CAPÍTULO 10 - Tronco Metropolitano revisão em 20.09

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CAPTULO 10 Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana 10.1. Caracterizao Fsica Os mesmos trilhos ferrovirios que trouxeram o desenvolvimento para a Regio Metropolitana de So Paulo, mas tambm criaram uma imensa cicatriz que dividiu bairros e comunidades, serviro para promover a integrao e a requalificao urbana da metrpole. O Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana uma ampla interveno entre os bairros da Lapa, na zona oeste da cidade de So Paulo, e Brs, na zona leste se configura uma importante ferramenta para o planejamento urbano e para a integrao metropolitana que equacionar os problemas de deslocamento da populao. A proposta do Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana traz aes estruturadoras que permitiro superar a barreira da ferrovia, promovendo a ocupao ordenada do uso do solo e a requalificao ambiental dos espaos lindeiros ferrovia. Possibilitar, principalmente, que o transporte ferrovirio seja uma alternativa confivel, confortvel e til aos cidados. O Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana visa, ainda, melhorar as condies de circulao e ocupao no entorno das estaes e incorporar e modernizar equipamentos de transferncia e conectividade entre os meios de transporte. A eliminao da barreira ferroviria se dar por meio de seu rebaixamento da Lapa ao Brs, ficando a superfcie liberada para a criao de uma via estrutural de trfego, planejada para abrigar no seu entorno parques e ciclovias. As aes tambm visam incentivar a gerao de empregos e a ocupao dos vazios urbanos, existentes em locais dotados de infraestrutura, por moradias, reduzindo a necessidade de deslocamentos dirios dos bairros para a rea central de So Paulo. O Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana compreende o trecho da rede da CPTM que comea nas proximidades da Estao Lapa e segue at a Estao Brs. Tem cerca de 10 quilmetros de extenso, com quatro linhas da CPTM em operao (7, 8, 10 e 11) e seis estaes, sendo trs na rea da subprefeitura da Lapa (Lapa 7, Lapa 8 e Barra Funda), duas na subprefeitura da S (Julio Prestes e Luz) e uma na subprefeitura Mooca (Brs).Figura 120: Mapa do Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana na Regio Metropolitana de So Paulo.

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Fonte (base): CESAD-FAUUSP, 2003. Elaborao: FUPAM, 2009.

Um dos principais problemas do Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana o compartilhamento da linha frrea entre o transporte de passageiros e o transporte de carga. Atualmente, o transporte ferrovirio de carga atravessa So Paulo noite e em horrios pr-definidos, limitando a plena operao do sistema de trens metropolitanos e impedindo a reduo dos intervalos entre os trens e a manuteno no horrio noturno. Inicialmente, por diretriz da CPTM, o transporte de carga seria segregado em via prpria e independente do transporte de passageiros. Outras solues so discutidas h tempos com relao carga nas vias da CPTM. Uma delas a concluso do Ferroanel, com a construo de seus tramos Norte e Sul. Outra proposta a retirada do transporte de carga da rea central do municpio. Desta forma, o suprimento interno da Regio Metropolitana seria operado em duas centrais de processamento logstico, nas entradas do Centro Metropolitano, nas proximidades dos ptios da Lapa e Mooca, acessadas por vias singelas e segregadas, sem que se necessite cruzar o trecho entre esses dois ptios. Os Mapas referentes caracterizao fsica do Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana sero apresentados conjuntamente com o uso predominante do solo e potencial de transformao urbana no final deste captulo.Figura 121: Mapa do uso predominante do solo e potencial de transformao do Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana

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Fonte (base): EMPLASA, 2007. Elaborao: FUPAM, 2009. Figura 122: Mapa - Estratgias para uso do solo do Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana

Fonte (base): EMPLASA, 2007. Elaborao: FUPAM, 2009.

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10.2. Levantamento de Projetos e Programas Previstos As intervenes mais relevantes propostas para o Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana, formuladas pela prpria CPTM e por outros agentes, so apresentadas abaixo:

Expresso Aeroporto: o projeto do Expresso Aeroporto dever ligar a Estao da Luz ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. O trajeto de 31 quilmetros deve ser percorrido em 20 minutos, a mais de 100 km/h, com headway de 12 minutos e capacidade diria de 20 mil passageiros;

Mergulho da Carga: o projeto mergulho consiste na criao de uma via segregada para transporte de carga resolvendo, em grande parte, o problema de compartilhamento de vias com o transporte de passageiros. O objetivo tornar disponvel uma rota alternativa para as linhas que hoje prestam esse servio e que atravessam o territrio do municpio de So Paulo; e Concesso Urbanstica Nova Luz: a Concesso Urbanstica um instrumento previsto no Estatuto da Cidade e no Plano Diretor do Municpio que permite, por meio de lei especfica, a desapropriao de reas urbanas por empresas privadas com a finalidade de valorizar e transformar os bairros. Podem ser objeto de concesso urbanstica: obras relativas modificao do sistema virio, da estrutura fundiria, de instalaes e equipamentos urbanos, inclusive sistema de transporte pblico, e localizao de logradouros pblicos; e a demolio, reforma, ampliao ou construo de edificaes, nos termos estabelecidos no projeto urbanstico, entre outras intervenes estruturais.

