOAMBIENTAL

Os conceitos de sociedade e de Natureza são entendidos como categoria

de análise neste conteúdo estruturante.

Os conceitos de modo de produção, classes sociais, consumo,

sustentabilidade, dinâmica da natureza e tempo são discutidos da perspectiva

da produção espacial e da paisagem.

A questão socioambiental é um subcampo da Geografia e, como tal, não

constitui mais uma linha teórica dessa ciência/disciplina. Permite abordagem

complexa do temário geográfico, porque não se restringe aos estudos da flora

e da fauna, mas à interdependência das relações entre sociedade, elementos

naturais, aspectos econômicos, sociais e culturais. Para Mendonça:

O termo “sócio” aparece, então, atrelado ao termo “ambiental” para

enfatizar o necessário envolvimento da sociedade como sujeito, elemento,

parte fundamental dos processos relativos à problemática ambiental

contemporânea (2001, p.117).

Ainda conforme Mendonça, o pensamento geográfico a respeito das

questões ambientais é marcado por dois períodos distintos. São eles: no

primeiro, o ambiente era formado como sinônimo de natureza, conceito que

prevaleceu desde a estruturação científica da geografia até meados do século

XX. No segundo momento, alguns geógrafos passaram a considerar a

interação entre a sociedade e a natureza, o que tornou ultrapassada a idéia

majoritariamente descritiva do ambiente natural. A partir dos anos de 1950, o

ambiente, muitas vezes já degradado, passou a ser objeto de estudo com

vistas à sua recuperação e para melhorar a qualidade de vida ( MENDONÇA,

2001, p.119).

Os impasses ambientais que inquietam o mundo de maneira mais

explícita, desde os anos de 1960, custaram a ganhar espaço no pensamento

Page 138: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

138

geográfico. Essa dificuldade se deu, de acordo com Mendonça, em função de

alguns fatores como:

A secundarização dos aspectos físicos do espaço geográfico, a partir da

década de 1970, com a emergência da idéia da geografia como ciência social;

A conseqüente recusa da importância da dinâmica da natureza “ na

constituição do espaço, do território e da sociedade”;

A fé na ciência e na tecnologia como potencialmente capazes de resolver

os problemas ambientais gerados pelo modo de produção capitalista.

A partir dos anos de 1980, tanto o acirramento dos problemas ambientais

quanto o engajamento de geógrafos, físicos, na militância de esquerda, no

Brasil e no mundo, levaram a Geografia a rever suas concepções, o que

resultou na busca e na formulação de novas bases teórico-metodológicas para

a abordagem do tema. Uma delas é que a crise ambiental contemporânea não

pode ser compreendida nem resolvida, segundo perspectivas que isolam

sociedade de natureza ou que ignoram uma delas.

A concepção de meio ambiente não exclui a sociedade; antes, implica

compreender que em seu contexto econômico, político e cultural estão

processos relativos às questões ambientais contemporâneas, de modo que a

sociedade é componente e sujeito dessa problemática.

A natureza, que teve em sua gênese uma dinâmica auto determinada,

hoje sofre alterações em muitas de suas dinâmicas, devido à ação humana.

Basta lembrarmos, das alterações climáticas, das obras de engenharia que

modificam os rios (curso, vazão, profundidade, etc.) e que transpõem

montanhas e cordilheiras ( estradas, túneis), dos desmatamentos que criam

desertos ou que, em encostas de morros, causam desmoronamentos. Torna-

se, então, fundamental compreender tanto a gênese da dinâmica da natureza

Page 139: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

139

quanto às alterações nelas causadas pelo homem, como efeito de participar na

constituição física do espaço geográfico.

A abordagem geográfica deste conteúdo estruturante destaca que o

ambiente não se refere somente a questões naturais. Ao entender ambiente

pelos aspectos sociais e econômicos, os problemas socioambientais passam a

determinar, também, questões da pobreza, da fome, do preconceito, das

diferenças culturais, materializadas no espaço geográfico.

Ao trabalhar a dimensão socioambiental no Ensino Fundamental e Médio,

sugerem-se alguns recortes temáticos e/ou regionais a serem desmembrados,

pelo professor, em conteúdos específicos que devem compor seu plano de

trabalho docente. São eles:

Os recursos naturais: formação, espacialização, suas alterações

antrópicas e implicações na organização espacial das atividades econômicas;

Os impactos socioambientais no espaço rural, provenientes dos avanços

tecnológicos;

A espacialização dos fenômenos atmosféricos e as mudanças climáticas

decorrente das atividades humanas, e também da própria dinâmica da

natureza;

A degradação ambiental decorrente da produção e distribuição dos

sistemas de energia;

Circulação e poluição atmosférica e sua interferência na organização do

espaço geográfico ( indústria, habitação, saúde, entre outros);

Distribuição espacial e as conseqüências sócio-ambientais dos

desmatamentos, da chuva ácida, do buraco na camada de ozônio, do efeito-

estufa, entre outros;

Page 140: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

140

Conservacionismo e preservacionismo: a dinâmica da natureza e as

políticas ambientais a respeito das paisagens.

Patrimônios ecológicos e as grandes paisagens naturais do planeta;

Atividades humanas e transformação da paisagem natural nas diversas

escalas geográficas;

Crise ambiental: conflitos políticos e interesses econômicos;

Produção do espaço geográfico, impactos ambientais sobre a água, o

solo, o ar, e o clima;

Ocupação de áreas de risco encostas e mananciais e a organização do

espaço urbano.

DINÂMICA CULTURAL E DOMOGRÁFICA

As questões demográficas da constituição do espaço geográfico são

centrais neste conteúdo estruturante, bem como as constituições regionais em

funções das especificidades culturais.

As marcas culturais na produção das paisagens (rural e urbana) e suas

razões históricas, econômicas, naturais;

A ocupação e distribuição da população no espaço geográfico e suas

consequências econômicas, culturais e sociais;

Os grupos sociais e étnicos em sua configuração espacial urbana, rural,

regional;

Os conceitos geográficos enfatizados neste conteúdo estruturante são os

de Região (singularidades e generalidades) e Paisagem.

Ao trabalhar a dinâmica cultural e demográfica, no Ensino Fundamental e

Médio, sugerem-se alguns recortes temáticos e/ou regionais a serem

Page 141: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

141

desmembrados, pelo professor, em conteúdos específicos que devem compor

seus planos de trabalho docente. São eles:

Êxodo rural e sua influência na configuração espacial urbana e rural;

As migrações mundiais e sua influência sobre a formação cultural,

distribuição espacial e configuração demográfica dos países;

Formação étnico-religiosa: distribuição e organização espacial e conflitos

territoriais;

As influências dos meios de comunicação nas manifestações culturais e

na (re )organização social do espaço geográfico.

Crescimento demográfico e políticas populacionais em diferentes países;

Relações entre composição demográfica, gênero, etnias, emprego, renda

e situação econômica do país, da região e do lugar;

Diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem urbana e

rural;

Nacionalismos, minorias étnicas, separatismo e xenofobia e suas

consequências sócio-espaciais;

Identidades culturais regionais e sua espacialização.

Enfatiza-se que no Ensino Fundamental e Médio os quatro conteúdos

estruturantes serão o ponto de partida e de chegada para a seleção,

organização e abordagem dos conteúdos específicos por série, ou seja, para a

construção da proposta pedagógica curricular.

Page 142: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

142

CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO

Ensino Fundamental

5a SÉRIE

A inter-relação entre a paisagem natural e artificial. A dinâmica e a

espacialização dos elementos naturais presentes na paisagem e como estes

compõem a paisagem artificial.

Aprofundamento dos conceitos de paisagem, lugar, região e em caráter

introdutório o conceito de território, todos das diferentes escalas geográficas.

6a SÉRIE

Aprofundamento do conceito de território e sua relação com os demais

conceitos.

Análise do espaço geográfico nacional e sua relação com o espaço

mundial (processo de globalização).

7a e 8a SÉRIE

Continuar aprofundando e ampliando os principais conceitos geográficos

com ênfase nas relações globais. Conhecer os continentes, como os diferentes

países se relacionam política e economicamente, e suas especificidades

naturais e sociais.

Para isso, nada impede que o professor faça relações entre os

continentes (países), podendo retornar ao espaço local sempre que for

possível, para maior compreensão do espaço no processo de globalização.

ENSINO MÉDIO

Os quatro conteúdos estruturantes devem ser abordados nas três séries

do Ensino Médio e não podem ser separados por série.

Page 143: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

143

Os alunos já têm uma formação conceitual inicial realizada no Ensino

Fundamental.

O Ensino Médio deve aprofundar e verticalizar essa formação conceitual,

ampliar o trânsito pelas diversas escalas geográficas e a complexidade dos

fenômenos analisados.

Destaca-se que o professor de Geografia deve estar atento à Lei

10.639/03, que torna obrigatório abordar conteúdos que envolvam a temática

de história e cultura afro-brasileira e africana, que podem ser vistas nas

diferentes séries do ensino Fundamental e Médio e relacioná-las aos

conteúdos estruturantes de forma contextualizada.

O trabalho pedagógico com esta temática pode ser feito, por exemplo, por

meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que tragam conhecimentos

sobre conteúdos específicos, tais como: a composição da população brasileira

e miscigenação dos povos; a distribuição espacial da população afro-

descendente no Brasil e no mudo; as contribuições do negro na construção

cultural da nação brasileira; as migrações do povo africano no tempo e no

espaço; o trabalho e renda dos afros-descendentes; a configuração espacial do

continente africano.

O professor deverá considerar, também, o número de aulas reservado à

disciplina de Geografia, em cada série do ensino Fundamental e Médio, na

escola onde atua, ao elaborar seu plano de trabalho docente. Essa realidade é

variável, uma vez que a Rede Estadual de Ensino não trabalha com um modelo

único de matriz curricular.

Entre as mudanças provocadas pelos PCN destaca-se a inserção de

temas vinculados às discussões ambientais e multiculturais. A rigor, os debates

sobre cultura e ambientalismo perpassam várias áreas do conhecimento e vêm

ganhando destaque na escala mundial desde o final de 1960.

Page 144: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

144

A presença desses temas nos PCN se deve ao resgate e aprofundamento

das discussões sobre cultura (Geografia Cultural) e ambiente (Geografia

Socioambiental), que na Geografia ganharam força no contexto histórico da

década de 1990 em função de diversos fatores, dentre os quais destacam-se:

As transformações políticas que desencadearam conflitos étnicos e a

divisão de alguns países segundo as nações ou formações sociais que lhes

eram constitutivas;

Os avanços nos sistemas técnicos de comunicação e informação que

possibilitam compartimentar a produção industrial em diferentes etapas que se

realizam em territórios diferentes com ampliação do mercado mundial.

5ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

GEOPOLÍTICA

A importância da Geografia

Noção de lugar (bairro, cidade, país e

continente)

A DIMENSÃO SÓCIO-AMBIENTAL Espaço geográfico e meio ambiente

Paisagens naturais e culturais

Page 145: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

145

6ª SÉRIE

Nesta série os conteúdos serão trabalhados focando o Brasil.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECIFICOS

A DIMENSÃO ECONÔMICA DA

PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

Localização do Brasil

Os setores da economia

Sistemas de circulação de mercadorias,

pessoas, capitais e informações

Agricultura brasileira

Industrialização brasileira

Dependência tecnológica

Desigualdades sociais

Ocupação e transformação do espaço

paranaense

GEOPOLÍTICA

Estado, Nação, Fronteiras e Territórios

Regionalização brasileira

O Paraná no Brasil

A DIMENSÃO SÓCIO-AMBIENTAL

O ambiente urbano e rural

Movimentos sócio-ambientais

Fontes de energia

Clima brasileiro

Vegetação brasileira

Relevo brasileiro

Hidrografia brasileira

Problemas ambientais

Aspetos naturais do Estado do Paraná

Page 146: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

146

A DINÂMICA CULTURAL

DEMOGRÁFICA

Movimentos sociais e reordenação do

espaço urbano

Conflitos rurais e estrutura fundiária

Questões territoriais indígenas

Territórios urbanos marginais

Estrutura etária

Movimentos migratórios

Formação étnica do Paraná

A migração do povo africano e dos afros -

descendentes

A população negra no Brasil

7ª SÉRIE

Nesta série de acordo com as DCE, os conteúdos terão como foco as

Américas e Regiões Polares.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECIFICOS

A DIMENSÃO ECONÔMICA DA

PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO DO

CONTINENTE AMERICANO

Setores econômicos

A formação blocos econômicos regionais

Economia e desigualdade social

Dependência tecnológica

Desigualdades Norte X Sul

Page 147: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

147

GEOPOLÍTICA

Estado, nação e território

Regionalização do Continente Americano

Terrorismo e narcotráfico

Noções de Globalização

A DIMENSÃO SÓCIO-AMBIENTAL

Aquecimento global

Chuvas ácidas

Efeito estufa

Camada de Ozônio

8ª SÉRIE

Nesta série de acordo com as DCE, os conteúdos serão trabalhados

focando a Europa, Ásia, África e Oceania.

CONTEÚDOS ESTUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

DIMENSÃO ECONÔMICA DA

PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

Localização Geográfica dos países e

continentes

Regionalização mundial (Acordos e Blocos

econômicos)

Globalização

Page 148: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

148

GEOPOLÍTICA

A bipolaridade do século XX

A nova ordem mundial do inicio do século

XXI

Conflitos mundiais

Órgãos internacionais

Neoliberalismo

Terrorismo

Políticas econômicas culturais e ambientais

Novo papel das organizações internacionais

Redefinições de fronteiras: conflitos – étnico

– culturais – políticos – econômicos – de

base territorial;

A DIMENSÃO SÓCIO-AMBIENTAL

Circulação da poluição atmosférica

Chuva acida

Buraco na camada de ozônio

Desmatamento

A DINÂMICA CULTURAL

DEMOGRÁFICA

Formações e conflitos étnicos e religiosos

Estrutura etária de gênero e etnia da

população

Fatores e tipos de migração e imigração e

suas influências no espaço geográfico.

África (economia, política, questões sociais

e conflitos)

Page 149: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

149

8.4. Metodologia

O objetivo da geografia é compreender o espaço geográfico, na sua

composição básica – lugar, paisagem, território, natureza e sociedade.

A concepção de aprendizagem deve ser voltada à formação plena do

educando, tendo o cuidado de deixar claro quais são os métodos mais

adequados para atingir esse objetivo, respeitando o tempo de aprendizagem de

cada aluno. Assim o professor deve ter consciência que muitos devem ser os

recursos didáticos utilizados no processo de aprendizagem para contemplar

essa diversidade que caracteriza o universo da sala de aula, considerando a

leitura, observação, descrição e interação da paisagem feita pelo educando.

A simples descrição dos lugares não esgota a análise do seu objeto. O

lugar é o espaço onde o particular, o histórico, o cultural e a identidade

permanecem presentes, influenciando a organização sócio espacial. Diferem-

se uns dos outros enquanto espaços produtivos, podendo essa produtividade

tornar-se transitória, na medida em que qualquer momento outro lugar pode

oferecer atrativos maiores quanto a equipamentos e localização.

Território é um conceito ligado à idéia de relações e poder. É no território

que ocorre a normalização das ações tanto globais quanto locais. Seja

nacional, regional ou local, acontecerá uma relação dialética de associação e

confronto entre o lugar e o mundo (SANTOS, 1996b).

O conceito de sociedade deve ser discutido a partir das relações que se

estabelecem entre sua composição local, em suas relações com sociedades

distintas e com os migrantes que têm fortes ligações com seu espaço de

origem e que ao se movimentarem levam influências do mesmo.

Para conseguir tais saberes, cabe ao professor Ter uma postura

investigativa de pesquisa, recusando uma visão receptiva e reprodutiva do

mundo (não somente de sua parte, mas em conjunto com os alunos), tendo em

Page 150: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

150

vista sua função enquanto agente transformador do ensino e da escola e, em

decorrência disso, da própria sociedade.

8.5 Critérios para Avaliação Específica da Disciplina

A avaliação deve ser diagnóstica, processual e continuada, porque

considera que os alunos mantêm ritmos e processos de aprendizagens

diferentes, aponta dificuldades e possibilita que a intervenção pedagógica

aconteça a todo tempo.

Os critérios são como metas que balizam e orientam o ensino, indicam

expectativas quanto ao desenvolvimento de aprendizagens básicas para cada

ciclo, assim, cada critério pode orientar avaliações das diferentes dimensões

dos conteúdos, considerando-se quais conceitos, procedimentos e atitudes

foram efetivamente discutidos e promovidos.

Segundo o objeto de estudo da disciplina de geografia, os critérios a

serem observados na avaliação seguem a formação de conceitos básicos,

como: paisagem, região, lugar, território, natureza e sociedade. “Entende-se

que para a formação de um aluno consciente das relações sócio-espaciais de

seu tempo, o ensino da geografia deve assumir o quadro conceitual das teorias

críticas dessa disciplina que incorporam os conflitos e as condições sociais,

econômicas, culturais e política, constitutivas de um determinado espaço”.

O professor além de utilizar provas escritas, utilizará instrumentos de

avaliação que contemplem várias formas de expressão, como: leitura e

interpretação de textos, de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas; produção

de texto; pesquisas bibliográficas; seminários, construção e análise de

maquetes.

Page 151: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

151

O professor deve se conscientizar de que a mudança é possível. Ele pode

mudar a sua metodologia com relação ao processo ensino – aprendizagem dos

seus alunos, desde que contribua para o seu desenvolvimento intelectual e

formativo. Não deve acomodar-se na <mesmice>, mas buscar, na pluralidade

cultural, novas formas de avaliar os alunos, visando a sua formação integral.

8.6. Conteúdos - Ensino Médio

8.7. Apresentação Geral da Disciplina

Segundo Santos, agora que estamos descobrindo o sentido de nossa

presença no planeta, pode-se dizer que uma história universal verdadeiramente

humana está finalmente começando. A mesma materialidade, atualmente

utilizada para construir um mundo confuso e perverso, pode vir a ser uma

condição da construção de um mundo mais humano.

A Geografia, como disciplina escolar ajuda a explicar como os homens

ocuparam superfície terrestre para produzir a sociedade que existe hoje e,

ainda, possibilita prever como essa ocupação tenderá evoluir no futuro. Vista

sob esta perspectiva, o ensino de geografia tem por finalidade munir os alunos

de conhecimentos que lhes permitam agir de modo mais lúcido, ao tratar de

questões que tem haver com a ocupação e gestão do espaço. Contribui para a

formação que participa dos movimentos promovidos pela sociedade, que

conhece seu papel no interior das várias instituições das quais participa, que

discute de forma consciente sobre os problemas e situações de vida do mundo

atual.

Page 152: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

152

Para tanto, o ensino da Geografia deve subsidiar os alunos a pensarem e

agirem criticamente, buscando elementos que permitam compreender,

interpretar e desvendar o espaço geográfico no qual estão inseridos.

A Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o

mundo compreensível para os alunos, explicável e passível de transformações,

às quais são decorrentes de inter-relações sociais e naturais, pois segundo

LEFEBVRE e SANTOS, “... espaço geográfico é o espaço produzido e

apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e

técnicos) e ações (relações sociais, culturais e econômicas) inter-

relacionados.”1

Esta definição está vinculada ao pensamento de Milton Santos, um dos

grandes teóricos da Geografia Contemporânea.

Para Santos, o espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário

e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não

considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá.

No começo era a natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao

longo do tempo as histórias vão sendo substituídas por objetos técnicos, que

mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial

tenda a funcionar como uma máquina (SANTOS, 1996b, p.51).

Assim há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos

conhecimentos específicos da Geografia assegurando que a mesma constitui-

se como elemento fundamental na formação da observação, análise,

interpretação e criticidade do aluno, sem deixar de considerar a diversidade

das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem

contemplando a heterogeneidade, a diversidade e a complexidade do mundo

1 Idéias sistematizadas pelos grupos de professores de Geografia que participaram de II Encontro

do ensino Médio com suas relações, em novembro de 2004 e do Simpósio do Ensino Médio, em maio de 2005.

Page 153: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

153

atual em que a velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições,

informações e capitais estão cada vez mais globalizados.

É dentro dessa perspectiva que devemos proceder na escolha e no

tratamento dos conteúdos essenciais da disciplina, buscando estabelecer os

aspectos fundamentais para o seu ensino. Para isso, é preciso lançar mão de

uma ampla base de conhecimento que não se restringem àqueles produzidos

dentro do corpo teórico e metodológico apenas da Geografia, mas sim,

articulado com outras ciências. Como afirma a tradição Kantiana, “a Geografia

torna-se uma ciência sintética, isto é que trabalha com dados de todas as

demais ciências e também descritiva e numerando os fenômenos em comum,

objetivando uma visão conjuntural do planeta”. (MORAES, 1999, p.14).

Estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo em que

vivemos. Por meio desse estudo, podemos entender melhor tanto o local em

que moramos, seja uma cidade ou uma área rural, quanto nosso país, assim

como os demais países da superfície terrestre. O campo de preocupações da

Geografia é o espaço da sociedade humana, onde homens e mulheres vivem

e, ao mesmo tempo produzem modificações que o (re)constroem

permanentemente. Indústrias, cidades, agricultura, rios, solos, climas,

populações: todos esses elementos, além de outros, constituem o espaço

geográfico, isto é, o meio ou a realidade material onde a humanidade vive e do

qual ela própria é parte integrante.

A partir do exposto, sobre a teoria e o ensino da Geografia, pode-se

acrescentar que a relevância dessa disciplina está no fato de que todos os

acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a

materialização dos tempos da vida social. Portanto, há que se empreender um

ensino , capaz de fornecer aos alunos, conhecimentos específicos da

Page 154: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

154

Geografia, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e

suas diferentes formas de abordagem.

Os conteúdos da disciplina, devem estar interligados à concepção de que

a existência humana está ligada ao trabalho, a natureza, a sociedade, portanto

ao espaço geográfico. Dessa forma, cabe ao professor ter uma postura

investigativa de pesquisa, recusando uma visão receptiva e reprodutiva do

mundo, valorizando o conhecimento prévio de cada educando, tendo em vista

sua função enquanto agente transformador do ensino e da escola e, em

decorrência disso, da própria sociedade.

8.8. Objetivos Gerais da Disciplina

Sendo a meta maior a interação dos homens com o meio, as atividades

devem proporcionar ao aluno condições que lhe permitam:

Diferenciar as várias representações sociais da realidade vivida;

Realizar a leitura das construções humanas como documento importante

que a sociedade em diferentes momentos imprime sobre uma base natural;

Compreender as transformações no conceito de região que ocorrem por

meio do espaço chamado espaço geográfico;

Assimilar a redefinição do conceito de lugar em função da ampliação da

ação humana para além da economia;

Analisar o significado de paisagem como resultado das determinações da

natureza, das relações sociais, da cultura, da economia e da política;

Conhecer o espaço geográfico vendo neste o resultado das ações em

escala local, regional e global;

Page 155: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

155

Estabelecer a relação entre natureza e sociedade, em sua conjunta ação

na elaboração do espaço geográfico;

Observar as transformações que ocorreram nas relações de trabalho em

função do uso de novas tecnologias;

Estabelecer relações entre a degradação ambiental e a falta de

conhecimento com o meio natural e seus aspectos físicos;

Interpretar as relações políticas, econômicas de trabalho e culturais entre

as sociedades;

Fazer uso da linguagem cartográfica para extrair, comunicar e analisar

informações nos diversos campos do conhecimento.

