Cidadania Corporativa, estratégias bem-sucedidas para Empresas Responsáveis (Dissertação de Mestrado)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS

PRODERE – PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL

CIDADANIA CORPORATIVA, ESTRATÉGIAS BEM-SUCEDIDAS PARA EMPRESAS RESPONSÁVEIS: UM ESTUDO DE CASO –

FUNDAÇÃO BRADESCO (MANAUS - AM)

CARLOS ALBERTO BATISTA BASTOS

Manaus 2003




Orientador: Prof. Doutor Hailton Luiz Siqueira da Igreja.

Dissertação apresentada ao Programa de pós-graduação em Desenvolvimento Regional da Faculdade de Estudos Sociais da Universidade Federal do Amazonas, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Regional. Área de concentração: População e Desen- volvimento Regional.




BANCA EXAMINADORA

Prof. Doutor Hailton Luiz Siqueira da Igreja – Orientador: Universidade Federal do Amazonas

Prof. Doutor Ivan de Azevedo Tribuzy. Universidade Federal do Amazonas

Prof. Doutor Lucas Araújo Carvalho. Universidade Federal do Acre

Manaus 2003

Dissertação apresentada ao Programa de pós-graduação em Desenvolvimento Regional da Faculdade de Estudos Sociais da Universidade Federal do Amazonas, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Regional. Área de concentração: População e Desen- volvimento Regional.

DIGITALIZAÇÃO DE IMAGENS Fundação Bradesco ILUSTRAÇÕES E DESENHOS Carlos Alberto Batista Bastos FOTOGRAFIAS Fundação Bradesco

Ficha catalográfica elaborada por: Odimar Porto - CRB-Am. 496

Ficha catalográfica elaborada por: Odimar Porto - CRB-Am. 496

B327c Bastos, Carlos Alberto Batista

Cidadania corporativa, estratégias bem-sucedidas para empresas responsáveis: um estudo de caso – Fundação Bradesco (Manaus-Am) / Carlos Alberto Batista Bastos. – Manaus: Universidade Federal do Amazonas, 2003. 108p. il. Bibliografia 1. Administração – Empresas. 2. Cidadania. 3. Responsabilidade

Social. 4. Fundação Bradesco – História. 5. Aguiar, Amador – Biografia

6. Dissertação I. Título

CDD – 658.913676

Dedicatória

Aos meus pais:

Antônio Moreira Bastos (in memoriam)

e Noêmia de Paula Batista Bastos

à minha “tia”:

Waldenora da Silva Lima (in memoriam)

ao

grande empreendedor, idealizador das

Organizações e Fundação Bradesco:

Sr. Amador Aguiar

e

Àquele que é a principal razão deste trabalho:

Deus.

Dedico este trabalho.

Agradecimentos

Na trajetória da minha vida conheci muitas pessoas que,

independentemente de suas características, todas – à sua maneira – deixou-me

algumas marcas. Algumas, superficiais, é verdade. Outras, no entanto, profundas.

Todas, entretanto, participaram direta ou indiretamente da minha formação quer

como pessoa, quer como cidadão, quer como profissional. Nesta oportunidade, ao

tentar mencionar todas estas pessoas, irei, com certeza, cometer algumas

injustiças por falha de memória. Por isso, desde já, peço a todas, sinceras

desculpas. Mas, mesmo assim, não poderei deixar de agradecer:

• Aos meus pais, pelos anos de lutas, sacrifícios e, sobretudo, por acreditar

nos meus sonhos;

• À “tia” Waldenora que me “adotou” com sua atenção e ajuda no momento

tão importante da minha vida, saudades eternas;

• Aos meus amigos, pelas palavras de estímulos;

• A todos os meus mestres. Dos anos mais tenros, até os dias atuais.

• Sobretudo, a todos os meus professores do Curso de Mestrado em

Desenvolvimento Regional, da Universidade Federal do Amazonas, que

não mediram esforços para tornar realidade este momento tão importante

para mim !

• De uma forma particular, desejo agradecer ao prof. Dr. Hailton Luiz

Siqueira da Igreja que, mesmo sem conhecer–me melhor, aceitou o

desafio de orientar a minha Dissertação de Mestrado, contribuindo de

forma bastante significativa com suas sugestões e críticas... todas

sempre bem-vindas;

• Desejo, também, agradecer aos professores:

• José Alberto da Costa Machado, Doutor; a quem coube a honra de,

juntamente com a professora Maria Hélia, traçar as primeiras diretrizes

deste Curso de Mestrado e, principalmente, Coordenar a Conferência

Internacional de Desenvolvimento Sustentável na Amazônia1, que muito

contribuiu para minha informação e formação;

• Rosalvo Machado Bentes, Mestre; M.D. Diretor da Faculdade de Estudos

Sociais e idealizador deste Curso de Mestrado;

1 Realizada no período de 24 a 27 de outubro de 2001, no parque do Mindú, na cidade de Manaus, Amazonas.

• Maria Hélia Francisca León Kan-Changs, Doutora; (in memoriam),

primeira Coordenadora do Mestrado;

• Ivan de Azevedo Tribuzy, Doutor; Francisco Mendes Rodrigues, Doutor, e

Lucas Araújo Carvalho, Doutor, pelas suas sugestões, críticas e palavras

amigas e participação na Banca Examinadora;

• Ao Eng. Nivaldo Marcuso, gerente do Departamento de Tecnologia da

Fundação Bradesco, aos Senhores Fabrício Laurenti, Jefferson Romon

que, sendo pessoas bastante ocupadas, conseguiram na sua agenda um

espaço para intermediar minha solicitação quanto aos balancetes

referentes ao período de 1982 a 2002, sem os quais não teria o almejado

sucesso;

• Aos senhores Augusto de Jesus Ferreira e Cláudio Henrique Neves, do

Departamento Administrativo e Financeiro e Relações Institucionais das

Organizações Bradesco, responsáveis diretos pelo fornecimento das

fotocópias publicadas nos jornais e, todas, referentes aos balancetes do

período supracitado, minha gratidão;

• Aos funcionários da Fundação Bradesco, escola de Manaus, que não

mediram esforços para ajudar-me nas pesquisas bibliográficas e

levantamento de outros dados, de suma importância para a realização e

concretização desta Dissertação de Mestrado. Em particular, a Aninha,

bibliotecária; a Elenilde, Cecília e equipe da secretaria da escola; à

Cristiane, professora de informática, diretamente responsável pelo

sucesso do Curso de Visual Vision, ministrado aos deficientes visuais e,

finalmente, à Vice-diretora, Professora Ana Maria e o Diretor, Professor

Carlos Zacarias de Paula Neto que, com paciência, também ajudaram

com fotos e outras dados para compor esta Dissertação de Mestrado;

• Ao ex-aluno, Sr. João Mário Braga, hoje empreendedor de sucesso na

área de informática, por ter “salvado” a minha Dissertação de Mestrado,

por ocasião de uma “virose”, minha gratidão;

• Agradeço, também, a minha maior incentivadora e anjo da guarda, Rosely

de Carvalho Duarte, pelas palavras ditam, sobretudo, nas horas certas

quando, muitas vezes, diante das dificuldades, faltava coragem para

prosseguir este trabalho;

• E a Deus, por ter-me permitido que este trabalho chegasse ao fim.

Citado na revista Dinheiro, nº 138 - de 13 de abril de 2000, na página 78.

"Temos de pagar dividendos sociais às pessoas. Eu quero ver pelo menos uma escola nossa em cada estado brasileiro". Amador Aguiar Fundador do Bradesco

"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." Romanos 8:28

Resumo

Através desta Dissertação de Mestrado procura-se realizar um estudo de

caso sobre o trabalho, socialmente responsável, desenvolvido pelas Organizações

Bradesco ao longo dos seus anos. Particularmente, o trabalho desenvolvido por

meio das escolas da Fundação Bradesco. O período estudado está compreendido

entre os anos de 1982 ao ano de 2002.

No primeiro momento, após um breve resumo histórico das primeiras

atividades sociais no Brasil, destaca-se o trabalho pioneiro desenvolvido pelo Sr.

Amador Aguiar, fundador das Organizações Bradesco e principal mentor da

Fundação Bradesco, numa época em que não existia ainda a palavra

“desenvolvimento socialmente sustentável” ou “cidadania corporativa”.

Apresenta-se, também, o trabalho social desenvolvido pela escola da

Fundação Bradesco em Manaus, capital do Estado do Amazonas, desde a sua

inauguração em 1985 até 2002 e os seus reflexos na vida local.

Estuda-se os principais indicadores financeiros, tais como: lucro líquido,

patrimônio líquido, capital social e investimentos realizados nas escolas da

Fundação Bradesco em todo o país, no citado período. Verifica-se os recursos

humanos, materiais e, principalmente, os reconhecimentos à pessoa do Sr. Amador

Aguiar e, sobretudo, ao trabalho desenvolvido pelas escolas da Fundação

Bradesco.

Palavras-Chaves

Responsabilidade Social, Cidadania Corporativa, Fundação Bradesco, Amador

Aguiar, Indicadores Sociais, Manaus, Amazonas.

Abstract

In this dissertation of master graduation is accomplished a study of case

about the work, socially responsable, developed by Organizações Bradesco during

years. Particularly the work done by means of Fundação Bradesco. The period

studied is from 1982 to 2002.

In the beginnings after a brief historic résumé of the first social activities in

Brazil, is emphasized the pioneer work developed by Mr. Amador Aguiar, founder to

Organizações Bradesco and principal creator of Fundação Bradesco in a time

which the expressions “ Socially Sustainable Development or ”Corporative

Citizenship” were not used.

It’s also showed the social work developed by Fundação Bradesco School in

Manaus, since its inauguration in 1985 until 2002, and its effects in the local routine.

It’s studied the principal financial indicatives like: net profit, net patrimony,

social capital and investments in Fundação Bradesco schools all over the country

from 1982 thought 2002. It’s checked the human and material resources and mainly

the recognition to Mr. Amador Aguiar and above all the work developed by

Fundação Bradesco.

Key Words

Social Responsability, Corporative Citizenships, Fundação Bradesco, Amador

Aguiar, Social Indicatives, Manaus, Amazonas.

LISTAS DAS ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS.

ADCE - Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas Bradesco - Banco Brasileiro de Descontos Uniapac - União Cristã de Dirigentes de Empresas Consultec - Empresa de Consultoria Técnica BNDE - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico FIDES - Fundação Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social2 RSE - Responsabilidade Social das Empresas ONG’s - Organizações Não Governamentais BCN - Banco de Crédito Nacional BANEB - Banco do Estado da Bahia IAP - Instituto Ambiental do Paraná UNESCO - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization CONEN - Conselho Estadual de Entorpecentes IBRE - Instituto Brasileiro de Economia - FGV FGV - Fundação Getúlio Vargas

2 Nos anos 80 era denominado de IDE – Instituto de Desenvolvimento Empresarial.

Lista das Figuras

Figuras

Página

Figura 1 Foto de Amador Aguiar. Fundador Emérito da Fundação Bradesco . . . . . . . . . 10 Figura 2 Foto da Agência de Marília, São Paulo, nos anos 40. . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Figura 3 Foto da Construção do “Prédio Azul” na Cidade de Deus, em Osasco, São Paulo –

1958 13

Figura 4 Foto da inauguração da primeira Unidade Escolar da Fundação Bradesco. . . . . 15 Figura 5 Foto da visita do Exmo. Sr. Ministro da Educação e Desporto, Prof. Paulo Renato

Souza, na Unidade I em Osasco, São Paulo – 1997. 16

Figura 6 Foto da compra do primeiro computador adquirido pelo Bradesco (1961) . . . . . . 17 Tabela 2.1 Inflação Anual relativo ao período: 1980 a 2000. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Tabela 2.2 Crescimento populacional Manaus x Amazonas (período de 1970–1991) . . . . . 20 Tabela 2.3 Censos de Manaus e do Estado do Amazonas (período de 1890– 2000). . . . . . 21 Tabela 2.4 Receita Total de Manaus no período de 1981 – 1994. . . . . . . . . . . . . . . . 21 Gráfico 1 Crescimento das Populações de Manaus e do Estado do Amazonas no período de

1890– 2000. 22

Figura 7 Foto aérea da construção da Escola da Fundação Bradesco em Manaus no bairro do Alvorada. (1985)

23

Figura 8 Foto da Escola de Manaus (Fundação Bradesco) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Figura 9 Vista parcial do mapa urbanístico de Manaus onde está instalada a Escola da

Fundação Bradesco onde se verifica extensa rede hidrográfica. 24

Figura 10 Foto do refeitório da Escola Bradesco de Manaus no momento da merenda escolar – 1985.

25

Figura 11 Foto da Secretaria da Escola de Manaus. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Figura 12 Foto do Laboratório de Ciências da Escola de Manaus. . . . . . . . . . . . . . . . 26 Figura 13 Foto da Cozinha da Escola Bradesco de Manaus. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Figura 14 Foto de uma sala de aula da Escola Bradesco – Manaus. . . . . . . . . . . . . . . 26 Figura 15 Foto do Gabinete Odontológico da Escola Bradesco – Manaus. . . . . . . . . . . 26 Figura 16 Foto do Parque Infantil da Escola de Manaus. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Figura 17 Foto das crianças brincando no Parque Infantil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Figura 18 Foto do Laboratório de Informática da Escola Manaus – Fundação Bradesco. . . . 27 Figura 19 Foto de uma sala de aula de jovens da Escola de Manaus – Fundação Bradesco. 27 Figura 20 Foto de um momento cultural – a dança dos Bois Bumbás na Escola de Manaus

da Fundação Bradesco. 27

Gráfico 2 Porcentagem de alunos por segmento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 Gráfico 3 Perfil do aluno da Fundação Bradesco – Escola de Manaus, . . . . . . . . . . . . 29 Gráfico 4 Taxas de Evasão Escolar da Escola de Manaus (período 1991– 2001) 30 Gráfico 5 Alunos atendidos nos Cursos de Informática da Escola de Manaus (período 1996 a

2002) 31

Gráfico 6 Total de alunos que concluíram os Cursos de Capacitação na Escola da Fundação Bradesco em Manaus – (Período 1992 – 2002)

32

Tabela 2.5 Total de alunos que concluíram os Cursos de Capacitação (1992– 2002) . . . . . 33 Tabela 2.6 Relação dos Cursos de Capacitação oferecidos pela Escola de Manaus Fundação

Bradesco (período 1992– 2002) 34

Gráfico 7 Curso Visual Vision – Idade dos Alunos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Gráfico 8 Curso Visual Vision – Sexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Gráfico 9 Curso Visual Vision – Grau de Instrução dos Alunos . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Tabela 2.7 Funcionários da Escola de Manaus com curso superior (março de 2003) . . . . . . 38 Tabela 2.8 Grau de Instrução dos funcionários da Escola de Manaus (março de 2003) . . . . 39 Gráfico 10 Recursos aplicados em Educação (período 1996 – 2001) . . . . . . . . . . . . . . 40,45 Tabela 3.1 Número de alunos atendidos no ano de 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Gráfico 11 Porcentagem de alunos por segmento (2001) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Gráfico 12 Índice de aprovação escolar (2001) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Gráfico 13 Perfil do aluno da Fundação Bradesco (2001) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Tabela 3.2 Perfil do aluno da Fundação Bradesco – 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Gráfico 14 Alunos formados até o ano de 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Tabela 3.3 Alunos formados até o ano de 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Tabela 3.4 Número de alunos (período 1982 – 2002) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

Gráfico 15 Evolução do número de alunos (período 1982 – 2002) . . . . . . . . . . . . . . . 47 Gráfico 16 Lucro Líquido x Patrimônio Líquido (período 1982 – 2002) . . . . . . . . . . . . . 49, 53 Tabela 3.5 Lucro Líquido e Investimentos nas escolas da Fundação Bradesco (1982– 2002) 49, 54 Tabela 3.6 Variação funcional (período 1982 a 2002) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 Gráfico 17 Variação do número de funcionários (período 1982– 2002) . . . . . . . . . . . . 51 Gráfico 18 Investimentos per capita – alunos (período 1982– 2002) . . . . . . . . . . . . . . 52 Gráfico 19 Índice de evasão escolar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 Gráfico 20 Perfil dos alunos atendidos em 2001 (segundo a região) . . . . . . . . . . . . . . 56 Gráfico 21 Perfil dos funcionários do Bradesco– 2001 (sexo) . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Gráfico 22 Perfil dos funcionários do Bradesco– 2001 (faixa etária) . . . . . . . . . . . . . . 58 Gráfico 23 Investimentos em treinamento – 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 Gráfico 24 Quantidade de funcionários em cursos – 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Gráfico 25 Financiamento para funcionários – 2001 (milhões) . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 Gráfico 26 Perfil dos funcionários Bradesco – 2001 (segundo tempo de casa) . . . . . . . . 62 Gráfico 27 Perfil dos funcionários Bradesco – 2001 (segundo grau de instrução) . . . . . . . 62 Figura 21 Foto do Hospital e Maternidade Amador Aguiar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 Tabela 3.7 Evolução do número de clientes e transações na internet (período: 1997– 2002) 77 Tabela 3.8 Principais indicadores de 2002 (1ª parte) (período 1997– 2002) . . . . . . . . . . 78 Tabela 3.9 Total de depósitos (período: 1997– 2002) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78

Tabela 3.10 Principais indicadores de 2002 (2ª parte) (período 1997– 2002) . . . . . . . . . . 78 Gráfico 28 Crescimento das agências do banco Bradesco (período: 1982–2002) . . . . . . . 79 Gráfico 29 Número de contas correntes em milhões (período: 1997 – 2002) . . . . . . . . . . 80

Tabela 3.11 Principais fatos históricos na linha do tempo (período 1943– 2002) . . . . . . . . . 91 Tabela 3.12 Relação das Escolas da Fundação Bradesco por Região. . . . . . . . . . . . . . 93 Tabela 3.13 Núcleos de Formação – Ed. Prof. Básica Área Rural: Cursos de Inseminação

Artificial. 93

SUMÁRIO

Agradecimentos Citação Resumo Abstract Lista das Figuras

INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

• Localização e aspectos gerais da área de pesquisa . . . . . . . . . . . . 03 • Justificativa e objetivo da pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03 • Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

1. UM TRABALHO PIONEIRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.1 Cidadania Corporativa: Conceitos, origens e evolução . . . . . . . . . . 05 1.2 Amador Aguiar, trabalho com responsabilidade social . . . . . . . . . . . 10 1.3 A Primeira Escola. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

2. O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO EM MANAUS E SEUS REFLEXOS

2.1 A Cidade de Manaus. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 2.2 A Escola de Manaus. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 2.3 Os números da FB Manaus. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

3. O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO NO PAÍS

3.1 Os números da Fundação Bradesco. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 3.2 Os números dos funcionários. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 3.3 Reconhecimentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 3.4 Principais Indicadores de 2002. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

BIBLIOGRAFIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 ANEXOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90

1

INTRODUÇÃO

Vive-se hoje num mundo caracterizado pelo aumento sistemático da concentração

de renda, pelo crescimento da degradação ambiental e, também, pelo aumento

significativo da violência, que atingiu, nos últimos anos, níveis alarmantes, sobretudo, nas

grandes metrópoles.

Em recente pesquisa, divulgada pelo jornal em 27 de setembro do corrente ano,

verificamos que “nada menos que 24,73 milhões de brasileiros” (OLIVEIRA, in: O

Globo), encontravam-se na miséria nos últimos meses do ano passado, isto é, a

quantidade de pessoas que sobrevivem com menos de R$ 55,00 por mês. Ou seja, 15%

da população do Brasil vivem com menos de R$ 2,00 por dia. Enquanto 33,64% da

população em 2001 viviam na pobreza. No total, temos aproximadamente 56,7 milhões de

pessoas. Estas estatísticas mostram muito mais que números... Elas revelam a

impotência, a quase falência do Estado que é o principal responsável pelas ações sociais.

Conseqüentemente, diante da ausência ou da ineficácia de políticas públicas mais

efetivas, a participação do setor privado na área social tem crescido bastante, criando ou

contribuindo com um grande número de Organizações Não Governamentais - ONG’s.,

Fundações ou Entidades Filantrópicas.

Sabe-se que, estas Fundações, Entidades Filantrópicas e ONG’s, na sua maioria,

cuidam de parte dos meninos de rua, dos drogados e alcoólatras, também dos carentes,

idosos, órfãos e mães solteiras; ajudam a preservar o meio ambiente, participam na

educação de jovens, velhos e adultos; doam sangue, livros, sopão e merenda; ensinam

esportes; dão suporte aos desamparados; criam creches; reabilitam vítimas da

poliomielite; cuidam dos cegos, surdos e mudos; ou seja, promovem o direito humano e a

cidadania, independente de classe social, cor ou religião.

Ao longo das suas existências, as empresas privadas têm procurado se adequar,

através das normas internacionais, ao competitivo mercado de trabalho, por exemplo, com

as normas das gestões administrativas, (a ISO 9000), para garantia do controle da

2

qualidade, (a ISO 14000), para os sistemas de gestão ambiental e, por fim, com a AS 8000

(A Social Accountability) ou normas que gerem a Responsabilidade Social das empresas.

No decorrer dos últimos 10 anos, observa-se um crescente interesse pelo tema da

responsabilidade social das empresas3. De fato, em grande parte, esse interesse é devido

à importância e adequação do comércio internacional e dos investimentos na concepção

das prioridades de instituições e de governos nacionais.

Em 1992, quando foram realizados, na cidade do Rio de Janeiro, dois eventos –

ambos posteriormente denominados de ECO-92 – de grande importância para toda a

humanidade:

• O primeiro, a Conferência Cúpula da Terra, conhecida como Rio-92, onde

estiveram presentes 102 chefes de estados, atraindo mais de 15.000 pessoas;

• e, o segundo, realizado simultaneamente ao anterior, o Fórum Global das

ONG’s, que reuniu aproximadamente 4.000 entidades da sociedade civil do

mundo todo.

Com a conclusão da Conferência Cúpula da Terra foi divulgado um texto

denominado de "Declaração do Rio de Janeiro sobre meio ambiente e

desenvolvimento" constando os 27 princípios que visam orientar a formulação de

políticas e de acordos internacionais que respeitem o interesse de todos, o

desenvolvimento global e, sobretudo, a integridade do meio ambiente.

Dentre os 27 princípios, destacamos:

"Todos os Estados e todas as pessoas deverão cooperar na tarefa essencial

de erradicar a pobreza como um requisito imprescindível do desenvolvimento

sustentável, de modo a reduzir as disparidades nos níveis de vida e atender

melhor às necessidades da maioria da população mundial". (in: BARBIERE,

2000).

Diante da repercussão que estes eventos tiveram, poderemos até afirmar que a

ECO-92 foi o grande "divisor das águas" pois, em relação ao nosso país, a partir de então,

uma nova postura econômica surgiu entre e dentro das Empresas: a preocupação com o

social, sobretudo, com as comunidades em que atuam, tentando dessa forma, além de

identificar-se com as pessoas carentes, mostrar o lado solidário das mesmas.