10.3. Investimentos Programados pela CPTM Os investimentos previstos para o Tronco Metropolitano de Mobilidade Urbana encontram-se descritos nos captulos referentes s linhas 7, 8, 10 e 11. 10.4. Dinmica socioeconmica na rea de influencia das linhas Com base nas caractersticas histricas de instalao das vias 7, 8, 10 e 11 foram definidas as possibilidades de transformao nas reas de influncia do Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana, com reflexo nos fluxos de passageiros e na demanda por transporte coletivo para um horizonte temporal de 10 a 15 anos. As anlises do uso e ocupao do solo identificaram as reas consolidadas e as no consolidadas. As primeiras so aquelas que apresentam dinmica urbana estabilizada e atividades econmicas sem tendncia de alterao a mdio e longo prazo, baseada na sua evoluo histrica, na estabilidade dos usos e na existncia ou inexistncia de terrenos e imveis subutilizados. Pgina323 No grupo de reas consolidadas foram eleitas as regies: 1. De comrcio e servios especializados, como as Ruas 25 de Maro, Jos Paulino, So Caetano e Santa Ifignia; 2. De grande concentrao de atividades industriais e de logstica que no apresentam tendncia de alterao no horizonte analisado, apesar da possibilidade de deslocamento para reas especficas lindeiras ao Rodoanel Mrio Covas;

3. As reas de comrcio regional intenso, como as proximidades das Estaes da Lapa e do Brs; e 4. reas residenciais verticalizadas. O segundo grupo corresponde s reas no consolidadas que podem apresentar alteraes significativas de uso e ocupao do solo no horizonte analisado, representando possibilidades ou potencial de transformao significativa, que poder ter impacto sobre o fluxo de passageiros local. Foram consideradas nesse grupo, de acordo com o potencial de mudana a curto e mdio prazo (seqncia do maior potencial para o menor), as seguintes reas: 1. Ptios e terrenos de propriedade da CPTM; 2. Glebas vazias; 3. Projeto Nova Luz; e 4. Usos horizontais no consolidados lindeiros Linha. As reas com maior potencial para transformao (com ao imediata da prpria CPTM em parceria com outras entidades do Poder Pblico e/ou da iniciativa privada) so os terrenos vazios de propriedade da Companhia. Entre eles, encontram-se os ptios de manobra desativados como o do Pari e o prximo ao Viaduto Pacaembu e as faixas de domnio enclausuradas pelas Linhas 7 e 8, na Favela do Moinho e nas proximidades da Estao gua Branca. A viabilidade financeira de realocao das linhas (liberando as reas na regio da gua Branca) deve ser analisada levando-se em considerao a possibilidade de utilizao de recursos da Operao Urbana gua Branca, ou por intermdio da criao de uma lei de Concesso Urbanstica para o trecho, nos moldes da Concesso Urbanstica Nova Luz. No caso da Favela do Moinho, o PRE da S prev a criao do Projeto Estratgico de Interveno Urbana Ferrovia Julio Prestes (S-PEIU.03) nessa rea. A idia criar um parque linear compreendendo a faixa entre os trilhos e a reurbanizao do seu entorno, especialmente dos setores residenciais da poro oeste, priorizando a destinao de espaos pblicos para o lazer e convvio dos moradores e usurios da regio. As grandes glebas desocupadas concentram-se no entorno do Viaduto Pompia. J o Projeto Nova Luz prev a interveno em 23 quadras prximas da Estao da Luz, com a desapropriao de 225 hectares de terrenos e o incentivo para instalao de novas empresas e realizao de novos empreendimentos imobilirios no local. So previstos 445 mil metros

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quadrados de rea construda, sendo que somente 37% do total para uso residencial (164 mil metros quadrados). Por fim, as reas horizontais sem uso consolidado lindeiras s Linhas 7 e 8 j apresentam alguma dinmica de transformao e substituio, principalmente por empreendimentos residenciais verticais de mdia renda. Contudo, o parcelamento muito fragmentado dessas reas, que pertencem geralmente a vrios proprietrios, faz com que elas tenham um maior tempo de maturao e desenvolvimento. Considerando que o uso residencial deve ser incentivado para alimentar o contrafluxo de passageiros na rea Central, os empreendimentos potenciais devem ter esta destinao. Dessa forma, somando as reas individuais dos terrenos da CPTM e as grandes glebas vazias chega-se a, aproximadamente, 765 mil metros quadrados de rea. Descontadas as reas non aedificandi e considerando as possibilidades legais das Operaes Urbanas (que prevem Coeficiente de Aproveitamento de 4,0 vezes a rea do terreno) chegar-se-ia a, aproximadamente, 2 milhes de metros quadrados construdos, alojando de 60 a 90 mil pessoas, no caso de edifcios residenciais com apartamentos de 70 metros quadrados em mdia e famlias de 3 a 4 pessoas. 10.4.1. Dinmica demogrfica, de empregos e de renda familiar A anlise dos dados da Pesquisa Origem e Destino do Metr OD 2007, sob os aspectos de densidade de empregos (emprego/hectare), densidade habitacional (habitantes/ hectare) e renda mdia familiar mostra diferena entre o nvel de ocupao do solo ao norte e ao sul da faixa de domnio da ferrovia no Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana. A densidade de emprego nitidamente maior ao sul das Linhas 7 e 8, como conseqncia da grande concentrao a partir do centro histrico de So Paulo. Pgina324

Fig. 123 Mapa de Densidade de Emprego por Hectare

Fonte: Pesquisa Origem Destino METR-SP, 2007. Elaborao: FUPAM, 2009

Nessa rea, predominam as habitaes ao sul da ferrovia, mescladas com os empregos, o que caracteriza uma qualidade importante: a coexistncia de usos que desejvel para espaos urbanos.Figura 124 Mapa de Densidade de Habitantes por Hectare