8.9. Conteúdos por Série/Ano

1ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A DIMENSÃO ECONÔMICA DA

PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

As atividades agropecuárias e os sistemas

agrários

Atividade industrial no mundo

Tipos de energia

Base epistemológica da natureza

Coordenadas geográficas

Cartografia

Movimentos da Terra

Page 156: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

156

DIMENSÃO SOCIO-AMBIENTAL

Fusos Horários

Os fatores que influenciam no clima

Tipos de clima

Os grandes biomas terrestres

A questão da água

Destruição da natureza: atividades humanas

e impactos ambientais;

Erosão e poluição dos solos por agrotóxicos

Lixo urbano e impactos ambientais;

Poluição do ar: inversão térmica, ilhas de

calor e chuva ácida, efeito estufa, da

camada de ozônio;

Desenvolvimento sustentável

DINÂMICA CULTURAL DEMOGRÁFICA

A população da Terra: fatores do

crescimento e teorias demográficas

A população da Terra e suas diversidades

Redes urbanas

Page 157: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

157

2ª SÉRIE

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

CONTEUDOS ESPECIFICOS

A DIMENSÃO ECONÔMICA DA

PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

BRASILEIRO

A formação e a expansão territorial

Caracterização do espaço

Regionalização

Estrutura fundiária e conflitos da terra

Urbanização e hierarquia urbana

GEOPOLITICA

Brasil: de agroexportador a país

industrializado dependente

O comercio exterior brasileiro

Industrialização

Transportes

DIMENSÃO SÓCIO-AMBIENTAL DO

BRASIL

Estrutura geológica e relevo

Tipos de clima

Ecossistemas

Hidrografia

Recursos minerais e energéticos

Impactos ambientais em ecossistemas

A DINÂMICA CULTURAL DEMOGRÁFICA

BRASILEIRA

População: crescimento e formação étnica

Distribuição e estrutura da população

Migrações

Page 158: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

158

3ª SÉRIE

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

CONTEUDOS ESPECIFICOS

A DIMENSÃO ECONÔMICA DA

PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

Os continentes

Internacionalização do capital

Subdesenvolvimento

Países emergentes

O comercio mundial

Blocos econômicos

GEOPOLITICA

Capitalismo e a construção do espaço

geográfico

Socialismo

Guerra Fria

O mundo pós-guerra Fria

O mundo pós URSS

China: um país e dois sistemas

África

G7

Países ricos do Sul

EUA: a potência que controla o mundo

A DINÂMICA CULTURAL DEMOGRÁFICA

Migrações internacionais e xenofobia

Minorias étnicas e separatismo

Islamismo e terrorismo

A Geografia do crime.

Page 159: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

159

8.10 Metodologia

Levando em conta os objetivos do ensino médio, cabe ao professor

aprimorar sua metodologia e essa nova regionalização do ensino da geografia

– lugar, paisagem, território, natureza e sociedade. Articular os conteúdos à

questão da realidade e a aprendizagem prévia dos alunos, evitando a

fragmentação, desenvolvendo a disciplina em todos os temas centrais.

Promover a articulação entre os assuntos abordados buscando relacionar a

realidade social com a realidade individual do aluno.

Cabe a Geografia ser a ferramenta para transmitir simultaneamente para

os alunos, as discussões que ocorrem no mundo e preparando-o para o

ingresso na universidade como também para a sociedade.

A interdisciplinaridade e a contextualização em Geografia são constantes,

como uma rede de vasos comunicantes, integrando todas as esferas do

conhecimento humano e estas informações podem ser levadas aos alunos

através da cartografia como ferramenta essencial, possibilitando transitar do

espaço local para o global e vice e versa.

Faz-se necessário inter-relacionar os conteúdos estruturantes com os

conhecimentos específicos de diferentes materiais didáticos (livros, revistas,

musicas, vídeos, mapas, maquetes, fotos, filmes, etc), aulas de campo,

possibilitando a relação entre a teoria e a prática, levando em consideração

que o aluno, quando chega ao ensino médio, dentro da escola já possui o

conhecimento empírico.

A busca da realidade individual, correlacionada com a realidade mundial

deverá ser feita através da exposição de fatos, da análise em grupo, individual

e ainda através do uso de tecnologias educacionais, bem como o uso de

materiais didáticos disponíveis.

Page 160: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

160

8.11. Critérios Específicos de Avaliação da Disciplina

A avaliação é parte do processo ensino-aprendizagem e, por isso, deve

servir não apenas para acompanhar a aprendizagem, mas também o trabalho

pedagógico do professor. É imprescindível que a avaliação seja continua e

diagnostica, que apontam as dificuldades, priorizando a qualidade e o processo

de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

Não se trata, porém de excluir a avaliação formal somativa, mas,

desenvolver duas formas de avaliação, o professor deve usar instrumentos de

avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos.

A partir dessas considerações os critérios a serem observados na

avaliação são a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento

das relações sócio espaciais.

Ser formativa, diagnóstica e contínua;

Que priorize a formação dos conceitos geográficos e a compreensão dos

fenômenos nas diversas escalas geográficas;

Usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de

expressão dos alunos, como:

Provas, Testes

Leitura e interpretação de textos

Produção de textos

Leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

Pesquisas bibliográficas

Relatórios de aulas de campo

Apresentação de seminários

Construção e análise de maquetes, entre outros.

Page 161: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

161

Cabe lembrar que esses instrumentos devem ser selecionados de acordo

com os conteúdos de ensino e a formação conceitual que se quer priorizar.

8.12. Bibliografia

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para ensino Médio. Brasília :

MEC, 1996.

MARINA,L. TÉRCIO. Geografia: Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática,

2005.

MENDONÇA, F. ; S. (orgs) Elementos de epistemologia da Geografia

Contemporânea. Curitiba: Ed. Da UFPR, 2002.

MENDONÇA, F. Geografia sócio-ambiental. Terra livre n0 16, p.113, 2001.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Médio –

Versão Preliminar, 2006.

POPKEWITZ, T.S. História do Currículo, Regulação Social e Poder. In

SILVA, T.T. da O Sujeito da Educação Estudos Foucaltianos. Petrópolis:

Vozes, 1994.

SANTOS, M. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record,

2000.

__________ Técnica, Espaço, Tempo – Globalização e Meio Técnico-

Cientifico Informacional. São Paulo: Hucitec, 1996a.

__________ A Natureza do Espaço Técnica e Tempo Razão e Emoção.

São Paulo: Hucitec, 1996b.-

__________ Por Uma Geografia Nova . São Paulo: Hucitec, 1986.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Currículo

Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná.

Page 162: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

162

9. História

9.1. Apresentação Geral da Disciplina

Muito se tem discutido a respeito das diretrizes curriculares de História

para o Ensino Fundamental, principalmente porque se torna fundamental que

se supere a idéia do ensino de História como a pura e simples transferência do

conhecimento acabado e pronto para o aluno. É importante destacar que não é

possível conceber a história somente a partir de uma vertente teórica

dogmática e ortodoxa e, por outro lado, também não é aceitável a idéia de que

não exista uma objetividade no conhecimento histórico. Portanto, não se pode

negar toda a produção histórica construída a partir da fusão de diferentes

correntes históricas, mas é importante ressaltar que, um fato, um fenômeno,

um processo, é analisado a partir do conhecimento histórico produzido e que,

por isso, apresenta-se com um caráter provisório.

Nesse sentido, é fundamental que a história seja, por um lado, concebida

como um conhecimento em constante construção, cabendo releituras,

questionamentos, críticas e oposições, de forma que não só se compreenda o

conhecimento histórico culturalmente produzido, como se estabeleça um

processo dialético pelo qual o aluno também seja o sujeito do processo de

construção do conhecimento. "Trata-se, portanto, de ensinar aos alunos não a

contemplar o "edifício da História" como algo já pronto, mas de ensinar a

edificar o próprio edifício (RUIZ, 2005, p. 77).

Pode-se dizer que o ensino de história apresenta um duplo compromisso:

com o passado e com o presente. "O passado deve ser interrogado a partir de

questões que nos inquietam no presente (caso contrário, estuda-Ia fica sem

sentido)" (K/\RNAL, 2005, p. 23). Todavia, não se trata de um momento,

tentando achar no passado, justificativas e ideologias praticadas no presente e

sim, "(. . .)tomar como referência questões sociais e culturais, assim como

Page 163: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

163

problemáticas humanas que fazem parte de nossa vida, temas como

desigualdades sociais, raciais, sexuais, diferenças culturais, problemas

materiais e inquietações relacionadas a como interpretar o mundo, lidar com a

morte, organizar a sociedade, estabelecer limites sociais, mudar esses limites,

contestar a ordem, consolidar instituições, preservar tradições, realizar rupturas

... " KARNAL, 2005, p. 23 e 24).

Pode-se dizer que o ensino de história como anteriormente colocado,

deve servir para facilitar a compreensão do presente, de maneira que os alunos

tenham acesso ao conteúdo histórico e que entendam tal conteúdo dentro da

sua contextualização. Mas que, ao mesmo tempo, possam perceber a

problemática da sociedade atual e formar um pensamento crítico diante da

mesma, levantando possibilidades para a construção um futuro melhor para a

humanidade.

É importante ressaltar que o ensino de história não pode incorrer na crítica

sem base, ou na desconstrução de argumentos e teorias, sem que haja um

bom domínio das versões e dos discursos em jogo. Conforme adverte Pinsky &

Pinsky, "só a desconstrução não basta (além do vazio provocado, deixa um

gostinho de insatisfação e niilismo no ar - no limite, supervaloriza o relativismo

e tira o poder de ação das mãos dos sujeitos históricos); é preciso que os

alunos tenham acesso a algum conteúdo histórico e que entendam sua

contextualização" (KARNAL, 2005, p. 25).

Nesse sentido, é importante verificar o que de fato é importante. Quais

temáticas, recortes e conceitos são realmente relevantes para serem

discutidos? Há que se tomar cuidado, por outro lado, a escolha de um

conteúdo em detrimento de outro, de um conceito ou tema em detrimento de

outro, de uma corrente teórica em detrimento de outra, pode supervalorizar o

professor de história enquanto sujeito "todo poderoso" capaz de determinar

Page 164: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

164

como e o que é importante ser estudado em função dos seus valores

ideológicos ou da vertente teórica da moda.

Por isso, é fundamental que a escolha da abordagem histórica seja feita

de forma madura, consciente, para que não se caia no dogmatismo de explicar

tudo, partir de um ponto de vista econômico, como faz a concepção materialista

da história. O ensino de história deve compreender a complexidade da

realidade social historicamente produzida como um processo, em que as

abordagens teóricas sejam: o Materialismo Dialético, a das Mentalidades, a da

Nova Esquerda Inglesa, não necessariamente sejam visões opostas sobre o

mesmo fato. É perfeitamente possível que as diferentes visões teóricas sobre

um fato se complementem, mesmo porque não é adequado que um fato ou

fenômeno histórico complexo seja explicando apenas a partir de um ponto de

vista (seja ela político, econômico ou cultural), pois a história é resultado de um

processo, de forma que o conhecimento que é produzido sobre ela também o

é.

Conforme salienta a historiografia, "(...) é muito difícil fazer boa História

sem ter noção de processo, a idéia do devir histórico, a percepção dos modos

de vida e da cultura material, o conhecimento das relações sociais e a

apreensão da complexa e imbricada dialética que se estabelece entre

determinações históricas e ação humana. Por outro lado, não há porque não

dar conta dos novos objetos e abordagens que o método histórico incorporou

nos últimos' anos, em que, tendo como destaque o quadro cultural, estudam-se

aspectos mais íntimos como a vida privada e as dimensões da experiência

humana ligadas à sexualidade, aos costumes, aos afetos e às crenças".

(KARNAL, 2005, p. 27). Portanto, bem utilizadas, as diferentes correntes

teóricas possibilitam diferentes leituras do passado, podendo, quem sabe,

contribuir imensamente para a principal finalidade do ensino de história: a de

Page 165: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

165

fazer o aluno se perceber enquanto sujeito da história, capaz de agir e

transformar a complexa realidade social que o cerca.

Assim posto, o ensino de história visa superar a história tradicional, em

que não há problematização da construção do processo histórico, onde se

privilegia pura e simplesmente a perspectiva linear, factual, a história dos

heróis, bem como uma explicação unilateral dos fatos históricos. É possível

explicar os diferentes fatos a partir de suas múltiplas dimensões (política,

econômica, cultural e genética), inserindo novos atores sociais na construção

da história. Conforme salienta as diretrizes curriculares de 2006, "essa

concepção de História enquanto experiência de homens e de mulheres e sua

relação dialética com a produção material, valorizam a possibilidade de luta e

transformação social. Justifica-se assim a concepção de História que se

pretende, a qual não se vincula às teorias deterministas da estrutura, nem às

teorias voluntaristas da consciência que reduzem a produção historiográfica á

categoria de ficção".

Por si só o conteúdo histórico tem um grande potencial transformador.

Mas é imprescindível que o ensino de história consiga fazer com que cada

aluno se perceba "(como um ser social), alguém que vive numa determinada

época, num determinado país ou região, oriundo de determinada classe social,

contemporâneo de determinados acontecimentos. Ele precisa saber que não

poderá nunca se tornar um guerreiro medieval ou um faraó egípcio. Ele é um

homem de seu tempo, e isso é determinação histórica. Porém, dentro do seu

tempo, dentro das limitações que lhe são determinadas, ele possui a liberdade

de optar. Sua vida é feita de escolhas que ele, com grau maior ou menor de

liberdade, pode agir, como sujeito de sua própria história e, por conseguinte, da

História Social do seu tempo. Cabe ao professor (. .. ) aproximar o aluno dos

personagens concretos ela História, sem idealização, mostrando que gente

como a gente vem fazendo História.

Page 166: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

166

“Quanto mais o aluno sentir a História como algo próximo dele, mais terá

vontade de interagir com ela, não como uma coisa externa, distante, mas como

uma prática que ele se sentirá qualificado e inclinado a exercer”. (KARNAL,

2005, p. 28).

O conteúdo de História também deve ter como referencial básico a

História do Brasil. A partir da cultura, política e economia do local em que está

inserido, é que o aluno se percebe sujeito da sua realidade social. Sem contar

a necessidade de se superar a europeização dos conteúdos que permaneceu

durante muito tempo como o referencial dos temas trabalhados em sala de

aula. Num mundo globalizado em que a desigualdade está generalizada, em

que a exploração e a exclusão social marcam profundamente as relações

sociais, é importante que se possa estabelecer uma nova perspectiva, em que

a "história seja vista de baixo", que haja possibilidade de vislumbrar outros

olhares: a dos dominados, dos marginalizados e dos excluídos estejam eles no

Brasil, na América Latina ou na África. Neste contexto o estudo da cultura

Afro-brasileira vem resgatar o estudo a pesquisa da historia da raça negra no

Brasil, e exaltar sua importância na nossa sociedade, pois estão intrínsecos em

nossa sociedade seus hábitos: como a culinária, musica, dança, e tudo isso se

traduz na preservação e valorização da raça negra, pois sua preservação e de

vital importância para a Historia do Brasil e sua disseminação para preservação

dos hábitos brasileiros, o que de certa forma esta intrínseco em cada um de

nos. Assim, a lei 10.639, vem reafirmar em nos a necessidade de se trabalhar

de forma a explicitar a importância de manter vivo em nossa memória a luta

deste povo para sua liberdade e manutenção dos seus direitos.

A lei 13.381/01, que inclui no currículo Historia do Paraná, que teve inicio

a mais de um século, que trás arraigado a historia do povo paranaense sua

formação que é uma miscigenação de varias culturas, como indígenas,

europeus e negros trazidos da África num período negro da historia, assim,

Page 167: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

167

cada um trazendo seus hábitos e cultura como vestimentas, musicas e que

estão arraigados em cada um de nos, e de modo geral no povo paranaense, se

faz necessário exaltar a importância de cada um e de sua contribuições para a

formação do nosso povo e seus hábitos, para construção da nossa historia

paranaense.

Tudo isso será trabalhado de forma transversal e interdisciplinar, em

conjunto com outras disciplinas, para que se de o enfoque necessário a cada

uma.

Essa nova perspectiva do ensino de história também amplia o conceito de

cultura, aproximando a História e a Antropologia, enriquecendo as análises que

envolvem as formas de organização do trabalho, da casa, da família, do

cotidiano das pessoas, dos ritos, das religiões, das festas etc.

“Assim, o estudo das identidades sociais, no âmbito das representações

culturais, adquire significado e importância para a caracterização de grupos

sociais e de povos” (BEZERRA, 2005, p. 46).

Sendo assim, a história que se pretende, "(.. .)busca aprimorar o exercício

da problematização da vida social, como ponto de partida para a investigação

produtiva e criativa, buscando identificar as relações sociais de grupos locais,

regionais, nacionais ou de outros povos; perceber as diferenças e

semelhanças, os conflitos/ contradições e as solidariedades, igualdades e

desigualdades existentes nas sociedades; comparar problemáticas atuais e de

outros momentos, posicionar-se de forma crítica no seu presente e buscar as

relações possíveis no seu passado" (BEZERRA, 2005, p. 45).

Neste contexto vamos desenvolver atividades relacionadas ao meio

ambiente, Lei de Educação Ambiental 9795/99”, o conceito de patrimônio

cultural, juntamente com os princípios básicos da Educação Ambiental

previstos na Constituição Federal nos artigos 205 a 225. Dar enfoque

Page 168: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

168

humanista, holístico democrático e participativo considerando a

interdependência entre meio ambiente, o sócio-econômico e o cultural sob o

enfoque da sustentabilidade. Utilizar em conjunto o pluralismo de idéias e

concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdicisplinaridade.

Levar o aluno a repensar o seu meio ambiente, e todos os que estão a sua

volta.

Portanto, a história que pretendemos ensinar não é aquela que é “(...) o

resultado apenas da ação de figuras de destaque, consagradas pelos

interesses explicativos de grupos, mas a construção consciente/inconsciente,

paulatina e imperceptível de todos os agentes sociais, individuais ou coletivos"

(BEZERRA, 2005, p. 45).

A História deve ser a Disciplina em que "o conjunto de preocupações que

informa o conhecimento e suas relações com o ensino vivencia na escola

levem ao aprimoramento de atitudes e valores imprescindíveis para o exercício

pleno da cidadania, como o exercício do conhecimento autônomo e crítico;

valorização de si mesmo como sujeito responsável da História; respeito às

diferenças culturais, étnicas, religiosas, políticas, evitando qualquer tipo de

discriminação, busca de soluções possíveis para os problemas detectados em

sua comunidade, de forma individual e coletiva; atuação firme e consciente

contra qualquer tipo de injustiça e mentiras sociais; valorização do patrimônio

sócio-cultural, próprio e de outros povos, incentivando o respeito à diversidade;

valorização dos direitos conquistados pela cidadania plena, aí incluídos os

correspondentes deveres, sejam dos indivíduos, dos grupos e dos povos, na

busca da consolidação da democracia" (BEZERRA, 2005, p. 47 e 48).

Na contramão dos pessimistas e dos que não acreditam na utopia de um

mundo melhor, mais humano, solidário e justo, (conforme André Gorz "se me

disseres que é utópico, eu respondo que o que é utópico é pensar que se pode

Page 169: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

169

continuar como se está”), acreditamos que a história pode ser um caminho

para a construção desta utopia. Para isso, deve ser o espaço da criatividade,

da consciência e da superação. Ainda que pretensiosa a nossa intenção, a

história que pretendemos encontra-se implícita nas sábias e belas palavras de

Bertold Brecht:

“Nada é impossível de mudar, desconfiai do mais trivial, na aparência do

singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos

expressamente: Não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em

tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade

consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada

deve parecer impossível de mudar".

9.2. Objetivos Gerais da Disciplina

A História tem a tarefa de fazer com que o aluno possa investigar,

descrever, explicar, compreender as ações e as relações humanas praticadas

no tempo, ou seja, compreender as formas de agir, pensar, viver e de se

relacionar com a natureza, dos diferentes povos, nas diferentes épocas e

locais. Segundo BEZERRA (2005, p. 42) "o objetivo primeiro do conhecimento

histórico é a compreensão dos processos e dos sujeitos históricos, o

desvendamento das relações que se estabelecem entre os grupos humanos

em diferentes tempos e espaços".

É importante que a História, enquanto saber crítico e humanista,

possibilite ao aluno que se posicione diante da vida, fazendo opções

conscientes sobre o futuro que quer construir. Ele deve não apenas

compreender a realidade social, mas, na medida do possível, criar mecanismos

de interferência nela.

Para que o ensino de História não caia no vazio e no simples acúmulo de

conhecimento, é importante que esta Disciplina ensine ao aluno "(...) a edificar

Page 170: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

170

o próprio ponto de vista histórico, (...) a construir conceitos e aplicá-las diante

das variadas situações e problemas; significa ensinar a selecionar, relacionar e

interpretar dados e informações de maneira a ter uma maior compreensão da

realidade que estiver sendo estudada; ensinar a construir argumentos que

permitam explicar a si próprios e aos outros, de maneira convincente, a

apreensão e compreensão da situação histórica; significa enfim, ensinar a ter

uma percepção o mais abrangente possível da condição humana, nas mais

diferentes culturas e diante dos mais variados problemas" (RUIZ, 2005, p. 77 e

78).

O ensino de história, a partir da concepção teórica e ideológica contida

neste currículo, deve problematizar e refletir sobre a realidade histórica,

permitindo que os temas, fatos, ações e conteúdos sejam tratados nas suas

diferentes dimensões: política, econômica, social e cultural.

Nas palavras de Hobsbawn, o objetivo da história deve ser o de:

“compreender e explicar por que as coisas deram no que deram e como elas

se relacionam entre si. Trata-se de comentar, ampliar (e corrigir) (nossas

próprias memórias)". Professor/aluno.

Deve estar articulada com os objetivos gerais estabelecidos no Projeto

Político Pedagógico e com objetivos da Disciplina de Historia.

Conforme o caderno das “Diretrizes Curriculares de Historia para o ensino

Fundamental e Médio” da SEED/PR (2006,P 50), deve-se buscar a “(...)

coerência entre a concepção de Historia definida e as praticas avaliativas que

integram o processo de ensino e de aprendizagem. Nessa perspectiva a

avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos,

de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como um

elemento externo a este processo”.

Page 171: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

171

Portanto, a avaliação não deve não deve seguir uma linha classificaria e

autoritária.

Ela deve incluir e não excluir, de forma que ela contribua para a inclusão

social e a superação das desigualdades sociais. Nessa perspectiva, esta

proposta compartilha em parte com as idéias de Luckesi, em que a avaliação

deve ser diagnostica, ou seja, deve possibilitar que se conheça o estágio de

aprendizagem em que se encontra o aluno, para que, assim, o professor possa

tomar as medidas ou ações necessárias para melhorar a aprendizagem.

Ainda nessa linha, a avaliação e a aprendizagem são fenômenos do

mesmo processo, e que, por isso, deve ser continuo e diversificado.

