Upload
phamminh
View
227
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: CONSOLIDANDO CONHECIMENTOS
Prof. Juliana Pinto Viecheneski
QUANDO COMEÇAMOS A FALAR EM
ESCRITA MESMO?????
ENFIM CONSEGUI FAMILIARIZAR-ME COM AS LETRAS QUASE
TODAS. AÍ ME EXIBIRAM OUTRAS VINTE E CINCO,
DIFERENTES DAS PRIMEIRAS E COM OS MESMOS NOMES
DELAS. ATORDOAMENTO, PREGUIÇA, DESESPERO, VONTADE
DE ACABAR-ME. VEIO TERCEIRO ALFABETO, VEIO QUARTO,
E A CONFUSÃO SE ESTABELECEU, UM HORROR DE
QUIPROQUÓS. QUATRO SINAIS COM UMA SÓ DENOMINAÇÃO.
SE ME HABITUASSEM ÀS MAIÚSCULAS, DEIXANDO AS
MINÚSCULAS PARA MAIS TARDE, TALVEZ, NÃO ME
EMBRUTECESSE. JOGARAM-ME SIMULTANEAMENTE
MALDADES GRANDES E PEQUENAS, IMPRESSAS E
MANUSCRITAS. UM INFERNO...
(GRACILIANO RAMOS, 1953)
Enfim consegui familiarizar-me com as letras
quase todas. Aí me exibiram outras vinte e
cinco, diferentes das primeiras e com os
mesmos nomes delas. Atordoamento, preguiça,
desespero, vontade de acabar-me. Veio terceiro
alfabeto, veio quarto, e a confusão se
estabeleceu, um horror de quiproquós. Quatro
sinais com uma só denominação. Se me
habituassem às maiúsculas, deixando as
minúsculas para mais tarde, talvez, não me
embrutecesse. Jogaram-me simultaneamente
maldades grandes e pequenas, impressas e
manuscritas. Um inferno... (Graciliano Ramos, 1953)
MOVIMENTO NECESSÁRIO
LEITURA ESCRITA
ORALIDADE ANÁLISE
LINGUÍSTICA
QUAL A FUNÇÃO SOCIAL DA
ESCRITA? COM QUE NOS
PREOCUPAMOS NA ESCOLA?
ALFABETIZAÇÃO…
Um dos objetivos é ensinar a
escrever;
Espera-se que a criança saiba
escrever, não que ela saiba escrever
tudo e com correção absoluta;
Fica em plano secundário a
preocupação com a ortografia
durante o primeiro ano escolar
O QUE OS ALUNOS ESPERAM DA ESCRITA…
Partindo da expectativa das crianças, a escola
pode discutir outros aspectos da escrita que
talvez elas não tenham visto ou em que nem
sequer pensaram;
A escola precisa buscar estratégias de ensino da
escrita que levem os alunos a gostar de escrever;
Ninguém escreve ou lê sem motivação;
Não basta saber escrever para escrever.
VAMOS PENSAR SOBRE A ESCRITA...
A escrita alfabética: por que ela é um
sistema notacional e não um código?
A escrita alfabética não é um código que
simplesmente transpõe graficamente as
unidades sonoras mínimas da fala (os fonemas),
mas, sim, um sistema de representação escrita
(notação) dos segmentos sonoros da fala
(FERREIRO, 1995; MORAIS, 2005).
Para aprender como o SEA funciona, a criança
viverá um trabalho conceitual, por meio do qual
vai ter que desvendar duas questões: (MORAIS;
LEITE, 2012, p.09):
• Características dos objetos que a palavra substitui (o tamanho, a forma etc.) ou a sequência de partes sonoras da palavra?
- o que é que as letras notam
(isto é, registram)?
• Colocando letras em função do tamanho ou de outras características do objeto que a palavra designa? Colocando letras conforme os pedaços sonoros da palavra que pronunciamos? Neste caso, colocando uma letra para cada sílaba oral ou colocando letras para os “sons pequenininhos” que formam as sílabas orais?
- como as letras criam notações
(ou palavras escritas)?
“É a própria criança que, em sua
mente, tem que reconstruir as
propriedades do SEA, para poder
dominá-lo .
(MORAIS; LEITE, 2012, p.09).
Escrita alfabética = “ código” = uma
visão adultocêntrica, que ignora toda
a complexidade
do processo de aprendizagem.
ESCRITA
O objetivo primeiro da escrita é permitir leitura.