Fonte: Pesquisa Origem Destino METR-SP, 2007. Elaborao: FUPAM, 2009

A populao residente na rea ao sul da ferrovia possui rendas familiares mdias um pouco melhores do que a da faixa norte. J os dados de renda familiar rebaixam as reas estudadas: a faixa norte se equipara s rendas familiares mais baixas da metrpole e a faixa sul apresenta um padro um pouco mais alto. Pgina323

Figura 125 Mapa de Renda Mdia Familiar

Fonte: Pesquisa Origem Destino METR-SP, 2007. Elaborao: FUPAM, 2009

As diferentes densidades apresentadas no caso dos empregos e habitantes (tambm refletidas na renda mdia familiar) esto relacionadas com as dificuldades de travessia da ferrovia. Superado este problema, a faixa ao norte do tecido urbano teria condies de receber densidades maiores de populao e emprego com a infraestrutura urbana j instalada. 10.5. Uso predominante do solo, potencial de transformao urbana e Legislao Urbanstica Os levantamentos de campo, as entrevistas com os gestores locais envolvidos e as anlises da legislao vigente possibilitaram a identificao do uso do solo predominante, do potencial de transformao e da legislao urbanstica no territrio do Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana. Os mapas ilustrativos encontram-se no final deste captulo. A anlise do uso e ocupao do solo evidenciou uma grande concentrao de galpes e oficinas no entorno das Estaes Lapa, gua Branca, Barra Funda e Nova Campos Elseos. Este tipo de ocupao pode ser caracterizado como terreno mole, ou seja, reas com potencial de transformao, uma vez que ocupam grandes glebas que podem ter nova destinao de uso, com facilidade. Perto da Estao gua Branca h duas grandes glebas vazias, denominadas Gleba Pompia e Gleba Telefnica. Para esta ltima h projeto de ocupao por torres residenciais, mostrando que o mercado imobilirio identificou a rea como potencial de empreendimentos, aumentando a oferta de unidades habitacionais ao longo do trecho do Tronco Metropolitano. Para a Gleba Pompia ainda no h projeto de ocupao (por problema de esplio), mas sua destinao como empreendimento residencial poder incentivar a utilizao da Estao gua Branca, tanto da CPTM quanto da nova Linha 6 do METR.

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Tambm devem ser consideradas reas de transformao as que pertencem ao patrimnio da CPTM como: Ptio da RFFSA, Ptio da Lapa e Ptio do Pari. Os dois ltimos, devido s suas dimenses, podero abrigar empreendimentos de uso residencial, quando no forem mais usados como ptio de manobra e manuteno. O ptio da RFFSA, entre as Estaes Barra Funda e gua Branca, poder receber empreendimento comercial de apoio s novas moradias das Glebas Telefnica e Pompia. O trecho que vai da Lapa ao Brs encontra-se em reas de Operaes Urbanas Consorciadas e/ou Concesso Urbanstica, instrumentos legais de alterao da situao de uso e ocupao do solo que possibilitam diversas parcerias com o setor privado. Essa localizao facilitar as mudanas pretendidas de uso e ocupao e da infraestrutura instalada. Do ponto de vista urbanstico, o Tronco Metropolitano cria o efeito barreira no sentido norte-sul da cidade: a linha frrea de um lado e o Rio Tiet de outro deixam ilhada uma poro do municpio. O aumento do nmero de transposies veiculares da linha frrea melhoraria a acessibilidade, desde que solucionadas as conexes com o sistema virio principal. 10.6. Planos e projetos pblicos em andamento ou programados pelas autoridades locais, dentro dos seus limites administrativos Na metodologia foram identificados junto aos poderes locais, por meio de entrevistas de profundidade aplicadas em 2009, empreendimentos previstos que viessem a gerar demandas para as linhas da CPTM. As informaes obtidas foram organizadas de maneira a permitir uma viso do desenvolvimento programado, segundo as gestes administrativas locais. Essas informaes encontram-se descritas nos captulos referentes s Linhas 7,8, 10 e 11 deste livro. 10.7. Propostas de Intervenes As intervenes de insero urbana apresentadas trazem, como principal proposta, a transformao das Estaes Lapa, gua Branca, Barra Funda, nova Estao Campos Elseos e Brs em subterrneas, permanecendo em superfcie apenas a Estao Luz, tombada pelo Patrimnio Histrico. Tambm so expostas intervenes no virio buscando a requalificao do tecido urbano no entorno das estaes. Com a retirada dos trilhos torna-se possvel a criao de uma nova avenida que facilitar a interligao metropolitana desde a zona norte (Piqueri) e Osasco at o Grande ABC, por intermdio de uma conexo com a Avenida Presidente Wilson. Pgina324

Para melhorar os ndices operacionais e reduzir o carter pendular do centro para a periferia so sugeridas possibilidades de novas ocupaes ao longo do percurso, de acordo com as necessidades de cada regio. Podem ser empreendimentos associados (em rea pertencente atual faixa de domnio) e empreendimentos sugeridos (em rea particular, no entorno da interveno). Com relao melhoria do espao urbano no entorno das estaes, propese:

formao de uma grande rea verde contnua na faixa de domnio, contgua nova avenida; criao de calado de integrao dos equipamentos institucionais na Lapa (Subprefeitura, Estao Cincia, Estao Especial e Novo Poupatempo); construo de uma grande praa interligando a Estao Barra Funda e o Memorial da Amrica Latina; instituio de parque pblico contguo Estao Campos Elseos; formao de uma esplanada entre as Estaes Luz e Jlio Prestes (sobre o novo Terminal de Trens Metropolitano na rea do Ptio da Luz); e constituio de uma grande esplanada ligando a Estao Brs e o Memorial do Imigrante (com rea de lazer e edifcios de uso misto residencial-comercial e prestao de servio local).