Por isso, deve fazer parte do rol de estratégias avaliativas adotadas pelo

professor de história, as análises de textos, discussões, debates, seminários,

uso de meios de comunicação como, televisão, dvd‟s, filmes jornais, revistas e

etc., avaliação escrita, interpretação de imagens etc, de maneira que se

propiciem diferentes situações de avaliação.

Na medida em que os conteúdos forem sendo desenvolvidos,

acompanhar-se á e se valorizará toda atividade como: oral e / escrita dos

alunos sejam trabalhos individuais, duplas ou grupos e ate mesmo sua

participação espontânea, pontualidade assiduidade. O objetivo da avaliação é

valorizar o desenvolvimento do aluno e procurar da melhor forma possível,

auxiliá-lo a despertar o interesse pela disciplina.

Por fim, é importante salientar que, as situações de avaliação podem ser

constantemente enriquecidas na medida em que o professor descubra o seu

potencial criativo e desperte também essa criatividade nos seus alunos

trabalhando o que ele descobre e aprende no seu dia-a-dia para ser capaz de

tomar decisões autônomas e coerentes para entender e interferir na realidade

onde está inserido.

Page 172: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

172

Mídias e Tecnologias.

Serão utilizadas de forma a despertar no aluno o interesse pelas

inovações tecnológicas e facilitar sua vida num futuro vindouro. O enfoque será

construído durante o ano letivo e de acordo com cada serie do ensino médio e

fundamental conforme suas capacidades. Serão usados filmes, computador e

os aplicativos da internet de acordo com a disciplina, aplicados didaticamente,

de forma a perceber o crescimento do aluno perante a sociedade na qual está

inserido.

Metodologia

O uso metodológico apropriado para a construção do conhecimento

histórico é um mecanismo importantíssimo para que o aluno possa apropriar-

se de conceitos, conhecer e compreender a realidade histórica.

Para que os objetivos pontuados anteriormente e a proposta teórica sejam

consolidados, são importantes que sejam considerados, os seguintes pontos:

É imprescindível que o professor retome constantemente com os alunos

como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, ou seja,

como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que tem como objeto

de estudos os processos históricos relativos ás ações e ás relações humanas

praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram as mesmas

de forma consciente ou não.

Exposição oral e escrita dos conteúdos:

Sempre que possível, utilizar o vídeo e cd-rom.

Usar o computador para pesquisas na internet.

Resolução e construção de questões curiosas ou do seu cotidiano,

significativas que além de estimular seu raciocínio o leve a estabelecer

relações com experiências anteriormente vivenciadas. Buscar diferentes

Page 173: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

173

referenciais para complementa o conteúdo tratado em sala, por isso, deve estar

atento ao conhecimento historiográficos publicados em livros e revistas da

disciplina.

Conforme salienta BEZERRA (2005, P.42 e 43), faz parte da construção

do conhecimento histórico, no âmbito dos procedimentos que lhe soa próprios,

a ampliação do conceito de fontes históricas, que podem ser trabalhadas pelos

alunos: documentos oficiais, textos de época e atuais, mapas, ilustrações,

gravuras, imagens de heróis de historias em quadrinhos, poemas, letras c/e

musicas, literatura, manifestos, relatos de viajantes, panfletos, caricaturas,

pinturas, fotos, rádio”, desde que tenham um tratamento adequado e de

acordo com a sua natureza. Sempre que possível elaborar problemas e

propiciar debates que o levem a socialização e interação na sua comunidade.

Execução em grupos de atividades propostas pós nós ou por eles

mesmos de tal forma que venham a discutir, justifica e estabelecer relações

com a disciplina de Historia. Apresentação dos projetos construídos por eles na

Feira de conhecimento, que venha de encontro às expectativas da

comunidade.

Estudo em duplas ou grupos para se auxiliarem na resolução de

atividades.

Levá-los a ler em jornais e revistas, internet, textos que despertem o

interesse na disciplina de historia.

Jogos de pergunta e resposta que levem nosso aluno a aprender a

conviver com suas diferenças bem como praticar seus conhecimentos e

solucionar suas dificuldades interagindo com seus colegas e com o professor.

Visitas a museus, praças, igrejas, prefeituras, cinemas.

Entrevista no seu bairro de modo a conhecer mais sua historia.

Page 174: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

174

Inter-relação sempre que possível com outras disciplinas.

Executar os projetos previstos no P.P.P.

A lei 9795/99, art. 1º entende-se por educação ambiental os processos por

meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,

conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a

conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidade. A educação ambiental é um

componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar

presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo

educativo, em caráter formal e não-formal. O assunto será trabalhado através

de reflexões, sobre as agressões provocadas ao meio ambiente, debates,

confecções de cartazes que abordem de maneira lúdica e clara, despertando

no aluno uma consciência reflexiva para as questões ambientais.

História do Paraná

A lei 13.381/01, que inclui no currículo História do Paraná, que teve início

a mais de um século, que traz arraigado a história do povo paranaense, sua

formação que é uma miscigenação de várias culturas, como indígenas,

europeus e negros trazidos da África num período negro da história, assim,

cada um trazendo seus hábitos e arraigados em cada um de nós, e de modo

geral no povo paranaense, se faz necessário exaltar a importância de cada um

e de suas contribuições para a formação do nosso povo e seus hábitos, para

construção da nossa história paranaense.

Tudo isso será trabalhado de forma transversal e interdisciplinar, em

conjunto com outras disciplinas, para que se de o enfoque necessário a cada

uma.

Page 175: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

175

9.3. Conteúdos Estruturantes

De acordo com a proposta curricular da SEED/PH e o P.P.P os conteúdos

específicos e complementares que se seguem, serão tratados nas suas

dimensões política, econômico-social e cultural. Não fizermos uma separação

rígida entre conteúdos específicos e complementares, pois a seqüência que

segue é o referencial básico dos conteúdos a serem trabalhados, cabendo ao

professor estabelecer ou não a ênfase necessária.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES POR SÉRIE/ANO

5ª SERIE

Das Origens do Homem ao Século XV - Diferentes Trajetórias, Diferentes

Culturas.

CONTEÚDO ESPECÍFICO:

1. Produção do conhecimento histórico:

Historiador e a produção do conhecimento histórico.

Tempo, temporalidade.

Fontes, documentos.

Patrimônio material e imaterial.

Pesquisa: A História e as outras áreas do conhecimento (arqueologia,

antropologia, geografia).

2. A Humanidade e a História:

De onde viemos, quem somos, como sabemos?

Mitos e lendas da origem do homem.

Modo de Produção Primitivo ("Pré-História'').

Page 176: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

176

Povos ágrafos, memória e história oral.

Arqueologia no Brasil (Sambaquis/PR).

Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações:

Teorias do surgimento do homem na América:

Povos indígenas no Brasil e no Paraná:

Ameríndios do território brasileiro.

Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng.

As primeiras civilizações na América:

Olmecas. Mochicas. Tiwanacus. Maias. Incas e Astecas.

As primeiras civilizaçoes na Africa, Europa e Asia.

Gregos e romanos:

Europa Medieval, modo de produção feudal.

6ª SÉRIE

Da Ordem Colonial ao Processo de Independência do Brasil Século XIV

ao XIX

CONTEÚDO ESPECÍFICO:

Decadência do Feudalismo e nascimento do capitalismo.

Expansão marítima (Comércio - África, Ásia, América e Europa).

A chegada dos europeus na América:

Encontro entre culturas.

As navegações.

Resistência e dominação e colonização.

Page 177: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

177

Escravização, questão dos negros trazidos da África pelo trafico negreiro,

indígenas.

Catequização (dos povos da América do Sul, e os negros trazidos da

África escravos negros)

Formação da sociedade brasileira e americana.

América portuguesa.

América espanhola.

América franco-inglesa:

Organização político-administrativa (capitanias hereditárias, sesmarias).

Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios).

5. Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa.

Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa (Zimbábue) e outros.

Manifestações culturais

Organização social.

Reforma e Contra-Reforma.

Movimentos de Contestação.

Quilombos (Brasil e Paraná – comunidades quilombolas).

Religião e sincretismo.

Chegada da família real ao brasil.

Invasão napoleônica na Península Ibérica.

De colônia a Reino unido.

7a SERIE

Page 178: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

178

Pensando a Nacionalidade: Do Século XIX ao XX - A Constituição do

Ideário de Nação no Brasil

CONTEÚDO ESPECÍFICO:

1. Revolução Industrial e relações de trabalho (XIX e XX)

Ludismo.

Socialismos.

Anarquismo.

O processo de Independência do Brasil.

Governo de D. Pedro I.

Constituição outorgada de 1824 - Unidade territorial.

Manutenção da estrutura social.

Confederação do Equador - província Cisplatina.

Haitianismo.

Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem, Farroupilha.

3. A construção da Nação.

Governo de D. Pedro II"

Criação do IHGB.

Lei de Terras, Lei Euzébio de Queiróz (1850) início

Início da imigração européia.

Definição do território.

Movimentos abolicionistas e emancipacionistas.

4. Emancipação política do Paraná (1853).

Page 179: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

179

5. Branqueamento e miscigenação ( Oliveira Vianna, Nina Rodrigues,

Euclides da Cunha, Silvio Romero, no Brasil e Sarmiento na Argentina)

8a SÉRIE

Pensando a Nacionalidade Brasileira: Do Século XX ao XXI, Elementos

Constitutivos da Contemporaneidade.

CONTEÚDO ESPECÍFICO:

1. Os primeiros anos da República

Idéias positivistas.

Imigração asiática.

Oligarquia, coronelismo e clientelismo.

Movimentos de contestação: campo e cidade. Movimentos messiânicos.

Revolta da vacina e urbanização do Rio de Janeiro - Movimento operário:

anarquismo e comunismo.

Paraná: Guerra do Contestado, Greve de 1917 em Curitiba, Paranismo,

(Romário Martins, Zaco Paraná, Langue de Morretes, João Turim).

Revolução Russa.

Revolução Mexicana.

Primeira Guerra Mundial.

Semana de 1922 e o repensar da nacionalidade.

Coluna Prestes.

Crise de 1929.

Regimes totalitários na Europa (Nazismo e Fascismo).

2. A "Revolução" de 30 e o Período Vargas (1930-1945).

Page 180: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

180

Leis trabalhistas.

Voto feminino.

Mídia e divulgação do regime. Contestações à ordem.

Integralismo.

Populismo no Brasil e na América Latina.

Brasil: Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart.

Argentina: Perón.

México: Cárdenos.

Segunda Guerra Mundial.

Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial:

Guerra Fria.

Movimentos populares na América Latina.

Independência das colônias afro-asiáticas.

O Regime Militar no Brasil.

Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicaçã .

Cinema Novo.

Teatro.

Os regimes militares na América Latina.

O uso ideológico do futebol na década de 1970.

Revolução Cubana.

Ditadura de Pinochet no Chile.

Movimentos de contestação no Brasil e no mundo.

Resistência armada.

Page 181: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

181

Tropicalismo.

Novo sindicalismo.

Movimento estudantil.

Maio de 68 - França.

Movimentos da contemporaneidade (Hippie, Feminista, Punk, Negro,

Ambiental).

Fim da bipolaridade mundial.

Desintegração do bloco socialista.

Neoliberalismo.

Globalização.

Terrorismo.

Formação dos Blocos Econômicos (Mercosul e Alca).

Redemocratização.

Constituição de 1988.

9.4. Metodologia

O uso de metodologias apropriadas para a construção do conhecimento

histórico é um mecanismo importantíssimo para que o aluno possa apropriar-se

de conceitos, conhecer e compreender a realidade histórica.

Para que os objetivos pontuados anteriormente e a proposta teórica sejam

consolidados, é importante que sejam considerados os seguintes pontos:

"é imprescindível que o professor retome constantemente com seus

alunos como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, ou

seja, como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que tem como

Page 182: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

182

objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e às relações

humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às

mesmas de forma consciente ou não";

O professor deve ultrapassar o uso do livro didático, possibilitando

diferentes interpretações para um mesmo acontecimento histórico;

Retomar constantemente o conteúdo, tendo em vista que a produção do

conhecimento histórico é processual;

Buscar diferentes referenciais para complementar o conteúdo tratado em

sala, por isso, deve estar atento ao conhecimento histórico gráfico publicado

em livros e revistas da Disciplina;

Conforme salienta BEZERRA (:2005, p. 42 e 43), "faz parte da construção

do conhecimento histórico, no âmbito dos procedimentos que lhe são próprios,

a ampliação do conceito de fontes históricas, que podem ser trabalhadas pelos

alunos: documentos oficiais, textos de época e atuais, mapas, ilustrações,

gravuras, imagens de heróis de histórias em quadrinhos, poemas, letras c/e

músicas, literatura, manifestos, relatos de viajantes, panfletos, caricaturas,

pinturas, fotos, rádio, televisão etc. ", desde que tenham um tratamento

adequado, de acordo com sua natureza;

Uso dos procedimentos metodológicos deve ser adotado de acordo com o

bom senso do professor, pois nem todos os procedimentos cabem para todos

os conteúdos, bem como uma única metodologia pode ser suficiente para

compreender certos conteúdo;

Alguns encaminhamentos metodológicos são próprios do conhecimento

histórico: leitura e análise de textos, aula expositiva dialogada, trabalhos em

grupo e seminários, recursos audiovisuais como documentários em vídeo,

filmes, imagens etc.

Page 183: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

183

Todavia, conforme adverte BEZERRA (2005, p. 43), "é preciso deixar

claro, porém, que não é proposta do ensino básico a formação de pequenos

historiadores. O que importa é que a organização dos conteúdos e a

articulação das estratégias para trabalhar com eles leve em conta esses

procedimentos para a produção do conhecimento histórico. Com isso, evita-se

passar para o aluno, a falsa sensação de que os conhecimentos históricos

existem de forma acabada...".

9.5. Critérios de Avaliação Específicos da Disciplina

A avaliação da aprendizagem deve estar articulada com os objetivos

gerais estabelecidos no Projeto Político Pedagógico e com objetivos da

Disciplina de História. Se a construção do conhecimento que se pretende é

uma construção crítica e consciente, a avaliação deve também contemplar a

construção de um conhecimento crítico, dinâmico e transformador, em

consonância com a filosofia da escola e com os objetivos da Disciplina de

História.

Conforme o caderno das "Diretrizes Curriculares de História para o Ensino

Fundamental" da SEED/PR (2006, P 50), deve-se buscar a "(...) coerência

entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que integram

o processo de ensino e de aprendizagem. Nessa perspectiva a avaliação deve

estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que

permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como um elemento externo

a este processo".

Portanto, a avaliação não deve seguir uma linha classificatória e

autoritária. Ela deve incluir e não excluir, de forma que ela contribua par a

inclusão social e a superação das desigualdades sociais. Nessa perspectiva,

esta proposta compartilha em parte com as idéias de Luckesi, em que a

Page 184: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

184

avaliação deve ser diagnostica, ou seja, deve possibilitar que se conheça o

estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, para que, assim, o

professor possa tomar as medidas e ações necessárias para melhorar a

aprendizagem.

Ainda nessa linha, a avaliação e a aprendizagem são fenômenos do

mesmo processo, e que, por isso, deve ser contínuo e diversificado. Por isso,

deve fazer parte do rol de estratégias avaliativas adotadas pelo professor de

história as análises de textos, discussões, debates, seminários, uso dos meios

de comunicação, avaliações escritas, interpretação de imagens etc., de

maneira que se propiciem diferentes situações de avaliação.

Por fim, é importante salientar que, as situações de avaliação podem ser

constantemente enriquecidas na medida em que o professor descubra o seu

potencial criativo e desperte também essa criatividade nos seus alunos.

Page 185: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

185

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KUENZER, A. Ensino médio e profissional. São Paulo: Cortez, 1999.

LEVI STRAUSS, C. Antropologia estrutural I e II . trad. Sonia Wolosker,

Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1976.

LIMA, E. S. Avaliação na escola. São Paulo: Sobradinho 107, 2002.

LOPES, A. C. Parâmetros Curriculares para o Ensino Médio: quando a

integração perde seu potencial crítico.

In LOPES, A. C. e MACEDO, E. (orgs.) Disciplinas e integração

curricular. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

LOPES & MACEDO (Orgs.) A estabilidade do currículo disciplinar: o caso

das ciências. In: Disciplinas e integração curricular: história e políticas. Rio

de janeiro: D P & A Editora, 2002

.MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos e outros textos

escolhidos. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

MÈSZÁROS, I. A educação para além do capital. In: O desafio e o fardo

do tempo histórico: o socialismo no século XXI. São Paulo: Boitempo, 2007,

p. 195-224.

NOSELLA, P. A escola de Gramsci. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.

Page 186: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

186

10. Língua Portuguesa

10.1. Apresentação Geral da Disciplina

A língua portuguesa, como disciplina escolar, passou a integrar os

currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do séc. XIX,

depois de já muito organizado o sistema de ensino. Com a lei 5692/71, a

disciplina de português passou a denominar-se no 1º grau, comunicação e

expressão (nas quatro primeiras séries) e comunicação e língua portuguesa

(nas quatro últimas séries. Em decorrência disso, a gramática deixara de ser

enfoque principal do ensino e língua e a teoria da comunicação passa ser o

referencial, embora na prática da sala de aula, o normativismo continuasse ter

predominância. Durante a década de 70 e até o início da década de 80 o

ensino da língua portuguesa passou a se pautar, então, em exercícios

estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura).

Tais ocorrências desconsideravam as potencialidades que a interação do

contexto não propiciaria a expansão dos sentidos da língua materna.

Levando-se em conta o exposto acima, o ensino de língua portuguesa não

pode dispensar propostas pedagógicas que levem em conta as necessidades

trazidas pelos alunos, a interação deste, na sociedade.

A Língua Portuguesa prioriza a necessidade de dar ao aluno condições de

ampliar o domínio da língua e da linguagem, aprendizagem fundamental para o

exercício da cidadania.

Em outras palavras, propõe que a escola organize o ensino de modo que

o aluno possa desenvolver seus conhecimentos discursivos e lingüísticos,

sabendo:

Ler e escrever conforme seus propósitos e demandas sociais;

Page 187: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

187

Expressar-se apropriadamente em situações de interação oral diferente

daquelas próprias de seu universo;

Refletir sobre os fenômenos da linguagem, combatendo a discriminação e

os preconceitos relativos ao uso da língua.

O ensino de Língua Portuguesa, em uma visão contemporânea, necessita

de comprometimento, tanto na oralidade quanto na escrita, com o processo

dialógico. A prática disso precisa, portanto, relacionar-se a situações reais de

comunicação, tornando um espaço de interação, de encontro entre sujeitos.

Propõe-se que as atividades planejadas sejam organizadas de maneira a

tornar possível a análise crítica dos discursos para que o aluno possa

identificar pontos de vista, valores e eventuais preconceitos neles veiculados.

Portanto, sendo a escola um espaço de relações não pode ignorar a

linguagem que o aluno traz, possibilitando a apropriação da linguagem padrão

através do domínio efetivo do falar, ler e escrever.

10.2. Conteúdos Estruturantes

Durante muito tempo o conteúdo gramatical, legitimado por uma classe

social influente e pela tradição acadêmica/escolar, tem sido a base para o

ensino de Língua Portuguesa, e, por assim ser, tem havido uma forte

resistência em questionar sua presença quase que exclusiva no ensino de

Língua Portuguesa.

O conceito de conteúdo estruturante lança um novo olhar sobre esse

aspecto porque são constituídos dentro da mobilidade histórica. Essa

característica contextual garante a sua não fixidez, inviabilizando a

arbitrariedade de seus recortes. Possibilita também o diálogo com conceitos

diversos que, somados, conseguem abranger toda a complexidade que

Page 188: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

188

envolve o processo de uso da língua, não contemplada dentro de uma

perspectiva exclusivamente gramatical. Assumindo-se a concepção de língua

como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, acorda-se que o

objeto de estudo da disciplina é a Língua e o Conteúdo Estruturante da Língua

Portuguesa e Literatura são o discurso, concebido como prática social,

desdobrado em três práticas, leitura, escrita e oralidade.

Sendo assim, torna-se necessário esclarecer as implicações que esse

termo assume nestas Diretrizes. Na sua origem, o termo significa curso,

percurso, correr por movimento, isso indica que a postura frente aos conceitos

fixos, imutáveis, deve ser diferenciada. Confirmando, de acordo com Stam

(2000, p.32), a linguagem em Bakhtin, não é um sistema acabado, mas um

contínuo processo de vir a ser. A língua não é algo pronto, à disposição dos

falantes, mas algo em que eles ingressam numa corrente móvel de

comunicação verbal. A consciência só é adquirida por meio da linguagem e é

através dela que os sujeitos começam a intervir no real. Portanto, o discurso

não pode ser encarado como mera mensagem, como um simples esquema

onde há emissor, receptor, código, referente e mensagem.

O discurso é muito mais que isso, ele é efeito de sentidos entre

interlocutores, não é individual, ou seja, como postula Bakhtin (1996), o

discurso não é um fim em si mesmo, mas tem sua gênese sempre numa

atitude responsável a outros textos. Os discursos jamais são concebidos

dissociados de uma realidade material, são formados por diferentes vozes que,

por sua vez, representam ideologias muitas vezes contraditórias, opostas,

justificadas pelo seu uso em diferentes esferas sociais (BARROS, 2001)

Se a definição de Conteúdo Estruturante o identifica com os campos de

estudo de uma disciplina escolar, entende-se, nestas Diretrizes, o campo da

disciplina de Língua Portuguesa/Literatura como um campo, antes de tudo, de

Page 189: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

189

ação, onde se concretizam práticas de uso real da língua materna,

contrapondo-se à tradicional que, conforme já se mencionou, determinava o

estudo de regras gramaticais como centro e objetivo maior do trabalho com a

língua.

É no contexto das práticas discursivas que se farão presentes o conceito

oriundo da Lingüística, Sociolingüística, Semiótica, Pragmática, Estudos

Literários, Análise do Discurso, Gramáticas normativa, descritiva, de usos,

entre outros, de modo a contribuir com o aprimoramento da competência

lingüística dos estudantes.

10.3. Leis

História e Cultura Afro-Brasileira e Brasileira

A lei n.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003, altera a lei n°9393, de 20 de

dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases de Educação

Nacional, para incluir no Currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade

da temática “História e Cultura Afro-Brasileira, e dá outras providencias”.

“Art. 1º A lei n.º 9394/1996 passa a vigorar acrescida dos seguintes

artigos 26-A, 79-A e 79-B:

Art.26-A Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficial e

particular tornam-se obrigatórios o ensino sobre História e Cultura Afro-

Brasileira.

§1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá

o estudo da História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a

cultura negra brasileira, e o negro na formação da sociedade nacional,

resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social econômica e política

pertinentes a história do Brasil.

Page 190: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

190

§2ª Os conteúdos referentes a História e Cultura Afro-Brasileira serão

ministrados em todo o âmbito do currículo escolar, em especial nas áreas da

Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras”. (Grifos nossos).