3 Em outras palavras, trata-se do papel que as corporações podem ter na promoção da saúde e segurança de

seus funcionários, proteção do meio ambiente, luta contra a corrupção, apoio em casos de desastres naturais e respeito aos direitos humanos nas comunidades em que operam.

3

Se existe, por um lado, o reconhecimento geral de que o comércio internacional e

os investimentos são os motores do crescimento econômico, por outro, evidencia-se

também o interesse do público pela responsabilidade social das empresas. As empresas

estão cada vez mais cientes de que um comportamento exemplar (ou seja, exercer a

cidadania) é um bom negócio para elas. As companhias que adquiriram uma reputação

positiva junto aos consumidores e clientes, graças a um sólido desempenho social e

ambiental, têm acumulado diversos benefícios. Estas companhias têm atraído pessoas de

boa qualificação – estas mesmas pessoas que buscam companhias com responsabilidade

social, que uma vez nelas admitidos, permanecem trabalhando ao longo de suas carreiras

profissionais. Estas empresas têm menor volatilidade no valor de suas ações e,

conseqüentemente, reduzem os custos jurídicos e ambientais, além de formar uma

clientela bastante fiel.

Nestes últimos anos, várias empresas têm despertado para a importância do seu

papel social. A cada dia que passa, mais e mais empresas ingressam nessa nova

modalidade de Marketing Social: a "Cidadania Corporativa". Quer como colaboradores

com alguma instituição filantrópica, quer desenvolvendo e mantendo projetos próprios

junto às comunidades onde atuam (ou não), elas têm surgido em todos os lugares do país.

• LOCALIZAÇÃO E ASPECTOS GERAIS DA ÁREA DE PESQUISA

Esta dissertação de mestrado está direcionada para uma empresa em particular

que, comprovadamente, antecipando-se a todos estes eventos, se destacou pela sua

visão cidadã e, principalmente, pelo seu pioneirismo nessa área. Pois, a mais de 44 anos,

numa época que ainda não se falava em “Responsabilidade Social”, esta empresa,

preocupada com o futuro de pessoas que não tinham acesso a educação formal fundou

àquela que seria considerada a maior instituição nessa área: a Fundação Bradesco.

• JUSTIFICATIVA E OBJETIVO DA PESQUISA

Segundo GONÇALVES (1980), nos anos 60 surgiram os primeiros ventos de

mudança na mentalidade empresarial brasileira. A “Carta de Princípios do Dirigente

Cristão de Empresas”, publicada em 1965 é um referencial histórico indiscutível. Mesmo

assim, a idéia – responsabilidade social – começou a ser discutida na metade dos anos

setenta para, a partir de então, difundir-se amplamente.

No final dos anos 70, com a abertura política ocorrida e consolidada nos anos 80,

no período da “redemocratização” ocorreu, também, a falência do modelo intervencionista

estatal.

4

“Os anos 80, para DINIZ (1993), foram marcados pelo esgotamento do modelo de

desenvolvimento instaurado no pós-guerra cujo desdobramento ao longo de quatro

décadas – dos anos 40 aos anos 70 – se deu sob a égide de um Estado altamente

intervencionista”.

As Organizações Não Governamentais – ONG’s, surgiram neste período e se

consolidaram e, juntamente com os sindicatos, se fortaleceram. A sociedade viveu

grandes momentos de participação, organização e de efetiva atuação. Isto é, através das

greves do ABC, da Constituição de 1988, das diretas já, etc. além das conquistas sociais

das mulheres, as lutas éticas e raciais e dos debates ambientalistas. Dessa forma, a

sociedade atravessou um período de grandes transformações.

Esta dissertação de mestrado justifica-se – não só por se tratar de um exemplo

pioneiro – sobretudo, pela brilhante iniciativa do Sr. Amador Aguiar quando, nos idos dos

anos 50, criou aquela que seria considerada na atualidade como o maior investimento

brasileiro, privado, na área social, conhecida por todos como FUNDAÇÃO BRADESCO.

O principal objetivo da mesma é de analisar o trabalho desenvolvido pelas escolas

da Fundação Bradesco, que atendeu 102.762 alunos em 2001, (Relatório Anual, 2001) e,

também, de avaliar o impacto social e econômico desse trabalho no Estado do Amazonas.

• METODOLOGIA

Na elaboração desta dissertação de mestrado foi empregado o levantamento de

dados secundários, particularmente, os dados relativos ao período compreendido entre

1982 a 2002.

Esta pesquisa, sobre a Fundação Bradesco, será descritiva documental, através de

relatórios divulgados pelo Banco Bradesco aos acionistas, relatórios distribuídos aos

clientes, artigos publicados em periódicos, livros, entre outros.

Na análise deste período foram considerados aspectos político-econômicos e sua

influência, ou não, no desenvolvimento e expansão das escolas da Fundação Bradesco.

5

1. UM TRABALHO PIONEIRO 1.1 CIDADANIA CORPORATIVA: CONCEITOS, ORIGENS E EVOLUÇÃO. CONCEITOS

O que é Cidadania Corporativa? – Cidadania corporativa, responsabilidade e

responsabilidade sociais, são iniciativas significativas que estão sendo tomadas em várias

organizações, em todos os setores e, em muitos casos, por muitas empresas de porte e

tipo diferentes.

Empresas como a McDonald’s, a C & A, Levi Strauss & Co., apenas para citar-se

algumas, que estão direta e indiretamente envolvidas com a cidadania corporativa, foram,

entre tantas outras, as precursoras do início das mudanças radicais no comportamento

organizacionais, no âmbito mundial.

Para MCINTOSH (2001), a cidadania corporativa diz respeito ao relacionamento

entre empresas e sociedade. Isto é, tanto a comunidade local, que se encontra próximo à

empresa e cujos seus membros interagem com os seus funcionários, quanto a

comunidade mundial – a mais ampla – que a todos atinge por meio da propaganda, dos

seus produtos, da sua cadeia de suprimentos e dos seus fornecedores.

Segundo CANNON (1992) “Cidadania Corporativa é a relação entre negócios,

governo e sociedade civil4. Freqüentemente esta relação é vista como a base da

sociedade como um todo”.

Para o mundo empresarial5 a cidadania corporativa – também denominada de

responsabilidade social – “é uma nova estratégia para aumentar seu lucro e potencializar

seu desenvolvimento”.

Para GRAJEW (2002), a cidadania corporativa – ou a responsabilidade social das

empresas - não se trata de um novo conceito. Na verdade, “é um novo olhar, uma nova

maneira de compreender as questões que envolvem todas as relações humanas, inclusive

– e especialmente – no universo empresarial”.

4 Entenda-se por sociedade civil àquela parte da sociedade que é não-militar, não-governo e não-eclesiática e que se preocupa com os cidadãos e com a comunidade. 5 In Ashley (2002).

6

Em 1953, nos primórdios da literatura sobre responsabilidade social dos

executivos, Bowen (in: ASHLEY, 2002.) definiu responsabilidade social como sendo: a

“obrigação do homem de negócios em adotar orientações, tomar decisões e seguir linhas

de ações que sejam compatíveis com os fins e valores da sociedade”.

Na realidade, os empresários, os dirigentes de empresas e executivos têm a

oportunidade e podem interferir de forma positiva neste processo de mudança social.

Através das suas atividades, no seu dia-a-dia, podem provocar mudanças

excepcionalmente construtivas na sociedade.

ORIGENS

Nos anos 60, segundo GONÇALVES (1980) surgiram os primeiros ventos de

mudança na mentalidade empresarial brasileira. A “Carta de Princípios do Dirigente

Cristão de Empresas”, publicada em 1965 é um referencial histórico indiscutível. A

expressão responsabilidade social aparece no texto supracitado:

“Já em 1965 aprovava-se a Carta de Princípios do Dirigente Cristão de Empresas,

na qual se salienta a consciência de que as crises e tensões do mundo

contemporâneo devem-se a que as instituições econômico-sociais vigentes se

afastaram dos princípios cristãos e das exigências da justiça social e que os

antagonismos de classe, os aberrantes desníveis econômicos, o enorme atraso de

certas áreas do país decorrem, em parte, de não ter o setor empresarial tomado

consciência plena de suas responsabilidades sociais”.

No entanto, apesar de constar no início dos anos sessenta, a idéia

– responsabilidade social – começou a ser discutida na metade dos anos setenta para, a

partir de então, difundir-se amplamente.

Segundo consta, um dos princípios dessa associação, “... as empresas, além de

produzirem bens e serviços, devem possuir uma função social que se realiza em nome

dos trabalhadores e do bem-estar da comunidade em geral”.

EVOLUÇÃO

Em 1980, um dos principais integrantes desta Associação (ADCE), Nelson Gomes

Teixeira, destacava:

7

“É necessário desenvolver a tomada de consciência dos empresários para que a

gestão empresarial integral inclua necessária e obrigatoriamente a sua responsabilidade

social”.

Anteriormente, no entanto, durante o 2º Encontro Nacional de Dirigentes de

Empresas promovido pela ADCE, a responsabilidade social das empresas e, também, dos

empresários quanto às questões sociais foi destaque do “Plano de Trabalho 77/78”, da

União Cristã de Dirigentes de Empresas – Uniapac.

A Uniapac, na oportunidade, identificou o balanço social e a gestão de empresas

como instrumentos que deveriam ser empregados pelos empresários e suas empresas no

efetivo cumprimento da Responsabilidade Social.

Como podemos observar, há muito que temas como responsabilidade social,

cidadania corporativa, balanço social são tratados no Brasil. A bem da verdade, conforme

FLORES e D’ARAÚJO (1999), “desde o início dos anos 60, a Consultec – formada por

Jorge Oscar de Mello Flores, Roberto Campos, dentre outros técnicos do antigo BNDE –

realizava o balanço social para algumas empresas nacionais e outras multinacionais a fim

das mesmas avaliarem possíveis riscos para a implantação e expansão no país”.

Evidentemente, em virtude do momento político em que se encontrava o nosso

país, a conjuntura nacional não era propícia para essas mudanças. Principalmente, nas

mentalidades e na ação. A idéia de responsabilidade social sofreu, como tantas outras, as

restrições da censura impostas pela ditadura militar pós 1964.

Enquanto, por um lado, a ditadura militar impedia certos aspectos do

desenvolvimento da sociedade, tais como a ampla participação e a livre organização, por

outro, existia também, os empresários mal acostumados, totalmente dependentes das

benesses do Estado – desde os primórdios da indústria brasileira.

Entretanto, o primeiro relatório, que trata da questão social, nos seus aspectos

sociais e de recursos humanos, que se tornou obrigatório para todas as empresas que

atuam no Brasil, foi criado pelo Decreto-lei n.º 76.900/75. Ou seja, a Relação Anual de

Informações Sociais – RAIS. A mesma está em vigor desde então.

Segundo SANTOS (s.d.) apesar de ser (a RAIS) mais antiga que o Balanço Social

francês, as informações contidas no mesmo são precárias, tanto no aspecto quantitativo,

quanto qualitativo.

Com a abertura política ocorrida, no final dos anos 70 e, consolidada nos anos 80,

no período da “redemocratização” ocorreu, também, a falência do modelo intervencionista

estatal.

8

Para DINIZ (1993), “Os anos 80 foram marcados pelo esgotamento do modelo de

desenvolvimento instaurado no pós-guerra cujo desdobramento ao longo de quatro

décadas – dos anos 40 aos anos 70 – se deu sob a égide de um Estado altamente

intervencionista”.

Neste período, surgiram e se consolidaram as Organizações Não Governamentais

– ONG’s, os sindicatos se fortaleceram e, também, a sociedade viveu grandes momentos

de participação, organização e efetiva atuação. Isto é, através das greves do ABC, da

Constituição de 1988, das diretas já, além das conquistas sociais das mulheres, as lutas

raciais e dos debates ambientalistas. Dessa forma, a sociedade atravessou um período de

grandes transformações.

Desde então, foi fundamental a participação das Organizações da Sociedade Civil

e das Organizações Não Governamentais, como principais vetores do processo de

formação e propagação das idéias da responsabilidade social das empresas, também

denominadas de responsabilidade corporativa. Principalmente, a partir da metade dos

anos 80.

Nesse instante, muitas empresas começaram a participar, mais agressivamente,

das atividades de cunho social. Assim, muitas sentiram a necessidade de divulgar suas

atividades e realizações, dando uma maior visibilidade e publicidade às suas ações sociais

e ambientais.

Com a natural evolução, surgiu o que hoje denomina-se de Balanço Social. Ou

seja, surgiu um instrumento onde os empresários podem, de forma bem simples, medir,

refletir, sentir como vai a sua empresa, no campo social.

Nos anos 90, ocorreram a consolidação do Balanço Social e da Responsabilidade

Social das Empresas. Mais e mais empresas, a partir de então voluntariamente, a cada

ano, participam de atividades sociais e incentivam para que os seus funcionários façam

parte dessas atividades.

No entanto, sabe-se que – apesar de tudo que se fez até hoje – ainda há muito por

fazer. Principalmente, ao considerar-se que persiste a mentalidade de alguns empresários

que ainda acreditam na teoria defendida por FRIEDMAN (1970, in ASHLEY), quando

argumenta que “a direção corporativa – como o agente dos acionistas - não tem o direito

de fazer nada que não atenda ao objetivo de maximização dos lucros, mantidos os limites

da lei”.Para ele, existem instituições como, por exemplo, as igrejas, governo, sindicatos e

organizações sem fins lucrativos, que existem para atuar nesta área da responsabilidade

social (corporativa). Em outras palavras, para os seguidores de Friedman: “agir diferente é

uma violação das obrigações morais, legais e institucionais da direção da corporação”.

Sabe-se, que o desemprego sempre existiu: é um fato, mas, com a globalização e,

sobretudo com a informatização e robotização dos vários segmentos industriais, este

9

número tem aumentado significativamente. Segundo CARRIJO (2001), temos no Brasil

cerca de 45 milhões de pessoas que vivem no que se classifica como “estado de miséria”

e 72% da população nas classes C e D.

Com o aumento do número destes últimos, tem crescido a cada dia que passa a

violência nas grandes metrópoles. Os assaltos, seqüestros relâmpagos, e outras formas

de violência urbana, têm contribuído para afastar os consumidores em potencial das

grandes lojas e magazines. Observa-se que esse comportamento não é nada bom para os

negócios e, por outro lado, para os governos. Pois, com as quedas nas vendas, caem

também os tributos, taxas e contribuições, arrecadados pelos governos e entidades –

municipais estaduais, federal e internacional. Assim, as autoridades têm procurado, ao

longo dos anos, por meio de suas políticas públicas amenizar e, quando possível, resolver

problemas relacionados com o desemprego, educação, segurança, saúde, moradia, para

citar os aspectos principais, a fim de diminuir o número dos excluídos, e também os

índices da violência.

Para KOTLER (2001), o maior desafio mercadológico dos anos à frente é a

harmonização de três aspectos que, embora conflitantes, não são excludentes: obter

lucros para a empresa, a satisfação do consumidor e a preservação do interesse público.

Segundo MCINTOSH (2001) há três formas de uma empresa exercer a sua

cidadania corporativa. A primeira, MINIMALISTA, onde ela atua de acordo com a

legislação vigente na cidade onde se encontra instalada. A Segunda, DISCRICIONÁRIA,

onde a participação da empresa se restringe, praticamente, às doações e contribuições

filantrópicas. E, finalmente, a ESTRATÉGICA, onde àquelas empresas que vêm na

Responsabilidade Social, a oportunidade de exercer sua Cidadania Corporativa como uma

ESTRATÉGIA DE MARKETING. Segundo o autor, cidadania plena implica que a

cidadania corporativa precisa se tornar uma PRIORIDADE ESTRATÉGICA.

10

FIGURA 1 – Sr. Amador Aguiar – Fundador Emérito da Fundação Bradesco.

�11/02/1904 – � 24/01/1991 FONTE: Site do Bradesco

1.2 AMADOR AGUIAR, TRABALHO COM RESPONSABILIDADE SOCIAL.

Nestes 46 anos de existência, segundo LACHINI (2002), a Fundação Bradesco

formou algo em torno de 470 mil alunos em todo o país. A mesma é considerada o maior

investimento brasileiro na área social.6

No ano de 2001, segundo relatório anual7 do Grupo Bradesco foi aplicado nas

escolas da Fundação Bradesco um total de R$ 112.087 milhões. Estando, desde então,

previsto para o ano de 2002, o montante de R$ 119.755 milhões para o atendimento de

mais de 103 mil alunos.

Amador Aguiar, nascido no dia 11 de

fevereiro de 1904, era um dos 13 filhos do

lavrador João Antônio Aguiar, que o tirara da

escola para ajudá-lo na roça, tinha 12 anos de

idade quando cursava a quarta série do

primário. Aos 16 anos, revoltado com o

comportamento do seu pai, que além de

mulherengo, bebia demais, fugiu da fazenda

de café, onde trabalhava com a enxada, em

Sertãozinho, São Paulo. Numa noite, quando

dormia ao relento num banco de praça, em

Bebedouro, São Paulo, foi abordado de

madrugada por um mendigo que lhe pediu um

trocado. Naquele instante, Amador Aguiar

encontrou apenas uma moeda nos seus

bolsos, e pensou: “parece mentira, mas existe gente que tem menos do que eu”. (Isto

É, edição 1.535).

6 (Revista Bradesco, 2000, n.º 1) 7 Página 61.

11

FIGURA 2 – Agência de Marília, São Paulo, nos anos 40.

FONTE: Site do Bradesco.

Em rumo a Bebedouro, Amador Aguiar encontrava-se sem saber o que fazer,

quando, com fome, ao entrar num restaurante foi abordado pelo proprietário que,

observando suas mãos calejadas, ofereceu-lhe comida. Ao invés de aceitar o convite

respondeu: “Não, primeiro eu quero trabalhar e só depois vou aceitar o prato de

comida”.

Pouco tempo depois, em 1918, Aguiar conseguia um emprego numa tipografia na

cidade paulista de Sertãozinho, aonde chegou a perder o dedo indicador da mão direita

numa máquina de impressão.

Aos 22 anos, em 1926, quando era office-boy do Banco Noroeste do Estado de

São Paulo, na filial de Birigui, almejava ascender na vida e, quem sabe?, algum dia

exercer um cargo importante. Após dois anos, numa carreira meteórica, ele tornara-se

gerente. A esse fato, Amador Aguiar tem referido-se como sua principal motivação para

estudar os manuais dos bancos, à asma que o impedia de dormir à noite e, por isso,

estudava tudo sobre as atividades bancárias. Superando, em razão disso, muitos

funcionários. Na sua maioria, mais letrados do que ele próprio.

No ano de 1943, quando

começou a concretizar o projeto

de tornar-se um banqueiro,

adquiriu a Casa Bancária

Almeida, um banco do município

de Marília, em São Paulo. Na

ocasião, a nova instituição

recebeu o nome de “Banco

Brasileiro de Descontos”, o

Bradesco.

Na inauguração, com o

repentino falecimento do sócio escolhido para dirigir o novo empreendimento, Amador

Aguiar assume a Superintendência. Dessa forma, além dos plenos poderes, também

recebeu dez por cento das ações do banco que, naquela oportunidade, não valiam muito.

Apenas para registrar, o Bradesco era tão insignificante na ocasião que o próprio Aguiar

fazia uma piada com o nome da Instituição. Era o “Banco Brasileiro de DEZ contos”.

No ano de 1946, Amador Aguiar transferia a sede do banco em Marília para a rua

15 de novembro, no centro de São Paulo. Em 1951, assumia a superintendência. Dois

anos após, o banco estaria sendo instalado na cidade de Osasco, na grande São Paulo,

onde se encontra desde então.

12

“Quando eu comecei isso, muitas

vezes me perguntaram se no dia

seguinte teria recursos para manter

a Fundação”. Amador Aguiar Fundador do Bradesco (ver Lacombe, 1998)

Quando, aos 39 anos de idade (Exame, edição 703), Amador Aguiar assumiu a

direção do Bradesco iniciou um processo de democratização do atendimento bancário.

Numa época, onde possuir um talão de cheques era considerado um luxo excêntrico, a

primeira providência que tomou foi a de levar os gerentes a trabalharem na entrada das

agências recepcionando os clientes. Dessa forma, diferenciando-se dos demais bancos,

aproximou-se dos pequenos agricultores e de imigrantes japoneses considerados, na

ocasião, a força de trabalho dominante.

No ano de 1969, Amador Aguiar, em substituição ao Sr. José da Cunha Jr., genro

do fundador do banco, Sr. José Galdino de Almeida, torna-se presidente do Bradesco.

A principal característica do Bradesco tem sido o pioneirismo. Por ocasião, em

1946, quando transferiu a sede do banco para Osasco, foi o primeiro banco a separar a

administração das agências. Segundo o presidente do Conselho de Administração,

Sr. Lázaro Brandão, a intenção do Amador Aguiar era a de separar os altos executivos do

banco dos problemas corriqueiros das agências a fim de que os mesmos pudessem se

dedicar aos grandes negócios.

Dentre outras características pioneiras, o Bradesco foi o primeiro banco brasileiro a

aceitar o pagamento das contas de luz, o primeiro a receber as declarações do Imposto de

Renda e, também o primeiro a usar computadores em larga escala. Essa visão de

negócios que Amador Aguiar possuía foi responsável em transformar, já em 1959, o

Bradesco no maior banco privado da América Latina. Posição esta que nunca mais

perdeu.

Na fachada do prédio do Bradesco, em Osasco, ainda se lê a frase que sempre

inspirou Amador Aguiar: “Só o trabalho pode produzir riquezas”.

13

FIGURA 3– Construção do "Prédio Azul" na Cidade de Deus, em Osasco, São Paulo, 1958

Fonte: Site do Bradesco.

No dia 5 de março de 1970, cria-se

Top Clube Bradesco, estipulando-se

apólices de seguros para cerca de 260 mil

associados, destinando a sua renda líquida

para manter a Fundação. Nessa

oportunidade, são dadas ênfases e

prioridades ao ensino profissionalizante, aos

cursos de especialização rural e aos

programas de capacitação voltados para as

comunidades.

No ensino fundamental as atenções

são voltadas para a criatividade das crianças, com técnicas de alfabetização dedicadas em

trabalhos individuais e em grupos.

Por outro lado, no ensino médio as atenções são direcionadas aos cursos

profissionalizantes: Administração de Empresas, Contabilidade, Magistério, Eletrônica,

Processamento de Dados e Técnicas Agropecuárias. Aos alunos são também

disponibilizados cursos de capacitação, tais como: Artes Gráficas, Manutenção de

Máquinas de Escritório, Economia Doméstica, Corte e Costura, Culinária, Horticultura,

Datilografia e Tapeçaria.

O Grupo Bradesco, através de suas atividades de Ação Social, ainda se

expande continuamente para outros pontos, por exemplo, na Proteção

Ambiental, através dos alunos da Fundação Bradesco, particularmente, os

alunos das escolas-fazenda de Bodoquena, Mato Grosso do Sul, e de

Canuanã, em Tocantins.