A leitura é uma interpretação da escrita que
consiste em traduzir os símbolos escritos em
fala. ( Cagliari, 2009)
A placa se constitui numa escrita que
procura não ter relação direta com a
expressão sonora linguística,
apresentando compromisso apenas com o
valor semântico.
A leitura não pode ser só decifração; deve,
através da decifração, chegar à motivação
do que está escrito, ao seu conteúdo
semântico e pragmático completo.
Por exemplo:
Quando se faz o desenho de uma casa para
representar o objeto CASA, não se produz uma
escrita. Mas, ao desenhar uma casa para que se
diga casa, então está se escrevendo a palavra
casa. ( diferença entre desenhar e escrever)
A escrita começou a existir no momento em que o
objetivo do ato de representar pictoriamente
tinha como endereço a fala e como motivação
fazer com que através da fala o leitor se
informasse a respeito de alguma coisa.
O processo de transformação pelo qual a escrita
passou é muito semelhante ao que percorre a
criança na alfabetização.
Fases da escrita: Pictória, ideográfica e a alfabética
Conforme a teoria da psicogênese da
escrita, elaborada por Ferreiro e
Teberosky, os aprendizes passam por
quatro períodos nos quais têm diferentes
hipóteses ou explicações para como a
escrita alfabética funciona:
pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e
alfabético
TRABALHO EM GRUPO
Formar 04 grupos (7 pessoas)
Na cartolina cada grupo vai escrever sobre
um nível de escrita e fixar na sala para
retomarmos sempre que necessário.
GRUPO 1 - PRÉ-SILÁBICO
GRUPO 2 – SILÁBICO
GRUPO 3 - SILÁBICO-ALFABÉTICO
GRUPO 4 - ALFABÉTICO
Para avançar em suas hipóteses a criança
“[…] precisa ser desafiada, convidada a
refletir sobre as palavras, observando, no
interior das mesmas, as partes orais e
escritas”. (MORAIS; LEITE, 2012, p. 17)
O SISTEMA DE ESCRITA
O sistema de escrita usa diversos alfabetos;
apesar disso não é totalmente alfabético, usando,
além das letras, outros caracteres de natureza
ideográfica, como os sinais de pontuação e os
números.
É uma ilusão pensar que a escrita é um espelho
da fala. A única forma de escrita que retrata a
fala, de maneira a correlacionar univocamente
letra e som, é a transcrição fonética.
Técnica [ te –ki-ni-ka), apto ( a-pi-tu), vaca ( va-
ka)
Podem –se ensinar “famílias de letras”, que são
uma realidade da escrita, e relacioná-las com as
sílabas, que são uma realidade da fala
Relação complexa e não mecânica, não podendo
usar uma regra para todos os casos.
Fatos fonéticos da fala que o nosso sistema de
escrita não dispõe de recursos para representar.
sílabas: algumas palavras escritas podem ter na fala um número variável de sílaba;
Duração relativa de cada sílaba: a palavra batata, tem uma sílaba breve, uma longa, outra breve, mas, pela escrita, isso não pode ser identificado
Acento tônico: o sistema de escrita não representa as sílabas tônicas da fala. Os acentos gráficos só cobrem parte do problema, já que as regras para o seu uso limitam-se a palavras isoladas: “acentuam-se todas as proparóxitonas”
Nosso sistema de escrita não dá
indicação para:
O QUE É CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA ?
A consciência fonológica é um vasto conjunto de
habilidades que nos permitem refletir sobre as partes
sonoras das palavras (cf. BRADLEY; BRYANT, 1987;
CARDOSO-MARTINS, 1991; FREITAS, 2004;
GOMBERT, 1992).
consiste na capacidade de refletir conscientemente
sobre as unidades sonoras das palavras e de
manipulá-las de modo intencional (GOMBERT, 1990;
FREITAS, 2004; MORAIS, 2006).
A consciência fonológica é um recurso
metalinguístico que deve anteceder a
compreensão do princípio alfabético de escrita,
beneficiando essa apropriação.
“A consciência de que as palavras são
constituídas por diversos sons” ( Goldfeld, 2003)
“ a habilidade de perceber a estrutura sonora de
palavras, ou parte de palavras” (Magalhães,
2005)
Dizemos que um indivíduo exerce uma atividade
metacognitiva quando ele, conscientemente,
analisa seu raciocínio e suas ações mentais,
“monitorando” seu pensamento. Quando a pessoa
faz isso sobre a linguagem oral ou escrita,
dizemos que ela está exercendo uma atividade
metalinguística. (MORAIS; LEITE, 2012, p. 21)
Pedir que a criança observe os
“pedaços”das palavras:
a palavra casa, tem quantos “pedaços”? e
a palavra janela?
o Identificar, ao lhe mostrarmos figuras as
palavras que começam parecido
QUEM SABE UM EXEMPLO DE ATIVIDADES QUE
TRABALHE A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA ?
