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CEFET - 2016 - 1ª FASE LINGUAGEM, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Leia os textos com atenção e responda às questões propostas: TEXTO I A CRISE DO FUTEBOL BRASILEIRO Por Oliver Seitz* Quando Getúlio Vargas idealizou a Copa de 50, a ideia era mostrar ao mundo pós-guerra a força da nova potência mundial chamada Brasil. Não deu certo. A seleção perdeu, o Brasil não era tudo aquilo que se achava, e tudo continuou na mesma. Em 2007, quando Lula idealizou a Copa de 2014, a ideia era mostrar ao mundo em crise a força da nova potência mundial chamada Brasil. Não deu certo. A seleção perdeu, o Brasil não era tudo aquilo que se achava, e tudo continuou na mesma. Esqueça os 7 a 1. O futebol brasileiro está em crise desde 1950. Isso porque foi mais ou menos nessa época que assumimos para nós mesmos que somos o país do futebol. A pátria de chuteiras. E, como nunca conseguimos de fato satisfazer essa expectativa, entramos em crise. Os problemas que são atribuídos ao futebol de hoje pouco variam dos problemas que começaram a ser atribuídos a ele a partir da metade do século passado: dificuldade em segurar jogadores no país, dificuldade de pagar salário, dificuldade na manutenção dos estádios, dificuldade em conter a violência, dificuldade, difi- culdade, dificuldade. A estabilidade dessas dificuldades impressiona. Elas são tão estáveis ao longo do tempo que talvez não devessem nem ser mais conhecidas como dificuldades, mas sim como características. Somos, por exemplo, um país que não vai a jogos de futebol tanto assim. Nos grandes jogos, nos decisivos, claro que vamos. Nesses todo mundo quer ir. Mas nos pequenos, onde a força da relação do torcedor com o clube é realmente colocada à prova, nem tanto. Assim como as dificuldades, a média de público do Campeo- nato Brasileiro também é surpreendentemente estável. Desde o seu começo, flertamos com as 15 mil pessoas por jogo. Às vezes um pouco mais, às vezes um pouco menos. Mas sempre por aí. A média de 1967 a 2014? 14.937. A média nos últimos 10 anos? 15.259. A média em 2015 até o momento? 14.762. Isso em si já derruba muitos dos argumentos da decadência do futebol brasileiro, tão alardeados após o 7 a 1. Afinal, se os estádios não eram mais cheios antigamente, isso quer dizer que os estádios vazios não são um sinal de crise. Se em quase 50 anos a média é de 15 mil pessoas, por que acreditar que todo estádio novo tem que ser para 45 mil pessoas? E o que leva a acreditar que um estádio com capacidade 3 vezes maior que a demanda histórica se paga? Obviamente, os estádios estão vazios e abandonados. Mas isso não é crise. É viver uma ilusão irracional. Um sonho inalcançável. Estádios vazios reduzem a demanda e geram maiores custos de manutenção, reduzindo significativamente a capacidade dos proprietários em manter outros compromissos. E ainda que as receitas dos clubes tenham crescido significativamente nas últimas décadas, elas não conseguem acompanhar a bola de neve de pendências financeiras acumuladas desde o dia em que alguém nos cunhou com o terrível fardo de acharmos que somos o país do futebol. Gastamos mais do que podemos porque achamos que podemos muito. Assim, os estádios ficam às moscas, os salários dos jogadores – com valores tão irreais quanto a capacidade das arenas – inva- riavelmente atrasam e o número de processos trabalhistas inevitavelmente cresce. A bola de neve só aumenta. A solução para desenvolver o futebol brasileiro não é simples. Nem rápida. Mas existe. Passa pela neces- sidade de um choque coletivo de realidade que se propague pelo governo, clubes, federações, associações e atletas. Todos necessitam compreender o seu verdadeiro posicionamento dentro da indústria e o papel que precisam desempenhar para que o futebol brasileiro se torne, pela primeira vez, uma operação minimamente viável e possa crescer ao invés de ficar parado no tempo. Enquanto não aceitarmos que o que vivemos não é uma fase ruim, mas sim que o nosso futebol é um mercado de somente 15 mil pessoas por jogo e não essa ilusão megalomaníaca que um dia inventamos, ou inventaram, para nós mesmos, jamais sairemos do lugar. Continuaremos a acreditar que estamos passando por uma surpreendentemente estável crise, mas que no fundo é apenas a nossa verdadeira pequena e limitada realidade. *Oliver Seitz é PhD em Indústria do Futebol pela Universidade de Liverpool e Professor da University College of Football Business de Londres. (BLOG DO JUCA KFOURI. 7 de julho de 2015. Disponível em: http://blogdojuca.uol.com.br/2015/07/a-crise-do-fubebol-brasileiro/) 01 05 10 15 20 25 30 35 40

CEFET - 2016 - 1ª FASE 1ª FASE... · CEFET - 2016 - 1ª FASE ... Em 2007, quando Lula idealizou a Copa de 2014, ... GABARITO: D 2) Observe o trecho abaixo, extraído do TEXTO I:

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CEFET - 2016 - 1ª FASE

LINGUAGEM, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Leia os textos com atenção e responda às questões propostas:

TEXTO IA CRISE DO FUTEBOL BRASILEIRO

Por Oliver Seitz*

Quando Getúlio Vargas idealizou a Copa de 50, a ideia era mostrar ao mundo pós-guerra a força da nova potência mundial chamada Brasil. Não deu certo. A seleção perdeu, o Brasil não era tudo aquilo que se achava, e tudo continuou na mesma.

Em 2007, quando Lula idealizou a Copa de 2014, a ideia era mostrar ao mundo em crise a força da nova potência mundial chamada Brasil. Não deu certo. A seleção perdeu, o Brasil não era tudo aquilo que se achava, e tudo continuou na mesma.

Esqueça os 7 a 1. O futebol brasileiro está em crise desde 1950. Isso porque foi mais ou menos nessa época que assumimos para nós mesmos que somos o país do futebol. A pátria de chuteiras. E, como nunca conseguimos de fato satisfazer essa expectativa, entramos em crise.

Os problemas que são atribuídos ao futebol de hoje pouco variam dos problemas que começaram a ser atribuídos a ele a partir da metade do século passado: dificuldade em segurar jogadores no país, dificuldade de pagar salário, dificuldade na manutenção dos estádios, dificuldade em conter a violência, dificuldade, difi-culdade, dificuldade.

A estabilidade dessas dificuldades impressiona. Elas são tão estáveis ao longo do tempo que talvez não devessem nem ser mais conhecidas como dificuldades, mas sim como características.

Somos, por exemplo, um país que não vai a jogos de futebol tanto assim. Nos grandes jogos, nos decisivos, claro que vamos. Nesses todo mundo quer ir. Mas nos pequenos, onde a força da relação do torcedor com o clube é realmente colocada à prova, nem tanto. Assim como as dificuldades, a média de público do Campeo-nato Brasileiro também é surpreendentemente estável. Desde o seu começo, flertamos com as 15 mil pessoas por jogo. Às vezes um pouco mais, às vezes um pouco menos. Mas sempre por aí. A média de 1967 a 2014? 14.937. A média nos últimos 10 anos? 15.259. A média em 2015 até o momento? 14.762.