No campo cultural, destacam-se as exposições que marcaram o ano de 2001

como, por exemplo, parte da coleção egípcia do Museu do Louvre, patrocinada pela

Bradesco Seguros.

Com a compra do BCN (Banco de Crédito Nacional S.A., adquirido em 1997 pelo

Grupo Bradesco) e do BANEB, (Banco do Estado da Bahia) o Bradesco começou a atuar

também nos esportes. Através do BCN, o Grupo Bradesco patrocina 2.600 meninas que

treinam basquete e vôlei – a Prefeitura do Município de Osasco participa desta

empreitada. Muitos atletas, que receberam apoio do Bradesco, conquistaram vários

campeonatos de natação no ano de 2001. Inclusive, com a quebra de recordes.

Conforme o Relatório de Atividades Sociais (2001), no ano de 2001, sob a égide da

Lei Rouanet, da Lei do Audiovisual e, também, do Estatuto da Criança e do Adolescente, o

Bradesco destinou a importância de R$ 12.703.030,62 a projetos culturais e assistenciais.

Estes projetos foram desenvolvidos em vários lugares do território brasileiro. Dentre tantos

14

projetos culturais desenvolvidos e apoiados pela Organização Bradesco, destacam-se:

edição de livros em braile, inclusive, de livros falados, para cegos, por meio da Fundação

Dorina Nowill; restauração da Catedral da Sé, em São Paulo; na área teatral, patrocinou

vários espetáculos como, por exemplo: Quem tem medo de Virgínia Woolf, de Marco

Nanini, Três Vezes Teatro, de Ney Latorraca, Os Lusíadas, de Ruth Escobar. Na música,

patrocina há tempos a Orquestra Sinfônica Brasileira, a Orquestra Experimental de Santa

Maria, no Rio Grande do Sul e a Orquestra Filarmônica do Ceará. Através do Prêmio

Carlos Gomes, procura incentivar músicos e cantores líricos de todo o país. Este prêmio,

também sob o patrocínio do Grupo Bradesco, está em sua sexta edição.

No Balanço Social do Grupo Bradesco, publicado pela primeira vez em conjunto

com o seu Relatório Anual (de Atividades Sociais), no ano de 2001, verificamos que esta

é uma Empresa que, com o seu elevado padrão ético e profissional, após mais de 50 anos

de existência, possui hoje 65.713 funcionários – além dos 2.555 funcionários da Fundação

Bradesco – 2,4 milhões de acionistas, 12 milhões de clientes, administradora de 110.116

bilhões de reais, além das 38 Escolas com mais de 100 mil alunos instaladas em 25

estados brasileiros e no Distrito Federal. E, o mais importante, tudo isso começou com um

sonho, um sonho de um adolescente que saiu de casa aos 16 anos para trabalhar e,

mesmo tendo apenas as quatro primeiras séries iniciais, acreditou, trabalhou, enfrentou

desafios e, superando todos os obstáculos, surpreendeu a todos como a sua garra e

coragem!. Amador Aguiar é o seu nome.

15

FIGURA 4 – Foto da Inauguração da Primeira Unidade Escolar da Fundação Bradesco.

Fonte: Site do Bradesco

“Criar em cada estado brasileiro, pelo menos uma escola para atender as pessoas carentes em cada parte do país”.

Amador Aguiar

1.3 A PRIMEIRA ESCOLA

Criada, inicialmente com o nome de

Fundação São Paulo de Piratininga, pelo seu

grande idealizador - Amador Aguiar - em 22

de novembro de 1956, com o objetivo de

atender os filhos de funcionários,

comunidades de baixo poder aquisitivo e

adultos por meio da Teleducação, formar,

educar, e preparar para a vida profissional,

crianças, jovens e adultos, a Fundação

Bradesco, que foi o grande sonho do senhor

Amador Aguiar, está atualmente presente em

todos os 27 estados brasileiros, além do

Distrito Federal8.

Quando a Fundação Bradesco, no dia 29 de junho de 1962, inaugurou a sua

primeira escola (foto acima), na Cidade de Deus, em Osasco, São Paulo, contava apenas

com 7 professores para atender, aproximadamente, 300 crianças. Hoje, após formar mais

de 470 mil alunos, a Fundação Bradesco conta com 38 escolas e no seu quadro de

professores possui cerca de 1500 com mestrado, atendendo mais de 100.000 alunos em

todo o Brasil, com um orçamento estimado em R$ 115 milhões para este ano (LACHINNI,

2002).

8 Em fevereiro de 2003, foi inaugurada em Boa Vista a Escola da Fundação Bradesco no último

estado brasileiro: Roraima. (site: Fundação Bradesco).

16

FIGURA 5 – Foto da Visita do Exmo. Sr. Ministro da Educação e do Desporto Prof. Paulo Renato Souza (de terno claro), Sr. Lázaro de Mello Brandão (no centro) Unidade I, em Osasco São Paulo, no dia 18 de abril de 1997.

Fonte: Site do Bradesco.

Nas cidades onde estão localizadas, há uma intensa procura por vagas pela

comunidade que, em precárias condições financeiras, encontra na Fundação Bradesco,

além do ensino de qualidade, boas condições de infra-estrutura, fornecendo alimentação,

assistência médica e odontológica, uniformes e todo material didático para os alunos

através de suas 39 escolas.

Uma das principais características do Grupo Bradesco é o seu espírito

empreendedor. O que pode-se constatar através da sua trajetória ao longos desses anos.

Numa época onde o gerente era uma pessoa inacessível, coube ao Bradesco colocá-lo à

porta para recepcionar seus clientes. Quando a maioria dos bancos possuía carteiras de

grandes clientes, o Bradesco – com sua visão de negócios – permitiu que pessoas simples

(empregadas domésticas, por exemplo) pudessem abrir uma conta corrente. Dessa forma,

diminuiu os possíveis impactos causados pelas grandes contas quando, em processo de

mudança para outras agências ou bancos, contribuem negativamente para a agência na

qual estava filiada. O banco dia e noite também foi uma característica pioneira do Grupo

Bradesco, permitindo aos seus clientes movimentar suas contas correntes após o

encerramento do horário bancário e, também, nos fins de semanas e feriados.

Salienta-se a criação da Fundação Bradesco, com suas escolas oferecendo ensino

profissionalizante para atender as características de cada região. Particularmente, nas

zonas rurais, com cursos de agropecuária e inseminação artificial. Além dos cursos

técnicos em administração e eletrônica para àquelas pessoas que residem nas áreas mais

industrializadas como Rio de Janeiro, São Paulo e em Manaus, com a sua Zona Franca.

Ainda hoje verifica-se seu

processo evolutivo pioneiro, as

escolas da Fundação Bradesco além

de oferecer as tradicionais aulas de

informática aos seus alunos regulares

e à comunidade em geral, forma agora

novas turmas, desta vez, constituídas

de pessoas portadoras de deficiência

visual.

A Fundação tem atuado na

área da pesquisa e ensino destinado a

deficientes visuais e, também, na

sintetização de voz que, brevemente,

permitirá o uso do computador sem o

teclado.

17

Convicto que a principal diferença entre os marginalizados pela sociedade e

àqueles que tiveram oportunidade para competir, estava no acesso à educação, Amador

Aguiar criou, há 47 anos, a Fundação Bradesco, como uma retribuição social para melhor

preparar os cidadãos brasileiros. Cursos em Ciências da Computação, artes gráficas,

serviços elétricos, costura, primeiros socorros, tapeçaria, cuidado com crianças, dentre

outros.

As escolas rurais de Bodoquena, em Mato Grosso do Sul, e Canuanã, no

Tocantins, funcionam em regime de internato, fornecendo cursos na área de agropecuária.

O Grupo Bradesco, é

uma das mais complexas e

poderosas instituições financei-

ras do país, com participação

em diversos setores. É o

banco com o maior número de

agências. Realiza, diariamente,

cerca de 6,5 milhões de

transações. O mesmo está

entre os três maiores bancos

do mundo em operações pela

internet. (LACHINNI, 2002).

UM NOVO PERFIL – As escolas da Fundação Bradesco, além dos trabalhos

desenvolvidos com os alunos, pais e demais pessoas das comunidades carentes onde

atuam, procuram participar e desenvolver atividades de apoio à natureza. Em 2001

participou da campanha de reflorestamento da Mata Atlântica, em parceria com a ONG

SOS Mata Atlântica. (Relatório Anual).

Por outro lado, o Grupo Bradesco, através dos seus cartões de afinidade, repassa

parte de sua anuidade à Fundação SOS Mata Atlântica. Nos últimos dois anos, repassou

mais de 5.000.000 de reais. (Relatório Anual 2001).

Os alunos da Fundação Bradesco, desde 1990, da escola de Parnavaí-RS,

também têm atuado na área da Educação Ambiental. Além dos estudos realizados sobre a

erosão e do uso inadequado do solo e dos seus recursos, estes alunos – com o apoio do

Instituto Ambiental do Paraná (IAP), têm atuado na recuperação ambiental. Cerca de

15.500 metros quadrados de mata ciliar foram restaurados com a participação de mais de

1.200 alunos. (Relatório Anual 2001).

FIGURA 6 – Amador Aguiar assina o contrato de compra do primeiro Computador adquirido pelo Banco, em contrato fornecido com a IBM, em 1961, representando o marco inicial do uso de processamento de dados no Bradesco.

FONTE: Site da Fundação Bradesco

18

Nos currículos das escolas da fundação Bradesco constam visitas a parques e

reservas florestais. Nessas atividades os alunos adquirem mais respeito pela natureza e

pelos seus recursos.

“Nós temos muito que aprender e absorver da experiência do Bradesco, não apenas no que se desenvolve na sala de aula, mas também na parte do ensino à distância e da informática. Olhar as experiências positivas do nosso país é tão importante quanto olhar as experiências que estão dando certo lá fora. Daí a necessidade de estreitarmos os laços com a Fundação Bradesco”.(Revista Bradesco, n.º4/97) Paulo Renato Ministro da Educação

19

2. O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO EM MANAUS E SEUS REFLEXOS.

2.1 A CIDADE DE MANAUS

A cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas, está localizada na maior

bacia hidrográfica do mundo que cobre, segundo FILIZOLA et al. (in: RIVAS & FREITAS,

2002), uma superfície de 6.100.000 km2, abrigando a maior biodiversidade do mundo. A

grande variedade de ambientes, inclusive aquáticos, habitados por uma diversidade de

peixes que, segundo RIVAS (op. cit.), é superior à de qualquer lugar do mundo.

Para compreender a importância do trabalho social desenvolvido nestes últimos

anos pela escola da Fundação Bradesco, faz-se necessário conhecer como se encontrava

– sócio e economicamente – a cidade de Manaus e, sobretudo, o bairro do alvorada onde

a mesma se localiza.

O Brasil atravessava um momento político muito importante. Eram as eleições

diretas para prefeitos das capitais, após o período de ditadura militar. A inflação era uma

das mais altas. A média anual de inflação registrada em 1985, quando da inauguração da

escola em Manaus, era 238,74%. (Tabela 2.1).

Manaus encontrava-se no processo de supercrescimento populacional em virtude

dos empregos gerados com a instalação da sua Zona Franca. Considerando os dados

obtidos por BENCHIMOL (2002), o censo de 1980 registrava o crescimento de 103%

(Tabela 2.3) em relação ao último censo (1970). A cidade, que nos anos 70, representava

35% da população estadual, em 1980 – com o aumento do processo imigratório – atingia,

aproximadamente, 50% da população de todo o estado do Amazonas. A renda per capita

estadual do ICM, no valor de Cr$ 3.328 representava, à época, a maior arrecadação da

região norte (BENCHIMOL, 1981). Em 1985, a prefeitura de Manaus arrecadava 55% a

mais que o ano anterior, (CORRÊA, 1995). Naturalmente, com o crescente êxodo rural,

surgiram problemas relacionados à moradia, segurança pública, saúde, educação, para

citar os mais importantes. Um problema ressaltava: o das invasões, que, em muitos casos,

eram incentivadas por políticos e candidatos a cargos no Poder Legislativo.

20

TABELA 2.1 - INFLAÇÃO ANUAL (EM %)

PERÍODO INPC

(IBGE) IPCA

(IBGE) ICV-SP

(DIEESE) IPC-SP (FIPE)

INFLAÇÃO MÉDIA

1 9 8 0 110,66 % 94,64 % 93,51 % 84,80 % 95,90% 1 9 8 1 91,19 % 92,88 % 87,46 % 80,90 % 88,11% 1 9 8 2 97,87 % 103,30 % 103,03 % 94,60% 99,70% 1 9 8 3 172,90 % 167,62 % 172,59 % 164,10 % 169,30% 1 9 8 4 203,27 % 208,63 % 204,02 % 178,60 % 198,63% 1 9 8 5 228,65 % 233,65 % 264,57 % 228,10 % 238,74% 1 9 8 6 57,85 % 72,54 % 96,49 % 68,10 % 73,75% 1 9 8 7 394,90 % 373,78 % 398,26 % 366,70 % 383,41% 1 9 8 8 993,29 % 981,17 % 921,24 % 891,70 % 946,85% 1 9 8 9 1.863,56 % 1.972,91 % 1.946,29 % 1.636,60 % 1.854,84% 1 9 9 0 1.585,18 % 1.620,97 % 1.849,68 % 1.639,08 % 1.673,73% 1 9 9 1 475,11 % 472,69 % 500,39 % 458,61 % 476,70% 1 9 9 2 1.149,06 % 1.119,10 % 1.127,53 % 1.129,55 % 1.131,31% 1 9 9 3 2.489,11 % 2.477,15 % 2.702,72 % 2.490,99 % 2.539,99% 1 9 9 4 929,32 % 916,43 % 1.082,94 % 941,25 % 967,49% 1 9 9 5 21,98 % 22,41 % 46,19 % 23,17 % 28,44% 1 9 9 6 9,12 % 9,56 % 13,18 % 10,04 % 10,48% 1 9 9 7 4,34 % 5,22 % 6,11 % 4,83 % 5,13% 1 9 9 8 2,49 % 1,65 % 0,47 % -1,78 % 0,71% 1 9 9 9 8,43 % 8,94 % 9,57 % 8,64 % 8,90% 2 0 0 0 5,27 % 5,97 % 7,21 % 4,38 % 5,71%

Fonte: Revista Conjuntura Econômica – FGV (www.ai.com.br/pessoal/indices/INFLA2.HTM)

Estas invasões causaram danos irreparáveis ao meio ambiente, destruindo

importantes áreas verdes, além de contribuir, algum tempo depois, para a poluição dos

igarapés. Em outras palavras, era uma situação caótica.

Segundo dados do IBGE (Tabela 2.2) com a intensificação das atividades da Zona

Franca de Manaus e, sobretudo, como a implantação do modelo de substituição das

importações, ocorreram enormes crescimentos populacionais, conforme atesta a tabela

abaixo. Os números entre parênteses indicam o percentual populacional da cidade de

Manaus em relação ao Estado do Amazonas. Por exemplo, no ano de 1970 a cidade de

Manaus representava, aproximadamente, 32,62% da população do estado.

TABELA 2.2 - CRESCIMENTO POPULACIONAL MANAUS x AMAZONAS (período: 1970–1991)

DISCRIMINAÇÃO

POPULAÇÃO

TAXA DE CRESCIMENTO

1970

1980

1991

1996

1970/80

1980/91

Amazonas

955.235

1.403.089

2.102.775

2.390.102

4,12

3,50

Manaus

311.622 (32,62)

633.392

(45,14)

1.011.500

(48,10)

1.158.265

(48,46)

7,35

–

4,34

–

FONTE: IBGE (Censo Demográfico de 1991 e Contagem de 1996).

21

TABELA 2.4 – RECEITA TOTAL

RECEITA TOTAL ANOS US$ 1.000,00 Ano anterior 1981 33.553 100% 1982 45.286 35% 1983 18.017 – 60% 1984 31.901 77% 1985 49.527 55% 1986 57.464 16% 1987 57.864 1% 1988 33.795 – 42% 1989 77.503 129% 1990 153.615 98% 1991 136.661 – 11% 1992 86.491 – 37% 1993 99.210 15% 1994 151.287 52%

FONTE: SEMEF/Prefeitura de Manaus.

Pode-se observar que, a cidade de Manaus experimentou do ponto de vista do seu

crescimento populacional, uma série de grandes saltos e entre 1970 e 1996 o número de

habitantes cresceu 3,72 vezes.

Por conseqüência, paralelamente ao seu supercrescimento populacional, a cidade

de Manaus também cresceu em extensão de forma irracional e desordenada, ocorrendo a

subutilização dos espaços urbanos, e predomínio de favelas principalmente nos bairros

periféricos. A forma como ocorreu

este processo acelerado de

crescimento da ocupação urbana

de Manaus, contribuiu para a

apropriação de grandes segmentos

espaciais por agentes econômicos

e por "grileiros" que diretamente se

beneficiaram com a especulação

fundiária decorrente das fortes

pressões por moradia de todas as

classes sociais e, em particular,

das classes economicamente

menos favorecidas. Sobretudo, nos períodos das eleições quando ocorreram várias

invasões de terras - tanto nas áreas metropolitanas, quanto nos espaços vazios da cidade.

Na tabela 2.3, pode-se observar

três colunas de percentuais. Na primeira,

verifica-se o crescimento da população da

cidade de Manaus em relação ao censo

anterior. Na terceira coluna, o

crescimento da população do Estado do

Amazonas em relação ao censo anterior

e, finalmente, na segunda coluna, o

crescimento populacional, entre a cidade

de Manaus e o estado do Amazonas,

comparado censo a censo. Manaus, em

2000, atingiu os 49% da população do

Estado do Amazonas.

Dessa forma, a cidade de

Manaus passou a se constituir num pólo de pobreza, contando com grandes segmentos

populacionais sem emprego e sem acesso a bens e serviços essenciais. Neste contexto,

chegava à Manaus, em 1985, a escola da Fundação Bradesco.

TABELA 2.3 – CENSOS: 1890 a 2000

CENSO P O P U L A Ç Ã O ANOS % (1) MANAUS % (2) AMAZONAS % (3)

1890 100% 38.720 26% 147.915 100% 1900 30% 50.300 20% 249.756 69% 1920 51% 75.704 21% 363.166 45% 1940 41% 106.399 24% 438.008 21% 1950 31% 139.620 27% 514.099 17% 1960 24% 173.703 25% 708.459 38% 1970 79% 311.622 33% 955.235 35% 1980 103% 633.392 44% 1.430.089 50% 1991 60% 1.011.501 48% 2.103.243 47% 1996 14% 1.157.357 48% 2.389.279 14% 2000 21% 1.403.796 49% 2.840.889 19%

FONTE: BENCHIMOL, 2002. (construção própria).

22

Observa-se, na tabela 2.4, o percentual de 55% registrando o crescimento na

Receita Total da prefeitura de Manaus, em relação ao ano de 1984.

Na figura acima (Gráfico 1), pode-se comparar o crescimento da população da

cidade de Manaus em relação ao crescimento da população do Estado do Amazonas, no

período 1890–2000. Observa-se que, a partir dos anos oitenta, a população de Manaus

cresceu aceleradamente e, atualmente, Manaus possui praticamente a metade da

população do estado. Se não houver políticas públicas para fixar o homem na zona rural,

esta tendência de crescimento deverá persistir e, conseqüentemente, a capital do

Amazonas poderá ter seus problemas de habitação, exclusão social, desemprego,

alimentação e violência agravados.

GRÁFICO 1 – CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO (1890 – 2000)

-

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Manaus Amazonas

CENSO 1890 1900 1920 1940 1950 1960 1970 1980 1991 1996 2000

PO

PU

LA

ÇÃ

O

FONTE: BENCHIMOL, 2002. (construção própria).

23

2.2 A ESCOLA DE MANAUS.

A criação da Zona Franca, em sua primeira versão, pela Lei 3173 de 06 de junho

de 1957, a partir do projeto do então deputado federal Francisco Pereira da Silva, teve

como pressuposto básico a ocupação territorial, particularmente nas áreas de fronteiras,

promovendo, dessa forma, o aproveitamento econômico capitalista da região.

Na sua primeira

fase, compreendida de

1957 a 1967, a Zona

Franca operava apenas

na comercialização de

produtos importados, co-

mo uma área de livre

comércio de importação.

Dessa forma com a livre

circulação das merca-

dorias importadas atraí-

das pela redução das

alíquotas do Imposto de

Importação e por outros

incentivos, gerou um

intenso comércio na

cidade de Manaus, contribuindo para elevar as receitas portuárias e, sobretudo, na criação

de empregos.

A segunda fase da ZFM iniciou-se, oficialmente, com o decreto-lei n.º 288, de 28 de

janeiro de 1967, onde foram criados vários incentivos fiscais especiais para atrair

indústrias dos mais diversos segmentos para Manaus.

Naturalmente, como principal conseqüência da implantação da Zona Franca de

Manaus, houve um intenso movimento migratório do interior para a capital do estado do

Amazonas e, uma vez que a grande maioria destes migrantes, não tinha onde morar,

FIGURA 7 – VISTA AÉREA DA CONSTRUÇÃO DA ESCOLA DA FUNDAÇÃO BRADESCO EM MANAUS (1985)

FONTE: Arquivo da Fundação Bradesco – Manaus (1985)

24

FIGURA 9 – Vista parcial do mapa urbanístico onde está instalada a Escola da Fundação Bradesco, onde se verifica extensa rede hidrográfica.

FONTE: Site da Fundação Bradesco.

começaram a se instalar em áreas

inadequadas e nas periferias da cidade.

Um desses locais - que mais tarde seria

transformado no bairro do Alvorada9 -

bastante entrecortado por igarapés, foi o

alvo da construção, por parte dos

imigrantes, de várias casas de madeiras

suspensas sobre essas áreas alagadas.

A grande concentração dessas casas,

conhecidas por palafitas10 , deu origem

ao antigo nome do bairro do Alvorada: a

"Cidade das Palhas".

O Grupo Bradesco, tendo a sua

frente o Sr. Amador Aguiar, escolheu o bairro

do Alvorada para construir a sua 19ª escola,

em virtude da concentração de inúmeras

famílias de baixa renda.

Ocupando uma área total de

34.431,71 m2, sendo 3.159,19 m2 de área

construída, a escola da Fundação Bradesco

está localizada no bairro do Alvorada II,

habitado predominantemente por pessoas

de baixo poder aquisitivo. Oferecendo o que

há de mais moderno em educação, desde a

educação infantil, ensino fundamental e

médio, até a educação para jovens e

adultos, a Fundação Bradesco - Manaus tem realizado, também, cursos de capacitação

(também chamados de cursos rápidos) nas áreas de informática, datilografia, corte e

costura, corte de cabelo, cestaria, doces e salgados natalinos, dentre outros. Por se tratar

de uma escola voltada para atender pessoas predominantemente da classe menos

favorecida, estes cursos têm, contribuídos para melhorar o orçamento doméstico e,

conseqüentemente, a qualidade de vida desta população carente.