Dizer uma palavra que começa com o mesmo
pedaço que aparece no início da palavra casa
Encontrar palavras escondidas no interior das
palavras: Serpente; camaleão
Identificar, ao lhe mostrarmos figuras, as
palavras que terminam parecido, isto é, palavras
que rimam:
Solicitar que digam palavras que rimem com
feijão
Categorização gráfica e funcional das letras
Os alunos precisam saber que letras devem usar e
em que ordem na escrita das palavras
(conhecimento do alfabeto – percepção e grafia)
- Alfabeto móvel:
- Organizar as letras do alfabeto;
- Escolher letras e dizer qual é;
- Em dupla: escolher a letra para o colega dizer
qual é
- Formar palavras
UNIDADES FONOLÓGICAS
Operar racionalmente com os
fonemas e com o modo de representá-
los graficamente.
- Músicas: cantigas de roda, trava-línguas
- Listas de palavras usando sílabas que
iniciam ou terminam palavras
- Textos de tradição oral: textos que
memorizem e que brinquem com ele.
- Um exemplo prático .... Quem tem?????
“[...] a capacidade de refletir sobre partes
sonoras das palavras é uma condição
necessária para a criança avançar em
direção a uma hipótese alfabética
[...]”(MORAIS, LEITE, 2012, p. 24)
A APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE
ESCRITA ALFABÉTICA PELAS CRIANÇAS
1-Escrita alfabética e outras formas gráficas
de expressão
- Diferenciação entre a escrita e outras
formas gráficas de expressão:
A % M
U 6 ?
CONVENÇÕES GRÁFICAS
Princípios de organização da escrita
alfabética
- Os espaços direcionais da escrita (trabalho com
gêneros textuais)
Cantiga de roda: A canoa virou
- Onde termina a frase da cantiga
- Contar quantas palavras tem na frase
CANOA C A N O A
SEGMENTAÇÃO ENTRE PALAVRAS
- O que fazer com:
“derepente o menino seassustou
porquelenaosabia oqueiacontecer”
SEGMENTAÇÃO ENTRE PALAVRAS
-Pesquisar palavras em jornais e revistas
-Separar palavras em um texto
- Fazer frases com cada palavra
coletivamente na sala
-Em grupo: jogos, brincadeiras, problemas,
bingo, dominó, caça-palavras
- separar partes de palavras para descobrir
outras ( mal + criado)
- Uso do computador
LETRAS MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS
- Descobrir para que servem e quando são usadas
- Pesquisar nos textos palavras escrita com
maiúscula
- Ler o texto do colega para ver se usou maiúscula
TROCA DE LETRAS
A troca de letras ( b por p, v por f, r por l e outras)
Primeiramente descobrir a possível causa...
- Recortar, colar e ordenar letras retiradas de jornais,
revistas e outros portadores de texto
- Construir alfabetos ilustrados
- Escrever uma palavra para cada letra
- Confrontar palavras com o som possível
TROCA DE LETRAS
- Completar sequências de letras do alfabeto
- Listar palavras com determinadas letras
- Rimar palavras com som parecido
- Classificar palavras:
ANIMAIS OBJETOS LUGARES
F
V
SINAIS DE PONTUAÇÃO E ACENTUAÇÃO
DISCRIMINAÇÃO E O RECONHECIMENTO DOS SINAIS E
A SUA FUNÇÃO NO TEXTO.
__ TÔ DE MAL!
__ TÁ DE MAL? COME SAL!
DEIXA UM POUCO PRO NATAL,
PENDURADO NO VARAL
NA PANELA DO MINGAU!
APRENDIZAGEM DA ESCRITA
Instrumentos de escrita e formas de
registro das letras
1-O domínio dos instrumentos de escrita
USO DO MATERIAL ESCOLAR (LÁPIS, CANETA,
BORRACHA, RÉGUA, TECLADO DE COMPUTADOR)
2-O domínio das formas de registro das letras
Escrita de palavras, em textos curtos, mas
significativos (etiquetas, crachás, listas, textos de
tradição oral)
3-Categorização gráfica e funcional das letras
Reconhecimento das diferentes formas gráficas
de uma mesma letra
Letra de imprensa ou cursiva ?