As propostas de intervenes do Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana sero apresentadas neste captulo subdivididas em 6 tpicos:i.

enterramentos previstos de vias permanentes e estaes da CPTM;

ii. novas estaes da CPTM e Metr; e

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iii. intervenes no sistema virio.

10.7.1. Enterramentos Previstos Inicialmente, segundo diretrizes da CPTM, deveriam ser estudados dois enterramentos de vias permanentes e estaes para melhorar a permeabilidade e a recomposio do tecido urbano do trecho. O primeiro, junto Estao Luz e at a Alameda Nothmann/Rua Silva Pinto; o segundo, no permetro da Operao Urbana gua Branca e Concesso Urbanstica da Lapa, entre a Rua 12 de Outubro e as proximidades da Casa das Caldeiras.

Posteriormente, com o avano dos estudos, ficou decidido que toda a extenso do tronco deveria ser tratada da mesma forma, incluindo o enterramento das vias desde a Lapa at o Brs. Este trabalho apresenta proposta para vias das Linhas 7 e 8 de Lapa at a Estao da Luz e da Avenida do Estado at as proximidades do Memorial do Imigrante, prximo Estao Brs. O trecho compreendido entre a Estao da Luz e a Avenida do Estado continua em superfcie, por causa da impossibilidade tcnica de transposio subterrnea do Rio Tamanduate (no h distncia suficiente para o desenvolvimento da rampa necessria para atingir as Estaes Luz e Brs em um nvel desejvel). 10.7.1.1. Enterramento Lapa - Luz Esta proposta implica em dar solues para a infraestrutura das Linhas 7 e 8, entre Lapa e Luz, e 10 e 11, entre Luz e Brs, com a total retirada do servio de carga no trecho e criao de terminais de carga nas extremidades do tronco, antes da chegada Estao Lapa pela Linha 7 e nas proximidades da Estao Mooca pela Linha 10. Aponta, tambm, diretrizes em relao Linha 6 do METR, com alinhamento previsto na Estao gua Branca. O principal objetivo liberar a superfcie, hoje ocupada por instalaes ferrovirias degradadas, para projetos de revitalizao que permitam maior permeabilidade urbana e viria no sentido norte-sul do trecho. Com relao ao nmero de vias, o enterramento dever prever, no mnimo, a possibilidade de quatro vias permanentes em tnel, sendo duas para a Linha 7 e duas para a Linha 8. Estas vias, segundo dados da CPTM, devero ocupar uma faixa de 20 metros de largura, preferencialmente junto divisa norte na rea de domnio da ferrovia. Os estudos da FUPAM mostram que a CPTM deve preservar 60 metros de faixa para uso da empresa, contemplando as quatro vias permanentes e, ainda, espao para a instalao de outros equipamentos operacionais da Companhia. Pgina324 Esta sugesto de reserva de terreno est embasada na quantidade de programas previstos pela prpria CPTM ou por outras empresas para este trecho (ainda em estudo ou em desenvolvimento de projeto): Trem Guarulhos e Expresso ABC chegando ao Brs; Expresso Aeroporto chegando Luz; e Expresso Sudeste proveniente da Linha 9 da CPTM. Com base nessas hipteses, o tnel na regio da Lapa comearia nas proximidades das Ruas Joo Pereira (ao sul) e Engenheiro Albertin (ao norte) vias limites entre o bairro da Lapa e o ptio de manobras da ferrovia. Assim, seria possvel a interligao das duas pores do bairro da Lapa conhecidas

como Lapa (ao sul) e Lapa de Baixo (ao norte) separadas pela infraestrutura da CPTM.Figura 125 Intervenes previstas no entorno da Estao Lapa

Fonte: FUPAM-2009.

O enterramento da infraestrutura das linhas 7 e 8 da CPTM, entre a Lapa e o Brs, torna necessria a construo subterrnea da Estao Nova Lapa, unindo as linhas 7 e 8, e do ponto final de uma derivao da Linha 9, paralela Linha 8 A reconfigurao do Ptio da Lapa dever garantir a instalao de uma conexo entre as Linhas 7 e 9 e a passagem das Linhas 7, 8 e 9. Deve prever, ainda, uma rea para a construo de um ptio de manobras do METR em sua extenso at Lapa. A rea remanescente do atual Ptio da Lapa poder ser desmobilizada e utilizada na edificao de empreendimentos associados de uso misto residencial, comercial e de prestao de servio.Figura 126 Perspectiva artstica mostrando o enterramento das vias das Linhas 7 e 8

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Fonte: FUPAM-2009.

Com o enterramento das vias, a Estao Barra Funda dever passar por reviso. So propostas: remoo da estrutura existente; nova construo subterrnea, mantendo a integrao com o METR; e prolongamento da Linha 3 do METR at a Lapa. A rea remanescente poder abrigar uma praa de interligao com o Memorial da Amrica Latina (ao sul) e empreendimentos associados de uso misto residencial, comercial e de prestao de servio (ao norte).Figura 127 Intervenes previstas no entorno da Estao Barra Funda

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Fonte: FUPAM-2009.