A lei deixa nítida a obrigatoriedade do ensino de conteúdos sobre a matriz

negra africana na constituição da nossa sociedade no âmbito de todo o

currículo escolar e sugere a áreas de História, Literatura e Educação Artística

como áreas especiais para o tratamento desse conteúdo, tanto no Ensino

Fundamental como no Ensino Médio. Entretanto, como já foi antes enfatizado,

é preciso que estejamos convencidos da urgência e da importância de

recuperar esses conteúdos na história da sociedade brasileira e nos currículos

escolares. Pois sem o pleno entendimento do porquê desses conteúdos serem

fundamentais, corre-se o risco de cumprir a lei burocraticamente e, com isso,

reforçar situações de preconceito racial ao qual estamos submetidos.

Quando se estabelecem princípios ates de se pensar em objetivos, a

organização dos conteúdos, das atividades, das estratégias didáticas e as

sempre necessárias correções de notas ficam mais coerentes e integradas.

Não é fundamentalmente na escolha dos temas que se pode escorregar

pela via do preconceito, mas, sobretudo, na abordagem, na escolha de

materiais, no cuidado com as construções dos argumentos, no grau de

conhecimento sobre o assunto ensinado, na resistência as situações

cotidianas, em que o preconceito se expressa, tanto na sala de aula como nos

outros espaços e momentos escolares. Trabalhar o mais coletivamente

possível, buscar pares nas escolas que queiram o desafio de revisitar e

reaprender a história, a cultura, a literatura brasileira sob a perspectiva da

população negra como sujeito, pode ser uma maneira competente e facilitadora

na construção de conteúdos e metodologias mais adequados as diferentes

faixas de idades e níveis de ensino.

Page 191: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

191

Dessa forma, um estudo que envolva os diferentes processos de

escravidão pelos quais a humanidade já passou, considerando os povos dos

continentes europeu, americano, africano e asiático, torna-se imprescindível,

para então se compreender a especificidade do tráfico negreiro do Atlântico,

que marca a inauguração de um novo sistema de relações econômicas e

políticas do cenário ocidental.

Ao considerar o tema currículo, escola e relações étnico-raciais como

portador de relações que envolvem conteúdos complexos em uma construção

histórica de longa duração, precisamos de persistência se optamos pela linha

de transformação, que é um dos atributos da escola.

Essas relações estão impregnadas de valores e princípios arraigados a

concepções do mundo e das pessoas que justificam práticas e sentimentos

racistas. Por isso mesmo, a escola e os professores precisam se rever

constantemente, sem medo de constatar procedimentos inadequados à

formação positiva da identidade de seus alunos negros e mestiços e, na contra

partida, dos alunos brancos.

Quando se opta por introduzir novos conteúdos curriculares um rearranjo

do currículo precisa ser feito, a partir de uma definição de novas prioridades. A

lei nº10.639/2003 procura reparar conteúdos que dizem respeito a todos os

brasileiros e que foram ocultados e omitidos historicamente pela sociedade e

pela escola. Como já foi sinalizado, o princípio da igualdade como base das

ações escolares, seja no âmbito da sociabilidade ou das áreas de

conhecimento, deve ser o orientador tanto para a organização das atividades

como para a avaliação das práticas escolares.

Contar histórias reaproxima espaços, tempos e mentalidade por meio da

força que a narrativa contém. As experiências humanas foram e são narradas.

E ouvir histórias é apropriado a todas as idades e níveis de ensino.

Page 192: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

192

As histórias gozam da liberdade de transitar por representações passadas

e presentes e de ousar sonhar com futuros. Nelas, os conteúdos de um

imaginário social se corporificam, provocando identificações, repulsas e

referências, tanto no nível individual como no social.

Enfim, as histórias são pautadas por valores sociais que são narrados

pelos seus personagens, conflitos, soluções, no tempo e espaço determinados

pela estrutura da narrativa. O ser humano precisa de histórias para aprender a

ser humano.

Esta é a razão pela qual se torna tão significativa a ausência de

personagens negros com sagas a serem contadas nas histórias. Incorporando-

se ao imaginário infantil sob o signo da falta, esses personagens ausentes

acarretam a conseqüente projeção de imagens, valores e ideais das crianças

negras nas personagens brancas. Como serão os super heróis dos meninos

negros? E os príncipes encantados com que sonham as meninas? Dos que

ocupam a nossa memória, sabe-se que até seus cavalos são brancos. E as

aventuras de heróis? Os decifradores de suspense? Os personagens que

enfrentam os desafios e saem vencedores da empreitada? Sabe-se a resposta,

que foi construída geração após geração. Para além da ausência dessa

representação negra na imaginação infantil por sua omissão nas páginas dos

livros, encontra-se o negro como sub imagem nas suas linhas e entrelinhas

(LOPES, 2006).

As histórias africanas, carregadas da força da oralidade, constituem um

vigoroso instrumento para aproximar a imagem mental dos nossos alunos da

vida dos povos africanos e dos seus valores. Recuperar os heróis africanos e

sua saga.

As histórias de brasileiros negros que superaram e ultrapassaram a

condição desigual a que foram submetidos e deixaram um importante legado à

Page 193: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

193

nação ou tiveram importância em uma situação particular são fundamentais na

construção das referências positivas para os alunos e em especial, aos alunos

negros.

Ler essas histórias e ir conhecendo outro Brasil, na perspectiva da

população negro-africana, enriquecerá a visão de todos, os estudantes sobre a

verdadeira constituição da nossa sociedade.

Enfim, povoar o imaginário de nossos alunos com histórias que os

remetam a valores partilhados pela humanidade, vividos por personagens

negros, alimentará todos os alunos sobre o sentimento de igualdade. E ao

aluno negro, em especial, oferecerá parâmetros positivos de identidade e de

auto-estima. Essa é uma prática pedagógica da maior importância na

constituição de sujeitos que a escola ajuda a construir.

A literatura brasileira está repleta de escritores negros e mestiços que

reconhecidamente marcaram escolas literárias, como seus representantes ou

precursores, e precisa ser revisitada nesta perspectiva.

Outra forma de entrar em contato com esses escritores ou personalidades

de outras áreas, dependendo do nível ou série de ensino, é por meio do estudo

de biografias. A biografia é um gênero textual que, adequadamente estudado,

amplia o universo de informações e permite o estabelecimento de relações

quando se contextualizam o período e as situações que ali são mencionadas.

(Fonte: Mec. Educação, Africanidades, Brasil, Brasília, Mec., Secad 2006)

Lei do Meio Ambiente

A lei 9795/99, art. 1º entende-se por educação ambiental os processos por

meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,

conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a

conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia

Page 194: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

194

qualidade de vida e sua sustentabilidade. A educação ambiental é um

componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar

presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo

educativo, em caráter formal e não-formal. O assunto será trabalhado através

de reflexões, sobre as agressões aplicadas ao meio ambiente, debates,

confecções de cartazes que abordem de maneira lúdica e clara, despertando

no aluno uma consciência reflexiva para as questões ambientais.

Tudo isso será trabalhado de forma transversal e interdisciplinar, em

conjunto com outras disciplinas, para que se de o enfoque necessário a cada

uma.

10.3. Conteúdos - Ensino Fundamental

O aluno ao chegar a escola, traz consigo toda uma vivência de um

universo, sócio-econômico cultural que o torna um ser único, pertinente a um

grupo social com valores, conhecimento, experiências e uma linguagem própria

com os membros desse grupo. A competência lingüística reflete sua origem

social. Os alunos das escolas públicas, em sua grande maioria, são

provenientes das classes trabalhadoras e utilizam variedades lingüísticas

diferentes das variedades padrão, desprestigiadas socialmente. No seu grupo

social essas variedades têm livre uso, pois cumprem seu papel; integrar seus

indivíduos. E segundo Geraldi “O aluno já domina a língua e traz consigo, sem

consciência, o conhecimento prático dos princípios da linguagem, o sistema de

regras que formam a estrutura da língua, interiorizado, ouvindo e falando”,

assim consegue comunicar-se.

Dessa forma, cabe a escola levar o aluno apropriar-se também dessa

variedade da língua para que possa ter acesso aos bens culturais e

econômicos e se torne mais “um” a construir uma sociedade mais justa, e

Page 195: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

195

tornando-se poliglota dentro da sua própria língua (vários falares diferentes,

dependendo do lugar onde estiver) consiga transformar-se em um cidadão, de

fato.

As concepções sobre quem é o aluno, como ele aprende e qual o objetivo

de ensino, nesse caso da língua materna, nortearão a prática do professor em

sala de aula. Caso ele tenha uma concepção estruturalista da língua, dará

ênfase ao treinamento das estruturas gramaticais; a metalinguagem.

Porém, se o professor tiver uma concepção de língua como relação de

interação entre indivíduos, percebendo que isso se dá através da interlocução

onde se processa a produção de linguagem e constituem-se os sujeitos, fará a

condução do processo ensino-aprendizagem tomando o texto verbal e/ou não

verbal como unidade significativa da língua.

Assim o Ensino da Língua Portuguesa na escola, deve-se calcar na

concepção sócio interacionista, que vê a língua como interação entre

interlocutores. É preciso que o professor direcione sua prática pedagógica

orientada por essa concepção priorizando o respeito às diferentes variedades

da língua para ter claros, os objetivos a serem atingidos, centrado no ensino

das práticas lingüísticas, tendo o texto como ponto de partida e chegada para o

trabalho do professor, efetivando de forma significativa essas práticas, onde

ocorrerá sistematização através de reflexões sobre a língua.

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS

Gêneros textuais;

Conto, fábula, notícia, piadas, lendas, nota, manchete, músicas,

propagandas, charges, advinhas, anúncio, receita, pinturas, pesquisa, cartazes,

Page 196: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

196

entrevista, texto informativo, folder publicitário, peça teatral, poema,

correspondência social (carta pessoal, bilhete, e-mail), correspondência

comercial (solicitação, requerimento), página de diário;

Práticas discursivas;

Prática de leitura;

Prática de oralidade;

Prática de produção escrita;

Prática de análise lingüística;

Paragrafação;

Concordância Verbal e Nominal;

Coerência;

Ortografia;

Acentuação;

Sinais de pontuação;

Estrutura do texto;

Disposição gráfica do texto;

Elipse, metáfora;

Discurso direto e indireto;

Variação lingüista;

Polissemia lexical;

Elementos coesivos.

Prática de leitura:

Leitura de gêneros textuais e literários;

Page 197: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

197

Leitura de textos buscando informações na periferia do texto;

Leitura de grupo;

Conhecer o significado das palavras, manipulação do dicionário;

Discussão das idéias contidas na periferia do texto;

Análise dos efeitos de sentidos dos sinais de pontuação;

Prática de oralidade:

Relatos de experiências e fatos do cotidiano;

Preparo prévio de assuntos para exposição oral: entrevistas, pesquisas;

Comentários de textos de jornais e textos literários;

Prática de produção de textos orais e escritos:

Produção de contos literários;

Produção de autobiografias;

Produção de notícias;

Produção de cartas familiares (pessoais);

Realização de pesquisas para busca de informações;

Prática de análise lingüística:

Análise a relação do texto com o público-alvo, suporte de texto,

intencionalidade;

Análise da coerência e coesão presentes no texto;

Análise do emprego de elementos coesivos no texto;

Ortografia: reflexão sobre a grafia das palavras;

Sinais de pontuação: análise dos efeitos de sentidos dos sinais de

pontuação no texto.

Page 198: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

198

OBJETIVOS

Produzir textos coerentes;

Desenvolver a fruição literária através da prática de leitura;

Aprimorar a leitura oral;

Conhecer, observar e produzir os gêneros propostos levando em

consideração a estrutura, a coerência e a adequação da aos fins propostos.

Perceber a importância da reestruturação textual;

Reconhecer e utilizar a estrutura do gênero estudado;

Entender a disposição gráfica dos gêneros estudados;

Possibilitar o intercâmbio de texto;

Discutir as idéias contidas nas entrelinhas do texto;

Empregar corretamente os sinais de pontuação nas produções textuais

escritas para produzir;

Comparar textos orais e escritos buscando semelhanças e diferenças

quanto ao gênero e suas idéias;

Reestruturar textos de um gênero para outro.

6ª SÉRIE

REESCREVENDO - PROJETO ENSINO APRENDIZAGEM

Gêneros textuais e literários;

Contos,

Correspondências sociais (carta familiar),

crônica,

Page 199: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

199

notícia, resumo,

resenha, pesquisa, texto informativo;

Análise lingüística;

Paragrafação;

Concordância nominal e verbal;

Graus comparativos do adjetivo;

Ortografia;

Discurso direto e indireto;

Gênero discursivo: análise;

Foco narrativo;

Transformação de período simples em composto;

Regência verbal;

Apreciação dos recursos da argumentação;

Produção escrita;

Figuras de linguagem;

Verbos;

OBJETIVOS

Refletir sobre os fenômenos da linguagem, combatendo a discriminação e

os preconceitos relativos ao uso da língua;

Desenvolver a habilidade de produção de textos escritos e orais,

utilizando de cada forma cada vez mais consciente os recursos oferecidos pela

língua portuguesa;

Page 200: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

200

Compreender o processo de funcionamento da língua para uma

realização mais eficiente da comunicação;

Expressar-se adequadamente em situações de interação oral daquelas

próprias de seu universo;

Valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro e de outras

nações; combatendo todo tipo de preconceito baseado em diferenças sociais,

culturais, lingüísticas, de etnia, sexo, crença e outras características individuais;

7ª série

CONTEÚDOS

Gêneros literários, crônicas, resenhas, produção de textos variados,

notícias de jornal, pesquisas;

Prática de leitura: texto informativo, conto, notícia, biografia;

Prática de oralidade: apresentação de pesquisa sobre um tema,

exposição se textos;

Prática de produção de texto: narrativa através de texto lido e narrativo a

partir de experiência pessoal, ou notícia;

Sujeito predicado, predicado verbo-nominal, complemento nominal,

pontuação, regência, crase, vozes verbais, formação do imperativo,

concordância nominal, ortografia, tempos compostos, verbos abundantes;

OBJETIVOS

Dar condições ao aluno para: captar a organização do texto, explorar o

conhecimento prévio do aluno, estimular a prática da oralidade em situações

concretas de comunicação que permitam socializar idéias e experiências;

Page 201: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

201

Levar o aluno a desenvolver a capacidade de: comparar recursos das

linguagens verbal e não-verbal; discutir pontos de vista, posicionar-se diante do

tema e dos colegas, fazer inferências, levantar e comprovar hipóteses,

argumentar oralmente;

Levar o aluno a perceber as regularidades das diferentes variedades da

Língua Portuguesa e a dominar, além das variantes: culta, principalmente na

modalidade escrita;

Demonstrar ao aluno que a língua é um sistema de relações para a

produção de sentido;

8ª SÉRIE

Tipologias textuais diversificadas:

Estímulo através de textos verbais e não-verbais

Debates

Interpretação

Análise lingüística

Produções textuais, Produção oral e escrita:

Comparação de elementos em orações

Dissertação (argumentação)

Descrição

Texto poético e paródia

Narração (seqüência lógica e paragrafação)

Verso e estrofe

Estudo da língua:

Page 202: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

202

Pontuação

Período composto por coordenação e subordinação.

Concordâncias (nominal e verbal)

Estrutura das palavras.

Regência verbal e nominal.

Figuras de linguagem e de pensamento.

Ortografia.

Vozes do verbo.

Ambigüidade.

Orações reduzidas.

OBJETIVOS

Utilizar as diferentes linguagens - verbais, pictóricas, gestuais, entre

outras – focalizando a leitura e a produção de gêneros textuais, orais e escritos

como fonte de inserção social e poder transformador da sociedade e como

forma de atender às diversas intenções e situações de comunicação;

Compreender questões relativas de polissemia, nuanças de significação,

sentido conotativo e denotativo, níveis de linguagem;

Valorizar a língua como sistema que possibilita, por meio de escolhas e

combinações, em seus vários níveis, a expressão do pensamento;

Colocá-lo em contato com a língua de forma sistematizada, em situações

reais de uso;

Page 203: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

203

10.4. Conteúdo Ensino Médio

1º ANO

A língua e suas variedades

Elementos da comunicação

Linguagem, língua, fala e discurso.

Funções da linguagem

Tipos de textos

Origens da língua portuguesa

O sentido das palavras

Ética

Fonética

Figuras de linguagem

Ortografia

A essência da literatura

Acentuação gráfica, Pontuação

Texto poético

Crase, Emprego do hífen

O texto narrativo

Reflexões e interpretações de vários tipos de textos

O texto teatral

Periodização literária

Trovadorismo: momento histórico, características, principais autores,

principais obras e manifestações artísticas.

Page 204: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

204

Humanismo: momento histórico, características, principais autores e

obras, manifestações artísticas.

Estrutura das palavras

Classicismo: momento histórico, características, principais autores e

obras, manifestações artísticas.

Radicais gregos e latinos: seus significados e empregos.

Literatura de Informação: momento histórico, características, principais

autores e obras, manifestações artísticas.

Prefixos gregos e latinos: seus significados e empregos.

Barroco: momento histórico, características, principais autores e obras,

manifestações artísticas.

Formação de palavras.

Pronomes de tratamento.

Arcadismo: momento histórico, características, principais autores e obras,

manifestações artísticas.

Coerência e coesão textual.

Produção de diferentes tipos de textos

Reestruturação dos textos (correção pelo professor e o aluno refaz o que

errou).

Classes de palavras.

Notícia: título ou manchete.

Requerimento.

Carta comercial.

Page 205: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

205

2º ANO

Romantismo no Brasil: momento histórico, características, principais

autores e obras, manifestações artísticas.

Substantivo.

Poesia romântica: primeira geração; características, principais autores e

obras.

Poesia romântica: segunda geração; características, principais autores e

obras.

Poesia romântica: terceira geração; características, principais autores e

obras.

Prosa romântica: Joaquim Manuel Antônio de Almeida (características e

principais obras).

Prosa romântica: José de Alencar (características e principais obras).

Pronome.

Transição para o Realismo: Manuel Antônio de Almeida (características e

principais obras).

Verbo.

Realismo-Naturalismo: Machado de Assis (características e principais

obras)

Verbo

Realismo-Naturalismo: Aluísio Azevedo.

Advérbio.

Realismo-Naturalismo: Raul Pompéia.

Preposição.

Page 206: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

206

Parnasianismo: momento histórico, características, principais autores e

obras.

Conjunção

Parnasianismo: Olavo Bilac.

Conjunção.

Simbolismo: momento histórico, características, principais autores e obras.

Termos da oração.

Simbolismo: cruz e Souza

Ortografia

Acentuação

Pontuação

Crase.

Produção e reestruturação de textos

Leitura e interpretação de diferentes tipos de textos.

Emprego da vírgula.

Ofício.

Memorando.

3º ANO

Pré-Modernismo: momento histórico, características, principais autores e

obras.

Termos da oração.

Pré-Modernismo: Lima Barreto, Monteiro Lobato, Augusto dos Anjos.

Page 207: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

207

Termos da oração.

Modernismo: momento histórico, características, principais autores e

obras.

Semana da Arte Moderna e suas manifestações.

Oração e período.

Modernismo: Manuel Bandeira.

Período composto por subordinação.

Modernismo 1ª fase: Mário de Andrade.

Modernismo: 1ª fase: Manuel Bandeira.

Oração e período.

Modernismo: 2ª fase: Graciliano Ramos

Orações subordinadas adjetivas.

Modernismo 2ª fase: Jorge Amado.

Orações subordinadas adverbiais.

Modernismo 2ª fase: Poesia Carlos Drummond de Andrade.

Modernismo 2ª Fase: Poesia: Vinícius de Moraes.

Funções do pronome relativo.

Modernismo 3ª fase: momento histórico, características, principais autores

e obras.

Colocação de pronomes.

Modernismo 3ª fase: Clarice Lispector.

Concordância verbal.

Modernismo 3ª fase: João Guimarães Rosa.

Page 208: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

208

Concordância nominal.

Concretismo: momento histórico, características, principais autores e

obras.

Regência verbal e nominal.

Concretismo: Augusto de Campos.

A prosa brasileira na virada do século: Lygia Fagundes Telles.

Fernando Pessoa.

Modernismo e Pós-Modernismo português.

Currículo Vitae.

Revisão de todas as formas de produção de texto comercial.

Ortografia

Acentuação

Pontuação

Crase

Produção e reestruturação de textos.

Leitura e interpretação de diferentes tipos de textos.

OBJETIVOS – ENSINO MÉDIO

1º ANO

Literatura

Oferecer ao aluno condições para:

Desenvolver seu senso analítico para que possa opinar sobre todo tipo de

assunto que se apresente;

Page 209: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

209

Reconhecer, dentro de uma obra, seu período literário;

Língua Portuguesa

Levar os alunos a:

Classificar palavras conforme sua função sintática;

Estudar o substantivo e o adjetivo, suas flexões de grau, gênero e

número;

Discutir o que é arte e qual sua importância para o mundo;

Observar o romantismo;

Enfocar a 1ª, 2ª e a 3ª gerações românticas brasileiras;

Relacionar as três gerações românticas, obras artísticas contemporâneas:

observar que a arte sempre ocorre o resgate de determinadas características;

Organizar as idéias e transpô-las para o papel;

Detectar as diversas interpretações de um texto;

2º ANO

Literatura

Levar o aluno a:

Conhecer os diferentes tipos de romance situando-se no tempo e espaço

e ampliando o conhecimento sobre cada fato histórico na realidade;

Conscientização / despertar do senso crítico e acordar o aluno para o

significado verdadeiro da palavra cidadão;

Ter contato com diversos portadores de textos, inserindo-se no contexto

social como ser transformador da realidade;

Tornar-se capaz de comunicar-se dento da norma culta;

Page 210: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

210

Conhecer e produzir textos;

Conhecer e valorizar nossa cultura, através da música popular;

Língua Portuguesa

Levar os alunos a:

Classificar palavras conforme sua função sintática;

Estudar o substantivo e o adjetivo, suas flexões de grau, gênero e

número;

Discutir o que é arte e qual a sua importância para o mundo;

Observar o romantismo;

Enfocar a 1ª, 2º e a 3ª gerações românticas brasileiras;

Relacionar as três gerações românticas, obras artísticas contemporâneas:

observar que a arte sempre ocorre o resgate de determinadas características;

Detectar as diversas interpretações de um texto;

3º ANO

Literatura

Levar o aluno a:

Reconhecer obras literárias e seus respectivos autores;

Tornar possível ao aluno a compreensão dos recursos empregados pelos

autores na construção de seus textos, fazendo comentários sobre as principais

idéias e elementos constitutivos dos mesmos;

Conhecer as variadas formas de comunicação para desenvolver sua

forma de comunicar-se com o mundo;

Page 211: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

211

10.5. Metodologia da Disciplina

Trabalhar a língua materna com os estudantes pressupõe produzir o

conhecimento de forma coletiva, situado social e historicamente satisfazendo

as demandas da língua.

Dessa perspectiva, propõe-se a delimitação dos conteúdos para que a

prática de ensino seja fundamentada na construção de conhecimento dos

alunos.

Para dar melhor visibilidade a essa delimitação das aulas de Língua

Portuguesa e Literatura deve tornar o estudante capaz de inserir-se nas

diversas esferas das atividades sociais e no mundo do trabalho.

Tais práticas devem estar focadas na:

Oralidade

Leitura

Escrita

Análise lingüística.