No dia 13 de agosto de 1985, com a presença do Sr. Amador Aguiar e de várias

personalidades e autoridades amazonenses – do Governador do Estado, Sr. Gilberto de

Medeiros Raposo, do Senador da República, Sr. Amazonino Mendes, e do Prefeito de

9 Sempre que citado o bairro do Alvorada, está-se referindo aos três. (Alvorada 1, 2 e 3)

FIGURA 8 – Fundação Bradesco – Escola de Manaus.


25

Manaus, Sr. Carlos Eduardo Braga, etc. – foi inaugurada oficialmente a escola da

Fundação Bradesco em Manaus.

Ao longo dos seus 17 anos de vida, a Fundação Bradesco de Manaus tem

oferecido aos seus alunos, além dos seus cursos, formação em valores éticos, morais e de

cidadania.

Por outro lado, através de intercâmbios com as empresas do Distrito Industrial, a

Fundação Bradesco tem oferecido estudos e palestras para que os seus alunos

desenvolvam um perfil adequado que lhes permitam ingressar no competitivo mercado de

trabalho da Zona Franca.

Educação Profissional Básica.

Desde 1987, quando formou

sua primeira turma de Assistente de

Administração com 21 alunos, a

Fundação Bradesco prepara seus

alunos para atender às exigências do

mercado de trabalho local. No

quadro, ao lado, pode-se observar

que, até a presente data, formou

mais de 1.200 alunos, nas mais

distintas áreas. De 1987 até 2000

foram oferecidos cursos técnicos em eletrônica e administração. Mas, após o ano de 2000,

todos alunos ao concluírem o ensino médio puderam realizar cursos – com duração média

de um ano – de Gestão em Recursos Humanos, atendendo ao novo perfil do mercado.

10 O nome palafita deve-se ao fato das casas serem suspensas por toras de madeiras e ficarem, na sua

maioria, dentro das áreas alagadas pelos igarapés.

FIGURA 10: Foto do refeitório da Escola de Manaus no momento da merenda escolar – 1985.

FONTE: Arquivo da Escola Bradesco – Manaus (1985)

26

A Fundação Bradesco – Manaus disponibiliza, para todos os seus alunos e

familiares, modernas instalações pedagógicas, laboratórios de informática, de ciências,

gabinete odontológico, além de uma biblioteca que atende, além dos seus alunos

regulares, estudantes de outras escolas da área além de quaisquer pessoas interessadas

em alguma pesquisa. A seguir, pode-se observar, fotos das principais instalações físicas

da Fundação Bradesco – Manaus.

FIGURA 12 – Foto do Laboratório de Ciências


FIGURA 14 – Foto de uma Sala de Aula.


FIGURA 15 – Foto do Gabinete Odontológico.


FIGURA 16 – Foto do Parque Infantil.


FIGURA 13 – Foto da Cozinha da Escola Bradesco – Manaus


FIGURA 11 – Foto da Secretaria da Escola.


27

Divulgar entre as crianças a cultura regional é uma das principais características

das escolas da Fundação Bradesco em todo o país. A cidade de Manaus e todo o estado

do Amazonas são riquíssimos em lendas, estórias e fatos marcantes. Os bois Bumbás

“Caprichoso” e “Garantido”, o festival da cidade de Parintins, suas danças típicas estão no

“sangue” do povo amazonense.

FIGURA 17 – Foto das crianças brincando no Parque Infantil da Escola de Manaus.


FIGURA 20 – Momento Cultural. A dança dos Bois Bumbás na Escola de Manaus.


FIGURA 18 – Foto do Laboratório de Informática da Escola de Manaus


FIGURA 19 – Foto de uma Sala de Aula de Jovens.


28

2.3 OS NÚMEROS DA FUNDAÇÃO BRADESCO – MANAUS.

Ao longo dos seus 17 anos de atuação, a Fundação Bradesco de Manaus tem

oferecido aos seus alunos, além dos seus cursos, formação em valores éticos, morais e de

cidadania. (Gráfico 2).

Atualmente, conta com 47 funcionários para atender a demanda de 3.100 alunos

regulares, mais os alunos do Telecurso, Cursos de Capacitação, Informática, Word Vision,

dentre outros.

GRÁFICO 2 – PORCENTAGEM DE ALUNOS POR SEGMENTO.

FUNDAÇÃO BRADESCO – MANAUS

48%

2%14%

22%

14%

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL BÁSICAENSINO

FUNDAMENTAL

ENSINO MÉDIO E MÉDIO PROFISSIONALIZANTE

EDUCAÇÃO INFANTIL

FONTE: Arquivos da Fundação Bradesco – Manaus.

29

Mesmo tendo formado por ano, em média 100 alunos, o total de atendidos todos os

anos pela Escola da Fundação Bradesco tem aumentado consideravelmente. Para o ano

de 2002 está previsto o atendimento de 3.098 alunos. E, naturalmente, oferecendo sempre

uma educação de qualidade, com material didático e uniforme e, sobretudo, acompanhada

da assistência médica e odontológica.

No período, compreendido entre 1991 a 2001, a Fundação Bradesco – Escola de

Manaus – apresenta uma média de aprovação de 95,2% e, conseqüentemente, apenas

4,8% de reprovação. No mesmo período, constata-se também uma evasão escolar média

de 2,8%. Estes índices representam, não apenas a qualidade do trabalho desenvolvido ao

longo desses 17 anos pela Fundação Bradesco, mas acima de tudo, a dedicação e o

compromisso social onde todos, corpo docente, equipe pedagógica, direção e demais

funcionários, formam uma grande equipe disposta a diminuir a exclusão social existente na

cidade de Manaus. (Gráfico 3).

A evasão escolar de 2,8% deixa de ser preocupante quando, segundo o diretor e

professor Carlos Zacarias, registra apenas casos onde os alunos desejam seguir outros

cursos – os quais não são oferecidos pela Fundação – ou, devido à transferência de seus

pais para outras cidades ou estado.

GRÁFICO 3 – PERFIL DO ALUNO DA FUNDAÇÃO BRADESCO – MANAUS.

96%

4%

F UNCIONÁRIOS E FILHOS DE F UNCIONÁRIOS

ALUN OS D A COMUNIDADE

PERFIL DO ALUNO DA FUNDAÇÃO BRADESCO - MANAUS

FONTE: Arquivos da Fundação Bradesco – Manaus.

30

No gráfico acima (4) pode-se observar que no ano de 1991 o índice de evasão

escolar foi superior aos 4,0%, nos anos seguintes este índice oscilou entre 3,0% (1992) até,

aproximadamente, 2,0% (1998). A média do período (1991 a 2001) foi abaixo de 3,0%.

GRÁFICO 4 – TAXAS DE EVASÃO ESCOLAR DA FUNDAÇÃO BRADESCO. ESCOLA DE MANAUS – (Período: 1991 – 2001)

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Média

FONTE: Arquivos da Fundação Bradesco – Escola de Manaus.

31

GRÁFICO 5 – ALUNOS ATENDIDOS NOS CURSOS DE INFORMÁTICA DA FUNDAÇÃO BRADESCO – ESCOLA DE MANAUS (Período 1996 – 2002).

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

1 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

128

247

459

154

461

94

296

FONTE: Fundação Bradesco - Manaus (construção própria)

CURSO DE INFORMÁTICA PARA A COMUNIDADE.

Quando a Fundação Bradesco iniciou em 1996 as aulas de informática – DOS,

Word, Excel. Access, internet, etc. – até dezembro de 2002 formou 1.839 alunos. Em

outras palavras, são 1839 pessoas qualificadas para o concorrido mercado de trabalho.

(Gráfico 5).

Todos os cursos de informática são oferecidos gratuitamente. Participam alunos da

Escola e também pessoas da comunidade local. Os professores e demais funcionários da

Fundação Bradesco em Manaus também são beneficiados por estes cursos.

32

CURSOS DE CAPACITAÇÃO PARA A COMUNIDADE.

A principal finalidade destes cursos, também conhecidos por Cursos Rápidos, é

fornecer alternativas práticas para auxiliar o orçamento doméstico das famílias carentes.

Através destes cursos – corte de cabelo, corte e costura, artesanatos, serigrafia, bolos,

doces e salgados, etc. – a escola da Fundação Bradesco em Manaus, no período de 1992

até 2002, contribuiu para capacitar 5.654 pessoas. Certamente é um fato de extrema

importância para as famílias carentes da comunidade local. Principalmente, nestes últimos

anos, quando há um grande número de desempregados em Manaus. (Gráfico 6).

Fonte: Arquivos da Fundação Bradesco – Escola de Manaus (construção própria)

No gráfico acima observa-se que o volume de cursos realizados no período de

1992 a 2000 foi relativamente pequeno se comparado com 2001 e 2002. Acredita-se que a

principal causa foi à exigência crescente de qualificação pelo mercado de trabalho local.

Desde então, o volume de pessoas que procuram a Escola da Fundação Bradesco em

Manaus para realizar cursos de capacitação tem crescido bastante. A demanda tem

aumentado a cada dia. Nos primeiros cursos oferecidos para o ano de 2003, mais de 700

pessoas da comunidade procuraram se inscrever.

GRÁFICO 6 – TOTAL DE ALUNOS QUE CONCLUÍRAM OS CURSOS DE CAPACITAÇÃO

NA ESCOLA DA FUNDAÇÃO BRADESCO - MANAUS (Período 1992 – 2002)

230

224

307

391

294

316

303

455

667

1334

5654

1133

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

TOTAL

FONTE: Arquivo da Fundação Bradesco – Manaus. (construção própria)

33

Na tabela (2.5) abaixo, a primeira coluna apresenta os anos, a segunda o número

de pessoas qualificadas nos cursos rápidos, a terceira coluna apresenta a variação

percentual do ano posterior em relação ao ano anterior e, na última coluna, a variação

percentual de cada ano em relação ao ano base (1992).

Por exemplo, na terceira coluna observa-se que, entre 1992 e 1993 ocorreu uma

queda de 3% em relação ao número de pessoas capacitadas nestes cursos e, entre o ano

de 1999 e 2000, ocorreu um aumento de 47%.

Por sua vez, na quarta coluna, verifica-se que entre o ano-base (1992) e o ano de

2001 e, um crescimento de 480% e, entre o ano-base e o ano de 2002 e, o crescimento de

393% no número de alunos capacitados.

TABELA 2.5 – TOTAL DE ALUNOS QUE CONCLUÍRAM OS CURSOS DE CAPACITAÇÃO NA FUNDAÇÃO BRADESCO – MANAUS

VARIAÇÃO (%) EM RELAÇÃO AO

ANO

TOTAL ANUAL

ANO ANTERIOR

ANO BASE (1992)

1992 230 100% 100% 1993 224 – 3% – 3% 1994 307 37% 33% 1995 391 27% 70% 1996 294 – 25% 28% 1997 316 7% 37% 1998 303 – 4% 32% 1999 455 50% 98% 2000 667 47% 190% 2001 1334 100% 480% 2002 1133 – 15% 393%

FONTE: Arquivo da Fundação Bradesco – Manaus (construção própria).

Estes cursos rápidos são ministrados desde 1992. Inicialmente, foram oferecidos

cursos de corte e costura, cabeleireiro, pintura em tecidos, artesanatos, culinária (doces,

bolos e salgados), arranjos natalinos, dentre outros. No período compreendido de 1992 até

1999, os cursos de cabeleireiro e corte e costura foram os mais procurados. A partir do

ano de 2000, a Fundação Bradesco - Manaus, seguindo orientações da matriz, procurou

adequar seus cursos às novas exigências do mercado. Quando então, iniciaram-se os

cursos de qualificação voltados às pessoas empreendedoras. Os principais cursos

ministrados são: Gestão de Negócios, Marketing de Serviços, Noções Básicas de

Administração, Noções de Legislação Tributária, Introdução à Administração Financeira,

Matemática Financeira, Introdução à Administração de Recursos Humanos. Há registros

comprovados da eficácia desses cursos através de pessoas da comunidade que, após

realizarem os cursos, por exemplo, de Gestão em Negócios, abriram lojas de Pet Shop,

tornando-se Microempresárias.

34

Abaixo, tabela com os cursos oferecidos no período supracitado e o número de

participantes por curso, ano a ano. Pode-se observar que os cursos de corte de cabelo e

corte e costura tem tido a maior demanda.

TABELA 2.6 – RELAÇÃO DOS CURSOS DE CAPACITAÇÃO OFERECIDOS PELA FUNDAÇÃO BRADESCO – ESCOLA DE MANAUS – (Período 1992 – 2002).

CURSOS 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Total

Alimentação Alternativa 23 23 Análise de Comp. Eletrônicos 26 26 Aperfeiçoamento de Cabeleireiro 28 28 Arranjos Natalinos 25 25 Arte com Chocolate 26 26 Artesanato com Emborrachado 30 30 Artesanato em Jornal 21 31 52 Artesanato em Ráfia 25 26 51 Auxiliar de Cabeleireiro 14 15 29 Bijuterias 34 63 97 Biscuit 20 20 Bolos Confeitados 28 28 Bombeiro Hidráulico 33 33 Bordado em Ponto de Cruz 28 28 Bordado em Tecidos 20 20 Cabeleireiro 33 33 Cabeleireiro Básico 63 63 Café Regional 31 30 61 Carpintaria Básica 25 25 Cartão Vegetal 30 15 45 Cartonagem 21 21 Colorimetria 15 15 30 Confecção de Roupas de Festas 15 14 29 Confecção Feminina 15 15 30 Confecção Infantil 15 15 30 Confecção Masculina 15 15 30 Corte de Cabelo 112 85 108 119 61 56 26 15 15 597 Corte e Costura 84 40 83 146 49 52 25 96 29 604 Corte e Costura Básico 62 62 Culinária bolos, doces e salgados. 37 37 Culinária Junina 20 20 Culinária Natalina 30 2 34 14 80 Culinária Regional 20 20 Decoração Natalina 31 31 Depilação 23 23 Doces e Salgados 83 83 Doces e Salgados Natalinos 25 25 Eletricidade Básica 90 90 Eletricidade Residencial 33 24 57 Eletrônica Básica 40 55 21 116 Festas Infantis 21 21 Flores em Papel 16 16 Frutas Parafinadas 22 22 Gestão de Negócios 83 83 Instalações Elétricas Residenciais 66 66 Instrumentação Eletrônica 56 56 Introd. à Adm. de Rec. Humanos 16 16 Introdução a Adm. de Finanças 47 67 114 Introdução ao Marketing 46 52 98

35

CURSOS 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Total Legislação Trabalhista 101 101 Lingerie 32 15 16 63 Malharia 15 13 28 Manicure e Pedicure 42 28 28 26 20 144 Manutenção em Eletrodomésticos 27 27 Maquilador 18 15 33 Marketing de Serviços 16 31 47 Matemática Financeira 46 63 109 Moda Praia 15 18 33 Modelagem e Pintura em Gesso 20 20 Noções Básicas de Gestão e Adm. 69 75 144 Noções de Legislação Tributária 31 31 Ovos e Bombons de Chocolate 25 25 Pães Caseiros 73 73 Panificação 16 38 54 Peças Íntimas 25 25 Penteado 15 15 30 Permanente e Alisamento 15 15 30 Pintura em Tecidos 23 54 21 25 25 28 176 Primeiros Socorros 30 37 20 87 Princípios Básicos de Cozinha 49 39 88 Ráfia e Lã 22 22 Rec. Humanos –- Áreas de Atuação 16 16 Relações Humanas no Trabalho 47 47 Serigrafia 50 20 19 89 Tecla Fácil 520 246 766 Vendas 44 52 96

TOTAL 230 224 307 391 294 316 303 455 667 1334 1133 5654

FONTE: Arquivos da Fundação Bradesco – Escola de Manaus (construção própria).

Nota-se, também, nomes similares para um mesmo curso. Como, por exemplo, corte de

cabelo e cabeleireiro; panificação e pães caseiros; culinária: bolos, doces e salgados e

bolos confeitados. Na presente tabela constam apenas os cursos concluídos no período

em questão.

36

DEFICIENTES VISUAIS TÊM CURSO.

Com esta manchete, o Jornal do Comércio, da terça-feira 15 de agosto de 2000,

iniciava a reportagem sobre o primeiro curso de informática desenvolvido especialmente

para as pessoas com deficiência visual acentuada em Manaus. A primeira turma, da

Fundação Bradesco em Manaus com as especificações acima, iniciou suas aulas no dia

11 de agosto com o número máximo de alunos permitido: apenas 5. O curso é composto

por 3 módulos:

1- Módulo: Windows e Visual Vision;

2- Módulo: Word;

3- Módulo: Excel.

Desde o ano de 1998, em parceria com a Micropower, o Banco Bradesco mantém

o Bradesco Internet Banking para deficientes visuais e o Portal do Deficiente Visual. O

Visual Vision é um software especialmente desenvolvido para pessoas especiais. Este

programa, por meio de um fone de ouvido, transmite em bom e alto som o conteúdo da

tela do computador para o deficiente visual. Até agosto de 2000, nas 16 unidades em todo

o país, a Fundação Bradesco capacitou mais de 600 alunos – deficientes visuais – para o

mercado de trabalho. Conforme o Relatório de Atividades Sociais (2001), foram atendidas

mais de 2.504 pessoas.

Em Manaus, a Associação dos Deficientes Visuais do Amazonas que, em agosto

de 2000, possuía cadastrados aproximadamente 180 pessoas habilitadas para realizar

este curso, mantém parceria com a Escola da Fundação Bradesco local. Naturalmente, em

se tratando deste curso – Visual Vision – ser uma novidade nesta área, a demanda ainda

é bastante alta. E, infelizmente, devido ao reduzido número de alunos por turma (5), se

depender apenas da Fundação Bradesco Manaus, levará muitos anos para atender todas

as necessidades da população local.

Desde 2000, quando iniciou a primeira turma, a Fundação Bradesco em Manaus

formou 20 alunos. Os gráficos, a seguir mostram alguns dados sobre o perfil destes

alunos.

37

GRÁFICO 7 – FUNDAÇÃO BRADESCO – ESCOLA DE MANAUS CURSO VISUAL VISION – IDADE DOS ALUNOS

5%

20%

35%10%

30%

20-25 25-30 30-35 35-40 40-45

FONTE: Fundação Bradesco - Escola de Manaus (construção própria)

GRÁFICO 8 – FUNDAÇÃO BRADESCO – ESCOLA DE MANAUS CURSO VISUAL VISION – SEXO

60%

40%

Masculino

Feminino

FONTE: Fundação Bradesco - Escola Manaus (construção própria)

38

TABELA 2.7 – FUNCIONÁRIOS DA FUNDAÇÃO BRADESCO – MANAUS COM CURSO SUPERIOR. (Março de 2003).

CURSO SUPERIOR Curso COMPLETO INCOMPLETO Letras 4 1 Pedagogia 7 6 Matemática 2 0 Ciências Biológicas 2 1 Educação Física 1 0 História 3 0 Filosofia 1 0 Geografia 1 0 Administração 0 2 Odontologia 2 0 Agropecuária 1 0 Não Informado 2 0

Total 26 10

Fonte: Fundação Bradesco – Manaus (construção própria)

A Escola da Fundação Bradesco em Manaus, conta atualmente11 com 48

funcionários. Destes, 25 possuem curso superior completo, 11 estão cursando a

universidade; 8 possuem ensino médio completo e, 2 incompleto e, finalmente, 3 estão

com ensino fundamental incompleto.

Nas Tabelas 2.7 e 2.8, a seguir, pode-se observar o grau de instrução em detalhes.

11 Dados de março de 2003. Dentre os 25 funcionários com curso superior completo existe um que possui dois cursos (História e Filosofia). Em virtude disso, existe uma aparente incoerência com o total 26 (25).

GRÁFICO 9 – FUNDAÇÃO BRADESCO – ESCOLA DE MANAUS CURSO VISUAL VISION – GRAU DE INSTRUÇÃO

65%

30%

5%

Ensino Médio Superior Incom pleto Superior Com pleto

FO NT E: Fundação B radesco - Esco la de Manaus ( construção p rópria)

39

TABELA 2.8 – GRAU DE INSTRUÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA FUNDAÇÃO BRADESCO ESCOLA DE MANAUS – (Março de 2003)

CURSO Sexo

Administração de Sistemas de Informática 10º período F Administração Recursos Humanos 6º período F Ciências Biológicas Completo F Ciências Biológicas Completo F Ciências Biológicas 8º período F Educação Física Completo M Ensino Fundamental Incompleto F Ensino Fundamental Incompleto F Ensino Fundamental Incompleto F Ensino Médio Completo F Ensino Médio Completo F Ensino Médio Completo F Ensino Médio Completo F Ensino Médio Completo F Ensino Médio Incompleto M Ensino Médio Completo F Ensino Médio Completo F Ensino Médio Completo F Ensino Médio Incompleto M Geografia Completo M História Completo M História Completo M História e Filosofia Completo M Letras Completo M Letras 1º período F Letras Completo F Letras Completo F Letras Completo F Licenciatura em Agropecuária Completo M Licenciatura em Matemática Completo M Licenciatura em Matemática Completo M Odontologia Completo F Odontologia Completo F Pedagogia Completo F Pedagogia Completo F Pedagogia Completo F Pedagogia 8º período F Pedagogia 8º período F Pedagogia 8º período F Pedagogia 8º período F Pedagogia Completo F Pedagogia Completo F Pedagogia 8º período F Pedagogia Completo F Pedagogia Completo F Pedagogia 2º período F Superior? (não informado) Completo F Superior? (não informado) Completo M Fonte: Arquivo da Fundação Bradesco – Manaus (dados de março de 2003. Construção própria)

40

3. O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO NO PAÍS.

3.1 OS NÚMEROS DA FUNDAÇÃO BRADESCO NO PAÍS.

Contrariando algumas teorias do Economista Milton Friedman que defendia em seu

livro: “The social responsability of business is to increase its profits”, onde afirmava que a

responsabilidade social de uma empresa é aumentar seus lucros (SILVA, 2001) a

Fundação Bradesco tem, ao longo de toda à sua existência, investido cada vez mais na

área da educação. Educação de qualidade, principalmente para àquelas pessoas

excluídas e/ou marginalizadas socialmente. (Gráfico 10).

GRÁFICO 10 – RECURSOS APLICADOS EM EDUCAÇÃO (período de 1996 – 2001)

0 20 40 60 80 100 120 140

1

2

3

4

5

6

7

94,8

91,7

103,4

80,7

119,7

79,8

112,0

2002

2001

2000

1999

1998

1997

1996

RECURSOS APLICADOS EM EDUCAÇÃO

PREVISÃO


41

Reconhecidamente, é o maior investidor brasileiro na área social (in: Revista

Dinheiro, edição n.º 138, 2000, p.78), a Fundação Bradesco no ano de 2000, investiu

cerca de R$ 100 milhões, suficiente para manter, à época, uma folha de pagamento com

2.700 funcionários, além dos serviços de manutenção e de modernização da sua rede de

escolas. Para se ter uma idéia da ordem deste investimento, neste mesmo período, o

Banco do Brasil – que também atua na área social – investiu R$ 30 milhões. E, é o

segundo colocado. (supra).