O enterramento entre a Estao Barra Funda e a Estao da Luz (Linhas 7 e 8, 10 e 11) tem o objetivo de viabilizar a consolidao do Projeto Nova Luz (na rea hoje ocupada pelo ptio da estao Jlio Prestes) e a requalificao do

tecido urbano da regio, unindo as pores do territrio ao norte e ao sul, hoje segregadas pela presena da ferrovia.Figura 128 Intervenes previstas no entorno da Estao Luz

Fonte: FUPAM-2009.

De acordo com as diretrizes e simulaes da CPTM dever ser adotada uma nova conformao das vias e servios no trecho do Tronco Metropolitano. Essa medida possibilitar a interpenetrao de vias e o funcionamento simultneo dos servios expresso (proposto) e metropolitano ofertado atualmente. Do ponto de vista urbanstico o enterramento permite a interligao do tecido urbano na rea central da cidade entre as pores norte e sul da ferrovia, dando uma nova dinmica de ligao entre o bairro do Bom Retiro, o Centro da Cidade e a faixa de territrio compreendida entre a ferrovia e o Rio Tiet. 10.7.1.2. Enterramento na Regio da Estao Brs Aps a travessia do Rio Tamanduate e da Avenida do Estado, o estudo indica que a via deve ser novamente enterrada na regio da Estao Brs da CPTM. Pgina324 Desta forma, aps a passagem sobre a Avenida do Estado, as linhas permanentes passariam a desenvolver uma rampa com 1,8% de inclinao at as proximidades da Rua do Bucolismo. Neste ponto, alcanaria cota suficiente para atingir o nvel desejado de 15 metros abaixo do atual nvel da Estao Brs, abrigando os mezaninos e plataformas em nveis diferentes no subterrneo dos acessos estao.Figura 129 Intervenes previstas no entorno da Estao Brs

Fonte: FUPAM-2009.

Neste trecho o enterramento dever compatibilizar a passagem do Expresso Aeroporto, em via singela, com o cruzamento em nveis diferenciados das Linhas 7, 8, 10, 11 e 12, cada uma com duas vias. Do ponto de vista urbanstico, o enterramento possibilitar a retirada dos viadutos e a ligao, em nvel, da Rua do Gasmetro com a Avenida Rangel Pestana e das Ruas Monsenhor Andrade, Bucolismo e Sampaio Moreira, interligando o tecido urbano segregado pela faixa ferroviria. Permitir, ainda, a criao de uma esplanada entre a Estao Brs e o Memorial do Imigrante, bens tombados pelo patrimnio histrico, criando um espao pblico para a instalao de empreendimentos de uso misto residencial, comercial e de prestao de servio. Essa iniciativa contribuir para a requalificao urbana do bairro, reforando o carter histrico da regio, marco da imigrao italiana. As mudanas no Ptio do Pari devero garantir a passagem das Linhas 7 e 8 e a reserva da faixa de domnio de 60 metros. A rea remanescente do atual Ptio poder ser desmobilizada e tambm utilizada na formao de empreendimentos associados de uso misto. 10.7.2. Novas Estaes A reconfigurao das linhas contempla a instalao de seis novas estaes no Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana e a readequao da Estao Brs para receber o servio do Trem Guarulhos e a passagem do Expresso Aeroporto. Pgina324

10.7.2.1. Estao Lapa A Estao Nova Lapa unificar as duas estaes Lapa das Linhas 7 e 8, exatamente em posio intermediria entre elas. As estaes atuais apresentam precariedades internas e externas, no esto adaptadas s normas de acessibilidade a portadores de mobilidade reduzida e, tampouco, apresentam condies de conexo rpida e confortvel entre os diferentes sistemas de transporte integrados. Apesar de o Terminal Lapa da SPTrans (sistema de nibus municipal) estar localizado ao lado da Estao Lapa 8, a conectividade fica comprometida pelas longas caminhadas impostas ao usurio. Os passageiros que chegam pela Linha 7 tambm enfrentam dificuldades para realizar essa transferncia. Alm da falta de integrao, a CPTM aponta a dificuldade de o usurio identificar duas estaes com o mesmo nome, em duas linhas diferentes e no conectadas. A Estao Nova Lapa, na configurao proposta, ser subterrnea, alinhada com a nova via permanente enterrada. O enterramento das vias e a aproximao das Linhas 7 e 8 no trecho propiciar a integrao aos novos servios expressos e a recomposio do tecido urbano e do virio do entorno. Essa interveno ir melhorar a relao urbana entre os dois lados da via, unificando o bairro da Lapa, hoje dividido em Lapa (sul) e Lapa de Baixo (norte). Tambm permitir uma total integrao intermodal com o terminal da SPTrans, e criar uma nova centralidade para o bairro da Lapa, no eixo formado pelo Mercado da Lapa, pela Estao Cincia e demais usos do solo existentes no local.Figura 130 Perspectiva artstica mostrando o enterramento no entorno da Estao Lapa

Colocar nova perspectiva com o nmero de vias correto.Fonte: FUPAM-2009.