10.6 Avaliação

Avaliação é um conjunto de ações organizadas e sistematizadas com

finalidade de obter informações referentes a aprendizagem do educando.

Deve assim funcionar como instrumento para informar dar pistas ou

apontar caminhos para o professor sobre os avanços e aprendizagens do

aluno. Deve ocorrer durante o processo de ensino e aprendizagem, para que

dessa forma o professor perceba a evolução conseguida pelo aluno. Sempre

comparando o aluno com ele mesmo, através da melhoria em suas produções.

Page 212: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

212

A avaliação precisa ser contínua, diagnóstica, permanente e cumulativa

dentro do processo de ensino, e deve ser acompanhada pela aquisição do

conhecimento da língua materna, através das práticas para o desenvolvimento

das competências lingüísticas do materna, através das práticas para o

desenvolvimento das competências lingüísticas do aluno.

Conforme o documento da Versão Preliminar das Diretrizes Curriculares a

oralidade será avaliada progressivamente, considerando-se a participação do

aluno nos diálogos, relatos e discussões; a clareza com que ele mostra ao

expor suas idéias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço e argumentação

que apresenta ao defender seus pontos de vista e, de modo especial , a sua

capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e

situações.

Quanto a leitura, o professor pode propor aos alunos questões abertas,

discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as

estratégias que eles empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do

texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como valorizar a

reflexão que o aluno faz a partir do texto.

Em relação à escrita, é preciso ver os textos de alunos como uma fase do

processo de produção, nunca como um produto final. é importante ressaltar

que, para Koch e Travaglia (1990),”só se pode avaliar a qualidade e adequação

de um texto, quando ficam muito claras as regras do “jogo” de sua produção”.

Portanto, é preciso haver clareza na proposta de produção textual, os

parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem ser bem definidos. Além

disso, o aluno precisa trabalhar com contextos reais de interação comunicativa,

para que os critérios de avaliação que tomem como base as condições de

produção, para que tenham alguma validade.

Page 213: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

213

Como é no texto, assim também é na língua que se manifestam todos os

seus aspectos – discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais – os

elementos lingüísticos utilizados nas produções dos alunos, precisam ser

avaliados em uma prática reflexiva, contextualizada, que possibilite aos alunos

a compreensão desses elementos no interior do texto. Uma vez

compreendidos, os alunos podem utilizá-los em outras operações lingüísticas,

( de estrutura do texto, inclusive).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COSTA, M. V. Estudos culturais e educação: um panorama. In: SILVEIRA,

R. M. H. (Org.) Cultura poder e educação. Porto Alegre: Hulbra, 2005.

DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. 14 ed. São Paulo:

Editora Nacional, 1990.

FRIGOTTO, G. Sujeitos e conhecimento: os sentidos do ensino médio. In

FRIGOTTO, G. e CIAVATTA, M. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho.

Brasília: MEC, SEMTEC, 2004.

GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas. 8ª ed. São Paulo: Ática,

2004.

GOODSON, I. Teoria do currículo. São Paulo: Cortez, 1995.

KOSIK, K. Dialética do concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

KUENZER, A. Ensino médio e profissional. São Paulo: Cortez, 1999.

LEVI STRAUSS, C. Antropologia estrutural I e II . trad. Sonia Wolosker,

Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1976.

LIMA, E. S. Avaliação na escola. São Paulo: Sobradinho 107, 2002.

LOPES, A. C. Parâmetros Curriculares para o Ensino Médio: quando a

integração perde seu potencial crítico. In LOPES, A. C. e MACEDO, E. (orgs.)

Disciplinas e integração curricular. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

Page 214: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

214

LOPES & MACEDO (Orgs.) A estabilidade do currículo disciplinar: o caso

das ciências. In: Disciplinas e integração curricular: história e políticas. Rio

de janeiro: D P & A Editora, 2002.

MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos e outros textos

escolhidos. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

MÈSZÁROS, I. A educação para além do capital. In: O desafio e o fardo

do tempo histórico: o socialismo no século XXI. São Paulo: Boitempo, 2007,

p. 195-224.

11. Matemática

11.1. Apresentação Geral da Disciplina

É importante entender a história da matemática no contexto da prática

escolar como componente necessário de um dos objetivos primordiais da

disciplina, pois é interessante que os estudantes compreendam a natureza da

Matemática e sua relevância na vida da humanidade. Abordagem histórica não

se resume a retratar curiosidades ou biografias de matemáticos famosos;

vincula as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, as

circunstancias históricas e as correntes filosóficas que determinaram o

pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época.

A história da Matemática é um elemento norteador na elaboração de

atividades, na criação das situações problema, na busca de referências para

compreender melhor os conceitos matemáticos.

Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de

determinados fatos, raciocínios e procedimentos.

Elaborar problemas, a partir da história da matemática, é oportunizar que

o aluno à conheça como campo de conhecimento em construção. Não se trata,

Page 215: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

215

portanto, de resolver exercícios repetitivos e padronizados, sem relação com

outros campos de conhecimento, mas se trata de uma possibilidade de dividir

dúvidas e questionamentos que levem à construção da ciência Matemática.

Ao considerar a matemática como uma das áreas que compõem o

currículo da escola constata-se que ela está presente na vida das pessoas.

As primeiras manifestações matemáticas surgiram da necessidade do

homem primitivo, de quantificar, contar e realizar trocas. De fato, ao longo do

processo de desenvolvimento histórico, esse conhecimento foi sendo

desenvolvido a partir das necessidades de sobrevivência, fazendo com que os

homens, gradativamente, elaborassem códigos de representações, sejam de

quantidades ou dos objetos por ele manipulados.

A humanidade, em seu processo de transformação, foi produzindo

conceitos, leis e aplicações que compõem a matemática como ciência

universal, um bem cultural da humanidade. Sendo organizada por meio de

signos, torna-se ima linguagem de instrumento importante para a resolução e

compreensão dos problemas e necessidades sociais dentro de cada contexto.

Esses conhecimentos são considerados como instrumento de compreensão e

intervenção para a transformação da sociedade: nas relações de trabalho, na

política, na economia, nas relações sociais e culturais.

No final do século XIX e início do século XX levantaram-se preocupações

relativamente ao ensino da matemática resultantes de discussões, realizados

em encontros internacionais de matemáticos, os quais já elaboravam propostas

com uma preocupação pedagógica.

Page 216: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

216

11.2. Metodologia

A educação matemática é uma área que engloba inúmeros saberes e

deve ser baseada em explorações indutivas e intuitivas.

A finalidade da Educação Matemática é fazer o estudante compreender e

se apropriar da própria matemática concebida como um conjunto de resultados,

métodos, procedimentos, algoritmos; é fazer o estudante construir, por

intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes da natureza

diversa, visando a formação integral do ser humano e, do cidadão, isto é, do

homem público; prevê a formação de um estudante crítico, capaz de agir com

autonomia nas suas relações sociais e, para isso, é preciso que ele se aproprie

também de conhecimentos matemáticos.

É importante a articulação entre os conhecimentos presentes em cada

conteúdo, podem ocorrer em diferentes momentos e, quando novas situações

de aprendizagem possibilitarem a retomada e aprofundamento dos estudos.

É preciso que o aluno perceba a matemática como um sistema de códigos

e regras que permite interpretar e modelar a realidade através de uma

linguagem de comunicação de idéias.

Além disso, sempre que possível aplicar conceitos a soluções de

problemas cotidianos.

Em sala de aula será feito trabalho individual ou grupos, pesquisas sem

revistas, jornais, coleta de informações de dados, para serem analisados,

havendo argumentação e conclusão do trabalho realizado juntamente com o

professor.

Estabelecer a comunicação em matemática utilizando o vocabulário

adequado e formas de representação ( símbolos, tabelas, diagramas, gráficos,

Page 217: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

217

expressões entre outros ) expressar e compreender idéias e relações de forma

contextualizada e interdisciplinar.

Desenvolvimento metodológico

Exposição oral e escrita dos conteúdos

Sempre que possível, utilizar o vídeo, cd rom...

Usar o computador para pesquisar na internet, resolver problemas, utilizar

o excel...

Resolução e construção de problemas curiosos ou do cotidiano,

significativos que além de estimular seu raciocínio lógico o levem a estabelecer

relações com experiências anteriormente vivenciadas.

Correção e debate em sala de todas as soluções obtidas e sempre que

houver possibilidade vinculá-las a sua realidade,

Execução em grupos de atividades propostas por nós ou por eles mesmos

de tal forma que venham a discutir, justificar e estabelecer sobre a idéia

matemática.

Apresentação dos projetos construídos por eles na Feira de

Conhecimentos, que venham de encontro às expectativas da comunidade.

Estudo em duplas ou grupos para que se auxiliem na resolução ou

proposição de atividades.

Levá-los a ler em jornais, revistas, internet, textos que proponham

soluções matemáticas e problemas reais.

Jogos matemáticos que levem nosso aluno a aprender a conviver com

suas diferenças bem como praticar seus conhecimentos e resolver problemas

num tempo determinado interagindo com seus colegas e com o professor.

Visitas a fábricas, bancos, mercados...

Page 218: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

218

Entrevistas com profissionais

Inter-relação sempre que possível com as outras disciplinas

Executar os projetos previstos no P.P.P.

Conteúdos Específicos Para o Ensino Fundamental e Médio

Números, operações e álgebra.

Os conteúdos específicos estão permeados pelos conjuntos numéricos,

que podem ser abordados por meio de noções preliminares de classificação e

seriação, que permitam ao aluno estabelecer relações entre agrupamentos,

compreender as bases de contagem, a sucessão de números, a conversão de

quantidade, e, ao mesmo tempo registrar este saber por meio da linguagem

matemática.

Propõe-se assim o estudo dos números, tendo como meta primordial, no

campo da aritmética, a resolução de problemas e a investigação de situação

concreta relacionada ao conceito de quantidades. Da mesma forma, sugere-se

que o trabalho com as operações se dê principalmente, por meio de situações

problemas e que o professor faça relações com o cotidiano dos alunos, como

também estimule os cálculos por estimativas.

Há também a questão da tabuada, sempre discutida entre os educadores.

Os educadores matemáticos, tem indicado que a memorização da tabuada seja

estimulada. Entretanto é preciso compreender a lógica que organiza a tabuada.

Para isso o professor precisa trabalhar com a tabuada de diversas formas e

favorecer, ao mesmo tempo, sua compreensão e memorização. Há diversos

jogos que podem ser usados para estimular a memorização como também há

atividades que envolvem a lógica da tabuada e que ajudam a compreendê-la.

Os Conteúdos Estruturantes:

Números,

Page 219: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

219

Operações e álgebra se desdobram nos seguintes conteúdos específicos:

Sistemas de numeração decimal e não decimal;

Números decimais e suas representações;

Conjuntos numéricos (naturais, racionais, reais, inteiros e irracionais);

As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação,

divisão, potenciação e radiciação);

Transformação de números fracionários (na forma de razão/quociente) em

números decimais;

Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações por meio de

equivalência;

Juros e porcentagens nos diferentes processos de cálculo (razão,

proporção, frações e decimais);

Noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo pela

substituição de letras por valores numéricos.

Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e

diferença;

Grandezas direta e inversamente proporcionais;

Equações, inequações e sistemas de equações de 1º e 2º graus;

Polinômios e os casos notáveis;

Produtos notáveis;

Ângulos;

Fatoração;

Cálculo do número de diagonais de um polígono;

Expressões numéricas;

Page 220: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

220

Funções;

Trigonometria no triângulo retângulo.

Medidas

No Ensino Fundamental, propõe-se o uso das medidas como elemento de

ligação entre numeração e geometria, cuja idéia é essencialmente, a de que

medir é comparar. Ao observar o tamanho dos objetos, ao explorar um

determinado espaço, essa idéia pode ser trabalhada em várias situações que

envolvem o aluno de maneira que ele faça comparações e classificações. Pode

se tomar como unidade de medida partes do corpo – palmos, pés, braços - e

compará-los, para verificar o número de vezes que essa unidade cabe no

objeto a ser medido.

Quando o resultado da medida não pode ser representado por um valor

inteiro (número natural), tem-se a ocasião para apresentar noções sobre

frações e números decimais. Vale lembrar que existem os padrões nacionais

de medidas – lata, balaio, cesta, caixa e outros utensílios.

É preciso tratar as noções de medidas por meio de atividades

significativas, para que o aluno compare a unidade em estudo com a grandeza

a ser medida.

O conteúdo estruturante Medidas se desdobra nos seguintes conteúdos

específicos:

Organização do sistema métrico decimal e do sistema monetário;

Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade,

comprimento e tempo;

Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na

resolução de problemas algébricos;

Capacidade e volume e suas relações;

Page 221: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

221

Ângulos e arcos – unidades, fracionamento e cálculo;

Congruência e semelhança de figuras planas.

Triângulo retângulo – relações métricas e Teorema de Pitágoras;

Triângulos quaisquer;

Poliedros regulares e suas relações métricas.

Geometria

Trata-se de ter como ponto de partida problemas e situações vivenciadas

pelos alunos com objetos cotidianos: caixa, bolas, garrafas, embalagens de

todos os tipos, folhas de árvores, tocos de madeira, entre outros, para então

produzir falas ou textos que indiquem e justifiquem a forma, semelhança,

diferença, pontas e todo tipo de propriedade dos objetos.

Na geometria é importante usar objetos que tenham relação com as

formas geométricas mais usuais. Por exemplo: para lembrar o cone, apresenta-

se ao aluno um cone de lã, uma casquinha de sorvete ou um chapéu de

palhaço, latas de azeite e latas de cera para lembrar o cilindro, embalagens e

enfeites para lembrar diversas formas de pirâmides.

Outra atividade importante é planificar as representações das figuras

espaciais. Ex: montar e desmontar embalagens, massa de modelar e argila.

Pela resolução de problemas, o aluno é exposto a situações em que

precisa avaliar e interpretar a realidade; discutir, questionar e compreender

limites e valores estabelecidos.

O conteúdo estruturante Geometria se desdobra nos seguintes conteúdos

específicos:

Elementos de geometria euclidiana e noções de geometria não-euclidiana;

Page 222: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

222

Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;

Construções e representações no espaço e no plano;

Planificação de sólidos geométricos;

Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas;

Condições de paralelismo e perpendicularidade;

Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro;

Desenho geométrico com uso de régua e compasso;

Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos;

Ângulos, polígonos e circunferências;

Classificação de triângulos;

Representação cartesiana e confecção de gráficos;

Estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides;

Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de

equações;

Representação geométrica dos produtos notáveis;

Estudo dos poliedros de Platão;

Construção de polígonos inscritos em circunferências;

Círculo e cilindro;

Noções de geometria espacial.

Tratamento da Informação

A informação encontra-se nos diferentes meios de comunicação e vem

acompanhada, muitas vezes, de listas de dados, tabelas e gráficos de vários

tipos.

Page 223: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

223

Portanto, para entender seu significado e saber interpretá-los, é

importante usar diferentes instrumentos de tratamento de informação;

presentes em seu cotidiano.

Os estudos sobre estatística, probabilidade e análise combinatória formam

os conteúdos específicos relativos ao tratamento da informação. Pretende-se

que o aluno interprete informações, ou seja, analise, opine, conclua, perceba

regularidades e irregularidades e compreenda o contexto científico-social

associado a elas.

O conteúdo estruturante tratamento da informação se desdobra nos

seguintes conteúdos específicos:

Coleta, organização e descrição de dados;

Leitura, interpretação e representação de dados de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos.

Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e

histogramas;

Noções de probabilidade;

Médias, moda e mediana.

11.3. Conteúdos Estruturantes – Ensino Fundamental

Números, Operações e Álgebra;

Medidas;

Geometria;

Tratamento da Informação.

Page 224: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

224

5º SÉRIE

NÚMERO, OPERAÇÕES E ALGEBRA

Sistema de numeração decimal.

Números Naturais.

Adição, Subtração, Multiplicação e divisão de números naturais.

Potenciação e Raiz Quadrada de Números Naturais.

Múltiplos e Divisores.

Dados, Tabelas e Gráficos.

Frações.

MEDIDAS

Ângulos

Unidades de Medidas

GEOMETRIA

Observando as Formas.

Polígonos e Circunferências.

Ângulos.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

Porcentagem

Dados, Tabelas e Gráficos

6º SÉRIE

NÚMEROS, OPERAÇÕES E ALGEBRA

Frações e Números Decimais.

Page 225: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

225

Proporcionalidade..

Números Negativos.

Equações e Inequações do 1º Grau.

MEDIDAS

Escalas, Plantas e Mapas

Ângulos

GEOMETRIA

Sólidos Geométricos

Áreas e Volumes

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

Razão e Porcentagem

Construindo e interpretando Gráficos

7º SÉRIE

NÚMEROS, OPERAÇÕES E ALGEBRA

Conjuntos Numéricos.

Potenciação e Notação Científica.

Cálculo Algébrico.

Frações Algébricas.

Produtos Notáveis e Fatoração.

Equações.

MEDIDAS

Sistema Cartesiano.

Page 226: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

226

GEOMETRIA

Ângulos e Polígonos

Circunferência, Círculo e Cilindro;

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

Possibilidades e Estatística

8º SÉRIE

NÚMEROS, OPERAÇÕES E ALGEBRA

Equação do 2º Grau.

Conjuntos Numéricos

O conjunto dos números naturais, inteiros, racionais, irracionais e reai

Intervalos

Domínio, imagem e contradomínio

Sinal de uma função afim

MEDIDAS

Funções.

Congruência.

Relações Métricas nos Triângulos Retângulos

Estudo do domínio de uma função

Função Afim Noção intuitiva de funções.

Noção de funções através de conjuntos

Gráfico de função de 1º e 2º graus no plano cartesiano

Composição e Inversão de Funções

Page 227: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

227

Função composta; Função inversa

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Porcentagem e Juro.

Probabilidade.

Trigonometria no Triângulo Retângulo.

Porcentagem e Juros

11.4. Conteúdos Estruturantes – Ensino Médio

Números e Álgebra

O conteúdo estruturante Números e Álgebra, encontra-se desdobrando

em Conjuntos dos números reais, Noções de Números Complexos, Matrizes,

Determinantes, Sistemas Lineares e Polinômios.

Geometrias

O conteúdo estruturante Geometrias, encontra-se desdobrando em

Geometria Plana, Geometria espacial, Geometria Analítica e Noções básicas

de Geometria Não-euclidiana.

Funções

O conteúdo estruturante Funções abrange os conteúdos específicos

Função Afim, Função Quadrática, Função Exponencial, Função Logarítima,

Função Trigonométrica, Função modular, Progressão Aritmética e Progressão

geométrica.

Tratamento da Informação

Page 228: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

228

O tratamento da informação encontra-se desdobrado em Análise

Combinatória, Estatística, probabilidade, Matemática Financeira e Binômio de

Newton.

1º ANO

Conjuntos (noções básicas)

Funções

Função polinomial do 1º grau

Função polinomial do 2º grau

Função modular

Função exponencial

Função logarítmica

Progressão Aritmética

Progressão Geométrica

2º ANO

Função trigonométrica

Matriz

Determinantes

Sistemas lineares

Análise combinatória (Binômio de Newton)

Probabilidade

Page 229: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

229

3º ANO

Geometria plana

Geometria espacial

Geometria analítica

Estatística

Matemática financeira

Números complexos

Polinômios

-Etnomatemática

A etnomatemática surgiu em meados da década de 1970, quando

Ubiratan D`Ambrósio propôs que os programas educacionais enfatizassem as

matemáticas produzidas pelas diferentes culturas. O papel da etnomatemática

é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem o

conhecimento matemático. Essa tendência leva em consideração que não

existe um único, mas vários conhecimentos, sendo que nenhum é menos

importante que outro.

A etnomatemática busca uma organização da sociedade que permite o

exercício da crítica e a análise da realidade. É uma importante fonte de

investigação da Educação Matemática, que prioriza um ensino que valoriza a

história dos estudantes pelo reconhecimento e respeito a suas raízes culturais.

Modelagem Matemática

De acordo com Barbosa, a modelagem matemática é um ambiente de

aprendizagem no qual os alunos são convidados a indagar e/ou investigar, por

meio da matemática, situações oriundas de outras áreas da realidade. Essas

Page 230: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

230

se constituem ou dia-a-dia; os seus atributos e dados quantitativos existem em

determinadas circunstâncias.

As possibilidades de trabalho suscitadas pela modelagem matemática

contribuem para a formação do estudante, de modo que ele alcança um

aprendizado significativo.

Mídias Tecnológicas:

Os recursos tecnológicos, de software, televisão, calculadoras, aplicativos

da Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e

potencializado formas de revolução de problemas.

Aplicativos de modelagem e simulação têm auxiliado estudantes e

professores a visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático

de uma maneira passível de manipulação, pois, permitem construção,

interação, trabalho colaborativo, processos de descoberta de forma dinâmica e

o confronto entre a teoria e a prática.

Dimensão Histórica da disciplina Matemática

Nestas Diretrizes Curriculares, é necessário discutir a História da

matemática como campo de estudo que contempla as várias dimensões da

matemática. Por meio dessa História, pode-se compreender a Ciência

Matemática desde suas origens e como a disciplina de matemática tem se

configurado no currículo escolar brasileiro.

A História de Matemática revela que os povos das antigas civilizações

conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que

vieram a compor a matemática que se conhece hoje.

A Matemática ensinada se baseava nos conhecimentos de aritmética,

geometria, música e astronomia. A Matemática configurou-se como disciplina

Page 231: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

231

básica na formação de pessoas a partir do século I a. C inserida no quadrivium,

desdobrada nas disciplinas de aritmética, geometria, música e astronomia. No

século V d.C, início da Idade Média, o ensino teve caráter estritamente

religioso. A matemática era ensinada pra entender os cálculos do calendário

litúrgico e determinar as datas religiosas.

O ensino da Matemática servia, então, para preparar os jovens aos

exercícios de atividades ligadas ao comércio, arquitetura, música, geografia,

astronomia, artes da navegação, da medicina e da guerra. No Brasil, na

metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos com uma

educação de caráter clássico-humanista. A educação jesuítica contribuiu para o

processo pelo qual a Matemática viria a ser introduzida como disciplinas nos

currículos da escola brasileira. Entretanto, ensino de conteúdos matemáticos

como disciplina escolar, nos colégios jesuítas, não alcançou destaque nas

práticas pedagógicas.

A criação e o uso de máquinas industriais e artefatos mecânicos

incorporam novos elementos aos estudos da matemática, em virtude das

relações quantitativas que se estabeleciam para explicar os fenômenos de

movimento mecânico e manual. Nesse período, o ensino da Matemática, na

Europa, era ministrado em colégios religiosos e desconsideravam, nos seus

programas educacionais, as idéias originais dos conceitos matemáticos que

estavam em processo de descoberta.

No Brasil, ministrava-se um ensino de Matemática de caráter técnico, a

fim de preparar os estudantes para as academias militares influenciado pelos

fatos políticos que ocorriam na Europa. Do final do século XVI ao início do

século XIX, o ensino da Matemática, desdobrando-se em aritmética geometria,

álgebra e trigonometria, destinava-se ao domínio de técnicas com o objetivo de

formar engenheiros, geógrafos e topógrafos para trabalhar em minas, abertura

Page 232: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

232

de estradas, construções de portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar

jovens para a prática da guerra.

