Citologia I - Prof. Thiago Deschamps

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  • 1. Biologia Celular

2. CITOLOGIA A rea da Biologia que estuda a clula ao nvel de sua constituio, estrutura e funo. Kytos (clula) + Logos (estudo) As clulas so as unidades funcionais e estruturais bsicas dos seres vivos! a unidade morfo-fisiolgica dos seres vivo 3. A histria da Citologia Hans e Zaccharias Janssen- No ano de 1590 inventaram um pequeno aparelho de duas lentes que chamaram de microscpio. Robert Hooke (1635-1703)- Em 1665 observou os espaos vazios de uma cortia, os quais chamou de clula (pequena cela) 4. A histria da Citologia Theodor Schwann (1839) observa a existncia de clulas nos animais e nos vegetais. Todos os seres vivos so constitudos por clulas! TEORIA CELULAR a) Todo ser vivo constitudo de clulas*. b) Uma clula s surge de outra preexistente. c) Todas as reaes metablicas ocorrem no interior das clulas. 5. CITOLOGIA Microscpio ptico (at 2000 vezes); Microscpio eletrnico (at 100 milhes de vezes); 6. 1 = ocular 2 = objetivas e revlver 3 = platina 4 = charriot 5 = macromtrico 6 = micromtrico 7 = diafragma no condensador 8 = condensador 9 = boto do condensador 10 = dois parafusos centralizadores do condensador 11 = fonte de luz 12 = controle de iluminao 13 = diafragma de campo 14 = dois parafusos de ajuste da lmpada 15 = focalizadora da lmpada 7. Citologia Os seres vivos formados por clulas podem ser divididos em: Unicelulares: Seres vivos formados por uma nica clula. Ex: bactrias, algas e protozorios. 8. Citologia Seres pluricelulares: seres vivos formados por muitas clulas. Ex: animais e vegetais. 9. Formas das clulas Esfricas Fusiformes (alongadas) Discides Estreladas 10. Tipos de clulas quanto evoluo 11. Tipos de clulas: grau de especializao Clulas indiferenciadas: So denominadas tambm de clulas totipotentes pelo fato de poderem originar os diversos tipos celulares existentes em um indivduo multicelular. Ex.: a clula ovo ou zigoto e as clulas embrionrias. Clulas diferenciadas: Diz-se dos tipos celulares, que por passar por um processo de especializao, esto aptas para desempenhar uma funo especfica. Ex.: clulas hepticas, musculares, sseas, nervosas etc. 12. Tipos de clulas: grau de especializao Clulas desdiferenciadas: So clulas que por algum motivo, ao perderem a sua especializao, reassumem o padro de clula indiferenciada e passam a multiplicar de forma descontrolada. Ex.: clulas cancerosas e as clulas embrionrias vegetais. Diferenciao celular: Consiste em um processo de adaptao estrutural e funcional das clulas totipotentes que, a partir de um mesmo material gentico, se capacitam a desempenhar uma determinada funo. Essa adaptao de deve expresso diferencial do genoma celular. 13. Estruturas das clulas Basicamente uma clula formada por trs partes bsicas: Membrana: capa que envolve a clula; Citoplasma: regio que fica entre a membrana e o ncleo; Ncleo: estrutura que controla as atividades celulares. 14. A Membrana Plasmtica As membranas possuem de 6 a 9 nm de espessura. So flexveis e fludas. formada de lipdios, glicdios e protenas (que podem ser esfricas ou integrais). 15. A Membrana Plasmtica So permeveis gua Impermeveis a ons (Na, K, H,...) e molculas polares no carregadas (glicdios). So permeveis substncias lipossolveis. 16. A Membrana Plasmtica Davison-Danielli: dupla camada lipdica com extremidades hidrofbicas voltadas para dentro e extremidades hidroflicas voltadas para protenas globulares. Unitria de Robertson: idntico ao anterior, com diferena que as protenas estariam estendidas sobre a membrana e que haviam protenas que ocupavam espaos vazios entre lipdios. Mosaico Fludo (Singer e Nicholson): dupla camada lipdica com extremidades hidrofbicas voltadas para o interior e as hidroflicas voltadas para o exterior. Participam da composio protenas (integrais ou esfricas) e glicdios ligados s protenas (glicoprotenas) ou lipdios (glicolipdios). 17. A Membrana Plasmtica Constituio:Constituio: Formada por uma dupla camada de fosfolipdios (fosfato associado a lipdios), bem como por protenas espaadas e que podem atravessar de um lado a outro da membrana. Algumas protenas esto associadas a glicdios, formando as glicoprotenas (associao de protena com glicdios - aucares- protege a clula sobre possveis agresses, retm enzimas, constituindo o glicoclix), que controlam a entrada e a sada de substncias. A membrana apresenta duas regies distintas: - uma polar (carregada eletricamente) - e uma apolar (no apresenta nenhuma carga eltrica). 