10.7.2. 2. Estao gua Branca A Estao gua Branca dever seguir as mesmas diretrizes de enterramento das Linhas 7 e 8 e dos servios expressos como no caso da Estao Lapa. No entanto, dever ser levado em considerao seu alinhamento com a futura Linha 6 do METR que sair da zona norte, regio da Brasilndia e Vila Nova Cachoeirinha, atravessar o Rio Tiet e cruzar com as Linhas 7 e 8 da CPTM na altura da estao.Figura 131 Intervenes previstas no entorno da Estao gua Branca

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Fonte: FUPAM-2009.

De acordo com a CPTM, a demanda da Estao gua Branca hoje da ordem de nove mil passageiros/dia poder alcanar 100 mil passageiros/dia, se consideradas as unificaes da Estao Lapa e o cruzamento com a Linha 6 do METR. Dessa forma, sua construo dever prever a total integrao dos meios de transporte de alta capacidade (trem e metr), de mdia capacidade (nibus) e de baixa capacidade (automvel). O prprio enterramento das Linhas 7 e 8 provocar a liberao de grande parte da faixa de domnio atual, o que possibilitar a edificao da estao com todos os servios de integrao necessrios a sua nova configurao dentro do cenrio metropolitano.Figura 132 Perspectiva artstica mostrando o enterramento no entorno da Estao gua Branca

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Fonte: FUPAM-2009.

10.7.2.3. Estao Barra Funda Em decorrncia do enterramento, a Estao Barra Funda dever ser totalmente requalificada. A atual estrutura ser removida e suas plataformas e mezaninos instalados em subterrneo. Esta nova configurao da Estao Barra Funda permitir a total reformulao da rea na superfcie, com a construo de uma praa ao sul interligando a estao ao Memorial da Amrica Latina e aos demais servios ali instalados, como universidades, espaos de eventos e parques pblicos. A desmobilizao de parte da rea, ao norte da estao, facilitar a instalao de empreendimentos associados de uso misto residencial, comercial e de prestao de servio. A conexo com o metr, hoje em superfcie, dever ser revista e reconfigurada em subterrneo, prevendo ainda a continuidade da Linha 3 do METR at a Estao Lapa.

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Figura 133 Perspectiva artstica mostrando o enterramento no entorno da Estao Barra Funda

Fonte: FUPAM-2009.

10.7.2.4. Estao Campos Elseos (nova) A construo da Estao Campos Elseos vem ao encontro do projeto de revitalizao do bairro que ter na reativao do Palcio dos Campos Elseos, como sede avanada do Governo do Estado de So Paulo, sua iniciativa fundamental. Esse projeto tem o objetivo de dar ao bairro, hoje degradado, um novo papel no processo de requalificao do centro da cidade. O projeto da Estao Campos Elseos dever ser concebido com as linhas 7 e 8 operando integradamente e considerando as diretrizes para o trecho desde a Estao Lapa at Brs. Pgina325 A FUPAM considera, na sua proposta, a retirada do viaduto, com a instalao de dispositivo tipo rotatria, permitindo a ligao em nvel da Avenida Rudge. Desta forma, o projeto da Nova Estao Campos Elseos deve ser concebido em subterrneo, com todas as solues de projeto que permitam sua total conectividade com os demais modos de transporte. Como o Projeto de Revitalizao do Palcio Campos Elseos promover intensas discusses sobre a retirada do Terminal Princesa Isabel, o projeto da estao deve considerar a possibilidade de atendimento, no seu entorno, das linhas de nibus municipais que alimentam os corredores Inajar de Souza e Pirituba.

A CPTM tambm dever coordenar esforos com agentes externos, prefeitura e iniciativa privada com o objetivo de remanejar as, aproximadamente, 750 famlias que ocupam a Favela do Moinho. O Plano Regional da Subprefeitura da S prev rea de ZEIS-3 (Zona Especial de Interesse Social Tipo 3), destinada realocao de famlias nesta situao, ao norte da faixa de domnio. A aprovao da Concesso Urbanstica no permetro da Nova Luz dever facilitar as negociaes e a viabilizao do projeto.Figura 134 Perspectiva artstica mostrando o enterramento no entorno da Estao Campos Elseos

Fonte: FUPAM-2009.

10.7.2.5. Estao Luz As proposies de projeto para a Estao Luz da CPTM so as mais ambiciosas de todo o trecho do Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana. O edifcio histrico da Estao Luz (tombado pelo patrimnio), que hoje abriga toda a demanda proveniente das linhas 7, 10 e 11, encontra-se em condies de saturao. Para passar por inovaes e apresentar condies de abrigar os novos servios propostos pelo Plano de Expanso da CPTM, como o Trem Expresso Aeroporto e o Expresso ABC, sero necessrias vrias negociaes junto aos rgos de preservao ambiental e patrimonial. No caso de impossibilidade de adequao do prdio da Estao Luz, deve ser considerada a construo de um novo terminal metropolitano de transportes, localizado na rea atualmente ocupada pelo Ptio da Estao Jlio Prestes. Este terminal poderia acomodar as linhas 7, 8 (que deixaria de operar na Estao Jlio Prestes), 10 e 11, alm dos servios expressos. As plataformas seriam subterrneas permitiriam a total integrao da rede.

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Assim, a Estao Luz ficaria liberada para o Expresso Aeroporto (com todos os seus servios agregados como bilhetagem, check-in das companhias areas, cafs e restaurantes, etc., funcionando como terminal aeroporturio avanado), uma finalidade mais adequada s suas instalaes e com condies de atender a demanda potencial.Figura 135 Perspectiva artstica mostrando o enterramento no entorno da Estao Luz

Fonte: FUPAM-2009.