Em 2001 foram aplicados mais de R$ 112 milhões (in: Relatório Anual, 2001). Os

valores dos investimentos, realizados pela Fundação Bradesco nas suas escolas (Tabela

2.9), chegam a se equiparar aos investimentos que a IBM americana aplica em suas

atividades sociais nos Estados Unidos da América, (in: Revista Dinheiro, edição n.º 138,

p.78) Vale ressaltar que, tradicionalmente, os países, ditos do primeiro mundo, investem

mais no ensino superior pois, nesses lugares o Estado atende melhor o ensino básico. O

que não ocorre nos países em desenvolvimento, como no caso do Brasil, (supra).

Com investimentos realizados no ano de 2001 foram atendidos 102.762 alunos.

Sendo que, destes 48.005 são da Educação Básica (isto é, Educação Infantil, Ensino

Fundamental, Ensino Médio e Profissionalizante) e os demais, 54.757 alunos, cursaram a

Educação de Jovens e Adultos - via Teleducação - e a Educação Profissional Básica.

(Tabela 3.1 e Gráfico 11).

TABELA 3.1 – NÚMEROS DE ALUNOS ATENDIDOS NO ANO DE 2001

Cursos – Nível de Ensino

N.º alunos

% TOTAL

Educação Infantil 3.293 3,20% Ensino Fundamental 29.190 28,41% Ensino Médio e Médio Profissionalizante 15.522 15,10% Educação de Jovens e Adultos 19.890 19,36% Educação Profissional Básica 34.867 33,93%

TOTAL 102.762 100,00%

Considerando os demais recursos aplicados em educação, nos últimos seis

anos, a Fundação Bradesco já investiu cerca de R$ 562,4 milhões. Em 2002, segundo

balancetes anuais publicados nos jornais, foram investidos mais de R$ 119,7 milhões.


42

Entretanto, os mais importantes são os resultados pedagógicos, alcançados pelo

trabalho desenvolvido nas suas escolas em todo o país. A média nacional, do seu índice

de aprovação no Ensino Fundamental Médio e Profissionalizante, dos últimos seis anos,

foi de 96,0 %. Conforme pode-se verificar no gráfico a seguir. (Gráfico 12).

GRÁFICO 12 – ÍNDICE DE APROVAÇÃO ESCOLAR

ÍNDICE DE APROVAÇÃO ESCOLAR

95,7

97,7

95,9 96,0

95,5

94,9

93,5

94,0

94,5

95,0

95,5

96,0

96,5

97,0

97,5

98,0

1 2 3 4 5 6

PERÍODO:1996 a 2001

1996 19991997 20001998 2001


GRÁFICO 11 – PORCENTAGEM DE ALUNOS POR SEGMENTO

PORCENTAGEM DE ALUNOS POR SEGMENTO

Ensino Médio e Médio

Profissionalizante15,10%

Ensino Fundamental

28,41%

Educação Infantil3,20%

Educação de Jovens e Adultos

19,36%

Educação Profissional Básica

33,93%

FONTE: Relatório de Atividades Sociais (2001)

43

O fato mais interessante, entretanto, é que, do total de alunos atendidos durante no

ano de 2001, mais de 90% destes são provenientes de famílias carentes. Isto pode ser

observado na Tabela 3.2 e no Gráfico 13 abaixo.

TABELA 3.2 – PERFIL DO ALUNO DA FUNDAÇÃO BRADESCO.

PERFIL DOS ALUNOS

N.º alunos

% TOTAL

Funcionários e filhos de funcionários 9.165 8,92% Filhos de não-funcionários. 93.597 91,08%

TOTAL 102.762 100,00%


GRÁFICO 13 – PERFIL DO ALUNO DA FUNDAÇÃO BRADESCO (2001).

8,92%

91,08%

PERFIL DO ALUNO DA FUNDAÇÃO BRADESCO

ALUNOS DA COMUNIDADE

FUNCIONÁRIOS E FILHOS DE FUNCIONÁRIOS

FONTE – Site da Fundação Bradesco.

44

TABELA 3.3 – ALUNOS FORMADOS ATÉ O ANO DE 2001

Cursos – Nível de Ensino

N.º alunos

% TOTAL

Ensino Médio 47.996 10,55% Ensino Fundamental 55.622 12,23% Outros Cursos 351.284 77,22%

TOTAL 454.902 100,00%


GRÁFICO 14 – ALUNOS FORMADOS ATÉ 2001

ALUNOS FORMADOS ATÉ 2001

12%11%

77%

Demais Cursos

Ensino MédioEnsino Fundamental


45

No gráfico 10 verificam-se os investimentos realizados em educação nos

últimos 7 anos. Como pode-se observar, no ano de 1999, ocorreu uma pequena queda

nos investimentos. Evidentemente, fica difícil uma análise mais profunda neste curto

período (7 anos) de tempo.

Independentemente dos investimentos realizados, neste período, as

Organizações Bradesco tem-se preocupado em manter suas escolas – em quase todo o

país – para atender a comunidade carente, como constatou em 1998 o professor Bruce R.

Scott, da Harvard Business School, dos Estados Unidos, quando em visita às instalações

da Fundação Bradesco, em São Paulo.

Na oportunidade, o citado professor – que preparou um estudo de caso para

discussão em sala de aula com os seus alunos – afirmou:

“Desde o seu início, o currículo do sistema Bradesco de educação tinha o

objetivo de não apenas ensinar os três “Rs”,12 mas também uma variedade de habilidades

paralelas. Cursos como ciências da computação, artes gráficas, serviços elétricos, costura,

primeiros socorros, tapeçaria, cuidados com crianças, e outras matérias estavam

12 A política dos 3 R’s surgiu por ocasião da realização da Conferência da Terra, na cidade do Rio de janeiro,

em 1992. Consiste num conjunto de ações adotadas para: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Esta política é válida para todo o tipo de resíduos (efluentes sólidos, líquidos e gasosos).

GRÁFICO 10 – RECURSOS APLICADOS EM EDUCAÇÃO (período de 1996 – 2001)

0 20 40 60 80 100 120 140

1

2

3

4

5

6

7

94,8

91,7

103,4

80,7

119,7

79,8

112,0

2002

2001

2000

1999

1998

1997

1996

RECURSOS APLICADOS EM EDUCAÇÃO

PREVISÃO


46

presentes devido à meta das escolas de criar valores focalizados em uma forte ética no

trabalho e um senso de responsabilidade social (LANCHINI, 2002).

Principalmente, realizando Cursos de Capacitação para a população de baixa

renda, uma vez que, através desses, a Fundação Bradesco tem gerado novas

oportunidades de renda ás famílias carentes. Essas, conseguem recursos próprios através

da vendas de bolos, artesanatos, corte de cabelo, etc., gerar uma renda extra e,

conseqüentemente, melhorar seu padrão de vida.

TABELA 3.4 – NÚMERO DE ALUNOS (PERÍODO DE 1982 – 2002)

PERCENTUAL DE CRESCIMENTO

ANO

ALUNOS

ANO ANTERIOR

ANO DE 1982

1982 17.550 100,0% 100,0% 1983 22.100 125,9% 125,9% 1984 26.000 117,6% 148,1% 1985 33.000 126,9% 188,0% 1986 36.250 109,8% 206,6% 1987 40.000 110,3% 227,9% 1988 44.000 110,0% 250,7% 1989 53.000 120,5% 302,0% 1990 68.500 129,2% 390,3% 1991 70.225 102,5% 400,1% 1992 79.000 112,5% 450,1% 1993 85.000 107,6% 484,3% 1994 92.204 108,5% 525,4% 1995 95.321 103,4% 543,1% 1996 95.726 100,4% 545,4% 1997 95.857 100,1% 546,2% 1998 97.368 101,6% 554,8% 1999 98.134 100,8% 559,2% 2000 100.772 102,7% 574,2% 2001 102.762 102,0% 585,5% 2002 103.168 100,4% 587,9%

FONTE: Site da Fundação Bradesco. (construção própria)

Ao lado da primeira coluna, da Tabela 3.4, observa-se o número de alunos

atendidos pela Fundação Bradesco, ano-a-ano. Na terceira coluna verifica-se o aumento

percentual de um ano em relação ao ano imediatamente anterior. A última coluna mostra o

crescimento do número de alunos em relação ao ano de 1982. Observa-se que, nas

últimas duas décadas, ocorreu o crescimento de, praticamente, seis vezes do número

inicial de alunos.

47

No gráfico 15, destacam-se três períodos – bem distintos. No primeiro,

compreendido entre 1982 a 1988, observa-se um crescimento vertiginoso nos

investimentos realizados pelo Grupo Bradesco junto às suas escolas em todo o país.

Segundo Arruda (1999), o Brasil estava passando pelo período de abertura política, o

início das reformas partidárias com a criação do pluripartidarismo, surgimento dos novos

partidos como PDT, PT, PDS. O clima político-econômico era instável, a inflação estava

em alta – em 1982 atingiu 99,7%, conforme GREMAUD (2002) – ocorriam várias

manifestações públicas pelas “diretas já” (Eleições). Do ponto de vista financeiro, era o

ponto alto dos rendimentos bancários, através das aplicações de overnight. Era a época

da, assim denominada, “ciranda financeira”.

GRÁFICO 15 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS (PERÍODO DE 1982–2002)

17.550

22.100

26.000

33.000

36.250

40.000

44.000

53.000

68.500

70.225

79.000

85.000

92.204

95.321

95.726

95.857

97.368

98.134

100.772

102.762

103.168

0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

1994

1993

1990

1984

2002

1995

1986

1985

1992

1987

1988

1991

1989

1983

1982

2001

20001999

1998

19971996


CONSTITUIÇÃO

PLANO REAL

?

48

No segundo período, entre 1989 a 1994, o Brasil ainda apresentava altas taxas de

inflação, no que pese os esforços desenvolvidos pela equipe do governo do Presidente

José Sarney13. Do ponto de vista político, uma das maiores contribuições do Governo José

Sarney foi à realização da Assembléia Nacional Constituinte. A partir de então, com

aprovação da nova Constituição Brasileira14, a sociedade, em geral, e o comércio, em

particular, estavam aguardando os possíveis impactos com as mudanças da nova carta.

Realizada, a nova constituição – dentre tantos artigos – alterou o artigo que trata

da definição da empresa nacional. Dessa forma, abriu as portas para que o capital

estrangeiro pudesse participar das empresas nacionais.

Por outro lado, com a posse do novo presidente, a partir de março de 1990,

Fernando Collor, ocorrem mudanças radicais no plano econômico nacional. As principais

medidas adotadas, segundo GREMAUD (2002), foram:

• A reforma monetária;

• A reforma administrativa e fiscal;

• Congelamento de preços e desindexação dos salários em relação à inflação;

• A mudança do regime cambial e, finalmente,

• A mudança da política comercial.

Esta última medida, também chamada de “abertura comercial”, permitiu a entrada

de produtos estrangeiros e, sobretudo, a concorrência das empresas internacionais com

as nacionais, forçando os empresários brasileiros em investir em treinamentos e

equipamentos para tornar suas empresas mais competitivas. O impacto destas mudanças,

associado a uma política econômica restrita ao controle de fluxo de caixas, gerou a

recessão de 1992 (GREMAUD), o comprometimento pela baixa arrecadação de impostos,

pelas elevadas taxas de juros e, principalmente, pelo quadro político desfavorável com a

abertura do processo de “impeachment” do presidente Fernando Collor contribuíram para

beneficiar os especuladores do sistema financeiro. Em relação aos investidores

estrangeiros, GREMAUD (Op. Cit.): “em uma semana de aplicação no Brasil recebia o

correspondente a um ano no exterior”.

No Gráfico 3.15, observa-se que no citado período o crescimento do número de

alunos é bastante discreto. Isto é, o crescimento verifica-se num ambiente de expectativa

(cautela), na perspectiva de nova mudança político-econômica. Mesmo assim, ocorreram

“picos” de investimentos nas escolas da Fundação Bradesco nos anos seguintes. Apesar

de ocorrer, nestes mesmos anos, uma queda dos lucros líquidos em relação ao patrimônio

líquido. (Tabela 3.5 e Gráfico 16). Ressalta-se, também, neste período o falecimento do

Sr. Amador Aguiar, em fins de janeiro de 1991. Em outras palavras, apesar das mudanças

13 O Presidente José Sarney governou o Brasil no período de março de 1985 à março de 1990. 14 Promulgada em 5 de outubro de 1988.

49

e incertezas político-econômicas, o Grupo Bradesco continuava a acreditar na realização

do sonho do Sr. Amador Aguiar: “Criar em cada estado brasileiro, pelo menos uma

escola para atender as pessoas carentes em cada parte do país.”

GRÁFICO 16 – LUCRO LÍQUIDO VERSUS PATRIMÔNIO LÍQUIDO (período 1982 – 2002)

21,6%

12,2%

18,7%

22,2%21,5%

16,3%

16,0%

14,9%

15,1%

11,2%

13,7%

11,5%

8,0%

13,5%

14,5%14,3%

17,2%

21,2%

17,5%

15,2%15,2%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 1982 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 2002

FONTE: Balancetes Publicados (ver referências bibliográficas 28 a 41).

TABELA 3.5 – LUCRO LÍQUIDO E INVESTIMENTOS NAS ESCOLAS DA FUNDAÇÃO BRADESCO EM VALORES ABSOLUTOS (PERÍODO 1982 – 2002)

MOEDA

ANO

ALUNOS

LUCRO LÍQUIDO (LL)

INVESTIMENTO FB

(IFB)

IFB/LL (%)

ALUNO PER CAPITA

(absolutos) (percentuais) Cr$ 1982 17.550 54.330.199.000 5.800.000.000 10,68% 330.484 0,000057 Cr$ 1983 22.100 137.862.970.000 4.900.000.000 3,55% 221.719 0,000045 Cr$ 1984 26.000 433.201.673.000 20.000.000.000 4,62% 769.231 0,000038 Cr$ 1985 33.000 2.006.148.557.000 107.000.000.000 5,33% 3.242.424 0,000030 Cz$ 1986 36.250 3.884.235.114 301.000.000 7,75% 8.303 0,000028 Cz$ 1987 40.000 15.274.524.000 1.652.000.000 10,82% 41.300 0,000025 Cz$ 1988 44.000 149.700.000.000 8.700.000.000 5,81% 197.727 0,000023

NCz$ 1989 53.000 4.018.000.000 319.000.000 7,94% 6.019 0,000019 Cr$ 1990 68.500 27.308.444.000 4.831.000.000 17,69% 70.526 0,000015 Cr$ 1991 70.225 173.916.558.000 24.000.000.000 13,80% 341.759 0,000014 Cr$ 1992 79.000 3.579.815.827.000 334.000.000.000 9,33% 4.227.848 0,000013 CR$ 1993 85.000 120.349.855.000 11.018.000.000 9,15% 129.624 0,000012 R$ 1994 92.204 445.712.000 61.245.000 13,74% 664 0,000011 R$ 1995 95.321 540.119.000 67.725.000 12,54% 710 0,000010 R$ 1996 95.726 824.493.000 79.753.000 9,67% 833 0,000010 R$ 1997 95.857 830.512.000 80.668.000 9,71% 842 0,000010 R$ 1998 97.368 1.012.000.000 94.804.000 9,37% 974 0,000010 R$ 1999 98.134 1.105.000.000 91.723.000 8,30% 935 0,000010 R$ 2000 100.772 1.740.000.000 103.725.000 5,96% 1.029 0,000010 R$ 2001 102.762 2.170.000.000 112.087.000 5,17% 1.091 0,000010 R$ 2002 103.322 2.023.000.000 119.755.000 5,92% 1.161 0,000010

FONTE: Balancetes Publicados (ver referencias bibliográficas 35 a 48).

50

Finalmente, no terceiro período, compreendido entre 1994 a 2002, onde se verifica

que o crescimento de alunos é ainda mais lento. Principalmente, após o ano de 1994, com

a aprovação do plano real e a conseqüente estabilização da moeda, decretando o fim da

ciranda financeira. Com a estabilização monetária, os bancos precisaram cobrar maiores

taxas de seus serviços. Muitos bancos faliram ou foram anexados a um outro banco de

maior porte. Nesta fase, o Banco Bradesco, assim como os demais, atravessou momentos

difíceis.

O que pode-se observar, na tabela 3.6 e no gráfico acima, que no período Collor e

Real ocorreu o maior variação no número de funcionários do Bradesco. Isto é, as maiores

demissões. Entre 1990 a 1996 foram 57.769 funcionários demitidos, correspondendo a

50,94% do quadro funcional de 1990.

No entanto, após este difícil momento de adaptação às novas medidas

econômicas, observa-se, a partir de 1997, um crescimento contínuo no quadro funcional.

Inclusive, com a aquisição de novos bancos e conseqüente incremento no número de

agências em todo o País.

TABELA 3.6 – VARIAÇÃO FUNCIONAL (período 1982 – 2002)

FUNCIONÁRIOS ANOS

ALUNOS absoluto base 1982 anterior

1982 17.550 96.085 100% 100% 1983 22.100 109.299 114% 14% 1984 26.000 125.881 131% 15% 1985 33.000 158.983 165% 26% 1986 36.250 147.000 153% – 8% 1987 40.000 147.933 154% 1% 1988 44.000 138.000 144% –7% 1989 53.000 128.836 134% –7% 1990 68.500 113.403 118% –12% 1991 70.225 90.117 94% –21% 1992 79.000 80.572 84% –11% 1993 85.000 74.580 78% –7% 1994 92.204 68.430 71% –8% 1995 95.321 61.890 64% –10% 1996 95.726 55.634 58% –10% 1997 95.857 62.450 65% 12% 1998 97.368 64.226 67% 3% 1999 98.134 66.573 69% 4% 2000 100.772 65.804 68% –1% 2001 102.762 65.713 68% 0% 2002 103.168 74.393 77% 13%

FONTE: Balancetes financeiros publicados em vários jornais (construção própria) (cedidos gentilmente pela Diretoria Geral do Bradesco)

51

GRÁFICO 17 – VARIAÇÃO DO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR (Período 1982 – 2002).

-40%

-20%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

PLANO REAL

EFEITO COLLOR

FONTE: Síntese de balancetes publicados nos jornais.(veja referências bibliográficas 35 a 48)

maiores demissões iniciam-se novas admissões Em 1986 começam as demissões

52

No gráfico abaixo (Gráfico 18), observa-se os investimentos realizados, nas escolas

da Fundação Bradesco em todo o País, por aluno, ano-a-ano. Isto é, a razão entre o valor

total de investimentos realizados nas escolas pelo número de alunos. A relação está

apresentada em termos percentuais.

Pode-se observar que, nos últimos 20 anos, os investimentos per capita

decresceram quase sessenta vezes. Em outras palavras, em 1982, os investimentos –

alunos – eram 5,7 vezes superiores aos de hoje!

De acordo com os balancetes anuais publicados no período – 1982 a 2002 – fica

difícil identificar a causa (ou causas) desta queda acentuada nos investimentos per capita,

entre 1982 e 1983. Pode ser um caso pontual ou mesmo uma queda providencial para

corrigir prováveis desvios financeiros. Para uma análise mais precisa faz-se necessário

acessar os balancetes anteriores ao ano de 1982 – pelo menos, dos últimos 5 anos – o que

foge do período proposto pela presente dissertação de mestrado (1982 – 2002).

Mesmo se tratando de um trabalho social de alto alcance, ressalta o quanto as

Organizações Bradesco poderiam ter realizado se, nestes últimos 20 anos, tivesse mantido

em termos percentuais, os investimentos relativos ao ano de 1982.Certamente, uma maior

qualidade e bem maior quantidade de alunos teriam sido beneficiados.

GRÁFICO 19 – INVESTIMENTOS PER CAPITA (período: 1982 - 2002)

0,000000 0,000010 0,000020 0,000030 0,000040 0,000050 0,000060

1

4

7

10

13

16

19

FONTE: Síntese de balancetes publicados nos jornais.(veja referências bibliográfica 35 a 48)

2002

2001

2000

1999

1998

1997

1996

1995

1994

1993

1992

1991

1990

1989

1988

1987

1986

1985

1984

1983

1982

53

A linha central do gráfico 16 apresenta a tendência entre o Lucro Líquido e o

Patrimônio Líquido das Organizações Bradesco. Observa-se, apesar da ligeira queda

apresentada no ano de 2002, uma média crescente. No entanto, o mesmo não se verifica

quando comparam-se os investimentos per capita (vide gráfico 18).

Denota-se ser altamente recomendável e oportuna à retomada da Responsabilidade

Social nos termos da Estratégia de marketing, na busca dos índices do primeiro período

(1982 –1989).

GRÁFICO 16 – LUCRO LÍQUIDO VERSUS PATRIMÔNIO LÍQUIDO (período: 1982 – 2002)

21,6%

12,2%

18,7%

22,2%21,5%

16,3%

16,0%

14,9%

15,1%

11,2%

13,7%

11,5%

8,0%

13,5%

14,5%14,3%

17,2%

21,2%

17,5%

15,2%15,2%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 1982 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 2002

FONTE: Todas estas informações foram compiladas dos balancetes anuais publicados na imprensa

de São Paulo. Os dados relativos aos anos de 1997 ao ano de 2002 foram obtidos no site www.bradesco.com.br

54

Na tabela 3.5, pode-se observar, no período de 1982 a 2002, a relação entre o Lucro

Líquido, Investimentos na Fundação Bradesco, número de alunos atendidos e, os

respectivos percentuais. .