18. A Membrana Plasmtica Constituio:Constituio: As molculas lipdicas constituem 50% da massa da maioria das membranas de clulas animais, sendo o restante, constitudo de protenas. As molculas lipdicas so anfipticas, pois possuem uma extremidade hidroflica ou polar (solvel em meio aquoso) e uma extremidade hidrofbica ou no-polar (insolvel em gua). Os trs principais grupos de lipdios da membrana so os fosfolipdeos, o colesterol e os glicolipdeos. 19. FUNES A membrana plasmtica contm e delimita o espao da clula, mantm condies adequadas para que ocorram as reaes metablicas, ela seleciona o que entra e sai da clula, ajuda a manter o formato celular, ajuda a locomoo A Membrana Plasmtica 20. A Membrana Plasmtica Propriedades:Propriedades: A membrana apresenta, devido sua constituio, baixa tenso superficial, resistncia eltrica, capacidade de regenerao, elasticidade e semi- permeabilidade seletiva. 21. Baixa tenso superficial: decorre das fracas foras de coeso entre as molculas de protenas; Membrana Plasmtica: Propriedades 22. Membrana Plasmtica: Propriedades Resistncia eltrica: apresenta dificuldade para a entrada e ou sada de certos ons; 23. Membrana Plasmtica: Propriedades As membranas celulares so elsticas e resistentes graas s fortes interaes hidrofbicas entre os grupos apolares dos fosfolipdios. Elasticidade: capacidade de distender-se e retrair 24. Membrana Plasmtica: Propriedades Regenerao: at certo limite, sendo lesada, pode se reestruturar; Semi-permeabilidade seletiva: capacidade de a membrana dificultar a entrada e ou sada de certas substncia e possibilitar a de outras. Em geral, permite a entrada de substncias lquidas e dificulta a entrada das substncias slidas. 25. Membrana Plasmtica MODIFICAES E ADAPTAES Microvilosidades: So expanses semelhantes a dedos de luvas, que aumentam a superfcie de absoro das clulas que as possuem. So encontradas nas clulas que revestem o intestino, nas tubas de falpio e nas clulas dos tbulos renais. 26. Membrana Plasmtica Desmossomos: Regies de espessamento entre membranas que atuam como presilhas, aumentando a aderncia entre clulas vizinhas so comuns nos tecidos de revestimento. 27. Membrana Plasmtica Interdigitaes: So conjuntos de salincias e reentrncias das membranas de clulas vizinhas, que se encaixam e facilitam as trocas de substncias entre elas. So observadas nas clulas dos tbulos renais. 28. Membrana Plasmtica Glicoclix: Camada de carboidratos ligada s protenas e ou lipdios do folheto externo da membrana celular formando glicoprotenas ou lipoprotenas, respectivamente. Sua composio varia de uma clula para outra, fato que confere s clulas individualidades qumicas. Formam os antgenos celulares, confere aderncia e promove o reconhecimento de mensagens qumicas. 29. Membrana Plasmtica 30. Membrana Plasmtica Plasmodesmos: Atravs de perfuraes na parede celular, passam "pontes" que colocam em contato direto o citoplasma de duas clulas vegetais vizinhas, permitindo o livre trnsito de substncias entre elas. As clulas dos vasos condutores de seiva elaborada (ou orgnica) possuem numerosos plasmodesmos, pelos quais a seiva flui. Os orifcios da parede celular, pelos quais passam essas pontes citoplasmticas, so as pontuaes. 31. TRANSPORTES ATRAVS DA MEMBRANA SOLUES SOLUES ISOTNICAS: Quando duas solues contm a mesma quantidade de partculas por unidade de volume, mesmo que no sejam partculas do mesmo tipo. Quando se comparam solues com diferentes quantidades de partculas por unidades de volume, a de maior concentrao de partculas HIPERTNICA, e exerce maior presso osmtica. A soluo de menor concentrao de partculas HIPOTNICA, e a sua presso osmtica menor. Separadas por uma membrana semipermevel, h passagem de gua da soluo hipotnica em direo soluo hipertnica. 32. SOLUES ISOTNICAS SOLUO HIPERTNICA SOLUO HIPOTNICA SOLUTO = SOLVENTE SOLUTO > SOLVENTE SOLUTO < SOLVENTE 33. TRANSPORTES ATRAVS DA MEMBRANA Passivo: Nesse tipo de transporte o deslocamento de substncias das regies de maior concentrao em direo quelas de menor concentrao, portanto, obedecendo uma tendncia natural, no h gasto de energia. Em funo desse tio de transporte h uma tendncia entre os dois meios de entrarem em isotonia, ou seja: de suas concentraes se igualarem. Ex.: Difuso simples, osmose e difuso facilitada. 34. TRANSPORTES ATRAVS DA MEMBRANA Difuso simples: Deslocamento direto e natural de solutos em direo s regies de baixa concentrao. por esse mecanismo que ocorrem os deslocamentos de sais e gases. 