LETRA CURSIVA X LETRA CAIXA ALTA
A letra caixa alta é muito mais fácil de
aprender e reproduzir;
A letra caixa alta e imprensa é encontrada
em muitos lugares;
A letra cursiva é usada em um universo
muito particular;
Deve-se ensinar a caligrafia da letra
cursiva. Não cuidar da arte de escrever é
um equivoco;
UM EXEMPLO...
Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar
Eu tirava a Julia
Do fundo do mar
De acordo com a cantiga, escreva em letra cursiva:
a) O nome da menina?
__________________________________________ ____________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
a) De onde a menina vai ser tirada?
b) Qual é o nome do animal que sabe nadar?
4- Apropriação do sistema alfabético
- Apresentar o alfabeto ( explorar o nome)
- Descobrir palavras novas escondidas nos nomes
MARIANA
MAR
ANA
AR
MARIA
- Encontrar palavras que rimam com os nomes
JOÃO – BALÃO
CAROL - CARACOL
Criar novos nomes com base na primeira sílaba:
LEOPOLDO LUCIANO LEO LENO
- Identificar nomes com grafias diferentes
MATEUS MATHEUS
TIAGO THIAGO
MARTA MARTHA
Transformar nomes masculinos em femininos
PAULO - PAULA
o Escrever nomes em seus diminutivos e
aumentativos
MARCOS MARQUINHO MARCÃO
Montar nomes com alfabeto móvel
Classificar nomes de acordo com o número
de sílabas
Identificar letras do próprio nome em
embalagens e rótulos
ENSINO DA ORTOGRAFIA
A ortografia da nossa língua apresenta dificuldades
regulares e irregulares;
Regulares diretas - o P representará sempre o fonema
/p/ (pato, capa, chapéu, entre outras)
contextuais- o uso do C ou QU relaciona-se ao som /k/,
mas depende da vogal com que forme sílaba (casa,
pequeno ). Vogais nasais e dos ditongos nasais :M/N
em posição final de sílaba (campo, canto), uso do til
(manhã), uso do dígrafo NH (linha)
ENSINO DA ORTOGRAFIA
Regulares morfológico-gramaticais - o sufixo [eza] pode
ser escrito com S ou com Z, dependendo da
classificação gramatical da palavra (portuguesa,
pobreza).
Correspondências Irregulares: estarão mais na
dependência da memorização do aluno.
notação dos fonemas /s/ (seguro, cidade,
auxílio, cassino, piscina, cresça, força,
exceto),
/z/ (zebu, casa, exame),
/š/ (enxada, enchente),
/ž/ (girafa, jiló)
o emprego do grafema H inicial (hora, harpa).
O PROFESSOR PRECISARÁ SEMPRE SE
QUESTIONAR:
“Das palavras nas quais meus alunos
cometem erros, quais são as que eles
mais usam na língua escrita? Que
dificuldades ortográficas estão
envolvidas nesses erros?”
O ENSINO DA ORTOGRAFIA DEVE SER
ELABORADA DE MODO A:
a) Considerar as hipóteses do aluno.
explorar as habilidades, as estratégias e
as noções iniciais que o aprendiz
apresenta sobre a questão ortográfica em
pauta (conhecimento intuitivo e informal)
b) Desenvolver a habilidade
metacognitiva.
convidando o aluno a refletir sobre a
escrita das palavras, sobre sua própria
concepção e sobre a concepção dos colegas,
confrontando-as, com base em contra-
exemplos, com a forma convencional da
escrita.
c) Favorecer a interação
É importante que as atividades sejam
realizadas em pequenos grupos
heterogêneos e depois compartilhadas com
o restante da turma, enriquecendo, assim,
as possibilidades de trocas e negociações
d) Favorecer o papel de mediador do
professor nas etapas de aquisição
possibilitando-lhe lançar questionamentos
(contra-exemplos) que desestabilizem as
hipóteses do aluno e, também, orientá-lo
na direção de redefinições sucessivamente
mais próximas da norma convencional
As crianças devem ser levadas pelo docente a
refletir sobre a norma ortográfica, contudo o
ensino sistemático da ortografia não deve ser
iniciado antes que os alunos compreendam o SEA
e tenham dominado a maioria dos valores
convencionais das letras. É importante que os
aprendizes já sejam capazes de produzir e ler
pequenos textos com alguma fluência, para que a
ortografia venha a ser tomada como objeto de
ensino e aprendizagem mais sistemáticos.