Isso em si já derruba muitos dos argumentos da decadência do futebol brasileiro, tão alardeados após o 7 a 1. Afinal, se os estádios não eram mais cheios antigamente, isso quer dizer que os estádios vazios não são um sinal de crise. Se em quase 50 anos a média é de 15 mil pessoas, por que acreditar que todo estádio novo tem que ser para 45 mil pessoas? E o que leva a acreditar que um estádio com capacidade 3 vezes maior que a demanda histórica se paga? Obviamente, os estádios estão vazios e abandonados. Mas isso não é crise. É viver uma ilusão irracional. Um sonho inalcançável.

Estádios vazios reduzem a demanda e geram maiores custos de manutenção, reduzindo significativamente a capacidade dos proprietários em manter outros compromissos. E ainda que as receitas dos clubes tenham crescido significativamente nas últimas décadas, elas não conseguem acompanhar a bola de neve de pendências financeiras acumuladas desde o dia em que alguém nos cunhou com o terrível fardo de acharmos que somos o país do futebol. Gastamos mais do que podemos porque achamos que podemos muito. Assim, os estádios ficam às moscas, os salários dos jogadores – com valores tão irreais quanto a capacidade das arenas – inva-riavelmente atrasam e o número de processos trabalhistas inevitavelmente cresce. A bola de neve só aumenta.

A solução para desenvolver o futebol brasileiro não é simples. Nem rápida. Mas existe. Passa pela neces-sidade de um choque coletivo de realidade que se propague pelo governo, clubes, federações, associações e atletas. Todos necessitam compreender o seu verdadeiro posicionamento dentro da indústria e o papel que precisam desempenhar para que o futebol brasileiro se torne, pela primeira vez, uma operação minimamente viável e possa crescer ao invés de ficar parado no tempo.

Enquanto não aceitarmos que o que vivemos não é uma fase ruim, mas sim que o nosso futebol é um mercado de somente 15 mil pessoas por jogo e não essa ilusão megalomaníaca que um dia inventamos, ou inventaram, para nós mesmos, jamais sairemos do lugar. Continuaremos a acreditar que estamos passando por uma surpreendentemente estável crise, mas que no fundo é apenas a nossa verdadeira pequena e limitada realidade.

*Oliver Seitz é PhD em Indústria do Futebol pela Universidade de Liverpool e Professor da University College of Football

Business de Londres. (BLOG DO JUCA KFOURI. 7 de julho de 2015.

Disponível em: http://blogdojuca.uol.com.br/2015/07/a-crise-do-fubebol-brasileiro/)

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1) Para Oliver Seitz, autor do TEXTO I, o tamanho dos estádios brasileiros demonstra:

a) uma demanda crescente de novos espectadores de futebol.

b) uma acomodação ao número de frequentadores de jogos.

c) um desejo de aumentar o público nos jogos.

d) um descompasso entre desejo e realidade.

RESOLUÇÃO

O texto revela que estádios são construídos a partir do desejo de abrigar 45 mil torcedores, quando a média

em 50 anos é de 15 mil pessoas.

GABARITO: D

2) Observe o trecho abaixo, extraído do TEXTO I:

“Esqueça os 7 a 1. O futebol brasileiro está em crise desde 1950.” (linha 07)

Embora os dois períodos acima não estejam ligados por um conectivo, é possível estabelecer uma relação

de sentido entre eles. O conectivo que expressa essa relação é:

a) contudo

b) embora

c) porque

d) portanto

RESOLUÇÃO

A relação estabelecida é de fato / justificativa, o que executa a conjunção “porque”, a qual inicia uma oração

coordenada sindética explicativa.

GABARITO: C

3) Considere o mesmo trecho utilizado para a questão anterior:

“Esqueça os 7 a 1. O futebol brasileiro está em crise desde 1950.” (linha 07)

Pensando-se na relação entre o leitor e o texto como elemento essencial para a construção de sentidos, o

fragmento destacado:

a) refere-se a um evento esportivo ocorrido em 1950.

b) mobiliza o conhecimento de mundo recente do leitor sobre futebol.

c) atrapalha o entendimento do período seguinte, pois está descontextualizado.

d) é irrelevante para a compreensão do parágrafo.

RESOLUÇÃO

Exige-se do candidato conhecimento prévio de mundo: A goleada sofrida pela seleção brasileira de futebol

na Copa de 2014 (Alemanha 7 x 1 Brasil)

GABARITO: B

4) No 4° parágrafo do TEXTO I (linhas 10-13), o efeito de sentido provocado pela repetição da palavra “dificul-

dade” é:

a) criar uma noção de permanência para os problemas do futebol brasileiro.

b) reforçar a ideia de que os problemas do futebol brasileiro são crescentes.

c) mostrar que o futebol brasileiro está modificado em inúmeros aspectos.

d) demonstrar que o autor do texto não domina a norma padrão da língua portuguesa.

RESOLUÇÃO

É necessário observar que as linhas 10 – 13 retratam situações – problemas que ocorrem no Brasil há dé-

cadas.

GABARITO: A

5) Dos excertos do TEXTO I que se seguem, assinale o segmento destacado que apresenta um exemplo da

linguagem denotativa:

a) “A pátria de chuteiras. E, como nunca conseguimos de fato satisfazer essa expectativa, entramos em

crise.” (linhas 08-09)

b) “E ainda que as receitas dos clubes tenham crescido significativamente nas últimas décadas (...)” (linhas

29-30)

c) “(...) elas não conseguem acompanhar a bola de neve de pendências financeiras acumuladas (...)” (linhas

30-31)

d) “Assim, os estádios ficam às moscas, os salários dos jogadores (...) invariavelmente atrasam (...)” (linhas 32-34)

RESOLUÇÃO

Linguagem denotativa é aquela objetiva, não–simbólica, contrária à conotativa / metaforizada. A única opção

em que não ocorre subjetividade significativa é a “b”

GABARITO: B

TEXTO II

A CRISE DA ESCRITA

Por António Fidalgo

Fala-se frequentemente em crise da leitura. Professores queixam-se de que os alunos não leem, livrarias

encerram e bibliotecas tornam-se centros de convívio. A tiragem numa edição de livros é cada vez menor

e a taxa de leitura de jornais diminui continuamente. A razão da crise reside sem dúvida no surgimento dos

meios áudio e vídeo, rádio, televisão e telefone. Muito simplesmente as pessoas não leem porque preferem

ver televisão ou porque preferem um filme a um livro.

Fala-se da crise da leitura, mas essa é acompanhada da crise da escrita. Antigamente as pessoas eram

obrigadas a escrever de vez em quando, ao menos uma carta. Isso era, porém, quando não havia telefones

ou as chamadas eram muito caras. Hoje a comunicação tornou-se instantânea e a bem dizer ubíqua com os

telemóveis, liquidando a comunicação postal. É verdade que o correio eletrônico e os serviços de mensagens

instantâneas pela Internet promoveram na última década a escrita, mas os avanços nesta área, permitindo

serviços gratuitos de voz e transmissão de vídeo, estão por sua vez a diminuir o uso da escrita.

Não obstante a taxa de analfabetismo ter descido extraordinariamente nas últimas décadas, e o nível

de educação ter aumentado significativamente, continua a verificar-se uma pobreza tremenda quanto à ca-

pacidade de escrita. Pegar no telefone e fazer uma chamada é algo que qualquer pessoa faz com a maior

naturalidade e sem esforço, mas redigir um pequeno texto, por mais curto que seja, é uma dificuldade que

a maior parte rejeita.