TABELA 3.5 – LUCRO LÍQUIDO E INVESTIMENTOS NAS ESCOLAS DA FUNDAÇÃO BRADESCO EM VALORES ABSOLUTOS (PERÍODO 1982 – 2002)

MOEDA

ANO

ALUNOS

LUCRO LÍQUIDO (LL)

INVESTIMENTO FB

(IFB)

IFB/LL (%)

ALUNO PER CAPITA

(absolutos) (percentuais) Cr$ 1982 17.550 54.330.199.000 5.800.000.000 10,68% 330.484 0,000057 Cr$ 1983 22.100 137.862.970.000 4.900.000.000 3,55% 221.719 0,000045 Cr$ 1984 26.000 433.201.673.000 20.000.000.000 4,62% 769.231 0,000038 Cr$ 1985 33.000 2.006.148.557.000 107.000.000.000 5,33% 3.242.424 0,000030 Cz$ 1986 36.250 3.884.235.114 301.000.000 7,75% 8.303 0,000028 Cz$ 1987 40.000 15.274.524.000 1.652.000.000 10,82% 41.300 0,000025 Cz$ 1988 44.000 149.700.000.000 8.700.000.000 5,81% 197.727 0,000023

NCz$ 1989 53.000 4.018.000.000 319.000.000 7,94% 6.019 0,000019 Cr$ 1990 68.500 27.308.444.000 4.831.000.000 17,69% 70.526 0,000015 Cr$ 1991 70.225 173.916.558.000 24.000.000.000 13,80% 341.759 0,000014 Cr$ 1992 79.000 3.579.815.827.000 334.000.000.000 9,33% 4.227.848 0,000013 CR$ 1993 85.000 120.349.855.000 11.018.000.000 9,15% 129.624 0,000012 R$ 1994 92.204 445.712.000 61.245.000 13,74% 664 0,000011 R$ 1995 95.321 540.119.000 67.725.000 12,54% 710 0,000010 R$ 1996 95.726 824.493.000 79.753.000 9,67% 833 0,000010 R$ 1997 95.857 830.512.000 80.668.000 9,71% 842 0,000010 R$ 1998 97.368 1.012.000.000 94.804.000 9,37% 974 0,000010 R$ 1999 98.134 1.105.000.000 91.723.000 8,30% 935 0,000010 R$ 2000 100.772 1.740.000.000 103.725.000 5,96% 1.029 0,000010 R$ 2001 102.762 2.170.000.000 112.087.000 5,17% 1.091 0,000010 R$ 2002 103.322 2.023.000.000 119.755.000 5,92% 1.161 0,000010

FONTE: Balancetes Publicados (ver referencias bibliográficas 35 a 48).

55

Em relação ao Índice de Evasão Escolar (Gráfico 19), a média dos seis anos é de

2,88% alunos. Para uma escola como a Fundação Bradesco – educação gratuita,

alimentação, assistência médica e odontológica, material escolar, uniforme, etc. tudo sem o

menor custo ou taxa para o aluno ou para sua família – parece estranho existir, por menor

que seja, algum índice de evasão escolar. Mas, existe! No entanto, as mesmas ocorrem em

razão de transferências dos pais dos alunos ou pelo fato do aluno desejar fazer o ensino

médio numa outra escola, em curso profissionalizante que a Fundação Bradesco não tem.

GRÁFICO 19 – ÍNDICE DE EVASÃO ESCOLAR (PERÍODO DE 1982 - 2002)

3,2%

3,0%

2,8%

2,5%

3,0%2,8%

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

1 2 3 4 5 6

ÍNDICE DE EVASÃO ESCOLAR DOS ÚLTIMOS 6 ANOS

1996 1997 1998 1999 2000 2001


56

Pode-se observar, no gráfico 20, que a relação percentual existente entre a Região

Sudeste e a Centro-Oeste é de 4,68; entre a Região Nordeste e a Centro-Oeste é de 2,98;

entre a Região Norte e a Centro-Oeste é de 1,67 e, finalmente, entre a Região Sul e a

Centro-Oeste, com 1,21.

Em outras palavras, apesar de ser uma região – economicamente – rica, a Fundação

Bradesco atende, na mesma, quase 5 vezes o número de alunos que atende na Região

Centro-Oeste.

As Regiões Nordeste e Norte, por serem economicamente menos desenvolvidas que

a Região Sudeste, deveria, pelos menos teoricamente, ter uma maior concentração de

alunos atendidos pelas escolas da Fundação Bradesco, pois, a princípio lá estão a maior

concentração percentual de famílias com baixa renda e, portanto, necessitam de uma maior

atenção por parte destas escolas.

Naturalmente, mesmo com esses desníveis de atendimento, alguma ação positiva

está sendo realizada nestas regiões tão carentes de recursos. O que, por si só, é louvável.

Mas, a direção maior da Fundação Bradesco precisa atentar para estes detalhes.

GRÁFICO 20 – PERFIL DOS ALUNOS ATENDIDOS EM 2001 (SEGUNDO A REGIÃO)

8,66%

10,48%

14,52%

25,81%

40,53%

0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 45,00%

1

Centro-Oeste

Sul

Norte

Sudeste

Nordeste


57

3.2 OS NÚMEROS DOS FUNCIONÁRIOS

A partir do fato que as Organizações Bradesco, através de sua Fundação, realizam o

maior trabalho social de resgate à cidadania no Brasil, oferecendo educação de qualidade,

com toda a infra-estrutura necessária para atender, principalmente, às famílias e

comunidades menos favorecidas economicamente, seria incoerente, da sua parte, nada

fornecer aos seus funcionários. Afinal, é por meio destes que o Grupo Bradesco cresce a

cada dia. Conforme afirmou a Professora Dra. Maria Cecília, no texto de apresentação do

livro “Ética e Responsabilidade Social nos Negócios” (ASHLEY, 2002), a primeira

responsabilidade social de uma empresa, o seu primeiro compromisso social deve ser com

os seus empregados. E, para as Organizações Bradesco não tem sido diferente.

No ano de 2001, segundo o Relatório de Atividades Sociais, as Organizações

Bradesco investiram na área de treinamento profissional cerca de R$ 37,3 milhões. Em

média, cada funcionário participou de três cursos. Estes treinamentos são voltados tanto

para o crescimento profissional, quanto o pessoal.

Ao encerrar suas atividades, no ano de 2001, as Organizações Bradesco contavam

com 65.713 funcionários e, entre a folha de pagamento, os encargos sociais e os

benefícios, foram mais de 3 bilhões de reais. Interessante observar que cerca de 45% do

total são constituídos de mulheres. (Gráfico 21).

Na Fundação Bradesco são 2.555 funcionários em todo o Brasil. O Grupo Bradesco

procura, antes de qualquer contratação externa, estimular o desenvolvimento de seus

funcionários, incentivando-os por meio de recrutamento interno, com possibilidades de

ocuparem cargos mais elevados.

Quase metade dos seus funcionários – 31.894 – está “na casa” há mais de dez

anos. Isto é, 48,5%. Na faixa etária dos 20 aos 29 anos encontramos pouco mais de 26 mil.

O que indica, que a grande maioria dos funcionários – aproximadamente 36 mil – são

profissionais mais experientes (entre 30 e 49 anos). Existe uma política de equilíbrio do

número de funcionários mais jovens e os mais maduros, mais experientes. (Gráfico 22).

“Entendemos que a primeira responsabilidade social deve existir com relação aos empregados da empresa”.

Profª. Dr.ª Maria Cecília Coutinho de Arruda

Prof. Adjunta da EAESP-FGV

58

GRÁFICO 22 – PERFIL DOS FUNCIONÁRIOS DO BRADESCO EM 2001

2%

40%

41%

3 %

14 %

ATÉ 19 ANOSACIMA DE 50 ANOS

40 à 49 ANOS

20 à 29 ANOS

30 à 39 ANOS

SEGUNDO A FAIXA ETÁRIA

FONTE: Relatório de Atividades Sociais - 2001

GRÁFICO 21 – PERFIL DOS FUNCIONÁRIOS DO BRADESCO EM 2001 (SEGUNDO O SEXO)

55%

45%HOM ENSM ULHERES


59

GRÁFICO 23 – INVESTIMENTOS EM TREINAMENTO (R$ MILHÕES)

29,1

37,3

43,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

12000 2001 2002

INVESTIMENTOS EM TREINAMENTO (R$ MILHÕES)


No ano de 2000, em relação ao treinamento de seus funcionários, foram investidos

aproximadamente R$ 29,1 milhões. Cerca de 3.072.000 horas – ou R$ 37,3 milhões – foram

realizadas, em treinamento, durante o ano de 2001. Mais de R$ 43 milhões (Gráfico 23)

devem ser aplicados em programas de desenvolvimento profissional para o ano de 2002.

Naturalmente, na busca da melhor tecnologia a serviço dos seus clientes, o setor de

desenvolvimento profissional das Organizações Bradesco não poderia ficar para trás.

Através do sistema de treinamento interno, TreiNet, são oferecidos para todos os

seus funcionários oito programas:

1. Integração e básico bancário;

2. Matemática financeira;

3. Mercado financeiro e investimentos;

4. Empréstimos e financiamentos;

5. Plataforma de apoio a negócios;

6. Contabilidade empresarial e análise de balanços;

7. Controles Internos;

8. Serviços de Conveniência.

60

Com este sistema, o Grupo Bradesco consegue disponibilizar para todos os seus

funcionários cursos atualizados, democratizando, assim, o ensino profissional, além de

diminuir os custos com hotéis e demais despesas com viagens.

Mas, a responsabilidade social, em relação aos seus empregados, não se limita

apenas à parte de treinamentos. Na área de benefícios, por exemplo, no ano de 2001 foram

realizados cursos de MBA para 112 funcionários, de extensão universitária para outros 38 e,

de pós-graduação (Mestrado) a seis e, 23 de especialização. Foram realizar cursos, no

exterior, 50 funcionários. (Gráfico 24).

GRÁFICO 24 – QUANTIDADE DE FUNCIONÁRIOS EM CURSOS (BENEFÍCIOS 2001)

112

50

38

23

6

0 20 40 60 80 100 120

1

MESTRADO

ESPECIALIZAÇÃO

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

MBA

EXTERIOR


61

O programa de financiamento para os funcionários – da Fundação Bradesco e das

empresas do Grupo Bradesco – com taxas de juros abaixo das praticadas pelo mercado,

financiou R$ 2.782.876,00 para a aquisição de 1.177 computadores; para a compra de

veículos, a importância de R$ 49.952.843,00. Para adquirir imóveis foram destinados aos

funcionários R$ 15.627.375,00. Em empréstimos pessoais oferecidos a juros subsidiados

foram mais de R$ 36 milhões. (Gráfico 25).

Deste modo constata-se que as Organizações Bradesco procuram disponibilizar

recursos aos seus funcionários a fim de que possam adquirir sua casa, seu veículo, seu

computador, pagar sua faculdade, pagar seus compromissos, com juros abaixo do valor de

mercado. Este componente de sua Responsabilidade Social parece ser o fator interno

principal para que seus projetos sejam bem-sucedidos.

As Organizações Bradesco, além de disponibilizar recursos financeiros aos seus

funcionários, também oferece plano de assistência médica e dentária, através do Bradesco

Saúde e Bradesco Dental, aos seus funcionários que, podem escolher – dentre os filiados –

uma vasta gama de médicos e dentistas, extensivos à sua família. No gráfico 26 verifica-se

que mais de 40% dos funcionários possuem entre 10 e 20 anos de trabalho.

Fonte: Relatório de atividades sociais - 2002 Figura 3. 13

GRÁFICO 25 – FINANCIAMENTOS PARA OS FUNCIONÁRIOS – 2001 (R$ MILHÕES)

2,7

16,6

36,5

49,9

IMÓVEISVEÍCULOS

EMPRÉSTIMOSPESSOAIS

COMPUTADORES

FONTE: Relatório de Atividades Sociais – 2001

62

Possivelmente, por terem encontrado nas Organizações Bradesco, além de um

ótimo ambiente de trabalho, atraentes benefícios sociais.

Observa-se, no gráfico 27, que mais de 70% dos funcionários possuem ensino

médio completo. Em comparação com algumas empresas pode ser considerado um fator

positivo mas, visto por outro lado, pode-se pensar que, devido às atividades bancárias

serem muito intensas, muitos não conseguem cursar uma faculdade pois precisam trabalhar

além do expediente. Fato a estudar.

EM GRÁFICO 26 – PERFIL DOS FUNCIONÁRIOS DO BRADESCO 2001

41%

36%

15%

8%

SEGUNDO TEMPO DE CASA

DE 5 A 10 ANOS

ATÉ 5 ANOS

DE 10 A 20 ANOS

MAIS DE 20 ANOS


GRÁFICO 27 – PERFIL DOS FUNCIONÁRIOS DO BRADESCO EM 2001

8%

20%

73%

ENSINO MÉDIO COMPLETO

SUPERIOR COMPLETO

ENSINO FUNDAMENTAL COMPLETO

SEGUNDO A ESCOLARIDADE


SEGUNDO A ESCOLARIDADE

63

3.3 RECONHECIMENTOS

Se, durante toda a sua existência15, as atividades sociais realizadas pelas

Organizações Bradesco se limitassem apenas às suas 39 escolas localizadas em

todos os estados e também na capital do Brasil, particularmente, na periferia e nas

áreas rurais, onde se concentra a maioria da população de baixa renda e, portanto, a

mais necessitada, sem destacar-se quaisquer outras atividades de caráter social,

além das desenvolvidas por intermédio das escolas da Fundação Bradesco, poder-

se-ia dizer que teriam realizado um grande trabalho social de resgate à cidadania.

Mas, carecendo da devida divulgação, às atividades sociais vão além dos trabalhos

realizados pelas suas escolas. Neste capítulo procura-se destacar algumas.

A criação da Fundação Bradesco ocorreu em 1956. A partir de 1953, o

Bradesco inaugurou em Osasco, São Paulo, àquela que seria o grande centro

administrativo de suas operações: a Cidade de Deus. Uma área ocupada por

escolas, prédios administrativos, centro de treinamento profissional. O nome –

Cidade de Deus – foi inspirado num livro homônimo escrito por Santo Agostinho. A

partir de então, a Matriz deixava o centro financeiro de São Paulo e ia para a “Cidade

de Deus”. Tratou-se de uma decisão bastante arrojada e empreendedora – principal

característica do Bradesco – principalmente, quando na oportunidade não havia uma

única linha telefônica interligando às duas cidades!

15 O Banco Bradesco foi oficialmente inaugurado em 10 de março de1943.

"Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto".

Albert Einstein

64

Em 1996, através da Fundação

Bradesco, a Prefeitura Municipal

de Osasco16 recebeu um prédio

onde foi instalado um Hospital e

Maternidade para prestar

assistência médica, principal-

mente, à população carente da

Zona Norte de Osasco. Com 136

leitos, atende as especialidades

de clínica médica, cirúrgica,

ginecológica, obstétrica e UTI. Antes da inauguração deste hospital, onde foram

investidos mais de 4 milhões de reais, a Prefeitura de Osasco recebeu a doação de

dez creches. Todas construídas pelo Banco Bradesco.17 O hospital e maternidade

Amador Aguiar está localizado no Jardim Aliança, à avenida Getúlio Vargas, 1260.

O “seu” Amador Aguiar, como carinhosamente era chamado, sempre foi um

empreendedor que acreditava no compromisso social responsável. Todavia, como

conseqüência natural de suas inúmeras realizações, recebeu várias homenagens e

comendas, destacadas a seguir.

Reconhecimentos ao Sr. Amador Aguiar:

• ORDEM DO MÉRITO DO TRABALHO

Em decreto de 4.5.81, o Presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo outorgou ao Sr. Amador Aguiar a Ordem do Mérito do Trabalho, no grau de Grã-Cruz. As solenidades de entrega da Comenda aconteceram na Cidade de Deus, em 25.06.81, presididas pelo Dr. Murilo Macedo, Ministro do Trabalho.

• ORDEM NACIONAL DO MÉRITO EDUCATIVO

Outorgada ao Sr. Amador Aguiar pelo Presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo, com a presença da Ministra da Educação, Sra. Ester Figueiredo Ferraz, em 24 de novembro de 1983, no Salão Nobre do Bradesco.

16 O município de Osasco foi criado em 30/12/1958 pela Lei Nº 5121. Com os seus 800 mil habitantes

é a 5ª maior cidade do Estado de São Paulo, sendo considerada a capital da região oeste 17 Um novo hospital para Osasco. Revista Bradesco, p. 33. Ano 1995 (?) n.º (?).

FIGURA 21: Hospital e Maternidade Amador Aguiar

FONTE: www.celsogiglio.net

65

• GRANDE MEDALHA DA INCONFIDÊNCIA Conferida ao Sr. Amador Aguiar, em 21 de abril de 1984, pelo então governador de Minas Gerais, Sr. Tancredo de Almeida Neves.

• LEGIÃO DE HONRA DA FRANÇA

No grau de Cavaleiro, outorgado ao Sr. Amador Aguiar, em 14 de julho de 1985. Essa ordem foi criada por Napoleão Bonaparte, em 1802.

• MEDALHA JOÃO RIBEIRO

Conferida ao Sr. Amador Aguiar, em 12 de dezembro de 1985, pela Academia Brasileira de Letras.

• TROFÉU PRÊMIO TENDÊNCIA 1986 - PERSONALIDADE EMPRESARIAL

Conferida ao Sr. Amador Aguiar, em maio de 1986, pela Bloch Editores, considerando seu incansável trabalho na área de educação.

• CIDADÃO BENEMÉRITO DE PARANAVAÍ – PR

Título conferido ao Sr. Amador Aguiar, em novembro de 1987, pela Prefeitura Municipal de Paranavaí, em agradecimento à construção da Escola da Fundação Bradesco naquela cidade.

• ORDEM DO SOL NASCENTE, RAIOS DE OURO COM LAÇO. Maior condecoração outorgada a civis não japoneses no Brasil, pelos relevantes serviços prestados aos imigrantes nipônicos, foi entregue ao Sr. Amador Aguiar em 14.12.88, em nome do Governo do Japão.

Sabe-se que, um empreendimento é muito mais que o trabalho isolado do seu

idealizador. No entanto, sem a sua presença e a liderança, por melhor que seja a equipe, o

trabalho não tem a mesma dimensão, o mesmo sentido.

As organizações Bradesco, na área bancária, tem-se destacado ao longo dos anos

pela sua capacidade de superação e adaptação aos desafios que surgem a cada dia. E, em

razão disso, tem recebido inúmeros prêmios. Em 2001, foram 50 que atestam, a partir de

opiniões independentes, a liderança do Bradesco em seu mercado e, sobretudo, a

qualidade dos produtos e serviços que oferece.(Relatório Anual, 2001).

66

No ano de 1999, a Fundação Bradesco recebeu, dentre vários prêmios18, os

seguintes:

Prêmio Bem Eficiente (Consultoria Kanitz & Associados)

Eficiência administrativa, idoneidade e correta aplicação de recursos. Eis os

predicados que levaram a Fundação Bradesco a ganhar o prêmio Bem Eficiente de 1999,

promovido pela Consultoria Kanitz & Associados, que aponta as 50 principais entidades

filantrópicas do País. O objetivo da premiação é estimular o bom desempenho das

instituições beneficentes.

Top Social (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil)

A Fundação Bradesco conquistou esse prêmio com o seu projeto de Educação

Integral, que patrocina estudantes de todas as idades na Educação Básica e formação

profissional. Aos alunos dos cursos de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio-

Profissionalizante, a Fundação oferece, gratuitamente, alimentação, material escolar,

uniforme e assistência médico-odontológica.

Top de Ecologia (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil)

A Fundação Bradesco conquistou o Top de Ecologia com o “Projeto de Preservação

do Boto”, desenvolvido em Laguna, SC. O projeto tem o objetivo de destacar as empresas

que garantem o crescimento econômico sem degradar o meio ambiente e, ainda, as

empresas que contribuem pela conservação ambiental.

PNBE de Cidadania (Pensamento Nacional das Bases Empresariais)

Este prêmio foi concedido pelo Pensamento Nacional das Bases Empresariais

(PNBE), entidade brasileira não-governamental, formada por empresários de todos os

ramos da atividade econômica, com reconhecimento público à Fundação Bradesco na área

de Educação, por ter sido classificada entre as entidades que se destacaram por seus atos

de cidadania.

18 Todos, a seguir, são relatados no site da Fundação Bradesco.

67

Em 2000, a Fundação Bradesco recebeu, os seguintes prêmios:

Prêmio Darcy Ribeiro de Educação (Câmara dos Deputados Federais)

Homenagem especial da Câmara dos Deputados à Fundação Bradesco, por

considerá-la a entidade que melhores serviços prestou à educação no País, num

reconhecimento a importância social de sua obra.


Esse prêmio dá visibilidade e divulgação às organizações que promovem o bem-

estar social como parte direta ou indireta da estratégia de desenvolvimento de seus

negócios. A Fundação Bradesco conquistou-o pelo desenvolvimento do programa de ensino

de informática para deficientes visuais. O curso ainda foi colocado em exposição na VII

Feira Internacional de Educação, o maior evento do gênero na América Latina, realizado em

maio de 2000, em São Paulo.

Victor Civita – Professor Nota 10 (Fundação Victor Civita)

Prêmio concedido a dois professores da Fundação Bradesco pela coordenação dos

projetos de estudos sobre energia nuclear e ensino de Inglês para interagir com turistas. O

estudo que abordou a energia nuclear foi desenvolvido por alunos da 8ª série da Escola de

Aparecida de Goiânia que, em contato com diferentes realidades, puderam conhecer os

múltiplos aspectos na manipulação do átomo, desde a contribuição para o progresso da

humanidade até os seus riscos, sob a coordenação da professora Maria de Lourdes Melo

Caixeta. O segundo, abordou a prática de Inglês e o convívio com turistas em Conceição do

Araguaia, cidade do sul do Pará que se destaca no mapa como exuberante santuário

ecológico. Com o nome “Aprender Inglês para interagir com o turista”, o projeto foi

coordenado pela professora Shinésia Maria Silva Oliveira.

68

Top de Ecologia (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil)

A Fundação Bradesco conquistou o prêmio Top de Ecologia com o “Projeto

Quelocan”, desenvolvido pela Escola de Canuanã, cujo objetivo é evitar a caça predatória

das tartarugas. Participaram da iniciativa (que vem contribuindo para criar uma consciência

ambiental, através de um processo duradouro) professores, alunos, a comunidade, o

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e o Centro Nacional de Quelônios da

Amazônia. O top de Ecologia destaca o trabalho de empresas que garantem o crescimento

econômico sem degradar o meio ambiente.

Destaque no “Guia de Boa Cidadania Corporativa” (Revista Exame – Grupo Abril)

Por conta de seu desempenho na área educacional, a Fundação Bradesco foi

destaque no “Guia de Boa Cidadania Corporativa”, da Revista Exame.

Top de Internet – Top New Mídia

(Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil)

Prêmio que a Fundação Bradesco conquistou com o programa de ensino de

informática para deficientes visuais. Esse prêmio dá visibilidade e divulgação às

organizações que promovem o bem-estar social como parte direta ou indireta da estratégia

de desenvolvimento de seus negócios. Destaca os melhores casos de processos de

comunicação apresentados nas categorias de Internet, Intranet, CD-ROM, aplicações

digitais especiais, trabalhos universitários.

69

No ano de 2001, a Fundação Bradesco foi destacada pelos seguintes prêmios:

400 Maiores Entidades Beneficentes do Brasil (Consultoria Kanitz & Associados)

De acordo com o Guia de Filantropia da Kanitz & Associados, a Fundação Bradesco

destacou-se na liderança das 400 maiores entidades beneficentes brasileiras e, encerrou o

ano de 2001 com resultados bastante positivos.