A matemática escolar demarcava os programas de ensino da época, por

ser a ciência que daria a base de conhecimento para solucionar os problemas

de ordem prática. Com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, em 1808,

ocorreu o ensino de Matemática por meio de cursos técnico-militares, nos quais

houve a separação dos conteúdos em Matemática elementar e Matemática

superior.

A instalação de fábricas e indústrias nas cidades criou um novo cenário

sócio político-econômico que, em conjunto com as ciências modernas, fez

surgir uma nova forma de produção de bens materiais. Muitas atividades

desenvolvidas pelo homem foram substituídas por máquinas. Por

consequência, houve um aumento da população urbana e o surgimento de

uma nova classe de trabalhadores e, junto com ela, a necessidade de discutir

seus interesses ligados à educação.

Surgiram então as primeiras discussões sobre a Educação Matemática, a

qual deveria se orientar pela eliminação de organização excessivamente

sistemática e lógica dos conteúdos específicos. A intuição era considerada o

elemento inicial para se chegar à sistematização. Uma das idéias básicas

dessas discussões foi unificar as disciplinas que abordavam conteúdos

matemáticos e explorar o caráter didático e pedagógico do ensino da

Matemática. No decorrer da década de 1970 o método de aprendizagem

enfatizado era a memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as

habilidades de manipulação de algoritmos e expressões algébricas e de

resolução de problemas.

A tendência construtivista surgiu no Brasil a partir das décadas de 1960 e

1970, e se estabeleceu como meio favorável para discutir o ensino de

Page 233: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

233

Matemática na década de 1980. Nessa tendência, o conhecimento matemático

resultava de ações interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas

atividades pedagógicas. A matemática era vista como uma disciplina

construída por estruturas e relações abstratas entre formas e grandezas.

A tendência pedagógica societnocultural surgiu a partir da discussão

sobre a ineficiência do movimento Modernista. Valorizou aspectos

socioculturais da educação matemática e tinha sua base teórica e prática na

etnomatemática.

A tendência histórico-crítica, por sua vez, concebe a matemática como um

saber vivo, dinâmico, construído historicamente para atender às necessidades

sociais e teóricas. Nessa tendência, a aprendizagem da Matemática não

consiste apenas em desenvolver habilidades, como calcular e resolver

problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios, mas

criar estratégicas que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir

significado às idéias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer

relações, justificar, analisar, discutir e criar.

11.5. Avaliação

A avaliação merece atenção especial por parte dos professores da

disciplina.

É importante o professor de matemática insistir para que os alunos

explicitem os procedimentos adotados e que explicitem os procedimentos

adotados e que expliquem oralmente ou por escrito as suas afirmações,

quando tratarem de algoritmos ou resolução de problemas. O conhecimento

matemático não é fragmentado e seus conceitos não são concebidos

isoladamente.

Page 234: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

234

No processo avaliativo, o professor pode fazer encaminhamentos, tais

como: observação, intervenção, revisão de noções e subjetividades, isto é,

buscar diversos métodos (formas escritas, orais e de demonstração), inclusive

por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis,

computador e calculadora.

Na avaliação, o professor deverá considerar nos registros escritos e nas

manifestações orais de seus alunos os erros de raciocínio e de cálculo, do

ponto de vista do processo de aprendizagem.

De acordo com D´Ambrósio, a avaliação deve orientar o professor em sua

prática docente, não é instrumento para reprovar ou reter alunos. “Selecionar,

filtrar, reprovar e aprovar indivíduos para isso ou aquilo não são missão de

educador”.

Uma prática avaliativa em Matemática, requer encaminhamentos

metodológicos que abram espaço à interpretação e à discussão dos conteúdos

trabalhados.

Para que isso aconteça, é preciso considerar o diálogo entre professor e

alunos na tomada de decisões, nos critérios avaliativos, na função da avaliação

e nas posteriores intervenções, se necessárias.

Critérios de Avaliação

A avaliação terá sentido formativo e será parte permanente da integração

professor/aluno.

Na medida em que os conteúdos forem sendo desenvolvidos,

acompanhar-se-á e se valorizará toda a atividade oral e/ou escrita dos alunos,

sejam trabalhos individuais, duplas ou grupos e a sua participação espontânea,

seu espírito de cooperação e mesmo sua pontualidade e assiduidade.

Page 235: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

235

Também serão realizadas avaliações como provas, trabalhos ou outros

instrumentos, no decorrer ou final de trimestre com intuito de avaliar a

progressão dos mesmos.

Essas avaliações terão questões que exigem reflexão e ou a aplicação do

conceito aprendido em uma nova situação, a fim de que no final do ano letivo

nossos alunos sejam capazes de interpretar linguagens e se servir dos seus

conhecimentos adquiridos relacionando-os com o seu dia-a-dia para tomar

decisões autônomas e relevantes para entender e interpretar a realidade onde

está inserido.

11.6. Referência Bibliográfica

LONGEN, Adilson- Matemática, Ensino Médio, Curitiba, Positivo, 2004.

BARRETO FOLHO, Benigno, 1952 Matemática aula por aula-volume

único: Ensino Médio: Benigno Barreto Filho, Cláudio Xavier Barreto – São

Paulo FTD, 2000.

DANTE, Luis Roberto. Matemática Contextos &Aplicações. São Paulo:

Ática, 2002.

Livro Didático Público-Matemática/ vários autores-Curitiba: SEED-PR,

2006.

Diretrizes Curriculares de Matemática para a educação básica. Curitiba,

SEED: 2006.

Page 236: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

236

12. Química

12.1. Apresentação Geral da Disciplina

O estudo de Química faz parte de nossa vida das formas mais variadas

possíveis. Cabe ao Professor procurar evitar linguagem rebuscada e o excesso

de terminologia técnicas, que muitas vezes dificultam o entendimento dos

conteúdos.

È necessário se dar ênfase no desenvolvimento dos conceitos e empregá-

los em uma abordagem realista baseando-se, tanto quanto possível, em

experiências do cotidiano, de forma a buscar uma integração dos fenômenos

químicos que ocorrem no seu dia-a-dia na sua casa, no seu organismo, no

meio ambiente. Para se buscar uma nova postura dos alunos e professores se

faz necessário que faça discussões sobre os temas que envolvem questões

ligadas a conservação do meio ambiente desenvolvidas a partir do

entendimento dos fenômenos químicos específicos, deste modo os estudantes

perceberão que a Química que aprendem está intimamente ligada a sua vida.

Sabemos que a memorização não contribui para a formação de nenhum

aluno. Faz-se necessário que o aluno compreenda e aprenda que ele é um

sujeito com capacidade de intervenção no meio ambiente.

Para que o aluno desenvolva uma atitude de investigador se faz

necessário ter conhecimentos gerais da matéria, é preciso ter uma visão crítica

do mundo e sociedade para qual se vai trabalhar, ter uma formação étnica e

essa formação é muito importante para o ser humano analisar a sua

capacidade de intervenção no meio ambiente e as conseqüências muitas vezes

irracionais do uso de armamento nuclear e sucatas radioativas.

É necessário também que o aluno desenvolva a criatividade, saiba expor

suas idéias de modo lógico de forma a se expressar claramente e adquirir o

Page 237: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

237

hábito de questionar, refletir continuamente sobre os próprios valores, também

se faz necessário o gosto pela pesquisa, de experiências de observações e

interpretações.

Não devemos esquecer de que a Química está intimamente ligada com

outras disciplinas tais como: Biologia, Física, Geografia e sempre que

necessário o Professor deverá relacionar as matérias estudadas juntamente

com outros Professores da área.

12.2. Conteúdos Estruturantes

Matéria E Sua Natureza

Biogeoquímica

Química Sintética

1º ANO

Introdução à Química

Natureza elétrica

Modelo atômico, número atômico e de massa

Elementos Químicos

Isótopos, isótonos, isóbaros

Distribuição eletrônica

Classificação Periódica dos Elementos

Famílias, representativos, transição*, terras raras

Tabela atual

Propriedades periódicas (eletronegatividade, raio atômico, densidade)

Ligações Químicas

Page 238: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

238

Iônica, covalente, metálica*

Nox

Funções Químicas

Sais, bases, ácidos, óxidos

Conceitos Gerais

Mol, átomo-grama, nº de Avogadro

Grandezas físicas

2º ANO

Revisão dos Conceitos Gerais

Reações Químicas

Estequiometria, balanceamento, classificação

Problemas: quantidades de massa, pureza, excesso, rendimento.

Mistura*

Soluções

Concentração comum, concentração molar, densidade.

Termoquímica e Entalpia

Cinética Química e Equilíbrio Químico

Eletroquímica*

3º ANO

Química do Carbono

Page 239: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

239

Introdução ( Propriedades do Carbono, tetracovalência, caráter anfótero,

igualdade entre ligações, encadeamento).

Classificação das cadeias carbônicas.

Noções de radicais livres.

Hidrocarbonetos

Compostos ramificados.

Nomenclatura: oficial e usual.

Alcanos, alcenos, alcinos.

Ciclanos, ciclenos.

Aromáticos.

Funções com hidroxila

Álcoois, énois, fenóis.

Funções de carbonila

Cetonas, aldeídos, ácidos.

Derivados ácidos

Sais orgânicos, ésteres, anidridos*.

Éteres

Funções nitrogenadas

Aminas, amidas.

Nitrocompostos, nitrilas.

Outras funções

Haletos orgânicos.

Tiocompostos*.

Page 240: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

240

Compostos organometálicos*.

Compostos de Grignard*.

Isomeria plana e especial*.

Reações orgânicas.

Polímeros.

12.3. Metodologia

Na interpretação do mundo através das ferramentas da química, é

essencial que se explicite seu caráter dinâmico.

Assim, o conhecimento químico não deve ser entendido como um

conjunto de conhecimentos isolados, prontos e acabados, mas sim uma

construção da mente humana, em contínua mudança.

Os conhecimentos difundidos do ensino da Química permitem a

construção de uma visão de mundo mais articulada, menos fragmentada,

contribuindo para que o indivíduo se enxergue como participante de um mundo

em constante transformação.

No processo coletivo da construção do conhecimento em sala de aula,

valores como o respeito pela opinião dos colegas, pelo trabalho em grupo,

responsabilidade, lealdade e tolerância têm que ser enfatizados de forma a

tornar o ensino da química mais eficiente e eficaz, assim como, para contribuir

no desenvolvimento daqueles valores humanos, que são objetivos

concomitantes do processo educativo.

É preciso a participação efetiva do estudante no diálogo mediador da

construção do conhecimento, além de promover o diálogo, é preciso objetivar

um ensino de química que possa contribuir para uma visão mais ampla do

Page 241: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

241

conhecimento, que possibilite melhor uma compreensão do mundo físico e

para a construção da cidadania, colocando em pauta na sala de aula,

conhecimentos socialmente relevantes, que façam sentido e possam se

integrar à vida do aluno.

Promover a experimentação, utilizando a criatividade para demonstrar os

conceitos químicos ministrados.

12.4. Avaliação

A avaliação é uma das fases principais do processo da aprendizagem,

servindo para o professor ter o diagnóstico sobre a eficiência da metodologia

que o professor utiliza.

A avaliação deve ser um processo continuo e diagnóstico.

A cada conteúdo transmitido, o professor deve avaliar o aluno, de tal

forma que haja a assimilação do mesmo.

Além das provas e trabalhos, a avaliação levará em conta, a participação

do aluno e seu interesse na busca do conhecimento.

Instrumentos para avaliação:

Prova

Leitura de livros

Artigos e jornais

Textos de apoio

Entrevistas

Relatórios

Elaboração de projetos

Page 242: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

242

Trabalhos práticos no laboratório

Visitas

Debates (filmes)

Palestras

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ARAUJO, I. L. Introdução à filosofia da ciência. Curitiba: Ed.

UFPR, 2003.

BAKHTIN, M. (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem.

12ª ed. São Paulo: Hucitec, 2006.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino

Médio. Brasília: MEC, 1996.

BRASIL/MEC. Decreto Nº 2.208, de 17 de abril de 1997.

In: BRASIL/MEC. Educação Profissional de nível técnico. Brasília:

MEC, 2000.

CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003.

CIAVATA, M. e FRIGOTTO, G. (Orgs) Ensino médio: ciência

cultura e trabalho, Brasília: MEC, SEMTEC, 2004.

Page 243: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

243

13. Sociologia

13.1. Apresentação Geral da Disciplina

Como uma proposta norteadora de currículo deve levar em consideração

as diferentes matrizes de pensamento para ampliar as possibilidades de

análise, a sociologia surge como uma válvula desse processo; tendo em vista a

complexidade hoje dos fenômenos sociais, pois nenhum deles pode ser

explicado apenas a partir de uma única perspectiva teórica.

Vivemos numa época repleta de paradoxos. Em nenhum outro momento

de sua história o ser humano teve a sua disposição tantos recursos alocáveis á

produção dos bens necessários sociais tão complexas como as que se tem

hoje na sociedade.

A escola tem um papel preponderante no processo de instrumentalização

do indivíduo para atuação no meio em que vive, e se faz necessário que ela

faça parte da construção do conhecimento, e disponibilize os seus alunos as

ferramentas que lhes permitam a compreensão das diversas práticas sociais

vigentes na sociedade, uma vez que ela é capaz de adequar devidamente os

indivíduos na sociedade.

Diante dessa necessidade, surge a sociologia que se apresenta como

uma forma de contribuir para o pensamento crítico do aluno.

Como ciência, a sociologia segue o modelo positivista, não deixando de

ser experimental, pois segue os quesitos do método científico, que pretende

além da neutralidade o estabelecimento de regras.

Os representantes desse pensamento são Augusto Conte (1798 – 1857) e

Énile Durkheim (1858 – 1917). Ambos tiveram em comum a busca de soluções

para os graves problemas sociais gerados pelo modo de produção capitalista.

Esses sintomas sociais foram analisados por esses pensadores como desvios

ou anomalias da sociedade, que poderiam ser corrigidos ou mesmo

Page 244: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

244

solucionados pelo resgate de valores morais, os quais restabeleceram relações

estáveis entre as pessoas, independentemente da classe social a que

pertencessem.

A sociologia conta também com outros pensadores que muito

contribuíram para que essa ciência se propagasse e fosse hoje o que é, dentre

eles estão: Max Weber, Karl Marx, Antoni Gransci, Pierre Bourdier e Florestan

Fernandes entre outros.

Trata-se de reconstruir dialeticamente com o aluno do Ensino médio os

conhecimentos de que ele já dispõe, para que ele compreenda mais e melhor

as determinações históricas em que se encontra, e que seja capaz de intervir e

transformar as práticas sociais.(DCE pág. 25)

13.2 Objetivos

A sociologia tem por objetivo estudar, compreender e transformar as

relações entre os seres humanos e o estudar os fenômenos sociais.

Encarregar-se-á da construção, junto aos alunos, dos conhecimentos

objetivos a cerca do funcionamento do tecido social e das práticas necessárias

para a sua manutenção.

Tem por objetivo desnaturalizar os fatos, mostrar que tudo pode ser

construído sistematicamente, por se tratar de uma ciência sistemática.

Tem ainda como objetivo levar o aluno a pensar sociologicamente, a

construir um pensamento crítico tendo uma visão crítica e histórica dos fatos.

Vê na escola o espaço para essas discussões, onde o indivíduo será

capaz de perceber-se como ser social, integrante e transformador de sua

sociedade.

Page 245: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

245

13.3. Conteúdos Estruturantes

O processo de Socialização e as Instituições Sociais

Cultura E Indústria Cultural

Trabalho, Produção E Classes Sociais

Poder, Política E Ideologia

Direitos, Cidadania E Movimentos Sociais

Conteúdos específicos

O processo de Socialização e as Instituições Sociais.

O que é sociologia.

Qual é o objetivo de estudo.

O que é sociedade.

Os processos da sociologia.

A sociologia no Brasil.

Instituição familiar.

Instituição escolar.

Instituição religiosa.

Cultura e Indústria Cultural

Conceito de cultura (clássicos)

Diversidade cultural

Relativismo

Etnocentrismo

Questões de gêneros, éticos e outras minorias.

Trabalho, Produção E Classes Sociais.

Page 246: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

246

Salário e lucro

Karl Marx e a história da exploração do homem

Desemprego, desemprego conjuntural e estrutural;

Idéia de alienação

Subemprego e informalidade

Terceirização

Voluntariado e cooperativismo

Empreendedorismo

Agronegócio

Capital humano

Reforma trabalhista e organização internacional do trabalho

Economia solidária

Flexibilização

Neoliberalismo

Reforma agrária

Reforma sindical

Estatização e privatização

Parcerias públicas e privadas

Relações de mercado

Diferenças entre as classes sociais

Conforme DCE pág.32.

Poder, Política E Ideologia

Conceito de poder

Page 247: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

247

Política e poder Nicolau Maquiavel

Tipos de Estado ( clássicos)

Responsabilidades do Estado

O que é política

Conceito de ideologia

Tipo ideal Max Weber

Conforme DCE pág.33

Direitos, Cidadania E Movimentos Sociais

Movimentos Sociais Urbanos

Movimentos Estudantis: UNE, Grêmio Estudantil, Upes

Movimentos Sociais Rurais: MST, Ligas Camponesas

Movimentos Sociais Conservador: UDR- golpe militar

Conforme DCE Pág.34

Conteúdo Por Série

1º ano:

Conceito de ciência

A tarefa do cientista

Conceito de sociologia

Objetivo da sociologia

Sociologia clássica

Positivismo: uma forma principal de pensamento social

A sociologia de Durkheim

Page 248: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

248

O que é fato social

Durkheim e a sociologia científica

O Ser social

2º ano:

Sociologia: a sociedade sob uma perspectiva histórica

Instituições sociais: família, igreja e escola

Cultura: Conceito, Diversidade,

Minorias: gênero e etnia

Relativismo

Movimentos sociais: Urbanos, Rurais, Estudantis, Conservadores;

Poder: Conceito

As relações: Estado, Sociedade, Indivíduo.

3º ano:

Sociologia e o Capitalismo (História)

Marx – Alienação

Salário e Lucro

Desemprego e Trabalho

Subemprego e Informalidade

Reforma Agrária

Funções do Estado

Ideologia: Conceitos;

Tipos;

Tipo Ideal

Page 249: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

249

13.4. Metodologia

Como objetivo geral, deve fazer com que o educando entenda as

principais questões conceituais que repercutiram nos séculos XVIII e XIX, no

processo de construção das grandes questões que foram tratadas pela

sociologia.

Se, genericamente, consideramos a sociologia como ciência da

sociedade, temos que ter clareza de que não há um consenso em torno do

conceito que aparece como matriz deste campo de conhecimento. Entretanto,

é possível trabalhar contextualmente, entendendo o conceito de sociedade nos

termos das condições do capitalismo contemporâneo, que engloba processos

sociais, dentre eles a socialização total.

O que se pretende na realidade é discutir alguns pontos do conceito de

Estado: a soberania, sua estrutura de funcionamento, os sistemas de poder, as

formas de governo no mundo atual, as características do mundo atual dos

diferentes regimes políticos. E, por fim algumas questões relevantes no

contexto social brasileiro, tais como as relações entre o público e o privado e a

dinâmica entre centralização e descentralização do poder.

Em termos históricos, cabe também realizar uma reflexão sobre a relação

entre o Estado e a sociedade, identificando as diversas formas de exercício da

democracia, a questão da legalidade e da legitimidade do poder, dos direitos

dos cidadãos e suas diferentes formas de participação política. Cabe ressaltar

a importância dos movimentos sociais no processo de construção da cidadania,

em função do seu papel, cada vez mais expressivo, de interlocução com o

poder público, desde o movimento operário até os chamados “novos

movimentos sociais” (ecológico, pacifista, feminista, etc.). Será de fundamental

utilidade o uso dos textos clássicos como base de uma visão crítica.

Page 250: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

250

Outra categoria significativa no Ensino Médio é a de cotidiano, uma vez

que, uma das premissas fundamentais a ser considerada é o partir de

experiências culturais dos alunos, para construir o conhecimento científico,

entendendo-se que este tem uma natureza diversa da explicação do senso

comum, pois a análise da realidade encontra-se fundamentada em princípios

teóricos metodológicos. De acordo com a abordagem de Berger e Luckmann, a

produção de conhecimento é um processo que deve considerar a vida

cotidiana, tendo como objetivo elaborar modelos teóricos de explicação da

realidade social: “A vida cotidiana apresenta-se como uma realidade

interpretada pelos homens e subjetivamente dotada de sentido para eles, na

medida em que forma um mundo coerente”. Berger e Luckmann. A Construção

Social da Realidade. RJ: Vozes, 1973 página 35.

Assim, a realidade da vida cotidiana é construída através do processo de

interação no qual a linguagem apresenta um papel fundamental em termos de

objetivação e subjetivação. A objetivação implica a exteriorização de realidade,

a partir da institucionalização (consolidação de um padrão pela tradição), da

configuração de papéis sociais (tipificação de formas de ação) e da legitimação

dos universos simbólicos e seus respectivos mecanismos de manutenção. A

subjetivação implica a interiorização da realidade, através do processo de

socialização.

Page 251: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

251

13.5. Avaliação

A sociologia no plano curricular destaca o papel de fazer com que os

alunos procurem focalizar os problemas que moldam a realidade, questionando

e buscando, em diferentes sentidos e de diversas formas, respostas múltiplas

para a construção da justiça social e econômica.

Neste contexto, há um percurso histórico de construção dos conceitos e

categorias que conferiam estatuto científico à Sociologia, possibilitando que

nos dias atuais, as graves questões que marcam as dinâmicas sociais,

econômicas, políticas e culturais sejam questionadas de perspectivas

diferentes entre si.

Com a sociologia podemos ampliar as possibilidades de exercício da

cidadania a partir do conhecimento sobre a construção histórica dos direitos e

deveres dos cidadãos, tendo em vista a construção de novas nações.

Sociedade política, sociedade civil, direitos individuais e coletivos,

legitimidade e governabilidade, representação, participação e poder.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ARAUJO, I. L. Introdução à filosofia da ciência. Curitiba: Ed. UFPR, 2003.

BAKHTIN, M. (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. 12ª ed. São

Paulo: Hucitec, 2006.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

Brasília: MEC, 1996.

BRASIL/MEC. Decreto Nº 2.208, de 17 de abril de 1997. In: BRASIL/MEC.

Educação Profissional de nível técnico. Brasília: MEC, 2000. CHAUÍ, M. Convite à

filosofia. São Paulo: Ática, 2003.

Page 252: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

252

14. Língua Estrangeira Moderna – Inglês

14.1. Histórico da Disciplina

O fato de que o passado acrescenta compreensão ao presente torna

relevante uma abordagem histórica do papel da língua estrangeira na

educação brasileira, o que contribui para o desenvolvimento de um trabalho de

construção das diretrizes quando o propósito é relacioná-las à vida, quer com a

finalidade educativa, instrumental ou cultural, ou mesmo quando se depara

com uma mescla destas três propostas, sem fazer do ensino da língua

estrangeira fator de submissão as outras culturas.

Foi em 1759, após a expulsão padres jesuítas do Brasil, os quais tinham

até então toda a responsabilidade do ensino, que o Marquês de Pombal

implantou o sistema de “ensino régio”, com professores não religiosos, a cargo

do Estado.