Podemos imaginar uma sociedade em que desapareça a comunicação escrita, em que toda a comu-

nicação seja feita oral e visualmente, por telefones e videofones, e em que as mensagens sejam gravadas,

ouvidas ou vistas a qualquer altura. Mas o que convém lembrar é que a escrita é a forma disciplinada do

pensar. O que torna a escrita difícil não é o desenhar as letras, é o ordenar as palavras, é seguir a estrutura

lógico-gramatical que a escrita impõe. É verdade que a língua é oral e que é a língua, não a sua escrita, a exigir

essa estrutura. Mas as infrações que passam despercebidas ou que se desculpam na oralidade tornam-se

patentes e insuportáveis na escrita. Há quem fale, e até quem o faça publicamente na pele de político ou de

personalidade, e não construa uma frase bem feita. Mas isso seria inaceitável na escrita.

A crise da escrita, a dificuldade de escrever um texto sentida pela maior parte das pessoas, incluindo os

universitários, é sintoma de uma crise do pensamento, do pensamento ordenado.

(URBI ET ORBI – Jornal Online da UBI – Universidade da Beira Interior, , Covilhã, Portugal. 9 de julho de 2015.

Disponível em: http://www.urbi.ubi.pt/060110/editorial.html)

6) Ao tratar da crise da escrita, António Fidalgo (autor do texto II) ressalta que escrever é um exercício relacionado:a) ao costume.b) à oralidade.c) ao raciocínio.d) à motricidade.

RESOLUÇÃO

A resposta à questão encontra-se no ponto de vista defendido pelo autor no último parágrafo.

GABARITO: C

7) Observe o seguinte fragmento do texto II:“Hoje a comunicação tornou-se instantânea e a bem dizer ubíqua com os telemóveis, liquidando a co-

municação postal.” (linhas 08-09) Com base no contexto, poderíamos substituir “ubíqua”, sem prejuízo de significado, pela palavra:

a) onipresente.b) ultrapassada.c) longínqua.d) unilateral.

RESOLUÇÃO

Exige-se do candidato refletir que, com os telemóveis, a comunicação se dá em toda parte – onipresença.

GABARITO: A

8) Encontramos, no texto II, algumas palavras que expressam um envolvimento do autor com o tema tratado e indicam seu ponto de vista. Marque a opção cuja expressão sublinhada demonstra, ao invés disso, distan-ciamento ou isenção por parte do autor.a) “A razão da crise reside sem dúvida no surgimento dos meios áudio e vídeo, rádio, televisão e telefone.”

(linhas 03-04)b) “Antigamente as pessoas eram obrigadas a escrever de vez em quando, ao menos uma carta.” (linhas 06-07)c) “(...) o nível de educação ter aumentado significativamente, continua a verificar-se uma pobreza tremenda

quanto à capacidade de escrita.” (linhas 12-14)d) “Mas as infrações que passam despercebidas ou que se desculpam na oralidade tornam-se patentes e

insuportáveis na escrita.” (linhas 22-23)

RESOLUÇÃO

“Sem dúvida”, “tremenda” e “insuportáveis” são expressões nascidas do julgamento realizado pelo autor sobre determinado fato. “Antigamente” é expressão de focalização temporal, isenta de subjetividade.

GABARITO: B

TEXTO IIICRISE = PERIGO + OPORTUNIDADE

Por Kety Lisbôa D. MausEssa é velhinha e meio batida, mas em “tempos de crise” não custa nada relembrar.Esse é o kanji (ideograma) da palavra crise, escrita em japonês. Como os kanji foram importados da China,

é muito provável que vocês já tenham ouvido essa história fazer referência ao mandarim e não ao japonês– mas isso não importa.

O que importa é observarmos que a palavra crise é composta de DOIS ideogramas distintos.

Portanto, de acordo com a sabedoria oriental, toda crise é o momento em que há perigo e medo, mas

também é o momento em que há oportunidade.

Vindo um pouquinho mais para o ocidente, a Cabala nos diz que todo obstáculo nessa vida traz dentro de si a semente da evolução. Quando conseguimos resolver o problema proposto a nós, abrimos caminho para que coisas boas como saúde, prosperidade, paz de espírito cheguem até nós.

Afinal, é tudo uma questão de deixar a energia (KI) fluir livremente.(CASA DO CONHECIMENTO. 13 de dezembro de 2008. Disponível em: http://www.casaconhecimento.com.br/blog/2008/12/

criseperigo-oportunidade/)

9) O texto III ilustra um gênero difundido em larga escala pela Internet cujo conteúdo é apreciado por boa parte da população. Nesse sentido, seu objetivo central é:a) ensinar uma palavra de uma língua estrangeira.b) argumentar acerca da importância da cultura oriental.c) descrever os preceitos da Cabala.d) proporcionar ensinamento ou reflexão pessoal.RESOLUÇÃO

A assertiva se fortalece nos argumentos ligados à sabedoria oriental (“portanto, de acordo com a sabedoria oriental, toda crise... em que há oportunidade”) e à cabala (último parágrafo)

GABARITO: D

TEXTO IV

(TIRAS ARMANDINHO. 7 de agosto de 2015.

Disponível em: https://www.facebook.com/tirasarmandinho/photos_stream/)

10) A tira é um gênero que apresenta linguagem verbal e não verbal e, geralmente, propõe uma reflexão por meio do humor. No plano verbal, o humor da tira:a) tem como foco principal a imagem do carro para ilustrar a situação econômica do pai do personagem.b) baseia-se na polissemia do termo “crise”, ora relacionado à situação econômica, ora a uma fase da vida.c) baseia-se na linguagem não verbal, que apresenta dois amigos assustados com o tamanho do carro.d) está centrado na hipérbole, observada na fala do personagem Armandinho, quando usa a palavra “gigante”.

RESOLUÇÃO

A princípio, se há crise, é de se estranhar a compra do carro (crise econômica, menos gastos); entretanto, a crise aludida é a de comportamento (afirmação masculina no processo de envelhecimento).

GABARITO: B

CIÊNCIAS DA NATUREZA / MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

11) Uma garrafa PET (politereftalato de etileno) com sua tampa custa sessenta centavos. Sabendo que a garrafa custa cinquenta centavos a mais que a tampa, quanto custa só a tampa?a) R$ 0,05b) R$ 0,15c) R$ 0,25d) R$ 0,35

RESOLUÇÃO

T = tampaG = garrafaG + T = 0,6G = T + 0,5, substituindo: T + 0,5 + T = 0,62T = 0,1 T = 0,05

GABARITO: A

12) Qual das alternativas abaixo indica uma afirmação verdadeira?a) Todo múltiplo de 7 é um número ímpar.b) Todo número ímpar é múltiplo de 7.c) Todo número par é múltiplo de 8.d) Todo múltiplo de 8 é um número par.

RESOLUÇÃO

a) 14 é múltiplo de 7 e não é ímpar (falsa)b) 9 é ímpar e não é múltiplo de 7 (falsa)c) G é par e não é múltiplo de 8 (falsa)d) múltiplo de 8 = 8k; K ∈ ℤ, logo múltiplo de 8 = {...0,8,16,32...} sempre divisível por 2, logo será sempre

“par”. (correto)

GABARITO: D

13) A seguir temos o gráfico de temperatura, em graus Celsius (eixo vertical), no Rio de Janeiro para os dias 1, 2, 3 e 4 de setembro de 2015 (onde no eixo horizontal temos a marcação do início de cada dia). Considerando esse gráfico, qual dia foi registrada a menor temperatura máxima no Rio de Janeiro.

http://www.tititudorancea.com.br/z/tempo_previsao_temperatura_rio_de_janeiro_brazil.htm

a) Dia 1b) Dia 2c) Dia 3d) Dia 4

RESOLUÇÃO

Basta comparar as temperaturas máximas nos quatro dias, a menor será em 02/09, cerca de 21°C.