Com a ação intitulada “da alfabetização à Educação Integrada: um caminho de inclusão

social”, a Fundação Bradesco recebeu da Associação dos Dirigentes de Vendas e

Marketing do Brasil (ADVB) o prêmio Top Social 2001. O prêmio foi recebido em cerimônia

realizada no dia 20 de junho de 2001, no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Destaque para a mensagem da Diretora Profª. Denise Aguiar Alvarez Valente: “Há quase

meio século a Fundação Bradesco tem desenvolvido ações pautadas na inclusão social

como caminho para o exercício digno da cidadania. Através do Programa de Alfabetização,

a visão de mundo se amplia, o jovem e adulto têm oportunidade de prosseguir seus estudos

na tele-educação, qualificam-se nos cursos de Educação Profissional, que propiciam

condições para a realização pessoal, permanência nas emergentes e mutáveis demandas

do mundo do trabalho e melhoria na qualidade de vida. Portanto, receber o Prêmio TOP

SOCIAL da ADVB 2001, representa para a Fundação Bradesco o reconhecimento pelo

trabalho desenvolvido e ainda a firma crença da continuidade de sua missão social”.

Prêmio Professor Nota 10 (Fundação Victor Civita)

Na edição 2001 do Prêmio Professor Nota 10, promovido pela Fundação Victor Civita, uma

professora da 2ª série da Unidade Escolar de Goiânia foi homenageada pelo projeto “O

Homem e a Água”. O trabalho, classificado entre os 12 finalistas (ao todo foram inscritos

3.741 projetos em todo o Brasil), foi desenvolvido a partir do questionamento das crianças

sobre a origem da água e abordou conteúdos relacionados à preservação do meio ambiente

e à conservação dos recursos hídricos. Na mesma premiação, outros dois projetos da

Unidade Escolar de Osasco mereceram menções honrosas. São eles: “Contos, (Re)Contos

e Mamulengos” e “Práticas de Leitura”.

70

Concurso Viagem Nestlé pela Literatura (Nestlé)

A Unidade Escolar de Aparecida de Goiânia ficou entre as dez melhores escolas

participantes do Concurso Viagem Nestlé pela Literatura, em que concorreram 8.800

escolas de todo o País.

Operação Cisne Branco (Nestlé)

Promovido pela Marinha, o programa educacional Operação Cisne Branco premiou

redações de alunos da rede pública e privada em 31 de outubro de 2001. Com o trabalho

“A Importância da Marinha para o País , uma aluna do 2º ano do Ensino Médio da Unidade

Escolar de Conceição do Araguaia, obteve a primeira classificação entre os textos inscritos”.

Troféu Tribuna da Bahia de Desenvolvimento Social

No dia 13 de novembro de 2001, a Fundação Bradesco foi homenageada em Salvador com

o troféu Tribuna da Bahia de Desenvolvimento Social. A premiação visou aos

reconhecimentos do trabalho social de empresas, governo e organizações voluntárias

ligados à causa do desenvolvimento social.

Concurso de Poesias

(Secretarias Municipais de Educação, Meio Ambiente e Turismo)

Uma aluna da 4ª série da Unidade Escolar de Paranavaí alcançou o 1º lugar no concurso de

poesias, cujo tema foi “Meu Ribeirão”. Promovido pelas Secretarias Municipais de

Educação, Meio Ambiente e Turismo, o concurso reuniu trabalhos de 56 alunos de escolas

públicas e particulares da cidade para as comemorações do “Dia do Rio”. Durante a

cerimônia de entrega do prêmio, em 26 de novembro de 2001, a Fundação Bradesco lançou

um CD-ROM de conteúdo interativo, desenvolvido pelas equipes de informática e educação

ambiental da escola.

71

Concurso Jovem Cientista do Futuro

(Conselho nacional de Desenvolvimento Científico, Gerdau e Fundação Roberto Marinho)

No concurso Jovem Cientista do Futuro, promovido pelo Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Empresa Gerdau e pela Fundação Roberto

Marinho, uma aluna do 3º ano do Ensino Médio, da Escola de Aparecida de Goiânia,

alcançou a 2ª colocação entre os estudantes inscritos em todo o Brasil.

Concurso de Cartazes (Lions Clube de Cacoal)

“Iluminado um novo caminho para a paz mundial” foi o tema do concurso promovido pelo

Lions Clube de Cacoal. O trabalho de um aluno da 6ª série mereceu o 1º lugar e

representou a entidade na etapa estadual da premiação.

“O trem da história: a construção da estrada de ferro Vitória-Minas”

(Companhia Vale do Rio Doce)

“O trem da história: construção da estrada de ferro Vitória-Minas” foi o tema do concurso de

textos promovido pela Companhia Vale do Rio Doce. Duas alunas da 6ª série da Escola de

Vila Velha foram às vencedoras.

II Concurso Estudantil de Literatura (Fundação Municipal de Arte e Cultura)

Uma aluna do 1º ano do Ensino Médio da Escola de Gravataí obteve a 2ª posição no II

Concurso estudantil de Literatura, promovido pela Fundação Municipal de Arte e Cultura da

cidade.

Concurso Cientistas de Amanhã (SBPC, Unesco e IBECC).

O projeto “Preservação e Conservação da Fauna e Flora Pantaneira”, desenvolvido pela

Unidade Escolar de Bodoquena, alcançou a 7ª colocação entre 59 concorrentes e

conquistou o título “Menção Honrosa” na 44ª edição do Concurso Cientistas de Amanhã. O

trabalho foi apresentado na Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da

Ciência (SBPC), que promove a premiação juntamente com a Unesco e o Instituto Brasileiro

de Educação Ciência e Cultura (IBECC).

72

Destaque na Área Educacional (Câmara Municipal de Vereadores de Gravataí)

A Fundação Bradesco foi homenageada, em 5 de abril de 2001, pela Câmara Municipal de

Vereadores de Gravataí, que reconheceu o trabalho da unidade local como Destaque na

Área Educacional.

Concurso de Quadrinhas (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Marília)

“Prevenção e Combate às Drogas” foi o tema do Concurso de Quadrinhas promovido pela

Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Marília. Os trabalhos de três alunos, que

cursam a 8ª série na Escola de Marília, foram classificados.

Concurso Unesco de Prevenção às DST/AIDS e Uso indevido de Drogas (UNESCO)

No concurso UNESCO de Prevenção às DST/AIDS e Uso indevido de Drogas a Fundação

Bradesco de Caucaia foi premiada pela mobilização que realizou na comunidade local. O

projeto contou com a realização de palestras e produção de material educativo como

cartazes, vídeos, slogans, quadrinhos e textos.

Menção Honrosa no Concurso de Cartazes

(Secretaria do Estado da Justiça e Cidadania e CONEN)

A Unidade Escolar de Maceió recebeu Menção Honrosa no Concurso de Cartazes com o

trabalho “Eu, meu mundo e as drogas”, apresentado por um de suas alunas. A premiação

foi promovida pela Secretaria do Estado da Justiça e Cidadania e pelo Conselho Estadual

de Entorpecentes (CONEN).

Concurso Ler para Conhecer

(Prefeitura e Gerência Regional de Pinheiro, Maranhão)

A Prefeitura e a Gerência Regional de Pinheiro promoveram o Concurso Ler para Conhecer,

incentivando os alunos a apresentarem trabalhos a partir da obra “Sonho e o Tempo”, de

Graça Leite, que conta a história da cidade. Um grupo de 10 alunos do Ensino Médio da

Escola de Pinheiro foi premiado em 2º lugar.

Guia para fazer o bem (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Marília)

Na edição especial “Guia para fazer o bem”, a revista Veja destacou diversas iniciativas

relacionadas a projetos voltados para a comunidade. Ocupando o 1º lugar entre os

investimentos sociais privados, o Bradesco foi mencionado como precursor social privado

no Brasil por sua atuação na área de educação, através da Fundação Bradesco.

73

No ano de 2002, a Fundação Bradesco mereceu destaque e reconhecimento de

diversas Instituições e Órgãos Governamentais em todas as regiões do País, (Relatório de

Análise Econômica e Financeira, 2002). Foram mais de 28 menções por sua ação

institucional e, sobretudo, pelos projetos desenvolvidos por seus alunos e professores.

Dentre os quais, destacamos:

Prêmio Bem Eficiente.

Promovido pela Consultoria Kanitz & Associados

Prêmio Geração Capaz.

Promovido pelo CIEE – Centro Integração Empresa Escola

Prêmio I-Best na categoria “Ação Social”

Prêmio E-Learning Brasil.

Promovido pela ABRH – Associação Brasileira de Recursos Humanos.

Prêmio Marketing Best de Responsabilidade Social.

Promovido pela FGV – Fundação Getúlio Vargas – São Paulo.

Prêmio Excelência Xplor Brazil

Promovido pela Associação Brasileira de Usuários de Sistemas de Documentação

2º Prêmio DENATRAN de Educação

Promovido pelo Ministério da Justiça e pelo Departamento Nacional de Trânsito

45º Concurso Cientistas de Amanhã

Promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), pelo Instituto

Brasileiro de Educação Ciência e Cultura e pela Unesco.

Prêmio de Incentivo à Prevenção das DST, Aids e ao Uso indevido de Drogas

Promovido pela Unesco, UNCP e UNAIDS.

74

A escola da Fundação Bradesco de Salvador (BA) recebeu o prêmio Incentivo à

Prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis/Aids e ao Uso Indevido de Drogas

promovido pela UNESCO. Ela conquistou o primeiro lugar na categoria “Jovens ou grupo de

jovens escolarizados atuando em espaços educativos”, onde alunos discutem com jovens

da comunidade a problemática das drogas e sobre as doenças sexualmente transmissíveis.

A escola da Fundação de Gravataí (RS) ganhou menção honrosa na categoria

“Escola Privada”, com o projeto “Saúde: atitude ou omissão?”. Os prêmios foram

entregues dia 27 de novembro em solenidade na Câmara dos Deputados, em

Brasília.(Nov/2002).

A Organização Bradesco mereceu destaque no Guia Exame de Boa Cidadania

Corporativa. O projeto “Programa de Informática para Deficientes Visuais”,

desenvolvido pela Fundação Bradesco, foi escolhido como um dos destaques na categoria

Apoio a Portadores de Deficiências. (Revista Exame, dezembro de 2002).

Na mesma publicação, destacaram-se, também, os seguintes programas:

• Categoria Educação – Educação para Crianças, Jovens e Adultos;

• Parceria com o Canal Futura e Patrocínio para produção do seriado Ilha Rá-Tim-Bum;

• Categoria Comunidade – Apoio ao Programa de Alfabetização Solidária;

• Categoria Apoio à Criança e ao Adolescente – Programa BCN Esportes;

• Categoria Cultura – Apoio a atividades culturais da Bradesco Seguros.

No ano de 1998, o professor da Harvard Business School, Sr. Bruce R. Scott, com a

finalidade de realizar estudos sobre a eficiência do terceiro setor, visitou as instalações das

escolas da Fundação Bradesco. A escola da Cidade de Deus, a primeira a ser visitada, com

cerca de 6.000 alunos; a escola de Gravataí, localizada na região da grande Porto Alegre,

com 2.100 alunos e, finalmente, a escola de Bodoquena, no Estado do Mato Grosso do Sul,

com mais de 1.000 alunos, que funciona em regime de internato. Impressionado com o

trabalho desenvolvido pelas Organizações Bradesco, por meio de suas escolas, o professor

Bruce R. Scott criou um “case”19 para ser estudado e apresentado aos seus alunos e

empresários ligados ao terceiro setor. Segundo o professor Bruce R. Scott, em entrevista à

Revista Bradesco (Edição Trimestral, n.º4) :

“Um dos aspectos positivos da Fundação Bradesco é seu método eficiente de

ensinar aos alunos os valores da cidadania: dentro da escola e através do

envolvimento com os projetos comunitários de maior relevância”.

Bruce R. Scott.

19 O Case n.º 9–701–045 poderá ser acessado nas páginas do Harvard Business School, www.hbsp.harvard.edu.

75

Os trabalhos sociais desenvolvidos pela Fundação Bradesco, na área educacional e,

pelas Organizações Bradesco – através de uma das suas empresas, nas áreas de esportes,

contribuem para o crescimento desta Instituição Financeira, de tal forma que, ano-a-ano

destaca-se no cenário nacional e internacional, conforme pode-se observar a seguir:

LatinFinance elege Bradesco o melhor banco brasileiro

De acordo com, conceituada revista de finanças com foco na América Latina,

LatinFinance, o Bradesco foi eleito o melhor banco brasileiro em 2002,

A matéria especial foi publicada na edição de novembro, “lucros crescentes, melhora da

eficiência e uma série de aquisições de qualidade”, asseguraram a posição de maior banco

privado da América do Sul. O espírito empreendedor, através da agilidade, característica

marcante das Organizações Bradesco e, sobretudo, sua capacidade de atender os mais

diferentes perfis de clientes, com seus produtos e serviços segmentados, foram destacados

nesta edição de dezembro de 2002.

Bradesco é o maior banco do país segundo anuário do Valor.

O Bradesco é considerado o maior banco do país por patrimônio líquido e, também,

líder no ranking por ativos totais entre as instituições privadas. Estas informações, tomaram

por base os resultados do Relatório Anual de 2001, foram destaques na segunda edição do

anuário publicado pelo jornal Valor Econômico, Valor 1000 que, traz a lista dos 100

maiores bancos e das 1000 maiores empresas do Brasil por receita líquida.

A Bradesco Seguros, por sua vez, destacou-se com o maior lucro líquido20 do setor

no ranking das 100 maiores seguradoras. Ambos levantamentos foram elaborados pelo

Instituto Brasileiro de Economia, IBRE, da Fundação Getúlio Vargas em outubro de 2002.

Todavia, apesar dos prêmios e reconhecimentos, o trabalho desenvolvido pelas

Organizações Bradesco não pára. A partir do dia 25 de março de 2002, a pequena cidade

mineira de São Francisco de Paula, a 160 km ao sul de Belo Horizonte, os seus 6.533

habitantes não precisam mais se deslocar para vizinha cidade de Oliveira para realizar

serviços bancários (Revista Bradesco, n.º 198, p. 8–11). Neste dia, esta cidade mineira

inaugurava a primeira agência do Banco Postal. Isto é, após vencer a licitação pública

promovida pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, no segundo semestre de

2001, o Bradesco adquiriu o direito de utilizar – com exclusividade – as 5.320 agências

próprias dos Correios, oferecendo, por meio destas, os serviços bancários básicos como,

20 Ou seja, 5,4 vezes maior do que o apurado pela segunda colocada nesse quesito.

76

por exemplo, abertura de conta corrente e poupança, saques, depósitos, consultas e

transferências e encaminhamentos de pedidos de créditos. Desta forma, os municípios

brasileiros que, até então, não possuíam qualquer agência bancária podem contar com esta

forma de agência bancária. Em 31 dezembro de 2002, o Bradesco estava com 2.500

Bancos Postais, de um total de 5.320 que vão ser adicionados à Rede de Atendimento

Bradesco. (Relatório Anual de 2002).

77

TABELA 3.7 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CLIENTES E TRANSAÇÕES NA INTERNET (período 1997 – 2002)

Internet Banking ANOS

Clientes

%

Transações

%

Clientes Ativos

%

1997 219.000 100 4.555.000 100 5.800.000 3,8 1998 576.000 263 18.999.000 417 6.300.000 9,1 1999 1.078.000 492 39.663.000 871 8.700.000 12,4 2000 2.126.000 971 87.346.000 1.918 10.800.000 19,7 2001 3.769.000 1.721 184.000.000 4.040 12.000.000 31,4 2002 4.700.000 2.146 264.000.000 5.796 13.000.000 36,2

FONTE: Relatório de Análise Econômica e Financeira (2002). Dados consolidados até DEZ 2002.

3.4 PRINCIPAIS INDICADORES DE 2002

Conforme o Relatório de Análise Econômica e Financeira (2002) recentemente

divulgado, a revista americana Global/Finance apontou, em 2002, o site do Bradesco como o

melhor portal financeiro integrado do mundo para pessoas físicas na Internet. Por outro lado,

segundo a revista Business Standard, o Bradesco foi eleito o melhor Internet Banking do

Brasil. Estas informações21 vêm comprovar, na Tabela 3.7, o extraordinário crescimento que

está acontecendo com o Banco Bradesco desde 1997, quando passou a divulgar mais na

mídia as atividades sociais que vêm realizando desde 1956 com a criação da Fundação

Piratininga de São Paulo – mais tarde denominada de Fundação Bradesco.

No entanto, este não foi o único indicador de crescimento – ocorrido após o

conhecimento da população do trabalho social desenvolvido pelo Bradesco. No

relatório de 2002 (Op. Cit.), também constata-se este fato na evolução dos números

de agências, de contas correntes (clientes), de contas de poupança, de aplicações

na poupança, do patrimônio líquido (Tabela 3.8), do total de depósitos (Tabela 3.9),

do patrimônio dos fundos administrados, dos funcionários, dos ativos totais, da

receita da prestação de serviços. (Tabela 3.9).

21 Todos os dados financeiros foram devidamente consolidados pelo Bradesco, conforme nota de cabeçalho no Relatório de Análise Econômica e Financeira publicado em dezembro de 2002.

“Eu trabalho, realizo e não olho para trás”.

Amador Aguiar. Citado na Revista Bradesco – nº.1, ano 2000.

78

TABELA 3.8 – PRINCIPAIS INDICADORES (período 1997 – 2002, valores em Reais)

ANOS

Número de Agências

%

Contas Correntes (em milhões)

%

Contas Poupança (em milhões)

%

Poupança (aplicações em milhões)

%

Pat. Liquido

(em milhões)

%

1997 2.164 100 5,80 100 16,0 100 14.643 100 5.573 100 1998 2.210 102 6,30 109 20,0 125 16.172 110 6.321 113 1999 2.431 112 8,70 150 23,6 148 17.245 118 6.769 121 2000 2.579 119 10,80 186 26,5 166 17.836 122 8.092 145 2001 2.610 121 12,00 207 27,4 171 18.311 125 9.768 175 2002 2.954 137 13,00 224 29,4 184 20.731 142 10.846 195


TABELA 3.10 – PRINCIPAIS INDICADORES (período 1997 – 2002, valores em Reais)

ANOS

Patrimônio dos Fundos

Administrados

%

Funcionários

%

Ativos Totais (em milhões)

%

Prestação de

Serviços (em milhões)

%

1997 12.784 100 59.427 100 61.135 100 1.446 100 1998 17.871 140 61.166 103 67.338 110 1.775 123 1999 26.520 207 63.511 107 80.324 131 2.100 145 2000 38.097 298 65.804 111 94.878 155 3.043 210 2001 41.905 328 65.713 111 110.116 180 3.473 240 2002 45.416 355 74.393 125 142.773 234 3.712 257


TABELA 3.9 – TOTAL DE DEPÓSITOS (período 1997 – 2002)

Total de Depósitos (em milhões de reais)

%

24.029 100 28.250 118 34.724 145 36.469 152 41.084 171 56.363 235

FONTE: Relatório de Análise Econômica e Financeira (2002).

Nos últimos 5 anos, segundo a tabela 3.8, pode-se observar o crescimento

dos números, de 37% de agências; de 124% de contas correntes; de 84% de contas

de poupança; de 42% do volume das aplicações em poupança (em reais) e, de 95%

do patrimônio líquido.

Ao lado verifica-se o crescimento, em depósi- tos, de 135% nos últimos 5 anos.

79

GRÁFICO 28 – CRESCIMENTO DAS AGÊNCIAS DO BRADESCO (período 1982 – 2002)

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 1982 83 84 85 8786 88 89 9090

91 9392 999894 95 96 97 00 01 2002

FONTE: Balancetes publicados nos jornais (construção própria)

Pode-se verificar, na tabela 3.10, o crescimento de 255% no patrimônio dos fundos

administrados pelo Bradesco, o que reflete a confiabilidade e o crédito que esta Instituição

tem perante à comunidade. Por outro lado, apesar da pequena queda ocorrida em 2001, o

número total de funcionários apresenta uma tendência positiva de crescimento. Apesar do

elevado índice de desemprego observado no período, houve um acréscimo superior a 25%

nos últimos 5 anos. Nota-se também, que o volume de ativos totais cresceu mais de 134%.

Foram mais de 80 milhões de reais!. Quanto a prestação de serviços – um dos principais

indicadores bancários –nos últimos 5, o crescimento anos ultrapassou os 150%.

Na página anterior, gráfico 28, verifica-se, a partir de 1996, um vertiginoso

crescimento no número de agências. Este crescimento demonstra a série de aquisições que

o Bradesco vem efetuando nos últimos anos.

No gráfico 29, a seguir, observa-se que o Banco Bradesco atingiu a marca dos 13

milhões de clientes, mantendo a média de clientes por agência (Relatório de Análise

Econômica e Financeira, 2002) superior a 4.000 clientes. O que demonstra, mais uma vez,

a credibilidade e o respeito que a comunidade em geral tem pelo trabalho social

desenvolvido pelas escolas da Fundação Bradesco pois, além de atender os alunos da

comunidade com cursos regulares, fornece aos pais e demais membros da comunidade,

80

GRÁFICO 29 – CONTAS CORRENTES EM MILHÕES (período 1997 – 2002)

0

2

4

6

8

10

12

14

1 2 3 4 5 61997 1998 1999 2000 2001 2002

FONTE: Relatório de Análise Econômica e Financeira – 2002

cursos de capacitação profissional, possibilitando assim uma melhoria na renda familiar. E

tudo isso a custo zero.

Não olhar para trás... Essa tem sido a característica do Grupo Bradesco. A cada

conquista importante (todas são importantes), a cada desafio superado, vêm os momentos

de satisfação e comemorações mas, logo depois, parte para novos empreendimentos,

novos desafios, sempre buscando fazer o melhor.

81

CONCLUSÕES

Dra. Zilda Arns Neumann Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança22

O trabalho desenvolvido pelas Organizações Bradesco, ao longo de sua existência,

nestes 60 anos23, tem tido vários momentos de destaques. Foi o primeiro banco a se

aproximar dos pequenos agricultores e de imigrantes japoneses, foi também, o primeiro

banco a separar a administração das agências para que seus diretores desenvolvessem

mais dedicação. O Bradesco foi o primeiro banco brasileiro a receber as declarações do

Imposto de Renda e, também, o primeiro a empregar computadores em larga escala. Em

1959, devido ao seu espírito empreendedor, o Bradesco tornou-se o maior banco privado da

América Latina. E, continua na liderança até os dias atuais, pelo que recomenda-se a

continuidade de tal política empresarial.

Por outro lado, acredita-se que, o maior negócio do século que o Bradesco realizou,

foi à criação da Fundação Bradesco em 1956. Ao completar 47 anos de existência, as

escolas da Fundação, em todo o país, já formaram mais de 490 mil pessoas não apenas

nos aspectos educacionais mas, sobretudo, na formação do cidadão, consciente de seus

deveres e direitos.

No entanto, infelizmente, constata-se que, neste trabalho social, no período de 1982

a 2002 foram investidos menos recursos, principalmente a partir da implantação do plano

real, em 1994. Considerando que não existe mais a ciranda financeira dos anos 80’s

observa-se que um trabalho social deste porte precisa de mais atenção e de mais recursos.