Em 1776, uma escola no Rio de Janeiro começou a ensinar o hebraico,

duas escolas de Vila Rica, no apogeu das minerações em 1774, ensinavam

latim. Em 1799, o rei de Portugal ordenou que se remunerassem melhor os

professores, e lhes dessem uma aposentadoria digna, e aos melhores alunos,

uma medalha. Determinou também que se desse apoio ao latim a do grego.

Enquanto colônia predominaram nas escolas do Brasil as línguas

clássicas: o grego e o latim. O ensino das línguas modernas teve um leve

sopro de incremento com a chegada da família real, em 1808, mais tarde em

1837 quando se fundou o Colégio Pedro II, e finalmente a reforma em 1855,

trouxe maior importância ao ensino da língua moderna.

O ensino de línguas no período do império mostrava duas fragilidades:

uma dizia à respeito da metodologia, que era a mesma tanto no caso das

línguas vivas, quanto da línguas mortas, aplicava-se a tradução e a análise

gramatical. A outra, por um caráter burocrático de administração, afunilava-se

Page 253: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

253

na escassa competência das congregações dos colégios em gerir as

dificuldades que se apresentavam com este tipo de ensino.

Ainda no período imperial, os alunos estudaram pelo menos quatro

línguas no ensino secundário, chegando até 5 ou 6, quando se incluía a língua

italiana.

A história nos conta que o ensino de línguas no Brasil, em relação as

línguas escolhidas e a metodologia, apresentou de forma geral, algumas

décadas de atraso m relação a outros países. Somente trinta anos após a

França ter adotado o método direto (ensino da língua através da própria língua)

é que este foi implantado no Brasil, em 1931.

Em 1942, a reforma Capanema equiparou todas as modalidades, do

ensino médio em nosso país (secundário, normal, comercial, industrial e

agrícola). A educação ficou centralizada no Ministério de Educação que decidia

sobre as línguas que deveriam ser ensinadas, a metodologia e o programa a

ser trabalhado em cada série.

Chagas, em 1957, comenta o uso do método direto, que dava importância

a um ensino prático (sem descartar aspectos que contribuíssem para a

formação do aluno), dizendo o que se usava na escola diferenciava muito

dessa metodologia.

A Reforma Capanema foi de grande importância para as línguas

estrangeiras, propiciando o estudo do latim, francês, espanhol e inglês em

todas as séries, desde então chamada 1ª série do ginásio até o científico ou

clássico, ambos equivalentes ao atual ensino médio, porém o primeiro com

ênfase no estudo das ciências, e o segundo, centrado no estudo das línguas

clássica e modernas (1).

A LDB onde 1961 descentralizou o ensino criando o Conselho Federal de

Educação que entre muitas outras responsabilidades, ficou com a da indicação

Page 254: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

254

para todos os sistemas de ensino médio, até 5 disciplinas obrigatórias e aos

conselhos estaduais de educação, coube a responsabilidade de completar o

número de disciplinas e indicar as que poderiam, ser adotadas pelos

estabelecimentos de ensino. Coube também aos conselhos estaduais as

decisões sobre o ensino de língua estrangeira. Foi assim que o francês teve

sua carga semanal diminuída ou foi retirado o currículo; o latim seguiu o

mesmo caminho. Salvo algumas exceções e o inglês não sofreu grandes

alterações.

A partir de LBD de 1971, o ensino centrado na habilitação profissional, e o

parecer de Conselho Federal de que a língua estrangeira ou reduzisse seu

ensino para uma hora semanal no então chamado 2º grau, e às vezes por

apenas um ano.

Em 20 de dezembro de 1996 foi publicada a mais recente LDB (Lei

n.º9.394). Surge a reforma que substitui o 1º e 2º graus pelo ensino

fundamental e médio. A base nacional comum é mantida e deverá ser

complementada “em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por

uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da

sociedade, da cultura, da economia e da clientela” (art. 26).

Encontramos nesse artigo a citação da obrigatoriedade do ensino da

língua estrangeira no ensino fundamental “na parte diversificada do currículo

será incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos

uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade

escolar, dentro das possibilidades da instituição” (art.26, §5º).

Referindo-se ao Ensino Médio, a lei determina que “será incluída uma

língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória 80, escolhida pela

comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das

disponibilidades da instituição.” (Art.36, Inciso III).

Page 255: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

255

A LDB de 1996 acolheu o “pluralismo de idéias e de concepções

pedagógicas” (Art.3º, Inciso III), confirmando essa disposição quando diz que

“poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com

níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas

estrangeiras. Arte, ou outros componentes curriculares.

1 – “Visto de uma perspectiva histórica, as décadas de 40 e 50, sob a

Reforma Capanema, formam os anos dourados das línguas estrangeiras no

Brasil” (LEFFA, UNP)

14.2 Apresentação Geral da Disciplina

O ensino da língua estrangeira na escola tem um papel fundamental à

medida que permite ao educando entrar em contato com outras culturas, com

modos diferentes de ver e interpretar a realidade. Pode-se dizer que as

percepções modernas de aprendizagem de Língua Estrangeira foram

influenciadas por três visões: a behaviorista, a cognitiva e a sócio

interacionista.

Na visão behaviorista a aprendizagem dá-se através do estímulo vinda

por parte do educador. Em seguida, da resposta do aluno e diante do resultado

e em fim, pode-se efetuar o reforço após a avaliação da resposta do aluno.

Na visão cognitiva a aprendizagem se focaliza no ensino para o aluno ou

para as estratégias que ele utiliza na construção de sua aprendizagem da

Língua Estrangeira. Os erros serão vistos como evidências de que

aprendizagem está se desenvolvendo, ou seja, são hipóteses elaboradas pelo

aluno em seu esforço cognitivo de aprender a língua estrangeira.

Contrariamente da visão behaviorista, os erros passam a ser entendidos como

parte do processo da aprendizagem.

Page 256: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

256

A visão sócio-interacionista enfatiza a relação da aprendizagem na visão

de que a cognição é construída por meio de procedimentos interacionais.

14.3. Objetivos Gerais

Dentre os objetivos de estudo de língua estrangeira, destacam-se os

seguintes:

Ampliar a visão de mundo de nossos alunos, tornando-os cidadãos mais

críticos e reflexivos;

Fazê-los comparar sua própria língua com a língua estrangeira estudada,

levar o aluno a utilizar a língua de uma maneira ampla e crítica;

Conscientizar o aluno do papel que a Língua Estrangeira representa no

país, assim valorizando ao uso de sua língua materna;

Refletir através de novas experiências da comunicação humana, os

costumes ou maneiras de agir e interagir e as visões do seu próprio mundo,

possibilitando maior entendimento de um mundo;

Cultivar a linguagem para um melhor relacionamento com os

semelhantes, como expressão do mundo interior e exterior do educando;

Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais língua lhe possibilita o

acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do

mundo;

Construir conhecimentos sistêmicos, sobre a organização textual e

conhecimentos da língua materna;

Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em

situações diversas;

Page 257: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

257

Identificar dentro do sistema de línguas estrangeiras que o cercam,

sentindo-se parte e compreendendo o papel hegemônico que algumas línguas

desempenham em determinado momento;

Adquirir consciência lingüística e crítica dos usos da Língua Estrangeira,

podendo utilizá-la em diversas situações do cotidiano;

Levar o aluno a considerar o estudo da língua estrangeira (inglesa) como

meio de infiltrar na cultura de países que fala a língua inglesa;

Observar a importância da língua inglesa, hoje considerada como

instrumento de comunicação universal;

Levar o aluno progressivamente a ouvir, falar, ler e escrever em língua

inglesa;

Fazer com que o aluno pronuncie corretamente e obtenha entonação

frasal;

Levar o aluno a adquirir gradativamente estruturas básicas da língua

inglesa;

Levar ao aluno a compreensão de textos em inglês, fazendo com que

compreendam suas flexões e ambigüidades, em termos gramaticais, assim

como infinitivo e preposições.

14.4. Conteúdos Estruturantes – Ensino Fundamental

Texto;

Elementos linguísticos (intradiscurso / interdiscurso);

Condições de produção de sentidos entre interlocutor;

Leitura oralidade e escrita;

Page 258: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

258

5ª SÉRIE

Alphanet;

Greetings;

Articles;

Personal pronomes;

To be;

Adjectives;

Progressives;

Demonstratives;

Colors;

Interrogatives words : What / Where / Who / When;

Giving arder Vocabulary: Comands, Nationalities, Family, Fruit, Animals,

Body;

Verb to have;

Simple present;

Number 1/100;

How many;

What time;

How old;

Days of the week;

Months.

Page 259: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

259

6ª SÉRIE

There is / There are;

Recapitular To be;

Is there? / Are there?;

Yes, there is / there are;

No, there isn‟t / aren‟t…;

Ordinals numbers;

To work artigo, A, AN, Home, Any;

How many, How old;

Seasons;

To work verbs and your infinitive;

To work words questions, what, who, why;

To work verb infinitive;

To work vocabulary;

To make text. With vocabulary.

7ª SÉRIE

Imperative: Affirmative and negative form;

Verb to do: interrogative and negative form;

Past tense: Irregular verbs in the interrogative and negative form;

Prepositions;

Personal pronouns;

Genitiva / Adjetive case;

Page 260: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

260

Indefinites, Pronouns;

Future tense;

Conditional tense;

List of irregular verbs;

Plural of nouns (irregular);

Relative Pronouns;

Reflexive Pronouns;

Emphasizing Pronouns;

8ª SÉRIE

The comparative and the superlative;

Questions tags;

Prepositions;

Irregular verbs;

Present perfect tense;

Passive voice;

Relative pronouns;

Adverbs;

Direct and in indirect speech;

General vocabulary;

Past Participle;

Present Perfect Continuous;

Page 261: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

261

14.5. Avaliação

A avaliação tem significado abrangente, pois está ligada a concepção que

se tem da sociedade e da educação. O ato de avaliar é algo presente em todo

o ser humano. Estamos sempre julgando algo, a maneira de agir de alguém,

segundo a nossa forma de ver a realidade e segundo os nossos próprios

valores e critérios.

Quando falamos em avaliação no âmbito escolar, pelo menos nos nossos

dias, deparamo-nos com o tema tão discutido, uma prática natural do ser

humano passou a ser um assunto controvertido. Avaliar não é uma questão

unicamente técnica, mas também não se restringe meramente a um ato

político. É, sim, uma atividade que exige uma postura consciente do

professor/educador.

14.6. Conteúdos Estruturantes – Ensino Médio

Textos diversificados que abordem as questões sociais, tais como: Cultura

afro-descendente, Indígenas. etc;

Elementos linguísticos (intradiscurso / interdiscurso);

Condições de produção de sentidos entre interlocutor;

Leitura oralidade e escrita;

1º ANO

To Be(ser/estar) – Simple Present (Tempo Presente)

Simple Past (Tempo Passado)

Days of the week (Dias da Semana)

Months of the Year (Meses do ano)

Seasons of the year (Estações do ano)

Page 262: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

262

Present Continuos (Presente Contínuo)

Numbers (números Cardinais e Ordinais)

Simple Future (Futuro Simples)

Imediate Futuro (Futuro Imediato)

Nations e Nationalites (Nações e nacionalidades)

The Human Body

There To Be Simple Presente / Simple Pass

Possessive Adjectives (Adjetivo Possessivo)

Regular / Irregular Verbs (Verbo Regular)

Past Continuous

Object Pronouns

Past Perfect

Conditional Perfect

2º ANO

Men‟s clothing(Roupas Masculinas)

Present Perfect Continuos (Presente Perfeito Contínuo)

Many/Much/Few/Little

The Imperative

Questions Togs.

Conditional Sentencs

Degrees Of Adjectivos (Graus Dos Adjetivos)

Cordinating Conjunctions (Conjunções)

Page 263: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

263

3º ANO

Relative Pronouns(Pronomes relativos)

Conditional Tense/Conditional Perfect

Pronunciations

Prepositions

Adverbs

Gerund And Infinitive (Gerúndio E Infinitivo)

Passive Voice (Voz Passiva)

14.7. Avaliação

Continuas

Pronúncia (ditado e leitura)

Avaliações escritas e orais

Trabalhos Expositivos

Clip‟s/Propaganda/Teatro/Música.

A avaliação do rendimento do trabalho escolar será feita através de:

observação da participação do aluno em classe (reconhecer o sentido do que

está sendo ouvido); avaliações escritas (observar se o aluno assimilou o que foi

estudado); trabalhos individuais e em equipes (para que haja maior

sociabilidade); pesquisas (para que o aluno amplie seus conhecimentos com

outra cultura, que não a sua); participação em diálogos e dramatizações

(observar a desenvoltura e a sociabilidade dos alunos).

A avaliação deve ser usada como subsídio para revisão de processo, e

não como controle de produtos.

Page 264: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

264

Deve ser o instrumento através do qual o professor verifica em que

medidas as suas práticas de ensino devem ser revistas.

Deve deixar de ser pontual, isto é, restrita a momentos de prova, sem

ligação estreita com o processo de aprendizagem do educando, para se tornar

contínua e cumulativa, levando-se em conta o interesse, a participação, o

empenho em realizar tarefas, e não somente o resultado das provas (notas).

A avaliação integrada, na qual o progresso dos alunos é medido não

apenas no que concerne à aprendizagem da língua inglesa, mas também no

que diz respeito às suas atitudes, tais como trabalho de pesquisas, cooperação

e responsabilidade com o grupo, capacidade de organização, pontualidade na

entrega das tarefas, uso correto da linguagem no nível a que se propõe.

A avaliação do rendimento escolar deverá ser feita através de conteúdo

programático do que foi ensinado. Poderão ser feitas avaliações como:

A participação e interesse do aluno em classe;

Desempenho do aluno nas dramatizações;

Aproveitamento demonstrado pelo aluno nos exercícios em classe;

A execução de trabalhos escolares;

14.8. Encaminhamento Metodológico

O grau de aprofundamento e exploração do conteúdo da língua

estrangeira dependerá dos recursos de que cada professor dispor, muito

especialmente do fator tempo. Caberá, portanto, ao professor adaptar, criar,

dentro dessas sugestões, ampliando-as ou reduzindo-as, conforme as

necessidades, com criatividade e condições reais da classe. O professor

poderá lançar mão de: leitura individual e/ou grupos, perguntas sobre textos,

seqüência ordenada escrevendo no quadro negro as respostas dadas, de

Page 265: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

265

modo a formar um resumo de texto encaminhando assim o aluno à composição

oral, ditado de partes de texto já estudado, funcionando não como um teste e

sim como um método de fixação da aprendizagem, resolução de exercícios

individualmente, correção de exercícios, coletivamente, maior fixação das

estruturas básicas de cada unidade através de exercícios suplementares de

versão, utilizando tais estruturas e o vocabulário já conhecido, dependendo do

nível da turma, transformação de diálogo em narrativa e vice-versa, a partir de

textos; pesquisas em jornais, revistas e dicionários; confecção e exposição de

cartazes relacionados com personalidades ou temas apresentados nos textos,

com legenda em inglês. Trabalhos em grupo, principalmente para a resolução

dos exercícios de vocabulário e compreensão dos textos, sendo sugerida a

utilização da técnica do painel integrado, visando a tradução parcial ou total,

com auxílio do vocabulário do próprio livro, ou dicionários.

É primordial dizer, de principio que o professor deverá tornar o estudo de

uma língua estrangeira cada vez mais real e dinâmico. A melhor técnica é a de

ouvir-repetir. Deve-se ter sempre em mente a importância da prática oral.

Poderão ser usadas também ilustrações, gravuras, etc.

O trabalho com texto não deve ser encarado como uma atividade

complementar para o enriquecimento das aulas ou para estimular os alunos a

outros estudos (o da gramática, por exemplo). Deve ser um trabalho prioritário,

efetivo, de leitura e compreensão de textos autênticos.

Deve ainda ser um trabalho desenvolvido ao longo de todo o ano, e o

professor deve verificar se a compreensão e a leitura estão se tornando

práticas comuns na vida do aluno. Nem todos os elementos que aparecem nos

textos deverão ser explorados, pois o professor pode optar por uma leitura

global, seguida de exploração do vocabulário e compreensão do texto.

Page 266: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

266

14.9. Referências Bibliográficas

GENESE, Fred & CLOUD, Nancy. Multilinguism os basic. Educational

Leadership. v. 55, n. 6. Mar. 1998. P.62-65

PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira. Input Organization. In: LEFFA,

Vilson. Autonomy in language learning. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS,

1994. p. 311-22

PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira. A China vista por uma professora

de língua inglesa. Atualização. Ano XXV, n. 254, mar/abr, 1995. p. 181-5

TER-MINOVA, Svetlana. The socio-cultural aspect: a fundamental

ingredient of ELT. 32nd Internacional Annual Conference UMIST, Manchester,

UK. Conference Programme. 1998. p.49

DONATO. Hernani. Coleção Povos do Passado. S. P: Melhoramentos;

1998.

LEFFA, Vilson J. O Ensino das Lìnguas Estrangeiras no Contexto

Nacional. Universidade Católica de Pelotas. www.leffa.pro.br/trab.htm – acesso

14 de dezembro de 2004.

Page 267: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

267

15. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol

15.1 Apresentação da Disciplina

Na Proposta Pedagógica deste estabelecimento de ensino e nas

Diretrizes Curriculares da Educação Básica para Língua Estrangeira Moderna

afirma-se que “as propostas curriculares e os métodos de ensino são

instigados a atender às expectativas e demandas sociais e contemporâneas e

a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às

novas gerações” (DCE, 2008, p. 38).

Muitos estudos demonstraram a importância da aprendizagem de outras

línguas para a compreensão quanto aos valores sociais e culturais de outros

povos e, no contexto atual de nosso município, o ensino de Língua Estrangeira

Moderna se justifica como prioridade, pelo objetivo de desenvolver a

competência comunicativa (linguística, textual, discursiva e sociocultural), ou

seja, este desenvolvimento deve ser entendido como a progressiva capacidade

de realizar a adequação do ato verbal às situações presentes no cotidiano dos

alunos.

Se concordarmos que a comunicação sempre ocorre por meio de texto,

pode-se dizer que o objetivo do ensino de Língua Estrangeira Moderna

corresponde ao desenvolvimento da capacidade de produzir e compreender

textos, nas mais diversas situações de comunicação, reiterando a importância

que a habilidade de compreensão e expressão oral tem no ensino e

aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna, oportunizando ao aluno a

possibilidade de compreender e expressar-se observando os princípios da

gramática e dos elementos culturais nos diferentes textos com os quais seja

colocado em contato durante o curso, nos quais será explorada a habilidade de

Page 268: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

268

compreensão leitora visando à interpretação, a compreensão, a leitura e a

produção (oral, escrita e visual) de diferentes gêneros textuais.

Esta disciplina deve colaborar para a elaboração da consciência e

identidade própria do aluno, contribuindo assim, para sua formação, como

sujeito que interage criticamente com o mundo a sua volta. E deve servir de

instrumento para que ele possa ter acesso a novas informações, e assim,

compreenda melhor o mundo, e construa um significado que vai além daqueles

possíveis na língua materna. A Língua Estrangeira Moderna deve ser um

agente transformador, que visa o uso efetivo da língua voltado para atender as

necessidades cotidianas dos alunos.

Bakhtin (1988) corroborando no âmbito do processo ensino

aprendizagem, afirma que a existência da palavra (no seu sentido amplo) só se

dá no contexto real de sua enunciação. Para este autor, os sentidos das

palavras são múltiplos, não existindo palavras vazias. Entretanto, as relações

sociais ganham sentido pela palavra. Em função dessa afirmação, Bakhtin trata

a palavra como um fenômeno ideológico por excelência (cf., 1988, p. 36). E

continua, a palavra funciona com um termômetro da vida social e permite que

percebamos diferentes ideologias, condições sociais e hierarquias, ou seja, e

através da produção da palavra há a possibilidade de conhecermos certos

valores sociais. A categoria básica de concepção de linguagem em Bakhtin

(1988) é a interação verbal. Toda a enunciação se constitui num dialogo que se

dá através de um processo dinâmico e sem interrupções, chamado por Bakhtin

(1988) de principio dialógico, onde a linguagem só existe porque o outro

permite que ela aconteça:

A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os

outros (1988, p.113).

Page 269: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

269

Compartilhando com a concepção de linguagem de Bakhtin (1988), a

disciplina de Língua Estrangeira Moderna, vem se estabelecer a linguagem

como constituinte da própria consciência e organizadora do pensamento,

concluindo que o aprendizado do aluno se dá, nas e pelas relações sociais que

estabelece com outros grupos. E quanto mais rápido este processo ocorre,

maiores serão as possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento.

Atentos a estas mudanças, principalmente, no que diz respeito aos

estudos lingüísticos e a aquisição de língua estrangeira (LE), este

estabelecimento de ensino solicitou a implantação do Centro de Língua

Estrangeira Moderna (CELEM), que tem por objetivo a oferta de várias

disciplinas de Língua Estrangeira Moderna (LEM), aos alunos, funcionários e

também à comunidade. Proporcionando a estes uma interação social,

ampliando seu universo cultural, contribuindo para a redução das

desigualdades sociais, conforme descrito na DCE (2008). Salientando também

que é um curso gratuito que beneficia a todos, sendo uma ferramenta

indispensável para ampliação do currículo e formação profissional.

Conforme decisão do conselho escolar deste estabelecimento será

ofertada a disciplina de língua espanhola básica, que terá a duração de 02

(dois) anos, com conteúdos básicos, que serão (divididos em 03 trimestres),

com carga horária anual de 160 horas/aula cada. E calendário próprio, com

aulas ministradas duas vezes por semana, (segunda-feira e quarta-feira), no

contra turno do ensino regular. Após a conclusão desse período, os alunos

receberão certificado de conclusão reconhecido pela SEED/PR.

Page 270: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

270

15.2 CONTEÚDOS

Em Língua Estrangeira Moderna, o conteúdo estruturante é o Discurso

como prática social caracterizando os gêneros (textuais, do texto, discursivos,

do discurso) como conteúdos básicos abordados dentro das práticas

discursivas. É preciso instruir o aluno a relacionar a sua língua as práticas

sociais e para que isso ocorra é necessário explorar as práticas da oralidade,

leitura e escrita a partir da seleção dos gêneros textuais, que devem ser

diversificados e possibilitando ao aluno a interação entre a fala que ele escolhe

e seus interesses pessoais e o gênero de discurso que a atenda.

Na proposta curricular deste estabelecimento de ensino, os conteúdos

básicos estão apresentados por anos do curso e por conhecimentos

fundamentais, não podem ser supridos nem reduzidos, porém, o professor

poderá acrescentar outros conteúdos básicos na proposta pedagógica, de

modo a enriquecer o trabalho de sua disciplina naquilo que a constitui como

conhecimento especializado e sistematizado a ser ofertado aos alunos.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a

Língua Estrangeira Moderna (2008), a respeito da leitura discursiva no contexto

de trabalho com os alunos, tem-se:

Na medida em que os alunos reconheçam que os textos são

representações da realidade, são construções sociais, eles terão uma posição

mais critica em relação a tais textos. Poderão rejeitá-los ou reconstruí-los a

partir do seu universo de sentido, o qual lhes atribui coerência pela construção

de significados (Diretrizes Curriculares da Educação Básica para Língua

Estrangeira Moderna, 2008, p.65).