GABARITO: B

14) João faz caminhada a cada 4 dias. Pedro, vizinho de João, faz caminhada no mesmo local, a cada 6 dias. Considerando que Pedro e João se encontraram hoje fazendo caminhada, eles se encontrarão novamente daqui a n dias. Qual das alternativas abaixo indica um valor possível para n?a) 30b) 32c) 36d) 42

RESOLUÇÃO

Dias que João caminha = múltiplo de 4 “ “ Pedro caminha = múltiplo de 6

↓Dias em que caminham juntos = mmc (4,6)Dias em que caminham juntos = múltiplo de 12N = múltiplo de 12 → n = 36

GABARITO: C

15) Uma calculadora tem uma tecla especial que faz duas operações seguidas: subtrai uma unidade do número e seguidamente calcula o inverso do resultado. Assim, quando inserido o número n e apertada essa tecla, a

calculadora dá o valor da expressão 1n 1−

. O que aparecerá na tela se inserirmos o número 3 e apertarmos

essa tecla especial duas vezes?

Observação: na segunda vez, será feita a conta com o resultado da primeira vez, quando inserido o número 3.a) 1/2 b) 2c) –2d) –1/3

RESOLUÇÃO

1º aperto 2º aperto

1n

n 11 1 1 1

3 21 1 13 1 1 1

3 1 2 2↓ ↓

→−

→ → = = = −−− − −

GABARITO: C

16) O quintal da casa de Manoel é formado por cinco quadrados ABKL, BCDE, BEHK, HIJK e EFGH, de igual

área e tem a forma da figura ao lado.

Se BG = 20 m, então a área do quintal é:a) 20 m²b) 30 m²c) 40 m²d) 50 m²

RESOLUÇÃO

O lado do quadrado é X.

Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo DBFG, temos

( ) ( )22 2 2 2 2

2 2 2

BG BF FG 2x x 20

4x x 20 5x 20

= + → + = →

+ = → =

Como área de cada quadrado é x2 e temos 5 quadrados.

Área total = 5x2 = 20 m2

GABARITO: A

x

x

x

17) Juca está preparando um refresco que é feito apenas de suco e água. A quantidade total de refresco é de 4

litros, sendo o suco, apenas 5% desse total. Juca percebeu que o refresco ficou muito aguado, e com isso

deseja acrescentar mais suco no refresco. Determine a quantidade de suco que ele deve acrescentar ao

refresco de modo que o suco passe a representar 50% do refresco.

a) 1,2 litros

b) 2,8 litros

c) 3,6 litros

d) 4,0 litros

RESOLUÇÃO

S = qtd. de suco

A = qtd. de águaS A

5 1S .40 S

100 5

+

= ∴ =

Com acréscimo de suco ( )1 50x 4 x .

5 100 + = +

x = qtd de suco acrescida.

1 4 xx 2 10x 20 5x 5x 18 x 3,6

5 2+

+ = ∴ + = + ∴ = ∴ =

GABARITO: C

18) Na figura abaixo temos uma circunferência com centro em O. Os pontos P, Q e R são pontos sobre a circun-

ferência, sendo PQ um lado de um hexágono regular inscrito nessa circunferência. Uma formiga estava sobre

o ponto P e se deslocou sobre a circunferência no sentido horário, até o ponto Q, passando pelo ponto R

uma única vez. Calcule a distância percorrida pela formiga, sabendo que PQ = 3 cm.

Observação: A relação entre o comprimento da circunferência “C” com seu raio “r” é dado por: C = 2pr.

a) 6p cm

b) 5p cm

c) 3p cm

d) 2p cm

RESOLUÇÃO

3 cm

PQ = l6, logo R = 3 cm

como PQ = l6 → PQ = 60°

PQ tem, comprimento = 2 R 2 3

6 6p p −

= = p

PQ passando por “R” terá: 2pR – p = 2p . 3 – p = 5p cm

GABARITO: B

19) Joãozinho observou que o número de meninas de sua turma dividido pelo número de meninos dessa mesma

turma é 0,88. Qual é o menor número possível de alunos (meninos e meninas) dessa turma?

a) 88

b) 64

c) 50

d) 47

RESOLUÇÃO

H = nº de meninos M = nº de meninas (H e M ∈ N)

H H 88 44 220,88 ,

M M 100 50 25= ∴ = = = então o menor valor para H + M, será 22 + 25 = 47 alunos

GABARITO: D

20) Observe o algoritmo a seguir, , que apresenta a divisão de certo número natural não nulo n por

8: Mesmo sem informação sobre n e a parte inteira do quociente ( ), podemos afirmar que o menor número

natural, maior do que n e divisível por 8 (quociente natural e resto zero) é:

a) n + 1

b) n + 3

c) n + 5

d) n + 7

RESOLUÇÃO

K chamando a parte inteira de “K”

n = 8 (K,625) + 0 ∴ n = 8 (K + 0.625) ∴ n = 8K + 5

Quanto deveremos somar nos dois lados da expressão de “n” para obtermos múltiplos de 8?

n + 3 = 8K + 5 + 3 ∴ n + 3 = 8K + 8 (múltiplo de 8)

logo o menor número maior que “n” e divisível por 8, será n + 3

GABARITO: B

QUÍMICA

21) O café solúvel é obtido a partir do café comum dissolvido em água. A solução é congelada e, a seguir,

diminui-se bruscamente a pressão. Com isso, a água passa direta e rapidamente para o estado gasoso,

sendo eliminada do sistema por sucção. Com a remoção da água do sistema, por esse meio, resta o café

em pó e seco. Identifique as mudanças de estado físico ocorridas neste processo:

a) solidificação e fusão.

b) vaporização e liquefação.

c) fusão e ebulição.

d) solidificação e sublimação.

RESOLUÇÃO

1º Solidificação – passagem do estado liquido para o sólido

2º Sublimação – passagem direta do sólido para o gasoso

GABARITO: D

22) O uso inadequado de defensivos agrícolas pode trazer danos para o meio ambiente, pois esses materiais

são constituídos de substâncias químicas de elevada toxicidade, a exemplo do Na3AsO3 e do Cu3(AsO3)2.

Em relação a esses compostos, é correto afirmar que:

a) o íon Cu2+ do Cu3(AsO3)2 possui configuração eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d9

b) o íon As3+ do Na3AsO3 possui 33 elétrons.

c) os elétrons mais energéticos do íon Na+ do Na3AsO3 estão no 3° nível e no subnível s.

d) o íon Na+ do Na3AsO3 possui 10 prótons.

RESOLUÇÃO

2 2 6 2 6 2 929

2 2 2 6 2 6 9293

333

111

1

Cu 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d

Cu 1s 2s 2p 3s 3p 3d

As perdeu 3e

As 30e

Na 2, 8,1 (3º nível) subnível 3s

Na 2,8 10 elétrons e não 10 prótons

+

+

+

+

=

→ →

→ = →

GABARITO OFICIAL: ANULADO, PORÉM SE HOUVESSE A TABELA PERIÓDICA NA PROVA O GABARITO

SERIA LETRA A

23) Considere as seguintes afirmativas:

I) o flúor e o cloro estão no mesmo período da classificação periódica dos elementos.

II) o magnésio faz parte da família dos metais alcalino-terrosos.

III) o sódio e o alumínio possuem o mesmo número de elétrons na camada de valência.

IV) na molécula de CCl4, as ligações entre o átomo de carbono e os átomos de cloro são do tipo iônica.

V) uma ligação dupla é uma ligação covalente na qual dois átomos compartilham dois pares de elétrons.