10.7.2.6. Estao Jlio Prestes O Terminal Metropolitano Nova Luz abrigar a plataforma da Linha 8 (atualmente localizada na Estao Jlio Prestes), eliminando a restrio de velocidade dos trens que prejudica o desempenho operacional da linha. A gare atual da Estao Jlio Prestes dever ser utilizada para dar apoio aos demais servios do entorno, como a Sala So Paulo ou o plo de moda da Rua Jos Paulino. Pgina324

10.7.2.7. Estao Brs A Estao Brs atende as linhas 10, 11 e 12. a estao de maior demanda da CPTM, com cerca de 150 mil usurios dia. De acordo com o Plano de Expanso da CPTM dever receber novos servios expressos e o Trem Guarulhos. O prdio atual da Estao Brs dever ser totalmente reformulado com o enterramento das vias frreas, passando ter as plataformas subterrneas. Sero atendidas as funes decorrentes dos novos servios e assegurada a requalificao do patrimnio histrico como cone referencial do bairro.Figura 136 Perspectiva artstica mostrando o enterramento no entorno da Estao Brs

Fonte: FUPAM-2009.

10.7.3. Sistema Virio As diretrizes de enterramento das linhas 7 e 8 permitiro mudanas significativas no sistema virio no entorno do trecho do Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana. Poder ser criada uma ligao alternativa s Marginais dos Rios Tiet e Pinheiros, uma via estrutural da metrpole, desde a Avenida Raimundo Pereira de Magalhes (zona norte da capital) e Avenida Alexandre Mackenzie (Municpio de Osasco) at a Avenida Presidente Wilson (zona leste) e o ABC Paulista. 10.7.3.1. Interligao ao Tronco Metropolitano (Marginal do Rio Pinheiros e Marginal do Rio Tiet) Pgina325

Com a nova configurao proporcionada pelo enterramento das vias da CPTM, este estudo prope duas interligaes virias: com a Marginal do Rio Pinheiros e com a Marginal do Rio Tiet. 10.7.3.1.1. Interligao com a Marginal do Rio Tiet Neste trecho prope-se a abertura de uma avenida junto divisa leste do ptio da Lapa. Este novo sistema virio propiciar a criao de um parque linear junto a Estao Nova Lapa, na faixa compreendida entre a Nova Avenida e Avenida John Harrison. (Figura 125 Intervenes previstas no entorno da Estao Lapa) As principais intervenes virias possibilitadas pelo enterramento e formao da nova avenida so: Eliminao do viaduto Comendador Elias Nagib Brems; Ligao viria das Ruas Joo Pereira (ao sul) e Engenheiro Albertin (ao sul); Ligao viria entre as Ruas 12 de Outubro e Tenente Landy; e Criao de ciclovia de acesso a estao.

10.7.3.1.2. Interligao com a Marginal do Rio Pinheiros A partir do entroncamento da nova avenida com a Rua John Harrison podem ser criadas uma passagem subterrnea e uma nova avenida na rea atualmente ocupada pelo ptio da Lapa. Esta nova avenida se interligar Rua Fortunato Ferraz, seguindo por esta at uma nova passagem subterrnea sob o acesso da Marginal Tiet e o Viaduto Domingos de Moraes, chegando na Avenida Ernesto Igel que dever ser duplicada. A Avenida Ernesto Igel tambm dever ser prolongada at a Rua Major Paladino com a abertura de uma nova via lindeira ao novo parque a ser formado na rea da SABESP, permitindo um novo acesso Estao Leopoldina. Para a transposio e interligao com a Marginal do Rio Pinheiros prope-se a construo de um viaduto interligando as Avenidas Cardeal Santiago Lus Copello e Alexandre Mackenzie, paralelamente divisa do Centro de Deteno Provisria de Pinheiros. As principais intervenes virias neste trecho so: Pgina324

Passagens subterrneas no Ptio da Lapa e na Avenida Ernesto Igel; Interligao entre a nova avenida e a Rua Fortunato Ferraz; Duplicao da Avenida Ernesto Igel; Implantao de uma nova avenida lindeira ao novo parque pblico; e Construo de viaduto de transposio da Marginal do Rio Pinheiros.

10.7.3.2. Trecho entre as estaes Lapa e Luz Neste trecho a avenida tem incio nas proximidades da Rua do Curtume. Interligar as Estaes Lapa, gua Branca e Pompia utilizando o alinhamento norte da faixa de domnio. Ser integralmente construda, sem usar qualquer virio existente. (Figuras 125, 127 e 128) Como a avenida ter traado lindeiro ao alinhamento norte da faixa de domnio, ser liberado espao ao sul (excedente a faixa de domnio de 60 metros), para edificao dos acessos s estaes, novos equipamentos pblicos e novos empreendimentos correlatos. Essas obras permitiro o acesso de pedestre Estao gua Branca a partir da Rua Guaicurus, interligando a estao ao corredor de nibus formado pelo binrio das Ruas Guaicurus Cllia. A mesma soluo de nova avenida lindeira ao alinhamento da faixa de domnio segue at o entroncamento com a Avenida Pompia, onde sua interligao feita por meio da colocao de uma rotatria substituindo o atual Viaduto Pompia. O enterramento das estruturas ferrovirias permitir, ainda, a eliminao do Viaduto Antrtica que poder ser substitudo por dispositivo virio em nvel. Prximo Estao Barra Funda a nova avenida se conecta com a Avenida Pacaembu por meio de rotatria que substituir o atual viaduto Pacaembu. Em continuidade ao trecho anterior, o sistema virio contar com uma avenida lindeira ao alinhamento norte da faixa de domnio, deste a Avenida Pacaembu at a Rua Ribeiro de Lima, seguindo por esta at a Avenida Tiradentes. Para permitir o ajuste de geometria e o alargamento da Rua Ribeiro de Lima ser necessria a desapropriao da quadra formada pelas Ruas Ribeiro de Lima, Jos Paulino e a rua de divisa do Parque da Luz. As principais intervenes virias possibilitadas pelo enterramento e abertura da nova avenida so: Eliminao do Viaduto Pompia; Pgina323