Pode-se verificar no gráfico 19 “Investimentos per capita”, que percentualmente os

investimentos decresceram em até 5,7 vezes! .

Principalmente porque, no mesmo período, o lucro líquido em relação ao patrimônio

líquido – gráfico 17– encontrar-se ascendente.

22 Citado na revista Interação, em setembro de 2002, n.º 4, ano I, página 10. 23 Completos no dia 10 de março de 2002.

“A sociedade está despertando para a necessidade de participar da redução da exclusão social e da violência. Na pastoral da Criança, acreditamos na soma de esforços. Quando governo, empresariado e sociedade trabalham juntos, ficamos mais fortes e alcançamos a transformação. Por isso, parabenizo o Grupo Bradesco pelo Prêmio Valor Social. A expressão responsabilidade social engloba investimento no potencial das pessoas. Por isso, vocês estão de parabéns!”.

82

Por outro lado, independentemente dos valores e da moeda corrente empregada, à

época, em termos percentuais pode-se constatar (tabela 3.5, coluna IFB/LL Investimentos

na Fundação Bradesco / Lucro Líquido) uma queda de praticamente 55% nos investimentos

realizados nas escolas.

Entretanto, o mais importante, é que o trabalho prossegue, apesar dos momentos

políticos negativos e, também, das crises e instabilidades sócio-econômicas constatadas no

período de 1982 a 2002.

Considerando que: “a primeira responsabilidade social deve existir com relação aos

empregados da empresa”, o Bradesco, enquanto empresa, tem deixado a desejar.

Principalmente, no que se refere ao número de funcionários que realizaram em 2001 cursos

(mestrado / especialização, extensão universitária, no exterior e MBAs.) foi praticamente

zero, ao comparar-se com o número total de funcionários do mesmo ano. Ou seja, apenas

229 pessoas do total de 65.713 empregados, por esses motivos sugere-se o imediato

aumento neste item. No entanto, nos aspectos financeiros – empréstimos pessoais,

computadores, imóveis e veículos – o Bradesco tem tido uma importante participação.

Particularmente, por praticar taxas de juros abaixo do mercado para todos os seus

funcionários. Foram financiados mais de R$ 100 milhões.

Outro aspecto positivo a se destacar, é o curso Visual Vision para deficientes visuais.

Desde 1998, o Bradesco mantém um programa de capacitação profissional para deficientes

visuais24. Inclusive, através do Internet Banking, clientes deficientes visuais podem acessar

sua conta bancária com segurança. Foram mais de 2.500 pessoas beneficiadas até

dezembro de 2001.

No gráfico 21, “perfil dos alunos atendidos em 2001 por região”, verificar-se que,

embora seja economicamente mais rica, a região sudeste atende o maior número de alunos

das escolas da Fundação Bradesco. Ou seja, 40,53%. Apesar das regiões norte e nordeste

as que detêm as maiores concentrações de analfabetos (POCHMANN, 2003). Destaca-se

que a região norte, em virtude das suas características geográficas e baixo índice

demográfico, apresenta grandes dificuldades de infra-estrutura, deveria ter uma atenção

maior. Recomenda-se uma criteriosa análise deste aspecto.

A escola da Fundação Bradesco em Manaus, disponibiliza para todos os seus

alunos e familiares modernas instalações pedagógicas, laboratório de ciências, etc., desde

a sua inauguração, em 1985, formou mais de 1200 alunos. Destaque especial para os 5.654

alunos25 que concluíram os cursos oferecidos à comunidade – até o ano de 2000 – gerando

renda extra às famílias carentes, contribuindo dessa forma para melhorar a qualidade de

suas vidas.

24 Entenda por Deficiente Visual, toda pessoa que enxerga apenas vulto. Isto é, não tem condições

de visualizar com nitidez as informações que aparecem na tela do computador.

83

A cidade de Manaus, a partir de agosto de 2000, passou a contar com os cursos de

informática para deficientes visuais, oferecidos pela escola da Fundação Bradesco local.

Desde agosto, até a presente data, formaram-se 5 turmas. Infelizmente, a demanda de

inscritos chega a ultrapassar 180 pessoas mas, o número máximo é de 5 alunos por turma.

Por esses motivos recomenda-se à imediata ampliação do número de vagas.

No ano de 2002, a Fundação Bradesco Manaus, juntamente com as escolas da

Fundação em Campinas, Osasco, Bodoquena e Salvador, participou do projeto: “A cidade

que a gente quer”, (Relatório Social 2002) desenvolvido em parceria com o Media Lab,

centro de pesquisa mantido pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos

Estados Unidos. O Media Lab possui vários projetos que integram recursos da tecnologia

com questões sociais, através da internet, em nível mundial. Os alunos da escola de

Manaus trabalharam nesse projeto através de aulas, oficinas e atividades externa, em torno

de problemas urbanos numa comunidade piloto, próxima da escola, no bairro do Alvorada.

Entretanto, apesar dos demais aspectos positivos presentes na escola da Fundação

Bradesco em Manaus – curso para deficientes visuais; cursos de capacitação para a

comunidade; educação de jovens e adultos; cursos de informática básica para a

comunidade. – a mesma, apresenta um aspecto que deixa a desejar: apenas um funcionário

possui curso de pós-graduação. Isto é, precisa incentivar (se este for o caso) seus

professores para realizarem cursos de pós-graduação, principalmente, nas suas áreas de

atuação ou, considerando que existam professores interessados para realizar estes cursos,

precisa criar mecanismos que possam disponibilizar que os mesmos realizem os

respectivos módulos, sem ônus ou prejuízos salariais. Contudo, constata-se que, dos 10

funcionários que ainda não concluíram seu curso superior, a metade está praticamente

terminando. O que mostra a preocupação dos mesmos em qualificar-se melhor. Sugere-se

especial atenção neste aspecto por suas implicações na qualidade do ensino.

Sabe-se que a violência no bairro do Alvorada diminuiu bastante após a implantação

da escola da Fundação Bradesco. Além do trabalho, socialmente responsável, desenvolvido

pela mesma, existe, também, trabalho similar realizados pelos padres do Pró-Menor Dom

Bosco, com crianças e adolescente carentes. Resgatando, das ruas, às crianças e

encaminhando-as para as escolas é, com certeza, um passo muito importante para acabar

com (ou, pelo menos, diminuir) a violência urbana.

Dentre os principais indicadores bancários, destaca-se o volume de clientes e, o

Bradesco terminou o ano de 2002 com mais de 13 milhões de correntistas.(Relatório de

Análise Econômica e Financeira, 2002). Nos últimos seis anos –1997 até 2002– o Bradesco

consolidou-se através destes indicadores, a saber, Depósitos à Vista, Depósitos a Prazo,

Poupança, Número de Agências, etc.

25 Ver tabela 2.6, na página 34.

84

A divulgação das atividades sociais desenvolvidas pelas Organizações Bradesco

tem sido, ao longo de sua existência, bem discreta. Na maioria dos casos, alguns clientes,

funcionários e pessoas da comunidade beneficiada. No entanto, com maior divulgação, por

meio da mídia em geral, a partir de 1997 observa-se um crescimento vertiginoso que,

acredita-se, permanecerá ainda em 2003. Esta mudança – divulgar as atividades sociais –

tem sido a principal estratégia para alavancar seus negócios.

O perfil do cidadão tem mudado. As pessoas buscam empresas que tenham algum

tipo de compromisso social com a comunidade onde atuam. No caso do Bradesco, este

trabalho social tem sido desenvolvido há mais de 46 anos, numa época que não existia

“cidadania corporativa”, “responsabilidade social”, ou termos afins. Por iniciativa própria do

senhor Amador Aguiar, iniciou-se a Fundação Bradesco. Hoje, é impossível dissociar-se

ambos. Pode-se observar, no gráfico 28: “Crescimento das agências do Bradesco”26 que, a

partir de 1997 o Bradesco ultrapassa as 2000 agências e, em 2002, encontra-se bem

próximo de atingir as 3.000. Na verdade, constata-se que: “o trabalho social”, quando bem

divulgado, é um fator determinante para o crescimento da empresa. Recomenda-se uma

divulgação mais intensa das atividades sociais, não só como principal estratégia para

alavancar os negócios das Organizações Bradesco, e conseqüente realimentação das

atividades sociais, mas como exemplo para as demais empresas do País.

A Fundação Bradesco está de parabéns por concretizar – em parte – o sonho do

Senhor Amador Aguiar:

“Criar em cada estado brasileiro, pelo menos uma escola para atender as pessoas

carentes em cada parte do país”.

Isto é, com “pelo menos”, entende-se que o desafio de construir escolas para

diminuir as desigualdades sociais e oferecer oportunidades às comunidades carentes está

apenas começando. A Fundação Bradesco precisa incrementar mais estas construções. Na

década de 60, construíram apenas uma escola; na de 70 foram 10 escolas construídas; na

de 80, foram 19 escolas; na de 90 a quantidade caiu para 7 escolas. Começa-se agora uma

nova década: 2000. Até o momento temos 2 escolas construídas. (Cf. site do Bradesco).

Pelo exposto, sugere-se, no mínimo, o retorno aos níveis da década de 80.

“Democratizar o acesso bancário às pessoas que vivem nos lugares mais distantes”,

tem sido uma das principais estratégias do Grupo Bradesco. Através do Banco Postal,

aproveita a estrutura – já existente – dos Correios para oferecer os principais serviços

bancários nestes municípios.

O espírito empreendedor do Bradesco e o seu pioneirismo têm estado presentes em

toda a sua história e, aproveitando estas características, sugere-se que o mesmo estenda

sua experiência pedagógica de sucesso, na criação das Faculdades Bradesco, oferecendo

85

aos seus alunos oportunidade de continuar seus estudos principalmente nas regiões menos

favorecidas. Mantendo-se dessa forma seu espírito empreendedor, cidadão e filantrópico.

Nos principais indicadores do ano de 2002, verifica-se que, nos últimos 6 anos, o

Grupo Bradesco atingiu resultados surpreendentes: 13 milhões de correntistas; quase 3.000

agências em todo o País; mais de R$ 56.363 milhões em depósitos R$ 142.773 milhões em

ativos totais.

Estes resultados, muito mais que números, representam o reconhecimento, a

credibilidade e o respeito à imagem que o Grupo Bradesco adquiriu junto à comunidade,

através do trabalho, socialmente responsável, desenvolvido pelas escolas da sua

Fundação. Recomenda-se a ampliação do número de escolas não só devido a visão

econômico-empresarial mas, principalmente pelos aspectos social e histórico.

Com esta Dissertação de Mestrado constatou-se que “investir em educação – de

diversos modos – o retorno é seguro”. A Empresa ao exercer a responsabilidade social,

certamente melhora sua imagem corporativa, adquirindo maior respeitabilidade com a

comunidade. Observou-se, também, que foi realizado de modo pioneiro, um pequeno

investimento financeiro e obteve-se um grande retorno na imagem da Empresa. (a nível

local, municipal, estadual, nacional e internacional).

26 Ver gráfico 28 na página 79.

86

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Edição Especial.

55. REVISTA EXAME. São Paulo: 15 de dezembro de 1999, 218 p. Edição 703.

56. REVISTA ISTO É. São Paulo: 3 de novembro de 1999. Edição n. º 1535.

57. RIVAS, Alexandre & FREITAS, Carlos Edwar de Carvalho (Orgs.). Amazônia: uma

perspectiva interdisciplinar. Editora da Universidade Federal do Amazonas, 2002.

58. SALASAR, William. Na vanguarda tecnológica desde os anos sessenta. Gazeta

Mercantil, São Paulo, 30 janeiro 2002. Grandes Grupos.

59. SALASAR, William. Um leitor noturno. Gazeta Mercantil, São Paulo, 30 janeiro 2002.

Grandes Grupos.

60. SANTANA, Cleuciliz Magalhães. A globalização. 1ª ed. São Manaus: Editora Valer,

1999. (coleção Como Funciona).

61. SANTOS, Ariovaldo; FREIRE, Fátima; MALO François. O balanço social no Brasil:

gênese, finalidade e implementação como complemento às demonstrações contábeis.

Fortaleza: UFCE, Mímeo. [s.d.]. Apud SILVA, César A. T. e FREIRE, Fátima de S.

62. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22ª ed. São Paulo:

Cortez editora, 2000.

63. SILVA, César Augusto T. e FREIRE, Fátima de Souza. (Orgs.). Balanço social: teoria e

prática. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.

64. TORRES, Ciro. Balanço social, teoria e prática. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.

90

ANEXOS

91

TABELA 3.11 – PRINCIPAIS FATOS HISTÓRICOS NA LINHA DO TEMPO. (Período: 1943 – 2002)

ANOS FATOS

1943

Fundado, em 10 de março, o Banco Brasileiro de Descontos. Sede na avenida 10 de novembro, 660 – Marília, São Paulo e agências nas cidades de Garça, Getulina, Pompéia, Ranchuia, Tupã e Vera Cruz. Todas de São Paulo. Aquisição o Ed. Lara, na rua Álvares Penteado, 172/180 onde foi instalada a primeira agência da capital paulista.

1944

Realização, na cidade de Marília, São Paulo, a primeira assembléia do Banco Brasileiro de Descontos (Bradesco).

1946

Pagamentos das contas de luz (Hoje Eletropaulo) nas agências do Bradesco.

1948

Criada a primeira conta de poupança no País pelo Bradesco. (pioneiro)

1949

A matriz e as agências passam a atender seus clientes, sem intervalos para almoço, das 9 às 18 horas.

1951

O Bradesco supera todos os bancos privados em depósitos.

1952

O Bradesco supera a marca dos 3 bilhões de cruzeiros em depósitos. Até esta data, nenhum banco privado tinha alcançado esta marca na América Latina.

1953

Fundação da Cidade de Deus.

1956

Criação da Fundação São Paulo de Piratininga, antecessora da Fundação Bradesco.

1962

O Bradesco adquire o seu primeiro computador: IBM 1401, com 4 K de memória. Inaugurado, em Osasco, São Paulo, o primeiro Grupo Escolar “Embaixador Assis Chateaubriand”; Inaugurada, também, a Unidade I da Fundação Bradesco em Osasco.

1963

Criado o Conselho de Administração do Bradesco. Amador Aguiar foi o seu primeiro Presidente.

1965

Criado o primeiro Cheque de Viagem pelo Bradesco. (Produto Pioneiro)

1966

O Bradesco é a primeira empresa brasileira a formar um conglomerado.

1967

A Fundação Bradesco inicia suas atividades. É criado a Bradesco Turismo.

1968

Lançado o primeiro cartão de crédito Bradesco.

1969

São criadas as primeiras máquinas eletrônicas de atendimento ao cliente. Chamada Bradesco SOS. Antecessora das ATMs , hoje chamadas de BDN (Bradesco Dia e Noite)

1970

Criado a Seguradora TOP CLUBE BRADESCO, com a finalidade de financiar todas as despesas das escolas da Fundação Bradesco no País.

1971

Inauguração da escola da Fundação Bradesco em Conceição do Araguaia, no Pará.

1972

Criado o primeiro cheque magnético.

1973

O Bradesco associa-se aos bancos do Japão, Alemanha, França, Holanda e Áustria. Inaugurada a escola da Fundação Bradesco em Canuanã, em Tocantins.

1974

Inauguradas as escolas da Fundação Bradesco em Registro, São Paulo; Laguna, Santa Catarina e Bagé, Rio Grande do Sul.

1975

Primeira transmissão via satélite entre as agências do Bradesco da Cidade de Deus, em Osasco, SP e de Boa Vista, em Roraima. Inaugurada a escola da Fundação Bradesco em Campinas, São Paulo.

1976

Criados o cheque salário e a “moça do Bradesco”

1977

Inauguradas as escolas da Fundação Bradesco em Paragominas, no Pará e, em Irecê, na Bahia.

1979

Inaugurada a escola da Fundação Bradesco em Gravataí, Rio Grande do Sul.

1980

Criado o Departamento de Manutenção para atender e instalar as máquinas mecânicas e eletrônicas do banco. Principalmente, os caixas eletrônicos BDN.

Fonte: site da Fundação Bradesco.(construção própria)

92

TABELA 3.11 – PRINCIPAIS FATOS HISTÓRICOS NA LINHA DO TEMPO. (Período: 1943 – 2002)

1981

A primeira agência bancária do Bradesco a processar, cartões magnéticos, em tempo real.

1982

Inauguradas as escolas da Fundação Bradesco de João Pessoa(1), Paraíba; Rosário do Sul, Rio Grande do Sul; em Teresina, Piauí; e a Unidade II, em Osasco, São Paulo. O Bradesco abre escritórios em Londres, em Nova Iorque e Grand Cayman.

1983

Inauguradas as escolas da Fundação Bradesco de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco; Cacoal, em Rondônia e em Itajubá, Minas Gerais.

1984

Inaugurada a escola da Fundação Bradesco de São Luís, no Maranhão. Lançado o Seguro Saúde Bradesco. O Bradesco adquire o computador IBM 3084, o primeiro da América Latina a processar 26 milhões de instruções por segundos (MIPS), com 64 Kb de memória.

1985

Inauguradas as escolas da Fundação Bradesco em Manaus, no Amazonas; em Macapá, no Amapá; em São João Del Rei, em Minas Gerais e, em Salvador, na Bahia. Lançado o canal “Alô Bradesco”, onde o cliente pode falar direto com a Presidência do Bradesco.

1986

Inauguradas as escolas da Fundação Bradesco em Bodoquena, no Mato Grosso do Sul e em Ceilândia, no Distrito Federal. A primeira agência BDN é instalada no Aeroporto de Congonhas. A Fundação Bradesco, em Brasília, constrói e doa o “Panteão da Pátria Tancredo Neves”.

1987

Inauguradas as escolas da Fundação Bradesco em Paranavaí, no Paraná; do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro e em Propriá, em Sergipe.

1988

Inaugurada a escola da Fundação Bradesco em Garanhuns, Pernambuco.

1989

Inauguradas as escolas da Fundação Bradesco em João Pessoa, Paraíba (?); em Maceió, Alagoas e, em Natal, no Rio Grande do Norte. O Bradesco cria o cartão magnético do INSS. (produto pioneiro).

1990

Inauguradas as escolas da Fundação Bradesco em Caucaia, no Ceará; em Pinheiro, no Maranhão; em Vila Velha, no Espírito Santo e, em Feira de Santana, na Bahia. Lançamento da TV Bradesco, canal interativo entre os funcionários e o Banco.

1991

Falece Amador Aguiar. É criado o código de barras.

1992

É inaugurada a segunda unidade do Grupo Escolar “Embaixador Assis Chateaubriand”, em Osasco, São Paulo. É criado, também, o Seguro Dental para todos os funcionários e seus dependentes.

1993

A partir desta data, todas as agências e escolas das Organizações Bradesco passam a expor, nas suas sedes, as bandeiras do Brasil e do estado em que elas se encontram. Lançamento da poupança Bradesco.

1994

Lady Thatcher, Primeira Ministra da Inglaterra, visita a escola da Fundação Bradesco em Campinas, em São Paulo. É inaugurada a escola da Fundação Bradesco de Marília, em São Paulo.

1995

Inaugurada a escola da Fundação Bradesco de Cuiabá, Mato Grosso.

1996

Instalado, em São Paulo, o primeiro terminal de Drive Thru.

1997

O Bradesco lança sua nova marca corporativa.

1998

O Bradesco lança o “Fone Fácil”, consultas bancárias via fone e o “Shopping Virtual”, compras através da Internet.

1999

Inaugurada a escola da Fundação Bradesco em Aparecida de Goiânia, Goiás. Bill Gates lança o livro “A empresa na velocidade do pensamento”, onde cita o Bradesco como uma das empresas que mais investe em informática.

2000

Inaugurada a primeira agência do Bradesco em Buenos Aires, Argentina.

2001

Inaugurada a escola da Fundação Bradesco em Rio Branco, no Acre.

2002

Inaugurada a escola da Fundação Bradesco em Boa Vista, em Roraima. A partir deste momento, é concretizado o sonho do Sr. Amador Aguiar em construir – em cada estado brasileiro – pelo menos uma escola da Fundação Bradesco.

Fonte: site da Fundação Bradesco.(construção própria)

93

TABELA 3.12 – RELAÇÃO DAS ESCOLAS DA FUNDAÇÃO BRADESCO POR REGIÃO

Região (1)

N.º

Estados e Capitais

Escolas

NORTE (8) 01 Amazonas – Manaus Manaus 02 Pará – Belém Paragominas e Conceição do Araguaia 03 Acre – Rio Branco Rio Branco 04 Amapá – Macapá Macapá 05 Rondônia – Porto Velho Cacoal 06 Roraima – Boa Vista Boa Vista 07 Tocantins – Palmas Canuanã

NORDESTE (13) 08 Maranhão – São Luís São Luís e Pinheiro 09 Piauí – Teresina Teresina 10 Ceará – Fortaleza Caucaia 11 Rio Grande do Norte – Natal Natal 12 Paraíba – João Pessoa João Pessoa 13 Pernambuco – Recife Jaboatão e Garanhuns(3) 14 Alagoas – Maceió Maceió 15 Sergipe – Aracaju Propriá 16 Bahia – Salvador Irecê, Salvador e Feira de Santana.

CENTRO-OESTE (4) 17 Mato Grosso – Cuiabá Cuiabá 18 Mato Grosso do Sul – Campo Grande Bodoquena 19 Goiás – Goiânia Aparecida de Goiânia 20 Distrito Federal – Brasília Ceilândia

21 Minas Gerais – Belo Horizonte São João Del Rei e Itajubá SUDESTE (9) 22 Rio de Janeiro – Rio de Janeiro Rio de Janeiro 23 São Paulo – São Paulo Campinas, Osasco(2),Marília e Registro 24 Espírito Santo – Vitória Vila Velha

SUL (5) 25 Paraná – Curitiba Paranavaí 26 Santa Catarina – Florianópolis Laguna 27 Rio Grande do Sul – RS Bagé, Gravataí e Rosário do Sul.

Fonte: Relatório Anual 2002 (construção Própria) NOTAS: (1) – O número entre parêntesis representa o total das Escolas da Fundação Bradesco na respectiva região; (2) – A cidade de Osasco possui duas escolas da Fundação Bradesco. A Unidade I e a Unidade II; (3) – As palavras em itálico são as Escolas e Núcleos de Formação em Educação Profissional Básica e Técnica.

TABELA 3.13 – Núcleos de Formação – Educação Profissional Básica Área Rural: Cursos de Inseminação Artificial.

Escolas Estado Município

01 Goiás Goiânia 02 Mato Grosso Cáceres 03 Mato Grosso do Sul Campo Grande 04 Minas Gerais Igarapé 05 Uberaba 06 São Paulo Campinas

Fonte: Relatório Anual 2002 (construção Própria)

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Documents

Cidadania Corporativa, estratégias bem-sucedidas para Empresas Responsáveis (Dissertação de Mestrado)