A opção que apresenta as afirmativas corretas é:

a) I, III e V

b) III, IV e V

c) II e V

d) I e IV

RESOLUÇÃO

I – Errado: mesma família

II – Correto

III – Errado, Na → 1 Al → 3

IV – Errado – covalência

V – Correta – emparelhamento de elétrons

GABARITO OFICIAL: ANULADO, PORÉM SE HOUVESSE A TABELA PERIÓDICA NA PROVA O GABARITO

SERIA LETRA C

FÍSICA

O texto a seguir refere-se às questões 24 e 27.

“No dia 20 de dezembro de 2013, a 68ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o

ano de 2015 como o Ano Internacional da Luz e das Tecnologias baseadas em Luz (International Year of Light

and Light-based Technologies – IYL 2015).

Ao proclamar um Ano Internacional com foco na ciência óptica e em suas aplicações, as Nações Unidas

reconhecem a importância da conscientização mundial sobre como as tecnologias baseadas na luz promo-

vem o desenvolvimento sustentável e fornecem soluções para os desafios mundiais nas áreas de energia,

educação, agricultura, comunicação e saúde. A luz exerce um papel essencial no nosso cotidiano e é uma

disciplina científica transversal obrigatória para o século XXI. Ela vem revolucionando a medicina, abrindo a

comunicação internacional por meio da internet e continua a ser primordial para vincular aspectos culturais,

econômicos e políticos da sociedade mundial.”(http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/prizes-and-celebrations/2015-international-year-of-light/

Acesso em 10 de set. 2015)

24) O estudo da luz é tão importante que inspirou Albert Einstein a escrever a teoria da Relatividade no início do

século passado. É comum vermos atribuída a Einstein a frase “porque tudo é relativo”.

Einstein provou matematicamente que a física de Isaac Newton não funcionava para a velocidade da luz.

Para velocidades baixas, no entanto, o modelo de Newton ainda vale!

Consideremos, portanto, que uma pessoa dentro de um ônibus que está se movendo com velocidade de

60 km/h quando avista um carro ultrapassando o ônibus com velocidade de 80 km/h, ambas medidas em

relação um referencial na Terra.

A pessoa sentada dentro do ônibus observa o carro se movendo com que velocidade?

a) 20 km/h.

b) 40 km/h.

c) 60 km/h.

d) 80 km/h.

RESOLUÇÃO

Vc → Velocidade do carro

V0 → Velocidade do ônibus

V0 = 60 km/h

Vc = 80 km/h

Velocidade Relativa

VR = Vc – V0

VR = 80 – 60

VR = 20 km/h

GABARITO: A

25) “Luz do sol,

Que a folha traga e traduz,

Em verde novo

Em folha, em graça, em vida, em força, em luz...”

(Caetano Veloso, Luz do Sol)

Esse trecho da canção de Caetano Veloso nos faz lembrar que a luz do Sol provê de energia o nosso planeta. Certamente não haveria vida na Terra sem ela! O processo de transferência de energia térmica que explica a transmissão do Sol a Terra, por meio da luz é

chamado dea) convecção.b) irradiação.c) contato.

d) raios cósmicos.

RESOLUÇÃO

b) Irradiação → é a propagação do calor através de ondas.

GABARITO: B

26) Em 1672, Isaac Newton publicou um trabalho onde apresentava ideias sobre as cores dos corpos. Passados aproximadamente três séculos e meio, hoje as ideias propostas por ele ainda são aceitas.

Imagine um objeto de cor vermelha quando iluminado pela luz do Sol. Se esse mesmo objeto é colocado em um ambiente iluminado exclusivamente por luz monocromática verde, podemos afirmar que um observador perceberá este objeto como sendoa) verde, pois é a cor que incidiu sobre o objeto.b) vermelho, pois a cor do objeto independe da radiação incidente.c) preto, porque o objeto só reflete a cor vermelha.

d) um tom entre o verde e o vermelho, pois ocorre mistura das cores.

RESOLUÇÃO

Preto: um objeto só reflete sua cor quando iluminado com luz branca ou de sua própria cor.

GABARITO: C

27) Células fotoelétricas ou fotovoltaicas são dispositivos capazes de transformar a energia luminosa, proveniente

do Sol ou de outra fonte de luz, em energia elétrica. O conjunto de células fotoelétricas é chamado Placa

Fotovoltaica, e o uso hoje é bastante comum em lugares afastados da rede elétrica convencional. Existem

placas de várias potências e diferentes tensões para os mais diversos usos.

Uma placa fotovoltaica com 72,0 W de potência de pico, por exemplo, é capaz de prover uma diferença de

potencial de 12,0 V. Qual a corrente elétrica gerada por esta placa?

a) 864 A.

b) 90,0 A.

c) 12,0 A

d) 6,00 A.

RESOLUÇÃO

P – Potência

P = 72 w

V = 12 v

P = v . I → P 72

I I I 6AV 12

= → = → =

GABARITO: D

BIOLOGIA

28) O trecho da notícia abaixo mostra a importância dos achados fósseis para explicar a evolução humana.

NOVA ESPÉCIE DO GÊNERO HUMANO É DESCOBERTA NA ÁFRICA DO SUL

Um grupo de pesquisadores apresentou nesta quinta-feira (10) na África do Sul os remanescentes fósseis

de um primata que podem ser de uma espécie do gênero humano desconhecida até agora. A criatura foi

encontrada na caverna conhecida como Rising Star (estrela ascendente), 50 km a nordeste de Johanesburgo,

onde foram exumados os ossos de 15 hominídeos. O primata foi batizado de Homo naledi. Em língua sotho,

naledi significa estrela, e Homo é o mesmo gênero ao qual pertencem os humanos modernos.

(Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/09/antiga-especie-do-genero-humano-e-descoberta-na-africa-do-sul.html.

Acessado em 10/09/2015)

Sobre os fósseis e sua localização é correto afirmar que:

a) são mais comumente encontrados em cavernas entre camadas de rochas magmáticas.

b) as rochas sedimentares, por sua formação, são depósitos naturais de fósseis.

c) as rochas metamórficas, como o granito, são o tipo de rocha com maior abundância de fósseis.

d) os fósseis mais numerosos são encontrados na superfície do solo não importando a constituição do mesmo.

RESOLUÇÃO

Sedimentares → pois os fósseis foram soterrados com o passar do tempo pela sedimentação.

GABARITO: B

29) “Luz do sol

Que a folha traga e traduz

Em verde novo

Em folha, em graça

Em vida, em força, em luz...”

O trecho acima pertence a uma música do cantor Caetano Veloso traduzindo um processo biológico muito

importante realizado pelas plantas e essencial para a sobrevivência das mesmas. Sendo assim, o nome do

processo e a equação química simplificada do processo, estão representados respectivamente na alternativa:

a) Fotossíntese: C6H12O6 + 6 O2 →Luz 6 H2O + 6 CO2

b) Respiração celular: 2 H2O + 6 CO2 →Luz C6H4O6 + 12 CO

c) Fotossíntese: 6 CO2 + 6 H2O →Luz C6H12O6 + 6 O2

d) Respiração celular: C6H8O16 + 2H2O →Luz 6 H2O + 6 CO2

RESOLUÇÃO

A fotossíntese → O CO2 absorvido nas folhas e H2O trazida do solo através de vasos condutores se juntam,

se combinam, que em presença da luz, sintetizam amido e O2.