35. TRANSPORTES ATRAVS DA MEMBRANA Osmose: Caso particular de difuso em que os solventes, em particular a gua, deslocam-se do meio menos concentrado em soluto (hipotnico), atravs de uma membrana semi-permevel (m.s.p. ), em direo ao meio de maior concentrao de soluto (hipertnico). Quando uma soluo hipertnica em relao a outra, dizemos que a sua presso osmtica (P.O) tambm o . 36. TRANSPORTES ATRAVS DA MEMBRANA Difuso facilitada Algumas substncias entram nas clulas a favor do gradiente de concentrao e sem gasto de energia, mas com uma velocidade muito maior do que a que seria esperada se a entrada ocorresse por difuso simples. Nas clulas, isso acontece, por exemplo, com a glicose, com os aminocidos e com algumas vitaminas. As substncias "facilitadoras", presentes nas membranas celulares, so as permeases, e tm natureza protica. 37. TRANSPORTES ATRAVS DA MEMBRANA Ativo: Os ons se deslocam contrariando o gradiente de concentrao (do meio de menor concentrao para o de menor). Portanto, sua ocorrncia implica em consumo de energia. Os mecanismos de transporte ativo mantm diferenas de concentrao entre os meios. Semelhante difuso facilitada, nesse tipo de transporte ocorre a participao de protenas carreadoras (transportadoras) denominas de permeases. Ex.: bomba-de-ons (sdio-potssio, clcio, magnsio etc.). 38. TRANSPORTES ATRAVS DA MEMBRANA 39. TRANSPORTES ATRAVS DA MEMBRANA TRANSPORTE EM BLOCO OU POR ENGLOBAMENTO Fagocitose: Processo de englobamento de partculas slidas. Ocorre em clulas do sistema imunolgico (macrfagos) e em amebas. Durante a fagocitose, a membrana celular projeta-se emitindo tentculos que circundam e capturam as partculas. Esses tentculos recebem a denominao de pseudpodos (falsos ps). 40. TRANSPORTES ATRAVS DA MEMBRANA Fagocitose: 41. TRANSPORTES ATRAVS DA MEMBRANA Pinocitose: Processo de englobamento de partculas lquidas. Uma invaginao da membrana celular cria um canal parar onde partculas lquidas se dirigem e so, posteriormente, englobadas. Depois de englobadas por fagocitose ou por pinocitose, as substncias permanecem no interior de vesculas, fagossomos ou pinossomos. Nelas, so acrescidas das enzimas presentes nos lisossomos, formando o vacolo digestivo. 42. TRANSPORTES ATRAVS DA MEMBRANA Pinocitose: 43. ESTADOS DE TURGOR DAS CLULAS - clulas vegetais- Flcida: Clula com nvel de gua adequado. 44. ESTADOS DE TURGOR DAS CLULAS - clulas vegetais- Plasmolisada: Clula que perdeu gua para um meio hipertnico desidratada por osmose. 45. ESTADOS DE TURGOR DAS CLULAS - clulas vegetais- Deplasmolisada: Clula reidratada por osmose, quando colocada em meio hipotnico. 46. ESTADOS DE TURGOR DAS CLULAS - clulas vegetais- Trgida: Clula inchada devido ao ganho de gua de uma soluo hipotnica por osmose. 47. ESTADOS DE TURGOR DAS CLULAS - clulas vegetais- Murcha: Clula desidratada por perda de gua por desidratao. 48. OSMOSE EM CLULAS ANIMAIS Por no possuir uma parede celular, as clulas animais no suportam meios hipotnicos. Assim quando hemcias so mergulhadas nessas solues, por exemplo em gua destilada, o ganho de gua por osmose to intenso que a clula se rompe. Dizemos que a clula sofreu hemlise. 49. Parede celulsica constituda pela celulose. Reduz a perda de gua e promove a rigidez das clulas. 50. Citoplasma Fica entre a membrana e o ncleo; preenchido pelo hialoplasma; onde encontram-se dispersos os organides (organelas citoplasmticas) que garantem o bom funcionamento da clula; 51. Retculo Endoplasmtico Liso Retculo Endoplasmtico Rugoso Ribossomos Ncleo Membrana Plasmtica Mitocndria Complexo de Golgi Lisossomos Centrolos 52. Organelas Citoplasmticas Complexo de Golgi: formado por pequenas bolsas. Serve para armazenar e descartar substncias. Mitocndria: Responsvel pela respirao celular e produo de energia. Clulas que utilizam bastante energia tem muitas mitocndrias, por exemplo, as clulas musculares. 53. Lisossomos: So estruturas responsveis pela digesto da clula. Retculo Endoplasmtico: responsvel pelo transporte, distribuio e armazenamento de substncias. Forma uma rede de canais que ocupam grande parte do Citoplasma. 54. Centrolos: Participam do processo de formao de clios e flagelos e da diviso celular (multiplicao das clulas). Cloroplastos: So responsveis pela fotossntese. nestas estruturas que encontramos a CLOROFILA (pigmento verde). So encontrados apenas nas clulas vegetais! 55. Biologia Celular