(CABRAL; PESSOA, 2012, p. 24-25)
VAMOS MONTAR UMA SEQUÊNCIA DE
ATIVIDADES VISANDO O TRABALHO COM “R” E
“RR”
Dividir os alunos em pequenos grupos e
apresentar algumas palavras com o grafema
R em diferentes posições (carro, nariz, rosa,
marreta, rei, amarelo, honra dentre outras)
e, com isso, permitir que pensem em
algumas questões:
a) Nas palavras apresentadas, o som do R é igual
ou diferente? Forme grupos de palavras em que o
R tem o mesmo som.
VAMOS MONTAR UMA SEQUÊNCIA DE
ATIVIDADES VISANDO O TRABALHO COM “R” E
“RR”
b) Nas palavras CARRO e ROSA, o R tem o
mesmo som, mas a primeira palavra tem dois R e
a segunda apenas um. Você saberia explicar
porque a palavra CARRO se escreve com RR e a
palavra ROSA, com apenas um R? Por que a
palavra HONRA se escreve com apenas um R?
Anote as conclusões do seu grupo.
2º MOMENTO:
• Ouvir a opinião de cada grupo.
• Registrar no quadro branco tudo que as crianças
disserem.
• Distribuir, para cada grupo, algumas palavras que
deverão ser anexadas em um quadro conforme
apresentado abaixo:
RATO CARROÇA XÍCARA CARTA TREM
Rei, rosa, remo, rainha, rico; carro, carretel, marreta, corrente, ferro;
máscara, tubarão, parede, barata, cadeira; martelo, porta, perto, Marta,
Marte; livro, criança, sombrinha, primo, prego.
3º MOMENTO:
• Pedir que as crianças observem a
sequência de palavras e circulem a letra
R.
• Responder à questão: o que têm em
comum as palavras que estão na mesma
coluna?
• Confrontar as hipóteses iniciais dos
alunos com as conclusões desse momento.
4º MOMENTO:
• Solicitar que verifiquem se o som do R é o mesmo em
grupos diferentes (Rato e Carroça têm o mesmo som)
e o porquê de serem escritos de forma diferente.
• Solicitar que pintem as letras que vêm antes e depois
do R.
• Complementar as hipóteses já levantadas
anteriormente com as levantadas nesse momento.
Fazer os alunos perceberem que é o contexto de
aparecimento do R que determina a escrita deste.
Verificar se as hipóteses que eles levantaram sobre o
uso do R/RR, que estão listadas no quadro, se
encaixam para todas as palavras.
5º MOMENTO:
• Realizar um ditado de palavras em
grupo. Os alunos deverão discutir a
escrita da palavra e posteriormente
escrever.
• Realizar a correção do ditado e
aproveitar para refletir sobre a escrita
delas.
6º MOMENTO:
Listar as conclusões (regras) formuladas
pelos alunos sobre o uso do R/RR em uma
cartolina e deixar afixada na sala de aula.
Trabalhar com jogos envolvendo ortografia
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAGLIARI, Luiz.Carlos. Alfabetização e Linguística. São
Paulo: Scipione, 1993.
GOULART, Cecilia M. A. WILSON, Vinicius (org). Aprender a
escrita , aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.
SMOLKA, Ana Luiza B. A criança na fase inicial da escrita:
a alfabetização como processo discursivo. São Paulo: Cortez,
2012.
ELIAS, Vanda Maria (org). Ensino de Língua Portuguesa.
São Paulo: Contexto, 2011.
BIZZOTTO, Maria Inês. Alfabetização linguística: da
teoria à prática. Belo Horizonte: Dimensão, 2010.
MORAIS, Artur G. Se a escrita alfabética é um sistema
notacional (e não um código), que implicações isto tem para
a alfabetização? In MORAIS, Artur G.; ALBUQUERQUE,
Eliana
B. C; LEAL, Telma F. Alfabetização: apropriação do
Sistema de Escrita Alfabética. BeloHorizonte: Editora
Autêntica, 2005.
FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização. 23.
ed. São Paulo: Cortez, 1995.
MORAIS, A. G. de.; LEITE, T. M. S. B. R. A escrita
alfabética: por que ela é um sistema notacional e não um
código? Como as crianças dela se apropriam? In: BRASIL.
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica.
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: A
aprendizagem do sistema de escrita alfabética. Brasília,
2012.
CABRAL, A. C. dos S. P.; PESSOA, A. C. R. G. O ensino da
ortografia no 3 ano do 1 ciclo: o que devemos propor aos
alunos no “último” ano da alfabetização? In: BRASIL.
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica.
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: O
último ano do ciclo de alfabetização: consolidando os
conhecimentos. Brasília, 2012.