GABARITO: A

30) “Quanto mais enrugado, melhor. Por muito tempo, essa era a máxima que parecia valer quando falávamos da

estrutura do cérebro. Mas um artigo publicado na revista Science por dois brasileiros parece derrubar essa

teoria. O estudo mostra que as reentrâncias características da superfície do cérebro de alguns mamíferos não

têm nada a ver com a quantidade de neurônios, como se cogitava - elas são, na verdade, pura física: resultam

da maneira como o órgão se molda às pressões internas e externas em seu desenvolvimento e obedecem

ao mesmo tipo de regra que uma folha de papel ao ser amassada...”

(http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2015/06/sobre-cerebros-papeis-e-dobraduras).

Sabemos que nascemos com um número determinado de neurônios que são formados ainda na fase em-brionária e que nunca são substituídos, porém as partes desgastadas são substituídas a cada mês (com exceção de seus genes) por um processo denominado autofagia. A organela celular responsável por este processo é:a) Ribossomo.b) Lisossomo.c) Complexo de golgi.d) Retículo endoplasmático rugoso.

RESOLUÇÃO

Lisossomos – São responsáveis pela digestão intracelular.

GABARITO: B

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

31) Após a morte do rei D. Fernando I em 1383, Portugal caiu em uma crise de sucessão que só foi resolvida com a subida ao trono de D. João I (mestre de Avis), através da chamada “Revolução de Avis”, finalizada na batalha de Aljubarrota em 1385. A vitória de D. João I representou a consolidação da aliança da burguesia portuguesa junto ao poder real. Tal fato favoreceu:a) o fim da nobreza portuguesa, que se viu expulsa de Portugal.b) o apoio da realeza portuguesa a empreendimentos que interessavam à burguesia, como a expansão

marítima.c) a oposição da realeza portuguesa a empreendimentos que não interessavam à burguesia, como a ex-

pansão marítima.d) a aliança dos reis de Portugal com os reis da Espanha e da Itália.

RESOLUÇÃO

a) o fim da nobreza portuguesa, que se viu expulsa de Portugal. ERRADA: A nobreza de Portugal não terminou após a Revolução de Avis e nem foi expulsa de Portugalb) o apoio da realeza portuguesa a empreendimentos que interessavam à burguesia, como a expansão

marítima. CORRETAc) a oposição da realeza portuguesa a empreendimentos que não interessavam à burguesia, como a ex-

pansão marítima. ERRADA: A realeza portuguesa apoiou o processo de expansão marítima lusitano.d) a aliança dos reis de Portugal com os reis da Espanha e da Itália. ERRADA: A Dinastia de Avis não se

apoiou nos reis espanhóis para realizar a expansão marítima e muito menos nos “reis” da Itália, uma vez que a Itália não tinha monarquia centralizada, além do que, a expansão marítima portuguesa prejudicava os interesses italianos.

GABARITO: B

32) Em 1519 o conquistador espanhol Hernán Cortés derrotou o poderoso Império Asteca. Este fato é objeto de pesquisa de diversos historiadores, que tentam entender como um império militarizado foi conquistado por um número diminuto de espanhóis. Estas pesquisas apresentam diversos fatores que explicam tal conquista. Dentre as opções abaixo, qual NÃO apresenta um desses fatores?a) As doenças trazidas pelos europeus, que mataram milhares de indígenas.b) As divisões e tensões internas do Império Asteca, que explorava outros povos.c) Os poucos recursos naturais que existiam na região do atual México.d) O entendimento por parte dos espanhóis de questões políticas internas dos astecas.

RESOLUÇÃO

a) As doenças trazidas pelos europeus, que mataram milhares de indígenas. CORRETAb) As divisões e tensões internas do Império Asteca, que explorava outros povos. CORRETAc) Os poucos recursos naturais que existiam na região do atual México. ERRADA: O México possuía mui-

tos recursos naturais que interessavam à política mercantilista espanhola, notadamente o ouro do Império Asteca.

d) O entendimento por parte dos espanhóis de questões políticas internas dos astecas. CORRETA

GABARITO: C

33) Em 2015 o Rio de Janeiro comemora 450 anos de sua fundação. Ao longo dos séculos, a cidade passou por uma série de mudanças e transformações que resultaram na capital do estado que temos hoje. Dentre estas mudanças podemos citar:a) a ocupação francesa no centro do Rio de Janeiro no século XVIII, inclusive a Ilha de Villegagnon, sede

da França Antártica.b) a destruição das plantações de cana-de-açúcar pelos holandeses por conta da concorrência do açúcar

produzido nas Antilhas durante o século XVII.c) o surgimento de ruas e o alargamento de algumas já existentes e a criação de instituições por D. João VI

a partir de 1808, como o Jardim Botânico e a Biblioteca Real.d) a Revolução do Porto que em 1820 paralisou o porto principal do Rio de Janeiro por conta das altas tarifas

alfandegárias sobre os escravos.

RESOLUÇÃO

a) a ocupação francesa no centro do Rio de Janeiro no século XVIII, inclusive a Ilha de Villegagnon, sede da França Antártica. ERRADA: A ocupação francesa no Rio de Janeiro, a França Antártica, se deu no século XVI e não no século XVIII.

b) a destruição das plantações de cana-de-açúcar pelos holandeses por conta da concorrência do açúcar produzido nas Antilhas durante o século XVII. ERRADA: Os holandeses não estavam no Rio de Janeiro no século XVII e sim no nordeste brasileiro.

c) o surgimento de ruas e o alargamento de algumas já existentes e a criação de instituições por D. João VI a partir de 1808, como o Jardim Botânico e a Biblioteca Real. CORRETA

d) a Revolução do Porto que em 1820 paralisou o porto principal do Rio de Janeiro por conta das altas tari-fas alfandegárias sobre os escravos. ERRADA: A Revolução do Porto se deu na cidade do Porto, em Portugal e não paralisou as atividades do porto da cidade do Rio de Janeiro.

GABARITO: C

34) Sobre o processo de independência das treze colônias inglesas, podemos afirmar as seguintes considera-

ções, EXCETO:

a) Teve amplo apoio da Espanha que inclusive liderou o movimento de emancipação política nas treze co-

lônias, quando estas se enfraqueceram durante a guerra contra a Inglaterra.

b) Contou com a influência das ideias iluministas que questionavam as formas de poder existentes, além de

divulgar ideais de liberdade.

c) Não trouxe mudanças significativas para os escravos tendo em vista que esta forma de trabalho fora

mantida mesmo depois da independência, em 1776.

d) Estabeleceu, no final do movimento, uma nova nação republicana e federalista, mas ainda com caracte-

rísticas econômicas e sociais bem distintas entre o norte e o sul.

RESOLUÇÃO

a) Teve amplo apoio da Espanha que inclusive liderou o movimento de emancipação política nas treze colô-

nias, quando estas se enfraqueceram durante a guerra contra a Inglaterra. ERRADA: A Espanha apoiou

a independência dos EUA, porém não houve a liderança espanhola no processo de emancipação

norte-americano.

b) Contou com a influência das ideias iluministas que questionavam as formas de poder existentes, além de

divulgar ideais de liberdade. CORRETA

c) Não trouxe mudanças significativas para os escravos tendo em vista que esta forma de trabalho fora

mantida mesmo depois da independência, em 1776. CORRETA

d) Estabeleceu, no final do movimento, uma nova nação republicana e federalista, mas ainda com caracte-

rísticas econômicas e sociais bem distintas entre o norte e o sul. CORRETA

GABARITO: A

35) Um dos nomes mais reivindicados por lideranças políticas populares da América do Sul atual é o de Simón Bolívar (1783-1830). Hugo Chávez (1954-2013) foi o maior exemplo disto: em seus discursos oficiais como presidente da Venezuela, Chavéz normalmente aparecia com a imagem de Bolívar ao fundo. Tais lideran-ças, ao usarem a imagem de Bolívar, reivindicam a ideia do Pan-Americanismo. Qual alternativa apresenta corretamente esta ideia?a) O Pan-Americanismo seria a união política da América Latina.b) O Pan-Americanismo seria a união econômica da América Latina com a Europa.c) O Pan-Americanismo seria a união política da América Latina com a África.d) O Pan-Americanismo de Bolívar defendia que todos os países ibéricos deveriam ser comunistas.