No trabalho com atividades escritas, devemos recordar que ela deve ser

uma prática contextualizada e que suas atividades são sóciointeracionais,

cheias de significados e intenções que expressam os valores sociais e culturais

Page 271: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

271

dos grupos e dos momentos da sociedade a qual os alunos pertençam. Assim,

as atividades de produção escrita, propostas pelo professor durante as aulas e

o uso de variados gêneros textuais, desenvolverão nos alunos possibilidades

e\ou necessidades de usar a língua escrita como forma de comunicação,

momentos em que a escrita produza, ou seja, a resposta para situações em

que a pessoa com quem se deseja comunicar não esteja onde possamos falar.

Portanto, ao desejo de se comunicar corresponde o haver a necessidade,

objetivo e destinatário para a comunicação escrita. O ciclo recomeça com o

destinatário, que deve ler, interpretar e responder.

Ao selecionar os textos para trabalhar com os alunos o professor deve

levar em consideração as esferas sócias de circulação e os exemplos de

gêneros constantes das Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua

Estrangeira Moderna.

Para MARCUSCHI (2008), o estudo dos gêneros textuais é hoje uma fértil

área interdisciplinar, principalmente para a linguagem em funcionamento e para

as atividades culturais e sociais. Porém os professores não devem conceber os

gêneros como formas estanques, nem como estruturas rígidas, como cita o

autor, mas como formas culturais e cognitivas de ação social, porque os

gêneros são entidades dinâmicas que ocorrem espontaneamente sem

restrições ou limitações. MARCUSCHI (2008) cita ainda, a comunicação verbal

só é possível por meio de algum gênero textual.

Compartilhando desta premissa, BRONCKART cita a apropriação dos

gêneros como um mecanismo fundamental de socialização de inserção prática

nas atividades comunicativas humanas. (1999. p.103.)

Partindo destes pressupostos, a disciplina de Língua Espanhola terá como

objetivo principal a exploração dos gêneros textuais, com o objetivo de

despertar no aluno o desejo de conhecer algo novo. E também propiciar uma

Page 272: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

272

melhor interação entre a pratica social e o contexto sociocultural que ele está

inserido. Assim, definimos que os gêneros serão trabalhados da seguinte

forma: No primeiro ano (divididos em 03 trimestres) serão trabalhados - as

receitas, bilhetes, música, poesia, provérbios, diálogos, mapas, biografias,

autobiografias, cartão, convite, fotos, diários, cartuns, charges, receitas, carta

pessoal, lendas, cartazes, pesquisas, resumos, verbetes, seminários,

classificados, tiras, manchetes, noticias. E no segundo ano (divididos em 03

trimestres) serão trabalhados - os manuais técnicos, bulas, filmes, desenho

animado, placas, folder, propaganda, anuncio, carta do leitor, noticias, contos,

poemas, desenhos, seminários, anúncio de emprego, palestras, filmes,

entrevistas, propagandas, romances, narrativa de humor, resumos, relatos,

letras de músicas, anedotas, reportagens e outros gêneros complementares.

15.3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia do ensino de LE deve ter como base a construção através

da interação social. E seu encaminhamento metodológico em sala de aula

deve considerar que as línguas nas sociedades são mais do que meros

instrumentos de acesso à informação, elas são possibilidades de conhecer,

expressar e transformar modos de entender o mundo possibilitando a

construção de significados em diferentes contextos, inclusive os que são

desconhecidos pelos alunos.

O ponto de partida da aula de Espanhol deve ser o texto, verbal ou não-

verbal e assim as praticas do ensino de LE estarão subsidiadas pela

apropriação dos vários gêneros textuais, em atividades diversificadas,

analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de

informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos

Page 273: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

273

coesivos, a coerência e somente depois de tudo isso, a gramática em si, como

estabelecido nas Diretrizes Curriculares.

Na seleção dos textos, o professor deverá lembrar que esta escolha não

deverá apenas facilitar a aprendizagem de algum aspecto da língua estudada,

mas também privilegiar os diferentes gêneros discursivos para possibilitar aos

alunos uma compreensão dos aspectos culturais dos povos que utilizam esta

língua. E, por esse motivo, o ensino de Língua Estrangeira Moderna devera

abordar também questões relacionadas às literaturas, pois os textos literários

são muito ricos e não se limitam apenas a aspectos estruturais da língua, eles

divulgam, aproximam e valorizam a cultura de um povo. Dentro deste contexto,

serão abordados ainda, temas sobre a cultura afro-brasileira e a cultura

indígena, com intuito de enriquecer a visão critica e o universo cultural do

aluno.

As aulas serão ministradas, levando em conta a necessidades do aluno

enfatizando os aspectos e as experiências cotidianas. O trabalho será feito com

atividades diversificadas, que priorizem o entendimento por parte do aluno da

estrutura e da função do texto, deixando para trabalhar os aspectos gramaticais

que o compõem para um segundo momento. Pois, priorizando o estudo de

textos, o aluno será capaz de ler, identificar, interpretar e conceber a estes

gêneros uma unidade de sentido. As atividades serão elaboradas com ênfase

nas situações reais de uso, com objetivos claros e pré-determinados que

ajudem o aluno a compreender melhor a língua estudada - como no uso de

gírias, da norma culta ou de variações dialetais. E na oralidade o professor

deverá expor aos alunos, textos que possibilitem o exercício de pronúncia e

fala. Com temas que possam levá-los a expressar pensamentos e idéias na

língua que estão aprendendo.

Page 274: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

274

No desenvolvimento deste trabalho, o professor terá como apoio os livros

didáticos e paradidáticos, dicionários, revistas, jogos, passatempos, atividades

lúdicas e jornais, além dos recursos tecnológicos disponíveis na escola, como

Data Show, Internet, DVD, CD, TV multimídia, etc. que servirão para ampliar o

contato e a interação do aluno com a língua e também com a cultura.

No que se refere à metodologia, destaca-se ainda uma breve reflexão

sobre o uso dos livros didáticos, no qual faremos o uso da exemplificação de

MARCUSCHI (2003): “O livro didático, constitui um todo feito de partes que

mantêm suas características. Por isso, é um suporte e não um gênero”.

(MARCUSCHI, 2003, p. 170.). Portanto, não cabe ao professor fazer deste

instrumento um mediador no processo de aprendizagem. O professor é a parte

fundamental, aquele que faz a ponte entre o aluno e a cultura, o conhecimento

e a aquisição de informações, por isso, o uso de recursos metodológicos

adequados, e a seleção dos gêneros a serem trabalhados são tão importantes

para o aprendizado dos alunos.

15.4 AVALIAÇÃO

A avaliação será continua e permanente, com o objetivo de revelar o

aproveitamento e o grau de desenvolvimento atingido pelo aluno, bem como de

proceder à apuração de resultados para fins de aprovação. Também deverá

possibilitar ao aluno: fazer uma síntese das experiências educacionais

vivenciadas; controlar e identificar as dificuldades e deficiências do aluno no

processo de aprendizagem. Deverão ser levadas em conta as diversas formas

de avaliação utilizadas durante o processo de ensino; a avaliação será

constante tendo um caráter de diagnostico das dificuldades e de

assessoramento na superação das mesmas e deverá abranger: avaliação da

aprendizagem escrita; da aprendizagem oral, das atividades avaliativas e das

Page 275: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

275

atividades extraclasse. Serão utilizados os mais variados instrumentos

avaliativos (atividades orais, de leitura escrita, provas, apresentações orais,

seminários, dramatizações e outros que atendam às especificidades do

conteúdo trabalhado). Os critérios avaliativos serão estabelecidos de acordo

com os objetivos propostos para os gêneros selecionados.

Ao final das avaliações de aprendizagem (escrita e oral), bem como das

atividades avaliativas e das atividades extraclasse de cada trimestre, será

atribuída uma média de acordo com o Projeto Político Pedagógico;

posteriormente, uma média anual, como determinado pela instrução Normativa

n. 019 2008, de 31 de outubro de 2008.

15.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec,

1988.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação

Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília:

MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação

Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais - ensino médio: língua

estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1999.

BRONCKART. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um

interacionismo sócio discursivo. São Paulo: Educ, 1999.

DIRETRIZES Curriculares da Educação Básica para Língua Estrangeira

Moderna, 2008, p.65.

Page 276: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

276

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade.

In; Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucena, 2003,

______________.Produção Textual, análise de gêneros e

compreensão.São Paulo: Parábola Editorial. 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de

Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico da

escola pública do Paraná. Curitiba, 1990.

SEED/PR. Diretrizes Curriculares para Língua Estrangeira Moderna.

Curitiba: Secretaria de Estado de Educação do Paraná, 2008.

SEED/PR. Versão Preliminar da Proposta do Centro de Estudos de

Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: Secretaria de Estado de Educação do

Paraná, 2008.

Page 277: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

277

16. OBJETIVO GERAL

16.1 Tornar o Colégio Estadual Herbert de Souza uma Escola

Pública de Qualidade.

Estratégia 1: GARANTIR O SUCESSO ESCOLAR DE 94% DOS ALUNOS

DO ENSINO FUNDAMENTAL E 90% DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO.

Estratégia 2: GESTÃO DEMOCRÁTICA: CONSELHO ESCOLAR, APMF

E GRÊMIO ESTUDANTIL, EQUIPE PADAGÓGICA.

Estratégia 3: CAPACITAÇÃO PERMANENTE DOS PROFISSIONAIS DA

EDUCAÇÃO

Estratégia 4: VIVER E CONVIVER EM SOCIEDADE – EDUCAR PARA

VALORES

Estratégia cinco: GARANTIR O BEM ESTAR E A SEGURANÇA DA

COMUNIDADE ESCOLAR

Estratégia 6: FORTALECER FINANCEIRAMENTE A APMF ATRAVÉS

DA ARRECADAÇÃO DE VERBAS

Estratégia 7: ESTREITAR A RELAÇÃO COM A COMUNIDADE

ESCOLAR.

Page 278: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

278

Estratégia 1: GARANTIR O SUCESSO ESCOLAR DE 94% DOS

ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E 90% DOS ALUNOS DO ENSINO

MÉDIO.

Metas Táticas

Diminuir a repetência:

- no Ensino

Fundamental de 8% p/ 4%

- no Ensino Médio

5% p/ 3%

(dados de 2007)

Cada professor deverá elaborar o plano de aula(conteúdo) observando os seguintes pontos: tema/conteúdo, metodologia, recursos didáticos, avaliação.

Manter o foco na aprendizagem dos alunos e avaliar cada aluno de acordo com o plano de aula.

Recuperação concomitante ao processo de aprendizagem.

Convocar os pais dos alunos com desempenho insatisfatório, com risco de reprovação.

Manter pelo menos uma sala de apoio à aprendizagem.

Manter pelo menos uma sala de recursos.

Diminuir a evasão

- no Ensino

Fundamental de 9,2% p/

5%

- no Ensino Médio

12,30% p/ 6%

Identificar os alunos faltosos – potenciais evadidos e informar a Orientação Educacional.

Conversar com o aluno e Convocar os pais.

Informar o Conselho tutelar através de ficha própria.

Reuniões periódicas de avaliação pedagógica e planejamento.

A cada 3 semanas, aproximadamente, aulas de 40 minutos e em seguida reunião com o grupo de professores e equipe pedagógica.

Propiciar um ambiente de Aprendizagem significativa

Feira do Conhecimento.

Gincana Cultural.

Participar dos Jogos Escolares.

Participar do Fera e ComCiência.

Organizar visitas culturais a museus, parques, locais históricos.

Visita dos 1º anos ao Parque da Ciência.

Bom Começo – 5ª série

Distribuir as aulas para os professores previamente escolhidos.

Reuniões com os pais dos alunos da 5ª série.

Reuniões com os professores da 5ª série.

Page 279: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

279

Diminuir significativamente o número de aulas não dadas

Sensibilizar os profissionais da educação sobre seus direitos e deveres.

Em caso de cursos, reuniões pedagógicas, ou consultas médicas previstas, o professor deverá deixar atividades junto à supervisão escolar.

Reposição de aulas não dadas.

Não abonar faltas com justificativas inconsistentes.

Elaborar uma ficha de acompanhamento individual do professor e funcionário.

Reuniões mensais da equipe pedagógica

Elaborar o calendário no início do ano

Repensar a hora atividade

Elaborara o horário, na medida do possível, que permita o cumprimento da hora atividade concentrada.

Elaborar gráficos, por disciplina/professor sobre o desempenho dos alunos no trimestre.

Final de cada trimestre.

Premiação os aluno com média 7,0 ou maior

Elaborar um certificado e entregá-los aos alunos premiados, com a presença dos pais, num evento especialmente preparado para isto.

Page 280: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

280

Estratégia 2: GESTÃO DEMOCRÁTICA

Metas Táticas

Reunião mensal do Colegiado – Conselho Escolar e APMF

Realizar as reuniões em horário compatível para a maioria dos representantes.

Convocar os representantes com antecedência.

Divulgar a pauta das reuniões com antecedência.

Eleger a diretoria da APMF 2009-2011

Fazem ampla divulgação do processo.

Convidar pais para participar.

Eleger a nova diretoria do Grêmio Estudantil.

Formar a comissão eleitoral.

Escolher um professor para assessorar os alunos.

Eleger e valorizar os representantes de turma.

Fazer reuniões periódicas com os mesmos.

Criar uma caixinha de elogios, críticas, sugestões.

Confecção de uma caixinha com cadeado e colocá-la em local visível.

Conscientizar os alunos sobre a importância de participar da vida escolar.

Prestar contas periódicas sobre a situação financeira da escola

Fixar relatórios mensais nos murais.

Page 281: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

281

Estratégia 3: CAPACITAÇÃO PERMANENTE DOS PROFISSIONAIS DA

EDUCAÇÃO

Metas Táticas

Valorizar e incentivar a participação dos profissionais da escola em cursos

Divulgar os cursos oferecidos pela SEED e outras instituições.

Facilitar a participação dos profissionais da escola nos cursos.

Page 282: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

282

Estratégia 4: VIVER E CONVIVER EM SOCIEDADE – EDUCAR PARA

VALORES

Metas Táticas

Questão da conservação patrimonial

Envolver toda comunidade escolar em campanhas de conscientização, preservação.

Questão da limpeza e higiene

Questão ambiental

Questão da violência, física, verbal, moral: bullying

Questão das drogas

Questão da sexualidade

Page 283: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

283

Estratégia 5: GARANTIR O BEM ESTAR E A SEGURANÇA E DA

COMUNIDADE ESCOLAR

Metas Táticas

Universalizar: o uniforme – p/ alunos do diurno, a carteirinha a agenda.

Supervisionar a entrada dos alunos.

Emprestar uniforme aos alunos que comparecerem sem uniforme.

Entregar a 1ª via da carteirinha no início do ano letivo com verba da APMF.

Estender a cinta de segurança no restante do muro de palitos.

Fazer Orçamentos.

Reduzir despesas com outros setores da escola e priorizar a colocação da cinta.

Erguer as paredes da quadra de esportes, principalmente os lados da rua Francisco Favoretto e Alcides Dal Negro.

Sensibilizar as autoridades – Fundepar - da necessidade da obra.

Solicitar cota suplementar do Fundo Rotativo.

Mudar o portão de entrada

Sensibilizar as autoridades – Fundepar - da necessidade da obra.

Solicitar cota suplementar do Fundo Rotativo.

Cobertura até a quadra de esportes

Contratar uma empresa especializada para executar o serviço.

Jardinagem Envolver alunos no processo.

Aumentar o espaço físico da cantina escolar

Utilizar a verba da cantina para este fim.

Pintura da escola inteira

Elaborar orçamentos e encaminhá-los à Seed.

Colocação de bebedouros

Encaminhar a solicitação

Ampliação do sistema de som p/ salas de aula

Com verba do MEC/FNDE ou da APMF

Colocação de mesas ao longo da biblioteca/sala dos professores

Estudar a possibilidade de parcerias com as empresas.

Page 284: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

284

Estratégia 6: FORTALECER FINANCEIRAMENTE A APMF ATRAVÉS

DA ARRECADAÇÃO DE VERBAS

Metas Táticas

Festa do Patrono

Divulgar a Festa com antecedência através de cartazes, faixas...

Arrecadar prendas.

Eleger a rainha da Festa.

Contribuição da APMF

Sensibilizar a comunidade sobre a importância da APMF no processo ensino aprendizagem.

Realizar prestações de contas uma vez por ano.

Divulgar as conquistas da APMF.

Anjos da escola

Elaborar um projeto que será executado com o dinheiro arrecadado.

Convencer a comunidade escolar da importância do projeto.

Cantina escolar Aprimorar a venda de produtos saudáveis.

Encontrar mais voluntários para atendê-la.

Estratégia 7: ESTREITAR A RELAÇÃO DA COMUNIDADE PARA COM

A ESCOLA.

Metas Táticas

Celebrar as datas importantes

Dia das Mães.

Dia dos Pais.

Dia do Estudante.

Dia do Professor e do Funcionário Público.

Criar um Boletim Informativo

Mensalmente enviá-lo para as famílias

Page 285: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

285

16.3 BIBLIOGRAFIA

________. Democratização da escola pública. 9ª edição. São

________. Cidadania Menor. Petrópolis: Vozes, 1992.

________. Estórias de Quem Gosta de Ensinar. 19ª edição, São

________. Participação é Conquista. 3ª edição, São Paulo: Cortez, 1996.

________. Raízes e Asas. Vol.: 4.

________. Raízes e Asas. Vol.: 5.

________. Um Brasil Mal-educado. Curitiba, Champangnat, 1996.

________.Raízes e Asas. Vol.: 8. 1999. (Série Seminários CONSED)

ALVES, Rubens. A Alegria de Ensinar. São Paulo: Ars Poética, 1994.

Apostila: Ensino Religioso nas leis de ensino do Brasil a partir das

concepções de religião.

ARROYO, Miguel. A Construção do Conhecimento para o Exercício da

Cidadania. Texto xerocado. Escola Estadual Herbet de Souza, 1996.

BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São

Paulo: Cortez, 2002.

BARRETO, Vicente. Educação e Violência: Reflexões Preliminares. In:

ZALUAR, Alba (org.) Violência e Educação. São Paulo: Cortez, 1992. p.55-64.

CASALDÁLICA, Pedro. Com Deus no meio do povo. São Paulo:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL. República Federativa do Brasil. Brasília:

Senado Federal, Centro Gráfico, 1988.

DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. 3ª edição, São Paulo: Editores

Autores Associados, 1997.

Page 286: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

286

DIMENSTEIN, Gilberto. O Cidadão de Papel. São Paulo: Editora Ática.

1995.

Edições Paulinas, 1985. Escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 1998.

GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã. São Paulo: Cortez, 1992.

Gestão Escolar: Tendências e Perspectivas. São Paulo: Cenpec,

JUSTEN, Chloris Casagrande. Estatuto da Criança e do Adolescente e

Instituição Escolar. 1993.p.13

LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. APP-

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? São Paulo.

LÜCK, Heloísa. A Escola Participativa: o trabalho do gestor

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo:

Editora Cortez, 1996.

MELLO, Guiomar Namo de.Cidadania e Competitividade: desafios

educacionais do terceiros milênio. São Paulo: Editora Cortez1994.

Paulo: Cortez, 1993.

Paulo: Cortez, 1998.

Paulo: Edições Loyola, 1990.

PINO, Angel. Escola e Cidadania: Apropriação do Conhecimento e

Exercício de Cidadania. In CBE - Conferência Brasileira de Educação.

Sociedade civil e educação. São Paulo: CBE, PAPIRUS, 1992. p. 15-25.

SEED. Diretrizes Curriculares da Disciplina: Arte para o Ensino Médio –

Versão Preliminar/Versão Final. Curitiba, 2005/2006.

SEED. Diretrizes Curriculares da Disciplina: Artes para o Ensino

Fundamental – Versão Preliminar/Versão Final. Curitiba, 2005/2006.

Page 287: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

287

SEED. Diretrizes Curriculares da Disciplina: Ciências para o Ensino

Fundamental – Versão Preliminar/Versão Final. Curitiba, 2005/2006.

SEED. Diretrizes Curriculares da Disciplina: Educação Física para o

Ensino Fundamental e Ensino Médio – Versão Preliminar/Versão Final.

Curitiba, 2005/2006.

SEED. Diretrizes Curriculares da Disciplina: Ensino Religioso para o

Ensino Fundamental – Versão Preliminar/Versão Final. Curitiba, 2005/2006.

SEED. Diretrizes Curriculares da Disciplina: Filosofia para o Ensino Médio

– Versão Preliminar/Versão Final. Curitiba, 2005/2006.

SEED. Diretrizes Curriculares da Disciplina: Física para o Ensino Médio –

Versão Preliminar/Versão Final. Curitiba, 2005/2006.

SEED. Diretrizes Curriculares da Disciplina: Geografia para o Ensino

Fundamental e Ensino Médio – Versão Preliminar/Versão Final. Curitiba,

2005/2006.

SEED. Diretrizes Curriculares da Disciplina: História para o Ensino

Fundamental e Ensino Médio – Versão Preliminar/Versão Final. Curitiba,

2005/2006.

SEED. Diretrizes Curriculares da Disciplina: Língua Estrangeira Moderna -

Inglês para o Ensino Fundamental e Ensino Médio – Versão Preliminar/Versão

Final. Curitiba, 2005/2006.

SEED. Diretrizes Curriculares da Disciplina: Língua Portuguesa para o

Ensino Fundamental e Ensino Médio – Versão Preliminar/Versão Final.

Curitiba, 2005/2006.

SEED. Diretrizes Curriculares da Disciplina: Matemática para o Ensino

Fundamental e Ensino Médio – Versão Preliminar/Versão Final. Curitiba,

2005/2006.

SEED. Diretrizes Curriculares da Disciplina: Química para o Ensino Médio

– Versão Preliminar/Versão Final. Curitiba, 2005/2006.

Page 288: COLEGIO ESTADUAL HERBET DE SOUZA EFM · desvinculada de suas propostas, aumentando o quadro mundial de desinteresse dos alunos e a falta de compromisso das famílias, quando existem,

288

SEED. Diretrizes Curriculares da Disciplina: Sociologia para o Ensino

Médio – Versão Preliminar/Versão Final. Curitiba, 2005/2006.

SEVERINO, Antônio J. A Escola e a Construção da Cidadania. In CBE -

Conferência Brasileira de Educação. Sociedade civil e educação. São Paulo:

CBE, Papirus, 1992. p. 9-14.

SILVA, Maria Alice Setúbal Souza e (Org.). Raízes e Asas. Vol: 1.

Sindicato. Curitiba, 1997.

SOUZA, Herbert. Ética e Cidadania. São Paulo: Editora Moderna, 1994.

SWANICK, Keith. A basis for music educacion. London: Routledge, 1979.

UNESCO. Educação um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 1998.

REFEFÊNCIAS BIBLIOGRAFIA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Currículo

Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná.

___________________________________. Diretrizes Curriculares de

Geografia Fundamental.

VESENTINE, J. Willian. Sociedade e espaço. Ática, 1997, SP.