Eliminao do Viaduto Antrtica Interligao da Avenida Santa Marina a Rua Guaicurus; Prolongamento da Avenida Auro Soares de Moura Andrade; Interligao da Rua Guaicurus com a Rua do Curtume, propiciando a ligao com a Avenida Hermano Marchetti ao norte; Prolongamento das Ruas Cludio e Dulio at a Nova Avenida; Eliminao do Viaduto Pacaembu com a implantao da rotatria no entroncamento da Avenida Pacaembu e o sistema virio proposto; Melhoria da curva de acesso atual da Avenida Auro Soares de Moura, utilizando-se parte do estacionamento do Memorial da Amrica Latina; Eliminao do Viaduto Rudge com a instalao da rotatria no entroncamento da Avenida Rudge e o sistema virio Proposto; Ligao do sistema virio proposto com a Avenida Tiradentes e sua transposio; Interligao das Ruas Lopes Chaves (ao sul) e dos Americanos (ao norte); Interligao das Ruas Conselheiro Brotero (ao sul) e Cruzeiro (ao norte); Interligao das Ruas Souza Lima (ao sul) e Anhanguera (ao norte); Interligao das Ruas Lopes de Oliveira (ao sul) e Boraceia (ao norte); Interligao da Alameda Eduardo Prado (ao sul) e Rua Tenente Pena (ao norte); Interligao da Alameda Cleveland (ao sul) e Rua Lopes Trovo (ao norte); Interligao da Alameda Ribeiro da Silva (ao sul) e Rua Julio Conceio (ao norte); e Melhoria da interligao da Alameda Nothmann (ao sul) e Rua Silva Pinto (ao norte). Pgina323

10.7.3.3. Trecho entre a Avenida Tiradentes e Estao da Brs Em continuidade ao trecho anterior prope-se a travessia da Avenida Tiradentes com a construo de uma passagem subterrnea, de acordo com diretrizes da EMURB.

Aps essa travessia, a nova avenida se apropria do leito da Rua Joo Teodoro, atravessando a Avenida do Estado e o Rio Tamanduate at a Rua Monsenhor Andrade. Neste ponto, sugere-se a desapropriao de uma faixa lindeira a Rua Monsenhor Andrade, no trecho entre a Rua Joo Teodoro e o limite da faixa de domnio da ferrovia. A nova avenida seguiria lindeira ao alinhamento oeste do Ptio do Pari, at o encontro com o limite da faixa de domnio. Depois, continuaria paralelamente at atravessar o cruzamento da Rua do Bucolismo onde possvel a transposio das vias da CPTM que j esto enterradas. (Figura 129) Aps a transposio das vias, a nova avenida segue em paralelo com a faixa de domnio, do lado oposto ao anterior, utilizando-se do leito da Rua Cel. Francisco Amaro at encontrar com a Rua Domingos Paiva. As principais intervenes virias construo da nova avenida so: possibilitadas pelo enterramento e

Eliminao do Viaduto Gasmetro, permitindo a passagem semaforizada em nvel; Eliminao do Viaduto Maestro Alberto Marino permitindo a passagem semaforizada em nvel da Avenida Rangel Pestana; Interligao da Rua Monsenhor Andrade; Interligao das Ruas do Bucolismo (ao sul) e Rodrigues dos Santos (ao norte); e Interligao das Ruas Sampaio Moreira (ao sul) e Conselheiro Belisrio (ao norte).

10.7.3.4. Trecho entre a Estao Brs e Avenida Presidente Wilson Neste trecho sugere-se a abertura da nova avenida desde o entroncamento da Avenida Rangel Pestana at o Viaduto Alcntara Machado. A nova avenida se apropriar do leito existente das Ruas Domingos Paiva e Palmorino Mnaco, ampliando-o com a instalao de canteiro central e da apropriao de rea da faixa de domnio, liberada com o enterramento das vias. Este novo trecho seguir at a interligao com a Avenida Presidente Wilson sob o Viaduto Alcntara Machado. Este entroncamento deve ser requalificado para o atendimento dos novos gabaritos das vias. Pgina324

A interligao com a Avenida Presidente Wilson permitir a conexo com a Avenida Guido Aliberti nos limites de So Caetano do Sul e o ABC Paulista. A consolidao de nova ligao viria entre a zona norte da cidade e a Regio do ABC a principal interveno viria possibilitada pelo enterramento das linhas frreas e abertura da nova avenida. 10.7.3.5. Implantao de Ciclovia A liberao do espao obtido com o enterramento e reposicionamento das vias das linhas 7 e 8, possibilitar a criao de uma ciclovia ao lado da nova avenida marginal ligando as Estaes Lapa e Luz. Assim, todas as estaes do trecho devero ser equipadas com bicicletrio, facilitando a integrao de mais este modal de transporte.

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