RESOLUÇÃO

a) O Pan-Americanismo seria a união política da América Latina. CORRETA b) O Pan-Americanismo seria a união econômica da América Latina com a Europa. ERRADA: O ideal Pan-

-Americanista de Bolívar visava unir a América latina para fazer frente aos interesses europeus.c) O Pan-Americanismo seria a união política da América Latina com a África. ERRADA: O ideal Pan-Ame-

ricanista de Bolívar não previa a união com a Áfricad) O Pan-Americanismo de Bolívar defendia que todos os países ibéricos deveriam ser comunistas. ERRADA:

O ideal Pan-Americanista de Bolívar não tinha nada a ver com os países ibéricos e muito menos influenciá-los a adotarem as teses comunistas.

GABARITO: A

GEOGRAFIA

36) Leia o texto e analise a imagem com os mapas:A confecção de uma carta exige o estabelecimento de um método, segundo o qual, a cada ponto da su-

perfície da Terra corresponda um ponto da carta e vice-versa. Diversos métodos podem ser empregados para se obter essa correspondência de pontos, constituindo os chamados “sistemas de projeções”. O problema básico é a representação da superfície curva em um plano. A forma de nosso planeta é representada, para fins de mapeamento, por uma esfera que é considerada a superfície de referência a qual estão relacionados todos os elementos que desejamos representar.

Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/representacao.html.

Acesso em: 07 de setembro de 2015. (Adaptado)

Atlas Geográfico Escolar / IBGE. – 5ª ed. – Rio de Janeiro: IBGE, 2009. p.21.

Uma vantagem que a projeção plana apresenta sobre as outras para a navegação é representada pela pro-priedade da:

a) conformidade, já que mantém a forma dos continentes.b) equivalência, já que preserva a área do espaço mapeado.c) esfericidade, pois permite uma melhor noção da forma da Terra.d) equidistância, pois possibilita o cálculo preciso do intervalo entre dois pontos.

RESOLUÇÃO

Alternativa A: A conformidade é a manutenção da verdadeira forma das áreas a serem representadas. Para a navegação esta propriedade é muito boa, porém a projeção plana ou azimutal não é conforme, não apresenta conformidade, ao contrário, ela deforma certas áreas, justamente as mais distantes do ponto de tangência (periféricas), isto é, do ponto de onde se irradia a projeção. No exemplo da ilustração, o ponto focal, isto é, onde o papel plano tangencia o globo terrestre é o pólo sul, e a forma está correta apenas no pólo e em suas proximidades. A partir dele, as terras representadas ficam deformadas.

Alternativa B: Equivalência é a inalterabilidade das áreas, isto é, manter a proporção corretas das áreas. O Brasil é maior do que a Groenlândia, não se pode representar no mapa a Groenlândia maior que o Brasil, embora isso ocorra em alguns mapas, como o cilíndrico de Mercator. A projeção plana não é equivalente, ela também deforma as áreas, geralmente as terras mais distantes do ponto central.

Alternativa C: esfericidade não é uma das propriedades das projeções. As projeções podem ser equivalentes, conformes, eqüidistantes e afiláticas, esta última significa que é uma projeção que não conserva nenhuma propriedade, apresentando várias distorções.

Alternativa D: Resposta certa, a projeção plana também é chamada de projeção azimutal eqüidistante, pois não preserva a forma dos continentes nem suas dimensões, porém mantém as mesmas distâncias, daí a denominação eqüidistante. Os paralelos são círculos concêntricos e os meridianos radiais, que se irradiam a partir do centro da projeção. Deste modo, os comprimentos são representados em escala uniforme. A repre-sentação das distâncias entres regiões é precisa. Essa projeção adota como centro um ponto qualquer do planeta para que seja possível medir a distância entre esse ponto e qualquer outro lugar. Por isso esse tipo de projeção é utilizada especialmente para definir rotas aéreas ou marítimas. É a típica projeção geopolítica de um país, porque coloca esse Estado como se fosse o centro do mundo e diminui a forma e as dimensões dos outros países. Assim, cada Nação utiliza dessa projeção para mostrar o seu modo de ver o mundo.

GABARITO: D

37) A vegetação é um dos componentes mais importantes da biota, na medida em que seu estado de conserva-ção e de continuidade definem a existência ou não de hábitats para as espécies, a manutenção de serviços ambientais ou mesmo o fornecimento de bens essenciais à sobrevivência de populações humanas.

Disponível em: http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_chm_rbbio/_arquivos/mapas_cobertura_vegetal.pdf Acesso em: 07 de set. de 2015.

Disponível em: http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=352&evento=5 Acesso em 06 de set. de 2015. Adaptado)

Identifique no mapa e nas alternativas um tipo de domínio caracterizado por climas superúmidos, vegetação ombrófila densa, latifoliada e heterogênea, localizada em baixa latitude.a) Amazônia

Atlas Geográfico Escolar / IBGE. – 5ª ed. – Rio de Janeiro: IBGE, 2009. p.101.

b) Cerrado

Atlas Geográfico Escolar / IBGE. – 5ª ed. – Rio de Janeiro: IBGE, 2009. p.101.

c) Vegetação Litorânea

Atlas Geográfico Escolar / IBGE. – 5ª ed. – Rio de Janeiro: IBGE, 2009. p.101.

d) Pradarias

Atlas Geográfico Escolar / IBGE. – 5ª ed. – Rio de Janeiro: IBGE, 2009. p.101.

RESOLUÇÃO Alternativa A: Resposta certa, é a única ilustração de uma formação florestal, que caracteriza o domínio pe-

dido, que se trata do domínio amazônico, ambientado em clima equatorial superúmido, vegetação composta por denso dossel, ombrófila (adaptada a ambiente úmido), latifoliada (folhas grandes e largas) e heterogênea (grande biodiversidade, apresentando elevado número de espécies), localizada em baixa latitude (próximo à linha do Equador).

Alternativa B: o domínio do cerrado é arbustivo, em clima tropical com inverno seco, a vegetação é tropófila, isto é, adaptada à alternância de período úmido e seco ao longo do ano.

Alternativa C: a vegetação litorânea, composta por manguezais, representados na ilustração é uma vege-tação halófita, adaptada a ambientes salinos, pois esta vegetação fica em contato com água salgada nas marés altas e pneumatófora, com raízes aeres e respiradoras de oxigênio.

Alternativa D: as pradarias ou campos limpos é uma vegetação herbácea, rasteira, aberta, composta por gramíneas e capins, embora a ilustração mostre a existência de alguns capões entre a vegetação típica.

GABARITO: A

A China chegou a crescer 13% em 2007 e 10,4% em 2010, mantendo o ritmo em patamares elevados até o ano passado. Este ano, o crescimento esperado do PIB chinês em torno de 7% está abaixo da expectativa. O Fundo Monetário Internacional (FMI) previu em seu último relatório que a China deve crescer 6,8% em 2015 – a menor taxa anual para o país em 25 anos. A “bolha” da economia chinesa começou a estourar depois de vários anos de crescimento robusto. Agora, está virando uma bola de neve e levando a “bolsa” junto. Com o forte avanço do PIB chinês nos últimos anos, a China tentou mudar o perfil de sua economia de um modelo predominantemente voltado ao exterior, para uma economia voltada ao consumo interno. O Banco Central da China se comprometeu a apoiar o crescimento ‘sustentável’ do país e passou a limitar investimentos do exte-rior. As vendas, que apoiavam a economia chinesa, passaram a cair e o governo precisou desvalorizar o iuan.

Disponível em: http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2015/08/entenda-o-que-esta-acontecendo-na-china-e-os-

reflexos-nosmercados.html. Acesso em: 05 de Set.2015.

38) Um elemento presente no texto que colaborou para a construção do milagre econômico chinês foi aa) produção de tecnologia de ponta.b) exploração da mão de obra barata.c) transformação no regime de poder.d) criação de plataformas de exportação.

RESOLUÇÃO

Alternativa A: em nenhum momento do texto é citado o nível tecnológico dos produtos chineses. A China se tornou o principal exportador do mundo, superando as exportações americanas. A composição setorial de suas exportações são produtos manufaturados, com alto valor agregado, inclusive alguns de alta tecnologia, mas predominam os produtos de tecnologia média.

Alternativa B: essa é uma das principais características chinesas, tem sido um diferencial, um fator, um aspecto positivo para a avalanche de investimentos estrangeiros realizados na China desde a abertura eco-nômica realizada em 1978. No entanto, em nenhum momento o texto cita o fator mão de obra barata.

Alternativa C: A China é uma economia socialista de mercado ou é um sistema capitalista de Estado? As duas características podem ser atribuídas à China, e uma não exclui a outra. No entanto, o texto nada revela sobre isso, não faz menção alguma à condução das empresas estatais nos setores estratégicos da economia, nem se a China vai liberar o sistema político no futuro.

Alternativa D: Resposta certa, a notícia mostra mudanças de orientação da política econômica, no sentido de privilegiar o mercado interno, aproveitando o enorme crescimento econômico verificado nos últimos anos (já é a 2ª maior economia) alcançado na condição de plataforma de exportação, inundando o mercado mundial com produtos “made in China”. A questão é que a desaceleração chinesa ou “aterrisagem” diminuiu suas importações de commodities, fazendo despencar os preços destes produtos básicos. O Brasil foi muito afe-tado, pois é um dos principais fornecedores de commodities para a China (soja, minério de ferro e petróleo).

GABARITO: D

39) A Grécia enfrenta ‘uma queda de braço’ com os credores de sua dívida. [...] Atualmente, a dívida grega su-pera, em muito, o limite de 60% do PIB estabelecido pelo pacto assinado pelo país para fazer parte do euro. A Grécia deve um total de € 271 bilhões, segundo a BBC (Banco Central Europeu). A origem da atual crise se deu há dez anos, quando foi revelado por autoridades da Europa que o país havia maquiado suas contas ao longo de vários anos para conseguir entrar na zona do euro.Disponível em: http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/06/o-que-acontece-se-grecia-der-calote-no-fmi-entenda-crise-no-pais.html.

(Adaptado). Acesso em 08/09/2015.

Uma característica da União Europeia expressa no texto é a:a) Criação da união monetária.b) Circulação livre de mão de obra.c) Adoção da Tarifa Externa Comum.d) Idealização do Parlamento Europeu.

RESOLUÇÃO Essa é outra questão que o candidato não precisa saber muito, é só ler e entender o texto, que deixa claro

que uma das condições para fazer parte da zona do euro é a dívida do país não ultrapassar o valor de 60% do PIB. A adoção de uma moeda única, em circulação entre todos os países membros da União Européia (na verdade, 19 países dos 28 que compõem a União Européia estão na zona do euro, utilizam o euro) marca o momento de maior integração econômica existente dentre todos os blocos regionais de comércio, que é a união econômica e monetária. Apesar de todos os outros fatores mencionados nas demais alternativas existirem também na União Europeia, o texto deixa claro a questão da moeda.

GABARITO: A

40) Concebendo habitação como algo que transcende o espaço físico do apartamento, essas novas moradias deixam ainda mais a desejar. A maioria dos condomínios do Minha Casa Minha Vida não possui equipamentos e serviços em suas imediações. Grande parte das famílias reassentadas saiu das regiões mais próximas ao seu trabalho e foi morar na Zona Oeste.

FAVELAS COM REMOÇÕES X EMPREENDIMENTOS DO MINHA CASA MINHA VIDA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

PERÍODO ENTRE 2009 E 2012

Adaptado de FAULHABER, L. e AℤEVEDO, L. SMH: 2016: remoções no Rio de Janeiro Olímpico. 1º ed. Rio de Janeiro: Mórula, 2015, p. 67.

Um processo socioespacial derivado das situações expressas no texto e no mapa é:a) A intensificação da desmetropolização.b) O aprofundamento da segregação induzida.c) A oferta de transportes de massa de qualidade.d) O fortalecimento do território como cidade global.

RESOLUÇÃO

Alternativa A: Atualmente, encontra-se em curso no Brasil o processo de desmetropolização, que é a dimi-nuição do crescimento das metrópoles em benefício das cidades menores, sobretudo as cidades médias. Esse fenômeno está acompanhado da desconcentração industrial, em que as grandes empresas e fábricas – antes concentradas nos grandes centros urbanos – passam a se deslocar para cidades menores em busca, principalmente, de menores impostos (ou até a isenção de boa parte deles). O enunciado da questão aborda movimentação de pessoas dentro da cidade do Rio de Janeiro, e não fluxo migratório para fora da cidade.

Alternativa B: correta. A segregação sócio-espacial é uma realidade marcante da cidade do Rio de Janeiro. Com a valorização dos imóveis de áreas centrais e mais bem servidas por equipamentos urbanos, a popu-

lação de baixa renda vai sendo empurrada para a periferia, áreas mais baratas. Ocorre então a periferização.

A situação econômica induz a isso. Porém, o poder público também age nesse sentido, como vemos no

enunciado da questão. Seguindo a tradição das reformas urbanas impostas por vários prefeitos (Pereira

Passos, Carlos Sampaio, Henrique Dodsworth e o governador Lacerda) os pobres sempre são empurrados

para a periferia, através de desmonte de morros e remoção de favelas, abertura de avenidas largas no cen-

tro ou no caso atual de implantação dos conjuntos habitacionais Minha Casa Minha Vida, aprofundando a

segregação sócio-espacial induzida pela governo.

A cidade é maravilhosa, mas os transportes de massa na cidade (trem, metrô, BRT, VLT, teleférico do Alemão,

busão, bonde de Santa Teresa) nem tanto. Sempre foram insuficientes, demorados, caros, sujeitos a acidentes

frequentes, e nunca resolveram a péssima mobilidade urbana vigente em nossa cidade. O enunciado não

aborda esse tema.

O território urbano da cidade do Rio de Janeiro é desarticulado, segregado, até questiona-se se o Rio de

janeiro é uma cidade global. Na nova hierarquização do IBGE o Rio de Janeiro perdeu polaridade, por re-

tração econômica, caindo na hierarquia urbana brasileira. O IBGE entende que São Paulo é a única cidade

global brasileira, devido à sua força financeira, representada pela sua bolsa de valores, que conecta melhor

o Brasil nos fluxos financeiros globalizados.

GABARITO: B